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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
FARMÁCIA
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM IMPACTO DO
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO A PACIENTES
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
KERLLE THEVOLA FERREIRA REPOLHO
Itacoatiara – AM
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
FARMÁCIA
KERLLE THEVOLA FERREIRA REPOLHO
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM IMPACTO DO
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO A PACIENTES
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
Monografia apresentada ao Instituto de Ciências
Exatas e Tecnologia da Universidade Federal do
Amazonas como requisito parcial para obtenção do
grau de bacharel em Farmácia.
Profa Orientadora: Ana Caroline dos Santos Castro
Itacoatiara – AM
2019
Ficha Catalográfica
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos
pelo(a) autor(a).
Repolho, Kerlle Thevola Ferreira
R425a Atuação do Farmacêutico com Impacto do Acompanhamento
Farmacoterapêutico aos pacientes portadores de Diabetes Mellitus Tipo 2:
Uma Revisão Sistemática / Kerlle Thevola Ferreira Repolho. 2019
45 f.: il. color; 31 cm.
Orientadora: Ana Caroline dos Santos Castro
TCC de Graduação (Farmácia) - Universidade Federal do
Amazonas.
1. Acompanhamento Farmacoterapêutico. 2. Problemas Relacionados ao
Medicamento. 3. Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2. 4. Diabetes
Mellitus. I. Castro, Ana Caroline dos Santos II. Universidade Federal do
Amazonas III. Título
Dedico esse trabalho aos meus pais que nunca deixaram de acreditar na
minha capacidade e a todos os pacientes que necessitam de cuidados com
qualidade amor e paciência.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por ter me dado forças sempre, pois sem Ele eu não poderia ter
chegado onde cheguei.
Aos meus pais, Carlos e Mª Helena, sempre incentivaram e me apoiaram com todo
seu amor incondicional, pela paciência, pelas suas orações que me ajudaram bastante e
pela compreensão. Vocês são a minha base e nos dias difíceis lembrava-me o quão
guerreiro vocês são, pois são a minha inspiração. Obrigado por confiarem em mim. Amo
vocês!
Aos meus irmãos Willeson, Dienice, Néuli e Michelli, pela positividade que
sempre passaram para mim e por sempre torcerem por mim. Amo vocês!
A minha tia Ângela e seu esposo Alexandre, que durante a minha jornada no
estágio me acolheram em seu lar e contribuíram para que eu finalizasse esta etapa.
A minha prima Eliane e seu esposo Marcos, por sempre estarem dispostos a me
ajudar e me recepcionarem em sua casa com muito carinho.
As minhas primas Letícia e Jhulia, que alegravam os meus dias, principalmente
nos dias cinzentos e sempre me deram palavras motivadoras. Obrigada amo vocês!
Aos meus amigos Galileu, Vitória, Késia, Larissa e Jackson, por me motivarem
quando eu já não acreditava em mim, e por sempre me ouvirem quando eu mais precisava.
Obrigada pelas suas amizades!
Ao Kleyson por me ajudar inúmeras vezes e por sempre acreditar no meu
potencial. Muito obrigada!
Aos meus parceiros de graduação Josué, Adna, Chaieny, Kelly, Sussimilena e
Luane que virou minha amiga no final do estágio. Irei guardar cada momento bons na
companhia de vocês e nos dias de estudos, obrigado aqueles que sempre me colocaram
pra cima.
A minha professora e orientadora Ana Caroline pela ajuda, ideias na construção e
correção desse trabalho.
Aos professores que contribuíram na minha formação: Aluízio Brasil, Maxwel
Abbeg, Daniel Tarciso, Paulo Maximiliano, Ana Caroline, Renata Takeara, Margarida do
Carmo, Clícia Anaíze, Tâmiza Martins, Erico Takarashi, Allan Mazzari, Rosiane Souza,
Geone Maia, Juliana Soares, Patrícia Danielle, Elson Almeida, Ana Paula, Anderson
Cavalcante, Waldomiro Lacerda e aos demais professores que passaram no meu caminho
acadêmico no ICET, que contribuíram para minha formação como profissional e pessoal,
me ensinando a encarar às adversidades da vida. Muito obrigada a todos!
Quem tem fé não tem medo dos desafios, porque a fé de que tudo dará
certo é bem maior que qualquer medo ou incerteza.
(Sheila F. Scisloski)
RESUMO
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica com característica hiperglicemiante,
que desencadeia complicações na função de vários órgãos como os rins, olhos, coração,
nervos, cérebro e vasos sanguíneos. No Brasil cerca de 12,5 milhões de pessoas são
diagnosticadas de DM, chegando a ocupar o quarto lugar entre os dez países com maior
número de pessoas portadoras de DM. É registrado no Brasil mais de 2 milhões casos de
DM2 todos os anos. Essa patologia tem gerado alto custo social e financeiro ao paciente
e ao sistema de saúde, além do mais a DM2 traz severas complicações sendo elas as
principais causas de morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. O objetivo desse
estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre o Acompanhamento
Farmacoterapêutico para pacientes adultos com Diabetes Mellitus tipo 2, demonstrar o
impacto que causa na vida desses pacientes e apresentar a atuação do farmacêutico nesse
aspecto. O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática de
artigos incluídos desde o período de 2007, em três bases de dados, com os critérios de
inclusão foram as correlações com os descritores: Acompanhamento Farmacoterapêutico,
Diabetes Mellitus tipo 2. Muitos artigos demonstraram frequência alta de PRM4, falta de
atividade física e falta de alimentação adequada. Os artigos demonstraram que obtiveram
resultados positivos com o Acompanhamento Farmacoterapêutico se mostrando ser
eficiente para a terapia dos diabéticos.
Palavras-Chaves: Diabetes Mellitus Tipo 2. Acompanhamento Farmacoterapêutico.
Problemas Relacionados ao Medicamento
ABSTRACT
Diabetes Mellitus (DM) is a metabolic disease with hyperglycaemic characteristic, which
triggers complications in the function of various organs like the kidneys, eyes, heart,
nerves, brain and blood vessels. In Brazil, about 12.5 million people are diagnosed as
having DM, and it ranks fourth among the ten countries with the highest number of people
with DM. More than 2 million cases of DM2 are registered every year in Brazil. This
pathology has generated a high social and financial cost to the patient and to the health
system, besides the DM2 brings severe complications being the main causes of morbidity
and mortality of diabetic patients. The objective of this study was to carry out a review of
the literature on Pharmacotherapeutic Accompaniment for adult patients with Type 2
Diabetes Mellitus, to demonstrate its impact on the life of these patients and to present
the pharmacist's performance in this regard. The present study is a literature review of
the systematic type of articles included since the 2007 period in three databases, with the
inclusion criteria were the correlations with the descriptors: Pharmacotherapeutic
Monitoring, Diabetes Mellitus type 2. Many articles showed high frequency of PRM4,
lack of physical activity and lack of adequate diet. The articles demonstrated that they
obtained positive results with the Pharmacotherapeutic Monitoring if it proved to be
efficient for the therapy of diabetics.
Key Words: Diabetes Mellitus Type 2. Pharmacotherapeutic Accompaniment. Drug
Related Problems
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação esquemática de aumento de glicose na DM2............................17
Figura 2 - Etapas Método Dáder.......................................................................................25
LISTA DE QUADRO
Quadro 1 – Metas Glicêmicas Ótimas.............................................................................21
Quadro 2 - Problemas relacionados ao medicamento (PRM).........................................22
Quadro 3- Classificação de Minessota............................................................................26
Quadro 4- Caracterização dos artigos selecionados........................................................29
Quadro 5 - Fatores relevantes de acordo com o Acompanhamento
Farmacoterapêutico.........................................................................................................30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AAS – Ácido acetil salicílico
AFT – Acompanhamento Farmacoterapêutico
AtenFar- Atenção Farmacêutica
DMG - Diabetes mellitus gestacional
DM – Diabetes mellitus
DM1 – Diabetes Mellitus Tipo 1
DM2 – Diabetes Mellitus do Tipo 2
DCV - Doenças cardiovasculares
ECA - Enzima conversora de Angiotensina
GC – Grupo Controle
GI – Grupo de Intervenção
HIV -Vírus da Imunodeficiência Humana
PRM – Problemas Relacionados ao Medicamento
RNM – Resultado Negativo Relacionado a Medicação
URM – Uso Racional de Medicamento
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................... 13
2 Objetivos.............................................................................................................................. 15
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 15
2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 15
3 Referencial Bibliográfico....................................................................................................... 16
3.1 Fisiopatologia de Diabetes Mellitus Tipo 2 ..................................................................... 16
3.2 Atenção Farmacêutica ao Portador de Diabetes Mellitus Tipo 2 .................................... 19
3.3 Problemas Relacionados ao Medicamento (PRM) .......................................................... 21
3.4 A importância do Seguimento Farmacoterapêutico ....................................................... 22
3.4.1 Método Dáder ............................................................................................................ 23
3.4.2 Estudo Farmacoterapêutico (Minessota) .................................................................... 26
4 Metodologia ........................................................................................................................ 28
4.1 Tipo de estudo .............................................................................................................. 28
4.2 Coletas de dados ........................................................................................................... 28
4.3 Critérios de inclusão e exclusão ..................................................................................... 28
5 Resultados e Discussão ........................................................................................................ 28
6 Considerações Finais ............................................................................................................ 36
Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 37
13
1 Introdução
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica com característica
hiperglicemiante, que desencadeia complicações na função de vários órgãos como os rins,
olhos, coração, nervos, cérebro e vasos sanguíneos. A DM se tornou um grave problema
de saúde pública. Segundo a Federação Internacional de Diabetes - IDF em 2015, cerca
de 8,8 % da população com a faixa etária de 20 - 79 anos eram portadoras de diabetes.
Estima-se que em 2040, o número de indivíduos com diabetes será maior que 642 milhões
(DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-
2018;CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006).
Mundialmente a Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), corresponde cerca de 90% de
todos os casos. No Brasil cerca de 12,5 milhões de pessoas são diagnosticadas de DM,
chegando a ocupar o quarto lugar entre os dez países com maior número de pessoas
portadoras de DM. É registrado no Brasil mais de 2 milhões de casos de DM2 todos os
anos (GEORG, et al., 2005; PERREIRA; FIGUEREDO, 2017)
A DM2 é uma doença crônica não transmissível, com resistência periférica à ação
de insulina ou incapacidade de produção de insulina pelas células beta pancreática,
dificultando a distribuição da glicose nas células para realizar a metabolização, trazendo
consequências desfavoráveis para o organismo, além de sintomas como fome exagerada,
sede constante e poliúria (GUIDO, et al., 2007)
A crescente população portadora de DM2 no mundo, está ligada a vários fatores
como a predisposição genética, envelhecimento da população com fatores
predisponentes, urbanização da população com a substituição de alimentos saudáveis por
industrializados, pela mudança através da tecnologia levando ao sedentarismo, através da
obesidade, tabagismo, entre outros (GUIDONE, et al., 2009)
Diante deste aspecto, tem gerado alto custo social e financeiro ao paciente e ao
sistema de saúde. Além do mais a DM2 traz severas complicações sendo elas as principais
causas de morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. Cerca de 52 % de
mortalidade em diabéticos são por doenças cardiovasculares. Quando não controlado os
níveis glicêmicos, a falta de adesão ao tratamento e falta de conhecimento na terapia
farmacológica, todos esses componentes favorecem para as complicações (GROSS,
1999)
Em vista deste cenário, o profissional farmacêutico é o mais adequado para a
prática no cuidado desses pacientes, uma vez que, o cuidado envolve controle glicêmico,
14
uso de um esquema posológico, mudança de hábito de vida e escolha do medicamento de
acordo com a necessidade, segurança, custo e efetividade. A Atenção Farmacêutica
(AtenFar) tem o objetivo de trabalhar junto a uma equipe interdisciplinar, beneficiar o
paciente e evitar complicações ao diabético. Amenizar possíveis reações adversas, adesão
ao tratamento e contribuir na atividade multidisciplinar aperfeiçoando a prescrição
médica. Além disso, busca minimizar os problemas relacionados com medicamentos
(PRM), implantar o acompanhamento farmacoterapêutico (AFT) e avaliar os resultados,
visando terapias eficientes e segura ANGONESI e SEVALHO, 2010).
É fundamental a atuação do farmacêutico através do AFT, por meio dele é possível
identificar, prevenir e solucionar resultados negativos que estão ligados ao uso de
medicamentos. Tem intuito de melhorar a segurança da farmacoterapia e ao final
apresentar êxito no tratamento, através de acompanhamento individualizado e
sistematizado atendendo as necessidades do paciente (CANI, 2011)
Diversos estudos tem demonstrado que AFT vem trazendo grandes benefícios a
qualidade de vida do paciente, seja através da detecção de Problemas Relacionados com
Medicamento (PRM) e prevenção, e solução dos resultados negativos relacionados a
medicação (RNM). Tem demonstrado a contribuição também em ambulatório ou em
hospital através de bons resultados na elaboração do planejamento na farmacoterapia
(AMARANTE, et al., 2010).
A relevância deste estudo é trazer informações atualizadas aos farmacêuticos que
trabalham com a farmácia clínica e aos profissionais da área da saúde, realizando uma
revisão dos pontos mais relevantes no AFT dos pacientes portadores de DM2.
Neste sentido o presente trabalho tem como objetivo demonstrar uma revisão da
literatura sobre a atuação do farmacêutico envolvendo a utilização o Acompanhamento
Farmacoterapêutico de forma efetivas para o tratamento de portadores de Diabetes
Mellitus Tipo 2 com intervenções que demonstram significância na saúde dos pacientes
e controle glicêmico evitando complicações crônicas
15
2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Realizar uma revisão sistemática da literatura descrevendo as práticas no
âmbito da atuação do farmacêutico com impacto do Acompanhamento
Farmacoterapêutico a pacientes portadores de DM2.
2.2 Objetivos Específicos
Descrever os Problemas relacionados aos medicamentos, relevantes
analisados através do Acompanhamento Farmacoterapêutico
Investigar sobre os pontos positivos do Acompanhamento
Farmacoterapêutico
Descrever as frequentes intervenções farmacêuticas.
16
3 Referencial Bibliográfico
3.1 Fisiopatologia de Diabetes Mellitus Tipo 2
A palavra diabetes tem como origem grega “dia” significado “através de”,
“baiten” quer dizer “ir” ou “passar” e ‘‘mellitus’’ do latim “mellis” que significa mel. Há
muitos séculos já existia o conhecimento sobre DM. O egípcio chamado Ebers, em 1500
a.C, caracterizou a diabetes com a excessiva vontade de urinar. No século II, Arataeus,
afirmou que a DM se definia como “a carne do corpo e dos membros se fundia e se
convertia em urina”, se tornando um principal marco do século (SANTOS, et al., 2014).
Depois de muitas definições, somente em 1675, Willis, nomeou de diabetes
mellitus, após observar a semelhança, doce e mel. Edward Sharpey-Schafer em 1910,
supôs que DM ocorria devido anormalidade de uma substância química chamada insulina,
definida assim, por se originar nos pâncreas pelas células das ilhotas de Langerhans. No
entanto, apenas após a Primeira Guerra Mundial Frederick Banting e Charles Best, através
de pesquisas, comprovaram o mecanismo da diabetes mellitus (SANTOS, et al., 2014)
A DM é uma doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia que ocorre
quando o nível de glicose no sangue se encontra muito elevado. Isso pode ser resultante
de defeitos na ação e/ou secreção da insulina. A classificação atual da DM inclui quatro
classes clínicas: Diabetes mellitus tipo 1 (DM1), Diabetes mellitus tipo 2 (DM2),
Diabetes mellitus gestacional (DMG) e outros tipos específicos de DM. Também existe
duas categorias, conhecidas como pré-diabetes, sendo elas a glicemia de jejum alterada e
a tolerância à glicose diminuída. Essas categorias são fatores de risco para o
desenvolvimento de DM e doenças cardiovasculares (DCV) (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DIABETES, 2015).
A DM1 é caracterizada por destruição das células beta que levam a uma
deficiência de insulina, sendo subdivido em tipos 1A (Autoimune) e 1B (Idiopático). O
tipo 1A é o resultado da destruição imunomediada de células beta pancreáticas com
consequente deficiência de insulina. O tipo 1B caracteriza-se pela ausência de marcadores
de autoimunidade contra as células beta e não associação a haplótipos do sistema HLA
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2015).
A DM2 apresenta de 90 a 95% dos casos de DM. É caraterizado pelo organismo
não usar de forma adequada ou não ter insulina suficiente para o controle glicêmico.
Dessa forma, ocorre o aumento da produção de glicose hepática, devido não haver uma
17
ação efetiva hipoglicêmica da insulina e dificultando a distribuição da glicose nas células
para realizar a metabolização, trazendo consequências desfavoráveis para o organismo
(Figura 1), além de sintomas como fome exagerada, emagrecimento, sede constante e
poliúria (BERTONHI, 2018).
Figura 1- Representação esquemática de aumento de glicose na DM2
A insulina tem várias funções como transporte transmembrana de glicose e
aminoácido, formação de glicogênio no fígado e músculo esquelética conversão de
glicose em triglicérides, síntese de ácido nucléico, e síntese protéica. Sua principal função
metabólica é aumentar a taxa de transporte de glicose para determinadas células do corpo
(LUCENA, 2007).
No entanto a resistência a insulina contribui para o acumulo de ácidos graxos
livres (AGL) circulantes, os quais são originados do tecido adiposo e das lipoproteínas
ricas em triglicerídeos. As ações anti-lipolítica e de estímulo à lípase lipoprotéica da
insulina, a resistência a insulina é um fator determinante de lipólise e aumento de AGL.
No fígado, os AGL aumentam a produção de glicose, triglicerídeos e lipoproteínas de
baixa densidade (VLDL), associando-se redução do colesterol contido na lipoproteína de
alta densidade (HDL-c) e aumento da densidade das lipoproteínas de baixa densidade
(LDL). No músculo, os AGL diminuem a sensibilidade à insulina, inibindo a captação de
glicose insulino-mediada (MACHADO, et al., 2006)
A fisiopatologia de DM2 está associado a fenótipos como o sedentarismo e a
obesidade, e esses fenótipos interagem com alguns genes que podem ser responsáveis por
uma maior susceptibilidade a essa patologia. A resistência insulina em órgãos periféricos
Fonte: LUCENA, J. B. S. 2007
18
é um grande passo para glicotoxicidade, pois esta é responsável pelo estresse oxidativo
crônico ao nível tecidual, representando umas severas complicações crônica do diabetes
(MARCONDES, 2003)
O gene da ECA ( Enzima Conversora de Angiotensina), é um candidato para
contribuir no surgimento da DM2, devido ela responder de forma diferenciada para cada
indivíduo, como acontece para a pessoa que apresenta alelo D, elevam a pressão arterial,
enquanto para os que apresentam alelo I4 , resultam em menor biodisponibilidade da
enzima bradicinina (BK), responsável por promover vasodilatação e diminuição da
resistência à insulina nas células musculares (ARSA, et al., 2009)
De acordo com Marcondes (2003, p. 19) o tratamento não farmacológico da
diabetes mellitus tipo 2 consiste nas alterações dos hábitos comportamentais que incluem
atividade física e programas de reeducação alimentar, sendo estes os pontos fundamentais
de qualquer abordagem terapêutica. Entretanto uma vez presente a hiperglicemia de jejum
e manifestações de um estado catabólico, mesmo que de leve intensidade, dieta e
exercícios falham em normalizá-la na maior parte dos casos.
Na terapia medicamentosa, os medicamentos antidiabéticos orais, são
medicamentos que reduzem a glicemia com objetivo de mantê-la em um nível adequado
para realizar a metabolização nas células insulino dependentes e regular a taxa glicêmica
no sangue, para que não possa ocorrer complicações. São indicadas ao paciente
medicamentos, de acordo com a classe e função, que se encaixe melhor para o doente
(SIMÕES, 2012)
Através do seu mecanismo de ação, são escolhidas adequadamente ao diabético,
que podem ser classificados em agentes que atuam estimulando a secreção de insulina
pela célula pancreática, insulino-secretagogos ou insulinosecretores (sulfonilureias e
glinidas), agentes que diminuem a insulinorresistência periférica, a nível do tecido
adiposo e muscular, insulinossensibilizadores (glitazonas ou tiazolidinedionas e
biguanidas), agentes que retardam a absorção intestinal dos hidratos de carbono
(inibidores das alfa-glucosidases) e ainda, fármacos que prolongam a duração de ação do
Glucagon Like Imuno Peptide (GLP-1) produzido no organismo (inibidores da dipetidil
peptidase 4, DPP-4). Em alguns casos o controle glicêmico não acontece somente com o
uso de medicamentos antidiabéticos orais, assim necessitando da administração da
19
insulina (DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-2018;
SIMÕES, 2012)
3.2 Atenção Farmacêutica ao Portador de Diabetes Mellitus Tipo 2
A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua a AtenFar como uma
ferramenta do profissional farmacêutico, que tem como finalidade interagir com o
paciente sobre as suas necessidades em relação ao medicamento, seja na orientação,
farmacoterapia racional e na obtenção de resultados efetivos voltados para a melhoria da
qualidade de vida do paciente (FARINA e NICOLINA, 2009; LIRA, et al., 2000;
OLIVEIRA, et al., 2005)
A profissão farmacêutica como todas as outras sofreu transformação e evoluiu ao
longo dos anos. A industrialização no passado influenciou na tomada de novos caminhos
da profissão, devido os padrões da indústria farmacêutica e suas vantagens, o
farmacêutico naquela época perdeu um pouco seu papel com a industrialização, se
tornando menor a procura de medicamentos na farmácia de manipulação, e sendo visto
na drogaria como mero vendedor de medicamentos (FELDMAN, 2011; PEREIRA e
FREITAS, 2008)
No Brasil somente em 1980 houve a evolução da atividade farmacêutica, que era
envolvida na assistência farmacêutica, abrangendo desde a pesquisa, produção e
dispensação de forma cíclica. Como o conceito da AtenFar e assistência farmacêutica
havia discrepância, diferente compreensão do papel do farmacêutico e sua prática no
Brasil (CASTRO, et al., 2006; MEROLA, et al., 2005).
Em 2001 um grupo de profissionais coordenado pela Organização Pan-
Americana da Saúde (Opas), preocupados com o desenvolvimento da atenção
farmacêutica no Brasil e na uniformização dos conceitos, deram a origem do Consenso
Brasileiro de Atenção Farmacêutica, sendo esta considerada “um modelo de prática
farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende valores
éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção
de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde
(CASTRO, et al., 2006; MEROLA, et al., 2005)
Reforçando o papel do farmacêutico de acordo com a Resolução n˚ 585/2013, do
Conselho Federal de Farmácia, que aprova o regulamento das atribuições clínicas do
20
farmacêutico. É de responsabilidade e dever do farmacêutico conduzir uma relação de
cuidado ao paciente, participar no planejamento da avaliação da farmacoterapia, orientar
o paciente no uso do medicamento de forma correta, via, horários a ser administrados e
doses, tornando o tratamento efetivo; desenvolver e colaborar com os demais membros
equipe de saúde, realizar intervenções farmacêuticas com o propósito de auxiliar na
seleção, adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente.
Em vários estudos há comprovação que a AtenFar traz grande benefício para os
pacientes e melhor qualidade de vida. Segundo Santos e colaboradores (2013), afirma que
para os cuidadores de pacientes com Doença de Alzheimer, a orientação farmacêutica
pode proporcionar tanto benefícios ao paciente quanto ao cuidador. À medida que os
benefícios do acompanhamento farmacoterapêutico atingem a ambos, cuidador e
paciente, reduzindo custos, melhorando as prescrições. Promovendo maior adesão do
paciente ao tratamento e controlando a possibilidade de reações adversas.
Em estudo realizado por NASCIMENTO e MARQUES (2009), demonstrou que
a implantação da AtenFar permitiu resolver a dificuldade dos pacientes visuais. A maior
dificuldade apresentada por esses pacientes foi administração da forma farmacêutica de
medicamento, sendo resolvidas pelo farmacêutico, por orientações de acordo com a
necessidade do paciente.
Entretanto nas diversas patologias como em pacientes como portadores de hepatite
C, hipertensos, portadores de HIV, demonstraram ter adesão com o auxílio do
farmacêutico na prática da AtenFar (AMARAL e PICON, 2006; CASTRO, et al., 2006;
VIELMO, et al., 2014). No grupo de idosos, devido suas múltiplas patologias, com
probabilidade de o paciente consumir mais medicamentos (polifarmácia). A AtenFar, na
farmacoterapia ao idoso deve ser planejada de forma a promover o uso racional de
medicamento (URM) e realização de ações educativas. Em diversos grupos a AtenFar
possibilita sua efetividade de modo mensurável (MENESES e SÁ, 2010)
Segundo Strand e colaboradores (2004), apud Taulois (2011, p. 43-44), em seu
estudo avaliou o impacto clínico e econômico da AtenFar, que esse profissional
farmacêutico permitia. Através desse estudo constatou cerca de 61% dos pacientes
adultos, tenham um ou mais PRM’s e logo foi identificado e resolvido. Cerca de 863
pessoas portadoras de DM2, depois do acompanhamento com AtenFar, aproximadamente
51% demonstrou melhora clínica. Houve uma diminuição de custo, a partir do momento
que a AtenFar foi praticada.
21
Para a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), para se ter um bom controle do
diabetes, os exames laboratoriais do paciente devem estar dentro dos valores
estabelecidos, uma vez que o nível de glicose sanguínea em indivíduos saudáveis varia
entre 70 a 99 mg/dL. A partir destes a SBD, estabeleceu valores de glicemia e de
Hemoglobina glicada (HbA1c), (Quadro1), para que o paciente obedeça às metas, com a
possibilidade de não ocorrer complicações (DIRETRIZES DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-2018).
O estudo de Flores (2005), afirmou que a atuação da AtenFar, foi possível
observar um decréscimo de 23% das médias glicêmicas dos diabéticos, considerando que
a atuação do profissional com a ferramenta da AtenFar foi eficiente aos pacientes
portadores de diabetes mellitus.
Quadro 1: Metas Glicêmicas Ótimas
FONTE: DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-2018
3.3 Problemas Relacionados ao Medicamento (PRM)
Segundo o Consenso de Atenção Farmacêutica (2002), o conceito de PRM é
problema de saúde, suspeito de estar ligado a farmacoterapia, que pode interferir na
qualidade de vida do indivíduo, trazendo resultado negativo por diversas causas, com
aparecimento ou agravamento de acordo com sua ocorrência.
Para o Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados com Medicamentos
adota as seguintes classificações expostas no quadro 2. Compreendendo-se que um
medicamento é necessário quando é prescrito ou indicado para um problema de saúde
concreto que o doente apresenta, um medicamento é inefetivo quando não alcança
suficientemente os objetivos terapêuticos esperados, um medicamento é inseguro quando
causa ou agrava algum problema de saúde , um PRM é considerado quantitativo quando
depende da magnitude de um efeito (SANTOS, et al., 2004)
Souza e colaboradores (2014), fizeram um estudo sobre a morbilidade relacionada
ao medicamento, que demonstrou que 25% dos adultos ou idosos sofreram danos
relacionado à falha terapêutica. Os principais fatores de risco foram idade, presença de
Glicemia pré-
prandial
Glicemia pós-
prandial
Glicemia ao
deitar
Glicemia da
madrugada HbA1c
Todas as
idades 90 a 145 mg/dL 90 a 180 mg/dL 120 a 180 mg/dL 80 a 162 mg/dL 7,50%
22
comorbidades e uso de mais 5 medicamentos. Firmando o profissional farmacêutico na
intervenção para que possa reduzir o impacto da morbimortalidade relacionada a
medicamentos, seguindo corretamente a AFT para resolver PRM.
Quadro 2: Classificação de Problemas Relacionados ao medicamento (PRM)
Necessidade Efetividade Segurança
PRM 1 - O doente tem um
problema de saúde
resultante de não tomar a
medicação que necessita
PRM 3 - O doente tem um
problema de saúde
resultante de uma não
efetividade qualitativa
PRM 5 – O doente tem um
problema de saúde
resultante de uma não
segurança quantitativa
PRM 2 - O doente tem um
problema de saúde
resultante de tomar a
medicação que não
necessita
PRM 4 - O doente tem um
problema de saúde
resultante de uma não
efetividade quantitativa
PRM 6 – O doente tem um
problema de saúde
resultante de uma não
segurança qualitativa
FONTE: SANTOS, et al., 2004
3.4 A importância do Seguimento Farmacoterapêutico
A AFT é um componente da AtenFar, na qual o profissional mais adequado a
realizar e responder por essa responsabilidade é o profissional farmacêutico, pelo seu
conhecimento e formação específica em medicamentos (HERNANDÉZ, et al., 2007)
Através da AFT é possível verificar a ficha farmacoterapêutica do paciente,
relacionar seus problemas com a administração de medicamentos, diminuir os erros com
medicações e contribuir na maior eficácia do tratamento e a melhoria da qualidade de
vida. Esse método vem sendo muito utilizado como estratégia para aumentar aderência
do paciente ao tratamento nas mais diversas patologias, como hipertensão, diabetes e no
tratamento do câncer (FERREIRA,2014)
3.4.1 Intervenção Farmacêutica
23
As intervenções farmacêuticas (IF) se englobam a intervenção em saúde, que são
condutas do farmacêutico estabelecidas pela atenção farmacêutica, onde são realizados
no acompanhamento farmacoterapêutico com uma enorme importância (SILVA, 2014)
É organizado através de documento onde é realizado junto ao paciente,
farmacêutico e podendo incluir outros profissionais de saúde (Médico, Nutricionista,
Enfermeiros e outros), sendo adequadamente planejado para que possa resolver ou
prevenir problemas que interferem ou podem interferir na farmacoterapia (REIS, 2005)
3.4.2 Método Dáder
É um método de acompanhamento farmacoterapêutico, simples que pode ser
usado em qualquer paciente. Através dele pode registrar, monitorar e avaliar os efeitos da
farmacoterapia que um paciente usa, detecta problemas relacionados aos medicamentos
para que sejam resolvidas, é um método de característica ajustável de acordo com o
cenário em saúde. O método Dáder é dividido em sete etapas (Figura 1), 1- oferta de
serviço, 2- primeira entrevista, 3- estado da situação, 4- fase de estudo, 5- fase de
avaliação, 6- fase de intervenção, 7- entrevistas sucessivas (HERNANDÉZ, et al., 2007).
Na primeira entrevista, acontece a coleta de todos os dados do paciente, incluindo
o histórico farmacoterapêutico do paciente, com a estrutura de 3 fases: 1- Quais os
problemas de saúde que mais preocupam; 2- Quais os medicamentos que o paciente
utiliza e se ele conhece o medicamento que utiliza; 3- Fase de Revisão: análise de todas
as informações se estão corretas, começando com a cabeça e terminando nos pés. Com a
intenção de aprofundar alguns aspectos na primeira fase ou completar algumas
informações, descobrir novos problemas de saúde ou novos medicamentos não
mencionados antes e mostrar ao paciente que se ouviu tudo com interesse (MANDELLI,
2015)
Estado da Situação é a relação entre o problema de saúde e os medicamentos do
paciente. O estado de situação é dividido em 4 fases: Problema de saúde, medicamentos,
avaliação e IF. Na Fase de estudo, estudam-se todos e cada um dos medicamentos
incluindo mecanismo de ação, farmacocinética, indicação, contra indicação entre outros
fatores que sejam necessários. São estudados no problema de saúde de problema do
paciente como a fisiopatologia, sinais e sintomas e causas. Buscando melhor evidência
24
científica disponível, se tratando com relevância e foco na situação clínica do paciente
(MANDELLI, 2015)
Na fase de avaliação, se identifica os resultados negativos associado ao
medicamento. É realizado através de uma série de perguntas, que são classificados de
acordo com o princípio da farmacoterapia: Necessidade, efetividade e segurança. Em
seguida se realiza o plano de intervenção, nesse aspecto se estabelece um plano de atuação
juntamente com o paciente, com o intuito de resolver as PRM’s identificadas, por meio
das intervenções a ser realizadas. As intervenções são feitas de duas formas, sendo
farmacêutico-paciente, que neste aspecto se faz a análise da forma correta de se utilizar o
medicamento e facilitar a adesão, a forma Farmacêutico-paciente-médico, o farmacêutico
pode sugerir uma mudança na escolha e posologia do medicamento, sendo feita a IF pode
ser realizada oral ou escrita (HERNANDÉZ, et al., 2007)
Na fase de resultado da intervenção, verifica-se se o plano de atuação para
resolução dos PRM’s resolvido. Posteriormente é realizado um novo estudo da situação,
observando as alterações existentes relacionados aos PRM’s. Novas entrevistas podem
ser realizadas, se tornando cíclico o AFT. O paciente permanece sendo monitorado para
observação e análise dos resultados obtidos com as mudanças ou aparecimento de novos
PRM’s (FERREIRA, 2014).
Se durante as entrevistas sucessivas, forem detectados novos problemas de saúde
ou alguma modificação em relação ao medicamento, o estado de situação deve ser
atualizado, considerando essas alterações (SILVA, 2014).
25
Figura 2: Etapas Método Dáder
Fonte: HERNANDÉZ, D. S et al. 2007
26
3.4.3 Estudo Farmacoterapêutico (Minessota)
Foi desenvolvido 1998, o método de seguimento farmacoterapêutico, na
Universidade de Minessota por Strand, Morley e Cipolle, sendo reconhecido como
Pharmacist’s Workup of Drug Teraphya (Estudo Farmacêutico da terapia
Medicamentosa). Com algumas atualizações e inovações o método passou a ser
conhecido como Pharmacorerapy Workup, sendo também chamado de Minessota. Para
Minessota PRM é denominado de problemas farmacoterapêuticos, os PRM são
classificados até 7 problemas (tabela 3), de acordo com os critérios, necessidade,
efetividade, segurança e adesão (SILVA, 2014).
Quadro 3: Classificação de Minessota
Classificação Problema farmacoterapêutico (PF)
Necessidade PF1- Necessidade de tratamento Farmacológico
adicional
PF2- Tratamento Farmacológico Desnecessário
Efetividade PF3- Medicamento inadequado
PF4- Dose de medicamento inferior a necessitada
Segurança PF5- Dose de medicamento superior a necessitada
PF6- Reação adversa ao medicamento
Adesão PF7- Adesão Inapropriada ao tratamento
farmacológico
Fonte: SILVA, 2014
O método é dividido em três etapas principais: avaliação, desenvolvimento de um
plano de cuidado e acompanhamento da evolução do paciente. A fase de Avaliação, dá-
se por toda a coleta de dados do paciente, se analisando a necessidade, efetividade e
segurança da farmacoterapia do paciente e se o paciente aderiu ao tratamento. Ao longo
de toda a entrevista o farmacêutico buscar o histórico de vacinação, problema de saúde,
alergias, hábitos de vida, exames clínicos e dados demográficos. Esta fase é a que mais
requer tempo para a investigação e obtenções das informações completa do paciente
(SILVA, 2014).
A fase plano de cuidado, o farmacêutico elabora o plano de cuidado do paciente
havendo PRM ou não de acordo com seu tratamento, sendo esta forma registrada. Os
27
planos de cuidados devem haver de acordo com o tratamento implementado ao paciente,
sendo realizado por documentação que é constituído apenas de uma página (FERREIRA,
2014).
A monitorização e acompanhamento da evolução, são anotados e acompanhados
os resultados da evolução do paciente, analisando se o plano de cuidado com suas metas
foi atingido. Verifica através do acompanhamento novas situações, se surgi novos
problemas de saúde, novos PRM para que seja resolvido (MANDELLI, 2015).
28
4 Metodologia
4.1 Tipo de estudo
Estudo da revisão de literatura foi a do tipo sistemática. Esse é um estudo que tem
por finalidade compreender sobre um determinado assunto a ser pesquisado e tem como
resultado realizar uma seleção com base nos dados em literaturas, citações, identificando
o processo da geração de conhecimento, desenvolvendo e identificando a contribuição de
cada pesquisa relativa ao seu respectivo tema. Com isso pode-se evidenciar grande
contribuição para a evolução da pesquisa (SAMPAIO e MANCINE, 2007).
4.2 Coletas de dados
Utilizou-se seis bases de dados online: Pubmed, Scielo (Scientific Eletronic
Library Online), Biblioteca Virtual em Saúde, Lilacs. Utilizou-se as seguintes palavras
chaves: Acompanhamento Farmacoterapêutico a pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2
(Pharmacotherapeutic Monitoring of Patients with Type 2 Diabetes Mellitus), Diabetes
Mellitus (Diabetes Mellitus).
4.3 Critérios de inclusão e exclusão
Os artigos e dissertação incluídos foram do período que datam entre os anos de
2007 a 2019, limitou-se a artigos de língua espanhola e portuguesa, no total de 7 artigos,
dentre eles 3 em língua espanhola e 4 em língua portuguesa. Para o método de inclusão
foram utilizados estudos do tipo transversais periódico, de análise observacional e com
delineamento experimental que foram feitos em adultos acima de 18 anos de idade.
Foram excluídos os artigos que não estavam dentro do período estabelecido de
inclusão, artigos que se tratavam de diabetes mellitus tipo 1, diabetes mellitus tipo 2 em
crianças e publicações cujo acesso ao texto completo não era ofertado de forma gratuita.
5 Resultados e Discussão
Quadro 4: Caracterização dos artigos selecionado
29
Referências
BALESTRE, K.C.B. et al.
(2007)
Pacientes Portadores de DM2
24 do sexo feminino
Idade predominate: 70 a 79 (41, 7 %)
58, 4 % Analfabetas
Comorbidade: Hipertensão arterial; Problemas Cardíacos; Dislipidemia.
Renda Mensal 1 a 2 salários mínimos: 54, 2 %
PLÁCIDO, V. B. de. et. al
(2009)
CORRER, C. J (2008)
ROBLEJOI, Y. L.;
DELGADOI, D. L. (2011)
TOLEDANO, J. C. et al
(2012)
Pacientes Portadores de DM2
73,3 % do sexo feminino
Idade predominante: Acima de 60 anos (53, 3 %)
31, 25 % Hipertensos
15, 6 % Obesidade
12, 5 % Dislipidemia
12,5 % Colesterol
Pacientes Portadores de DM2
60,9 % do sexo feminino
Paciente Portadores de DM2
30 pacientes
Pacientes Portadores de DM2
Idade média de 60,76 anos (± 11,43)
46,48% Hipertensão
70% acima do peso
30
NUNES, L.M.N. et al
(2012)
BADESSO, R.E. et al
(2013)
Pacientes Portadores de DM2
Prevalência de idade: Acima de 30 anos
63,3 % Sedentarismo
44,78 % Problema Cardíacos
54,4 % Hipertensão
Paciente Portadores de DM2
67,6 - 66,7% do sexo feminino
A idade média de 59,1 e 58,6 anos
21 % Hipertensão
26 % Hipertensão e dislipidemia
Quadro 5: Fatores relevantes de acordo com o Acompanhamento Farmacoterapêutico
Referências
Referências
Tempo de
Seguimento
Farmacoterapêu
tico
PRM Intervenção Outros Resultados
BALESTRE,
K.C.B. et al.
(2007)
6 meses Não cita
228 Intervenção de caráter
educativo (28,5%)
orientações sobre a dieta
alimentar)
41,7% faziam uso somente do
antidiabético oral
33,3% seguiam a terapêutica mais
a dieta.
PLÁCIDO, V.
B. de. et. al
(2009)
8 meses 15 (9 PRM 7)
(Conveniência) Não cita
57 % Interação medicamentosa (Alta
frequência AAS)
31
CORRER, C. J
(2008) 12 meses
68,1% PRM 4
(Inefetividade
quantitativa de
medicação)
119 (72,3% ligadas ao
diabetes).
-20,3% de HbA1 para GI
ROBLEJOI, Y.
L.;
DELGADOI, D.
L. (2011)
12 meses
52,08% PRM 4
(Inefetividade
quantitativa de
medicação
97,95% impacto de
intervenção, classificados
como altos
80 % receberam acompanhamento
farmacoterapêutico e permitiu que
alcançassem a estabilidade clínica
TOLEDANO,
C.J. et al (2012) 6 meses
(72) 47 PRM 4
(Inefetividade
quantitativa de
medicação
Intervenção ao controle
glicêmico
174,4mg / dL, (± 70,36mg / dL). A
média de glicemia de jejum após a
SFT foi 139,5mg / dL (± 47,01mg /
dL)
NUNES,
L.M.N. et al
(2012)
6 meses
98 (48% PRM 5)
(Insegurança não
quantitativa de um
medicamento)
90,3 % Total
Farmacêutico-paciente
16 % Total Farmacêutico-
médico-paciente
72 % Valores Alterados da HBC1
63,3 % Não realiza nenhum tipo de
atividade Física
BADESSO,
R.E. et al (2013) 6 meses
198 (55,5 % PRM
4) (Inefetividade
quantitativa de
medicação
118 (77,8 % se resolveram
farmacêutico- paciente;
80,7 se resolveram
Farmacêutico-médico-
paciente)
29,9% de diminuição de glicemia de
jejum no GI
32
Nesse trabalho foram selecionados sete artigos que se relacionavam e continham
características referente ao assunto proposto e havia ligação do objetivo com o presente estudo.
Foram incluídos artigos publicados em português e espanhol a partir do ano de 2007. Foi
excluído 2 artigos que não se enquadravam com o estudo, se tratando somente da Atenção
Farmacêutica, sem referência ao Acompanhamento Farmacoterapêutico. As principais
características de cada artigo estão expostas no quadro 4.
De acordo com análise do quadro 4 destacaram-se 4 artigos que houve alta taxa de
participação do sexo feminino enquanto que os outros restantes não citavam os gêneros
estudados. Não há diferença significativa nos gêneros em estudos nacionais e regionais em
relação a DM no Brasil (MALERBI, 1992; TORQUARTO e MONTENEGRO, 2003). As
mulheres por serem mais preocupadas com a saúde, são diagnosticadas mais cedo quando
comparado com o sexo masculino. O estudo de Pinheiro e colaboradores (2002), em seus
resultados afirmam que o gênero feminino tem frequentado os serviços de saúde mais que o
gênero masculino colaborando assim para maior o diagnóstico de doenças no sexo feminino.
Nos referentes artigos a maioria dos pacientes apresentaram hipertensão, exceto nos
artigos de Correr, (2008) e Roblejoi e Delgadoi (2011), os quais que não transmitiram essa
informação. Estudos demonstraram que a DM2 está propicia ao risco de comorbidades, com
incidência maior a hipertensão (LEITÃO, et al., 2006). Quando comparado a população em
geral, tem maior prevalência em pacientes com DM2, cerca de 50 % dos pacientes quando
diagnosticados com DM já apresentam a hipertensão (GRILLO e GORINI, 2006; DAVIDSON,
2011)
Dos sete artigos apenas três demonstram porcentagem de sedentarismo e obesidade. No
Brasil Foram encontrados alta prevalência de sobrepeso e obesidade nos pacientes do Sudeste
e Sul, a obesidade e sobrepeso em pacientes com DM2 é três vezes maior quando comparado a
população em geral, se assemelhando ao relato em estudos europeus, mas ainda assim atrás dos
EUA (GOMES, et al., 2006). Com decorrência do sedentarismo, a obesidade se desencadeia,
esses dois fatores ambientais juntamente com a suscetibilidade genética contribuem para o
progresso de maior risco da diabetes mellitus (ORTIZ e ZANETTI, 2001)
Outras comorbidades foram apresentadas nos pacientes dos quatro artigos estudados,
como problemas cardíacos e dislipidemia. Problemas relacionados a dislipidemia na DM2
acontece devido à resistência insulina e a obesidade. A dislipidemia nos DM2 é considerada
uma morbilidade, considerada como porta de entrada para o risco de doença coronária. Através
33
dessas duas patologias surgem as doenças cardiovasculares que vêm causando mortalidades em
milhares de pessoas no mundo (PEREIRA, 2011)
Observou-se que as idades médias dos participantes foi de acima de 60 anos de idade,
apenas dois artigos não demonstraram a idade dos pacientes. Outros autores afirmam que a
população vem envelhecendo em número progressivo, com prevalência do sexo feminino com
mais de 60 anos, que representa 55,1 % da população idosa. No Brasil os estudos revelaram o
perfil dos pacientes diagnosticado com DM2, com porcentagem de 17,43 % o grupo da faixa
etária acima de 60 anos de idade (GRILLO e GORINI, 2006). Pode-se observar os artigos do
quadro 4, com alta taxa do sexo feminino corroborando nas idades acima de 60 anos.
Apenas um artigo demonstrou o nível socioeconômico dos participantes, que foram
relevantes. Em outro estudo os resultados do nível de escolaridade dos DM2 foi considerado
baixo, com alta relevância (FERREIRA e FERREIRA, 2009). Nos estudos na Espanha tem sido
demonstrado que quanto menor o nível socioeconômico, pior o controle da doença e maior
frequência da doença e muitos fatores de risco do DM2 (RAMOSA, et al., 2006)
Em relação ao Acompanhamento Farmacoterapêutico, os artigos selecionados
apresentaram relevância com os componentes principais, pontos positivos e negativos, que
foram demonstrados no quadro 5 e analisados para as discussões. Artigos relacionados
contendo informações de outros países visa uma melhor conclusão do trabalho a ser analisado
(ANDRADE e LIMA, 2007).
Quatro artigos apresentaram um tempo relativamente curto, com seis meses de
Acompanhamento Farmacoterapêutico, sendo que, os outros houve variação de tempo, com
tempo mais prolongado, chegando a doze meses. Através de pesquisas não foi encontrado
artigos que definissem o tempo de duração para um bom acompanhamento farmacoterapêutico.
Entretanto o Seguimento Farmacoterapêutico foi relatado que deve ser feito com duração de
tempo até o paciente alcançar seus objetivos e qualidade de vida (CARDOSO, 2013)
Os PRM’s são muito encontradas em pacientes com DM2, estudo realizado por Pino,
(2006), no Chile demonstrou que PRM’s mais relevantes, foi PRM 4 (Inefetividade quantitativa
de medicação) e PRM 3 (Inefetividade não quantitativa da medicação), demonstrando
concordância nos resultados de quatro artigos estudados no quadro 5, que apresentaram maior
frequência de PRM 4. No quadro 5 foram apresentados os PRM’s, nas quais, a maioria utilizou
a metodologia de Dáder e os classificou de acordo com os tipos de problemas relacionados aos
medicamentos. Os problemas relacionados ao medicamento com alta taxa de porcentagem
34
foram expostos no quadro 5. Plácido e colaboradores (2009) também utilizou a metodologia
Dáder, porém classificou com a PRM de Minessota, Balestre e colaboradores (2007), não
demonstrou o tipo de PRM com maior frequência.
O grau de motivação dos pacientes com o Seguimento farmacoterapêutico é
diferenciado, através da intervenção é possível observar que alguns dos pacientes após a
intervenção foi resolvido os PRM’s, enquanto outros que também obtiveram resultados
positivos, o paciente abandonou a consulta por dificuldade financeira (SILVA, 2013). As
intervenções descritas no quadro 5, são realizadas frequentemente pelos farmacêuticos e trouxe
resultados positivo nos pacientes, com problemas resolvidos.
A forma de intervenção por Nunes e colaboradores (2012), Farmacêutico-paciente foi
aceito em 50% dos pacientes, enquanto Farmacêutico-médico-paciente foi de 9,7%. A
intervenção se tratava de implantação de atividade física e alimentação, as duas formas de
intervenção Farmacêutico-paciente e Farmacêutico-médico-paciente apresentaram bom
resultado.
Enquanto que no artigo de Badesso e colaboradores (2013), a melhor intervenção foi
por Farmacêutico-médico-paciente. Em um estudo foi relatado a intervenção farmacêutico-
médico-paciente de 70,0%, demonstrando ser uma ferramenta multidisciplinar eficaz onde
permitiram a identificação de potenciais problemas relacionados aos medicamentos e a
prevenção da grande maioria deles (NUNES, et al., 2008)
Apenas um artigo não apresentou o tipo de intervenção que fez com maior frequência,
portanto obteve êxito nos PRM resolvidos, apenas com orientação e seguimento
farmacoterapêutico. Enquanto os outros artigos apresentados a intervenções que foram
realizadas e observado efeito de sua ação no quadro 5 na coluna de Outros Resultados.
Segundo Assunção e colaboradores (2002), em seu estudo verificou que dos 76 % de
pacientes diabéticos que receberam orientações dietéticas, somente metade seguiu as
orientações. Para as orientações sobre exercícios físicos apenas um terço praticou algum tipo
de atividade. Dos 377 entrevistados, 289 (77%) utilizavam algum tipo de medicamento. Esses
conjuntos de medidas, controle da dieta, administração de antidiabéticos e exercícios físicos
previne complicações da doença.
Os dados de Balestre e colaboradores (2007) não apresentaram alta taxa de tipicidade
no tratamento (antidiabéticos + exercício + dieta), porém, Nunes e colaboradores (2012),
apresentaram apenas um dos fatores que foi ausência de atividade física. Molena e
35
colaboradores (2005), afirma que para os pacientes que tem baixa adesão à prática regular de
atividade física, recomenda-se usualmente, que o paciente diabético, exercite os grandes grupos
musculares por 3 vezes na semana, preferencialmente durante 30 minutos, com intensidade
moderada, através destes já é possível a obtenção de bons resultados.
Plácido e colaboradores (2009), com seu resultado na tabela 5, da coluna de outros
resultados demonstrou a frequência sobre interação medicamentosa. Ferreira (2014), alerta para
a importância e a necessidade do serviço de atenção farmacêutica na saúde e demonstra em seus
resultados também a queda do número de PRMs motivados pelo programa do Seguimento
Farmacoterapêutico.
A maioria dos artigos no quadro 5 que se trataram da hemoglobina glicada, o grupo de
intervenção apresentou melhoria ou dentro faixa da estabelecida para diabéticos, após a
intervenção por auxílio do Seguimento Farmacoterapêutico, comparada ao grupo de controle
que não obteve bons resultados. Foi relatado por Andrade e Péla (2005), que para glicemia em
jejum, glicemia pós-prandial e HbA1c (hemoglobina glicada), houve melhoria nos pacientes
estudados, semelhante a maioria dos artigos da tabela 5 nos quais mostraram dados da HbA1,
comprovando que o seguimento farmacoterapêutico foi eficaz.
Tais resultados são indicativos do impacto do seguimento farmacêutico, abrangendo
todos os aspectos educativos em relação à conduta do paciente perante a sua doença e em
relação à aderência ao tratamento medicamentoso, resultando em melhoria da qualidade vida.
Pesquisas demonstraram que manter o nível da HbA1c abaixo de 7% reduz o risco de
desenvolvimento das complicações da DM (SUMITA e ADRIOLO, 2008).
36
6 Considerações Finais
A DM2 é uma doença crônica não transmissível, que mais prevalece em adultos,
concomitantemente traz grandes problemas se não controlado a glicemia. No entanto o controle
é fundamental para prevenir complicações crônicas da doença. A atividade física, alimentação
saudáveis para diabéticos, também contribui para o paciente ter melhor qualidade de vida. A
população diabética faz uso de muitos medicamentos que se tornam muitas vezes ineficaz o
tratamento, devido os surgimentos dos PRM’s.
O profissional Farmacêutico tem um grande impacto através do acompanhamento
farmacoterapêutico aos pacientes portadores de diabetes, com a duração de tempo de
acompanhamento, com suas habilidades e conhecimentos específicos sobre medicamentos,
através de métodos, mais conhecidos, Dáder e Minessota, detectam PRM, buscando soluciona-
los através das intervenções e orientações para o paciente, auxiliar e analisar o custo benefício
do tratamento, transmitir o seu conhecimento, horários a ser administrado, dosagem,
alimentação adequada, atividade física e monitorização da glicemia capilar,
Entretanto o presente trabalho revisou nas literaturas uma alta taxa de PRM, não controle
glicêmico, falta de atividade física, dieta inadequada e fatores relacionados que contribuem para
esta questão. Demonstrou quanto o farmacêutico com a ferramenta do Acompanhamento
Farmacoterapêutico, tem importância significativa na vida dos diabéticos, porém há uma grande
falta da presença desse profissional, falta de cultura dos pacientes e demais profissionais da área
da saúde em relação ao envolvimento do profissional farmacêutico.
37
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