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Assistência de Enfermagem na Síndrome de Guillain Barré
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Síndrome de Guillain-Barré (SGB)
Professor: Antônio Henrique Arruda
Aluna: Adriana Rodrigues do Carmo
Módulo Clínica Médica
Epidemiologia
A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é a maior causa de
paralisia flácida generalizada no mundo com incidência
anual de 1 a 4 por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40
anos de idade. Não existem dados epidemiológicos
específicos para o Brasil.
Introdução
Reflexos profundos
Paralisia flácida
Tônus
Introdução
Síndrome de Guillain-Barré (SGB)
Doença autoimune
Mielina da porção proximal dos nervos periféricos
Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10): G61.0
Síndrome de Miller-Fisher
Variante da SGB
Ataxia Arreflexia Oftalmoplegia
Infecções precedentes e outros fatores precipitantes da SGB
32
13
10
10
35
Campylobacter jejuni
Citomegalovírus
Epstein Barr
Com infecções virais ou outros fatores precipi-tantes
Sem patologia ou outro fa-tor precedente
Infecções precedentes e outros fatores precipitantes da SGB
Infecções virais
Hepatites
HIV
Influenza
Fatores precipitantes
Cirurgia
Gravidez
Imunização
Parestesia nas extremidades distais
Membros inferiores
Membros superiores
Sinais e Sintomas da SGB
Sinais e Sintomas da SGB
Fraqueza progressiva
1
•Membros inferiores
2
•Membros superiores
3
•Tronco
4
5• Pescoço
• Cabeça
Dor neuropática lombar
Em 50% dos casos
Sinais e Sintomas da SGB
Intensidade dos sinais e sintomas da SGB
Fraqueza leveTetraplegia completa
Paralisia facial
Oftalmoparesia e ptose
Perda dos reflexos miotáticos
Instabilidade autonômica
Arritmias importantes
Raramente persistem após 2 semanas
Progressão da SGB
Período de maior intensidade do comprometimento motor ( nadir)
Na 2ª semana 50~75%
30% dos pacientes necessitam de
ventilação mecânica nesse período.
Até a 3ª semana 80~92%
Até a 4ª semana 90~94%
Critérios diagnósticos da SGB
1. Aspectos necessários para o diagnóstico Perda progressiva de força nas pernas e nos braços Arreflexia
2. Aspectos que sustentam fortemente o diagnóstico Progressão dos sintomas em até 4 semanas Simetria relativa dos sintomas Alterações variadas de sensório Envolvimento de pares cranianos (principalmente o facial) Recorrência dos sintomas dentro de 2~4 semanas Disfunção autonômica Ausência de febre no inícioProteinorraquia elevada com celularidade abaixo de 10/mm3 Achados eletrodiagnósticos típicos
3. Aspecto de diagnóstico duvidoso Nível de sensório preservado Marcada e persistente assimetria de sinais e sintomas Disfunção intestinal ou vesical severa ou persistente Líquor: > 50 células/mm3
4. Aspectos que excluem o diagnóstico Diagnóstico de botulismo ou miastenia Diagnóstico de poliomielite ou neuropatia tóxica Metabolismo da porfirina anormal Difteria
Critérios diagnósticos da SGB
Diagnóstico
Clínico
Progressão
Fraqueza
Laboratorial
Análise do líquido cefalorraquidiano
Eletroneuromiografia
Diagnóstico
Tratamento
Imunoglobulina humana Plasmaférese
0,4 g/kg/dia, por via intravenosa
2 a 6 sessões com volume de 200 a 250 ml/Kg a cada 48h.
Investigação
Coleta de dados
Anamnese coletando dados que possam incluir o paciente no diagnóstico de SGB;
Exame físico atentando para parestesia e arreflexia; Sinais vitais, atentando para a frequência respiratória e
cardíaca; Revisão do prontuário com evolução de Enfermagem e
médica (neurologia); Exames complementares, incluindo análise do líquido
cefalorraquidiano.
A equipe multidisciplinar, principalmente a de enfermagem, precisa estar atenta a quaisquer sinais de instabilidade na internação prolongada.
Praticamente todas as mortes são decorrentes de complicações da hospitalização prolongada. Essas complicações podem ser minimizadas pelos excelentes cuidados médicos e de enfermagem em uma UTI.
Diagnóstico e intervenção de Enfermagem
Diagnóstico Intervenções
Padrão respiratório ineficaz devido à disfunção neuromuscular/ Fadiga muscular.
Manter cabeceira do leito elevada para evitar pneumonia por aspiração de corpo estranho ou fluídos;Posicionar o cliente no leito de forma a promover o conforto, segurança e expansão pulmonar;Avaliar diariamente a radiografia de tórax buscando sinais de atelectasia ou acúmulo de secreções brônquicas;Na presença de atelectasia pulmonar, mantenha o paciente no decúbito contra-lateral ao pulmão acometido e em decúbito dorsal;Avaliar gasometria; Observar cianose periférica e de extremidades;Garantir o aporte ventilatório e a adequada oxigenação do paciente;Ficar atento ao quadro de insuficiência respiratória aguda;Aspirar secreções pulmonares regularmente; Providenciar material de intubação orotraqueal e auxiliar na intubação
Diagnóstico Intervenções
Deglutição prejudicada relacionada à lesão neuromuscular (p. ex: força ou contração diminuída dos músculos envolvidos na mastigação, prejuízo perceptivo, paralisia facial), envolvimento de nervos cranianos e distúrbios respiratórios.
Supervisionar o suporte nutricional, avaliando as dietas prescritas; Monitorizar as refeições para avaliar o nível de dificuldade do cliente em deglutir; Avaliar ressecamento da mucosa oral;Atentar para adaptação do cliente à dieta prescrita;Estar atento a quadros de diarreia ou constipação intestinal.
Diagnóstico e intervenção de Enfermagem
Diagnóstico Intervenções
Mobilidade física prejudicada relacionada a prejuízos sensório- perceptivos, musculoesqueléticos e neuromusculares.
Instituir cuidados de higiene e conforto no leito;Dar apoio psicológico ao cliente e seus familiares, e fornecer informações sobre a doença e suas perspectivas de cura;Instituir protocolo de prevenção de úlceras por pressão;Instituir protocolo de segurança no leito;Oferecer proteção ocular se houver paralisia facial; Discutir com o médico a necessidade de terapia antiembólica (uso de anticoagulantes e meias elásticas);Promover alívio da dor com a administração de fármacos como a prescrição médica.
Diagnóstico e intervenção de Enfermagem
Diagnóstico Intervenções
Eliminação urinária prejudicada ligada ao dano sensório-motor.
Realizar balanço hídrico rigoroso;Implementar sonda vesical de demora;Administrar líquidos com segurança, conforme prescrição médica; Notificar ao médico sobre o débito urinário diminuído.
Diagnóstico e intervenção de Enfermagem
Referências
• BOLAN et all. Síndrome de Guillain-Barré. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 51 (1): 58-61, jan.-mar. 2007.
• Dicionário de termos médicos. Paralisia flácida. http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_12706.php com acesso em 19 de abril de 2012.
• PICON, P. D.; GADELHA, M. I. P.; BELTRAME, A. Síndrome de Guillain-Barré: Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas. Portaria SAS/MS nº 497, de 23 de dezembro de 2009.