Focus
Escola de Fotografia
Curso de fotografia Profissional ‐Presencial
"Fotografia de Moda "
Maicon Silva Lima
(Morpheu Lyma )
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Focus
Escola de Fotografia
Profissional –
Presencial
"Fotografia de Moda "
Por: Maicon Silva Lima ( Morpheu Lyma )
Curso de Fotografia
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Focus
Escola de Fotografia
Dedicatória:
Dedico este trabalho, primeiramente, á Deus que é
minha fonte de inspiração e força e à minha
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Focus Escola de fotografia
Agradecimentos:
A todos envolvidos neste maravilhoso trabalho, na
Escola Focus, declaro, com muita, Satisfação ao
meu professor Paulo Gomes, meus
agradecimentos e admiração. Agradeço o apoio da
minha amiga de estudos Sandra Giovanni, e mais
uma vez a minha esposa Adriana Santos e o
suporte divino de Deus
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Focus Escola de fotografia
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA
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AGRADECIMENTOS
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RESUMO/ABSTRACT
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1 – INTRODUÇÃO
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2 – OS DEZ FOTÓGRAFOS QUE SE DESTACAM NA
FOTOGRAFIA DE MODA
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2.1 – Ellen von Unwerth – Alemanha
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2.2 – Patrick Demarchelier
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2.3 – Kai Z Feng – China
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2.4 – Peter Lindbergh – Alemanha
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2.5 – Lindsay Adler – Estados Unidos
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2.6 – Russel James – Austrália
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2.7 – Todd Anthony Tyler – Canadá
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2.8 – Mario Testino – Peru
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2.9 – Annie Leibovitz – Estados Unidos
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2.10 – Emily Soto – Estados Unidos
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3 – EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS NA
FOTOGRAFIA DE MODA E SUAS FUNÇÕES
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3.1 – Utilizando as Lentes Certas
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3.2 – Rebatedores
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3.3 – Difusores de Luz
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3.4 – Flash (tocha)
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4 – TRABALHANDO COM MODELOS
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5 – A FOTOGRAFIA DE MODA COMO PROFISSÃO
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6 – A FOTOGRAFIA DE ESTUDIO E SUAS
APLICAÇÕES 59
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CONTINUAÇÃO SUMÁRIO
7 – O PROCESSO DE CRIAÇÃO 60
8 – INFLUÊNCIAS DAS GRANDES ESTUDIOS NO
MERCADO 61
9 – O MERCADO DA FOTOGRAFIA DE ESTÚDIO
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9.1 – Honorários e o Mercado Atual 62
9.2 – O Grande Alvo no Mercado 63
10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 65
11‐ A História da Fotografia
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Resumo:
A fotografia esta introduzida no universo da moda de uma forma muito concreta, impactando e influenciando de várias maneiras. Apesar de continuar sendo uma arte, a fotografia de moda se transformou em um produto muito forte, que se tornou indispensável para a publicidade.
É preciso conhecimento e estar atualizado para engajar neste ramo fotográfico, pois com o passar dos anos a tecnologia se desenvolve cada vez mais rápido, e as pessoas exigem cada vez mais criatividade, porque o que era moda ontem, hoje já não é mais, mas se por um acaso ela voltar, é necessário que tenha uma “cara nova”.
A moda, atualmente, esta mais acessível às pessoas e o papel
da fotografia é mostrar os inúmeros estilos e formas de se
vestir, apresentando conceitos de um modo mais
compreensível.
Palavras – Chave:
Fotografia, Photography, Moda, Fashion, Editorial, Projetos,
Projects, Estilo, Style, Desenvolver, Develop, Publicidade,
Advertising, Consumo, Consumption
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1 – Introdução
A moda surgiu na humanidade há séculos, não é de hoje que as pessoas se preocupam com o que vestir e como vestir, qual a tendência do momento, etc., a diferença é que hoje a moda está mais acessível a todas as classes econômicas e hierárquicas. Pois antigamente só os poderosos e ricos tinham o direito a este privilégio.
Neste trabalho quero mostrar um caminho dentro da fotografia de moda que gosto e acredito ser muito interessante. Um patamar que é desejado por muitos, grandes revistas, grandes marcas, grandes trabalhos. Também analiso e mostro os fotógrafos que fizeram e fazem
história dentro da fotografia e moda, e como a evolução da
tecnologia influencia o modo de fazer editoriais e campanhas
publicitárias
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2 – Os dez fotógrafos que se destacam na Fotografia de Moda
2.1 Ellen von Unwerth
Ellen von Unwerth é uma conceituada fotógrafa alemã. Especializou-se em fotografia de moda. Entre campanhas, capas, e editoriais,
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Quem não conhece os trabalhos dessa badalada fotógrafa
alemã, duas palavras resumem bem suas obras: beleza e
sedução. Com uma característica própria, essa alemã nascida
na Alemanha em 1954, trabalhou como modelo durante 10
anos (daí nasceu sua familiaridade com o mundo da moda),
mas ganhou destaque por trás das câmeras como uma das mais
originais fotógrafas de moda dos anos 90. Foi fotografando a
modelo Claudia Schiffer para a grife “Guess” que Ellen ficou
famosa e ganhou notoriedade. Desde então começou a
fotografar publicidade e editoriais de moda para grandes
revistas como Vogue, ID, Vanity Fair, The Face, Interview,
Arena, dentre outras. Seu primeiro prêmio foi no Festival
Internacional de Fotografia de Moda em 1991.
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Conhecido por suas belíssimas fotografia em preto e branco, Patrick Demarchelier nasceu em agosto de 1943 na França. Quando era jovem, aos 17 anos, ganhou sua primeira máquina fotográfica, de seu padrasto, uma Eastman Kodak, aprendeu a revelar fotos e assim começou fotografar amigos e casamentos. Demarchelier deixou Paris para acompanhar sua namorada em Nova Iorque, em 1975, onde conheceu a fotografia de moda, e começou a trabalhar como free lancer, e trabalhou com
fotógrafos renomados como Henri Cartier-Bresson, Terry King, e Jacques Guilbert. Seus trabalhos começaram a chamar atenção de grandes revistas como Elle e Marie Claire e mais tarde começou a trabalhar para as conceituadas Vogue e Harper‟s Bazaar.
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Patrick realizou inúmeras campanhas internacionais de publicidade para marcas como Christian Dior, Louis Vuitton, Celine, Chanel, Yves Saint Laurent, Lacoste, Calvin Klein e Ralph Lauren.
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Patrick, atualmente, continua como um dos fotógrafos que se destacam na fotografia de moda, realizando editorais muito marcantes...
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Muito requisitado, já trabalhou com inúmeras celebridades como, Emma Watson, Nicole Kidman, Angelina Jolie, entre outras. E foi quem registrou a foto mais famosa da Princesa Diana.
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2.3 – Kai Z Feng – China
Traduzido do inglês‐Kai Z Feng é um fotógrafo nascido na China que se tornou um dos fotógrafos de moda mais conhecidos da China a nível internacional. Seu trabalho inclui retratos de celebridades e alta moda, filmando trabalhos comerciais e editoriais para muitas marcas e publicações internacionais
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2.4 – Peter Lindbergh Fotógrafo
Nascimento: 23 de novembro de 1944 (idade 74 anos), Leszno, Polônia
Cônjuge: Petra Sedlaczek (desde 2002)
Formação: Academia das Artes de Berlim
Filmes: Peter Lindbergh - Women's Stories
Filhos: Benjamin Lindbergh, Simon Lindbergh, Jeremy Lindbergh
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Quando o fotógrafo alemão Peter Lindbergh filmou seis jovens
modelos no centro de Nova York em 1989, ele produziu não
apenas a icônica capa da British Vogue de janeiro de 1990, mas
também a certidão de nascimento das supermodelos. A
imagem não trouxe apenas rostos reverenciados pela primeira
vez; marcou o início de uma nova era da moda e uma nova
compreensão da beleza feminina. Coincidindo com sua grande
retrospectiva no Kunsthal em Roterdã, na Holanda, este livro
reúne mais de 400 imagens de quatro décadas de fotografia de
Lindbergh para celebrar sua narrativa única e revolucionária e a
nova visão romântica e narrativa que trouxe à arte e à moda.
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Gigi Hadid trabalha como colaboradora do fotógrafo Peter Lindbergh para a Vogue Arabia.
Na primeira das seis fotos ‐ incluindo duas imagens de capa ‐
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Gigi smoulders como ela coloca em um vestido de camadas varrido adornado com bom gosto creme floreios e enfeites.
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2.5 – Lindsay Adler
Lindsay Adler é uma fotógrafa americana de retrato e moda
baseada em Manhattan, Nova York. Seus editoriais apareceram
na revista Bullett, na Zink Magazine e na Fault. Ela contribuiu
para publicações fotográficas: fotógrafo profissional, revista
Rangefinder e fotografia popular.
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2.6 – Russell james
Russell James (australiano, n. 1962) é um fotógrafo de beleza e celebridades que também dirige comerciais de televisão, vídeos de música e filmes de arte para Victoria's Secret e Gillette. A fotografia de James é influenciada pela extraordinária luz e paisagens abertas da Austrália
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Suas imagens combinam os elementos naturais do ar, da água,
da terra e do sol. James atribui a inspiração em seu trabalho ao
fotógrafo Irving Penn (americano, 1917–2009), que foi um dos
pioneiros do Movimento de Fotografia de Moda.Antes de
começar a fotografar aos 30 anos de idade, James tinha
experimentado várias carreiras, incluindo a de um policial, um
comerciante e, mais cedo, aos 15 anos, um metalúrgico em
Perth, na Austrália. James vê essas experiências como
fundamentais para quem ele é hoje e um colaborador de
insights valiosos que influenciam a maneira como ele vê a vida
por trás das lentes da câmera. Em colaboração com artistas
indígenas da Austrália, James iniciou o projeto artístico
intitulado Nomad Two Worlds em Nova York em janeiro de
2009. Nomad Two Worlds tem uma missão dupla. A missão é
colaborar com artistas indígenas e promover a beleza e a rica
história cultural dos povos indígenas em todo o mundo.James
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não tem educação formal em fotografia, mas seu talento atraiu
muitos clientes,
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Incluindo a Hermès em associação com Guggenheim, Rolex,
Revlon e Ralph Lauren. Sua série anterior de trabalhos é
capturada no livro de arte retroativo Russell James, lançado em
2009 em setenta países simultaneamente. A Nomad Two
Worlds é agora uma exposição e festival global após mais de
oito anos em desenvolvimento. O fotógrafo é famoso por seu
amor pela arquitetura dramática e pelo ambiente, uma paixão
que o levou a filmar em locais como o Caribe, o Círculo Polar
Ártico e o interior australiano.Em 2007, James foi um dos doze
ganhadores do Prêmio Hasselblad Masters. Ele foi
recentemente nomeado para a Clinton Global Initiative como
membro.
O trabalho de James apareceu na Next Top Model da Austrália
e na Next Top Model da América, onde ele também apareceu
como jurado. James é um dos principais fotógrafos do
Movimento da Fotografia de Moda, colaborando com muitos
artistas e celebridades similares, como Tyra Lynn Banks
(americana, n.1973), Naomi Campbell (britânica, n.1970) e
Heidi Samuel Klum (alemã‐americana, b.1973). James mora
atualmente em Nova York.
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2.7 – Todd Antony Tyler
Todd Anthony Tyler é um modelo canadense, fotógrafo de
moda e personalidade de reality show. Conhecido por sua
paixão crua e intransigente, Tyler criou campanhas publicitárias
para marcas reconhecidas mundialmente, como L'Oreal Paris,
Vogue, Elle e Bazaar. Além de sua fotografia e aparições na
realidade asiática mostra Next Top Model da Ásia e Fit For
Fashion, Tyler possui várias empresas de moda e é co-
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proprietário da Aumnie Clothing. Início da vida Todd Anthony
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Tyler nasceu no Canadá e é descendente de
britânicos e franceses. Enquanto sua carreira
posterior o levou para a indústria da moda
exibindo interesses elevados nas artes, sua
formação inicial foi no campo da ciência, onde
ele se formou em Biologia na Universidade de
Trent. Tyler também completou um semestre
na Simon Fraser Academy antes de trabalhar
como modelo profissional. Carreira "Ele
nunca está entediado! Ele sempre tem uma
longa lista de coisas esperando por mim. Ele
gosta disso no meu trabalho e que Ele
trabalha constantemente para mim mesmo
dirigindo meu futuro. O verdadeiro destaque
do meu trabalho é poder criar " ‐ Todd
Anthony Tyler De 1994 a 2003, Tyler
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trabalhou como modelo masculino
profissional no Canadá e no México; bem
como vários países da Europa, Ásia e
Australásia. Suas características esculpidas e
barba de marca registrada fizeram dele um
assunto muito procurado por marcas
masculinas de alto perfil.
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Após vários anos como modelo, Tyler decidiu abraçar seu amor pela fotografia e por mais de uma década administrou um estúdio em Xangai, na China. Sua capacidade única de capturar o obtuso e transformá‐lo em uma imagem icônica o fez trabalhar com os recém‐chegados asiáticos Liu Wen, Fei Fei Sun e Kiki Kang. Considerado um especialista em sua área, Tyler contribui com uma coluna mensal para a renomada revista profissional de fotografia, Asian Photography. Ele também se tornou uma figura chave nos reality shows de
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moda popular Asia Next Model e Fit For Fashion como um fotógrafo juiz e residente. Para adicionar à sua série de aparições na televisão, Tyler apareceu como fotógrafo no Next Top Model da China; além de aparecer como jurado convidado na 3ª temporada do Mega Fashion Crew. Envolvendo ainda mais seu espírito empreendedor, Tyler entrou no mundo do design de moda tornando‐se co‐proprietário da empresa de roupas de inspiração yoga Aumnie Clothing. Ele também é dono de Todd Anthony Tyler Suits, TAT de Todd Anthony Tyler Clothing Collection e Todd Anthony Tyler Models.
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2.8 – Mario Testino
Do Peru para o mundo, da moda à realeza. A
biografia Mario Testino é tão glamorosa e
intensa quanto suas fotos que estampam as
capas das revistas mais importantes, as
campanhas das grifes mais badaladas e até as
paredes de conceituados museus.
Nascido em Lima em 1954, Testino se mudou
para Londres em 1976, onde começou a fazer
história e entrou para o rol dos grandes
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fotógrafos. Embora seja considerado um
fotógrafo famoso de moda, seu caminho
começou com a influência de profissionais
que retratavam a vida da sociedade. “Eu
tentei reproduzir o estilo inglês, as irmãs
Mitford, Stephen Tennant e Cecil Beaton.”
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Talvez por isso suas fotos pareçam mostrar
sempre a vivacidade e a intimidade da pessoa
fotografada, seja ela a princesa Diana ou a
atriz Gwyneth Paltrow. A alegria e o
entusiasmo do seu trabalho expressam
vestígios da sua infância e adolescência,
vividas entre Peru e Brasil, para onde volta
constantemente. “No momento em que notei
uma evolução no meu trabalho, tentei recriar
minha juventude em imagens”, afirma o
fotógrafo.
Família Real
Foi graças a um ensaio com a princesa Diana
para a Vanity Fair, em 1997, que as fotos de
Mario Testino começaram a ultrapassar o
universo das revistas e campanhas de moda.
As imagens, clicadas pouco antes da morte
repentina de Lady Di, mostravam a princesa
em uma nova fase: com vestidos mais
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modernos, maquiagem leve e poucos
acessórios.
Desde então, ele virou uma espécie de
retratista oficial das famílias reais: fotografou
o príncipe Charles, o conde e a condessa de
Cambridge (foi dele o retrato oficial do
noivado de William e Kate), o príncipe Harry,
o rei e a rainha da Jordânia, entre outros,
sempre os mostrando em cenas íntimas e
descontraídas, uma marca de seu legado.
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Um dos trabalhos mais importantes da minha
vida foi fotografar a princesa Diana. Além da
experiência ter sido fantástica, ela também
abriu novas portas para mim. Eu passei a
fotografar as famílias reais da Europa de
forma extensiva. O que me trouxe um amor
pela tradição e pela maneira de mostrar a
longevidade das famílias e das pessoas.”
Rei da moda
1
É na moda, porém, que Mario Testino fez sua
reputação. Com fotografias emblemáticas,
criadas por uma espécie de paparazzo bem‐
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vindo, ele virou um verdadeiro rei das
imagens, ajudando a alavancar a fama e as
vendas de diversas marcas por conta de sua
estética sensual e desafiadora.
Ao longo de 35 anos de carreira, ele trabalhou
como fotógrafo, diretor criativo e editor
convidado, criando campanhas icônicas para
grifes como Burberry, Versace e Michael Kors,
entre outras. "A habilidade de Testino é,
antes de tudo, captar o momento e trazer
humanidade aos seus retratos", diz a
jornalista de moda Suzy Menkes.
Ele também deixou sua marca no universo
dos produtos de beleza, tendo entre seus
clientes nomes como Estée Lauder e
Lancôme. Além disso, fotografou centenas de
capas de revistas como Vogue (Scarlett
Johansson), Vanity Fair (Gisele Bündchen) e V
Magazine (Rihanna e Kate Moss).
Grandes fotógrafos, grandes modelos
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Amigo e promotor de ícones da moda, Mario
Testino contribuiu para deslanchar carreiras
como a da brasileira Gisele Bündchen,
considerada fora dos padrões de beleza em
sua fase inicial.
“Quando conheci a Gisele, a estética para
modelos era a de um menino e ela estava
muito longe desse padrão. Mas, às vezes,
quando você encontra alguém especial, você
simplesmente sabe. Gisele tem proporções
incríveis, é muito sensual e, além de tudo,
tem uma personalidade marcante e divertida.
Ela surgiu naquele momento como uma
reação a tudo que estava estabelecido. Eu
tive que brigar com editores para usá‐la nas
fotos. Demorou até que outras pessoas me
ligassem para saber como poderiam contratá‐
la”, conta ele. Com Kate Moss, a história foi
parecida. São tantas as fotos que Testino tirou
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da top que elas acabaram dando vida a um
livro – Kate Moss by Mario Testino, uma
edição limitada publicada pela Taschen.
Kate Moss também foi a primeira modelo a
estrelar sua Towel Series, que mostra
modelos e artistas de roupão e toalha branca
na cabeça. “Ela estava fazendo cabelo e
maquiagem de roupão e toalha. Eu tinha
acabado de entrar no Instagram. Então,
naquela hora, pensei que seria uma ótima
foto”. O sucesso foi tanto que acabou virando
uma série acompanhada por seus 2,5 milhões
de seguidores.Do Instagram aos museus
Colecionador de arte, Mario Testino criou o
MATE (Museo Mario Testino), um museu de
arte contemporânea fundado em Lima em
2012. Além disso, colaborou com diversos
artistas ao longo de sua carreira, como Keith
Haring, Vik Muniz, John Currin e Julian
Schnabel.
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Ele também conquistou museus do mundo
inteiro, sendo visto como um artista – as fotos
de Mario Testino já foram expostas no
Museum of Fine Arts, em Boston, no
Metropolitan Museum of Photography, em
Tóquio, na Faap, em São Paulo, e na National
Portrait Gallery, em Londres, só para citar
alguns.
Independentemente de quem está
fotografando, Testino é apaixonado pelo que
faz, chegando a trabalhar 14 horas por dia,
todos os dias. E não quer nem pensar em
parar. "Minhas palavras favoritas são
possibilidades, oportunidades e curiosidade."
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2.9 – Anne Leibovitz
O nome Anna‐Lou Leibovitz é estranho para
você? Hum, e Annie Leibovitz? Melhorou né.
Em outubro de 1949, nasceu, nos Estados
Unidos, uma das maiores fotógrafas da
atualidade. Batizada Anna‐Lou Leibovitz, ficou
mundialmente conhecida como Annie
Leibovitz. Ela tornou‐se extremamente
notável por captar retratos, em uma
colaboração intimista entre o retratado e o
retratista. Sua paixão pela fotografia iniciou‐
se ainda na adolescência, quando a família
morava nas Filipinas.
Sua primeira experiência como fotógrafa foi
na aclamada revista americana Rolling Stone,
em 1969, quando a publicação ainda era
pequena em São Francisco, na Califórnia, sob
o comando do editor Jann Wenner. Na época,
Annie estava no terceiro ano de um curso do
Instituto de Artes de São Francisco, onde
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tinha entrado, inicialmente, para se tornar
professora de arte.
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Na revista, Annie registrou momentos marcantes
da história americana e da vida dos principais
músicos das décadas de 70 e 80. Ela teve o
privilégio, por exemplo, em fotografar o casal John
Lennon e Yoko Ono, a renúncia do presidente
Richard Nixon e momentos íntimos de vários
artistas, como os The Rolling Stones. Ela os
acompanhou como fotógrafa durante uma turnê
mundial da banda, uma das experiências mais
marcantes em toda sua vida.
Naquele momento, Mick Jagger e Keith Richards
eram considerados os bad boys da música,
envolvidos em um mundo regado a drogas e
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álcool. Annie decidiu se arriscar, em 1975, e caiu
na estrada com eles. Acabou conseguindo
momentos inéditos, desde a glória nos palcos até a
decadência nos bastidores, reunindo um acervo
icônico dos roqueiros.
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Bem no comecinho de sua carreira, Annie, assim
como qualquer fotógrafo iniciante, seguia uma
estética do acaso, sem grandes produções e sem
uma marca especifica, dando preferência às fotos
em preto e branco. Era um momento de inspiração
e formação para ela, que tinha como ídolos os
fotógrafos Robert Frank e Henri Cartier‐Bresson,
famosos por captarem cenas do cotidiano. Ela
também chegou a ser fotógrafa de guerra,
documentando os horrores provocados pelos
conflitos em Sarajevo e em Ruanda.Já na década
de 80, Annie Leibovitz aceitou trabalhar para a
revista Vanity Fair e começou a fotografar
celebridades e editoriais de moda. Também fez
fotos para Vogue e campanhas publicitárias. Com
total liberdade criativa, foi responsável pela
idealização de cenários fantásticos e caros, mas
que rendiam cliques memoráveis
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Nesse momento, Annie tornou‐se conhecida e muito requisitada por revistas de moda e comportamento em todo o mundo. A mais famosa (e temida) editora de moda da Vogue, Anna Wintour, disse em uma entrevista que o
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investimento em Leibovitz valia muito a pena, pois “ela te dá uma imagem como ninguém mais pode conseguir”.
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Durante toda a sua trajetória, publicou seis
livros de fotografias: Photographs,
Photographs 1970‐1990, American
Olympians, Women, American Music e A
Photographer’s Life 1999‐2007. Atualmente,
Leibovitz continua trabalhando ativamente e
rendendo editoriais criativos e inspiradores.
Mais detalhes sobre sua vida podem ser
vistos no documentário “Annie Leibovitz – a
vida através das lentes”, produzido para
televisão norte‐americana. Annie é, com
certeza, uma das profissionais da fotografia
de hoje mais multifacetadas. Fonte de
inspiração, com certeza.
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2.10 – Emily Soto
Emily Soto é uma fotógrafa de moda estadunidense que reside em Nova York e utiliza câmeras fotográficas analógicas e digitais para realizar seus trabalhos, além do tratamento das imagens através dos softwares
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Photoshop e Lightroom. A fotógrafa é reconhecidíssma no mundo da moda de Nova York e seus trabalhos já estamparam editoriais e capas de diversas revistas como Vogue, Teen Vogue, V, fascínio, Billboard, Glamour, entre outras.
Emily também já expôs em diversos espaços culturais em Nova York, Londres, Paris e Berlim, além de oferecer workshops de Fotografia para Moda em toda a Europa, Austrália e Ásia. Os cursos são destinados à fotógrafos que se interessam pelo mundo da moda e são realizados através do projeto Fashion Actions.
Entre os vários ensaios e projetos de Soto selecionamos imagens sensacionais que parecem ter saído de revistas estadunidenses dos anos 70, 80
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e 90. A peculiaridade desse trabalho consiste na criação a partir dos conceitos de romântico e lúdico dentro do universo fashion. Confere aí:
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3 – Equipamentos e Acessórios na Fotografia de Moda e suas Funções
3.1 – Utilizando as Lentes Certas
Quando pensamos na preparação de uma
sessão de fotos de moda sabemos que há
muitos detalhes como, roupas, cenário,
iluminação, acessórios, entre outros, e um
detalhe que necessita também de muita
atenção é a pessoa a ser fotografada. Escolher
a lente correta para ensaios com modelos é
crucial, pois tudo tem que estar em harmonia,
não podendo haver, por exemplo, distorções
na fotografia, pois é algo que atrapalha e tira
completamente a beleza da foto.
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Sabemos que há diversos tipos e marcas de lentes
fotográficas no mercado atual, por isso é
importante ter conhecimento no funcionamento
de cada uma delas, para então sabermos quando
usar e em quais ocasiões elas nos dará melhores
resultados.
As lentes mais recomendadas para fotografia de
retratos são aquelas com distancia focal superior
ou igual a 70 mm, mas em ensaios fotográficos
com modelos não há somente fotos de retratos,
então o fotografo tem que saber qual lente
proporcionará o resultado desejado, lembrando
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que é preciso pensar no cenário, nas cores, etc.
Existem categorias dentro das lentes fotográficas,
que nos ajuda identificar em quais momentos elas
serão mais bem aproveitadas, trazendo os
resultados esperados, são elas Lente Grande
Angular, Lente Teleobjetiva e Lente Zoom.
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3.2 – Rebatedores
Sua função é totalmente opcional, mas quando
está em ação modifica por completo uma imagem,
os rebatedores dão leveza à foto tirando a dureza
da luz e também servindo como uma luz de
preenchimento, além de ter a capacidade de
alterar sua cor, pois este acessório possui cinco
faces: preto, branco, dourado, prata e translúcido.
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Geralmente são usados em estúdios, porém está mais presente em ensaio externo por ser de fácil locomoção, preço acessível e muito útil em conjunto com a luz natural, ajudando o fotógrafo a controlar a intensidade da luz e até mesmo a cor em sua fotografia e sabemos que a luz natural muda constantemente, por isso este acessório pode auxiliar muito nesta situação. (Exemplo de foto com e sem rebatedor abaixo)
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3.3 – Difusores de Luz Este acessório, que é sem duvidas essencial em um
estúdio fotográfico, serve na pratica para que a luz
do flash não fique tão forte no objeto ou pessoa a
ser fotografado, causando o “enfraquecimento” da
luz e proporcionando a homogeneização, fazendo
com que a luz seja suavizada. Existem difusores de
diversos tamanhos, formas e tipos, que apesar de
ter a mesma função ainda sim tem resultados
diferentes dependendo de seu contexto.
(Esquema da utilização de sombrinhas abaixo)
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3.4 – Flash (tocha)
Depois da câmera, o flash com certeza é um equipamento indispensável na fotografia e sua função é clara e obvia, mas não é simples, é necessário ter conhecimento para obter excelente aproveitamento na utilização de um flash. O flash tocha, mais especificamente, tem suas
peculiaridades, como por exemplo, têm duas
lâmpadas, a primeira serve como luz guia, uma luz
continua e de temperatura de cor baixa, que
simula a luz do flash para dar uma noção ao
fotografo de como irá ficar a luz e a outra é o flash
que só é vista no momento em que a foto é feita.
(Flash tocha na foto abaixo)
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4 – Trabalhando com Modelos
No segmento de fotografia de moda deve saber
que trabalhar com modelos, seja criança, adulto,
homem ou mulher, exige uma boa técnica de
direção e também conhecimento em linguagem
corporal, pois de certa forma todos sabemos que o
corpo fala, e para extrair o melhor do modelo é
preciso passar segurança e até mesmo conforto
para que se crie uma conectividade entre quem
fotografa e quem é fotografado.
Há diversas maneiras de conduzir um ensaio
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fotográfico com modelos, primeiramente as poses,
que parece algo fácil de fazer, mas exige um
preparo e também ensaiar as poses para que o
modelo se sinta seguro em saber o que fazer para
começar, para isso existe cursos e livros para
ajudar o fotógrafo a passar com clareza o que quer
para seu fotografado. Outro estilo na fotografia de
moda, que é muito apreciada é a foto que passa a
maior naturalidade na pose e na expressão facial,
para isso é preciso técnicas e também truques que
ajudam muito para um resultado mais natural, por
exemplo, dizer para o modelo fazer um
„dancinha‟, fazer um movimento único, mas
continuo. E por ai se criam diversas maneiras e
métodos, que cada fotógrafo usa de acordo com o
que funciona melhor em seu modo de trabalhar.
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5 – A Fotografia de Moda como Profissão
Seguir para está direção pode ser bem desafiador, pois sabemos que os grandes fotógrafos de moda se destacaram por suas formas peculiares e alguns pela ousadia. Por mais que a tecnologia possibilite qualquer um a ser fotógrafo, para chegar a grandes revistas e campanhas para marcas consagradas, é necessário muito mais que um bom equipamento fotográfico. Possuir o chamado “feeling” para captar fotos
excepcionais, ousadas, monumentais, é o que
diferencia um fotógrafo com um bom
equipamento de um fotógrafo que ama o que faz,
tem técnica, mas também uma percepção única e
diferenciada que traz resultados que
impressionam e que todos querem em suas
campanhas e outdoors.
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6 – A Fotografia de Moda e a Publicidade
Essa parceria existe a mais de 200 anos, no início houve relutância para introduzir a fotografia na publicidade e até na imprensa, mas quando finalmente aconteceu, de lá pra cá ela veio progredindo e se concretizando. Com a ajuda da tecnologia agora são inseparáveis e não há mais publicidade sem fotografia e assim se criou a categoria “Fotografia Publicitária”, que muitas vezes traz introduzida em seu contexto a fotografia de moda. Sabemos que não é somente exclusividade das
marcas de roupas a fotografia de moda em suas
campanhas, marcas de cosméticos e perfumes
também adotaram este estilo de fotografia. Pelo
fato de compor melhor e dar um contexto mais
complexo e também oferece inúmeras opções e
maneiras de fazer suas campanhas publicitárias,
assim se tornou a opção preferida de todas as
marcas.
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2
7 – O Processo de Criação
A criação de um editorial de moda é elaborada em equipe, pois há muitos detalhes para serem resolvidos, por isso também existe o briefing que auxilia o fotógrafo no processo para saber exatamente o que se espera nos resultados. Aprofundando mais sobre briefing sabemos que nele contém um conjunto de informações que vai guiar a equipe que irá produzir o que o cliente deseja.
1
Estão envolvidos no editorial de moda: Editor –
responsável em verificar as características do
veículo e assegurar que o tema condiz com o
contexto da revista; Produtor de moda – sua
função é escolher as pessoas que irão trabalhar no
editorial, qual modelo, quais acessórios, quais
roupas; Fotógrafo – neste caso obviamente é
quem tem a responsabilidade de captar o que se
2
espera para resultado, e neste caso o produtor já
escolhe o fotógrafo cuja maneira de trabalhar tem
mais a ver com o editorial em questão; Styling –
cuidam da combinação das roupas, que foram
escolhidas pelo produtor e Maquiador e
Cabelereiro – cuidam para que a maquiagem e os
penteados tenham as características passadas pelo
produtor.
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3
8– Influências das Grandes Revistas no Mercado
Como já mencionei, para alcançar grandes revistas
é preciso mais que uma técnica que todos
conheçam. Estas revistas que são muito famosas e
referências no universo da moda, como Vogue que
é conhecida mundialmente, sem dúvidas trazem
editoriais de moda que impressionam e conceitos
no modo de fazer um editorial que dá a muitos
fotógrafos a vontade de chegar a ter algo
publicado por elas.
Modelos famosos, cantoras pop, até mesmo
personalidades que marcaram época, fazem parte
de uma grande coleção de editoriais e campanhas
que estão sempre presentes nestas revistas. E
quem não gostaria de fotografar um editorial com
uma celebridade?
1
Talvez muitos, mas há aqueles que sonham e
batalham para chegar as grandes revistas de
moda.
Mesmo com o avanço de outras formas de
fotografia, que são mais simples, com menos
produções, estas revistas renomadas não se
deixam abater e muito menos passarem
despercebidas, pois contam com equipes bem
treinadas e sempre ficam um passo a frente nas
tendências e sempre lançando tendências, o que
faz com que elas sempre estejam em destaque ao
redor do mundo.
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3
9 – O Mercado da Fotografia de Moda 9.1 – Honorários e o Mercado Atual
Para o fotógrafo que vai trabalhar no
Brasil,existem as possibilidades de viajens e os
preços no início não são muito atrativos, mas o
que vale é fazer o maior número de trabalhos
possível. Sabemos que um iniciante na fotografia
recebe mais ou menos 800,00 reais por projeto.
Agora quando este fotógrafo está fazendo seu
nome e já é bem conceituado, pode chegar a
receber por trabalho 20.000,00 reais, isso vai
depender de seu conhecimento e técnica e
também o quanto se expõe para o mercado,
porque como todos sabem: quem não é visto não
é lembrado. Com toda certeza é possível chegar a
receber milhões de reais por um ensaio que
produzir, neste caso estamos falando de grandes
1
produções, o que exige não só ser um simples
fotógrafo, mas sim ser um empresa, com equipe e
equipamentos necessários, algo que não é
impossível, mas exige muita perseverança e
trabalho
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9.2 – O Grande Alvo no Mercado
Geralmente quem entra para a fotografia almeja
chegar a grandes lugares, e com este mercado tão
amplo e diversificado, cada um possui seu tipo de
estratégia para alcançar o que deseja.
Por exemplo, em se tratando da fotografia de
moda o mercado alvo com certeza são as ilustres
marcas de roupas, perfumes, e também as revistas
de moda. Assim, é necessário obter o mais
importante, que é o conhecimento em fotografia e
seus derivados, e então é preciso ser perspicaz,
sabe aonde ir, conhecer pessoas e lugares, estar
“antenado” nas novidades, nas tendências, os
conceitos do momento e também ter referências
profissionais, buscando aqueles que já
1
conquistaram seu espaço no mercado.
Fazer o seu estilo próprio também é muito válido,
pois em um mercado que em alguns momentos se
vê saturado de ideias a novidade é o que chama
atenção, ir pelo seu próprio olhar e intuição,
adaptar, modificar, encontrar sua maneira de
reinventar ou até mesmo criar e fazer a diferença,
são maneiras que não devem ser descartadas, mas
sim exploradas.
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Maicon Silva Lima ( Morpheu Lyma ) São Paulo – SP ‐2019
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1
10 – Referências Bibliográficas
2.1 – Ellen von Unwerth
https://www.google.com/search?q=Ellen+von+Unwerth+%E2%80%93+Alemanha&oq=Ellen+von+Unwerth+%E2%80%93+Alemanha&aqs=chrome..69i57j69i59.1791j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8
2.2 – Patrick Demarchelier
http://mayte.contentcom2.com.br/inspiracao/fotografo-da-vez-patrick-demarchelier/
2.3 – Kai Z Feng – China
https://models.com/people/kai‐z‐feng
2.4‐ Peter Lindbergh – Alemanha
https://br.pinterest.com/pin/38491771798351695/?lp=true
2.5 – Lindsay Adler – Estados Unidos
https://www.lindsayadlerphotography.com/index
2.6 – Russel James – Austrália
https://russelljames.com/blog
2.7 – Todd Anthony Tyler – Canadá
https://www.google.com/search?q=Todd+Anthony+Tyler+%
E2%80%93+Canad%C3%A1&oq=Todd+Anthony+Tyler+%E2%
80%93+Canad%C3%A1&aqs=chrome..69i57.1259j0j7
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&sourceid=chrome&ie=UTF‐8
2.8 – Mario Testino – Peru
https://www.mariotestino.com/biography/
2.9 – Annie Leibovitz – Estados Unidos
https://www.biography.com/artist/annie‐leibovitz
2.10 – Emily Soto – Estados Unidos
http://www.emilysoto.com/
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Difusores de luz – Disponível em: https://diegorodrigophotography.wordpress.com/2015/07/27/
difusor‐o‐que‐voce‐precisa‐saber/
Flash (tocha) – Disponível em: https://dofotografo.wordpress.com/2010/03/01/equipamentos‐de‐iluminacao/
Significado de briefing – Disponível em: https://www.significados.com.br/briefing/
Editorial de Moda – Disponível em:
http://www.wefashiontrends.com/editorial‐de‐moda‐como‐fazer‐e‐o‐que‐observar‐
sobre‐as‐tendencias/
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1
A História da Fotografia
Embarcar no conhecimento da história da
fotografia vai mostrar que, se hoje em dia um
fotógrafo não pode ser considerado profissional
sem entender da velocidade do obturador, sobre o
ISO, diafragma, zoom, entre outros, há mais de um
século eles eram obrigados a fotografar –
pasmem – sem ter uma câmera em mãos.
Para conhecermos a história da fotografia,
precisamos voltar no tempo cerca um milênio.
A primeira descrição de algo semelhante à uma
máquina fotográfica foi escrita pelo árabe Alhaken
de Basora, que viveu há aproximadamente 1000
anos.
1
Ele descobriu que imagens se formavam no
interior de sua tenda quando a luz do sol passava
pelas frestas do tecido. Algo muito parecido com
desenhar com luz e contrastes, certo?
Tal técnica foi utilizada anos mais tarde, formando
silhuetas a partir da luz solar, para ajudar artistas a
realizar suas pinturas.
Há relatos de que Leonardo da Vinci, datado do
século XVI, usufruiu desta técnica chamada de
câmara escura.
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2
A Origem da Fotografia
Se analisarmos a história da fotografia por
completo, chegaremos a um resultado pouco
convencional.
Visto que fotografar, em suma, é utilizar a luz para
reproduzir imagens, como silhuetas, precisaremos
voltar para 350 anos antes do nascimento de
Cristo, de onde é datada diversas experiências
feitas por químicos e alquimistas.
A produção de imagens a partir de um pequeno
buraco está servindo à humanidade desde antes
de nos darmos conta de como ela é importante.
A criação de uma câmera é provavelmente a parte
mais importante da história da fotografia
moderna. Acontece que muitos anos antes da
construção da primeira câmera nos moldes
semelhantes ao que conhecemos seu protótipo
1
inicial já havia sido inventado.
Por volta do século X, o físico e matemático
Alhazen relatou um método de observação dos
eclipses solares através da utilização da já falada
câmara escura, que é nada mais do que uma caixa,
quarto ou algo do tipo totalmente fechado, com
exceção de um pequeno furo por onde a
iluminação de um objeto, como uma vela, passa e
sua imagem é reproduzida ao contrário dentro do
recipiente/local.
Nesse caso, um observador externo pode ver a
imagem reproduzida dentro da caixa se suas
paredes forem feitas de papel vegetal.
A imagem, por sua vez, pode ser registrada se for
adicionado um filme ou papel fotográfico onde ela
está formada.
2
Até então, a câmara escura havia sido descoberta,
mas não oficialmente relatada e explicada.
Tal fato aconteceu apenas anos mais tarde, em
1558, quando o napolitano Giovanni Battista della
Porta voltou a descrever as características da
câmara escura.
Em seu livro Magia NaturallisI, o autor não apenas
relatou como tratou de tentar explicar os motivos
do fenômeno. De forma não‐oficial, a câmara
escura é a responsável pela primeira fotografia
existente.
Como estamos observando, podemos perceber
que na história da fotografia há diversos nomes,
dificultando a escolha de um ûnico criador da
fotografia.
Entretanto há um nome que se destaca de todos,
especialmente por ter sido o responsável por
oficialmente ter tirado a primeira fotografia.
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3
Quem foi Niépce?
Mas afinal, o que é uma fotografia?
No início do texto está explicitamente dito que
fotografar é desenhar com luz e contraste.
Mas não é apenas isso; um complemento é a
percepção de que a fotografia é uma imagem
inalterável que, aí sim, foi desenhada com luz e
contraste – ou, em outras palavras, que foi
produzida pela ação direta da luz.
O nome da pessoa responsável por estagnar pela
primeira vez uma imagem produzida pela ação da
luz é Joseph Nicephore Niépce.
Após décadas de diversas experiências, Niépce
conseguiu tal feito no sótão de sua casa, em
Chalons‐sur‐Saône, na França.
Em 1793, antes de conseguir a primeira fotografia
permanente, Niépce conseguiu registrar diversas
imagens, só que, em pouco tempo, a própria luz as
deterioravam.
1
Na época, a técnica utilizada era a da câmara
escura e, para gravar as imagens, um tipo especial
de papel, feito a partir do cloreto de prata
Nos anos seguintes, Niepce já havia trabalhado
com verniz de asfalto (conhecido também como
betume da Judéia) aplicado sobre vidro e com uma
infinidade de misturas de óleos destinadas à
fixação da imagem.
historia‐da‐fotografia‐Niepce‐quem‐foi
História da fotografia: quem foi Niépce?
Passaram‐se mais de vinte anos (1824) para que
Niépce conseguisse encontrar um meio que
permitia um maior tempo de duração das
imagens.
Mas foi apenas dois anos mais tarde, em 1826,
que ele conseguiu sua primeira fotografia de
duração indefinida.
Para conseguir isso, a imagem produzida por
Niépce foi feita em uma placa de estanho coberta
com um derivado de petróleo fotossensível, o já
apresentado Bertume da Judéia.
2
Foram necessárias por volta de oito horas de
exposição à luz solar para que a fotografia fosse
tirada. Lembrando que atualmente tal processo
leva menos que um segundo.
Niépce batizou o processo da primeira fotografia
de “heliografia”, que pode ser entendido como
“gravura com a luz do Sol”.
Apesar de tudo, Niépce não conseguiu registrar
seu invento.
Isso aconteceu porque, em uma viagem para a
Inglaterra, Niépce se recusou a descrever por
completo o processo de fotografia para a Royal
Society. Mesmo assim, quase dois séculos depois
Niépce é tido como o pai da fotografia.
Niépce veio a falecer em 1833, deixando sua obra
aos cuidados de Daguerre, que por muitos é
considerado o segundo pai da fotografia.
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3
Quem foi Daguerre?
Se Niépce foi o responsável por reproduzir a
primeira fotografia, é de se imaginar que os que
vieram e pesquisaram sobre o assunto
encontrassem erros e arranjassem melhorias.
Louis Jacques Mandé Daguerre nasceu em
Cormeilles‐en‐Parisis, também da França, no ano
de 1787 e foi o responsável por melhorar a obra
de Niépce.
quem‐foi‐daguerre‐historia‐da‐fotografia
História da fotografia: Quem foi Daguerré
De certo modo, podemos até afirmar que
Daguerre realizou uma descoberta ainda mais
decisiva para o recém‐mundo da fotografia.
Daguerre teve a ideia de levar a fotografia para
1
mais pessoas e, para isso, iniciou estudos sobre os
métodos de Niépce para que qualquer pessoa,
independente do seu nível intelectual, pudesse
utilizar os mecanismos de uma fotografia.
Uma visão acima de seu tempo, visto que já
planejava que qualquer cidadão pudesse capturar
momentos para que eles pudessem durar para
sempre.Com total apoio do governo francês,
Daguerre disponibilizou seu trabalho integral para
uma forma de pesquisa pública.
Da combinação entre Daguerre e do governo
surgiu o daguerreótipo, que nada mais é do que
uma máquina fotográfica que pôde, pela primeira
vez na história da fotografia, ser comercializado
em escala. Pronto! Este foi o marco inicial da era
atual da fotografia.
Como era de se esperar, como toda
2
superinvenção, ela ficou limitada as pessoas de
maior classe social e que tinham condição de
ostentar uma máquina fotográfica.
Apesar do baixo alcance social do daguerreótipo,
seu nome foi se espalhando para o mundo e logo
cada cidadão desejaria ter o seu – situação que
ficou viável, já com as atuais máquinas fotográficas
e smartphones, apenas mais de cem anos depois.
historia da fotografia
Em questões de datas, o daguerreótipo começou a
ser inventado em 1835.
O que possibilitou a criação foi quando Daguerre
pegou uma chapa revestida com prata e
sensibilizada com iodeto de prata, a guardou em
um armário e ao abri‐lo, no dia seguinte, percebeu
que sobre sobre a chapa havia uma imagem
3
revelada.
Até descobrir o que tinha feito, passaram‐se dois
anos.
Em 1837 chegou à conclusão de que era
necessária a utilização de chapas de cobre
sensibilizadas com prata e tratadas com vapores
de iodo, revelando a imagem latente e expondo‐a
à ação do mercúrio aquecido.
Para possibilitar que a imagem não se alterasse,
apenas era necessário submergir a placa em uma
solução aquecida de sal de cozinha.
Em termos mais práticos, os daguerreótipos
conseguiam fixar a imagem capturada em uma
placa rígida e espelhada.
As maiores características da criação de Daguerre
4
é a maior riqueza de detalhes e a aparência
tridimensional de suas imagens.
Louis Jacques Mandé Daguerre faleceu em 1851,
em Bry‐sur‐Marne.
A Importância de Talbot, Archer e da Kodak na
Fotografia
Se a fotografia do Niépce demorou cerca de oito
horas para ficar pronta, além de depender
totalmente da iluminação solar, a evolução tida
com o invento idealizado e construído por
Daguerre permitia que cada fotografia ficasse
pronta entre 25 e 30 minutos, mas ainda dependia
da iluminação do Sol.
Apesar disso, foi um avanço e tanto para a história
da fotografia, especialmente se levarmos em
5
consideração que a fotografia foi levada à diversas
localizações além da França.
Após Daguerre, outro nome que chama atenção
na história da fotografia é o de William Henry
Talbot (1800 – 1877), que, em 1841, inventou um
meio de obter cópias da fotografia.
E esse é basicamente o método utilizado
atualmente: seus calótipos, como batizou sua
criação, são os negativos que devem ser passados
aos positivos em outras folhas.
Os negativos são os responsáveis por absorver a
luminosidade, estagnando a imagem e formando a
fotografia.
Resolvida a questão da fotocópia, as pesquisas se
voltaram a encontrar um papel para os negativos
6
que pudesse ser rapidamente impresso.
Quem alcançou esse mérito foi o inglês Frederick
Scott Archer, em 1848, que inventou o processo
de colódio úmido, que é um composto de éter e
álcool em uma solução de nitrato e celulose.
O colódio funcionou como uma substância que
dava liga para conseguir aderir o nitrato de prata
fotossensível à chapa de vidro, que era a base do
negativo. Com isso, Archer encontrou um meio da
foto ser revelada logo após a fotografia.
Então a primeira fotografia foi tirada, deram um
jeito de comercializá‐la entre os povos da mais alta
hierárquia e descobriram como imprimi‐la e copiá‐
la. Tudo isso foi um importante marco na história
da fotografia.
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Kodak e a História da Fotografia
Faltava um meio de conseguir popularizar a
fotografia. E isso aconteceu em 1888 graças a
empresa Kodak, que começou o discurso sobre
todos poderem tirar suas próprias fotos sem a
ajuda de profissionais.
George Eastman, anos antes de popularizar a
fotografia, abriu em 1880 sua companhia de
criação de chapas secas: a Eastman Kodak
Company.
Nos anos conseguintes, a Kodak lançou sua
primeira câmera fotográfica e ela vinha
acompanhada de um rolo de 20mts que permitia a
captura de até cem imagens de 2,5 polegadas.
Detalhe importante: diferentemente de hoje, essa
máquina não permitia a substituição do rolo,
obrigando o consumidor a comprar uma câmera
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nova assim que as cem fotos esgotassem.
Anos mais tarde a Kodak foi aprimorando seus
modelos, permitindo a substituição do rolo e o
não‐descartamento da máquina.
Além disso, as câmeras fotográficas da Kodak
foram diminuindo de tamanho, se tornando mais
portáteis.
A importância da Kodak na fotografia
História da fotografia: a importância da Kodak na
fotografia
A importância da Kodak na história da fotografia é
extremamente elevada, pois foi ela a responsável
por popularizar as câmeras fotográficas (que na
época os de classe baixa ainda não possuíam verba
para comprar) e por baratear o custo de todos os
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componentes da fotografia.
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