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M M A A S S S S A A G G E E M M T T E E R R A A P P Ê Ê U U T T I I C C A A N N A A M M E E D D I I C C I I N N A A A A Y Y U U R R V V É É D D I I C C A A

Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

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MMAASSSSAAGGEEMM

TTEERRAAPPÊÊUUTTIICCAA

NNAA

MMEEDDIICCIINNAA

AAYYUURRVVÉÉDDIICCAA

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2

A Terapia Panchakarma do Ayurveda

MMAASSSSAAGGEEMM TTEERRAAPPÊÊUUTTIICCAA

NNAA

MMEEDDIICCIINNAA AAYYUURRVVÉÉDDIICCAA

Dr. Bhagwan Dash

Traduzido por:

Williams Ribeiro de Farias

Dra. Yeda Ribeiro de Farias

EDITORA CHAKPORI

Page 3: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

3

Título original: “Massage Therapy in Ayurveda”

Direitos autorais para publicação em língua portuguesa adquiridos por

EDITORA CHAKPORI

Page 4: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

4

Em homenagem ao Astavaidyan

Dr. Vayaskara N. S. Mooss

Aquele que através de incansáveis esforços

propagou o conhecimento do Ayurveda em geral e

da massagem terapêutica Ayurvédica, em particular, na Índia e

em vários países do mundo.

Dr. Bhagwan Dash

Page 5: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

5

ÍNDICE

ÍNDICE.................................................................................................................. 5

PREFÁCIO ........................................................................................................... 9

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14

O QUE É SAÚDE? .............................................................................................. 14

NECESSIDADES TERAPÊUTICAS ........................................................................ 15

CLASSIFICAÇÃO DAS TERAPIAS ........................................................................ 15

SNEHANA OU TERAPIA COM OLEAÇÃO .................................................... 17

MASSAGEM COMUM ...................................................................................... 21

METÁFORAS ILUSTRATIVAS ............................................................................. 26

MASSAGEM REGULAR ..................................................................................... 27

HORÁRIO E ÉPOCA DO ANO PARA MASSAGEM .................................................. 27

MASSAGEM E EXERCÍCIOS FÍSICOS ................................................................... 27 MELHORES DIAS PARA A MASSAGEM ............................................................... 28

DIAS NÃO RECOMENDADOS ............................................................................. 28

MASSAGEM EM DIAS PROIBIDOS ...................................................................... 29

SINAIS E SINTOMAS DA TERAPIA COM OLEAÇÃO ADEQUADA ............................ 29

CONTRA-INDICAÇÕES ...................................................................................... 29

MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DA TERAPIA COM MASSAGEM ........................... 30

MASSAGEM SOBRE TODO O CORPO OU SOBRE PARTES DO CORPO ..................... 31

MASSAGEM LOCALIZADA NA CABEÇA (SIRO’BHYANGA) ....................... 33

ÓLEO NO CANAL AUDITIVO (KARNA PURANA) .......................................... 34

MASSAGEM SOBRE A SOLA DOS PÉS (PADABHYANGA) ........................... 35

PERMEABILIDADE DO ÓLEO NOS DIFERENTES TECIDOS ..................................... 36 OUTROS MÉTODOS DE MASSAGEM ................................................................... 36

UNÇÃO (UDVARTANA) ...................................................................................... 37

BENEFÍCIOS DO UDVARTANA ........................................................................... 37

FÓRMULA PARA UDVARTANA .......................................................................... 38

FRICÇÃO DO CORPO COM PÓS (UDGHARSANA) ........................................ 40

Page 6: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

6

SUBSTÂNCIAS OLEOSAS EMPREGADAS NA MASSAGEM

TERAPÊUTICA .................................................................................................. 41

PROPRIEDADES DOS DIFERENTES TIPOS DE ÓLEOS E GORDURAS........................ 41

COMPARAÇÃO ENTRE AS PROPRIEDADES........................................................... 43

ÓLEO DE SEMENTES ......................................................................................... 43

PROPRIEDADES DO ÓLEO DE GERGELIM ............................................................ 43

ÓLEOS EMPREGADOS PARA PROPÓSITOS ESPECÍFICOS ....................................... 44

MASSAGENS TERAPÊUTICAS ESPECIAIS .................................................. 49

PINDASVEDA OU NAVARAKIZHI ................................................................. 50

PREPARAÇÃO DA DECOCÇÃO E DOS PUDINS (PAYASAM) .................................... 50

PEDAÇOS DE PANO ........................................................................................... 51

PREPARAÇÃO DOS PINDAS................................................................................ 51

APLICAÇÃO DE ÓLEO ....................................................................................... 52

NECESSIDADE DA MASSAGEM COM ÓLEO ......................................................... 52 PROTEÇÃO DOS OLHOS ..................................................................................... 53

MESA DE MASSAGEM ...................................................................................... 53

MASSAGISTAS ................................................................................................. 57

POSIÇÃO DO CORPO.......................................................................................... 58

BANHO ............................................................................................................ 59

DURAÇÃO DA TERAPIA .................................................................................... 60

KAYASEKA OU PIZHICHIL ............................................................................ 63

DERRAMAMENTO DE ÓLEO SOBRE A CABEÇA (SIRODHARA)............... 67

TAILA DHARA .................................................................................................. 68

MANIPULAÇÃO DO ÓLEO MEDICINAL ............................................................... 70

DUGDHA DHARA.............................................................................................. 71

TAKRA DHARA ................................................................................................. 73

OLEAÇÃO DA CABEÇA (SIROBASTI) ............................................................. 75

MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................... 75

UTILIDADE TERAPÊUTICA................................................................................. 76

PRECAUÇÕES E DIETAS................................................................................. 77

PREPARAÇÃO DO PACIENTE ............................................................................. 77

ÁGUA PARA INGESTÃO E BANHOS ..................................................................... 77

COMPORTAMENTO ........................................................................................... 78

DIETA ............................................................................................................. 78

IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS INTESTINAIS EQUILIBRADOS .......................... 79

BEBIDAS ......................................................................................................... 81

SONO .............................................................................................................. 82 VESTIMENTAS ................................................................................................. 82

EXERCÍCIOS ..................................................................................................... 83

Page 7: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

7

ESTUDO .......................................................................................................... 83

AR FRESCO ...................................................................................................... 84 AMIGOS E FUNCIONÁRIOS ................................................................................ 84

BANHO ............................................................................................................ 85

OUTRAS CONDUTAS ........................................................................................ 86

ESTAÇÃO DO ANO ........................................................................................... 86

DURAÇÃO DO TRATAMENTO ............................................................................ 87

SUPRESSÃO DAS NECESSIDADES NATURAIS (VEGA RODHA) .............................. 87

APÊNDICE I ....................................................................................................... 93

PROPRIEDADES DOS INGREDIENTES UTILIZADOS NA TERAPIA COM MASSAGEM . 93

APÊNDICE II.................................................................................................... 130

ABREVIAÇÕES UTILIZADAS NAS FÓRMULAS DO APÊNDICE III .......................... 130

APÊNDICE III .................................................................................................. 131

PROCESSOS FARMACÊUTICOS PARA MANIPULAÇÃO DE ÓLEOS MEDICINAIS E

FÓRMULAS .................................................................................................... 131

ASANAVBILVADI TAILA......................................................................... 136

KANAKA TAILA ...................................................................................... 137

KAYYONNYADI TAILA ........................................................................... 137

KARPASASTHYADI TAILA ..................................................................... 138

KUNKUMADI TAILA .............................................................................. 139

KUSTHARAKSASA TAILA ....................................................................... 140

KOTTAMCUKKADDI TAILA .................................................................. 141

KSIRABALA TAILA ................................................................................. 141

CANDANADI TAILA ............................................................................... 142

CANDANABALALAKSADI TAILA ........................................................... 143 CITRAAKADI TAILA ............................................................................... 145

JATYADI TAILA ...................................................................................... 145

JYOTISMATI TAILA ................................................................................ 146

TUNGADRUMADI TAILA ....................................................................... 147

TUVARAKA TAILA.................................................................................. 147

TRIPHALADI TAILA ............................................................................... 148

DHANVANTARA TAILA .......................................................................... 149

NARAYANA TAILA .................................................................................. 151

NALPAMARADI TAILA ........................................................................... 153

NILIKADYA TAILA ................................................................................. 153

NILIBHRNGADI TAILA .......................................................................... 154

PARINATAKERIKSIRADI TAILA ............................................................ 155 PINDA TAILA ......................................................................................... 156

PIPPALYADI TAILA ............................................................................... 157

PRABHANJANA VIMARDANA TAILA ..................................................... 157

PRASARINI TAILA .................................................................................. 159

BALA TAILA ........................................................................................... 160

BALAGUDUCYADI TAILA...................................................................... 162

BALADHATRYADI TAILA ....................................................................... 162

BALASVAGANDHALAKSADI TAILA ...................................................... 165

BALAHATHADI TAILA ........................................................................... 166

Page 8: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

8

BRHAT GUDUCI TAILA ......................................................................... 167

BRHAT MASA TAILA .............................................................................. 168 BRHAT SAINDHAVADYA TAILA ............................................................ 170

BHRNGAMALAKADI TAILA ................................................................... 171

BHRNGARAJA TAILA ............................................................................. 172

MANJISTHADI TAILA............................................................................. 172

MADHUYASTYADI TAILA ...................................................................... 174

MAHA NARAYANA TAILA ...................................................................... 175

MAHA VISAGARBHA TAILA................................................................... 177

YASTIMADHUKA TAILA ........................................................................ 180

LAGHU VISAGARBHA TAILA ................................................................ 180

LAKSADI TAILA ..................................................................................... 181

LANGALI TAILA ..................................................................................... 181

VACADI TAILA ....................................................................................... 182 VACALASUNADI TAILA ......................................................................... 182

VAJRAKA TAILA ..................................................................................... 182

VASACANDANADI TAILA ...................................................................... 183

VISATINDUKA TAILA............................................................................. 185

VRANARAKSANA TAILA......................................................................... 186

SUSKAMULAKA TAILA .......................................................................... 187

SADBINDU TAILA .................................................................................. 187

SAHACARADI TAILA .............................................................................. 188

SAINDHAVADI TAILA ............................................................................ 189

SOMARAJI TAILA ................................................................................... 190

HINGUTRIGUNA TAILA......................................................................... 190

APÊNDICE IV .................................................................................................. 192

DROGAS VEGETAIS E SEUS NOMES BOTÂNICOS............................................... 192

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 217

Page 9: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

9

PREFÁCIO

Ayurveda é o rico reservatório de formulações

experimentais para o tratamento de muitas doenças crônicas e até

mesmo incuráveis cuja eficácia pode ser comprovada pelo tempo.

Mais importante que estas formulações são as terapias

especializadas que enquanto curam tais doenças fortalecem o

sistema imune do organismo e portanto ajudam na prevenção das

doenças e na preservação assim como na promoção desta Saúde

Positiva. Não contrariando o fenomenal progresso da medicina

moderna, poucas aquisições foram conseguidas até agora na

área dos procedimentos envolvidos na promoção desta saúde

Positiva. Na terminologia médica do Ayurveda estas terapias

especializadas são denominadas Pancakarma. Não é de se

admirar, portanto, que cientistas e médicos na Índia e nos países

vizinhos demonstrem profundo interesse nesta forma clássica de

tratamento ayurvédico.

Ao abrirmos qualquer capítulo sobre o tratamento das

doenças nos clássicos ayurvédicos, o primeiro aspecto que nos

chama a atenção é a descrição dos procedimentos Pancakarma

para a respectiva patologia, sendo que as fórmulas vêm a seguir.

A terapia Pancakarma ajuda a princípio na retirada do corpo das

impurezas na nutrição dos tecidos. Uma vez que estes aspectos

são alcançados, torna-se mais fácil rejuvenescer estes tecidos e

prevenir o processo de envelhecimento. O tempo de vida é

portanto prolongado e o indivíduo alcança a terceira idade livre

das doenças. Ele torna-se capaz de servir a sociedade com a

experiência acumulada, sem qualquer incapacidade mental e

deficiência física. Mesmo se ele sucumbir a uma doença, a terapia

Page 10: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

10

do Pancakarma, se administrada apropriadamente, torna seu

corpo mais receptivo aos outros medicamentos, e as formulações

produzem o efeito curativo, podendo ser administradas em doses

menores e durante menos tempo. Na zona rural indiana, a

massagem com óleo antes do banho é praticada regularmente

mesmo atualmente e é considerado um ritual religioso visto que o

banho sem a massagem com óleo é considerado não auspicioso.

No entanto, por razões históricas, esta forma clássica de

massagem terapêutica não foi mais praticada, sendo que em seu

lugar passaram a ser empregadas apenas formulações, tanto para

a cura como para a prevenção das doenças. Mas, felizmente para

nós, os médicos ayurvédicos do sul da Índia conservaram esta

tradição viva, e em vista da importância e da utilidade terapêutica

tanto para pessoas saudáveis quanto para aquelas que estão

enfermas, sua prática está agora sendo restabelecida em outras

partes da Índia e países vizinhos.

O termo Pancakarma significa literalmente “as cinco

terapias especializadas” (panca = cinco; karma = terapias

especializadas).

As terapias incluídas neste termo coletivo são as seguintes:

1. Vamana karma Terapia emética

2. Virecana karma Terapia purgativa

3. Niruha karma Terapia à base de enema medicinal

contendo, entre outros ingredientes, ervas

em decocção

4. Anuvasana karma Terapia à base de enema medicinal

contendo, entre outros ingredientes, óleos

medicinais

5. Nasya karma Terapia inalatória

Page 11: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

11

A escola de Susruta, voltada para a cirurgia, inclui a terapia

Rakta-moksana karma ou Terapia da venisecção ou sangria em

substituição ao Nasya karma ou Terapia inalatória.

É necessário tornar claro que estas terapias não implicam

na simples administração de eméticos, purgativos, enema ou

gotas nasais como é geralmente compreendido. Métodos

elaborados são descritos para a preparação das terapias, suas

técnicas de administração, preparação do indivíduo antes da

aplicação destas terapias e a conduta do paciente (ou da pessoa

saudável) depois que a terapia é administrada.

Antes de se proceder a estas terapias, o corpo do paciente

deve ser adequadamente preparado e as medidas terapêuticas

empregadas para este propósito são denominadas Purva karma

ou terapias preparatórias. Estas são duas e são listadas a seguir:

1. Snehana karma Terapia com oleação

2. Svedana karma Terapia com fomentação1

Snehana karma ou Terapia com oleação é administrada de

duas formas diferentes, ou seja, externamente (Bahya snehana) e

internamente (Abhyantara snehana). A forma externa é

administrada através de diversos tipos de massagem com o

auxílio de óleos comuns ou medicinais, além de pós e pastas

derivadas de plantas medicinais, assim como de produtos

animais, incluindo preparações metálicas. Para conservar o corpo

saudável e para prevenir, assim como curar, doenças

manifestadas, esta massagem deve ser feita diariamente, tanto

sobre o corpo inteiro como sobre partes específicas do corpo.

Com o passar do tempo algumas massagens terapêuticas

especiais tem sido desenvolvidas no Ayurveda e continuam sendo

praticadas em certas regiões do sul da Índia. Estas massagens

1 Fricção medicamentosa na epiderme.

Page 12: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

12

especiais consistem tanto de oleação quanto de fomentação do

corpo. Além de curar algumas doenças crônicas e até incuráveis,

estas massagens terapêuticas especiais ajudam no

rejuvenescimento do corpo. Se empregadas periodicamente, elas

previnem o processo do envelhecimento, enquanto

simultaneamente impedem a manifestação das doenças.

Portanto, a massagem, além de sua utilidade como medida

preparatória para outras terapias incluídas sob a denominação de

Pancakarma, é um terapia especializada com mérito próprio.

Além do Navarakizhi e do Pizhichil que serão descritos

neste trabalho, há diversas outras terapias similares como Anna

lepana que não foi descrita neste volume para que o mesmo fosse

breve. Mas, por causa de seus excelentes efeitos terapêuticos,

foram descritos neste trabalho o Dhara, ou Terapia com

derramamento de óleo, ghee, manteiga e leite sobre a fronte, e o

Sirobasti, quando o óleo permanece sobre a cabeça, que são

duas importantes formas de massagem terapêutica.

Em volumes subsequentes desta série sobre a Terapia

Pancakarma no Ayurveda, devemos descrever outros

procedimentos terapêuticos dentro desta categoria. O presente

volume, como indica o título, está voltado para a massagem

apenas.

Quando da administração da Terapia com massagem, o

paciente deve ser cuidadoso quanto à sua alimentação e quanto

às bebidas ingeridas. Diferentes tipos de óleos, leite, derivados de

leite e água são utilizados na preparação das fórmulas, assim

como na comida e nas bebidas do paciente. O médico deve estar

bem informado quanto às propriedades destes ingredientes como

descritos no Ayurveda. Isto permitirá que ele selecione

adequadamente as substâncias a serem empregadas em seu

paciente. Esta informação é fornecida no Apêndice I.

Nos diferentes tipos de massagem são geralmente

empregados os óleos medicinais, tanto na massagem de rotina,

Page 13: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

13

chamada comum, quanto na massagem como terapia

especializada. O método de fabricação destes óleos medicinais e

suas fórmulas são fornecidas no Apêndice III. As abreviações

utilizadas para partes de plantas incluídas nas formulações são

descritas no Apêndice II.

O objetivo deste trabalho é simplesmente informar o leitor

sobre esta terapia especializada do Ayurveda. O autor se sentirá

amplamente satisfeito se o mesmo puder estimular o interesse

dos médicos e cientistas sobre este assunto.

Dr. Bhagwan Dash

Page 14: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

14

Capítulo 1

INTRODUÇÃO

Ayurveda significa literalmente “A Ciência da Vida”. É

praticada na Índia e em países vizinhos, desde tempos

imemoriais, para promover a saúde Positiva e a prevenção e cura

das doenças. “Saúde”, de acordo com o Ayurveda não é

simplesmente estar livre das doenças. Uma pessoa é considerada

saudável apenas quando sua mente, seus órgãos sensoriais e

sua alma estão em um estado de perfeito equilíbrio para

proporcionar a felicidade. Somando-se a isto, o corpo deve estar

livre das doenças. O Ayurveda enfatiza a preservação e a

promoção da saúde Positiva em adição à prevenção e cura das

doenças. Portanto, diversas medidas terapêuticas, tanto para

pacientes quanto para pessoas saudáveis, são prescritas neste

sistema de medicina.

O que é Saúde?

De acordo com o Susruta (Susruta Samhita : Sutra : 16 :

44), a pessoa “saudável” é aquela que possui o equilíbrio dos

Doshas (vayu, pitta e kapha, que são responsáveis pelo bom

funcionamento ou mal funcionamento dos diferentes órgãos do

corpo), dos Agnis (enzimas responsáveis pela digestão e

metabolismo), dos Dhatus (elementos teciduais constituintes da

estrutura do corpo do indivíduo) e dos Malas (produtos residuais

que são eliminados do corpo), assim como a felicidade da mente.

Page 15: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

15

Necessidades Terapêuticas

Como um processo terapêutico, o corpo de um indivíduo

desenvolve diversas mudanças durante os diferentes estágios da

vida, durante os diferentes horários do dia e da noite e durante as

diferentes estações. O corpo possui o poder interno (embutido) de

resistência para suportar algumas destas mudanças menores.

Mas, se estas mudanças forem significativas, então mesmo uma

pessoa saudável é acometida pela doença. Para proporcionar

este poder de resistência ao corpo, para vencer as diferentes

mudanças, e para corrigir uma moléstia, se ela já se manifestou,

muitos procedimentos terapêuticos, na forma de drogas, dietas,

bebidas, comportamentos e terapias especializadas, são descritos

nos tratados Ayurvédicos e prescritos por médicos.

Classificação das Terapias

As terapias são amplamente classificadas em duas

categorias:

1. Apatarpana Terapia de Drenagem

2. Santarpana Terapia de Nutrição

A última categoria, ou seja, a Terapia de Nutrição é

subdividida em três grupos:

1. Brmhana – Terapia que promove o vigor corporal

2. Snehana – Terapia com Oleação

3. Stambhana – Terapia que inibe as secreções e excreções

não naturais do corpo

Uma classificação detalhada das terapias ayurvédicas é

fornecida na tabela do próximo capítulo. Pode ser observado na

mesma que o Snehana ou Terapia com Oleação tem um

importante papel nos modelos de tratamento ayurvédicos. Esta

Page 16: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

16

terapia é realizada através de massagem e aplicação de óleo,

etc., sobre a pele e é chamada Bahya snehana (terapia externa

com oleação).

Page 17: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

17

Capítulo 2

SNEHANA OU TERAPIA COM OLEAÇÃO

A Terapia com oleação possui um papel importante na:

1. Preservação e promoção da saúde Positiva; e

2. Prevenção e cura das doenças.

Esta terapia é administrada em uma pessoa utilizando duas

técnicas diferentes:

Aplicação externa na forma de massagem (Abhyanga); e

Administração interna (Snehapana).

Page 18: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

18

Classificação das Terapias Ayurvédicas

Terapia de Drenagem

(Apatarpana)

Terapia de Nutrição

(Santarpana)

Terapia de Alívio

(Langhana)

Terapia de

Fomentação

(Svedana)

Terapia Secativa

(Raksana)

Terapia de

Nutrição

(Brmhana)

Terapia com

Oleação

(Snehana)

Terapia

Adstringente

(Stambhana)

Terapia de Eliminação

(Sodhana)

Terapia de Alívio

(Samana)

Terapia

Emética

(Vamana)

Terapia

Purgativa

(Virecana)

Enema

Medicinal

(Niruha)

Outro tipo de enema

medicinal

(Anuvasana)

Inalação

(Nasya) ou Venisecção

(Rakta moksana)

Carminativa

(Pacana)

Terapia

digestiva

(Dipana)

Fome

(Ksudha)

Sede

(Trsa)

Exercício

Físico

(Vyayama)

Exposição

ao Vento

(Maruta)

Page 19: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

19

Nasya (Terapia de Eliminação)

Page 20: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

20

Svedana (Terapia de Drenagem)

Page 21: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

21

Capítulo 3

MASSAGEM COMUM

De acordo com Vagbhata (Astanga Hrdaya : Sutra : 2 : 7-

8), uma pessoa, tendo em vista a preservação e a promoção de

sua saúde Positiva e a prevenção e a cura de suas doenças,

deveria utilizar a massagem terapêutica diariamente. Esta técnica

terapêutica possui os seguintes atributos específicos:

1. Previne e regula o processo de envelhecimento (Jara);

2. Ajuda o indivíduo a superar a fadiga (Srama) causada pela

dura rotina diária da vida;

3. Previne e cura doenças causadas pelos desequilíbrios do

sistema nervoso (Vata);

4. Promove a visão (Drsti prasada);

5. Auxilia na nutrição (Pusti) do corpo;

6. Proporciona longevidade (Ayus) ao indivíduo;

7. Ajuda a induzir o sono (Svapna); e

8. Promove o vigor (Dardhya) individual.

Jara ou Processo de Envelhecimento

A morte é inevitável. Mas, a morte antecipada e as doenças

causadas pelo processo de envelhecimento podem ser facilmente

prevenidas. Além do branqueamento dos cabelos e do

enrugamento da pele, o processo de envelhecimento afeta a

visão, a capacidade auditiva, as condições dentárias, o poder

digestivo, o movimento intestinal e o sono. Durante a terceira

Page 22: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

22

idade, os ossos sofrem mudanças dando origem às osteoartrites;

a coluna vertebral torna-se frágil e os discos intervertebrais podem

tornar-se calcificados, resultando em rigidez, ou podem ser

destruídas, resultando em escorregamento, assim como

alterações e rupturas, no corpo das vértebras. Tais mudanças vão

resultar em dificuldades nos movimentos, aumento da rigidez do

corpo, dor e tonturas. Uma pessoa, com o avançar da idade, sofre

de mal de Parkinson. Os músculos cardíacos e as artérias perdem

sua flexibilidade, gerando doenças cardíacas, arteriosclerose e

hipertensão arterial.

Como conseqüência das alterações arteriais, o suprimento

normal de sangue é afetado dando origem à degeneração senil

dos tecidos cerebrais. Durante a velhice, portanto, a pessoa sofre

de insônia e perda do poder da memória. Se há uma ruptura nas

artérias do cérebro, causada pelo aumento da pressão sangüínea,

a pessoa pode adquirir uma paralisia. Tudo isto e outras

alterações ou doenças da velhice poderiam ser prevenidas e

curadas, se já se tornaram manifestadas, pelo uso regular da

massagem terapêutica.

Srama ou Fadiga

Durante o exercício físico ou o trabalho habitual, alguns produtos

acumulam-se nas junções neuro-musculares levando à fadiga. Se

as junções neuro-musculares permanecem com suas

características saudáveis e se tanto os tecidos nervosos como os

musculares estão tonificados, a pessoa pode evitar a fadiga

apesar do trabalho pesado e do exercício físico. Isto é possível

através da massagem terapêutica. Se a pessoa já está fatigada,

no entanto, ela poderia ser curada rápida e facilmente através da

massagem apropriada.

Vata Roga ou Distúrbios Nervosos

Page 23: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

23

Todas as funções físicas e psíquicas do indivíduo são reguladas

por três fatores básicos denominados vayu, pitta e kapha. Vayu ou

Vata regula todas as funções motoras e sensoriais do sistema

nervoso. Pitta regula todas as reações enzimáticas incluindo a

digestão e o metabolismo corporal. Kapha ou slesma conserva os

órgãos sensoriais unidos facilitando assim seu funcionamento

harmonioso. As atividades de pitta e kapha são reguladas por

vayu, e portanto, este vayu representa o papel mais importante na

criação, sustentação, degeneração e destruição do corpo. Da

mesma forma, os exercícios exercem influência considerável

sobre o funcionamento da mente. Portanto, para o indivíduo ser

saudável e feliz, este vayu deveria ser conservado em estado de

equilíbrio. A massagem terapêutica ajuda na promoção e

regulação do funcionamento apropriado deste vayu ou das

atividades nervosas.

Drsti ou Visão

Os olhos possuem um importante papel nas atividades normais do

indivíduo. Uma pessoa pode sofrer qualquer problema visual

como conseqüência do uso inadequado dos olhos: o estudo

freqüente sob luz insuficiente e postura incorreta, a leitura de

textos com palavras de tamanho excessivamente reduzido,

assistir televisão por tempo muito longo, a exposição à luz

ofuscante, a observação constante de corpos luminosos, eclipse

solar e lunar, a exposição da cabeça ao excesso de calor, lavar a

cabeça com água muito quente e ingerir alimentos e bebidas

oleosas e com sabor penetrante. Além disso, por causa do

processo de envelhecimento, uma pessoa em idade adulta sofre

de catarata, miopia e disfunção do nervo ótico. Por causa de uma

dieta ou conduta incorretas, a pessoa, eventualmente, pode ser

vítima de doenças incapacitantes dos olhos como retinite

pigmentar, descolamento de retina e atrofia do nervo ótico.

Mesmo a constipação comum pode dar origem a muitos distúrbios

Page 24: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

24

oculares incluindo a deficiência visual que, em um ou outro

estágio, faz com que o indivíduo necessite de intervenção

cirúrgica sem qualquer certeza de cura. A cegueira é o principal

problema durante a idade avançada. Todos estes distúrbios

poderiam ser prevenidos e curados através da massagem

terapêutica.

Pusti ou Nutrição dos Tecidos

Os elementos teciduais chamados Dhatus na terminologia

ayurvédica pertencem a sete categorias. São, certamente,

nutridos pela ingestão adequada de alimentos. Mas se as enzimas

responsáveis pela digestão e metabolismo são afetadas, então,

ao invés de assimilar os alimentos e bebidas, a pessoa não

consegue manter a boa saúde e seus tecidos permanecem

subnutridos. Durante o processo metabólico, produtos residuais

são formados, resultantes das reações enzimáticas, e precisam

ser eliminados do organismo. Às vezes, por causa da má

circulação e da atividade inadequada do sistema nervoso, estes

produtos residuais permanecem aderidos aos tecidos e

atrapalham a posterior nutrição de suas células. Estes produtos

residuais são eliminados do corpo na forma de suor, urina, fezes,

etc. Portanto, a massagem terapêutica, auxiliando na eliminação

dos produtos residuais, representa um importante papel na

prevenção dos distúrbios da nutrição e na cura das pessoas já

portadoras de má-nutrição.

Ayus ou Longevidade

O tempo de vida normal de um indivíduo varia de região para

região dependendo das condições geográficas, climáticas,

dietéticas e culturais. Como a morte não pode ser evitada, é

necessário que a pessoa viva um tempo de vida completo e não

sucumba a uma morte antecipada. Se os elementos teciduais e os

órgãos vitais do corpo continuarem a exercer suas funções

Page 25: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

25

apropriadamente, então, obviamente, o tempo de vida poderia ser

prolongado e uma pessoa com longevidade e experiência de vida

acumulada poderá ser um bem para a sociedade. A função destes

órgãos vitais e tecidos poderia ser aprimorada e o tempo de vida

poderia ser melhorado através da massagem terapêutica.

Svapna ou Sono

O indivíduo tem se tornado uma máquina. Ele trabalha

continuamente sem dar tempo suficiente para o descanso da

mente e do corpo. Se um adulto puder conseguir um sono natural

e profundo durante pelo menos 6 horas por dia, seu corpo estará

recuperado para o trabalho no dia seguinte. Com sua maneira

artificial de viver, falar e pensar, a pessoa denominada civilizada

não dorme bem. Faz com que o sono seja induzido artificialmente,

através da ingestão de pílulas para dormir, que produzem efeitos

colaterais indesejáveis, tanto sobre o corpo como sobre a mente

da pessoa a longo prazo. Além dos fatores mentais, há muitos

fatores físicos que causam a insônia. A ingestão excessiva de

cafeína na forma de chá e café, a inalação excessiva de nicotina

na forma de cigarros e tabaco, a busca excessiva de satisfação

sexual e irregularidades dietéticas, assim como o medo, a

ansiedade e a tensão mental dão origem à insônia. Para combater

este desequilíbrio do sono, e outros distúrbios mentais

relacionados, a massagem terapêutica é muito útil.

Dardhya ou Vigor

Um indivíduo, durante o curso normal e natural da vida, é exposto

a diversos tipos de stress e pressões. Se o corpo não é capaz de

permanecer resistente a estas tensões e pressões, acaba por se

tornar vítima de diversas doenças. A massagem fornece uma

forma passiva de exercício, mesmo para aqueles que não podem

realizar atividades físicas por causa da idade ou debilidade.

Page 26: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

26

Mesmo tratando-se de uma pessoa saudável, a massagem

proporciona vigor ao corpo, conservando-o saudável e feliz.

Metáforas Ilustrativas

O benefício da massagem é descrito no Ayurveda na forma

de diferentes ilustrações metafóricas. Uma bolsa de couro torna-

se rapidamente gasta se usada com regularidade, mas se for

engraxada com freqüência, durará muito tempo. O eixo da direção

de um carro torna-se rapidamente gasto a menos que seja

freqüentemente e apropriadamente lubrificado. O corpo é

comparado a uma árvore. Se a raiz da árvore recebe água

regularmente, a mesma viverá um longo tempo. Da mesma forma,

com relação a analogia acima, se o corpo do indivíduo é untado

apropriadamente através da massagem, ele vive longo tempo sem

qualquer desgaste causado pela doença.

Caraka (Caraka Samhita; Siddasthana : 6 : 11-13)

descreve a utilidade específica da Terapia com Oleação da

seguinte forma:

Se um pote é untado com substância oleosa, a água no

pote pode ser retirada com facilidade. Da mesma forma, se o

corpo é untado, os três fatores causadores de doenças,

denominados vayu, pitta e kapha, podem ser eliminados do corpo

sem muita dificuldade. Esta afirmação é feita com relação aos

desequilíbrios de vayu, pitta e kapha, que são responsáveis por

causar todas as doenças no indivíduo.

Se um pedaço de madeira molhada é incendiada, a água

contida nela evaporará. De forma semelhante, se a Terapia de

fomentação é aplicada sobre uma Terapia com oleação, todos os

produtos residuais do corpo poderão ser facilmente retirados.

Page 27: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

27

Massagem Regular

Como uma pessoa alimenta-se todos os dias, ela também

deveria lançar mão da massagem todos os dias se quiser manter-

se saudável. Para uma pessoa saudável, a massagem deveria ser

feita antes do banho, de forma que o excesso de óleo usado

durante a massagem seja retirado com facilidade. Devido ao calor

produzido durante o processo de massagem, ela deve esperar no

mínimo uma hora antes de tomar seu banho. A massagem é

muito útil antes da realização de exercícios físicos. Mas, para

aqueles que não podem praticá-los e para aqueles que praticam

yoga ou exercícios do yoga, a massagem pode ser aplicada

mesmo após estes exercícios.

Horário e Época do Ano para Massagem

A massagem deve ser realizada apenas quando o paciente

já fez a digestão do alimento ingerido durante a primeira refeição

e quando ele está com fome e com sede (Astanga Sangraha). O

óleo a ser utilizado para a massagem deve ser frio durante o

verão e aquecido durante o inverno. O óleo de mostarda, o óleo

cozido no qual se adicionam drogas aromáticas e flores e o óleo

cozido com a adição de plantas medicinais podem ser utilizados

em todas as estações do ano.

Massagem e Exercícios Físicos

A massagem pode ser aplicada sobre o corpo antes e

depois do exercício físico. Através da massagem promove-se uma

melhora da circulação sangüínea do corpo e remove-se a rigidez

de várias articulações resultando em maior facilidade de

movimentos dos órgãos durante o exercício. Se a massagem é

aplicada depois do exercício, auxiliará na remoção dos produtos

residuais metabólicos do corpo através do trato gastrointestinal.

Page 28: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

28

Melhores Dias para a Massagem

A informação sobre dias mais adequados ou não para a

massagem terapêutica é fornecida nos textos de Astrologia. As

massagens aplicadas nas segundas-feiras, quartas-feiras e

sábados são muito adequadas na medida em que promovem

auspiciosidade e riqueza, assim como longevidade.

Nos domingos, a massagem deveria ser feita com óleo

cozido no qual se deve adicionar durva (Cynodon dactylon) e nas

terças-feiras, o óleo para massagem deve ser cozido com flores

aromáticas.

Dias Não Recomendados

A massagem não deve ser aplicada no 3o, 6o, 8o, 10o, 11o,

13o e no 14o dias de um período lunar de quinze dias.

No 3o dia a massagem provoca infelicidade.

No 6o dia a massagem causa redução no tempo de vida.

No 8o dia a massagem destrói as virtudes religiosas.

No 10o dia a massagem pode estar relacionada com a morte

de um filho.

No 11o dia a massagem destrói a compleição.

No 13o dia a massagem destrói a riqueza.

No 14o a massagem dá origem a muitas doenças crônicas.

Portanto, a massagem deve ser evitada nos dias acima

mencionados de uma quinzena.

Além destes, deve-se evitar a prática de massagem

durante as constelações de Sravana, Ardra, Jyestha, Uttara

phalguna e nos dias de sankranti (quando o sol se movimenta de

um signo do zodíaco para outro). Esta proibição não se aplica a

idosos e crianças pequenas.

Page 29: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

29

Massagem em Dias Proibidos

As acima mencionadas proibições aplicam-se às massagens

feitas com óleo de gergelim. Mas, mesmo durante tais dias, a

massagem pode ser feita com os seguintes óleos:

- Óleo de mostarda

- Óleo cozido com flores aromáticas

- Óleo cozido com a adição de diferentes plantas medicinais e

seus produtos

Sinais e Sintomas da Terapia com Oleação Adequada

Sneha é o termo utilizado no Ayurveda para indicar todos

os tipos de substâncias gordurosas como óleo, manteiga, ghee,

etc. Na verdade, esta palavra é derivada da raiz snih que significa

“ser aderente”, “estar preso a” ou “estar fundido a” ou “sentir

afeição por”. Se o corpo está adequadamente untado mesmo

através do uso interno de ghee, etc., ou através da massagem,

haverá suavidade, maciez e viscosidade no corpo. Estas

características aliviam vayu e ajudam na eliminação dos produtos

residuais. É uma excelente terapia para a promoção da digestão e

do metabolismo. Se uma pessoa está acostumada a ingerir óleo,

ghee, etc., regularmente, uma pequena quantidade de alimentos

pesados não origina qualquer tipo de distúrbio.

Contra-indicações

A massagem não deve ser aplicada em:

Um paciente portador de febre (em seu primeiro estágio) e

indigestão. Se tal pessoa receber uma aplicação de

massagem, sua doença pode tornar-se incurável.

Um paciente ao qual foi administrada qualquer terapia que

utilize purgativos, eméticos ou enemas. Se esta pessoa

receber a massagem sua força digestiva será suprimida.

Page 30: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

30

Um paciente que sofre de doenças causadas por excesso

nutricional. Com a massagem seu desequilíbrio pode ser

agravado no futuro.

A massagem, mesmo estando indicada para uso regular,

diário, está proibida em certas circunstâncias. Ela não deve ser

realizada durante o primeiro estágio da febre, se houver

problemas com o processo digestivo e se houver ama (material

não digerido) durante o processo de digestão e metabolismo. Se

uma pessoa está sofrendo de doenças resultantes do

desequilíbrio de kapha, a massagem também está proibida,

porque kapha (fleuma) e ama estão intimamente relacionados. É

especialmente proibida nas pessoas que sofrem de obesidade.

Se, no entanto, tal pessoa sofre de distúrbios para os quais a

massagem é fortemente indicada e mesmo que esteja destinada à

cura da obesidade, os óleos de massagem, etc. podem ser

preparados com um método especial e empregados na

massagem.

Métodos de Administração da Terapia com Massagem

A massagem terapêutica pode ser administradas em uma

pessoa de duas maneiras diferentes, a seguir:

1) Pode ser administrada regularmente a uma pessoa para

prevenção de diversas doenças e para a manutenção e

promoção da saúde Positiva. Geralmente, esta massagem é

feita antes do banho. Tomando banho após a massagem, o

excesso de óleo é removido e o óleo ou gordura que

permanece sobre a pele é suficiente para produzir os efeitos

esperados.

2) Pode ser empregada como terapia especial por um período

limitado que será descrito posteriormente. Este tipo de

massagem terapêutica especial é geralmente administrada

para:

Page 31: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

31

a) O propósito do rejuvenescimento de forma a prevenir e

corrigir o processo de envelhecimento e

b) Curar diversas doenças crônicas, além de doenças

incuráveis.

Além dos propósitos acima mencionados, a Terapia com

massagem juntamente com a fomentação também são indicadas

antes da administração de diversas categorias de terapias de

eliminação como emética (vamana), purgativa (virecana), os dois

tipos de enemas medicinais (niruha e anuvasana) e inalatória

(nasya) assim como aquela que envolve a sangria (rakta

moksana). Administradas em associação, estas terapias de

eliminação, na terminologia ayurvédica, são denominadas

Pancakarma ou as cinco terapias especializadas. De acordo com

o Caraka, estas cinco terapias incluídas no Pancakarma são as

seguintes:

1. Vamana (Terapia Emética)

2. Virecana (Terapia Purgativa)

3. Niruha (Um tipo de enema medicinal que contém

principalmente decocções de plantas, etc.)

4. Anuvasana (Um tipo de enema medicinal que contém

principalmente óleo, etc.)

5. Nasya (Terapia Inalatória)

Susruta menciona o Rakta moksana ou Terapia com

sangria no lugar de Nasya ou Terapia inalatória descrita acima. O

tratado de Vagbhata, no entanto, descreve tanto Nasya como

Rakta moksana sob esta categoria de terapias especializadas de

eliminação.

Massagem Sobre Todo o Corpo ou Sobre Partes do Corpo

A massagem regular deve ser realizada sobre todo o

corpo, incluindo a cabeça, para a prevenção das doenças,

promoção da saúde Positiva, rejuvenescimento do indivíduo e a

Page 32: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

32

cura das doenças. Mas a massagem em partes específicas do

corpo possui alguns efeitos especiais. A massagem é,

eventualmente, realizada apenas sobre partes específicas do

corpo. Estas regiões do corpo são as seguintes:

Massagem localizada na cabeça (Siro’bhyanga)

Massagem suave após o gotejamento de óleo nos ouvidos

(Karna purana)

Massagem localizada na sola dos pés (Padabhyanga)

Seus atributos específicos serão descritos posteriormente.

Page 33: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

33

Capítulo 4

MASSAGEM LOCALIZADA NA CABEÇA

(SIRO’BHYANGA)

Além da massagem sobre todo o corpo, em determinadas

circunstâncias, uma aplicação sobre uma única área do corpo

pode ser muito útil. A cabeça é a região mais importante do corpo

pois todos os sentidos e seus órgãos, como olhos, nariz, ouvidos,

língua e pele, estão aí localizados. Portanto, a massagem sobre a

cabeça proporciona nutrição a todos estes sentidos e promove

seu funcionamento normal e natural. A massagem localizada

sobre a cabeça é especialmente útil para os seguintes distúrbios:

1. Previne e cura as cefaléias

2. Previne e cura a queda de cabelos

3. Previne e cura o branqueamento prematuro dos cabelos

4. Previne e cura a calvície

5. Torna a raiz do cabelo mais forte

6. Torna os cabelos longos mais macios e brilhantes

7. Previne e cura erros de refração dos olhos

8. Promove a compleição da face

9. Permite que a pessoa tenha um sono profundo.

Além da massagem, o óleo também pode ser aplicado

sobre a cabeça para que se obtenha os benefícios acima citados

na forma de Sirobasti, que será descrito posteriormente.

Page 34: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

34

Capítulo 5

ÓLEO NO CANAL AUDITIVO (KARNA PURANA)

Com o gotejamento de óleo dentro do canal auditivo,

diversas doenças específicas deste órgão sensorial como otalgia,

surdez, zumbido e muitas outras que acometam a região como a

cefaléia, contração exagerada dos músculos do queixo, torcicolo e

vertigem são curadas. Este procedimento também corrige

problemas nos dentes e gengivas.

Os ouvidos e os olhos estão intimamente relacionados com

a sola dos pés. O gotejamento de óleo no canal auditivo produz

frieza e remove a sensação de queimação nos pés.

O gotejamento de óleo medicinal nos canais auditivos deve

ser realizado antes das refeições durante o período diurno.

Page 35: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

35

Capítulo 6

MASSAGEM SOBRE A SOLA DOS PÉS

(PADABHYANGA)

Antes de deitar-se é muito benéfico realizar uma

massagem sobre a sola dos pés. Este procedimento previne e

cura a secura, a sensação de adormecimento, a aspereza e as

rachaduras nas solas dos pés. Promove vigor para a marcha e a

corrida, e fornece vigor aos membros. As solas dos pés estão

intimamente relacionadas com os olhos e os ouvidos. Portanto, a

massagem sobre a sola dos pés promove a visão e o adequado

funcionamento dos órgãos auditivos. Cura a dor ciática, as cãibras

e a contração dos ligamentos, vasos e músculos dos membros

inferiores.

Acima de tudo, a massagem ajuda uma pessoa a dormir

profundamente à noite.

Vagbhata (Astanga-hrdaya: Uttara tantra: 15: 66-67)

forneceu uma bela descrição dos efeitos da massagem sobre a

sola dos pés. De acordo com ele, há quatro “nervos” importantes

nas solas dos pés, os quais estão conectados com a cabeça. Por

causa do calor, da fricção e da pressão excessiva sobre a sola

dos pés sob o peso do corpo, estes “nervos” tornam-se

fragilizados resultando em redução do poder de visão da pessoa.

Se a raiz destes “nervos” na sola dos pés forem massageados

regularmente, a pessoa nunca irá sofrer de quaisquer doenças

oculares.

Page 36: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

36

Permeabilidade do Óleo nos Diferentes Tecidos

De acordo com o Ayurveda, o óleo, etc., empregados na

massagem não têm ação confinada apenas à pele. Estes

produtos e as drogas que foram fervidas neles penetram a pele e

alcançam os diferentes elementos teciduais do corpo. O óleo

medicinal utilizado na massagem permanece na pele por 300

segundos (matras) e então gradualmente e consecutivamente

penetra através dos elementos teciduais como rakta (sangue),

mamsa (tecido muscular), medas (tecido gorduroso), asthi (tecido

ósseo) e majja (medula óssea). O óleo medicinal demora cerca de

100 segundos (matras) para penetrar cada um destes diferentes

tipos de elementos teciduais.

Outros métodos de Massagem

Além da massagem com óleo, ghee e outros diferentes

tipos de gordura, esta terapia pode ser administrada com as

pastas e pós de plantas medicinais, etc. de diversas maneiras.

Page 37: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

37

Capítulo 7

UNÇÃO (UDVARTANA)

É denominada Udvartana ou Terapia com unção ou

oleação o tratamento no qual a pasta de plantas medicinais é

aplicada sobre o corpo, sendo permitido que fique quase

totalmente seca para depois ser suavemente friccionada e

removida.

Benefícios do Udvartana

A pessoa submetida à Terapia de unção ou Udvartana

adquire os seguintes benefícios próprios da terapia:

1. Remoção do mau cheiro do corpo

2. Cura da sensação de peso, sonolência, prurido; cura das

doenças causadas pelo acúmulo de produtos residuais, fome,

sudorese excessiva e defeitos na pele.

3. Alívio de vayu

4. Auxílio na dissolução de kapha e gordura

5. Produção de estabilidade dos membros

6. Promoção da saúde da pele

7. Abertura dos orifícios dos canais de circulação

8. Promoção das enzimas responsáveis pelo processo

metabólico na pele resultando em uma pele mais saudável

9. Promove especialmente a compleição nas mulheres e remove

os pêlos indesejáveis de sua face e corpo.

Page 38: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

38

Fórmula para Udvartana

A formulação para a unção deve conter os seguintes

ingredientes: 1. Kustha Raiz Saussurea lappa

2. Musta Raiz Cyperus rotundus

3. Granthi parni Raiz Angelica glauca

4. Haridra Rizoma Curcuma longa

5. Daru haridra Raiz ou ramo Berberis aristata

6. Bala ou hribera Raiz Coleus vettiveroides

7. Jatamamsi Raiz Nardostachys jatamansi

8. Vajigandha Raiz Withania somnifera

9. Puskara mula Raiz Inula racemosa

10. Nimba Folha Azadirachta indica

11. Aragvadha Folha Cassia fistula

12. Tulasi Folha Ocimum sanctum

13. Arjuna Folha Terminalia arjuna

14. Ela Semente Amomum sabulatum

15. Ajaji Semente Nigella sativa

16. Sarsapa Semente Brassica campestris

17. Tila Semente Sesamum indicum

18. Dhanyaka Semente Coriandrum sativum

19. Bakuci Semente Psoralea corylifolia

20. Cakramarda Semente Cassia tora

21. Lavanga Flor Syzygium aromaticum

22. Padmaka Casca Prunus cerasoides

23. Lodhra Casca Symplocos racemosa

24. Candana Cerne Santalum album

25. Devadaru Cerne Cedrus deodara

26. Agaru Cerne Aquilaria agallocha

27. Sarala Cerne Pinus roxburghii

28. Nagakesara Flor Mesua ferrea

29. Punnaga Flor Calophyllum inophyllum

Page 39: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

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30. Karkandhu Flor Zizyphus nummularia

31. Nimba Flor Azadirachta indica

32. Guggulu Goma-resina Commiphora mukul

33. Saindhava Sal-gema

34. Bola Resina Commiphora myrrha

35. Sarjarasa Resina Vateria indica

Os ingredientes acima mencionados devem ser postos a

secar na sombra. Exceto para as resinas e sal, todos os demais

itens devem ser primeiramente transformados em pó. Depois

disso, as resinas e o sal devem ser adicionados. A fórmula deve,

então, ser triturada com a adição de leite ou água. Deve ser

adicionado posteriormente alguma substância corante. Esta pasta

deve ser empregada na unção.

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Capítulo 8

FRICÇÃO DO CORPO COM PÓS (UDGHARSANA)

Além da pasta descrita no capítulo anterior, podem ser

usadas plantas medicinais, etc. para friccionar todo o corpo

durante a massagem, técnica esta denominada Udgharsana

(Fricção com Pó). Este tipo de massagem apresenta os seguintes

benefícios:

1. Cura do prurido, urticária e doenças causadas por vayu

2. Produção de estabilidade e luminosidade no corpo

3. A fricção da pele após aspersão de água produz espuma.

Portanto, a fricção com sabonete em pó apresenta as

propriedades acima mencionadas. Além disso, promove a

atividade enzimática na pele e ajuda a remover as impurezas

através da abertura das glândulas sudoríparas.

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Capítulo 9

SUBSTÂNCIAS OLEOSAS EMPREGADAS NA

MASSAGEM TERAPÊUTICA

A substância oleosa a ser utilizada na massagem

terapêutica deve ser retirada das seguintes fontes:

1. Taila ou óleo extraído de sementes e diferentes partes das

plantas

2. Ghrta ou ghee extraído do leite (ou iogurte) de diferentes tipos

de animais incluindo o leite humano. A manteiga destes

animais também é utilizada na massagem.

3. Vasa ou gordura extraída através do cozimento de tecido

muscular de animais. A gordura de animais como porco

também é utilizada na massagem.

4. Majja ou medula óssea (tanto a variedade branca como a

vermelha) também são empregadas na massagem.

Propriedades dos Diferentes Tipos de Óleos e Gorduras

Para a administração do Snehana ou Terapia de oleação

com massagem, são geralmente empregadas quatro tipos de

substâncias oleosas, ou seja, ghee, óleo, gordura e medula

óssea. Seus atributos específicos são apresentados a seguir:

Page 42: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

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1) Ghee (Ghrta) - Apresenta as seguintes propriedades:

a) Alivia Pitta e Vayu mas não causa agravação de Kapha.

b) Promove o Rasa (quilo), o sêmen e o Ojas (essência de

todos os elementos teciduais).

c) Alivia a sensação de queimação.

d) Produz suavidade no corpo.

e) Promove uma voz clara e uma boa compleição.

f) Promove vigor e força digestiva assim como o

metabolismo.

g) Por sua característica lubrificante, alivia Vayu e por sua

propriedade refrescante, alivia Pitta. Quando fervido com

plantas que aliviam Kapha, também passa a apresentar

esta propriedade de equilibrar Kapha.

h) Possui a característica específica das substâncias

yogavahin (que transportam as propriedades de outras

drogas com as quais são fervidos). É a melhor das

substâncias oleosas.

2) Óleo (Taila) – Possui as seguintes propriedades:

a) Alivia Vayu, mas não agrava Kapha.

b) Promove o vigor, a saúde da pele e a estabilidade do

corpo.

c) Limpa o aparelho gênito-urinário especialmente das

mulheres.

3) Gordura muscular (Vasa) – Possui as seguintes propriedades:

a) Cura ferimentos e fraturas ósseas.

b) Útil nos prolapsos uterinos.

c) Cura cefaléia e otalgia.

d) Promove a visão.

Ghee: Manteiga derretida, não fervida, em fogo brando que é coada em

pano fino para retirada do material branco. Também conhecida como

manteiga purificada.

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e) É muito útil para pessoas habituadas a realizar exercícios

físicos pesados.

4) Medula Óssea (Majja) – Possui as seguintes propriedades:

a) Promove o vigor, o sêmen e o Rasa (quilo e plasma).

b) Melhora a qualidade do Kapha, do Medas (tecido adiposo)

e da medula óssea.

c) Promove especialmente o vigor dos ossos.

Comparação entre as propriedades

A gordura muscular (Vasa) é melhor que a medula óssea

(Majja), o óleo é melhor que a gordura muscular, e o ghee é

melhor que o óleo na facilidade com que promove a lubrificação

do corpo. Para a finalidade de massagem, no entanto, o óleo

(incluindo o óleo medicinal) é o melhor. Para uso interno, o ghee é

sem dúvida o melhor.

Óleo de Sementes

Dentre os diferentes tipos de óleos extraídos de sementes,

o óleo de gergelim é o melhor. Ele pode ser empregado nas

massagens de forma pura ou fervido com a adição de diferentes

drogas.

Propriedades do Óleo de Gergelim

Além da lubrificação, o óleo extraído de diferentes tipos de

sementes oleaginosas ou de diferentes partes de plantas

medicinais apresentam propriedades específicas. Na massagem,

emprega-se o óleo de gergelim tanto para o propósito terapêutico

quanto para a finalidade de rejuvenescimento. Suas propriedades

são fornecidas a seguir:

Page 44: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

44

- O óleo de gergelim é predominantemente doce no sabor. É

também adstringente em seu sabor secundário.

- Tem a propriedade de penetrar através dos canais sutis do

corpo.

- É quente em sua potência.

- É vyavayin, ou seja, realiza transformação metabólica após sua

penetração em todo o corpo.

- Eventualmente, agrava Pitta, mas não agrava Kapha.

- É a melhor dentre as substâncias que aliviam Vayu.

- Promove o vigor, a saúde da pele, a inteligência e o poder

digestivo.

- Quando combinado com outras drogas, o óleo de gergelim ajuda

na cura de todas as doenças.

Além do óleo de gergelim, e dos óleos extraídos de outras

plantas, a água, o leite, o iogurte, a manteiga e a gordura animal

também são empregados na massagem. Suas propriedades,

assim como as características dos ingredientes empregados na

massagem, como descrito no Nighantu de Madanapala são

descritas no Apêndice I.

Óleos Empregados para Propósitos Específicos

O óleo extraído de diferentes sementes e outras partes de

animais pode ser empregado tanto externamente (massagem)

quanto internamente. Estes óleos, úteis para diferentes propósitos

terapêuticos, são descritos abaixo:

I. Laxantes – Para este fim, são úteis os óleos extraídos das

seguintes plantas (sementes):

1. Tilvaka (Symplocos racemosa)

2. Eranda (Ricinus communis)

3. Kosamra (Schleichera oleosa)

4. Danti (Baliospermum montanum)

5. Dravanti (Croton tiglium)

6. Saptala (Acacia concinna)

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7. Sankhini (Calonyction muricatum)

8. Palasa (Butea monosperma)

9. Mesasrngi (Pistacia integerrima)

10. Indrayana (Citrullus colocynthis)

11. Kampillaka (Mallotus philippinensis)

12. Aragvadha (Cassia fistula)

13. Nilini (Indigofera tinctoria)

II. Eméticos – Para este fim, são úteis os óleos extraídos das

seguintes plantas (sementes):

1. Devadali (Luffa echinata)

2. Kutaja (Holarrhena antidysenterica)

3. Kosataki (Luffa acutangula)

4. Iksvaku ou Katutumbi (Lagenaria siceraria)

5. Dhamargava ou Mahakosataki (Luffa cylindrica)

6. Madanaphala (Randia dumetorum)

III. Eliminação de Produtos Residuais da Cabeça – Para

eliminação de Doshas da cabeça (Siro virecana), são úteis os

óleos extraídos das seguintes plantas (sementes):

1. Vidanga (Embelia ribes)

2. Apamarga (Achyranthes aspera)

3. Sobhanjana (Moringa pterygosperma)

4. Suryavalli (Gynandropis gynandra)

5. Pilu (Salvadora persica)

6. Sarsapa (Brassica campestris)

7. Jyotismati (Celastrus paniculatus)

IV. Anti-ulcerativas – Para a cura de úlceras, são úteis os

óleos extraídos das seguintes plantas (sementes):

1. Karanja (Pongamia pinnata)

2. Latakaranja (Caesalpinia crista)

3. Aragvadha (Cassia fistula)

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4. Matulunga (Citrus medica)

5. Ingudi (Balanites agyptica)

6. Kirata tikta (Swertia chirata)

V. Doenças de pele – Para o tratamento de kustha (doenças

crônicas de pele, onde se inclui a hanseníase) são úteis os

óleos extraídos das seguintes plantas (sementes):

1. Tuvaraka (Hydnocarpus wightiana)

2. Kapittha (Feronia limonia)

3. Kampillaka (Mallotus philippinensis)

4. Bhallataka (Semecarpus anacardium)

5. Patola (Trichosanthes cucumerina)

VI. Doenças Urinárias – Para o tratamento de mutrasanga

(anúria), são úteis os óleos extraídos das sementes das

seguintes plantas:

1. Trapusa (Cucumis sativus)

2. Karkati ou ervaruka (Curcuma utilissimus)

3. Kusmanda (Cucurbita pepo)

4. Tumbi (Lagenaria siceraria)

5. Karkaru (Cucurbita maxima)

VII. Cálculos renais – Para o tratamento dos cálculos renais,

são úteis os óleos extraídos das sementes das seguintes

plantas:

1. Brahmi ou Kapotavanka ou suvrcala (Bacopa monnieri)

2. Bakuci (Psoralea corylifolia)

3. Haritaki (Terminalia chebula)

VIII. Doenças Renais e Urinárias Crônicas – Para o tratamento

de prameha (doenças urinárias crônicas, nas quais está

incluído o diabetes), são úteis os óleos extraídos das

seguintes plantas (sementes):

1. Sarsapa (Brassica campestris)

Page 47: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

47

2. Atasi (Linum usitatissimum)

3. Nimba (Azadirachta indica)

4. Madhavi (Hiptage benghalensis)

5. Manjistha (Rubis cordifolia)

6. Katutumbi (Lagenaria siceraria)

7. Jyotismati (Celastrus paniculatus)

IX. Doenças Nervosas – Para o tratamento de doenças

causadas por Vayu associadas com desequilíbrio de Pitta, são

úteis os óleos extraídos das sementes das seguintes plantas:

1. Tala (Borassus flabellifer)

2. Narikela (Cocus nucifera)

3. Panasa (Artocarpus heterophyllus)

4. Moca (Salmalia malabarica)

5. Priyala (Buchanania lanzan)

6. Bilva (Aegle marmelos)

7. Madhuka (Madhuca indica)

8. Slesmantaka (Cordia myxa)

9. Amrataka (Spondias pinnata)

X. Leucoderma – Para o tratamento de manchas brancas na

pele (promove a pigmentação da pele tornando-a escura), são

úteis os óleos extraídos das sementes das seguintes plantas:

1. Bibhitaka (Terminalia belerica)

2. Bhallataka (Semecarpus anacardium)

3. Madanaphala (Randia dumetorum)

XI. Hiper pigmentação – Para corrigir o excesso de

pigmentação da pele, são úteis os óleos extraídos das

sementes das seguintes plantas:

1. Ingudi (Balanites agyptiaca)

2. Priyangu (Callicarpa macrophylla)

3. Syonaka (Oroxylum indicum)

Page 48: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

48

XII. Doenças de Pele em Geral – Para o tratamento de

doenças de pele, como a tinha, são úteis os óleos extraídos

das sementes das seguintes plantas:

1. Sarala (Pinus roxburghii)

2. Pitadaru (Berberis aristata)

3. Simsapa (Dalbergia sissoo)

4. Aguru (Aquilaria agallocha)

Page 49: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

49

Capítulo 10

MASSAGENS TERAPÊUTICAS ESPECIAIS

No Ayurveda, muitas terapias são prescritas nas quais a

massagem e a fomentação estão incluídas para serem

administradas em associação. Estas terapias são até hoje muito

utilizadas e popularmente administradas no sul da Índia,

principalmente em Kerala. Geralmente, este tipo de terapia é

utilizada por pessoas saudáveis para o propósito de

rejuvenescimento. Além disso, são administradas também para

diferentes tipos de pacientes na cura de suas doenças.

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50

Capítulo 11

PINDASVEDA OU NAVARAKIZHI

Esta é uma das terapias mais utilizadas com a finalidade

de promover o rejuvenescimento do corpo. É um processo através

do qual todo o corpo ou uma região do mesmo é levada a

sudorificação através da aplicação de certos “pudins” de plantas

medicinais seguida de massagem. O método mais comumente

seguido é fornecido abaixo.

Preparação da Decocção e dos Pudins (payasam)

A raiz de uma planta denominada bala (Sida rhombifolia) é

popularmente utilizada nesta terapia. Será necessário cerca de

500 gramas da raiz desta planta para este propósito.

Após ser lavada apropriadamente, cortada em pedaços e

triturada muito bem, as raízes são colocadas em um recipiente

com aproximadamente 8 litros de água. Coloca-se então para

ferver até que evapore e permaneça um quarto da água. Esta

decocção é filtrada em coador ou pano. A quantidade de

decocção restante é de aproximadamente 2 litros. Metade da

mesma, ou seja, cerca de um litro, é adicionada a um litro de leite

de vaca e o outro litro é reservado para ser utilizado

posteriormente. Na acima mencionada decocção e leite (um litro

de cada) é adicionado 500 gramas de arroz (sem casca). Cozinha-

se até que se torne semi-sólido como um pudim. Geralmente, este

pudim é chamado de payasam (preparação de leite e arroz). Um

Page 51: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

51

tipo de arroz com casca chamado sastika, nivara ou navara (nome

botânico = Oryza picta) é usado mais freqüentemente para esta

preparação. O arroz navara também possui duas espécies, um é

branco e o outro é branco enegrecido. O mais utilizado é o

primeiro tipo. No caso do mesmo não estar disponível, embora

seja muito barato, o tipo comum de arroz também pode ser usado

pelo médico para a preparação deste pudim ou payasam. É

importante lembrar que o arroz deve ser absolutamente limpo de

sua casca. Em certas partes da Índia, o arroz é, primeiramente,

cozido inteiro, seco e depois descascado. Mas, para esta fórmula,

o arroz é descascado cru e sem ferver, e então adicionado à

formula. Não é necessário lavar o arroz antes de adicioná-lo a

fervura. Após descascado o arroz, ele deve ser limpo, removendo-

se os restos de cascas, pedras e outros materiais estranhos. Só

então é adicionado à mistura do leite com a decocção. É

aconselhável triturar os grãos de arroz em pequenos pedaços

antes de adicioná-lo à fórmula.

Pedaços de pano

São necessários oito pedaços de pano limpo e novo, que

não sejam nem muito finos nem demasiadamente grossos, mas

moderadamente entre macio e forte, para resistir à tensão do

processo que se seguirá. Cada pedaço deve ter 40 cm. de

comprimento e o mesmo de largura e suas bordas devem ser

costuradas para que os fios não se soltem das bordas durante o

processo de aplicação da terapia.

Preparação dos Pindas

Os pudins preparados de acordo com o processo descrito

anteriormente devem ser divididos em oito partes iguais e

colocados nestes oito pedaços de pano. As bordas destes panos

são unidas e amarradas com um fio ou barbante, separadamente,

Page 52: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

52

para formar oito pílulas grandes (bolas, que são denominadas

Pindas). As extremidades dos panos devem ser deixadas livres,

ou seja, não amarradas, para facilitar o manuseio e para que o

massagista possa segurá-las durante a massagem. Antes da

massagem feita com estas bolas de pudim de arroz medicinal, o

corpo do paciente deve ser preparado de forma apropriada.

(Figura 1)

Aplicação de Óleo

O corpo do paciente deve ser lubrificado com óleo

medicinal. O óleo a ser aplicado sobre a cabeça deve ser um

pouco diferente do óleo aplicado sobre o corpo. O óleo aplicado

sobre a cabeça não deve ser muito viscoso, enquanto que aquele

aplicado sobre o corpo normalmente é bastante pegajoso.

Diferentes tipos de óleos medicinais são utilizados dependendo do

propósito para o qual a terapia é administrada. Para pessoas

saudáveis e para o rejuvenescimento, os óleos empregados são

de diferentes tipos. Por exemplo, se o paciente está sofrendo de

alguma doença, o óleo medicinal deve ser preparado através do

cozimento com drogas que curam seu tipo de doença. O óleo

medicinal que vai ser empregado nesta terapia será prescrito pelo

médico previamente, durante o exame do paciente (Figura 5).

Necessidade da Massagem com Óleo

Sem a aplicação deste óleo, a terapia Pindasveda não

deve ser administrada ao paciente. A massagem prévia com óleo

ajuda a manter a uniformidade do calor a ser aplicado durante a

terapia com estas bolas de pudim (Pindas). O óleo também

protege a pele da evaporação súbita e da perspiração. Se o

paciente é exposto repentinamente ao frio logo após a aplicação

das bolas quentes de pudim e da massagem, é provável que ele

venha a sofrer de muitas doenças respiratórias.

Page 53: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

53

Proteção dos olhos

O óleo aplicado sobre a cabeça não deve escorrer para a

face e para os olhos do paciente, pois pode vir a causar irritação

destes últimos e sensação de desconforto ao paciente. Portanto,

uma tira de pano deve ser amarrada em torno da cabeça ao nível

das sobrancelhas para evitar o fluxo de óleo da cabeça para os

olhos.

Mesa de Massagem

Para a administração desta terapia, um tipo especial de

mesa é empregada. Para a fabricação desta mesa, utiliza-se

normalmente o cerne da árvore neem (Azadirachta indica), da

khadira (Acacia catechu), da asana (Pterocarpus marsupium), da

arjuna (Terminalia arjuna) ou da mangueira. Geralmente a mesa é

preparada (entalhada) a partir de uma única peça de madeira sem

que haja qualquer encaixe na base da mesa.

Tradicionalmente, a massagem é feita com os massagistas

agachados no chão. Portanto, a mesa tradicional não é muito alta.

Mas se os massagistas preferirem, como ocorre atualmente,

aplicar a massagem estando em pé, então a mesa deve ter um

suporte de forma que sua altura possa ser ajustada conforme o

necessário. Um suporte ajustável pode ser fixado embaixo da

mesa de forma que massagistas com alturas diferentes possam

utilizá-la convenientemente. De qualquer forma, os massagistas

devem ter alturas semelhantes para possibilitar que todos

exerçam pressão uniforme sobre o paciente durante o processo

de massagem.

Page 54: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

54

Desenho esquemático com as medidas de uma mesa de

massagem tradicional. Observe que a mesma não possui

pedestal. As mesas modernas já possuem pés em altura

adequada.

Page 55: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

55

Geralmente, a peça de madeira a ser selecionada para o

preparo desta mesa tem 350 cm. de comprimento, 85 cm. de

largura e 25 cm. de espessura. Nas duas extremidades da peça

de madeira, deve-se entalhar quatro cabos arredondados de 20

cm. nos quatro cantos (no fundo). Cada cabo deve ter 20 cm. de

comprimento e 4 cm. de diâmetro para que seja fácil o manejo da

mesa quando for alterar sua posição. Deve ser deixada uma

margem de 5 cm. em toda a volta e, então, a superfície interna

restante da madeira deve ser entalhada como uma bacia com 3

cm. de profundidade por igual. Divide-se então a mesa em dois

compartimentos – um para acomodar a cabeça, que deve ter 75

cm. e o outro para o resto do corpo, que terá 220 cm. de

comprimento. Entre estes dois compartimentos, deverá haver uma

elevação de cerca de 5 cm. Sobre esta divisão elevada o pescoço

do paciente permanecerá apoiado durante o processo de

massagem.

O compartimento destinado à cabeça é novamente dividido

em dois segmentos distintos – um na extremidade proximal com

40 cm. de comprimento e o outro na extremidade distal com 35

cm. de comprimento. O primeiro segmento deve ter uma

inclinação em direção ao outro segmento enquanto este terá um

nível normal. Para sustentar a cabeça, deve ser entalhado um

buraco de 20 cm de diâmetro com inclinação em direção ao

centro. Deve haver um pequeno furo no centro deste apoio

circular através do qual o óleo em excesso poderá ser

convenientemente drenado para fora da plataforma.

No segundo compartimento, destinado ao resto do corpo,

devem ser feitos dois pequenos buracos nos dois cantos distais

para que o óleo em excesso escorra da mesa. Além disso, para

facilitar a drenagem, faz-se uma saída no centro da borda mais

inferior. Tradicionalmente, apenas a drenagem central é feita e os

furos nos cantos são evitados. Devem ser colocados alguns

recipientes sob estes furos para coletar o óleo drenado e evitar

Page 56: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

56

que ele se derrame no chão. Então, as bordas e os segmentos

para a cabeça e o corpo devem ser aplainados e arredondados de

forma que o paciente possa deitar-se confortavelmente sobre a

mesa durante o processo da terapia.

Esta mesa deve ser fixada sobre um suporte ou estrutura

adequada que tenha quatro pés. Deve-se assegurar que a mesa

não se mova ou faça barulho durante a massagem, por causa de

parafusos frouxos.

O paciente deve ser sentado sobre a mesa, primeiramente,

antes de começar a terapia. A metade da decocção de bala (Sida

rhombifolia), que foi preparada anteriormente e reservada, deve

ser despejada em um recipiente, adicionada com igual quantidade

de leite de vaca e colocada sobre um forno ou fogão com fogo

fraco. As bolas de pudim (pindas) devem ser depositadas no

recipiente até ficarem mornas. Durante o procedimento, estas

bolas de pudim (pindas) vão perdendo calor e tornando-se

gradualmente frias.

Nesta terapia, é essencial que durante todo o processo,

seja mantida uma temperatura uniforme e, portanto, o

aquecimento dos pindas (bolas de arroz medicinal) deve ser

contínuo e uniforme. Para este propósito, os pindas devem ser

mergulhados repetidamente na decocção e leite em fervura acima

mencionada.

O fogão utilizado para ferver a decocção não deve fazer

fumaça nem aquecer demais o ambiente para evitar a irritação e a

sensação de desconforto aos pacientes e massagistas.

A sala deve ser bem ventilada e bem iluminada, tomando-

se o cuidado de observar que o paciente não esteja exposto à

corrente de ar, poeira ou que os raios de sol não estejam incidindo

diretamente sobre ele. Para assegurar estes cuidados, as portas e

janelas da sala devem ser providas de cortinas feitas de tecidos

leves.

Page 57: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

57

Massagistas

Esta terapia consiste da aplicação de uma massagem geral

do paciente com o auxílio de bolas de pudim (pindas) preparadas

anteriormente. São necessários quatro massagistas para sua

aplicação. Além do médico, que estará supervisionando o

processo, deve haver um outro assistente que ajudará na retirada

dos pindas (bolas de arroz medicinal) já frios usados pelos

massagistas, fornecendo outros retirando-os da decocção

fervente.

Os massagistas devem ser silenciosos (não agitados e

faladores) e inteiramente concentrados em seu trabalho. É

recomendado que procedam a algum tipo de meditação antes do

início da terapia (Figura 2). Através de seu comportamento, eles

não devem causar aborrecimento ou desagrado ao paciente. Se

uma paciente vai se submeter à terapia, é melhor que sejam

empregadas assistentes e massagistas mulheres. No caso de não

disponibilidade, massagistas homens, mais velhos e experientes

também podem ser contratados. Mas é essencial que estes

massagistas e assistentes mantenham o mais absoluto respeito

durante o processo da terapia. A sala deve ter a comodidade para

a livre movimentação dos assistentes e do médico supervisor.

Deve ser isolada e distante das áreas públicas para manter a

privacidade do paciente.

O paciente deve retirar suas roupas e vestir apenas uma

tanga ou roupa de baixo. No início, ele deve permanecer sentado.

Quatro dos pindas são fornecidos aos quatro massagistas. Estes

pindas foram deixados na fervura de leite e decocção até se

tornarem mornos. Depois, são deixados fora por quatro a cinco

minutos até que o calor diminua e a temperatura fique

confortavelmente morna para a massagem. Cada massagista

deve pegar um destes pindas, segurando-os com a mão direita

pelo pano solto e a base do pinda é colocada sobre o dorso da

mão para testar sua temperatura (Figura 6).

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58

Depois disso, os massagistas devem começar a

massagear o paciente. A direção da massagem deve ser sempre

de cima para baixo, começando pela área do pescoço. Dois dos

massagistas permanecem do lado direito do paciente e dois do

lado esquerdo. Dois deles ficam próximos à cabeça e

massageiam da cabeça ao quadril e os outros dois ficam próximos

às coxas massageando do quadril à sola dos pés. De ambos os

lados, a massagem deve ser aplicada simultaneamente. Todo

cuidado deve ser tomado para assegurar que a temperatura e a

pressão se mantenham uniformes em todas as partes do corpo.

Enquanto os primeiros quatro pindas estão sendo usados,

os demais permanecem na decocção com leite em processo de

aquecimento. Quando os primeiros se tornarem frios, são

colocados no recipiente e os pindas mornos são retirados para

uso. A massagem deve ser conduzida sem qualquer interrupção

notável ou intervalo. Portanto, a substituição dos pindas já frios

pelos pindas aquecidos deve ser feita o mais rápido possível.

Posição do corpo

O paciente permanecerá na mesa de massagem,

primeiramente sentado (1). Depois de ser massageado por algum

tempo, ele deve deitar-se primeiramente sobre o dorso (2), de

forma que a massagem continue nesta posição. Depois disso, ele

deve deitar-se sobre o lado direito (3), depois, novamente sobre o

dorso (4), e então, sobre o lado esquerdo (5), e novamente sobre

as costas (6), até que finalmente seja massageado sentado com

as costas eretas (7). A massagem é feita em todas estas sete

posições, Em cada uma destas posições, a massagem é feita

durante 15 minutos aproximadamente (Figuras 3,4 e 7). Portanto,

o processo por completo demora cerca de 1 hora e 45 minutos a 2

horas. O tempo de terapia pode, no entanto, ser aumentado ou

diminuído de acordo com a condição geral, com o vigor do

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59

paciente e a doença da qual ele está sofrendo. O médico deve

avaliar as necessidades exatas do paciente.

Durante o processo de massagem, a mistura de decocção

e leite conservada sobre o fogão para fervura geralmente esgota-

se, porque os pindas precisam ser freqüentemente mergulhados

dentro dela. Após a massagem, os pindas são abertos e a porção

restante de pudim é retirada. Aplica-se este arroz medicinal sobre

o corpo do paciente, que é suavemente esfregado de acordo com

o procedimento seguido na massagem (Figuras 8 e 9). Este

processo deve durar cerca de cinco minutos. Logo depois, o

pudim de arroz medicinal fica aderido sobre a pele do paciente,

devendo ser retirado, raspando-se com o auxílio de uma espátula

ou faca fina e sem corte. Tradicionalmente, isto é feito com o

auxílio de uma lâmina de casca de coco. O óleo da cabeça é

retirado esfregando-a suavemente com uma toalha seca. Tanto a

raspagem do corpo como o enxugamento da cabeça devem ser

feitos suavemente de forma a evitar a produção de calor pela

fricção, etc.

A cabeça e o corpo, já limpos, devem ser lubrificados com

óleos medicinais. O óleo medicinal a ser empregado para este

propósito deve estar de acordo com a necessidade do paciente e

deve ser especialmente selecionado pelo médico. Depois, o

paciente deverá fazer uma lavagem do corpo.

Banho

A água para o banho deve ser fervida e adicionado com

algumas ervas medicinais que serão selecionadas pelo médico.

Após fervura, as ervas devem ser filtradas e a água deve esfriar

até tornar-se morna. Para a cabeça, no entanto, a água não deve

ser morna de maneira nenhuma. A água a ser usada na lavagem

da cabeça deve estar na temperatura ambiente.

Para remover o excesso de óleo do corpo e da cabeça,

deve ser friccionada a farinha de grão de bico. Será melhor se um

Page 60: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

60

assistente for contratado para dar o banho no paciente, porque o

próprio não conseguirá esfregar a farinha em todo seu corpo de

maneira uniforme.

Após o banho, o paciente deve ser enrolado em uma

manta de algodão ou lã, dependendo da estação e das condições

climáticas e deve fazer um repouso durante cerca de uma hora.

Ele não deve ser perturbado por barulho ou exposto ao sol,

poeira, temporal, vento frio e fumaça. É aconselhável que o

paciente, enquanto deitado, faça algum tipo de meditação, se

possível a meditação transcendental. O paciente não deve dormir

durante esta uma hora e deve-se fornecer a ele, depois disso,

uma comida leve.

Duração da Terapia

A duração do tratamento é variável, dependendo do vigor e

da natureza da doença. A terapia pode ser aplicada diariamente

ou em dias alternados por um período de 7 a 14 dias. A duração

do tratamento deve ser avaliada pelo médico. Tradicionalmente, o

tratamento pode durar 7, 9, 11 ou 14 dias.

A cada dia, a posição do corpo do paciente deve ser

mudada. Os massagistas são tipos diferentes e apesar de todas

as precauções, eles devem exercer diferentes tipos de pressão

enquanto realizam a massagem. Alternando suas posições

durante as terapias, elimina-se este provável problema.

Devem ser observadas algumas restrições com relação à

dieta e comportamento durante o decorrer da terapia e também

durante alguns dias depois da terapia. Estes detalhes serão

descritos posteriormente.

Esta terapia permite que muitos benefícios sejam

adquiridos pela pessoa saudável e pelo paciente. Produz tanto

lubrificação quanto fomentação do corpo. Torna o corpo flexível,

elimina a rigidez e o edema nas articulações e cura doenças

causadas pelo desequilíbrio de vayu. Como os canais de

Page 61: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

61

circulação estão livres de obstruções, a circulação de sangue

torna-se mais eficiente e remove os produtos residuais do corpo.

Isto melhora a compleição da pele, eleva pitta, proporciona

digestão e restaura o vigor. Evita o excesso de sono, mas permite

que a pessoa tenha sono profundo durante a noite. Esta terapia é

muito efetiva na cura de doenças do sistema nervoso, no

reumatismo crônico, nas osteoartrites, na gota, no emagrecimento

às custas de musculatura nos membros e cura doenças causadas

por desequilíbrio do sangue. Torna o corpo forte e vigoroso com

uma musculatura bem desenvolvida. Promove a sensibilidade

visual e dos demais órgãos sensoriais. É muito eficaz para

pessoas que sofrem de insônia, pressão alta, diabetes e doenças

crônicas de pele. Evita o processo de envelhecimento, o

branqueamento prematuro dos cabelos, a calvície, o

aparecimento de rugas sobre o corpo e outras doenças causadas

pelo processo de envelhecimento.

Pode ser administrada a pessoas de todas as idades –

tanto em homens como em mulheres. Deve-se tomar cuidado na

administração desta terapia em pessoas que sofrem de doenças

cardíacas. No entanto, se forem tomados cuidados na

manutenção da uniformidade da temperatura durante o processo

de massagem, não ocorrerão efeitos indesejáveis.

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62

Pindasveda ou Navarikizhi

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63

Capítulo 12

KAYASEKA OU PIZHICHIL

Para o tratamento de doenças causadas por um

desequilíbrio no funcionamento do sistema nervoso, esta talvez

seja a melhor terapia.

Esta terapia envolve essencialmente a aplicação de óleo

medicinal aquecido sobre o corpo de acordo com um

procedimento prescrito, resultando em sudorificação uniforme.

O paciente deve permanecer sentado sobre a mesa de

madeira já descrita em detalhes. No Ayurveda, ela é chamada de

Taila-Troni. Dependendo do vigor do paciente e da doença da

qual ele esteja sofrendo, o médico deve selecionar o óleo

apropriado para esta terapia. Como na terapia anterior, uma tira

de pano limpo deve ser amarrado na cabeça do paciente ao nível

das sobrancelhas, para evitar que o óleo escorra da cabeça para

os olhos, o que pode causar irritação e dar uma sensação de

desconforto ao paciente. Esta terapia é aplicada tanto em pessoas

saudáveis quanto em pacientes. No caso de pessoas saudáveis,

provoca o rejuvenescimento do corpo e ajuda na preservação e

promoção da saúde positiva. No caso de pacientes, cura diversas

doenças, e os detalhes sobre este tópico serão discutidos

posteriormente.

A aplicação em pessoa saudável emprega geralmente uma

mistura de óleo de gergelim e manteiga de leite de vaca. Óleos

medicinais cozidos com drogas de efeito rejuvenescedor também

Page 64: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

64

podem ser utilizadas nesta terapia. O óleo mais adequado para a

pessoa deve ser, obviamente, selecionado por um médico

experiente. A duração do tratamento pode variar dependendo da

natureza da doença e das condições físicas e mentais do

paciente.

A pessoa deve permanecer sentada sobre a mesa de

madeira e quatro assistentes devem sentar-se ou permanecer em

pé – dois de cada lado da mesa para que realizem a massagem.

O óleo medicinal deve estar em temperatura morna e tolerável.

Com o auxílio de pedaços de pano (de 50 cm. x 50 cm. de

tamanho) o óleo deve ser retirado do recipiente e o pano deve ser

espremido sobre o corpo do paciente pelos massagistas com suas

mãos. O derramamento do óleo também pode ser feito com o

auxílio de jarras especialmente preparadas com uma boca estreita

através do qual o óleo sai uniformemente do recipiente. O óleo

deve ser derramado sobre o corpo do paciente com velocidade

média e uniforme. Não deve ser nem muito rápido nem muito lento

e deve ser derramado de uma altura moderada. Primeiramente, o

óleo medicinal tem que ser aplicado sobre a cabeça e depois

sobre o corpo. Para a aplicação sobre a cabeça, o óleo deve estar

na temperatura ambiente e para o corpo, deve estar morno.

Depois disso, o derramamento deve ser feito suavemente. O óleo

continua a ser derramado até que o corpo comece a transpirar

sobre a testa, o peito e as axilas. Os assistentes, enquanto

derramam o óleo como descrito acima, ao mesmo tempo,

massageiam o corpo do paciente suavemente com sua mão

esquerda. Este derramamento de óleo deve ser feito apenas

depois que os assistentes tenham examinado a temperatura do

óleo com suas próprias mãos, para se assegurarem que óleo

excessivamente quente seja derramado sobre o corpo ou a pele

do paciente. Além da sensação de desconforto e aquecimento

excessivo, o óleo quente pode causar queimaduras.

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65

Os pedaços de pano são mergulhados no recipiente de

óleo, que é conservado sobre o fogão com um fogo muito fraco. A

temperatura do óleo deve ser testada pela mão dos massagistas

e, depois, os panos devem ser espremidos sobre o corpo do

paciente. A massagem deve ser aplicada sempre de cima para

baixo. O processo de massagem é feito em todas as sete

posições do paciente, como descritas na terapia anterior.

Geralmente, necessita-se de uma hora e meia a duas horas para

esta terapia. Demora cerca de meio minuto para o óleo penetrar a

pele do paciente e, gradualmente, o mesmo penetra todos os sete

grupos de elementos teciduais do corpo.

O derramamento de óleo sobre a cabeça deve ser feito de

uma altura de 8 cm. do nível da cabeça. Sobre as demais partes

do corpo, o derramamento deve ser feito de uma altura de 20 cm.

Se for aplicado um óleo muito quente sobre o corpo, pode

gerar sensação de queimação, erisipela, perda dos sentidos,

fadiga, rouquidão, dores articulares, vômitos, hemorragias, febre e

urticária.

O óleo utilizado para esta terapia pode ser coletado em

vasilhas, mantidas sob os furos da mesa e este óleo pode ser

utilizado repetidamente para o mesmo paciente ainda por três

aplicações. Depois, utiliza-se óleo fresco para este paciente. Se,

no entanto, o paciente puder arcar com as despesas, é sempre

melhor utilizar óleo fresco todos os dias.

O paciente às vezes, sente-se completamente exaurido

após esta terapia. Neste caso, ele deve ser ventilado e um pouco

de água fria deve ser respingada sobre seu corpo; ele deve ser

obrigado a descansar e depois permite-se que se levante. Depois

disso, o corpo deve ser massageado e o excesso de óleo deve

ser retirado com uma toalha limpa e seca. Aplica-se novamente

óleo fresco sobre a cabeça e o corpo e a farinha de grão de bico é

derramada sobre o corpo e novamente retira-se o excesso de

óleo. Depois o paciente é encaminhado ao banho. A água do

Page 66: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

66

banho deve ser fervida com folhas de plantas medicinais. A água

usada para lavar a cabeça deve estar na temperatura ambiente e

a água sobre o corpo deve ser morna. O banho deve ser tomado

com o auxílio de assistentes. Após o banho, ele deve ser vestido

com panos limpos e secos. O paciente deve, então, beber água

fervida com gengibre seco e coentro. Se ele sentir fome, deve

ingerir algum alimento leve e líquido. A preparação deve ser

fervida com ervas digestivas e carminativas (contra gases

intestinais). Haverá certas restrições em sua dieta e

comportamento durante o decorrer da terapia e por um igual

número de dias após seu término. Em geral, o paciente deve ter

absoluto controle sobre o corpo e a mente e deve evitar relações

sexuais para conseguir os melhores benefícios desta terapia. Ele

deve ficar fisicamente e mentalmente tranquilo e calmo.

A duração do tratamento variará dependendo do vigor do

paciente e da doença da qual o paciente é portador. A terapia

deve ser aplicada diariamente ou com intervalos de 1, 2, 3 ou 4

dias. Geralmente, uma série de aplicações pode durar 14 dias.

Para um paciente que sofre de doenças causadas por vayu e

kapha, o óleo deve ser morno. O óleo sobre a cabeça, como

sempre, deve estar na temperatura ambiente. Para um paciente

que sofre de doenças causadas por pitta, o óleo deve estar

apenas ligeiramente quente ou deve estar na temperatura

ambiente, mesmo sobre o corpo.

Pode ser utilizado leite medicinal ou vinagre azedo no lugar

do óleo medicinal. Se o leite ou o vinagre forem empregados

nesta terapia, o paciente deve ingerir leite fresco e vinagre todos

os dias.

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67

Capítulo 13

DERRAMAMENTO DE ÓLEO SOBRE A CABEÇA

(SIRODHARA)

Esta é uma das excelentes terapias para o tratamento de

diversas doenças relacionadas com a cabeça, pescoço, olhos,

nariz, garganta e sistema nervoso.

Sua utilidade terapêutica é bem reconhecida na cura de

insônia de longa duração e esquizofrenia. É utilizada também em

associação com outros medicamentos para pacientes que sofrem

de epilepsia.

Durante esta terapia, derrama-se sobre a testa, na fronte e

entre as sobrancelhas, de maneira contínua, óleo, leite ou

manteiga de leite medicinais. Se for utilizado óleo, esta terapia

recebe o nome de Taila dhara. Se for empregado o leite, então

denomina-se Dugda dhara. Se, no entanto, a manteiga de leite for

utilizada para administrar esta terapia, ele recebe o nome de

Takra dhara.

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68

Capítulo 14

TAILA DHARA

O paciente deita-se sobre seu dorso na mesa de madeira

especialmente preparada para esta terapia. Geralmente, a mesa

utilizada para Navarakizhi serve também para este propósito.

Primeiramente, a cabeça do paciente é untada com óleo

medicinal. Depois, o corpo também é massageado com este óleo.

A cabeça do paciente deve ficar em posição ligeiramente elevada,

de preferência sobre um travesseiro forrado com tecido de

plástico ou de borracha.

O óleo a ser utilizado nesta terapia deve ser selecionado

pelo médico dependendo da natureza da doença do paciente.

Geralmente, dois assistentes são necessários para esta terapia.

Um deles deve segurar o recipiente contendo o líquido, de forma

que o gotejamento caia exatamente sobre a região entre as duas

sobrancelhas e o outro coleta o óleo do recipiente colocado

abaixo, colocando-o de volta no primeiro recipiente de onde ele

gotejará novamente.

O recipiente para guardar o óleo, o leite ou a manteiga é

preparado de forma especial. Geralmente, uma vasilha de argila

com capacidade para cerca de 2 litros e meio é empregada para

este propósito. A vasilha deve ter cerca de 15 cm. de

profundidade, boca larga, tendo um fundo arredondado. Deve ser

lisa, tanto na área interna como na externa, e forte o suficiente

para sustentar a tensão e o peso do óleo e a manipulação pelos

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69

assistentes. Pode ser feito de barro cozido, vidro, ouro, prata,

madeira, porcelana ou aço inoxidável.

A borda próxima da boca da vasilha deve ser amarrada

com correntes e pendurada no teto ou em um suporte sobre a

cabeça do paciente. Deve haver um furo no fundo desta vasilha –

a dimensão deste furo deve ser de cerca de 1 cm. de diâmetro ou

o suficiente para permitir que a ponta do dedo mínimo do paciente

passe por ele. Sobre este buraco, deve ser colocada uma

pequena cuba semi-esférica e oca. Tradicionalmente, utiliza-se

uma concha dura de casca de coco. Mas esta cuba pode ser feita

de barro cozido ou de metal. Sobre o topo desta cuba, deve haver

um buraco correspondente ao do fundo da vasilha. A cuba é

colocada sobre o fundo da vasilha com a boca para baixo. Através

do buraco na cuba, passa-se um barbante de cerca de 10 cm de

comprimento deve ser amarrado, deixando-se um extremidade

livre. O barbante é passado também pelo buraco do fundo da

vasilha. A extremidade que fica sobre a cuba deve ser firmemente

amarrada com um nó de forma que não se solte durante a terapia,

devendo estar suficientemente solto para permitir um contínuo e

regular fluxo do líquido que está sendo derramado na vasilha para

o tratamento. Ao invés de um nó, tradicionalmente, um pedaço de

madeira é amarrado na extremidade do fio de algodão para

conservá-lo fixo e não permitir que ele caia.

A vasilha é pendurada com o auxílio de correntes no teto

da sala através de um gancho ou de um suporte especialmente

desenhado para este fim. A extremidade do barbante deve ficar 8

cm. acima da cabeça do paciente. Para assegurar isto, as

correntes que seguram a vasilha devem ser um pouco ajustáveis.

Depois disso, o líquido é derramado na vasilha e faz-se um fluxo

contínuo através do fio sobre a região exata da fronte. O óleo que

escorre da cabeça do paciente é recolhido em um recipiente

colocado sob a mesa e o mesmo é novamente reciclado para a

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70

vasilha. Atualmente, por conveniência, um tipo diferente de

vasilha é utilizada.

O processo continua durante cerca de uma hora e meia.

Durante toda a terapia o paciente deve permanecer deitado sobre

o dorso e não deve mover o corpo. Esta terapia é administrada

diariamente durante cerca de 7 a 14 dias dependendo da natureza

da doença e das condições mentais e físicas do paciente.

Esta terapia é administrada preferencialmente pela manhã

e nunca deve ser aplicada durante a tarde ou noite.

Manipulação do Óleo Medicinal

Para preparar o óleo para a terapia Taila dhara, deve-se

adotar, em geral, o seguinte procedimento:

Um quilograma de raiz de bala (Sida rhombifolia) é

adicionado a 16 litros de água, fervido até a água ser reduzida a

um quarto. A decocção é filtrada e a ela é adicionado um litro de

óleo de gergelim e 250 gramas da pasta de raiz de bala. O óleo é

cozido em fogo brando. Quando a pasta torna-se pegajosa, um

litro de leite de vaca é adicionado e posteriormente fervido até a

pasta tornar-se endurecida ao ser tocada e rolada entre dois

dedos. Se esta pasta for colocada sobre a chama, não haverá

nenhum ruído estalando. O recipiente para o cozimento é retirado

do fogo e colocado para resfriar. Depois, o óleo é retirado por

filtração e espremendo-se a pasta. Este óleo medicinal é

geralmente empregado na terapia Taila dhara. Tradicionalmente,

alguns médicos utilizam manteiga de vaca no lugar de óleo de

gergelim nesta preparação para obter melhores resultados

terapêuticos. Se este ghee medicinal for empregado nesta terapia

ela passa a chamar-se Ghrta dhara.

Para diferentes tipos de doenças, outros tipos de óleos

medicinais são utilizados nesta terapia. Seu método de preparo

geral e as fórmulas são fornecidos no Apêndice I.

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71

Capítulo 15

DUGDHA DHARA

O leite também pode ser utilizado para esta terapia no

lugar do óleo medicinal. Para este propósito, cerca de dois litros

de leite de vaca devem ser adicionados a oito litros de água.

Deve-se adicionar também 50 gramas de bala (Sida rhombifolia) e

50 gramas da raiz grossa de satavari (Asparagus racemosus).

Estas raízes devem ser limpas adequadamente e cortadas em

pedaços pequenos, colocadas em um pano fino e forte e

amarradas levemente com o auxílio de um barbante formando

uma bola. Esta bola de raízes é colocada dentro do leite diluído

com água e fervidas no fogão até que sejam reduzidas a cerca de

2 litros. Depois, o recipiente é colocado a esfriar. Quando estiver

frio o suficiente para ser manuseado, deve-se retirar a trouxa de

bala e satavari com os dedos para fora do recipiente. Agora o leite

está pronto para ser utilizado na terapia. Ele deve ser resfriado –

se necessário, pode-se misturá-lo para que esfrie. Toda película

formada na superfície do leite frio deve ser removida. Adiciona-se

cerca de 2 litros de água de coco bem verde e depois utiliza-se na

terapia.

Antes da administração, a cabeça e o corpo do paciente

deve ser untado com óleo medicinal e aplicada uma massagem. O

leite sozinho, sem adição da água de coco verde, também pode

ser utilizado para esta terapia.

É muito útil para pessoas portadoras de insanidade,

insônia, sensação de queimação, vertigem e paralisia agitans.

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72

Como substituto do leite de vaca, pode ser utilizado o leite

humano, com vantagens consideráveis. É especialmente

empregado nos casos de delírio, insônia, inconsciência e febre

crônica. Para um litro de leite humano, deve ser adicionado uma

grama de cânfora. Como no caso de Taila dhara, o corpo do

paciente deve ser untado com óleo medicinal antes da

administração da terapia. Mas se esta terapia for aplicada a um

paciente portador de febre tifóide, então sua cabeça e seu corpo

devem ser untados e não deve ser aplicada massagem. Após

derramar o leite sobre a fronte do paciente durante uma ou duas

horas, sua cabeça deve ser limpa com a ajuda de um pano seco e

limpo (toalha). O paciente, após a terapia, deve descansar

durante cerca de uma hora antes de retomar suas atividades.

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73

Capítulo 16

TAKRA DHARA

Dois quilogramas da polpa de amalaki (Emblica officinalis)

deve ser fervida com 8 litros de água até que seja reduzida a 1

litro. A decocção é então coada através de um pano e adicionada

a 1 litro de manteiga de vaca. Para preparar a manteiga, meio litro

de leite deve ser fervido, adicionado a um fermento e conservado

durante a noite. Adiciona-se meio litro de água e bate-se até

extrair a manteiga. A manteiga é retirada e apenas a porção

líquida é utilizada nesta terapia, adicionada com a decocção de

amalaki.

Antes de administrar a terapia, a cabeça e o corpo do

paciente deve ser untado com óleo medicinal.

Tradicionalmente, 1 litro de leite de vaca é adicionado a 4

litros de água. A esta solução, são juntadas 50 gramas de

tubérculos triturados de musta (Cyperus rotundus) que foram

amarradas em um pano formando uma bola. Após ferver, o leite

fica reduzido a 1 litro. A trouxa de pó de musta é espremida para

fazer com que todo o líquido aí contido seja retirado. O mesmo

leite é deixado a esfriar. Dentro deste leite, quando estiver

ligeiramente morno, adiciona-se um pouco de manteiga azeda e

conserva-se durante a noite. Na manhã seguinte, a decocção de

amalaki (Emblica officinalis) é adicionada a ela e batida até fazer

manteiga, extraindo-se sua porção gordurosa. Isto é coado e

utilizado na terapia.

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74

Esta terapia é aplicada ao paciente diariamente por cerca

de 10 minutos.

Este tipo de dhara impede o branqueamento prematuro dos

cabelos, cura a fadiga, a instabilidade no caminhar, cefaléia,

vertigem, dor e sensação de queimação na palma das mãos e na

sola dos pés. Auxilia também na atividade normal das

articulações. É muito útil nos diferentes tipos de doenças

cardíacas e nos olhos, ouvidos, nariz e garganta. Promove a

digestão e corrige a anorexia, os vômitos e a perda de apetite.

Também promove a visão e cura catarata em seu estágio inicial. É

um excelente tratamento para insônia crônica e, com freqüência, o

paciente que possui dificuldade crônica para dormir tende a cair

no sono sobre a mesa durante a administração da terapia.

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Capítulo 17

OLEAÇÃO DA CABEÇA (SIROBASTI)

Sirobasti é a terapia na qual conserva-se o óleo sobre a

cabeça com o auxílio de um gorro tubular de couro (bolsa).

Método de Administração

Uma bolsa circular com ambas as extremidades abertas

deve ser preparada de couro macio de boi ou de búfalo. Ela deve

ter 15 cm. de comprimento e sua circunferência deve estar de

acordo com a cabeça do paciente. Devem ser adaptados fechos

que permitam pequenos ajustes nesta circunferência para permitir

que seja utilizada em cabeças de diferentes tamanhos. No

entanto, gorros para pacientes jovens e adultos devem ser

diferentes. Uma das extremidades deste gorro deve ser ajustada

em torno da cabeça ao nível das orelhas. Para que fique justo,

pode-se empregar uma cinta.

Depois que o corpo do paciente for limpo com a

administração de uma Terapia emética, ou outra Terapia de

limpeza, o paciente deve receber as Terapias de oleação e

fomentação. Ele, então, deve sentar-se em um banco que tenha a

altura de seus joelhos. O gorro deve ser colocado sobre sua

cabeça e, com o auxílio de uma cinta, deve ser bem ajustado.

Transforma-se a farinha de grão de bico em pasta

adicionando-se água morna. Esta pasta deve ser colocada dentro

do gorro que está sobre a cabeça (para fechar o espaço entre a

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76

cabeça e o gorro) para evitar que o óleo não escorra. Sobre esta

pasta, o óleo medicinal cozido com drogas apropriadas deve ser

derramado ainda morno. O nível deste óleo medicinal deve ser

cerca de 2 cm. acima da raiz do cabelo. Este óleo medicinal deve

ser conservado sobre a cabeça até que o paciente comece a

exsudar substância oleosa pela face, nariz e ouvidos e até que

sinta alívio de seus sintomas dolorosos. O paciente que sofre de

doenças tipo vatika deve permanecer com este óleo,

aproximadamente, por 10.000 segundos; aquele que sofre de

doenças do tipo paittika e raktaja devem permanecer 8.000

segundos e aquele que sofre de doenças do tipo kaphaja devem

reter o óleo por 6.000 segundos. Uma pessoa saudável deve

permanecer com o óleo por 1.000 segundos.

Depois disso, o óleo deve ser retirado do gorro e logo após

retira-se a cinta, a pasta de grão de bico e o gorro. A cabeça, os

ombros, o pescoço e as costas devem ser suavemente

massageados. O paciente deve ser lavado com água morna e

então ele deve receber uma refeição saudável. Esta terapia deve

ser repetida diariamente por três, cinco ou sete dias.

Utilidade terapêutica

Sirobasti é útil na cura das seguintes doenças:

1. Paralisia facial

2. Insônia

3. Secura na boca

4. Secura no nariz

5. Catarata

6. Cefaléia e outras doenças da cabeça

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77

Capítulo 18

PRECAUÇÕES E DIETAS

Preparação do Paciente

Uma semana antes de começar o tratamento, o paciente

deve receber uma dose diária de laxantes leves para conservar os

intestinos limpos. Isto ajudará na nutrição adequada dos tecidos e

na remoção dos produtos residuais do corpo. Este tratamento

preparatório é essencial, tanto para pessoas saudáveis, para as

quais a terapia é administrada para o propósito do

rejuvenescimento, quanto para os pacientes na cura de suas

doenças.

Durante o decorrer do tratamento e por um igual número de

dias depois do mesmo, o paciente deve ingerir alimentos e

bebidas apropriadas e não deve se submeter a excessos físicos e

mentais.

Água para ingestão e banhos

Para ingestão, deve ser utilizada água fervida com coentro,

gengibre seco e sementes de cominho. Depois da fervura, a água

deve ser resfriada e então ingerida pelo paciente. A água para o

banho e limpeza do corpo deve ser morna. As propriedades dos

diferentes tipos de água são fornecidas no Apêndice I.

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78

Comportamento

O paciente deve abster-se de relações sexuais – mesmo o

pensamento erótico não deve vir à mente. Portanto, ele deve

encontrar-se apenas com mulheres ou homens idosos. A

supressão das necessidades naturais deve ser estritamente

proibida. A qualquer momento em que sinta necessidade de ir ao

banheiro, isto deve ser feito sem qualquer inibição. Sua mente

deve estar livre da excitação, tristeza, etc.

O paciente deve evitar o calor forte do sol, o vento forte, o

vento frio, a neve e a poeira. Deve evitar também montar

elefantes, cavalos e veículos que se movam rapidamente,

caminhar longas distâncias, falar demais ou falar com voz muito

alta. Deve evitar também dormir durante o dia, dormir muito tarde

da noite, permanecer sentado ou em pé durante um período muito

longo. Seu travesseiro não deve ser muito alto nem muito baixo,

nem muito duro, nem muito macio.

Dieta

O paciente, durante o decorrer da terapia e por um mesmo

número de dias depois, deve ingerir alimentos leves e a intervalos

regulares. Deve ser fornecido ao paciente ingredientes que

estejam na forma líquida ou semilíquida, que estejam mornos e

que não causem qualquer sensação de queimação.

Além da qualidade, é essencial observar que o paciente

ingira sua comida em quantidades apropriadas. Depois de sentir-

se satisfeito, ele não deve continuar a comer. Como regra geral,

metade da capacidade do estômago deve ser preenchida com o

alimento sólido, líquido ou semi-líquido, 1/4 da capacidade do

estômago deve ser preenchido com água e o restante deve

permanecer vazio. Devem ser evitados ingredientes que sejam

muito condimentados ou muito azedos. O paciente deve comer

grãos como feijões moong e masoor, vegetais, leite e sopas. Os

não-vegetarianos podem usar carne de animais e pássaros que

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79

vivem em regiões áridas em sua dieta. A carne e os vegetais

podem ser fervidos ou assados e não devem ser fritos ou

torrados. Carnes de porco e de peixe marinho não devem ser

oferecidas ao paciente. Deve-se cuidar para que o paciente não

tome leite ou derivados de leite juntamente com carne ou

preparações que contenham carne.

Pães e outros produtos feitos com farinha branca devem

ser evitados. O paciente deve, sempre que possível, usar

produtos feitos com trigo integral e arroz de boa qualidade. Ele

não deve ingerir leite de cabra, arroz polido, tapioca, batata doce,

pipoca, congelados e tamarindo. Farinha de milho integral,

banana da terra, pimenta preta, abóbora amarga e surana são

úteis para ele.

Creme de leite, manteiga, ghee e óleo devem ser utilizados

em pequena quantidade. Óleo de amendoim é estritamente

proibido. O paciente não deve usar outros tipos de gordura

animal. O óleo de oliva é bom para o paciente.

Frutas como banana madura, romã, laranja, uvas e amalaki

(Emblica officinalis) são muito úteis ao paciente.

Importância dos Movimentos Intestinais Equilibrados

As fezes não são apenas o resto ou o produto residual dos

ingredientes contidos na dieta que a pessoa ingeriu, mas contém

também uma considerável quantidade de produtos derivados do

metabolismo, que saíram dos tecidos através dos canais de

sangue para o intestino grosso. A não renovação dos produtos

residuais dos alimentos em si dão origem a dores severas e sinais

e sintomas incômodos. No entanto, se os produtos residuais dos

tecidos não são eliminados adequadamente, eles dão origem à

auto intoxicação. Isto gera vários sinais e sintomas, causa má

nutrição dos tecidos e é um importante fator a ser observado

antes do tratamento de doenças crônicas.

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80

No Ayurveda, enfatiza-se o movimento intestinal porque as

doenças endógenas são geralmente classificadas em duas

categorias – uma tem origem no estômago e intestino delgado e a

outra, origina-se no cólon. Doenças crônicas como reumatismo,

artrite reumatóide, gota, asma brônquica, psoríase, doenças

cardíacas, hipertensão, insônia, doença de Parkinson, hemiplegia

e enxaqueca são algumas doenças que ocorrem normalmente

como conseqüência da falha no funcionamento do cólon. Para sua

cura, é necessário que o movimento intestinal seja regulado e se

houver constipação, isto deve ser imediatamente corrigido. Se os

produtos residuais dos tecidos não forem adequadamente

eliminados em tempo, acelerarão o processo de envelhecimento e

qualquer terapia destinada à preservação e promoção da saúde

verdadeira e positiva, assim como à prevenção das doenças não

será efetiva nesta condição.

Os principais sinais e sintomas de constipação crônica são

cefaléias, vertigem, entorpecimento, fadiga, ansiedade,

irritabilidade nervosa, flatulência, mal hálito, perspiração

desagradável, falta de apetite, insônia e língua com cobertura.

Dependendo da natureza do alimento do paciente, o

movimento intestinal deve ser de pelo menos uma a duas vezes

por dia. Pessoas acostumadas a comida vegetariana devem

evacuar pelo menos uma vez ao dia. A consistência das fezes

deve ser semi sólida, marrom amarelada na coloração e deve ser

eliminada do trato sem muito esforço, sem qualquer dor ou

sangramento. Este movimento intestinal é deficiente se uma

pessoa é mentalmente tensa e se permanece acordada à noite

durante muito tempo. A ingestão irregular de alimentos também

levam à constipação. A ingestão excessiva de chá, café, álcool ou

drogas químicas com freqüência levam a uma deficiência do

funcionamento do fígado e consequentemente levam à

constipação. Antes de administrar a massagem terapêutica ao

paciente, tanto para a cura de alguma doença quanto para o

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81

propósito do rejuvenescimento, é essencial observar que seus

intestinos estão se movendo adequadamente. Se houver

constipação, deve ser dado um laxante ou um purgativo

dependendo da condição e do vigor do paciente, para promover

um movimento intestinal adequado. Tradicionalmente a decocção

chamada Gandharvahastadi kasaya é administrada ao paciente

por 2 a 3 dias antes da aplicação da massagem terapêutica para

evacuação dos resíduos dos intestinos e dos produtos

metabólicos acumulados dos tecidos. Deve ser fornecido ao

paciente água em quantidade livre. Ingredientes que causam

secura no corpo devem ser evitados. A ingestão regular de leite

auxilia na remoção do conteúdo intestinal. Ghee e leite auxiliam

na correção da constipação. Ghee, manteiga e óleo de amêndoas

são muito úteis para tais pacientes. Estes ingredientes devem ser

fornecidos ao paciente juntamente com a sua dieta.

Geralmente, uma papa fina de arroz e moong dal

(conhecido popularmente na Índia como khichri, um tipo de feijão)

adicionado a uma quantidade livre de manteiga de vaca é

fornecida ao paciente antes da administração da massagem,

como medida preparatória.

Mesmo durante o decorrer da terapia e depois, o médico

deve tomar cuidado para que os intestinos do paciente estejam se

movimentando livremente. De outra forma a terapia não produzirá

o resultado desejado ou eficácia.

Bebidas

O paciente deve tomar água e leite, suco de frutas e sopas

em quantidades adequadas no decorrer da terapia. Caso sinta

sede, deve ingerir bebidas saudáveis. Água fervida com coentro,

gengibre seco e sementes de cominho deve ser resfriada e

conservada em jarras de louça ou argila para conveniência do

paciente. Ele deve beber cerca de 3 a 5 litros de água por dia

durante e após as refeições.

Page 82: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

82

A ingestão excessiva de água à noite ou no final da tarde

pode estimular os rins e causar nictúria, o que pode perturbar seu

sono. Portanto, o excesso de água, tanto quanto possível, deve

ser evitado à noite e mesmo nos finais de tarde. Os rins não

devem ser forçados à trabalhar durante a noite, e isso permite um

sono mais tranquilo ao paciente. Durante a terapia de massagem,

é essencial que o sono seja bom.

Deve-se estar consciente de que o paciente não deve

ingerir chá e café durante a terapia. Preparações alcoólicas,

tabaco e drogas intoxicantes são estritamente proibidas.

Sono

O sono adequado é essencial para o paciente para que a

terapia produza seus efeitos ou resultados desejados. Ele deve

deitar-se mais cedo à noite e levantar-se mais tarde pela manhã.

A Terapia com massagem por si mesma promove um sono

reparador. Por causa da fadiga, o paciente pode querer dormir

durante o dia. Isto deve ser terminantemente evitado. Dormir

durante o dia produz muitos efeitos adversos sobre o corpo e a

mente do paciente. Se ele desejar, pode descansar cerca de uma

hora durante o dia, mas não deve dormir.

Vestimentas

Dependendo das condições geográficas e climáticas, o

paciente deve vestir roupas mornas ou roupas comuns. Mas deve

ser deixado claro que a roupa deve ser leve e que o paciente deve

evitar tecidos sintéticos que não permitam a perspiração

adequada e a liberação de produtos indesejáveis através do suor.

O paciente nunca deve dormir sem roupas, deve usar roupas de

seda ou algodão. As roupas íntimas devem ser leves e soltas, de

preferência feitas de algodão. Não deve haver qualquer

impedimento ao processo de circulação no corpo enquanto durar

Page 83: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

83

a terapia, devendo portanto serem evitados os cintos ou blusas

justas ou apertadas.

Exercícios

No decorrer da terapia, o paciente deve realizar exercícios

leves que melhorem a circulação de sangue entre os tecidos de

seu corpo. Isto ajudará a remover os produtos residuais dos

tecidos e a fornecer nutrição adequada aos mesmos.

Durante a terapia, os tecidos do corpo sofrem violentas

alterações. Eles são revitalizados. O paciente deve sentir-se um

pouco cansado. O peso do paciente pode sofrer uma pequena

redução. Então, durante este período de transição e durante o

estágio de recondicionamento dos tecidos, deve ser estritamente

proibido que realize exercícios violentos. Caso o paciente se

exponha a um trabalho mais pesado, pode gerar neuralgia ou

neurastenia. Se fizer exercícios violentos, pode gerar doenças

cardíacas, pressão alta, febre e tuberculose. Assim, o propósito

da terapia não será alcançado. A prática de asanas (posturas

físicas) e pranayama (exercícios respiratórios) prescritos no Yoga

são muito úteis para o paciente no decorrer desta terapia.

Estudo

A leitura excessiva pode forçar os olhos e a mente. Deve-

se ter em mente que os olhos, juntamente com outras partes do

corpo já estão enfraquecidos no decorrer da terapia. Portanto, a

leitura excessiva deve ser evitada. Recomenda-se a leitura de

material de fácil compreensão, por período limitado. O paciente

não deve ler ficções ou romances estimulantes ou literatura

erótica, pois poderão produzir diversos efeitos sobre seu corpo e

sua mente. A leitura deve ser realizada sob iluminação adequada

e o livro ou revista deve estar a uma distância apropriada dos

olhos. A leitura de jornais e revistas pode ser estimulada.

Page 84: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

84

Ar fresco

Durante a terapia, os tecidos corporais realizam um

processo de reconstrução, nutrição e rejuvenescimento. Para que

este objetivo seja alcançado, é necessário que o quarto onde o

paciente dorme, senta-se ou descansa tenha quantidades

adequadas de ar fresco. Mesmo no inverno, o quarto não deve ser

fechado, devendo ser evitado, tanto quanto possível, o uso de ar

condicionado. Se este último se fizer necessário devido às

condições climáticas, deve-se assegurar que o quarto receba ar

fresco e não permaneça nem frio, nem quente. Sempre que

possível, o paciente deve estar próximo à natureza e deve evitar o

modo de vida artificial. É necessário, portanto, que o quarto esteja

livre de fumaça, poeira, vento forte e excesso de umidade. Se o

quarto ficar muito frio no verão, isto originará diversos sinais e

sintomas dolorosos. Por outro lado, se o quarto estiver muito

quente no inverno, isto impedirá o rejuvenescimento dos tecidos.

Amigos e funcionários

Como foi mencionado anteriormente, durante o decorrer do

tratamento e por um igual número de dias depois, o paciente deve

evitar as relações sexuais. Mesmo o pensamento no assunto

pode dar origem a diversos distúrbios durante este período.

Portanto, os amigos e empregados devem ser geralmente do

mesmo sexo do paciente e apenas parentes idosos, mesmo do

sexo oposto, podem encontrá-lo ou conversar com ele. O prazer e

a alegria possuem um efeito estimulante sobre seu corpo e sua

mente. Amigos e pessoas que o paciente normalmente deseja

que cuidem dele deixam-no feliz e alegre. Não devem ser

transmitidas ao paciente notícias excitantes ou tristes durante o

decorrer da terapia.

Page 85: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

85

O local de residência do paciente deve ter um ambiente

agradável aos olhos e à mente, tanto quanto possível. Os

hospitais para este tipo de terapia devem, portanto, ser

construídos em um jardim ou sobre o topo de uma colina ou à

beira mar, em local isolado. Os ruídos de automóveis ou pessoas

em torno do hospital devem ser reduzidos ao limite mínimo.

Banho

Durante o decorrer da terapia e por um igual número de

dias depois, o paciente deve tomar banho com água ligeiramente

morna. A temperatura da água deve estar um pouco acima

daquela do corpo do paciente. Ele não deve ficar sem o banho.

Banhos com água fria devem ser terminantemente proibidos, pois

podem dar origem a dores nas articulações. Banhos com água

excessivamente morna tornarão o paciente muito fraco. Durante o

banho o corpo do paciente deve ser massageado com uma toalha

e depois do banho, ele deve ser completamente enxugado com

uma toalha seca. Isto promoverá a circulação adequada do

sangue e a eliminação de produtos residuais dos tecidos.

A água para o banho deve ser, de preferência, fervida com

adição de cascas e folhas das seguintes árvores:

1. Sigru (Moringa pterigosperma)

2. Eranda (Ricinus communis)

3. Karanja (Pongamia pinnata)

4. Surasa (Ocimum sanctum)

5. Sirisa (Albizzia lebbeck)

6. Arka (Calotropis procera)

7. Malati (Aganosma dichotoma)

8. Dhatura (Datura metel)

9. Panasa (Artocarpus heterophyllus)

As folhas ou cascas destas plantas devem ser colhidas

frescas, cortadas em pedaços pequenos e fervidas em 30 vezes

Page 86: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

86

seu peso de água. Isto deve ser fervido até que permaneça

metade da quantidade original (se no início eram 30 litros, devem

restar 15 litros). Depois as folhas devem ser removidas. Um terço

da água deve ser retirada para um recipiente e resfriada. A água

resfriada deve ser usada para banhar a cabeça do paciente. O

corpo do paciente, no entanto, deve ser banhado com água

morna. Não deve ser usada água morna para banhar a cabeça,

pois pode causar distúrbios visuais.

Para um banho adequado, o paciente deve ser ajudado por

um ou alguns assistentes para remover o excesso de óleo do

corpo e da cabeça. Farinhas de grão de bico preto, verde ou

cevada podem ser usadas para este propósito.

Deve-se primeiramente lavar a cabeça e depois o corpo. A

cabeça deve ser seca e depois, o corpo deve ser esfregado com

uma toalha seca. A água a ser usada na cabeça não deve ser

excessivamente fria. Se isto acontecer, o paciente sofrerá de

resfriado, tosse, pneumonia e possivelmente febre. Se o paciente

já estiver resfriado, ou com tosse, etc. então a água pode ser

ligeiramente morna para o banho da cabeça também.

Outras Condutas

O paciente deve evitar assistir televisão. Música suave é

útil durante o tempo de tratamento. Meditação transcendental é

recomendado neste período.

Estação do Ano

A melhor época para esta terapia é quando o clima não

está nem quente nem frio em demasia e não há muita umidade na

atmosfera. O outono e a primavera são duas estações muito

agradáveis para esta terapia. Mas em países onde a temperatura

é muito baixa ou muito alta, esta terapia pode ser administrada no

paciente com acomodações equipadas com aparelhos de ar

Page 87: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

87

condicionado bem regulados. No entanto, se o paciente sofre de

alguma doença grave, que justifique a imediata administração da

Terapia com massagem, então não se deve ficar restrito aos

problemas com a temperatura da sala de terapia ou de seu

quarto, de modo que a terapia pode ser administrada em qualquer

época do ano.

Duração do Tratamento

A massagem, como foi mencionado anteriormente, deve

ser realizada diariamente, antes do banho, para preservação e

promoção da saúde positiva. A massagem como terapia especial,

deve ser administrada por um período de tempo limitado

dependendo da natureza da doença do paciente. Cada série pode

variar de 7 a 14 dias. A terapia pode ser administrada todos os

dias ou em dias alternados ou após intervalos de dois dias

dependendo da doença e do vigor do paciente.

Supressão das Necessidades Naturais (Vega rodha)

Durante o processo de digestão e metabolismo, muitos

tipos de derivados residuais são produzidos. Alguns são utilizados

pelo organismo e outros precisam ser eliminados através de

diferentes canais. A eliminação apropriada e no momento certo

destes malas ou produtos residuais ajudam a pessoa a manter

sua saúde positiva e prevenir o aparecimento de doenças. Por

causa do sofrimento causado pelas doenças, estes resíduos são,

às vezes, produzidos em grandes quantidades. Enquanto

tratamos as doenças do paciente, é essencial que eliminemos

estes fatores mórbidos. Durante o curso normal da vida, estes

resíduos são continuamente eliminados por diferentes canais.

Mas por ignorância e inibições culturais e sociais, muitas vezes,

uma pessoa é forçada a suprimir suas necessidades naturais e

Page 88: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

88

como resultado seus produtos residuais permanecem aderidos

aos tecidos e causam muitas doenças. Estes produtos impedem o

caminho do rejuvenescimento dos tecidos. Portanto, durante a

Terapia com massagem e mesmo durante alguns dias após, o

paciente deve ser conscientizado para evitar a supressão destas

necessidades naturais.

Estas necessidades naturais são de 13 tipos. Sinais e

sintomas produzidos pela sua supressão e as linhas gerais de

tratamento destes distúrbios são descritas abaixo:

1. Necessidade de micção:

A supressão da necessidade de urinar causa dores na bexiga e

no pênis, disúria, cefaléia, aumenta a curvatura do corpo e causa

distensão do abdome inferior.

Se durante a Terapia com massagem estes sinais e sintomas

surgirem como resultado da supressão da micção, o paciente

deve tomar banho de imersão, receber massagem, Terapia

inalatória com auxílio de gotas nasais e enema medicinal.

2. Necessidade de Evacuação:

Se a pessoa suprime a necessidade de evacuar, surgirá dor em

cólica, cefaléia, retenção de fezes e flatos, cãibras nas

panturrilhas e distensão abdominal.

Se no decorrer da massagem terapêutica, tais sinais e sintomas

aparecem como resultado da supressão da necessidade de

defecar, o paciente deve receber a Terapia de fomentação,

massagem, banho de imersão, supositórios, enema medicinal e

comidas e bebidas que tenham efeitos laxantes.

3. Necessidade de Ejaculação:

Durante o decorrer da massagem, qualquer forma de relação

sexual é estritamente proibida. Se, no entanto, por erro ou por

falta de conhecimento, o paciente sente a necessidade e a

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89

suprime, ele sofrerá de dor nos testículos e no pênis, dor

cardíaca, retenção urinária e mal estar.

Se tais sinais e sintomas se manifestarem durante o período de

terapia com massagem resultantes da retenção de sêmen, então

o paciente deve receber massagem, banho e imersão, tomar um

vinho do tipo madiara, ingerir galinha, arroz do tipo sali, leite e ser

submetido a enema medicinal.

Para evitar estas complicações, o médico deve estar seguro de

que o paciente não receberá estimulação erótica através de seus

amigos, familiares e assistentes.

4. Necessidade de Eliminar Flatos:

Se o paciente suprime a necessidade de eliminar gases durante o

decorrer da terapia, ele apresentará retenção de fezes, de urina e

de flatos, distensão abdominal, dores abdominais, fadiga e outros

distúrbios abdominais.

Se tais sinais e sintomas se manifestarem durante a terapia,

decorrentes da não eliminação de flatos, o paciente deve ser

submetido às Terapias de oleação e fomentação, com

supositórios, e ele deve ingerir alimentos e bebidas com efeitos

carminativos. Deve ser aplicado enema medicinal a este paciente.

5. Necessidade de Vomitar:

Se uma pessoa suprime a necessidade de vomitar, ela sofrerá de

prurido, urticária, anorexia, pigmentação escura da face, edema,

anemia, febre, doenças de pele, náuseas e erisipela.

Quando tais sintomas e sinais aparecem durante o período de

massagem terapêutica, o paciente deve ser submetido a Terapia

emética, vaporização, jejum e Terapia de sangria, além de ingerir

alimentos e bebidas não gordurosas, fazer exercícios e se

submeter a Terapia purgativa.

6. Necessidade de Espirrar:

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90

Durante o decorrer da massagem, se a pessoa suprime a

necessidade de espirrar, ela poderá sofrer de torcicolos, cefaléia,

paralisia facial, cefaléia hemicraniana e debilidade nos órgãos dos

sentidos.

Aparecendo estes sintomas e sinais no decorrer da terapia, o

paciente deve receber a Terapia de fomentação na cabeça e

região do pescoço. Deve ser administrada a Terapia de

vaporização e gotas nasais. Deve ingerir bebidas e alimentos que

aliviem vayu de seu corpo.

7. Necessidade de Eructação:

Se o paciente suprime a necessidade de arrotar durante a terapia,

ele sofrerá de soluços, dispnéia, anorexia, tremor, obstáculos no

funcionamento do coração e pulmões.

Caso surjam estes sintomas e sinais, o paciente deve receber as

mesmas terapias prescritas para o tratamento do soluço.

8. Necessidade de Bocejar:

Se paciente, durante o decorrer da massagem, suprime a

necessidade de bocejar, ele sofrerá de convulsões, contraturas na

musculatura, adormecimento e tremores pelo corpo.

Se tais sintomas e sinais aparecem, o paciente deve receber as

terapias e drogas, incluindo dieta e bebidas, que aliviam vayu.

9. Necessidade de Comer (Fome):

Se o paciente, no decorrer da Terapia com massagem suprimir a

fome, ele sofrerá de emagrecimento, fraqueza, alterações na

compleição do corpo, mal estar, anorexia e vertigem.

Este paciente deve receber alimentos leves, quentes e

gordurosos.

10. Necessidade de Beber Líquidos (Sede):

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Se o paciente, durante o período de massagem, suprime sua

sede, ele pode sofrer de secura na boca e garganta, surdez,

cansaço, fraqueza e dor cardíaca.

Tal paciente deve ingerir bebidas frias e nutritivas (refrescantes).

11. Necessidade de Chorar (Lacrimejar):

Se a pessoa, durante o período de terapia, suprime a necessidade

de chorar (verter lágrimas), ela sofrerá de rinite, doenças dos

olhos, doenças do coração, anorexia e vertigem.

Com isso, o paciente deve ser levado a dormir um sono profundo

e reparador. Ele deve ingerir uma bebida alcoólica para vencer a

tristeza e deve ser consolado.

Durante o processo da Terapia com massagem, todas as

precauções devem ser tomadas para que não sejam comunicadas

ao paciente quaisquer notícias tristes. Seus amigos, parentes e

assistentes devem ser orientados sobre isso antecipadamente.

12. Necessidade de Dormir (Sono):

Se a pessoa, durante o processo de massagem terapêutica,

suprime o sono, ele terá bocejos, mal estar, sonolência, cefaléia e

sensação de peso nos olhos.

Se o paciente apresenta estes sinais e sintomas, deve ser

administrado terapias que produzam sono profundo.

13. Necessidade de Respirar Fundo:

Se durante o decorrer do tratamento, o paciente suprime a

necessidade de respirar, principalmente e respirar fundo, após

exercícios físicos ou quando está cansado, ele sofrerá de tumores

fantasmas, doenças cardíacas e desmaios.

Neste caso, o paciente deve descansar o suficiente e receber

terapias que incluam drogas, alimentos e bebidas que aliviam

vayu.

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Estas precauções, incluindo dieta, bebidas e condutas devem ser

sempre levadas em consideração durante a administração de

diferentes tipos de terapias associadas com massagem para o

propósito de rejuvenescimento do corpo e prevenção, assim como

para a cura de doenças crônicas ou consideradas incuráveis.

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APÊNDICE I

Propriedades dos Ingredientes Utilizados na

Terapia com Massagem

TAILA (Óleos em Geral)

Sabor: Doce

Atributos: Pesado, sara (líquido) e não pegajoso

Potência: Quente

Vipaka: Doce

Ação Específica: Laxante, afrodisíaco e promotor de sthairya

(estabilidade), bala (vigor) e varna (compleição)

Usna Taila (Óleo quente)

Sabor: Amargo

Sabor secundário: Adstringente

Atributo: Penetrante

Vipaka: Doce

Ação específica: Promove nutrição e alívio de kapha e vayu

Extraído do livro-texto “Materia Medica of Ayurveda”, baseado no

Madanapala Nighantu. Editora: B. Jain Publishers, New Delhi, 1991. Vipaka é o sabor apresentado pela substância após a digestão. Sabor do

produto resultante da digestão desta substância.

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Usos terapêuticos: Na cura de rakta pitta (distúrbio caracterizado

por sangramentos por diversas partes do corpo)

Lepana (Aplicação externa de óleo de gergelim)

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Promove o intelecto, melhora os cabelos, limpa a

pele e o útero.

Usos terapêuticos: Age na cura da exaustão, de meha (doenças

urinárias crônicas, incluindo o diabetes), das doenças dos

ouvidos, dos olhos, além de curar doenças no trato genital

feminino e cefaléias. É empregado nas fissuras, deslocamentos,

amputação e fraturas de ossos. Pode ser usado também nas

picadas e mordidas por animais selvagens, no visa

(envenenamento), nas lesões e queimaduras por fogo.

Nota: O óleo de gergelim é sempre eficiente nas doenças acima

se usado internamente. Mas é utilizado na terapia externa por

massagem.

Ghee e Óleo de gergelim (Taila)

O ghee fervido perde sua potência depois de um ano. Mas o óleo,

fervido ou não, mantém sua potência por um longo período sendo,

portanto, melhor que o ghee.

Eranda Taila (Óleo de Ricinus communis ou mamona)

Sabor: Doce

Sabor secundário: Adstringente

Atributos: Suksma (sutil)

Potência: Quente

Ação: Dipana (estimulante da digestão)

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Ação específica: É purgativo, afrodisíaco, útil para a pele,

promove a longevidade, o intelecto, a compleição e o vigor, além

de promover o alívio de vayu

Usos terapêuticos: Usado na cura de udara (doenças abdominais

crônicas, incluindo ascites), anaha (flatulência), gulma (tumor

fantasma), asthila (tumor duro no abdome), kati graha (rigidez na

região lombar), vata sonita (gota), sula (dor em cólica), vrana

(úlcera), sotha (edemas), acúmulo de ama (produtos resultantes

da digestão e do metabolismo inadequados) e vidrahi

(abscessos). Promove a limpeza de yoni (vagina) e sukra

(sêmen).

Katu Taila (Óleos com sabor penetrante)

São óleos extraídos de prthvika, mula, jimuta, danti, kavaca, sigru,

nimba, atasi, karanja, arka, hastikarna, ingudi, sankhini, nipa,

kampilla, bilva, jyotismati, kusumbha, sarsapa e suvarcala.

Sabor: Amargo

Atributos: Leve e penetrante

Potência: Quente

Vipaka: Penetrante

Ação específica: São laxantes e aliviam kapha

Usos terapêuticos: Curam kustha (doenças de pele crônicas, inclui

a hanseníase), meha (doenças urinárias crônicas, inclui o

diabetes), murccha (desmaio), mada (intoxicação) e krimi

(parasitoses).

Nimba Taila (Óleo de Neem ou Azadirachta indica)

Ação específica: Alivia kapha

Usos terapêuticos: Usado na cura de kustha (doenças crônicas de

pele, inclui a hanseníase), vrana (úlceras), jvara (febres) e krimi

(infestação por parasitas)

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Atasi Taila (Óleo de Linum Usitatissimum)

Atributos: Pesado e viscoso

Potência: Quente

Vipaka: Picante

Ação específica: Promove o vigor e a força digestiva, além de

aliviar kapha, pitta e vayu.

Nota: Não é benéfico para os olhos.

Sarsapa Taila (Óleo de mostarda)

Atributos: Leve

Usos terapêuticos: Usado na cura de krimi (parasitoses), kustha

(doenças crônicas de pele incluindo a hanseníase), kandu

(prurido), meha (doenças urinárias crônicas incluindo o diabetes) e

doenças dos ouvidos e da cabeça.

Nota: Este óleo desequilibra pitta e o sangue.

Kusumbha Taila (Óleo de Carthamus tinctorius)

Sabor: Picante

Atributo: Penetrante

Potência: Quente

Ação específica: Promove o vigor corporal e alivia vayu

Nota: Este óleo é prejudicial para os olhos, desequilibra kapha e

pitta e além disso é vidahi (ou seja, causa sensação de

queimação).

Jyotismati Taila (Óleo de Celastrus paniculatus)

Ação específica: Promove a memória e o intelecto

Nota: Desequilibra pitta

Narikeladi Taila (Óleos de coco, etc.)

São os óleos de aksotika, ahimukta, aksa (bibhitaki) e narikela.

Atributo: Pesado

Potência: Fria

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Ação específica: Promove a saúde dos cabelos e alivia pitta e

vayu.

Nota: Desequilibra kapha.

Simsapadi Taila (Óleos de Simsapa Dalbergia sissoo, etc.)

São os óleos de simsapa, aguru, gandira, rasala e aindradaru

(deva daru).

Sabor: Adstringente, picante e amargo

Ação específica: Aliviam kapha e vayu

Usos terapêuticos: Curam dusta vrana (úlcera com tecido em

decomposição), vata rakta (gota), visa (envenenamento), kandu

(prurido) e kustha (doenças de pele crônicas incluindo

hanseníase).

Bhallataka Taila (Semecarpus anacardium) e Tuvaraka

Taila (Hydnocarpus laurifolia )

Sabor: Doce e amargo

Potência: Quente

Ação específica: Aliviam todos os três Doshas

Usos terapêuticos: Curam kustha (doenças crônicas de pele, inclui

a hanseníase) localizada nas regiões superior e inferior do corpo,

curam os desequilíbrios do sangue, meda (adiposidade), meha

(doenças urinárias crônicas, inclui o diabetes) e krimi

(parasitoses).

Palasa, Madhuka e Patala Taila ( Óleo extraído das frutas

da Butea monosperma, Madhuca indica e da

Stereospermum suaveolens)

Sabor: Adstringente e doce

Ação específica: Aliviam pitta

Usos terapêuticos: Curam daha (síndrome de queimação) e

doenças causadas pelo desequilíbrio de kapha.

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Trapusadi Taila (Óleo extraído da Trapusa, etc.)

São os óleos de kusmanda, trapusa, ervaru, tumbi, kalinga,

tiktaka, priyala, jivanti e slesmantaka:

Atributo: Pesado

Potência: Fria

Vipaka: Doce

Ação específica: São diuréticos e aliviam vayu e pitta.

Notas: Estes óleos não estimulam a digestão, desequilibram

kapha e além disso, são abhisyandi (ou seja, obstruem os canais

de circulação).

Ekaisija Taila

Potência: Fria

Ação específica: Alivia pitta

Nota: Desequilibra kapha e vayu

Yavatikta Taila (Óleo extraído da Andrographis paniculata)

Sabor: Ligeiramente amargo

Ação: Estimulante do sistema digestivo

Ação específica: Promove o rejuvenescimento, o intelecto, cura

lekhana (depleção) e alivia todos os três Doshas.

Nota: É benéfico à saúde.

Amra Taila (Óleo de semente de Manga)

Sabor: Ligeiramente amargo e doce

Atributos: não viscoso e visada (não pegajoso)

Ação específica: Alivia kapha e vayu

Notas: Possui um cheiro agradável e não enfraquece pitta em

excesso.

SNEHA VARGA (Gorduras em Geral)

Page 99: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

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Todos os tipos de Sneha (gorduras como manteiga, ghee, óleo,

etc.) obtidos de plantas apresentam as propriedades do óleo

(taila). Eles aliviam vayu. Entre estas gorduras, a substância

oleosa é secundária. Os snehas promovem o vigor e a

compleição.

Medas, etc. (Gorduras extraídas de músculos e medula

óssea)

Gorduras, gorduras de músculos e medula óssea de animais

que habitam regiões pantanosas e terras áridas, assim como

de animais domésticos

Sabor: Doce

Atributo: Pesado

Potência: Quente

Ação específica: Aliviam vayu

Gorduras, gorduras de músculos e medula óssea de animais

que habitam mares e regiões áridas, assim como de animais

carnívoros

Sabor: Adstringente

Atributo: Leve

Potência: Fria

Usos Terapêuticos: Curam rakta pitta (uma condição

caracterizada por sangramentos em diferentes partes do corpo)

Gorduras, gorduras de músculos e medula óssea de Pratuda

(espécie de pássaros) e Viskira (galináceas)

Ação específica: Aliviam kapha.

NAVANITA (Manteiga)

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Atributo: Leve

Ação específica: Produz constipação

Manteiga fresca

Sabor: Doce

Atributo: Leve

Potência: Fria

Ação específica: Produzem constipação

Manteiga Conservada por Alguns Dias

Sabor: Ligeiramente amarga e azeda

Ação: Estimula a força digestiva

Ação específica: Afrodisíaco, promovem a visão e equilibram pitta

e vayu

Usos Terapêuticos: Cura ksaya (tuberculose), arsas

(hemorróidas), vrana (úlcera) e kasa (bronquite)

Manteiga Conservada por Longo Período

Atributo: Pesado

Ação específica: É afrodisíaco e promove o vigor

Usos terapêuticos: Cura sotha (edema)

Notas: É como néctar (ambrosia) para crianças. Produz medas

(gordura) e desequilibra kapha.

Manteiga Extraída do Leite

Sabor: Doce

Atributo: Extremamente viscoso

Potência: Excessivamente fria

Ação específica: Produz constipação, afrodisíaco, promove a

visão e o vigor.

Usos terapêuticos: Cura rakta pitta (uma doença caracterizada por

sangramento em diversas partes do corpo)

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GHRTA (Ghee ou Manteiga Purificada)

Sabor: Doce

Atributos: Pesada e viscosa

Potência: Fria

Ação específica: Promove o rejuvenescimento, a visão, kanti (a

compleição), ojas (os fluidos vitais), tejas (o sêmen), a beleza, o

intelecto e a voz. Equilibra vayu e pitta.

Usos terapêuticos: Usado na cura de visa (envenenamento),

alaksmi (falta de auspiciosidade), udavarta (movimento

ascendente de vayu no estômago), jvara (febre), unmada

(insanidade), sula (dor em cólica), anaha (constipação), vrana

(úlcera), ksaya (tuberculose), visarpa (erisipela) e ksata (ferimento

ou tuberculose).

Notas: É geralmente útil para crianças e idosos. É uma substância

bastante abhisyandi (que tem a característica de obstruir os

canais de circulação).

Ghee Preparado com Leite

Potência: Fria

Ação específica: Produz constipação e alivia pitta e vayu

Usos terapêuticos: Usado na cura de doenças dos olhos, daha

(síndrome de queimação), desequilíbrio do sangue, mada

(intoxicação), murccha (desmaios) e bhrama (vertigem).

Ghee Envelhecido

Vipaka: Picante

Ação: Dipana (estimulante digestivo)

Ação específica: Promove o alívio de todos os três Doshas

Usos terapêuticos: Usado na cura das doenças dos ouvidos e dos

olhos, na cura de sirahsula (cefaléia), kustha (doenças crônicas

de pele, inclui a hanseníase), apasmara (epilepsia), sotha

(edema), yoniroga (doenças dos órgãos genitais femininos), jvara

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(febre), svasa (dispnéia), arsas (hemorróidas), gulma (tumor

fantasma) e pinasa (rinite).

Nota: É benéfico no tratamento de basti (enema) e nasya (Terapia

inalatória)

Ghrta Manda (porção Superior do Ghee)

Atributos: Leve e penetrante

Ação específica: Laxante

Nota: Compartilha das mesmas propriedades do ghee.

Kaumbha Sarpi

O ghee que é conservado por mais que 10 anos é denominado

kaumbha sarpi.

Atributo: Leve

Usos terapêuticos: Cura doenças causadas por raksas (espíritos

prejudiciais)

Mahaghrta

Trata-se do ghee conservado por mais de 100 anos. Está entre os

melhores dentre todos os ghee, quanto às suas propriedades.

As qualidades do ghee são semelhantes às do leite dos

respectivos animais, do qual foi retirada a manteiga. O ghee

preparado com leite de vaca está entre os melhores. O ghee

preparado com leite de ovelha é o mais inferior de todos .

DUGDHA (Leite)

Sabor: Doce

Atributos: Pesado e viscoso

Potência: Fria

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Ação específica: Promove o rejuvenescimento, é um gerador de

vida, promotor do vigor, do intelecto e dos elementos teciduais.

Equilibra vayu e pitta.

Usos terapêuticos: Usado na cura das doenças do sêmen e de

rakta (sangue), svasa (dispnéia), ksaya (tuberculose), arsas

(hemorróidas) e bhrama (vertigem).

Notas: O leite é benéfico para as crianças, idosos e pessoas

emagrecidas. É benéfico para pessoas que se entregam

excessivamente ao sexo. É geralmente saudável para os seres

vivos. É especialmente útil para a recuperação do ojas (fluido

vital).

Go-dugdha (Leite de Vaca)

Sabor: Doce

Atributos: Pesado e viscoso

Potência: Fria

Ação específica: Promove o rejuvenescimento, a nutrição, é

gerador de vida, promove a amamentação e a compleição.

Equilibra vayu e pitta.

Notas: O leite da vaca preta é o melhor. O leite da vaca branca

desequilibra kapha, e é pesado. O leite da vaca que tem um

bezerro muito jovem ou que não tem bezerros agrava todos os

três tipos de Doshas, vayu, pitta e kapha.

O leite da vaca que recebe como alimento as tortas de sementes

oleosas (pinyaka) é pesado e equilibra kapha.

Ajadugdha (Leite de Cabra)

O leite de cabra compartilha das propriedades do leite de vaca.

Além disso, ele possui as seguintes propriedades:

Atributo: Leve

Ação: Dipana (estimulante da digestão)

Ação específica: Promove a constipação

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Usos terapêuticos: Usado na cura de ksaya (tuberculose), arsas

(hemorróidas), atisara (diarréia), pradara (menorragia), asra

(doença do sangue), bhrama (vertigem) e jvara (febre).

Notas: Como as cabras possuem reduzido porte físico, alimentam-

se geralmente de alimentos picantes e amargos, bebem

pouquíssima água e realizam muito exercício físico, seu leite cura

todas as doenças.

Avi-Dugdha (Leite de Ovelha)

Sabor: Doce

Atributos: Pesado e viscoso

Ação específica: Promove a beleza dos cabelos e equilibra vayu e

kapha.

Usos terapêuticos: Usado na cura de kasa (bronquite) causada

por vayu.

Nota: É útil para o paciente que possui desequilíbrio de vayu.

Mahisi Dugdha (Leite de Búfala)

Sabor: Doce

Atributos: Pesado e viscoso (é mais viscoso que o leite de vaca)

Ação específica: Promove o vigor e o sukra (sêmen) e induz o

sono.

Notas: É considerada uma substância malabhisyandi (que impede

a eliminação de fezes). Este leite suprime o poder digestivo.

Nari Dugdha (Leite Humano)

Atributo: Leve

Potência: Fria

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Equilibra vayu e pitta

Usos terapêuticos: Usado na cura da dor que acomete os olhos e

nas lesões oculares.

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Nota: É excelente para aplicação da Terapia inalatória (Nasya) e

para ascyotana (gotejamento nos olhos).

Hastini Dugdha (Leite de Aliá ou Elefanta)

Sabor: Doce

Atributo: Pesado

Potência: Fria

Ação específica: Promove a visão e o vigor

Austra Dugdha (Leite de Fêmea de Camelo)

Sabor: Doce e salgado

Atributos: Leve e viscoso

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Produz efeito laxante e equilibra kapha

Usos terapêuticos: Usado na cura de krimi (parasitose), kustha

(doenças crônicas de pele, incluindo a hanseníase), anaha

(flatulência), sotha (edema) e udara (doenças abdominais

crônicas, inclui as ascites).

Asva Dugdha (Leite de Égua)

Sabor: Doce, salgado e azedo

Atributos: Não viscoso e leve

Ação específica: Promove o vigor e equilibra vayu

Usos terapêuticos: Usado na cura de sosa (doença consumptiva).

Nota: O leite de todos os animais com casco compartilham das

mesmas propriedades do leite de égua.

Propriedades do Dharosna Dugdha (Leite Morno Recém

Ordenhado)

Atributo: Leve

Potência: Fria

Ação: Estimulante digestivo

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106

Ação específica: Promove o vigor e equilibra todos os três

Doshas.

Nota: O leite dharosna torna-se impróprio depois de 3 muhurttas

(sendo que 1 muhurttas = 48 minutos), e mata uma pessoa como

se fosse veneno se ingerido após 6 muhurttas. Então, este leite

dharosna (quando está morno, imediatamente após ser

ordenhado), como possui potência fria, deve ser tomado

imediatamente. Neste estágio, é como ambrosia. Quando se torna

frio, passado algum tempo da ordenha (quando passa a ser

chamado dharasita), este leite desequilibra todos os três Doshas

(vayu, pitta e kapha).

O leite de vaca é útil quando dharosna (quando está morno

imediatamente após a ordenha). O leite de búfala é benéfico

quando se torna dharasita (quando esfria logo depois da

ordenha). O leite de ovelha é benéfico quando morno após a

fervura e o leite de cabra é benéfico quando esfria depois da

fervura.

O leite que esfria depois da fervura equilibra pitta e o leite que

ainda está morno após a fervura equilibra kapha e vayu.

O leite excessivamente fervido é pesado, não viscoso, vrsya

(afrodisíaco) e promove o vigor.

Leite não Fervido

O leite que não foi fervido é pesado. Produz ama (produtos

resultantes da digestão e do metabolismo inadequados). Além

disso, é abhisyandi (substância que causa obstrução nos canais

de circulação). Apenas o leite da mulher é saudável se não for

fervido. Após a fervura, ele desequilibra todos os Doshas.

Durante a noite, os atributos da lua são predominantes e não há

exercícios. Então, o leite obtido cedo, logo pela manhã é

geralmente vistambhi (formador de vento), além disso é pesado e

nutritivo.

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107

Durante o dia, há exposição aos raios de sol, exercícios e vento.

Então, o leite das primeiras horas da noite alivia srama (fadiga),

equilibra vayu e pitta, além disso, promove o vigor e a visão.

Leite Proibido

O leite cuja coloração é anormal, que se tornou azedo, que produz

mau cheiro e que aparece com talhos não deve ser usado.

O leite não deve ser ingerido quando misturado com substâncias

azedas e salgadas, pois passa a produzir doenças como kustha

(doenças crônicas de pele, incluindo a hanseníase).

Santanika (Nata ou Creme de Leite)

A camada de creme que se forma na superfície do leite depois de

fervido é conhecido como santanika.

Atributos: Pesado e não oleoso

Potência: Fria

Ação específica: Afrodisíaco e promove o equilíbrio de pitta, vayu

e da deficiência do sangue.

Morati, Piyusa, etc.

Morata

Após 7 dias do parto, é chamado morata o leite que perde em

qualidades apropriadas (aprasanna). De acordo com Jaiyyata, o

leite coalhado (nasta) que se torna semelhante a uma água é

chamado também de morata.

Piyusaghana

O leite de vaca eliminado imediatamente após o parto é chamado

piyusa ghana, que significa, literalmente, “ambrosia grossa”.

Dadhi Kurcika

Page 108: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

108

A preparação resultante da fervura de iguais quantidades de

iogurte e leite é chamada Dadhi kurcika.

Takra Kurcika, Kilata e Ksirasaka

Takra kurcika é a preparação feita através da fervura de iguais

quantidades de manteiga de leite e leite.

Kilataka é a preparação acima transformada que adquire a forma

sólida (pinda).

Ksirasaka é a denominação dada quando a preparação acima é

feita sem ferver mas com adição de açúcar.

Propriedades do Morata e Piyusa

Atributos: Pesados

Ação específica: Agem como afrodisíacos, cardiotônicos,

nutritivos, indutores do sono e equilibram vata, etc.

Notas: Produzem ama (produtos resultantes da digestão e

metabolismo inadequados) e desequilibram kapha.

Propriedades dos Takra Kurcita

Atributos: Não oleosos

Ação específica: Promovem constipação

Notas: São de difícil digestão e desequilibram vayu.

DADHI (Iogurte ou Coalhada)

Dadhi e styana payas: São os sinônimos para o iogurte bem

fermentado.

Mandaka: Quando o iogurte é ligeiramente fermentado.

Variedades: O iogurte possui quatro variedades. Mista é doce,

amla é azedo, atyamla é excessivamente azedo e madhuramla

(tanto doce quanto azedo no sabor).

Sabor: Adstringente (sabor secundário)

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109

Atributos: Pesado e não oleoso

Potência: Quente

Vipaka: Azedo

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Produz constipação e promove o vigor

Usos terapêuticos: Usado na cura de mutra krcchra (disúria),

pratisyaya (coriza), sitanga (frio no corpo), visama jvara (febre

irregular), atisara (diarréia), aruci (anorexia) e karsya

(emagrecimento).

Notas: Desequilibra pitta, kapha e o sangue. Produz um

agravamento de sotha (edema) e do medas (adiposidade). Este

produto fermentado do leite promove o vigor, a prosperidade e a

auspiciosidade. É um excelente alimento. Seu significado durante

uma viagem é um bom presságio.

Manda (Iogurte antes de estar pronto)

Desequilibra todos os Doshas.

Iogurte Doce

Equilibra vayu e pitta

Iogurte Azedo

Desequilibra kapha, pitta e sangue.

Iogurte excessivamente Azedo

Produz rakta pitta (uma doença caracterizada por sangramento

em diferentes partes do corpo).

Iogurte Azedo e Doce

Apresenta uma variedade de propriedades de diferentes tipos de

iogurte.

Propriedades do Iogurte

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110

Iogurte de Leite de Vaca

Atributos: Oleoso

Vipaka: Doce

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Um excelente promotor do vigor, do apetite e da

nutrição. Promove o equilíbrio de vayu.

Iogurte de Leite de Cabra

Atributo: Leve

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Age promovendo a constipação e equilibrando

todos os três Doshas

Usos terapêuticos: Usado na cura de svasa (dispnéia), kasa

(tosse), arsas (hemorróidas), ksaya (tuberculose) e karsya

(emagrecimento).

Iogurte de Leite de Ovelha

Sabor: Doce

Vipaka: Doce

Notas: É uma substância abhisyandi (aquelas que obstruem os

canais de circulação). Geralmente desequilibra os Doshas, produz

durnnama (hemorróidas), vatasra (gota) e kapha.

Iogurte de leite de Búfala

Atributos: Pesado e oleoso

Vipaka: Doce

Ação específica: Possui ação de promover Vrsya (afrodisíaco) e

equilibra vayu e pitta.

Notas: Este iogurte desequilibra kapha e enfraquece o sangue.

Iogurte de Leite de Mulher

Atributos: Pesado e não oleoso

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Vipaka: Doce

Ação: Estimula excessivamente o sistema digestivo

Ação específica: Promove a visão e o vigor, renova e equilibra

todos os três Doshas.

Iogurte de leite de Elefanta

Sabor secundário (anurasa): Adstringente

Potência: Quente

Vipaka: Picante

Ação específica: Equilibra kapha e vayu. Aumenta a quantidade

de fezes.

Nota: Suprime a força digestiva

Iogurte de Leite de Camela

Sabor: Azedo

Vipaka: Picante

Ação específica: Tem ação de promover a purgação e o equilíbrio

de vayu.

Usos terapêuticos: Usado na cura de udara (doenças abdominais

crônicas, inclui ascite), kustha (doenças de pele crônicas, inclui a

hanseníase), arsas (hemorróidas), bandha (constipação) e krimi

(parasitoses).

Nota: É um produto alcalino.

Iogurte de Leite de Égua

Sabor: Doce

Atributo: Não oleoso

Ação: Estimulante de digestão

Ação específica: Promove a visão e equilibra kapha

Usos terapêuticos: Cura doenças urinárias

Notas: É um produto abhisyandi (capaz de obstruir os canais de

circulação). Desequilibra os Doshas, especialmente vayu.

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Entre todas as variedades de iogurte acima citadas, aquele

preparado com leite de vaca é o melhor e mais benéfico.

Galita Dadhi

Iogurte do qual se retira a porção aquosa por filtração

Sabor: Doce

Atributos: Pesado e excessivamente oleoso

Ação específica: Promove o vigor, a nutrição e o apetite. Equilibra

vayu.

Notas: Desequilibra kapha, mas não desequilibra pitta em

demasia.

Iogurte de Leite Fervido

Atributo: Não oleoso

Ação específica: Age sobre todos os dhatus (elementos teciduais),

sobre os agni (envolvidos no poder digestivo), o bala (vigor) e o

apetite. Equilibra pitta e vayu.

Nota: É excessivamente útil.

Chacchika ou Asara Dadhi

Iogurte sem gordura.

Sabor: Adstringente

Atributo: Leve

Ação: Dipana (estimulante da digestão)

Ação específica: Produz constipação e apetite.

Usos terapêuticos: Cura grahani (síndrome de espru)

Notas: É um produto vistambhi (que produz vento no abdome) e

desequilibra vayu.

Iogurte Doce

O iogurte adicionado com açúcar é muito útil. É usado na cura de

trsna (sede mórbida), de daha (síndrome de queimação), no

enfraquecimento do sangue e para o equilíbrio de pitta.

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O iogurte com açúcar mascavado indiano (jaggery) é pesado.

É afrodisíaco, nutritivo, refrescante e equilibra vayu.

Iogurte nas Diferentes Estações

Geralmente, a ingestão de iogurte não é indicada na primavera,

no outono, no verão e na estação chuvosa. Por outro lado, no

hemanta (princípio do inverno) e no sisira (final do inverno) a

ingestão de iogurte é benéfico.

Iogurte para Doenças Especiais

A ingestão de iogurte é útil diariamente nas seguintes doenças:

Mutra krcchra (disúria), aruci (anorexia), sitanga (sensação de frio

no corpo), visama jvara (febre irregular), atisara (diarréia) e

pratisyaya (frio).

O iogurte não deve ser ingerido à noite.

O iogurte quando misturado com água e ghee é benéfico.

Dadhyuttara ou Sara

É a última camada do iogurte que é mais densa e oleosa que o

restante.

Sabor: Azedo

Atributo: Pesado

Ação específica: Laxante, afrodisíaco e promove o equilíbrio de

vayu. Além disso, limpa a bexiga.

Nota: Suprime a força digestiva e desequilibra pitta e kapha.

Mastu

É a porção aquosa do iogurte.

Atributo: Leve

Ação específica: Promove o vigor e o apetite para alimentar-se e

equilibra kapha e vayu. É refrescante, laxante instantâneo e

promove a felicidade.

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Usos terapêuticos: Usado na cura de klama (fadiga mental) e

trsna (sede mórbida).

Notas: Não é afrodisíaco e promove a limpeza dos canais.

GHOLA, MATHITA, UDASVIT E TAKRA (Manteigas)

Variedades de Manteiga

A manteiga que contém rasa (creme) e na qual não foi adicionada

água é chamada ghola.

A manteiga da qual o creme foi removido é chamada mathita.

Quando igual quantidade de água é adicionada e depois a

manteiga é batida é chamada sveta.

Quando metade de água é adicionada e depois a manteiga é

batida é chamada udasvit.

Quando um quarto da quantidade de água é adicionada e a

manteiga é batida é chamada takra. Outros afirmam que na takra,

metade da quantidade de água é adicionada quando a manteiga é

batida.

Takra

Sabor: Doce, azedo e adstringente

Atributos: Leve e não oleoso

Potência: Quente

Ação: Dipana (estimulante da digestão)

Ação específica: Promove a constipação, o vigor, é refrescante e

equilibra vayu e kapha.

Usos terapêuticos: Atua na cura de sotha (edema), gara

(envenenamento), chardi (vômitos), praseka (salivação), visama

jvara (febre irregular), pandu (anemia), medas (gordura), grahani

(síndrome de espru), arsas (hemorróidas), mutra graha (anúria),

bhagandara (fístula anal), meha (doenças urinárias crônicas, inclui

o diabetes), gulma (tumor fantasma), atisara (diarréia), sula (dor

em cólica), plihan (doenças do baço), krimi (parasitoses), svitra

Page 115: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

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kustha (leucoderma), kustha (doenças crônicas de pele, inclui a

hanseníase), kapha vyadhi (doenças causadas por deficiência de

kapha), trsna (sede mórbida), udara (doenças abdominais

crônicas, inclui ascites) e apaci (adenites cervicais).

Contra-indicações de Takra

A ingestão de takra (manteiga) não é benéfica no verão e no

outono. Além disso, nunca deve ser ingerido por pacientes que

sofrem de daurbalya (fraqueza), srama (fadiga física), murccha

(desmaios), pittasra ou rakta pitta (doença caracterizada por

sangramentos em diferentes partes do corpo), mada (alcoolismo)

e sosa (tuberculose).

A manteiga (takra) é como ambrosia no inverno, quando o

paciente sofre de grahani (síndrome de espru), arsas

(hemorróidas), doenças causadas por kapha e vayu, srota nirodha

(obstrução dos canais de circulação) e mandagni (supressão da

força digestiva).

Propriedades dos Diferentes Tipos de Takra

A Takra (manteiga) que possui um sabor doce equilibra vayu e

pitta, desequilibrando kapha.

A Takra que possui sabor azedo equilibra vayu e desequilibra

rakta (sangue) e pitta.

Combinações com Takra

Quando há desequilíbrio de vayu, a variedade azeda de manteiga

combinada com sal gema (saindhava) pode ser ingerida.

Quando há desequilíbrio de pitta, a variedade doce de manteiga

deve se combinada com açúcar e fornecido ao paciente.

Quando há desequilíbrio de kapha, a variedade não oleosa de

takra deve ser combinada com vyosa (sunthi, pippali e marica) e

substâncias alcalinas.

Page 116: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

116

Outros Tipos de Takra

O takra do qual não foi retirada a gordura possui atributo leve e é

considerada benéfica.

O takra da qual foi retirada uma pequena parte da gordura é

pesada e possui ação específica como afrodisíaco e equilibra

kapha. O takra da qual a gordura foi completamente retirada é

pesada e sandra (densa). Possui a ação específica de nutrição,

mas desequilibra kapha.

As propriedades de outros diferentes tipos de iogurte (dadhi)

preparados a partir de diferentes tipos de leite são compartilhadas

pelas da manteiga preparada com estes mesmos leites.

ÁGUA

Potência: Fria

Ação específica: Cardiotônica e equilibra pitta.

Usos terapêuticos: Usado na cura de visa (envenenamento),

bhrama (vertigem), daha (sensação de queimação), ajirna

(indigestão), srama (exaustão), chardi (vômitos), mada

(intoxicação), murccha (desmaios) e madatyaya (alcoolismo).

Contra-indicações da Água Fria

A água fria não deve ser utilizada nas seguintes condições e

doenças:

- stimita kostha (ausência de peristaltismo intestinal)

- gala roga (doenças da garganta)

- nava jvara (primeiro estágio da febre)

- grahani (síndrome de espru)

- pinasa (rinite)

- adhmana (flatulência)

- hikka (soluços)

- gulma (tumor fantasma)

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- vidradhi (abscessos)

- kasa (tosse)

- meha (doenças urinárias crônicas, inclui diabetes)

- aruci (anorexia)

- svasa (dispnéia)

- pandu (anemia)

- vatamaya (doenças causadas por deficiência de vayu)

- parsva sula (dor em cólica ao lado do peito)

- logo após a ingestão de sneha (óleo, ghee, etc.)

- após a administração de sodhana (Terapia de eliminação) e

outras terapias (purgativa, emética, etc.)

Água de Chuva (Akasa Jala)

A água de chuva pode ser de quatro tipos:

1. Divya (água de chuva coletada antes que caia no chão)

2. Tusaraja (água coletada do gelo e do orvalho)

3. Dhara (água da chuva coletada depois que caiu no solo)

4. Karahaima (água de granizo e de neve)

Dentre estas, o tipo Divya de água é o melhor por causa de sua

leveza. Esta também pode ser dividida em dois tipos.

Os Dois Tipos de Água Divya

O tipo de água Divya, também chamada de Akasajala (Água da

chuva), pode ser dividida em:

1. Água Ganga (água retirada do rio Ganges)

2. Samudraja (água retirada do mar)

A água ganga é melhor que a água samudraja. O tipo samudraja

de água da chuva que cai nos meses de asvina (Setembro e

Outubro) é semelhante à água do tipo ganga quanto às suas

propriedades.

Teste para a Água do Tipo Ganga

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118

Se em um pote de ouro, de prata ou de barro novo for fervido

arroz sali triturado e ensopado na água e a mistura não deteriora,

ou seja, não se torna kledi, e consegue reter sua coloração

natural, então esta água pode ser determinada como Ganga.

Esta água tem a propriedade de equilibrar todos os três Doshas,

ou seja vayu, pitta e kapha e curar doenças como visa

(envenenamento).

Água do tipo Samudra

É alcalina e misturada com lavana (sal). Esta água reduz sukra

(sêmen), drsti (a visão) e bala (o vigor).

Divya Jala (Água da Chuva)

Sabor: não apresenta um sabor manifestado

Atributo: Leve

Potência: Saumya (fria)

Ação específica: Promove o rejuvenescimento, é considerada

balya (que promove o vigor), jivana (que promove a vida) , tarpana

(que tem ação refrescante), promotora de consolo e felicidade,

além de promover também o intelecto excessivamente e equilibrar

todos os três Doshas.

Usos terapêuticos: Usada na cura de trsa (sede mórbida),

murccha (desmaios), tandra (sonolência), daha (sensação de

queimação), klama (fadiga mental), maha nidra (dorme

excessivamente) e srama (exaustão).

Bhauma Jala

Quando a água do tipo Divya (água da chuva) cai sobre o solo,

passa a ser chamada Bhauma Jala.

Atributos dos Diferentes Tipos de Água

Page 119: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

119

Quando a água do tipo Divya não está disponível, outros tipos de

água podem ser utilizados, dentre as Bhauma jala, depois de

verificadas suas vantagens e desvantagens.

Kaupa Jala (Água de Poço)

Atributos: Leve

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Equilibra kapha

Notas: É alcalino e desequilibra pitta.

Tadaga Jala (Água de lagoa)

Sabor; Doce e adstringente

Vipaka: picante

Nota: Desequilibra vayu

Vapya Jala (Água de Lagoa Pequena)

Sabor: Picante

Ação específica: Equilibra vayu e kapha

Notas: É alcalina e desequilibra pitta.

Nairjhara Jala (Água de Nascente)

Atributo: Leve

Ação específica: Dipana (estimulante da digestão)

Ação específica: Cardiotônica, possui ação de depleção (lekhana)

e equilibra kapha.

Hrada Jala (Água de Lago)

Atributo: Leve

Ação: Estimula excessivamente a digestão

Ação específica: Equilibra pitta.

Nota: É considerada avidahi (substância que não causa sensação

de queimação).

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Caudya Jala (Água de um Grande Poço)

Sabor: Doce

Atributo: Oleosa

Ação: Estimulante do poder digestivo

Nota: Não causa desequilíbrio de kapha.

Nadeya Jala (Água de Rio)

Atributos: Leve e não oleosa

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: É lekhana (causa depleção).

Nota: Desequilibra vayu.

Sarasa Jala (Água de Tanque)

Sabor: Doce e adstringente

Atributo: Leve

Ação específica: Promove o vigor

Usos terapêuticos: Age na cura de trsna (sede mórbida)

Kaidara Jala (Água de Campo)

Atributo: Pesada

Vipaka: Doce

Notas: É considerada abhisyandi (que produz obstrução dos

canais de circulação) e desequilibra os Doshas.

Palvala Jala (Água de Pequenos Poços)

Esta água é semelhante à anterior, kaidara ou kantara (água de

campo), quanto a suas propriedades. Especificamente,

desequilibra todos os Doshas.

Tausara Jala (Água de Orvalho e de Gelo)

Atributo: Não oleosa

Potência: Fria

Ação específica: Equilibra pitta e kapha.

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Nota: Desequilibra vayu.

Água da Chuva

Água que é coletada antes de cair no solo é chamada Divya

(chuva), diretamente do céu, equilibra todos os Doshas.

Kara Jala (Água de Granizo)

Atributos: Pesada, não oleosa e visada (não pegajosa)

Potência: Fria

Ação específica: Equilibra kapha e vayu.

Haima Jala (Água da Neve)

Atributo: Comparativamente pesada

Potência: Fria

Ação específica: Equilibra pitta.

Nota: Desequilibra vayu.

Candrakanta Jala

É a água coletada com ajuda de uma pedra-da-lua.

Atributos: Leve e não oleosa

Ação específica: Equilibra pitta

Usos terapêuticos: Cura visa (envenenamento) e asra (deficiência

do sangue).

Narikela Jala (Água de Coco)

Sabor: Doce

Atributos: Leve e oleosa

Potência: Fria

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Afrodisíaca, cardiotônica e age equilibrando pitta.

Usos terapêuticos: Cura pipasa (sede mórbida). Age na limpeza

da bexiga (basti).

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Hamsodaka

Água exposta ao sol durante o dia e aos raios da lua durante a

noite.

Atributos: Leve e oleosa

Potência: Fria

Ação específica: É rasayana (promove o rejuvenescimento),

balya (promove o vigor), medhya (promove o intelecto) e equilibra

todos os três Doshas, denominados vayu, pitta e kapha.

Notas: É semelhante a Antariksa Jala (água coletada diretamente

do céu). É considerada livre de defeitos. É anabhisyandi (que não

obstrui os canais de circulação) e é considerada como ambrosia.

Água de Diferentes Estações

Durante a estação chuvosa, divya (a água coletada diretamente

do céu) e audbhida (água retirada da terra por perfuração) são

benéficas

Durante o outono, a água limpa que é impregnada com os raios

de Agastya (a estrela Canopus) e conservada sem toxinas é

benéfica.

Durante o hemanta (começo do inverno), são úteis as águas

sarasa (de grandes tanques) e tadaga (água de poço).

Na primavera e no verão, são úteis as águas de poço, de

pequenas lagoas e de nascente.

Na estação chuvosa, a água de caundya (de grandes poços) e

todos os outros tipos de água são avistambhi (não desequilibram

vayu).

Atributos da Água de Rio

A água dos rios que fluem com forte correnteza e possuem água

limpa é leve.

A água dos rios com fluxo lento, cheia de sujeira e com saivala

(musgo) é pesada.

Page 123: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

123

Água de rios que nascem no Himalaia e passam através de

rochas é saudável.

As águas do tipo Ganga, Satadru, Sarayu e Yamuna possuem

excelentes qualidades. A água destes rios são limpas e sagradas.

Equilibram vayu e kapha, e desequilibram ligeiramente pitta.

Os rios cuja fonte fica na montanha Malaya possuem correnteza

forte, possuindo água leve e benéfica.

Rios como Vrta mala e Tamraparni carregam água limpa.

Rios cuja água é pútrida produzem slipada (filárias), apaci

(adenites cervicais), sotha (edemas), doenças nos pés, na

cabeça, na garganta e pescoço, produzem arbuda (tumores) e

krimi (parasitoses).

Rios como Veni, Godavari, etc. Cuja nascente está na montanha

Sahya, levam águas que geralmente causam kustha (doenças

crônicas de pele). A água de alguns destes rios equilibram vayu e

kapha.

Os rios como Sipra, Reva, etc. cujas nascentes ficam na

montanha Vindhyacala carregam água que produz anemia

(pandu) e kustha (doenças crônicas de pele).

Os rios como Carmanvati, cuja fonte fica na montanha Pariyatra,

são de dois tipos:

- Rios que se originam de tadaga (lagoa) – Sua água alivia todos

os três Doshas e reduz o vigor.

- Rios que se originam em dari (cavernas) – Sua água produz

kustha (doença crônica de pele, inclui a hanseníase), kandu

(pruridos), kapha, slipada (filariose) e agni (força digestiva).

A água de outros rios que correm para o leste, causam gudaja

(hemorróidas). Os rios que nascem em desertos carregam água

com as seguintes propriedades:

Sabor: Doce

Atributo: Leve

Ação: Estimulam excessivamente a digestão

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124

Ação específica: Promovem o vigor.

Os rios Gomati, Narmada, etc. que correm para o mar na direção

oeste, carregam águas com as seguintes propriedades:

Ação específica: Promovem o vigor e equilibram pitta e kapha.

Usos terapêuticos: Usado na cura de vatasra (gota) e kandu

(prurido).

Os rios que correm para o mar em direção ao sul carregam águas

com as seguintes propriedades:

Ação específica: Promovem o vigor e equilibram pitta.

Nota: Desequilibram kapha e vayu.

Os rios que correm para o mar na direção leste possuem fluxo

lento e suas águas são pesadas.

Água do Mar

Ação específica: Reduz o vigor e a virilidade

Nota: Desequilibra todos os três Doshas.

Horário de Coleta

Todos os tipos de água disponíveis no solo devem ser coletadas

pela manhã bem cedo porque durante este horário elas são

limpas e frias por excelência.

Horários para Beber Água

Tomar água antes da refeição causa karsya (emagrecimento) e

mandagni (supressão da força digestiva) Quando ingerida

juntamente com a refeição, estimula o poder digestivo, e é o

melhor. Se ingerida após a refeição, causa sthaulya (adiposidade)

e desequilíbrio de kapha.

Diferentes Maneiras de Ingerir a Água

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125

A água é a vida de todos os seres vivos e o mundo inteiro está

impregnado de água. Portanto, beber água nunca deve ser

proibido pelas pessoas sábias, apesar de fortes contra indicações.

Em alguns casos, a água quente deve ser ingerida, em outros, a

água fria e ainda em determinados casos, a água fria após ser

fervida ou água fervida com adição de algumas drogas deve ser

ingerida. No entanto, nunca deve ser proibida.

Na ajirna (indigestão) associada com ama (no primeiro estágio)

deve ser tomada água fervida. Na ajirna (indigestão) associada a

pakva (estágio posterior) deve ser tomada água limpa. Se houver

vidagdha (digestão incompleta) e a pessoa estiver com sede, ela

deve tomar água fria. Assim, vidaha (a sensação de queimação) é

curada e o alimento residual é digerido.

Propriedades de Anupa, Jangala, Sadharana Jalas

Anupa Jala (água encontrada em regiões pantanosas): Este tipo

de água é abhisyandi (obstrui os canais de circulação), possui

qualidades desprezíveis e agrava os Doshas.

Jangala Jala (água encontrada em regiões áridas): Este tipo de

água estimula o poder digestivo e equilibra os Doshas.

Sadharana Jala (água encontrada em terras de natureza

moderada: Possui sabor doce, atributo leve, potência fria. Usada

na cura de trsna (sede mórbida). É hilariante.

Águas Proibidas

Na estação chuvosa, uma pessoa que toma banho na água fresca

da chuva, que toma água fresca (que é coletada do solo

imediatamente após a chuva) e que bebe água suja com folhas,

etc. adquire doenças internas e externas.

Método para Remoção da Poluição

A água poluída deve ser fervida e exposta aos raios de sol. Nesta

água deve ser mergulhado um pedaço de ferro quente, surya

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126

mani, seixos de areia, etc. Depois, a água deve ser impregnada

com karpura, pura (guggulu), punnaga, patala, etc. Esta água

limpa deve ser resfriada com a adição de kanaka (ouro), mukta

(pérola), etc. Esta água fria nunca desequilibra os Doshas (não é

prejudicial à saúde).

Água Fervida

A água que foi fervida, retirada a espuma, que está limpa e sem

movimentos possui as seguintes propriedades:

Atributos: Leve

Ação: Dipana (estimulante da digestão) e pacana (carminativo)

Ação específica: Equilibra todos os Doshas, ou seja, vayu, pitta e

kapha.

Água Quente

Atributo: Leve

Ação: Estimulante da digestão

Ação específica: Equilibra vayu e kapha.

Usos terapêuticos: Usada na cura de parsva ruk (dor nas laterais

do peito), pinasa (rinite), adhmana (flatulência) e hikka (soluços).

Nota: Age na limpeza de basti (bexiga).

Água Fervida e Reduzida a 3/4

Nota: Equilibra vayu.

Água Fervida e Reduzida à Metade

Notas: Equilibra pitta. É benéfica no hemanta (começo do

inverno), sisira (final do inverno), varsa (estação chuvosa) e na

primavera.

Água Fervida e Reduzida a 1/4

Atributo: Leve

Ação: Estimula a força digestiva

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127

Ação específica: Produz constipação e equilibra kapha

Nota: É benéfica no verão e no outono.

Ingestão de água Quente à Noite

Quando a água quente é ingerida à noite, ela tem a ação de

limpar a adesão de kapha, auxilia na eliminação de vayu e cura a

indigestão imediatamente.

Água Resfriada após a Fervura

Atributo: Leve

Ação específica: Equilibra todos os Doshas.

Notas: Esta água é sempre saudável. É prejudicial se estragada

(quando conservada durante a noite) e torna-se repleta e

impurezas (ou poluída).

Se a água é fervida durante o dia e é guardada durante a noite,

torna-se pesada. Da mesma forma, se a água é fervida à noite e

ingerida no outro dia, desequilibra excessivamente todos os

Doshas.

Tempo Necessário para a Digestão da Água

A água não fervida leva um yama (três horas) para ser digerida. A

água fervida e resfriada consegue ser digerida em meio yama

(uma hora e meia). A água que é fervida e ingerida morna leva um

muhurta (8 minutos) para a digestão.

Quando se Deve Tomar Menos Água

Menor quantidade de água deve ser ingerida nos seguintes

distúrbios: arocaka (anorexia), pratisyaya (coriza), praseka

(salivação), svayathu (edema), ksaya (tuberculose), mandagni

(supressão do poder digestivo), udara (doenças abdominais

crônicas, inclui a ascite), kustha (doenças abdominais crônicas,

inclui hanseníase), jvara (febre), netramaya (doenças dos olhos),

vrana (úlceras) e madhumeha (diabetes).

Page 128: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

128

Importância da Água

Uma pessoa sedenta (se não lhe for dado água) torna-se

inconsciente e morre. Portanto, com todo cuidado, a água não

deve ser proibida.

A água fria deve ser ingerida nos casos de murccha (desmaios),

deficiência de pitta, usna (sensação excessiva de calor), daha

(sensação de queimação), visa (envenenamento) e deficiência do

sangue.

Quando Não se Deve Ingerir Água Morna

A ingestão de água quente deve ser evitada nos casos de srama

(exaustão), klama (fadiga mental), pariksepa (convulsões), tamaka

svasa (um tipo de asma brônquica), ksut (fome) e urdhvaga rakta

pitta (sangramento pelas áreas superiores do corpo).

Quando Não se Deve Ingerir Água Fria

A água fria deve ser evitada nos casos de parsva sula (dor nas

laterais do peito), pratisyaya (coriza), vata roga (doenças

causadas pela deficiência de vayu), gala graha (obstrução da

garganta), adhmana (flatulência), timira (catarata), kostha

(constipação), sadyah sula (dor em cólica recente), nava jvara

(primeiro estágio da febre), hikka (soluços) e sneha pana (período

imediatamente posterior à Terapia com oleação).

Ingestão Excessiva de Água

Se a água é ingerida em excesso, ela suprime a força digestiva.

Quando a água não é suficientemente ingerida, produz muitos

problemas. Portanto, tendo em vista a promoção do poder

digestivo, deve-se tomar água com freqüência, em pequenas

quantidades.

Estas substâncias são utilizadas com freqüência nas Terapias

Especializadas com Massagem como alimentos ou bebidas. Para

Page 129: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

129

a preparação de óleos medicinais e outras formulações, estes

ingredientes são muito empregados. O médico deve estar bem

informado sobre as propriedades terapêuticas destes ingredientes

como descrito no Ayurveda. Isto possibilitará que o médico possa

selecionar os ingredientes mais importantes para que a

administração da Terapia com massagem seja bem sucedida.

Page 130: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

130

APÊNDICE II

Abreviações Utilizadas nas fórmulas do Apêndice III

Partes das Plantas Abrev.

1. Androceu And.

2. Antera Ant.

3. Arilo Ar.

4. Bulbo Bl.

5. Bulbo da raiz Bl.R.

6. Bulbo do tronco Bl.T.

7. Casca da fruta Cs.F.

8. Casca da raiz Cs.R.

9. Casca do tronco Cs.T.

10. Cerne da madeira Ce.M.

11. Endosperma (Bija majja) End.

12. Estigma e estilete Etg./Etl.

13. Exsudato Exs.

14. Flor Fl.

15. Folha Fo.

16. Fruta seca Fr.S

17. Fruto Fr.

18. Galho Ga.

19. Inflorescência In.

20. Látex La.

21. Óleo Ol.

22. Planta inteira Pl.

23. Polpa da fruta (Phala majja) Po.F.

24. Raiz Ra.

25. Raiz adventícia Ra.A

26. Rizoma Ri.

27. Semente seca Se.S.

28. Semente Se.

29. Tronco Tr.

Page 131: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

131

APÊNDICE III

Processos Farmacêuticos para Manipulação de Óleos Medicinais e Fórmulas

Óleos Medicinais são preparações nas quais o óleo é

fervido com decocções e pastas de drogas prescritas de acordo

com o procedimento descrito. Este processo assegura a absorção

das propriedades terapêuticas dos ingredientes utilizados. A maior

parte das frações solúveis em óleo destes ingredientes são

retiradas através deste processo. Algumas finas partículas destes

ingredientes permanecem suspensas no óleo medicinal mesmo

depois da filtração e as propriedades terapêuticas destas frações

insolúveis tornam-se disponíveis para uso através destes óleos

medicinais. De acordo com o Ayurveda, o óleo apresenta a

propriedades específica de absorver as frações terapêuticas úteis

das drogas.

Método Geral de Preparação

Geralmente, são utilizados na preparação de óleo

medicinal três importantes tipos de ingredientes listados a seguir:

1. Óleo empregado como meio

2. Pasta de drogas

Page 132: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

132

3. Líquidos que podem ser um ou mais, como decocções, sucos,

leite, etc.

A menos que esteja definido de outra forma no texto, a

quantidade de pasta a ser empregada deve ser um quarto da

quantidade do óleo e o líquido deve ser quatro vezes a quantidade

de óleo. Em outras palavras, mede-se uma parte de pasta, para

quatro partes de óleo para dezesseis partes de líquido. De acordo

com esta razão, muitos óleos medicinais são preparados. Além

disso, os médicos devem ter em mente os seguintes aspectos:

1. Caso não seja mencionado nenhum líquido na prescrição,

devem ser empregadas, então, quatro partes de água.

2. Se o líquido citado for uma decocção ou suco de uma planta,

então a quantidade de pasta deve ser um sexto e um oitavo,

respectivamente, da quantidade de óleo.

3. Se for necessária a adição de quatro ou menos tipos de

líquidos, então, cada um dos líquidos deve ter quatro vezes o

peso do óleo.

4. Quando são mais de quatro os líquidos a serem adicionados,

então, cada líquido deve ter o peso igual ao do óleo.

5. Se, em uma preparação, não estiver prescrita nenhuma pasta,

as drogas prescritas para o propósito de decocção podem ser

usadas como pasta.

A pasta e o líquido são misturados juntos, e o óleo é

adicionado, fervido e mexido muito bem, continuamente, de forma

que a pasta não possa aderir ao fundo ao recipiente. Às vezes, os

líquidos precisam ser adicionados um após o outro e o processo

de fervura continua até que os líquidos adicionados em primeiro

lugar estejam completamente evaporados (a parte líquida dos

mesmos).

Quando a umidade de todos os líquidos evaporar, a parte

úmida da pasta começa, então, a evaporar. Neste estágio, a

Page 133: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

133

preparação deve ficar continuamente sob observação para

assegurar-se de que a pasta não vá se queimar e aderir-se ao

fundo do recipiente. Uma pequena porção da pasta é retirada com

o auxílio de uma espátula e examinada de vez em quando para

observar as condições do cozimento (paka).

São três os estágios do cozimento (paka):

1. Cozimento leve (Mrdu paka)

2. Cozimento moderado (Madhyama paka)

3. Excesso de cozimento (Khara paka)

No estágio de cozimento leve, a pasta é mole e quando

enrolada entre dois dedos, desliza como uma goma sem grudar-

se nos dedos. No estágio moderado de cozimento, a pasta,

quando enrolada, é mais dura e quando colocada diretamente

sobre o fogo, queima sem fazer som de crepitação. Se colocada

novamente no calor torna-se excessivamente cozida. Se por

descuido ou ignorância, aplica-se mais calor, o óleo torna-se

queimado e na terminologia ayurvédica é chamado de dagdha

paka que torna o óleo medicinal absolutamente inútil para

propósitos terapêuticos. Quando o óleo atinge o estágio correto de

cozimento, forma-se na superfície uma espuma e neste estágio o

médico deve examinar repetidamente a pasta.

Quando o óleo medicinal é prescrito para ser combinado

com diversos líquidos, como decocção, suco, leite, sopa de carne,

vinagre e manteiga, o período de cozimento com os vários

líquidos é o seguinte:

1. Decocção, vinagre e manteiga, etc. 5 dias em cada caso

2. Suco 3 dias

3. Leite 2 dias

4. Sopa de carne 1 dia

Page 134: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

134

Se o açúcar é descrito como um dos ingredientes da

prescrição, este ingrediente deve ser adicionado apenas após o

produto final estiver frio. Se o sal e preparações alcalinas são

mencionados como ingredientes de um óleo medicinal, então,

devem ser adicionados ao produto final e depois filtrado.

Adição de Perfumes

Se a uma fórmula de óleos medicinais, devem ser

adicionados perfumes ou substâncias aromáticas para alterar o

aroma, os pós ou soluções destes ingredientes são colocados em

um coador e o óleo medicinal, quando morno, deve ser derramado

sobre ele. Isto possibilita que o óleo seja impregnado com o

aroma.

Utilidade dos Diferentes Tipos de Cozimento

O óleo medicinal preparado através do cozimento leve é

útil na Terapia inalatória. O óleo medicinal preparado por

cozimento moderado é útil para massagem do corpo, para enema

medicinal e para ser administrado internamente. O óleo

excessivamente cozido é útil na massagem, especialmente para a

massagem da cabeça.

Recipientes para o Cozimento

Recipientes de cobre são muito úteis para o cozimento do

óleo medicinal. Mas se ingredientes azedos como o vinagre e a

manteiga ou iogurte forem empregados no cozimento, devem ser

utilizados recipientes de aço inoxidável. A capacidade do

recipiente deve ser de, no mínimo, o dobro do volume de óleos e

líquidos juntos. Isto evitará que o óleo transborde durante o

processo de cozimento. A espátula ou a colher deve ser feita

Page 135: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

135

também de cobre ou de aço inoxidável e deve possuir uma

superfície reta e plana na parte inferior para facilitar o movimento.

Deve possuir um cabo de madeira na extremidade distal para

facilitar a manipulação.

Atualmente, o cozimento de óleos medicinais é feito em

recipientes com paredes duplas, com espaço entre elas para o

vapor passar. Este tipo de recipiente é mais higiênico e evita que

a pasta queime no fundo do recipiente.

Combustível

Para o cozimento de alguns destes óleos medicinais, são

aconselhados no Ayurveda diferentes tipos de carvão vegetal. Na

prática geral, utilizam-se carvão mineral, carvão vegetal, gás

butano e vapor. Qualquer que seja o combustível empregado, no

início e no final do processo, o calor deve ser brando e no

decorrer do mesmo, deve ser aplicado um calor gradualmente

forte. Um calor forte no final do processo pode queimar a pasta,

de modo que a preparação não será útil para fins terapêuticos.

Um fogo muito forte pode fazer com que o óleo quente transborde,

causando acidentes.

Características

O óleo medicinal possui, geralmente, o sabor, o odor e a

coloração dos ingredientes que são utilizados na preparação. Eles

também afetam a consistência do produto final. Quando uma

grande quantidade de leite é adicionada, o óleo medicinal torna-se

espesso na consistência por causa da manteiga ou ghee contidos

no leite. Tais preparações tornam-se condensadas como

manteiga ou ghee no inverno, ou quando armazenados no

refrigerador.

Page 136: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

136

Preservação

Óleos medicinais devem ser armazenados em potes de

vidro ou polietileno de boa qualidade. Estes óleos estocados

adequadamente preservam sua potência durante cerca de 6

meses para finalidade de uso interno. Para o uso em massagem,

estas preparações cozidas adequadamente e armazenadas em

potes apropriados posem ser empregados por cerca de 5 anos,

após a manipulação.

Método de Uso

Óleos medicinais são geralmente utilizados para

massagem do corpo e da cabeça. Também são empregados na

Terapia inalatória, no enema medicinal e na aplicação externa.

Óleos medicinais também são utilizados na aplicação interna. Nos

textos Ayurvédicos, muitos tipos de veículos são prescritos para

este propósito. Quando nenhum está especificado, deve ser

empregado o óleo medicinal combinado com leite ou água morna.

Quando o óleo de Semecarpus anacardium (bhallataka) e outros

ingredientes estão incluídos na preparação, o uso de um veículo

morno está proibido.

As fórmulas para alguns dos óleos medicinais mais

comumente utilizados estão descritos aqui:

ASANAVBILVADI TAILA

(Saharasyoga, Tailaprakarana; 45)

1. Asana (Pterocarpus marsupium, 23) Ce.M. 192 g.

2. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 192 g.

3. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 192 g.

4. Amrta (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 192 g.

5. Água para decocção 12.288 ml.

6. Reduzir esta água para 3.072 ml.

Page 137: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

137

7. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

8. Madhuka (Madhuca indica, 237) Ra. 128 g.

9. Nagaraka (Zingiber officinale, 33) Ri. 128 g.

10. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 128 g.

11. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 128 g.

12. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 128 g.

13. Paya (leite de vaca)

Usos: Empregado nas massagens externas.

Importante uso terapêutico: Doenças dos olhos, ouvidos e na

cabeça.

KANAKA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Ksudrarogadhikara; 59)

1. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 768 g.

2. Água para decocção 3.072 ml.

3. Reduzir esta água para 768 ml.

4. Taila (óleo de sementes) 192 ml.

5. Priyangu (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 32 g.

6. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 32 g.

7. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 32 g.

8. Utpala puspa (Nymphaea stellata, 39) Fl. 32 g.

9. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 32 g.

Usos: Utilizado externamente para nasya e massagem.

Importante uso terapêutico: Descoloração da pele.

KAYYONNYADI TAILA

(Saharasyoga, Tailaprakarana; 48)

Page 138: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

138

1. Kayyonni rasa (Eclipta alba, 230) Pl 1.024 ml.

2. Cittamrtu rasa (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 1.024 ml.

3. Nelli rasa ( Emblica officinalis, 29) Po.F. 1.024 ml.

4. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

5. Payas (goksira) (leite de vaca) 768 g.

6. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 48 g.

7. Anjana (Berberis aristata, 157) 48 g.

Uso: Utilizado externamente na massagem da cabeça.

Importante uso terapêutico: Doenças da cabeça, dos cabelos, dos

olhos e dos dentes.

KARPASASTHYADI TAILA

(Saharasyoga, Tailaprakarana; 11)

1. Karpasasthi (Gossypium herbaceum, 74) End. 768 g.

2. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

3. Masa (Phaseolus mungo, 247) Se. 768 g.

4. Kulattha (Dolichos biflorus, 83) Se. 768 g.

5. Água para decocção 12.228 ml.

6. Reduzir esta água para 3.072 ml.

7. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 128 g.

8. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra. 128 g.

9. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 128 g.

10. Sarsapa (Brasica campestris, 330) Se. 128 g.

11. Nagara (Zingiber officinale, 33) Ri. 128 g.

12. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 128 g.

13. Pippalimula (Piper longum, 194) Ra. 128 g.

14. Cavya (Piper chaba, 116) Tr. 128 g.

15. Sigru tvak (Moringa pterygosperma, 315) Cs. T. 128 g.

16. Punarnava (Boerhaavia difusa, 266) Ra. 128 g.

Page 139: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

139

17. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

18. Aja ksira (leite de cabra) 768 ml.

Método especial de preparação:

Karpasasthi (Gossypium herbaceum, 74), Kulattha (Dolichos

biflorus, 83) e Masa (Phaseolus mungo, 247) são amarrados em

uma trouxa e mergulhados no recipiente contendo balamula e

água. Prepara-se assim a decocção de bala (Sida cordifolia).

Usos: Usado externamente para massagem.

Importantes usos terapêuticos: Hemiplegia, paralisia facial,

ombros rígidos e outras doenças nervosas.

KUNKUMADI TAILA

(Yogaratnakara, Ksudrarogadhikara, página 740)

1. Kunkuma (Crocus sativus, 77) Etg./Etl. 12 g.

2. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 12 g

3. Lodhra (Symplocus racemosa, 281) Cs.T. 12 g

4. Pattanga (Caesalpinia sappan, 182) Fl. 12 g

5. Rakta candana (Pterocarpus santalinus,

265)

Ce.M. 12 g

6. Maliyaka (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 12 g

7. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 12 g

8. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 12 g

9. Yasti madhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 12 g

10. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 12 g

11. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Ce.M. 12 g

12. Padma (Nelumbo nucifera, 57) Fl. 12 g

13. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 12 g

14. Gorocana 12 g

15. Nisa (Curcuma longa, 344) Ri. 12 g

Page 140: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

140

16. Laksa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 12 g

17. Daruharidra (Berberis aristata, 157) Tr. 12 g

18. Gairika 12 g

19. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 12 g

20. Palasa kusuma (Butea monosperma, 186) Fl. 12 g

21. Priyangu (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 12 g

22. Vatankura Fo. 12 g

23. Malati (Jasminum officinale, 128) Fl. 12 g

24. Madhucchista (cera de abelhas) 12 g

25. Sarsapa (Brasica campestris, 330) Se. 12 g

26. Surabhi (Pluchea lanceolata, 268) Ra. 12 g

27. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 12 g

28. Paya (ksira) (leite de vaca) 6.144 ml.

29. Taila (óleo de sementes) 1.536 ml.

Usos: Externamente para massagem.

Importante uso terapêutico: Doenças de pele.

KUSTHARAKSASA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Kusthadhikara; 164-165 1/2)

1. Sutaka (parada) 12 g

2. Gandhaka 12 g

3. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 12 g

4. Saptaparna tvak (Alstonia scholaris, 326) Cs.T. 12 g

5. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 12 g

6. Sindura 12 g

7. Rasona (Allium sativum, 278) Bl. 12 g

8. Haritala 12 g

9. Avalguja (Psoralea corylifolia, 215) Se. 12 g

10. Aragvadha bija (Cassia fistula, 32) Se. 12 g

11. Jirna tamra (tamra bhasma) 12 g

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141

12. Manahsila 12 g

13. Katu taila (Brasica campestris, 330) 384 ml.

Método especial de preparação:

Os pós das drogas de 1 a 8 são misturados na taila e expostos

aos raios de sol por uma semana.

Usos: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Doenças crônicas de pele.

KOTTAMCUKKADDI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 12)

1. Kottam (Saussurea lappa, 85) Ra. 96 g.

2. Cukku (Zingiber officinale, 33) Ri. 96 g.

3. Vayambu (Acorus calamus, 282) Ri. 96 g.

4. Sigru tvak (Moringa pterygosperma, 315) Cs.T. 96 g.

5. Lasuna (Allium sativum, 278) Bl. 96 g.

6. Karlotti (mutla) Ra. 96 g.

7. Devadruma (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 96 g.

8. Siddhartha (Brasica campestris, 330) Se. 96 g.

9. Suvaha (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 96 g.

10. Tilaja (Sesamum indicum, 143) 78 ml.

11. Dadhi (iogurte) 768 g.

12. Cinca (patra) rasa Fo. 3.072 ml.

Usos: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Reumatismo, artrite e gota.

KSIRABALA TAILA

(Astangahrdaya, Vataraktacikitsa, Adhyaya 22; 44 1/2)

Page 142: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

142

1. Bala kasaya (Sida cordifolia, 213) Ra. 16 partes

2. Bala kalka (Sida cordifolia, 213) Ra. 1 parte

3. Taila (óleo de sementes) 4 partes

4. Ksira 4 partes

Uso: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Doenças nervosas.

CANDANADI TAILA

(Yogaratnakara, Rajayaksmacikitsa; página 325)

1. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 96 g.

2. Ambu (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 96 g.

3. Nakha 96 g.

4. Ratri (Curcuma longa, 344) Ri. 96 g.

5. Yasti madhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

6. Saileya (Parmelia perlata, 320) Pl. 96 g.

7. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Ce.M. 96 g.

8. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 96 g.

9. Sarala (Pinus roxburghii, 328) Ra. 96 g.

10. Daru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 96 g.

11. Sati (Hedychium spicatum, 303) Ri. 96 g.

12. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 96 g.

13. Jati (Jasminum officinale, 128) Fl. 96 g.

14. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 96 g.

15. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 96 g.

16. Bilva (Aegle marmelos, 219) Cs.T. 96 g.

17. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 96 g.

18. Kankola (Piper cubeba 48) Ri. 96 g.

19. Rakta candana (Pterocarpus santalinus,

265)

Ce.M. 96 g.

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143

20. Ambuda (Cyperus rotundus, 255) Ri. 96 g.

21. Haridra (Curcuma longa, 344) Ra. 96 g.

22. Daruharidra (Berberis aristata, 157) Tr. 96 g.

23. Sveta sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 96 g.

24. Krsna sariva (Cryptolepis buchanani, 89) Ra. 96 g.

25. Tikta (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 96 g.

26. Lavanga (Syzygium aromaticum, 277) Fl. 96 g.

27. Aguru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 96 g.

28. Kunkuma (Crocus sativus, 77) Etg./Etl. 96 g.

29. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 96 g.

30. Renu (Vitex agnus-castus, 270) Se. 96 g.

31. Nalika (Cinnamomum tamala, 170) Cs.T. 96 g.

32. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

33. Mastu (soro do iogurte) 3.072 ml.

34. Laksarasa (Zizyphus jujuba, 94) 768 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Febre crônica, sensação de

queimação, sangramento por diferentes partes do corpo,

tuberculose, epilepsia e esquizofrenia.

CANDANABALALAKSADI TAILA

(Yogaratnakara, Jvaradhikara; página 205)

1. Rakta candana (Pterocarpus santalinus,

265)

Ce.M. 768 g.

2. Bala mula (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

3. Laksa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 768 g.

4. Lamajjaka (Cymbopogon jwarancusa,

280)

Pl. 768 g.

5. Água para decocção 12.288 ml.

Page 144: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

144

6. Reduzir água para 3.072 ml.

7. Taila (óleo de sementes) 1.536 ml.

8. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 256 g.

9. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 256 g.

10. Madhuka (Madhuca indica, 237) Ra. 256 g.

11. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 256 g.

12. Katurohini (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 256 g.

13. Deva daru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 256 g.

14. Nisa (Curcuma longa, 344) Ri. 256 g.

15. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 256 g.

16. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 256 g.

17. Aguru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 256 g.

18. Balaka (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 256 g.

19. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 256 g.

20. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 256 g.

21. Darvi (Berberis aristata, 157) Tr. 256 g.

22. Murva (Marsdenia tenacissima, 257) Ra. 256 g.

23. Musta (Cyperus rotundus, 255) Ri. 256 g.

24. Mulaka (Raphanus sativus, 256) Ra. 256 g.

25. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 256 g.

26. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 256 g.

27. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 256 g.

28. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 256 g.

29. Laksa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 256 g.

30. Campaka (Michelia champaca, 115) Fl. 256 g.

31. Pitasara (Pterocarpus marsupium, 23) Ce.M. 256 g.

32. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 256 g.

33. Sugandhika (Hedychium spicatum, 303) Ri. 256 g.

34. Sauvarcala 256 g.

35. Saindhava (sal gema) 256 g.

36. Ksira 3.072 ml.

Uso: Empregado nas massagens.

Page 145: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

145

Importantes indicações terapêuticas: Asma, bronquite crônica,

febre crônica, edema, anemia, doenças de pele e doenças

nervosas.

CITRAAKADI TAILA

(Susrutasamhita, Bhagandara Cikitsa; 50-50 1/2)

1. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 16 g.

2. Arka mula (Calotropis procera, 17) Ra. 16 g.

3. Trivrt (Ipomoea turpethum, 152) Ra. 16 g.

4. Patha (Cissampelos pareira, 190) Ra. 16 g.

5. Malapu (kakodumbara mula tvak) (Ficus

hispida, 211)

Cs.R. 16 g.

6. Hayamaraka (karavira mula tvak) (Nerium

indicum, 60)

Cs.R. 16 g.

7. Snuhi mula (Euphorbis nerifolia, 338) Ra. 16 g.

8. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri 16 g.

9. Langalika (Gloriosa superba, 279) Pl. 16 g.

10. Saptaparna (Alstonia scholaris, 326) Cs.T. 16 g.

11. Suvarcika (svarjika ksara) 16 g.

12. Jyotismati (Celastrus paniculatus, 132) Se. 16 g.

13. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

14. Água 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Fístula anal e hemorróidas.

JATYADI TAILA

(Sarngadharasamhita, Madhyamakhanda, Adhyaya 9; 168-170)

Page 146: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

146

1. Jati pallava (Myristica fragrans, 129) Fo. 192 g.

2. Nimba pallava (Azadirachta indica, 176) Fo. 192 g.

3. Patola pallava (Trichosanthes dioica, 181) Fo. 192 g.

4. Naktamala pallava (Pongamia pinnata, 59) Fo. 192 g.

5. Siktha (cera de abelha) 192 g.

6. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 192 g.

7. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 192 g.

8. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri. 192 g.

9. Daruharidra (Berberis aristata, 157) Tr. 192 g.

10. Katurohini (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 192 g.

11. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 192 g.

12. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Ce.M. 192 g.

13. Lodhra (Symplocus racemosa, 281) Cs.T. 192 g.

14. Abhaya (Terminalia chebula, 345) Po.F. 192 g.

15. Nilotpala (Nymphaea stellata, 39) Fl. 192 g.

16. Tutthaka 192 g.

17. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 192 g.

18. Naktamala bija (Pongamia pinnata, 59) Se. 192 g.

19. Taila (óleo de sementes) 768 g.

20. Água 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Doenças de pele.

JYOTISMATI TAILA

(Yogaratnakara, Kusthacikitsa; página 696)

1. Mayuraka ksara jala (Achyranthes aspera, 11) Pl. 3.072 ml.

2. Jyotismati taila (Celastrus paniculatus, 132) Se. 768 g.

Método especial de preparação: Mayuraka ksara jala é preparado

com a planta Achyrantes aspera, fervida com óleo até que a

umidade evapore. O processo é repetido sete vezes.

Page 147: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

147

Usos: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Leucoderma.

TUNGADRUMADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakana; 43)

1. Taruna tungadruma jala (Cocos nucifera, 174) 3.072 ml.

2. Sugandha (sathi) (Pluchea lanceolata, 268) Ri. 96 g.

3. Lamajja (usira) (Cymbopogon jwarancusa,

280)

Ra. 96 g.

4. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

5. Utpala kanda (Nymphaea stellata, 39) 96 g.

6. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 96 g.

7. Dugdha (leite) 768 ml.

8. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças dos olhos e da

cabeça, insônia.

TUVARAKA TAILA

(Susrutasamhita, Cikitsasthana, Adhyaya 13; 20-23, 29)

1. Tuvaraka phalamajja taila (Hydnocarpus

laurifolia, 147)

768 ml.

2. Khadira kvatha (Acacia catechu, 99) Ce.M. 2.304 ml.

3. Tuvaraka kalka (Hydnocarpus laurifolia,

147)

128 g.

Método especial de preparação: O taila preparado deve ser

conservado sobre karisa (cinza quente de estrume de vaca) por

15 dias antes de ser utilizada.

Uso: Externamente para massagem.

Page 148: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

148

Pathya: Leite, doces, frutas cítricas, maçã, banana, uvas doces,

arroz fervido velho, cevada, pão de trigo, manteiga.

Apathya: Substâncias azedas, salgadas e picantes.

Importante indicação terapêutica: Doenças crônicas de pele.

TRIPHALADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 44)

1. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 768 g.

2. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 768 g.

3. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 768 g.

4. Amrtavalli (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 768 g.

5. Ketaki mula (Pandanus tectorius, 90) Ra. 768 g.

6. Asanaka (Pterocarpus marsupium, 23) Ce.M. 768 g.

7. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

8. Eranda (Ricinus communis, 45) Ra. 768 g.

9. Indra valli (Citrullus colocynthis, 36) Ra. 768 g.

10. Água para decocção 12.288 ml.

11. Reduzir água para 3.072 ml.

12. Bhrnga raja svarasa (Eclipta alba, 230) Pl. 768 g.

13. Hatha svarasa (Emblica officinalis, 29) Po.F. 768 g.

14. Taila (óleo de sementes) 768 g.

15. Ksira (Leite) 1.536 ml.

16. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 128 g.

17. Yastyahva (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 128 g.

18. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Ce.M. 128 g.

19. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 128 g.

20. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 128 g.

21. Musta (Cyperus rotundus, 255) Ri. 128 g.

22. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 128 g.

23. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 128 g.

Page 149: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

149

24. Jatamamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 128 g.

25. Haya gandha (Withania somnifera, 21) Ra. 128 g.

26. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 128 g.

27. Amrta (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 128 g.

28. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 128 g.

29. Amara kastha (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 128 g.

30. Lavanga (Syzygium aromaticum, 277) Fl. 128 g.

31. Nata (Valeriana wallichii, 134) Ra. 128 g.

32. Coraka sathi (Angelica glauca, 121) Ri. 128 g.

33. Sveta kamala (Nelumbo nucifera, 57) Fl. 128 g.

34. Rakta kamala (Nelumbo nucifera, 57) Fl. 128 g.

35. Kumuda (Nymphaea alba, 81) Fl. 128 g.

36. Kalhara (Nelumbo nucifera, 57) Fl. 128 g.

37. Padma (Nelumbo nucifera, 57) Fl. 128 g.

38. Anjana (Berberis aristata, 157) 128 g.

39. Nili mula (Indigofera tinctoria, 179) Ra. 128 g.

Usos: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças da cabeça, calvície,

branqueamento prematuro dos cabelos, doenças dos olhos,

ouvidos, nariz e garganta.

DHANVANTARA TAILA

(Sinônimo: Bala taila)

(Vaidyayogaratnavali, Tailaprakarana, página 244)

1. Bala mula (Sida cordifolia, 213) Ra. 4.608 g.

2. Água para decocção 36.864 ml.

3. Reduzir água para 4.608 ml.

4. Paya (leite de vaca) 4.608 ml.

5. Yava (Hordeum vulgare, 261) Se. 768 g.

Page 150: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

150

6. Kola (Zizyphus jujuba, 94) Fr. 768 g.

7. Kulattha (Dolichos biflorus, 83) Se. 768 g.

8. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 768 g.

9. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Ra. 768 g.

10. Gambhari (Gmelina arborea, 104) Ra. 768 g.

11. Patala (Stereospermum suaveolens, 188) Ra. 768 g.

12. Ganikarika (Clerodendrum phlomidis, 4) Ra. 768 g.

13. Salaparni (Desmodium gangeticum, 312) Ra. 768 g.

14. Prsniparni (Uraria picta, 200) Ra. 768 g.

15. Brhati (Solanum indicum, 222) Ra. 768 g.

16. Kantakari (Solanum xanthocarpum, 51) Ra. 768 g.

17. Goksura (Tribulus terrestris, 108) Ra. 768 g.

18. Água para decocção 6.144 ml.

19. Reduzir água para 768 ml.

20. Taila (óleo de sementes) 128 g.

21. Meda (Polygonatum cirrhifolium, 259) Ra.A. 128 g.

22. Maha meda (Polygonatum cirrhifolium,

259)

Ra. 128 g.

23. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 128 g.

24. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 128 g.

25. Kakoli (Lilium polyphyllum, 71) Ra.A. 128 g.

26. Ksira kakoli (Fritillaria roylei, 97) Ra.A. 128 g.

27. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 128 g.

28. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 128 g.

29. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 128 g.

30. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 128 g.

31. Jivaka (Microstylis muscifera, 130) Ra. 128 g.

32. Rsabhaka (Microstylis wallichii, 44) Ra.A. 128 g.

33. Saindhava (sal gema) 128 g.

34. Kalanusari (Valeriana wallichii, 134) Se. 128 g.

35. Saileya (Parmelia perlata, 320) 128 g.

36. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 128 g.

Page 151: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

151

37. Agaru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 128 g.

38. Punarnava (Boerhaavia difusa, 266) Ra. 128 g.

39. Asva gandha (Withania somnifera, 21) Ra. 128 g.

40. Vari (Asparagus racemosus, 306) Ra. 128 g.

41. Ksira vidari (Ipomoea digitata, 98) Bl.R. 128 g.

42. Yasti madhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 128 g.

43. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 128 g.

44. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 128 g.

45. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 128 g.

46. Satahva (Anethum sowa, 312) Fl. 128 g.

47. Masa parni (Teramnus labialis, 248) Pl. 128 g.

48. Mudga parni (Phaseolus trilobus, 251) Pl. 128 g.

49. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 128 g.

50. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 128 g.

51. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 128 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Doenças nervosas, hemiplegia,

paralisia agitans e doenças das crianças.

Nota: Este taila, quando preparado pelo processo avarttana, é

conhecido como Dhanvantara taila (avarttita).

NARAYANA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vatavyadhyadhikara; 140-144 1/2)

1. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 480 g.

2. Agnimantha (Clerodendrum phlomidis, 4) Ra. 480 g.

3. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Ra. 480 g.

4. Patala (Stereospermum suaveolens, 188) Ra. 480 g.

5. Paribhadra (Erythrina indica, 192) Ra. 480 g.

6. Prasarini (Paederia foetida, 207) Pl. 480 g.

Page 152: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

152

7. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 480 g.

8. Brhati (Solanum indicum, 222) Ra. 480 g.

9. Kantakari (Solanum xanthocarpum, 51) Pl. 480 g.

10. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 480 g.

11. Atibala (Abutilon indicum, 8) Ra. 480 g.

12. Svadamstra (Tribulus terrestris, 108) Fr. 480 g.

13. Punarnava (Boerhaavia difusa, 266) Ra. 480 g.

14. Água para decocção 49.152 ml.

15. Reduzir água para 12.288 ml.

16. Taila (óleo de sementes) 3.072 ml.

17. Satapuspa (Anethum sowa, 307) Fl. 96 g.

18. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 96 g.

19. Mamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 96 g.

20. Saileya (Parmelia perlata, 320) Pl. 96 g.

21. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 96 g.

22. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 96 g.

23. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 96 g.

24. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 96 g.

25. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 96 g.

26. Sala parni (Desmodium gangeticum, 312) Ra 96 g.

27. Satapuspa (Anethum sowa, 307) Ra. 96 g.

28. Mudga parni (Phaseolus trilobus, 251) Ra. 96 g.

29. Masa parni (Teramnus labialis, 248) Ra. 96 g.

30. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 96 g.

31. Turaga gandha (Withania somnifera, 21) Ra. 96 g.

32. Saindhava (sal gema) 96 g.

33. Punarnava (Boerhaavia difusa, 266) Ra. 96 g.

34. Satavari rasa (Asparagus racemosus,

306)

Ra. 3.072 ml.

35. Gavya ksira (goksira) (leite de vaca) 12.288 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Page 153: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

153

Importante indicações terapêuticas: Doenças nervosas, torcicolo e

cefaléia.

NALPAMARADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana, 26)

1. Paimanjal rasa (Curcuma longa, 344) Ri. 1.536 ml.

2. Parpata rasa (Fumaria parviflora, 185) Pl. 1.536 ml.

3. Enna (Sesamum indicum, 143) 768 ml.

4. Nyagrodha (Ficus bengalensis, 180) Cs.T. 96 g.

5. Udumbara (Ficus racemosa, 40) Cs.T. 96 g.

6. Asvattha (Ficus religiosa, 22) Cs.T. 96 g.

7. Plaksa (Ficus lacor, 210) Cs.T. 96 g.

8. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 96 g.

9. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 96 g.

10. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 96 g.

11. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 96 g.

12. Sevya (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 96 g.

13. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 96 g.

14. Covvali bheda (Rubia cordifolia, 231) Tr. 96 g.

15. Coram sathi (Curcuma zedoaria, 63) Ri. 96 g.

16. Akil (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 96 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Doenças crônicas de pele.

Nota: Esta fórmula, quando preparada com óleo de coco, é

chamada Nalpamaradi Kera Taila.

NILIKADYA TAILA

(Sarngadharasamhita, Madhyamakhanda, Adhyaya 9; 157-160)

Page 154: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

154

1. Nilika (Indigofera tinctoria, 179) Pl. 12 g.

2. Ketaki kanda (Pandanus tectorius, 90) Ri. 12 g.

3. Bhrngaraja (Eclipta alba, 230) Pl. 12 g.

4. Kurantaka (Barleria prionitis, 331) Pl. 12 g.

5. Arjuna puspa (Terminalia arjuna, 18) Fl. 12 g.

6. Bijaka kusuma (asana puspa) (Pterocarpus

marsupium, 23)

Fl. 12 g.

7. Krsna tila (Sesamum indicum, 143) 12 g.

8. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 12 g.

9. Kamla mula Ra. 12 g.

10. Ayoraja (lauha bhasma) 12 g.

11. Priyangu (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 12 g.

12. Dadima tvak (Punica granatum 156) Cs.T. 12 g.

13. Guducika (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 12 g.

14. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 12 g.

15. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 12 g.

16. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 12 g.

17. Padma panka (Nelumbo nucifera, 57) Ri. 12 g.

18. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

19. Triphala kvatha Po.F. 3.072 ml.

20. Bhrngaraja svarasa(Eclipta alba, 230) Pl. 3.072 ml.

Usos: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Calvície, branqueamento

prematuro dos cabelos, queda dos cabelos, doenças da pele na

região da cabeça.

NILIBHRNGADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana, 38)

Triphala kvatha: Decocção com as 3 frutas, ou seja, haritaki, bibhitaka e

amalaki

Page 155: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

155

1. Nili patra svarasa (Indigofera tinctoria, 179) Fo. 768 ml

2. Bhrngaraja svarasa (Eclipta alba, 230) Pl. 768 ml

3. Satakratu lata (indravaruni) (Cardiospermum

halicacabum, 68)

Fo. 768 ml

4. Dhatri rasa (Emblica officinalis, 29) Po.F. 768 ml

5. Aja ksira (leite de cabra) 768 ml

6. Nalikera ksira (Cocos nucifera, 174) 768 ml

7. Mahisi ksira (leite de búfala) 768 ml

8. Dhenudbhava (go dugdha) (leite de vaca) 768 ml

9. Taila (óleo de sementes) 768 ml

10. Yasti madhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 32 g.

11. Gunja mula (Abrus precatorius, 107) Ra. 32 g.

12. Anjana (Berberis aristata, 157) 32 g.

Uso: Externamente para massagem da cabeça.

Importantes indicações terapêuticas: Queda de cabelos, calvície e

branqueamento prematuro dos cabelos.

PARINATAKERIKSIRADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana, 9)

1. Parinatakeriksira (Cocos nucifera, 174) Po.F. 1.536 ml.

2. Jambira phalodaka (jambira rasa) (Citrus

limon, 177)

Fr. 1.536 ml.

3. Ksanada (Curcuma longa, 344) Ri. 48 g.

4. Suradhuma (sarja rasa) (Vateria indica, 329) Exs. 48 g.

5. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

Uso: Externamente para massagem

Importantes indicações terapêuticas: Ombros rígidos e espondilite

cervical.

Page 156: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

156

PINDA TAILA

(Astangahrdaya, Cikitsasthana, Adhyaya 22; 22)

1. Madhucchista (cera de abelha) 280 g.

2. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 455 g.

3. Sarja rasa (Vateria indica, 329) Exs. 186 g.

4. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 455 g.

5. Taila (óleo de sementes) 6.000 ml.

6. Água 24.000 ml.

Método especial de preparação:

Sariva (Hemidesmus indicus, 325) e Manjistha (Rubia cordifolia,

231) são transformadas em pó, nas quantidades previstas,

triturados até formarem uma fina pasta. Mistura-se coma

quantidade prescrita de água. Adiciona-se taila e ferve-se em

recipiente suficientemente grande para evitar que a mistura

transborde quando formar-se espuma. Quando se atinge a

consistência de paka, o óleo é filtrado em um recipiente contendo

o pó de sarja rasa (Vateria indica, 329) e os fragmentos de cera

de abelha (madhucchista). Mistura-se tudo com rapidez para

permitir que sarja rasa e a madhucchista se dissolvam

completamente com o óleo, formando um líquido homogêneo.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Artrites, gota e sensação de

queimação.

Nota: A quantidade de ingredientes foi fornecida com base na

prática atual.

Page 157: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

157

PIPPALYADI TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Arsorogadhikara, 115-115 1/2)

1. Pippali (Piper longum, 194) Fr. 96 g.

2. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

3. Bilva (Aegle marmelos, 219) Cs.T. 96 g.

4. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 96 g.

5. Madana (Randia dumetorum, 234) Fl. 96 g.

6. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 96 g.

7. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 96 g.

8. Sathi (Hedychium spicatum, 303) Ri. 96 g.

9. Puskarakhya (Inula racemosa, 198) Ra. 96 g.

10. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 96 g.

11. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 96 g.

12. Taila 768 ml.

13. Ksira 1.536 ml.

Usos: Externamente como enema medicinal.

Importantes indicações terapêuticas: Disenteria crônica, prolapso

retal, disúria e sensação de queimação à micção.

PRABHANJANA VIMARDANA TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana, 5)

1. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 576 g.

2. Satavari (Asparagus racemosus, 306) Ra. 576 g.

3. Sigru (Moringa pterygosperma, 315) Cs.R. 576 g.

4. Varana (Crataeva nurvala, 286) Cs.T. 576 g.

5. Arka mula (Calotropis procera, 17) Ra. 576 g.

6. Karanjaka mula tvak (Pongamia pinnata,

59)

Cs.R. 576 g.

Page 158: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

158

7. Eranda mula (Ricinus communis, 45) Ra. 576 g.

8. Kurantaka (Barleria prionitis, 331) Pl. 576 g.

9. Vajigandha (Withania somnifera, 21) Ra. 576 g.

10. Prasarini (Paederia foetida, 207) Pl. 576 g.

11. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 576 g.

12. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Ra. 576 g.

13. Gambhari (Gmelina arborea, 104) Ra. 576 g.

14. Patala (Stereospermum suaveolens, 188) Ra. 576 g.

15. Agnimantha (Clerodendrum phlomidis, 4) Ra. 576 g.

16. Água para decocção 24.576 ml.

17. Reduzir água para 6.144 ml.

18. Taila 1.536 ml.

19. Ksira 3.072 ml.

20. Dadhi (iogurte) 1.536 kg.

21. Kanjika (Oryza sativa, 313) 1.536 ml.

22. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 12 g.

23. Amara kastha (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 12 g.

24. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 12 g.

25. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 12 g.

26. Sarsapa (Brasica campestris, 330) Se. 12 g.

27. Coraka (Angelica glauca, 121) Ri. 12 g.

28. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 12 g.

29. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 12 g.

30. Sindhuttha (saindhava lavana) 12 g.

31. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 12 g.

32. Kalanusarika (methi) Se. 12 g.

33. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 12 g.

34. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 12 g.

35. Mamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 12 g.

36. Sarala (Pinus roxburghii, 328) Ra. 12 g.

37. Katurohini (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 12 g.

Uso: Externamente para massagem.

Page 159: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

159

Importantes indicações terapêuticas: Paralisia, paralisia facial,

esclerose múltipla, espondilite, artrite, gota e dor em diferentes

partes do corpo.

PRASARINI TAILA

(Sarngadharasamhita, Madhyamakhanda, Adhyaya 9; 119-121 1/2)

1. Prasarini (Paederia foetida, 207) Pl. 4.800 g.

2. Água para decocção 12.288 ml.

3. Reduzir água para 3.072 ml.

4. Taila 3.072 ml.

5. Dadhi (iogurte) 3.072 g.

6. Kanjika (Oryza sativa, 313) 3.072 ml.

7. Ksira 12.288 ml.

8. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 348 g.

9. Pippalimula (Piper longum, 194) Ra. 348 g.

10. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 348 g.

11. Saindhava (sal gema) 348 g.

12. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 348 g.

13. Prasarini (Paederia foetida, 207) Pl. 348 g.

14. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 348 g.

15. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 348 g.

16. Gaja pippali (Scindapsus officinalis, 101) Fr. 348 g.

17. Bhallata (Semecarpus anacardium, 225) Fr. 348 g.

18. Satapuspa (Anethum sowa, 307) Fr. 348 g.

19. Mamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 348 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Lombalgia, ciática, torcicolo,

doença de Parkinson, hemiplegia, artrite, gota e doenças

nervosas.

Page 160: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

160

BALA TAILA

(Astangahrdaya, Cikitsasthana, Adhyaya 21; 72-78 1/2)

1. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 4.800 g.

2. Chinnaruha (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 1.200 g.

3. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 600 g.

4. Água para decocção 30.720 ml.

5. Reduzir a água para 3.072 ml.

6. Dadhi mastu (porção aquosa do iogurte) 3.072 ml.

7. Iksu niryasa (Saccharum officinarum, 35) Tr. 3.072 ml.

8. Sukta (Oryza sativa, 313) 3.072 ml.

9. Taila 3.072 g.

10. Aja ksira (leite de cabra) 1.536 ml.

11. Sathi (Hedychium spicatum, 303) Ri. 48 g.

12. Sarala (Pinus roxburghii, 328) Ra. 48 g.

13. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 48 g.

14. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 48 g.

15. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 48 g.

16. Agaru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 48 g.

17. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 48 g.

18. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Ce.M. 48 g.

19. Atibala (Abutilon indicum, 8) Ra. 48 g.

20. Musta (Cyperus rotundus, 255) Ri. 48 g.

21. Mudga parni (Phaseolus trilobus, 251) Pl. 48 g.

22. Masa parni (Teramnus labialis, 248) Pl. 48 g.

23. Harenu (Vitex agnus-castus, 270) Se. 48 g.

24. Yastyahva (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 48 g.

25. Surasa (Ocimum sanctum, 146) Pl. 48 g.

26. Vyaghra nakha 48 g.

27. Rsabhaka (Microstylis wallichii, 44) Ra.A. 48 g.

Page 161: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

161

28. Jivaka (Microstylis muscifera, 130) Ra. 48 g.

29. Palasa rasa (Butea monosperma, 186) Exs. 48 g.

30. Kasturi 48 g.

31. Nilika (Indigofera tinctoria, 179) Pl. 48 g.

32. Jatikosa (Myristica fragrans, 129) And. 48 g.

33. Sprkka (Schizashyrum exile, 339) Pl. 48 g.

34. Kunkuma (Crocus sativus, 77) Etg./Etl. 48 g.

35. Saileya (Parmelia perlata, 320) Pl. 48 g.

36. Jatika (Myristica fragrans, 129) Se. 48 g.

37. Katphala (Myrica nagi, 49) Fr. 48 g.

38. Ambu (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 48 g.

39. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 48 g.

40. Kunduruska (Boswellia serrata, 79) Exs. 48 g.

41. Karpura (Cinnamomum camphora, 64) 48 g.

42. Turuska (Liquidambar orientalis, 145) Se. 48 g.

43. Srinivasaka (gandhaviraja) (Pinus

roxburghii, 328)

48 g.

44. Lavanga (Syzygium aromaticum, 277) Fl. 48 g.

45. Nakha 48 g.

46. Kankola (Piper cubeba, 48) Ri. 48 g.

47. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 48 g.

48. Jatamamsi (Nardostachys jatamansi,

123)

Ri. 48 g.

49. Priyangu (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 48 g.

50. Sthauneya (Taxus baccata, 337) 48 g.

51. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 48 g.

52. Dhyama (Cymbopogon martini, 272) Pl. 48 g.

53. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 48 g.

54. Mandana (Randia dumetorum, 234) Fr. 48 g.

55. Plava (Cyperus rotundus, 255) Ra. 48 g.

56. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 48 g.

Uso: Externamente para massagem.

Page 162: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

162

Importantes indicações terapêuticas: Febre crônica, paralisia,

hipertensão e sensação de queimação.

BALAGUDUCYADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 14)

1. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 256 g.

2. Guduci (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 256 g.

3. Sura padapa (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 256 g.

4. Água para decocção 12.288 ml.

5. Reduzir água para 3.072 ml.

6. Amaya (Saussurea lappa, 85) Ri. 16 g.

7. Candana (Santalum album, 322) Ra. 16 g.

8. Kunduruska (Boswellia serrata, 79) Ce.M. 16 g.

9. Nata (Valeriana wallichii, 134) Exs. 16 g.

10. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 16 g.

11. Sarala (Pinus roxburghii, 328) Ra. 16 g.

12. Rasa (Pluchea lanceolata, 268) Ra. 16 g.

13. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Gota, reumatismo, osteo-

artrite e doenças de pele.

BALADHATRYADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 57)

1. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

2. Dhatri (Emblica officinalis, 29) Fr. 768 g.

3. Guduci (Tinospora cordifolia, 106) Se. 768 g.

4. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 384 g.

Page 163: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

163

5. Hiruberaka (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 192 g.

6. Rakta candana (Pterocarpus santalinus,

265)

Ce.M. 96 g.

7. Yasti madhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

8. Bakula prasuna (Mimusops elengi, 212) Fl. 96 g.

9. Água para decocção 12.288 ml.

10. Reduzir água para 3.072 ml.

11. Yastimadhu (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

12. Rakta candana (Pterocarpus santalinus,

265)

Ce.M. 96 g.

13. Sveta candana (Santalum album, 322) Ce.M. 96 g.

14. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 96 g.

15. Utpala (Nymphaea stellata, 39) Fl. 96 g.

16. Abda (Cyperus rotundus, 255) Ri. 96 g.

17. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 96 g.

18. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 96 g.

19. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 96 g.

20. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 96 g.

21. Jati phala (Myristica fragrans, 129) Se. 96 g.

22. Takkola (Illicium verum, 133) Ri. 96 g.

23. Karpura (Cinnamomum camphora, 64) Exs. 96 g.

24. Satavari (Asparagus racemosus, 306) Ra. 96 g.

25. Jivaka (Microstylis muscifera, 130) Ra. 96 g.

26. Rsabhaka (Microstylis wallichii, 44) Ra.A. 96 g.

27. Meda (Polygonatum cirrhifolium, 259) Ra.A. 96 g.

28. Mrdvika (Vitis vinifera, 162) Fr.S. 96 g.

29. Kunkuma (Crocus sativus, 77) Etg./Etl. 96 g.

30. Lamajjaka (Cymbopogon jwarancusa,

280)

Ra. 96 g.

31. Saluka (kamala kanda) (Nelumbo

nucifera, 57)

Ri. 96 g.

32. Sathi (Hedychium spicatum, 303) Ri. 96 g.

Page 164: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

164

33. Canda kanda (kacuraka) (Angelica

archangelica, 113)

Ri. 96 g.

34. Puskara (Inula racemosa, 198) Ra. 96 g.

35. Naga puspa (Mesua ferrea, 171) Fl. 96 g.

36. Nakha 96 g.

37. Sprkka (Schizashyrum exile, 339) Pl. 96 g.

38. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 96 g.

39. Katurohini (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 96 g.

40. Anjana (Berberis aristata, 157) 96 g.

41. Sarala (Pinus roxburghii, 328) Tr. 96 g.

42. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 96 g.

43. Campaka puspa (Michelia champaca,

115)

Fl. 96 g.

44. Mrga nabhi (gandha marjaravirya) 96 g.

45. Madhuka puspa (Madhuca indica, 237) Fl. 96 g.

46. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Pl. 96 g.

47. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 96 g.

48. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 96 g.

49. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 96 g.

50. Phalini puspa (Callicarpa macrophylla,

208)

Fl. 96 g.

51. Misi (Foeniculum vulgare, 237) Fr. 96 g.

52. Musta (Cyperus rotundus, 255) Ri. 96 g.

53. Agaru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 96 g.

54. Jatamamsi (Nardostachys jatamansi,

123)

Ra. 96 g.

55. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ri. 96 g.

56. Padma kesara (Nelumbo nucifera, 57) And. 768 ml.

57. Ksira (leite) 768 ml.

58. Amalaki rasa (Emblica officinalis, 29) Fr. 768 ml.

59. Satavari rasa (Asparagus racemosus,

306)

Ra. 768 ml.

Page 165: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

165

60. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Tuberculose, doenças dos

olhos, doenças nervosas.

BALASVAGANDHALAKSADI TAILA

(Saharasyoga, Tailaprakarana; 13)

1. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

2. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 768 g.

3. Laksa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 768 g.

4. Água para decocção 12.288 ml.

5. Reduzir água para 3.072 ml.

6. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

7. Dadhi mastu (soro do iogurte) 3.072 ml.

8. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 12 g.

9. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 12 g.

10. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 12 g.

11. Durva (Cynodon dactylon, 159) Ra. 12 g.

12. Madhuka (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 12 g.

13. Coraka (Angelica glauca, 121) Pl. 12 g.

14. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 12 g.

15. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 12 g.

16. Jalada (Cyperus rotundus, 255) Ri. 12 g.

17. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 12 g.

18. Agaru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 12 g.

19. Sura druma (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 12 g.

20. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri. 12 g.

21. Kumuda (Nymphaea alba, 81) Ri. 12 g.

22. Kaunti (Vitex agnus-castus, 270) Se. 12 g.

Page 166: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

166

23. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 12 g.

24. Padma kesara (Nelumbo nucifera, 57) And. 12 g.

Método especial de preparação: Laksa (Zizyphus jujuba, 94) é

transformado em pó e colocado em um recipiente. Derrama-se

água quente e mistura-se bem. Quando a água torna-se

vermelha, é filtrada e empregada.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Febre, distrofia pseudo

muscular, epilepsia e esquizofrenia.

BALAHATHADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 54)

1. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

2. Hatha (Emblica officinalis, 29) Po.F. 768 g.

3. Amrta (guduci) (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 768 g.

4. Mudga (Phaseolus radiatus, 250) Se. 768 g.

5. Masa (Phaseolus mungo, 247) Se. 768 g.

6. Água para decocção 12.288 ml.

7. Reduzir água para 3.072 ml.

8. Tilodbhava (Sesamum indicum, 143) 768 ml.

9. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 128 g.

10. Amaya (Saussurea lappa, 85) Ra. 128 g.

11. Yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 128 g.

Método especial de preparação: Mudga (Phaseolus radiatus, 250)

e Masa (Phaseolus mungo, 247) são fervidos até que se tornem

muito macios. A decocção é filtrada e empregada.

Uso: Externamente para massagem na cabeça.

Importantes indicações terapêuticas: Cefaléias e erros de refração

dos olhos.

Page 167: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

167

BRHAT GUDUCI TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vataraktadhikara; 53-56 1/2)

1. Chinnaruha (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 4.800 g.

2. Água para decocção 12.288 ml.

3. Reduzir água para 3.072 ml.

4. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

5. Ksira (Leite) 3.072 ml.

6. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 12 g.

7. Vidari (Pueraria tuberosa, 293) Bl.R. 12 g.

8. Kakoli (Lilium polyphyllum, 71) Ra.A. 12 g.

9. Ksira kakoli (Fritillaria roylei, 97) Ra.A. 12 g.

10. Hari candana (Coscinium fenestratum,

195)

Ce.M. 12 g.

11. Satavari (Asparagus racemosus, 306) Ra. 12 g.

12. Atibala (Abutilon indicum, 8) Ra. 12 g.

13. Svadamstra (Tribulus terrestris, 108) Fr. 12 g.

14. Brhati (Solanum indicum, 222) Ra. 12 g.

15. Kantakari (Solanum xanthocarpum, 51) Pl. 12 g.

16. Krmighna (Embelia ribes, 292) Fr. 12 g.

17. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 12 g.

18. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 12 g.

19. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 12 g.

20. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 12 g.

21. Trayamana (Gentiana kurroa, 151) Pl. 12 g.

22. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 12 g.

23. Jivanti (Leptadenia reticulata, 131) Ra. 12 g.

24. Granthika (Piper longum, 194) Ra. 12 g.

25. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 12 g.

26. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 12 g.

27. Pippali (Piper longum, 194) Fr. 12 g.

28. Bakuci bija (Psoralea corylifolia, 215) Se. 12 g.

Page 168: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

168

29. Bhekaparnika (Centella asiatica, 232) Pl. 12 g.

30. Visala (indrayana mula) (Citrullus

colocynthis, 36)

Pl. 12 g.

31. Granthiparna (Leonotis nepetaefolia, 110) Ra. 12 g.

32. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 12 g.

33. Rakta candana (Pterocarpus santalinus,

265)

Ce.M. 12 g.

34. Nisa (Curcuma longa, 344) Ri. 12 g.

35. Satahva (Anethum sowa, 307) Pl. 12 g.

36. Sapta parni (Alstonia scholaris, 326) Cs.T. 12 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Gota, artrite e doenças

crônicas da pele.

BRHAT MASA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vatavyadhyadhikara; 241-242 1/2)

1. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

2. Masa (Phaseolus mungo, 247) Se. 768 g.

3. Água da decocção 3.072 ml.

4. Reduzir água para 768 ml.

5. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 768 g.

6. Água para decocção 3.072 ml.

7. Reduzir água para 768 ml.

8. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 768 g.

9. Água para decocção 3.072 ml.

10. Reduzir água para 768 ml.

11. Dasamula Ra. 768 g.

Dasamula: Denominação dada a um grupo de raízes incluindo dez drogas:

bilva (Aegle marmelos), Syonaka (Oroxylum indicum), gambhari (Gmelina

arborea), patala (Stereospermum suaveolens), ganikarika (Clerodendrum

Page 169: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

169

12. Água para decocção 3.072 ml.

13. Reduzir água para 768 ml.

14. Yava (Hordeum vulgare, 261) Se. 256 g.

15. Kola (Zizyphus jujuba, 94) Se. 256 g.

16. Kulattha (Dolichos biflorus, 83) Se. 256 g.

17. Água para decocção 3.072 ml.

18. Reduzir água para 768 ml.

19. Chaga mamsa (carne de cabra) 768 g.

20. Água para decocção 3.072 ml.

21. Reduzir para 768 ml.

22. Ksira (leite) 3.072 ml.

23. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 12 g.

24. Atmagupta (Mucuna prurita, 28) Se. 12 g.

25. Sindhuttha lavana (sal-gema) 12 g.

26. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 12 g.

27. Eranda (Ricinus communis, 45) Ra. 12 g.

28. Mustaka (Cyperus rotundus, 255) Ri. 12 g.

29. Jivaka (Microstylis muscifera, 130) Ra. 12 g.

30. Rsabhaka (Microstylis wallichii, 44) Ra.A. 12 g.

31. Meda (Polygonatum cirrhifolium, 259) Ra.A. 12 g.

32. Maha meda (Polygonatum cirrhifolium,

259)

Ra. 12 g.

33. Kakoli (Lilium polyphyllum, 71) Ra.A. 12 g.

34. Ksira kakoli (Fritillaria roylei, 97) Ra.A. 12 g.

35. Rddhi (Habenaria intermedia, 43) Bl.Ra.A. 12 g.

36. Vrddhi (Habenaria intermedia, 43) Bl.Ra.A. 12 g.

37. Madhu yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 12 g.

38. Jivanti (Leptadenia reticulata, 131) Ra. 12 g.

phlomidis), saliparni (Desmodium gangeticum), prsniparni (Uraria picta),

brhati (Solanum indicum), kantakari (Solanum xanthocarpum) e goksura

(Tribulus terrestris).

Page 170: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

170

39. Mudga parni (Phaseolus trilobus, 251) Pl. 12 g.

40. Masa parni (Teramnus labialis, 248) Pl. 12 g.

41. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 12 g.

42. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 12 g.

43. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 12 g.

44. Pippali (Piper longum, 194) Fr. 12 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Paralisia facial, paralisia

agitans, esclerose múltipla, ciática e osteo-artrite.

BRHAT SAINDHAVADYA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Amavatadhikara; 157-159)

1. Saindhava (sal-gema) 24 g.

2. Sreyasi (Scindapsus officinalis, 101) Fr. 24 g.

3. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 24 g.

4. Satapuspa (Anethum sowa, 307) Fl. 24 g.

5. Yamanika (Trachyspermum ammi, 262) Fr. 24 g.

6. Sarjika Exs. 24 g.

7. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 24 g.

8. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 24 g.

9. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 24 g.

10. Sauvarcala 24 g.

11. Vida 24 g.

12. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 24 g.

13. Ajamoda (Trachyspermum roxburghianum,

6)

Fr. 24 g.

14. Madhuka (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 24 g.

15. Jiraka (Cuminum cyminum, 323) Fr. 24 g.

Page 171: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

171

16. Pauskara (Inula racemosa, 198) Ra. 24 g.

17. Kana (Piper longum, 194) Fr. 24 g.

18. Eranda taila (Ricinus communis, 45) 768 ml.

19. Satapuspajambu (Anethum sowa, 307) Fl. 768 ml.

20. Kanjika (Oryza sativa, 313) 1.536 ml.

21. Mastu (soro do iogurte) 1.536 ml.

Uso: Externamente para massagem

Importantes indicações terapêuticas: Hemiplegia, paralisia facial,

ciatalgia, artrite reumatóide, osteo-artrite e cardiopatias.

BHRNGAMALAKADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 56)

1. Bhrnga rasa svarasa(Eclipta alba, 230) Pl. 768 ml.

2. Amalaka rasa (Emblica officinalis, 29) Po.Fr. 768 ml.

3. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

4. Ksira (leite) 3.072 ml.

5. Madhuka (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 48 g.

Usos: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Afasia, surdez, catarata,

calvície, branqueamento prematuro do cabelo, odontalgias e

insônia.

Nota: Se preparada com óleo de coco, esta formulação recebe o

nome de Bhrgamalakadi Kera Taila.

Page 172: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

172

BHRNGARAJA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Ksudrarogadhikara; 91-93 1/2)

1. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

2. Markava (Eclipta alba, 230) Pl. 3.072 ml.

3. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 48 g.

4. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Ce.M. 48 g.

5. Lodhra (Symplocus racemosa, 281) Cs.T. 48 g.

6. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 48 g.

7. Gairika 48 g.

8. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 48 g.

9. Harida (Curcuma longa, 344) Ri. 48 g.

10. Daru haridra (Berberis aristata, 157) Tr. 48 g.

11. Kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 48 g.

12. Priyangu (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 48 g.

13. Madhu yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 48 g.

14. Prapaundarika (Nelumbo nucifera, 206) Ra. 48 g.

15. Gopi (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 48 g.

Uso: Externamente para massagem da cabeça.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças da cabeça, dos

olhos, dos ouvidos e dos cabelos.

MANJISTHADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 50)

1. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 96 g.

2. Anjana (Berberis aristata, 157) Cs.T. 96 g.

3. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 96 g.

4. Abda (Cyperus rotundus, 255) Ri. 96 g.

5. Katuka (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 96 g.

Page 173: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

173

6. Takkola mula (Illicium verum, 133) Ra. 96 g.

7. Jatiphala (Myristica fragrans, 129) Se. 96 g.

8. Srikantha (Pterocarpus santalinus, 265) Ce.M. 96 g.

9. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 96 g.

10. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 96 g.

11. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 96 g.

12. Mamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 96 g.

13. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 96 g.

14. Ruk (Saussurea lappa, 85) Ri. 96 g.

15. Yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

16. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 96 g.

17. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 96 g.

18. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 96 g.

19. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 96 g.

20. Usira (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 96 g.

21. Agaru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 96 g.

22. Sathi (Hedychium spicatum, 303) Ri. 96 g.

23. Canda (Angelica archangelica, 113) Ri. 96 g.

24. Mrga nabhi (gandha marjara virya) 96 g.

25. Indu (Cinnamomum camphora, 64) Exs. 96 g.

26. Utpala (Nymphaea stellata, 39) Fl. 96 g.

27. Ambhas (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 96 g.

28. Bisa (Nelumbo nucifera, 57) (Com. Tiss.) 96 g.

29. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

30. Paya (leite de vaca) 768 ml.

31. Kumari rasa (Aloe barbadensis, 80) 768 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Cefaléias, vertigem e dor nos

olhos.

Page 174: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

174

MADHUYASTYADI TAILA

(Astangahrdaya, Cikitsasthana, Adhyaya 22; 41-43 1/2)

1. Madhu yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 4.800 g.

2. Água para decocção 19.200 ml.

3. Reduzir para 4.800 ml.

4. Taila (óleo de sementes) 3.072 ml.

5. Ksira (leite) 3.072 ml.

6. Sthira (Desmodium gangeticum, 312) Pl. 24 g.

7. Tamalaki (Phyllanthus niruri, 135) Pl. 24 g.

8. Durva (Cynodon dactylon, 159) Ra. 24 g.

9. Payasa (Ipomoea digitata, 98) Bl.R. 24 g.

10. Abhiru (Asparagus racemosus, 306) Ra. 24 g.

11. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 24 g.

12. Loha (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 24 g.

13. Mamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Pl. 24 g.

14. Meda (Polygonatum cirrhifolium, 259) Ri. 24 g.

15. Maha meda (Polygonatum cirrhifolium,

259)

Ra. 24 g.

16. Madhu parni (Tinospora cordifolia, 106) Tr. 24 g.

17. Kakoli (Lilium polyphyllum, 71) Ra.A. 24 g.

18. Ksira kakoli (Fritillaria roylei, 97) Ra.A. 24 g.

19. Satapuspa (Anethum sowa, 307) Pl. 24 g.

20. Rddhi (Habenaria intermedia, 43) Pl. 24 g.

21. Padmaka (Prunus cerasoides, 183) Bl.Ra.A. 24 g.

22. Jivaka (Microstylis muscifera, 130) Ra. 24 g.

23. Rsabha (Microstylis wallichii, 44) Ra.A. 24 g.

24. Jivanti (Leptadenia reticulata, 131) Ra. 24 g.

25. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 24 g.

26. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 24 g.

27. Nakha 24 g.

28. Balaka (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 24 g.

Page 175: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

175

29. Prapaundarika (Nelumbo nucifera, 206) Ra. 24 g.

30. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Tr. 24 g.

31. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 24 g.

32. Aindra (Citrullus colocynthis, 36) Ra. 24 g.

33. Vitunnaka (Coriandrum sativum, 168) Fr. 24 g.

Uso: Externamente para massagem e enema medicinal.

Importantes indicações terapêuticas: Sensação de queimação,

gota e artrite.

MAHA NARAYANA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vatavyadhyadhikara; 151-157)

1. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 960 g.

2. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 960 g.

3. Brhati mula (Solanum indicum, 222) Ra. 960 g.

4. Svadamstra (Tribulus terrestris, 108) Ra. 960 g.

5. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Ra. 960 g.

6. Vatyalaka (Sida cordifolia, 213) Ra. 960 g.

7. Paribhadra (Erythrina indica, 192) Ra. 960 g.

8. Ksudra (Solanum xanthocarpum, 51) Pl. 960 g.

9. Kathila (Boerhaavia diffusa, 266) Ra. 960 g.

10. Atibala (Abutilon indicum, 8) Ra. 960 g.

11. Agnimantha (Clerodendrum phlomidis, 4) Ra. 960 g.

12. Sarani (Paederia foetida, 207) Pl. 960 g.

13. Patali (Schrebera swietenioides, 189) Ra. 960 g.

14. Água para decocção 98.304 ml.

15. Reduzir água para 24.576 ml.

16. Taila (óleo de sementes) 6.144 ml.

17. Aja dugdha (leite de vaca) 6.144 ml.

18. Satavari (Asparagus racemosus, 306) Ra. 6.144 ml.

Page 176: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

176

rasa

19. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 96 g.

20. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 96 g.

21. Misi (Foeniculum vulgare, 238) Fr. 96 g.

22. Daru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 96 g.

23. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 96 g.

24. Salaparni (Desmodium gangeticum, 312) Pl. 96 g.

25. Prsniparni (Uraria picta, 200) Pl. 96 g.

26. Mudga parni (Phaseolus trilobus, 251) Pl. 96 g.

27. Masa parni (Teramnus labialis, 248) Pl. 96 g.

28. Agaru (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 96 g.

29. Kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 96 g.

30. Sindhuttha (sal-gema) 96 g.

31. Mamsi (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 96 g.

32. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri. 96 g.

33. Daru haridra (Berberis aristata, 157) Tr. 96 g.

34. Saileyaka (Parmelia perlata, 320) Ra. 96 g.

35. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 96 g.

36. Puskara (Inula racemosa, 198) Ra. 96 g.

37. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 96 g.

38. Asra (Rubia cordifolia, 231) Tr. 96 g.

39. Yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

40. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Ra. 96 g.

41. Abda (Cyperus rotundus, 255) Ri. 96 g.

42. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 96 g.

43. Bhrnga (Eclipta alba, 230) Pl. 96 g.

44. Jivaka (Microstylis muscifera, 130) Ra. 96 g.

45. Rsabhaka (Microstylis wallichii, 44) Ra.A. 96 g.

46. Meda (Polygonatum cirrhifolium, 259) Ra.A. 96 g.

47. Maha meda (Polygonatum cirrhifolium,

259)

Ra. 96 g.

48. Kakoli (Lilium polyphyllum, 71) Ra.A. 96 g.

Page 177: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

177

49. Ksira kakoli (Fritillaria roylei, 97) Ra.A. 96 g.

50. Rddhi (Habenaria intermedia, 43) Bl.Ra.A. 96 g.

51. Vrddhi (Habenaria intermedia, 43) Bl.Ra.A. 96 g.

52. Ambu (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 96 g.

53. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 96 g.

54. Palasa (Butea monosperma, 186) Cs.T. 96 g.

55. Sthauneya (Taxus baccata, 337) Cs.T. 96 g.

56. Vrsciraka (Boerhaavia verticilata, 324) Ra. 96 g.

57. Coraka (Angelica glauca, 121) Pl. 96 g.

58. Karpura (Cinnamomum camphora, 64) Exs. 96 g.

59. Kasmira (Crocus sativus, 77) And. 96 g.

60. Mrgandaja (kasturi) 96 g.

Uso: Externamente para massagem e enema medicinal.

Importantes indicações terapêuticas: Paralisia facial, surdez,

torcicolo, espondilite cervical, debilidade dos músculos, lombalgia,

artrite e gota.

MAHA VISAGARBHA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vatavyadhyadhikara; 414-421)

1. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

2. Kanaka (Datura metel, 164) Ra. 48 g.

3. Nirgundi (Vitex negundo, 178) Ra. 48 g.

4. Tumbini (Lagenaria siceraria, 144) Fr. 48 g.

5. Punarnava (Boerhaavia diffusa, 266) Ra. 48 g.

6. Vatari mula (Ricinus communis, 45) Ra. 48 g.

7. Asvagandha (Withania somnifera, 21) Ra. 48 g.

8. Prapunnada (Cassia tora, 205) Se. 48 g.

9. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 48 g.

10. Sobhanjana (Cinnamomum zeylanicum, Cs.T. 48 g.

Page 178: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

178

153)

11. Kakamaci (Solanum nigrum, 70) Pl. 48 g.

12. Kalikari (Gloriosa superba, 279) Ra. 48 g.

13. Nimba (Azadirachta indica, 176) Cs.T. 48 g.

14. Maha nimba (Melia azedarach, 241) Cs.T. 48 g.

15. Isvari (Aristolochia indica, 37) Ra. 48 g.

16. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 48 g.

17. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Ra. 48 g.

18. Gambhari (Gmelina arborea, 104) Ra. 48 g.

19. Patala (Stereospermum suaveolens, 188) Ra. 48 g.

20. Agnimantha (Clerodendrum phlomidis, 4) Ra. 48 g.

21. Salaparni (Desmodium gangeticum, 312) Ra. 48 g.

22. Prsniparni (Uraria picta, 200) Ra. 48 g.

23. Brhati (Solanum indicum, 222) Ra. 48 g.

24. Kantakari (Solanum xanthocarpum, 51) Ra. 48 g.

25. Goksura (Tribulus terrestris, 108) Ra. 48 g.

26. Satavari (Asparagus racemosus, 306) Ra. 48 g.

27. Karavalli (Momordica charantia, 73) Ra. 48 g.

28. Sariva (Hemidesmus indicus, 325) Ra. 48 g.

29. Sravani (Sphaeranthus indicus, 249) Cs.T. 48 g.

30. Vidari (Pueraria tuberosa, 293) Bl.R. 48 g.

31. Vajra (Euphorbia nerifolia, 338) Ra. 48 g.

32. Arka (Calotropis procera, 17) Ra. 48 g.

33. Mesa srngi (Gymnema sylvestre, 260) Ra. 48 g.

34. Sveta karavira (Nerium indicum, 60) Ra. 48 g.

35. Rakta karavira (Nerium indicum, 60) Ra. 48 g.

36. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 48 g.

37. Kakajangha (Peristrophe bicalyculata,

67)

Se. 48 g.

38. Apamarga (Achyranthes aspera, 11) Ra. 48 g.

39. Bala (Sida cordifolia, 213) Ra. 48 g.

40. Ati bala (Abutilon indicum, 8) Ra. 48 g.

Page 179: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

179

41. Naga bala (Sida veronicaefolia, 172) Ra. 48 g.

42. Vyaghri (Solanum xanthocarpum, 51) Ra. 48 g.

43. Maha bala (Sida rhombifolia, 242) Ra. 48 g.

44. Vasa (Adhatoda vasica, 290) Ra. 48 g.

45. Somavalli (Sarcostemma brevistigma,

335)

Ra. 48 g.

46. Prasarani (Paederia foetida, 207) Pl. 48 g.

47. Água para decocção 12.288 ml.

48. Reduzir água para 3.288 ml.

49. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 192 g.

50. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 192 g.

51. Pippali (Piper longum, 194) Fr. 192 g.

52. Visatindu (Strychnos nuxvomica, 294) Ra. 192 g.

53. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 192 g.

54. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 192 g.

55. Visa (srngi visa) Ga. 192 g.

56. Ghana (Cyperus rotundus, 255) Ri. 192 g.

57. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 192 g.

58. Vatsanabha (Aconitum chasmanthum,

285)

Ra. 192 g.

59. Yava ksara (Hordeum vulgare, 261) 192 g.

60. Svarjika ksara 192 g.

61. Saindhava (sal-gema) 192 g.

62. Sauvarcala 192 g.

63. Vida 192 g.

64. Audbhida 192 g.

65. Samudra 192 g.

66. Tutthaka 192 g.

67. Katphala (Myrica nagi, 49) Fr. 192 g.

68. Patha (Cissampelos pareira, 190) Ra. 192 g.

69. Bharngi (Clerodendrum serratum, 226) Ra. 192 g.

70. Navasadara Ra. 192 g.

Page 180: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

180

71. Trayanti (Gentiana kurroa, 151) Pl. 192 g.

72. Dhanvayasa (Fagonia cretica, 165) Pl. 192 g.

73. Jiraka (Cuminum cyminum, 323) Fr. 192 g.

74. Indravaruni (Citrullus colocynthis, 36) Ra. 192 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças nervosas,

hemiplegia, paralisia facial, ciatalgia, artrite e neuralgia em geral.

YASTIMADHUKA TAILA

(Sarngadharasamhita, Madhyamakhanda, Adhyaya 9; 155 1/2)

1. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

2. Yasti madhuka (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

3. Ksira (leite) 3.072 ml.

4. Dhatri phala (svarasa) (Emblica officinalis, 29) Fr. 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Calvície e branqueamento

prematuro dos cabelos.

LAGHU VISAGARBHA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vatavyadhyadhikara, 411-412)

1. Taila (óleo de sementes) 3.072 ml.

2. Dhattura svarasa (Datura metel, 164) Fo. 960 ml.

3. Kanjika (Oryza sativa, 313) 3.072 ml.

4. Gada (Saussurea lappa, 85) Ra. 90 g.

5. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 90 g.

6. Hrddhatri (Smilax china, 349) Pl. 27 g.

Page 181: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

181

7. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 27 g.

8. Vatsanabha (Aconitum chasmanthum, 285) Ri. 18 g.

9. Svarna bija (Datura metel, 164) Se. 81 g.

10. Patu (sal-gema) 81 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças nervosas,

lombalgia, torcicolo, hemiplegia, paraplegia e contração dos

músculos do queixo.

LAKSADI TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Jvaradhikara; 346)

1. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

2. Aranala 4.608 ml.

3. Laksa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 32 g.

4. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri. 32 g.

5. Manjistha (Rubia cordifolia, 231) Se. 32 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Febre crônica e sensação de

queimação.

LANGALI TAILA

(Sinônimo: Nirgundi Taila)

(Sarngadharasamhita, Madhyamakhanda, Adhyaya 9; 198)

1. Nirgundi svarasa (Vitex negundo, 178) Fo. 3.072 ml.

2. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

3. Langali mula (Gloriosa superba, 279) Ra. 96 g.

Usos: Externamente para massagem.

Importante indicação terapêutica: Linfadenite tuberculosa.

Page 182: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

182

VACADI TAILA

(Astangahrdaya, Uttarasthana, Adhyaya 30; 25)

1. Vaca (Acorus calamus, 282) Ri. 192 g.

2. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 192 g.

3. Laksa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 192 g.

4. Katurohini (Picrorhiza kurroa, 50) Ri. 192 g.

5. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 192 g.

6. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

7. Água 4.072 ml.

Uso: Para Aplicação externa.

Importante indicação terapêutica: Linfadenite tuberculosa.

VACALASUNADI TAILA

(Sahasrayoga, Tailaprakarana; 42)

1. Vaca (Acorus calamus, 282) RI. 32 g.

2. Lasuna (Allium sativum, 278) Bl. 32 g.

3. Dosha (Curcuma longa, 344) Ri. 32 g.

4. Bilva patra rasa (Aegle marmelos, 219) Fo. 3.071 ml.

5. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

Uso: Externamente para gotejamento no conduto auditivo e

massagem da cabeça.

Importantes indicações terapêuticas: Otite média, dor de ouvido e

surdez.

VAJRAKA TAILA

(Astangahrdaya, Cikitsasthana, Adhyaya 9, 79-80)

1. Saptabava (saptaparna mula tvak) Cs.R. 192 g.

Page 183: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

183

(Alstonia scholaris, 326)

2. Sirisa (Albizzia lebbeck, 316) Se. 192 g.

3. Asvamara (Nerium indicum, 60) Ra. 192 g.

4. Arka (Calotropis procera, 17) Ra. 192 g.

5. Malati (Jasminum officinale, 128) Fl. 192 g.

6. Citraka (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 192 g.

7. Asphotaka mula tvak (Hemidesmus

indicus, 325)

Ra. 192 g.

8. Nimba (Azadirachta indica, 176) Cs.R. 192 g.

9. Karanja bija (Pongamia pinnata, 59) Se. 192 g.

10. Sarsapa (Brasica campestris, 330) Se. 192 g.

11. Prapunnata (Cassia tora, 205) Se. 192 g.

12. Haritaki (Terminalia chebula, 345) Po.F. 192 g.

13. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 192 g.

14. Amalaki (Emblica officinalis, 29) Po.F. 192 g.

15. Vidanga (Embelia ribes, 292) Fr. 192 g.

16. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 192 g.

17. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 192 g.

18. Pippali (Piper longum, 194) Fr. 192 g.

19. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri 192 g.

20. Daru haridra (Berberis aristata, 157) Se. 192 g.

21. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

22. Mutra (urina de vaca) 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças crônicas de pele.

VASACANDANADI TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Kasadhikara; 185-189)

1. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 48 g.

2. Renuka (Vitex agnus-castus, 270) Se. 48 g.

Page 184: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

184

3. Puti (karanja bija) (Pongamia pinnata, 59) Se. 48 g.

4. Haya gandha (Withania somnifera, 21) Ra. 48 g.

5. Prasarani (Paederia foetida, 207) Pl. 48 g.

6. Tvak (Cinnamomum zeylanicum, 153) Cs.T. 48 g.

7. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 48 g.

8. Patra (Cinnamomum tamala, 148) Fo. 48 g.

9. Kana mula (Piper longum, 194) Ra. 48 g.

10. Naga kesara (Mesua ferrea, 171) Fl. 48 g.

11. Meda (Polygonatum cirrhifolium, 259) Ra.A. 48 g.

12. Maha meda (Polygonatum cirrhifolium,

259)

Ra. 48 g.

13. Sunthi (Zingiber officinale, 33) Ri. 48 g.

14. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 48 g.

15. Pippali (Piper longum, 194) Fr. 48 g.

16. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 48 g.

17. Madhuka (Madhuca indica, 237) Fl. 48 g.

18. Sailaja (silajatu) 48 g.

19. Sathi (Hedychium spicatum, 303) Ri. 48 g.

20. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ri. 48 g.

21. Devadaru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 48 g.

22. Vanita (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 48 g.

23. Bibhitaka (Terminalia belerica, 217) Po.F. 48 g.

24. Taila (óleo de sementes) 3.072 ml.

25. Vasa (Adhatoda vasica, 290) Ra. 4.800 g.

26. Água para decocção 12.288 ml.

27. Reduzir água para 3.072 ml.

28. Laksa rasa (Zizyphus jujuba, 94) Exs. 3.072 ml.

29. Dadhi mastu (soro do iogurte) 3.072 ml.

30. Candana (Santalum album, 322) Ce.M. 192 g.

31. Amrta (Tinospora cordifolia, 106) (guduci) Tr. 192 g.

32. Bharngi (Clerodendrum serratum, 226) Ra. 192 g.

33. Dasamula (ver Nota na página: ) Ra. 192 g.

Page 185: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

185

34. Água para decocção 12.288 ml.

35. Reduzir para 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Bronquite, asma, febre

crônica, anemia, icterícia, tuberculose e sangramento por

diferentes partes do corpo.

VISATINDUKA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vataraktadhikara; 76-77)

1. Visa taru (Strychnos nuxvomica, 294)

(phalamajja kasaya)

Po.F. 1.535 ml.

2. Sigru svarasa ( Moringa pterygosperma, 315) Fo. 768 ml.

3. Lakuca vari kasaya (Artocarpus lakoocha,

273)

Ra. 768 ml.

4. Kanaka svarasa (Datura metel, 164) Fo. 1.535 ml.

5. Varuna patra svarasa (Crataeva nurvala, 286) Fo. 1.535 ml.

6. Citra patra svarasa (Plumbago zeylanica,

118)

Fo. 1.535 ml.

7. Nirgundika svarasa (Vitex negundo, 178) Fo. 1.535 ml.

8. Snuk svarasa (Euphorbia nerifolia, 338) Tr. 1.535 ml.

9. Turagagandha kasaya (Withania somnifera,

21)

Ra. 1.535 ml.

10. Vaijayanti rasa (Clerodendrum phlomidis, 4) Fo. 1.535 ml.

11. Taila (óleo de sementes) 1.535 ml.

12. Lasuna (Allium sativum, 278) Bl. 192 g.

13. Sarala (Pinus roxburghii, 328) Tr. 192 g.

14. Yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 192 g.

15. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 192 g.

16. Saindhava (sal-gema) 192 g.

Page 186: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

186

17. Vida 192 g.

18. Dahana (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 192 g.

19. Timira (Curcuma longa, 344) Ri. 192 g.

20. Krsna (Piper longum, 194) Fr. 192 g.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças nervosas,

reumatismo e artrite reumatóide, osteo-artrite e gota.

VRANARAKSANA TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Vataraktadhikara; 69)

1. Sutaka (parada) 12 g.

2. Gandhaka 12 g.

3. Tala (haratala) 12 g.

4. Sindura 12 g.

5. Manahsila 12 g.

6. Rasona (Allium sativum, 278) Bl. 12 g.

7. Vatsanabha (Aconitum chasmanthum, 285) Ri. 12 g.

8. Tamra (curna) (Adiantum lunulatum, 136) 12 g.

9. Sarsapa taila (Brasica campestris, 330) 192 ml.

Método especial de preparação:

Prepara-se primeiramente o kajjali e o restante dos ingredientes

são transformados em pó e misturados com o kajjali. Este pó é

misturado com a manteiga de sarsapa (sarsapa taila) e

conservado sob o sol por sete dias.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Sensação de queimação,

eczema, psoríase, abscesso, adenite tuberculosa e doenças

crônicas de pele.

Page 187: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

187

SUSKAMULAKA TAILA

(Bhavaprakasa, Sothadhiraka; 37)

1. Suskamulaka (Raphanus sativus, 256) Pl. 192 g.

2. Varsabhu Ra. 192 g.

3. Daru (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 192 g.

4. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 192 g.

5. Mahausadha (Zingiber officinale, 33) Ri. 192 g.

6. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

7. Água 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Edema e dor em cólica.

SADBINDU TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Sirorogadhikara; 49)

1. Krsna tila taila (Sesamum indicum, 143) 768 ml.

2. Aja paya (iogurte de leite de cabra) 3.072 ml.

3. Bhrnga rasa svarasa (Eclipta alba, 230) Pl. 3.072 ml.

4. Eranda mula (Ricinus communis, 45) Ra. 96 g.

5. Tagara (Valeriana wallichii, 134) Tr. 96 g.

6. Satahva (Anethum sowa, 307) Fl. 96 g.

7. Jivanti (Leptadenia reticulata, 131) Ra. 96 g.

8. Rasna (Pluchea lanceolata, 268) Ra./Fo. 96 g.

9. Saindhava (sal-gema) 96 g.

10. Bhrnga (Eclipta alba, 230) Pl. 96 g.

11. Vidanga (Embelia ribes, 292) Fr. 96 g.

12. Madhu yasti (Glycyrrhiza glabra, 264) Ra. 96 g.

13. Visvausadha (Zingiber officinale, 33) Ri. 96 g.

Uso: Externamente para Terapia inalatória e massagem.

Page 188: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

188

Importantes indicações terapêuticas: Doenças do nariz, dos

dentes, da cabeça, dos olhos e dos cabelos.

SAHACARADI TAILA

(Astangahrdaya, Cikitsasthana, Adhyaya 21; 66-67)

1. Samulasakha sahacara (Barleria prionitis,

331)

Pl. 2.400 g.

2. Bilva (Aegle marmelos, 219) Ra. 480 g.

3. Syonaka (Oroxylum indicum, 321) Ra. 480 g.

4. Gambhari (Gmelina arborea, 104) Ra. 480 g.

5. Patala (Stereospermum suaveolens, 188) Ra. 480 g.

6. Ganikarika (Clerodendrum phlomidis, 4) Ra. 480 g.

7. Salaparni (Desmodium gangeticum, 312) Ra. 480 g.

8. Prsniparni (Uraria picta, 200) Ra. 480 g.

9. Brhati (Solanum indicum, 222) Ra. 480 g.

10. Kantakari (Solanum xanthocarpum, 51) Ra. 480 g.

11. Goksura (Tribulus terrestris, 108) Ra. 480 g.

12. Abhiru (Asparagus racemosus, 306) Ra. 2.400 g.

13. Água para decocção 49.152 ml.

14. Reduzir água para 12.288 ml.

15. Sevya (Vetiveria zizanioides, 42) Ra. 48 g.

16. Nakha 48 g.

17. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 48 g.

18. Hima (Santalum album, 322) Ce.M. 48 g.

19. Ela (Elettaria cardamomum, 333) Se. 48 g.

20. Sprk (Schizashyrum exile, 339) Pl. 48 g.

21. Priyangu (Callicarpa macrophylla, 208) Fl. 48 g.

22. Nalika (Cinnamomum tamala, 170) Pl. 48 g.

23. Ambu (Coleus vettiveroides, 351) Ra. 48 g.

24. Silaja (silajatu) 48 g.

Page 189: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

189

25. Lohita (Rubia cordifolia, 231) Tr. 48 g.

26. Nalada (Nardostachys jatamansi, 123) Ri. 48 g.

27. Loha (Aquilaria agallocha, 3) Ce.M. 48 g.

28. Surahva (Cedrus deodara, 160) Ce.M. 48 g.

29. Kopana (Angelica glauca, 121) Pl. 48 g.

30. Misi (Foeniculum vulgare, 238) Fr. 48 g.

31. Turuska (Liquidambar orientalis, 145) 48 g.

32. Nata (Valeriana wallichii, 134) Tr. 48 g.

33. Ksira (leite) 3.072 ml.

34. Taila (óleo de sementes) 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Doenças nervosas, paralisia

agitans e esquizofrenia.

Nota: Este Taila (óleo de sementes) também pode ser preparado

através da fervura por 101 vezes como Ksirabala taila.

SAINDHAVADI TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Nadivranadhikara; 31)

1. Saindhava lavana(sal-gema)

2. Arka (Calotropis procera, 17) Ra. 192 g.

3. Marica (Piper nigrum, 239) Fr. 192 g.

4. Jvalanakhya (Plumbago zeylanica, 118) Ra. 192 g.

5. Markava (Eclipta alba, 230) Pl. 192 g.

6. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri. 192 g.

7. Daru haridra (Berberis aristata, 157) Tr. 192 g.

8. Taila (óleo de sementes) 768 ml.

9. Água 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importante indicações terapêuticas: Abscessos e fístula.

Page 190: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

190

SOMARAJI TAILA

(Bhaishajyaratnavali, Kusthadhiraka; 208)

1. Somaraji (Psoralea corylifolia, 215) Se. 24 g.

2. Haridra (Curcuma longa, 344) Ri. 24 g.

3. Daru haridra (Berberis aristata, 157) Tr. 24 g.

4. Sarsapa (Brasica campestris, 330) Se. 24 g.

5. Kustha (Saussurea lappa, 85) Ra. 24 g.

6. Karanja bija (Pongamia pinnata, 59) Fr. 24 g.

7. Edagaja (cakra marda) bija (Cassia tora, 205) Se. 24 g.

8. Aragvadha patra (Cassia fistula, 32) Fo. 24 g.

9. Sarsapa taila (Brasica campestris, 330) 768 ml.

10. Água 3.072 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Escabiose, eczema e

psoríase.

HINGUTRIGUNA TAILA

(Astangahrdaya, Cikitsasthana, Adhyaya 14; 39)

1. Hingu (Ferula foetida, 346) Exs. 48 g.

2. Saindhava lavana (sal-gema) 144 g.

3. Eranda taila (Ricinus communis, 45) 432 ml.

4. Rasona rasa (Allium sativum, 278) Bl. 1.296 ml.

Uso: Externamente para massagem.

Importantes indicações terapêuticas: Ascites, tumor fantasma e

hérnia.

Além de sua utilidade nas Terapias com massagem, alguns

destes óleos medicinais são também empregados para a

administração interna, com o propósito de oleação e lubrificação.

Page 191: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

191

Dependendo da necessidade do paciente, o óleo apropriado deve

ser selecionado e podem ser feitas mudanças nestas prescrições.

Na prática tradicional, muitos outros óleos medicinais podem ser

utilizados para a Terapia com massagem. As fórmulas descritas

acima são as mais populares e as mais comumente utilizadas.

Page 192: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

192

APÊNDICE IV

Drogas Vegetais e seus Nomes Botânicos

No. Nome

sânscrito

Sinônimos

importantes

Nome Botânico Produtos ou

Partes da

planta

1 2 3 4 5

A

1 aklari arkaraga Lodoicea maldivica,

Pers.

2 aksoda Juglans regia, Linn.

3 aguru Jongaka

Maliyaka

Loha

Akil (s.y.)

Kalaloha

Aquilaria agallocha,

Roxb.

krsnagaru

4 agnimantha Jaya

Munja (s.y.)

Ganikarika

vaijayanti

Clerodendrum

phlomidis, Linn f.

5. ajagandha pasugandha Gynandropsis gynandra

(Linn.) Briquet.

6. ajamoda Ajamoda

Ayamoda

Dipyaka

Ajamoja

Trachyspermum

roxburghianum (DC.)

Sprague

7. atasi Linum usitatissimum

Linn.

8. atibala Abutilon indicum (Linn.)

Sw.

Page 193: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

193

9. ativisa Aruna

Ghunapriya

Visa

Vira (s.y.)

Aconitum heterophyllum,

Wall.

10. aparajita Girikanya (sveta) Clitoria ternatea, Linn.

11. apamarga Mayura

Mayuraka

Kharamanjari

Katalati (s.y.)

Sikhari

Achyranthes aspera,

Linn.

12. abha Acacia arabica, Willd.

13. ambasthaki Hibiscus sabdariffa,

Linn.

14. amlavetasa vetasamla Garcinia pedunculata,

Roxb.

15. araluka katvanga Ailanthus excelsa, Roxb.

16. arimeda irimeda Acacia leuocophloea,

Willd.

17. arka Ravi

Bhanu

Mandara

tapana

Calotropis procera (Ait).

R. Br. ou C. gigantea

(Linn.)R.Br. e Ait.

18. arjuna Kakubha

Partha

svetavaha

Terminalia arjuna W. &

A.

19. asoka Saraca asoca (Rose)

Dc. Wilde

20. asvakarna Dipterocarpus alatus

Roxb.

21. asvagandha Hayagandha

Turagagandha

Vajigandha

Vajigandhika

Amukkuru (s.y.)

Withania somnifera

Dunal

22. asvattha pippala Ficus religiosa, Linn.

23. asana Bijaka

Asanaka

Pitasara

bijasara

Pterocarpus marsupium,

Roxb.

24. asthisamhrta Cissus quadrangularis,

Linn.

25. ahiphena Phaniphena Papaver somniferum,

Page 194: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

194

Karuppu (s.y.)

Nagaphena

Linn,

26. akarakarabha Akallaka

agragrahi

Anacyclus pyrethrum

DC.

27. adhaki Cajanus cajan (Linn.)

Millsp.

28. atmagupta Kandukari

Kapikacchu

Sukasimbi

Svayamgupta

Markata

Svagupta

Mucuna prurita, Hook.

29. amalaki Amla

Amalaka

Amrtaphala

Hatha

Dhatri

Nelli (s.y.)

Nellikka (s.y.)

Emblica officinalis,

Gaertn.

30. amra Mangifera indica, Linn.

31. amrata Kapitana

ambaka

Spondias pinnata, Kurz.

Sin. S. Mangifera, Willd.

32. aragvadha Krtamala

Vyadhighata

Sampaka

Samyaka

Nrpadruma

Krtamalaka

Cassia fistula, Linn.

33. ardraka Ausadha

Mahausadha

Cuckku (s.y.)

Nagara

Nagaraka

Visva

Visvabhesaja

Srngavera

Srngibera

Sunthi

visvausadha

Zingiber officinale, Rosc.

34. asphota Hemidesmus indicus

R.Br.

Page 195: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

195

I

35. iksu bahurasa Saccharum officinarum,

Linn.

Khanda

Sita

Matsyandika

Sarkara

Guda

Sita

Sitopala

Jirnaguda

puranaguda

36. indravaruni Gavaksi

Indravalli

Aindri

Visala

indravrunika

Citrullus colocynthis,

Schrad.

37. isvari Nakuli

Karaleka (s.y.)

Aristolochia indica, Linn.

U

38. utingana Blepharis edulis, Pers.

39. utpala nilotpala Nymphaea stellata,

Willd.

40. udumbara sadaphala Ficus racemosa, Linn.

41. upakuncika Sthulajiraka

Upakunci

Karavi

susavi

Nigella sativa, Linn.

42. usira Virana

Sevya

Ramacca (s.y.)

viranasipha

Vetiveria zizanioides

(Linn.) Nash

43. rddhi Habenaria intermedia D.

Don

44. rsabhaka rsabha Microstylis wallichii,

Lindl.

E

45. eranda Gandharvahasta

Vatari

Pancangula

Citra

Ricinus communis, Linn.

Page 196: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

196

Urubu

Rubu

Usravuka

46. ervaru urvaru Cucumis melo var.

Utilissimus Duthie &

Fuller

47 elavaluka aileya Prunus avium, Linn

K

48 kanlola Kankolika

Cinosana

Cinatiksna

kakkola

Piper cubeba, Linn. f.

49 katphala somavalka Myrica nagi Thunb.

50. katuki Tikta

Katabhi

Tiktarohini

Tiktaka

Katurohini

Katvi

Rohini

Katuka

Picrorhiza kurroa,

Royle e Benth.

51 kantakari Vyaghri

Nidigdhika

Ksudra

Kantakarika

Dhavani

Nidigdha

dusparsa

Solanum

xanthocarpum Schrad.

& Wendl.

52. kataka Tettamparal (s.y.)

katakaphala

Strychnos potatorum,

Linn. f.

53. kadamba Anthocephalus ca-

damba, Miq. A. Rich

54 kadara Acacia suma, Buch-

Ham.

55 kadali rambha Musa paradisiaca,

Linn.

56 kapitha Feronia limonia (Linn.)

Swingle

57 kamala Abja

Aravinda

Padma

Nelumbo nucifera,

Gaertn.

Rakta kamala

Sveta kamala

Varata

Page 197: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

197

Kalhara

Pundarika

Pundra

aranala

(kamalabija)

Padma kanda

Padma kesara

Kamala kinjalka

Mrnala

Bisa

58 kampilla rajanaka

kampillaka

Mallotus

philippinensis, Muell.

Arg.

59 karanja Avittol (s.y.)

Karanjaka

Naktamala

Naktava

Ghrtakaranja

Pongamia pinnata

(Linn.) Merr.

60 karavira Hayamaraka

Harapriya

Asvamara

Nerium indicum, Mill. Sveta karavira

Rakta karavira

61 karinkara Carissa carandas,

Linn.

62 karkatasrngi Srngi

Visani

Karkata

Pistacia integerrima,

Stew. e Brandis

63 karcura Kaccura

Kacoraka

Coram (s.y.)

Gandhapatasa

Curcuma zedoaria,

Rosc.

64 karpura Ghanasaraka

Sasi

Indu

Candraprabha

Sitalaraja

Candra

Gandhadravya

Cinnamomum

camphora (Linn.) Nees

& Eberm.

65 kaseru kaseruka Scirpus kysoor, Roxb.

66. kasturilatika Hibiscus esculentus,

Linn.

67 kakajangha Peristrophe

bicalyculata, Nees.

68 kakatikta Satakratulata

Uzinna (s.y.)

Cardiospermum

halicacabum, Linn.

69. kakanasika Pentatropsis

microphylla, W. & A.

Page 198: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

198

70 kakamaci Solanum nigrum, Linn.

71 kakoli Lilium polyphyllum, D.

Don

72 kancanara kancanaraka Bauhinia variegata,

Linn.

73 karavalli Momordica charantia,

Linn.

74 karpasa Gossypium

herbaceum, Linn..

Raktakarpasa

Karpasasthi

75 kasa Saccharum

spontaneum, Linn.

76 kiratatikta Kairata

Kirataka

Kiriyat (s.y.)

Bhunimba

Kiratatiktaka

Swertia chirata, Buch.

Ham.

77 kunkuma Kasmira

Kasmira janna

Ksataja

vahlika

Crocus sativus, Linn.

78 kutaja Kalinga

Kalingaka

Vatsa

Sakra

vatsaka

Holarrhena

antidysenterica, Wall.

Kutajatvak

Indrayava

Indrabija

Vatsabija

79 kunduru Kunduruska

kundara

Boswellia serrata,

Roxb.

80 kumari Kanya

kumarika

Aloe barbadensis, Mill. Sanninayaka

Cenninayaka

Cenyaya

Sahasara

Kanyasara

81 kumuda Nymphaea alba, Linn.

82 Kuruvikizangu

(s.y.)

Melothria perpusilla,

Cogn.

83 kulattha Khalva

Vardhipataka

Dolichos biflorus, Linn.

84 kusa Desmostachya

bipinnata, Stapf.

85 kustha Amaya

Gada

Ruk

Saussurea lappa, C.B.

Clarke

Page 199: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

199

Palaka

kottam

86 kusumbha Carthamus tinctorius,

Linn.

87 kusmanda kusmandaka Benincasa hispida

(Thunb.) Cogn.

Kusmandanadi

88 Krsna jiraka Asita jiraka

Karunjiraka (s.y.)

Carum carvi, Linn.

89 krsnasariva syama Cryptolepis buchanani,

Roem. & Schult.

90 ketaki Pandanus tectorius,

Soland. e Parkinson

ou Pandanus

odoratissimus, Roxb.

Ketakikanda

91 kokilaksa Iksura

Iksuraka

Vayalculli (s.y.)

Kokilaksi

Culli (s.y.)

Asteracantha

longifolia, Ness.

92 kodrava Paspalum

scrobicculatum, Linn.

93 Kozuppa (s.y.) Portulaca oleracea,

Linn.

94 kola Koli

badari

Zizyphus jujuba, Lam. Laksa

Kolasthi

95 kosataki Luffa acutangula

(Linn.) Roxb. Var.

Amara C.B. Clarke

96 klitaka Glycyrrhiza glabra,

Linn.

97 ksirakakoli Payasya

Ksirasukla

Fritillaria roylei, Hook.

98 ksiravidari Ipomoea digitata, Linn.

99 khadira Gayatri Acacia catechu, Willd.

100 kharjura Phoenix dactylifera,

Linn.

G

101 gaja pippali Sreyasi

Hastipippali

Ibhapippali

Gajahva

Scindapsus officinalis,

Schott.

Page 200: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

200

Gajopakulya

102 gandhadurva Cyperus rotundus,

Linn.

103 gangeru Grewia populifolia,

Vahl.

104 gambhari Kasmari

Kasmarya

pitakarohini

Gmelina arborea, Linn.

105 guggulu Pura

Mahisaksa

Kausika

Palankasa

Commiphora mukul

(Hook. e Stocks) Engl.

106 guduci Amrtavalli

Amrta

Chinnodbhava

Chinnaruha

Somavalli

Madhuparni

Guducika

Chinnaroha

Cittamrt (s.y.)

Guluci

Tinospora cordifolia

(Willd.) Miers.

Guduci sattva

107 gunja Kunni (s.y.) Abrus precatorius,

Linn

108 goksura Trikantaka

Traikantaka

Goksuraka

Svadamstra

Nerinjil (s.y.)

Tribulus terrestris,

Linn.

109 gojihva Onosma bracteatum,

Wall.

110 granthiparni Granthiparna

Granthi

granthika

Leonotis nepetaefolia,

R. Br.

111 gontha Zizyphus xylopyra,

Willd.

C

112 canaka Cana Cicer arietinum, Linn. Canakamla

113 canda

(corakabheda)

Angelica archangelica,

Linn.

114 candrika Asli (s.y.) Lepidium sativum, Li.

Page 201: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

201

jati

115 campaka Michelia champaca,

Linn.

116 cavya cavika Piper chaba, Hunter

117 cangeri Oxalis corniculata,

Linn.

118 citraka Agni

Vahni

Jvalanakhya

Krsanu

Dahana

Hutabhuk

sikhi

Plumbago zeylanica,

Linn.

119 cinca Tamarindus indica,

Linn.

120 cirabilva Cirivilva

Puti

Putika

putigandha

Holoptelea integrifolia,

Planch.

121 coraka Kopana

corakakhya

Angelica glauca,

Edgw.

122 chagakarna svetasarja Valeria indica, Linn.

J

123 jatamamsi Mamsi

Jata

Nalada

jatila

Nardostachys

jatamansi, DC.

124 jambu Syzygium cumini,

(Linn.) Skeels

Mahajambu

Ksudrajambu

125 jayanti Sesbania sesban

(Linn.) Merr.

126 jayapala Croton tiglium, Linn.

127 jalakarna Lippia nodiflora, Mich.

128 jati malati Jasminum officinale,

Linn. Var.

grandiflorum, Bailey.

Jatikusuma

Jatipuspa

129 jatiphala Jatikosa

Jatisasya

Jatipatri

Jatidala

Jatikka (s.y.)

Myristica fragrans,

Houtt.

Page 202: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

202

Jatipatra

Jatipongara

130 jivaka Microstylis muscifera,

Ridley.

131 jivanti Leptadenia reticulata,

W.& A.

132 jyotismati Celastrus paniculatus,

Willd.

T

133 takkola Illicium verum, Hook.f.

134 tagara Kalanusari

Kalanusarika

Kala

Tagarapaduka

Nata

Valeriana wallichii, DC.

135 tamalaki Mahidhatrika

ajjhada

Phyllanthus niruri,

Linn.

136 tamracuda

padika

Adiantum lunulatum,

Burm.

137 tala Borassus flabellifer,

Linn.

Panaviral (s.y.)

Talapuspaksara

138 talamuli bhumitala Curculigo orchioides,

Gaertn.

139 talisa talisaka Abies webbiana, Lindl. Talisa patra

140 tinisa Ougeinia

dalbergioides, Benth.

141 tintidika tintrini Rhus parviflora, Roxb.

142 timira Curcuma longa, Linn.

143 tila Sesamum indicum,

Linn.

Taila

Tilodbhava

Tila taila

Sneha

Tilaja

Enna (s.y.)

Krsnatila

144 tumbini Lagenaria siceraria

(Mol.) Standl.

145 turuska silhaka Liquidambar orientalis,

Miller

146 tulasi Surasa Ocimum sanctum,

Linn.

Page 203: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

203

147 tuvaraka Hydnocarpus laurifolia

(Dennst.) Sleumer

148 tejapatra Patra

Patraka

tvakpatra

Cinnamomum tamala,

Nees. & Eberm.

149 tejovati tejohva Zanthoxylum alatum.,

Roxb.

Tumburu

150 trapusa Cucumis sativus, Linn.

151 trayamana Trayanti

Palani

trayantika

Gentiana kurroa,

Royle.

152 trivrt Kutarana

kumbha

Ipomoa turpethum, R.

Br.

Syama

Trivrta

153 tvak Coca

Darucini

varanga

Cinnamomum

zeylanicum, Blume.

D

154 danti nikumha Baliospermum

montanum, Muell-Arg.

155 darbha Imperata cylindrica,

Beauv.

156 dadima Punica granatum,

Linn.

157 daruharidra Daru

Darvi

Darunisa

darurajani

Berberis aristata, DC. Anjana

Rasanjana

158 dugdhika Euphorbia thymifolia,

Linn.

159 durva Cynodon dactylon

(Linn.) Pers.

160 devadaru Amaradaru

Amarakastha

Daru

Surahva

Suradruma

Suradaru

Daruka

Surapadapa

Devahva

Devadruma

Cedrus deodara

(Roxb.) Loud.

Page 204: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

204

Devakastha

Devahavaya

Mahadaru

161 dravanti Jatropha glandulifera,

Roxb.

162 draksa Mrdvika

mrdvika

Vitis vinifera, Linn.

163 dronapuspi tumba Leucas cephalotes,

Spreng.

164 dhattura Kanaka

Unmatta

Dhustura

Dhusturaka

Dhurta

Harapriya

Hata

Hema

Datura metel, Linn. Svarnabija

165 dhanvayasa Dhanvayasaka

Duralabha

Fagonia cretica, Linn.

166 dhava Anogeissus latifolia,

Wall.

167 dhataki Woodfordia fruticosa,

Kurz.

168 dhanyaka Kustumburi

Dhanika

Dhanyaka

Vitunnaka

Coriandrum sativum,

Linn.

N

169 nandi Ficus arnottiana, Miq.

170 nalika Cinnamomum tamala,

Nees & Eberm.

171 nagakesara Kesara

Nagapuspa

Naga

Nagakusuma

Hema

Ibhakesara

Gajakesara

Mesua ferrea, Linn.

172 nagabala Sida veronicaefolia,

Lam.

173 nagavalli Ahivalli Piper betle, Linn. Parnapatra

Page 205: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

205

Phanivalli

174 narikela Nalikera (s.y.)

Tungadruma

Madhuphala

Cocos nucifera, Linn. Parinatakeriksira

175 nicula Barringtonia

acutangula (Linn.)

Gaertn.

176 nimba Arista

Picumarda

nimbaka

Azadirachta indica, A.

Juss.

Sara

177 nimbu Naranga

Nimbuka

Jambira

Limpaka

amla

Citrus limon (Linn.)

Brum. f.

178 nirgundi Sinduvara

Nirgundika

Vitex negundo, Linn. Nilanirgundi

Svetanirgundi

179 nili Nilika

Nilini

Indigofera tinctoria,

Linn.

180 nyagrodha vata Ficus bengalensis,

Linn.

Praroha

P

181 patola karkasa Trichosanthes dioica,

Roxb.

182 pattanga Caesalpinia sappan,

Linn.

183 padmaka padamanaluka Prunus cerasoides,

D.Don

184 parusaka parusa Grewia asiatica, Linn.

185 parpata Parpataka

parpati

Fumaria parviflora,

Lam.

186 palasa Butea monosperma

(Lam.) Kuntze

187 pasupasi Myristica malabarica,

Lam.

188 patalai patali Stereospermum

suaveolens, DC.

189 patali Schrebera

swietenioides, Roxb.

190 patha Cissampelos pareira,

Linn.

Page 206: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

206

191 paranki Garuga pinnata, Roxb.

192 paribhadra paribhadraka Erythrina indica, Lam.

193 pasanabheda Asmabhedaka

Asmabhit

Silabhit

Silabheda

Kallurvanci (s.y.)

Bergenia ligulata

(Wall.) Engl.

194 pippali Kana

Krsna

Capala

Magadha

Magadhi

Saundi

Pippala

Upakulya

Piper longum, Linn. Granthika

Magadhisipha

Pippalimula

Granthi

195 pitacandana Kaliyaka

Pitasara

Haricandana

Coscinium

fenestratum, Colebr.

196 pilu tiksnavrksa Salvadora persica,

Linn

phala

197 pullani (s.y.) Calycopteris

floribunda, Lam.

198 puskara Pauskara

Puskarakhya

puskarahva

Inula racemosa,

Hook.f.

Puskaramula

Pauskaramula

199 puga Kramuka

ghonta

Areca catechu, Linn.

200 prsniparni Kalasi

Guha

Dhavani

Uraria picta, Desv.

201 pezuntol (s.y.) Careya arborea, Roxb.

202 potagala Typha elephantina,

Roxb.

203 ponnangani

(s.y.)

Alternanthera triandra,

Lamk.

204 prativisa Aconitum palmatum,

D.Don

205 prapunnada Edagaja

Prapunnata

Cassia tora, Linn.

206 prapaundarika pundrahva Nelumbo nucifera,

Gaertn.

207 prasarini Sarani Paederia foetida, Linn.

Page 207: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

207

Prasarani

Talanili (s.y.)

Putigandha

Gandha patra

208 priyangu Phalini

Vanita

priyanguka

Callicarpa

macrophylla, Vahl

209 priyala piyala Buchanania lanzen,

Spreng.

210 plaksa Ficus lacor, Buch.

Ham.

211 phalgu malapu Ficus hispida, Linn.f.

B

212 bakula Mimusops elengi,

Linn.

213 bala vatyalaka Sida cordifolia, Linn.

214 babbula bavari Acacia arabica, Willd.

215 bakuci Avalguja

somaraji

Psoralea corylifolia,

Linn.

216 bastantri Argyreia speciosa,

Sweet

217 bibhitaka Bibhita

Aksa

Aksaka

Bibhitaki

kalivrksa

Terminalia belerica,

Roxb.

Bibhitakangara

218 bimbi Coccinia indica, W. &

A.

219 bilva Aegle marmelos, Corr.

220 bijapura Citrus medica, Linn.

221 brhatgoksura Pedalium murex, Linn.

222 brhati Cunda (s.y.)

simhi

Solanum indicum,

Linn.

223 bola (hirabola) Commiphora myrrha

(Nees.), Engl.

224 brahmi Bacopa monnieri

(Linn.) Pennel.

225 bhallataka Aruskara

bhallata

Semecarpus

anacardium, Linn. f.

226 bharngi Brahmayastika

Bharangi

Clerodendrum

serratum (Linn.) Moon

Page 208: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

208

Bharngi

227 bhutika Cymbopogon citratus

(DC) Stapf

228 bhutrna Cymbopogon

jvarankusa, Schult.

229 bhurja Betula utilis, S. Don

230 bhrngaraja Kayyonni (s.y.)

Kesaraja

Tekaraja

Bhrnga

Markava

Bhrngaja

Eclipta alba, Hassk.

M

231 manjistha Covvalli (s.y.)

Asra

Manjista

Samanga

Lohita

lohitayastika

Rubia cordifolia, Linn.

232 mandukaparni bhekaparnika Centella asiatica

(Linn.) Urban.

233 matsyaksi Matsyaksika

minaksi

Alternanthera sessilis

(Linn.) R. Br.

234 madana madanaka Randia dumetorum,

Lam.

Phala

235 madayanti Lawsonia inermis,

Linn.

236 madhusnuhi Smilax china, Linn.

237 madhuka Madhuca indica, J. F.

Gmel.

238 madhurika misi Foeniculum vulgare,

Mill.

239 marica Vallija

Vellaja

Usana

usanaka

Piper nigrum, Linn.

240 masura Lens culinaris, Medic.

241 mahanimba Melia azedarach, Linn.

242 mahabala Sida rhombifolia, Linn.

243 mahameda Polygonatum

cirrhifolium, Royle

Page 209: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

209

244 matulunga Citrus medica, Linn.

245 madhavi Hiptage benghalensis,

Kurz.

246 mayakku Quercus infectoria,

Oliv.

247 masa Phaseolus mungo,

Linn.

248 masaparni surpaparni Teramnus labialis,

Spreng.

249 munditika Bhukadamba

Sravani

Mundi

mundika

Sphaeranthus indicus,

Linn.

Mahasravani

250 mudga Phaseolus radiatus,

Linn.

251 mudgaparni Phaseolus trilobus, Ait.

252 muni munitaru Sesbania grandiflora

(Linn.) Pers.

253 mura Selinium tenuifolium,

Wall.

254 musali Chlorophytum

tuberosum, Baker.

255 musta Abda

Ambuda

Ghana

Mustaka

Jalada

Ambhodhara

Balahaka

Varivaha

Payoda

Cyperus rotundus,

Linn.

Aryamuttanga

(s.y.)

Bhadramustaka

Plava

256 mulaka Raphanus sativus,

Linn.

Suskamulaka

Mulakaksara

257 murva Madhusrava

madhurasa

Marsdenia

tenacissima, Weight e

Arn.

258 methi Trigonella foenum-

graceum, Linn.

259 meda Polygonatum

cirrhifolium, Royle.

260 mesasrngi Gymnema sylvestre,

R.Br.

Page 210: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

210

Y

261 yava Hordeum vulgare,

Linn.

Yavagaraja

Ksara

Yavaksra

Yavasukaja

Yavanala

bhasma

262 yavani Dipyaka

Yamani

Yavanika

yamanika

Trachyspermum ammi

(Linn.) Sprague

263 yavasaka Yavasa

Yasa

yavasaka

Alhagi pseudalhagi

(Bieb.) Desv.

264 yasti Yastika

Madhuka

Madhuyasti

Madhu

Yastimadhu

Yastimadhuka

Yastyahva

yastyahvaya

Glycyrrhiza glabra,

Linn.

R

265 Rakta candana Raktanga

Kucandana

Srikantha (s.y.)

hima

Pterocarpus

santalinus, Linn. f.

266 rakta

punarnava

Kathilla

Sophaghni

Sothaghni

Punarnava

Tazutama (s.y.)

varsabhu

Boerhaavia diffusa,

Linn.

267 ramasitalika Amaranthus tricolor,

Linn.

268 rasna Suvaha

Surabhi

Sugandha

Aratta (s.y.)

Yukta

Pluchea lanceolata,

Oliver & Hiern.

Page 211: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

211

269 rudraksa Elaeocarpus ganitrus,

Roxb.

270 renuka Renu

Kaunti

Harenu

Renuka

harenuka

Vitex agnus-castus,

Linn.

Bija

271 rohitaka Tecomella undulata

(G. Don) Seem.

272 rohisa Kattrna

Dhyama

Cymbopogon martini

(Roxb.) Wats.

L

273 lakuca Artocarpus lakoocha,

Roxb.

274 laksmana Solanum

xanthocarpum, Schrad

& Wendl. (variedade

branca)

275 lajjalu Samanga

varakranta

Mimosa pudica, Linn.

276 latakaranja Caesalpinia crista,

Linn.

277 lavanga Lavangaka

Devapuspa

Devapuspaka

Karyampu (s.y.)

Varala

karampu

Syzygium aromaticum

(Linn.) Merr. & L. M.

Perry

278 lasuna Rasona

Ulli (s.y.)

Allium sativum, Linn.

279 langali Kalikari

Langalaki

Gloriosa superba,

Linn.

280 lamajjaka lamajja Cymbopogon

jwarancusa, Schult.

281 lodhra Rodhra

Tirita

Paccotti (s.y.)

Symplocos racemosa,

Roxb.

Sabara lodhra

Pattika lodhra

V

282 vaca Sadgrantha

Ugra

Acorus calamus, Linn

Page 212: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

212

Ugragandha

Vayambu (s.y.)

283 vanjula Salix caprea, Linn.

284 vanya jiraka Centratherum

anthelminticum (Willd.)

Kuntze

285 vatsanabha Amrta

Visa

Vajranaga

Sthavaravisa

vatsanagaka

Aconitum

chasmanthum (Stapf.

e Holmes)

286 varuna varana Crataeva nurvala,

Buch. e Ham.

287 varsabhu Trianthema

portulacastrum, Linn.

288 vasuka Osmanthus fragrans,

Lowr.

289 varahi Dioscorea bulbifera,

Linn.

290 vasa Vasaka

Vrsa

Simhavadana

Vrsaka

atarusa

Adhatoda vasica,

Nees.

291 vijaya Bhanga

Indrasana

trailokyavijaya

Cannabis sativa, Linn.

292 vidanga Jantughna

Krmighna

Krmihara

Krmiripu

vella

Embelia ribes, Burm.f. Sara

293 vidari vidarika Pueraria tuberosa, DC. Vidaricurna

Vidarikanda

294 visamusti Visatindu

Visataru

Kucila

Visamustika

Strychnos nuxvomica,

Linn.

295 virala Diospyros tomentosa,

Roxb.

296 vrksamla Garcinia indica, Chois.

297 vrddhadaruka Vrddhadaru Ipomoea petaloidea,

Page 213: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

213

Vrddhadaraka

vrddhadara

Choisy.

298 vrddhi Habenaria intermedia,

D. Don.

299 vrscikali Tragia involucrata,

Linn.

300 vamsa Bambusa bambos,

Druce.

Vamsalocana

Subha

Tugaksiri

Tvaksiri

Vasu

Tuga

Vamsaja

Vamsarocana

Kuvaural (s.y.)

S

301 sankhapuspi sankhapuspa Convolvulus pluricaulis,

Choisy.

302 sankhini Calonyction muricatum

(Linn.) G. Don

303 sati sathi Hedychium spicatum,

Ham. e Smith

304 sana Crotalaria juncea, Linn.

305 satapatrika Taruni

satapatra

Rosa centifolia, Linn. Gulabarka

Himambha

306 satavari Abhiru

Narayani

vari

Asparagus racemosus,

Willd.

307 satahva Satapuspa Anethum sowa, Kurz.

308 sara Saccharum munja,

Roxb.

309 saka Tectona grandis, Linn.f.

310 sakhotaka Streblus asper, Lour.

311 sala Shorea robusta, Gaertn.

f.

Rala

Salasara

Suradhuma

Cencalya (s.y.)

312 salaparni Amsumati

sthira

Desmodium

gangeticum, DC.

313 sali Oryza sativa, Linn. Raktasali

Dhanya

Page 214: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

214

Aranala

Tusa

Laja

Kanjika

Tandulambu

Dhanyamla

Sukta

Nira

314 salmali Moca

mocahva

Salmalia malabarica,

Schott & Endl.

Mocarasa

315 sigru Sobhanjana

bahala

Moringa pterygosperma,

Gaertn.

Sigrudbhava

316 sirisa bhandi Albizzia lebbeck, Benth.

317 simsapa Dalbergia sissoo, Roxb.

318 srngataka srngata Trapa bispinosa, Roxb.

319 sunthi (seco) Zingiber officinale, Rosc.

320 saileya saileyaka Parmelia perlata, Ach.

321 syonaka Oroxylum indicum, Vent.

322 sveta candana Ekangi

Hima

Srikhanda

Candana

srigandha

Santalum album, Linn.

323 sveta jiraka Ajaji

jiraka

Cuminum cyminum,

Linn.

324 sveta

punarnava

Vrsciva

vrsciraka

Boerhaavia verticilata,

Poir.

325 sveta sariva Ananta

Gopasuta

Gopi

Nannari (s.y.)

Sariva

Hemidesmus indicus, R.

Br.

326 saptaparna Saptacchada

Saptaparni

saptahva

Alstonia scholaris, R. Br.

327 saptala Carmasahva

satala

Euphorbia

dracunculoides, Lam.

328 sarala Pinus roxburghii,

Sargent

Srivasa

Srinivasaka

329 sarja Vateria indica, Linn. Sarjarasa

330 sarsapa Brasica campestris,

Linn., var. Rapa (Linn.)

Gaura sarsapa

Siddhartha

Page 215: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

215

Hartm. Katu taila

331 sahacara Bana

Kurantaka

Sairiya

Koranda

korandaka

Barleria prionitis, Linn.

332 sahadevi Vernonia cinerea, Lees.

333 suksmaila Truti

Tuti

Ela

Elasuksma

Elettaria cardamomum,

Maton.

334 surana suranaka Amorphophalus

campanulatus (Roxb.)

BL.

335 somavalli Sarcostemma

brevistigma, W. A.

336 Sthula ela Bhadra

Bhadraila

Ela

Amomum sabulatum,

Roxb.

337 sthauneya Taxus baccata, Linn.

338 snuhi Sudha

Vajra

Snuk

Kalli (s.y.)

Euphorbia nerifolia,

Linn.

Snugyagra

339 sprkka sprk Schizashyrum exile

(Hochst) Stapf.

340 sruvavrksa Flacourtia indica, Merr.

341 svarnaksiri Euphorbia thomsoniana,

Boiss.

342 svarnapatri Cassia angustifolia,

Vahl.

H

343 hapusa Kapotavanka

havusa

Juniperus communis,

Linn.

344 haridra Rajani

Nisa

Nisi

Ratri

Ksanada

Dosha

Paimanjal (s.y.)

Curcuma longa, Linn.

Page 216: Dash massagem terapeutica_na_medicina_ayurvedica

216

345 haritaki Abhaya

Kayastha

Siva

Pathya

Vijaya

Abhaya

Terminalia chebula,

Retz.

346 hingu Ramatha

Sahasravedhi

Vedhi

Ferula foetida, Regel.

347 hingupatri Ferula jaeschkeana,

Vatke.

348 himsra Kartotti (s.y.) Capparis spinosa, Linn.

349 hrddhatri Smilax china, Linn.

350 hamsapadi Tripadi

hamsapadi

Adiantum lunnulatum,

Burm.

351 hrivbera Ambu

Ambhas

Udaka

Udicya

Jala

Toya

Bala

Balaka

Vari

Hiruberaka

Iruveli (s.y.)

Coleus vettiveroides, C.

Jacob.

(Baseado no Formulário Ayurvédico da Índia: Pt. I., primeira

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