Upload
daniel-luccas-arenas
View
320
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
SOLIDÃODaniel Luccas Arenas – AD 2017
Douglas Tomio Nakata – AD 2019
Eleanor Rigby Ah, look at all the lonely people
Ah, look at all the lonely people
Eleanor Rigby picks up the rice in
the church where a wedding has
been
Lives in a dream
Waits at the window,wearing the
face that she keeps in a jar by the
door
Who is it for?
All the lonely people, where do
they all come from?
All the lonely people, where do
they all belong?
Father McKenzie writing the words of a sermon that no one will hear
No one comes near
Look at him working, darning his socks in the night when there's nobody thereWhat does he care?
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?
Ah, look at all the lonely peopleAh, look at all the lonely people
Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her nameNobody cameFather McKenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the graveNo one was saved
All the lonely people (ah, look at all the lonely people)Where do they all come from?All the lonely people (ah, look at all the lonely people)Where do they all belong?
The Beatles
http://www.youtube.com/watch?v=-LOgMWbDGPA
De onde vêmtodas as pessoas
solitárias?
Você é solitário?
Introdução
Base para todos os relacionamentos
posteriores
Começa com o vínculo entre o
bebê e seu principal cuidador
Desenvolvimento Social
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
John Bowlby
Apego depende do
conforto
Criança se apega a um determinado cuidador
porque esse adulto proporciona uma
base segura
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Proporciona a base para o desenvolvimento da sua
personalidade
Temperamento da criança
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Experiências sociais diferentes
Circunstâncias da família
Temperamento do bebê
Comportamento do cuidador
Variações na maneira como se relacionam com as pessoas que delas cuidam
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Creche de baixa
qualidade
Crianças desatentas e antissociais
Qualidade da vida
doméstica é o principal
fator
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Menor autoestima
Menor competência
social
Efeitos negativos sobre a criança
Conflitos domésticos
Divórcio
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Socialização
Processo pelo qual uma pessoa aprende a ser um membro de um
grupo social.
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Socialização
Ação
IdeologiasInterpretação
do mundo social
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
O que é solidão?
Certo!Mas então, qual a diferença entre
solidão e isolamento
social?
Definição
• Isolamento social: comportamento no qual o indivíduo deixa de participar - voluntariamente ou não - de atividades sociais em grupo– Wilson - falta de contato ou interação sustentada com
indivíduos ou instituições que representam a sociedade predominante
• Solidão: percepção de isolamento social (subjetivo)– Perplau e Perlman - sentimento negativo gerado pelo contraste
entre o contato desejado e o contato experimentado.• Solidão social (rede social)• Solidão emocional (relações íntimas)
• Solitude: estar só, isolamento voluntário.
Quem é solitário?
• Todos podem ser!
• Influenciado pela cultura e pela classe social;
• Mais prevalente em idosos;
• Importante na idade escolar;
• Alta incidência;
• Prevalência vem crescendo a cada ano em todos os grupos.
Nicolaisen M, Thorsenwho K. Who are lonely? Loneliness in different age groups (18-81 years old), using two measures of lonelines. Int’L. J. Aging and Human Development, 2014; 78(3) 229-257.
Causas e Consequências
da Solidão
Causas
• Fatores genéticos (estudos com gêmeos);
• Fatores evolutivos (espécie social);
• Fatores ambientais, socioculturais e pessoais:– Contexto e influência social, rede de apoio,
isolamento físico, mudanças, divórcio, morte dealguém próximo, bullyng, baixa auto-estima, baixaresiliência, etc.
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
Tipos
• Solidão aguda:
– Inevitável ;
– Desprovida de repercussões orgânicas relevantes.
• Solidão crônica:
– Estigmatizada;
– Evitável;
– Nociva.
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
A percepção subjetiva do isolamento social é mais
importante para o bem-estar individual do que qualquer medida objetiva do número
de interações sociais.
Consequências
• Afeta cortex pré-frontal (estudos com RMIfuncional)– Alterações comportamentais.
• Ativação crônica simpática, do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal e estresse oxidativo– diminuição do controle inflamatório (resposta,
inibição e resistência), aumento de citocinas,glicocorticoides e catecolaminas e diminuição daimunidade celular.
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
Objetivo evolutivo dessas
alterações biológicas:
procurar o apoio do grupo!
Manifestações Clínicas
• Diminuição cognitiva;
• Diminuição do poder de decisão e juízo crítico;
• Comportamento agressivo, depreciativo e de isolamento;
• Alterações do sono e fadiga;
• Anedonia, tristeza e desesperança;
• Ansiedade social;
• Sintomas obsessivos e compulsivos;
• Estresse!
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
Desfechos
• Depressão e outros transtornos psiquiátricos;• Suicídio;• Hipertensão arterial sistêmica;• AVC, IAM e outras doenças cardiovasculares;• Alcoolismo e abuso de substâncias;• Obesidade, sedentarismo e Diabetes Mellitus tipo 2;• Doença de Alzheimer e outras demências;• Infecções;• Doenças inflamatórias;• Câncer.
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
A solidão aumenta o risco de morte tanto
quanto o cigarro
Mais de 100 estudos epidemiológicos publicados a partir dos anos de 1980!
Como resolver esse
grande problema?
O que fazer?
• Reconhecer os sinais da solidão e nãomenosprezá-la;
• Compreender a pessoa solitária e oferecer ajuda;• Entender os efeitos físicos e mentais da solidão;• Incentivar trabalhos comunitários, participação
em grupos e considerar terapia em grupo;• Valorizar as interações sociais, familiares e redes
de apoio;• Evitar pensamentos negativos e de rejeição;• Combater opressões e desigualdades sociais.
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
Curiosidades
Hikikomori
• Japão – “aversão anormal ao contato social“;• Pessoas que não saem de casa por mais de 6
meses;• Descrito por Tamaki Saito em 1998
• Isolamento social voluntário?• "They are tormented in the mind, they want to go
out in the world, they want to make friends orlovers, but they can't." Tamaki Saito
Hikikomori
• Alterações de sono, ansiedade, medo, anedonia, agressividade, dependência, etc.;
• Uso intenso de tecnologias;
• Correlação com transtornos psiquiátricos (humor, ansiedade, dependência, esquizofrenia, etc.);
• 2010: pesquisa de prevalência do Japanese Cabinet Office – mais de 700,000 casos no Japão;
• Jovens do sexo masculino – 53 a 80%
Por quê vocês
acham que isso ocorre?
Hikikomori
• Fatores biológicos, ambientais e socioculturais(trabalho, oportunidades, escola, pressão social,internet, sentimento de não pertencer a umgrupo, bullyng)
• Compreensão, suporte
psicológico e familiar,
terapia em grupo,
medicações.
Watts J. Tokyo Public health experts concerned about “hikikomori”. Lancet, 2002; 359(9312):1131.
Perguntaram a um paciente o que ele sentia
que o impedia de sair de casa:
Resposta: MEDO E SOLIDÃO
• Não é restrito a fatores culturais;
• Provavelmente presente em vários países do mundo (maisdesenvolvidos e áreas urbanas);
• Países com rápidas mudanças socioculturais devido aglobalização;
• Necessidade de mais estudos, critérios específicos e
instrumentos de medida transculturais validados.
“Eu não quero falar com ninguém.
Eu não quero fazer nada.
Eu nem mesmo queroatender o telefone.
O que eu devo fazer?”
• Welcome to NHK!
– Manga (e anime) sobre a vida de um hikikomori.
(Copyright Tatsuhiko TAKIMOTO 2004, KendiOIWA 2004. Published by KADOKAWASHOTEN.)
• Tokyo! (2008)
• Documentário BBC (2002)
• http://www.bbc.com/news/magazine-23182523
Será que a hipermodernidade
é a maior vilã?
Resumindo
• John Cacioppo– The University of Chicago
Department of Psychology, andDepartment of Psychiatry and Behavioral Neuroscience
• https://www.youtube.com/watch?v=_0hxl03JoA0
• https://www.youtube.com/watch?v=iEmR_Ez1dVE
Conclusão
"Logo pela manhã, foraatormentado por um pro-fundo e singular aborreci-mento. Subitamente afi-gurou-se-me que estavasó, abandonado por to-dos, que toda a gente seafastava de mim.”
Conclusão
“Fui tomado pelo receiode me encontrar só edurante três dias inteiroserrei pela cidade mergu-lhado numa profunda me-lancolia, sem nada com-preender do que se pas-sava comigo.”
Dostoiévski, Fiódor. Noites Brancas. 1ª Edição. São Paulo: Editora 34; 2013.
Obrigado!!!
[email protected]@gmail.com