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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM Eliorefe Cruz Lima A ENTREVISTA: DO ORAL PARA O ESCRITO Campinas, S.P. 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

CAMPINAS

INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM

Eliorefe Cruz Lima

A ENTREVISTA:

DO ORAL PARA O ESCRITO

Campinas, S.P.

2012

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ELIOREFE CRUZ LIMA

A ENTREVISTA:

DO ORAL PARA O ESCRITO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Instituto de Estudos da Linguagem da

Universidade Estadual de Campinas como

requisito parcial para a obtenção do título de

Especialista em Língua Portuguesa.

Orientador: Roxane Helena Rodrigues Rojo

Campinas

2012

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Dedico este trabalho à minha esposa Elia

Maria e aos meus filhos Rayane Caroline

e Vinícius Augusto, pelo amor, apoio e

compreensão durante todo este Curso de

Especialização.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, pela saúde e disposição a mim outorgadas, para que este

trabalho se concretizasse.

À minha querida esposa, professora Elia Maria, pelas revisões das minhas produções

textuais, pelo apoio, pela compreensão, pelo carinho, pela paciência com minhas

ausências. À minha filha Rayane Caroline e meu filho Vinícius Augusto.

À Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), que, por meio

do Programa Rede São Paulo de Formação de Docente – REDEFOR, possibilitou a

realização deste Curso de Especialização em Língua Portuguesa, através de convênio

com o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP).

Às Profas

. Dras

. Fernanda Silva Veloso e Cibele Naidhig de Souza Carrascossi, pela

participação ativa e direta neste passo gigantesco a caminho do nosso

engrandecimento profissional, minha eterna gratidão.

Ao prof. Dr. José Geraldo Marques que esteve conosco no Módulo 1 em História da

Disciplina de Língua Portuguesa. Sua passagem foi rápida, mas o seu carisma e

apoio foram fundamentais para a realização deste trabalho, o meu agradecimento.

Agradeço, também, aos colegas de curso, pela companhia, pelo carinho e amizade,

pelas discussões nos fóruns e nos encontros presenciais, contribuindo com preciosas

lições.

A todos os alunos das primeiras séries A, B e C do Ensino Médio do ano de 2009. À

Direção da EE Edgard Francisco: Silvia, Sônia, e em especial ao vice-diretor João,

pela paciência e persistência nas orientações durante os encontros presenciais na

Escola. À Coordenação: Viviane e Val. A todas as pessoas que participaram,

contribuindo para a realização deste trabalho, direta ou indiretamente.

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O ensino das propriedades do texto na sala de aula deu

origem a uma gramaticalização dos eixos do ensino,

passando o texto a ser “pretexto” não somente para o

ensino da gramática normativa, mas também da

gramática textual, na crença de “quem sabe as regras

sabe proceder.”

Um texto é um tecido feito de palavras, ou seja,

escrever uma história exige habilidade de um tecelão

que trabalha com fios num tear.

Roxane Helena Rodrigues Rojo

Glaís Sales Cordeiro

Samira Youssef Campedelli

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RESUMO

Este trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo apresentar e discutir uma Sequência

Didática (SD) elaborada para alunos do Ensino Médio. Essa SD focaliza, dentro da esfera

jornalística, o gênero “entrevista”, presente em jornais impressos, digitais e em programas

jornalísticos de rádio e televisão. O ensino desse gênero justifica-se dada a importância desse

instrumento presente em diferentes situações comunicativas do mundo moderno. A entrevista

tem como prioridade apresentar o embate de ideias em relação a conceitos, propostas de

personalidades públicas e acontecimentos. No entanto, neste trabalho o enfoque não será debater

proposições de qualquer pessoa, mas enfatizar as etapas de planejamento, produção oral e

retextualização de entrevistas. Os objetivos dessa SD são levar o aluno a compreender, apreender

e aprender os conteúdos dos seguintes eixos de ensino: distinguir as características da língua oral

e da língua escrita; adequar um texto oral para a modalidade escrita; desenvolver habilidades no

uso do discurso direto, discurso indireto, concordância verbal, concordância nominal, coesão,

coerência, paragrafação textual e desenvolver a capacidade de síntese a partir do processo de

retextualização de entrevistas orais para a norma padrão da língua escrita. A expectativa é que a

SD, aqui proposta, além instrumentalizar alunos a serem leitores e escritores proficientes em sua

língua materna, possa contribuir, também, com docentes de Língua Portuguesa que possuem

dificuldades de contextualizar a gramática normativa no processo de ensino e aprendizagem a

partir da gramática internalizada ou implícita que o aluno já traz para a sala de aula antes de

adentrar no ensino do conhecimento sistematizado.

Palavras- chave: Esfera jornalística; Gênero “entrevista”; Sequência Didática; Língua Oral;

Língua Escrita; Língua Portuguesa; Retextualização; Ensino Médio.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 01

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 02

2.1 O(s) gênero(s).......................................................................... .......................05

2.2 O trabalho com gêneros textuais no ensino de língua portuguesa ................. 06

2.3 A esfera comunicativa ................................................................................... 09

3. ANÁLISE COMENTADA DA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA

3.1 Informações gerais .......................................................................................... 10

3.1.1 Objetivos esperados ..................................................................................... 10

3.1.2 Características das turmas ............................................................................ 11

3.2 A organização da SD ....................................................................................... 12

3.3 As atividades propostas em cada unidade de trabalho ................................... 12

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 18

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 19

ANEXO: A SD Elaborada .......................................................................................... 21

ANEXO 2- PRODUÇÕES DOS ALUNOS DOS ANOS DE 2011 E 2009............48

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1. INTRODUÇÃO

O corpus primário que serviu de exemplo para análise da Sequência Didática (SD) neste

Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) é o resultado de experiências com alunos do primeiro ano

do Ensino Médio da Rede Pública do Estado de São Paulo, do ano de 2009, especificamente da

Escola Estadual Edgard Francisco da cidade de Taboão da Serra. Como amostra para este trabalho,

escolhemos duas entrevistas.

Na época, ainda não conhecíamos a proposta de Dolz e Schneuwly (2004) de se trabalhar

com o aluno qualquer conteúdo por meio de uma SD. Tal proposta veio complementar o que já

havíamos trabalhado de como adequar a modalidade da língua oral (escrita) para a modalidade

escrita padrão à luz da gramática normativa.

Ao longo do curso estudamos várias esferas comunicativas. Dentre tantas possibilidades,

optamos por selecionar a esfera jornalística e o gênero entrevista. Os motivos que nos levaram a

selecionar esta esfera e este gênero para compor a SD, são basicamente, dois.

Primeiro, com a popularização da internet, a Tecnologia da Informação e Comunicação

(TIC) está cada vez mais presente e ao alcance dos alunos. Por isso, a esfera jornalística se tornou

mais acessível às classes sociais menos favorecidas. E o gênero entrevista é facilmente encontrado

nesta esfera de comunicação em vários lugares de circulação/ publicação (Revistas, jornais, sites,

blogs, programas jornalísticos de TV e rádio).

Segundo, o gênero entrevista tem sua origem, geralmente, na modalidade oral com suas

características intrínsecas, passíveis de hesitações, repetições, marcadores lexicalizados, marcadores

não lexicalizados, truncamentos frasais, etc. Estes elementos são materiais concretos de trabalho no

processo de adequação do material fônico escrito (texto oral) para a modalidade escrita, padrão

idealizado o mais próximo possível da gramática normativa, considerando, além disso, o contexto

de produção, o suporte de veiculação do texto e o público alvo.

Para chegar a este resultado (do texto ideal), a SD foi organizada, com base em Dolz e

Schneuwly (2004), em seis módulos:

Primeiro: Sondagem com a elaboração de uma entrevista. Segundo: Contato com a

teoria sobre a modalidade da língua oral. Terceiro: Planejamento ou a escolha da entrevista.

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Quarto: Execução das entrevistas. Quinto: Transcrição das entrevistas. Sexto: retextualização

das entrevistas.

A SD foi direcionada a alunos da primeira série do Ensino Médio. Os objetivos são

ensinar o gênero entrevista e mostrar que elas , particularmente as da mídia impressa, passaram por

um processo de retextualização; ensinar-lhes como é o processo de supressão das marcas da

oralidade para a língua escrita padrão e mostrar as características e diferenças intrínsecas da língua

falada e da língua escrita.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica básica deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) está

embasada nas propostas de autores que versam sobre a modalidade oral da língua. E, a partir do

material fônico do texto falado, transcrito para algum suporte (papel/computador) com suas

características intrínsecas, passíveis de hesitações, repetições, marcadores lexicalizados e não

lexicalizados, truncamentos frasais, que, num processo de retextualização chega-se ao texto escrito

na norma padrão segundo os parâmetros da gramática normativa.

Marcuschi, em suas duas obras, “Da fala para a escrita: atividade de retextualização,”

(2001) e “Análise da Conversação” (1997), mostram que as diferenças entre o oral e o escrito não

são estanques nem dicotômicas, nem uma é superior à outra, mas as duas modalidades se

complementam em um processo contínuo.

As sugestões nos processos de retextualização (passagem de texto falado para o texto

escrito, também chamado de refacção e reescrita) não é demonstrar que a fala é caótica,

incompreensível, mas “é a passagem de uma ordem para outra ordem,” (MARCUSCHI, 2001,

p.47). Para isso, é de suma importância observar o suporte e o objetivo que se quer alcançar com

determinado texto.

Nesse sentido, o processo de retextualização engloba, a partir do texto transcrito

(passagem da realização sonora para a forma gráfica, com base em procedimentos

convencionalizados) certas variações de registros, de gêneros textuais, níveis linguísticos e estilos a

partir de um mesmo texto, ocorrendo, assim, transformações, reformulações, recriações e

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modificações até o texto chegar à sua versão final para a publicação, levando em conta o suporte,

contexto e destinatário.

Assim, durante o processo de retextualização de um determinado texto falado grafado

no papel / computador, é importante o professor de Língua Portuguesa apontar para o aluno quais

são as características intrínsecas do texto oral na interação face a face.

Os sinais conversacionais verbais e “os recursos não verbais ou paralinguísticos,

presentes no texto falado escrito, tais como o olhar, o riso, os meneios de cabeça, a gesticulação,”

(MARCUSCHI, 1997, p.63), e as hesitações, repetições, marcadores conversacionais, elementos

lexicalizados, elementos não lexicalizados, truncamentos frasais, etc., são os elementos próprios da

fala e que precisam ser eliminados no momento da retextualização. (cf. MARCUSCHI, 2001, p.77).

E é fundamental, nesse momento, o professor orientar o aluno de como suprimir tais

marcas durante o processo de retextualização, levando-o a adequar o texto, em sua versão final,

próximo do idealizado, observando, também, o contexto de produção e o suporte de veiculação de

tal texto.

Para orientar o aluno de como fazer a transcrição do texto falado e, posteriormente,

fazer a retextualização, nos baseamos nas normas para a trancrição, convencionadas pelo Projeto

NURC.

A origem do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta no Brasil (Projeto

NURC), deu-se em janeiro de 1969 durante o III Instituto Interamericano de Linguística promovido

em São Paulo pelo PILEI (Programa Interamericano de Linguística e Ensino de Idioma). Este

Projeto foi inspirado na proposta apresentada pelo professor Juan Lope Blanch da Universidade

Autônoma do México durante o II Simpósio do PILEI em agosto de 1964, em Bloomington nos

Estados Unidos da America. Segundo Blanch, a ideia era descrever a norma culta no espanhol

falado.

No Brasil, o Projeto NURC tem como objetivo documentar e descrever a norma do

português culto falado no Brasil. O Projeto está representado em cinco cidades brasileiras —

Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Em 1973, na VI Reunião Nacional, na

cidade de Porto Alegre, os objetivos foram definidos da seguinte forma:

1.Coletar material que possibilite o estudo da modalidade oral culta da língua

portuguesa, em seus aspectos fonético, fonológico, morfossintático, sintático,

lexical e estilístico.

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2.Ajustar o ensino da língua portuguesa a uma realidade linguística concreta,

evitando a imposição indiscriminada de uma só norma histórico-literária, por meio

de um tratamento menos prescritivo e mais ajustado às diferenças linguísticas e

culturais do país.

3.Superar o empirismo na aprendizagem da língua-padrão pelo estabelecimento da

norma culta real.

4.Basear o ensino em princípios metodológicos apoiados em dados linguísticos

cientificamente estabelecidos.

5.Conhecer as normas tradicionais que estão vivas e quais as superadas, a fim de

não sobrecarregar o ensino com fatos linguísticos inoperantes.

6.Corrigir distorções do esquema tradicional da educação brasileira, entravado por

uma orientação acadêmica e beletrista.(SILVA,1996,p.85,86)

Em 1984, num seminário na UNICAMP, com o professor Luiz Antônio Marcuschi da

Univerisade Federal de Pernambuco,foram discutidas as normas para a trancrição do

corpus(gravações das entrevsitas ) e estratégias de análise da língua falada.

A partir de 1985,o professor Dino Preti constitui um grupo permanente de pesquisa .

Esse grupo fez a transcrição do material do Projeto NURC/SP para publicação e posterior

análise.(cf. SILVA,1996,p.87).

As normas para a trancrição do texto falado, discutidas em 1984 , são encontradas

em “Projetos Paralelos – NURC/SP” sob a organização do professor Dino Preti ( tabela no

ANEXO). Após a tabela, há as seguintes observações no momento de uma transcrição de um

texto falado para a modalidade escrita:

1. Iniciais maiúsculas: só para nomes próprios ou para siglas (USP etc.).

2. Fáticos: ah, éh, ahn, ehn,tá? (não por está: tá? Você está brava?).

3. Nomes de obras ou nomes comuns estrangeiros em itálico.

4. Números: por extenso.

5. Não se indica o ponto de exclamação (frase exclamativa).

6. Não se anota o cadenciamento da frase.

7. Podem-se combinar sinais. Por exemplo: oh:::...(alongamento e pausa).

8. Não se utilizam sinais de pausa, típicos da língua escrita, como ponto-e-vírgula,

ponto final, dois pontos, vírgula. As reticências marcam qualquer pausa. (PRETI,

2002, p.15-16).

Ler um texto falado grafado com todas estas observações cumpridas, qualquer leitor

dirá que o texto não segue a convenção da modalidade padrão escrita. No processo de leitura,

escrita e reescrita é o momento propício de o professor abrir espaço para estudar estas questões de

ordem gramatical a partir do texto.

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2.1 Os Gêneros

Para compreendermos melhor as propriedades do texto oral, é imprescindível inseri-lo

em seu contexto e em suas variantes linguísticas de cada região com suas peculiaridades, pois os

textos produzidos resultam de situações e contextos diferentes e cada um deles cumpre uma

finalidade específica. Sobre este assunto Bakhtin (2003) pontua a dificuldade de se definir os

gêneros e a natureza do enunciado em função da extrema heterogeneidade dos gêneros discursivos.

Apesar da diversidade de usos da linguagem, ela não entra em contradição com a

unidade nacional de uma determinada língua, seja ela oral ou escrita. Tais enunciados revelam as

condições e os seus propósitos, observando o campo da comunicação, o conteúdo temático, o

estilo da linguagem e acima de tudo a construção composicional de um dado texto / enunciado.

Esses três elementos em destaque são indissolúveis no ato de fala ou escrita, pois eles são

estabelecidos pelas particularidades de um determinado campo da comunicação. Cada enunciado

tem um caráter particular / individual.

No entanto, cada esfera de utilização da língua forma seus tipos relativamente estáveis

de enunciados. São estes elementos (tipos estáveis) que Bakhtin denomina de gêneros do discurso.

O autor enfatiza que a riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas em

consequência da multiforme atividade humana como o diálogo do cotidiano com suas diversidades

conforme o tema, a condição e a composição dos seus participantes; o relato do dia a dia; a carta; o

comando militar lacônico padronizado; os gêneros literários, do provérbio ao romance, etc.

Por fim, o autor pontua a relevância de se considerar a estilística, demonstrando que

todo estilo é indissociável do enunciado oral ou escrito que por sua vez reflete a individualidade do

falante ou do escrevente em consequência de dado campo e atividade humana. Assim,

uma determinada função(científica, técnica, publicística, oficial, cotidiana) e

determinadas condições de comunicação discursiva, especificas de cada campo,

geram determinados gêneros, isto é, determinados tipos de enunciados estilísticos,

temáticos e composicionais relativamente estáveis.(BAKHTIN,2003,p.266).

Compreende-se, assim, que a existência da diversidade de gêneros do discurso está

ligada às diversidades de atividades (profissões) humanas, da diversidade cultural, da diversidade

tecnológica, diversidade econômica, diversidade religiosa, diversidade étnica, etc.

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Marcuschi (2003), como Bakhtin (2003) pontua a dificuldade de se definir o que são

gêneros textuais, em função de sua diversidade. São fenômenos sócio-históricos, e culturalmente

sensíveis, por isso, não há como fazer uma lista fechada de todos eles, pois a sociedade está sempre

mudando. Eles expandem-se com o crescimento da cultura impressa. São caracterizados mais por

seus objetivos de comunicação do que por suas particularidades linguísticas estruturais.

Assim, os gêneros textuais surgem das necessidades e atividades socioculturais e das

inovações tecnológicas. Na modernidade tecnológica, por exemplo, “o telefone, o gravador, o rádio,

a TV, [...] o computador [...] a internet, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas

formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita.” (MARCUSCHI, 2003, p.19).

Compreende-se, assim, que os gêneros textuais mudam conforme o contexto, o suporte

de veiculação e as funções comunicativas do que pelas suas particularidades linguísticas e

estruturais. Há diversidades de formas, assim como surgem,podem desaparecer, ou seja, surgem

para atender a uma necessidade da sociedade naquele momento histórico. Não estão ligados a uma

forma estrutural comparado a um texto narrativo, descritivo ou argumentativo, por exemplo.

Como exemplos de gêneros textuais, propiciados pelas novas tecnologias, o autor cita

alguns: “editoriais, artigos de fundo, notícias, telefonemas, telegramas, telemensagens,

teleconferências, videoconferências, reportagens ao vivo, cartas eletrônicas, (e-mails), bate-papos

virtuais (chats). Aulas virtuais (aulas chats)...” (2003, p.20).

Hoje podemos citar outros suportes como as redes sociais (Orkut, Facebook, MSN,

Twitter, etc.) que induzem o usuário a formatar / enquadrar / adequar o seu texto conforme o

suporte exige. Assim, o texto não está sujeito a regras estanques e enrijecedoras, ou seja, o texto

precisa adequar-se ao suporte, e não o contrário. Desta forma, o gênero entrevista, corpus básico

deste trabalho, foi formatado para ser veiculado no suporte impresso, o jornal, por exemplo, uma

vez que este tipo de gênero está ligado à esfera jornalística.

2.2 O trabalho com gêneros textuais no ensino de língua portuguesa

Como foi demonstrado sobre a heterogeneidade dos gêneros, trabalhar com gêneros

textuais diversos em Língua Portuguesa é um terreno fértil, em função da diversidade de

formatações possíveis de um texto, levando em consideração a sua funcionalidade, o gênero e o

suporte de veiculação. E, quando o aluno souber operar com essa diversidade de texto e

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possibilidades de escrita e de forma composicional de um mesmo discurso, estará habilitado a ser

um usuário proficiente de sua língua materna, tanto escrita, quanto oral, em qualquer circunstância.

A análise da Sequência Didática sob o título “A entrevista: do oral para o escrito”

conforme o referencial teórico, a seguir, se justifica pela peculiaridade do gênero entrevista.

Trabalhar com este gênero textual abrange uma variedade considerável de suporte impresso / digital

como jornais, revistas, programas jornalísticos de rádio e televisão, a internet com sua diversidade

de suporte como o Youtube, os blogs, sites especializados em conteúdos diversos, como arquivos de

entrevistas, por exemplo. E a entrevista publicada nessa diversidade de suporte

pressupõe também um trabalho de edição posterior (exclusão de marcas da

oralidade, de repetições, de hesitações etc.) que visa a garantir: maior clareza e

objetividade ao texto; destaque para as falas que se supõem mais relevantes para o

leitor (a critério do entrevistador ou do editor); adequação do texto ao espaço

disponível da publicação,e[...] as etapas de planejamento, produção oral e escrita de

entrevistas.( CADERNOS..., 2010)

Para trabalhar com o gênero entrevista, seguiremos o roteiro proposto por Dolz e

Schneuwly (2004) no artigo “Sequências didáticas para o oral e a escrita: Apresentação de um

procedimento.” Neste artigo os autores propõem uma sequência didática como estratégia adequada

para elaboração do processo de ensino-aprendizagem. Tal procedimento compreende “um conjunto

de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou

escrito” (2004, p.97).

Os autores chamam a atenção do leitor para observar que o ato de comunicar ou escrever

um determinado texto, as regras de formatação não são estanques e enrijecedoras, ou seja, o texto

precisa adequar-se ao suporte, pois

quando nos comunicamos, adaptamo-nos à situação de comunicação. Não

escrevemos da mesma maneira quando redigimos uma carta de solicitação ou um

conto; não falamos da mesma maneira quando fazemos uma exposição diante de

uma classe ou quando conversamos à mesa com amigos. Os textos escritos ou orais

que produzimos diferenciam-se uns dos outros e isso porque são produzidos em

condições diferentes. (DOLZ e SCHNEUWLY ,2004, p.97)

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Em seguida Dolz e Schneuwly (2004) (apud COUTINHO, 2012, s/p.) apresentam os

quatro componentes da SD como seguem:

Apresentação da situação: Nesta etapa são definidos o contexto, a forma e conteúdo

do gênero a ser estudado e produzido envolvendo duas ações. A primeira refere-se a situação de

comunicação e a escolha do gênero e a segunda diz respeito aos conteúdos a serem trabalhados.

Para ajudar na preparação da primeira ação, são apresentadas 4 questões que devem

necessariamente, serem respondidas: “Qual é o gênero que será abordado? A quem se dirige a

produção? Que forma assumirá a produção? Quem participará da produção?” (DOLZ e

SCHNEUWLY ,2004,p.99,100).

Primeira produção: Os alunos farão uma produção oral ou escrita dependendo do

gênero que será trabalhado. Essa produção tem uma dupla importância: para os alunos será o

momento de compreender o quanto sabem do gênero e do assunto a serem estudados e, ainda, se

entenderam a situação de comunicação à qual terão de responder; para os professores, a importância

é analisar o que os alunos já sabem, como por exemplo, identificar os problemas linguísticos do

gênero que deverão ser enfocados e definir a sequência didática.

Módulos: A quantidade e conteúdo dos módulos de ensino devem ser definidos de

acordo com as informações colhidas pelo professor da primeira produção dos alunos. Cada módulo

deve contemplar problemas específicos do gênero em questão a fim de garantir melhora dos alunos

na compreensão e uso da expressão oral ou escrita estudada.

Produção final: Após o processo os alunos deverão realizar uma produção que

demonstrará o domínio adquirido ao longo da aprendizagem acerca do gênero e do tema propostos e

permitirá ao professor avaliar o trabalho desenvolvido. Os autores esclarecem, contudo, ao final do

texto, que “as sequências devem funcionar como exemplos à disposição dos professores.” (2004,

p.128). Assim, dependendo da proposta e do gênero, o professor é livre para elaborar, por conta

própria, outras sequências.

Em linhas gerais, o artigo (Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de

um problema) sugere o ensino de gêneros textuais por meio desses módulos. É durante a produção

de um texto que o aluno depara-se, forçosamente com problemas relacionados a questões de

gramática, de ortografia e de sintaxe, como as maneiras de se utilizar e inserir os discursos diretos e

indiretos, os tempos e modos verbais adequados ao gênero textual e ao contexto de produção, frases

incompletas, falta de variedades nas construções frasais, pontuação precária, organização textual

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deficiente, e a falta de coesão e coerência. No processo de leitura, escrita e reescrita é o momento

propício de se abrir espaço para estudar estas questões de ordem gramatical. Assim, o estudo da

gramática será mais significativo, pois ela estará sendo abordada dentro de um contexto e de uma

necessidade do momento. (cf. DOLZ e SCHNEUWLY, 2004, p.114, 115,118).

2.3 A esfera comunicativa

Ao estudar o gênero entrevista é importante, também, conhecer em que esfera

comunicativa ele se insere. Conforme apontado por Marcuschi (2003) e Bakhtin (2003), a esfera

comunicativa está relacionada à atividade humana, desde a cotidiana, escolar, literária, científica,

jornalística, publicitária, religiosa, etc., cada atividade tem, em seu bojo, gêneros próprios para

atender a uma necessidade. Pensando nessa perspectiva, o gênero entrevista, está relacionada à

esfera jornalística. Dessa forma, são vários os lugares de circulação/ publicação (Revistas, jornais,

sites, blogs, programas jornalísticos de TV e rádio). Por se tratar de entrevista, ela é um gênero

textual usado, geralmente, na modalidade oral com suas características intrínsecas, passíveis de

hesitações, repetições, elementos lexicalizados, elementos não lexicalizados, truncamentos frasais,

etc.:

a) hesitações (por exemplo: ah..., eh..., e... e... e, o... o..., o, de..., do..., da..., dos...),

b)elementos lexicalizados ou não-lexicalizados e tipicamente produzidos na fala,

tais como os marcadores conversacionais do tipo "sim", "claro", "certo", "viu", "en-

tendeu", "né", "sabe", "que acha?", "bem", "hã", principalmente quando aparecem

no interior de unidades discursivas,

c)segmentos de palavras iniciadas e não-concluídas que aparecem na transcrição e

por vezes são tributáveis a hesitações,

d)sobreposições e partes transcritas como duvidosas são aqui eliminadas.

(MARCUSCHI, 2001, p.77)

Segundo o autor, “a eliminção destes elementos já somam cerca de 10% a 20% do

material fônico do texto falado.” (2001, p.77).

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Por ser a entrevista um gênero oral da esfera comunicativa jornalística - com suas

características intrínsecas, supracitadas - foi a escolhida para a análise da SD, para em seguida,

comparar o corpus, (as entrevistas) na modalidade oral (material fônico do texto falado escrito,

conforme a convenção do Projeto NURC) com a modalidade escrita na norma padrão da Língua

Portuguesa.

3. ANÁLISE COMENTADA DA PROPOSTA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Tendo como parâmetro trabalhar com uma SD em módulos, proposta por Dolz e

Schneuwly (2004) e com base na literatura analisada sobre gênero textual, esfera comunicativa,

modalidade oral e modalidade escrita com suas características intrínsecas, passamos a discorrer

como aplicamos a teoria na prática ao longo dos seis módulos na SD.

3.1 Informações gerais

Como já foi mencionado na introdução deste trabalho, o corpus primário, que serviu de

exemplo para análise da SD, é o resultado de experiências com alunos do primeiro ano do Ensino

Médio da Rede Pública do Estado de São Paulo, especificamente da Escola Estadual Edgard

Francisco da cidade de Taboão da Serra.

3.1.1 Objetivos esperados

Os objetivos esperados na Sequência Didática (SD) são de instrumentalizar os alunos

como leitores e escritores proficientes em Língua Portuguesa. Geralmente eles apresentam muitas

dificuldades na escrita. Em suas produções textuais há marcas consideráveis da oralidade, muitos

vocábulos repetidos. Além disso, não há paragrafação, não há concordância segundo a norma

padrão, coesão, coerência, e a não observância de não grafar nomes próprios com letras maiúsculas,

entre outros.

Lidar com estes problemas, como saná-los e de como mostrá-los ao aluno e levá-lo à

solução deles, é a função do professor de Língua Portuguesa. Interagir com estas questões a partir

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do texto e da gramática internalizada ou implícita do falante de língua materna é uma possibilidade

de estudar a estrutura e as regras da língua à luz da gramática normativa a partir da valorização da

gramática internalizada ou implícita do aluno.

Para minimizar os problemas de leitura e escrita,de toda a literatura analisada aqui, nos

apoiamos, principalmente, nas normas de transcrição do Projeto NURC, na proposta de Dolz e

Schneuwly (2004), e Marcuschi (1997,2001), pois, acreditamos que é possível reestruturar /

adequar bons textos na norma padrão da Língua Portuguesa a partir de um texto gravado pelo

próprio aluno ou de uma gravação capturada da internet, do rádio ou da televisão e transcrita com

as observações (mostradas anteriormente) e normas de transcrição do Projeto NURC.

Dessa forma, o aluno é levado a perceber, comparativamente, as características e

diferenças intrínsecas do texto falado e grafado, e o mesmo texto escrito, construído segundo as

normas da gramática tradicional, durante o processo de retextualização. Dessa forma, além dos

objetivos já citados, a SD pretende levar o aluno a aprender os conteúdos dos seguintes eixos de

ensino: distinguir as características da língua oral e da língua escrita; suprimir as marcas da

oralidade na língua escrita; desenvolver habilidades no uso do discurso direto, discurso indireto, da

concordância verbal, concordância nominal, coesão, coerência e paragrafação textual e desenvolver

a capacidade de síntese, no processo de retextualização de um texto a partir da intuição do aluno

por meio de sua gramática internalizada construída no processo de aquisição da língua.

3.1.2 Características das turmas

Os alunos que executaram a proposta de trabalhar com o gênero entrevista, foram

constituídos de três turmas (cerca de 120 alunos) da primeira série do Ensino Médio da Rede

Pública do Estado de São Paulo, do ano de 2009, especificamente da Escola Estadual Edgard

Francisco da cidade de Taboão da Serra. Mas as ideias aqui propostas são executáveis a partir das

séries iniciais até o nível superior. Tudo vai depender da proposta, do grau de dificuldade da turma

e dos objetivos do professor.

A escola está situada em uma região periférica. Os alunos são oriundos de vários

bairros próximos, outros distantes da escola. O nível socioeconômico dos alunos é bem variado. O

nível de aprendizagem é bastante heterogêneo, especialmente em relação às habilidades de leitura e

escrita.

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12

3.2 A organização da SD

O modelo escolhido para a organização da SD foi o esquema proposto por Dolz e

Schneuwly (2004). Assim, a SD foi organizada em seis módulos, cada um com objetivos

específicos.

No primeiro módulo, a proposta foi a elaboração de uma entrevista com a finalidade de

sondar o conhecimento dos alunos sobre o gênero.

No segundo, o contato, por meio de leituras, com a teoria sobre o gênero entrevista e

textos sobre a modalidade da língua oral com finalidade de mostrar as suas características

intrínsecas, comparando com a modalidade padrão escrita.

No terceiro, com base nas leituras propostas no segundo módulo, a proposta foi o

planejamento ou a escolha (a escolha ficaria para quem optasse por uma entrevista pronta,

capturada na mídia falada) da entrevista, como por exemplo, o questionário relacionado com

escolha do tema pertinente ao contexto, o status do entrevistado, o público alvo pretendido e o

suporte de veiculação.

No quarto, a execução das entrevistas (para quem optasse por essa forma) ou a escolha

(para quem optasse pela entrevista capturada da mídia). O objetivo básico seria a aquisição do

material fônico para transcrevê-lo no quinto módulo.

No quinto, seria o módulo mais estafante, pois o processo de transcrição do material

fônico para o escrito exige muita paciência ao logo do processo de ida e de volta, na tentativa de

compreender tudo o que é dito na entrevista e de ser fiel às normas de transcrição.

No sexto e último módulo, com o material fônico escrito em mãos e com todos os

conhecimentos adquiridos durantes as leituras teóricas sobre as modalidades de língua oral e escrita,

é o momento da retextualização das entrevistas. Os objetivos nesta etapa final é trabalhar as

questões de gramática e sintaxe a partir do texto oral escrito, fazendo as adequações para a

modalidade padrão escrita.

3.3 As atividades propostas em cada unidade de trabalho

No primeiro módulo, antes da elaboração da SD, a primeira estratégia foi solicitarmos

a produção de uma primeira entrevista com os alunos da sala, divididos em grupos de 3 a 5 pessoas,

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13

ou individual, se assim o aluno desejasse. Depois cada grupo apresentaria os resultados da

entrevista para a classe. Após a apresentação, orientamos cada grupo a descrever as características

desse gênero como as marcas linguísticas, a forma composicional, estilo, o registro, as etapas de

planejamento, produção oral e escrita de entrevistas. Os objetivos disso são avaliar o que os alunos

já sabem sobre o gênero, para, em seguida, trabalhar como se dá o processo de edição da entrevista

oral para a modalidade escrita, diagnosticando, assim, as dificuldades encontradas pelos alunos

sobre o tema com objetivos de avaliar em que patamar está a classe, e repensar/adaptar a SD de

acordo com as condições da classe ou até individualizar a proposta e instrumentalizar os alunos para

superar as dificuldades.

Depois dessa experiência, apresentamos algumas entrevistas publicadas em revistas

(impressa /digital), jornais (impresso/digital), blogs e elaboramos perguntas sobre elas para o grupo

confrontar com a que ele produziu.

Como exemplo, a proposta do questionário, elaborado com base na entrevista com o

ator Cauã Reymond (em anexo, na SD), foi levar o grupo / aluno a observar o gênero entrevista,

comparando-a com a que ele elaborou e verificar em que elas diferem. Além disso, levá-lo a indagar

como o entrevistado disse tal informação no modo oral e como ela foi editada para o suporte

impresso ou digital.

No segundo módulo, o contato com a teoria sobre a modalidade da língua oral é o

momento para o aluno compreender como se dá o processo de passagem da língua oral para a

modalidade escrita. Para isso, propomos a leitura e comparação de textos teóricos sobre o tema,

para a verificação das características da língua oral e da língua escrita a partir de um mesmo texto

após sua retextualização; os processos de atividades de retextualização; observações de entrevistas

veiculadas na mídia digital/ eletrônica (internet, rádio ou televisão); as normas para transcrição do

texto oral de acordo as convenções do Projeto NURC (PRETI, 2002) e (MARCUSCHI, 1997, 2001)

como subsídios de transcrição de texto falado e para , posteriormente, o aluno fazer uma boa

retextualização.

Os textos e trechos (completos no anexo, na SD) que auxiliam bastante no processo de

ensino e aprendizagem da modalidade oral para modalidade escrita, entre outros, sugerimos: “O que

é retextualização?”, “Narrativa Oral – uma jovem de 17 anos de idade”, “Quadro dos sinais

conversacionais verbais” e “Normas para transcrição.” (MARCUSCHI, 1997, 2001 ; PRETI,

2002).

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14

Para exemplificar o que foi lido na teoria, resolvemos apresentar o texto “Narrativa

Oral – uma jovem de 17 anos de idade,” retextualizado. (retextualização feita pelo professor da sala,

anexo, na SD).

Após a leitura dos textos e exemplo propostos, a finalidade é habilitar o aluno a

observar, compreender e apreender as diferenças do ponto de vista da forma e do conteúdo de

qualquer texto na modalidade oral (falado escrito) para o mesmo texto retextualizado em sua

modalidade escrita, de acordo com os parâmetros da gramática normativa. Assim, solicitamos que

cada grupo /aluno comentasse as diferenças do ponto de vista da forma (como o texto está

estruturado: pontuação, paragrafação) e do conteúdo (extensão, vocabulário, coesão, coerência) do

texto original para o mesmo texto retextualizado no seguinte esquema:

Texto original Texto retextualizado

Forma: Texto sem paragrafação, sem pontuação.

Conteúdo: repetitivo, aparentemente caótico, frases

truncadas, vocábulos e expressões característicos da

fala: “eh...”; “sabe? entendeu?”; “ele foi criado/os

pais dele por um clima de... autoritarismo...

entendeu?”,etc.

Forma: Paragrafação e pontuação presentes,

características da norma padrão escrita.

Conteúdo: Sintético, coeso, coerente.

No entanto, é importante observar o contexto de produção textual, a sua finalidade, o

suporte de veiculação, o público pretendido, pois estas questões de ordem contextual, circunstancial

e adequação do texto, a gramática normativa não contempla.

No terceiro módulo, após o embasamento teórico trabalhado anteriormente, partimos

para o planejamento da entrevista.

Sugerimos ao aluno / grupo que escolhesse os temas, os entrevistados ou entrevistas

prontas , e os contextos com os quais gostaria de trabalhar e que tinha afinidades com ele.

Demos duas opções. Primeiro o aluno ou grupo poderia capturar uma entrevista pronta na mídia

eletrônica / digital( rádio,tv,internet).A segunda opção poderia ser elaborado um questionário,

como roteiro básico, para fazer as entrevistas, lembrando-o que, de acordo com o andamento da

entrevista, é comum surgirem outras peguntas que podem ser inseridas no momento da interação

face a face.

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Orientamos cada grupo / aluno , na hora da elaboração do questionário ,a evitar

perguntas fechadas, pois os resultados são respostas com poucas marcas da oralidade como por

exemplo as “ hesitações ( ah..., eh..., e... e... e, o... o..., o, de..., do..., da..., dos...), [...]os marcadores

conversacionais[...]"sim", "claro", "certo", "viu", "entendeu", "né", "sabe", "que acha?", "bem",

"hã"[..]” etc. (Marcuschi (2001,p.77).

O ideal é fazer perguntas abertas que fazem o falante planejar e replanejar o

pensamento na hora da fala. Tendo o cuidado , entretanto , de não se estender muito, para o texto

não ficar muito longo. Isso também vale para quem optar pela entrevista capturada pronta da

mídia. O ideal é que a fala tenha entre dois a cinco minutos de duração , mas que tenha um início,

meio e fim, para não compometer o sentido global do texto no momento da trancrição e

retextualização.

No quarto módulo, cada grupo / aluno partiu para a execução ou escolha das

entrevistas. O objetivo básico desta etapa foi a aquisição do material fônico para transcrevê-lo no

módulo seguinte.

No quinto módulo com o material fônico gravado, partimos para a transcrição das

entrevistas.

Neste módulo , fizemos a transcrição de uma entrevista com a sala , conscientizando-

a da necessidade de ser persistente e de não parar com o projeto depois de um logo caminho já

percorrido. É nessa etapa que muitos reclamam, pois o processo de transcrição do material

fônico para o escrito exige-se muita paciência ao logo do processo de ida e de volta do áudio

/audiovisual, na tentativa de compreender tudo o que é dito na entrevista e de ser fiel às normas

de transcrição.

No sexto e último módulo, é o momento da retextualização. Propusemos, nessa etapa

final, que cada grupo / aluno fizesse duas retextualizações do mesmo texto: uma no discurso

direto e outra no discurso indireto. Foi nesta etapa, como já era esperado, que os alunos se

depararam com algumas questões relacionadas à gramática, como a ortografia, a sintaxe, a

paragrafação, a pontuação, as maneiras de se utilizar e inserir os discursos diretos e indiretos, os

tempos e modos verbais adequados, a coesão, a coerência, etc. A partir destes problemas

pontuados pelos alunos, no processo de leitura, escrita e reescrita, pudemos abrir espaço para

estudar ou rever estas questões de ordem gramatical. Assim, o estudo da gramática foi mais

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significativo, pois ela estava sendo abordada dentro de um contexto e de uma necessidade do

momento. Não um estudo da gramática pela gramática, com frases soltas e descontextualizadas.

Pensando nestas questões, propusemos aos alunos a pesquisarem em livros didáticos,

paradidáticos, gramáticas, internet, os seguintes conteúdos:

Coesão, coerência, discurso direto e discurso indireto. Com o material em mãos,

propusemos a leitura e uma série de exercícios (conforme constam no anexo da SD) com textos

sem coesão e sem coerência, abordando algumas incoerências (narrativas, figurativas e

argumentativas). Após o estudo destes conteúdos, o desenvolvimento das retextualizações fluiu

naturalmente.

De todos os grupos / alunos que fizeram as entrevistas, (três turmas da primeira série do

Ensino Médio) escolhemos apenas duas, feitas individualmente, como exemplo para a análise.

Uma construída pelo próprio aluno e a segunda ,capturada pronta da Folha Online, na internet.

Por termos um espaço delimitado, transcrevemos aqui, as duas entrevistas, apenas no

discurso indireto para comentarmos os resultados. As entrevistas completas constam no anexo da

SD, nas duas modalidades, oral e escrita.

A entrevista sob o tema gravidez, elaborada pela própria aluna, no discurso indireto:

Segundo Larissa dos Santos, da cidade de Taboão da Serra, engravidou com

apenas 14 anos e o tema tratado da entrevista foi sobre gravidez. Larissa muito

simpática respondeu às perguntas e uma delas correspondia se sua gravidez fora

planejada. Larissa havia dito que foi sua primeira vez e não havia relacionado algo

antes e não tinha usado camisinha então o entrevistador indagou o porquê dela não

ter usado a camisinha e ela confidenciou que na hora nem tinha pensado no uso da

camisinha e que os seus hormônios estavam lá em cima no momento.

O entrevistador perguntou mais sobre sua realidade como sua vida estava

sendo e se ela havia parado de estudar, ela destacou que havia parado de estudar e

que está trabalhando para se sustentar e que o pai de seu filho foi irresponsável e a

largou na hora em que o bebê nasceu e que seus pais haviam expulsado de casa.

Nisso o entrevistador prosseguiu sua entrevista perguntando se ela esperava algo do

futuro. Larissa dos Santos apenas irá cuidar de seu filho e irá continuar trabalhando

como deve. Para finalizar o entrevistador perguntou-lhe se tinha alguma meta ou

sonho, nisso ela ressaltou que o seu único sonho é que o filho não cometesse o

mesmo erro que ela cometeu.

(Amanda Silva Viana. Aluna da 1ª série do Ensino Médio da EE Edgard Francisco).

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Segunda entrevista, com Danilo Gentili, captada pronta da mídia digital (vídeo da

Folha Online):

Em uma entrevista à Folha Online, Danilo Gentili explicou sobre sua entrada no

programa CQC e, quais foram as mudanças que ocorreram em sua vida após este

fato. Disse que entrou no programa depois de ter feito uma entrevista com Agnaldo

Timóteo e que depois passou e logo que começou a fazer o programa até seu nome

mudou, porque agora todo mundo o conhece como "CQC". Logo depois foi

questionado sobre o grande sucesso que é o programa e, disse que nunca tinha

imaginado tudo isso. Disse também que seu contrato com a emissora de TV Band

vai até o fim de 2009 e que se sente bem no programa porque pode ser "ele

mesmo”. A Folha ainda perguntou sobre as piadas dele e, ele disse que tinha

ciúmes delas, mas que isso era normal.

(Cibele da Silva Simões. Aluna da 1ª série do Ensino Médio da EE Edgard

Francisco).

Diante destes resultados, comparando com os textos originais orais escritos, é fácil

percebermos o crescimento e as habilidades das alunas em manejar bem as regras estruturais de um

texto na modalidade padrão escrito. O que mais nos chamou a atenção foi a capacidade de síntese

na análise da aluna na entrevista com Danilo Gentili. O texto original, (oral escrito), com quase

duas páginas, foi sintetizado em apenas um parágrafo com menos de doze linhas, sem prejuízo das

informações essenciais. Diante disso, podemos garantir que a proposta alcançou, quase plenamente,

os seus objetivos.

Além disso, podemos observar que as alunas adquiriram habilidades gerais sobre o

gênero entrevista em relação ao “trabalho de edição (exclusão de marcas da oralidade, de

repetições, de hesitações etc.) que visa a garantir: maior clareza e objetividade ao texto; destaque

para as falas que se supõem mais relevantes para o leitor; [...] as etapas de planejamento, produção

oral” (CADERNOS..., 2010), transcrição e retextualização das entrevistas.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como foi pontuado durante as atividades propostas nos módulos, especialmente no

sexto e último, no momento da retextualização observamos os comentários dos alunos tentando

resolver algumas questões relacionadas à gramática, como a ortografia, a sintaxe, a paragrafação, a

pontuação, as maneiras de se utilizar e inserir os discursos diretos e indiretos, os tempos e modos

verbais adequados, a coesão, a coerência. A partir destes problemas pontuados pelos alunos, no

processo de leitura, escrita e reescrita, podemos verificar o interesse para a pesquisa e o estudo ou

revisão destas questões de ordem gramatical. Percebemos, assim, que o estudo da gramática

naquele momento foi mais interessante significativo, pois ela estava sendo abordada dentro de um

contexto e de uma necessidade dos alunos durante o processo de retextualização.

Pudemos encontrar, ainda, nos resultados finais, alguns problemas de ordem gramatical.

No entanto, optamos por respeitar, de um modo geral, nesse primeiro momento, essas dificuldades

do aluno / grupo, deixando para saná-las em outro momento.

Entretanto, os resultados apresentados são perceptíveis. Comparando as duas

entrevistas, originais (amostra) com as mesmas retextualizadas no discurso direto / indireto, (em

anexo na SD) pudemos verificar a progressão das duas alunas em relação a aprendizagem dos

conteúdos propostos: a distinção das características da língua oral e da língua escrita; supressão

das marcas da oralidade na língua escrita; desenvolvimento das habilidades no uso do discurso

direto, discurso indireto, na concordância verbal e nominal, coesão e coerência; paragrafação

textual e do desenvolvimento da capacidade de síntese.

O interessante de tudo isso foi de não haver, de nossa parte, a preocupação de fazermos

os alunos memorizarem algumas regras de ordem gramatical, como a análise sintática, o discurso

direto, discurso indireto, coesão, coerência, paragrafação, concordância nominal, concordância

verbal, capacidade de síntese, etc. Mas, os resultados vieram a partir da necessidade de consultar

estes conteúdos para sanarem estes problemas (ordem gramatical) encontrados durante o processo

de retextualização. E o mais importante, foi valorizarmos a intuição do aluno e sua gramática

internalizada, construída ao longo do processo de aquisição da linguagem. Assim, a apresentação

dos resultados comparativos entre o texto original oral escrito e sua forma retextualizada na norma

padrão da Língua Portuguesa em discurso direto e discurso indireto por meio de uma SD bem

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estruturada com boa base teórica, é, entre outras, uma estratégia possível que o professor pode se

apropriar para uma avaliação positiva no processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 4.ed. São Paulo:

Martins Fontes, 2003[1952-53/1979], p. 261-306.

Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas: Ler e escrever e Orientações

curriculares. Livro do Professor. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010. Sexto ano. Disponível

em:

<http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/L

P6/LP_conteudo_Prof_6Ano.pdf >. Acesso em: 10 jun.2012.

DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral

e a escrita: Apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. et al.

Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Helena Rodrigues Rojo e

Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.

__________ Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma

experiência suíça. In: COUTINHO, Luciana Cristina Salvatti. Disponível em: <

http://educacadoresemluta.blogspot.com.br/2009/12/dolz-j-e-schneuwly-b-generos-e_11.html>.

Acesso em: 25 nov.2012.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da conversação. 3.ed., São Paulo:Ática,1997.

_________Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.

Page 27: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

20

_________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva;

MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino.

2.ed.Rio de Janeiro: Lucerna,2003.

PRETI, Dino. Normas para transcrição. In: PRETI, Dino. (Org.) Interação na fala e na escrita.

São Paulo: Humanitas, 2002, p.17,18.

SILVA, Luiz Antônio. Síntese da história do projeto NURC. Linha d´Água, São Paulo, n.10,

jul.1996, p.83-90. Disponível em: < http://www.fflch.usp.br/dlcv/nurc/historico.htm>.Acesso em:

26 maio 2011.

OUTRAS REFERÊNCIAS DE APOIO

CITELI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.

SAIEG-SIQUEIRA, João Hilton. Organização do texto dissertativo. São Paulo: Selinunte, 1995.

SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,

1996.

SOUZA, Aguinaldo Gomes de. Gêneros virtuais – algumas observações. Letra Magna, São Paulo,

n.7, ano 4,2007. Disponível em<

http://www.letramagna.com/generos_virtuais_revista_aguinaldo.pdf >>. Acesso em: 18 nov.2012.

TEERA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

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Anexo - A SD Elaborada

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA ALUNOS DA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

A ENTREVISTA: DO ORAL PARA O ESCRITO

Por Eliorefe Cruz Lima

APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO

A ENTREVISTA: DO ORAL PARA O ESCRITO

PRIMEIRO MÓDULO

Tempo previsto: duas semanas

Fazer uma entrevista em dupla. Pode ser gravada entre os colegas da sala ou capturar pronta da

internet, do rádio ou da televisão.

IMPORTANTE:

Peguem /façam uma entrevista curta entre 2 e no máximo 3 minutos que tenham início, meio e

fim.(se for muito longa , poderá ser inviável a transcrição completa)

Em seguida, façam a transcrição da entrevista e tragam para apresentarem na sala, observando o

seguinte roteiro:

Como é a forma composicional da entrevista?

Como vocês planejaram ou quais as etapas de preparação da entrevista?.

Quais os objetivos da entrevista?

Como foi a transcrição e organização dos dados?

Em que tipo de suporte (veículo de comunicação) vocês pensaram em publicar a entrevista?

Quais seriam os potenciais leitores (tipo de perfil interessado) da entrevista?

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SEGUNDO MÓDULO

Tempo previsto: uma semana

OS OBJETIVOS:

Esta Sequência Didática (SD) pretende sondar o que vocês já sabem sobre o gênero, para, em

seguida, trabalhar como se dá o processo de edição da entrevista oral para o escrito,

diagnosticando,assim, as dificuldades encontradas sobre o tema com a finalidade de avaliar em

que patamar vocês estão, e a partir disso, repensar/adaptar a SD de acordo com as condições

apresentadas , ou até individualizar a proposta e instrumentalizar vocês para superarem as

dificuldades.

Nesta Sequência Didática vamos abordar o processo de edição das entrevistas orais para a língua

escrita. E partir desse processo de edição, distinguir:

As características da língua oral e da língua escrita; saber o processo de supressão das marcas da

oralidade na língua escrita; desenvolver as habilidades no uso do discurso direto, discurso indireto,

concordância verbal, concordância nominal, coesão, coerência e paragrafação a partir de uma

entrevista elaborada/ capturada e transcrita por vocês; desenvolver a capacidade de síntese.

Leiam a seguinte entrevista:

FAMA NÃO ENCHE BARRIGA, DIZ CAUÃ REYMOND

"Trabalhar e ficar quieto" é a recomendação do ator Cauã Reymond, 27,

para seus colegas de profissão. Para ele, a classe artística não tem que dar

opinião sobre tudo.

Reymond já está na quinta novela --vive Lucas em "Eterna Magia--, se prepara para

filmar o terceiro longa-metragem (já fez "Ódiquê" e "Falsa Loura") e desfilou para grifes como Jean

Paul Gaultier. Também lavou banheiro, varreu chão e pintou parede para pagar estudos de

interpretação em Nova York.

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Em entrevista à Folha Online, Cauã evita falar muito de sua vida pessoal (leia-se namoro com

Grazi Massafera e casamento com Alinne Moraes) e diz ser fã de Fernando Gabeira (PV-RJ). Leia

trechos da entrevista.

Folha Online - Qual é a sua esperança para o Brasil? Você é do time dos otimistas ou dos

pessimistas?

Cauã - Sou do time do [Fernando] Gabeira. Sou fã dele porque faz, fala e pensa de maneira

coerente.

Folha Online - O projeto mais polêmico dele é sobre descriminalização das drogas. Você é a

favor da liberação das drogas?

Cauã- Não vou entrar neste assunto de drogas porque acho que ator não tem que ficar dando

opinião sobre tudo. Ator pode ter suas opiniões pessoais, mas não é político. Tem que ir lá fazer seu

trabalho e ficar quieto.

Folha Online - Muita gente dá, como no movimento "Cansei", por exemplo.

Cauã - As pessoas têm que ter foco, saber seu papel. Foco no trabalho, nas coisas que são

realmente importantes. Quer ficar falando sobre política? Vá ser político, não vá ser ator. Está todo

mundo insatisfeito e é por isso que as pessoas tomam um monte de pilulazinha, de remedinho para

tudo.

Folha Online - Você, assim como outros tantos jovens atores, começou na TV em

"Malhação". O que acha que fez de diferente para conseguir estar na sua quinta novela, ter

feito dois filmes, enquanto outros galãs da novelinha sumiram?

Cauã - Tem ator que não consegue lidar com o assédio, fica metido, deslumbrado, acha que jabá e

baile de debutantes será sua fonte financeira para sempre. É uma verdade, mas não é definitiva.

Tem que estudar, e eu estudei.

Folha Online - E dá para passar ileso ao deslumbramento?

Cauã- Eu não passei ileso. Passei os quatro primeiros meses deslumbrado depois que entrei em

"Malhação". A fama seduz muita gente. Me seduziu um pouco, mas não muito. Minha família me

ajudou a colocar meus pés no chão. Faço análise desde os 14 anos.

Folha Online - Quando você percebeu esta sedução?

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24

Cauã - A primeira vez que vi que fama não enche barriga foi quando desfilei para Jean Paul

Gaultier em Paris. Estava deslumbrado em desfilar para uma grife tão bacana. Depois que acabou o

desfile, fui para casa de metrô sozinho e "durão" [sem dinheiro].

Folha Online - Como você lida com o assédio da imprensa?

Cauã - O ator tem que tomar cuidado. Tem gente que fala que não quer ser vítima de fofoca, mas

sai com o novo namorado na praia do Leblon (RJ). É claro que vai ser fotografado. Quer

privacidade? Então não sai de casa.

Folha Online - Você gosta de fofoca?

Cauã - Todos gostam de fofocar. Eu mesmo fico pensando... 'Como será a

relação do Brad Pitt com a Angelina Jolie?'. Mas é uma curiosidade natural,

não é passional, entende?

Folha Online - Todo mundo também quer saber sobre seus namoros...

Cauã - Ah, você vai perguntar da minha vida pessoal? Vivi com a Alinne (Moraes) e tinha aquela

coisa de "casal 20", foi legal e acabou. Mas se você pensar no fim da relação, não vai namorar

ninguém. A Grazi é linda, maravilhosa, bem-humorada. Damos boas risadas juntos e é isso. Seja

gentil comigo, hein? Fui aberto com você.

......................................................................................

Fama não enche barriga. Folha Online. Disponível

em<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u321264.shtml>.Acesso em:26 ago.2012.

Respondam as seguintes perguntas em grupos de 3 a 5 pessoas:

Comparem a entrevista que vocês acabaram de lê com a que vocês escrevam. Em que elas

diferem?

Respostas pessoais

Em que mídia a entrevista foi publicada?Site?Jornal?

A entrevista foi publicada em mídia digital (Internet). No site UOL, jornal Folha Online.

Como a entrevista está estruturada?

A entrevista está estruturada no formato tradicional perguntas e respostas. Estas estão em negrito

para fácil localização, pelo leitor, do entrevistador e do entrevistado.

Qual o nome do entrevistador e do entrevistado?

O nome do entrevistador está representado pelo próprio jornal, a Folha Online.

Page 32: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

25

Quem serão os possíveis leitores de tal entrevista?

Os possíveis leitores seriam variados: interessados na esfera artística, telespectadores de novelas

em geral,

Qual o título da entrevista? De onde ela foi retirada?

O título da entrevista é “Fama não enche barriga”, retirada da própria fala do entrevistado.

Característica comum das entrevistas, “de ter por título um trecho da fala do entrevistado ou uma

frase-síntese que revela a opinião do entrevistado”.

Qual é síntese exposta da entrevista?

"Trabalhar e ficar quieto" é a recomendação do ator Cauã Reymond, 27, para seus colegas de

profissão. Para ele, a classe artística não tem que dar opinião sobre tudo.

Como o entrevistado é apresentado antes de iniciar-se a entrevista?

Reymond é apresentado como ator da quinta novela --vive Lucas em "Eterna Magia--, se prepara

para filmar o terceiro longa-metragem (já fez "Ódiquê" e "Falsa Loura") e desfilou para grifes como

Jean Paul Gaultier. Também lavou banheiro, varreu chão e pintou parede para pagar estudos de

interpretação em Nova York. Cauã evita falar muito de sua vida pessoal e diz ser fã de Fernando

Gabeira (PV-RJ).

Qual (is) é (são) o (os) assunto(s) da entrevista?

A entrevista versa sobre alguns assuntos como política, descriminalização das drogas, fama, assédio

da imprensa, otimismo, fofoca e vida pessoal.

Qual é a opinião do entrevistado sobre o (s) assunto(s)?

O entrevistado se mostra cauteloso quanto à fama, ser realista, não deve ficar dando opinião sobre

tudo ,deve fazer o seu trabalho e ficar quieto.

Das perguntas anteriores é possível tirar algumas respostas das entrevistas que vocês

produziram? Qual (is?). Respostas pessoais

Qual (is) não é (são) possível (eis)? Respostas pessoais

Por quê? Respostas pessoais

TERCEIRO MÓDULO

Tempo previsto: três semanas

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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26

Agora vamos lê alguns textos. Estes ajudarão vocês a aprimorar o processo de retextualização

(reescrita) das entrevistas. Para isso, vamos nos basear em dois autores que abordam a questão da

língua oral. São eles: Dino Fioravante Preti e Luiz Antônio Marcuschi.

Há outras fontes que também tratam do assunto ( língua oral) e do gênero entrevista. Para ajudá-los

nessa caminhada, e quem tiver interesse em se aprofundar mais sobre esses temas , vejam a

bibliografia/ webgrafia :

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 4.ed. São Paulo:

Martins Fontes, 2003[1952-53/1979]. p. 261-306.

Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas: Ler e escrever e Orientações

curriculares. Livro do Professor. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010. Sexto ano. Disponível

em:

<http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/L

P6/LP_conteudo_Prof_6Ano.pdf >. Acesso em: 10 jun.2012.

DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral

e a escrita: Apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. et al.

Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Helena Rodrigues Rojo e

Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.

__________ Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma

experiência suíça. In: COUTINHO, Luciana Cristina Salvatti. Disponível em: <

http://educacadoresemluta.blogspot.com.br/2009/12/dolz-j-e-schneuwly-b-generos-e_11.html>.

Acesso em: 25 nov.2012.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da conversação. 3.ed., São Paulo:Ática,1997.

_________Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.

Page 34: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

27

_________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva;

MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino.

2.ed.Rio de Janeiro: Lucerna,2003.

Normas para transcrição. In: PRETI, Dino. (Org.) Interação na fala e na escrita. São Paulo:

Humanitas, 2002, p.17,18.

SILVA, Luiz Antônio. Síntese da história do projeto NURC. Linha d´Água, São Paulo, n.10,

jul.1996, p.83-90. Disponível em: < http://www.fflch.usp.br/dlcv/nurc/historico.htm>.Acesso em:

26 maio 2011.

OUTRAS REFERÊNCIAS DE APOIO

CITELI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.

SAIEG-SIQUEIRA, João Hilton. Organização do texto dissertativo. São Paulo: Selinunte, 1995.

SAVIOLI, Francisco Platão ; FIORIN,José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo:

Ática, 1996.

SOUZA, Aguinaldo Gomes de. Gêneros virtuais – algumas observações. Letra Magna, São Paulo,

n.7, ano 4,2007. Disponível em<

http://www.letramagna.com/generos_virtuais_revista_aguinaldo.pdf >.Acesso em: 18 nov.2012.

TEERA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

Para esta Sequência Didática, vejamos os dois autores citados anteriormente:

Preti (2002, pp.15,16) afirma que na transcrição de uma fala para a língua escrita, devemos

observar os seguintes itens:

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28

“1. Iniciais maiúsculas: só para nomes próprios ou para siglas( USP etc.).2. Fáticos: ah, éh, ahn,

ehn,tá? (não por está: ta? Você está brava?).3. Nomes de obras ou nomes comuns estrangeiros em

itálico. 4. Números: por extenso. 5. Não se indica o ponto de exclamação. 6. [...].7. Podem-se

combinar sinais. Por exemplo: oh:::...(alongamento e pausa).8. Não se utilizam sinais de pausa,

tipos da língua escrita, como ponto-e-vírgula, ponto final, dois pontos, vírgula. As reticências

marcam qualquer pausa”.

Assim, é possível, a partir de uma entrevista gravada por vocês, ou capturada da internet, do rádio

ou da televisão e transcrita com as observações supracitadas, termos bons textos na norma padrão

da Língua Portuguesa. Dessa forma, vocês podem observar, comparativamente, as diferenças --

entre o oral escrito e o texto escrito, construído segundo as normas da gramática tradicional,

[vamos estudar estas normas mais para frente] durante o processo de retextualização.

Vejamos um esquema exemplo, de como fazer uma transcrição.

TEXTO 1:

OCORRÊNCIAS SINAIS EXEMPLIFICAÇÃO

Incompreensão de

palavras ou

segmentos

( ) do nível de renda ( ) nível de renda nominal

Hipótese do que se

ouviu

( hipótese ) ( estou ) meio preocupado ( com o gravador )

Truncamentos

bruscos. Quando

um falante corta

uma unidade

/ (marca-se o

fato com uma

barra)

E comé/ e reinicia

Entonação enfática maiúscula porque as pessoas reTÊM moeda

Prolongamento de

vogal e consoante (

como s,r)

::podendo

aumentar para:::

ou mais

ao emprestarem... éh:::...dinheiro; co::mo; e::u

Silabação - Por motivo de tran-sa-ção

Interrogação ? e o Banco...Central...certo?

Qualquer pausa

... São três motivos... ou três razões...que se retenha moeda...existe

uma...retenção

Comentários

descritivos do

((minúscula)) ((tossiu))

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transcritor.Usam-se

parênteses duplos

Comentários que

quebram a

seqüência temática

da exposição;

desvio temático.

-- -- ....a demanda de moeda -- vamos dar essa notação -- demanda de

moeda por motivo

Sobreposição,

simultaneidade de

vozes.

ligando as

[

linhas

A. na casa da sua irmã

[

B. sexta-feira?

A. fizeram LÁ....

[

B. cozinharam lá?

Indicação de que a

fala foi tomada ou

interrompida em

determinado ponto.

Não no seu início,

por exemplo.

(...) (...) nós vimos por exemplo que existem...

Citações literais ou

leitura de textos,

durante a gravação.

“ ” Pedro Lima... éh escreve na ocasião.. “O cinema falado em língua

estrangeira não precisa de nenhuma baRREIra entre nós”...

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30

No texto dois vemos outro esquema exemplo, apontando quais são as marcas próprias da língua falada.

Texto 2:

No texto 3 temos a definição de retextualização e alguns exemplos de marcas da oralidade que são

passíveis de serem eliminadas na hora da reescrita ou retextualização de um texto oral.

TEXTO 3: O QUE É RETEXTUALIZAÇÃO?

É a passagem ou transformação do texto falado para o texto escrito. Poderíamos também definir de

reescrita. Alguns procedimentos básicos, para uma boa retextualização, são a eliminação de:

a) Hesitações: ah....,eh...,e...e...e...,.o...o..., de...,do....,da...dos..

b) Elementos lexicalizados (palavras dicionarizadas, que podemos encontrá-las no dicionário) ou

não lexicalizados (palavras não dicionarizadas, que não podemos encontrá-las no dicionário. São

encontradas apenas na fala cotidiana) e tipicamente produzidos na fala, tais como os operadores

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conversacionais do tipo: “sim”, “claro”, “certo”, “viu”, “entendeu”, “ né”, “sabe”, “que acha?” “

bem” “ hã ”

c) Segmentos de palavras iniciadas e não concluídas que aparecem na transcrição e, portanto são

tributáveis a hesitações.

d) Sobreposições (falas simultâneas em um mesmo local da entrevista) e partes transcritas como

duvidosas.

e) Frases truncadas (frases iniciadas e não finalizadas, deixando o raciocínio suspenso).

f) Repetições. (a mesma palavra repetida várias vezes numa mesma frase / texto)

Agora vejamos uma entrevista retirada do livro de Marcuschi (2001, p.112 e 113), transcrita do jeito que

o entrevistador e entrevistado falaram, com algumas marcas da língua oral, conforme mostradas nos

textos 1,2 e 3.

TEXTO 4 - EXEMPLO

Narrativa Oral – uma jovem de 17 anos de idade, Rio de Janeiro, 1993.

Texto Original

F1 - e::...Claire ...agora pra terminar ...eu quero que você ...dê a sua opinião pra mim...ou

sobre...amizade...namoro...vocação...vestibular...

F2 – eh ...eu vou falar sobre a minha família....sobre os meus pais...o que eu acho deles....como eles

me tratam....bem...eu tenho uma família....pequena ...ela é composta pelo meu pai...pela minha mãe

.... pelo meu irmão ...eu tenho um irmão pequeno de ... dez anos...eh o meu irmão não influencia

em nada.... a minha mãe é uma pessoa superlegal...sabe? ela ...é uma pessoa que conversa

comigo...é minha amiga...ela...me mostra sempre a realidade da vida...ela nunca...ela

nunca...esconde nada de mim...né? tenta ver o melhor para mim...me mostra a vida como ela

é....entendeu? o meu pai não...o meu pai já é uma pessoa ....ah....ele ...já....é uma pessoa muito

fechada...e... triste...porque a juventude dele...a criação dele...foi uma coisa...foi uma coisa/como é

que eu vou dizer? eh ...ele foi criado/os pais dele por um clima de ...autoritarismo...entendeu? meu

avô era autoritário...ele não via a justiça ...sabe?entendeu?ele foi criado no Norte...no

interior...então aque/as pessoas do interior geralmente têm uma mente mais fechada...entendeu?são

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uma pessoa tipo...entre aspas...ignorantes...nê?entendeu?então é isso que o meu pai ( ) uma visão

assim da vida...então é isso que ele passa pra mim...eu não acho certo...ele acha que...ele acha que a

pessoa tem que estudar....trabalhar...entendeu?ele não vê nada...ele não conversa comigo...ele não

amostra os pontos de vista dele...a minha família ...nesse ponto...eu acho que

é....errada...entendeu?porque eu acho que meu pai ...ele tinha que conversar mais comigo...ele tinha

que me amostrar mais os fatos...é isso que eu acho errado...às vezes eu fico revoltada com isso ...ele

sabe criticar...criticar...me criticar...me recriminar...dizer que eu estou errada...entendeu? é isso que

eu acho da minha família...que eu não acho que é um exemplo ...só isso....

(MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. Atividade de retextualização, 2ª.ed.,São

Paulo,Cortez,2001,p.112,113).

Exercício em grupo de 3 a 5 pessoas ( localização das marcas da oralidade no texto oral escrito).

Leiam novamente o texto com bastante atenção e transcrevam as marcas da oralidade conforme

indicadas nos textos 1, 2 e 3:

a) Hesitações: “ah...eh”

b) Elementos lexicalizados: “ entendeu?” , “sabe?”, “ então”, “bem”, “sabe?”

c) Elementos não lexicalizados: “ nê?”

d) Segmentos de palavras iniciadas e não concluídas: “então aque/as pessoas do interior...”

e) Frases truncadas: “...ele foi criado/os pais dele por um clima de ...autoritarismo...” , “então

aque/as pessoas do interior...”

f) Repetições: “entendeu?”, “nê?” “...eu vou falar sobre a minha família....sobre os meus

pais...” “pelo meu pai...pela minha mãe .... pelo meu irmão...” “eu não acho certo...ele acha

que...ele acha que a pessoa tem que estudar....trabalhar..”

g) Hipótese do que se ouviu: “...é isso que o meu pai ( ) uma visão assim da vida...”

O MESMO TEXTO RETEXTUALIZADO

Uma das possibilidades de retextualização [ feita pelo professor da sala ]

Agora vocês vão ler o mesmo texto retextualizado pelo professor.

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F1: Claire, para terminar, dê-me a sua opinião sobre amizade, namoro, vocação ou

vestibular.

F2: Vou falar sobre a minha família. Ela é pequena, composta pelos meus pais e um

irmão de dez anos que não influencia em nada.

A minha mãe é uma pessoa muito amiga. Conversa comigo, mostra-me a realidade da

vida. Nunca esconde nada de mim.

Já o meu pai é uma pessoa muito fechada e triste. Ele foi criado no Norte num

clima de autoritarismo pelos meus avós. Por isso ele tem uma mente muito fechada. Não tem um

ponto de vista próprio nem dialoga comigo. Só sabe me recriminar e criticar. Ele acha que a vida é

só trabalhar e estudar. Eu acho esse tipo de comportamento errado. Isso, às vezes, me deixa

revoltada. As atitudes dele contribuem para que a minha família não seja um bom exemplo.

Exercícios em grupo de 3 a 5 pessoas

1. Comentem as diferenças do ponto de vista da forma (como o texto está estruturado:

pontuação, paragrafação) e do conteúdo (extensão, vocabulário, coesão, coerência) do texto

original para o mesmo texto retextualizado.

(Possíveis respostas)

Texto original Texto retextualizado

Forma: Texto sem paragrafação, sem

pontuação.

Conteúdo: repetitivo, aparentemente

caótico, frases truncadas, vocábulos e

expressões característicos da fala: “eh...”; “

sabe?entendeu?”; “ele foi criado/os pais

dele por um clima de

...autoritarismo...entendeu?”,etc.

Forma: Paragrafação e pontuação

presentes, características da norma

padrão escrita.

Conteúdo: Sintético, coeso, coerente.

2. Comentem por que houve as mudanças do texto original para o mesmo texto reescrito.

As mudanças ocorreram porque houve a supressão dos elementos característicos da lingua oral

como as hesitações, elementos lexicalizados, elementos não lexicalizados, segmentos de

palavras iniciadas e não concluídas, frases truncadas, repetições e hipótese do que se ouviu.

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QUARTO MÓDULO

Tempo previsto : duas semanas

Agora vocês( e professor também) vão pesquisar em livros didáticos, gramáticas, internet e

trazer para a sala , os seguintes contéudos:

Cosão,coerência, discurso direto,discurso indireto.

Com o contéudo em mãos vamos estudar,tirar dúvidas e fazer exercícios.

I) Coerência e seus níveis – teoria e exercícios

II) Coesão e síntese dos elementos coesivos

Leiam e façam os exercícios propostos no final.

I) Coerência: deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto

harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que

não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. No texto

coerente, não há nenhuma parte que se não se solidarize com as demais.

Níveis de coerência - Há três níveis em que a coerência deve ser observada:

1.Coerência narrativa:A estrutura narrativa tem quatro fases distintas:

- manipulação, fase em que alguém é induzido a querer ou dever realizar uma ação;

- competência, em que esse alguém adquire um poder ou um saber para realizar aquilo que ele quer

ou deve;

- performance, a fase em que de fato se realiza a ação;

- sanção, fase em que se recebe a recompensa ou o castigo por aquilo que realizou.

Essas quatro fases, conforme os autores, se pressupõem, ou seja, a posterior depende da anterior.

Ele exemplifica, afirmando que um sujeito só pode fazer algo (performance) se souber ou puder

fazê-la (competência). É incoerência narrativa relatar uma ação realizada por alguém que não tinha

competência para realizá-la.

Exemplo sugerido:

É incoerente narrar uma história em que alguém está descendo uma ladeira num carro sem freio,

que para imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criança lhe corta a frente.

2. Coerência figurativa: Por coerência figurativa endente-se a articulação harmônica das figuras

do texto, com base na relação de significado que mantêm entre si. As várias figuras que ocorrem

num texto devem articular-se de maneira coerente para constituir um único bloco temático. A

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ruptura dessa coerência pode produzir efeitos desconcertantes. Todas as figuras que pertencem ao

mesmo tema devem pertencer ao mesmo universo de significado.

Exemplos sugeridos:

a) Suponhamos que se deseje figurativizar o tema “despreocupação.” Podem-se usar figuras como

“pessoas deitadas à beira de uma piscina”, “drinques gelados”, “passeios pelos shoppings”. Não

caberia, no entanto, na figurativização desse tema, a utilização de figuras como “pessoas indo

apressadas para o trabalho”, “fábricas funcionando a pleno vapor”.

b) Suponhamos (...) que se pretenda figurativizar o tema do requinte e da sofisticação para

caracterizar um certo personagem. Para ser coerente, é necessário que todas as figuras encaminhem

para o tema do requinte. Pode-se citar, ao descrever sua casa: a lareira, o tapete persa, os cristais da

Boêmia, a porcelana de Sévres, o doberman ressonando no tapete, um quadro de Portinari e outras

figuras do mesmo campo de significado. Constituiria incoerência figurativa gritante incluir nesse

conjunto de elementos Agnaldo Timóteo cantando na vitrola um bolero sentimentaloide. Essa

ruptura se justificaria se a intenção fosse o humor, a piada, a ridicularização, ou mostrar o paradoxo

de que o requinte é apenas exterior.

c) Suponhamos que se queira mostrar a vida no Polo Norte. Podem-se para isso usar figuras como

“neve”, pessoas vestidas com roupas de pele”, “renas” “treinós, Não podem porém, utilizar figuras

como “palmeiras”, cactos”, “camelos”, estradas poeirentas”.

3. Coerência argumentativa: Quando se defende o ponto de vista de que o homem deve buscar o

amor e a amizade, não se pode dizer em seguida que não se deve confiar em ninguém e que por isso

é melhor viver só.

(...)

Se o texto parte da premissa de que todos são iguais perante a lei, cai na incoerência se

defender posteriormente o privilégio de algumas categorias profissionais não estarem obrigadas a

pagar imposto de renda.

O argumentador pode até defender essas regalias, mas não pode partir da premissa de que

todos são iguais perante a lei.

Assim também é incoerente defender ponto de vista contrário a qualquer tipo de violência e

ser favorável à pena de morte, a não ser que não considere a ação de matar uma ação violenta.

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Exercícios em grupo de 3 a 5 pessoas

Leiam os textos a seguir e aponte em cada um:

1. O nível de incoerência. (se é narrativa, figurativa ou argumentativa)

2. Aponte qual é a incoerência.

3. Reescreva os textos, coerentemente.

Texto 1:“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas

de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos

de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,

perdeu a direção. O carro capotou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para

o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um

carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou-lhe a vida”.

Texto 2:“Sem entusiasmo, Júlio foi assistir à partida do Grêmio, pois já esperava ver um mau jogo.

Decepcionado, com o péssimo futebol apresentado, seguiu para casa”

Texto 3:“Lá dentro havia uma fumaça formada pela maconha e essa fumaça não deixava que nós

víssemos qualquer pessoa, pois ela era muito densa”.

Meu colega foi à cozinha me deixando sozinho, fiquei encostado na parede da sala e fiquei

observando as pessoas que lá estavam. Na festa havia pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas,

pretas, amarelas, altas, baixas, etc.”

Texto 4:“O quarto espelha as características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar

livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso:

raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as

peças arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de Shakespeare”.

Texto 5:Os números da educação do Censo 2000 são animadores. Os dados mostram que mais da

metade (59,9%) da população brasileira com mais de dez anos não conseguiu concluir o ensino

fundamental (antigo primeiro grau), pois tem menos de oito anos completos de estudo.

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Texto 6:“O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido.

Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-

se bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz.”

Texto 7:O sonho de João era conhecer o Polo Norte. Um dia ele teve o privilégio de chegar lá.

Ficou assustado como as pessoas se comportam devido ao clima: as casas não têm cobertura nem

portas, além disso, elas dormem no chão porque lá ninguém aguenta o calor. E o pior,ninguém

consegue andar sem tapar as narinas com um pano ou uma máscara,pois as estradas são muito

poeirentas.

Respostas:

1)Texto 1: Incoerência narrativa.Texto 2: Incoerência narrativa. Texto 3: Incoerência narrativa.

Texto 4: Incoerência figurativa. Texto 5: Incoerência argumentativa. Texto 6: Incoerência

argumentativa. Texto 7: Incoerência figurativa.

2)Texto 1: Se o garoto mal podia carregar uma cesta de amendoim,seria incoerente carregar um

homem corpulento, pois ele não tinha forças para fazer isso. Texto 2: Se Júlio foi assistir à partida

do Grêmio sem entusiasmo , seria incoerente voltar decepcionado, pois ele já esperava ver um mau

jogo.Texto 3: Se a fumaça formada pela maconha não deixava que o personagem visse qualquer

pessoa no ambiente em que ele estava , seria incoerente, logo em seguida, descrever como eram as

pessoas que lá estavam: ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas, etc .Texto 4: Se o esportista

adorava a vida ao ar livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais, seria incoerente

constar em seu quarto um tabuleiro de xadrez e as obras completas de Shakespeare, pois tais

elementos sãos coerentes para quem gosta da vida intelectual da leitura e de jogar xadrez, uma vez

que tais atividades exigem esforços do intelecto para compreendê-las e realizá-las. Texto 5: Se

mais da metade (59,9%) da população brasileira com mais de dez anos não conseguiu concluir o

ensino fundamental , é incoerente afirmar que os dados são animadores. Texto 6: Se no início do

texto há o argumento de que o verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o

outro está deprimido, é contraditório, logo em seguida conta-lhe sobre seu prestígio profissional,

conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situações, tais argumentos tornará seu amigo

mais depressivo , e não vai melhorar o estado de espírito do infeliz.Texto 7: Espera-se, quem for

conhecer o Polo Norte, encontrar por lá muito frio, gelo, neve .Seria incoerente sentir calor, vê

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estradas poeirentas, pois isso seria apropriado para um local seco como algumas regiões da África,

nordeste do Brasil,etc.

Coesão textual

Quando lemos com atenção um texto bem construído, não nos perdemos por entre os enunciados

que o constituem, nem perdemos a noção de conjunto. Com efeito, é possível perceber a conexão

existente entre os vários segmentos de um texto e compreender que todos estão interligados entre si.

Veja um exemplo:

É sabido que o sistema do Império Romano dependia da escravidão, sobretudo para a

produção agrícola . É sabido ainda que a população escrava era recrutada principalmente entre

os prisioneiros de guerra.

Em vista disso, a pacificação das fronteiras fez consideravelmente a população escrava.

Como o sistema não podia prescindir da mão-de-obra escrava , foi necessário encontrar

outra forma de manter inalterada essa população.

..............................................

(...) os enunciados desse texto não estão amontoados caoticamente, mas estritamente

interligados entre si: ao ler ,percebe-se que há conexão entre cada uma das partes.

A essa conexão interna entre os vários enunciados presentes no texto dá-se o nome de

coesão. Diz-se, pois, que um texto tem coesão quando seus vários enunciados estão organicamente

articulados entre si, quando há concatenação entre eles.

A coesão de um texto, isto é, a conexão entre os vários enunciados obviamente não é fruto

do acaso, mas das relações de sentido que existem entre eles. Essas relações de sentido são

manifestadas, sobretudo, por certa categoria de palavras, as quais são chamadas de conectivos ou

elementos de coesão. Sua função no texto é, exatamente, a de pôr em evidencia as várias relações de

sentido que existem entre os enunciados.

No caso do texto citado (...) pode-se observar a função de alguns desses elementos de

coesão. A palavra “ainda” (...) no primeiro parágrafo serve para dar continuidade ao que foi dito

anteriormente e acrescentar ou outro dado: “que o recrutamento de escravos era feito junto dos

prisioneiros de guerra.”

O segundo parágrafo inicia-se com a expressão “em vista disso,” que estabelece uma

relação de implicação causal entre o dado anterior e o que vem a seguir: “a pacificação das

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39

fronteiras diminui o fornecimento de escravos porque estes eram recrutados principalmente entre os

prisioneiros de guerra.”

O terceiro parágrafo inicia-se pelo conectivo “como”, que manifesta outra relação causal,

isto é: “foi necessário encontrar outra forma de fornecimento de escravos porque o sistema não

podia prescindir deles.”

São várias as palavras que, num texto, assumem a função de conectivo ou elementos de

coesão:

- as preposições: a, de ,para, com, por, etc;

- as conjunções : que, para que, quando, embora, mas e, ou, etc;

- os advérbios : aqui, aí, lá, assim, etc.

O uso adequado desses elementos de coesão confere a unidade ao texto e contribui

consideravelmente para a expressão clara das ideias. O uso inadequado sempre tem efeitos

perturbadores, tornando certas passagens incompreensíveis.

.........................................................................

Síntese de coesão: é a conexão interna entre os vários enunciados presentes no texto. Essa coesão é

feita pelos conectivos ou elementos de coesão: preposições, conjunções e advérbios.

Síntese de alguns elementos coesivos

1.Indicadores de oposição, contraste, adversão

Preposições,

conjunções e

locuções

mas, porém, todavia,contudo,entretanto,no entanto,embora, contra,

apesar de, não obstante,ao contrário , etc.

2.Indicadores de causa e consequência

Preposições, conjunções e locuções

porque, visto que, em virtude de, uma vez que,

devido a, por motivo de, graças a, sem razão de,

em decorrência de, por causa de, etc.

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3.Indicadores de finalidade

Preposições, conjunções e locuções

afim de, a fim de que, com o intuito de, para,

para a, para que, com o objetivo de, etc.

4.Indicadores de esclarecimento

Preposições, conjunções e locuções

vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.

5.Indicadores de proporção

Preposições, conjunções e locuções

à medida que, à proporção que, ao passo que,

tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.

6.Indicadores de tempo

Preposições, conjunções e locuções

em pouco tempo, em muito tempo, logo que,

assim que, antes que, depois que, quando, de

quando em quando, sempre que,etc.

7.Indicadores de condição

Preposições, conjunções e locuções

se, caso, contanto que, a não ser que, a menos

que, etc.

8.Indicadores de conclusão

Preposições, conjunções e locuções

portanto, então, assim, logo, por isso, por

conseguinte, pois, de modo que, em vista

disso, etc.

Referências bibliográficas / WEB gráficas

FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 12.ed. São Paulo: Ática,1996

Page 48: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

41

Disponível em: <http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/11/niveis-de-coerencia.html>. Acesso em: 02 set.2012.

CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.

Exercícios de coesão em grupo de 3 a 5 pessoas

Repetência escolar

1. Leia o texto a seguir e substitua os termos que estão entre parênteses por um adequado de

acordo com o contexto do texto.

Muitas vezes a repetência escolar não é sinônimo de vadiagem. Segundo os especialistas,

quando uma criança tem problemas de visão, todo o seu desenvolvimento pode ser afetado e é

muito importante que a deficiência visual seja logo detectada e tratada.(Por isso) a maioria dos pais

não desconfia que seus filhos possam ter algum problema de visão.

O garoto Jorge Mota, de 12 anos, é um exemplo. Quando não passava de ano, sua mãe

achava que ele era preguiçoso e não estudava, ( porque) um exame oftalmológico indicou que ele

precisava usar óculos. Segundo os médicos, os teste mostraram problemas na retina do garoto que,

provavelmente, surgiram durante a gravidez da mãe, que ingeriu carne de porco contaminada por

algum micro-organismo. Atualmente, o desempenho escolar de Jorge, que já tinha repetido três

vezes, melhorou muito.

(...)

2. Leia atentamente o texto que segue:

A busca da razão

Sofreu muito com a adolescência.

Jovem, ainda se queixava.

Depois, todos os dias subia numa cadeira, agarrava uma argola presa ao teto e, pendurado,

deixava-se ficar.

Até a tarde em que se desprendeu esborrachando-se no chão:estava maduro

Releia o ultimo parágrafo do texto e responda: qual ou quais conjunções poderia ser

utilizadas em substituição aos dois pontos?

3. O emprego equivocado de um elemento coesivo prejudica a estruturação e compreensão de

frases e textos. Comente o uso da conjunção destacada na frase seguinte e proponha

formas mais eficientes de reescrevê-las ou substitua a conjunção por outra adequada.

A maior parte dos trabalhadores brasileiros não recebe um salário digno, mas enfrenta

problemas de sobrevivência.

Page 49: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

42

DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO

Algumas modificações nas estruturas gramaticais na transcrição do discurso direto para o indireto

Na transcrição indireta do discurso, há modificações em algumas estruturas gramaticais, como no

tempo verbal (quero, queria; roubei, tinha roubado), nos pronomes (deste, daquele), advérbios (aqui,

etc.) Confira a tabela de transposição do discurso direto para o indireto:

DIRETO - Enunciado em primeira ou em segunda pessoa: “Eu não confio mais na Justiça”; ”

Delegado, o senhor vai me prender?”

INDIRETO - Enunciado em terceira pessoa: O detento disse que (ele) não confiava mais na Justiça;

Logo depois, perguntou ao delegado se (ele) iria prendê-lo.

DIRETO - Verbo no presente: “Eu não confio mais na Justiça”

INDIRETO - Verbo no pretérito imperfeito do indicativo: O detento disse que não confiava mais na

Justiça.

DIRETO - Verbo no pretérito perfeito: “Eu não roubei nada”

INDIRETO - Verbo no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo ou no pretérito mais-

que-perfeito: O acusado defendeu-se, dizendo que não tinha roubado (que não roubara) nada

DIRETO - Verbo no futuro do presente: “Faremos justiça de qualquer maneira”

INDIRETO - Verbo no futuro do pretérito: Declararam que fariam justiça de qualquer maneira.

DIRETO - Verbo no imperativo: “Saia da delegacia”, disse o delegado ao promotor.

INDIRETO - Verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo: O delegado ordenou ao promotor que

saísse da delegacia.

DIRETO - Pronomes este, esta, isto, esse, essa, isso: “A esta hora não responderei nada”

INDIRETO - Pronomes aquele, aquela, aquilo: O gerente da empresa tentou justificar-se, dizendo

que àquela hora não responderia nada à imprensa.

DIRETO - Advérbio aqui: “Daqui eu não saio tão cedo”

INDIRETO - Advérbio ali: O grevista certificou os policiais de que dali não sairia tão cedo.

Page 50: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

43

Exercícios sobre discurso direto e discurso indireto em grupo de 3 a 5 pessoas

Com base nos dados anteriores, passe os textos seguintes para o discurso indireto fazendo as

modificações gramaticais necessárias.

- Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação.

- Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - Nós estávamos aqui esperando Cezimbra.

"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe:

- Sonhei que vai faltar feijão."

“Saia da delegacia”, disse o delegado ao promotor.”

E Carlos, indignado, gritou:- Onde estão todos?

.............................................................................. CATARINO, Dílson. Disponível em: <http://variandonavida.blogspot.com/2007/11/discurso-direto-discurso-indireto-

e.html>.Acesso em: 8 nov 2009.

QUINTO MÓDULO

Tempo previsto: três semanas

Com base nos exercícios anteriores, peguem entrevistas feitas / escolhidas aplicando o seguinte

roteiro:

Transcrição das entrevistas ( seguindo as normas apresentadas nos textos 1,2 e 3) conforme o

entrevistador e entrevistado falaram, observando todos os elementos característicos da lingua oral

como as hesitações, elementos lexicalizados, elementos não lexicalizados, segmentos de palavras

iniciadas e não concluídas, frases truncadas, repetições e hipótese do que se ouviu.

SEXTO MÓDULO

De acordo com os conhecimentos adquiridos sobres as questões gramaticais, estudadas no quarto

módulo, façam as retextualizações das entrevistas.

Entrevista (1)- Construída pelo(s) próprio (s) aluno(s)

TEMA: Gravidez

Dados do documentador (a):

Entrevistador (a): A.S.V. Estudante da escola E.E. Edgard Francisco (Primeira Série do Ensino

Médio)

Dados do (a) entrevistado (a): L.S.

Page 51: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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F1: boa tarde...estamos aqui em Taboão da Serra...((tossiu))com Larissa dos Santos de ;;;apenas 14 anos e o

tema tratado sobre este assunto será sobre Gravidez ;;; então Larissa sua gravidez foi planejada ?

F2: boa tarde ((riu)) , na verdade num;;;nada foi programado , pois foi a minha primeira vez () nunca havia

me relacionado ((pensando)) antes , não colo;;;usei camisinha antes e a consequência foi botar um filho no

mundo (( olhar chateado ))

F1: uhn...e qual foi o GRANDE motivo para não .. usar a camisinha ?

F2: Na hora né ;;; os HORMôNIOS lá encima, nem cheguei a pensa;;r no uso da... Camisinha

F1: Entendii.../ Mas e como está sua vida hoje naa na escola ?

F2: Infelizmente ((pensando)) parei de estudar e agora trabalho para me sustentar ...meus pais

me;;;expulsaram eu... de casa e assim que o bebe nasceu o vaga..( ) do pai foi embora ,

F1: (...) E o que você acha ;;; ou espera de seu..futuro ?

F2: Aaaaaaah sei lá;..só quero cuidar do meu filho..esquecer o erro ( bate palma ) e olhar pra frente néé.;; ?

esperoo;;eu quero voltar a estudar e continuar trabalhando

F1: Parabéns, só mais outra perguntinha..você tem (...) algum sonho, ou meta;;;alguma meta ?

F2: Meu único sonho..só este sonho (( pensando )) ;;; que meu filho [ não cometa..os erro que cometi.

Retextualização para a modalidade escrita padrão (discurso direto)

F1- Essa gravidez foi planejada?

F2- Não. Na verdade foi minha primeira vez . Nunca havia me relacionado antes. Não usei camisinha antes e

a conseqüência foi um filho no mundo.

F1-Por que não usou camisinha?

F2- Na hora os hormônios lá em cima, nem pensei no uso da camisinha.

F1- Como ficou sua vida hoje, na escola?

F2- A escola eu deixei e trabalho para me sustentar. Meus pais me expulsaram de casa e ele me largou assim

que o bebe nasceu.

F1- O que você espera do futuro?

F2-Sei lá! Só quero cuidar do meu filho e esquecer o erro e olhar pra frente quero voltar a estudar e continuar

a trabalhar.

F1-Você tem algum sonho, alguma meta?

F2- Meu único sonho é meu filho não cometer o mesmo erro que eu.

Retextualização da mesma entrevista para a norma padrão da língua escrita (discurso

indireto)

Segundo Larissa dos Santos, da cidade de Taboão da Serra, engravidou com apenas 14 anos e o

tema tratado da entrevista foi sobre gravidez. Larissa muito simpática respondeu as perguntas e umas delas

correspondiam se sua gravidez foi planejada. Larissa havia dito que foi sua primeira vez e não havia

relacionado algo antes e não tinha usado camisinha então o entrevistador indagou o porquê dela não ter

usado a camisinha e ela confidenciou que na hora nem tinha pensado no uso da camisinha e que os seus

hormônios estavam lá encima no momento.

O entrevistador perguntou mais sobre sua realidade como sua vida estava sendo e se ela havia

parado de estudar, ela destacou que havia parado de estudar e que está trabalhando para se sustentar e que o

Page 52: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

45

pai de seu filho foi irresponsável e o largou na hora em que o bebê nasceu e que seus pais haviam a

expulsado de casa. Nisso o entrevistador prosseguiu sua entrevista perguntando se ela esperava algo do

futuro. Larissa dos Santos apenas irá cuidar de seu filho e irá continuar trabalhando como deve. Para finalizar

o entrevistador pergunto-lhe se tinha alguma meta ou sonho, nisso ela ressaltou que o seu único sonho é que

o filho não cometesse o mesmo erro que ela cometeu.

Entrevista (2) - Captada pronta da mídia digital (vídeo da Folha Online)

Dados do documentador (a): C.S.S. Aluna da 1ª série do Ensino Médio da EE Edgard Francisco.

Dados do entrevistado: Danilo Gentili

Entrevistador : Folha Online

Folha Online - o que:: mudou na sua vida depois que::... você entrou no "CQC" ?

Gentili - meu:...tiipo mudou coisa pra caramba .... eu já tinha um reconhecimento do meu trabalho no teatro

... mas ... agora:... nossa ... agora ele é bem maior ... uma coisa que mudou foi o meu nome .. eu não chamo

mais Danilo ... agora meu nome é "CQC"... o cara passa na rua e fala:e aí 'CQC' ? (risos)...

Folha Online - como ... você:... entrou no::: programa ?

Gentili - o: Diego Barreto ... o diretor do "CQC" ... me:: assistiu no "Clube da Comédia" e:::... me convidou

para fazer um teste ... fiz uma entrevista com o:: Agnaldo Timóteo e:: passei...

Folha Online - o:: seu grande sucesso no começo do "CQC" foi:: o quadro do repórter inexperiente ... você

se:: arrepende de::... não ter gravado mais entrevistas antes da estreia do ... programa ?

Gentili - é::: uma mistura de:: sentimentos ... eu gostaria .. sim ... de ter feito muito mais... só que ... durante

o processo ... eu tava de saco cheio e achava que já tava bom .... mas ... se pudesse voltar no tempo ... eu teria

feito mais... sim ...

Folha Online - você: tinha idéia que:... o "CQC" ia fazer um sucesso TÃO grande ?

Gentili - não tinha a menor idéia ... a Band não tem muita tradição de::... programa de:: humor e isso era

uma incógnita ... na minha cabeça ... eu só pensava na diversão ... eu apenas gravava com prazer ...

Folha Online - além de comediante:... você também é repórter na prática... como:: você encara o:::

cotidiano de jornalista ?

Gentili - tem dia que é::... foda ... na matéria do Daniel Dantas ... por exemplo ... o processo não foi nada

prazeroso ... cheguei na pauta às 8h e só saí de lá às 22h ... mas o resultado final foi muito bacana ... que

compensou toda aquela espera ...

Folha Online - como que: é:: a relação entre vocês do:... "CQC" ?

Gentili - a...a: gente trabalha num mesmo programa .... mas não trabalha junto ... o::: Cortez faz as matérias

dele ... o::: Andreoli ... as dele ... e o Oscar Filho ... as dele ...a nossa relação é de trabalho ... eu adorei fazer

a cobertura do debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo ... tem uma amizade também ... sou amigo do

Cortez ... apesar dele ser gay ... e do Andreoli ... apesar dele ser bi (risos) ...

Folha Online - ficar famoso mexeu com você ?

Gentili - eu não acho que fiquei famoso ... eu tenho: a::... sorte de trabalhar em algo que o público vê: com

carinho ... eu não tenho a ilusão da fama ... a:: gente tá numa roda-gigante ... amanhã pode baixar ...

Folha Online - e::... seu contrato com a Band vai: até quando ?

Gentili - até o:: fim de 2009 ...

Folha Online - você iria para uma:: outra emissora ?

Page 53: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

46

Gentili - sempre vou optar pelo veículo que permitir eu ser o mais autoral possível ... o "CQC" segue a linha

de produção da TV ... onde a matéria passa pela mão do produtor ... mas ... mesmo assim ... eu tenho uma

parcela muito minha ... própria ...sabe ?

Folha Online [

Aham

Gentili - [

que::... em outros programas seria difícil de existir ...

Folha Online - você tem um jeito meio desastrado e tímido ... isso é::... uma criação ou você É assim

mesmo ?

Gentili - eu não criei ... nem ator eu sou (risos) ... a única coisa que: eu construo é o texto ... o resto sou eu

mesmo ... um pouco exagerado ...porque:: o palco é uma lupa ...

Folha Online - que tipo de humor tem o::/ seu novo espetáculo fala sobre o quê:: ?

Gentili - a::... gente fala do dia-a-dia ... das neuras da cidade grande ... de relacionamento familiar ... de

namoro... da vida moderna ... de tecnologia ... de tudo ... nosso cotidiano visto pelos olhos humorísticos ...

Folha Online - como que:: você faz as piadas do:: seu repertório ?

Gentili - tem piada que vem pronta na cabeça ... agora tem piada que eu falo porque::... dá:: vontadade de::

usar naquele momento ... e tem piada que: invento no palco ... na hora

Folha Online - e:: você já:: sofreu com humoristas que: usaram suas piadas ?

Gentili - todo comediante tem ciúmes das suas piadas ... né ... a gente sempre sofre ... no meio tem gente

que rouba e também há casos de coincidência ... digamos que 90% da turma é do bem (risos)

Folha Online - bom: valeu Gentili e muito mais sucesso pra você e:: pra sua turma láa

Retextualização para a modalidade escrita padrão (discurso direto)

Folha Online - O que mudou na sua vida após a entrada no "CQC" ?

Gentili -Cara, mudou muita coisa. Eu já tinha um reconhecimento do meu trabalho no teatro, mas, agora,

ele é bem maior. Uma coisa que mudou foi o meu nome. Eu não chamo mais Danilo, agora meu nome é

"CQC". O cara passa na rua e fala "E aí, 'CQC'?" .

Folha Online - Como você entrou no programa ?

Gentili - O Diego Barreto, o diretor do "CQC", me assistiu no "Clube da Comédia" e me convidou para

fazer um teste. Fiz uma entrevista com o Agnaldo Timóteo e passei.

Folha Online - Seu grande sucesso inicial no "CQC" foi o quadro do Repórter Inexperiente. Você se

arrepende de não ter gravado mais entrevistas antes da estreia do programa?

Gentili - É uma mistura de sentimentos. Eu gostaria, sim, te ter feito muito mais. Porém, durante o processo,

eu estava de saco cheio e achava que já estava bom. Mas, se pudesse voltar no tempo, eu teria feito mais,

sim.

Folha Online - Você tinha ideia que o "CQC" seria esse sucesso todo?

Gentili - Não tinha a menor ideia. A Band não tem muita tradição de programa de humor e isso era uma

incógnita. Na minha cabeça, eu só pensava: 'Ah, vai ser divertido fazer isso'. Eu apenas gravava com prazer.

Folha Online - Além de comediante, você também é repórter na prática. Como você encara o cotidiano de

jornalista?

Gentili - Tem dia que é complicado. Na matéria do Daniel Dantas,por exemplo, o processo não foi nada

prazeroso. Cheguei na pauta às 8h e só saí de lá às 22h. Mas o resultado final foi um prazer, que compensou

toda à espera.

Folha Online - Como é a relação entre vocês do "CQC"?

Gentili - A gente trabalha num mesmo programa, mas não trabalha junto. O Cortez faz as matérias dele, o

Andreoli, as dele, e o Oscar Filho, as dele. A nossa relação é de trabalho. Eu adorei fazer a cobertura do

debate [dos candidatos à Prefeitura de São Paulo]. Tem uma amizade também. Sou amigo do Cortez, apesar

de ele ser gay, e do Andreoli, apesar de ele ser bi.

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47

Folha Online - Ficar famoso mexeu com você?

Gentili - Eu não acho que fiquei famoso. Eu tenho a sorte de trabalhar em algo que o público vê com

carinho. Eu não tenho a ilusão da fama. A gente está numa roda-gigante, amanhã pode baixar.

Folha Online - Você tem contrato com a Band até quando?

Gentili - Até o fim de 2009.

Folha Online - Você iria para uma outra emissora?

Gentili - Sempre vou optar pelo veículo que permitir eu ser o mais autoral possível. O "CQC" segue a linha

de produção da TV, na qual a matéria passa pela mão do produtor. Mas, ainda assim, eu tenho uma parcela

muito autoral, que em outros programas seria difícil de existir.

Folha Online - Você tem um jeito meio desastrado e tímido. Isso é uma criação ou você é mesmo assim?

Gentili - Eu não criei, até porque nem ator eu sou. A única coisa que eu construo é o texto. O resto sou eu

mesmo, um pouco exagerado, porque o palco é uma lupa.

Folha Online - Que tipo de humor tem no seu novo espetáculo?

Gentili - A gente fala do dia a dia, das neuras da cidade grande, de relacionamento familiar, de namoro, da

vida moderna, de tecnologia. Enfim, nosso cotidiano visto pela ótica do humor.

Folha Online - Como você constrói piadas de seu repertório?

Gentili - Tem piada que vem pronta na cabeça. Agora tem piada que eu falo: 'Quero falar sobre isso aqui'. E

tem piada que invento no palco na hora.

Folha Online - Você já sofreu com humoristas que roubaram piadas suas?

Gentili - Todo comediante tem ciúmes das suas piadas. A gente sempre sofre. No meio tem gente que rouba

e também há casos de coincidência. Digamos que 90% da turma é do bem .

Retextualização para a modalidade escrita padrão (discurso indireto)

Em uma entrevista à Folha Online, Daniel Gentili explicou sobre sua entrada no programa CQC e, quais

foram as mudanças que ocorreram em sua vida após este fato. Disse que entrou no programa depois de ter

feito uma entrevista com Agnaldo Timóteo e que depois passou e logo que começou a fazer o programa até

seu nome mudou, porque agora todo mundo o conhece como "CQC". Logo depois foi questionado sobre o

grande sucesso que é o programa e, disse que nunca tinha imaginado tudo isso. Disse também que seu

contrato com a emissora de TV Band vai até o fim de 2009 e que se sente bem no programa porque pode ser

"ele mesmo”. A Folha ainda perguntou sobre as piadas dele e, ele disse que tinha ciúmes delas, mas que isso

era normal.

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ANEXO 2- PRODUÇÕES DOS ALUNOS DOS ANOS DE 2011 E 2009

Neste anexo constam as produções dos alunos. Algumas estão completas, outras não.

Faltou tempo suficiente durante o ano letivo para monitorar todos os alunos que apresentaram

algumas dificuldades.

2011

Entrevista 1

Assunto: Aborto

Dados do documentador

Por Thais Oliveira

Estudante da escola: E.E.Edgard Francisco

Série: 2°E Ensino Médio

Dados do entrevistado

Entrevistado: Lindinalva da Silva Fernandes

Estudante da escola: E. E.Edgard Francisco

Série: 2°E Ensino Médio

Transcrição

F1: boa tarde...estamos aqui em Taboão da Serra precisamente em minha casa...para entrevistar

minha amiga Lindinalva abordando um assunto muito comum hoje em dia...o aborto... Lindinalva

éh::: você sabe alguma coisa sobre o aborto?

F2: éh:: boa tarde né:: o que eu sei sobre o aborto é que aqui no Brasil é totalmente ilegal né...e

também quando acontece estupro com uma menina ela pode escolher se vai querer abortar ou

não...a criança...

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F1: você considera o aborto algo ilegal ou legal?

F2: olha eu considero totALMENTE ilegal porque tirar uma vida ainda mais de uma criança não é

nada legal...e se você for uma adolescente...e ta pensando em abortar...você só trará piores

conseqüências pra você mesmo...

F1: você já conheceu ou conhece alguém que abortou uma criança...e por que ela fez isso? ela quis

abortar...ou foi opinião de outras pessoas como amigos ou até mesmo o próprio namorado?

F2: bom eu não conheço nenhuma pessoa que já:: abortou né...e eu tamém não quero nem

conhecer...porque é horrível...mas:: eu tenho uma amiga...que ela engravidou ano passado...e que::::

muitas amigas incentivavam ela ao ato de aborto...mais:: ai ela me falou tal ai eu perguntei mais

algumas coisas pra ela...e::: eu dei a minha opinião pra ela...dizendo que não era abortar...até então

eu não sabia quase nada de aborto...e::: só disse pra ela que não era pra ela abortar que seria algo

ilegal...e que era melhor que ela tivesse o filho dela e passasse por todas as dificuldades que tem

que passar...mais que não abortasse...

F1: hum..você é uma adolescente e tem muito o que viver ainda...mais se acontecesse de você

engravidar por acidente...como você se sentiria e o que você faria a respeito da criança e da sua

vida?

F2: éh:::bom...primeiro eu contaria pros meus pais morrendo de medo né... ((riu)) mais...por mais

que fosse difícil eu jamais abortaria e::: eu com certeza pediria o apoio de muitas pessoas que

poderiam me dar conselhos bons é claro né...

F1: ham...se você soubesse ((tossiu)) que sua amiga esta grávida...e ela quisesse abortar...o que você

faria? você ajudaria ou apoiaria a idéia dela?

F2: eu::óbvio que não ajudaria/ eu ajudaria ela ah/ aconselhando ela a não fazer aquilo né...e

procurava um maior numero de informações a respeito disso...para poder ajudá-la...e com certeza

esperaria que ela escolhesse não abortar...e ter sua criança...que:: também as dificuldades

vem...mas..éh:: logo...logo ela passa e o melhor caminho seria não abortar

Page 57: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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F1: éh:: finalizando então nossa entrevista... éh...eu gostaria de saber o que você diria pras

adolescentes hoje em dia que querem abortar?

F2: ham::: todos nós sabemos né...as dificuldades que é ter um filho...mas abortando as dificuldades

depois se tornarão ainda maior...o que eu aconselho é sempre usar a camisinha em todas as suas

relações sexuais...e deixar que um filho amanhã possa trazer alegria...

2° Etapa: Tirando as marcas da oralidade- Discurso Direto

F1: Boa tarde estamos aqui em Taboão da Serra precisamente em minha casa para entrevistar minha

amiga Lindinalva abordando um assunto muito comum hoje em dia, o aborto. Lindinalva, você sabe

alguma coisa sobre o aborto?

F2: Boa tarde, o que eu sei sobre o aborto é que aqui no Brasil é totalmente ilegal, e também quando

acontece estupro com uma menina ela pode escolher se vai querer aborta\r ou não, acriança.

F1: Você considera o aborto ilegal ou ilegal?

F2: Olha eu considero totalmente ilegal porque tirar uma vida ainda mais de uma criança não é nada

legal, e se você for uma adolescente e está pensando em abortar,. Você só trará piores

conseqüências pra você mesmo.

F1: Você já conheceu ou conhece alguém que abortou uma criança, e por que ela fez isso? Ela quis

abortar ou foi opinião de outras pessoas como amigos ou até mesmo o próprio namorado?

F2: Bom eu não conheço nenhuma pessoa que já abortou eu também não quero nem conhecer

porque é horrível, mas eu tenho uma amiga que engravidou ano passado e que muitas amigas

incentivavam a ala ao ato de aborto, mas ela me falou, e eu perguntei algumas coisas pra ela e eu

dei a minha opinião dizendo que não era pra ela abortar. Até então eu não sabia quase nada sobre

Page 58: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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aborto e disse para ela não abortar que seria algo ilegal e que era melhor que ela tivesse o filho dela

e passasse por todas as dificuldades que têm que passas mais que não abortasse.

F1: Você é uma adolescente e tem muito que viver ainda, mas se acontecesse de você engravidar

por acidente como você se sentiria e o que você faria a respeito da criança e da sua vida?

F2: Primeiro eu contaria pros meus pais morrendo de medo (risos), mas por mais que fosse difícil

eu jamais abortaria e com certeza pediria o apoio de muitas pessoas que poderiam me dar conselhos

bons é claro.

F1: Se você soubesse que sua amiga está grávida e ela quisesse abortar o que você faria? Você

ajudaria ou apoiaria a idéia dela?

F2: Óbvio que eu não ajudaria, mas eu a ajudaria aconselhando a não fazer aquilo, e procurava o

maior número de informações a respeito disso para poder ajudá-la e com certeza esperaria que

escolhesse não abortar e ter sua criança que também as dificuldades vêm mas logo passa e o melhor

caminho seria não abortar.

F1: Finalizando então nossa entrevista eu gostaria de saber o que você diria para as adolescentes

hoje em dia que querem abortar?

F2: Todos nós sabemos as dificuldades que é ter um filho, mas abortando as dificuldades depois se

tornarão ainda maiores. O que eu aconselho é sempre usar a camisinha em todas as relações sexuais

e deixar que um filho amanhã possa lhe trazer alegrias.

3° Etapa: Reescrita da mesma entrevista para a norma padrão da língua escrita em discurso

indireto.

Em entrevista com Lindinalva, foi abordado um assunto muito comum hoje em dia que é o aborto, e

perguntei se ela sabia algo sobre o aborto. Ela respondeu que sabe que o aborto aqui no Brasil é

ilegal e que também quando acontece estupro com uma garota ela pode escolher se aborta ou fica

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com a criança. Na entrevista ela diz considerar o aborto totalmente ilegal. Perguntei também se ela

conhece ou conheceu alguém que já abortou uma criança, ela nos disse não conhecer ninguém que

já tenha abortado, mas tem uma amiga que estava grávida e era incentivada por amigas a abortar, e

ela acabou dando sua opinião para a amiga para que não fizesse isso.

Também perguntei se ela engravidasse o que faria, e ela me falou que contaria para os pais com

medo, mas que jamais abortaria mesmo sendo difícil. Perguntei também se ela soubesse que sua

amiga estava grávida, se ela apoiaria a idéia da amiga ou daria melhores conselhos, ela nos disse

que não apoiaria a amiga nessa idéia, mas que ajudaria de outra forma dando conselhos por

exemplo e procurando maiores informações sobre o assunto e que o melhor caminho seria não

abortar. Ao final da entrevista perguntei qual a opinião que ela passaria as adolescentes de hoje em

dia que pensam em abortar, e ela carinhosamente nos falou que sabe das dificuldades que é ter um

filho e recomenda sempre o uso da camisinha e falou também que amanhã um filho traria maiores

alegrias.

Entrevista 2

Assunto: Esporte

Por Luiz Fernando

Karol Guimarães

Ana Claudia

Dimas Teixeira

(2° D )

Duração: 3:10

Data: 20/06/2011

Local do inquérito: Escola Edgard Francisco em Taboão da Serra-SP

Dados do informante:

Nome: Damaris

Formação: Educação Física

Profissão: Professora de Educação Física

F1: Estamos aqui na escola Edgard Francisco com a professora Damaris de Educação Física e

vamos fazer uma entrevista sobre o esporte ou o que o esporte na vida/é na vida de uma pessoa

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53

.Damaris você acha que as pessoas que... praticam esporte tem a vida mais saudável ?

F2:()Quem pratica esporte tem uma vida mais saudável porque ...combate/ além de combater o

cedemtarismo combate o extresse do dia a dia e uma::: / além de manter a boa forma fisica () e::::

combatendo a obesidade.

F1:()Quem pratica espote na é::: /quem pratica esporte((risos))vive mais que as pessoas que não

pratica ?

F2: Uma pessoa que pratica esporte tem/tendo um bom companhamento médico é logico que ela

vai ter uma ::: melhor qualidade de vida.

F1: Ah algum tipo de lesão daquelas pessoas que... praticam esporte sem o auxilio de um

profissional ?

F2:Qualquer atividade física que não tem um acomponhamento de um profissional pode ser /pode

ocasionar umas::: lesões.

F1: O que você acha das pessoas que utilizam nabolizantes/anabolizantes sem praticar... o esporte?

F2: Quem usa anabolizante pode até ter um resultado rapido para adquiri massas ou:: alguma coisa

assim, mas porem pode ocasionar vários tipos de doenças ou até levar a morte.

F1: Quais são suas recomendações para quem ((risos))/ para quem quer... praticar algum exercício

físico?

F2: Primeiro fazer um exame médico e::: no mínimo praticar exercício três vezes por semana.

F1: ()em que momento da sua vida... ((risos)) você decidiu seguir a carreira de professora de:::

educação física ?

F2: .... Desde ((risos))/desde o ginasio antigo já me:: interessava por esporte () quando eu terminei o

ensino médio quando mudei pro interior tive a oportunidade de ingressar na faculdade de Educação

Física hoje ja fazem:: dezoito anos que dou aula.

F1: Alguém na sua família pratica algum esporte.... físico ?

F2: na minha família é bem::: grandona eu acho que umas três pessoas o resto é tudo cedentario

((risos)).

F1: Qual esporte que você::: mais gosta de praticar?

F2: handbool.

F1:... ( ) encerramos a entrevista na escola Edgard Francisco com a professora Damaris de

Educação Física....... .

Page 61: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

54

Norma padrão da língua portuguesa discurso direto

-Estamos na escola Edgard Francisco para fazer uma entrevista com a professora de educação

física Damaris, o assunto que escolhemos para entrevista-la é esporte.

-Damaris na sua opinião você acha que as pessoas que pratica esportes tem a vida mais saudável ?

-Quem pratica esporte tem uma vida mais saudável porque combate o sedentarismo também

combate o estresse do dia a dia e além de manter a boa forma física combatendo a obesidade.

-Quem pratica esporte vive mais que as pessoas que não pratica?

-Uma pessoa que pratica esportes tendo um bom acompanhamento médico ela vai ter uma

qualidade de vida melhor.

-Pessoas que praticam esportes sem o auxílio de um profissional ela pode causar lesões para elas ?

-Qualquer atividade física que não tem um acompanhamento de um profissional pode ser pode

ocasionar umas lesões.

-O que você acha das pessoas que utilizam anabolizantes sem praticar o esporte?

-Quem usa anabolizante pode até ter um resultado rápido para adquiri massas corporal , mas porem

pode ocasionar Doenças e pode ate levar a morte.

-Quais são suas recomendações para quem quer. Praticar exercícios físicos?

- Primeiro fazer um exame médico e para iniciantes praticar no mínimo praticar exercício três vezes

por semana.

-Em que momento de sua vida você decidiu seguir a carreira de professora de educação física ?

-Comecei a me interessar no ginásio antigo, quando eu terminei o ensino médio me mudei pro

interior tive a oportunidade de ingressar na faculdade de Educação Física. Hoje já fazem dezoito

anos que dou aula.

-Alguém na sua família pratica algum esporte físico?

-Minha família é grande mais só uns três praticam esporte.

-Qual esporte que você gosta de praticar?

-Handbool.

-Aqui termina a entrevista com a professora Damaris professora de educação física aqui na escola

Edgard Francisco.

Page 62: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

55

Discurso Indireto

As alunas da escola Edgard Francisco foram fazer uma entrevista com a professora de educação

física Damaris. Na entrevista tiveram uma conversa sobre o esporte e um pouco da vida da

professora.

Na entrevista perguntaram se uma pessoa que praticam esporte tem uma vida saudável do que

aquelas que não praticam, e sua resposta foi que sim.e falou também que mantém a forma física ,

combate a obesidade e o sedentarismo .Em outra conversa as meninas perguntaram se uma pessoa

que pratica esporte vive mais do que aquela que não pratica ,novamente a resposta foi sim mais ela

deu uma dica que quem for praticar exercícios físicos tem que procurar um médico e para

iniciantes tem que praticar três vezes por semana .

Na entrevista tocaram num assunto muito sério que é anabolizante e seus perigos e a professora

falou que no uso desses medicamentos pode trazer doenças e até a morte.

pediram para a professora falar o porque e ela escolheu educação física e ela contou que se

interessava pelo esporte desde sua época do ensino médio mas teve sua primeira oportunidade

quando terminou os estudos e foi morar no interior de São Paulo.

Entrevista 3

Tema: Gravidez na adolescência

Por Thaís Batista de Jesus ( 2°D)

E.E. Edgard Francisco

Link do vídeo da entrevista: http://www.youtube.com/watch?v=8ZIzWaXRsh4

Primeira Parte - Transcrição

Personagens: apresentadora, entrevistadora, e Isabela de 17 anos a entrevistada.

- boa tarde estamos no jovem vip e o tema hoje é A Gravidez na adolescência estamos aqui com a

Isabela.

- Isabela quantos anos você tem?

- eu tenho dezessete anos.

- é sua primeira gravidez?

Page 63: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

56

- não é minha segunda gravidez.

- ... você::: e na primeira gravidez?

- na primeira gravidez ... e::u eu engravidei com quinze anos i::: foi muito diFIcil quando meus pais

souberam eles me expulsaram de casa ... ((barrulho)) então eu eu paguei um aborto...

- você é contra ou a favor ao aborto?

- hoje eu sou contra ao aborto na na na época em que eu fiz o aborto eu fiquei desespeRAda assim

não passo ... nada pela minha cabeça então eu optei em fazer o aborto.

- e você conti/ é:: você pretende continua estudando?

- eu pretendo...

- mas o que cus::tuma o que voce quer ser quando crescer?

- eu queru:: me forma em direito.

- i:::... onde onde que ta o pai da criança?

- ... Olha é complicado ele:::... ultimamente não esta me ajudando em nada só que:::/

- ele ta/

- eu to levando a gravidez sozinha néh!

- ele sabe que você::: esta grávida ( de uma ) filha dele?

- ele sabe só que até agora:: ele não me procurou.

- ele não ta querendo assumi?

- eu acho que ele não vai quere assumi então eu tO sozinha.

- você esta a onde? ...Seus pais não te expulsaram?

- eu estou morando na casa de uma amIga.

- a amiga que te consolo?

- ela foi a única porque quando eu engravidei até as minhas colegas pararam de andar comigo

porque:: os pais delas achavam que eu não era uma boa companhia.

- ( ) ((barulho))... i::: muito obrigado pela sua presença aqui no jovem vip néh gostamos muito..

pelo nosso bate-papo aqui ...

- eu agradeço.

-brigada.

Page 64: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

57

Segunda Parte

Apresentadora diz:

-Boa tarde, estamos no jovem vip, e o tema de hoje é a gravidez na adolescência, estamos aqui com

a Isabela.

Entrevistadora pergunta:

- Isabela, quantos anos você tem?

Isabela responde:

- Eu tenho dezessete anos.

Entrevistadora pergunta:

- É sua primeira gravidez?

Isabela responde:

- Não, é minha segunda gravidez.

Entrevistadora pergunta:

- Você, e na primeira gravidez?

Isabela responde:

- Na primeira gravidez, eu engravidei com quinze anos, e foi muito difícil, quando meus pais

souberam, eles me expulsaram de casa . Então eu paguei um aborto.

Entrevistadora pergunta:

- Você é contra, ou a favor, ao aborto?

Isabela responde:

- Hoje eu sou contra ao aborto, na época em que eu fiz o aborto, eu fiquei desesperada, assim, não

passo nada pela minha cabeça, então eu optei em fazer o aborto.

Entrevistadora pergunta:

- E você continua, você pretende continuar estudando?

Isabela responde:

- Eu pretendo.

Entrevistadora pergunta:

- mas o que você quer ser quando crescer?

Isabela responde:

- eu quero me forma em direito.

Entrevistadora pergunta:

Page 65: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

58

- E onde que esta o pai da criança?

Isabela responde:

- Olha é complicado, ele, ultimamente não esta me ajudando em nada só que...

Entrevistadora diz:

- Ele ta...

Isabela diz:

- Eu to levando a gravidez sozinha néh!

Entrevistadora pergunta:

- Ele sabe que você esta grávida de uma filha dele?

Isabela responde:

- Ele sabe, só que até agora... ele não me procurou.

Entrevistadora pergunta:

- Ele não esta querendo assumir?

Isabela responde:

- Eu acho que ele não vai quere assumir, então, eu to sozinha.

Entrevistadora pergunta:

- Você esta a onde? Seus pais não te expulsaram?

Isabela responde:

- Eu estou morando na casa de uma amiga.

Entrevistadora pergunta:

- A amiga que te consolou?

Isabela responde:

- Ela foi a única porque quando eu engravidei, até as minhas colegas pararam de andar comigo,

porque os pais delas achavam que eu não era uma boa companhia.

Entrevistadora diz:

- Muito obrigado pela sua presença aqui no jovem vip, gostamos muito, pelo nosso bate-papo aqui

...

Isabela diz:

- eu agradeço.

Apresentadora diz:

-obrigada.

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59

Terceira Parte

A apresentadora começa apresentando o jovem vip, que tem como tema, a gravidez na

adolescência. A entrevistadora começa perguntando para Isabela, a entrevistada, quantos anos ela

tem, e Isabela responde dizendo que tem dezessete anos. Depois é perguntado se é sua primeira

gravidez, e Isabela responde que não, e conta que na primeira gravidez ela tinha quinze anos e foi

expulsa de casa, e que pagou um aborto, mas diz que hoje é contra ao aborto e que naquela época

estava desesperada.

É perguntado pra Isabela se ela pretende estudar, ela diz que sim e que quando crescer, quer

se formar em direito.

É perguntado a Isabela também sobre o pai da criança, e ela diz q ele não há procurou, e ela

acha que ele não irá assumir a criança.

A entrevistadora pergunta a Isabela onde ela esta, pois seus pais a expulsaram de casa. Ela

diz que esta na casa de uma amiga, a única que não se afastou dela ao saber da gravidez. Assim a

entrevistadora e a apresentadora se despedem de Isabela, e agradecem.

Entrevista 4

Assunto: A educação à distância

Por Vinícius Lima

Nivande de Oliveira

Ebony Tavares

Antônio Luiz

(2° D)

Dados do Entrevistador e do Entrevistado

Entrevistador: Portal Educação

Entrevistado: Josué dos Anjos

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60

IV Simpósio de E a D

Transcrição

F1- estamos aqui nos bastidores... com o Josué...olá Josué tudo bom ((sorriso))?

F2- tudo Jó::ia.

F1- Josué qual sua opinião sobre a imporTÂNcia de eventos como este como parte o simpósio?

F2- é:: muito importante porque... agente percebe que educação a distancia tamo crescente e apartir

do momento que vc tem uma::... uma situação de mercado né? que... cresce que toma essa

proporção é importante nós.. nos reunirmos e discutimos pontos importantes pra esse crescimento..

né::? no sentido de fortalecer ainda mais o segmento de educação a distância e hoje oque agente ta

podendo ver que den/ dentro de todas essas palestra que estão acontecen...do é justamente essa

preocupação não só pedagógica mas tamein:: em termos de negócio para as empresas que estão

atuano nesse segmento educação a distância tão é de suma imporTÂNcia né? para o Brasil pra

educação do brasileira para as empresas né? Para os professores alunos enfim todos aqueles que tão

relacionados... a E::ducação a distância no Brasil.

F1- Josué deixa um recadinho pra quem ta assistindo agente aqui no simpósio ((sorriso)).

F2- ((suspiro)) legal pessoal aproveite bastante o simpósio ta muito bacana...os Temas tão bem

abrangentes você pode...vêr desda parte pedagó::gica a tamein a parte de gestão da educação a

distância...então vale a PE::na é como crescimento pessoal tamein co::mo um crescimento em

termos de conhecimento porque você possa aplicar no dia a dia dentro da educação a distância

((sorriso)) e é claro sem o conhecimento é sempre bem vindo n::é e eu acho que o simPÓsio ta

trazendo bastante isso ((sorriso)).

F1- brigada Josué.

Discurso Direto

Entrevistadora diz:

- Estamos Aqui no Simpósio com Josué dos Anjos. Josué qual a importância de eventos como este?

Josué responde:

- Olá a todos. É muito importante que agente perceba que a educação a distância está crescendo e

tomando proporções de situação de mercado, é muito importante nós nos reunirmos e discutirmos

este crescimento para que isto seja fortalecido. Com tantas palestras acontecendo e a preocupação

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não só pedagógica, mais também de suma importância para as empresas que estão atuando neste

segmento e para todos aqueles que estão neste meio.

Aproveitem bastante o Simpósio, pois está com muitos temas interessantes, você pode ver desde a

parte pedagógica até gestão em educação a distância. Vale muito a pena não só para o seu

crescimento pessoal como para ser aplicado no dia a dia. O conhecimento é sempre bem vindo.

Entrevistadora diz:

- Obrigada Josué.

Discurso Indireto

A entrevistadora pergunta se Josué está bem e qual a opinião dele sobre a importância de

eventos como o Simpósio.

Ele diz que está tudo ótimo e completa respondendo que o Simpósio é muito importante para

que as pessoas percebam que a educação a distância está crescendo e tomando proporções de

situação de mercado, e que é muito importante que as pessoas se reúnem e discutem este

crescimento para que ele seja fortalecido, e com tantas palestras acontecendo é muito importante

para todos aqueles que estão neste meio. Ele termina dizendo que o Simpósio está com muitos

temas interessantes e que o conhecimento é sempre bem vindo.

Entrevista 5

Assunto: A carreira da atriz Deborah Secco

Por André Luis

Transcrição

Bao tarde!!

Oi, Boa tarde!!

Bom onde você nasceu?

Hammm,eu nasci no Rio de Janeiro,no dia 26 de novembro de 1979.

Com quantos anos iniciou a sua carreira?

Nossa faz um tempo hein,se bem nem lembro com oito anos.

Como?

Foi em um comercial.

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62

Qual o nome dos seus pais?

Ricardo Secco

Silvia Regina Fialho.

Você tem irmãos?

Tenho dois, Ricardo e Barbara.

Bom vou fazer perguntas agora relacionadas a sua carreira.

Ok,tudo bem.

Qual foi o seu primeiro sucesso?

Foi no seriado confissões de adolescentes,em 1994,na tv cultura.

Você já fez muitos papeis em novelas e seriados me cite alguns por favor.

Em 2003 fui atrapalhada Darlene Sampaio,de celebridade,uma personagem que tinha como

objetivo a fama a qualquer custo.

Em 2005 atuei como sol, uma mulher que tem como sonho ganhar a vida nos Estados

Unidos mesmo que seja como imigrante ilegal,e protagonista da telenovela América.

Em 2006 participou do programa quadro dança no gelo do programa do domingão do

Faustão ficando em 3° lugar.na metade do jogo fraturei duas costela, mas não desisti .

No ano de 2009 fui eleita a mulher mais sexy do Brasil pela revista Isto é Gente, e a 3°mais

sexy do mundo.

Em 2009 no dia 06 de junho, casei-me com o jogador de futebol Roger Flores e passei a

assinar meu nome Deborah Fialho Secco Flores

Em Janeiro de 2009 participei de episódio especial de fim de ano “decameão a comédia do

sexo “domigo e dia de...”no Fantástico,juntamente com Edílson Barros,Mateus Nachtergaele

e,Lucio Mauro Filho e Bruno Garcia

Em setembro,entrei em preparação para dar vida a Bruna Surfistinha.no cinema Bruna :o

doce veneno paulista de classe media ,que abandona a casa dos pais e se torna garota de

programa.

E é só ..

Muito obrigado pela sua atenção!!!!

Não foi nada

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63

Discurso indireto

A atriz Deborah Fialho Secco nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de Novembro de 1979.

Aos oito anos de idade iniciou sua carreira na televisão, em comerciais.

Deborah nasceu em uma família de classe média baixa, filha de Sílvia Regina Fialho, dona-de-casa,

e de Ricardo Secco, professor de matemática. Ela tem dois irmãos, Ricardo e Bárbara.

Na infância, testava seu poder de convencimento brincando de ser atriz.

Participou da gravação da abertura do programa da Angélica, na TV Manchete, no Clube da

Criança.Seu primeiro papel de destaque na televisão foi no seriado Confissões de Adolescente, em

1994, na TV Cultura. O seriado era baseado na peça homônima de Maria Mariana, onde

interpretava a esperta Carol.Em 1999, participou da telenovela Suave Veneno, na Rede Globo,

como a "maria-chuteira" Marina.Em 2000 atuou como a vilã Íris, em Laços de Família. Uma vilã

que consagrou a atriz no horário nobre, acarretando assim, uma imensidão de fãs e admiradores por

seu trabalho, muito elogiado pela crítica até então em todo o território nacional.Logo após, em

2001, fez sua primeira protagonista, Cecília, em A Padroeira. Em 2002, foi a vilã cômica e vampira

atrapalhada Lara, na telenovela O Beijo do Vampiro.Em 2003, foi a vez da atrapalhada Darlene

Sampaio, de Celebridade, uma personagem que tinha como objetivo a fama a qualquer custo.

Em 2005, atuou como Sol, uma mulher que tem o sonho de ganhar a vida nos Estados Unidos

mesmo que seja como imigrante ilegal, e protagonista da telenovela América.

Em 2006, participou do quadro Dança no Gelo do programa Domingão do Faustão, ficando em

terceiro lugar. Na metade desse quadro, ela fraturou duas costelas, mas não desistiu do jogo.

No mesmo ano, interpretou a sua terceira protagonista e ao mesmo tempo sua terceira vilã, a

perversa Elizabeth, na telenovela Pé na Jaca.Em seguida, em 2007, fez uma participação especial

em Paraíso Tropical, como a prostituta de Luxo Betina.

Em 2008, ela foi uma das co-protagonistas da novela A Favorita, onde interpretou a ex-retirante

ambiciosa e dissimulada Maria do Céu.Neste mesmo ano, foi eleita a mulher mais sexy do Brasil

pela revista Isto é Gente, e a 3ª mais Sexy do mundo pela revista Vip.Em 2009 no dia 6 de Junho,

casou-se com o jogador de futebol Roger Flores e passou a assinar como Deborah Fialho Secco

Flores. Em Janeiro (2009), participou do episódio especial de fim de ano "Decamerão - A comédia

do sexo", interpretando a enfermeira Monna. Com muitos elogios, o especial entrou para a

programação da rede Globo e no segundo semestre virou minissérie com 4 novos episódios.

Page 71: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

64

No final de Agosto estreiou no quadro "Domingo é dia De..." no Fantástico, juntamente com

Edimílson Barros, Matheus Nachtergaele, Lúcio Mauro Filho e Bruno Garcia. O quadro mostra

situações do cotidiano que se transformam em momentos inusitados e cômicos. A cada Domingo,

uma nova personagem. Em Setembro, entrou em preparação para dar vida a Bruna Surfistinha

(Raquel Pacheco) no Cinema. 'Bruna: O Doce Veneno do Escorpião' conta a história de uma

Adolescente paulista de classe média, que abandona a casa dos pais e se torna garota de programa.

O longa tem previsão de estrear no segundo semestre de 2010.

Entrevista 6

Assunto: A carreira de Bem Affleck

Por Beatriz de Sousa Ferreira

Victor Figueiredo Santos

(Escola Estadual Edgard Francisco - 2 º A)

Entrevista com Bem Affleck

Idade: 39 anos

Califórnia - Estados Unidos

Formação: Diretor cinematográfico e ator.

Estado civil: Casado

Transcrição

Como sua realização pessoal afetou seu trabalho ?

Eu acredito que minha família me ajudou em ver tudo mais nítido (sorriso iluminado). Amadureci

bastante o que me fez ver uma carreira mais longe sabe, em longo prazo. Eu só pensava em viver o

aqui e o agora, ligava para a bilheteria não tanto pelo legado que deixaria daqui a uns 20 anos.

Seu envolvimento com estrelas como Jennifer Lopez, te expôs te uma maneira na qual você

acha que possa ter afetado sua carreira?

(risos) não saberia te falar. Eu acho que não faz bem a ninguém está sob os holofotes o tempo todo

né...

Você se arrepende em alguém momento do especial que gravou com Jennifer Lopez, abrindo

as portas de sua casa, em 2003?

Page 72: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

65

Tudo aquilo foi antes do filme Contato de Risco estrear. O pessoal do filme queria nos ver

cozinhando e jogando algo, basquete, por exemplo. Claro que me arrependo, eu estava super

constrangido nas gravações. Mas equilibrei minhas necessidades como ator com necessidades de

quem estava financiando meu trabalho eeee ... A vida pessoal tinha que ficar de fora, não me

protegi o suficiente e paguei um preço alto. Te garanto hein , que nunca mais vou fazer isso (risos).

Pra você, até que ponto Jennifer Garner ajudou na sua transformação?

Todos nós aprendemos com a vida. Eu consegui amadurecer, mas mantive minha liberdade e meu

gosto pela experimentação. Acho que não me senti tão confortável antes de me casar e ter meus

filhos. Tudo isso me deu maior tranqüilidade e a Jennifer, ah, a Jennifer representa esse marco – e

adora quando eu admito (risos).

Como você vai dirigir sua carreira daqui pra frente?

Eu estou focando em histórias capazes de tocar as pessoas, algo que as interesse. De preferência

reais e inesperadas.

Você apoiou Barack Obama, não?

Claro (ar impressionado).E estou muito feliz com ele. Quando o roteiro foi escrito, o cinismo com o

qual nós enxergávamos nosso governo Bush deu o tom. Obama nos deu mais otimismo. Ainda

assim, acho importante a vigilância constante sobre os políticos no qual escolhemos.

O que você aprendeu com experiência na direção?

Eu mal conseguia respirar, parecia criança com um brinquedo novo nas gravações... de Medo da

Verdade. Aprendi muito, mais sempre fico com medo como se fosse a primeira vez (risos). Além

disso eu ainda vou atuar, óo to podendo (risos).

Você não parece mais tão irritado com os paparazzi...

Isso me irrita demais. O fato é que eu não quero que minhas filhas me vejam transtornado. Então

tento manter a calma e saiu rapidinho do local. Mas se eles insistirem em fazer fotos das crianças, ai

eu fico muito bravo.

Jennifer Garner disse que troce para que seus filhos herdam a felicidade dela e a sua

curiosidade, o que você diz?

Nunca discordo da minha mulher (risos).

(Bibliografia: Revista Criativa MAIO 2009. Edição 241).

Page 73: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

66

Como a realização pessoal afetou o seu trabalho?

Ter construído uma família me ajudou a ver tudo mais claramente. Acho que amadureci, o que me

levou a pensar em uma carreira a longo prazo. Antes eu ligava para a bilheteria e não tanto para o

legado que deixaria daqui a 20 anos. Só pensava em viver o aqui e agora.

O envolvimento com estrelas, como Jennifer Lopez, afetou negativamente a sua carreira, pela

superexposição?

Não saberia dizer. Obviamente, não faz muito bem a ninguém estar sob os holofotes o tempo todo.

Arrepende-se do especial que gravou com Jennifer Lopez, abrindo as portas de sua casa, em

2003?

Aquilo foi antes de o filme Contato de Risco estrear. As pessoas que financiaram o filme queriam

nos ver cozinhando e jogando basquete. Claro que me arrependo. Dá pra ver que eu estava

constrangido com a gravação. O ideal é equilibrar suas necessidades como ator com as necessidades

como ator com as necessidades de quem financia seu trabalho. A vida pessoal tem de ficar de fora.

Como não me protegi, paguei um preço alto. Nunca mais farei isso.

Até que ponto Jennifer Garner ajudou na sua transformação?

Todo mundo aprende com a vida,. No meu caso, consegui amadurecer, mas manter um pouco da

liberdade e do gosto pela experimentação. Acho que não me sentia tão confortável comigo mesmo

até me casar e ter filhos. Isso me deu uma tranqüilidade maior. Jennifer representa esse marco – e

adora quando admito isso.

Como vai direcionar a carreira daqui para frente?

Estou focando em histórias capazes de tocar as pessoas. De preferência, reais e inesperadas. Quero

tocar temas universais e importantes.

Você apoiou Barack Obama, não?

Apoiei. E estou muito feliz com ele. Quando o roteiro foi escrito, o cinismo com o qual

enxergávamos o governo de Bush deu o tom. Obama trouxe mais otimismo. Ainda assim, acho

importante a vigilância constante sobre os políticos que ajudamos a eleger.

O que aprendeu com a experiência na direção?

Eu mal conseguia respirar na filmagem de Medo da Verdade. Aprendi muito, mas estou com tanto

medo quanto da primeira vez. Além disso, agora eu ainda vou atuar.

Você não parece mais tão irritado com os paparazzi...

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67

Isso me irrita demais. O problema é que não quero que minhas filhas me vejam transtornado. Então

tento manter a calma e sair rapidinho do local. Se eles insistem em fazer imagens das crianças, ai eu

fico muito bravo.

Jennifer Garner disse que torce para os filhos herdarem a felicidade dela e a sua curiosidade .

O que você diz sobre isso?

Huuum... Nunca discordo de minha mulher (risos).

Discurso indireto

Bem Affleck acredita que a família o ajudou muito. Ele amadureceu bastante o que o fez pensar em

uma carreira em longo prazo. O envolvimento dele com Jennifer Lopez ele não saberia dizer se

houve uma superexposição. Ele sabia que não fazia bem a ninguém ser o centro das atenções o

tempo todo. Perguntamos se ele se arrependia por ter aberto sua casa à gravação com Jennifer

Lopez em 2003, ele disse que estava constrangido e que soube equilibrar suas necessidades, mais

que como não se protegeu, pagou por um preço alto. Quanto a sua atual mulher, a também Jennifer

só que Garner, Jennifer Garner, procuramos saber até que ponto ela ajudou em sua transformação.

Bem disse que, amadureceu mais, manteve o um pouco da liberdade. Ele diz que não se sentia a

vontade até montar uma família, agora com essa estabilidade ele tem um tranqüilidade maior.

Bem vai direcionar a carreira em histórias capazes de tocar as pessoas. Ele quer temas universais e

importantes.

Para quem não se lembra, Bem apoiou Barack Obama e parece está muito satisfeito com sua vitória

– ‘’Obama trouxe mais otimismo’’.

Em sua experiência como diretor, ele mal conseguia respirar. Aprendeu muito, mais em cada cena

ele sente o mesmo medo, como se fosse da primeira vez.

E para finalizar, Bem disse que não discorda da mulher, se ela diz que os filhos herdaram a

felicidade dela e a curiosidade, ele concorda.

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Entrevista 7

Assunto: Carreira artística

Por Bianca Mezzalira

Caroline Silveira

Lucas da Costa Silva

Marcela Silva F. Costa

Tipo de inquérito: Entrevista.

Duração: 2:47

Data: 07/10/2008

Local do inquérito: Estúdio GNT.

Tema: Carreira artística.

Documentador: Marilia Gabriela.

Dados do informante

Nome: Wagner Maniçoba de Moura

Idade: 34 anos.

Naturalidade: Salvador – BA.

Profissão: Ator e diretor.

Transcrição

ETAPA 1: DISCURSO DIRETO

Marilia Gabriela: Em a::lgum momento você se pe::rmitiu se deslumbrar com tudo que aconteceu

TÃO verTIginosamente tão rapidamente com você ?

Wagner moura: Eu sou muito defendido com isso, assi::m éh::: muito, muito, i:::Fo...hãn... pode

ser gabi assim que:::... por exemplo hoje eu na.. não sei nem se é um deslumbramento mais hoje eu

tento me valorizar mais e:::... hum::... recebo um convite pra fazer alguma coisa eu penso m::u..

b::EM ... eu leio bEM, hum::.. eu di::digo se não for o que eu quero eu não fu.. eu não faço que se

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69

não pagar o que eu quero eu também não fa::ço

Marilia Gabriela: [

hu::m...entendi...

Wagner moura: Não sei se isso é um desLUMbramento talvez um po::uco.. te...tento pensar mais

por exemplo posso fazer um coisa qua..quase de graça se eu pira na..na... parada agora eu sempre

fui muito def..defendido com::. essa coisa do::: () que deixa as pessoas longe do que elas são que

aFASta as pessoas delas mesmas

Marilia Gabriela: e que deve evidentimente te... te ... acontecido com você.. que você deve te tido

oportunidade de de ... perceber ou de pelo menos ter passado por isso conVItes adulaÇÃO

paiXÃO ()fascínio por você

Wagner moura: mais sempre sempre vejo tudo isso cum cumo é muito atrás assim viu digo isso

com franqueza porque Tenho éh::: eu tenho por exemplo eu tenho sorte em ser amigo de Lázaro de

que me situa

Marília Gabriela:

Lázaro Ramos ?

Wagner moura: eh:: e a gente olha ... isso não cara ... isso ai calma ... ai éh:: hã:: tenho a sorte de

ter tido PAI e mãe que me deram caráter ao ponto dizer o q..o que que é isso e sabe e é isso eu acho

que o principal éh::: pra mim nessa coisa eu sempre tive muito medo de me distanciar de quem eu

sou mesmo sabe assim de quem .. das coisas que eu acredit oque eu acho certo

Marilia Gabriela: EAI que você ...... de repente vira HAMlet ((wagner moura respira fundo)) -- to

fazendo essa conversa um pouco um caminho de doido mais é como a gente conversa naturalmente

e eu acho que é assim que tem que rola -- Como é que alguém hã::: hum:: no auge do sucesso -- que

eu ainda quero falar sobre isso com você -- no auge do sucesso uma Fe::.. uma figura extremamente

conturbada? tem haver o...o vilão e o mocinho () resolve fazer uma ... um dos Ícones uma

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personagem Ícone do teatro universal que é o Hamlet porque correr esse risco ? -- SE ta com CAra

de quem ta correndo risco --

Wagner moura: ((risos)) mais correr risco é bom demais.. vale a pena pelo risco também eu ((

suspira))eu se... sempre quis fazer Hamlet assim óh:: a sombra de HAMlet parava sobre mim desde

que eu li Hamlet quando eu era garoto quando eu comecei a fazer teatro.

ETAPA 2: RETEXTUALIZAÇÃO

Marília Gabriela: Em algum momento você permitiu se deslumbrar com tudo que aconteceu

tão rapidamente com você ?

Wagner moura: Eu sou muito defendido contra isso, por exemplo hoje eu tento me valorizar mais,

se recebo um convite pra fazer alguma coisa eu penso muito bem , se não for o que eu quero ou não

pagar o que eu quero eu não faço.

Marília Gabriela: Entendo.

Wagner moura: Não sei se isso é um deslumbramento, talvez seja um pouco, mais por exemplo

posso fazer um coisa quase de graça se eu realmente me identificar, pois não acho certo me afastar

do que realmente sou.

Marília Gabriela: Evidentemente deve ter acontecido com você que deve ter tido

oportunidade de perceber fascínio que existe por você.

Wagner moura: Mais eu sempre vejo tudo isso com muita franqueza, porque por exemplo eu

tenho sorte em ser amigo de Lázaro.

Marília Gabriela: Lázaro Ramos ?

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Wagner moura: Sim, ele mesmo. Nós temos uma amizade forte e aconselhamos um o outro. Eu

tenho a sorte de ter tido pai e mãe que me deram caráter e eu acho que isso é o principal, eu sempre

tive muito medo de me distanciar de quem eu sou, das coisas que eu acredito que seja o certo.

Marília Gabriela: Mudando de assunto... De repente você vira Hamlet! Como você no auge

do sucesso decide interpretar uma figura extremamente conturbada um ícone do teatro

universal? Como você aceitou correr esse risco?

Wagner moura: Correr risco é bom demais.. Vale a pena o risco também eu sempre quis fazer

Hamlet, desde garoto quando eu comecei a fazer teatro eu sou influenciado por ele.

ETAPA 3: DISCURSO INDIRETO

Marília Gabriela perguntou a Wagner moura se por algum momento ele havia se permitido se

deslumbrar por sua fama repentina, Wagner por sua vez respondeu que é muito defendido contra

isso, mais ele passou a se valorizar mais, a pensar muito bem antes de aceitar alguma proposta.

Marília disse que entendia o pensamento de Wagner que continuou sua idéia dizendo que não sabia

se isso é um deslumbramento, que talvez fosse um pouco, mais que ele gostava afastar-se de seus

gostos. .

Marília perguntou a Wagner se já havia tido oportunidades de perceber o fascínio que havia sobre

ele, Wagner diz que vê isso com muita franqueza, e completa dizendo que tem muita sorte de ser

amigo de Lázaro Ramos pois os tem uma amizade muito forte e que também tem sorte de ter tipo

país que lhe deram caráter para não se distanciar do que realmente é que para Wagner é uma das

coisa mais importantes.

Marília Gabriela muda de assunto e começa citar sobre sua atuação como Hamlet e o pergunta

porque tal feito, Wagner responde que foi um risco que ele se dispôs a correr, pois sempre foi

influenciado , desde quando havia começado a fazer teatro.

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72

Entrevista 8

Assunto: O Poderoso Chefão

Nomes: Esli Souza

Jhônatas Rocha

Rodrigo Gonçalves

Vinícius Rosário

( 2º A)

Entrevistado: Vinícius Rosário de Oliveira

Idade: 16 anos(03/10/1994)

Residência: Rua João Del Porto Nº: 179

Ocupação: Cursando a Segunda Série do Ensino Médio e Trabalhando como Auxiliar Geral

Estado Civil: Solteiro

Entrevistador: Jhônatas Rocha Rodrigues da Mata

Idade: 16 anos(14/12/1994)

Residência: Rua José Tibúrcio da Cunha Nº: 327 - Taboão da Serra -São Paulo

Ocupação: Cursando a Segunda Série do Ensino Médio

Estado Civil: Solteiro

Entrevista relacionada ao filme O Poderoso Chefão(The Godfather) - Francis Ford Coppola

Transcrição

Jhônatas: éh:::...então Vinícius...em um primeiro instante...como você VÊ o::: O Poderoso Chefão?

Vinícius: ah::: é um filme que eu sempre tinha ouvido falar (sabe)?...e:::...sempre agente vê

passan/falando a respeito dele nos programinhas que passam na televisão...como:::eu a patroa e as

crianças...no:::/até no (todo) mundo odeia o cris((risos))...e:::...por aí vai...

Jhônatas: e alguma coisa te chamo a atenção logo no começo do filme? sei lá, qualquer coisa...

Vinícius: acho que sim...a primeira coisa foi logo essa coisa de assis/ter que assistir legendado...

Jhônatas: como assim?((risos))

Vinícius: é que você fico enchendo a paciência pra eu assistir legendado e tal e:::num entendi

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porque...

Jhônatas: quem era ator principal do filme?

Vinícius: (eu lá) vo saber?((risos)) é Marlon:::...Marlon alguma coisa...

Jhônatas: Marlon Brando?((risos))

Vinícius: é iss/esse aí mesmo -- já tinha ouvido fala nele...

Jhônatas: deve ser porque ele fez esse filme... -- digamos desse jeito -- ma-g-ni-fi-ca-men-te bem

e:::vários outros que foram sucesso...(alguns) até se tornaram CLÁSSICOS...

Vinícius: tá bom tá bom...mas:::...que que isso tem a ver com eu assistir esse filme legendado?

Jhônatas: alguma coisa te chamo atenção nele?

Vinícius: ah:::...tipo a voz dele é zica mesmo -- ele tem umas buchechas estranhas((risos))...

Jhônatas: ((risos))buchechas estranhas? é porque ele era BEM mais jovem quando ele fez o filme

né? tinha uns quarenta e seis (anos)/representando um cara de setenta e poucos anos...ahn:::...tinha

que ser estranho((risos))...

Vinícius: Hum...mas também num precisava coloca umas buchechinhas tão feias...que nem de

buldogue velho...((risos))...

Jhônatas: éh:::...mas voltando pro assunto da voz...esse seria o motivo principal pra assistir

legendado...pra você ver como era a voz dele interpretando sabe?...

Vinícius: tá...mas num deu muito certo não...porq/eu não consegui presta atenção direito no que

tava passando...as imagens e tal...é estranho é estranho((risos))((pega um pouco de pipoca))...

Jhônatas: EI:::...para de comer enquanto agente tá fazendo isso aqui...aí aí depois nem lembra do

que a gente tava falando e:::....atrapalha tudo aqui caramba((risos))...

Vinícius: então para de ficar bebeno refri enquando agente tá fazendo isso aqui também...fica

falando de mim...seu troxa...

Jhônatas: cê esquece que eu tenho que escrever tudo né?...((risos))...

Vinícius: tá tá...que mais?...

Jhônatas: então...voltando ao assunto...de legendado e tal...com o tempo você se acostuma com

isso...pelo menos eu espero...pro seu bem...((risos))...

Vinícius: toda vez que agente dá risada você tem que escrever risos é?...

Jhônatas: ahn...acho que sim...

Vinícius: quantos risos então hein? ((risos))...

Jhônatas: PARA meu...((risos))...bem:::...voltando aqui...nada sobre o nome?...

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Vinícius: que nome?...

Jhônatas: o nome de filme ué...porque o poderoso chefão se na verdade o nome é The

Godfather...que:::...que significa...o pa-dri-nho...tipo...que que isso tem a ver com o poderoso

chefão?...

Vinícius: ah:::tá...num prestei muita atenção (nisso) não...mas parando pra pensar...tem nada a ver

mesmo...

Jhônatas: e:::...

Vinícius: mas eu intendi que chamavam ele assim quando viravam seus "protegidos"...

Jhôanats: sabe...quando eu assisti esse filme pela primeira vez eu achei uma coisa estranha...

Vinícius: o que?...

Jhônatas: o filme mostra uma realidade...tipo...o mundo da máfia né?...e:::...é estranho porque...o

filme passa tudo aquilo como uma coisa boa...que seria legal se (você) fosse um deles...viver que

nem eles...respeitados que nem eles((risos))...cê viu isso também...

Vinícius: hehe...é verdade...dá vontade de ser um MAFIOSO também...fazer parte da

"família"...((risos))...

Jhônatas: mas você achou um bom filme...tipo...você acho legal a história, os atores e tal?...

Vinícius: achei sim...é da horinha...tinha um cara que eu conhecia também éh:::...num lembro o

nome dele agora...

Jhônatas: quem?

Vinícius: aquele lá que fez o onze homens e um segredo...hum:::...ah:::...mól narigudo...parace o

Luciano Huck...

Jhônatas: ah tá o Al Pacino...ele ser zica((risos))...sabe qual a parte que eu mais gosto dele no

filme?...

Vinícius: qual?

Jhônatas: quando ele tá lá na igrejinha e...jurando e tal dizendo que renegava o mal o diabo as

coisas ruins...enquanto os capangas dele tão matando os outros chefes de família todos...como diria

meu irmão...é a mais bela hipocrisia...

Vinícius: é...((risos))

Jhônatas: e sua parte favorita...se é que você já tem uma sei lá...

Vinícius: num é favorita...mais a mais legal é quando o cara bate lá na irmã do outro e ele vai e

quebra o cara...bota mól mala...

Page 82: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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Jhônatas: também acho...

Vinícius: também tem aquela parte que ele casa com a minininha lá e:::...colocam uma bomba no

carro dela...ele deve ter ficado p*** com aquilo...

Jhônatas: não fala essas coisa não ô...comé que eu vo transcrever isso?((risos))

Vinícius: sei lá...coloca qualquer coisa aí pra fica mais bunitinho tá?...

Jhônatas: falando em besteira...você gosto do gatinho dele? ((risos))...

Vinícius: ah:::achei bunitinho também...só acho que ele maltrato o gatinho demais...fazendo carinho

no gato parece que ele tpa bateno nele...

Jhônatas: "Bonasera...Bonasera"...((risos))

Vinícius: "pegue o cannoli" Jhônatas...((risos))

Jhônatas: e a morte lá do filho dele?

Vinícius: cê é loco...mól mentira aquilo lá...trezentos tiro de metralhadora e ele num morre...parece

uma peneira e ainda consegue:::...dançar...((risos))...

Jhônatas: e as roupas de é poca e tal?

Vinícius: são bunitinhas...muito elegantes...num é que nem os perrapados daqui...

Jhônatas: acho que já tá bom hein...então agente termina por aqui...

Vinícius: tá certo tá certo...

Jhônatas: fim...((risos))

(Retextualização não realizada)

Entrevista 9

Assunto: Violência Doméstica e Alcoolismo

Por Evilis Pereira Silva

Juliana Florentino da Silva

Stephanie Rocha da Silva

Ingrid Gomes

(2ºA)

Dados da Entrevista

Tipo de inquérito: Entrevista

Duração: 4 minutos e 30 segundos

Local do inquérito: Hospital Geral Pirajussara

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Tema: Violência domestica e alcoolismo

Documentador: Alunos do 2°A (Evilis, Juliana, Stephanie)

Dados do informante

Nome: Ana Regina Noto

Idade: 35 anos

Naturalidade: São Paulo

Domicilio: Rua Santo Antonio, n° 155, Taboão da Serra – SP

Formação: Psicologia

Profissão: Psicóloga

Línguas estrangeiras: Inglês e espanhol

Estado civil: Casada

Naturalidade dos pais: Florianópolis – SC

Pai: Milton Afonso Noto

Ocupação: Micro – empresário

Mãe: Isis de Oliveira Noto

Ocupação: decoradora

Linguagem Oral – Transcrição

Doc.: É..:: então doutora... Qual a sua opinião... Em relação:: a violência domestica e/com...

alcoolismo::? A... senhora acha que... o álcoo::l pode levar... um individuo a... comportamento

agressivo::?

Dr. Ana: éh:::..bem... em minha opinião... existe uma gRANde associação entre... violência

domestica ou/e... alcoolismo... porque UMA pessoa que está EM grande excesso de... alcoolismo

no::: seu corpo; ela acaba... tendo um comportamento diferente...né?! então assim ela acaba...

agredindo;;; pessoas que estão... ao seu redor... ou seja; quaisQUER que seja... o que o

companheiro... LHE:: disser; já é um... motivo de... agressão... porque ela está fora de si... e assim

reage ( ) sem “pensar “ NE?! ... digamo::s assim, e isso... acaba se tornando... desculpa para aquela

pessoa... agredir a outra, entendeu?

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Doc.: Ótimo... então doutora:: poderia me dizer... quais são os tipos de... violências domesticas que

estão... associados ao ( ) álcool? Será... que existe; uma diferença entre... homens ou/e:: mulheres...

em relação a... esse assunto?

Dr. Ana: claro... assim, alguns exemPLOS simples e... que ouVIMOS sempre... dizer nas ...

televisões; né? são os... tipos de violências domesticas; associados ... à negligência... violêNCIA

psicológica... física e... sexual e etc..., esses são os tipos... de violências em que ma::is conhecemos

popularmente, NE?... bem, existe... uma gRANde variabilidade... entre homens e... mulheres;; que

ficam embriagados... mas, eu acho que geralmente são os HOMENS... que ficam embriagados... e...

como conseqüência::: normalmente... a mulher é a vitima, entende? Porém, também... existe

violência... entre pessoas... do mesmo sexo certo?!

Doc.: Ahã... Dr. Ana Regina... éh::: no seu ponto de vista... no geral:::, qual éh::: o perFIL dos...

agressores e... das vitimas... agredidas?

Dr. Ana: digamos assim (...) éh::: que normalmente, os agressores... estão embriAGADOS... e

co::mo de costume... as mulheres( ) ou seja... as espo::sas que... sofrem as conseqüências... e/ou...

outros membros da família... como::: filhos... éh::: pais... irmãos NE? São os que... normalmente

sofrem... maiores agre::ssões éh::: ou não é?

Doc.: De fato... então doutora Ana Regina, agora para::: terminar... você acha que... qual éh:::... a

melhor maneira para eVITAR a violência domestica.... associada ao/com... bebidas alcoólicas?

Dr. Ana: veja bem... quanto a isso, não temos ainda:::, uma solução... QUE possa fazer com que... a

violência doméstica... acabe de uma vez, entende? ...mas, eu acho que... algumas soluções como:::

informações... ah::/éh:: orientação á família...e o... fortalecimento da rede social de apoio:: às

famílias... certo?... ajudam bastante, pois... existe CASOS... em que o problema éh::: psicológico

mesmo... e acabam usando o “ alcoolismo” como... desculpa; mas aí... cabe somente à::: família,

querer encontrar... uma saída:: NE? E... a ajuda de um profissional, entendeu?

Retextualização

Discurso direto

Doc.: Qual a opinião da senhora, para a associação de violência domestica com alcoolismo? A

senhora acha que o álcool pode levar um individuo a comportamentos violentos?

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Dr. Ana: Em minha opinião, existe uma grande associação entre violência doméstica com o

alcoolismo, porque uma pessoa que está em grande excesso de álcool no seu corpo, ela acaba tendo

um comportamento diferente, assim agredindo pessoas que estão ao seu redor, ou seja, quaisquer

que seja o que o companheiro lhe disser, já é um motivo de agressão, porque ela está fora de si e

assim reage sem “pensar”, isso acaba se tornando desculpa para aquela pessoa agredir a outra.

Doc.: Doutora poderia me dizer quais são os tipos de violências domesticas que estão associados ao

álcool? Existe alguma diferença entre homens e mulheres, em relação a esse assunto?

Dr. Ana: Claro, alguns exemplos simples e que ouvimos sempre dizer nas televisões, são os tipos

de violências domesticas associados à negligência, violência psicológica, física e sexual, esses são

os tipos de violências em que mais conhecemos popularmente. Existe uma grande variabilidade

entre homens e mulheres que ficam embriagados, mas geralmente são homens que ficam

embriagados, e como conseqüência, normalmente a mulher é a vitima. Também existe, violência

entre pessoas do mesmo sexo.

Doc.: Ana Regina, no seu ponto de vista, no geral, qual o perfil dos agressores e das vitimas de

agressões?

Dr. Ana: Digamos que normalmente, os agressores estão embriagados, e como de costume, as

mulheres, ou seja, as esposas que sofrem as conseqüências, ou outros membros da família, como

filhos, pais, irmãos são os que normalmente sofrem maiores agressões.

Doc.: Agora para terminar doutora Ana Regina, em sua opinião, qual a melhor maneira para evitar a

violência domestica associada com bebidas alcoólicas?

Dr. Ana: Não temos ainda, uma solução que possa fazer com que a violência domestica acabe de

uma vez, mas acho que soluções como: informações, orientação à família e o fortalecimento da rede

social de apoio às famílias ajudam bastante, pois, existem casos em que o problema é psicológico

mesmo, e acabam usando o “alcoolismo” como desculpa, mas cabe somente a família querer

encontrar uma saída e a ajuda de um profissional.

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Discurso indireto

O documentador perguntou para a Doutora Ana Regina, qual era a associação entre violência

doméstica com alcoolismo e se o álcool poderia levar um individuo a comportamentos violentos.

Ela respondeu lhe dizendo que existe uma grande associação entre violência domestica com

alcoolismo, e explicou dizendo que uma pessoa com grande excesso de álcool em seu corpo, ela

acabava tendo um comportamento diferente, assim ela agrediria pessoas que estavam ao seu redor,

ou seja, quaisquer que fosse o que a companheira lhe dissesse, já era um motivo de agressão, porque

ela estava fora de si e assim reagiria sem “pensar”, e isso acabaria se tornando uma desculpa para

ela agredir a outra.

Depois ele novamente pergunta, se ela poderia lhe dizer quais eram os tipos de violências

domesticas que estavam associados ao álcool, e se existia alguma diferença entre homens e

mulheres, em relação á este assunto. Segundo ela, alguns exemplos simples, e que sempre ouvimos

dizer em televisões, eram os tipos de violências domesticas associadas à negligência, violências

psicológicas, físicas e sexuais. Ela disse também, que existe uma grande variabilidade entre homens

e mulheres que ficavam embriagados, mas que geralmente eram os homens que ficam embriagados,

e que de conseqüência a mulher que era a vitima. Ela confirmou, dizendo que existe violência entre

pessoas do mesmo sexo.

O documentador pergunta-lhe, que no ponto de vista dela, qual era o perfil dos agressores e das

vitimas de agressões. Ela diz que normalmente, os agressores estão embriagados, e que como de

costume as mulheres, ou seja, as esposas que sofriam as conseqüências, ou outros membros da

família, como filhos, pais, irmãos também era os que normalmente sofriam as maiores agressões.

O documentador encerra, perguntando se ela acha que exista alguma maneira para evitar a violência

domestica associadas com bebidas alcoólicas. Ela responde dizendo que ainda não há uma solução

que possa fazer com que a violência domestica acabe de uma vez, mas acha que soluções como

informações, orientação a família e o fortalecimento da rede social de apoio à família ajudariam

bastante, pois, existiam casos em que o problema era psicológico, e acabavam usando o

“alcoolismo” como desculpa, por fim diz que cabe somente a família querer encontrar uma saída e a

ajuda de um profissional.

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Entrevista 10

Assunto: Drogas

Por Matheus Cruz Pires

Weslley Pereira Ribeiro

Jonathan de Oliveira Magno

(2º A)

Entrevistadora: Elizangela

Entrevistado: Igor

Nacionalidade:brasileiro, nascido em Maceió

Idade: 18 anos

Duração do vídeo: 2 minutos e 55 segundos

1ª Etapa – transcrição

eh:: que tipo de:: drogas você usa?

eu:: uso somente::./ maconha

qual a::.. a idade::. e quando começo a usá-la?

eh::.. (dezenove) ou (doze) há::..... treze anos

Você foi induzido a.. usá-la ou::... começo.... por conta própria.

hum.. comecei sozinho ( ) NE

na época ( ) eu tava .... curioso......

he... queria saber como ( ) era as para::das de La

(certo)

você::... já::..chegou a.. induzir alguém?

já::... me arrependo mais.. não pretendo....fazer isso Mais não

é::. E de que forme você... adquiri as drogas?

hum::.. com uns.. chega ai...

pode... falar o lugar::.

Page 88: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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hum::.. como você.. adquire::. Dinheiro ( ) para comprá-la

dinheiro::... pegando ... da minha::.. mãe escondido::.. vendendo / negócios La de casa

você::... já fico::u muito tempo .. sem usa ::.. i::../ como se .. sentiu?

já:;.. já::.. fiquei uns::.. três dias, mais..... senti .... nenhuma dife::rença/ não

hum alem da maconha ( ) você já..... experimentou.... usar outro tipo de drogas?

Loló ( ) NE e.. mais maconha...e meu forte mesmo (( risos))

he::.. você... já tentou parar.. de usar?

e:.. ate agora não

se seus pais.... soubessem../ como eles.. reagiriam?

se ... soube::sem::.. teriam um ataque.... sei lá/ iriam morre meu pai (talvez)..sei não.....como ele i

não/ acho:::...... ate que ele usou...também

2ª Etapa - retextualização

eh que tipo de drogas você usa?

eu uso somente maconha

qual a a idade e quando começo a usá-la?

eh (dezenove) ou (doze) há treze anos

Você foi induzido a usá-la ou começo por conta própria.

Hum comecei sozinho NE

na época eu tava curioso

he queria saber como era as para das de La

(certo)

você já chegou a induzir alguém?

já me arrependo mais não pretendo fazer isso Mais não

é E de que forme você adquiri as drogas?

hum. com uns chega ai

pode falar o lugar

hum. como você adquire Dinheiro para comprá-la

dinheiro. pegando da minha mãe escondido vendendo negócios La de casa

você já ficou muito tempo sem usa i como se sentiu?

já já fiquei uns três dias, mais senti nenhuma diferença não

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hum alem da maconha você já experimentou usar outro tipo de drogas?

Loló NE e mais maconha e meu forte mesmo (( risos))

he. você já tentou parar de usar?

e ate agora não

se seus pais soubessem como eles reagiriam?

se soubesem teriam um ataque sei lá iriam morre meu pai (talvez)sei não como ele i não acho ate

que ele usou também

( regras da escrita padrão não usadas a cotento)

3ª Etapa

O entrevistador pergunta qual é o tipo de drogas que ele utiliza, e é respondido que só utiliza

maconha e depois é perguntado com qual idade foi que ele começou é dito dezenove depois doze ou

treze anos e o entrevistador pergunta se ele foi influenciado, mas foi respondido que não que foi

sozinho por curiosidade e tinha enterre se em conhecer e vê se ele já tentou induzir alguém, ele fala

que sim, mas não tem a pretensão de fazer de novo e fala com ele consegue as drogas e é

respondido que com “uns chegados”, ele responde como consegue o dinheiro que pega da mãe

escondido ou vende coisa de casa é comentado que já ficou só três dias sem usar as drogas, mas

também e perguntado se ele já usou outro tipo de droga, ele diz que loló mais que gosta de maconha

fala que nunca tentou ara de usar e diz que se os pais soubessem eles morreriam ou talvez o pai dele

já usou também.

Entrevista 11

Assunto: Vitor & Léo

Por Gisele Santos de Sena

Maythê Vieira da Silva

Pamela Cristina

Vanessa Stevens

(2ºA )

Língua Oral e Língua escrita

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Taboão da Serra,junho de 2011

Introdução

A Língua Oral e a Língua Escrita são utilizadas todos os dias na nossa vida, cada uma com

suas marcas e particularidades.

Aqui estão expressos essas formas de linguagem com a utilização de uma entrevista

(narrativa oral), sua transcrição (retextualização) e sua reescrita como texto do discurso indireto,

com objetivo de mostrar as diferênças dos textos com e sem marcas da oralidade.

Entrevista com Vitor & Léo

Victor & Leo, durante concerto na cidade de Boa Vista, Roraima, em

2009.

Nome: Vitor C. Zapalá Pimentel

Data de nascimento: 15 de abril de 1975

Função na Dupla: Vocal

Nome: Leonardo C. Zapalá Pimentel

Data de nascimento: 4 de outubro de 1976

Função na Dupla: Violão/Vocal

Naturalidade: Ponte Nova- Minas Gerais

Profissão: produtores, cantores, compositores, arranjadores e músicos

Discografia: São 8 CDs, 2 DVDs ao vivo e 1 Blu-ray, além de um DVD documentário em espanhol

e DVD Victor & Leo - A História, lançado em dezembro de 2010.

Entrevistadora: Sabrina Sato

Local: Show do Youtube Sertanejo Live

Data: 30 de Novembro de 2010

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Duração da entrevista: 2’10”

Transcrição

Sabrina Sato: Oi gente:: olha só com quem eu to:::...Vitor e Léo Lindo:::s...que eu amo... olha só o

Vitor e o Léo/Léo me fala uma coisa o que que você faz? ... O Vitor eu sei que ele compõe... ele::

toca arranjo lá... faz o arranjo... toca violão toca isso toca aquilo não é verdade? Você não faz tudo?

Vitor: Ele também... ele faz... ele faz os arranjos Junto comigo neh? ...também compõe... eh::: ele é

um cara sensacional... ele... eh... eu acho que o::... ah.../as coisas que eu faço... néh... e que

aparecem com o meu nome as canções e tal...eh são todas... eh... aprovadas e obviamente buriladas

pelo Léo... ele ta sempre dando um toque... E agora a questão de arranjo de vestimenta que eu acho

tão fundamental quanto a própria composição... é o que vai vestir... a música... o arranjo... e ele faz

cem por cento... e até mais que eu...

Léo: Cantar ao lado não é difícil não... já vem tudo pronto... aqui é um talento neh?

Sabrina: ((risos)) Os dois são... os dois... os dois tem um sorriso lindo gente... de pertinho então

meninas vocês não tem noção...deixa eu falar outra coisa... vocês são de::...o o éh:: minas?

Léo: Lá em Uberlândia... agente foi criado em Abre Campo que é uma cidadezinha... no interior de

Minas... e nascidos em Ponte Nova... decorou?

Sabrina: No:::ssa ... eu já fui pra Uberlândia... é muito legal lá em Uberlândia...Eu adoro

Uberlândia...

Léo: Maravilhoso...

[

Sabrina: O que você faz lá em Uberlândia?... Você vai no cinema? Ou você não consegue?

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Léo: Mais durmo... fico com a família... a::::...nas horas vazias jogo um tênis...monto a cavalo

pesco... é isso aí... mas junto a família

[

Sabrina: Você pesca?

Léo: Mas to sempre viajando...tõ sempre viajando cara... agente tem dois dias... tem dois três dias...

pra ficar em casa... então tem que ... eh:::...Tem que ficar junto da família... tem que/tem filho tem

esposa... to... procuro sempre ficar junto da minha mãe... pra matar a saudade...

Sabrina : Hu:::m... e você? Que que você faz lá em Uberlândia que você mais gosta?

Vitor: Ta convidada pra descobrir lá.. comigo...

Sabrina: Ah:::... ((grita)) Eu vô então viu gente?...Vou pra Uberlândia junto com eles depois do

show...

Léo: Ficou vermelha... eu to vendo aqui...

Sabrina: Então tah bom gente... vai daí Rafinha... Rafinha Giani... eu vou ficar por aqui mesmo...

eu to achando hein?

Transcrição de Narrativa Oral- Discurso Direto

Sabrina: Olá pessoal, estou aqui com a dupla sertaneja Vitor e Léo. Léo o que você faz? Sei que o

Vitor compõe, faz os arranjos das músicas, toca violão e muitos outros instrumentos, não é mesmo

Léo?

Vitor: O Léo também faz os arranjos junto comigo, compõe, enfim é um homem sensacional. As

canções que eu produzo e que aparecem com meu nome são sempre aprovadas, idealizadas junto ao

Léo, que sempre oferece os toques finais. Agora em relação ao arranjo das músicas, posso compará-

Page 93: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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los com a “vestimenta” da música, é tão fundamental quanto à própria composição e o Léo sempre

me auxilia, faz até mais do que eu.

Léo: Cantar ao lado do Vitor não é difícil, ele é muito talentoso.

Sabrina: Os dois são muito talentosos e têm um sorriso muito bonito. Então você são de Minas?

Léo: Sim, lá em Uberlândia, fomos criados em uma cidade pequena chamada Abre Campo no

interior de Minas. Mas nascemos em Ponte nova.

Sabrina: Uberlândia é realmente uma cidade muito legal, particularmente.

Léo: Maravilhosa.

Sabrina: Mas o que você faz em Uberlândia? Consegue a menos ir ao cinema?

Léo: Eu durmo, nas horas vagas jogo tênis, ando á cavalo, pesco, mas sempre junto da minha

família.

Sabrina: Você pesca?!

Léo: Sim, mas como estou sempre viajando, nos dias disponíveis procuro permanecer em casa com

a família, para matar a saudade.

Sabrina: E você Vitor, o que gosta de fazer em Uberlândia?

Vitor: Você está convidada para descobrir!

Sabrina: Então vou após o show com vocês para conhecer Uberlândia. Muito Obrigada pessoal

pela atenção, vou ficando por aqui.

(Faltou o discurso indireto)

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Entrevista 12

Assunto: Ética

Por Vitor Paffile

Mayla B. da Silva

Rafaela Sambiasse

( 2º A)

Tipo de inquérito: Entrevista

Duração:1:51

Local do inquérito: Programa do Jô; Rede Globo

Documentador: Jô Soares

Dados do informante:

Nome: Mario Sergio Cortella

Idade:57

Formação: Mestre e Doutor em Educação

Profissão:Professor e Filósofo

Transcrição

Doc.: O que é a ética 'pra' você?

Inf.: Ética é o conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grandes

questões da vida...que são: quero, devo, posso...Isso é ética... quais são os princípios que eu uso?

Tem coisa que eu quero 'mais' não devo, tem coisa que eu devo 'mais' não posso, tem coisa que eu

posso 'mais' não quero. ((risos)) Quando que você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito

quando aquilo que você quer é o que você pode, e é o que você deve. O que é ética é o conjunto de

valores que você usa 'pra decidi' isso.

Doc.: Mas quem define isso através de exemplo, através de quê?

Page 95: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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Inf.:Você define através do moduLAR... do exemPLAR... define através de princípios da sociedade

sejam religiosos ou não. Define através de normatizações, por exemplo: à 20 anos num auditório

algumas pessoas fumariam outras NÃO. Á 10 anos haveria uma placa escrito 'proibido fumar', hoje

não precisa mais, hoje as pessoas o fazem/elas introjetaram aquele comportamento social.Às vezes

aparece como norma, você se lembra quando o cinto de segurança passou a ser obrigatório o uso no

Brasil...ahã... muita gente 'praf' burlar a lei comprava a camisa do Vasco, lembra?

Com a faixa...

Doc.: Com aquela 'faxa'...

((risos))

Inf.: Para 'qui' o agente da lei não visse.

Doc.:Ahã!!

Inf.:Ora, hoje você entra no carro e coloca o cinto sem lembra da multa...Isso significa 'qui' a ética

vai se construindo com isso. Agora CAUTELA... não existe ninguém sem ética. Diz/ué, mas e o

deputado que fralda, o fiscal que faz, o professor que engana...Esse tem uma ética que é contrária a

da nossa, ele é anti-ético. Mas não existe ninguém sem ética.

Discurso direto

Em determinado momento da entrevista o entrevistador o indagou:

-O que é a ética para você?

Professor Cortella respondeu:

-Ética é o conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grandes

questões da vida que são: quero, devo, posso...Isso é ética ... quais são os princípios que eu uso?

Tem coisa que eu quero mas não devo, tem coisa que eu devo mas não posso, tem coisa que eu

posso mas não quero...Quando que você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito quando

aquilo que você quer é o que você pode, e é o que você deve. O que é ética é o conjunto de valores

que eu uso para definir isso.

-Mas quem define isso...através de exemplo, através de quê?-Perguntou querendo mais detalhes o

entrevistador.

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89

-Você define através do modular... do exemplar... define através de princípios da sociedade sejam

religiosos ou não. Define através de normatizações, por exemplo: à 20 anos num auditório algumas

pessoas fumariam outras não. À 10 anos haveria uma placa escrito 'proibido fumar', hoje não

precisa mais, hoje as pessoas o fazem, elas introjetaram aquele comportamento social. Às vezes

aparece como norma, você se lembra quando o cinto de segurança passou a ser obrigatório o uso no

Brasil... muita gente para burlar a lei comprava a camisa do Vasco.

- Com a faixa...

-Com aquela faixa para que o agente da lei não visse. Ora hoje, você entra no carro e coloca o

cinto sem lembrar da multa...Isso significa que a ética vai se construindo com isso. Agora cautela...

não existe ninguém sem ética. Ué, mas e o deputado que fralda, o fiscal que faz, o professor que

engana... Esse tem uma ética que é contrária a nossa ética ele é antiético. Mas não existe ninguém

sem ética.

Discurso indireto

Tendo o entrevistador perguntado o que era ética para ele, ele respondeu que ética é um

conjunto de valores e princípios que todos usam para responder as três questões da vida que são:

quero, devo, posso...Ele exemplificou dizendo que existem coisas que queremos mas não devemos;

coisas que devemos mas não podemos e coisas que podemos mas não queremos. Sendo ético -

segundo ele - o conjunto de valores que usamos para decidir isso.

Afim de mais detalhes o entrevistador perguntou quem ou o que definia isso e através de que,

respondendo ele que isso se define através de princípios da sociedade, ou normas (leis) que fazem a

sociedade se adaptar a elas. Ele também fez um alerta importante, dizendo que não existe ninguém

sem ética, mesmo corruptos etc, o que há são pessoas com uma ética contrária à nossa, ou seja, anti-

ético, porém não existe ninguém sem ética.

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90

2009

Entrevista 1

Assunto:

Por Eduardo Sterbitch

Assunto: Gripe Suína

Entrevistado: André Marques

Duração: 05:01

Data: 17/07/2009

Transcrição

F1: bom eu estou na frente da rede globo de televisão , maior ( ) de televisão do ( ), vocês ficaram

sabendo ( ) que o ator que fazia apresentador que fazia o ator mocotó na malhação teve um

problema muito grave de deee gripe suínaa e ficou sem gravar na naa globo de quarentena, então eu

vou ser o primeiro repórter a entrevistar uma pessoa que ... tem ... gripe ... suína, craro que eu não

vou ficar com essa roupa aqui não vou com uma roupa especial pra não ... pegar gripe.

F1: olha olha só quem esta chegando aqui André Marques, podi aqui que eu to sem luva.

F2: PODE

F1 : não faz isso não André

F2: mandaram você la de são Paulo pra vim nessa furada sozin

F1: porque eu acho que é preconceito não entrevistar pessoa que tem gripe suine intendeu

F2: já possui entendeu já foi/ sabe que eles falaram isso mais eu só tive a tal da febre só mais o

resto/ a voz parece que eu to ruin porque eu acordei agora

F1: na época que você estava com a gripe você/ você pode estar ainda né, porque a sua vóz eu não/

eu desconfio um pouco porque a globo da uma mentida em relação a isso

F2: a voz ta boa (), não se não () pos outros.

F1: você chegou a espirrar, na no:::: refeitório ?

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F2: não... não sabe o que acontece essas coisa por exemplo, igual ta no elevador, se ta no elevador

tem 10 pessoa alguém tem um/ alguém peido ((peido)),quem ta fedeno é o gordinho tendeu ? fui pa

argentina angélica Luciano os bonitões sobro quem pego a gripe o gordinho né

F1: depois de ter pego a gripe suína você tem raiva do porco ?

F2: olha, eu prefiro as porquinhas né parceiro, durante a minha quarentena que fala que tem que

ficar em casa e tal eu comi costelinha de porco e tudo

F1: mais se você tive raiva do porco sabe o que você faz ? ((barulho de maracas))

F2: ((risos)) tenho a menor ((risos)) ideia

F1: manda o Mauricio Matar

((risos))

F1: eu gostaria muito que você que você falasse () definitivamente pras pessoas se você realmente

tem ou não a gripe suína , se eu posso tirar a mascara e te dar um abraço né

F2: segundo os exames na secretaria de saúde eu estava realmente

F1: se acredita em secretaria de saúde se acredita é perigoso tamem

F2: não não eu acredito porque se não acredita vai acredita em quem () po ae ferro né , eles

mandaram um laudo dizendo que eu tava e tal eu tomei o tal do remédio tameioflor num sei o que la

F1: ( )

F2: ((risos)) dai eu tomei e fiquei zero bala pode tirar a mascara pode tirar a mascara ... o momento

inédito o momento inédito vaila

F1: tira a mascara pra prova que não tem preconceito com as pessoas que possui a gripe suína ... vo

te da um abraço aqui da () ... po eu agora estou aqui na na na frente da globo provando que eu na

chuva abracei uma pessoa que a poco tempo teve a gripe suína

F2: () você é um cara que não tem preconceito que se é um cara bom e eu vo te da um abraço direito

F1: poxa demorou vamo vamo abri isso aqui então, que que isso ((abraço )), se eu não peguei a

gripe suína agora eu não pego mais

F2: cho embora agora () uooooou

F1: é isso ai Emilio é isso ai pan pânico matéria de Cesar Polvilho curta e grossa explicativa ... e::

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92

Parte II

- Bom eu estou na frente da rede globo de televisão vocês ficaram sabendo que o ator que fazia

mocotó na malhação teve um problema muito grave de gripe suína, e ficou sem gravar na globo de

quarentena, então eu vou ser o primeiro repórter a entrevistar uma pessoa que tem gripe suína,

claro que eu não vou ficar com essa roupa aqui não vou com uma roupa especial pra não pegar

gripe.

- Olha quem esta chegando aqui, André Marques,

- Mandaram você de São Paulo para vir aqui, nessa furada sozinho?

- Porque eu acho preconceito não entrevistar uma pessoa que tem gripe suína entende

- Já possui. Sabe o que eles falaram isso, mas eu só tive a febre, mas o resto não, a voz parece que

eu estou ruim, mas é porque eu acordei agora.

- Você alguma vez espirrou no refeitório?

- Não. Sabe o que acontece essas coisas, por exemplo: - você esta em um elevador, alguém peida,

quem esta fedendo é o gordo, você entende? Fui pra Argentina, Angélica, Luciano, só os bonitões,

sobro pra quem pegar a gripe? O gordinho né!

- Depois de ter pego a gripe suína, você tem raiva do porco ?

- Olha, eu prefiro as porquinhas parceiro, durante a quarentena, onde tem que ficar em casa, eu

comi costelinha de porco e tudo .

- Mas se você tiver raiva do porco sabe o que você faz?

- Não tenho a menor ideia

- Manda o Mauricio Matar. – Eu gostaria muito que você falasse definitivamente para as pessoas se

realmente você tem ou não a gripe suína, se eu posso tirar a mascara e te dar um abraço!

- Segundo os exames na secretaria de saúde eu estava realmente.

- Você acredita na secretaria de saúde, é perigoso também.

- Não. Eu acredito porque se eu não acreditar, vou acreditar em quem. Eles mandaram um laudo

dizendo que eu estava ai eu tomei o tal remédio. – tomei o remédio e fiquei zero bala, você pode

tirar a mascara. Um momento inédito vai lá.

- tirar a mascara pra provar que não tem preconceito com as pessoas que tem gripe suína, vou te dar

um abraço aqui. Eu estou aqui na frente da globo provando que eu na chuva abracei uma pessoa que

a pouco tempo teve a gripe suína.

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- Você é um cara que não tem preconceito, que você é um cara bom, e eu vou te dar um abraço

direito.

- Poxa, demorou, vamos abrir isso aqui então, que que é isso, se eu não peguei a gripe suína agora

eu não pego mais.

- Deixa eu ir embora agora

- É isso ai Emilio, é isso ai pânico, matéria de Cesar Polvilho curta e grossa, explicativa, e só.

Parte III

Na frente da central globo de televisão, esta o repórter César Polvilho que ira falar sobre a gripe

suína, como o ator que fazia mocotó na malhação teve que ficar em quarentena porque teve um

problema muito grave de gripe suína. E ele será o primeiro repórter que vai entrevistar uma pessoa

com gripe suína.

O ator André Marques esta chegando. E ele pergunta se mandaram Cesar Polvilho de São Paulo,

para vir nessa furada sozinho, e ele diz que acha preconceito não entrevistar uma pessoa com gripe

suína, mas André diz que já possuiu, foi o que falaram, mas ele só teve a febre e o resto nada, só

esta com voz assim porque acabou de acordar, e Cesar Polvilho pergunta se ele já espirrou no

refeitório , ele diz que não, e cita um exemplo de que tem 10 pessoas no elevador alguém peida e a

culpa sempre cai no gordinho, que ele estava na Argentina com a Anjelica e o Luciano, e quem

pegou a gripe foi ele, o “gordinho”. Pergunta se ele tem raiva do porco, e ele diz que prefere as

porquinhas, que quando esta em quarentena comeu costelinha de porco e outras coisas. Mas se você

tivesse raiva do porco, se ele saberia o que fazer, ele diz que não e Cesar Polvilho diz que ele deve

mandar o Mauricio Matar. E ele quer saber se André Marques realmente tem a gripe suína , para

que ele possa tirar a mascara e dar um abraço nele, e André diz que segundo os exames na secretaria

da saúde ele estava, Cesar Polvilho o corta dizendo se ele acredita na secretaria de saúde, e ele diz

que acredita porque se não acreditar nela em quem ele vai acreditar, e que a secretaria mandou um

laudo pra ele dizendo que ele realmente estava, mas tomou o remédio , e fico bom (zero bala), e fala

com Cesar que ele pode tirar a mascara para dar um abraço nele, e Cesar Polvilho diz que vai tirar a

mascara pra provar que não tem preconceito com as pessoas que tem a gripe suína, e tira a mascara

e da um abraço no André Marques, e que na frente da globo, chovendo ele provou que não tem

preconceito com quem possui a gripe, porque ele esta abraçando uma pessoa que a pouco tempo

estava com a gripe suína. E André Marques afirma que Polvilho não tem nenhum preconceito, e sai

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do carro para dar um abraço direito nele, e Polvilho afirma que se ele não pegou a gripe nesse

momento do abraço ele não pega mais, e André diz que vai embora, e Polvilho encerra a matéria

dizendo que a matéria dele é curta grossa e explicativa.

Entrevista 2

Por Ingrid Neri De Oliveira Dacio

Série: 1ºB

Dados da entrevistada

Nome:Fernanda Doria Dos Santos

Idade:20

Naturalidade:Paulistana

Formação:Administração de empresa (Cursando)

Profissão:Administradora

Estado Civil:Solteira

1º Forma – transcrição

Doc. Taboão Da Serra 16 de novembro de 2009

Entrevista com Fernanda Dória

sobre a saga do filme Crepúsculo.

Doc. Fernanda como você começou a se interessar pela saga Crepúsculo ?

Inf. Assim que o filme Crepúsculo foi lançado no Brasil eu tive um leve interesse de assistir, mas

eu acabei deixando pra depois.Dai uma uma amiga me incentivou a ler primeiro o livro pra depois

assistir o filme, então Baixei todos os livros pela internet e assim comecei a ler pelo computador

mesmo, não consegui parar mais, eu li os 4 livros e mais o rascunho do 5º que tá inacabado, Depois

fui ver o filme e comprei os livros.

Doc. O que te chamou mais atenção na saga ?

Inf. O que me chamou mais atenção foi o romance proibido entre si, as diferenças... superadas da

história entre os dois.

Doc. Você Gostaria de ter um Edward Cullen aos seus pés ?

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Inf. Na verdade, não (risos)eu prefiro o lobsomem

Doc. E por que ?

Inf. Porque o Jacob Black é bem mais interessante determinado e disposto a ir atraz do que ele quer

.Adoro Jacob !

Doc. Finalizando qual a sua espectativa para a estreia do Proxima filme Lua nova ?

Inf. Eu estou muito anciosa e contando os dias vou na verdade na pré-estreia no dia 19 à meia noite,

e espero não sair de lá decepcionada, em fim quero ter uma overdose de lobsomem

(não usou a contento as regras da transcrição)

2º Forma

1- Como você começou a se interessar pela saga Crepúsculo ?

Assim que o filme Crepúsculo foi lançado no Brasil tive um leve interesse de assistir, mas acabei

deixando pra depois.Uma uma amiga me incentivou a ler primeiro o livro pra depois assistir o filme

então baixei todos os livros pela internet e assim comecei a ler pelo computador mesmo, não

consegui parar mais, eu li os 4 livros e mais o rascunho do 5º que tá inacabado, depois fui ver o

filme e comprei os livros.

2-O que te chamou mais atenção na saga ?

O romance proibido entre si e as diferenças superadas da história entre os dois.

3-Você Gostaria de ter um Edward Cullen aos seus pés ?

Na verdade, não, eu prefiro o lobsomem.

4-E por quê?

Porque o Jacob Black é bem mais interessante determinado e disposto a ir atraz do que ele quer.

5-Finalizando qual a sua espectativa para a estreia do Proxima filme Lua nova ?

Estou muito anciosa e contando os dias vou na verdade na pré-estreia no dia 19 à meia noite, e

espero não sair de lá decepcionada.

3º Forma

Em Taboão Da Serra no dia 16 de novembro de 2009 entrevista com Fernanda Dória

sobre a saga do filme Crepúsculo.

Comecei perguntando como ela tinha começado a se interessar pela saga de crepúsculo.Ela me disse

que quando o filme foi lançado no Brasil ela teve um leve interesse de assistir mas acabou deixando

pra depois, mas uma amiga dela incentivou a ler os livros primeiro para depois ver o filme então ela

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baixou os livros pela internet e leu os 4 livros e mais o rascunho inacabado do 5º livro, para depois

assistir o filme

Continuando a entrevista perguntei o que tinha chamado a atenção na saga, ela disse que foi o

romance proibido e as diferenças superadas.

Perguntei também se ela gostaria de ter um Edward Cullen aos pés dela e ela me disse que não pois

prefiria lobsomem, Mas completei a pergunta, por que ?

ela disse que o Jacob é mais interessante, determinado e disposto a ir atraz do que ele quer.

Para finalizar a entrevista perguntei a ela qual era a espectativa dela para a estreia do filme Lua

nova ela me falou que estava muito anciosa e que ela iria na pré-estreia dia 19 à meia noite e que

não queria sair decepcionada de lá.

(não usou a contento as regras da escrita padrão)

Entrevista 3

Por Amanda Ramalho Lima ( 1°C )

Informante: Vitor Soares 15 anos

Nascido: 21/10/1994

Profissão: estudante

Residência: Rua Emilia Martins Rullo, Jardim Silvio Sampaio .

Assunto: homossexualidade.

Entrevista 11/11/2009

Modalidade Oral

Doc. ahn .... como é ser homossexual no dia de hoje ?

Inf. éh...não é fácil porque .... eu encontro muitos preconceitos ((mexeu no cabelo )).... as pessoas

não me aceitam pela minha escolha (...)

Doc. ah ..... e como você convive com :::.... isso?

Inf. ah não me importo mais ::... já estou acostumando ...... com as pessoas me olhando ...ahn me

observando ... ehn me criticando pe...lo que escolhi para ser anh ... (...)

Doc. éh as vezes você pensa ...em voltar atrás com ... sua decisão? ahn... e porque ?

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Inf. hum sim ... as vezes me arrependo por pensa em ....((fechou os olhos))... minha mãe que esta ...

sofrendo por esta percebendo ... a minha escolha ...e tentando me mudar ...ahn junto com minha ...

família

Doc. ih...ih .... seus amigos como te tratam ?

Inf. ah... me tratam normal ...... como queria ser tratado ......pelos outros ::.... como uma ... pessoas

normal ...que eu ...sou

Doc. ahn...obrigado pela atenção ...eh por responder ...ahn sobre esse assunto ::... tão comentado ....

no .... dia de hoje (...)

Inf. huum foi nada ... é bom as pessoas ..... ter cada vez ....mais contato ::... com esse assunto

Modalidade Padrão da língua (Discurso direto )

Doc. Como é ser homossexual no dia de hoje ?

Inf. Não é fácil porque encontro muitos preconceitos, as pessoas não me aceitam pela minha

escolha !

Doc. E como você convive com isso?

Inf. Não me importo mais, já estou acostumando com as pessoas me olhando, me observando e me

criticando pelo que escolhi para ser.

Doc. Você pensa em voltar atrás com sua decisão? E porque ?

Inf. Sim, as vezes me arrependo por pensa em minha mãe que esta sofrendo por esta percebendo a

minha escolha, e tentando me mudar junto com minha família.

Doc. E seus amigos como te tratam ?

Inf. Me tratam normal, como queria ser tratado pelos outros, como uma pessoas normal que eu sou.

Doc. Obrigado pela atenção e por responder sobre esse assunto tão comentado no dia de hoje .

Inf. Foi nada, é bom as pessoas ter cada vez mais contato com esse assunto.

Modalidade padrão da língua (discurso indireto)

Amanda convidou Vitor Soares para fazer uma entrevista sobre homossexualidade, e perguntou á

ele como era ser homossexual no dia de hoje e como era conviver com isso, respondeu á ela, que

não era fácil, pois encontrava muitos preconceitos e as pessoas não aceitavam sua escolha mas que

já não se importava mais, que tinha se acostumado com as pessoas olhando, observando e o

criticando.

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Continuando a entrevista ela perguntou se as vezes ele não pensava em voltar atrás, e assim dizendo

ele, que sim que as vezes se arrependia por pensar em sua mãe e sua família que estavam sofrendo

com sua escolha e tentando mudá-lo, Amanda o interrompendo, perguntou como os amigos o

tratavam, respondendo ele, que era tratado normalmente como queria ser tratado pelas outras

pessoas.

Assim terminando a entrevista Amanda agradeceu pela sua atenção e por ter respondido sobre a

assunto tão comentado,e ele agradeceu, dizendo que era bom as pessoas terem cada vez mais

contado sobre esse assunto.

Entrevista 4

Por Anna Karoline Romania Cardozo

Idade: 15 anos

Profissão: estudante

Local e moradia: São Paulo, Taboão da Serra, Jd. Leme

Entrevistado (a): Karla Nascimento Idade: 26anos

Profissão:vendedora

Local e moradia: São Paulo, cotia

Taboão da Serra, 12 de novembro de 2009.

E.E “Edgard Francisco”

1ª Série do Ensino Médio B

1)Modalidade original (segundo as normas de transcrição)

Entrevista com Karla nascimento (tópico) (Doc.: Documentador; Inf.: Informante)

Doc:...estamos no Taboão da serra pra fazer uma entrevista com Karla ...para fazer uma

entrevista...bem vejamos... quanto tempo voce mora aqui e de onde vc veio?

Inf:bom estou aqui a dois meses ee:... vim de Governador Valadares

Doc:eeeh:o que você achou quando chegou em São Paulo?

Inf:bem...ahm achei muito estranho aqui e muito diferente e muito movimentado...a mas estou me

acostumando...

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Doc:do que você sente falta?

Inf:ahm:sabe meus amigos e pais e do verde da minha cidade...hehehe

Doc:qual as vantagens da nova cidade?

Inf:não sei ti DIZER e outra vida que começou uma outra rotina

Doc:como ficou sua qualidade de vida após a mudança?

Inf:ehh... finaceira meholrou muito ... hahahah muito mesmo...estou trabalhando e ganhando

muitoOoo mais

Doc:você voltaria para sua cidade hoje?

Inf:puxa :acho que não por mas que sinto falta de tudo... não minha vida mudou muitoestou vivendo

melhor ...heahahh

Doc:como foi feita a escolha da cidade nova?

Inf:ahm...:olha kaa eu já tinha parentes aqui em São Paula então resolvi vim pra Ca ...

Doc:karlinha obrigada por tudo viu...

Inf:de kaa quando precisar eso avisar

2) Na modalidade da norma da Língua Portuguesa (em discurso direto)

Entrevista com Karla nascimento (tópico) (Doc.: Documentador; Inf.: Informante)

Doc:Estamos em Taboão da serra ,com a Karla para entrevista-la Karla quanto tempo você mora

aqui e de onde você veio?

Inf: Estou aqui a dois meses e vim de Governador Valadares!!!

Doc: O que você achou quando chegou em São Paulo?

Inf: Um pouco estranho aqui e muito diferente e muito movimentado, mas estou me acostumando...

Doc:Do que você sente falta?

Inf:Do meus amigos e pais e do verde da minha cidade

Doc:qual as vantagens da nova cidade?

Inf:Não sei te dizer e outra vida que começou uma outra rotina!

Doc:Como ficou sua qualidade de vida após a mudança?

Inf: Financeiramente melhorou muito,estou trabalhando e ganhando mais.

Doc:Você voltaria para sua cidade hoje?

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Inf: Acho que não por mas que sinto falta de tudo, não minha vida mudou muito estou vivendo

melhor .

Doc:Como foi feita a escolha da cidade nova?

Inf: Eu já tinha parentes aqui em São Paula então resolvi vim para São Paulo.

Doc:Karla obrigada pela entrevista!

Inf:De nada !!

3) Na modalidade da norma da Língua Portuguesa (em discurso indireto)

Karla do nascimento venho para São Paulo a dois meses ,apesar de ser muito diferente da cidade

dela governador Valadares ela esta gostando muito,e pretende ficar, pois sua vida financeira

melhorou muito.

( As regras do discurso direto indireto está correto. Problemas:pessoa do verbo(1ª p.) ortografia,

pontuação, nome próprio escrito com letra minúscula)

Entrevista 5

Por Euzimar Souza Santos (1°C)

Entrevista feita no dia 23 de agosto de 2009 logo após as transferências de clube, Cristiano Ronaldo

que jogava no Manchester United e Kaká que jogava no Milan agora ambos no mesmo clube no

Real Madrid da Espanha. Entrevista entre dois grandes jogadores de futebol (os melhores dos dias

de hoje segundo a FIFA) Kaká (jogador da seleção brasileira) e o jogador da seleção de Portugal

Cristiano Ronaldo ambos jogam no time do Real Madrid na Espanha e alem de colegas de trabalho

também são muito amigos. Agora vamos ouvir o que eles têm a dizer sobre o futebol e sobre a

transferência de clubes que eles passaram.

F1: Kaká

F2: Cristiano Ronaldo

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F1: Olá sou Cristiano Ronaldo

F2: Olá eu sou Kaká

F2: Bom eu senti uma::..uma grande alegria

F1: Não, é uma experiência fantástica

F1: È muito bom, então as pessoas colocam::: é querem fazer comparações.... é concorrências entre

eu e o “Cris”,e isso num::... num existe e não vai existir concerteza durante a nossa::: nossa::...

tempo aqui no real.

F2:Uma aproximidade diferente mais::...dentro de campo muito parecida porque eu gosto ganhare

(Ganhar) também

F1: Na minha opinião eu acho que::... é a vida é feita de ciclos e::... chegou um momento que

acabou meu ciclo no Milan,foi legal... , foi muito bom... , conquistei tudo que poderia conquistar

com o clube... ,fiquei contente com aquilo que aconteceu no Milan que:. que eu deixo meu nome

marcado na história desse clube

F1: Alá Madrid (salve Madrid).

F1: Primeira vez que eu:: vesti a camisa “blanca” realmente foi:.. de grande emoção,me senti

honrado de poder hoje ta no clube que:::: é mundialmente reconhecido pela história que tem,pelas

conquistas que tem,pelos jogadores que:...

que marcaram esse clube,então é: uma grande honra.

F2: “Camisa blanca”?

F1: A “camisa blanca”!

F2: Ta mais pra que?Português, espanhol?

F1: Ah! Mistura tudo

F2: Tivemos também novas experiências e queremos... novos desafios e:: é isso que::: que eu estou

preparado, eu acho que é aquilo que vai::: que vai me incluir já que eu vou agora... pensar num,num

futuro num futuro que acaba por ser aqui no Real,que... que eu deixei o Manchester ficar no

“freezer”é:: as minhas boas ações la continuam sendo boas e::... foi...foi muito bom fiquei muito

feliz!

F2: United já passou é uma era que:: que eu respeito muito,pelo que eu fui pelos garotos que

viram,pelos grandes jogadores que fizeram história neste clubes ,mais é::... agora é um novo

grupo,novos jogadores,nova mentalidade e::::: pra quem ta ai.

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102

F1: a verdade é que a experiência que nós já tem no futebol agente tem visto aqui hoje::: só o

talento no futebol não é suficiente então acho que a formação de um grupo é::.. é o fundamental pra

que se torne uma equipe vencedora.

F2: Eu creio que:::.... o que eu já ganhei num,num clube eu queira ganhar aqui o mesmo ou mais se

possível eu tenho esse pensamento tenho.Esse é o grupo aquisitivo nesse aspecto.

F1: eu acho que a::: a::: a motivação é da conquista da champions claro que tem esse fator ai de

jogar em casa seria fantástico poder jogar a final no “Bernabeu”são coisas que não dependem da

gente só no na parte::: de campo, o futebol hoje envolve muitas coisas,mais o que depender da

gente,agente vai fazer o possível pra::: ta nessa final ai.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=3VbQLYlr6GI

( Discurso direto e discurso indireto não desenvolvidos)

Entrevista 6

Por Henrique Antonio

Wallace Pinheiro

( 1º A)

Tema: 1° emprego

Entrevistado: Ronaldo Junior

Idade: 19 anos

1 - Como foi trabalhar pela primeira vez?

Trabalhar pela primeira vez .Bom, é... diferente para quem só estudava,né. No trabalho temos que

seguir uma rotina e regras.Mais tem duas vantagens , . . . o salario e a questão da

responsabilida.né.

2 - Qual era o seu cargo e sua função no emprego?

Pô meu cargo era assistente administrativo , mais minha função( era organizar planilhas de clientes

,eee, atendimento a clientes e também auxiliava um estagiário de engenharia civil.

3 - Como conseguiu esse emprego?

Caramba.hann (gageijou), consegui esse emprego através de uma indicação de um amigo.

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103

4 - Você gostava do seu emprego?por que?

Então , até que sim . . . porque foi minha primeira conquista profissional , e também tinha

independência financeira né e o horário cara , era bom.

5 - Que carreira profissional você pretende seguir?

Bom , a(gageijou)pesar ter trabalhado em um escritório (então) de arquitetura né , não pretendo

seguir na profissão.Poque eu tô fazendo uma faculdade de publicida , e . . . pretendo seguir essa

area.

1 - Como foi trabalhar pela primeira vez?

Trabalhar pela primeira vez, é diferente para quem só estudava.No trabalho temos que seguir uma

rotina e regras.Mais tem duas vantagens , o salario e a questão da responsabilidade.

2 - Qual era o seu cargo e sua função no emprego?

O meu cargo era assistente administrativo , minha função era organizar planilhas de clientes ,

atendimento a clientes e auxiliava um estagiário de engenharia civil.

3 - Como conseguiu esse emprego?

Consegui este emprego através de uma indicação de um amigo.

4 - Você gostava do seu emprego?por que?

Sim , porque foi minha primeira conquista profissional , tinha independência financeira e o horário

era bom.

5 - Que carreira profissional você pretende seguir?

Apesar ter trabalhado em um escritório de arquitetura , não pretendo seguir a profissão.Estou

fazendo faculdade de publicida , e pretendo seguir essa area.

(Discurso indireto não desenvolvido. Problema: ortografia)

Entrevista 7

Por Kathlenn de Castro , 1°A

Repórter: Estou aqui entrevistando Renato Paiva, que trabalha como Cinegrafista,

para quem não conheçe esse trabalho, é ele filma eventos, infantis, 15 anos, casamentos

e etc (...) Vamos então entrevistar ( )

Olá Renato, desde quando você trabalha nesse ramo ?

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Entrevistado: Olá, bom eu trabalho nesse ramo desde de 1995.

Repórter: O que fez você trabalhar disso ?

Entrevistado: Por gostar de festas, i..i gravar cenas da minha familia

Repórter: O que é mas interessante no seu trabalho ?

Entrevistado: o reconhecimento do cliente.

Reporter: Em quais dos eventos você mas gosta de filmar ?

Entevistado: 15 anos

Reporter: Porque ?

Entrevistado: Porque é um evento dinamico.

Repórter: Em algum evento ja deu alguma confusão ?

Entrevistado: Sim

Repórter: Conte uma ?

Entrevistado: Com o Dj que não permetiu ligar o cabo de audio em seu equipamento

Repórter: Nossa(risos) Qual dica você dar para quem quer seguir esse ramo ?

Entrevistado: Tem que gostar, e ter paciencia

Repórter: Você pretende ficar trabalhando só disso ?

Entrevistado: Sim, porque é um trabalho de muita ( ) gratificação

Repórter: Qual a sensação de estar gravando um momento tão importante na vida das pessoas ?

Entrevistado: Sensação de muita responsabilidade e prazeroso.

Repórter: Deixe uma menssagem falando o que tudo em seu trabalho significa para você ?

Entrevistado: o meu trabalho significa prazer de proporcionar a felicidade do próximo.

Repórter: muito obrigado Renato Paiva.

Entrevistado: De nada.

Repórter: Bom, conheci um pouco do trabalho de filmagem e ai fica a dica para quem quer seguir

esse ramo.

(Transcrição feita não a contento de acordo com as regras. Discurso direto e discurso indireto não

desenvolvidos)

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105

Entrevista 8

Por Letícia Maria Alves de Souza.

Série:1º C

E. E. Edgard Francisco.

Nome do entrevistado: Nilda da Silva Souza.

Entrevista

1ª Forma – Discurso Direto

Transcrição

F1:Letícia- entrevistadora

F2:Nilda- entrevistada

F1:hoje:: estou aqui: com minha mãe pra fazer uma entrevista sobre::: alimentação...comidas...e

então Nilda o que::...você mais gosta de comer?...

F2:a::h...eu gosto muito de comer doces((risos))...de carne...

F1:qual (pensando) refeição você prefere?por que?...

F2:ah eu:: prefiro o almoço porque: ele me da força pra continuar o dia...

F1:você gosta Mais de cozinhar...ou de comer?por que?...

F2:eu: gosto dos dois porque: todos dois me dão prazer...

F1:prefere doces ou:: salgados?por que?...

F2:eu:: gosto dos dois... porque se só comer: doce fica doente... e se:: comer só salgado não tem

graça...

F1:o...o que acha mais interessante na culinária?...

F2:...as misturas...

F1:o que é uma/uma boa alimentação para você?...

F2:uma boa alimentação?(pensando)é você tomar um bom café da manhã...com

pão...iogurte...suco...uma fruta...depois almoçar comer sempre nas horas certas...

F1:você acha importante ter uma boa: alimentação?...

F2:sim...alimentar bem...se você se alimenta bem você: tem uma boa saúde...

F1:você acha:: que a saúde...é muito::importante na vida de uma pessoa?...

F2:”claro”...saúde é primordial sem saúde...você é nada...

F1:ok...Nilda muito obrigada...

F2:de nada...obrigada também...

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2ª Forma – Discurso Indireto

F1:Letícia- entrevistadora

F2:Nilda- entrevistada

F1:Hoje estou aqui com minha mãe, para fazermos uma entrevista sobre comidas, e uma boa

alimentação.

Então Nilda o que você mais gosta de comer?

F2:Eu gosto muito de doces e de carne.

F1:Qual é sua refeição preferida?

F2:Eu prefiro o almoço, porque me dá força para continuar o dia.

F1:Você gosta mais de cozinhar ou de comer em si?

F2:Gosto dos dois, porque só comer doces faz mal, e só comer salgados não tem graça.

F1:O que acha mais interessante na culinária?

F2:As misturas, que existem.

F1:O que é uma boa alimentação para você?

F2:Uma boa alimentação, é tomar um bom café da manhã, com frutas, iogurte, pão, suco, e depois

almoçar bem.Comendo sempre nas horas certas.

F1:Você acha importante ter uma boa alimentação?

F2:Sim, alimentar-se bem é ter uma boa saúde.

F1:Você acha que a saúde é importante na vida das pessoas?

F2:A saúde é primordial, sem saúde você não é nada.

F1:OK, Muito obrigada Nilda.

F2:De nada, muito obrigada também.

3ª Forma – Discurso Indireto Livre.

Eu:Letícia

Ela:Nilda

Entrevista – Parte três (Discurso Indireto)

Aqui estou com a Nilda para fazer uma entrevista sobre uma boa alimentação e comidas. E

então perguntou-se à ela o que mais gota de comer e qual refeição prefere e ela contou que gosta

muito de doces e carnes e prefere o almoço por lhe dar força para o resto do dia.

Continuei indagando se gostava mais de preparar o alimento ou de come- lo e se preferia doces ou

salgados disse então “Gosto tanto de cozinha, como de comer, pois, me dão muito prazer e não

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107

tenho prefencia gosto de doces por que é bom e gosto de salgados por que se necessita, os dois se

completam”.

Peguntei-lhe então o que mais gostava na culinária e o que é uma boa alimentação, me disse que

gosta muito das misturas que existem na culinária, e que uma alimentação tem como base um bom

café da manhã rico em frutas e proteínas e sempre almoçar bem nas horas certas.

Ainda indaguei se acredita que é bom ter uma boa alimentação, e uma boa saúde e me respondeu

dizendo “ Sim, quem se alimenta bem tem uma boa saúde e a saúde é primordial na vida de

qualquer pessoa.Sem saúde não se é nada”.

Então encerrei a entrevista agradecendo-a e ela também agradeceu a oportunidade.

Entrevista 9

Por Tatiane Maciel Iram

1° ano B

Dados sobre a Entrevista

Local : Programa Altas horas

Entrevistador (F1) : Serginho Groisman

Entrevistado (F2) : Diego J. Ferrero

Duração : 2 min. e 1 seg.

1ª Forma : Modalidade Original (Segundo as normas de transcrição)

F1 : quantas vezes falaram já...essa é uma banda de EMO?

F2 : já perguntaram pra gente acho que:::...principalmente no começo:...acho que era a única

pergunta né:...não existia outra pergunta né: pra gente

F1 : pois éh: não sei...não ouviam a música...não faziam...não faziam nada ( )

F2 : é que:.../é que a parada é assim né:: quando surge uma coisa nova né:: e...e...alguma coisa

diferente assim...alguém tem que segmentar...acho que a mídia e até a galera tem que colocar assim

num grupo né:: pra falar...pô:: aquela banda é aquilo né:...aquela banda é tipo esses negócios.../tipo

emo:...aí...e assim...o problema na verdade é é: que virou uma coisa tÃO negativa o emo...virou

uma coisa tÃO banal assim...assim no sentido di:: se:::/virou um jeito de se vestir...uma coisa que

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não tem mais nada'vê: com a música...então por isso a gente no começo ficava nervosinho...agora

eu tô tranquilo: porque pô éh...a gente já passou por cima disso e as pessoas já entenderam né::...já

ouviram o nosso som

F1 : entenderam que vocêis são uma banda emo

F2 : éh...assim ((riu)) entenderam que a gente é::...eu até cortei o cabelo pra dá uma disfarçada aí

mas:... ((riu))

F1 : que nada e e.../ é uma loucura porque fica aí uma discussão a respeito do nada...porque: isso é::

o quê? né::

F2 : mas acho que isso é:...isso é o que:.../ as pessoas precisam disso...tem uma galera...que é

impressionante né:: meu...que nem quando cê fica famoso...co::mo a minha família cresceu

também...éh ((riu)) tanto primo que eu tenho...mas tipo a galera precisa falar de alguma coisa né::

então é::.../mas acho que pÔ isso...isso: aconteceu com todo mundo que tá começando alguma coisa

e a gente conseguiu passar por cima disso que acho que posso falar que:...era até um preconceito no

começo...a gente conseguiu passar por cima né

F1 : ah concerteza...agora vamô pro/ o primeiro CD de vocêis foi lançado quando?

F2 : em dois mil e quatro né:... a gente ainda era independente e::...pô:: eu tinha.../eu...eu entrei na

banda...me chamaram pra:: entrar e uma semana depois me colocaram na fogueira...assim

falaram...grava aí::: um CD com a gente...gravÔ ((riiu)) e aí agente pô...na época a gente vendeu

tipo oito mil cópias...assim pra uma banda independente era bastante né...aÍ... a galera já falou pô

que que tá acontecendo:... que BANDA é essa e tal::

F1 : ham...muito bacana e:...agora vocêis são um sucesso enorme

[

F2 : graças á Deus

[

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109

F1 : ee...que consigam muito mais

2ª Forma : Modalidade da norma padrão da Língua Portuguesa (Discurso Direto)

F1 : Quantas vezes já te perguntaram se sua banda é emo?

F2 : No início era a única pergunta. Sempre que surge algo novo a mídia,assim como,toda

população já procuram classificar o que é e como é e, então enquadram dentro daquilo que melhor

lhes cabem,sem procurar saber realmente o porquê daquilo ou em que se formou. E nós temos o

nosso jeito e já não precisamos mais nos preocupar mais com algumas críticas,pois além de tudo já

mostramos o que somos e as pessoas já entenderam.

F1 : E vocês "assumiram" ser uma banda emo?

F2 : Sim

F1: E pra você se torna algo confuso,pois gera uma discussão que ninguém sabe ao certo o por quê?

F2 : As pessoas precisam disso,comentar sobre o que está acontecendo se não elas "não conseguem

viver". Então aproveitam para falar daquilo que é novo,recente pois pelo fato de ser pouco

conhecido,não irão ser críticadas/julgadas.

F1 : Quando a banda lançou o primeiro CD?

F2 : Foi em 2004. Me convidaram para fazer parte da banda,uma semana depois gravamos o CD e

depois disso:sucesso absoluto!

F1 : Parabéns a vocês e que vocês conquistem tudo o que querem.

3ª Forma : Modalidade da norma padrão da Língua Portuguesa (Discurso Indireto)

Page 117: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

110

Em uma entrevista no programa “Altas Horas” o apresentador Serginho Groisman questionou o

vocalista da banda NX Zero - Di Ferrero - sobre o estilo musical que ele cantava em sua banda e,

ele explicou que muitos os classificaram como uma banda emo,pelo modo que ele e demais

integrantes da banda se vestiam e cortavam o cabelo. Disse ainda que logo que a banda

surgiu,foram "vítimas" do preconceito,pois,as pessoas não se importavam com a música em si,mas

sim com o "visual" deles,e disse também que,agora o NX Zero já mostrou do que é capaz: o valor

de suas músicas,da sua filosofia e da capacidade profissional que têm. E então finalizando a

entrevista o apresentador quis saber quando foi lançado o primeiro CD e Di Ferrero contou-lhe que

foi em 2004 logo após ele ter entrado na banda, e que depois disso NX Zero alcançou o sucesso

desejado.

Entrevista 10

Por Isabella Ap. Ramos Silva

1 ° B

Entrevista com João Lobo Doc ( documentador) Inf( informante)

Doc. Esta/ quer dizer... Estou aqui (risos)... com Leão Lobo vamos entrevistalo ele que é uma

autoridade é é é... fofoquero deni...( ) deni deni denigrativo... Da onde você tira tanta fofoca...

como o senhor consegue fazer tanta fofoca assim é...hã...?

Inf. Primeiro que senhor é seu avô han! (risadas)/ ...não faço fofocas ! (risos)

Doc qual é hã... a maior bomba que o senhor já soltou?

Inf.(risos) !!!!! muitas ! (risos)

Doc . Aí meu deus do céu ...(pensando) deixa eu ver ... han ... Qal que você prefere o leão ou o lobo

se fosse pra ser um dos dois animais?

Inf. (risos) posso fala mesmo (risos)...é han ... nenhum dos dois! (risos) ... Eu prefiro o

viAdo...(risos)

Doc . vamo / vamos levanta um pouco da vida pessoa hum..l você é um homessexual assumido

neh...!?

Inf hahan... Sou sim ... assumido (risos)

Page 118: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

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Doc. O senhor é hã... uma figura da minha infância é ...porque eu lembro qe eu via o senhor sendo

jurado nos programas de televisão... hã... neh?!

Inf. sim ! han... faço participaçoes em muitos programas...

(risos) ... ( palhaçadas)...(levanta-se)

Volta...

Doc. Entaum ... é eu queria agradecE o senhor por ter me dado essa oportunidade han... foi um

prazer ter falado han ... com o senhor !!!

Inf. Que isso ... o prazer foi meu ... xau beijos....(risos) fui ...

Doc. Estou aqui com Leão Lobo, vamos entrevista-lo , ele que é uma autoridade denigrativo. De

onde você tira tanta fofoca? Como o senhor consegue fazer tanta fofoca ?

Inf. primeiro que senhor é o seu avô. Não faço fofocas! (risos)

Doc Qual é a maior “bomba” que o senhor já “soltou” ?

Inf. Muitas.

Doc. Meu Deus do céu , (risos). Se fosse para você ser um animal? Qual você preferiria o leão ou

o lobo?

Inf. Posso falar mesmo? Nenhum dos dois! Eu prefiro o viado! (risos).

Doc. Vamos levanta um pouco da vida pessoal. Você é homossexual assumido ?

Inf. sim.

Doc você é uma figura da minha infância! Porque lembro do senhor sendo jurado em programas

de televisão !

Inf. Sim, faço participações em muitos programas

(risos) (pausa)

(volta)

Doc. Queria agradecer o senhor por ter me dado essa oportunidade. Foi um prazer ter falado com

o senhor.

Inf. Que isso o prazer foi meu, xau beijos.

(Discurso direto e discurso indireto não desenvolvidos)

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Entrevista 11

E.E. Edgard Francisco

Por Ana Karen da Silva

Série: 1°C

Modalidade Oral

Entrevista

F1: O que é ser um adolescente...: no século 21?

F2: Muito , muito bom! Porque, porque, pois todos os adolescentes... nasceu no seu tempo certo?!

No tempo certo...(pausa). Porque tudo o que acontece agora,(pensando), a gente gosta, porque a

tecnologia ta avançando muito rápido, e pra quem já é adulto, não compreende a gente, não

compreendem, só porque eles acham que o que a gente faz é errado. Porque cada um vive no tempo

certo, e a gente que vai ser adulto no futuro vamos achar as coisas erradas do futuro...(pausa),

também, porque isso não muda.

É hereditário também...(pensando), isso é a parte positiva né?!

E tem a parte negativa. Que é a parte que a gente, que a gente é cobrado pelo que a gente faz , pelo

que fazemos.

F1: O que, O que você faria...:para mudar isso?

F2: Mudar o quê?

F1: Mudar a adolescência no século 21?

F2: Não tem nada pra mudar.

F1: (risos)

F1: Por quê você acha isso?

F2: Porque eu gosto de ser adolescente do jeito que eu sou. Não perai, tem coisa pra mudar sim,

tem sim.

F1: O quê?

F2: Os adultos não deveriam...:cobrar, cobrar tanto de nós. Pois estamos, estamos tentendo

desvendar o mundo em em que vivemos.

F1: Obrigada pelo seu depoimento.

F2: Denada.

(Regras da transcrição não feitas a contento)

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113

Modalidade (Discurso direto)

F1: O que é ser um adolescente no século 21?

F2: É difícil ser adolescente no século 21, pois a tecnologia está avançando, e as pessoas estão

ficando mais velhas e chatas. Pois os adultos exigem e cobram de nós tudo o que fazemos de errado.

Até parece que eles nunca foram adolescentes na vida, e se esquecem que quanto mais cobrarem,

menos faremos.

F1: O que você faria para mudar essa situação?

F2: Ser adolescente é bom do jeito que somos. Eles deveriam cobrar menos, pois queremos

desvendar o nosso mundo.

Modalidade (Discurso indireto)

F1: É difícil ser adolescente no século 21, pois a tecnologia está avançando, e os adultos estão cada

vez mais chatos e rabugentos. Pois querem cobrar demais de todos nós. Até parece que eles nunca

foram adolescentes na vida, e esquecem que nós queremos curtir a vida sem pensar no amanhã.

Claro que temos que pensar no futuro, e o que eles falam é pro nosso bem e temos que respeita-los.

Mas eles devem deixar nós descobrirmos o nosso mundo. Quem sabe assim nós daremos valor ao

que eles dizem.

(Problemas: Supressão do entrevistador; ausência do narrador; pessoas e tempos verbais não

adequados ao discurso indireto)

Entrevista 12

Entrevistado

Nome: Everton Lima de Oliveira

Idade: 18

Data de nascimento: 06 de Julho de 1991

Hobby: Sair com os amigos e a namorada

Repórter

Nome: Ana Karen da Silva

Idade: 15

Data de nascimento: 15 de Abril de 1994

Hobby: Conhecer lugares diferentes.

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114

E. E. Edgard Francisco

Por Genival Cavalcante de Lima Junior

1°C

Entrevista com Douglas Mendes Mariano, professor de informática sobre mercado de

trabalho.

F1: a quanto tempo você esta no mercado de trabalho?

F2: estou no mercado de trabalho a... sete anos

F1: e como foi que o senhor...consegui...chegar ?

F2: a...inicialmente eu fiz um curso de informática...na...na mesma empresa que eu fiz o curso me

chamaram pra fazer o estagio...fiquei como estagiário durante oito meses e após oito meses me

chamaram pra dar aula e...estou aí nessa área da...informática...dando aula...a todo esse tempo...sete

anos.

F1: foi fácil chegar até onde o senhor...chegou?

F2: não...tive que estuda bastante.. adquirir conhecimento...bastante conhecimento técnico pra

chegar onde cheguei.

F1: você se sente realizado profissionalmente?

F2: sim porem...não onde eu quero...não onde eu quero chegar né...tenho um bom emprego...porem

o meu objetivo é...mais pra frente ta trabalhando como programador.

F1; quem o senhor...quem o senhor acha que terá mais chance futuramente...no mercado de

trabalho?

2: eu acho que futuramente no mercado de trabalho vai ter mais chance...aquela pessoa que

estuda...que adquiri conhecimento através de cursos...fazendo faculdade...e a pessoa que vai ter

mais chance no mercado de trabalho.

F1: quais que são assim...os itens essenciais para a pessoa ser boa no seu emprego...ter um bom

desempenho...ser um bom profissional ...na sua área?

F2: ter um bom conhecimento em informática...ter um conhecimento técnico...uma boa

didática...paciência...educação...responsabilidade.

F1: obrigado

F2: obrigado até mais

Modo direto

Entrevista de um aluno com seu professor de informática sobre mercado de trabalho.

Page 122: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

115

“a quanto tempo você esta no mercado de trabalho”

“estou no mercado de trabalho a sete anos”

“e como o senhor conseguiu chegar”

“inicialmente eu fiz um curso de informática, na mesma empresa que eu fiz o curso me chamaram

para fazer o estagio, fiquei como estagiário durante oito meses e após oito meses me chamaram pra

dar aula e estou aí nessa área da informática dando aula a sete anos”

“foi fácil chegar até onde o senhor chegou”

“não, tive que estudar bastante, adquirir conhecimento, bastante conhecimento técnico pra chegar

onde cheguei”

“você se sente realizado profissionalmente”

“sim porem, não onde eu quero chegar, tenho um bom emprego, porem o meu objetivo é mais pra

frente estar trabalhando como programador”

“quem o senhor acha que terá mais chance futuramente no mercado de trabalho”

“eu acho que futuramente no mercado de trabalho vai ter mais chance aquela pessoa que estuda, que

adquiri conhecimento através de cursos, fazendo faculdade, é a pessoa que vai ter mais chance no

mercado de trabalho”

“quais são os itens essenciais para que a pessoa se torne um bom profissional em sua área”

“ter um bom conhecimento em informática, ter um conhecimento técnico, ter uma boa didática,

paciência, educação, responsabilidade.

“obrigado”

“obrigado até mais”

Modo indireto

Em uma entrevista entre um aluno e seu professor de informática sobre mercado de trabalho

o aluno pergunta ao professor a quanto tempo que ele esta no mercado de trabalho, o professor

responde que a sete anos, então, o aluno pergunta a ele como foi que ele chegou até onde chegou e

ele respondeu que fez um curso de informática e que nessa mesma empresa que ele fez esse curso já

o chamaram para fazer um estagio, após oito meses foi chamado para dar aula e esta dando aula até

hoje, o aluno o interroga novamente perguntando se foi fácil chegar até onde ele chegou e ele

responde que não, que teve que estudar bastante, adquirir conhecimento, bastante conhecimento

técnico pra chegar onde chegou, o aluno questiona se ele já se sente realizado profissionalmente e

ele diz que sim, mas porem não ate onde ele quer chegar, pois futuramente quer programador, o

Page 123: Eliorefe cruz lima tcc lp009 vf edgard francisco

116

aluno pergunta se na opinião dele, que teria mais chance futuramente no mercado de trabalho, o

professor diz que para ele, aquela pessoa que estuda, que adquiri conhecimento através de cursos,

que faz faculdade terá mais chances no mercado de trabalho. Pra finalizar, o aluno pergunta ao

professor quais são os itens essenciais que uma pessoa tem que ter para se tornar um bom

profissional, o professor que é necessário ter um bom conhecimento em informática, ter um

conhecimento técnico, ter uma boa didática, paciência, educação e responsabilidade. Eles

agradecem um ao outro e encerram a conversa.

....................................................................................................................................................

PARECER FINAL GERAL

ANEXO 2- PRODUÇÕES DOS ALUNOS DOS ANOS DE 2009 E 2011

Alguns problemas pontuados no final de algumas entrevistas: transcrição sem

observação das regras; pontuação; ortografia; não desenvolvimento do discurso direto e discurso

indireto e outros não foram trabalhados com esses alunos por falta de tempo e de condições

adequadas de trabalho (falta da sala de informática). No entanto, este é um ótimo material de

exemplo e de se trabalhar com os alunos observando os problemas pontuados.

Prof. Eliorefe Cruz Lima