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Estudo descritivo longitudinal de pacientes pediátricos com tumores cerebrais primários: estabelecimento de um registro hospitalar Juvenia Bezerra Fontenele 1 , Paula Maria Pereira Freire 1 , Kelly Kaliana dos Santos 1 1 - Curso de Farmácia, Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará [email protected] XIX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica SBOC 2015 Introdução E mbora os tumores do sistema nervoso central (SNC) representem 2% de todas as neoplasias em geral, têm morbi-mortalidade desproporcionalmente grandes e re- presentam a segunda forma de câncer mais comum em cri- anças e a principal neoplasia sólida na infância nos EUA, ocorrendo em torno de 21,3% de todas as crianças com doenças malignas.[1] O projeto objetivou construir um re- gistro do perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a tratamento para tumores do SNC no nosso centro, cri- ando um registro hospitalar de pacientes pediátricos com tumores do SNC. Para tanto, um instrumento de coleta de dados foi criado utilizando a plataforma Google Apps (Google Inc., 2014). Material e Métodos O desenho do estudo é unicêntrico, aberto, não randomizado, não controlado e retrospectivo. O principal objetivo do estudo é a descri- ção de um grupo de pacientes tratados em nosso serviço hospitalar. Um desenho experimental descritivo longitudinal foi utilizado, devido à necessidade de atualização periódica dos dados após o registro ini- cial de cada paciente. A pesquisa foi desenvolvida no Hospital Infantil Albert Sabin e em seu anexo Centro Pediátrico do Câncer. Foi uti- lizada amostragem por acessibilidade. A amostra foi constituída por pacientes diagnosticados por demanda espontânea. Foram analisa- dos prontuários de saúde dos pacientes entre 0 e 18 anos, portadores de tumores cerebrais, que iniciaram tratamento quimioterápico no Serviço de Onco-Hematologia Pediátrica do Hospital Infantil Albert Sabin entre janeiro de 2000 e dezembro de 2013. Os pesquisadores solicitaram ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) a dispensa de consentimento informado para participantes cujas informações serão extraídas após o óbito ou fim do tratamento, nos termos da resolu- ção CNS número 466/12. O projeto foi aprovado em 2014 pela CEP de nossa instituição (CAAE 30792114.0.0000.5042). O pesquisador responsável pela extração dos dados foi devidamente treinado e ca- pacitado para realização dos procedimentos. Após este treinamento, foi iniciado o recrutamento da amostra, com identificação dos pa- cientes admitidos. Foram avaliados nesse estudo, através de dados coletados dos prontuários dos pacientes, o tipo e subtipo histológico, topografia e disseminação local e distante, e o tamanho das lesões; o quadro clínico e exames laboratoriais de entrada dos pacientes; o tra- tamento instituído, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia; a evolução dos pacientes durante o tratamento, incluindo complicações, efeitos colaterais do tratamento e co-morbidades; os medicamentos e hemoderivados usados pelos pacientes durante o tratamento; o desfe- cho do tratamento e a sobrevida. Um instrumento de coleta de dados foi criado utilizando a plataforma Google Apps (Google Inc., 2014), com capacidade de armazenamento, criação e edição de documentos de escritório eletrônico (texto, planilhas, apresentações visuais, for- mulários, entre outros) e colaboração em tempo real através da rede (computação em nuvem). O instrumento é um questionário intera- tivo construído com o aplicativo Google Formulários (Google Inc., 2014). Os formulários podem ser preenchidos em vários dispositivos diferentes (computadores PC, Mac e Linux, tablets e smartphones Apple e Android), permitindo grande mobilidade e flexibilidade aos pesquisadores. O instrumento foi construído tendo por base instru- mentos já validados e modelos padronizados, como a avaliação sócio- demográfica da OMS, escala modificada de Lansky e a escala do ECOG. [2] Resultados e Discussão Até o momento, foram cadastradas 143 res- postas ao formulário (35% dos 409 pacientes). Município de origem 33,5% Tipo histológico 37,6% Figura 1: A maioria dos pacientes veio de Forta- leza e não foi operada, fi- cando sem histologia. Do total de respostas, 35% (48) são de Fortaleza e 65% do interior do estado. Quanto ao sexo, 49% (70) foram do sexo masculino e 51% (73) do sexo feminino (razão M:F de 1:1,04). Quanto ao diagnós- tico histopatológico, 34% (49) dos pacientes ficou sem histo- logia, pois não foram aborda- dos cirurgicamente. A histolo- gia mais frequente foi Medu- loblastoma clássico, com 9% (13) dos pacientes. Em se- gundo lugar, Astrocitoma di- fuso e Ependimoma, cada um com 8% (11) dos pacientes. A seguir, vieram outros menos frequentes. Figura 2: Página inicial do questionário no Google Formulários. Quanto à topografia, a maior parte dos pacientes (22%) teve tumor difuso da ponte (tronco cerebral), enquanto 14% (20) eram do verme cerebelar, 9% (13) eram do IV ventrículo e o restante distribuiu-se em vá- rias áreas menos frequentes do sistema nervoso central. Topografia da lesão 28,3% Avaliação funcional ao diagnóstico - ECOG 18,8% 26,1% 33,3% Figura 3: A maioria dos pacientes tinha tu- mor pontino difuso e um estado funcional ruim (ECOG 3-4). Setenta por cento dos pa- cientes não foi avaliado quanto à presença de me- tástases de neuro-eixo, 22% (32) não tinha metástases e o restante (8%) apresen- tou metástases ao diagnós- tico. Quanto ao tratamento cirúrgico, 66% (95) dos paci- entes sofreram cirurgia, sendo que 22% (31) tiveram res- secção completa. Cerca de 59% (85) receberam radio- terapia. Em torno de 63% (89) dos pacientes recebe- ram algum tipo de quimi- oterapia. Em relação aos resultados, 35% (46) dos pacientes obtiveram remissão completa da doença após o primeiro tratamento, enquanto 11% (14) ti- veram progressão de doença durante o tratamento. Na última avaliação realizada, 25% (36) dos pacientes es- tavam vivos e sem doença, enquanto 42% (60) estavam vivos, porém ainda com doença. Cerca de 29% (41) dos pacientes faleceram pela progressão da doença tumoral. Conclusão Estado na última avaliação 22,9% 33,1% 38,6% Figura 4: A maioria dos pacientes teve desfecho desfavorável (óbito ou vivo com doença). O melhor conhecimento da população acometida por este grupo de patologias neoplási- cas é importante para avaliar as estratégias atualmente uti- lizadas no diagnóstico e trata- mento. Tem tamém uma im- portância crítica para a gestão hospitalar e, através de extra- polação para populações e ins- tituições diversas, tem o potencial de ser insumo para os sistemas de saúde de uma forma global. Além disso, o banco de dados gerado pelo projeto se tornará padrão his- tórico para ser usado em pesquisa clínica, podendo subsi- diar o planejamento de ensaios clínicos futuros com infor- mação para calcular a probabilidade posterior de eventos de interesse. O estabelecimento de um registro hospitalar especializado em tumores cerebrais pode, ainda, servir de semente para o escalonamento deste serviço a nível multi- institucional, regional e até estadual. Referências [1] American Cancer Society. Cancer Facts & Figures 2010. Atlanta: American Cancer Society, 2010. [2] Lansky SB, List MA, Lansky LL, Ritter-Sterr C, Miller DR. The measurement ofperformance in childhood cancer patients. Cancer. 1987;60(7):1651-6 SBOC 2015 - XIX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica

Longitudinal descriptive study of pediatric patients with primary brain tumors: establishment of a hospital registry (author's translation)

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Page 1: Longitudinal descriptive study of pediatric patients with primary brain tumors: establishment of a hospital registry (author's translation)

Estudo descritivo longitudinal de pacientes pediátricos com tumorescerebrais primários: estabelecimento de um registro hospitalar

Juvenia Bezerra Fontenele1, Paula Maria Pereira Freire1, KellyKaliana dos Santos1

1 - Curso de Farmácia, Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará[email protected]

XIX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica — SBOC 2015

Introdução

Embora os tumores do sistema nervoso central (SNC)representem 2% de todas as neoplasias em geral, têm

morbi-mortalidade desproporcionalmente grandes e re-presentam a segunda forma de câncer mais comum em cri-anças e a principal neoplasia sólida na infância nos EUA,ocorrendo em torno de 21,3% de todas as crianças comdoenças malignas.[1] O projeto objetivou construir um re-gistro do perfil epidemiológico dos pacientes submetidosa tratamento para tumores do SNC no nosso centro, cri-ando um registro hospitalar de pacientes pediátricos comtumores do SNC. Para tanto, um instrumento de coletade dados foi criado utilizando a plataforma Google Apps(Google Inc., 2014).

Material e Métodos

O desenho do estudo é unicêntrico, aberto, não randomizado, nãocontrolado e retrospectivo. O principal objetivo do estudo é a descri-ção de um grupo de pacientes tratados em nosso serviço hospitalar.Um desenho experimental descritivo longitudinal foi utilizado, devidoà necessidade de atualização periódica dos dados após o registro ini-cial de cada paciente. A pesquisa foi desenvolvida no Hospital InfantilAlbert Sabin e em seu anexo Centro Pediátrico do Câncer. Foi uti-lizada amostragem por acessibilidade. A amostra foi constituída porpacientes diagnosticados por demanda espontânea. Foram analisa-dos prontuários de saúde dos pacientes entre 0 e 18 anos, portadoresde tumores cerebrais, que iniciaram tratamento quimioterápico noServiço de Onco-Hematologia Pediátrica do Hospital Infantil AlbertSabin entre janeiro de 2000 e dezembro de 2013. Os pesquisadoressolicitaram ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) a dispensa deconsentimento informado para participantes cujas informações serãoextraídas após o óbito ou fim do tratamento, nos termos da resolu-ção CNS número 466/12. O projeto foi aprovado em 2014 pela CEPde nossa instituição (CAAE 30792114.0.0000.5042). O pesquisadorresponsável pela extração dos dados foi devidamente treinado e ca-pacitado para realização dos procedimentos. Após este treinamento,foi iniciado o recrutamento da amostra, com identificação dos pa-cientes admitidos. Foram avaliados nesse estudo, através de dadoscoletados dos prontuários dos pacientes, o tipo e subtipo histológico,topografia e disseminação local e distante, e o tamanho das lesões; oquadro clínico e exames laboratoriais de entrada dos pacientes; o tra-tamento instituído, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia; aevolução dos pacientes durante o tratamento, incluindo complicações,efeitos colaterais do tratamento e co-morbidades; os medicamentos ehemoderivados usados pelos pacientes durante o tratamento; o desfe-cho do tratamento e a sobrevida. Um instrumento de coleta de dadosfoi criado utilizando a plataforma Google Apps (Google Inc., 2014),com capacidade de armazenamento, criação e edição de documentosde escritório eletrônico (texto, planilhas, apresentações visuais, for-mulários, entre outros) e colaboração em tempo real através da rede(computação em nuvem). O instrumento é um questionário intera-tivo construído com o aplicativo Google Formulários (Google Inc.,2014). Os formulários podem ser preenchidos em vários dispositivosdiferentes (computadores PC, Mac e Linux, tablets e smartphonesApple e Android), permitindo grande mobilidade e flexibilidade aospesquisadores. O instrumento foi construído tendo por base instru-mentos já validados e modelos padronizados, como a avaliação sócio-demográfica da OMS, escala modificada de Lansky e a escala doECOG. [2]

Resultados e Discussão

Até o momento, foram cadastradas 143 res-postas ao formulário (35% dos 409 pacientes).

Abaiara 0 0%

Acarape 1 0.6%

Acarau 1 0.6%

Acopiara 1 0.6%

Aiuaba 0 0%

Alcantaras 0 0%

Alto Santo 0 0%

Amontada 0 0%

Apuiares 1 0.6%

Aquiraz 2 1.2%

Aracati 2 1.2%

Aracoiaba 0 0%

Ararende 0 0%

Aurora 0 0%

Barbalha 0 0%

Barreira 1 0.6%

Barro 2 1.2%

Baturite 0 0%

Beberibe 1 0.6%

Bela Cruz 1 0.6%

Boa Viagem 0 0%

Boa Vista 1 0.6%

Camocim 0 0%

Caninde 5 3.1%

Capistrano 0 0%

Carire 1 0.6%

Carius 0 0%

Cascavel 0 0%

Catunda 1 0.6%

Caucaia 13 8.1%

Cedro 0 0%

Chaval 0 0%

Crateus 1 0.6%

Crato 2 1.2%

Croata 0 0%

Cruz 1 0.6%

Eusebio 1 0.6%

Uruburetama 1 0.6%

Farias Brito 1 0.6%

Forquilha 0 0%

Fortaleza 54 33.5%

Frecheirinha 1 0.6%

Graca 1 0.6%

Granja 1 0.6%

Granjeiro 0 0%

Guaiuba 3 1.9%

Guaraciaba do Norte 1 0.6%

Hidrolandia 1 0.6%

Horizonte 2 1.2%

Ibaretama 1 0.6%

Ibicuitinga 2 1.2%

Icapui 0 0%

Ico 1 0.6%

Iguatu 1 0.6%

Independencia 1 0.6%

Ipu 1 0.6%

Iracema 1 0.6%

Iraucuba 1 0.6%

Itaiçaba 1 0.6%

Itapaje 0 0%

Município de origem

33,5%

Adenoma de hipofise 0 0%

Astrocitoma pilocitico 8 4.8%

Astrocitoma difuso/fibrilar 13 7.8%

Astrocitoma anaplasico 0 0%

Astrocitoma pilomixoide 5 3%

Astrocitoma subependimario de celulas gigantes 2 1.2%

Carcinoma embrionario 0 0%

Carcinoma de plexo coroide 1 0.6%

Coriocarcinoma 0 0%

Craniofaringioma 3 1.8%

Disgerminona 1 0.6%

Ependimoma 12 7.2%

Ependimoma anaplasico 7 4.2%

Ependimoma mixopapilar 0 0%

Gangliocitoma 1 0.6%

Germinoma 1 0.6%

Ganglioglioma 0 0%

Ganglioglioma atipico 1 0.6%

Ganglioglioma anaplasico 1 0.6%

Ganglioglioma Infantil Desmoplasico 2 1.2%

Glioblastoma multiforme 6 3.6%

Gliomatose 0 0%

Meduloblastoma classico 15 9%

Meduloblastoma de grandes celulas/anaplasico 0 0%

Meduloblastoma desmoplasico/nodular 8 4.8%

Meduloepitelioma 0 0%

Meningioma 0 0%

Meningioma atipico 0 0%

Meningioma meningotelial 2 1.2%

Meningioma transicional 1 0.6%

Neuroblastoma 0 0%

jul de 2013

ago de 2013

set de 2013

out de 2013

nov de 2013

dez de 2013

jan de 2014

mar de 2014

abr de 2014

mai de 2014

jul de 2014

set de 2014

out de 2014

nov de 2014

dez de 2014

jan de 2015

mar de 2015

abr de 2015

mai de 2015

jul de 2015

Tipo histológico

4 8 24 (2)

20 28

14

2 3 14 18 22

19 20 27

15 19 21 (2)

9 10 14 15 29

7 17

2 30

16 26 28 31

1 26 28

3 17

13 16 29

20 (2)

5 16

7 28 30

23

10 20

7

8

37,6%

Figura 1: A maioria dospacientes veio de Forta-leza e não foi operada, fi-cando sem histologia.

Do total de respostas, 35%(48) são de Fortaleza e 65%do interior do estado. Quantoao sexo, 49% (70) foram dosexo masculino e 51% (73) dosexo feminino (razão M:F de1:1,04). Quanto ao diagnós-tico histopatológico, 34% (49)dos pacientes ficou sem histo-logia, pois não foram aborda-dos cirurgicamente. A histolo-gia mais frequente foi Medu-loblastoma clássico, com 9%(13) dos pacientes. Em se-gundo lugar, Astrocitoma di-fuso e Ependimoma, cada um com 8% (11) dos pacientes.A seguir, vieram outros menos frequentes.

Figura 2: Página inicial do questionário no Google Formulários.

Quanto à topografia, a maior parte dos pacientes (22%)teve tumor difuso da ponte (tronco cerebral), enquanto14% (20) eram do verme cerebelar, 9% (13) eramdo IV ventrículo e o restante distribuiu-se em vá-rias áreas menos frequentes do sistema nervoso central.

Meningioma atípico 0 0%

Meningioma meningotelial 0 0%

Meningioma transicional 0 0%

Neuroblastoma 0 0%

Oligoastrocitoma 0 0%

Oligodendroglioma 0 0%

Oligodendroglioma anaplásico 0 0%

Outros 0 0%

Papiloma atípico de plexo coróide 0 0%

Papiloma de plexo coróide 0 0%

Pineoblastoma 0 0%

Tumor neuroectodérmico primitivo - PNET 0 0%

Schwannoma 0 0%

Sem histologia 0 0%

Subependimoma 0 0%

Teratoma 0 0%

Teratoma maligno 0 0%

Tumor de células germinativas SOE 0 0%

Tumor de seio endodérmico 0 0%

Tumor teratóide-rabdóide atípico 0 0%

Xantoastrocitoma pleomórfico 0 0%

Angulo ponto-cerebelar 1 0.6%

Base do crânio - esfenóide (extendendo-se ou não para órbita) 2 1.2%

Cerebelo - hemisfério 7 4.2%

Cerebelo - vermis 21 12.7%

Cerebelo - não especificado 1 0.6%

Diencéfalo - pineal e epitálamo 3 1.8%

Diencéfalo - sela túrcica 5 3%

Diencéfalo - tálamo e subtálamo, III ventrículo 11 6.6%

Diencéfalo - vias ópticas e hipotálamo 7 4.2%

Frontal 6 3.6%

Occipital 1 0.6%

Órbita - nervo óptico 1 0.6%

Medula cervical 0 0%

Medula espinhal - lesao sobreposta 0 0%

Medula lombar 2 1.2%

Medula toracica 2 1.2%

Parietal 1 0.6%

Supratentorial - gliomatose cerebral 1 0.6%

Supratentorial - lesão sobreposta 11 6.6%

Temporal 3 1.8%

Ki67 (%)

25

26

25

26

Topografia da lesão

28,3%

Centro de Oncologia Pediátrica (COP) - HLF 0 0%

Hospital Haroldo Juaçaba - ICC 0 0%

Santa Casa de Misericórdia de Sobral 13 7.8%

Hospital Maternidade São Vicente de Paula - Barbalha 1 0.6%

Outros 15 9%

Centro Pediátrico do Câncer - HIAS 164 98.8%

Centro de Oncologia Pediátrica (COP) - HLF 0 0%

Hospital Haroldo Juaçaba - ICC 0 0%

Hospital Maternidade São Vicente de Paula - Barbalha 1 0.6%

Outros 1 0.6%

Centro Pediátrico do Câncer - HIAS 164 98.8%

Centro de Oncologia Pediátrica (COP) - HLF 0 0%

Hospital Haroldo Juaçaba - ICC 0 0%

Hospital Maternidade São Vicente de Paula - Barbalha 1 0.6%

Outros 1 0.6%

0 - Totalmente ativo; sem restrições funcionais 46 33.3%

1 - Atividade física estenuante é restrita; deambula sem qualquer dificuldade e é capaz de realizar trabalho leve 36 26.1%

2 - Capaz de se auto-cuidar, porém incapaz de qualquer atividade laboral. Capaz de manter-se em pé mais do que 50% do tempo de vigília 17 12.3%

3 - Capacidade limitada de auto-cuidados; confinado à cama ou à cadeira mais de 50% do tempo de vigília 26 18.8%

4 - Completamente incapaz, não consegue se auto-cuidar, totalmente confinado à cama ou à cadeira 13 9.4%

0 - Totalmente ativo; sem restrições funcionais 46 33.3%

1 - Atividade física estenuante é restrita; deambula sem qualquer dificuldade e é capaz de realizar trabalho leve 36 26.1%

2 - Capaz de se auto-cuidar, porém incapaz de qualquer atividade laboral. Capaz de manter-se em pé mais do que 50% do tempo de vigília 17 12.3%

3 - Capacidade limitada de auto-cuidados; confinado à cama ou à cadeira mais de 50% do tempo de vigília 26 18.8%

4 - Completamente incapaz, não consegue se auto-cuidar, totalmente confinado à cama ou à cadeira 13 9.4%

10 - Não brinca; não sai da cama. 10 7.9%

20 - Dorme com frequência; atividades passivas 1 0.8%

30 - Acamado; necessita de assistência mesmo para atividades tranquilas. 2 1.6%

40 - Maior parte do tempo na cama; atividades tranquilas. 22 17.3%

50 - Consegue se vestir; deitado quase sempre, participa de atividades tranquilas. 5 3.9%

Local do tratamento

Avaliação funcional ao diagnóstico - ECOG

LPPS - Escala de Lansky - diagnóstico

98,8%

18,8%

26,1%

33,3%

29,1%

14,2%

17,3%

Figura 3: A maioriados pacientes tinha tu-mor pontino difuso e umestado funcional ruim(ECOG 3-4).

Setenta por cento dos pa-cientes não foi avaliadoquanto à presença de me-tástases de neuro-eixo, 22%(32) não tinha metástasese o restante (8%) apresen-tou metástases ao diagnós-tico. Quanto ao tratamentocirúrgico, 66% (95) dos paci-entes sofreram cirurgia, sendoque 22% (31) tiveram res-secção completa. Cerca de59% (85) receberam radio-terapia. Em torno de 63%(89) dos pacientes recebe-ram algum tipo de quimi-

oterapia. Em relação aos resultados, 35% (46) dospacientes obtiveram remissão completa da doençaapós o primeiro tratamento, enquanto 11% (14) ti-veram progressão de doença durante o tratamento.Na última avaliação realizada, 25% (36) dos pacientes es-tavam vivos e sem doença, enquanto 42% (60) estavamvivos, porém ainda com doença. Cerca de 29% (41) dospacientes faleceram pela progressão da doença tumoral.

Conclusão

Vivo, sem doença 38 22.9%

Vivo, com doença 64 38.6%

Óbito pela progressão da doença 55 33.1%

Óbito por complicações não relacionadas, sem doença 3 1.8%

Óbito por complicações do tratamento, com doença 6 3.6%

Óbito por segunda neoplasia 0 0%

Perda de seguimento 0 0%

Vivo, sem doença 38 22.9%

Vivo, com doença 64 38.6%

Óbito pela progressão da doença 55 33.1%

Óbito por complicações não relacionadas, sem doença 3 1.8%

Óbito por complicações do tratamento, com doença 6 3.6%

Óbito por segunda neoplasia 0 0%

Perda de seguimento 0 0%

ago de 2012

set de 2012

out de 2012

mar de 2013

abr de 2013

mai de 2013

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out de 2013

nov de 2013

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mar de 2014

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jun de 2014

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dez de 2014

jan de 2015

fev de 2015

mar de 2015

abr de 2015

mai de 2015

jun de 2015

ago de 2015

set de 2015

nov de 2015

Estado na última avaliação

6 30

28

19

11 (2) 12

3 4 14 (2)

3 28

5 9 11 21

9

19 23

5 6 8 15 18

6 15

3 8 10 17 29

1 10 20 21 24 26

5 11 25

16 27 (2) 28

6 8 15

23 26 27

10 11 20 25

10 16 17

8 10 13 15 31

1 5 (2) 8 (2) 19 22

12 13 14 16 (2) 30 (2)

10 (3) 25

9 10 16 20 (3) 27 30

8 24

9 22

1 (3) 2 (2) 5 8 (2) 10 17 19 (3) 22 24 (3) 26 (4) 29 (5)

3 (5) 4 (5) 5 (11) 8 10 12

10

3

22,9%

33,1%

38,6%

Figura 4: A maioria dospacientes teve desfechodesfavorável (óbito ouvivo com doença).

O melhor conhecimento dapopulação acometida por estegrupo de patologias neoplási-cas é importante para avaliaras estratégias atualmente uti-lizadas no diagnóstico e trata-mento. Tem tamém uma im-portância crítica para a gestãohospitalar e, através de extra-polação para populações e ins-tituições diversas, tem o potencial de ser insumo para ossistemas de saúde de uma forma global. Além disso, obanco de dados gerado pelo projeto se tornará padrão his-tórico para ser usado em pesquisa clínica, podendo subsi-diar o planejamento de ensaios clínicos futuros com infor-mação para calcular a probabilidade posterior de eventosde interesse. O estabelecimento de um registro hospitalarespecializado em tumores cerebrais pode, ainda, servir desemente para o escalonamento deste serviço a nível multi-institucional, regional e até estadual.

Referências

[1] American Cancer Society. Cancer Facts & Figures 2010. Atlanta: AmericanCancer Society, 2010.

[2] Lansky SB, List MA, Lansky LL, Ritter-Sterr C, Miller DR. The measurementofperformance in childhood cancer patients. Cancer. 1987;60(7):1651-6

SBOC 2015 - XIX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica

34%
35%
22%
25%
42%
29%
FORTALEZA
SEM HISTOLOGIA
DIPG
0
1
2
3
4
VIVOS COM DOENÇA
ÓBITO
SEM DOENÇA