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Aula de Parasitologia - ITPAC PORTO
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OBJETIVO :
Estudar a clissificação, morfologia,
biologia, ações patogênicas, diagnóstico,
epidemiologia, profilaxia e tratamento.
ASCARIDÍASE
ASCARIDÍASE É o parasitismo desenvolvido
no homem pelo Ascaris lumbricoides.
Nome popular Lombrigas ou bichas.
Prevalência O Ascaris lumbricoides é encontrado em quase todos os países do mundo e ocorre com frequência variada em virtude das condições climáticas, ambientais e, principalmente do grau de desenvolvimento da população.
ASCARIDÍASE
A fêmea do Ascaris lumbricoides
pôe o maior número de ovos, os quais
possuem maior longevidade e
infectividade.
Uma fêmea pode conter 27 milhões
de óvolos, chegando a botar 200 mil ovos
por dia, durante um ano.
ASCARIDÍASE
Para manter a enorme produção
ovos férteis, esses helmintos consomem
grande quantidade de nutrientes,
espoliando o hospeeiro; nutrem-se
basicamente de proteínas, carboidratos,
lipídios e vitaminas A e C.
ASCARIDÍASE
No último relatório sobre a Ascaridíase
(2000) a OMS estimou em um bilhão e meio
o número de pessoas infectadas, das quais
400 milhões apresentavam sintomatologia,
havendo cerca de 100 mil mortes concentradas nos países subdesenvolvidos
da África, Ásia, Oceania e Américas.
ASCARIDÍASE
Os ovos do Ascaris lumbricoides são envolvidos por três membranas protetoras: uma
interna, impermeável, constituída por 25% de proteína, 75% de lipídeos, que confere grande resistência ao ovo contra dessecação; uma membrana média, constituída por quitina e proteínas e a membrana externa, constituída por mucopolissacarídeos.
Esses ovos infectantes resistem no meio ambiente por vários meses, talvez mais de um ano.
ASCARIDÍASE Ascaris lumbricoides Parasito do homem
Ascaris suum Parasito comum em suínos e pode acometer os humanos também
Toxocara canis Parasito comum de cães e que pode causar em humanos a síndrome denominada de larva migrans visceral.
ASCARIDÍASE
CLASSIFICAÇÃO:
Ordem Ascaridida Família Ascarididae Gênero Ascaris Espécie Ascaris lumbricoides
ASCARIDÍASE MORFOLOGIA Macho Mede 20 a 30 cm, cor leitosa, boca contornada por 3 lábios, apresenta esôfago, intestino retilíneo, reto encontrado próximo à extremidade posterior, testículo, canal ejaculador, com a extremidade posterios recur- vada.
Fêmea Mede 30 a 40 cm, sendo mais grossa, cor, boca e aparelho digestivo semelhantes aos do macho e extremidade posterior retilínea. Apresenta 2 ovários, úteros, vagina e vulva. Chega a botar 200.000 por dia, durante 1 ano. OBS: Os vermes adultos vivem em torno de dois anos.
ASCARIDÍASE
OVO Mede cerca 50 μm, cor castanha possuindo duas
membranas internas e uma externa manilonada
(que confere grande resistência ao ovo contra
dessecação).
Larva rabditóide
Larva filarióide
ASCARIDÍASE
HÁBITAT
Formas adultas vivem no intestino delgado
dos hospedeiros (principalmente no jejuno
e íleo)
ASCARIDÍASE
TRANSMISSÃO
Ingestão de ovos com L3 (larva
filarióide infectante)
Cada fêmea pode pôr 200.000 ovos por
dia, durante 1 ano
ASCARIDÍASE
PATOGENIA
LARVAS Lesões hepáticas e pulmonares (infecções maciças)
Hepáticas Focos hemorrágicos e de necrose fibrosados
Pulmonares Edemaciação dos alvéolos, com infiltrado
eosinofílicos, febre, bronquite, pneumonia,
tosse.
ASCARIDÍASE VERMES ADULTOS Ações:
Expoliadora Consomem grande quantidade de vitaminas (A e C), proteínas, lipídeos, carboidratos Desnutrição e depalperamento físico e mental.
Tóxica Antígenos parasitários X Anticorpos do hospedeiro (Edema, urticária, convulsões epileptiformes, etc.)
Mecânica Irritação da perede intestinal ou enovelamento de casais ou grupos de parasitos.
Ação ectópica Vermes migratórios (áscaris errático) podem, espontaneamente ou após midicação, atingir locais indevidos, tais como o canal coléduco, causando obstrução do mesmo, o canal de Wirsung,
causando pancreatite aguda ou eliminação do verme pela boca.
ASCARIDÍASE
ASPECTOS CLÍNICOS O aparecimento das lesões depende : Número de larvas, tecido onde se
encontrem, sensibilidade do hospedeiro.
Síndrome de Loeffler: Febre, tosse, eosinofilia sanguinea elevada, anorexia.
Intestinal: desconforto abdominal (cólicas), dor epigástrica e má digestão; náuseas, perda de apetite, emegrecimento; irritabilidade, sono intranquilo e ranger dos dentes à noite, manchas branca na pele.
Em crianças subnutridas e altamente parasitadas é comum o aumento exagerado do volume abdominal (abdome proeminente) além do aspecto geral de depalperamento físico, palidez e trinteza.
ASCARIDÍASE
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Reconhecimento de formas adultas nas fezes
Detecção de ovos na materia fecal Exame de fezes
Métodos quantitativos Stoll e Kato – Katz
Métodos qualitativos Willis, Hoffmann, Ritchie, etc.
EPIDEMIOLOGIA:
Cosmopolita (encontrado em paises de
clima tropical e semi-tropical.
Fatores que interferem na prevalência do
Ascaris lumbricoides:
Baixo nível socioeconômico;
precárias condições de saneamento básico;
má educação sanitária;
grande produção de ovos pela fêmea do
parasito (200.000 ovos por dia durante 1 ano)
textura do solo
contaminação fecal do solo ou piso das
habitações, por falta de instalações sanitárias;
disseminação de ovos através de poeira,
chuvas, insetos;
viabilidade dos ovos no solo durante meses ou
anos, quando em condições favoráveis de
temperatura e umidade;
resistência dos ovos aos desinfetantes usuais
devido à sua membrana lipóidica interna.
ASCARIDÍASE
TRATAMENTO PIPERAZINA Nos casos de obstrução intestinal administração por sonda nasogástrica 100 mg/kg hexa-hidrato de piperazina (não exceder 6g) 10 a 30 ml de óleo mineral, 3 em 3 horas por 24h e hidratação por via parenteral.
PAMOATO DE PIRANTEL Inibe a colinesterase causando a (Piranver, Combantrin) paralisia do verme (10mg/Kg em dose única).
MEBENDAZOL Age bloqueando a captação de glicose e (Pantelmin,sirben) aminoácidos – 100mg (2 x) por 3 dias
ASCARIDÍASE
MEBENDAZOL MODO DE AÇÃO Inibição seletiva da assimilação de
glicose em nematóides e cestóides, determinando maior
utilização de glicogênio pelo parasita; assim, os parasitas
ficam privados de sua principal fonte de energia. Sob
ação da droga, o parasito permanece imobilizado e o
desenvolvimento larvário é interrompido in vitro.
ASCARIDÍASE
MEBENDAZOL O Mebendazol é ativo contra nematóides e
empregado principalmente para tratamento de
tricuríase, ascaríase, ancilostomíase e estrongiloi-
díase. É pouco absorvido no trato gastrointestinal,
de modo que é muito eficaz em casos de
helmintoses intestinais.
ASCARIDÍASE
ALBENDAZOL 400 mg (larvicida) dose única.
(Zentel)
IVERMECTINA 200 μg/Kg em dose única; 100% de cura
(Revectina) (droga nova)
ASCARIDÍASE
PROFILAXIA Melhoria das condições de saneamento
básico Construção de fossas sépticas Educação sanitária Lavar as mãos antes de tocar os alimentos Tratamento das pessoas parasitadas Proteção dos alimentos contra insetos.
TRICURÍASE
CLASSIFICAÇÃO :
Classe Nematoda Ordem Trichuroidea Família Trichuridae Gênero Trichuris Espécie Trichuris trichiura
TRICURÍASE
TRICURÍASE OU TRICOCEFALOSE OU TRICUROSE
. É o parasitismo desenvolvido no homem pelo Trichuris
trichiura ou Trichocephalus trichiurus
TRICURÍASE
MORFOLOGIA Possui a parte anterior afilada, quase
2/3 maior que a posterior, dando um aspecto de chicote, de cor
esbranquiçada ou rósea.
MACHO Mede cerca de 3 cm; 1 testículo, canal deferente e canal
ejaculador.
FÊMEA Mede cerca de 4 cm. Ovário, oviduto, útero e vagina.
OVO Mede cerca de 50 μm X 22 μm cor castanha, casca
formada por uma camada vitelínea externa, uma quitinosa
intermediária e uma lipídica interna. Tem forma de barril.
TRICURÍASE
HÁBITAT Vermes adultos vivem no intestino grosso Poucos vermes (ceco e colo ascendente) Muitos vermes (colo descendente, reto e até no íleo) Longevidade: mais de 5 anos.
TRICURÍASE
TRANSMISSÃO Ingestão de ovos
maduros
CICLO EVOLUTIVO Tipo monoxênico
OVIPOSIÇÃO Alcança o número de
7.000 ovos por dia por fêmea.
TRICURÍASE PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA Maioria dos casos assintomáticos Ocorre um processo irritativo das terminações nervosas locais, estimulando o aumento do peristaltismo e dificultando a reabsorção de líquidos no nível de todo o intestino grosso.
Infecções moderadas colite associada à tricuríase. Dores abdominais, disenteria crônica, sangue e muco nas fezes
Infecções intensas e crônicas (Principalmente em crianças) Distúrbius locais Dor abdominal, disenteria, sangramento, tenesmo e prolapso retal.
Alterações sistêmicas Perda de apetite, vômito, eosinofilia, anemia, má nutrição e
retardamento do desenvolvimento.
TRICURÍASE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Detecção de ovos na matéria fecal Exame de fezes
EPIDEMIOLOGIA Cosmopolita; clima tropical com temperatura média elevada; umidade
ambiente elevada; dispersão de ovos através de chuvas, vento, moscas e baratas.
Ovos mais sensíveis à dessecação e insolação do que os de Ascaris lumbricoides.
As crianças são as mais acometidas. Maior prevalência onde há falta de serviços de esgoto e água tratada.
TRICURÍASE
TRATAMENTO
Medendazol Age bloqueando a captação de glicose e
(Pantelmin, sirbem) aminoácidos 100mg (2X) por 3 dias.
Albendazol Larvicida 400 mg (dose única)
(Zentel)
TRICURÍASE
PROFILAXIA Educação sanitária
Construção de fossas sépticas
Lavar as maõs antes de tocar os alimentos
Tratamento das pessoas parasitadas
Proteção dos alimentos contra moscas e baratas.
A enterobíase, enterobiose ou oxiurose, é a verminose intestinal devido ao Enterobius vermicularis. Mais conhecido popularmente como oxiúrus. A infecção costuma ser benígna, mas incômoda, pelo intenso prurido anal que produz e por suas complicações, sobretudo em crianças.
Enterobius vermicularis
CLASSIFICAÇÃO :
Classe Nematoda Ordem Oxyurida Família Oxyuridae Gênero Enterobius Espécie Enterobius vermicularis
Enterobius vermiculares
MORFOLOGIA MACHO Mede cerca de 5 mm X 0,2 mm com espículo presente
FÊMEA Mede cerca de 1 cm X 0,4 mm
OVO Mede cerca de 50 μm X 20 μm, aspecto de “D”, membrana dupla lisa e transpa- rente. Larva formada.
Enterobius vermiculares
HÁBITAT Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice. As fêmeas
repletas de ovos, são encontradas na região perianal.
Em mulheres, às vêzes pode-se encontrar vagina,
útero e bexiga.
CICLO BIOLÓGICO
Tipo monoxênico
Enterobius vermicularis
TRANSMISSÃO
Heteroinfecção
Auto-infecção externa (oral) ou direta
Auto-infecção interna (retal)
Auto infecção externa,anal ou
retroinfecção.
Enterobius vermicularis
PATOGENIA
Na maioria dos casos assintomático. Prurido anal (noturno Perda de sono e nervosismo)
Enterite catarral
Presença nos órgãos genitais femininos vaginite,
ovarite e salpingite.
Enterobius vermicularis
DIAGNÓSTICO CLÍNICO Prurido anal noturno
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame de fezes e swab anal
Enterobius vermicularis
EPIDEMIOLOGIA Parasito de ambientes domésticos e coletivos
fechados. Fatores responsáveis:
Somente a espécie humana alberga o parasito;
Fêmeas eliminam ovos na região perianal;
Ovos em poucas horas se tormam infectantes;
Ovos resistem até 3 semanas em ambientes
domésticos;
Hábito de se sacudir roupas de cama.
Enterobius vermicularis
PROFILAXIA
Tratamento de todas as pessoas parasitadas
Corte rente das unhas
Roupa de dormir e de cama não devem ser
sacudidas e sim enroladas e lavadas em água
fervente
Enterobius vermicularis
TRATAMENTO Mesmo tratamento para o
Ascaris lumbricoides
Pamoato de pirantel (Combantrim e Piranver)
Mebendazol (Pantelmim, Panfugan, Sirbem)
Albendazole (Zentel)
Ivermectina (Revectina)
Filárias
• Nematóides de vida longa.
• Requerem um período de desenvolvimento larvário (L1 a L3) em insetos hematófagos
• Portanto, não há crescimento populacional dentro do vetor
• A picada do vetor inicia a nova infecção humana.
Filárias
• nem todas as espécies causam doença
• as filárias podem sobreviver por muitos anos em hospedeiros imunocompetentes
• a compreensão dos mecanismos utilizados pelo parasito são passos cruciais na pesquisa de vacinas e drogas mais eficientes.
Filárias
• Wuchereria bancrofti, linfáticos, sangue, filaríase linfática
• Onchocerca volvulus, tecidos subcutâneos, pele, oncocercose
• Loa loa (DR), tecidos subcutâneos, sangue
• Brugia malayi (DR), linfáticos, sangue• Mansonella ozzardi (NP), cavidade
pleural ou peritoneal, sangue e pele DR: distribuição restrita - NP: não patogênica
Filárias
• tem diferentes sub-espécies ou cepas,
• tem espécies de vetores diferentes,• tem distinta periodicidade circadiana
na densidade de microfilárias no sangue
• desenvolvem síndromes patológicos diferentes.
A maioria das espécies, dependendo da distribuição geográfica:
Filaríase linfáticaWuchereria bancrofti
120 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com filárias linfáticas
20% da população mundial está em situação de risco
90% dessas infecções são causadas por W. bancrofti
o inseto vetor
• Culicídeos (áreas urbanas e semi-urbanas) e anofelinos (áreas rurais) são os principais responsáveis pela transmissão
• Os mosquitos sugam as microfilárias com o sangue
Culex fatigans
Anopheles darlingi
Você sabia?
• Que o homem é o único hospedeiro definitivo de W. bancrofti?
• Que, nas Américas, C. quinquefasciatus é seu principal hospedeiro intermediário?
ciclo de vida Dentro do mosquito
apropriado, as microfilárias (L1) atravessam a parede do intestino
e amadurecem dentro dos músculos torácicos,
passando por dois estágios larvários,
até se transformar em larvas de terceiro estágio infectantes (L3)
ciclo de vida• L3 migra ativamente
até o lábio do mosquito
• que é perfurado quando ele suga o sangue,
• (aparentemente pelo estímulo térmico)
• L3 penetra ativamente a pele através da ferida da picada
ciclo de vida Na pele do
homem, a L3 penetra nos vasos sangüíneos e/ou linfáticos
pelos quais migram até o gânglio linfático mais próximo
filaríase linfática: a doença
Depois da infecção com L3, segue-se um período de ativa resposta imune contra as larvas,
se elas não forem eliminadas durante esse período,
podem se desenvolver as diversas patologias associadas
que dependem, portanto, do número de picadas e de larvas inoculadas
ciclo de vida• No gânglio, as larvas L3
amadurecem até se tornarem vermes adultos num período que leva entre 3 meses e 1 ano
• a patologia está relacionada à presença dos adultos nos gânglios linfáticos,
• interagindo com a resposta imune do hospedeiro e as eventuais super-infecções por bactérias ou fungos
Você sabia?
• Que os adultos podem formar novelos de até 20 vermes?
• e viver no gânglio entre 5 e 10 anos?
o parasito: os vermes adultos
São longos e finos (fêmeas até 10 cm, machos até 4 cm)
Sua presença nos gânglios linfáticos (fundamentalmente de abdômen e pélvis)
é responsável pelas principais manifestações patológicas
ciclo de vida• Após o acasalamento,
a fêmea dá a luz às microfilárias (larvas de primeiro estágio - L1)
• As microfilárias desempenham papel fundamental para a disseminação da doença e para o diagnóstico.
o parasito : as microfilárias
• elas se acumulam, durante o dia, na rede sangüínea pulmonar,
• na junção capilar de arteríolas e vênulas.
o parasito: as microfilárias
podem provocar uma reação alérgica semelhante à asma:
a eosinofilia pulmonar tropical
com níveis séricos de IgE e IgG4 extraordinariamente elevados
sobretudo em adultos primo-infectados
ao anoitecer as L1 começam a aparecer no sangue periférico
seu número aumenta durante a noite,
horário de maior atividade do mosquito vetor
o parasito : as microfilárias
o parasito: as microfilárias
• A tensão diferençal de oxigênio (PO2) entre a arteríola e a vênula dá o sinal para a migração das larvas
• Quando a PO2 está acima de 55 mmHg, as larvas se acumulam no pulmão.
• Quando a PO2 desce para 47 mmHg, elas migram para a circulação periférica.
Você sabia?
Que a periodicidade de W. bancrofti (noturna) pode ser mudada para diurna se o indivíduo muda seu ritmo de sono-vigília?
adultos primo-infectados apresentam linfangites, linfadenites, dor genital (pela inflamação dos linfáticos associados)
além de urticárias e outras manifestações alérgicas, inclusive eosinofilia.
o ultrasom dos linfáticos (escrotais no homem e mamários na mulher) pode mostrar o aumento de tamanho dos gânglios e o movimento dos vermes
filaríase linfática: a doença
filaríase linfática: a doença A alteração mais
importante é produzida pelo dano aos vasos linfáticos,
É mediada pela resposta do sistema imune aos vermes Estas agressões provocam linfangites que, quando repetidas, levam à fibrose e calcificação do tecido
filaríase linfática: a doença
Na fase obstrutiva, final a linfangite provoca
varizes, lesões genitais: hidrocele o linfedema crônico
provoca: infiltração fibrosa engrossamento da pele: a elefantíase
filaríase linfática: a doença
As deformidades incapacitantes são, em geral, unilaterais
freqüentemente elas requerem cirurgia para remover os tecidos fibrosos e calcificados.
oncocercose ou cegueira dos riosOnchocerca volvulus
É a segunda causa de cegueira no mundo. Afeta mais de 18 milhões de pessoas (99% em África). 120 milhões em situação de risco (96% em áfrica)
o inseto vetor: o habitat
• A oncocercose, e a cegueira que ela pode provocar, estão associadas a rios de águas limpas e rápidas: “cegueira dos rios”
o inseto vetor
as larvas infectantes são transmitidas pela picada de moscas do gênero Simulium
Simulídeos (borrachudos) se desenvolvem em água bem oxigenada
suas larvas têm um estágio aquático obrigatório durante o qual requerem alta tensão de O2
ciclo de vida as larva infectantes
penetram através da ferida da picada do inseto hospedeiro
elas “andam” pelo tecido subcutâneo, onde formam nódulos encapsulados
dentro dos nódulos, elas amadurecem em aproximadamente um ano
ciclo de vida
os parasitos adultos são filiformes, com acentuado dimorfismo sexual
as fêmeas medem entre 30 e 50 cm, e os machos entre 2 e 4 cm
eles podem viver até 14 anos no hospedeiro humano
os nódulos fibrosos subcutâneos onde vivem os parasitos adultos podem formar tumores visíveis:
os oncocercomas
estes nódulos, principalmente os da cabeça, devem ser removidos cirurgicamente
patologia
ciclo de vida• depois do
acasalamento, a fêmea dá a luz as microfilárias
• cada fêmea produz entre 1.000 e 3.000 larvas (microfilárias) por dia
• as larvas podem ser encontradas na pele, a qualquer hora.
ciclo de vida
• as microfilárias podem ser encontradas no líquido dentro dos nódulos e nas camadas da pele,
• se disseminando em forma centrífuga da área onde estão os adultos
• em infecções massivas, as microfilárias podem ser encontradas no sangue
ciclo de vida• as microfilárias
infectam o inseto vetor quando ele se alimenta
• amadurecem nos músculos do inseto
• passando por três estágios larvários
• em aproximadamente 10 dias
as microfilárias causam erupções e urticárias que provocam intensa coceira e despigmentação da pele,
oncocercose: a doença
fibrose com hiperqueratose
atrofia epitelial e de glândulas da pele:
a oncodermatite
oncocercose: a doença
as microfilárias podem entrar no olho através das paredes vasculares ou nervosas
a morte destas larvas
provoca uma reação inflamatória com opacificação da córnea e cegueira progressiva
oncocercose: a doença• as microfilárias podem
causar inflamação dos gânglios linfáticos da pele
• junto com a perda da elasticidade da pele, leva à protrusão dos gânglios, especialmente na região do escroto
• os casos severos são conhecidos como elefantíase minor
• TODOS ESTES SINTOMAS APARECEM APÓS 1 A 3 ANOS APÓS A INFECÇÃO
filaríases: o diagnóstico
parasitológico:
W.b.: sangue deve ser colhido entre 22:00 e 02:00 h da noite;
O.v.: amostras podem ser tomadas a qualquer hora
• gota espessa,
• câmara de contagem,
• filtração em membranas
pesquisa de antígeno circulante (W. bancrofti)
• sangue pode ser colhido a qualquer hora
• útil pelas variações que pode ter a microfilaremia
filaríases: o diagnóstico
• diagnóstico molecular (W. bancrofti)
• PCR, útil pelas variações que apresenta a microfilaremia
• identificação de adultos em nódulos de pele (O. volvulus)
• exame oftalmológico com lâmpada de fenda (O. volvulus)
• teste cutâneo e detecção de anticorpos circulantes:
• inespecíficos, não distinguem entre infecções presentes e passadas
Diethylcarbamazina (DEC)
• (Heterazan, Banocide, Notezine)
• mais utilizada como microfilaricida,
• se acredita que atua sensibilizando as larvas para serem fagocitadas
• efetiva na eosinofilia pulmonar tropical
Diethylcarbamazina (DEC)
• doses anuais no sal de cozinha propiciaram a eliminação da filaríase linfática no Japão, Taiwan, Coréia do Sul e China.
• não pode ser empregada indiscriminadamente em regiões endêmicas de oncocercose
• já que, em casos de infecções massivas, pode produzir ceratite e cegueira
Ivermectin
• Mectizan (22,23-dihydroavermectin B1)• Mecanismo de ação envolve ativação das
vias do GABA (ácido -aminobutírico) e• ação sobre a permeabilidade de canais de
cloro
Ivermectin
• Não tem efeito macrofilaricida• mas é um microfilaricida efetivo para
quase todas as espécies de filárias• quase sem efeitos colaterais• dose única de administração oral (anual)
Mebendazole
• Mebendazole para o desenvolvimento dos embriões de Onchocerca
• Quando aplicado em conjunto com Levamisole, os efeitos microfilaricida e embriostático são potenciados.
• O efeito é lento e pode demorar até seis meses.• Em doses baixas, quase não apresenta efeitos
colaterais
Levamisole
• Levamisole interfere no metabolismo de carboidratos dos nematóides
• Inibe a produção da succinato deshidrogenase, provocando paralisia muscular nos vermes.
• Também atua como imunoestimulante não-humoral em indivíduos imunodeprimidos.
• O mecanismo da estimulação é desconhecido.
Novos alvos de drogas? Filárias patogênicas carregam um simbionte
pertencente a um complexo de bactérias simbiontes de insetos vetores: Wolbachia
W. bancrofti
O. volvulus
Imunomarcação
Ao igual que nos insetos, a bactéria é capaz de mudar o desenvolvimento e a reprodução da filária.
O tratamento de camundongos infectados com tetraciclinas provoca um bloqueio no estabelecimento e crescimento dos vermes e torna inférteis às fêmeas, provocando a degeneração dos ovários.
Se o tratamento é iniciado depois do desenvolvimento das L3, a eliminação das bactérias reduz a fertilidade das fêmeas e as microfilárias circulantes em mais de 90%.
Em contraste, tetraciclinas não têm efeito sobre camundongos infectados com filárias não patogênicas.
Novos alvos de drogas?
O. volvulus: Profilaxia
A combinação de larvicidas e ivermectina tem logrado, nos 7 primeiros paises participantes da OPC (Onchocerciasis Control Program), a eliminação da doença
Além disto, 30 milhões de pessoas estão protegidos contra novas infecções, 100 000 tem sido prevenidos de ficar cegos e 1.25 milhões têm-se curado dd infecção.
Leituras recomendadas
•Parasitologia - Rey, L. Segunda edição, capítulos - 50 e 51.
•http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Filariasis.htm
•http://www.filariasis.org/disease.shtml
•http://www.who.int/inf-fs/en/fact095.html
•http://www.who.int/inf-fs/en/fact095.html
•http://www.who.int/inf-fs/en/fact095.html
•http://www.who.int/ocp/
•Parasitol Today 1999 Nov;15(11):437-42, Wolbachia bacteria of filarial nematodes, Taylor MJ, Hoerauf A.