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1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
CAMPINAS
INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM
Eliorefe Cruz Lima
A ENTREVISTA:
DO ORAL PARA O ESCRITO
Campinas, S.P.
2012
ELIOREFE CRUZ LIMA
A ENTREVISTA:
DO ORAL PARA O ESCRITO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Instituto de Estudos da Linguagem da
Universidade Estadual de Campinas como
requisito parcial para a obtenção do título de
Especialista em Língua Portuguesa.
Orientador: Roxane Helena Rodrigues Rojo
Campinas
2012
i
Dedico este trabalho à minha esposa Elia
Maria e aos meus filhos Rayane Caroline
e Vinícius Augusto, pelo amor, apoio e
compreensão durante todo este Curso de
Especialização.
ii
AGRADECIMENTOS
A Deus, em primeiro lugar, pela saúde e disposição a mim outorgadas, para que este
trabalho se concretizasse.
À minha querida esposa, professora Elia Maria, pelas revisões das minhas produções
textuais, pelo apoio, pela compreensão, pelo carinho, pela paciência com minhas
ausências. À minha filha Rayane Caroline e meu filho Vinícius Augusto.
À Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), que, por meio
do Programa Rede São Paulo de Formação de Docente – REDEFOR, possibilitou a
realização deste Curso de Especialização em Língua Portuguesa, através de convênio
com o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP).
Às Profas
. Dras
. Fernanda Silva Veloso e Cibele Naidhig de Souza Carrascossi, pela
participação ativa e direta neste passo gigantesco a caminho do nosso
engrandecimento profissional, minha eterna gratidão.
Ao prof. Dr. José Geraldo Marques que esteve conosco no Módulo 1 em História da
Disciplina de Língua Portuguesa. Sua passagem foi rápida, mas o seu carisma e
apoio foram fundamentais para a realização deste trabalho, o meu agradecimento.
Agradeço, também, aos colegas de curso, pela companhia, pelo carinho e amizade,
pelas discussões nos fóruns e nos encontros presenciais, contribuindo com preciosas
lições.
A todos os alunos das primeiras séries A, B e C do Ensino Médio do ano de 2009. À
Direção da EE Edgard Francisco: Silvia, Sônia, e em especial ao vice-diretor João,
pela paciência e persistência nas orientações durante os encontros presenciais na
Escola. À Coordenação: Viviane e Val. A todas as pessoas que participaram,
contribuindo para a realização deste trabalho, direta ou indiretamente.
iii
iii
iii
O ensino das propriedades do texto na sala de aula deu
origem a uma gramaticalização dos eixos do ensino,
passando o texto a ser “pretexto” não somente para o
ensino da gramática normativa, mas também da
gramática textual, na crença de “quem sabe as regras
sabe proceder.”
Um texto é um tecido feito de palavras, ou seja,
escrever uma história exige habilidade de um tecelão
que trabalha com fios num tear.
Roxane Helena Rodrigues Rojo
Glaís Sales Cordeiro
Samira Youssef Campedelli
iv
iv
RESUMO
Este trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo apresentar e discutir uma Sequência
Didática (SD) elaborada para alunos do Ensino Médio. Essa SD focaliza, dentro da esfera
jornalística, o gênero “entrevista”, presente em jornais impressos, digitais e em programas
jornalísticos de rádio e televisão. O ensino desse gênero justifica-se dada a importância desse
instrumento presente em diferentes situações comunicativas do mundo moderno. A entrevista
tem como prioridade apresentar o embate de ideias em relação a conceitos, propostas de
personalidades públicas e acontecimentos. No entanto, neste trabalho o enfoque não será debater
proposições de qualquer pessoa, mas enfatizar as etapas de planejamento, produção oral e
retextualização de entrevistas. Os objetivos dessa SD são levar o aluno a compreender, apreender
e aprender os conteúdos dos seguintes eixos de ensino: distinguir as características da língua oral
e da língua escrita; adequar um texto oral para a modalidade escrita; desenvolver habilidades no
uso do discurso direto, discurso indireto, concordância verbal, concordância nominal, coesão,
coerência, paragrafação textual e desenvolver a capacidade de síntese a partir do processo de
retextualização de entrevistas orais para a norma padrão da língua escrita. A expectativa é que a
SD, aqui proposta, além instrumentalizar alunos a serem leitores e escritores proficientes em sua
língua materna, possa contribuir, também, com docentes de Língua Portuguesa que possuem
dificuldades de contextualizar a gramática normativa no processo de ensino e aprendizagem a
partir da gramática internalizada ou implícita que o aluno já traz para a sala de aula antes de
adentrar no ensino do conhecimento sistematizado.
Palavras- chave: Esfera jornalística; Gênero “entrevista”; Sequência Didática; Língua Oral;
Língua Escrita; Língua Portuguesa; Retextualização; Ensino Médio.
v
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 01
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 02
2.1 O(s) gênero(s).......................................................................... .......................05
2.2 O trabalho com gêneros textuais no ensino de língua portuguesa ................. 06
2.3 A esfera comunicativa ................................................................................... 09
3. ANÁLISE COMENTADA DA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA
3.1 Informações gerais .......................................................................................... 10
3.1.1 Objetivos esperados ..................................................................................... 10
3.1.2 Características das turmas ............................................................................ 11
3.2 A organização da SD ....................................................................................... 12
3.3 As atividades propostas em cada unidade de trabalho ................................... 12
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 18
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 19
ANEXO: A SD Elaborada .......................................................................................... 21
ANEXO 2- PRODUÇÕES DOS ALUNOS DOS ANOS DE 2011 E 2009............48
vi
1
1. INTRODUÇÃO
O corpus primário que serviu de exemplo para análise da Sequência Didática (SD) neste
Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) é o resultado de experiências com alunos do primeiro ano
do Ensino Médio da Rede Pública do Estado de São Paulo, do ano de 2009, especificamente da
Escola Estadual Edgard Francisco da cidade de Taboão da Serra. Como amostra para este trabalho,
escolhemos duas entrevistas.
Na época, ainda não conhecíamos a proposta de Dolz e Schneuwly (2004) de se trabalhar
com o aluno qualquer conteúdo por meio de uma SD. Tal proposta veio complementar o que já
havíamos trabalhado de como adequar a modalidade da língua oral (escrita) para a modalidade
escrita padrão à luz da gramática normativa.
Ao longo do curso estudamos várias esferas comunicativas. Dentre tantas possibilidades,
optamos por selecionar a esfera jornalística e o gênero entrevista. Os motivos que nos levaram a
selecionar esta esfera e este gênero para compor a SD, são basicamente, dois.
Primeiro, com a popularização da internet, a Tecnologia da Informação e Comunicação
(TIC) está cada vez mais presente e ao alcance dos alunos. Por isso, a esfera jornalística se tornou
mais acessível às classes sociais menos favorecidas. E o gênero entrevista é facilmente encontrado
nesta esfera de comunicação em vários lugares de circulação/ publicação (Revistas, jornais, sites,
blogs, programas jornalísticos de TV e rádio).
Segundo, o gênero entrevista tem sua origem, geralmente, na modalidade oral com suas
características intrínsecas, passíveis de hesitações, repetições, marcadores lexicalizados, marcadores
não lexicalizados, truncamentos frasais, etc. Estes elementos são materiais concretos de trabalho no
processo de adequação do material fônico escrito (texto oral) para a modalidade escrita, padrão
idealizado o mais próximo possível da gramática normativa, considerando, além disso, o contexto
de produção, o suporte de veiculação do texto e o público alvo.
Para chegar a este resultado (do texto ideal), a SD foi organizada, com base em Dolz e
Schneuwly (2004), em seis módulos:
Primeiro: Sondagem com a elaboração de uma entrevista. Segundo: Contato com a
teoria sobre a modalidade da língua oral. Terceiro: Planejamento ou a escolha da entrevista.
2
Quarto: Execução das entrevistas. Quinto: Transcrição das entrevistas. Sexto: retextualização
das entrevistas.
A SD foi direcionada a alunos da primeira série do Ensino Médio. Os objetivos são
ensinar o gênero entrevista e mostrar que elas , particularmente as da mídia impressa, passaram por
um processo de retextualização; ensinar-lhes como é o processo de supressão das marcas da
oralidade para a língua escrita padrão e mostrar as características e diferenças intrínsecas da língua
falada e da língua escrita.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica básica deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) está
embasada nas propostas de autores que versam sobre a modalidade oral da língua. E, a partir do
material fônico do texto falado, transcrito para algum suporte (papel/computador) com suas
características intrínsecas, passíveis de hesitações, repetições, marcadores lexicalizados e não
lexicalizados, truncamentos frasais, que, num processo de retextualização chega-se ao texto escrito
na norma padrão segundo os parâmetros da gramática normativa.
Marcuschi, em suas duas obras, “Da fala para a escrita: atividade de retextualização,”
(2001) e “Análise da Conversação” (1997), mostram que as diferenças entre o oral e o escrito não
são estanques nem dicotômicas, nem uma é superior à outra, mas as duas modalidades se
complementam em um processo contínuo.
As sugestões nos processos de retextualização (passagem de texto falado para o texto
escrito, também chamado de refacção e reescrita) não é demonstrar que a fala é caótica,
incompreensível, mas “é a passagem de uma ordem para outra ordem,” (MARCUSCHI, 2001,
p.47). Para isso, é de suma importância observar o suporte e o objetivo que se quer alcançar com
determinado texto.
Nesse sentido, o processo de retextualização engloba, a partir do texto transcrito
(passagem da realização sonora para a forma gráfica, com base em procedimentos
convencionalizados) certas variações de registros, de gêneros textuais, níveis linguísticos e estilos a
partir de um mesmo texto, ocorrendo, assim, transformações, reformulações, recriações e
3
modificações até o texto chegar à sua versão final para a publicação, levando em conta o suporte,
contexto e destinatário.
Assim, durante o processo de retextualização de um determinado texto falado grafado
no papel / computador, é importante o professor de Língua Portuguesa apontar para o aluno quais
são as características intrínsecas do texto oral na interação face a face.
Os sinais conversacionais verbais e “os recursos não verbais ou paralinguísticos,
presentes no texto falado escrito, tais como o olhar, o riso, os meneios de cabeça, a gesticulação,”
(MARCUSCHI, 1997, p.63), e as hesitações, repetições, marcadores conversacionais, elementos
lexicalizados, elementos não lexicalizados, truncamentos frasais, etc., são os elementos próprios da
fala e que precisam ser eliminados no momento da retextualização. (cf. MARCUSCHI, 2001, p.77).
E é fundamental, nesse momento, o professor orientar o aluno de como suprimir tais
marcas durante o processo de retextualização, levando-o a adequar o texto, em sua versão final,
próximo do idealizado, observando, também, o contexto de produção e o suporte de veiculação de
tal texto.
Para orientar o aluno de como fazer a transcrição do texto falado e, posteriormente,
fazer a retextualização, nos baseamos nas normas para a trancrição, convencionadas pelo Projeto
NURC.
A origem do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta no Brasil (Projeto
NURC), deu-se em janeiro de 1969 durante o III Instituto Interamericano de Linguística promovido
em São Paulo pelo PILEI (Programa Interamericano de Linguística e Ensino de Idioma). Este
Projeto foi inspirado na proposta apresentada pelo professor Juan Lope Blanch da Universidade
Autônoma do México durante o II Simpósio do PILEI em agosto de 1964, em Bloomington nos
Estados Unidos da America. Segundo Blanch, a ideia era descrever a norma culta no espanhol
falado.
No Brasil, o Projeto NURC tem como objetivo documentar e descrever a norma do
português culto falado no Brasil. O Projeto está representado em cinco cidades brasileiras —
Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Em 1973, na VI Reunião Nacional, na
cidade de Porto Alegre, os objetivos foram definidos da seguinte forma:
1.Coletar material que possibilite o estudo da modalidade oral culta da língua
portuguesa, em seus aspectos fonético, fonológico, morfossintático, sintático,
lexical e estilístico.
4
2.Ajustar o ensino da língua portuguesa a uma realidade linguística concreta,
evitando a imposição indiscriminada de uma só norma histórico-literária, por meio
de um tratamento menos prescritivo e mais ajustado às diferenças linguísticas e
culturais do país.
3.Superar o empirismo na aprendizagem da língua-padrão pelo estabelecimento da
norma culta real.
4.Basear o ensino em princípios metodológicos apoiados em dados linguísticos
cientificamente estabelecidos.
5.Conhecer as normas tradicionais que estão vivas e quais as superadas, a fim de
não sobrecarregar o ensino com fatos linguísticos inoperantes.
6.Corrigir distorções do esquema tradicional da educação brasileira, entravado por
uma orientação acadêmica e beletrista.(SILVA,1996,p.85,86)
Em 1984, num seminário na UNICAMP, com o professor Luiz Antônio Marcuschi da
Univerisade Federal de Pernambuco,foram discutidas as normas para a trancrição do
corpus(gravações das entrevsitas ) e estratégias de análise da língua falada.
A partir de 1985,o professor Dino Preti constitui um grupo permanente de pesquisa .
Esse grupo fez a transcrição do material do Projeto NURC/SP para publicação e posterior
análise.(cf. SILVA,1996,p.87).
As normas para a trancrição do texto falado, discutidas em 1984 , são encontradas
em “Projetos Paralelos – NURC/SP” sob a organização do professor Dino Preti ( tabela no
ANEXO). Após a tabela, há as seguintes observações no momento de uma transcrição de um
texto falado para a modalidade escrita:
1. Iniciais maiúsculas: só para nomes próprios ou para siglas (USP etc.).
2. Fáticos: ah, éh, ahn, ehn,tá? (não por está: tá? Você está brava?).
3. Nomes de obras ou nomes comuns estrangeiros em itálico.
4. Números: por extenso.
5. Não se indica o ponto de exclamação (frase exclamativa).
6. Não se anota o cadenciamento da frase.
7. Podem-se combinar sinais. Por exemplo: oh:::...(alongamento e pausa).
8. Não se utilizam sinais de pausa, típicos da língua escrita, como ponto-e-vírgula,
ponto final, dois pontos, vírgula. As reticências marcam qualquer pausa. (PRETI,
2002, p.15-16).
Ler um texto falado grafado com todas estas observações cumpridas, qualquer leitor
dirá que o texto não segue a convenção da modalidade padrão escrita. No processo de leitura,
escrita e reescrita é o momento propício de o professor abrir espaço para estudar estas questões de
ordem gramatical a partir do texto.
5
2.1 Os Gêneros
Para compreendermos melhor as propriedades do texto oral, é imprescindível inseri-lo
em seu contexto e em suas variantes linguísticas de cada região com suas peculiaridades, pois os
textos produzidos resultam de situações e contextos diferentes e cada um deles cumpre uma
finalidade específica. Sobre este assunto Bakhtin (2003) pontua a dificuldade de se definir os
gêneros e a natureza do enunciado em função da extrema heterogeneidade dos gêneros discursivos.
Apesar da diversidade de usos da linguagem, ela não entra em contradição com a
unidade nacional de uma determinada língua, seja ela oral ou escrita. Tais enunciados revelam as
condições e os seus propósitos, observando o campo da comunicação, o conteúdo temático, o
estilo da linguagem e acima de tudo a construção composicional de um dado texto / enunciado.
Esses três elementos em destaque são indissolúveis no ato de fala ou escrita, pois eles são
estabelecidos pelas particularidades de um determinado campo da comunicação. Cada enunciado
tem um caráter particular / individual.
No entanto, cada esfera de utilização da língua forma seus tipos relativamente estáveis
de enunciados. São estes elementos (tipos estáveis) que Bakhtin denomina de gêneros do discurso.
O autor enfatiza que a riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas em
consequência da multiforme atividade humana como o diálogo do cotidiano com suas diversidades
conforme o tema, a condição e a composição dos seus participantes; o relato do dia a dia; a carta; o
comando militar lacônico padronizado; os gêneros literários, do provérbio ao romance, etc.
Por fim, o autor pontua a relevância de se considerar a estilística, demonstrando que
todo estilo é indissociável do enunciado oral ou escrito que por sua vez reflete a individualidade do
falante ou do escrevente em consequência de dado campo e atividade humana. Assim,
uma determinada função(científica, técnica, publicística, oficial, cotidiana) e
determinadas condições de comunicação discursiva, especificas de cada campo,
geram determinados gêneros, isto é, determinados tipos de enunciados estilísticos,
temáticos e composicionais relativamente estáveis.(BAKHTIN,2003,p.266).
Compreende-se, assim, que a existência da diversidade de gêneros do discurso está
ligada às diversidades de atividades (profissões) humanas, da diversidade cultural, da diversidade
tecnológica, diversidade econômica, diversidade religiosa, diversidade étnica, etc.
6
Marcuschi (2003), como Bakhtin (2003) pontua a dificuldade de se definir o que são
gêneros textuais, em função de sua diversidade. São fenômenos sócio-históricos, e culturalmente
sensíveis, por isso, não há como fazer uma lista fechada de todos eles, pois a sociedade está sempre
mudando. Eles expandem-se com o crescimento da cultura impressa. São caracterizados mais por
seus objetivos de comunicação do que por suas particularidades linguísticas estruturais.
Assim, os gêneros textuais surgem das necessidades e atividades socioculturais e das
inovações tecnológicas. Na modernidade tecnológica, por exemplo, “o telefone, o gravador, o rádio,
a TV, [...] o computador [...] a internet, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas
formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita.” (MARCUSCHI, 2003, p.19).
Compreende-se, assim, que os gêneros textuais mudam conforme o contexto, o suporte
de veiculação e as funções comunicativas do que pelas suas particularidades linguísticas e
estruturais. Há diversidades de formas, assim como surgem,podem desaparecer, ou seja, surgem
para atender a uma necessidade da sociedade naquele momento histórico. Não estão ligados a uma
forma estrutural comparado a um texto narrativo, descritivo ou argumentativo, por exemplo.
Como exemplos de gêneros textuais, propiciados pelas novas tecnologias, o autor cita
alguns: “editoriais, artigos de fundo, notícias, telefonemas, telegramas, telemensagens,
teleconferências, videoconferências, reportagens ao vivo, cartas eletrônicas, (e-mails), bate-papos
virtuais (chats). Aulas virtuais (aulas chats)...” (2003, p.20).
Hoje podemos citar outros suportes como as redes sociais (Orkut, Facebook, MSN,
Twitter, etc.) que induzem o usuário a formatar / enquadrar / adequar o seu texto conforme o
suporte exige. Assim, o texto não está sujeito a regras estanques e enrijecedoras, ou seja, o texto
precisa adequar-se ao suporte, e não o contrário. Desta forma, o gênero entrevista, corpus básico
deste trabalho, foi formatado para ser veiculado no suporte impresso, o jornal, por exemplo, uma
vez que este tipo de gênero está ligado à esfera jornalística.
2.2 O trabalho com gêneros textuais no ensino de língua portuguesa
Como foi demonstrado sobre a heterogeneidade dos gêneros, trabalhar com gêneros
textuais diversos em Língua Portuguesa é um terreno fértil, em função da diversidade de
formatações possíveis de um texto, levando em consideração a sua funcionalidade, o gênero e o
suporte de veiculação. E, quando o aluno souber operar com essa diversidade de texto e
7
possibilidades de escrita e de forma composicional de um mesmo discurso, estará habilitado a ser
um usuário proficiente de sua língua materna, tanto escrita, quanto oral, em qualquer circunstância.
A análise da Sequência Didática sob o título “A entrevista: do oral para o escrito”
conforme o referencial teórico, a seguir, se justifica pela peculiaridade do gênero entrevista.
Trabalhar com este gênero textual abrange uma variedade considerável de suporte impresso / digital
como jornais, revistas, programas jornalísticos de rádio e televisão, a internet com sua diversidade
de suporte como o Youtube, os blogs, sites especializados em conteúdos diversos, como arquivos de
entrevistas, por exemplo. E a entrevista publicada nessa diversidade de suporte
pressupõe também um trabalho de edição posterior (exclusão de marcas da
oralidade, de repetições, de hesitações etc.) que visa a garantir: maior clareza e
objetividade ao texto; destaque para as falas que se supõem mais relevantes para o
leitor (a critério do entrevistador ou do editor); adequação do texto ao espaço
disponível da publicação,e[...] as etapas de planejamento, produção oral e escrita de
entrevistas.( CADERNOS..., 2010)
Para trabalhar com o gênero entrevista, seguiremos o roteiro proposto por Dolz e
Schneuwly (2004) no artigo “Sequências didáticas para o oral e a escrita: Apresentação de um
procedimento.” Neste artigo os autores propõem uma sequência didática como estratégia adequada
para elaboração do processo de ensino-aprendizagem. Tal procedimento compreende “um conjunto
de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou
escrito” (2004, p.97).
Os autores chamam a atenção do leitor para observar que o ato de comunicar ou escrever
um determinado texto, as regras de formatação não são estanques e enrijecedoras, ou seja, o texto
precisa adequar-se ao suporte, pois
quando nos comunicamos, adaptamo-nos à situação de comunicação. Não
escrevemos da mesma maneira quando redigimos uma carta de solicitação ou um
conto; não falamos da mesma maneira quando fazemos uma exposição diante de
uma classe ou quando conversamos à mesa com amigos. Os textos escritos ou orais
que produzimos diferenciam-se uns dos outros e isso porque são produzidos em
condições diferentes. (DOLZ e SCHNEUWLY ,2004, p.97)
8
Em seguida Dolz e Schneuwly (2004) (apud COUTINHO, 2012, s/p.) apresentam os
quatro componentes da SD como seguem:
Apresentação da situação: Nesta etapa são definidos o contexto, a forma e conteúdo
do gênero a ser estudado e produzido envolvendo duas ações. A primeira refere-se a situação de
comunicação e a escolha do gênero e a segunda diz respeito aos conteúdos a serem trabalhados.
Para ajudar na preparação da primeira ação, são apresentadas 4 questões que devem
necessariamente, serem respondidas: “Qual é o gênero que será abordado? A quem se dirige a
produção? Que forma assumirá a produção? Quem participará da produção?” (DOLZ e
SCHNEUWLY ,2004,p.99,100).
Primeira produção: Os alunos farão uma produção oral ou escrita dependendo do
gênero que será trabalhado. Essa produção tem uma dupla importância: para os alunos será o
momento de compreender o quanto sabem do gênero e do assunto a serem estudados e, ainda, se
entenderam a situação de comunicação à qual terão de responder; para os professores, a importância
é analisar o que os alunos já sabem, como por exemplo, identificar os problemas linguísticos do
gênero que deverão ser enfocados e definir a sequência didática.
Módulos: A quantidade e conteúdo dos módulos de ensino devem ser definidos de
acordo com as informações colhidas pelo professor da primeira produção dos alunos. Cada módulo
deve contemplar problemas específicos do gênero em questão a fim de garantir melhora dos alunos
na compreensão e uso da expressão oral ou escrita estudada.
Produção final: Após o processo os alunos deverão realizar uma produção que
demonstrará o domínio adquirido ao longo da aprendizagem acerca do gênero e do tema propostos e
permitirá ao professor avaliar o trabalho desenvolvido. Os autores esclarecem, contudo, ao final do
texto, que “as sequências devem funcionar como exemplos à disposição dos professores.” (2004,
p.128). Assim, dependendo da proposta e do gênero, o professor é livre para elaborar, por conta
própria, outras sequências.
Em linhas gerais, o artigo (Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de
um problema) sugere o ensino de gêneros textuais por meio desses módulos. É durante a produção
de um texto que o aluno depara-se, forçosamente com problemas relacionados a questões de
gramática, de ortografia e de sintaxe, como as maneiras de se utilizar e inserir os discursos diretos e
indiretos, os tempos e modos verbais adequados ao gênero textual e ao contexto de produção, frases
incompletas, falta de variedades nas construções frasais, pontuação precária, organização textual
9
deficiente, e a falta de coesão e coerência. No processo de leitura, escrita e reescrita é o momento
propício de se abrir espaço para estudar estas questões de ordem gramatical. Assim, o estudo da
gramática será mais significativo, pois ela estará sendo abordada dentro de um contexto e de uma
necessidade do momento. (cf. DOLZ e SCHNEUWLY, 2004, p.114, 115,118).
2.3 A esfera comunicativa
Ao estudar o gênero entrevista é importante, também, conhecer em que esfera
comunicativa ele se insere. Conforme apontado por Marcuschi (2003) e Bakhtin (2003), a esfera
comunicativa está relacionada à atividade humana, desde a cotidiana, escolar, literária, científica,
jornalística, publicitária, religiosa, etc., cada atividade tem, em seu bojo, gêneros próprios para
atender a uma necessidade. Pensando nessa perspectiva, o gênero entrevista, está relacionada à
esfera jornalística. Dessa forma, são vários os lugares de circulação/ publicação (Revistas, jornais,
sites, blogs, programas jornalísticos de TV e rádio). Por se tratar de entrevista, ela é um gênero
textual usado, geralmente, na modalidade oral com suas características intrínsecas, passíveis de
hesitações, repetições, elementos lexicalizados, elementos não lexicalizados, truncamentos frasais,
etc.:
a) hesitações (por exemplo: ah..., eh..., e... e... e, o... o..., o, de..., do..., da..., dos...),
b)elementos lexicalizados ou não-lexicalizados e tipicamente produzidos na fala,
tais como os marcadores conversacionais do tipo "sim", "claro", "certo", "viu", "en-
tendeu", "né", "sabe", "que acha?", "bem", "hã", principalmente quando aparecem
no interior de unidades discursivas,
c)segmentos de palavras iniciadas e não-concluídas que aparecem na transcrição e
por vezes são tributáveis a hesitações,
d)sobreposições e partes transcritas como duvidosas são aqui eliminadas.
(MARCUSCHI, 2001, p.77)
Segundo o autor, “a eliminção destes elementos já somam cerca de 10% a 20% do
material fônico do texto falado.” (2001, p.77).
10
Por ser a entrevista um gênero oral da esfera comunicativa jornalística - com suas
características intrínsecas, supracitadas - foi a escolhida para a análise da SD, para em seguida,
comparar o corpus, (as entrevistas) na modalidade oral (material fônico do texto falado escrito,
conforme a convenção do Projeto NURC) com a modalidade escrita na norma padrão da Língua
Portuguesa.
3. ANÁLISE COMENTADA DA PROPOSTA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Tendo como parâmetro trabalhar com uma SD em módulos, proposta por Dolz e
Schneuwly (2004) e com base na literatura analisada sobre gênero textual, esfera comunicativa,
modalidade oral e modalidade escrita com suas características intrínsecas, passamos a discorrer
como aplicamos a teoria na prática ao longo dos seis módulos na SD.
3.1 Informações gerais
Como já foi mencionado na introdução deste trabalho, o corpus primário, que serviu de
exemplo para análise da SD, é o resultado de experiências com alunos do primeiro ano do Ensino
Médio da Rede Pública do Estado de São Paulo, especificamente da Escola Estadual Edgard
Francisco da cidade de Taboão da Serra.
3.1.1 Objetivos esperados
Os objetivos esperados na Sequência Didática (SD) são de instrumentalizar os alunos
como leitores e escritores proficientes em Língua Portuguesa. Geralmente eles apresentam muitas
dificuldades na escrita. Em suas produções textuais há marcas consideráveis da oralidade, muitos
vocábulos repetidos. Além disso, não há paragrafação, não há concordância segundo a norma
padrão, coesão, coerência, e a não observância de não grafar nomes próprios com letras maiúsculas,
entre outros.
Lidar com estes problemas, como saná-los e de como mostrá-los ao aluno e levá-lo à
solução deles, é a função do professor de Língua Portuguesa. Interagir com estas questões a partir
11
do texto e da gramática internalizada ou implícita do falante de língua materna é uma possibilidade
de estudar a estrutura e as regras da língua à luz da gramática normativa a partir da valorização da
gramática internalizada ou implícita do aluno.
Para minimizar os problemas de leitura e escrita,de toda a literatura analisada aqui, nos
apoiamos, principalmente, nas normas de transcrição do Projeto NURC, na proposta de Dolz e
Schneuwly (2004), e Marcuschi (1997,2001), pois, acreditamos que é possível reestruturar /
adequar bons textos na norma padrão da Língua Portuguesa a partir de um texto gravado pelo
próprio aluno ou de uma gravação capturada da internet, do rádio ou da televisão e transcrita com
as observações (mostradas anteriormente) e normas de transcrição do Projeto NURC.
Dessa forma, o aluno é levado a perceber, comparativamente, as características e
diferenças intrínsecas do texto falado e grafado, e o mesmo texto escrito, construído segundo as
normas da gramática tradicional, durante o processo de retextualização. Dessa forma, além dos
objetivos já citados, a SD pretende levar o aluno a aprender os conteúdos dos seguintes eixos de
ensino: distinguir as características da língua oral e da língua escrita; suprimir as marcas da
oralidade na língua escrita; desenvolver habilidades no uso do discurso direto, discurso indireto, da
concordância verbal, concordância nominal, coesão, coerência e paragrafação textual e desenvolver
a capacidade de síntese, no processo de retextualização de um texto a partir da intuição do aluno
por meio de sua gramática internalizada construída no processo de aquisição da língua.
3.1.2 Características das turmas
Os alunos que executaram a proposta de trabalhar com o gênero entrevista, foram
constituídos de três turmas (cerca de 120 alunos) da primeira série do Ensino Médio da Rede
Pública do Estado de São Paulo, do ano de 2009, especificamente da Escola Estadual Edgard
Francisco da cidade de Taboão da Serra. Mas as ideias aqui propostas são executáveis a partir das
séries iniciais até o nível superior. Tudo vai depender da proposta, do grau de dificuldade da turma
e dos objetivos do professor.
A escola está situada em uma região periférica. Os alunos são oriundos de vários
bairros próximos, outros distantes da escola. O nível socioeconômico dos alunos é bem variado. O
nível de aprendizagem é bastante heterogêneo, especialmente em relação às habilidades de leitura e
escrita.
12
3.2 A organização da SD
O modelo escolhido para a organização da SD foi o esquema proposto por Dolz e
Schneuwly (2004). Assim, a SD foi organizada em seis módulos, cada um com objetivos
específicos.
No primeiro módulo, a proposta foi a elaboração de uma entrevista com a finalidade de
sondar o conhecimento dos alunos sobre o gênero.
No segundo, o contato, por meio de leituras, com a teoria sobre o gênero entrevista e
textos sobre a modalidade da língua oral com finalidade de mostrar as suas características
intrínsecas, comparando com a modalidade padrão escrita.
No terceiro, com base nas leituras propostas no segundo módulo, a proposta foi o
planejamento ou a escolha (a escolha ficaria para quem optasse por uma entrevista pronta,
capturada na mídia falada) da entrevista, como por exemplo, o questionário relacionado com
escolha do tema pertinente ao contexto, o status do entrevistado, o público alvo pretendido e o
suporte de veiculação.
No quarto, a execução das entrevistas (para quem optasse por essa forma) ou a escolha
(para quem optasse pela entrevista capturada da mídia). O objetivo básico seria a aquisição do
material fônico para transcrevê-lo no quinto módulo.
No quinto, seria o módulo mais estafante, pois o processo de transcrição do material
fônico para o escrito exige muita paciência ao logo do processo de ida e de volta, na tentativa de
compreender tudo o que é dito na entrevista e de ser fiel às normas de transcrição.
No sexto e último módulo, com o material fônico escrito em mãos e com todos os
conhecimentos adquiridos durantes as leituras teóricas sobre as modalidades de língua oral e escrita,
é o momento da retextualização das entrevistas. Os objetivos nesta etapa final é trabalhar as
questões de gramática e sintaxe a partir do texto oral escrito, fazendo as adequações para a
modalidade padrão escrita.
3.3 As atividades propostas em cada unidade de trabalho
No primeiro módulo, antes da elaboração da SD, a primeira estratégia foi solicitarmos
a produção de uma primeira entrevista com os alunos da sala, divididos em grupos de 3 a 5 pessoas,
13
ou individual, se assim o aluno desejasse. Depois cada grupo apresentaria os resultados da
entrevista para a classe. Após a apresentação, orientamos cada grupo a descrever as características
desse gênero como as marcas linguísticas, a forma composicional, estilo, o registro, as etapas de
planejamento, produção oral e escrita de entrevistas. Os objetivos disso são avaliar o que os alunos
já sabem sobre o gênero, para, em seguida, trabalhar como se dá o processo de edição da entrevista
oral para a modalidade escrita, diagnosticando, assim, as dificuldades encontradas pelos alunos
sobre o tema com objetivos de avaliar em que patamar está a classe, e repensar/adaptar a SD de
acordo com as condições da classe ou até individualizar a proposta e instrumentalizar os alunos para
superar as dificuldades.
Depois dessa experiência, apresentamos algumas entrevistas publicadas em revistas
(impressa /digital), jornais (impresso/digital), blogs e elaboramos perguntas sobre elas para o grupo
confrontar com a que ele produziu.
Como exemplo, a proposta do questionário, elaborado com base na entrevista com o
ator Cauã Reymond (em anexo, na SD), foi levar o grupo / aluno a observar o gênero entrevista,
comparando-a com a que ele elaborou e verificar em que elas diferem. Além disso, levá-lo a indagar
como o entrevistado disse tal informação no modo oral e como ela foi editada para o suporte
impresso ou digital.
No segundo módulo, o contato com a teoria sobre a modalidade da língua oral é o
momento para o aluno compreender como se dá o processo de passagem da língua oral para a
modalidade escrita. Para isso, propomos a leitura e comparação de textos teóricos sobre o tema,
para a verificação das características da língua oral e da língua escrita a partir de um mesmo texto
após sua retextualização; os processos de atividades de retextualização; observações de entrevistas
veiculadas na mídia digital/ eletrônica (internet, rádio ou televisão); as normas para transcrição do
texto oral de acordo as convenções do Projeto NURC (PRETI, 2002) e (MARCUSCHI, 1997, 2001)
como subsídios de transcrição de texto falado e para , posteriormente, o aluno fazer uma boa
retextualização.
Os textos e trechos (completos no anexo, na SD) que auxiliam bastante no processo de
ensino e aprendizagem da modalidade oral para modalidade escrita, entre outros, sugerimos: “O que
é retextualização?”, “Narrativa Oral – uma jovem de 17 anos de idade”, “Quadro dos sinais
conversacionais verbais” e “Normas para transcrição.” (MARCUSCHI, 1997, 2001 ; PRETI,
2002).
14
Para exemplificar o que foi lido na teoria, resolvemos apresentar o texto “Narrativa
Oral – uma jovem de 17 anos de idade,” retextualizado. (retextualização feita pelo professor da sala,
anexo, na SD).
Após a leitura dos textos e exemplo propostos, a finalidade é habilitar o aluno a
observar, compreender e apreender as diferenças do ponto de vista da forma e do conteúdo de
qualquer texto na modalidade oral (falado escrito) para o mesmo texto retextualizado em sua
modalidade escrita, de acordo com os parâmetros da gramática normativa. Assim, solicitamos que
cada grupo /aluno comentasse as diferenças do ponto de vista da forma (como o texto está
estruturado: pontuação, paragrafação) e do conteúdo (extensão, vocabulário, coesão, coerência) do
texto original para o mesmo texto retextualizado no seguinte esquema:
Texto original Texto retextualizado
Forma: Texto sem paragrafação, sem pontuação.
Conteúdo: repetitivo, aparentemente caótico, frases
truncadas, vocábulos e expressões característicos da
fala: “eh...”; “sabe? entendeu?”; “ele foi criado/os
pais dele por um clima de... autoritarismo...
entendeu?”,etc.
Forma: Paragrafação e pontuação presentes,
características da norma padrão escrita.
Conteúdo: Sintético, coeso, coerente.
No entanto, é importante observar o contexto de produção textual, a sua finalidade, o
suporte de veiculação, o público pretendido, pois estas questões de ordem contextual, circunstancial
e adequação do texto, a gramática normativa não contempla.
No terceiro módulo, após o embasamento teórico trabalhado anteriormente, partimos
para o planejamento da entrevista.
Sugerimos ao aluno / grupo que escolhesse os temas, os entrevistados ou entrevistas
prontas , e os contextos com os quais gostaria de trabalhar e que tinha afinidades com ele.
Demos duas opções. Primeiro o aluno ou grupo poderia capturar uma entrevista pronta na mídia
eletrônica / digital( rádio,tv,internet).A segunda opção poderia ser elaborado um questionário,
como roteiro básico, para fazer as entrevistas, lembrando-o que, de acordo com o andamento da
entrevista, é comum surgirem outras peguntas que podem ser inseridas no momento da interação
face a face.
15
Orientamos cada grupo / aluno , na hora da elaboração do questionário ,a evitar
perguntas fechadas, pois os resultados são respostas com poucas marcas da oralidade como por
exemplo as “ hesitações ( ah..., eh..., e... e... e, o... o..., o, de..., do..., da..., dos...), [...]os marcadores
conversacionais[...]"sim", "claro", "certo", "viu", "entendeu", "né", "sabe", "que acha?", "bem",
"hã"[..]” etc. (Marcuschi (2001,p.77).
O ideal é fazer perguntas abertas que fazem o falante planejar e replanejar o
pensamento na hora da fala. Tendo o cuidado , entretanto , de não se estender muito, para o texto
não ficar muito longo. Isso também vale para quem optar pela entrevista capturada pronta da
mídia. O ideal é que a fala tenha entre dois a cinco minutos de duração , mas que tenha um início,
meio e fim, para não compometer o sentido global do texto no momento da trancrição e
retextualização.
No quarto módulo, cada grupo / aluno partiu para a execução ou escolha das
entrevistas. O objetivo básico desta etapa foi a aquisição do material fônico para transcrevê-lo no
módulo seguinte.
No quinto módulo com o material fônico gravado, partimos para a transcrição das
entrevistas.
Neste módulo , fizemos a transcrição de uma entrevista com a sala , conscientizando-
a da necessidade de ser persistente e de não parar com o projeto depois de um logo caminho já
percorrido. É nessa etapa que muitos reclamam, pois o processo de transcrição do material
fônico para o escrito exige-se muita paciência ao logo do processo de ida e de volta do áudio
/audiovisual, na tentativa de compreender tudo o que é dito na entrevista e de ser fiel às normas
de transcrição.
No sexto e último módulo, é o momento da retextualização. Propusemos, nessa etapa
final, que cada grupo / aluno fizesse duas retextualizações do mesmo texto: uma no discurso
direto e outra no discurso indireto. Foi nesta etapa, como já era esperado, que os alunos se
depararam com algumas questões relacionadas à gramática, como a ortografia, a sintaxe, a
paragrafação, a pontuação, as maneiras de se utilizar e inserir os discursos diretos e indiretos, os
tempos e modos verbais adequados, a coesão, a coerência, etc. A partir destes problemas
pontuados pelos alunos, no processo de leitura, escrita e reescrita, pudemos abrir espaço para
estudar ou rever estas questões de ordem gramatical. Assim, o estudo da gramática foi mais
16
significativo, pois ela estava sendo abordada dentro de um contexto e de uma necessidade do
momento. Não um estudo da gramática pela gramática, com frases soltas e descontextualizadas.
Pensando nestas questões, propusemos aos alunos a pesquisarem em livros didáticos,
paradidáticos, gramáticas, internet, os seguintes conteúdos:
Coesão, coerência, discurso direto e discurso indireto. Com o material em mãos,
propusemos a leitura e uma série de exercícios (conforme constam no anexo da SD) com textos
sem coesão e sem coerência, abordando algumas incoerências (narrativas, figurativas e
argumentativas). Após o estudo destes conteúdos, o desenvolvimento das retextualizações fluiu
naturalmente.
De todos os grupos / alunos que fizeram as entrevistas, (três turmas da primeira série do
Ensino Médio) escolhemos apenas duas, feitas individualmente, como exemplo para a análise.
Uma construída pelo próprio aluno e a segunda ,capturada pronta da Folha Online, na internet.
Por termos um espaço delimitado, transcrevemos aqui, as duas entrevistas, apenas no
discurso indireto para comentarmos os resultados. As entrevistas completas constam no anexo da
SD, nas duas modalidades, oral e escrita.
A entrevista sob o tema gravidez, elaborada pela própria aluna, no discurso indireto:
Segundo Larissa dos Santos, da cidade de Taboão da Serra, engravidou com
apenas 14 anos e o tema tratado da entrevista foi sobre gravidez. Larissa muito
simpática respondeu às perguntas e uma delas correspondia se sua gravidez fora
planejada. Larissa havia dito que foi sua primeira vez e não havia relacionado algo
antes e não tinha usado camisinha então o entrevistador indagou o porquê dela não
ter usado a camisinha e ela confidenciou que na hora nem tinha pensado no uso da
camisinha e que os seus hormônios estavam lá em cima no momento.
O entrevistador perguntou mais sobre sua realidade como sua vida estava
sendo e se ela havia parado de estudar, ela destacou que havia parado de estudar e
que está trabalhando para se sustentar e que o pai de seu filho foi irresponsável e a
largou na hora em que o bebê nasceu e que seus pais haviam expulsado de casa.
Nisso o entrevistador prosseguiu sua entrevista perguntando se ela esperava algo do
futuro. Larissa dos Santos apenas irá cuidar de seu filho e irá continuar trabalhando
como deve. Para finalizar o entrevistador perguntou-lhe se tinha alguma meta ou
sonho, nisso ela ressaltou que o seu único sonho é que o filho não cometesse o
mesmo erro que ela cometeu.
(Amanda Silva Viana. Aluna da 1ª série do Ensino Médio da EE Edgard Francisco).
17
Segunda entrevista, com Danilo Gentili, captada pronta da mídia digital (vídeo da
Folha Online):
Em uma entrevista à Folha Online, Danilo Gentili explicou sobre sua entrada no
programa CQC e, quais foram as mudanças que ocorreram em sua vida após este
fato. Disse que entrou no programa depois de ter feito uma entrevista com Agnaldo
Timóteo e que depois passou e logo que começou a fazer o programa até seu nome
mudou, porque agora todo mundo o conhece como "CQC". Logo depois foi
questionado sobre o grande sucesso que é o programa e, disse que nunca tinha
imaginado tudo isso. Disse também que seu contrato com a emissora de TV Band
vai até o fim de 2009 e que se sente bem no programa porque pode ser "ele
mesmo”. A Folha ainda perguntou sobre as piadas dele e, ele disse que tinha
ciúmes delas, mas que isso era normal.
(Cibele da Silva Simões. Aluna da 1ª série do Ensino Médio da EE Edgard
Francisco).
Diante destes resultados, comparando com os textos originais orais escritos, é fácil
percebermos o crescimento e as habilidades das alunas em manejar bem as regras estruturais de um
texto na modalidade padrão escrito. O que mais nos chamou a atenção foi a capacidade de síntese
na análise da aluna na entrevista com Danilo Gentili. O texto original, (oral escrito), com quase
duas páginas, foi sintetizado em apenas um parágrafo com menos de doze linhas, sem prejuízo das
informações essenciais. Diante disso, podemos garantir que a proposta alcançou, quase plenamente,
os seus objetivos.
Além disso, podemos observar que as alunas adquiriram habilidades gerais sobre o
gênero entrevista em relação ao “trabalho de edição (exclusão de marcas da oralidade, de
repetições, de hesitações etc.) que visa a garantir: maior clareza e objetividade ao texto; destaque
para as falas que se supõem mais relevantes para o leitor; [...] as etapas de planejamento, produção
oral” (CADERNOS..., 2010), transcrição e retextualização das entrevistas.
18
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como foi pontuado durante as atividades propostas nos módulos, especialmente no
sexto e último, no momento da retextualização observamos os comentários dos alunos tentando
resolver algumas questões relacionadas à gramática, como a ortografia, a sintaxe, a paragrafação, a
pontuação, as maneiras de se utilizar e inserir os discursos diretos e indiretos, os tempos e modos
verbais adequados, a coesão, a coerência. A partir destes problemas pontuados pelos alunos, no
processo de leitura, escrita e reescrita, podemos verificar o interesse para a pesquisa e o estudo ou
revisão destas questões de ordem gramatical. Percebemos, assim, que o estudo da gramática
naquele momento foi mais interessante significativo, pois ela estava sendo abordada dentro de um
contexto e de uma necessidade dos alunos durante o processo de retextualização.
Pudemos encontrar, ainda, nos resultados finais, alguns problemas de ordem gramatical.
No entanto, optamos por respeitar, de um modo geral, nesse primeiro momento, essas dificuldades
do aluno / grupo, deixando para saná-las em outro momento.
Entretanto, os resultados apresentados são perceptíveis. Comparando as duas
entrevistas, originais (amostra) com as mesmas retextualizadas no discurso direto / indireto, (em
anexo na SD) pudemos verificar a progressão das duas alunas em relação a aprendizagem dos
conteúdos propostos: a distinção das características da língua oral e da língua escrita; supressão
das marcas da oralidade na língua escrita; desenvolvimento das habilidades no uso do discurso
direto, discurso indireto, na concordância verbal e nominal, coesão e coerência; paragrafação
textual e do desenvolvimento da capacidade de síntese.
O interessante de tudo isso foi de não haver, de nossa parte, a preocupação de fazermos
os alunos memorizarem algumas regras de ordem gramatical, como a análise sintática, o discurso
direto, discurso indireto, coesão, coerência, paragrafação, concordância nominal, concordância
verbal, capacidade de síntese, etc. Mas, os resultados vieram a partir da necessidade de consultar
estes conteúdos para sanarem estes problemas (ordem gramatical) encontrados durante o processo
de retextualização. E o mais importante, foi valorizarmos a intuição do aluno e sua gramática
internalizada, construída ao longo do processo de aquisição da linguagem. Assim, a apresentação
dos resultados comparativos entre o texto original oral escrito e sua forma retextualizada na norma
padrão da Língua Portuguesa em discurso direto e discurso indireto por meio de uma SD bem
19
estruturada com boa base teórica, é, entre outras, uma estratégia possível que o professor pode se
apropriar para uma avaliação positiva no processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 4.ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2003[1952-53/1979], p. 261-306.
Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas: Ler e escrever e Orientações
curriculares. Livro do Professor. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010. Sexto ano. Disponível
em:
<http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/L
P6/LP_conteudo_Prof_6Ano.pdf >. Acesso em: 10 jun.2012.
DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral
e a escrita: Apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. et al.
Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Helena Rodrigues Rojo e
Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.
__________ Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma
experiência suíça. In: COUTINHO, Luciana Cristina Salvatti. Disponível em: <
http://educacadoresemluta.blogspot.com.br/2009/12/dolz-j-e-schneuwly-b-generos-e_11.html>.
Acesso em: 25 nov.2012.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da conversação. 3.ed., São Paulo:Ática,1997.
_________Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
20
_________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva;
MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino.
2.ed.Rio de Janeiro: Lucerna,2003.
PRETI, Dino. Normas para transcrição. In: PRETI, Dino. (Org.) Interação na fala e na escrita.
São Paulo: Humanitas, 2002, p.17,18.
SILVA, Luiz Antônio. Síntese da história do projeto NURC. Linha d´Água, São Paulo, n.10,
jul.1996, p.83-90. Disponível em: < http://www.fflch.usp.br/dlcv/nurc/historico.htm>.Acesso em:
26 maio 2011.
OUTRAS REFERÊNCIAS DE APOIO
CITELI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.
SAIEG-SIQUEIRA, João Hilton. Organização do texto dissertativo. São Paulo: Selinunte, 1995.
SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
1996.
SOUZA, Aguinaldo Gomes de. Gêneros virtuais – algumas observações. Letra Magna, São Paulo,
n.7, ano 4,2007. Disponível em<
http://www.letramagna.com/generos_virtuais_revista_aguinaldo.pdf >>. Acesso em: 18 nov.2012.
TEERA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.
21
Anexo - A SD Elaborada
SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA ALUNOS DA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
A ENTREVISTA: DO ORAL PARA O ESCRITO
Por Eliorefe Cruz Lima
APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
A ENTREVISTA: DO ORAL PARA O ESCRITO
PRIMEIRO MÓDULO
Tempo previsto: duas semanas
Fazer uma entrevista em dupla. Pode ser gravada entre os colegas da sala ou capturar pronta da
internet, do rádio ou da televisão.
IMPORTANTE:
Peguem /façam uma entrevista curta entre 2 e no máximo 3 minutos que tenham início, meio e
fim.(se for muito longa , poderá ser inviável a transcrição completa)
Em seguida, façam a transcrição da entrevista e tragam para apresentarem na sala, observando o
seguinte roteiro:
Como é a forma composicional da entrevista?
Como vocês planejaram ou quais as etapas de preparação da entrevista?.
Quais os objetivos da entrevista?
Como foi a transcrição e organização dos dados?
Em que tipo de suporte (veículo de comunicação) vocês pensaram em publicar a entrevista?
Quais seriam os potenciais leitores (tipo de perfil interessado) da entrevista?
22
SEGUNDO MÓDULO
Tempo previsto: uma semana
OS OBJETIVOS:
Esta Sequência Didática (SD) pretende sondar o que vocês já sabem sobre o gênero, para, em
seguida, trabalhar como se dá o processo de edição da entrevista oral para o escrito,
diagnosticando,assim, as dificuldades encontradas sobre o tema com a finalidade de avaliar em
que patamar vocês estão, e a partir disso, repensar/adaptar a SD de acordo com as condições
apresentadas , ou até individualizar a proposta e instrumentalizar vocês para superarem as
dificuldades.
Nesta Sequência Didática vamos abordar o processo de edição das entrevistas orais para a língua
escrita. E partir desse processo de edição, distinguir:
As características da língua oral e da língua escrita; saber o processo de supressão das marcas da
oralidade na língua escrita; desenvolver as habilidades no uso do discurso direto, discurso indireto,
concordância verbal, concordância nominal, coesão, coerência e paragrafação a partir de uma
entrevista elaborada/ capturada e transcrita por vocês; desenvolver a capacidade de síntese.
Leiam a seguinte entrevista:
FAMA NÃO ENCHE BARRIGA, DIZ CAUÃ REYMOND
"Trabalhar e ficar quieto" é a recomendação do ator Cauã Reymond, 27,
para seus colegas de profissão. Para ele, a classe artística não tem que dar
opinião sobre tudo.
Reymond já está na quinta novela --vive Lucas em "Eterna Magia--, se prepara para
filmar o terceiro longa-metragem (já fez "Ódiquê" e "Falsa Loura") e desfilou para grifes como Jean
Paul Gaultier. Também lavou banheiro, varreu chão e pintou parede para pagar estudos de
interpretação em Nova York.
23
Em entrevista à Folha Online, Cauã evita falar muito de sua vida pessoal (leia-se namoro com
Grazi Massafera e casamento com Alinne Moraes) e diz ser fã de Fernando Gabeira (PV-RJ). Leia
trechos da entrevista.
Folha Online - Qual é a sua esperança para o Brasil? Você é do time dos otimistas ou dos
pessimistas?
Cauã - Sou do time do [Fernando] Gabeira. Sou fã dele porque faz, fala e pensa de maneira
coerente.
Folha Online - O projeto mais polêmico dele é sobre descriminalização das drogas. Você é a
favor da liberação das drogas?
Cauã- Não vou entrar neste assunto de drogas porque acho que ator não tem que ficar dando
opinião sobre tudo. Ator pode ter suas opiniões pessoais, mas não é político. Tem que ir lá fazer seu
trabalho e ficar quieto.
Folha Online - Muita gente dá, como no movimento "Cansei", por exemplo.
Cauã - As pessoas têm que ter foco, saber seu papel. Foco no trabalho, nas coisas que são
realmente importantes. Quer ficar falando sobre política? Vá ser político, não vá ser ator. Está todo
mundo insatisfeito e é por isso que as pessoas tomam um monte de pilulazinha, de remedinho para
tudo.
Folha Online - Você, assim como outros tantos jovens atores, começou na TV em
"Malhação". O que acha que fez de diferente para conseguir estar na sua quinta novela, ter
feito dois filmes, enquanto outros galãs da novelinha sumiram?
Cauã - Tem ator que não consegue lidar com o assédio, fica metido, deslumbrado, acha que jabá e
baile de debutantes será sua fonte financeira para sempre. É uma verdade, mas não é definitiva.
Tem que estudar, e eu estudei.
Folha Online - E dá para passar ileso ao deslumbramento?
Cauã- Eu não passei ileso. Passei os quatro primeiros meses deslumbrado depois que entrei em
"Malhação". A fama seduz muita gente. Me seduziu um pouco, mas não muito. Minha família me
ajudou a colocar meus pés no chão. Faço análise desde os 14 anos.
Folha Online - Quando você percebeu esta sedução?
24
Cauã - A primeira vez que vi que fama não enche barriga foi quando desfilei para Jean Paul
Gaultier em Paris. Estava deslumbrado em desfilar para uma grife tão bacana. Depois que acabou o
desfile, fui para casa de metrô sozinho e "durão" [sem dinheiro].
Folha Online - Como você lida com o assédio da imprensa?
Cauã - O ator tem que tomar cuidado. Tem gente que fala que não quer ser vítima de fofoca, mas
sai com o novo namorado na praia do Leblon (RJ). É claro que vai ser fotografado. Quer
privacidade? Então não sai de casa.
Folha Online - Você gosta de fofoca?
Cauã - Todos gostam de fofocar. Eu mesmo fico pensando... 'Como será a
relação do Brad Pitt com a Angelina Jolie?'. Mas é uma curiosidade natural,
não é passional, entende?
Folha Online - Todo mundo também quer saber sobre seus namoros...
Cauã - Ah, você vai perguntar da minha vida pessoal? Vivi com a Alinne (Moraes) e tinha aquela
coisa de "casal 20", foi legal e acabou. Mas se você pensar no fim da relação, não vai namorar
ninguém. A Grazi é linda, maravilhosa, bem-humorada. Damos boas risadas juntos e é isso. Seja
gentil comigo, hein? Fui aberto com você.
......................................................................................
Fama não enche barriga. Folha Online. Disponível
em<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u321264.shtml>.Acesso em:26 ago.2012.
Respondam as seguintes perguntas em grupos de 3 a 5 pessoas:
Comparem a entrevista que vocês acabaram de lê com a que vocês escrevam. Em que elas
diferem?
Respostas pessoais
Em que mídia a entrevista foi publicada?Site?Jornal?
A entrevista foi publicada em mídia digital (Internet). No site UOL, jornal Folha Online.
Como a entrevista está estruturada?
A entrevista está estruturada no formato tradicional perguntas e respostas. Estas estão em negrito
para fácil localização, pelo leitor, do entrevistador e do entrevistado.
Qual o nome do entrevistador e do entrevistado?
O nome do entrevistador está representado pelo próprio jornal, a Folha Online.
25
Quem serão os possíveis leitores de tal entrevista?
Os possíveis leitores seriam variados: interessados na esfera artística, telespectadores de novelas
em geral,
Qual o título da entrevista? De onde ela foi retirada?
O título da entrevista é “Fama não enche barriga”, retirada da própria fala do entrevistado.
Característica comum das entrevistas, “de ter por título um trecho da fala do entrevistado ou uma
frase-síntese que revela a opinião do entrevistado”.
Qual é síntese exposta da entrevista?
"Trabalhar e ficar quieto" é a recomendação do ator Cauã Reymond, 27, para seus colegas de
profissão. Para ele, a classe artística não tem que dar opinião sobre tudo.
Como o entrevistado é apresentado antes de iniciar-se a entrevista?
Reymond é apresentado como ator da quinta novela --vive Lucas em "Eterna Magia--, se prepara
para filmar o terceiro longa-metragem (já fez "Ódiquê" e "Falsa Loura") e desfilou para grifes como
Jean Paul Gaultier. Também lavou banheiro, varreu chão e pintou parede para pagar estudos de
interpretação em Nova York. Cauã evita falar muito de sua vida pessoal e diz ser fã de Fernando
Gabeira (PV-RJ).
Qual (is) é (são) o (os) assunto(s) da entrevista?
A entrevista versa sobre alguns assuntos como política, descriminalização das drogas, fama, assédio
da imprensa, otimismo, fofoca e vida pessoal.
Qual é a opinião do entrevistado sobre o (s) assunto(s)?
O entrevistado se mostra cauteloso quanto à fama, ser realista, não deve ficar dando opinião sobre
tudo ,deve fazer o seu trabalho e ficar quieto.
Das perguntas anteriores é possível tirar algumas respostas das entrevistas que vocês
produziram? Qual (is?). Respostas pessoais
Qual (is) não é (são) possível (eis)? Respostas pessoais
Por quê? Respostas pessoais
TERCEIRO MÓDULO
Tempo previsto: três semanas
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
26
Agora vamos lê alguns textos. Estes ajudarão vocês a aprimorar o processo de retextualização
(reescrita) das entrevistas. Para isso, vamos nos basear em dois autores que abordam a questão da
língua oral. São eles: Dino Fioravante Preti e Luiz Antônio Marcuschi.
Há outras fontes que também tratam do assunto ( língua oral) e do gênero entrevista. Para ajudá-los
nessa caminhada, e quem tiver interesse em se aprofundar mais sobre esses temas , vejam a
bibliografia/ webgrafia :
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 4.ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2003[1952-53/1979]. p. 261-306.
Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas: Ler e escrever e Orientações
curriculares. Livro do Professor. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010. Sexto ano. Disponível
em:
<http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Cad_Apoio/LP/L
P6/LP_conteudo_Prof_6Ano.pdf >. Acesso em: 10 jun.2012.
DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral
e a escrita: Apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. et al.
Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Helena Rodrigues Rojo e
Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.
__________ Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma
experiência suíça. In: COUTINHO, Luciana Cristina Salvatti. Disponível em: <
http://educacadoresemluta.blogspot.com.br/2009/12/dolz-j-e-schneuwly-b-generos-e_11.html>.
Acesso em: 25 nov.2012.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da conversação. 3.ed., São Paulo:Ática,1997.
_________Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
27
_________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva;
MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino.
2.ed.Rio de Janeiro: Lucerna,2003.
Normas para transcrição. In: PRETI, Dino. (Org.) Interação na fala e na escrita. São Paulo:
Humanitas, 2002, p.17,18.
SILVA, Luiz Antônio. Síntese da história do projeto NURC. Linha d´Água, São Paulo, n.10,
jul.1996, p.83-90. Disponível em: < http://www.fflch.usp.br/dlcv/nurc/historico.htm>.Acesso em:
26 maio 2011.
OUTRAS REFERÊNCIAS DE APOIO
CITELI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.
SAIEG-SIQUEIRA, João Hilton. Organização do texto dissertativo. São Paulo: Selinunte, 1995.
SAVIOLI, Francisco Platão ; FIORIN,José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo:
Ática, 1996.
SOUZA, Aguinaldo Gomes de. Gêneros virtuais – algumas observações. Letra Magna, São Paulo,
n.7, ano 4,2007. Disponível em<
http://www.letramagna.com/generos_virtuais_revista_aguinaldo.pdf >.Acesso em: 18 nov.2012.
TEERA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.
Para esta Sequência Didática, vejamos os dois autores citados anteriormente:
Preti (2002, pp.15,16) afirma que na transcrição de uma fala para a língua escrita, devemos
observar os seguintes itens:
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“1. Iniciais maiúsculas: só para nomes próprios ou para siglas( USP etc.).2. Fáticos: ah, éh, ahn,
ehn,tá? (não por está: ta? Você está brava?).3. Nomes de obras ou nomes comuns estrangeiros em
itálico. 4. Números: por extenso. 5. Não se indica o ponto de exclamação. 6. [...].7. Podem-se
combinar sinais. Por exemplo: oh:::...(alongamento e pausa).8. Não se utilizam sinais de pausa,
tipos da língua escrita, como ponto-e-vírgula, ponto final, dois pontos, vírgula. As reticências
marcam qualquer pausa”.
Assim, é possível, a partir de uma entrevista gravada por vocês, ou capturada da internet, do rádio
ou da televisão e transcrita com as observações supracitadas, termos bons textos na norma padrão
da Língua Portuguesa. Dessa forma, vocês podem observar, comparativamente, as diferenças --
entre o oral escrito e o texto escrito, construído segundo as normas da gramática tradicional,
[vamos estudar estas normas mais para frente] durante o processo de retextualização.
Vejamos um esquema exemplo, de como fazer uma transcrição.
TEXTO 1:
OCORRÊNCIAS SINAIS EXEMPLIFICAÇÃO
Incompreensão de
palavras ou
segmentos
( ) do nível de renda ( ) nível de renda nominal
Hipótese do que se
ouviu
( hipótese ) ( estou ) meio preocupado ( com o gravador )
Truncamentos
bruscos. Quando
um falante corta
uma unidade
/ (marca-se o
fato com uma
barra)
E comé/ e reinicia
Entonação enfática maiúscula porque as pessoas reTÊM moeda
Prolongamento de
vogal e consoante (
como s,r)
::podendo
aumentar para:::
ou mais
ao emprestarem... éh:::...dinheiro; co::mo; e::u
Silabação - Por motivo de tran-sa-ção
Interrogação ? e o Banco...Central...certo?
Qualquer pausa
... São três motivos... ou três razões...que se retenha moeda...existe
uma...retenção
Comentários
descritivos do
((minúscula)) ((tossiu))
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transcritor.Usam-se
parênteses duplos
Comentários que
quebram a
seqüência temática
da exposição;
desvio temático.
-- -- ....a demanda de moeda -- vamos dar essa notação -- demanda de
moeda por motivo
Sobreposição,
simultaneidade de
vozes.
ligando as
[
linhas
A. na casa da sua irmã
[
B. sexta-feira?
A. fizeram LÁ....
[
B. cozinharam lá?
Indicação de que a
fala foi tomada ou
interrompida em
determinado ponto.
Não no seu início,
por exemplo.
(...) (...) nós vimos por exemplo que existem...
Citações literais ou
leitura de textos,
durante a gravação.
“ ” Pedro Lima... éh escreve na ocasião.. “O cinema falado em língua
estrangeira não precisa de nenhuma baRREIra entre nós”...
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No texto dois vemos outro esquema exemplo, apontando quais são as marcas próprias da língua falada.
Texto 2:
No texto 3 temos a definição de retextualização e alguns exemplos de marcas da oralidade que são
passíveis de serem eliminadas na hora da reescrita ou retextualização de um texto oral.
TEXTO 3: O QUE É RETEXTUALIZAÇÃO?
É a passagem ou transformação do texto falado para o texto escrito. Poderíamos também definir de
reescrita. Alguns procedimentos básicos, para uma boa retextualização, são a eliminação de:
a) Hesitações: ah....,eh...,e...e...e...,.o...o..., de...,do....,da...dos..
b) Elementos lexicalizados (palavras dicionarizadas, que podemos encontrá-las no dicionário) ou
não lexicalizados (palavras não dicionarizadas, que não podemos encontrá-las no dicionário. São
encontradas apenas na fala cotidiana) e tipicamente produzidos na fala, tais como os operadores
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conversacionais do tipo: “sim”, “claro”, “certo”, “viu”, “entendeu”, “ né”, “sabe”, “que acha?” “
bem” “ hã ”
c) Segmentos de palavras iniciadas e não concluídas que aparecem na transcrição e, portanto são
tributáveis a hesitações.
d) Sobreposições (falas simultâneas em um mesmo local da entrevista) e partes transcritas como
duvidosas.
e) Frases truncadas (frases iniciadas e não finalizadas, deixando o raciocínio suspenso).
f) Repetições. (a mesma palavra repetida várias vezes numa mesma frase / texto)
Agora vejamos uma entrevista retirada do livro de Marcuschi (2001, p.112 e 113), transcrita do jeito que
o entrevistador e entrevistado falaram, com algumas marcas da língua oral, conforme mostradas nos
textos 1,2 e 3.
TEXTO 4 - EXEMPLO
Narrativa Oral – uma jovem de 17 anos de idade, Rio de Janeiro, 1993.
Texto Original
F1 - e::...Claire ...agora pra terminar ...eu quero que você ...dê a sua opinião pra mim...ou
sobre...amizade...namoro...vocação...vestibular...
F2 – eh ...eu vou falar sobre a minha família....sobre os meus pais...o que eu acho deles....como eles
me tratam....bem...eu tenho uma família....pequena ...ela é composta pelo meu pai...pela minha mãe
.... pelo meu irmão ...eu tenho um irmão pequeno de ... dez anos...eh o meu irmão não influencia
em nada.... a minha mãe é uma pessoa superlegal...sabe? ela ...é uma pessoa que conversa
comigo...é minha amiga...ela...me mostra sempre a realidade da vida...ela nunca...ela
nunca...esconde nada de mim...né? tenta ver o melhor para mim...me mostra a vida como ela
é....entendeu? o meu pai não...o meu pai já é uma pessoa ....ah....ele ...já....é uma pessoa muito
fechada...e... triste...porque a juventude dele...a criação dele...foi uma coisa...foi uma coisa/como é
que eu vou dizer? eh ...ele foi criado/os pais dele por um clima de ...autoritarismo...entendeu? meu
avô era autoritário...ele não via a justiça ...sabe?entendeu?ele foi criado no Norte...no
interior...então aque/as pessoas do interior geralmente têm uma mente mais fechada...entendeu?são
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uma pessoa tipo...entre aspas...ignorantes...nê?entendeu?então é isso que o meu pai ( ) uma visão
assim da vida...então é isso que ele passa pra mim...eu não acho certo...ele acha que...ele acha que a
pessoa tem que estudar....trabalhar...entendeu?ele não vê nada...ele não conversa comigo...ele não
amostra os pontos de vista dele...a minha família ...nesse ponto...eu acho que
é....errada...entendeu?porque eu acho que meu pai ...ele tinha que conversar mais comigo...ele tinha
que me amostrar mais os fatos...é isso que eu acho errado...às vezes eu fico revoltada com isso ...ele
sabe criticar...criticar...me criticar...me recriminar...dizer que eu estou errada...entendeu? é isso que
eu acho da minha família...que eu não acho que é um exemplo ...só isso....
(MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. Atividade de retextualização, 2ª.ed.,São
Paulo,Cortez,2001,p.112,113).
Exercício em grupo de 3 a 5 pessoas ( localização das marcas da oralidade no texto oral escrito).
Leiam novamente o texto com bastante atenção e transcrevam as marcas da oralidade conforme
indicadas nos textos 1, 2 e 3:
a) Hesitações: “ah...eh”
b) Elementos lexicalizados: “ entendeu?” , “sabe?”, “ então”, “bem”, “sabe?”
c) Elementos não lexicalizados: “ nê?”
d) Segmentos de palavras iniciadas e não concluídas: “então aque/as pessoas do interior...”
e) Frases truncadas: “...ele foi criado/os pais dele por um clima de ...autoritarismo...” , “então
aque/as pessoas do interior...”
f) Repetições: “entendeu?”, “nê?” “...eu vou falar sobre a minha família....sobre os meus
pais...” “pelo meu pai...pela minha mãe .... pelo meu irmão...” “eu não acho certo...ele acha
que...ele acha que a pessoa tem que estudar....trabalhar..”
g) Hipótese do que se ouviu: “...é isso que o meu pai ( ) uma visão assim da vida...”
O MESMO TEXTO RETEXTUALIZADO
Uma das possibilidades de retextualização [ feita pelo professor da sala ]
Agora vocês vão ler o mesmo texto retextualizado pelo professor.
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F1: Claire, para terminar, dê-me a sua opinião sobre amizade, namoro, vocação ou
vestibular.
F2: Vou falar sobre a minha família. Ela é pequena, composta pelos meus pais e um
irmão de dez anos que não influencia em nada.
A minha mãe é uma pessoa muito amiga. Conversa comigo, mostra-me a realidade da
vida. Nunca esconde nada de mim.
Já o meu pai é uma pessoa muito fechada e triste. Ele foi criado no Norte num
clima de autoritarismo pelos meus avós. Por isso ele tem uma mente muito fechada. Não tem um
ponto de vista próprio nem dialoga comigo. Só sabe me recriminar e criticar. Ele acha que a vida é
só trabalhar e estudar. Eu acho esse tipo de comportamento errado. Isso, às vezes, me deixa
revoltada. As atitudes dele contribuem para que a minha família não seja um bom exemplo.
Exercícios em grupo de 3 a 5 pessoas
1. Comentem as diferenças do ponto de vista da forma (como o texto está estruturado:
pontuação, paragrafação) e do conteúdo (extensão, vocabulário, coesão, coerência) do texto
original para o mesmo texto retextualizado.
(Possíveis respostas)
Texto original Texto retextualizado
Forma: Texto sem paragrafação, sem
pontuação.
Conteúdo: repetitivo, aparentemente
caótico, frases truncadas, vocábulos e
expressões característicos da fala: “eh...”; “
sabe?entendeu?”; “ele foi criado/os pais
dele por um clima de
...autoritarismo...entendeu?”,etc.
Forma: Paragrafação e pontuação
presentes, características da norma
padrão escrita.
Conteúdo: Sintético, coeso, coerente.
2. Comentem por que houve as mudanças do texto original para o mesmo texto reescrito.
As mudanças ocorreram porque houve a supressão dos elementos característicos da lingua oral
como as hesitações, elementos lexicalizados, elementos não lexicalizados, segmentos de
palavras iniciadas e não concluídas, frases truncadas, repetições e hipótese do que se ouviu.
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QUARTO MÓDULO
Tempo previsto : duas semanas
Agora vocês( e professor também) vão pesquisar em livros didáticos, gramáticas, internet e
trazer para a sala , os seguintes contéudos:
Cosão,coerência, discurso direto,discurso indireto.
Com o contéudo em mãos vamos estudar,tirar dúvidas e fazer exercícios.
I) Coerência e seus níveis – teoria e exercícios
II) Coesão e síntese dos elementos coesivos
Leiam e façam os exercícios propostos no final.
I) Coerência: deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto
harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que
não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. No texto
coerente, não há nenhuma parte que se não se solidarize com as demais.
Níveis de coerência - Há três níveis em que a coerência deve ser observada:
1.Coerência narrativa:A estrutura narrativa tem quatro fases distintas:
- manipulação, fase em que alguém é induzido a querer ou dever realizar uma ação;
- competência, em que esse alguém adquire um poder ou um saber para realizar aquilo que ele quer
ou deve;
- performance, a fase em que de fato se realiza a ação;
- sanção, fase em que se recebe a recompensa ou o castigo por aquilo que realizou.
Essas quatro fases, conforme os autores, se pressupõem, ou seja, a posterior depende da anterior.
Ele exemplifica, afirmando que um sujeito só pode fazer algo (performance) se souber ou puder
fazê-la (competência). É incoerência narrativa relatar uma ação realizada por alguém que não tinha
competência para realizá-la.
Exemplo sugerido:
É incoerente narrar uma história em que alguém está descendo uma ladeira num carro sem freio,
que para imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criança lhe corta a frente.
2. Coerência figurativa: Por coerência figurativa endente-se a articulação harmônica das figuras
do texto, com base na relação de significado que mantêm entre si. As várias figuras que ocorrem
num texto devem articular-se de maneira coerente para constituir um único bloco temático. A
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ruptura dessa coerência pode produzir efeitos desconcertantes. Todas as figuras que pertencem ao
mesmo tema devem pertencer ao mesmo universo de significado.
Exemplos sugeridos:
a) Suponhamos que se deseje figurativizar o tema “despreocupação.” Podem-se usar figuras como
“pessoas deitadas à beira de uma piscina”, “drinques gelados”, “passeios pelos shoppings”. Não
caberia, no entanto, na figurativização desse tema, a utilização de figuras como “pessoas indo
apressadas para o trabalho”, “fábricas funcionando a pleno vapor”.
b) Suponhamos (...) que se pretenda figurativizar o tema do requinte e da sofisticação para
caracterizar um certo personagem. Para ser coerente, é necessário que todas as figuras encaminhem
para o tema do requinte. Pode-se citar, ao descrever sua casa: a lareira, o tapete persa, os cristais da
Boêmia, a porcelana de Sévres, o doberman ressonando no tapete, um quadro de Portinari e outras
figuras do mesmo campo de significado. Constituiria incoerência figurativa gritante incluir nesse
conjunto de elementos Agnaldo Timóteo cantando na vitrola um bolero sentimentaloide. Essa
ruptura se justificaria se a intenção fosse o humor, a piada, a ridicularização, ou mostrar o paradoxo
de que o requinte é apenas exterior.
c) Suponhamos que se queira mostrar a vida no Polo Norte. Podem-se para isso usar figuras como
“neve”, pessoas vestidas com roupas de pele”, “renas” “treinós, Não podem porém, utilizar figuras
como “palmeiras”, cactos”, “camelos”, estradas poeirentas”.
3. Coerência argumentativa: Quando se defende o ponto de vista de que o homem deve buscar o
amor e a amizade, não se pode dizer em seguida que não se deve confiar em ninguém e que por isso
é melhor viver só.
(...)
Se o texto parte da premissa de que todos são iguais perante a lei, cai na incoerência se
defender posteriormente o privilégio de algumas categorias profissionais não estarem obrigadas a
pagar imposto de renda.
O argumentador pode até defender essas regalias, mas não pode partir da premissa de que
todos são iguais perante a lei.
Assim também é incoerente defender ponto de vista contrário a qualquer tipo de violência e
ser favorável à pena de morte, a não ser que não considere a ação de matar uma ação violenta.
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Exercícios em grupo de 3 a 5 pessoas
Leiam os textos a seguir e aponte em cada um:
1. O nível de incoerência. (se é narrativa, figurativa ou argumentativa)
2. Aponte qual é a incoerência.
3. Reescreva os textos, coerentemente.
Texto 1:“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas
de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para
o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um
carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou-lhe a vida”.
Texto 2:“Sem entusiasmo, Júlio foi assistir à partida do Grêmio, pois já esperava ver um mau jogo.
Decepcionado, com o péssimo futebol apresentado, seguiu para casa”
Texto 3:“Lá dentro havia uma fumaça formada pela maconha e essa fumaça não deixava que nós
víssemos qualquer pessoa, pois ela era muito densa”.
Meu colega foi à cozinha me deixando sozinho, fiquei encostado na parede da sala e fiquei
observando as pessoas que lá estavam. Na festa havia pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas,
pretas, amarelas, altas, baixas, etc.”
Texto 4:“O quarto espelha as características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar
livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso:
raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as
peças arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de Shakespeare”.
Texto 5:Os números da educação do Censo 2000 são animadores. Os dados mostram que mais da
metade (59,9%) da população brasileira com mais de dez anos não conseguiu concluir o ensino
fundamental (antigo primeiro grau), pois tem menos de oito anos completos de estudo.
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Texto 6:“O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido.
Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-
se bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz.”
Texto 7:O sonho de João era conhecer o Polo Norte. Um dia ele teve o privilégio de chegar lá.
Ficou assustado como as pessoas se comportam devido ao clima: as casas não têm cobertura nem
portas, além disso, elas dormem no chão porque lá ninguém aguenta o calor. E o pior,ninguém
consegue andar sem tapar as narinas com um pano ou uma máscara,pois as estradas são muito
poeirentas.
Respostas:
1)Texto 1: Incoerência narrativa.Texto 2: Incoerência narrativa. Texto 3: Incoerência narrativa.
Texto 4: Incoerência figurativa. Texto 5: Incoerência argumentativa. Texto 6: Incoerência
argumentativa. Texto 7: Incoerência figurativa.
2)Texto 1: Se o garoto mal podia carregar uma cesta de amendoim,seria incoerente carregar um
homem corpulento, pois ele não tinha forças para fazer isso. Texto 2: Se Júlio foi assistir à partida
do Grêmio sem entusiasmo , seria incoerente voltar decepcionado, pois ele já esperava ver um mau
jogo.Texto 3: Se a fumaça formada pela maconha não deixava que o personagem visse qualquer
pessoa no ambiente em que ele estava , seria incoerente, logo em seguida, descrever como eram as
pessoas que lá estavam: ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas, etc .Texto 4: Se o esportista
adorava a vida ao ar livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais, seria incoerente
constar em seu quarto um tabuleiro de xadrez e as obras completas de Shakespeare, pois tais
elementos sãos coerentes para quem gosta da vida intelectual da leitura e de jogar xadrez, uma vez
que tais atividades exigem esforços do intelecto para compreendê-las e realizá-las. Texto 5: Se
mais da metade (59,9%) da população brasileira com mais de dez anos não conseguiu concluir o
ensino fundamental , é incoerente afirmar que os dados são animadores. Texto 6: Se no início do
texto há o argumento de que o verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o
outro está deprimido, é contraditório, logo em seguida conta-lhe sobre seu prestígio profissional,
conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situações, tais argumentos tornará seu amigo
mais depressivo , e não vai melhorar o estado de espírito do infeliz.Texto 7: Espera-se, quem for
conhecer o Polo Norte, encontrar por lá muito frio, gelo, neve .Seria incoerente sentir calor, vê
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estradas poeirentas, pois isso seria apropriado para um local seco como algumas regiões da África,
nordeste do Brasil,etc.
Coesão textual
Quando lemos com atenção um texto bem construído, não nos perdemos por entre os enunciados
que o constituem, nem perdemos a noção de conjunto. Com efeito, é possível perceber a conexão
existente entre os vários segmentos de um texto e compreender que todos estão interligados entre si.
Veja um exemplo:
É sabido que o sistema do Império Romano dependia da escravidão, sobretudo para a
produção agrícola . É sabido ainda que a população escrava era recrutada principalmente entre
os prisioneiros de guerra.
Em vista disso, a pacificação das fronteiras fez consideravelmente a população escrava.
Como o sistema não podia prescindir da mão-de-obra escrava , foi necessário encontrar
outra forma de manter inalterada essa população.
..............................................
(...) os enunciados desse texto não estão amontoados caoticamente, mas estritamente
interligados entre si: ao ler ,percebe-se que há conexão entre cada uma das partes.
A essa conexão interna entre os vários enunciados presentes no texto dá-se o nome de
coesão. Diz-se, pois, que um texto tem coesão quando seus vários enunciados estão organicamente
articulados entre si, quando há concatenação entre eles.
A coesão de um texto, isto é, a conexão entre os vários enunciados obviamente não é fruto
do acaso, mas das relações de sentido que existem entre eles. Essas relações de sentido são
manifestadas, sobretudo, por certa categoria de palavras, as quais são chamadas de conectivos ou
elementos de coesão. Sua função no texto é, exatamente, a de pôr em evidencia as várias relações de
sentido que existem entre os enunciados.
No caso do texto citado (...) pode-se observar a função de alguns desses elementos de
coesão. A palavra “ainda” (...) no primeiro parágrafo serve para dar continuidade ao que foi dito
anteriormente e acrescentar ou outro dado: “que o recrutamento de escravos era feito junto dos
prisioneiros de guerra.”
O segundo parágrafo inicia-se com a expressão “em vista disso,” que estabelece uma
relação de implicação causal entre o dado anterior e o que vem a seguir: “a pacificação das
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fronteiras diminui o fornecimento de escravos porque estes eram recrutados principalmente entre os
prisioneiros de guerra.”
O terceiro parágrafo inicia-se pelo conectivo “como”, que manifesta outra relação causal,
isto é: “foi necessário encontrar outra forma de fornecimento de escravos porque o sistema não
podia prescindir deles.”
São várias as palavras que, num texto, assumem a função de conectivo ou elementos de
coesão:
- as preposições: a, de ,para, com, por, etc;
- as conjunções : que, para que, quando, embora, mas e, ou, etc;
- os advérbios : aqui, aí, lá, assim, etc.
O uso adequado desses elementos de coesão confere a unidade ao texto e contribui
consideravelmente para a expressão clara das ideias. O uso inadequado sempre tem efeitos
perturbadores, tornando certas passagens incompreensíveis.
.........................................................................
Síntese de coesão: é a conexão interna entre os vários enunciados presentes no texto. Essa coesão é
feita pelos conectivos ou elementos de coesão: preposições, conjunções e advérbios.
Síntese de alguns elementos coesivos
1.Indicadores de oposição, contraste, adversão
Preposições,
conjunções e
locuções
mas, porém, todavia,contudo,entretanto,no entanto,embora, contra,
apesar de, não obstante,ao contrário , etc.
2.Indicadores de causa e consequência
Preposições, conjunções e locuções
porque, visto que, em virtude de, uma vez que,
devido a, por motivo de, graças a, sem razão de,
em decorrência de, por causa de, etc.
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3.Indicadores de finalidade
Preposições, conjunções e locuções
afim de, a fim de que, com o intuito de, para,
para a, para que, com o objetivo de, etc.
4.Indicadores de esclarecimento
Preposições, conjunções e locuções
vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.
5.Indicadores de proporção
Preposições, conjunções e locuções
à medida que, à proporção que, ao passo que,
tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.
6.Indicadores de tempo
Preposições, conjunções e locuções
em pouco tempo, em muito tempo, logo que,
assim que, antes que, depois que, quando, de
quando em quando, sempre que,etc.
7.Indicadores de condição
Preposições, conjunções e locuções
se, caso, contanto que, a não ser que, a menos
que, etc.
8.Indicadores de conclusão
Preposições, conjunções e locuções
portanto, então, assim, logo, por isso, por
conseguinte, pois, de modo que, em vista
disso, etc.
Referências bibliográficas / WEB gráficas
FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 12.ed. São Paulo: Ática,1996
41
Disponível em: <http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/11/niveis-de-coerencia.html>. Acesso em: 02 set.2012.
CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.
Exercícios de coesão em grupo de 3 a 5 pessoas
Repetência escolar
1. Leia o texto a seguir e substitua os termos que estão entre parênteses por um adequado de
acordo com o contexto do texto.
Muitas vezes a repetência escolar não é sinônimo de vadiagem. Segundo os especialistas,
quando uma criança tem problemas de visão, todo o seu desenvolvimento pode ser afetado e é
muito importante que a deficiência visual seja logo detectada e tratada.(Por isso) a maioria dos pais
não desconfia que seus filhos possam ter algum problema de visão.
O garoto Jorge Mota, de 12 anos, é um exemplo. Quando não passava de ano, sua mãe
achava que ele era preguiçoso e não estudava, ( porque) um exame oftalmológico indicou que ele
precisava usar óculos. Segundo os médicos, os teste mostraram problemas na retina do garoto que,
provavelmente, surgiram durante a gravidez da mãe, que ingeriu carne de porco contaminada por
algum micro-organismo. Atualmente, o desempenho escolar de Jorge, que já tinha repetido três
vezes, melhorou muito.
(...)
2. Leia atentamente o texto que segue:
A busca da razão
Sofreu muito com a adolescência.
Jovem, ainda se queixava.
Depois, todos os dias subia numa cadeira, agarrava uma argola presa ao teto e, pendurado,
deixava-se ficar.
Até a tarde em que se desprendeu esborrachando-se no chão:estava maduro
Releia o ultimo parágrafo do texto e responda: qual ou quais conjunções poderia ser
utilizadas em substituição aos dois pontos?
3. O emprego equivocado de um elemento coesivo prejudica a estruturação e compreensão de
frases e textos. Comente o uso da conjunção destacada na frase seguinte e proponha
formas mais eficientes de reescrevê-las ou substitua a conjunção por outra adequada.
A maior parte dos trabalhadores brasileiros não recebe um salário digno, mas enfrenta
problemas de sobrevivência.
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DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO
Algumas modificações nas estruturas gramaticais na transcrição do discurso direto para o indireto
Na transcrição indireta do discurso, há modificações em algumas estruturas gramaticais, como no
tempo verbal (quero, queria; roubei, tinha roubado), nos pronomes (deste, daquele), advérbios (aqui,
etc.) Confira a tabela de transposição do discurso direto para o indireto:
DIRETO - Enunciado em primeira ou em segunda pessoa: “Eu não confio mais na Justiça”; ”
Delegado, o senhor vai me prender?”
INDIRETO - Enunciado em terceira pessoa: O detento disse que (ele) não confiava mais na Justiça;
Logo depois, perguntou ao delegado se (ele) iria prendê-lo.
DIRETO - Verbo no presente: “Eu não confio mais na Justiça”
INDIRETO - Verbo no pretérito imperfeito do indicativo: O detento disse que não confiava mais na
Justiça.
DIRETO - Verbo no pretérito perfeito: “Eu não roubei nada”
INDIRETO - Verbo no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo ou no pretérito mais-
que-perfeito: O acusado defendeu-se, dizendo que não tinha roubado (que não roubara) nada
DIRETO - Verbo no futuro do presente: “Faremos justiça de qualquer maneira”
INDIRETO - Verbo no futuro do pretérito: Declararam que fariam justiça de qualquer maneira.
DIRETO - Verbo no imperativo: “Saia da delegacia”, disse o delegado ao promotor.
INDIRETO - Verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo: O delegado ordenou ao promotor que
saísse da delegacia.
DIRETO - Pronomes este, esta, isto, esse, essa, isso: “A esta hora não responderei nada”
INDIRETO - Pronomes aquele, aquela, aquilo: O gerente da empresa tentou justificar-se, dizendo
que àquela hora não responderia nada à imprensa.
DIRETO - Advérbio aqui: “Daqui eu não saio tão cedo”
INDIRETO - Advérbio ali: O grevista certificou os policiais de que dali não sairia tão cedo.
43
Exercícios sobre discurso direto e discurso indireto em grupo de 3 a 5 pessoas
Com base nos dados anteriores, passe os textos seguintes para o discurso indireto fazendo as
modificações gramaticais necessárias.
- Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação.
- Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - Nós estávamos aqui esperando Cezimbra.
"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe:
- Sonhei que vai faltar feijão."
“Saia da delegacia”, disse o delegado ao promotor.”
E Carlos, indignado, gritou:- Onde estão todos?
.............................................................................. CATARINO, Dílson. Disponível em: <http://variandonavida.blogspot.com/2007/11/discurso-direto-discurso-indireto-
e.html>.Acesso em: 8 nov 2009.
QUINTO MÓDULO
Tempo previsto: três semanas
Com base nos exercícios anteriores, peguem entrevistas feitas / escolhidas aplicando o seguinte
roteiro:
Transcrição das entrevistas ( seguindo as normas apresentadas nos textos 1,2 e 3) conforme o
entrevistador e entrevistado falaram, observando todos os elementos característicos da lingua oral
como as hesitações, elementos lexicalizados, elementos não lexicalizados, segmentos de palavras
iniciadas e não concluídas, frases truncadas, repetições e hipótese do que se ouviu.
SEXTO MÓDULO
De acordo com os conhecimentos adquiridos sobres as questões gramaticais, estudadas no quarto
módulo, façam as retextualizações das entrevistas.
Entrevista (1)- Construída pelo(s) próprio (s) aluno(s)
TEMA: Gravidez
Dados do documentador (a):
Entrevistador (a): A.S.V. Estudante da escola E.E. Edgard Francisco (Primeira Série do Ensino
Médio)
Dados do (a) entrevistado (a): L.S.
44
F1: boa tarde...estamos aqui em Taboão da Serra...((tossiu))com Larissa dos Santos de ;;;apenas 14 anos e o
tema tratado sobre este assunto será sobre Gravidez ;;; então Larissa sua gravidez foi planejada ?
F2: boa tarde ((riu)) , na verdade num;;;nada foi programado , pois foi a minha primeira vez () nunca havia
me relacionado ((pensando)) antes , não colo;;;usei camisinha antes e a consequência foi botar um filho no
mundo (( olhar chateado ))
F1: uhn...e qual foi o GRANDE motivo para não .. usar a camisinha ?
F2: Na hora né ;;; os HORMôNIOS lá encima, nem cheguei a pensa;;r no uso da... Camisinha
F1: Entendii.../ Mas e como está sua vida hoje naa na escola ?
F2: Infelizmente ((pensando)) parei de estudar e agora trabalho para me sustentar ...meus pais
me;;;expulsaram eu... de casa e assim que o bebe nasceu o vaga..( ) do pai foi embora ,
F1: (...) E o que você acha ;;; ou espera de seu..futuro ?
F2: Aaaaaaah sei lá;..só quero cuidar do meu filho..esquecer o erro ( bate palma ) e olhar pra frente néé.;; ?
esperoo;;eu quero voltar a estudar e continuar trabalhando
F1: Parabéns, só mais outra perguntinha..você tem (...) algum sonho, ou meta;;;alguma meta ?
F2: Meu único sonho..só este sonho (( pensando )) ;;; que meu filho [ não cometa..os erro que cometi.
Retextualização para a modalidade escrita padrão (discurso direto)
F1- Essa gravidez foi planejada?
F2- Não. Na verdade foi minha primeira vez . Nunca havia me relacionado antes. Não usei camisinha antes e
a conseqüência foi um filho no mundo.
F1-Por que não usou camisinha?
F2- Na hora os hormônios lá em cima, nem pensei no uso da camisinha.
F1- Como ficou sua vida hoje, na escola?
F2- A escola eu deixei e trabalho para me sustentar. Meus pais me expulsaram de casa e ele me largou assim
que o bebe nasceu.
F1- O que você espera do futuro?
F2-Sei lá! Só quero cuidar do meu filho e esquecer o erro e olhar pra frente quero voltar a estudar e continuar
a trabalhar.
F1-Você tem algum sonho, alguma meta?
F2- Meu único sonho é meu filho não cometer o mesmo erro que eu.
Retextualização da mesma entrevista para a norma padrão da língua escrita (discurso
indireto)
Segundo Larissa dos Santos, da cidade de Taboão da Serra, engravidou com apenas 14 anos e o
tema tratado da entrevista foi sobre gravidez. Larissa muito simpática respondeu as perguntas e umas delas
correspondiam se sua gravidez foi planejada. Larissa havia dito que foi sua primeira vez e não havia
relacionado algo antes e não tinha usado camisinha então o entrevistador indagou o porquê dela não ter
usado a camisinha e ela confidenciou que na hora nem tinha pensado no uso da camisinha e que os seus
hormônios estavam lá encima no momento.
O entrevistador perguntou mais sobre sua realidade como sua vida estava sendo e se ela havia
parado de estudar, ela destacou que havia parado de estudar e que está trabalhando para se sustentar e que o
45
pai de seu filho foi irresponsável e o largou na hora em que o bebê nasceu e que seus pais haviam a
expulsado de casa. Nisso o entrevistador prosseguiu sua entrevista perguntando se ela esperava algo do
futuro. Larissa dos Santos apenas irá cuidar de seu filho e irá continuar trabalhando como deve. Para finalizar
o entrevistador pergunto-lhe se tinha alguma meta ou sonho, nisso ela ressaltou que o seu único sonho é que
o filho não cometesse o mesmo erro que ela cometeu.
Entrevista (2) - Captada pronta da mídia digital (vídeo da Folha Online)
Dados do documentador (a): C.S.S. Aluna da 1ª série do Ensino Médio da EE Edgard Francisco.
Dados do entrevistado: Danilo Gentili
Entrevistador : Folha Online
Folha Online - o que:: mudou na sua vida depois que::... você entrou no "CQC" ?
Gentili - meu:...tiipo mudou coisa pra caramba .... eu já tinha um reconhecimento do meu trabalho no teatro
... mas ... agora:... nossa ... agora ele é bem maior ... uma coisa que mudou foi o meu nome .. eu não chamo
mais Danilo ... agora meu nome é "CQC"... o cara passa na rua e fala:e aí 'CQC' ? (risos)...
Folha Online - como ... você:... entrou no::: programa ?
Gentili - o: Diego Barreto ... o diretor do "CQC" ... me:: assistiu no "Clube da Comédia" e:::... me convidou
para fazer um teste ... fiz uma entrevista com o:: Agnaldo Timóteo e:: passei...
Folha Online - o:: seu grande sucesso no começo do "CQC" foi:: o quadro do repórter inexperiente ... você
se:: arrepende de::... não ter gravado mais entrevistas antes da estreia do ... programa ?
Gentili - é::: uma mistura de:: sentimentos ... eu gostaria .. sim ... de ter feito muito mais... só que ... durante
o processo ... eu tava de saco cheio e achava que já tava bom .... mas ... se pudesse voltar no tempo ... eu teria
feito mais... sim ...
Folha Online - você: tinha idéia que:... o "CQC" ia fazer um sucesso TÃO grande ?
Gentili - não tinha a menor idéia ... a Band não tem muita tradição de::... programa de:: humor e isso era
uma incógnita ... na minha cabeça ... eu só pensava na diversão ... eu apenas gravava com prazer ...
Folha Online - além de comediante:... você também é repórter na prática... como:: você encara o:::
cotidiano de jornalista ?
Gentili - tem dia que é::... foda ... na matéria do Daniel Dantas ... por exemplo ... o processo não foi nada
prazeroso ... cheguei na pauta às 8h e só saí de lá às 22h ... mas o resultado final foi muito bacana ... que
compensou toda aquela espera ...
Folha Online - como que: é:: a relação entre vocês do:... "CQC" ?
Gentili - a...a: gente trabalha num mesmo programa .... mas não trabalha junto ... o::: Cortez faz as matérias
dele ... o::: Andreoli ... as dele ... e o Oscar Filho ... as dele ...a nossa relação é de trabalho ... eu adorei fazer
a cobertura do debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo ... tem uma amizade também ... sou amigo do
Cortez ... apesar dele ser gay ... e do Andreoli ... apesar dele ser bi (risos) ...
Folha Online - ficar famoso mexeu com você ?
Gentili - eu não acho que fiquei famoso ... eu tenho: a::... sorte de trabalhar em algo que o público vê: com
carinho ... eu não tenho a ilusão da fama ... a:: gente tá numa roda-gigante ... amanhã pode baixar ...
Folha Online - e::... seu contrato com a Band vai: até quando ?
Gentili - até o:: fim de 2009 ...
Folha Online - você iria para uma:: outra emissora ?
46
Gentili - sempre vou optar pelo veículo que permitir eu ser o mais autoral possível ... o "CQC" segue a linha
de produção da TV ... onde a matéria passa pela mão do produtor ... mas ... mesmo assim ... eu tenho uma
parcela muito minha ... própria ...sabe ?
Folha Online [
Aham
Gentili - [
que::... em outros programas seria difícil de existir ...
Folha Online - você tem um jeito meio desastrado e tímido ... isso é::... uma criação ou você É assim
mesmo ?
Gentili - eu não criei ... nem ator eu sou (risos) ... a única coisa que: eu construo é o texto ... o resto sou eu
mesmo ... um pouco exagerado ...porque:: o palco é uma lupa ...
Folha Online - que tipo de humor tem o::/ seu novo espetáculo fala sobre o quê:: ?
Gentili - a::... gente fala do dia-a-dia ... das neuras da cidade grande ... de relacionamento familiar ... de
namoro... da vida moderna ... de tecnologia ... de tudo ... nosso cotidiano visto pelos olhos humorísticos ...
Folha Online - como que:: você faz as piadas do:: seu repertório ?
Gentili - tem piada que vem pronta na cabeça ... agora tem piada que eu falo porque::... dá:: vontadade de::
usar naquele momento ... e tem piada que: invento no palco ... na hora
Folha Online - e:: você já:: sofreu com humoristas que: usaram suas piadas ?
Gentili - todo comediante tem ciúmes das suas piadas ... né ... a gente sempre sofre ... no meio tem gente
que rouba e também há casos de coincidência ... digamos que 90% da turma é do bem (risos)
Folha Online - bom: valeu Gentili e muito mais sucesso pra você e:: pra sua turma láa
Retextualização para a modalidade escrita padrão (discurso direto)
Folha Online - O que mudou na sua vida após a entrada no "CQC" ?
Gentili -Cara, mudou muita coisa. Eu já tinha um reconhecimento do meu trabalho no teatro, mas, agora,
ele é bem maior. Uma coisa que mudou foi o meu nome. Eu não chamo mais Danilo, agora meu nome é
"CQC". O cara passa na rua e fala "E aí, 'CQC'?" .
Folha Online - Como você entrou no programa ?
Gentili - O Diego Barreto, o diretor do "CQC", me assistiu no "Clube da Comédia" e me convidou para
fazer um teste. Fiz uma entrevista com o Agnaldo Timóteo e passei.
Folha Online - Seu grande sucesso inicial no "CQC" foi o quadro do Repórter Inexperiente. Você se
arrepende de não ter gravado mais entrevistas antes da estreia do programa?
Gentili - É uma mistura de sentimentos. Eu gostaria, sim, te ter feito muito mais. Porém, durante o processo,
eu estava de saco cheio e achava que já estava bom. Mas, se pudesse voltar no tempo, eu teria feito mais,
sim.
Folha Online - Você tinha ideia que o "CQC" seria esse sucesso todo?
Gentili - Não tinha a menor ideia. A Band não tem muita tradição de programa de humor e isso era uma
incógnita. Na minha cabeça, eu só pensava: 'Ah, vai ser divertido fazer isso'. Eu apenas gravava com prazer.
Folha Online - Além de comediante, você também é repórter na prática. Como você encara o cotidiano de
jornalista?
Gentili - Tem dia que é complicado. Na matéria do Daniel Dantas,por exemplo, o processo não foi nada
prazeroso. Cheguei na pauta às 8h e só saí de lá às 22h. Mas o resultado final foi um prazer, que compensou
toda à espera.
Folha Online - Como é a relação entre vocês do "CQC"?
Gentili - A gente trabalha num mesmo programa, mas não trabalha junto. O Cortez faz as matérias dele, o
Andreoli, as dele, e o Oscar Filho, as dele. A nossa relação é de trabalho. Eu adorei fazer a cobertura do
debate [dos candidatos à Prefeitura de São Paulo]. Tem uma amizade também. Sou amigo do Cortez, apesar
de ele ser gay, e do Andreoli, apesar de ele ser bi.
47
Folha Online - Ficar famoso mexeu com você?
Gentili - Eu não acho que fiquei famoso. Eu tenho a sorte de trabalhar em algo que o público vê com
carinho. Eu não tenho a ilusão da fama. A gente está numa roda-gigante, amanhã pode baixar.
Folha Online - Você tem contrato com a Band até quando?
Gentili - Até o fim de 2009.
Folha Online - Você iria para uma outra emissora?
Gentili - Sempre vou optar pelo veículo que permitir eu ser o mais autoral possível. O "CQC" segue a linha
de produção da TV, na qual a matéria passa pela mão do produtor. Mas, ainda assim, eu tenho uma parcela
muito autoral, que em outros programas seria difícil de existir.
Folha Online - Você tem um jeito meio desastrado e tímido. Isso é uma criação ou você é mesmo assim?
Gentili - Eu não criei, até porque nem ator eu sou. A única coisa que eu construo é o texto. O resto sou eu
mesmo, um pouco exagerado, porque o palco é uma lupa.
Folha Online - Que tipo de humor tem no seu novo espetáculo?
Gentili - A gente fala do dia a dia, das neuras da cidade grande, de relacionamento familiar, de namoro, da
vida moderna, de tecnologia. Enfim, nosso cotidiano visto pela ótica do humor.
Folha Online - Como você constrói piadas de seu repertório?
Gentili - Tem piada que vem pronta na cabeça. Agora tem piada que eu falo: 'Quero falar sobre isso aqui'. E
tem piada que invento no palco na hora.
Folha Online - Você já sofreu com humoristas que roubaram piadas suas?
Gentili - Todo comediante tem ciúmes das suas piadas. A gente sempre sofre. No meio tem gente que rouba
e também há casos de coincidência. Digamos que 90% da turma é do bem .
Retextualização para a modalidade escrita padrão (discurso indireto)
Em uma entrevista à Folha Online, Daniel Gentili explicou sobre sua entrada no programa CQC e, quais
foram as mudanças que ocorreram em sua vida após este fato. Disse que entrou no programa depois de ter
feito uma entrevista com Agnaldo Timóteo e que depois passou e logo que começou a fazer o programa até
seu nome mudou, porque agora todo mundo o conhece como "CQC". Logo depois foi questionado sobre o
grande sucesso que é o programa e, disse que nunca tinha imaginado tudo isso. Disse também que seu
contrato com a emissora de TV Band vai até o fim de 2009 e que se sente bem no programa porque pode ser
"ele mesmo”. A Folha ainda perguntou sobre as piadas dele e, ele disse que tinha ciúmes delas, mas que isso
era normal.
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ANEXO 2- PRODUÇÕES DOS ALUNOS DOS ANOS DE 2011 E 2009
Neste anexo constam as produções dos alunos. Algumas estão completas, outras não.
Faltou tempo suficiente durante o ano letivo para monitorar todos os alunos que apresentaram
algumas dificuldades.
2011
Entrevista 1
Assunto: Aborto
Dados do documentador
Por Thais Oliveira
Estudante da escola: E.E.Edgard Francisco
Série: 2°E Ensino Médio
Dados do entrevistado
Entrevistado: Lindinalva da Silva Fernandes
Estudante da escola: E. E.Edgard Francisco
Série: 2°E Ensino Médio
Transcrição
F1: boa tarde...estamos aqui em Taboão da Serra precisamente em minha casa...para entrevistar
minha amiga Lindinalva abordando um assunto muito comum hoje em dia...o aborto... Lindinalva
éh::: você sabe alguma coisa sobre o aborto?
F2: éh:: boa tarde né:: o que eu sei sobre o aborto é que aqui no Brasil é totalmente ilegal né...e
também quando acontece estupro com uma menina ela pode escolher se vai querer abortar ou
não...a criança...
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F1: você considera o aborto algo ilegal ou legal?
F2: olha eu considero totALMENTE ilegal porque tirar uma vida ainda mais de uma criança não é
nada legal...e se você for uma adolescente...e ta pensando em abortar...você só trará piores
conseqüências pra você mesmo...
F1: você já conheceu ou conhece alguém que abortou uma criança...e por que ela fez isso? ela quis
abortar...ou foi opinião de outras pessoas como amigos ou até mesmo o próprio namorado?
F2: bom eu não conheço nenhuma pessoa que já:: abortou né...e eu tamém não quero nem
conhecer...porque é horrível...mas:: eu tenho uma amiga...que ela engravidou ano passado...e que::::
muitas amigas incentivavam ela ao ato de aborto...mais:: ai ela me falou tal ai eu perguntei mais
algumas coisas pra ela...e::: eu dei a minha opinião pra ela...dizendo que não era abortar...até então
eu não sabia quase nada de aborto...e::: só disse pra ela que não era pra ela abortar que seria algo
ilegal...e que era melhor que ela tivesse o filho dela e passasse por todas as dificuldades que tem
que passar...mais que não abortasse...
F1: hum..você é uma adolescente e tem muito o que viver ainda...mais se acontecesse de você
engravidar por acidente...como você se sentiria e o que você faria a respeito da criança e da sua
vida?
F2: éh:::bom...primeiro eu contaria pros meus pais morrendo de medo né... ((riu)) mais...por mais
que fosse difícil eu jamais abortaria e::: eu com certeza pediria o apoio de muitas pessoas que
poderiam me dar conselhos bons é claro né...
F1: ham...se você soubesse ((tossiu)) que sua amiga esta grávida...e ela quisesse abortar...o que você
faria? você ajudaria ou apoiaria a idéia dela?
F2: eu::óbvio que não ajudaria/ eu ajudaria ela ah/ aconselhando ela a não fazer aquilo né...e
procurava um maior numero de informações a respeito disso...para poder ajudá-la...e com certeza
esperaria que ela escolhesse não abortar...e ter sua criança...que:: também as dificuldades
vem...mas..éh:: logo...logo ela passa e o melhor caminho seria não abortar
50
F1: éh:: finalizando então nossa entrevista... éh...eu gostaria de saber o que você diria pras
adolescentes hoje em dia que querem abortar?
F2: ham::: todos nós sabemos né...as dificuldades que é ter um filho...mas abortando as dificuldades
depois se tornarão ainda maior...o que eu aconselho é sempre usar a camisinha em todas as suas
relações sexuais...e deixar que um filho amanhã possa trazer alegria...
2° Etapa: Tirando as marcas da oralidade- Discurso Direto
F1: Boa tarde estamos aqui em Taboão da Serra precisamente em minha casa para entrevistar minha
amiga Lindinalva abordando um assunto muito comum hoje em dia, o aborto. Lindinalva, você sabe
alguma coisa sobre o aborto?
F2: Boa tarde, o que eu sei sobre o aborto é que aqui no Brasil é totalmente ilegal, e também quando
acontece estupro com uma menina ela pode escolher se vai querer aborta\r ou não, acriança.
F1: Você considera o aborto ilegal ou ilegal?
F2: Olha eu considero totalmente ilegal porque tirar uma vida ainda mais de uma criança não é nada
legal, e se você for uma adolescente e está pensando em abortar,. Você só trará piores
conseqüências pra você mesmo.
F1: Você já conheceu ou conhece alguém que abortou uma criança, e por que ela fez isso? Ela quis
abortar ou foi opinião de outras pessoas como amigos ou até mesmo o próprio namorado?
F2: Bom eu não conheço nenhuma pessoa que já abortou eu também não quero nem conhecer
porque é horrível, mas eu tenho uma amiga que engravidou ano passado e que muitas amigas
incentivavam a ala ao ato de aborto, mas ela me falou, e eu perguntei algumas coisas pra ela e eu
dei a minha opinião dizendo que não era pra ela abortar. Até então eu não sabia quase nada sobre
51
aborto e disse para ela não abortar que seria algo ilegal e que era melhor que ela tivesse o filho dela
e passasse por todas as dificuldades que têm que passas mais que não abortasse.
F1: Você é uma adolescente e tem muito que viver ainda, mas se acontecesse de você engravidar
por acidente como você se sentiria e o que você faria a respeito da criança e da sua vida?
F2: Primeiro eu contaria pros meus pais morrendo de medo (risos), mas por mais que fosse difícil
eu jamais abortaria e com certeza pediria o apoio de muitas pessoas que poderiam me dar conselhos
bons é claro.
F1: Se você soubesse que sua amiga está grávida e ela quisesse abortar o que você faria? Você
ajudaria ou apoiaria a idéia dela?
F2: Óbvio que eu não ajudaria, mas eu a ajudaria aconselhando a não fazer aquilo, e procurava o
maior número de informações a respeito disso para poder ajudá-la e com certeza esperaria que
escolhesse não abortar e ter sua criança que também as dificuldades vêm mas logo passa e o melhor
caminho seria não abortar.
F1: Finalizando então nossa entrevista eu gostaria de saber o que você diria para as adolescentes
hoje em dia que querem abortar?
F2: Todos nós sabemos as dificuldades que é ter um filho, mas abortando as dificuldades depois se
tornarão ainda maiores. O que eu aconselho é sempre usar a camisinha em todas as relações sexuais
e deixar que um filho amanhã possa lhe trazer alegrias.
3° Etapa: Reescrita da mesma entrevista para a norma padrão da língua escrita em discurso
indireto.
Em entrevista com Lindinalva, foi abordado um assunto muito comum hoje em dia que é o aborto, e
perguntei se ela sabia algo sobre o aborto. Ela respondeu que sabe que o aborto aqui no Brasil é
ilegal e que também quando acontece estupro com uma garota ela pode escolher se aborta ou fica
52
com a criança. Na entrevista ela diz considerar o aborto totalmente ilegal. Perguntei também se ela
conhece ou conheceu alguém que já abortou uma criança, ela nos disse não conhecer ninguém que
já tenha abortado, mas tem uma amiga que estava grávida e era incentivada por amigas a abortar, e
ela acabou dando sua opinião para a amiga para que não fizesse isso.
Também perguntei se ela engravidasse o que faria, e ela me falou que contaria para os pais com
medo, mas que jamais abortaria mesmo sendo difícil. Perguntei também se ela soubesse que sua
amiga estava grávida, se ela apoiaria a idéia da amiga ou daria melhores conselhos, ela nos disse
que não apoiaria a amiga nessa idéia, mas que ajudaria de outra forma dando conselhos por
exemplo e procurando maiores informações sobre o assunto e que o melhor caminho seria não
abortar. Ao final da entrevista perguntei qual a opinião que ela passaria as adolescentes de hoje em
dia que pensam em abortar, e ela carinhosamente nos falou que sabe das dificuldades que é ter um
filho e recomenda sempre o uso da camisinha e falou também que amanhã um filho traria maiores
alegrias.
Entrevista 2
Assunto: Esporte
Por Luiz Fernando
Karol Guimarães
Ana Claudia
Dimas Teixeira
(2° D )
Duração: 3:10
Data: 20/06/2011
Local do inquérito: Escola Edgard Francisco em Taboão da Serra-SP
Dados do informante:
Nome: Damaris
Formação: Educação Física
Profissão: Professora de Educação Física
F1: Estamos aqui na escola Edgard Francisco com a professora Damaris de Educação Física e
vamos fazer uma entrevista sobre o esporte ou o que o esporte na vida/é na vida de uma pessoa
53
.Damaris você acha que as pessoas que... praticam esporte tem a vida mais saudável ?
F2:()Quem pratica esporte tem uma vida mais saudável porque ...combate/ além de combater o
cedemtarismo combate o extresse do dia a dia e uma::: / além de manter a boa forma fisica () e::::
combatendo a obesidade.
F1:()Quem pratica espote na é::: /quem pratica esporte((risos))vive mais que as pessoas que não
pratica ?
F2: Uma pessoa que pratica esporte tem/tendo um bom companhamento médico é logico que ela
vai ter uma ::: melhor qualidade de vida.
F1: Ah algum tipo de lesão daquelas pessoas que... praticam esporte sem o auxilio de um
profissional ?
F2:Qualquer atividade física que não tem um acomponhamento de um profissional pode ser /pode
ocasionar umas::: lesões.
F1: O que você acha das pessoas que utilizam nabolizantes/anabolizantes sem praticar... o esporte?
F2: Quem usa anabolizante pode até ter um resultado rapido para adquiri massas ou:: alguma coisa
assim, mas porem pode ocasionar vários tipos de doenças ou até levar a morte.
F1: Quais são suas recomendações para quem ((risos))/ para quem quer... praticar algum exercício
físico?
F2: Primeiro fazer um exame médico e::: no mínimo praticar exercício três vezes por semana.
F1: ()em que momento da sua vida... ((risos)) você decidiu seguir a carreira de professora de:::
educação física ?
F2: .... Desde ((risos))/desde o ginasio antigo já me:: interessava por esporte () quando eu terminei o
ensino médio quando mudei pro interior tive a oportunidade de ingressar na faculdade de Educação
Física hoje ja fazem:: dezoito anos que dou aula.
F1: Alguém na sua família pratica algum esporte.... físico ?
F2: na minha família é bem::: grandona eu acho que umas três pessoas o resto é tudo cedentario
((risos)).
F1: Qual esporte que você::: mais gosta de praticar?
F2: handbool.
F1:... ( ) encerramos a entrevista na escola Edgard Francisco com a professora Damaris de
Educação Física....... .
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Norma padrão da língua portuguesa discurso direto
-Estamos na escola Edgard Francisco para fazer uma entrevista com a professora de educação
física Damaris, o assunto que escolhemos para entrevista-la é esporte.
-Damaris na sua opinião você acha que as pessoas que pratica esportes tem a vida mais saudável ?
-Quem pratica esporte tem uma vida mais saudável porque combate o sedentarismo também
combate o estresse do dia a dia e além de manter a boa forma física combatendo a obesidade.
-Quem pratica esporte vive mais que as pessoas que não pratica?
-Uma pessoa que pratica esportes tendo um bom acompanhamento médico ela vai ter uma
qualidade de vida melhor.
-Pessoas que praticam esportes sem o auxílio de um profissional ela pode causar lesões para elas ?
-Qualquer atividade física que não tem um acompanhamento de um profissional pode ser pode
ocasionar umas lesões.
-O que você acha das pessoas que utilizam anabolizantes sem praticar o esporte?
-Quem usa anabolizante pode até ter um resultado rápido para adquiri massas corporal , mas porem
pode ocasionar Doenças e pode ate levar a morte.
-Quais são suas recomendações para quem quer. Praticar exercícios físicos?
- Primeiro fazer um exame médico e para iniciantes praticar no mínimo praticar exercício três vezes
por semana.
-Em que momento de sua vida você decidiu seguir a carreira de professora de educação física ?
-Comecei a me interessar no ginásio antigo, quando eu terminei o ensino médio me mudei pro
interior tive a oportunidade de ingressar na faculdade de Educação Física. Hoje já fazem dezoito
anos que dou aula.
-Alguém na sua família pratica algum esporte físico?
-Minha família é grande mais só uns três praticam esporte.
-Qual esporte que você gosta de praticar?
-Handbool.
-Aqui termina a entrevista com a professora Damaris professora de educação física aqui na escola
Edgard Francisco.
55
Discurso Indireto
As alunas da escola Edgard Francisco foram fazer uma entrevista com a professora de educação
física Damaris. Na entrevista tiveram uma conversa sobre o esporte e um pouco da vida da
professora.
Na entrevista perguntaram se uma pessoa que praticam esporte tem uma vida saudável do que
aquelas que não praticam, e sua resposta foi que sim.e falou também que mantém a forma física ,
combate a obesidade e o sedentarismo .Em outra conversa as meninas perguntaram se uma pessoa
que pratica esporte vive mais do que aquela que não pratica ,novamente a resposta foi sim mais ela
deu uma dica que quem for praticar exercícios físicos tem que procurar um médico e para
iniciantes tem que praticar três vezes por semana .
Na entrevista tocaram num assunto muito sério que é anabolizante e seus perigos e a professora
falou que no uso desses medicamentos pode trazer doenças e até a morte.
pediram para a professora falar o porque e ela escolheu educação física e ela contou que se
interessava pelo esporte desde sua época do ensino médio mas teve sua primeira oportunidade
quando terminou os estudos e foi morar no interior de São Paulo.
Entrevista 3
Tema: Gravidez na adolescência
Por Thaís Batista de Jesus ( 2°D)
E.E. Edgard Francisco
Link do vídeo da entrevista: http://www.youtube.com/watch?v=8ZIzWaXRsh4
Primeira Parte - Transcrição
Personagens: apresentadora, entrevistadora, e Isabela de 17 anos a entrevistada.
- boa tarde estamos no jovem vip e o tema hoje é A Gravidez na adolescência estamos aqui com a
Isabela.
- Isabela quantos anos você tem?
- eu tenho dezessete anos.
- é sua primeira gravidez?
56
- não é minha segunda gravidez.
- ... você::: e na primeira gravidez?
- na primeira gravidez ... e::u eu engravidei com quinze anos i::: foi muito diFIcil quando meus pais
souberam eles me expulsaram de casa ... ((barrulho)) então eu eu paguei um aborto...
- você é contra ou a favor ao aborto?
- hoje eu sou contra ao aborto na na na época em que eu fiz o aborto eu fiquei desespeRAda assim
não passo ... nada pela minha cabeça então eu optei em fazer o aborto.
- e você conti/ é:: você pretende continua estudando?
- eu pretendo...
- mas o que cus::tuma o que voce quer ser quando crescer?
- eu queru:: me forma em direito.
- i:::... onde onde que ta o pai da criança?
- ... Olha é complicado ele:::... ultimamente não esta me ajudando em nada só que:::/
- ele ta/
- eu to levando a gravidez sozinha néh!
- ele sabe que você::: esta grávida ( de uma ) filha dele?
- ele sabe só que até agora:: ele não me procurou.
- ele não ta querendo assumi?
- eu acho que ele não vai quere assumi então eu tO sozinha.
- você esta a onde? ...Seus pais não te expulsaram?
- eu estou morando na casa de uma amIga.
- a amiga que te consolo?
- ela foi a única porque quando eu engravidei até as minhas colegas pararam de andar comigo
porque:: os pais delas achavam que eu não era uma boa companhia.
- ( ) ((barulho))... i::: muito obrigado pela sua presença aqui no jovem vip néh gostamos muito..
pelo nosso bate-papo aqui ...
- eu agradeço.
-brigada.
57
Segunda Parte
Apresentadora diz:
-Boa tarde, estamos no jovem vip, e o tema de hoje é a gravidez na adolescência, estamos aqui com
a Isabela.
Entrevistadora pergunta:
- Isabela, quantos anos você tem?
Isabela responde:
- Eu tenho dezessete anos.
Entrevistadora pergunta:
- É sua primeira gravidez?
Isabela responde:
- Não, é minha segunda gravidez.
Entrevistadora pergunta:
- Você, e na primeira gravidez?
Isabela responde:
- Na primeira gravidez, eu engravidei com quinze anos, e foi muito difícil, quando meus pais
souberam, eles me expulsaram de casa . Então eu paguei um aborto.
Entrevistadora pergunta:
- Você é contra, ou a favor, ao aborto?
Isabela responde:
- Hoje eu sou contra ao aborto, na época em que eu fiz o aborto, eu fiquei desesperada, assim, não
passo nada pela minha cabeça, então eu optei em fazer o aborto.
Entrevistadora pergunta:
- E você continua, você pretende continuar estudando?
Isabela responde:
- Eu pretendo.
Entrevistadora pergunta:
- mas o que você quer ser quando crescer?
Isabela responde:
- eu quero me forma em direito.
Entrevistadora pergunta:
58
- E onde que esta o pai da criança?
Isabela responde:
- Olha é complicado, ele, ultimamente não esta me ajudando em nada só que...
Entrevistadora diz:
- Ele ta...
Isabela diz:
- Eu to levando a gravidez sozinha néh!
Entrevistadora pergunta:
- Ele sabe que você esta grávida de uma filha dele?
Isabela responde:
- Ele sabe, só que até agora... ele não me procurou.
Entrevistadora pergunta:
- Ele não esta querendo assumir?
Isabela responde:
- Eu acho que ele não vai quere assumir, então, eu to sozinha.
Entrevistadora pergunta:
- Você esta a onde? Seus pais não te expulsaram?
Isabela responde:
- Eu estou morando na casa de uma amiga.
Entrevistadora pergunta:
- A amiga que te consolou?
Isabela responde:
- Ela foi a única porque quando eu engravidei, até as minhas colegas pararam de andar comigo,
porque os pais delas achavam que eu não era uma boa companhia.
Entrevistadora diz:
- Muito obrigado pela sua presença aqui no jovem vip, gostamos muito, pelo nosso bate-papo aqui
...
Isabela diz:
- eu agradeço.
Apresentadora diz:
-obrigada.
59
Terceira Parte
A apresentadora começa apresentando o jovem vip, que tem como tema, a gravidez na
adolescência. A entrevistadora começa perguntando para Isabela, a entrevistada, quantos anos ela
tem, e Isabela responde dizendo que tem dezessete anos. Depois é perguntado se é sua primeira
gravidez, e Isabela responde que não, e conta que na primeira gravidez ela tinha quinze anos e foi
expulsa de casa, e que pagou um aborto, mas diz que hoje é contra ao aborto e que naquela época
estava desesperada.
É perguntado pra Isabela se ela pretende estudar, ela diz que sim e que quando crescer, quer
se formar em direito.
É perguntado a Isabela também sobre o pai da criança, e ela diz q ele não há procurou, e ela
acha que ele não irá assumir a criança.
A entrevistadora pergunta a Isabela onde ela esta, pois seus pais a expulsaram de casa. Ela
diz que esta na casa de uma amiga, a única que não se afastou dela ao saber da gravidez. Assim a
entrevistadora e a apresentadora se despedem de Isabela, e agradecem.
Entrevista 4
Assunto: A educação à distância
Por Vinícius Lima
Nivande de Oliveira
Ebony Tavares
Antônio Luiz
(2° D)
Dados do Entrevistador e do Entrevistado
Entrevistador: Portal Educação
Entrevistado: Josué dos Anjos
60
IV Simpósio de E a D
Transcrição
F1- estamos aqui nos bastidores... com o Josué...olá Josué tudo bom ((sorriso))?
F2- tudo Jó::ia.
F1- Josué qual sua opinião sobre a imporTÂNcia de eventos como este como parte o simpósio?
F2- é:: muito importante porque... agente percebe que educação a distancia tamo crescente e apartir
do momento que vc tem uma::... uma situação de mercado né? que... cresce que toma essa
proporção é importante nós.. nos reunirmos e discutimos pontos importantes pra esse crescimento..
né::? no sentido de fortalecer ainda mais o segmento de educação a distância e hoje oque agente ta
podendo ver que den/ dentro de todas essas palestra que estão acontecen...do é justamente essa
preocupação não só pedagógica mas tamein:: em termos de negócio para as empresas que estão
atuano nesse segmento educação a distância tão é de suma imporTÂNcia né? para o Brasil pra
educação do brasileira para as empresas né? Para os professores alunos enfim todos aqueles que tão
relacionados... a E::ducação a distância no Brasil.
F1- Josué deixa um recadinho pra quem ta assistindo agente aqui no simpósio ((sorriso)).
F2- ((suspiro)) legal pessoal aproveite bastante o simpósio ta muito bacana...os Temas tão bem
abrangentes você pode...vêr desda parte pedagó::gica a tamein a parte de gestão da educação a
distância...então vale a PE::na é como crescimento pessoal tamein co::mo um crescimento em
termos de conhecimento porque você possa aplicar no dia a dia dentro da educação a distância
((sorriso)) e é claro sem o conhecimento é sempre bem vindo n::é e eu acho que o simPÓsio ta
trazendo bastante isso ((sorriso)).
F1- brigada Josué.
Discurso Direto
Entrevistadora diz:
- Estamos Aqui no Simpósio com Josué dos Anjos. Josué qual a importância de eventos como este?
Josué responde:
- Olá a todos. É muito importante que agente perceba que a educação a distância está crescendo e
tomando proporções de situação de mercado, é muito importante nós nos reunirmos e discutirmos
este crescimento para que isto seja fortalecido. Com tantas palestras acontecendo e a preocupação
61
não só pedagógica, mais também de suma importância para as empresas que estão atuando neste
segmento e para todos aqueles que estão neste meio.
Aproveitem bastante o Simpósio, pois está com muitos temas interessantes, você pode ver desde a
parte pedagógica até gestão em educação a distância. Vale muito a pena não só para o seu
crescimento pessoal como para ser aplicado no dia a dia. O conhecimento é sempre bem vindo.
Entrevistadora diz:
- Obrigada Josué.
Discurso Indireto
A entrevistadora pergunta se Josué está bem e qual a opinião dele sobre a importância de
eventos como o Simpósio.
Ele diz que está tudo ótimo e completa respondendo que o Simpósio é muito importante para
que as pessoas percebam que a educação a distância está crescendo e tomando proporções de
situação de mercado, e que é muito importante que as pessoas se reúnem e discutem este
crescimento para que ele seja fortalecido, e com tantas palestras acontecendo é muito importante
para todos aqueles que estão neste meio. Ele termina dizendo que o Simpósio está com muitos
temas interessantes e que o conhecimento é sempre bem vindo.
Entrevista 5
Assunto: A carreira da atriz Deborah Secco
Por André Luis
Transcrição
Bao tarde!!
Oi, Boa tarde!!
Bom onde você nasceu?
Hammm,eu nasci no Rio de Janeiro,no dia 26 de novembro de 1979.
Com quantos anos iniciou a sua carreira?
Nossa faz um tempo hein,se bem nem lembro com oito anos.
Como?
Foi em um comercial.
62
Qual o nome dos seus pais?
Ricardo Secco
Silvia Regina Fialho.
Você tem irmãos?
Tenho dois, Ricardo e Barbara.
Bom vou fazer perguntas agora relacionadas a sua carreira.
Ok,tudo bem.
Qual foi o seu primeiro sucesso?
Foi no seriado confissões de adolescentes,em 1994,na tv cultura.
Você já fez muitos papeis em novelas e seriados me cite alguns por favor.
Em 2003 fui atrapalhada Darlene Sampaio,de celebridade,uma personagem que tinha como
objetivo a fama a qualquer custo.
Em 2005 atuei como sol, uma mulher que tem como sonho ganhar a vida nos Estados
Unidos mesmo que seja como imigrante ilegal,e protagonista da telenovela América.
Em 2006 participou do programa quadro dança no gelo do programa do domingão do
Faustão ficando em 3° lugar.na metade do jogo fraturei duas costela, mas não desisti .
No ano de 2009 fui eleita a mulher mais sexy do Brasil pela revista Isto é Gente, e a 3°mais
sexy do mundo.
Em 2009 no dia 06 de junho, casei-me com o jogador de futebol Roger Flores e passei a
assinar meu nome Deborah Fialho Secco Flores
Em Janeiro de 2009 participei de episódio especial de fim de ano “decameão a comédia do
sexo “domigo e dia de...”no Fantástico,juntamente com Edílson Barros,Mateus Nachtergaele
e,Lucio Mauro Filho e Bruno Garcia
Em setembro,entrei em preparação para dar vida a Bruna Surfistinha.no cinema Bruna :o
doce veneno paulista de classe media ,que abandona a casa dos pais e se torna garota de
programa.
E é só ..
Muito obrigado pela sua atenção!!!!
Não foi nada
63
Discurso indireto
A atriz Deborah Fialho Secco nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de Novembro de 1979.
Aos oito anos de idade iniciou sua carreira na televisão, em comerciais.
Deborah nasceu em uma família de classe média baixa, filha de Sílvia Regina Fialho, dona-de-casa,
e de Ricardo Secco, professor de matemática. Ela tem dois irmãos, Ricardo e Bárbara.
Na infância, testava seu poder de convencimento brincando de ser atriz.
Participou da gravação da abertura do programa da Angélica, na TV Manchete, no Clube da
Criança.Seu primeiro papel de destaque na televisão foi no seriado Confissões de Adolescente, em
1994, na TV Cultura. O seriado era baseado na peça homônima de Maria Mariana, onde
interpretava a esperta Carol.Em 1999, participou da telenovela Suave Veneno, na Rede Globo,
como a "maria-chuteira" Marina.Em 2000 atuou como a vilã Íris, em Laços de Família. Uma vilã
que consagrou a atriz no horário nobre, acarretando assim, uma imensidão de fãs e admiradores por
seu trabalho, muito elogiado pela crítica até então em todo o território nacional.Logo após, em
2001, fez sua primeira protagonista, Cecília, em A Padroeira. Em 2002, foi a vilã cômica e vampira
atrapalhada Lara, na telenovela O Beijo do Vampiro.Em 2003, foi a vez da atrapalhada Darlene
Sampaio, de Celebridade, uma personagem que tinha como objetivo a fama a qualquer custo.
Em 2005, atuou como Sol, uma mulher que tem o sonho de ganhar a vida nos Estados Unidos
mesmo que seja como imigrante ilegal, e protagonista da telenovela América.
Em 2006, participou do quadro Dança no Gelo do programa Domingão do Faustão, ficando em
terceiro lugar. Na metade desse quadro, ela fraturou duas costelas, mas não desistiu do jogo.
No mesmo ano, interpretou a sua terceira protagonista e ao mesmo tempo sua terceira vilã, a
perversa Elizabeth, na telenovela Pé na Jaca.Em seguida, em 2007, fez uma participação especial
em Paraíso Tropical, como a prostituta de Luxo Betina.
Em 2008, ela foi uma das co-protagonistas da novela A Favorita, onde interpretou a ex-retirante
ambiciosa e dissimulada Maria do Céu.Neste mesmo ano, foi eleita a mulher mais sexy do Brasil
pela revista Isto é Gente, e a 3ª mais Sexy do mundo pela revista Vip.Em 2009 no dia 6 de Junho,
casou-se com o jogador de futebol Roger Flores e passou a assinar como Deborah Fialho Secco
Flores. Em Janeiro (2009), participou do episódio especial de fim de ano "Decamerão - A comédia
do sexo", interpretando a enfermeira Monna. Com muitos elogios, o especial entrou para a
programação da rede Globo e no segundo semestre virou minissérie com 4 novos episódios.
64
No final de Agosto estreiou no quadro "Domingo é dia De..." no Fantástico, juntamente com
Edimílson Barros, Matheus Nachtergaele, Lúcio Mauro Filho e Bruno Garcia. O quadro mostra
situações do cotidiano que se transformam em momentos inusitados e cômicos. A cada Domingo,
uma nova personagem. Em Setembro, entrou em preparação para dar vida a Bruna Surfistinha
(Raquel Pacheco) no Cinema. 'Bruna: O Doce Veneno do Escorpião' conta a história de uma
Adolescente paulista de classe média, que abandona a casa dos pais e se torna garota de programa.
O longa tem previsão de estrear no segundo semestre de 2010.
Entrevista 6
Assunto: A carreira de Bem Affleck
Por Beatriz de Sousa Ferreira
Victor Figueiredo Santos
(Escola Estadual Edgard Francisco - 2 º A)
Entrevista com Bem Affleck
Idade: 39 anos
Califórnia - Estados Unidos
Formação: Diretor cinematográfico e ator.
Estado civil: Casado
Transcrição
Como sua realização pessoal afetou seu trabalho ?
Eu acredito que minha família me ajudou em ver tudo mais nítido (sorriso iluminado). Amadureci
bastante o que me fez ver uma carreira mais longe sabe, em longo prazo. Eu só pensava em viver o
aqui e o agora, ligava para a bilheteria não tanto pelo legado que deixaria daqui a uns 20 anos.
Seu envolvimento com estrelas como Jennifer Lopez, te expôs te uma maneira na qual você
acha que possa ter afetado sua carreira?
(risos) não saberia te falar. Eu acho que não faz bem a ninguém está sob os holofotes o tempo todo
né...
Você se arrepende em alguém momento do especial que gravou com Jennifer Lopez, abrindo
as portas de sua casa, em 2003?
65
Tudo aquilo foi antes do filme Contato de Risco estrear. O pessoal do filme queria nos ver
cozinhando e jogando algo, basquete, por exemplo. Claro que me arrependo, eu estava super
constrangido nas gravações. Mas equilibrei minhas necessidades como ator com necessidades de
quem estava financiando meu trabalho eeee ... A vida pessoal tinha que ficar de fora, não me
protegi o suficiente e paguei um preço alto. Te garanto hein , que nunca mais vou fazer isso (risos).
Pra você, até que ponto Jennifer Garner ajudou na sua transformação?
Todos nós aprendemos com a vida. Eu consegui amadurecer, mas mantive minha liberdade e meu
gosto pela experimentação. Acho que não me senti tão confortável antes de me casar e ter meus
filhos. Tudo isso me deu maior tranqüilidade e a Jennifer, ah, a Jennifer representa esse marco – e
adora quando eu admito (risos).
Como você vai dirigir sua carreira daqui pra frente?
Eu estou focando em histórias capazes de tocar as pessoas, algo que as interesse. De preferência
reais e inesperadas.
Você apoiou Barack Obama, não?
Claro (ar impressionado).E estou muito feliz com ele. Quando o roteiro foi escrito, o cinismo com o
qual nós enxergávamos nosso governo Bush deu o tom. Obama nos deu mais otimismo. Ainda
assim, acho importante a vigilância constante sobre os políticos no qual escolhemos.
O que você aprendeu com experiência na direção?
Eu mal conseguia respirar, parecia criança com um brinquedo novo nas gravações... de Medo da
Verdade. Aprendi muito, mais sempre fico com medo como se fosse a primeira vez (risos). Além
disso eu ainda vou atuar, óo to podendo (risos).
Você não parece mais tão irritado com os paparazzi...
Isso me irrita demais. O fato é que eu não quero que minhas filhas me vejam transtornado. Então
tento manter a calma e saiu rapidinho do local. Mas se eles insistirem em fazer fotos das crianças, ai
eu fico muito bravo.
Jennifer Garner disse que troce para que seus filhos herdam a felicidade dela e a sua
curiosidade, o que você diz?
Nunca discordo da minha mulher (risos).
(Bibliografia: Revista Criativa MAIO 2009. Edição 241).
66
Como a realização pessoal afetou o seu trabalho?
Ter construído uma família me ajudou a ver tudo mais claramente. Acho que amadureci, o que me
levou a pensar em uma carreira a longo prazo. Antes eu ligava para a bilheteria e não tanto para o
legado que deixaria daqui a 20 anos. Só pensava em viver o aqui e agora.
O envolvimento com estrelas, como Jennifer Lopez, afetou negativamente a sua carreira, pela
superexposição?
Não saberia dizer. Obviamente, não faz muito bem a ninguém estar sob os holofotes o tempo todo.
Arrepende-se do especial que gravou com Jennifer Lopez, abrindo as portas de sua casa, em
2003?
Aquilo foi antes de o filme Contato de Risco estrear. As pessoas que financiaram o filme queriam
nos ver cozinhando e jogando basquete. Claro que me arrependo. Dá pra ver que eu estava
constrangido com a gravação. O ideal é equilibrar suas necessidades como ator com as necessidades
como ator com as necessidades de quem financia seu trabalho. A vida pessoal tem de ficar de fora.
Como não me protegi, paguei um preço alto. Nunca mais farei isso.
Até que ponto Jennifer Garner ajudou na sua transformação?
Todo mundo aprende com a vida,. No meu caso, consegui amadurecer, mas manter um pouco da
liberdade e do gosto pela experimentação. Acho que não me sentia tão confortável comigo mesmo
até me casar e ter filhos. Isso me deu uma tranqüilidade maior. Jennifer representa esse marco – e
adora quando admito isso.
Como vai direcionar a carreira daqui para frente?
Estou focando em histórias capazes de tocar as pessoas. De preferência, reais e inesperadas. Quero
tocar temas universais e importantes.
Você apoiou Barack Obama, não?
Apoiei. E estou muito feliz com ele. Quando o roteiro foi escrito, o cinismo com o qual
enxergávamos o governo de Bush deu o tom. Obama trouxe mais otimismo. Ainda assim, acho
importante a vigilância constante sobre os políticos que ajudamos a eleger.
O que aprendeu com a experiência na direção?
Eu mal conseguia respirar na filmagem de Medo da Verdade. Aprendi muito, mas estou com tanto
medo quanto da primeira vez. Além disso, agora eu ainda vou atuar.
Você não parece mais tão irritado com os paparazzi...
67
Isso me irrita demais. O problema é que não quero que minhas filhas me vejam transtornado. Então
tento manter a calma e sair rapidinho do local. Se eles insistem em fazer imagens das crianças, ai eu
fico muito bravo.
Jennifer Garner disse que torce para os filhos herdarem a felicidade dela e a sua curiosidade .
O que você diz sobre isso?
Huuum... Nunca discordo de minha mulher (risos).
Discurso indireto
Bem Affleck acredita que a família o ajudou muito. Ele amadureceu bastante o que o fez pensar em
uma carreira em longo prazo. O envolvimento dele com Jennifer Lopez ele não saberia dizer se
houve uma superexposição. Ele sabia que não fazia bem a ninguém ser o centro das atenções o
tempo todo. Perguntamos se ele se arrependia por ter aberto sua casa à gravação com Jennifer
Lopez em 2003, ele disse que estava constrangido e que soube equilibrar suas necessidades, mais
que como não se protegeu, pagou por um preço alto. Quanto a sua atual mulher, a também Jennifer
só que Garner, Jennifer Garner, procuramos saber até que ponto ela ajudou em sua transformação.
Bem disse que, amadureceu mais, manteve o um pouco da liberdade. Ele diz que não se sentia a
vontade até montar uma família, agora com essa estabilidade ele tem um tranqüilidade maior.
Bem vai direcionar a carreira em histórias capazes de tocar as pessoas. Ele quer temas universais e
importantes.
Para quem não se lembra, Bem apoiou Barack Obama e parece está muito satisfeito com sua vitória
– ‘’Obama trouxe mais otimismo’’.
Em sua experiência como diretor, ele mal conseguia respirar. Aprendeu muito, mais em cada cena
ele sente o mesmo medo, como se fosse da primeira vez.
E para finalizar, Bem disse que não discorda da mulher, se ela diz que os filhos herdaram a
felicidade dela e a curiosidade, ele concorda.
68
Entrevista 7
Assunto: Carreira artística
Por Bianca Mezzalira
Caroline Silveira
Lucas da Costa Silva
Marcela Silva F. Costa
Tipo de inquérito: Entrevista.
Duração: 2:47
Data: 07/10/2008
Local do inquérito: Estúdio GNT.
Tema: Carreira artística.
Documentador: Marilia Gabriela.
Dados do informante
Nome: Wagner Maniçoba de Moura
Idade: 34 anos.
Naturalidade: Salvador – BA.
Profissão: Ator e diretor.
Transcrição
ETAPA 1: DISCURSO DIRETO
Marilia Gabriela: Em a::lgum momento você se pe::rmitiu se deslumbrar com tudo que aconteceu
TÃO verTIginosamente tão rapidamente com você ?
Wagner moura: Eu sou muito defendido com isso, assi::m éh::: muito, muito, i:::Fo...hãn... pode
ser gabi assim que:::... por exemplo hoje eu na.. não sei nem se é um deslumbramento mais hoje eu
tento me valorizar mais e:::... hum::... recebo um convite pra fazer alguma coisa eu penso m::u..
b::EM ... eu leio bEM, hum::.. eu di::digo se não for o que eu quero eu não fu.. eu não faço que se
69
não pagar o que eu quero eu também não fa::ço
Marilia Gabriela: [
hu::m...entendi...
Wagner moura: Não sei se isso é um desLUMbramento talvez um po::uco.. te...tento pensar mais
por exemplo posso fazer um coisa qua..quase de graça se eu pira na..na... parada agora eu sempre
fui muito def..defendido com::. essa coisa do::: () que deixa as pessoas longe do que elas são que
aFASta as pessoas delas mesmas
Marilia Gabriela: e que deve evidentimente te... te ... acontecido com você.. que você deve te tido
oportunidade de de ... perceber ou de pelo menos ter passado por isso conVItes adulaÇÃO
paiXÃO ()fascínio por você
Wagner moura: mais sempre sempre vejo tudo isso cum cumo é muito atrás assim viu digo isso
com franqueza porque Tenho éh::: eu tenho por exemplo eu tenho sorte em ser amigo de Lázaro de
que me situa
Marília Gabriela:
Lázaro Ramos ?
Wagner moura: eh:: e a gente olha ... isso não cara ... isso ai calma ... ai éh:: hã:: tenho a sorte de
ter tido PAI e mãe que me deram caráter ao ponto dizer o q..o que que é isso e sabe e é isso eu acho
que o principal éh::: pra mim nessa coisa eu sempre tive muito medo de me distanciar de quem eu
sou mesmo sabe assim de quem .. das coisas que eu acredit oque eu acho certo
Marilia Gabriela: EAI que você ...... de repente vira HAMlet ((wagner moura respira fundo)) -- to
fazendo essa conversa um pouco um caminho de doido mais é como a gente conversa naturalmente
e eu acho que é assim que tem que rola -- Como é que alguém hã::: hum:: no auge do sucesso -- que
eu ainda quero falar sobre isso com você -- no auge do sucesso uma Fe::.. uma figura extremamente
conturbada? tem haver o...o vilão e o mocinho () resolve fazer uma ... um dos Ícones uma
70
personagem Ícone do teatro universal que é o Hamlet porque correr esse risco ? -- SE ta com CAra
de quem ta correndo risco --
Wagner moura: ((risos)) mais correr risco é bom demais.. vale a pena pelo risco também eu ((
suspira))eu se... sempre quis fazer Hamlet assim óh:: a sombra de HAMlet parava sobre mim desde
que eu li Hamlet quando eu era garoto quando eu comecei a fazer teatro.
ETAPA 2: RETEXTUALIZAÇÃO
Marília Gabriela: Em algum momento você permitiu se deslumbrar com tudo que aconteceu
tão rapidamente com você ?
Wagner moura: Eu sou muito defendido contra isso, por exemplo hoje eu tento me valorizar mais,
se recebo um convite pra fazer alguma coisa eu penso muito bem , se não for o que eu quero ou não
pagar o que eu quero eu não faço.
Marília Gabriela: Entendo.
Wagner moura: Não sei se isso é um deslumbramento, talvez seja um pouco, mais por exemplo
posso fazer um coisa quase de graça se eu realmente me identificar, pois não acho certo me afastar
do que realmente sou.
Marília Gabriela: Evidentemente deve ter acontecido com você que deve ter tido
oportunidade de perceber fascínio que existe por você.
Wagner moura: Mais eu sempre vejo tudo isso com muita franqueza, porque por exemplo eu
tenho sorte em ser amigo de Lázaro.
Marília Gabriela: Lázaro Ramos ?
71
Wagner moura: Sim, ele mesmo. Nós temos uma amizade forte e aconselhamos um o outro. Eu
tenho a sorte de ter tido pai e mãe que me deram caráter e eu acho que isso é o principal, eu sempre
tive muito medo de me distanciar de quem eu sou, das coisas que eu acredito que seja o certo.
Marília Gabriela: Mudando de assunto... De repente você vira Hamlet! Como você no auge
do sucesso decide interpretar uma figura extremamente conturbada um ícone do teatro
universal? Como você aceitou correr esse risco?
Wagner moura: Correr risco é bom demais.. Vale a pena o risco também eu sempre quis fazer
Hamlet, desde garoto quando eu comecei a fazer teatro eu sou influenciado por ele.
ETAPA 3: DISCURSO INDIRETO
Marília Gabriela perguntou a Wagner moura se por algum momento ele havia se permitido se
deslumbrar por sua fama repentina, Wagner por sua vez respondeu que é muito defendido contra
isso, mais ele passou a se valorizar mais, a pensar muito bem antes de aceitar alguma proposta.
Marília disse que entendia o pensamento de Wagner que continuou sua idéia dizendo que não sabia
se isso é um deslumbramento, que talvez fosse um pouco, mais que ele gostava afastar-se de seus
gostos. .
Marília perguntou a Wagner se já havia tido oportunidades de perceber o fascínio que havia sobre
ele, Wagner diz que vê isso com muita franqueza, e completa dizendo que tem muita sorte de ser
amigo de Lázaro Ramos pois os tem uma amizade muito forte e que também tem sorte de ter tipo
país que lhe deram caráter para não se distanciar do que realmente é que para Wagner é uma das
coisa mais importantes.
Marília Gabriela muda de assunto e começa citar sobre sua atuação como Hamlet e o pergunta
porque tal feito, Wagner responde que foi um risco que ele se dispôs a correr, pois sempre foi
influenciado , desde quando havia começado a fazer teatro.
72
Entrevista 8
Assunto: O Poderoso Chefão
Nomes: Esli Souza
Jhônatas Rocha
Rodrigo Gonçalves
Vinícius Rosário
( 2º A)
Entrevistado: Vinícius Rosário de Oliveira
Idade: 16 anos(03/10/1994)
Residência: Rua João Del Porto Nº: 179
Ocupação: Cursando a Segunda Série do Ensino Médio e Trabalhando como Auxiliar Geral
Estado Civil: Solteiro
Entrevistador: Jhônatas Rocha Rodrigues da Mata
Idade: 16 anos(14/12/1994)
Residência: Rua José Tibúrcio da Cunha Nº: 327 - Taboão da Serra -São Paulo
Ocupação: Cursando a Segunda Série do Ensino Médio
Estado Civil: Solteiro
Entrevista relacionada ao filme O Poderoso Chefão(The Godfather) - Francis Ford Coppola
Transcrição
Jhônatas: éh:::...então Vinícius...em um primeiro instante...como você VÊ o::: O Poderoso Chefão?
Vinícius: ah::: é um filme que eu sempre tinha ouvido falar (sabe)?...e:::...sempre agente vê
passan/falando a respeito dele nos programinhas que passam na televisão...como:::eu a patroa e as
crianças...no:::/até no (todo) mundo odeia o cris((risos))...e:::...por aí vai...
Jhônatas: e alguma coisa te chamo a atenção logo no começo do filme? sei lá, qualquer coisa...
Vinícius: acho que sim...a primeira coisa foi logo essa coisa de assis/ter que assistir legendado...
Jhônatas: como assim?((risos))
Vinícius: é que você fico enchendo a paciência pra eu assistir legendado e tal e:::num entendi
73
porque...
Jhônatas: quem era ator principal do filme?
Vinícius: (eu lá) vo saber?((risos)) é Marlon:::...Marlon alguma coisa...
Jhônatas: Marlon Brando?((risos))
Vinícius: é iss/esse aí mesmo -- já tinha ouvido fala nele...
Jhônatas: deve ser porque ele fez esse filme... -- digamos desse jeito -- ma-g-ni-fi-ca-men-te bem
e:::vários outros que foram sucesso...(alguns) até se tornaram CLÁSSICOS...
Vinícius: tá bom tá bom...mas:::...que que isso tem a ver com eu assistir esse filme legendado?
Jhônatas: alguma coisa te chamo atenção nele?
Vinícius: ah:::...tipo a voz dele é zica mesmo -- ele tem umas buchechas estranhas((risos))...
Jhônatas: ((risos))buchechas estranhas? é porque ele era BEM mais jovem quando ele fez o filme
né? tinha uns quarenta e seis (anos)/representando um cara de setenta e poucos anos...ahn:::...tinha
que ser estranho((risos))...
Vinícius: Hum...mas também num precisava coloca umas buchechinhas tão feias...que nem de
buldogue velho...((risos))...
Jhônatas: éh:::...mas voltando pro assunto da voz...esse seria o motivo principal pra assistir
legendado...pra você ver como era a voz dele interpretando sabe?...
Vinícius: tá...mas num deu muito certo não...porq/eu não consegui presta atenção direito no que
tava passando...as imagens e tal...é estranho é estranho((risos))((pega um pouco de pipoca))...
Jhônatas: EI:::...para de comer enquanto agente tá fazendo isso aqui...aí aí depois nem lembra do
que a gente tava falando e:::....atrapalha tudo aqui caramba((risos))...
Vinícius: então para de ficar bebeno refri enquando agente tá fazendo isso aqui também...fica
falando de mim...seu troxa...
Jhônatas: cê esquece que eu tenho que escrever tudo né?...((risos))...
Vinícius: tá tá...que mais?...
Jhônatas: então...voltando ao assunto...de legendado e tal...com o tempo você se acostuma com
isso...pelo menos eu espero...pro seu bem...((risos))...
Vinícius: toda vez que agente dá risada você tem que escrever risos é?...
Jhônatas: ahn...acho que sim...
Vinícius: quantos risos então hein? ((risos))...
Jhônatas: PARA meu...((risos))...bem:::...voltando aqui...nada sobre o nome?...
74
Vinícius: que nome?...
Jhônatas: o nome de filme ué...porque o poderoso chefão se na verdade o nome é The
Godfather...que:::...que significa...o pa-dri-nho...tipo...que que isso tem a ver com o poderoso
chefão?...
Vinícius: ah:::tá...num prestei muita atenção (nisso) não...mas parando pra pensar...tem nada a ver
mesmo...
Jhônatas: e:::...
Vinícius: mas eu intendi que chamavam ele assim quando viravam seus "protegidos"...
Jhôanats: sabe...quando eu assisti esse filme pela primeira vez eu achei uma coisa estranha...
Vinícius: o que?...
Jhônatas: o filme mostra uma realidade...tipo...o mundo da máfia né?...e:::...é estranho porque...o
filme passa tudo aquilo como uma coisa boa...que seria legal se (você) fosse um deles...viver que
nem eles...respeitados que nem eles((risos))...cê viu isso também...
Vinícius: hehe...é verdade...dá vontade de ser um MAFIOSO também...fazer parte da
"família"...((risos))...
Jhônatas: mas você achou um bom filme...tipo...você acho legal a história, os atores e tal?...
Vinícius: achei sim...é da horinha...tinha um cara que eu conhecia também éh:::...num lembro o
nome dele agora...
Jhônatas: quem?
Vinícius: aquele lá que fez o onze homens e um segredo...hum:::...ah:::...mól narigudo...parace o
Luciano Huck...
Jhônatas: ah tá o Al Pacino...ele ser zica((risos))...sabe qual a parte que eu mais gosto dele no
filme?...
Vinícius: qual?
Jhônatas: quando ele tá lá na igrejinha e...jurando e tal dizendo que renegava o mal o diabo as
coisas ruins...enquanto os capangas dele tão matando os outros chefes de família todos...como diria
meu irmão...é a mais bela hipocrisia...
Vinícius: é...((risos))
Jhônatas: e sua parte favorita...se é que você já tem uma sei lá...
Vinícius: num é favorita...mais a mais legal é quando o cara bate lá na irmã do outro e ele vai e
quebra o cara...bota mól mala...
75
Jhônatas: também acho...
Vinícius: também tem aquela parte que ele casa com a minininha lá e:::...colocam uma bomba no
carro dela...ele deve ter ficado p*** com aquilo...
Jhônatas: não fala essas coisa não ô...comé que eu vo transcrever isso?((risos))
Vinícius: sei lá...coloca qualquer coisa aí pra fica mais bunitinho tá?...
Jhônatas: falando em besteira...você gosto do gatinho dele? ((risos))...
Vinícius: ah:::achei bunitinho também...só acho que ele maltrato o gatinho demais...fazendo carinho
no gato parece que ele tpa bateno nele...
Jhônatas: "Bonasera...Bonasera"...((risos))
Vinícius: "pegue o cannoli" Jhônatas...((risos))
Jhônatas: e a morte lá do filho dele?
Vinícius: cê é loco...mól mentira aquilo lá...trezentos tiro de metralhadora e ele num morre...parece
uma peneira e ainda consegue:::...dançar...((risos))...
Jhônatas: e as roupas de é poca e tal?
Vinícius: são bunitinhas...muito elegantes...num é que nem os perrapados daqui...
Jhônatas: acho que já tá bom hein...então agente termina por aqui...
Vinícius: tá certo tá certo...
Jhônatas: fim...((risos))
(Retextualização não realizada)
Entrevista 9
Assunto: Violência Doméstica e Alcoolismo
Por Evilis Pereira Silva
Juliana Florentino da Silva
Stephanie Rocha da Silva
Ingrid Gomes
(2ºA)
Dados da Entrevista
Tipo de inquérito: Entrevista
Duração: 4 minutos e 30 segundos
Local do inquérito: Hospital Geral Pirajussara
76
Tema: Violência domestica e alcoolismo
Documentador: Alunos do 2°A (Evilis, Juliana, Stephanie)
Dados do informante
Nome: Ana Regina Noto
Idade: 35 anos
Naturalidade: São Paulo
Domicilio: Rua Santo Antonio, n° 155, Taboão da Serra – SP
Formação: Psicologia
Profissão: Psicóloga
Línguas estrangeiras: Inglês e espanhol
Estado civil: Casada
Naturalidade dos pais: Florianópolis – SC
Pai: Milton Afonso Noto
Ocupação: Micro – empresário
Mãe: Isis de Oliveira Noto
Ocupação: decoradora
Linguagem Oral – Transcrição
Doc.: É..:: então doutora... Qual a sua opinião... Em relação:: a violência domestica e/com...
alcoolismo::? A... senhora acha que... o álcoo::l pode levar... um individuo a... comportamento
agressivo::?
Dr. Ana: éh:::..bem... em minha opinião... existe uma gRANde associação entre... violência
domestica ou/e... alcoolismo... porque UMA pessoa que está EM grande excesso de... alcoolismo
no::: seu corpo; ela acaba... tendo um comportamento diferente...né?! então assim ela acaba...
agredindo;;; pessoas que estão... ao seu redor... ou seja; quaisQUER que seja... o que o
companheiro... LHE:: disser; já é um... motivo de... agressão... porque ela está fora de si... e assim
reage ( ) sem “pensar “ NE?! ... digamo::s assim, e isso... acaba se tornando... desculpa para aquela
pessoa... agredir a outra, entendeu?
77
Doc.: Ótimo... então doutora:: poderia me dizer... quais são os tipos de... violências domesticas que
estão... associados ao ( ) álcool? Será... que existe; uma diferença entre... homens ou/e:: mulheres...
em relação a... esse assunto?
Dr. Ana: claro... assim, alguns exemPLOS simples e... que ouVIMOS sempre... dizer nas ...
televisões; né? são os... tipos de violências domesticas; associados ... à negligência... violêNCIA
psicológica... física e... sexual e etc..., esses são os tipos... de violências em que ma::is conhecemos
popularmente, NE?... bem, existe... uma gRANde variabilidade... entre homens e... mulheres;; que
ficam embriagados... mas, eu acho que geralmente são os HOMENS... que ficam embriagados... e...
como conseqüência::: normalmente... a mulher é a vitima, entende? Porém, também... existe
violência... entre pessoas... do mesmo sexo certo?!
Doc.: Ahã... Dr. Ana Regina... éh::: no seu ponto de vista... no geral:::, qual éh::: o perFIL dos...
agressores e... das vitimas... agredidas?
Dr. Ana: digamos assim (...) éh::: que normalmente, os agressores... estão embriAGADOS... e
co::mo de costume... as mulheres( ) ou seja... as espo::sas que... sofrem as conseqüências... e/ou...
outros membros da família... como::: filhos... éh::: pais... irmãos NE? São os que... normalmente
sofrem... maiores agre::ssões éh::: ou não é?
Doc.: De fato... então doutora Ana Regina, agora para::: terminar... você acha que... qual éh:::... a
melhor maneira para eVITAR a violência domestica.... associada ao/com... bebidas alcoólicas?
Dr. Ana: veja bem... quanto a isso, não temos ainda:::, uma solução... QUE possa fazer com que... a
violência doméstica... acabe de uma vez, entende? ...mas, eu acho que... algumas soluções como:::
informações... ah::/éh:: orientação á família...e o... fortalecimento da rede social de apoio:: às
famílias... certo?... ajudam bastante, pois... existe CASOS... em que o problema éh::: psicológico
mesmo... e acabam usando o “ alcoolismo” como... desculpa; mas aí... cabe somente à::: família,
querer encontrar... uma saída:: NE? E... a ajuda de um profissional, entendeu?
Retextualização
Discurso direto
Doc.: Qual a opinião da senhora, para a associação de violência domestica com alcoolismo? A
senhora acha que o álcool pode levar um individuo a comportamentos violentos?
78
Dr. Ana: Em minha opinião, existe uma grande associação entre violência doméstica com o
alcoolismo, porque uma pessoa que está em grande excesso de álcool no seu corpo, ela acaba tendo
um comportamento diferente, assim agredindo pessoas que estão ao seu redor, ou seja, quaisquer
que seja o que o companheiro lhe disser, já é um motivo de agressão, porque ela está fora de si e
assim reage sem “pensar”, isso acaba se tornando desculpa para aquela pessoa agredir a outra.
Doc.: Doutora poderia me dizer quais são os tipos de violências domesticas que estão associados ao
álcool? Existe alguma diferença entre homens e mulheres, em relação a esse assunto?
Dr. Ana: Claro, alguns exemplos simples e que ouvimos sempre dizer nas televisões, são os tipos
de violências domesticas associados à negligência, violência psicológica, física e sexual, esses são
os tipos de violências em que mais conhecemos popularmente. Existe uma grande variabilidade
entre homens e mulheres que ficam embriagados, mas geralmente são homens que ficam
embriagados, e como conseqüência, normalmente a mulher é a vitima. Também existe, violência
entre pessoas do mesmo sexo.
Doc.: Ana Regina, no seu ponto de vista, no geral, qual o perfil dos agressores e das vitimas de
agressões?
Dr. Ana: Digamos que normalmente, os agressores estão embriagados, e como de costume, as
mulheres, ou seja, as esposas que sofrem as conseqüências, ou outros membros da família, como
filhos, pais, irmãos são os que normalmente sofrem maiores agressões.
Doc.: Agora para terminar doutora Ana Regina, em sua opinião, qual a melhor maneira para evitar a
violência domestica associada com bebidas alcoólicas?
Dr. Ana: Não temos ainda, uma solução que possa fazer com que a violência domestica acabe de
uma vez, mas acho que soluções como: informações, orientação à família e o fortalecimento da rede
social de apoio às famílias ajudam bastante, pois, existem casos em que o problema é psicológico
mesmo, e acabam usando o “alcoolismo” como desculpa, mas cabe somente a família querer
encontrar uma saída e a ajuda de um profissional.
79
Discurso indireto
O documentador perguntou para a Doutora Ana Regina, qual era a associação entre violência
doméstica com alcoolismo e se o álcool poderia levar um individuo a comportamentos violentos.
Ela respondeu lhe dizendo que existe uma grande associação entre violência domestica com
alcoolismo, e explicou dizendo que uma pessoa com grande excesso de álcool em seu corpo, ela
acabava tendo um comportamento diferente, assim ela agrediria pessoas que estavam ao seu redor,
ou seja, quaisquer que fosse o que a companheira lhe dissesse, já era um motivo de agressão, porque
ela estava fora de si e assim reagiria sem “pensar”, e isso acabaria se tornando uma desculpa para
ela agredir a outra.
Depois ele novamente pergunta, se ela poderia lhe dizer quais eram os tipos de violências
domesticas que estavam associados ao álcool, e se existia alguma diferença entre homens e
mulheres, em relação á este assunto. Segundo ela, alguns exemplos simples, e que sempre ouvimos
dizer em televisões, eram os tipos de violências domesticas associadas à negligência, violências
psicológicas, físicas e sexuais. Ela disse também, que existe uma grande variabilidade entre homens
e mulheres que ficavam embriagados, mas que geralmente eram os homens que ficam embriagados,
e que de conseqüência a mulher que era a vitima. Ela confirmou, dizendo que existe violência entre
pessoas do mesmo sexo.
O documentador pergunta-lhe, que no ponto de vista dela, qual era o perfil dos agressores e das
vitimas de agressões. Ela diz que normalmente, os agressores estão embriagados, e que como de
costume as mulheres, ou seja, as esposas que sofriam as conseqüências, ou outros membros da
família, como filhos, pais, irmãos também era os que normalmente sofriam as maiores agressões.
O documentador encerra, perguntando se ela acha que exista alguma maneira para evitar a violência
domestica associadas com bebidas alcoólicas. Ela responde dizendo que ainda não há uma solução
que possa fazer com que a violência domestica acabe de uma vez, mas acha que soluções como
informações, orientação a família e o fortalecimento da rede social de apoio à família ajudariam
bastante, pois, existiam casos em que o problema era psicológico, e acabavam usando o
“alcoolismo” como desculpa, por fim diz que cabe somente a família querer encontrar uma saída e a
ajuda de um profissional.
80
Entrevista 10
Assunto: Drogas
Por Matheus Cruz Pires
Weslley Pereira Ribeiro
Jonathan de Oliveira Magno
(2º A)
Entrevistadora: Elizangela
Entrevistado: Igor
Nacionalidade:brasileiro, nascido em Maceió
Idade: 18 anos
Duração do vídeo: 2 minutos e 55 segundos
1ª Etapa – transcrição
eh:: que tipo de:: drogas você usa?
eu:: uso somente::./ maconha
qual a::.. a idade::. e quando começo a usá-la?
eh::.. (dezenove) ou (doze) há::..... treze anos
Você foi induzido a.. usá-la ou::... começo.... por conta própria.
hum.. comecei sozinho ( ) NE
na época ( ) eu tava .... curioso......
he... queria saber como ( ) era as para::das de La
(certo)
você::... já::..chegou a.. induzir alguém?
já::... me arrependo mais.. não pretendo....fazer isso Mais não
é::. E de que forme você... adquiri as drogas?
hum::.. com uns.. chega ai...
pode... falar o lugar::.
81
hum::.. como você.. adquire::. Dinheiro ( ) para comprá-la
dinheiro::... pegando ... da minha::.. mãe escondido::.. vendendo / negócios La de casa
você::... já fico::u muito tempo .. sem usa ::.. i::../ como se .. sentiu?
já:;.. já::.. fiquei uns::.. três dias, mais..... senti .... nenhuma dife::rença/ não
hum alem da maconha ( ) você já..... experimentou.... usar outro tipo de drogas?
Loló ( ) NE e.. mais maconha...e meu forte mesmo (( risos))
he::.. você... já tentou parar.. de usar?
e:.. ate agora não
se seus pais.... soubessem../ como eles.. reagiriam?
se ... soube::sem::.. teriam um ataque.... sei lá/ iriam morre meu pai (talvez)..sei não.....como ele i
não/ acho:::...... ate que ele usou...também
2ª Etapa - retextualização
eh que tipo de drogas você usa?
eu uso somente maconha
qual a a idade e quando começo a usá-la?
eh (dezenove) ou (doze) há treze anos
Você foi induzido a usá-la ou começo por conta própria.
Hum comecei sozinho NE
na época eu tava curioso
he queria saber como era as para das de La
(certo)
você já chegou a induzir alguém?
já me arrependo mais não pretendo fazer isso Mais não
é E de que forme você adquiri as drogas?
hum. com uns chega ai
pode falar o lugar
hum. como você adquire Dinheiro para comprá-la
dinheiro. pegando da minha mãe escondido vendendo negócios La de casa
você já ficou muito tempo sem usa i como se sentiu?
já já fiquei uns três dias, mais senti nenhuma diferença não
82
hum alem da maconha você já experimentou usar outro tipo de drogas?
Loló NE e mais maconha e meu forte mesmo (( risos))
he. você já tentou parar de usar?
e ate agora não
se seus pais soubessem como eles reagiriam?
se soubesem teriam um ataque sei lá iriam morre meu pai (talvez)sei não como ele i não acho ate
que ele usou também
( regras da escrita padrão não usadas a cotento)
3ª Etapa
O entrevistador pergunta qual é o tipo de drogas que ele utiliza, e é respondido que só utiliza
maconha e depois é perguntado com qual idade foi que ele começou é dito dezenove depois doze ou
treze anos e o entrevistador pergunta se ele foi influenciado, mas foi respondido que não que foi
sozinho por curiosidade e tinha enterre se em conhecer e vê se ele já tentou induzir alguém, ele fala
que sim, mas não tem a pretensão de fazer de novo e fala com ele consegue as drogas e é
respondido que com “uns chegados”, ele responde como consegue o dinheiro que pega da mãe
escondido ou vende coisa de casa é comentado que já ficou só três dias sem usar as drogas, mas
também e perguntado se ele já usou outro tipo de droga, ele diz que loló mais que gosta de maconha
fala que nunca tentou ara de usar e diz que se os pais soubessem eles morreriam ou talvez o pai dele
já usou também.
Entrevista 11
Assunto: Vitor & Léo
Por Gisele Santos de Sena
Maythê Vieira da Silva
Pamela Cristina
Vanessa Stevens
(2ºA )
Língua Oral e Língua escrita
83
Taboão da Serra,junho de 2011
Introdução
A Língua Oral e a Língua Escrita são utilizadas todos os dias na nossa vida, cada uma com
suas marcas e particularidades.
Aqui estão expressos essas formas de linguagem com a utilização de uma entrevista
(narrativa oral), sua transcrição (retextualização) e sua reescrita como texto do discurso indireto,
com objetivo de mostrar as diferênças dos textos com e sem marcas da oralidade.
Entrevista com Vitor & Léo
Victor & Leo, durante concerto na cidade de Boa Vista, Roraima, em
2009.
Nome: Vitor C. Zapalá Pimentel
Data de nascimento: 15 de abril de 1975
Função na Dupla: Vocal
Nome: Leonardo C. Zapalá Pimentel
Data de nascimento: 4 de outubro de 1976
Função na Dupla: Violão/Vocal
Naturalidade: Ponte Nova- Minas Gerais
Profissão: produtores, cantores, compositores, arranjadores e músicos
Discografia: São 8 CDs, 2 DVDs ao vivo e 1 Blu-ray, além de um DVD documentário em espanhol
e DVD Victor & Leo - A História, lançado em dezembro de 2010.
Entrevistadora: Sabrina Sato
Local: Show do Youtube Sertanejo Live
Data: 30 de Novembro de 2010
84
Duração da entrevista: 2’10”
Transcrição
Sabrina Sato: Oi gente:: olha só com quem eu to:::...Vitor e Léo Lindo:::s...que eu amo... olha só o
Vitor e o Léo/Léo me fala uma coisa o que que você faz? ... O Vitor eu sei que ele compõe... ele::
toca arranjo lá... faz o arranjo... toca violão toca isso toca aquilo não é verdade? Você não faz tudo?
Vitor: Ele também... ele faz... ele faz os arranjos Junto comigo neh? ...também compõe... eh::: ele é
um cara sensacional... ele... eh... eu acho que o::... ah.../as coisas que eu faço... néh... e que
aparecem com o meu nome as canções e tal...eh são todas... eh... aprovadas e obviamente buriladas
pelo Léo... ele ta sempre dando um toque... E agora a questão de arranjo de vestimenta que eu acho
tão fundamental quanto a própria composição... é o que vai vestir... a música... o arranjo... e ele faz
cem por cento... e até mais que eu...
Léo: Cantar ao lado não é difícil não... já vem tudo pronto... aqui é um talento neh?
Sabrina: ((risos)) Os dois são... os dois... os dois tem um sorriso lindo gente... de pertinho então
meninas vocês não tem noção...deixa eu falar outra coisa... vocês são de::...o o éh:: minas?
Léo: Lá em Uberlândia... agente foi criado em Abre Campo que é uma cidadezinha... no interior de
Minas... e nascidos em Ponte Nova... decorou?
Sabrina: No:::ssa ... eu já fui pra Uberlândia... é muito legal lá em Uberlândia...Eu adoro
Uberlândia...
Léo: Maravilhoso...
[
Sabrina: O que você faz lá em Uberlândia?... Você vai no cinema? Ou você não consegue?
85
Léo: Mais durmo... fico com a família... a::::...nas horas vazias jogo um tênis...monto a cavalo
pesco... é isso aí... mas junto a família
[
Sabrina: Você pesca?
Léo: Mas to sempre viajando...tõ sempre viajando cara... agente tem dois dias... tem dois três dias...
pra ficar em casa... então tem que ... eh:::...Tem que ficar junto da família... tem que/tem filho tem
esposa... to... procuro sempre ficar junto da minha mãe... pra matar a saudade...
Sabrina : Hu:::m... e você? Que que você faz lá em Uberlândia que você mais gosta?
Vitor: Ta convidada pra descobrir lá.. comigo...
Sabrina: Ah:::... ((grita)) Eu vô então viu gente?...Vou pra Uberlândia junto com eles depois do
show...
Léo: Ficou vermelha... eu to vendo aqui...
Sabrina: Então tah bom gente... vai daí Rafinha... Rafinha Giani... eu vou ficar por aqui mesmo...
eu to achando hein?
Transcrição de Narrativa Oral- Discurso Direto
Sabrina: Olá pessoal, estou aqui com a dupla sertaneja Vitor e Léo. Léo o que você faz? Sei que o
Vitor compõe, faz os arranjos das músicas, toca violão e muitos outros instrumentos, não é mesmo
Léo?
Vitor: O Léo também faz os arranjos junto comigo, compõe, enfim é um homem sensacional. As
canções que eu produzo e que aparecem com meu nome são sempre aprovadas, idealizadas junto ao
Léo, que sempre oferece os toques finais. Agora em relação ao arranjo das músicas, posso compará-
86
los com a “vestimenta” da música, é tão fundamental quanto à própria composição e o Léo sempre
me auxilia, faz até mais do que eu.
Léo: Cantar ao lado do Vitor não é difícil, ele é muito talentoso.
Sabrina: Os dois são muito talentosos e têm um sorriso muito bonito. Então você são de Minas?
Léo: Sim, lá em Uberlândia, fomos criados em uma cidade pequena chamada Abre Campo no
interior de Minas. Mas nascemos em Ponte nova.
Sabrina: Uberlândia é realmente uma cidade muito legal, particularmente.
Léo: Maravilhosa.
Sabrina: Mas o que você faz em Uberlândia? Consegue a menos ir ao cinema?
Léo: Eu durmo, nas horas vagas jogo tênis, ando á cavalo, pesco, mas sempre junto da minha
família.
Sabrina: Você pesca?!
Léo: Sim, mas como estou sempre viajando, nos dias disponíveis procuro permanecer em casa com
a família, para matar a saudade.
Sabrina: E você Vitor, o que gosta de fazer em Uberlândia?
Vitor: Você está convidada para descobrir!
Sabrina: Então vou após o show com vocês para conhecer Uberlândia. Muito Obrigada pessoal
pela atenção, vou ficando por aqui.
(Faltou o discurso indireto)
87
Entrevista 12
Assunto: Ética
Por Vitor Paffile
Mayla B. da Silva
Rafaela Sambiasse
( 2º A)
Tipo de inquérito: Entrevista
Duração:1:51
Local do inquérito: Programa do Jô; Rede Globo
Documentador: Jô Soares
Dados do informante:
Nome: Mario Sergio Cortella
Idade:57
Formação: Mestre e Doutor em Educação
Profissão:Professor e Filósofo
Transcrição
Doc.: O que é a ética 'pra' você?
Inf.: Ética é o conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grandes
questões da vida...que são: quero, devo, posso...Isso é ética... quais são os princípios que eu uso?
Tem coisa que eu quero 'mais' não devo, tem coisa que eu devo 'mais' não posso, tem coisa que eu
posso 'mais' não quero. ((risos)) Quando que você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito
quando aquilo que você quer é o que você pode, e é o que você deve. O que é ética é o conjunto de
valores que você usa 'pra decidi' isso.
Doc.: Mas quem define isso através de exemplo, através de quê?
88
Inf.:Você define através do moduLAR... do exemPLAR... define através de princípios da sociedade
sejam religiosos ou não. Define através de normatizações, por exemplo: à 20 anos num auditório
algumas pessoas fumariam outras NÃO. Á 10 anos haveria uma placa escrito 'proibido fumar', hoje
não precisa mais, hoje as pessoas o fazem/elas introjetaram aquele comportamento social.Às vezes
aparece como norma, você se lembra quando o cinto de segurança passou a ser obrigatório o uso no
Brasil...ahã... muita gente 'praf' burlar a lei comprava a camisa do Vasco, lembra?
Com a faixa...
Doc.: Com aquela 'faxa'...
((risos))
Inf.: Para 'qui' o agente da lei não visse.
Doc.:Ahã!!
Inf.:Ora, hoje você entra no carro e coloca o cinto sem lembra da multa...Isso significa 'qui' a ética
vai se construindo com isso. Agora CAUTELA... não existe ninguém sem ética. Diz/ué, mas e o
deputado que fralda, o fiscal que faz, o professor que engana...Esse tem uma ética que é contrária a
da nossa, ele é anti-ético. Mas não existe ninguém sem ética.
Discurso direto
Em determinado momento da entrevista o entrevistador o indagou:
-O que é a ética para você?
Professor Cortella respondeu:
-Ética é o conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grandes
questões da vida que são: quero, devo, posso...Isso é ética ... quais são os princípios que eu uso?
Tem coisa que eu quero mas não devo, tem coisa que eu devo mas não posso, tem coisa que eu
posso mas não quero...Quando que você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito quando
aquilo que você quer é o que você pode, e é o que você deve. O que é ética é o conjunto de valores
que eu uso para definir isso.
-Mas quem define isso...através de exemplo, através de quê?-Perguntou querendo mais detalhes o
entrevistador.
89
-Você define através do modular... do exemplar... define através de princípios da sociedade sejam
religiosos ou não. Define através de normatizações, por exemplo: à 20 anos num auditório algumas
pessoas fumariam outras não. À 10 anos haveria uma placa escrito 'proibido fumar', hoje não
precisa mais, hoje as pessoas o fazem, elas introjetaram aquele comportamento social. Às vezes
aparece como norma, você se lembra quando o cinto de segurança passou a ser obrigatório o uso no
Brasil... muita gente para burlar a lei comprava a camisa do Vasco.
- Com a faixa...
-Com aquela faixa para que o agente da lei não visse. Ora hoje, você entra no carro e coloca o
cinto sem lembrar da multa...Isso significa que a ética vai se construindo com isso. Agora cautela...
não existe ninguém sem ética. Ué, mas e o deputado que fralda, o fiscal que faz, o professor que
engana... Esse tem uma ética que é contrária a nossa ética ele é antiético. Mas não existe ninguém
sem ética.
Discurso indireto
Tendo o entrevistador perguntado o que era ética para ele, ele respondeu que ética é um
conjunto de valores e princípios que todos usam para responder as três questões da vida que são:
quero, devo, posso...Ele exemplificou dizendo que existem coisas que queremos mas não devemos;
coisas que devemos mas não podemos e coisas que podemos mas não queremos. Sendo ético -
segundo ele - o conjunto de valores que usamos para decidir isso.
Afim de mais detalhes o entrevistador perguntou quem ou o que definia isso e através de que,
respondendo ele que isso se define através de princípios da sociedade, ou normas (leis) que fazem a
sociedade se adaptar a elas. Ele também fez um alerta importante, dizendo que não existe ninguém
sem ética, mesmo corruptos etc, o que há são pessoas com uma ética contrária à nossa, ou seja, anti-
ético, porém não existe ninguém sem ética.
90
2009
Entrevista 1
Assunto:
Por Eduardo Sterbitch
Assunto: Gripe Suína
Entrevistado: André Marques
Duração: 05:01
Data: 17/07/2009
Transcrição
F1: bom eu estou na frente da rede globo de televisão , maior ( ) de televisão do ( ), vocês ficaram
sabendo ( ) que o ator que fazia apresentador que fazia o ator mocotó na malhação teve um
problema muito grave de deee gripe suínaa e ficou sem gravar na naa globo de quarentena, então eu
vou ser o primeiro repórter a entrevistar uma pessoa que ... tem ... gripe ... suína, craro que eu não
vou ficar com essa roupa aqui não vou com uma roupa especial pra não ... pegar gripe.
F1: olha olha só quem esta chegando aqui André Marques, podi aqui que eu to sem luva.
F2: PODE
F1 : não faz isso não André
F2: mandaram você la de são Paulo pra vim nessa furada sozin
F1: porque eu acho que é preconceito não entrevistar pessoa que tem gripe suine intendeu
F2: já possui entendeu já foi/ sabe que eles falaram isso mais eu só tive a tal da febre só mais o
resto/ a voz parece que eu to ruin porque eu acordei agora
F1: na época que você estava com a gripe você/ você pode estar ainda né, porque a sua vóz eu não/
eu desconfio um pouco porque a globo da uma mentida em relação a isso
F2: a voz ta boa (), não se não () pos outros.
F1: você chegou a espirrar, na no:::: refeitório ?
91
F2: não... não sabe o que acontece essas coisa por exemplo, igual ta no elevador, se ta no elevador
tem 10 pessoa alguém tem um/ alguém peido ((peido)),quem ta fedeno é o gordinho tendeu ? fui pa
argentina angélica Luciano os bonitões sobro quem pego a gripe o gordinho né
F1: depois de ter pego a gripe suína você tem raiva do porco ?
F2: olha, eu prefiro as porquinhas né parceiro, durante a minha quarentena que fala que tem que
ficar em casa e tal eu comi costelinha de porco e tudo
F1: mais se você tive raiva do porco sabe o que você faz ? ((barulho de maracas))
F2: ((risos)) tenho a menor ((risos)) ideia
F1: manda o Mauricio Matar
((risos))
F1: eu gostaria muito que você que você falasse () definitivamente pras pessoas se você realmente
tem ou não a gripe suína , se eu posso tirar a mascara e te dar um abraço né
F2: segundo os exames na secretaria de saúde eu estava realmente
F1: se acredita em secretaria de saúde se acredita é perigoso tamem
F2: não não eu acredito porque se não acredita vai acredita em quem () po ae ferro né , eles
mandaram um laudo dizendo que eu tava e tal eu tomei o tal do remédio tameioflor num sei o que la
F1: ( )
F2: ((risos)) dai eu tomei e fiquei zero bala pode tirar a mascara pode tirar a mascara ... o momento
inédito o momento inédito vaila
F1: tira a mascara pra prova que não tem preconceito com as pessoas que possui a gripe suína ... vo
te da um abraço aqui da () ... po eu agora estou aqui na na na frente da globo provando que eu na
chuva abracei uma pessoa que a poco tempo teve a gripe suína
F2: () você é um cara que não tem preconceito que se é um cara bom e eu vo te da um abraço direito
F1: poxa demorou vamo vamo abri isso aqui então, que que isso ((abraço )), se eu não peguei a
gripe suína agora eu não pego mais
F2: cho embora agora () uooooou
F1: é isso ai Emilio é isso ai pan pânico matéria de Cesar Polvilho curta e grossa explicativa ... e::
só
92
Parte II
- Bom eu estou na frente da rede globo de televisão vocês ficaram sabendo que o ator que fazia
mocotó na malhação teve um problema muito grave de gripe suína, e ficou sem gravar na globo de
quarentena, então eu vou ser o primeiro repórter a entrevistar uma pessoa que tem gripe suína,
claro que eu não vou ficar com essa roupa aqui não vou com uma roupa especial pra não pegar
gripe.
- Olha quem esta chegando aqui, André Marques,
- Mandaram você de São Paulo para vir aqui, nessa furada sozinho?
- Porque eu acho preconceito não entrevistar uma pessoa que tem gripe suína entende
- Já possui. Sabe o que eles falaram isso, mas eu só tive a febre, mas o resto não, a voz parece que
eu estou ruim, mas é porque eu acordei agora.
- Você alguma vez espirrou no refeitório?
- Não. Sabe o que acontece essas coisas, por exemplo: - você esta em um elevador, alguém peida,
quem esta fedendo é o gordo, você entende? Fui pra Argentina, Angélica, Luciano, só os bonitões,
sobro pra quem pegar a gripe? O gordinho né!
- Depois de ter pego a gripe suína, você tem raiva do porco ?
- Olha, eu prefiro as porquinhas parceiro, durante a quarentena, onde tem que ficar em casa, eu
comi costelinha de porco e tudo .
- Mas se você tiver raiva do porco sabe o que você faz?
- Não tenho a menor ideia
- Manda o Mauricio Matar. – Eu gostaria muito que você falasse definitivamente para as pessoas se
realmente você tem ou não a gripe suína, se eu posso tirar a mascara e te dar um abraço!
- Segundo os exames na secretaria de saúde eu estava realmente.
- Você acredita na secretaria de saúde, é perigoso também.
- Não. Eu acredito porque se eu não acreditar, vou acreditar em quem. Eles mandaram um laudo
dizendo que eu estava ai eu tomei o tal remédio. – tomei o remédio e fiquei zero bala, você pode
tirar a mascara. Um momento inédito vai lá.
- tirar a mascara pra provar que não tem preconceito com as pessoas que tem gripe suína, vou te dar
um abraço aqui. Eu estou aqui na frente da globo provando que eu na chuva abracei uma pessoa que
a pouco tempo teve a gripe suína.
93
- Você é um cara que não tem preconceito, que você é um cara bom, e eu vou te dar um abraço
direito.
- Poxa, demorou, vamos abrir isso aqui então, que que é isso, se eu não peguei a gripe suína agora
eu não pego mais.
- Deixa eu ir embora agora
- É isso ai Emilio, é isso ai pânico, matéria de Cesar Polvilho curta e grossa, explicativa, e só.
Parte III
Na frente da central globo de televisão, esta o repórter César Polvilho que ira falar sobre a gripe
suína, como o ator que fazia mocotó na malhação teve que ficar em quarentena porque teve um
problema muito grave de gripe suína. E ele será o primeiro repórter que vai entrevistar uma pessoa
com gripe suína.
O ator André Marques esta chegando. E ele pergunta se mandaram Cesar Polvilho de São Paulo,
para vir nessa furada sozinho, e ele diz que acha preconceito não entrevistar uma pessoa com gripe
suína, mas André diz que já possuiu, foi o que falaram, mas ele só teve a febre e o resto nada, só
esta com voz assim porque acabou de acordar, e Cesar Polvilho pergunta se ele já espirrou no
refeitório , ele diz que não, e cita um exemplo de que tem 10 pessoas no elevador alguém peida e a
culpa sempre cai no gordinho, que ele estava na Argentina com a Anjelica e o Luciano, e quem
pegou a gripe foi ele, o “gordinho”. Pergunta se ele tem raiva do porco, e ele diz que prefere as
porquinhas, que quando esta em quarentena comeu costelinha de porco e outras coisas. Mas se você
tivesse raiva do porco, se ele saberia o que fazer, ele diz que não e Cesar Polvilho diz que ele deve
mandar o Mauricio Matar. E ele quer saber se André Marques realmente tem a gripe suína , para
que ele possa tirar a mascara e dar um abraço nele, e André diz que segundo os exames na secretaria
da saúde ele estava, Cesar Polvilho o corta dizendo se ele acredita na secretaria de saúde, e ele diz
que acredita porque se não acreditar nela em quem ele vai acreditar, e que a secretaria mandou um
laudo pra ele dizendo que ele realmente estava, mas tomou o remédio , e fico bom (zero bala), e fala
com Cesar que ele pode tirar a mascara para dar um abraço nele, e Cesar Polvilho diz que vai tirar a
mascara pra provar que não tem preconceito com as pessoas que tem a gripe suína, e tira a mascara
e da um abraço no André Marques, e que na frente da globo, chovendo ele provou que não tem
preconceito com quem possui a gripe, porque ele esta abraçando uma pessoa que a pouco tempo
estava com a gripe suína. E André Marques afirma que Polvilho não tem nenhum preconceito, e sai
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do carro para dar um abraço direito nele, e Polvilho afirma que se ele não pegou a gripe nesse
momento do abraço ele não pega mais, e André diz que vai embora, e Polvilho encerra a matéria
dizendo que a matéria dele é curta grossa e explicativa.
Entrevista 2
Por Ingrid Neri De Oliveira Dacio
Série: 1ºB
Dados da entrevistada
Nome:Fernanda Doria Dos Santos
Idade:20
Naturalidade:Paulistana
Formação:Administração de empresa (Cursando)
Profissão:Administradora
Estado Civil:Solteira
1º Forma – transcrição
Doc. Taboão Da Serra 16 de novembro de 2009
Entrevista com Fernanda Dória
sobre a saga do filme Crepúsculo.
Doc. Fernanda como você começou a se interessar pela saga Crepúsculo ?
Inf. Assim que o filme Crepúsculo foi lançado no Brasil eu tive um leve interesse de assistir, mas
eu acabei deixando pra depois.Dai uma uma amiga me incentivou a ler primeiro o livro pra depois
assistir o filme, então Baixei todos os livros pela internet e assim comecei a ler pelo computador
mesmo, não consegui parar mais, eu li os 4 livros e mais o rascunho do 5º que tá inacabado, Depois
fui ver o filme e comprei os livros.
Doc. O que te chamou mais atenção na saga ?
Inf. O que me chamou mais atenção foi o romance proibido entre si, as diferenças... superadas da
história entre os dois.
Doc. Você Gostaria de ter um Edward Cullen aos seus pés ?
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Inf. Na verdade, não (risos)eu prefiro o lobsomem
Doc. E por que ?
Inf. Porque o Jacob Black é bem mais interessante determinado e disposto a ir atraz do que ele quer
.Adoro Jacob !
Doc. Finalizando qual a sua espectativa para a estreia do Proxima filme Lua nova ?
Inf. Eu estou muito anciosa e contando os dias vou na verdade na pré-estreia no dia 19 à meia noite,
e espero não sair de lá decepcionada, em fim quero ter uma overdose de lobsomem
(não usou a contento as regras da transcrição)
2º Forma
1- Como você começou a se interessar pela saga Crepúsculo ?
Assim que o filme Crepúsculo foi lançado no Brasil tive um leve interesse de assistir, mas acabei
deixando pra depois.Uma uma amiga me incentivou a ler primeiro o livro pra depois assistir o filme
então baixei todos os livros pela internet e assim comecei a ler pelo computador mesmo, não
consegui parar mais, eu li os 4 livros e mais o rascunho do 5º que tá inacabado, depois fui ver o
filme e comprei os livros.
2-O que te chamou mais atenção na saga ?
O romance proibido entre si e as diferenças superadas da história entre os dois.
3-Você Gostaria de ter um Edward Cullen aos seus pés ?
Na verdade, não, eu prefiro o lobsomem.
4-E por quê?
Porque o Jacob Black é bem mais interessante determinado e disposto a ir atraz do que ele quer.
5-Finalizando qual a sua espectativa para a estreia do Proxima filme Lua nova ?
Estou muito anciosa e contando os dias vou na verdade na pré-estreia no dia 19 à meia noite, e
espero não sair de lá decepcionada.
3º Forma
Em Taboão Da Serra no dia 16 de novembro de 2009 entrevista com Fernanda Dória
sobre a saga do filme Crepúsculo.
Comecei perguntando como ela tinha começado a se interessar pela saga de crepúsculo.Ela me disse
que quando o filme foi lançado no Brasil ela teve um leve interesse de assistir mas acabou deixando
pra depois, mas uma amiga dela incentivou a ler os livros primeiro para depois ver o filme então ela
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baixou os livros pela internet e leu os 4 livros e mais o rascunho inacabado do 5º livro, para depois
assistir o filme
Continuando a entrevista perguntei o que tinha chamado a atenção na saga, ela disse que foi o
romance proibido e as diferenças superadas.
Perguntei também se ela gostaria de ter um Edward Cullen aos pés dela e ela me disse que não pois
prefiria lobsomem, Mas completei a pergunta, por que ?
ela disse que o Jacob é mais interessante, determinado e disposto a ir atraz do que ele quer.
Para finalizar a entrevista perguntei a ela qual era a espectativa dela para a estreia do filme Lua
nova ela me falou que estava muito anciosa e que ela iria na pré-estreia dia 19 à meia noite e que
não queria sair decepcionada de lá.
(não usou a contento as regras da escrita padrão)
Entrevista 3
Por Amanda Ramalho Lima ( 1°C )
Informante: Vitor Soares 15 anos
Nascido: 21/10/1994
Profissão: estudante
Residência: Rua Emilia Martins Rullo, Jardim Silvio Sampaio .
Assunto: homossexualidade.
Entrevista 11/11/2009
Modalidade Oral
Doc. ahn .... como é ser homossexual no dia de hoje ?
Inf. éh...não é fácil porque .... eu encontro muitos preconceitos ((mexeu no cabelo )).... as pessoas
não me aceitam pela minha escolha (...)
Doc. ah ..... e como você convive com :::.... isso?
Inf. ah não me importo mais ::... já estou acostumando ...... com as pessoas me olhando ...ahn me
observando ... ehn me criticando pe...lo que escolhi para ser anh ... (...)
Doc. éh as vezes você pensa ...em voltar atrás com ... sua decisão? ahn... e porque ?
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Inf. hum sim ... as vezes me arrependo por pensa em ....((fechou os olhos))... minha mãe que esta ...
sofrendo por esta percebendo ... a minha escolha ...e tentando me mudar ...ahn junto com minha ...
família
Doc. ih...ih .... seus amigos como te tratam ?
Inf. ah... me tratam normal ...... como queria ser tratado ......pelos outros ::.... como uma ... pessoas
normal ...que eu ...sou
Doc. ahn...obrigado pela atenção ...eh por responder ...ahn sobre esse assunto ::... tão comentado ....
no .... dia de hoje (...)
Inf. huum foi nada ... é bom as pessoas ..... ter cada vez ....mais contato ::... com esse assunto
Modalidade Padrão da língua (Discurso direto )
Doc. Como é ser homossexual no dia de hoje ?
Inf. Não é fácil porque encontro muitos preconceitos, as pessoas não me aceitam pela minha
escolha !
Doc. E como você convive com isso?
Inf. Não me importo mais, já estou acostumando com as pessoas me olhando, me observando e me
criticando pelo que escolhi para ser.
Doc. Você pensa em voltar atrás com sua decisão? E porque ?
Inf. Sim, as vezes me arrependo por pensa em minha mãe que esta sofrendo por esta percebendo a
minha escolha, e tentando me mudar junto com minha família.
Doc. E seus amigos como te tratam ?
Inf. Me tratam normal, como queria ser tratado pelos outros, como uma pessoas normal que eu sou.
Doc. Obrigado pela atenção e por responder sobre esse assunto tão comentado no dia de hoje .
Inf. Foi nada, é bom as pessoas ter cada vez mais contato com esse assunto.
Modalidade padrão da língua (discurso indireto)
Amanda convidou Vitor Soares para fazer uma entrevista sobre homossexualidade, e perguntou á
ele como era ser homossexual no dia de hoje e como era conviver com isso, respondeu á ela, que
não era fácil, pois encontrava muitos preconceitos e as pessoas não aceitavam sua escolha mas que
já não se importava mais, que tinha se acostumado com as pessoas olhando, observando e o
criticando.
98
Continuando a entrevista ela perguntou se as vezes ele não pensava em voltar atrás, e assim dizendo
ele, que sim que as vezes se arrependia por pensar em sua mãe e sua família que estavam sofrendo
com sua escolha e tentando mudá-lo, Amanda o interrompendo, perguntou como os amigos o
tratavam, respondendo ele, que era tratado normalmente como queria ser tratado pelas outras
pessoas.
Assim terminando a entrevista Amanda agradeceu pela sua atenção e por ter respondido sobre a
assunto tão comentado,e ele agradeceu, dizendo que era bom as pessoas terem cada vez mais
contado sobre esse assunto.
Entrevista 4
Por Anna Karoline Romania Cardozo
Idade: 15 anos
Profissão: estudante
Local e moradia: São Paulo, Taboão da Serra, Jd. Leme
Entrevistado (a): Karla Nascimento Idade: 26anos
Profissão:vendedora
Local e moradia: São Paulo, cotia
Taboão da Serra, 12 de novembro de 2009.
E.E “Edgard Francisco”
1ª Série do Ensino Médio B
1)Modalidade original (segundo as normas de transcrição)
Entrevista com Karla nascimento (tópico) (Doc.: Documentador; Inf.: Informante)
Doc:...estamos no Taboão da serra pra fazer uma entrevista com Karla ...para fazer uma
entrevista...bem vejamos... quanto tempo voce mora aqui e de onde vc veio?
Inf:bom estou aqui a dois meses ee:... vim de Governador Valadares
Doc:eeeh:o que você achou quando chegou em São Paulo?
Inf:bem...ahm achei muito estranho aqui e muito diferente e muito movimentado...a mas estou me
acostumando...
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Doc:do que você sente falta?
Inf:ahm:sabe meus amigos e pais e do verde da minha cidade...hehehe
Doc:qual as vantagens da nova cidade?
Inf:não sei ti DIZER e outra vida que começou uma outra rotina
Doc:como ficou sua qualidade de vida após a mudança?
Inf:ehh... finaceira meholrou muito ... hahahah muito mesmo...estou trabalhando e ganhando
muitoOoo mais
Doc:você voltaria para sua cidade hoje?
Inf:puxa :acho que não por mas que sinto falta de tudo... não minha vida mudou muitoestou vivendo
melhor ...heahahh
Doc:como foi feita a escolha da cidade nova?
Inf:ahm...:olha kaa eu já tinha parentes aqui em São Paula então resolvi vim pra Ca ...
Doc:karlinha obrigada por tudo viu...
Inf:de kaa quando precisar eso avisar
2) Na modalidade da norma da Língua Portuguesa (em discurso direto)
Entrevista com Karla nascimento (tópico) (Doc.: Documentador; Inf.: Informante)
Doc:Estamos em Taboão da serra ,com a Karla para entrevista-la Karla quanto tempo você mora
aqui e de onde você veio?
Inf: Estou aqui a dois meses e vim de Governador Valadares!!!
Doc: O que você achou quando chegou em São Paulo?
Inf: Um pouco estranho aqui e muito diferente e muito movimentado, mas estou me acostumando...
Doc:Do que você sente falta?
Inf:Do meus amigos e pais e do verde da minha cidade
Doc:qual as vantagens da nova cidade?
Inf:Não sei te dizer e outra vida que começou uma outra rotina!
Doc:Como ficou sua qualidade de vida após a mudança?
Inf: Financeiramente melhorou muito,estou trabalhando e ganhando mais.
Doc:Você voltaria para sua cidade hoje?
100
Inf: Acho que não por mas que sinto falta de tudo, não minha vida mudou muito estou vivendo
melhor .
Doc:Como foi feita a escolha da cidade nova?
Inf: Eu já tinha parentes aqui em São Paula então resolvi vim para São Paulo.
Doc:Karla obrigada pela entrevista!
Inf:De nada !!
3) Na modalidade da norma da Língua Portuguesa (em discurso indireto)
Karla do nascimento venho para São Paulo a dois meses ,apesar de ser muito diferente da cidade
dela governador Valadares ela esta gostando muito,e pretende ficar, pois sua vida financeira
melhorou muito.
( As regras do discurso direto indireto está correto. Problemas:pessoa do verbo(1ª p.) ortografia,
pontuação, nome próprio escrito com letra minúscula)
Entrevista 5
Por Euzimar Souza Santos (1°C)
Entrevista feita no dia 23 de agosto de 2009 logo após as transferências de clube, Cristiano Ronaldo
que jogava no Manchester United e Kaká que jogava no Milan agora ambos no mesmo clube no
Real Madrid da Espanha. Entrevista entre dois grandes jogadores de futebol (os melhores dos dias
de hoje segundo a FIFA) Kaká (jogador da seleção brasileira) e o jogador da seleção de Portugal
Cristiano Ronaldo ambos jogam no time do Real Madrid na Espanha e alem de colegas de trabalho
também são muito amigos. Agora vamos ouvir o que eles têm a dizer sobre o futebol e sobre a
transferência de clubes que eles passaram.
F1: Kaká
F2: Cristiano Ronaldo
101
F1: Olá sou Cristiano Ronaldo
F2: Olá eu sou Kaká
F2: Bom eu senti uma::..uma grande alegria
F1: Não, é uma experiência fantástica
F1: È muito bom, então as pessoas colocam::: é querem fazer comparações.... é concorrências entre
eu e o “Cris”,e isso num::... num existe e não vai existir concerteza durante a nossa::: nossa::...
tempo aqui no real.
F2:Uma aproximidade diferente mais::...dentro de campo muito parecida porque eu gosto ganhare
(Ganhar) também
F1: Na minha opinião eu acho que::... é a vida é feita de ciclos e::... chegou um momento que
acabou meu ciclo no Milan,foi legal... , foi muito bom... , conquistei tudo que poderia conquistar
com o clube... ,fiquei contente com aquilo que aconteceu no Milan que:. que eu deixo meu nome
marcado na história desse clube
F1: Alá Madrid (salve Madrid).
F1: Primeira vez que eu:: vesti a camisa “blanca” realmente foi:.. de grande emoção,me senti
honrado de poder hoje ta no clube que:::: é mundialmente reconhecido pela história que tem,pelas
conquistas que tem,pelos jogadores que:...
que marcaram esse clube,então é: uma grande honra.
F2: “Camisa blanca”?
F1: A “camisa blanca”!
F2: Ta mais pra que?Português, espanhol?
F1: Ah! Mistura tudo
F2: Tivemos também novas experiências e queremos... novos desafios e:: é isso que::: que eu estou
preparado, eu acho que é aquilo que vai::: que vai me incluir já que eu vou agora... pensar num,num
futuro num futuro que acaba por ser aqui no Real,que... que eu deixei o Manchester ficar no
“freezer”é:: as minhas boas ações la continuam sendo boas e::... foi...foi muito bom fiquei muito
feliz!
F2: United já passou é uma era que:: que eu respeito muito,pelo que eu fui pelos garotos que
viram,pelos grandes jogadores que fizeram história neste clubes ,mais é::... agora é um novo
grupo,novos jogadores,nova mentalidade e::::: pra quem ta ai.
102
F1: a verdade é que a experiência que nós já tem no futebol agente tem visto aqui hoje::: só o
talento no futebol não é suficiente então acho que a formação de um grupo é::.. é o fundamental pra
que se torne uma equipe vencedora.
F2: Eu creio que:::.... o que eu já ganhei num,num clube eu queira ganhar aqui o mesmo ou mais se
possível eu tenho esse pensamento tenho.Esse é o grupo aquisitivo nesse aspecto.
F1: eu acho que a::: a::: a motivação é da conquista da champions claro que tem esse fator ai de
jogar em casa seria fantástico poder jogar a final no “Bernabeu”são coisas que não dependem da
gente só no na parte::: de campo, o futebol hoje envolve muitas coisas,mais o que depender da
gente,agente vai fazer o possível pra::: ta nessa final ai.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=3VbQLYlr6GI
( Discurso direto e discurso indireto não desenvolvidos)
Entrevista 6
Por Henrique Antonio
Wallace Pinheiro
( 1º A)
Tema: 1° emprego
Entrevistado: Ronaldo Junior
Idade: 19 anos
1 - Como foi trabalhar pela primeira vez?
Trabalhar pela primeira vez .Bom, é... diferente para quem só estudava,né. No trabalho temos que
seguir uma rotina e regras.Mais tem duas vantagens , . . . o salario e a questão da
responsabilida.né.
2 - Qual era o seu cargo e sua função no emprego?
Pô meu cargo era assistente administrativo , mais minha função( era organizar planilhas de clientes
,eee, atendimento a clientes e também auxiliava um estagiário de engenharia civil.
3 - Como conseguiu esse emprego?
Caramba.hann (gageijou), consegui esse emprego através de uma indicação de um amigo.
103
4 - Você gostava do seu emprego?por que?
Então , até que sim . . . porque foi minha primeira conquista profissional , e também tinha
independência financeira né e o horário cara , era bom.
5 - Que carreira profissional você pretende seguir?
Bom , a(gageijou)pesar ter trabalhado em um escritório (então) de arquitetura né , não pretendo
seguir na profissão.Poque eu tô fazendo uma faculdade de publicida , e . . . pretendo seguir essa
area.
1 - Como foi trabalhar pela primeira vez?
Trabalhar pela primeira vez, é diferente para quem só estudava.No trabalho temos que seguir uma
rotina e regras.Mais tem duas vantagens , o salario e a questão da responsabilidade.
2 - Qual era o seu cargo e sua função no emprego?
O meu cargo era assistente administrativo , minha função era organizar planilhas de clientes ,
atendimento a clientes e auxiliava um estagiário de engenharia civil.
3 - Como conseguiu esse emprego?
Consegui este emprego através de uma indicação de um amigo.
4 - Você gostava do seu emprego?por que?
Sim , porque foi minha primeira conquista profissional , tinha independência financeira e o horário
era bom.
5 - Que carreira profissional você pretende seguir?
Apesar ter trabalhado em um escritório de arquitetura , não pretendo seguir a profissão.Estou
fazendo faculdade de publicida , e pretendo seguir essa area.
(Discurso indireto não desenvolvido. Problema: ortografia)
Entrevista 7
Por Kathlenn de Castro , 1°A
Repórter: Estou aqui entrevistando Renato Paiva, que trabalha como Cinegrafista,
para quem não conheçe esse trabalho, é ele filma eventos, infantis, 15 anos, casamentos
e etc (...) Vamos então entrevistar ( )
Olá Renato, desde quando você trabalha nesse ramo ?
104
Entrevistado: Olá, bom eu trabalho nesse ramo desde de 1995.
Repórter: O que fez você trabalhar disso ?
Entrevistado: Por gostar de festas, i..i gravar cenas da minha familia
Repórter: O que é mas interessante no seu trabalho ?
Entrevistado: o reconhecimento do cliente.
Reporter: Em quais dos eventos você mas gosta de filmar ?
Entevistado: 15 anos
Reporter: Porque ?
Entrevistado: Porque é um evento dinamico.
Repórter: Em algum evento ja deu alguma confusão ?
Entrevistado: Sim
Repórter: Conte uma ?
Entrevistado: Com o Dj que não permetiu ligar o cabo de audio em seu equipamento
Repórter: Nossa(risos) Qual dica você dar para quem quer seguir esse ramo ?
Entrevistado: Tem que gostar, e ter paciencia
Repórter: Você pretende ficar trabalhando só disso ?
Entrevistado: Sim, porque é um trabalho de muita ( ) gratificação
Repórter: Qual a sensação de estar gravando um momento tão importante na vida das pessoas ?
Entrevistado: Sensação de muita responsabilidade e prazeroso.
Repórter: Deixe uma menssagem falando o que tudo em seu trabalho significa para você ?
Entrevistado: o meu trabalho significa prazer de proporcionar a felicidade do próximo.
Repórter: muito obrigado Renato Paiva.
Entrevistado: De nada.
Repórter: Bom, conheci um pouco do trabalho de filmagem e ai fica a dica para quem quer seguir
esse ramo.
(Transcrição feita não a contento de acordo com as regras. Discurso direto e discurso indireto não
desenvolvidos)
105
Entrevista 8
Por Letícia Maria Alves de Souza.
Série:1º C
E. E. Edgard Francisco.
Nome do entrevistado: Nilda da Silva Souza.
Entrevista
1ª Forma – Discurso Direto
Transcrição
F1:Letícia- entrevistadora
F2:Nilda- entrevistada
F1:hoje:: estou aqui: com minha mãe pra fazer uma entrevista sobre::: alimentação...comidas...e
então Nilda o que::...você mais gosta de comer?...
F2:a::h...eu gosto muito de comer doces((risos))...de carne...
F1:qual (pensando) refeição você prefere?por que?...
F2:ah eu:: prefiro o almoço porque: ele me da força pra continuar o dia...
F1:você gosta Mais de cozinhar...ou de comer?por que?...
F2:eu: gosto dos dois porque: todos dois me dão prazer...
F1:prefere doces ou:: salgados?por que?...
F2:eu:: gosto dos dois... porque se só comer: doce fica doente... e se:: comer só salgado não tem
graça...
F1:o...o que acha mais interessante na culinária?...
F2:...as misturas...
F1:o que é uma/uma boa alimentação para você?...
F2:uma boa alimentação?(pensando)é você tomar um bom café da manhã...com
pão...iogurte...suco...uma fruta...depois almoçar comer sempre nas horas certas...
F1:você acha importante ter uma boa: alimentação?...
F2:sim...alimentar bem...se você se alimenta bem você: tem uma boa saúde...
F1:você acha:: que a saúde...é muito::importante na vida de uma pessoa?...
F2:”claro”...saúde é primordial sem saúde...você é nada...
F1:ok...Nilda muito obrigada...
F2:de nada...obrigada também...
106
2ª Forma – Discurso Indireto
F1:Letícia- entrevistadora
F2:Nilda- entrevistada
F1:Hoje estou aqui com minha mãe, para fazermos uma entrevista sobre comidas, e uma boa
alimentação.
Então Nilda o que você mais gosta de comer?
F2:Eu gosto muito de doces e de carne.
F1:Qual é sua refeição preferida?
F2:Eu prefiro o almoço, porque me dá força para continuar o dia.
F1:Você gosta mais de cozinhar ou de comer em si?
F2:Gosto dos dois, porque só comer doces faz mal, e só comer salgados não tem graça.
F1:O que acha mais interessante na culinária?
F2:As misturas, que existem.
F1:O que é uma boa alimentação para você?
F2:Uma boa alimentação, é tomar um bom café da manhã, com frutas, iogurte, pão, suco, e depois
almoçar bem.Comendo sempre nas horas certas.
F1:Você acha importante ter uma boa alimentação?
F2:Sim, alimentar-se bem é ter uma boa saúde.
F1:Você acha que a saúde é importante na vida das pessoas?
F2:A saúde é primordial, sem saúde você não é nada.
F1:OK, Muito obrigada Nilda.
F2:De nada, muito obrigada também.
3ª Forma – Discurso Indireto Livre.
Eu:Letícia
Ela:Nilda
Entrevista – Parte três (Discurso Indireto)
Aqui estou com a Nilda para fazer uma entrevista sobre uma boa alimentação e comidas. E
então perguntou-se à ela o que mais gota de comer e qual refeição prefere e ela contou que gosta
muito de doces e carnes e prefere o almoço por lhe dar força para o resto do dia.
Continuei indagando se gostava mais de preparar o alimento ou de come- lo e se preferia doces ou
salgados disse então “Gosto tanto de cozinha, como de comer, pois, me dão muito prazer e não
107
tenho prefencia gosto de doces por que é bom e gosto de salgados por que se necessita, os dois se
completam”.
Peguntei-lhe então o que mais gostava na culinária e o que é uma boa alimentação, me disse que
gosta muito das misturas que existem na culinária, e que uma alimentação tem como base um bom
café da manhã rico em frutas e proteínas e sempre almoçar bem nas horas certas.
Ainda indaguei se acredita que é bom ter uma boa alimentação, e uma boa saúde e me respondeu
dizendo “ Sim, quem se alimenta bem tem uma boa saúde e a saúde é primordial na vida de
qualquer pessoa.Sem saúde não se é nada”.
Então encerrei a entrevista agradecendo-a e ela também agradeceu a oportunidade.
Entrevista 9
Por Tatiane Maciel Iram
1° ano B
Dados sobre a Entrevista
Local : Programa Altas horas
Entrevistador (F1) : Serginho Groisman
Entrevistado (F2) : Diego J. Ferrero
Duração : 2 min. e 1 seg.
1ª Forma : Modalidade Original (Segundo as normas de transcrição)
F1 : quantas vezes falaram já...essa é uma banda de EMO?
F2 : já perguntaram pra gente acho que:::...principalmente no começo:...acho que era a única
pergunta né:...não existia outra pergunta né: pra gente
F1 : pois éh: não sei...não ouviam a música...não faziam...não faziam nada ( )
F2 : é que:.../é que a parada é assim né:: quando surge uma coisa nova né:: e...e...alguma coisa
diferente assim...alguém tem que segmentar...acho que a mídia e até a galera tem que colocar assim
num grupo né:: pra falar...pô:: aquela banda é aquilo né:...aquela banda é tipo esses negócios.../tipo
emo:...aí...e assim...o problema na verdade é é: que virou uma coisa tÃO negativa o emo...virou
uma coisa tÃO banal assim...assim no sentido di:: se:::/virou um jeito de se vestir...uma coisa que
108
não tem mais nada'vê: com a música...então por isso a gente no começo ficava nervosinho...agora
eu tô tranquilo: porque pô éh...a gente já passou por cima disso e as pessoas já entenderam né::...já
ouviram o nosso som
F1 : entenderam que vocêis são uma banda emo
F2 : éh...assim ((riu)) entenderam que a gente é::...eu até cortei o cabelo pra dá uma disfarçada aí
mas:... ((riu))
F1 : que nada e e.../ é uma loucura porque fica aí uma discussão a respeito do nada...porque: isso é::
o quê? né::
F2 : mas acho que isso é:...isso é o que:.../ as pessoas precisam disso...tem uma galera...que é
impressionante né:: meu...que nem quando cê fica famoso...co::mo a minha família cresceu
também...éh ((riu)) tanto primo que eu tenho...mas tipo a galera precisa falar de alguma coisa né::
então é::.../mas acho que pÔ isso...isso: aconteceu com todo mundo que tá começando alguma coisa
e a gente conseguiu passar por cima disso que acho que posso falar que:...era até um preconceito no
começo...a gente conseguiu passar por cima né
F1 : ah concerteza...agora vamô pro/ o primeiro CD de vocêis foi lançado quando?
F2 : em dois mil e quatro né:... a gente ainda era independente e::...pô:: eu tinha.../eu...eu entrei na
banda...me chamaram pra:: entrar e uma semana depois me colocaram na fogueira...assim
falaram...grava aí::: um CD com a gente...gravÔ ((riiu)) e aí agente pô...na época a gente vendeu
tipo oito mil cópias...assim pra uma banda independente era bastante né...aÍ... a galera já falou pô
que que tá acontecendo:... que BANDA é essa e tal::
F1 : ham...muito bacana e:...agora vocêis são um sucesso enorme
[
F2 : graças á Deus
[
109
F1 : ee...que consigam muito mais
2ª Forma : Modalidade da norma padrão da Língua Portuguesa (Discurso Direto)
F1 : Quantas vezes já te perguntaram se sua banda é emo?
F2 : No início era a única pergunta. Sempre que surge algo novo a mídia,assim como,toda
população já procuram classificar o que é e como é e, então enquadram dentro daquilo que melhor
lhes cabem,sem procurar saber realmente o porquê daquilo ou em que se formou. E nós temos o
nosso jeito e já não precisamos mais nos preocupar mais com algumas críticas,pois além de tudo já
mostramos o que somos e as pessoas já entenderam.
F1 : E vocês "assumiram" ser uma banda emo?
F2 : Sim
F1: E pra você se torna algo confuso,pois gera uma discussão que ninguém sabe ao certo o por quê?
F2 : As pessoas precisam disso,comentar sobre o que está acontecendo se não elas "não conseguem
viver". Então aproveitam para falar daquilo que é novo,recente pois pelo fato de ser pouco
conhecido,não irão ser críticadas/julgadas.
F1 : Quando a banda lançou o primeiro CD?
F2 : Foi em 2004. Me convidaram para fazer parte da banda,uma semana depois gravamos o CD e
depois disso:sucesso absoluto!
F1 : Parabéns a vocês e que vocês conquistem tudo o que querem.
3ª Forma : Modalidade da norma padrão da Língua Portuguesa (Discurso Indireto)
110
Em uma entrevista no programa “Altas Horas” o apresentador Serginho Groisman questionou o
vocalista da banda NX Zero - Di Ferrero - sobre o estilo musical que ele cantava em sua banda e,
ele explicou que muitos os classificaram como uma banda emo,pelo modo que ele e demais
integrantes da banda se vestiam e cortavam o cabelo. Disse ainda que logo que a banda
surgiu,foram "vítimas" do preconceito,pois,as pessoas não se importavam com a música em si,mas
sim com o "visual" deles,e disse também que,agora o NX Zero já mostrou do que é capaz: o valor
de suas músicas,da sua filosofia e da capacidade profissional que têm. E então finalizando a
entrevista o apresentador quis saber quando foi lançado o primeiro CD e Di Ferrero contou-lhe que
foi em 2004 logo após ele ter entrado na banda, e que depois disso NX Zero alcançou o sucesso
desejado.
Entrevista 10
Por Isabella Ap. Ramos Silva
1 ° B
Entrevista com João Lobo Doc ( documentador) Inf( informante)
Doc. Esta/ quer dizer... Estou aqui (risos)... com Leão Lobo vamos entrevistalo ele que é uma
autoridade é é é... fofoquero deni...( ) deni deni denigrativo... Da onde você tira tanta fofoca...
como o senhor consegue fazer tanta fofoca assim é...hã...?
Inf. Primeiro que senhor é seu avô han! (risadas)/ ...não faço fofocas ! (risos)
Doc qual é hã... a maior bomba que o senhor já soltou?
Inf.(risos) !!!!! muitas ! (risos)
Doc . Aí meu deus do céu ...(pensando) deixa eu ver ... han ... Qal que você prefere o leão ou o lobo
se fosse pra ser um dos dois animais?
Inf. (risos) posso fala mesmo (risos)...é han ... nenhum dos dois! (risos) ... Eu prefiro o
viAdo...(risos)
Doc . vamo / vamos levanta um pouco da vida pessoa hum..l você é um homessexual assumido
neh...!?
Inf hahan... Sou sim ... assumido (risos)
111
Doc. O senhor é hã... uma figura da minha infância é ...porque eu lembro qe eu via o senhor sendo
jurado nos programas de televisão... hã... neh?!
Inf. sim ! han... faço participaçoes em muitos programas...
(risos) ... ( palhaçadas)...(levanta-se)
Volta...
Doc. Entaum ... é eu queria agradecE o senhor por ter me dado essa oportunidade han... foi um
prazer ter falado han ... com o senhor !!!
Inf. Que isso ... o prazer foi meu ... xau beijos....(risos) fui ...
Doc. Estou aqui com Leão Lobo, vamos entrevista-lo , ele que é uma autoridade denigrativo. De
onde você tira tanta fofoca? Como o senhor consegue fazer tanta fofoca ?
Inf. primeiro que senhor é o seu avô. Não faço fofocas! (risos)
Doc Qual é a maior “bomba” que o senhor já “soltou” ?
Inf. Muitas.
Doc. Meu Deus do céu , (risos). Se fosse para você ser um animal? Qual você preferiria o leão ou
o lobo?
Inf. Posso falar mesmo? Nenhum dos dois! Eu prefiro o viado! (risos).
Doc. Vamos levanta um pouco da vida pessoal. Você é homossexual assumido ?
Inf. sim.
Doc você é uma figura da minha infância! Porque lembro do senhor sendo jurado em programas
de televisão !
Inf. Sim, faço participações em muitos programas
(risos) (pausa)
(volta)
Doc. Queria agradecer o senhor por ter me dado essa oportunidade. Foi um prazer ter falado com
o senhor.
Inf. Que isso o prazer foi meu, xau beijos.
(Discurso direto e discurso indireto não desenvolvidos)
112
Entrevista 11
E.E. Edgard Francisco
Por Ana Karen da Silva
Série: 1°C
Modalidade Oral
Entrevista
F1: O que é ser um adolescente...: no século 21?
F2: Muito , muito bom! Porque, porque, pois todos os adolescentes... nasceu no seu tempo certo?!
No tempo certo...(pausa). Porque tudo o que acontece agora,(pensando), a gente gosta, porque a
tecnologia ta avançando muito rápido, e pra quem já é adulto, não compreende a gente, não
compreendem, só porque eles acham que o que a gente faz é errado. Porque cada um vive no tempo
certo, e a gente que vai ser adulto no futuro vamos achar as coisas erradas do futuro...(pausa),
também, porque isso não muda.
É hereditário também...(pensando), isso é a parte positiva né?!
E tem a parte negativa. Que é a parte que a gente, que a gente é cobrado pelo que a gente faz , pelo
que fazemos.
F1: O que, O que você faria...:para mudar isso?
F2: Mudar o quê?
F1: Mudar a adolescência no século 21?
F2: Não tem nada pra mudar.
F1: (risos)
F1: Por quê você acha isso?
F2: Porque eu gosto de ser adolescente do jeito que eu sou. Não perai, tem coisa pra mudar sim,
tem sim.
F1: O quê?
F2: Os adultos não deveriam...:cobrar, cobrar tanto de nós. Pois estamos, estamos tentendo
desvendar o mundo em em que vivemos.
F1: Obrigada pelo seu depoimento.
F2: Denada.
(Regras da transcrição não feitas a contento)
113
Modalidade (Discurso direto)
F1: O que é ser um adolescente no século 21?
F2: É difícil ser adolescente no século 21, pois a tecnologia está avançando, e as pessoas estão
ficando mais velhas e chatas. Pois os adultos exigem e cobram de nós tudo o que fazemos de errado.
Até parece que eles nunca foram adolescentes na vida, e se esquecem que quanto mais cobrarem,
menos faremos.
F1: O que você faria para mudar essa situação?
F2: Ser adolescente é bom do jeito que somos. Eles deveriam cobrar menos, pois queremos
desvendar o nosso mundo.
Modalidade (Discurso indireto)
F1: É difícil ser adolescente no século 21, pois a tecnologia está avançando, e os adultos estão cada
vez mais chatos e rabugentos. Pois querem cobrar demais de todos nós. Até parece que eles nunca
foram adolescentes na vida, e esquecem que nós queremos curtir a vida sem pensar no amanhã.
Claro que temos que pensar no futuro, e o que eles falam é pro nosso bem e temos que respeita-los.
Mas eles devem deixar nós descobrirmos o nosso mundo. Quem sabe assim nós daremos valor ao
que eles dizem.
(Problemas: Supressão do entrevistador; ausência do narrador; pessoas e tempos verbais não
adequados ao discurso indireto)
Entrevista 12
Entrevistado
Nome: Everton Lima de Oliveira
Idade: 18
Data de nascimento: 06 de Julho de 1991
Hobby: Sair com os amigos e a namorada
Repórter
Nome: Ana Karen da Silva
Idade: 15
Data de nascimento: 15 de Abril de 1994
Hobby: Conhecer lugares diferentes.
114
E. E. Edgard Francisco
Por Genival Cavalcante de Lima Junior
1°C
Entrevista com Douglas Mendes Mariano, professor de informática sobre mercado de
trabalho.
F1: a quanto tempo você esta no mercado de trabalho?
F2: estou no mercado de trabalho a... sete anos
F1: e como foi que o senhor...consegui...chegar ?
F2: a...inicialmente eu fiz um curso de informática...na...na mesma empresa que eu fiz o curso me
chamaram pra fazer o estagio...fiquei como estagiário durante oito meses e após oito meses me
chamaram pra dar aula e...estou aí nessa área da...informática...dando aula...a todo esse tempo...sete
anos.
F1: foi fácil chegar até onde o senhor...chegou?
F2: não...tive que estuda bastante.. adquirir conhecimento...bastante conhecimento técnico pra
chegar onde cheguei.
F1: você se sente realizado profissionalmente?
F2: sim porem...não onde eu quero...não onde eu quero chegar né...tenho um bom emprego...porem
o meu objetivo é...mais pra frente ta trabalhando como programador.
F1; quem o senhor...quem o senhor acha que terá mais chance futuramente...no mercado de
trabalho?
2: eu acho que futuramente no mercado de trabalho vai ter mais chance...aquela pessoa que
estuda...que adquiri conhecimento através de cursos...fazendo faculdade...e a pessoa que vai ter
mais chance no mercado de trabalho.
F1: quais que são assim...os itens essenciais para a pessoa ser boa no seu emprego...ter um bom
desempenho...ser um bom profissional ...na sua área?
F2: ter um bom conhecimento em informática...ter um conhecimento técnico...uma boa
didática...paciência...educação...responsabilidade.
F1: obrigado
F2: obrigado até mais
Modo direto
Entrevista de um aluno com seu professor de informática sobre mercado de trabalho.
115
“a quanto tempo você esta no mercado de trabalho”
“estou no mercado de trabalho a sete anos”
“e como o senhor conseguiu chegar”
“inicialmente eu fiz um curso de informática, na mesma empresa que eu fiz o curso me chamaram
para fazer o estagio, fiquei como estagiário durante oito meses e após oito meses me chamaram pra
dar aula e estou aí nessa área da informática dando aula a sete anos”
“foi fácil chegar até onde o senhor chegou”
“não, tive que estudar bastante, adquirir conhecimento, bastante conhecimento técnico pra chegar
onde cheguei”
“você se sente realizado profissionalmente”
“sim porem, não onde eu quero chegar, tenho um bom emprego, porem o meu objetivo é mais pra
frente estar trabalhando como programador”
“quem o senhor acha que terá mais chance futuramente no mercado de trabalho”
“eu acho que futuramente no mercado de trabalho vai ter mais chance aquela pessoa que estuda, que
adquiri conhecimento através de cursos, fazendo faculdade, é a pessoa que vai ter mais chance no
mercado de trabalho”
“quais são os itens essenciais para que a pessoa se torne um bom profissional em sua área”
“ter um bom conhecimento em informática, ter um conhecimento técnico, ter uma boa didática,
paciência, educação, responsabilidade.
“obrigado”
“obrigado até mais”
Modo indireto
Em uma entrevista entre um aluno e seu professor de informática sobre mercado de trabalho
o aluno pergunta ao professor a quanto tempo que ele esta no mercado de trabalho, o professor
responde que a sete anos, então, o aluno pergunta a ele como foi que ele chegou até onde chegou e
ele respondeu que fez um curso de informática e que nessa mesma empresa que ele fez esse curso já
o chamaram para fazer um estagio, após oito meses foi chamado para dar aula e esta dando aula até
hoje, o aluno o interroga novamente perguntando se foi fácil chegar até onde ele chegou e ele
responde que não, que teve que estudar bastante, adquirir conhecimento, bastante conhecimento
técnico pra chegar onde chegou, o aluno questiona se ele já se sente realizado profissionalmente e
ele diz que sim, mas porem não ate onde ele quer chegar, pois futuramente quer programador, o
116
aluno pergunta se na opinião dele, que teria mais chance futuramente no mercado de trabalho, o
professor diz que para ele, aquela pessoa que estuda, que adquiri conhecimento através de cursos,
que faz faculdade terá mais chances no mercado de trabalho. Pra finalizar, o aluno pergunta ao
professor quais são os itens essenciais que uma pessoa tem que ter para se tornar um bom
profissional, o professor que é necessário ter um bom conhecimento em informática, ter um
conhecimento técnico, ter uma boa didática, paciência, educação e responsabilidade. Eles
agradecem um ao outro e encerram a conversa.
....................................................................................................................................................
PARECER FINAL GERAL
ANEXO 2- PRODUÇÕES DOS ALUNOS DOS ANOS DE 2009 E 2011
Alguns problemas pontuados no final de algumas entrevistas: transcrição sem
observação das regras; pontuação; ortografia; não desenvolvimento do discurso direto e discurso
indireto e outros não foram trabalhados com esses alunos por falta de tempo e de condições
adequadas de trabalho (falta da sala de informática). No entanto, este é um ótimo material de
exemplo e de se trabalhar com os alunos observando os problemas pontuados.
Prof. Eliorefe Cruz Lima