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54 ABRIL 2010 ISSN 0004-2730 XV SINE – SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE NEUROENDOCRINOLOGIA 21 A 23 DE ABRIL DE 2010 SÃO PAULO – SP SUPLEMENTO 1

XV SINE – SImpóSIo - Archives of Endocrinology and ... · Título em inglês: ... diretores Aline Mota da Rocha ... SuPlentes Diana Viegas, Joaquim José de Melo, Auxiliadora Brito

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issn 0004-2730

XV SINE – SImpóSIo INtErNacIoNal dE NEuroENdocrINologIa21 a 23 de abril de 2010são paulo – sp

suplemento 1

Indexada por Biological Abstracts, Index Medicus, Latindex, Lilacs, MedLine, SciELO, Scopus, ISI-Web of Science

Assistente editorial e financeira: Roselaine Monteiro

Rua Botucatu, 572 – conjunto 83 – 04023-062 – São Paulo, SP Tel/fax: (11) 5575-0311 / [email protected]

Submissão on-line / Divulgação eletrônicawww.sbem.org. br • www.scielo.br/abem

ARQUIVOS BRASILEIROS DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. – São Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 5, 1955-

Nove edições/ano

Continuação de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia (v. 1-4), 1951-1955

Título em inglês: Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism

ISSN 0004-2730 (versões impressas)

ISSN 1677-9487 (versões on-line)

1. Endocrinologia – Periódicos 2. Metabolismo-Periódicos I. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia II. Associação Médica Brasileira.

CDU 612.43 Endocrinologia

CDU 612.015.3 Metabolismo

Tiragem desta edição: 4.000 exemplares Preço da Assinatura: R$ 450,00/ano – Fascículo Avulso: R$ 55,00

Rua Alvorada, 631 – Vila Olímpia – 04550-003 – São Paulo – SPTel.: (11) 3849-0099/3044-1339 [email protected] • growup-eventos.com.br

Assessoria Comercial: Reginaldo Ramos

Rua Anseriz, 27, Campo Belo 04618-050 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300www.segmentofarma.com.br • [email protected]

Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretor médico: Marcello Pedreira CRM 65377 Gerente financeira: Andrea Rangel Gerente comercial: Rodrigo Mourão Diretor de criação: Eduardo Magno Assistente comercial: Andrea Figueiro Coordenadora editorial: Sandra Regina Santana Diretora de arte: Renata Variso Revisoras: Glair Picolo Coimbra e Sandra Gasques Diagramação: Flávio Santana Produtor gráfico: Fabio Rangel Cód. da publicação: 10378.4.10

Apoio:

EDITORa-CHEFEEdna T. Kimura (SP)

COEDITORES

Alexander A. L. Jorge (SP)

Evandro S. Portes (SP)

Magnus R. Dias da Silva (SP)

Renan M. Montenegro Jr. (CE)

EDITOR aSSOCIaDO InTERnaCIOnalAntonio C. Bianco (EUA)

EDITORES aSSOCIaDOS

PRESiDEnTES DoS DEPARTAMEnToS DA SBEM

ADREnAL E HiPERTEnSão Milena F. Caldato (PA)

DiABETES MELiTo Saulo Cavalcanti da Silva (MG)

DiSLiPiDEMiA E ATERoSCLERoSE Maria Teresa Zanella (SP)

EnDoCRinoLoGiA BáSiCA Vânia M. Corrêa da Costa (RJ)

EnDoCRinoLoGiA FEMininA E

AnDRoLoGiA Poli Mara Spritzer (RS)

EnDoCRinoLoGiA PEDiáTRiCA Ângela M. Spinola de Castro (SP)

METABoLiSMo ÓSSEo E MinERALVictória Z. Cochenski Borba (PR)

nEURoEnDoCRinoLoGiA Mônica Roberto Gadelha (RJ)

oBESiDADE Marcio C. Mancini (SP)

TiREoiDE Edna T. Kimura (SP)

REPRESEnTAnTES DAS SoCiEDADES CoLABoRADoRAS

SBD Marilia de Brito Gomes (RJ)

ABESo João Eduardo nunes Salles (SP)

SoBEMoM Francisco Bandeira (PE)

Órgão oficial de divulgação científica da SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Departamento da Associação Médica Brasileira), SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, aBESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica e SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos do Metabolismo Ósseo e Mineral

Comissão Editorial nacional

Adriana Costa e Forti (CE)

Amélio F. Godoy Matos (RJ)

Ana Claudia Latronico (SP)

Ana Luiza Silva Maia (RS)

André Fernandes Reis (SP)

Antonio Carlos Lerario (SP)

Antônio Roberto Chacra (SP)

Ayrton Custódio Moreira (SP)

Berenice B. Mendonça (SP)

Bruno Geloneze neto (SP)

Carlos Alberto Longui (SP)

Carmen C. Pazos de Moura (RJ)

Célia Regina nogueira (SP)

César L. Boguszewski (PR)

Claudio E. Kater (SP)

Denise Pires de Carvalho (RJ)

Eder Carlos R. Quintão (SP)

Fábio Fernando Lima Silva (RJ)

Francisco de Assis Rocha neves (DF)

Geraldo Medeiros neto (SP)

Gil Guerra Jr. (SP)

Gisah M. do Amaral (PR)

Hans Graf (PR)

Helena Schimid (RS)

Henrique de Lacerda Suplicy (PR)

ieda T. n. Verreschi (SP)

Jorge Luiz Gross (RS)

José Gilberto Henriques Vieira (SP)

Júlio Abucham (SP)

Laércio Joel Franco (SP)

Laura S. Ward (SP)

Lucio Vilar (PE)

Luís Eduardo P. Calliari (SP)

Luiz Armando de Marco (MG)

Luiz Augusto Casulari R. da Motta (DF)

Luiz Henrique Canani (RS)

Marcello Delano Bronstein (SP)

FUnDaDORWaldemar Berardinelli (RJ)

EDITORES E CHEFES DE REDaÇÃO*1951-1955 Waldemar Berardinelli (RJ)Thales Martins (RJ)

1957-1972 Clementino Fraga Filho (RJ)

1964-1966* Luiz Carlos Lobo (RJ)

1966-1968* Pedro Collett-Solberg (RJ)

1969-1972* João Gabriel H. Cordeiro (RJ)

1978-1982 Armando de Aguiar Pupo (SP)

1983-1990 Antônio Roberto Chacra (SP)

1991-1994 Rui M. de Barros Maciel (SP)

1995-2006 Claudio Elias Kater (SP)

2009-2010

Márcia nery (SP)

Márcio Faleiros Vendramini (SP)

Margaret Boguszewski (PR)

Margaret de Castro (SP)

Maria Honorina Cordeiro Lopes (MA)

Maria Marta Sarquis Soares (MG)

Mário José A. Saad (SP)

Mário Vaisman (RJ)

Marise Lazaretti Castro (SP)

Mauro A. Czepielewski (RS)

Mônica Gabbay (SP)

osmar Monte (SP)

Pedro Weslley S. do Rosário (MG)

Regina Célia S. Moisés (SP)

Ricardo M. R. Meirelles (RJ)

Rui M. de Barros Maciel (SP)

Ruth Clapauch (RJ)

Sandra R. G. Ferreira (SP)

Sandra Mara Ferreira Villares (SP)

Sérgio Atala Dib (SP)

Sonir Roberto R. Antonini (SP)

Tânia A. S. Bachega (SP)

Thaís Della Manna (SP)

Ubiratan Fabres Machado (SP)

Comissão Editorial internacionalCarol Fuzeti Elias (EUA)

Charis Eng (EUA)

Décio Eizirik (Bélgica)

Efisio Puxeddu (itália)

Fernando Cassorla (Chile)

Franco Mantero (itália)

Fredric E. Wondisford (EUA)

Gilberto Jorge da Paz Filho (Austrália)

Gilberto Velho (França)

James A. Fagin (EUA)

John P. Bilezikian (EUA)

norisato Mitsutake (Japão)

Patrice Rodien (França)

Peter Kopp (EUA)

SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e MetabologiaDiretoria NacioNal Da SBeM 2009-2011Presidente: Ricardo M. R. MeirellesVice-Presidente: Airton Golbertsecretário executiVo: Josivan Gomes de Limasecretário Adjunto: Eduardo Pimentel Diastesoureiro GerAl: Ronaldo Rocha Sidney nevestesoureirA Adjunto: Adriana Costa e Forti

Rua Humaitá, 85, cj. 50122261-000 – Rio de Janeiro, RJFone/Fax: (21) 2579-0312/2266-0170www.sbem.org.brsecretáriA executiVA: Julia Maria C. L. Gonç[email protected]

aDreNal e HiperteNSãoPresidente Milena Caldato

Vice-Presidente Sonir R. Antonini

diretores Ana Claudia Latronico

Claudio Kater

Lucila L. K. Elias

Margaret de Castro

Rua dos Tamoios, 1.474, ap. 101, Batista Campos66025-125 – Belém, PAFone: (91) 3223-5359/Fax: (91) [email protected]

DiSlipiDeMia e ateroScleroSe

Presidente Maria Teresa Zanella

Vice-Presidente Bruno Geloneze neto

secretário Fernando Flexa Ribeiro Filho

tesoureirA Sandra Roberta Gouvea Ferreira

diretores Fernando Giufrida

Helena Schimidt

Luciana Bahia

Marcelo Costa Batista

Gláucia Carneiro

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Rua Leandro Dupret, 365, Vila Clementino04025-011 – São Paulo, SPFone: (11) 5904-0400/Fax: (11) [email protected]

DiaBeteS MellituS

Presidente Saulo Cavalcanti da Silva

Vice-Presidente Luiz Alberto Andreotti Turatti

secretário Antônio Carlos Pires

tesoureiro ivan Ferraz

diretores Adriana Costa e Forti

Rodrigo Lamounier

Balduino Tschiedel

suPlentes Sérgio Alala

Hermelinda Pedrosa

Rua Tomé de Souza, 830, 10o andar, cj. 1005, Savassi 30140-131 – Belo Horizonte, MG Fone: (31) 3261-2927www.diabetes.org.br

[email protected]

eNDocriNologia BáSica

Presidente Vânia Maria Corrêa da Costa

Vice-Presidente Magnus R. Dias da Silva

secretário Celso Rodrigues Franci

diretores Maria Tereza nunes

Doris Rosenthal

Catarina Segreti Porto

suPlentes Ubiratan Fabres Machado

Tânia Maria ortiga Carvalho

instituto de Biofísica Carlos Chagas FilhoUniversidade Federal do Rio de JaneiroRua Carlos Chagas Filho, 373, Cidade Universitária, ilha do Fundão, CCS, Bloco G, sala G106021941-902 – Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2562-6552 / Fax: (21) 2280-8193 [email protected]

Departamentos Científicos - 2009/2011Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Departamentos Científicos - 2009/2011

eNDocriNologia peDiátrica

Presidente Ângela Maria Spinola e Castro

Vice-Presidente Paulo César Alves da Silva

diretores Aline Mota da Rocha

Carlos Alberto Longui

Julienne Ângela Ramires de Carvalho

Maria Alice neves Bordallo

Marília Martins Guimarães

suPlentes Claudia Braga Abadesso Cardoso

Maria Tereza Matias Baptista

Rua Pedro de Toledo, 980, cj. 52, Vila Clementino04039-002 – São Paulo, SPFone: (11) 5579-9409/[email protected]/[email protected]

DepartaMeNto De NeuroeNDocriNologia

Presidente Mônica Roberto Gadelha

Vice-Presidente Manuel Faria

diretores Antônio Ribeiro

César L. Boguszewski

Luciana naves

Luiz Antônio de Araújo

Marcello Bronstein

suPlentes Leonardo Vieira neto

Raquel Jallad

Rua Visconde de Pirajá, 351, sala 1113, ipanema22410-003 – Rio de Janeiro, RJFone/Fax: (21) [email protected]

tireoiDe

Presidente Edna T. Kimura

Vice-Presidente Laura S. Ward

secretáriA Carmen Cabanelas Pazos de Moura

diretores Ana Luiza Silva Maia

Célia Regina nogueira

Gisah Amaral de Carvalho

Mário Vaisman

suPlentes Pedro Weslley S. do Rosário

Rosa Paula Melo Biscolla

Rua Botucatu, 572, cj. 81, Vila Clementino04023-061 – São Paulo, SPFone/Fax: (11) [email protected]

MetaBoliSMo ÓSSeo e MiNeral

Presidente Victória Zeghbi Cochenski Borba

Vice-Presidente Marise Lazaretti Castro

diretores João Lindolfo C. Borges

Luiz Gregório

Cynthia Brandão

Luis Russo, Luiz Griz

Rua Cândido Xavier, 575, água Verde80240-280 – Curitiba, PR Fone: (41) 3024-1415 ramal 217/Fax: (41) [email protected]

oBeSiDaDe

Presidente Marcio C. Mancini

Vice-Presidente Bruno Geloneze neto

Primeiro secretário João Eduardo nunes Salles

seGundo secretário Josivan Gomes de Lima

tesoureiro Mario Kehdi Carra

rePresentAntes dA sBem Alfredo Halpern

Henrique de Lacerda Suplicy

Associação Brasileira para o Estudo da obesidade Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711 01239-040 – São Paulo, SPFone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732www.abeso.org.br

eNDocriNologia FeMiNiNa e aNDrologia

Presidente Poli Mara Spritzer

Vice-Presidente Ruth Clapauch

diretores Alexandre Hohl

Amanda Valéria Luna de Athayde

Carmen Regina Leal de Assumpção

Dolores Perovano Pardini

Serviço de Endocrinologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, Rua Ramiro Barcelos, 2350, 4o andar90035-003 – Porto Alegre, RSFone: (51) 2101-8127/Fax: (51) 2101-8777www.feminina.org.br • [email protected]

coMuNicação SocialPresidente Ruy Lyra [email protected] ABem Edna T. KimuramemBros Ricardo M. R. Meirelles, Marisa Helena Cesar Coral, Balduino Tschiedel, Severino Farias

Ética e DeFeSa proFiSSioNalcorreGedor Teiichi oikawa [email protected] ney Cavalcanti1º VoGAl Amaro Gusmão2º VoGAl Victor Gervásio e Silva3º VoGAl ivana Maria netto Victória4º VoGAl itairan de Silva Terres5º VoGAl Maite ChimenoSuPlentes Diana Viegas, Joaquim José de Melo, Auxiliadora Brito de Lima, Josivan Gomes da Silva, Paulo Roberto Prata Mendonça

HiStÓria Da eNDocriNologiaPresidente Luiz César Povoa [email protected] Rui M. de Barros Maciel, Thomaz Cruz

coMitê De caMpaNHaS eM eNDocriNologiaPresidente Helena Schimid [email protected] Luiz Antônio Araújo, Vívian Ellinger

título De eSpecialiSta eM eNDocriNologia e MetaBologiaPresidente: Francisco BandeiraVice-Presidente: osmar MontememBros: Adelaide Rodrigues, Carlos Alberto Longui, César Boguszewski, Lucio Vilar, Marisa Helena César Coral

coMitê iNterNacioNalPresidente Amélio F. Godoy Matos [email protected] César Boguszewski, Cláudio Kater, Thomaz Cruz, Valéria GuimarãessuPlentes João Lindolfo Borges, Marcelo Bronstein

eleitoralPresidente Pedro Weslley S. do Rosário [email protected] Mauro Czepielewski, Victor Gervásio e Silva, Milena F. Caldato

paritária – caaepmemBros Ângela Maria Spínola de Castro [email protected] Paulo César Alves da Silva, Maria Alice neves Bordallo, Rômulo Sandrini, Luiz Eduardo Calliare, Marilza Leal nascimento

acoMpaNHaMeNto Do plaNejaMeNto eStratÉgicoPresidente Ricardo M. R. Meirelles [email protected] Ruy Lyra, Valéria Guimarães, Marisa Helena Cesar Coral, Amélio F. Godoy Matos

projeto DiretrizeScoordenAdor Claudio Kater [email protected] e HiPertensão Milena CaldatodisliPidemiA e Aterosclerose Maria Teresa ZanelladiABetes mellitus Saulo Cavalcanti da SilvaendocrinoloGiA BásicA Vânia Maria Corrêa da CostaendocrinoloGiA FemininA e AndroloGiA Poli Mara SpritzerendocrinoloGiA PediátricA Ângela Maria Spinola e CastrometABolismo Ósseo e minerAl Victória Zeghbi Cochenski BorbaneuroendocrinoloGiA Mônica Roberto GadelhaoBesidAde Márcio C. Mancinitireoide Edna T. Kimura

cieNtíFica Presidente Airton Golbert [email protected] Presidentes Regionais, Presidentes dos Departamentos CientíficosindicAdos PelAs diretoriAs Francisco Bandeira, Adriana Costa e Forti, Laura S. Ward, Luiz Griz, Ana Claudia Latronico

Valorização De NoVaS liDeraNçaS Presidente Rodrigo o. Moreira [email protected] Mônica oliveirarePresentAntes dos dePArtAmentos Alexandre Hohl Ana Rosa Quidute André G. Daher Vianna Andréa Glezer Carolina G. S. Leões Daniel Lins Érico H. Carvalho Érika Paniago Fabíola Y. Miasaki Luciana Bahia Vânia M. C. Costa

eDucação MÉDica coNtiNuaDaPresidente Laura S. Ward [email protected] Luiz Susin, Ruth Clapauch, João Modesto, Dalisbor Marcelo Weber Silva

eStatutoS, regiMeNtoS e NorMaSPresidente Marisa Helena Cesar Coral

[email protected]

memBros Luiz Carlos Espíndola, osmar Monte, Luiz Cesar Povoa, João Modesto

rePresentAnte dA diretoriA nAcionAl Ricardo M. R. Meirelles

Comissões Permanentes - 2009/2011Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

SBD – SocieDaDe BraSileira De DiaBeteSDIRETORIa naCIOnal Da SBD (2010/2011)

Presidente Saulo Cavalcanti da SilvaVice-Presidentes Balduino Tschiedel ivan dos Santos Ferraz nelson Rassi Ruy Lyra da Silva Filho Walter José Minicuccisecretário GerAl Domingos Augusto Malerbi2a secretáriA Reine Marie Chaves Fonseca1o tesoureiro Antonio Carlos Lerario 2o tesoureiro João Modesto FilhoconselHo FiscAl Leão Zagury Maria Regina Calsolari Silmara A. oliveira LeitesuPlente Perseu Seixas de Carvalho

Rua Afonso Brás, 579, cj. 72/7404511-011– São Paulo, SPFone/Fax: (11) [email protected]áriA executiVA: Kariane Krinas DavisonGerente AdministrAtiVA: Anna Maria Ferreira

aBeSo – aSSociação BraSileira para o eStuDo Da oBeSiDaDe e SíNDroMe MetaBÓlicaDIRETORIa naCIOnal Da aBESO (2010-2011)

Presidente Rosana Radominski Vice-Presidente Leila Araujo 1o secretário GerAl Alexandre Koglin Benchimol2a secretáriA GerAl Mônica Beyruti tesoureirA Cláudia Cozer

Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711 01239-040 – São Paulo, SPFone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732Secretária: Luciana [email protected] www.abeso.org.br

SoBeMoM – SocieDaDe BraSileira De eStuDoS Do MetaBoliSMo ÓSSeo e MiNeralDIRETORIa naCIOnal Da SOBEMOM (2009-2011)

Presidente Victória Zeghbi Cochenski BorbaVice-Presidente Dalisbor Marcelo Weber SilvasecretáriA executiVA Carolina Aguiar Moreira Kulaksecretário executiVo Adjunto Jaime Kulak Junior2o secretário executiVo Adjunto Sérgio Setsuo Maedatesoureiro GerAl Gleyne Biagginitesoureiro GerAl Adjunto Roberto Antonio Carneirodiretor cientíFico Almir Urbanetz

Rua Cândido Xavier, 575, água Verde80240-280 – Curitiba, PR Fone: (41) 3024-1415 ramal 217/Fax: (41) [email protected]áriA oPerAcionAl: Dione Pires da Silva

Sociedades e Associações Brasileirasna Área de Endocrinologia e Metabologia

MensageM do Presidente

Caros colegas,

Como presidente do próximo Simpósio Internacional de Neuroendocrino-logia (XV SINE), a realizar-se no Hotel Renaissance, São Paulo, de 21 a 23 de abril de 2010, gostaria de entusiasticamente convidá-los para participar desse já tradicional evento.

O formato desse encontro, onde todas as atividades científicas ocorrem em sala única, sem concomitância, e com almoço gastronômico incluído, tem a finalidade de propiciar um aproveitamento máximo da programação científica bem como aumentar a interação entre todos os participantes, pa-lestrantes e não palestrantes.

O programa científico foi especialmente elaborado para abranger desde as questões práticas mais relevantes da patologia neuroendócrina até temas que ainda se encontram na fronteira do conhecimento, como a regulação da ingesta alimentar e do balanço energético, e as novas terapêuticas em desenvolvimento para os adenomas hipofisários. Esse programa será apre-sentado em palestras, simpósios e debates por um grupo de palestrantes internacionais e nacionais criteriosamente selecionados pela experiência e pela didática.

Conto com vocês para o pleno sucesso desse encontro.

Julio Abucham – Presidente do XV SINE

Patrocinador Platinum

Patrocinador ouro

Patrocinador Prata

apoioSBEM

secretaria executivaParadigma - Planej. e Org. de Eventos

Av. Brig. Faria Lima, 1993, cj. 8801452-001– São Paulo

Telefones: (11) 3813 8896 e 3815 9003Fax: (11) 3815 2285

[email protected]

Comissão organizadora

Julio Abucham (Presidente)

Marcello Bronstein

Alessandra Casagrande

Nina Musolino

Evandro Portes

Comissão Científica

Mônica Gadelha (Presidente)

Julio Abucham

Luiz Antonio de Araujo

Cesar Boguszewski

Marcello Bronstein

Alessandra Casini

Margaret de Castro

Flavia Lucia Conceição

Mauro Czepielewski

Manuel Faria

Renan Montenegro

Ayrton Moreira

Nina Musolino

Luciana Naves

Miriam Oliveira

Antônio Ribeiro

Luiz Roberto Salgado

Lucio Vilar

Convidados internacionais

Diego Ferone (Itália)Department of Endocrinology and Medical Sciences, Center of Excellence for Biomedical Research, University of Genova, Italy.

Rosário Pivonello (Itália)Department of Molecular and Clinical Endocrinology and Oncology Federico II University, Naples, Italy.

Randy Seeley (USA)Department of Psychiatry, University of Cincinnati, Genome Research Institute Cincinnati, OH, USA.

Peter Trainer (UK)Department of Endocrinology, Christie Hospital Manchester, UK.

21 de abril de 2010 − Quarta-feira

11:00-14:00 Registration 14:00-14:15 Opening Session 14:15-15:00 Frontiers in neuroendocrinology lecture Chair: Julio Abucham

How obesity goes to our heads: novel ways adipose tissue talks to the brain Randy Seeley (Estados Unidos) 15:00-16:30 Coffee & Poster Session 16:30-17:10 Twin lectures Chairs: Mario Vaisman, Evandro Portes

Polimorfismos no eixo somatotrófico: implicações terapêuticas Alexander Jorge (São Paulo, Brasil)

Deficiência de GH e longevidade: lições de Itabaianinha Manuel Herminio Aguiar-Oliveira (Aracaju, Brasil) 17:15-18:15 Symposium: Terapêutica do hipopituitarismo Chairs: Mario Vaisman, Evandro Portes Uso do GH na transição para a vida adulta César Boguszewski (Curitiba, Brasil)

Tratamento do hipogonadismo hipogonadotrófico masculino Rogério Ribeiro (São Paulo, Brasil)

Reposição de DHEA no hipopituitarismo? Claudio Kater (São Paulo, Brasil)

PrograMação CientífiCa

22 de abril de 2010 − Quinta-feira 8:00-8:45 Twin lectures Chairs: Renan Montenegro, Cesar Boguszewski

Patogênese da acromegalia: novas implicações de velhos e novos genes Monica Gadelha (Rio de Janeiro, Brasil)

GH and IGF-I in the diagnosis of acromegaly Peter Trainer (Reino Unido) 8:50-9:50 Symposium: Tópicos selecionados em acromegalia Chairs: Renan Montenegro, Cesar Boguszewski

Significado e limitações do teste de supressão com glicose Antonio Ribeiro (Belo Horizonte, Brasil)

Acromegalia e câncer Lívia Lugarinho (Rio de Janeiro, Brasil)

Cirurgia: sucessos e limitações Raquel Jallad (São Paulo, Brasil) 9:50-10:20 Coffee Break 10:20-10:50 Translational lecture Chair: Antonio Ribeiro

The clinical-molecular interface of somatostatin, dopamine, and their receptors Diego Ferone (Itália) 10:55-11:55 Symposium: Tratamento farmacológico da acromegalia Chairs: Nina Musolino, Monica Gadelha

Primary therapy with somatostatin analogs: long term results Rosário Pivonello (Itália)

Terapia combinada octreotida/cabergolina: resultados no curto e longo prazo Manoel Martins (Fortaleza, Brasil)

New analogs of somatostatin and dopamine Diego Ferone (Itália) 12:00-12:30 Clinical lecture Chairs: Nina Musolino, Monica Gadelha

Treatment of acromegaly with GH antagonist Peter Trainer (Reino Unido) 12:30-14:30 Lunch

14:30-14:50 Clinical lecture Chairs: Ana Maria Lengyel, Luiz Antonio de Araujo

Terapêutica dos prolactinomas em 2010 Marcello Bronstein (São Paulo, Brasil) 14:55-15:55 Symposium: Tópicos selecionados em prolactina Chairs: Ana Maria Lengyel, Luiz Antonio de Araujo

Temozolamida em adenomas agressivos Andrea Glezer (São Paulo, Brasil)

Hiperprolactinemia não tumoral Lucio Vilar (Recife, Brasil)

Cabergolina e valvulopatia cardíaca Manuel Faria (São Luís, Brasil) 16:00-17:30 Coffee & Poster Session 17:30-17:50 Translational lecture Chair: Luiz Roberto Salgado

O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal: da fisiologia à clínica Ayrton Moreira (Ribeirão Preto, Brasil)

23 de abril de 2010 − sexta-feira 8:00-8:45 Twin lectures Chairs: Ayrton Moreira, Manoel Martins

Patogênese dos corticotrofinomas Margaret de Castro (Ribeirão Preto, Brasil)

Avaliação diagnóstica na doença de Cushing: quantos testes? Bernardo Liberman (São Paulo, Brasil) 8:50-9:50 Symposium: Terapêutica farmacológica da doença de Cushing Chairs: Ayrton Moreira, Manoel Martins

Cetoconazol Silvia Correa (São Paulo, Brasil)

Cabergoline and new drugs Rosário Pivonello (Itália)

Análogos da somatostatina Luiz R. Salgado (São Paulo, Brasil) 9:50-10:20 Coffee Break 10:20-10:50 Clinical lecture Chairs: Marcello Bronstein, Luciana Naves

Morbi-mortality in Cushing’s disease: the European study Rosário Pivonello (Itália) 10:55-11:55 Symposium: Doença hipofisária e gestação Chairs: Marcello Bronstein, Luciana Naves

Acromegalia Monike Dias (Goiânia, Brasil)

Prolactinomas Marcio Machado (São Paulo, Brasil)

Casos selecionados Miriam Oliveira (Porto Alegre, Brasil) 12:00-12:20 Surgical lecture Chair: Bernardo Liberman

Cirurgia endoscópica: quais foram as contribuições? Aldo Stamm (São Paulo, Brasil) 12:20-14:20 Lunch

14:20-15:20 Symposium: Adenomas não secretores Chairs: Mauro Czepielewski, Miriam Oliveira

Crescimento de remanescente cirúrgico: o que fazer? Nina Musolino (São Paulo, Brasil)

Marcadores de proliferação e comportamento biológico Luciana Naves (Brasília, Brasil)

Tratamento farmacológico: realidade e perspectivas Leonardo Vieira Neto (Rio de Janeiro, Brasil) 15:20-16:30 Oral presentations Chairs: Margaret Castro, Julio Abucham

OR1 Design and development of a sensitive and highly specific immunometric assay for measuring GH in pregnancy and in acromegaly treated with pegvisomant

Dias ML, Obara LH, Vieira JGH, Abucham J (Unifesp/EPM; Laboratório Fleury)OR2 Germline and somatic analysis of the AIP gene and survey of phenotypic

modifiers in kin dreds with familial acromegaly Toledo RA, Lourenço Jr DM, Fragoso MCBV, Castro M, Bronstein MD,

Mendonça BB, Toledo SPA (FMUSP) OR3 Diagnostic validation of myocardial performance parameters by

echocardiography in overt and subclinical primary and central hypothyroidism

Doin F, Martins M, Rosa-Borges M, Barbosa E, Moises V, Abucham J (Unifesp/EPM)OR4 Differential expression of MicroRNAs in craniopharyngiomas: potential

oncogenic functions Campanini ML, Paixão BMC, Cabral TF, Moreira AC, Antonini SR, Castro M

(FMUSP-RP)OR5 Prevalência de câncer de tiroide em pacientes com acromegalia: um

estudo caso-controle Santos MCC, Nascimento GC, Nascimento AGC, Carvalho VC, Lopes MHC,

Amorim P, Montenegro R, Vilar L, Albano M, Alves ARV, Parente CV, Faria MS (HU-UFMA; HU-UFC; HU-UFPE)

OR6 Low somatostatin receptor subtype 2 protein expression is a negative predictor of biochemical control with octreotide-LAR

Wildemberg LE, Vieira Neto L, Takiya CM, Alves LM, Gadelha M (UFRJ) 16:30-17:00 Coffee Break 17:00-17:50 Meet the professors: case discussion Chair: Julio Abucham Discussants: Mauro Czepielewski (Porto Alegre), Eduardo Dias (Belo Horizonte),

Maria Adelaide Pereira (São Paulo), Eduardo Velutini (São Paulo), Cassio Andreoni (São Paulo), Eduardo Weltman (São Paulo)

17:50-18:00 Top ten awards & closing remarks Chairs: Julio Abucham, Monica Gadelha

Índice de Temas Livres

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Índice de Temas Livres

P001 a P036: acromegaLia

P001 inTerFerence oF PregnanT serUm in a HigHLY sensiTive and sPeciFic immUnomeTric gH assaY resULTs in FaLseLY sUPPressed gH concenTraTions dUring LaTe PregnancY in acromegaLY ............................... s10Dias ML, Obara LH, Vieira JGH, Abucham J

P002 vaLores normais de igF-1 sÉrico em adULTos: resULTados de Uma PoPULaÇÃo BrasiLeira .................................... s10Rosário P, Salles D, Furtado M

P003 deTerminaTion oF ceLL ProLiFeraTion Using mcm2 anTigen and evaLUaTion oF aPoPTosis andTgF-β1 eXPression in gH-secreTing or cLinicaLLY nonFUncTioning PiTUiTarY .................................................................... s10Dallago CM, Barbosa-Coutinho LM, Ferreira NP, Meurer R, Pereira-Lima JFS, Oliveira MC

P004 arYL HYdrocarBon recePTor inTeracTing ProTein is a BeTTer marKer oF aggressiveness in somaToTroPinomas THan Ki-67 and P53 .......................................................................................................................... s11Pinho LKJ, Vieira Neto L, Gasparetto E, Marcondes J, Nunes BA, Amorim GN, Honório GLF, Tarragó SL, Takiya CM, Gadelha M

P005 avaLiaÇÃo do envoLvimenTo da CYCLIN-DEPENDENT KINASE INHIBITOR 1B (cdKn1P27) na PaTogÊnese dos TUmores HiPoFisÁrios FamiLiares isoLados ............................................................................................................ s11Naves LA, Serra FG, Castro LF, Barra GB, Azevedo MF, Faucz F, Casulari LA

P006 evaLUaTion oF THYroid diseases in PaTienTs WiTH acromegaLY .................................................................................... s11Paiva H, Lima G, Correa L, Vidal AP, Cavallieri S, Vaisman M, Buescu A, Gadelha M

P007 vaLores normais do nadir do gH aPÓs soBrecarga oraL de gLicose em oBesos ............................................... s12Rosário P, Furtado M, Salles D

P008 sHorT and Long-Term eFFicacY oF comBined caBergoLine and ocTreoTide TreaTmenT in conTroLLing igF-i LeveLs in acromegaLY ................................................................................................................................................. s12Mattar P, Martins MRA, Abucham J

P009 eFFecTiveness oF THe addiTion oF caBergoLine To acromegaLic PaTienTs resisTanT To LongTerm THeraPY WiTH ocTreoTide Lar ............................................................................................................................................ s12Vilar L, Naves L, Montenegro RM, Azevedo MF, Casulari LA, Montenegro Jr RM, Figueiredo P, Albuquerque L, Pontes L, Montenegro L, Silva SP, Ibiapina GR, Alves GS, Cunha RA, Cortês G, Faria MS

P010 12-HoUr daYTime gH ProFiLe in neWLY diagnosed acromegaLY WiTH moderaTeLY HigH nadir gH aFTer ogTT ............................................................................................................................................................................. s13Sobral AP, Elias PCL, Castro M, Moreira AC

P011 ProsTaTic disorders and acromegaLY ........................................................................................................................... s13Corrêa L, Balarini G, Cavallieri S, Miranda LC, Gadelha M

P012 mccUne-aLBrigHT sYndrome and acromegaLY: resPonse To THeraPY WiTH Long-acTing somaTosTaTin associaTed To doPamine agonisT in Five PaTienTs ......................................................................................................... s13Alves BB, Duarte FHG, Lima LCS, Fragoso MCBV, Brito VN, Jallad RS, Bronstein MD

P013 evaLUaTion oF Bone mineraL densiTY, BodY comPosiTion and THeir reLaTionsHiP WiTH disease acTiviTY and gonadaL sTaTUs in sevenTY-Five acromegaLic PaTienTs ...................................................................................... s14Madeira M, Vieira Neto L, Lima GAB, Moreira RO, Mendonça LMC, Torres CH, Gadelha MR, Farias MLF

P014 aUmenTo do diÂmeTro da raiZ aÓrTica em PacienTes com acromegaLia comParado a conTroLes saUdÁveis ............................................................................................................................................................................... s14Casini A, Fontes R, França R, Xavier S, Gadelha M

P015 inFLUence oF groWTH Hormone recePTor (gHr) eXon 3 genoTYPe on cLinicaL, meTaBoLic and HormonaL ProFiLes in UnTreaTed acromegaLic PaTienTs ........................................................................................... s14Jallad R, Trarbach E, Chile T, Duarte FHG, Jorge AAL, Bronstein MD

P016 QUaLiTY oF LiFe (QoL) in adULTs WiTH groWTH Hormone deFiciencY (gHd): vaLidaTion oF QoL-agHda inTo BraZiLian PorTUgUese ................................................................................................................................................. s15Ribeiro-Oliveira Jr A, Mol SS, Alencar GA, Boguszewski CL, McKenna SP

P017 aLTeraÇÕes cardÍacas esTrUTUrais e FUncionais em PacienTes acromegÁLicos: comParaÇÃo com Um grUPo de indivÍdUos sadios e de HiPerTensos ......................................................................................................... s15Nascimento GC, Oliveira M, Muniz PA, Santos MCC, Carvalho V, Lopes MH, Faria MS

P018 eXPerience WiTH PegvisomanT in a reFerence cenTer For acromegaLY TreaTmenT................................................ s15Vieira Neto L, Wildemberg LEA, Pinho LKJ, Silva NVMD, Gadelha M

P019 FreQUÊncia de neoPLasias Benignas e maLignas nUm grUPo de PacienTes acromegÁLicos .............................. s16Bolfi F, Resende M, Mazeto GMFS, Nogueira CR, Miot HA, Nunes VS

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P020 cLassiFicaÇÃo de acromegÁLicos QUanTo À PresenÇa de sÍndrome meTaBÓLica: Uma avaLiaÇÃo QUe sUBesTima a imPorTÂncia do conTroLe da acromegaLia .................................................................................. s16Sabino SM, Miranda PAC, Rodrigues LFAA, Giannetti AV, Ribeiro-Oliveira Jr A

P021 associaÇÃo de dose nÃo diÁria de PegvisomanTo com anÁLogo de somaTosTaTina de Longa dUraÇÃo: resULTados PreLiminares em seTe PacienTes com acromegaLia ................................................................................. s17Zakir JCO, Musolino NRC, Cescato VAS, Liberman B

P022 eFFicacY oF caBergoLine as adJUvanT THeraPY For ocTreoTide-Lar resisTanT acromegaLic PaTienTs .............. s17Martins MRA, Marques ARC, Albano MF, Montenegro RM

P023 o Uso de PegvisomanTo em PacienTes com acromegaLia reFraTÁria ao TraTamenTo convencionaL ............ s17Czepielewski M, Costenaro F, Boschi V, Lima PB

P024 aPoPLeXY oF a groWTH Hormone-secreTing PiTUiTarY TUmor FoLLoWed BY HYPoPiTUiTarism, sPonTaneoUs recoverY oF PiTUiTarY FUncTion and TUmor resoLUTion .................................................................... s18Weiler FG, Bana IMC, Blumberg K, Foroni MZ, Abucham J

P025 PerFiL dos PacienTes com acromegaLia no cenTro de neUroendocrinoLogia da sanTa casa de PorTo aLegre/UFcsPa ......................................................................................................................................................... s18Leães CGS, Pereira-Lima JFS, Turra EE, Ferreira NP, Oliveira MC

P026 TemoZoLamide as a neW agenT For acromegaLY TreaTmenT: conTroL oF groWTH Hormone HYPersecreTion in acromegaLic somaTosTaTin resisTanT PaTienT WiTH associaTed gLi ......................................... s18Naves L, Coelho IF, Mello P, Castro LF, Casulari LA

P027 anÁLise dos FaTores de risco cardiovascULar em 44 PacienTes PorTadores de acromegaLia.......................... s19Fedrizzi D, Czepielewski MA

P028 anÁLise da QUaLidade de vida dos PacienTes com acromegaLia aTravÉs do acroQoL ...................................... s19Araújo LA, Baggentoss R, Rodrigues GS, Kohara SK, Silva DMW, Souza BV, Oliveira DB, Morsch M, Werlich R, Kreutzfeld T

P029 avaLiaÇÃo dos resULTados de TraTamenTo de Um grUPo de PacienTes acromegÁLicos acomPanHados na FacULdade de medicina de BoTUcaTU .......................................................................................... s19Benigno ASA, Ferreira EAL, Masselli DBM, Zanini MA, Nunes VS

P030 acromegaLia: TraTamenTo e evoLUÇÃo dos PacienTes acomPanHados no amBULaTÓrio de endocrinoLogia da Universidade FederaL do TriÂngULo mineiro ........................................................................... s20Jorge BH, Borges MF, Sato LM, Silva LC, Ferreira BP, Resende EAMR

P031 acromegaLY: recUrrence aFTer 10 Years oF BiocHemicaL cUre ................................................................................ s20Bana IMC, Weiler FG, Blumberg K, Abucham J, Lengyel AM

P032 resULTados do segUimenTo de 15 PacienTes acromegÁLicos sUBmeTidos À cirUrgia .......................................... s20Araújo LA, Baggentoss R, Rodrigues GS, Silva DMW, Kohara SK, Souza BV, Werlich R, Kreutzfeld T, Morsch M, Oliveira DB

P033 TraTamenTo a Longo PraZo com PegvisomanTo em acromegaLia resisTenTe: reLaTo de caso......................... s21Blumberg K, Bana I, Weiler F, Alves GM, Lengyel AM

P034 associaÇÃo de ocTreoTide e PegvisomanT no TraTamenTo da acromegaLia: reLaTo de caso ........................ s21Reis MA, Ferreira JB, Câmara LAS, Ackel MMA, Melo BF, Matar G

P035 adenoma HiPoFisÁrio somaToTrÓFico comPLicado Por Processo inFLamaTÓrio crÔnico: reLaTo de caso..................................................................................................................................................................... s21Baggentoss R, Araújo LA, Souza BV, Rodrigues GS, Kohara SK, Silva DMW, Oliveira DB, Werlich R, Kreutzfeld T, Morsch M

P036 TraTamenTo de TUmor HiPoFisÁrio cossecreTor de HormÔnio do crescimenTo e ProLacTina com agonisTas doPaminÉrgicos e anÁLogos de somaTosTaTina ..................................................................................... s22Fábrega PP, Amorim SR, Gomes MGZ, Tortul FC, Portes ES

P037 a P055: ProLacTinoma

P037 ProLacTinoma: a condiTion associaTed WiTH HYPoadiPonecTinemia ...................................................................... s22Rodrigues LFAA, Campos SMS, Miranda PAC, Mol SS, Giannetti AV, Ribeiro-Oliveira Jr A

P038 diagnÓsTico Precoce de nem-1 em PorTadores de ProLacTinomas Por rasTreamenTo de HiPerParaTireoidismo assinTomÁTico .............................................................................................................................. s22Figueredo PRL, Souza MR, Carvalho VR, Martins MRA, Quezado R, Montenegro Jr RM, Montenegro RM, Fontenele EGP, Quidute ARP

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Índice de Temas Livres

P039 rePLicaÇÃo ceLULar e angiogÊnese em TUmores do snc e das meninges e sUa reLaÇÃo com a eXPressÃo de ProLacTina TecidUaL e HiPerProLacTinemia ....................................................................................... s23Abech DMD, Pereira-Lima JFS, Leães CGS, Meurer RT, Barbosa-Coutinho LM, Ferreira NP, Oliveira MC

P040 doenÇa vaLvar cardÍaca em PacienTes com ProLacTinomas TraTados com agonisTas doPaminÉrgicos ................................................................................................................................................................. s23Santos CMC, Sakamoto K, Marini LC, Azevedo M, Souza AM, Boguszewski CL

P041 acromegaLia em PacienTes com ProLacTinoma em TraTamenTo com agonisTas doPaminÉrgicos ................ s23Rosário P, Purisch S, Salles D

P042 imPacT oF ProTocoL For FoLLoW-UP oF PaTienTs WiTH men 1 in a UniversiTY HosPiTaL: WHaT Has cHanged in THe oUTcome oF oUr PaTienTs?.................................................................................................................... s24Souza MR, Costa AG, Leite De Figueiredo PRL, Carvalho VR, Fontenele EGP, Quezado R, Martins MRA, Montenegro Jr RM, Montenegro RM, Quidute ARP

P043 an aggressive, TreaTmenT-resisTanT ProLacTinoma in a cHiLd WiTH a neW germLine mUTaTion a195v in THe arYL HYdrocarBon recePTor inTeracTing ProTein (aiP) gene ........................................................... s24Naves L, Vencio SAC, Barra GB, Serra FG, Garcia EC, Castro LF, Oliveira LM, Casulari LA

P044 comParaÇÃo enTre caBergoLina e BromocriPTina no TraTamenTo da HiPerProLacTinemia: revisÃo sisTemÁTica e meTanÁLise ..................................................................................................................................... s24Nunes VS, El Dib RP, Boguszewski CL, Nogueira CR

P045 PrevaLence oF oBsTrUcTive sLeeP aPnea in PaTienTs WiTH ProLacTinoma BeFore and aFTer TreaTmenT WiTH doPamine agonisTs ................................................................................................................................. s25Barbosa F, Silva C, Lima G, Serfaty F, Coutinho W, Gadelha M

P046 HiPerProLacTinemia e Peso corPoraL: PrevaLÊncia de oBesidade e soBrePeso em PacienTes com HiPerProLacTinemia ............................................................................................................................................................. s25Pereira-Lima JFS, Leães CGS, Freitas Neto FM, Viter M, Silva ALM, Oliveira MC

P047 avaLiaÇÃo do conHecimenTo dos endocrinoLogisTas e ginecoLogisTas no TraTamenTo da HiPerProLacTinemia ............................................................................................................................................................. s25Nunes VS, Vicenti HC, Padovani CR, Vilar L, Nogueira CR

P048 doPaminergic agonisTs and PsYcHosis: case rePorTs ............................................................................................... s26Sallum Filho CFC, Alves GM, Sulzbach ML, Vidotto TM, Liboni CS, Vieira TC, Lengyel AMJ

P049 oBsTrUÇÃo nasaL como Primeira maniFesTaÇÃo de Um macroProLacTinoma..................................................... s26Benigno ASA, Marivo M, Neto GF, Souza GL, Hirosawa RM, França MM, Galan FC, Zanini MA, Nunes VS

P050 siBUTramine-indUced HYPerProLacTinemia: case rePorT.............................................................................................. s26Leães CGS, Pereira-Lima JFS, Oliveira MC

P051 avaLiaÇÃo dos PacienTes com ProLacTinoma acomPanHados no serviÇo de neUroendocrinoLogia do HosPiTaL das cLÍnicas da Universidade FederaL de goiÁs ........................................ s26Melo APM, Viggiano DPP, Bueno FN, Ribeiro FMF, Florentino CC, Jatene EM, Paula SLMF

P052 cereBro sPinaL FisTULa, PneUmocePHaLUs and meningiTis: a rare comPLicaTion oF doPamine agonisT TreaTmenT For ProLacTinoma......................................................................................................... s27Sobreira WGP, Gondim JA, Vasconcelos JP, Gomes E, Ferraz TML, Alverne L, Schops M, Mota JIS

P053 macroProLacTinemia com a PresenÇa de sinTomas de HiPerProLacTinemia e de adenoma HiPoFisÁrio: o TraTamenTo com agonisTa doPaminÉrgico Pode ser indicado?................................................... s27Wanderley-Xavier AC, Liberati AP, Marocco T, Eimori D, Caetano L, Correa-Silva SR, Vecchiatti S

P054 reFraTariedade no TraTamenTo com agonisTas doPaminÉrgicos em PacienTe PorTador de ProLacTinoma e doenÇa ceLÍaca .................................................................................................................................... s28Paula AS, Castro LF, Thoma I, Garcia EC, Casulari LA, Naves L

P055 BaiXa esTaTUra e aTraso da PUBerdade em adoLescenTe do seXo mascULino com macroProLacTinoma: reLaTo de caso ........................................................................................................................... s28Guedes VAJ, Sepulcre DFN, Machado PNP, Napoli TF, Scalissi NM, Lima Jr JV

P056 a P058: adenomas secreTores de TsH

P056 TsH-secreTing adenomas: a singLe cenTer eXPerience ................................................................................................. s28Casagrande A, Oliveira J, Vidotto T, Abucham J

P057 adenoma secreTor de TsH (TsHoma) associado À TireoidiTe de HasHimoTo: reLaTo de caso ............................. s29Secches C, Romualdo-Silva D, Maia F, Miranda P, Rosário P, Calsolari R, Purisch S, Reis R, Leite C, Santos M, Froés L

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Índice de Temas Livres

P058 seTor de endocrinoLogia da Universidade esTadUaL de Londrina. TireoTroPinoma: reLaTo de caso .............. s29Berbel LCL, Sakamoto KS, Radaeli RF, Tristão JR, Oliveira ML, Carrilho AJF, Almeida HGG, Harth FM, Almeida D, Marquezine GF

P059 a P065: HiPoPiTUiTarismo (adULTo)

P059 inFLUence oF THe d3-gH recePTor and igF1 gene PoLYmorPHisms on igF1 and LiPid ProFiLe on sHorT and Long-Term TreaTmenT resPonse To gH in adULT gH deFiciencY .......................................................................... s29Barbosa EJL, Glad CAM, Palming J, Carlsson LMS, Gotherstrom G, Boguszewski CL, Johannsson G

P060 Pan-HiPoPiTUiTarismo aPÓs Hsa Por rUPTUra de arTÉria comUnicanTe anTerior: reLaTo de caso ..................... s30Araujo PBMC, Godoy BL, Silva NAO, Conceição FL

P061 comParaÇÃo do PerFiL LiPÍdico, PressÃo arTeriaL, gLicemia de JeJUm e cinTUra aBdominaL de PacienTes com HiPoPiTUiTarismo X sÍndrome meTaBÓLica ........................................................................................... s30Pereira-Lima JFS, Fighera TM, Lapnharski C, Leães CGS, Ferreira NP, Oliveira MC

P062 sÍndrome de sHeeHan e TaLassemia BeTa minor ............................................................................................................. s30Tavares ABW, Lorenzoni GD, Reis KSSC, Conceição FL

P063 HiPoPiTUiTarismo em PacienTe idoso aPÓs cHoQUe HemodinÂmico ......................................................................... s31Batista RL, Toscanini AC, Cunha-Neto MB

P064 reLaTo de caso: Pan-HiPoPiTUiTarismo em PacienTe PorTador de sida ...................................................................... s31Sallum Filho CFC, Sulzbach ML, Alves GM, Vidotto MT, Liboni CS, Lengyel AMJ, Abucham Filho JZ

P065 HiPogLicemia sinTomÁTica como maniFesTaÇÃo da deFiciÊncia de HormÔnio do crescimenTo no adULTo (dgHa) – reLaTo de caso ................................................................................................................................ s31Leite CC, Secches CVA, Santos MMMS, Froes LP, Rosario PWS, Miranda PAC, Calsolari MR

P066 a P074: adenomas nÃo secreTores

P066 mUTaTion on arYL HYdrocarBon ProTein (aiP) gene reLaTed To HYPerPLasia oF inTermediaTe LoBe in a conTeXT oF FamiLiaL isoLaTed PiTUiTarY adenoma (FiPa) .............................................................................. s32Naves L, Dias LA, Barra GB, Castro LF, Oliveira LM, Azevedo MF, Casulari LA

P067 ceFaLeia em saLvas: rara maniFesTaÇÃo de adenoma HiPoFisÁrio ........................................................................... s32Bronstein M, Carvalho R, Stamm A, Vellutini E

P068 TeraPia no TUmor HiPoFisÁrio ProdUTor de FsH: reLaTo de caso .............................................................................. s32Garmes HM, Graciotto OR, Oliveira DM, Benetti-Pinto CL, Queiroz LS

P069 aPresenTaÇÃo cLÍnica, avaLiaÇÃo LaBoraToriaL e evoLUÇÃo de 30 adenomas HiPoFisÁrios aTendidos no amBULaTÓrio de endocrinoLogia da Universidade de cUiaBÁ, mT .................................................. s33Pizarro C, Azambuja G, Assumção E, Martins M, Graças S, Braga N, Souza F, Mattel LF, Persiani MC, Novais W

P070 aPoPLeXia HiPoFisÁria simULando TromBose de seio cavernoso .............................................................................. s33Ribeiro FMF, Melo APM, Florentino CC, Bueno FN, Borges MAF, Antunes DE, Rodrigues MLD, Viggiano DPPO, Jatene EM, Moura de Paula SLF

P071 reLaTo de caso: adenoma corTicoTrÓFico siLencioso ............................................................................................. s33Sepulcre DFN, Ribeiro MA, Santos ARL, Lazarini P, Scalissi NM, Lima Jr JV

P072 eXPressÃo de genes reLacionados À aPoPTose nos adenomas HiPoFisÁrios cLinicamenTe nÃo FUncionanTes e seU PoTenciaL como marcador do comPorTamenTo TUmoraL ................................................. s33Cescato VAS, Pinto EM, Musolino NRC, Siqueira SAC, Teixeira MJ

P073 a sUBseT oF non FUncTioning PiTUiTarY adenoma WiTH PosiTive sTaining For gLYcoProTein PresenTs UndereXPression oF dLK1and mir-143 and overeXPression oF gsTP1. ...................................................... s34Paixao BMC, Lima DS, Peitl Jr P, Dinarte AR, Zanette DL, Saggioro F, Moreira AC, Silva Jr WA, Machado HR, Castro M

P074 anÁLise das dimensÕes TUmorais em adenomas HiPoFisÁrios cLinicamenTe nÃo FUncionanTes ....................... s34Cescato VAS, Musolino NRC, Siqueira SAC, Teixeira MJ

P075 a P076: cranioFaringioma

P075 PiTUiTarY TranscriPTion FacTors and β-caTenin gene mUTaTions in adamanTinomaToUs cranioPHarYngiomas ........................................................................................................................................................ s35Campanini ML, Paixao BMC, Machado HR, Antonini SR, Moreira AC, Castro M

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Índice de Temas Livres

P076 cranioFaringioma: avaLiaÇÕes cLÍnica, LaBoraToriaL, neUrorradioLÓgica e evoLUÇÃo aPÓs TraTamenTo ........................................................................................................................................................................... s35Campanini ML, Paixão BMC, Machado HR, Antonini SR, Saggioro F, Moreira AC, Castro M

P077 a P089: massa seLar

P077 granULar ceLL TUmor as a diFFerenTiaL diagnosis oF sUPraseLLar mass: a case rePorT ..................................... s35Sickler TP, Glezer A, Vicaria D, Cescato V, Rosemberg S, Bronstein M

P078 seLLar mass in a PaTienT WiTH sYsTemic non-HodgKin LYmPHoma: is THere a roLe For PeT scan in diFFerenTiaL diagnosis? ...................................................................................................................................................... s36Alves BB, Melo SSJ, Lerario AM, Fragoso MCBV, Cescato VAS, Glezer A, Bronstein MD

P079 craniaL nerve PaLsY as a cLUe To PiTUiTarY meTasTases diagnoses ........................................................................... s36Cescato VAS, Bonifacio LA, Dias DR, Silva GO, Cunha Neto MBC, Musolino NRC

P080 granULomaToUs HYPoPHYsiTis mimicKing PiTUiTarY adenoma: rePorT oF 2 cases .................................................. s36Sickler TP, Glezer A, Vicaria D, Cukier P, Rosemberg S, Gadelha M, Niemeyer Filho P, Bronstein M

P081 massa seLar em PacienTe com carcinoma escamoso de coLo UTerino e LinFoma nÃo HodKing: discUssÃo diagnÓsTica e TeraPÊUTica ............................................................................................................................ s37Batista RL, Toscanini A, Cunha-Neto MB

P082 aBscesso HiPoFisÁrio resULTando em Pan-HiPoPiTUiTarismo e meningiTe de rePeTiÇÃo ......................................... s37Baggentoss R, Araújo LA, Kohara SK, Silva DMW, Rodrigues GS, Souza BV, Morsch M, Oliveira DB, Werlich R, Kreutzfeld T

P083 inFUndiBULo-PiTUiTarY mass and amaUrosis in sJogren´s ........................................................................................... s37Moura JP, Mimura LY, Monteiro MLR, Levy M, Moura F, Nicolau W, Bloise W

P084 germinoma de gLÂndULa PineaL e HiPoFisÁria – reLaTo de caso ............................................................................... s38Midori RH, Benigno ASA, França MM, Bolfi F, Bianchi LA, Moura PCR, Galan FC, Zanini MA, Nunes SV

P085 cordoma seLar: reLaTo de caso ...................................................................................................................................... s38Sobreira WGP, Gondim J, Ferraz TMBL, Lima MO, Mota JIS, Gomes E

P086 reLaTo de caso: HiPerProLacTinemia e DIABETES INSIPIDUS secUndÁrios À meTÁsTase HiPoFisÁria ........................ s38Amaral LC, Milhomem FA, Drummond JB, Mol SS, Lamounier RN, Nascimento PD, Gomes EF, Soares BS

P087 TraTamenTo de HiPoFisiTe LinFocÍTica com carBegoLina: reLaTo de caso .............................................................. s39Barroso ADL, Reis MTA, Visconti GL, Moraes DR, Ferraz MP, Normando APC, Neres MS

P088 meTasTases To THe PiTUiTarY gLand .................................................................................................................................... s39Hermann D

P089 associaÇÃo de neUroFiBromaTose TiPo 1 e HiPerParaTireoidismo PrimÁrio ........................................................... s39Santos A, Benigno A, Martins MF, Hirosawa RM, Neto GF, Souza GL, Marivo M, Amui IO, Galan CF, Mazeto GFM, Nunes VS

P090 a P092: neUroendoscoPia

P090 FecHamenTo de FÍsTULas inTraoPeraTÓrias de aLTo dÉBiTo em neUroendoscoPia da regiÃo seLar ................... s40Pinheiro-Neto C, Mariani PP, Romano F, Ramos H, Sennes L, Huayllas MKP, Tavares L, Zilli R, Cukiert A

P091 neUroendoscoPia das LesÕes seLares: resULTados PreLiminares .............................................................................. s40Mariani PP, Pinheiro-Neto CD, Romano F, Ramos H, Huayllas MKP, Tavares L, Zilli R, Sennes LU, Cukiert A

P092 UTiLiZaÇÃo de neUronavegaÇÃo inTraoPeraTÓria em neUroendoscoPia de Base de crÂnio ............................. s40Cukiert A, Mariani PP, Tavares L, Zilli RW, Romano F, Ramos H, Sennes LU, Huayllas MKP

P093 a P108: doenÇa de cUsHing

P093 FiBroBLasT groWTH FacTor recePTor 4 (FgFr4) in cUsHing disease oUTcome: inFLUence oF eXPression and oF THe g388r FUncTionaL PoLYmorPHism ........................................................................................... s40Brito L, Lerario A, Bronstein M, Mendonça B, Fragoso MC

P094 sUiTaBLe HoUseKeePing (HK) genes For normaLiZaTion oF reaL-Time QUanTiTaTive rT-Pcr (rTqPcr) eXPression sTUdies oF corTicoTroPH PiTUiTarY adenomas ......................................................................................... s41Brito L, Carvalho L, Cani C, Mendonça B, Fragoso MC

P095 HorsesHoe-sHaPed acTH-secreTing adenomas in PaTienTs WiTH cUsHing disease ................................................... s41Sulzbach ML, Alves GM, Sallum Filho CFC, Vidotto TM, Liboni CS, Vieira TC, Zymberg S, Santos R, Nogueira R, Correia-Silva SR, Abucham J, Lengyel AMJ

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Índice de Temas Livres

P096 serUm adrenaL sTeroids in PaTienTs WiTH cUsHing’s disease BeFore and aFTer KeToconaZoLe TreaTmenT ......... s41Correa-Silva SR, Vieira JG, Lengyel AMJ

P097 managemenT oF cUsHing’s disease: TranssPHenoidaL sUrgerY and BeYond .......................................................... s42Correa-Silva SR, Alves GM, Santos RP, Zymberg S, Lengyel AMJ, Abucham J

P098 evoLUÇÃo de seis PacienTes com diagnÓsTico iniciaL de sÍndrome de cUsHing acTH-dePendenTe indeTerminada ...................................................................................................................................................................... s42Czepielewski M, Costenaro F, Boschi V, Lima PB, Cioffi A, Boguszewski C

P099 ePidemioLogicaL evaLUaTion oF 152 PaTienTs WiTH cUsHing’s sYndrome .................................................................. s43Czepielewski M, Costenaro F, Boschi V, Lima PB, Rollin GF

P100 caBergoLine TreaTmenT in TWo PaTienTs WiTH neLson’s sYndrome ............................................................................. s43Liboni CS, Bana IMC, Sulzbach ML, Vidotto TM, Sallum CFC, Alves GM, Correa-Silva SR, Lengyel AM, Abucham JZ

P101 PerFiL dos PacienTes com doenÇa de cUsHing no cenTro de neUroendocrinoLogia da sanTa casa de PorTo aLegre/UFcsPa .......................................................................................................................................... s43Rios MC, Leães CGS, Pereira-Lima JFS, Ferreira NP, Oliveira MC

P102 descriÇÃo do acomPanHamenTo de 19 PacienTes com sÍndrome de cUsHing na divisÃo de neUroendocrinoLogia do serviÇo de endocrinoLogia do HosPiTaL das cLÍnicas – Un .................................... s44Bueno F, Maryelli F, Jatene E, Paula S

P103 TromBoemBoLismo PULmonar no PÓs-oPeraTÓrio de doenÇa de cUsHing ............................................................ s44Araújo LB, Elias CP, Nascimento CL, Arimatéia GGQ, Daher Júnior JC, Silva FL, Rassi N, Antunes DE

P104 doenÇa de cUsHing na gravideZ: reLaTo de caso ....................................................................................................... s44Silva NAO, Araújo PBMC, Lázaro APP, Souza RG, Conceição FL, Zajdenverg L

P105 massive serUm acTH LeveLs increase desPiTe UncHanged TUmoraL voLUme in a PaTienT WiTH neLson sYndrome ....................................................................................................................................................... s45Martins L, Fontenelle EGP, Martins MRA, Quezado R, Montenegro RM, Quidute ARP

P106 reLaTo de caso: doenÇa de cUsHing e seLa vaZia ......................................................................................................... s45Ribeiro MA, Sepulcre DFN, Napoli TF, Scalissi NM, Lima Jr JV, Santos ARL, Lazarini P, Conti MLM, Kater CE, Hayashi LF

P107 doenÇa de cUsHing: Um desaFio diagnÓsTico ............................................................................................................. s45Gomes MGZ, Tortul FCC, Amorim SR, Fábrega PP, Barbosa ER, Portes EDS

P108 cYcLic cUsHing’s disease in a PaTienT WiTH an acTH-PrL secreTing adenoma ......................................................... s46Lima LCS, Alves BB, Paraiba DB, Glezer A, Lopes MB, Bronstein MD

P109 a P123: neUroendocrinoLogia PediÁTrica

P109 FacTors associaTed WiTH oBesiTY in cHiLdren WiTH sePTo-oPTic dYsPLasia .............................................................. s46Coletta RRD, Redington C, Webb E, Dattani MT

P110 THYroXin rePLacemenT THeraPY does noT imProve groWTH veLociTY in cHiLdren WiTH sUBcLinicaL HYPoTHYroidism and sHorT sTaTUre ................................................................................................................................. s46Czepielewski M, Costenaro F, Boschi V, Lima PB, Schwerz JC, Zen V, Paula L

P111 Uso do HormÔnio de crescimenTo (gH) na sÍndrome de TUrner: eXPeriÊncia do amBULaTÓrio de crescimenTo da FacULdade de ciÊncias mÉdicas de sorocaBa (Fcms) PUc/sP ............................................... s47Sollitari LH, Barberi L, Ranciaro BH, Raza RG, Zampieri M, Nigri AA, Senger MH, Dias JCR

P112 DIABETES INSIPIDUS cenTraL em LacTenTes – diFerenÇas no maneJo e na TeraPÊUTica ............................................ s47Paiva IA, Ferran K, Gilban DLS, Souza MAR, Guimarães MM, Beserra ICR

P113 sUBcLinicaL HYPoTHYroidism PrevaLence in cHiLdren evaLUaTed For sHorT sTaTUre ............................................. s47Czepielewski M, Costenaro F, Boschi V, Lima PB, Schwerz JC, Zen V, Paula L

P114 groWTH resPonse To aromaTase inHiBiTor in PediaTric cUsHing’s disease aFTer TranssPHenoidaL sUrgerY: rePorT oF TWo cases .......................................................................................................................................... s48Alves BB, Machado MC, Latronico AC, Lerario AM, Bronstein MD, Fragoso MCBV

P115 esTaTUra FinaL em PacienTes com deFiciÊncia de HormÔnio de crescimenTo (dgH) aPÓs TraTamenTo sUBsTiTUTivo: QUesTÕes soBre os FaTores inTerFerenTes ............................................................................................... s48Melo MN, Zagui SC, Danzi Jr R, Cestari M, Zampieri M, Nigri AA, Ramos-Dias JC, Senger MH

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Índice de Temas Livres

P116 macroadenoma HiPoFisÁrio ProdUTor de gH e ProLacTina em crianÇa de 2 anos de idade – maneJo PÓs-cirÚrgico: reLaTo de caso ........................................................................................................................ s48Silva EC, Araújo LB, Elias CP, Nascimento CL, Rassi N, Faria CFS, Melo JA, Ayres H, Paula EC

P117 sÍndrome de KoWarsKi em TrÊs irmÃos: reLaTo de caso .............................................................................................. s49Silva EC, Faria CFS, Nascimento CL, Elias CP, Araújo LB, Melo JA, Rassi N

P118 sÍndrome de maFFUcci e adenoma HiPoFisÁrio – Uma associaÇÃo ForTUiTa? ....................................................... s49Barros FAS, Oliveira JAG, Quidute ARP, Montenegro APDR, Martins MRA, Quezado R, Montenegro RM, Hissa MN, D’Alva CB, Fontenele EP

P119 Benign inTracraniaL HYPerTension (BiH) dUring TreaTmenT oF cUsHing’s disease (cd) WiTH KeToconaZoLe in cHiLdren ....................................................................................................................................... s49Czepielewski M, Costenaro F, Ferreira N, Alba D, Costa TG, Schuch T, Boschi V, Lima PB

P120 associaÇÃo enTre neUro-HiPÓFise dUPLa e deFiciÊncia de HormÔnio do crescimenTo ...................................... s50Moraes DR, Ferraz MP, Normando APC, Visconti GL, Canaan MM, Yanca VRV, Neres MS

P121 HiPoPiTUiTarism caUsed BY PiTUiTarY sTaLK inTerrUPTion sYndrome associaTed WiTH cHiari maLFormaTion TYPe 1 .......................................................................................................................................................... s50Faria GB

P122 PicnodisosTose como diagnÓsTico diFerenciaL de BaiXa esTaTUra: reLaTo de caso .......................................... s50Barros FAS, Carvalho VR, Fontenele EGP, Quidute ARP, Hissa MN, Quezado R

P123 deFiciÊncia mÚLTiPLa congÊniTa dos HormÔnios HiPoFisÁrios: reLaTo de caso ................................................... s51Rocha AM, Ramos RR, Ramos AJS, Pontes AA, Oliveira VG, Câmara LRA, Queiroz ADM, Medeiros MB

or1 design and deveLoPmenT oF a sensiTive and HigHLY sPeciFic immUnomeTric assaY For measUring gH in PregnancY and in acromegaLY TreaTed WiTH PegvisomanT ..................................................................................... s51Dias ML, Obara LH, Vieira JGH, Abucham J

or2 germLine and somaTic anaLYsis oF THe aiP gene and sUrveY oF PHenoTYPic modiFiers in Kindreds WiTH FamiLiaL acromegaLY ................................................................................................................................................. s52Toledo RA, Lourenço Jr DM, Fragoso MCBV, Castro M, Bronstein MD, Mendonça BB, Toledo SPA

or3 diagnosTic vaLidaTion oF mYocardiaL PerFormance ParameTers BY ecocardiograPHY in overT and sUBcLinicaL PrimarY and cenTraL HYPoTHYroidism .................................................................................. s52Doin F, Martins M, Rosa-Borges M, Barbosa E, Moises V, Abucham J

or4 diFFerenTiaL eXPression oF micrornas in cranioPHarYngiomas: PoTenTiaL oncogenic FUncTions ................ s52Campanini ML, Paixão BMC, Cabral TF, Moreira AC, Antonini SR, Castro M

or5 PrevaLÊncia de cÂncer de Tireoide em PacienTes com acromegaLia: Um esTUdo caso-conTroLe .................... s53Santos MCC, Nascimento GC, Nascimento AGC, Carvalho VC, Lopes MHC, Amorim P, Montenegro R, Vilar L, Albano M, Alves ARV, Parente CV, Faria MS

or6 LoW somaTosTaTin recePTor sUBTYPe 2 ProTein eXPression is a negaTive PredicTor oF BiocHemicaL conTroL WiTH ocTreoTide-Lar ................................................................................................................... s53Wildemberg LE, Vieira Neto L, Takiya CM, Alves LM, Gadelha M

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Temas Livres

Temas Livres(PÔsTer e oraL)

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sessÃo PÔsTeresP0

01 a

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SESSÃO PÔSTERES

P001 a P036: acROmEgalia

P001inTerFerence oF PregnanT serUm in a HigHLY sensiTive and sPeciFic immUnomeTric gH assaY resULTs in FaLseLY sUPPressed gH concenTraTions dUring LaTe PregnancY in acromegaLYdias mL1, obara LH1, vieira JgH1, abucham J1

1 Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Introduction: GH levels decline progressively during normal preg-nancy along with increasing concentrations of hPL and placental GH (pGH). High homology among these hormones usually cause GH assays to detect falsely high GH levels in pregnancy. Using a sensitive/specific GH immunometric assay (< 0.01% crossreactivity with pGH and hPL) developed in our laboratory1, we were able to confirm that GH levels decrease along normal pregnancy. However, in disagree-ment with a previous report of two cases3, marked GH suppression was also observed in late pregnancy in six acromegalic patients2. Our first interpretation was that both tumoral and normal somatotropes exhibited the same sensitivity to a negative feedback in pregnancy. An alternative hypothesis of a negative interference of pregnant serum in the GH assay was tested this study. Methods: GH was measured in samples from male acromegalic patients diluted with buffer or late normal pregnancy serum [1:1 to 1:4 (v:v)] using the same assay1. Standard curves with 22K GH, with and without synthetic 22K pGH at high concentration (4,000 µg/L), were set up and compared. Re­sults: Dilution of acromegalic serum with late pregnancy serum re-sulted in marked decrease in GH measurements (-91.5% to -96.8%) at all dilutions tested. Addition of 22K pGH to the standard curves decreased assay sensitivity but did not change GH results within the acromegalic range. Conclusions: (1) Lack of crossreactivity of GH-related placental hormones in a GH IMA is necessary but not suffi-cient to validate its use in pregnancy. (2) Pregnant serum negatively interfered in our assay resulting in falsely suppressed GH levels during late pregnancy in acromegaly. (3) Negative interference of pregnancy in our assay is likely the result of a GH-simile placental hormone that binds to the first but not to the second antibody and prevents “sandwich” formation. (4) 22K pGH was ruled out as the interfering hormone in this assay, but other pGH isoforms (23K and 25K) and hPL remain as potential interfering hormones. 1) Vieira JGH, et al. Monoclonal antibody-based immunoenzymometric assay for human growth hormone. Brazilian J Med Biol Res. 1990;23:293-6. 2) Dias ML, Vieira JGH, Musolino NR, Abucham J. Marked Growth Hor-mone Suppression during pregnancy in acromegaly. 91st Meeting of the Endocrine Society, 2009, p. 1-689. 3) Beckers A, et al. Placental and pituitary growth hormone secretion during pregnancy in acrome-galic women. JCEM. 1990,71(3):725-31

P002vaLores normais de igF-1 sÉrico em adULTos: resULTados de Uma PoPULaÇÃo BrasiLeirarosário P1, salles d1, Furtado m1

1 Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil

Objetivo: Determinar os valores de normalidade do IGF-1 sérico (kit Immulite) em uma população adulta (21-70 anos) brasileira e sua variabilidade intraindividual no intervalo de 12 semanas. Métodos: Voluntários de ambos os sexos, com idade entre 21 e 70 anos, IMC

entre 18,5 e 30 kg/m2, aparentemente saudáveis (sem diabetes, dis-função tireoidiana, anemia, malignidade, doença renal, hepática ou hipofisária conhecidas) e sem uso de medicamentos potencialmente interferentes (corticosteroides, estrogênios, anovulatórios) foram se-lecionados. Além do exame clínico, uma avaliação laboratorial míni-ma foi realizada e somente foram incluídos indivíduos com: glicemia de jejum < 100 mg/dL, HbA1c < 6%, hemoglobina > 12 g/dL, albumina > 3,5 g/dL, creatinina < 1,2 mg/dL, TSH entre 0,5 e 4 mIU/L, TGO e TGP < 40 U/L e bilirrubina < 1,2 mg/dL. Dez grupos divididos de acordo a idade (intervalo de cinco anos) foram predefinidos, com 100 indivíduos cada (50 homens e 50 mulheres). Cada participante selecionado foi alocado para o respectivo grupo (em função do sexo e idade) até completá-los. Cem participantes (10 de cada grupo) foram aleatoriamente selecionados para repetição do exame em 12 semanas. Resultados: Nenhuma diferença nos valores de IGF-1 foi observada entre homens e mulheres em qualquer faixa etária. A maior diferença no limite superior (percentil 97,5) foi de 7 mcg/L (entre 20 e 30 anos) e no limite inferior (percentil 2,5) de 10 mcg/L (entre 21 e 25 anos). Uma correlação negativa entre ida-de e IGF-1 foi encontrada na amostra total [r = - 0.61 (p < 0,001)] e na análise por sexo [r = -0,65 em homens (p < 0,001) e r = -0,58 em mulheres (p < 0,001)]. Os limites superiores e inferiores fornecidos pelo fabricante do kit, embora discretamente maiores, foram muito próximos dos encontrados no presente estudo. Uma segunda medi-da do IGF-1 obtida após 12 semanas revelou uma variação > 20% em 1% dos casos, > 15% em 4% e > 10% em 25%. Conclusões: Este estudo estabeleceu os valores normais de IGF-1 (kit Immulite) em uma grande amostra (n = 1.000) de adultos (21-70 anos) brasileiros de acordo a faixa etária (intervalo de cinco anos). Também sugere que uma mudança > 20% nos níveis de IGF-1 em intervalo de 12 semanas não seria atribuída à variabilidade interensaio. O estudo foi patrocinado pelos Laboratórios Pfizer Ltda.

P003deTerminaTion oF ceLL ProLiFeraTion Using mcm2 anTigen and evaLUaTion oF aPoPTosis andTgF-β1 eXPression in gH-secreTing or cLinicaLLY nonFUncTioning PiTUiTarY dallago cm1, Barbosa-coutinho Lm1, Ferreira nP1, meurer r1, Pereira-Lima JFs1, oliveira mc1

1 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introduction: Pituitary adenomas (PA) occasionally show aggres-sive behavior with rapid growth and invasion of the surrounding tissues. The identification of biological markers able to recognize PA with aggressive behavior in early stages remains a challenge. Ob­jectives: Ours aims were to determine the expression of a new cell proliferation marker, Mcm2, and the presence of apoptosis in PA, and to evaluate the association of clinicopathological features with the apoptotic and proliferative indices. Additionally, the TGF-β1 ex-pression, an inducer of apoptosis, was determined. Patients and me­thods: The proliferative index was determined in tumor specimens of 64 patients with acromegaly or clinically nonfunctioning PA using immunohistochemical (IH) methods for two antigens, Mcm2 and Ki-67. The apoptosis was assessed by the TUNEL method and the TGF-β1 expression by IH. Results: Fifty-four (85.7%) adenomas showed immunoreactivity to Mcm2. The median Mcm2 index was 0.91% (range 0-13.24%). A significant positive correlation was found between log Mcm2 index and log Ki-67 index (p < 0.001). Mcm2 and Ki-67 detected a similar number of proliferating cells. Mcm2 index showed a significant association with tumor extension (p = 0.02), but not with tumor invasion and hormone phenotype. Apop-tosis was detected in 11 adenomas (17%), with a maximum of four

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sessÃo PÔsTeres

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positive cells in 519 counted (0.77%). Cytoplasmatic immunoreacti-vity to TGF-β1 was observed in the majority of PA (77%), showing an association with tumor extension, but not with proliferative acti-vity. Conclusion: We demonstrated that Mcm2 was similar to Ki-67 in the identification of the proliferating cells in this sample. We also concluded that, in this sample, Mcm2 was similar to Ki-67 in the identification of the proliferating cells and that apoptosis was rare.

P004arYL HYdrocarBon recePTor inTeracTing ProTein is a BeTTer marKer oF aggressiveness in somaToTroPinomas THan Ki-67 and P53Pinho LKJ1, vieira neto L1, gasparetto e1, marcondes J1, nunes Ba2, amorim gn1, Honório gLF1, Tarragó sL1, Takiya cm3, gadelha m1

1 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ). 2 Laboratório de Estudos Genômicos e de Histocompatibilidade, Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 3 Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: Some pituitary adenomas exhibit fast growth and in-vade surrounding structures. So far there is no mean for early recog-nition of these aggressive tumors. Objective: To evaluate Ki-67, p53 and Aryl hydrocarbon receptor interacting protein (AIP) expression and compare it between aggressive and non aggressive somatotropi-nomas and nonfunctioning pituitary adenomas (NFPA). Methods: Protein expression was determined by immunohystochemistry. Tu-mors were classified according to percentage of cell immunolabeled nuclei for Ki-67 and p53. Cytoplasmic immunopositivity for AIP was graded according to a score encompassing expression pattern (diffuse or patchy) and intensity. Tumor aggressiveness was defined according to Hardy’s modified criteria. All subjects provided written informed consent and study was approved by local Ethics Commit-tee. Results: Thirty-eight somatotropinomas were studied. Median Ki-67 in aggressive and non aggressive tumors was 1.6 (0 – 20.6) and 0.26 (0 – 2.2), respectively (p = 0.01). Adopting a 2.3% cut-off point obtained by ROC curve analysis, it was possible to distinguish aggressive adenomas with 100% specificity, 39% sensitivity and 63% accuracy. Low AIP expression was also correlated to tumor aggressi-veness (p = 0.001), with sensitivity, specificity and accuracy of 78%, 80% and 79%, respectively. Expression of p53 was not different among aggressive and non aggressive tumors. Twenty-nine NFPA were studied. There was no significant difference between Ki-67, p53 and AIP expression in aggressive and non aggressive tumors. High AIP expression was more frequent in tumors with Ki-67 > 3%, with statistical significance tendency (p = 0.051). When only gona-dotroph cell adenomas were considered (n = 25), this difference was significant (p = 0.012). Conclusions: This data suggests, for the first time, that AIP is a better marker of aggressiveness in somatotropi-nomas than Ki-67 and p53. Also, low AIP expression was found in aggressive somatotropinomas, in contrast with high AIP expression in NFPA (mainly gonadotroph cell tumors) with high proliferative index.

P005avaLiaÇÃo do envoLvimenTo da CYCLIN-DEPENDENT KINASE INHIBITOR 1B (cdKn1P27) na PaTogÊnese dos TUmores HiPoFisÁrios FamiLiares isoLadosnaves La1, serra Fg1, castro LF1, Barra gB2, azevedo mF1, Faucz F3, casulari La1

1 Universidade de Brasília (UnB). 2 Laboratório Sabin, Brasília, DF. 3 Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Curitiba, PR, Brasil

Introdução: Os tumores hipofisários familiares isolados são defi-nidos como tumores presentes em pelo menos dois integrantes de

uma mesma família sem mutação nos genes da neoplasia endócrina múltipla (NEM-1) ou na subunidade ativadora da proteinocinase A (PRKAR1A). Recentemente, foi descrita uma mutação framshift no cromossomo 12, na posição 177 (G177fs), relacionada à alte-ração conformacional da proteína CDKN1-p27Kip1, uma ciclina envolvida na multiplicação celular e tumorigênese hipofisária. Ob­jetivos: Avaliar expressão gênica da proteína CDKN1p27kip1 em dois irmãos, um com diagnóstico de acromegalia e outro de adeno-ma hipofisário não funcionante, 38 familiares assintomáticos e 250 indivíduos sadios como controle. Métodos: Os indivíduos afetados foram estudados quanto à função hipofisária, ressonância magnética da sela túrcica, e os tumores operados foram estudados quanto à imunoistoquímica, marcadores de proliferação e CDKN1. Foi cons-truído um heredograma e os familiares consentiram em participar do estudo. O sangue periférico foi coletado, extração de DNA realizada pelo método Qiagen e os primers utilizados foram: 5’ AGTTAACC-CGGGACTTGGAG 3’, 5’ GCGTGTCCTCAGAGTTAGCC 3’. Utilizou-se a reação RFLP para obtenção dos fragmentos deseja-dos dos tumores, além de PCR e leitura no gel de poliacrilamida. Para a avaliação funcional, utilizaram-se estudo in silico e o software PolyPhen na família afetada. Resultados: Foi identificada uma subs-tituição dos aminoácidos serina por treonina na posição 57 da proteí-na CDKN1p27kip1 em 5/38 indivíduos e em 100% dos portadores de tumores hipofisários. O estudo dos 250 indivíduos controle com-provou não se tratar de polimorfismo, registrando-se, então, a muta-ção no HapMap. A avaliação do impacto fisiológico da mutação foi estimada com PSIC score difference: 1.37. Conclusão: A mutação na proteína CDKN1p27 pode estar relacionada à tumorigênese nesses pacientes, porém outros estudos precisam ser desenvolvidos para a compreensão da fisiopatologia dos adenomas hipofisários.

P006evaLUaTion oF THYroid diseases in PaTienTs WiTH acromegaLYPaiva H1, Lima g1, correa L1, vidal aP1, cavallieri s1, vaisman m1, Buescu a1, gadelha m1

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: It is well known that acromegaly is frequently asso-ciated with thyroid diseases, however the exact frequence of these disorders is still controversial. Objective: Evaluate the frequency of benign and malignant thyroid diseases in acromegalic patients and correlate their occurrence with activity of acromegaly. Methods: We evaluated 106 acromegalic patients by thyroid ultrasonography (US) and measurement of GH, IGF-I, T4L, TSH and anttithyroperoxi-dase (anti-TPO) levels. Standard deviation of the IGF-I (SD-IGF-I) were calculated for each patient. Fine needle aspiration biopsy (FNAB) was performed when nodules were bigger than one centi-meter or had suspicious characteristics. This study was approved by an ethical committee before all the procedures. Results: The median age was 46.5 (25-81) years and 58.5% were females. 14.0% of the pa-tients had high anti-TPO antibodies. Thyroid disorders were found in 75 patients (71.0%). Eleven patients (10.4%) had diffuse goiter, 42 (40.0%) had nodular goiter e 22 patients (20.6%) had unspecific morphology abnormalities (colloid cyst or heterogeneous texture). Fine needle aspiration biopsy (FNAB) was performed in 22 patients. There were three cases (2.8%) of thyroid carcinoma (two multifocal papillary carcinomas and one papillary variant of follicular carcino-ma) and eight cases of follicular lesions (one of them had nodular hyperplasia and seven did not went to the surgery. The estimated prevalence of thyroid carcinoma in the general population is 0.01%. In patients with diffuse or nodular goiter, thyroid volume (VT) was higher in those with uncontrolled acromegaly (15.30 vs. 8.50 cm3, p = 0,028) and correlated with levels of GH (p = 0.032; r = 0.304),

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sessÃo PÔsTeresP0

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IGF-I (p = 0.013; r = 0.347) and SD- IGF (p = 0.017; r = 0.335). There was no correlation between VT and duration of acromegaly. TSH levels were lower in patients with nodular disease (p = 0.007). Conclusions: We concluded that because of the elevated frequency of benign and malignant thyroid diseases in acromegalics, US should be performed routinely in these patients. In addiction, acromegalic patients with disease controlled of have a smaller thyroid volume.

P007vaLores normais do nadir do gH aPÓs soBrecarga oraL de gLicose em oBesosrosário P1,Furtado m1, salles d1

1 Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil

Objetivo: Definir os valores de normalidade do nadir do GH após sobrecarga oral de glicose (75 g) em indivíduos obesos (IMC > 30 kg/m2). Métodos: Foram selecionados 200 voluntários (120 mu-lheres e 80 homens), com idade entre 18 e 70 anos (mediana 44 anos), aparentemente saudáveis (sem diabetes, doença tireoidiana, renal, hepática ou hipofisária conhecidas), sem uso de medicamentos potencialmente interferentes (corticosteroides, estrogênios, anovu-latórios), sem anormalidades laboratoriais (na glicemia de jejum, he-mograma, creatinina, TSH, TGO, TGP e bilirrubina) e com IMC > 30 kg/m2. Gestantes foram excluídas. Os participantes foram parea-dos em relação a sexo e idade com os indivíduos incluídos em estudo prévio que também estabeleceu os valores de normalidade do nadir do GH após sobrecarga oral de glicose, mas que tinham IMC < 27 kg/m2. O mesmo protocolo do estudo anterior foi rigorosamente seguido. GH (Immulite) foi dosado antes, 30, 60, 90 e 120 minutos após administração oral de 75 g de glicose anidra. O teste foi reali-zado pela manhã, após jejum noturno e com paciente em repouso. Resultados: O valor de corte (percentil 97,5) do nadir do GH em homens foi de 0,15 mcg/L e em mulheres, de 0,35 mcg/L (p < 0,05). Mulheres > 35 anos apresentaram menores valores de nadir do GH (valor de corte 0,3 mcg/L) que aquelas < 35 anos (valor de corte 0,42 mcg/L) (p < 0,05). Essa diferença não foi encontrada entre os homens. Uma correlação inversa foi demonstrada entre o IMC e o nadir do GH (r = - 0,48, p < 0,01). O tempo do teste em que o nadir do GH foi alcançado foi o de 30, 60, 90 e 120 minu-tos em 52, 108, 36 e 4 indivíduos, respectivamente. Os valores do nadir do GH em obesos foram significativamente menores que os obtidos previamente em indivíduos com IMC < 27 kg/m2 (em ho-mens: 0,15 mcg/L versus 0,25 mcg/L; em mulheres < 35 anos: 0,42 mcg/L versus 0,74 mcg/L; em mulheres > 35 anos: 0,3 mcg/L versus 0,5 mcg/L), usando o mesmo ensaio, protocolo e critérios de seleção. Conclusões: Os valores normais do nadir do GH em obesos (homens e mulheres) são significativamente menores que em indivíduos com peso normal e se correlacionam inversamente com o IMC. Além do ajuste para sexo e idade (em mulheres), o nadir do GH deve ser ajustado também para o IMC.

P008sHorT and Long-Term eFFicacY oF comBined caBergoLine and ocTreoTide TreaTmenT in conTroLLing igF-i LeveLs in acromegaLYmattar P1, martins mra1, abucham J1

1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil

Objective: Nearly 40% of acromegalic patients fail to control GH/IGF-I levels with somatostatin analogues (SA). Dopaminergic ago-nists (DA) are even less effective, but combination therapy with SA and DA normalizes IGF-I levels in 33%-56% of patients in short-term studies. This study was designed to evaluate short and long

term efficacy of cabergoline in controlling IGF-I levels in acrome-galic patients receiving octreotide. Design: Open-label, single arm, prospective trial. Nineteen patients (14 females, 29-78y) with high IGF-I on octreotide-LAR (30 mg/mo IM) for ≥ 6 months were enrolled. Study I: Cabergoline (PO) was started at 1.0, increased to 2.0 and 3.5 mg/week, and withdrawn at 6-week intervals. IGF-I, GH, and PRL were measured at baseline and at 6-week intervals. Study II: Responder patients (IGF-I ≤ 1 ULN) resumed cabergoline at individual lowest effective doses and were evaluated at 6-mo inter-vals for ≥ 12 months. Study III: Responders were withdrawn from octreotide and hormonally evaluated at 3-mo intervals. Methods: Serum IGF-I (IRMA), GH (ICMA), and PRL (ICMA) levels were determined by commercially available kits. Results: Addition of ca-bergoline to octreotide-LAR normalized IGF-I levels in 7/19 pa-tients (37%) during both short and long term follow up (12-27mo, mean: 18mo). Octreotide withdrawal increased IGF-I levels in only 2/6 responder patients. Normalization of IGF-I levels by cabergo-line was strongly associated with IGF-I ≤ 2.2 ULNR and/or GH ≤ 4.0 ng/mL under octreotide treatment. Conclusion: Addition of cabergoline to octreotide was effective in both short and long-term control of IGF-I in acromegaly, especially in patients with mild/moderately elevated GH/IGF-I levels during octreotide.

P009eFFecTiveness oF THe addiTion oF caBergoLine To acromegaLic PaTienTs resisTanT To LongTerm THeraPY WiTH ocTreoTide Lar vilar L1, naves L2, montenegro rm2, azevedo mF2, casulari La2, montenegro Jr rm3, Figueiredo P3, albuquerque L1, Pontes L1, montenegro L1, silva sP1, ibiapina gr1, alves gs1, cunha ra1, cortês g4, Faria ms4

1 Serviço de Endocrinologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), Recife. 2 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário, Universidade de Brasília (HU-UnB), Brasília. 3 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC), Fortaleza. 4 Serviço de Endocrinologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal do Maranhão (HC-UFMA), São Luís, MA, Brasil

Background: Long-acting somatotastin analogs (SA) are the mains-tay in the medical treatment of acromegaly. However, even at high doses, long-term treatment with these drugs fails to achieve adequa-te control of GH and IGF-I levels in approximately 35% of patients both as primary or adjunct therapy. Cabergoline, a potent dopamine agonist, is a cheaper alternative to SAs that allows control of GH and IGF-I in up one third of patients. Better results are found in patients with concomitant hyperprolactinemia. Objective: To evaluate the effectiveness of the addition of cabergoline to acromegalic patients resistant to long-term therapy with octreotide LAR. Patients and methods: A total of 52 patients resistant to long-term therapy (at least, 12 months) to octreotide LAR (30-40 mg every 28 days IM) were given cabergoline (at the maximum dose of 3.5 mg/week). Data on acromegalic patients submitted to combined therapy were collected in 4 Brazilian endocrine centers. Results: Among the 52 patients evaluated, 54% were females. Their age ranged from 23 to 71 years (mean ± SD, 48.4 ± 14.5). Normalization of IGF-I levels were achieved in 40.4% of patients after the addition of cabergoli-ne (at doses ranging from 1 mg to 3.5 mg/week). Compared to non-responsive subjects, responsive patients had higher mean % ULNR-IGF-I values (226.4 ± 95.2 vs. 171 ± 88.1; p = 0.01) and higher mean prolactin (PRL) levels (93.2 ± 76.5 vs. 27.4 ± 30.3 ng/mL; p= 0.001). However, among the responsive patients, the rate of hiperprolactinemia and normal PRL levels did not significantly differ (50% vs. 43%; p = 0.77). Moreover, the rate of positive PRL immunohistochemical staining was similar between responsive and non-responsive patients. Conclusion: The combination of octreoti-

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de LAR + cabergoline may be useful in patients partially responsive to octreotide LAR, even in the absence of hyperprolactinemia or if immunohistochemistry is not positive for PRL.

P01012-HoUr daYTime gH ProFiLe in neWLY diagnosed acromegaLY WiTH moderaTeLY HigH nadir gH aFTer ogTTsobral aP1, elias PcL1, castro m1, moreira ac1

1 Divisão de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil

Recently, it has been suggested that the nadir GH after oGTT serum levels should be < 0.4 or < 0.3 ug/L in treatment evaluation of acro-megaly. Between 2003 and 2009, 38 untreated acromegalic patients were referred to our Endocrine Division for evaluation. Among them, we found three newly diagnosed patients (2M, 1F) with nadir GH < 1 µg/L after oGTT and sustained high levels of IGF-I. Case 1: complaining of ear buzzing and an incidental finding of a pituitary macroadenoma. Patient had no other symptoms. Mild prognatism and macroglossia were noted. At the time (2003), hyperprolacti-nemia (PRL: 1540 ng/mL), IGF-I of 360 ug/L (140% ULNR) and nadir GH after oGTT of 0.3 ug/L were found. He was mis-diagnosed as having macroprolactinoma and received bromocriptine (BCP). PRL levels normalized with no tumor shrinkage. In 2004 GH-axis was re-evaluated, IGF-I was 775 (300% ULNR) and nadir GH after oGTT was 0.4 ug/L. Case 2: complaining of sinusopathy and Rx showing enlargement of sella turcica. She had hypertension, thickness of feet soft tissue, and mild prognatism. Case 3: previously followed for hypertrophic miocardiopathy, hypertension, and DM. He also had thickness of hand and feet soft tissue and macroglossia. Patients and methods: We investigated the 12-hour baseline GH profile in these 3 patients and in 8 controls. GH samples were collec-ted every 20 minutes (0800-2000h). Plasma GH was determined by IFMA using WHO 2nd IS 98/574 STD. Results: (Table 1).

Case 1 Case 2 Case 3 Controls Mean (Range)Age/Gender 52/M 36/F 54/M 49/5M,3F (28-69)Tumor size Macro Macro Micro N/ANadir GH(ug/L) 0.3 0.6 0.4 0.097 (0.095-0.1)IGF-I(ug/L) 548 784 644 230 (156-285)ULNR(%) 212 159 250 73 (45-104)Mean GH-12h(ug/L) 0,2 1.3 1.5 0.3 (0.095-0.75)GH-12h CV(%) 27 47 45 93 (24-150)Undetectable samples None None None 25 (9-35)

Conclusion: Although acromegalic patients presented mean GH-12h overlapping control values, they all showed more detectable diurnal GH measurements and low mean GH-12h CV as compared to controls. This subtle elevated and tonic GH secretion induced high IGF-I levels. We also confirmed that nadir GH after oGTT can be < 1 ug/L in newly diagnosed acromegalic patients. Therefore, the new cut-off value of nadir GH < 0.4 or 0.3 ug/L suggested for the definition of disease remission, should also be used as diagnostic criteria when associated to high IGF-I levels.

P011ProsTaTic disorders and acromegaLYcorrêa L1, Balarini g1, cavallieri s2, miranda Lc1, gadelha m1

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 2 Labs Dor Laboratório e Imagem, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Background: Acromegalic patients have an increased prevalence of prostatic hyperplasia together with an elevated incidence of structu-

ral changes, such as nodules, cysts, and calcifications. Design and methods: Thirty-six men with active acromegaly aged 45.5 ± 10.7 yr were submitted to clinical prostatic evaluation (International Prostate Symptoms Score – IPSS and digital rectal examination), laboratorial assessment (serum levels of GH, IGF-I, testosterone and total PSA) and transrectal ultrasound (TU). Ten patients were newly diagnosed without any previous treatment. Fifteen had already been submitted to only surgery and seven to surgery and radiotherapy. Eleven patients were using octreotide LAR, two cabergoline and nine both drugs. Mann-Whitney and Spearman correlation tests were used with significance set at p-value < 0.05. This study was approved by the Institutional Review Board. Results: The patients were evaluated 36 months (range 1-276 months) after the diagno-sis of acromegaly. The median IPSS value was 4 (range 0-21). The median GH, IGF-I (% above the upper limit of reference value) and total PSA were, respectively, 5.1 ng/mL (range 0.3-68.9), 164% (range -36 to 535) and 0.6 ng/mL (range 0.04-2.5). Eleven pa-tients (31%) presented prostatic hyperplasia by TU (prostate volume > 30g), calcifications were detected in 11 (31%), one of them under 40 yr, cystic dilatations in five (14%) and no nodules were found. The median total PSA levels were higher in the patients with pros-tate hyperplasia (1.13 ng/mL vs. 0.45 ng/mL, p = 0.008). Prostate hyperplasia was not found in patients less than 40 yr (n = 12), even though five out of eleven (45%) patients with prostate hyperplasia had between 40 and 50 yr. The median prostate volume was lower in the 17 (47%) hypogonadic without testosterone replacement (due to severe sleep apnea) vs. eugonadic patients (20 g vs. 28 g, p = 0.018). There was correlation between IPSS value and prostate volume (p = 0.044), but there was no correlation between GH and IGF-I levels and time of diagnosis with the prostate volume. Conclusions: The frequency of prostatic hyperplasia and other abnormalities were high in patients with acromegaly but not correlated with GH and IGF-I levels and time of diagnosis. The correlation between the IPSS and prostate volume reinforces that acromegalic patients should be care-fully evaluated for prostate disorders.

P012mccUne-aLBrigHT sYndrome and acromegaLY: resPonse To THeraPY WiTH Long-acTing somaTosTaTin associaTed To doPamine agonisT in Five PaTienTsalves BB1, duarte FHg1, Lima Lcs1, Fragoso mcBv1, Brito vn2, Jallad rs1, Bronstein md1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia e Metabolismo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 2 Laboratório de Hormônio e Genética Molecular LIM42, Divisão de Endocrinologia e Metabolismo, FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Introduction: GH hypersecretion affects about 20% of the pa-tients harboring McCune-Albright Syndrome (MAS). Surgical treatment is not always possible due to thickening of bone struc-tures. Medical treatment is the available option followed or not by radiotherapy. Somatostatin analogs (SA) are the first line op-tion, but an important amount of patients fail to achieve control. The association with dopamine agonists (DA) was shown to be beneficial for some cases, though the results of this association have demonstrated to be variable. The aim of this study is to re-trospectively analyze and describe the clinical presentation and therapeutic response of five medically treated acromegalics with MAS. Results: Patients enrolled were between 25 and 38 years old (mean ± sd: 33.0 ± 5.4), 60% were male, the mean age at the onset of fibrous dysplasia was 5.2 years, and 25.8 years when acromegaly was diagnosed. At the initial MRI, patients presented with 3 macroadenomas, one hyperplasia and one without appa-rent lesion. Hyperprolactinemia was found in 80%. None of the patients were referred to surgery. Radiotherapy was performed in

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two patients. At the last visit, all patients were on octreotide LAR (20-30 mg every 28 days) and cabergoline (3.5 mg/week) with a mean follow-up time of 7.0 ± 4.6 years. At the diagnosis, the mean hormonal levels were: random GH 140.7 ng/mL, IGF-1 724.2 ng/mL, prolactin 163 ng/mL. After treatment with SA and DA (mean treatment time 5.6 years), a marked reduction of the random GH and IGF-1 was obtained (60% and 42.7%, respec-tively) but only one patient achieved hormonal control. Prolactin was normalized in all subjects. Two patients underwent radiothe-rapy (follow-up time of 7.6 and 10.4 years), and further reduction on IGF-1 was observed. One patient treated with radiotherapy developed bone sarcomatous transformation (skull base) 10 years after irradiation. Treatment with SA and DA association was des-cribed in 12 patients in the literature, from whom only 25% rea-ched hormonal control. Conclusion: SA and DA association allo-wed a significant reduction of GH and IGF-1 levels and prolactin normalization in all patients. However, only one patient (20%) accomplished acromegaly control. Due to the radiotherapy risks, including secondary tumors, this approach should be indicated only in selected cases. Pegvisomant therapy remains the option for the uncontrolled patients.

P013evaLUaTion oF Bone mineraL densiTY, BodY comPosiTion and THeir reLaTionsHiP WiTH disease acTiviTY and gonadaL sTaTUs in sevenTY-Five acromegaLic PaTienTs madeira m1, vieira neto L1, Lima gaB1, moreira ro1, mendonça Lmc1, Torres cH1, gadelha mr1, Farias mLF1

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: Studies in acromegalic patients demonstrate uncer-tain effects of growth hormone (GH) and insulin-like growth factor I (IGF-I) excess and gonadal status on bone mineral density (BMD) and body composition (BC). Objectives: To evaluate BMD and BC in various sites of 75 acromegalic patients, taking into considera-tion disease activity and gonadal status. Methods: 75 acromegalic patients (53 women), mean age 48.9 ± 14.5 years, were included. Patients were classified in “active” (GH > 2.5 ng/mL and/or IGF-I above the specific age-adjusted reference range) and “controlled” (GH < 2.5 ng/mL and IGF-I within the specific age-adjusted refe-rence range) subgroups. BMD and BC were evaluated by dual-ener-gy X-ray absorptiometry using a Prodigy-GE densitometer. BMD was measured at lumbar spine (LS), femoral neck (FN), total femur (TF), and radius 33% and expressed in absolute values and in stan-dard deviations from peak bone mass (T-score) and expected BMD for age-matched population (Z-score). Lean body mass and fat mass were assessed at arms, legs, trunk, android, gynoid and total body. Results: Forty-two (56%) patients were eugonadal and 21 (28%) presented controlled acromegaly. A lower than expected BMD was found in 29% either at LS and/or proximal femur and/or radius 33%, and a higher than expected bone density was found 11% at LS and/or proximal femur, but not at radius 33%. Considering the 33 patients 50 years and older, 15 had osteoporosis at LS. No patient reported previous fragility fracture. Median values of BMD, T- and Z-scores at any site examined did not differ when comparing active and controlled patients. Since eugonadal patients were younger than hypogonadal ones, BMD and T-score values could not be compared between them, but Z-score values did not differ at any site evalua-ted. Active eugonadal had a higher FN T-score and higher TF BMD than controlled hypogonadal patients, and active hypogonadal had a higher BMD and T-score at radius 33% than controlled eugonadal patients. Active disease and eugonadism were both positively cor-related to an increase in lean mass and a decrease in fat mass. After

multiple linear regression, there were positive correlations between GH and Z-score at LS and between lean mass and BMD at pro-ximal femur. Conclusions: 1) GH-IGF-I excess and eugonadism have great influence on BC modifications; 2) The anabolic effects of GH-IGF-I on cortical BMD are, at least in part, dependent on these alterations in BC.

P014aUmenTo do diÂmeTro da raiZ aÓrTica em PacienTes com acromegaLia comParado a conTroLes saUdÁveiscasini a1, Fontes r2, França r3, Xavier s1, gadelha m1

1 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ). 2 Diagnósticos da América/Medicina Diagnóstica, Vitória, ES. 3 Cardiodiagnóstico. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introdução: A acromegalia cursa com alta taxa de mortalidade, especialmente em razão de complicações cardiovasculares. Atual-mente é descrita a cardiomiopatia acromegálica específica, sendo a hipertrofia ventricular esquerda a alteração mais frequentemen-te relatada, além de anormalidades funcionais tais como disfunção sistólica, diastólica e distúrbios de ritmo. Doença cardíaca valvar é outro importante componente da disfunção ventricular. Recen-temente, também tem sido descrita a presença de ectasia de raiz aórtica em pacientes com acromegalia, cuja fisiopatogenia parece envolver anormalidades na regulação da matriz extracelular por me-taloproteinases. Objetivo: Avaliar o diâmetro da raiz aórtica em 42 pacientes acromegálicos, uma vez que tal anormalidade morfoló-gica é raramente descrita na literatura e caracteriza a cardiomiopa-tia acromegálica. Metodologia: Este foi um estudo prospectivo e transversal que analisou 42 pacientes acromegálicos por meio de ecocardiograma com Doppler comparados a 42 controles saudáveis pareados para idade, sexo, superfície corporal e hipertensão arterial. Resultados: Diâmetro de raiz aórtica ao nível dos folhetos aórticos foi aumentado em pacientes acromegálicos quando comparados aos controles saudáveis (33 vs. 28 mm, variável descrita como media-na, p = 0,008). Quando se analisaram hipertensão arterial, idade e acromegalia com ectasia, somente a acromegalia foi relacionada sig-nificativamente (p = 0,01). Entre o grupo dos pacientes acromegáli-cos, o índice de massa ventricular esquerda apresentou significância estatística relacionada com ectasia (p = 0,009). Diâmetro de raiz de aorta não apresentou relação significativa com os parâmetros da doença: níveis de GH, % IGF-I e duração de doença. Conclusão: Ectasia de aorta é mais comum em pacientes com acromegalia que na população geral quando comparados com idade, sexo, superfície corpórea e hipertensão arterial. Por fim, mais estudos com número maior de pacientes são necessários para avaliar a evolução desses achados no seguimento dos pacientes.

P015inFLUence oF groWTH Hormone recePTor (gHr) eXon 3 genoTYPe on cLinicaL, meTaBoLic and HormonaL ProFiLes in UnTreaTed acromegaLic PaTienTs Jallad r1, Trarbach e2, chile T2, duarte FHg1, Jorge aaL3, Bronstein md1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). 2 Laboratório de Endocrinologia Celular e Molecular LIM/25, HC/FMUSP. 3 Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Background: A polymorphism in the human GHR gene resulting from a genomic deletion of exon 3 (d3-GHR) has been associated with clinical presentation, biochemical measurements and response

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to therapies in acromegaly. Objective: To evaluate the GH, IGF-I and IGFBP3 levels and the prevalence of comorbidities at diagnosis of acromegaly, according to GHR-exon3 genotype. Patients and methods: Records of 77 untreated acromegalic patients were retros-pectively obtained. GHR-exon 3 genotypes (fl/fl, d3/d3 and d3/fl) were assessed by multiplex PCR. Results: The distribution of patients in the three different genotypes was 43% for fl/fl, 49% for fl/d3 and 9% for d3/d3. Clinical characteristics, laboratorial measurements and prevalence of acromegaly-associated comorbidities did not differ significantly amongst the three genotypes groups. The results were expressed as mean SD and range. IGF-I was expressed as SDS and % ULNR. Table 1 (Table not shown) Clinical and laboratorial data in acromegalics patients Conclusion: The present data did not show any significant influence of GHR-exon 3 genotype on clinical and laboratorial features in acromegalics patients. This is a controversial issue (1-4). The higher GH level with an extremely wide variation, associated with limitation of statistical power, could be responsible for our results. References: 1. Kamenicky P, et al. Eur J Endocrinol. 2009;161:231. 2. Schmid C, et al. Clin Chem. 2007;53:1484. 3. Bianchi A, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2009;94:2015. 4. Merca-do M, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2008;93:3411.

P016QUaLiTY oF LiFe (QoL) in adULTs WiTH groWTH Hormone deFiciencY (gHd): vaLidaTion oF QoL-agHda inTo BraZiLian PorTUgUeseribeiro-oliveira Jr a1, mol ss1, alencar ga2, Boguszewski cL3, mcKenna sP4

1 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte. 2 Universidade de Brasília (UnB). 3 Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba. 4 Galen Research Ltd, Manchester, United Kingdom.

Objective: This study developed a validated adaptation of a Bra-zilian Portuguese version of the QoL-AGHDA (Quality of Life Assessment in Growth Hormone Deficiency in Adults) for use in adult growth hormone deficient patients (GHD). Methods: The translation process adopted the dual panel methodology (bilin-gual and lay panels). The questionnaire was tested for applicabi-lity, comprehension, and relevance through field test interviews (16 GHD patients). In the final stage, data from 122 patients (80 included in a test-retest analysis) were analyzed for internal consistency (Cronbach´s alpha coefficients), test- retest reliability (correlating scores on the scales obtained from two different oc-casions), convergent validity (correlation between QoL-AGHDA and Nottingham Health Profile (NHP) scores and known groups validity (comparison of scores to patient-reported general health). Results: The translation panels were successful and the draft ver-sion was amended following suggestions to improve the wording arising from the field test interviews. Analysis of the database sho-wed Cronbach´s alpha to be 0.90 and test-retest reliability to be 0.88, QoL-AGHDA scores correlated as expected with NHP scale scores (p < 0.01) and scores were significantly related to patient-reported general health (p < 0.01). Conclusions: The adaptation of the QoL-AGHDA for a Brazilian population was successful with the adapted questionnaire shown to be reliable and valid. Cronbach´s alpha coefficients showed that all items contributed to the scale, and good reproducibility was confirmed by the test-retest assessment. Scale scores correlated well with NHP scores and the questionnaire distinguished well between patients based on their self-reported general health. In conclusion, the Portuguese version of the QoL-AGHDA is a reliable and valid measure of QoL, sui-table for inclusion in clinical studies and routine clinical practice. This instrument may ultimately help clinical decision concerning GH therapy based on QoL for GHD patients.

P017 aLTeraÇÕes cardÍacas esTrUTUrais e FUncionais em PacienTes acromegÁLicos: comParaÇÃo com Um grUPo de indivÍdUos sadios e de HiPerTensosnascimento gc1, oliveira m1, muniz Pa2, santos mcc1, carvalho v1, Lopes mH1, Faria ms1

1 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário, Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA). 2 Serviço de Cardiologia, HU-UFMA, São Luís, MA, Brasil

Introdução: A acromegalia tem como principal causa de mortali-dade os distúrbios cardiovasculares. Parece haver uma miocardio-patia do tipo hipertrofia biventricular específica, característica dessa enfermidade e, portanto, independente de outros fatores de risco, tais como hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM). Objetivo: Avaliar as alterações cardíacas em pacientes acro-megálicos e os fatores envolvidos na sua etiopatogenia, tais como atividade da doença e HAS. Pacientes e métodos: Trata-se de um estudo analítico e transversal. Foram avaliados 35 pacientes acrome-gálicos, estando 26 (74%) em atividade e sendo 23 (65,7%) do sexo feminino. Todos foram submetidos à avaliação de parâmetros por meio do ecoDopplercardiograma, assim como também o foram 26 indivíduos sadios e 35 hipertensos. Resultados: Nos acromegálicos, a média da porcentagem de incremento de IGF-I foi de 204,8% ± 130,6% e a presença de HVE foi de 58,8%. A prevalência tanto de DM quanto de HAS foi idêntica (40%). Na regressão logística, a acromegalia em atividade associou-se mais ao desenvolvimento da HVE (odds ratio = 8,6 e p = 0,03) do que à HAS (odds ratio = 5,1 e p = 0,07). Observou-se função diastólica alterada em 54,5% dos acromegálicos. Função sistólica preservada. Com relação à atividade da doença, a média de idade foi superior nos não ativos (p = 0,03) e, apesar disso, a frequência de HVE foi de 22,2% nesse grupo e de 75% nos ativos (p = 0,01). Na comparação com o grupo hipertenso, a maioria (69%) desses apresentou padrão geométrico normal, en-quanto 35,3% dos acromegálicos apresentaram hipertrofia concên-trica do VE (p = 0,002). Ver tabela abaixo.

Variáveis Acromegálicos Sadios HAS p* p#Idade 47,5 (± 12,5) 42,4 (± 6,9) 52,5 (± 10,8) 0,07 0,07ESI 1,05 (± 0,19) 0,86 (± 0,12) 0,9 (± 0,12) 0,001 0,001ERP 0,41 (± 0,08) 0,36 (± 0,05) 0,38 (± 0,06) 0,02 0,08Aorta 3,4 (± 0,42) 2,8 (± 0,35) 3 (± 0,37) 0,001 0,001DAEi 2,1 (± 0,22) 1,8 (± 0,2) 1,9 (± 0,22) 0,001 0,001VDVE 130,3 (± 50,1) 98,2 (± 26,3) 108,5 (± 22,8) 0,005 0,02ÍMVE 111,6 (± 31,6) 77,9 (± 20) 87,3 (± 19,7) 0,001 0,001HVE 58,8% 8% 14,3% 0,001 0,001p*: Acromegálicos X Sadios; p#: Acromegálicos X Hipertensos.

Conclusão: Os achados demonstram que a acromegalia apresenta alterações cardíacas específicas independentes da HAS. Adicional-mente, o controle da doença propicia melhora importante dos parâ-metros cardíacos.

P018eXPerience WiTH PegvisomanT in a reFerence cenTer For acromegaLY TreaTmenTvieira neto L1, Wildemberg Lea1, Pinho LKJ1, silva nvmd1, gadelha m1

1 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: Pegvisomant (PEG) has been used for eight years for treatment of acromegaly in Europe and has been recently approved in Brazil. Its main indication is for somatostatin analogues (SA) re-sistant/intolerant patients. Despite being used in clinical practice,

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additional data regarding efficacy and safety are still necessary. Ob­jective: To describe the experience with PEG in SA resistant patients in a reference center for acromegaly treatment. Subjects and me­thods: Patients non-controlled by SA plus cabergoline therapy were included in the study. In the SA partially resistant patients, PEG was added to octreotide-LAR, whereas in the completely resistant ones, PEG was used as monotherapy. Efficacy was evaluated by IGF-I le-vels measurement during PEG treatment and safety by assessment of transaminases levels and tumor volume by magnetic resonance imaging (MRI). Additionally, glycemic metabolism was evaluated. IGF-I, transaminases, glucose and HbA1c were evaluated monthly and MRI was performed after three months of treatment. Results: Seven patients (three women), median age 47 (31-63), were inclu-ded. All but one had been submitted to surgical treatment and five to radiotherapy. Five patients received SA plus PEG, three were un-der octreotide-LAR 30 mg, one 20 mg and one 10 mg every 28 days. The median treatment duration with PEG was 12 weeks (4-44). Four out of six patients achieved normal IGF-I levels with PEG 10 mg/day; in the other two, PEG dosage was increased to 15 mg/day but there are still no results available with this treatment regi-men. These two patients were classified as totally resistant to SA and were under PEG monotherapy and one of them had been submitted to radiotherapy three years before. In one patient, laboratory results are not available. There was no alteration in transaminases levels du-ring PEG treatment. Tumor volume assessment was performed in six patients and no alteration was observed. Four patients presented diabetes mellitus before starting PEG, two had glucose intolerance and one had normal glycemic metabolism. The two glucose into-lerant patients normalized HbA1c levels, whereas in the diabetic patients there was still no change in antidiabetic drugs dosage. Con­clusion: In this series, most patients achieved biochemical control with a low PEG dosage, with no side effects. Also, an improvement in the glycemic metabolism was observed. Thus, PEG is a safe and efficacious therapy for SA resistant acromegalic patients.

P019FreQUÊncia de neoPLasias Benignas e maLignas nUm grUPo de PacienTes acromegÁLicosBolfi F1, resende m2, mazeto gmFs1, nogueira cr1, miot Ha2, nunes vs1

1 Departamento de Clínica Médica, Disciplina de Endocrinologia, Faculdade de Medicina, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp). 2 Departamento de Dermatologia e Radioterapia, FMB-Unesp, Botucatu, SP, Brasil

Introdução: Diversos estudos têm sugerido que os pacientes acro-megálicos apresentam chance elevada de desenvolver neoplasias be-nignas e malignas, envolvendo mama, trato gastrintestinal, tireoide e pele. O rastreamento para doenças de cólon nesse grupo de pa-cientes já é preconizado, mas a pesquisa de outras neoplasias ainda é controversa. Objetivo: Avaliar a frequência de algumas neoplasias benignas e malignas num grupo de pacientes acromegálicos. Pacien­tes e métodos: Foram avaliados 22 pacientes com o diagnóstico de acromegalia, acompanhados no ambulatório de Endocrinologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, durante os anos de 2005 a 2009. Os indivíduos foram submetidos a diversos exa-mes para rastreamento de neoplasias de cólon, hiperparatireoidis-mo primário (HPP), neoplasias de tireoide, e tiveram também uma avaliação dermatológica. Resultados: A distribuição por gênero dos pacientes foi de 70% do sexo feminino e 30% do sexo masculino, e a idade variou entre 30 e 70 anos. Doze pacientes foram avaliados quanto a neoplasias de cólon, dez por meio de colonoscopia e dois por enema opaco. Desses, um apresentou adenocarcinoma colônico, um apresentou adenoma colônico, quatro tiveram divertículos e dois tiveram pólipos. Quanto à avaliação para neoplasias de tireoide, 17 indivíduos realizaram ultrassonografia cervical; em quatro, o exame estava normal, oito apresentaram nódulos, cuja PAAF de três evi-

denciou bócio coloide, cinco apresentaram nódulos suspeitos, ten-do sido confirmado em dois deles carcinoma papilífero e em dois deles adenoma. Dezoito tiveram a avaliação para HPP, tendo sido confirmada a doença em dois deles. Foram avaliados 14 pacientes quanto à presença de lesões cutâneas. Os achados mais comuns fo-ram acrocórdons (71%), cistos epidérmicos (57%) e pseudoacantose nigricante (50%). O estudo totalizou uma frequência confirmada de pelo menos 82% de neoplasias de diversos tipos, sendo 23% de lesões benignas de tireoide, 4,5% de câncer de cólon, 32% de tumores be-nignos de cólon, 9% de carcinoma de tireoide e de HPP. Todos esses pacientes eram assintomáticos, e o diagnóstico dessas neoplasias só foi possível pelo rastreamento laboratorial e de imagem. Conclu­são: Embora os dados ainda não estejam completos, nota-se alta frequência de neoplasias de tireoide, HPP, nesse grupo de pacientes, ressaltando que, além do carcinoma de cólon, essas doenças também devem ser rastreadas periodicamente na acromegalia.

P020cLassiFicaÇÃo de acromegÁLicos QUanTo À PresenÇa de sÍndrome meTaBÓLica: Uma avaLiaÇÃo QUe sUBesTima a imPorTÂncia do conTroLe da acromegaLiasabino sm1, miranda Pac1, rodrigues LFaa1, giannetti av1, ribeiro-oliveira Jr a1

1 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil

A acromegalia é caracterizada por aumento da prevalência dos com-ponentes da síndrome metabólica, e a doença descontrolada acar-reta aumento da mortalidade cardiovascular, que pode ser reduzida com o controle da doença. O objetivo deste estudo foi comparar a frequência da síndrome metabólica e de seus componentes em pacientes acromegálicos controlados e descontrolados, com o ob-jetivo de esclarecer sobre a utilidade ou não dessa classificação em relação ao controle da doença. Foi avaliada a frequência de hiper-tensão, diabetes mellitus, elevação do HOMA IR (> 2.71), hiperco-lesterolemia, hipertrigliceridemia e as médias de glicemia, pressão arterial e cintura abdominal de 68 pacientes avaliados pelo mesmo método de ensaio para GH e fator de crescimento insulina-símile-1 (IGF-1). Os grupos de estudo não diferiram significativamente em relação a idade, gênero e IMC. A partir da determinação dos níveis de IGF-1, a doença foi considerada controlada ou não. Trinta e três pacientes (48.52%) apresentavam doença controlada, enquanto 35 pacientes (51.47%) apresentavam doença descontrolada. Os dados foram utilizados para, por meio de curvas ROC, avaliar o ponto de corte de GH com melhor sensibilidade para detectar os componen-tes da síndrome metabólica nessa população. A frequência da sín-drome metabólica foi de 38.2% nos acromegálicos descontrolados versus 33.3% nos acromegálicos controlados (p > 0.05). A análise dos componentes da síndrome metabólica mostrou que os grupos não diferiram estatisticamente em relação à cintura abdominal, HOMA IR, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. No entanto, a média da glicemia e da pressão arterial dos pacientes descontrolados foi significativamente maior (p < 0.05). A análise dos dados mostrou, no entanto, que valores com sensibilidade de 90% para detecção da presença de cada um dos componentes da síndrome oscilaram entre 0.07 e 0.38 µg/L. O controle da acromegalia mostrou-se eficaz em reduzir os níveis glicêmicos e pressóricos dos pacientes, sem mostrar diferença na frequência da síndrome metabólica ou dos seus compo-nentes em relação ao controle da doença que justifique o uso dessa classificação para o acompanhamento desses pacientes. Por outro lado, os componentes da síndrome apresentam maior prevalência na população acromegálica, podendo ser confirmados pelos pontos de corte de GH próximos aos de indivíduos normais apontando maior sensibilidade na detecção dos componentes dessa síndrome em acro-megálicos.

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P021associaÇÃo de dose nÃo diÁria de PegvisomanTo com anÁLogo de somaTosTaTina de Longa dUraÇÃo: resULTados PreLiminares em seTe PacienTes com acromegaLiaZakir Jco1, musolino nrc1, cescato vas1, Liberman B1

1 Divisão de Neurocirurgia Funcional, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: Cerca de 80%-85% dos pacientes com acromegalia apre-sentam macroadenoma ao diagnóstico. O tratamento cirúrgico pos-sibilita a “cura” em cerca de 38% a 40% desses casos. O tratamento farmacológico com análogo de somatostatina de longa duração (SSA) leva à normalização do IGF-1 em cerca de 46% desses doentes. Portan-to, existe um grande número de acromegálicos sem controle clínico-la-boratorial. Pegvisomanto (PEG) pode ser utilizado em associação com SSA para controle da atividade da doença nesse grupo de pacientes. Objetivo: Verificar se associação do pegvisomanto com SSA permite a utilização de dose menor que a habitualmente utilizada na literatura quando em monoterapia. Métodos: Sete pacientes (6 homens) com acromegalia, previamente operados e em tratamento com dose máxi-ma (30 ou 40 mg/28 dias) da octreotida LAR (OCT-LAR), sem nor-malização dos níveis séricos de GH (média: 7,3; DP: 8,5 ng/mL) nem do IGF-1 (média: 554; DP: 230 ng/mL) e ULNR do IGF-1 de 1,96 (média), foram tratados com PEG com manutenção da mesma dose da OCT-LAR. A dose inicial do PEG-V de 30 mg/sem foi aumentada progressivamente com objetivo de normalizar o IGF-1. Resultados: Uma paciente diabética, com litíase biliar, foi excluída do estudo por apresentar aumento de enzimas hepáticas e recidiva de hemorragia di-gestiva baixa, já apresentada antes do PEG. São apresentados os resul-tados dos 6 pacientes tratados por período médio de 14 semanas (4 a 19). Normalização do IGF-1 foi alcançada em 3 pacientes e redução em 1 (média em PEG: 391; DP: 229 ng/mL e ULNR de 1,3; DP: 0,52 x ULN) na dose de 45 (1 caso) e 60 mg semanalmente distribuí-dos em 3 ou 4 doses. Houve redução da circunferência anelar (basal – média: 7,6; DP: 0,9 cm /pós-tratamento – média: 6,9; DP: 0,6 cm) e melhora subjetiva de sintomatologia. Aumento de enzimas hepáticas resolvido com a suspensão do PEG foi observado apenas na paciente relatada. Comentários: Nosso estudo, mesmo com coorte reduzida e curto período de seguimento, apresenta resultados preliminares seme-lhantes aos da literatura, demonstrando a possibilidade de associação do PEG em doses semanais menores e não diárias quando em associa-ção a SSA em pacientes com resposta parcial ao análogo.

P022eFFicacY oF caBergoLine as adJUvanT THeraPY For ocTreoTide-Lar resisTanT acromegaLic PaTienTsmartins mra1, marques arc1, albano mF1, montenegro rm1

1 Serviço de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC), Fortaleza, CE, Brasil

Introduction: Somatostatin analogues (SA) are the mainstay of me-dical therapy for Acromegaly. However, SA fail to normalize GH secretion in about 40% of the patients. Cabergoline (CAB) has been used as an add-on therapy for patients who are SA-resistant. Nor-malization of IGF-1 levels has been described in 33%-56% of acro-megalic patients using doses of CAB up to 3.5 mg/week. We report our experience with CAB for such patients. Objective: To evaluate the efficacy of CAB as an add-on therapy for acromegalic patients who failed to normalize GH/IGF-1 levels despite maximum dose (30 mg/month) of Octreotide-LAR (OCT-LAR). Patients and methods: Fourteeen acromegalic patients were using OCT-LAR (Sandostatin LAR®, Novartis) and CAB (Dostinex®, Pfizer) in our

unit between February 2004 and January 2010. Five patients were excluded in the analysis because CAB had been started before the patients reached maximum dose of OCT-LAR. Patients were started on CAB if they showed either high serum GH (> 2.5 ng/mL) or IGF-1 (age- and sex-matched) levels. Serum levels of GH, IGF-1 and prolactin were measured before and after CAB. GH and IGF-1 were measured with immunochemiluminescent assays and prolactin with RIA. Results are shown as mean ± SD (range). Results: Nine patients were included (eight females). Mean age was 46.5 ± 16.0 y (26-73 y). Previous treatments were OCT-LAR alone in four pa-tients, surgery in three patients and surgery plus radiotherapy in the other two patients. Six patients showed hyperprolactinemia (range: 24.1-141.2 ng/mL) before CAB. OCT-LAR had been used for 40 ± 23 months (14-84 months) and CAB was added to OCT-LAR for 16 ± 8.3 months (6-29 months). Maximum dose of CAB was 2.5 mg in one patient, 2.0 mg in five patients and 1.0 mg in three patients. Before CAB, all patients showed high serum IGF-1 levels, and seven of them also showed high GH levels. In the whole group, after CAB, serum GH levels decreased from 8.4 ± 7.5 ng/mL (0.97-24 ng/mL) to 6.6 ± 5.6 ng/mL (1.4-18 ng/mL) and serum IGF-1 levels decreased from 596 ± 254 ng/mL (304-1020 ng/mL) to 490 ± 366 ng/mL (118-1322 ng/mL). Serum IGF-1 levels decreased in six patients but normalized in only two patients (22%).Conclu­sion: CAB was useful as an add-on therapy in our OCT-resistant acromegalic patients, normalizing serum IGF-1 levels in about 20% of our patients. Our lower rate of normalization of IGF-1 levels was probably due to the lower CAB dosage prescribed.

P023o Uso de PegvisomanTo em PacienTes com acromegaLia reFraTÁria ao TraTamenTo convencionaLczepielewski m1, costenaro F1, Boschi v1, Lima PB1

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

Pegvisomanto (PEG) é um análogo do GH que compete com a mo-lécula ativa dele pelo sítio de ligação de seu receptor, bloqueando sua ação hormonal. Conforme dados da literatura, o PEG aparece como alternativa terapêutica à acromegalia refratária aos tratamen-tos convencionais cirúrgicos e medicamentosos. Neste trabalho é apresentada a evolução de três pacientes com acromegalia refratária a diversos tratamentos em uso de PEG. As avaliações laboratoriais foram realizadas trimestralmente. Caso 1: 27 anos, feminino, branca, obesa mórbida, com glicemia de jejum alterada, portadora de ma-croadenoma cossecretor (prolactina e IGF1), submetida à cirurgia trans craniana aos 14 anos de idade, com persistência tumoral (pro-lactina 23.000 ng/mL). Na avaliação inicial fazia uso de bromocrip-tina 15 mg/dia e apresentava prolactina 534 ng/mL, IGF1 1.875,5 ng/mL (129-480) e GH 43,5 ng/mL. Substituída medicação por cabergolina (CBG) 8 mg/sem, observou-se IGF1 = 1.433 ng/mL. Adicionado octreotide LAR (OLAR) 20 mg/mês (IGF1 1387 ng/dL) e aumentado para 40 mg/mês, obteve-se IGF1 = 1.127 ng/mL, sendo constatada redução do volume tumoral. Acrescentou-se anti-concepcional oral com redução de IGF1 para 656 ng/mL. Iniciado PEG 10 mg/dia, normalizou IGF1 (206,9 ng/mL; VN = 96 a 502). A paciente relatou redução da espessura dos dedos, porém não hou-ve alteração significativa do peso, metabolismo glicêmico ou pressão arterial. Caso 2: 54 anos, masculino, branco, obesidade grau 2, HAS, DM2, acromegálico por macroadenoma de 2 cm, cirurgia transes-fenoidal em 1997 sem cura da doença, com sela vazia após procedi-mento. Em 2002 apresentava IGF1 de 544 ng/dL (78-258), GH em 1,7 ng/dL; iniciando OLAR 20 mg, obteve IGF1 529 ng/dL. Ao aumentar a dose de OLAR para 40 mg/mês, apresentou IGF1

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524,4 ng/dL. Acrescentou CBG 4 cp/sem, com novo IGF1 em 480 ng/dL. Substituindo-se OLAR por PEG, obteve-se IGF1 de 696 ng/dL com 10 mg/dia e 278 ng/dL com 20 mg/dia. Reduziu ede-ma em extremidades e cefaleia, sem interferência no peso e nos parâ-metros metabólicos. Caso 3: 45 anos, masculino, branco, hipertenso, acromegalia ativa após cirurgia transesfenoidal e IGF1 de 1.350 ng/dL na vigência de OLAR 40 mg/mês e CBG 8 mg/sem; iniciou PEG 10 mg/dia, obtendo-se IGF1 de 780 ng/dL, que normalizou após aumento de PEG para 20 mg/dia, obtendo-se melhor controle pressórico. Conclusão: PEG mostrou-se efetivo na normalização de IGF1 e na melhora clínica dos pacientes, não se observando aumento de volume tumoral ou alteração de enzimas hepáticas nesses casos.

P024aPoPLeXY oF a groWTH Hormone-secreTing PiTUiTarY TUmor FoLLoWed BY HYPoPiTUiTarism, sPonTaneoUs recoverY oF PiTUiTarY FUncTion and TUmor resoLUTionWeiler Fg1, Bana imc1, Blumberg K1, Foroni mZ1, abucham J1

1 Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Spontaneous resolution of a pituitary tumor following apoplexy is a rare event that often results in permanent hypopituitarism. Herein we report the case of a previously healthy 57-year old male who came to the emergency room due to episodes of sudden and severe hea-dache, nausea and vomiting 9 and 3 days before. The last episode was accompanied by diplopia and ptosis of the right eyelid. Physical examination revealed ptosis, mild midriasis and limitation of the right eye movements, but no visual defects. Signs of pituitary hormone excess were absent. Blood pressure and heart rate were normal, body mass index was 23.6 kg/m2. Magnetic resonance imaging (MRI) of the sella showed a 3.0 x 2.6 cm heterogeneous pituitary mass with suprasellar extension and signs of bleeding. Cerebral angiography was normal. Laboratory tests at day 1 (on dexamethasone) revealed increased IGF-1, mild hyperprolactinemia (compatible with com-pression of the pituitary stalk), central hypogonadism, central hy-pothyroidism and supressed serum cortisol. Treatment was initiated with dexamethasone (8 mg/d IV) for 2 weeks followed by decrea-sing doses of prednisone for 12 weeks. Levothyroxyne (75 mcg/d PO) was introduced after a few days and testosterone deficiency was not replaced. Headache, nausea and fatigue improved soon after tre-atment was initiated and ocular abnormalities resolved in 2 weeks. During a 24-month follow up, IGF-1 levels remained elevated (309-399 ng/mL) for 10 months and within the normal range thereaf-ter (162-216 ng/mL). LH, FSH and testosterone levels increased to normal after 10 months and so remained thereafter. After levo-thyroxyne was withdrawn at 10 months, TSH and FT4 remained in the midnormal range. Basal cortisol levels remained between 9.6 and 17.5 ug/dL without corticostheroid replacement. MRI scans showed marked reduction of the tumor at 7 months and complete resolution at 25 months. A PubMed search for the uniterms “apo-plexy”, “hypopituitarism”, “spontaneous”, and “recovery” found no description of complete and sustained recovery of pituitary function following hypopituitarism caused by apoplexia as described here.

P025PerFiL dos PacienTes com acromegaLia no cenTro de neUroendocrinoLogia da sanTa casa de PorTo aLegre/UFcsPaLeães cgs1, Pereira-Lima JFs1, Turra ee1, Ferreira nP1, oliveira mc1

1 Centro de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introdução: A acromegalia é uma doença crônica com complica-ções sistêmicas e aumento de morbimortalidade por exposição pro-

longada a níveis elevados de GH e IGF-1. Objetivo: Verificar o per-fil e a evolução de pacientes com acromegalia em acompanhamento regular no ambulatório de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre/ UFCSPA. Delineamento: estudo transversal. Pacien­tes e métodos: 63 pacientes, 36 mulheres e 27 homens, idade média de 35,27 anos, em acompanhamento ambulatorial regular. À neu-roimagem, 43 (68,3%) macroadenomas, 17 (27%) microadenomas e 3 (4,7%) sela vazia. Tratamento primário foi realizado por cirurgia hipofisária transesfenoidal em 59/63 casos e com octreotide LAR em 3 pacientes (2 com sela vazia e 1 com macroadenoma). Em 1 paciente com apresentação de apoplexia hipofisária ocorreu cura sem necessidade de intervenção. Reintervenção cirúrgica ocorreu em 2 macroadenomas. Terapia medicamentosa com octreotide LAR no pós-operatório foi necessária em 27/59 (45,8%) casos. Radioterapia complementar à cirurgia foi realizada em 8 (12%) pacientes com ma-croadenomas. Utilizou-se como critério de remissão bioquímica um nível de IGF-1 normal para idade e sexo e/ou nadir do GH no teste de tolerância à glicose inferior a 1,0 ng/dL. Resultados: 32/59 (54,2%) dos pacientes apresentaram remissão após a cirurgia transes-fenoidal. Dos 27 pacientes em tratamento pós-operatório com oc-treotide, 5 ainda não haviam feito exame de controle após início da medicação, 5 apresentavam IGF-1 normal e os demais níveis eleva-dos de IGF-1 por interrupções no fornecimento da medicação. No geral, 37/62 (59,7%) dos pacientes estavam com doença controlada conforme níveis de GH e/ou IGF-1 no momento da avaliação. Um dos pacientes foi a óbito no pós-operatório imediato. Conclusão:O elevado percentual de pacientes sem doença controlada está rela-cionado ao grande volume tumoral ao diagnóstico e à irregularidade de recebimento de medicação na Secretaria da Saúde. Esforços de-vem ser somados para realizar o diagnóstico precoce da acromegalia e garantir o recebimento regular do tratamento medicamentoso.

P026TemoZoLamide as a neW agenT For acromegaLY TreaTmenT: conTroL oF groWTH Hormone HYPersecreTion in acromegaLic somaTosTaTin resisTanT PaTienT WiTH associaTed gLinaves L1, coelho iF1, mello P1, castro LF1, casulari La1

1 Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

Introduction: Temozolomide (TMZ) is an oral alkylating agent with a good safety profile and proven efficacy in the treatment of malignant glioma. Some authors described a control growth in some aggressive pituitary adenomas. Objective: The main of this study is to describe the anti-secretory effect of temozolamide in somatosta-tin resistant young patient with somatotrofic adenoma and associa-ted glioblastoma. Method: We describe the case of a 24-year-old women who presented with headaches, amenorrhea, galactorrhea and weight gain. She had acromegalic stigma and endocrine tests confirmed non suppressibility of GH levels after glucose load (GH nadir 23,8 ng/mL) and high IGF-1 levels. Magnetic resonance of sella turcica showed pituitary tumor, and imaging of brain showed a tumor of 4 cm in right temporal lobe. She was operated on by transcranial approach, and the tumor was partially removed. The pi-tuitary tumor was not accessed considering her clinical conditions. However, the treatment with octreotide LAR 30 mg/month and cabergoline 2,0 g/week reduced IGF-1 from 958 ng/mL to 703 ng/mL after 4 months of treatment. Cerebral tumor growth was de-tected and temozolamide 200 mg/day was initiated. The IGF-1 le-vels reduced from 703 ng/mL to 380 ng/mL after two months and maintained on normal levels for 6 months, when she had metastasis and died from neurological complications. Conclusion: Response to temozolomide use is anticipated with respect to the GH adenoma but IGF-1 levels were controlled during treatment, in a patient with partial resistance to somatostatin and dopamine analogs.

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P027anÁLise dos FaTores de risco cardiovascULar em 44 PacienTes PorTadores de acromegaLiaFedrizzi d1, czepielewski ma1

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

A acromegalia traz consigo diversas complicações para o sistema cardiovascular, com destaque para a hipertensão arterial. Objeti­vos: Avaliar as características clínicas e parâmetros laboratoriais de risco cardiovascular de um grupo de pacientes com acromegalia e determinar se eles se correlacionam ou não com a presença de hi-pertensão e a atividade da doença. Delineamento: estudo transver-sal não controlado. Pacientes e métodos: 44 pacientes com acro-megalia ativa ou curada, em acompanhamento no ambulatório de Neuroendocrinologia do HCPA, submetidos a exame clínico, ava-liação laboratorial (parâmetros bioquímicos de controle da acrome-galia, perfil lipídico, renina, aldosterona, microalbuminúria de 24h, proteína C-reativa ultrassensível) e ecocardiograma. Resultados: As prevalências encontradas na amostra foram: acromegalia ativa, 40,9%; hipertensão, 56,8%; diabete mellitus, 18,2%; obesidade, 29,5%. Os pacientes com doença ativa não tinham maior número de fatores de risco cardiovascular quando comparados aos curados. Não foram encontradas correlações entre atividade da doença e presença de hipertensão, níveis de renina e aldosterona, ou PCRus. Os pacientes com HVE tiveram níveis menores de GH e IGF-1 (p não significativo). Houve correlação entre atividade da acrome-galia e níveis de microalbuminúria e índice HOMA. Conclusões: Não há maior agregação de fatores de risco cardiovascular na acro-megalia ativa; há correlação entre atividade da doença e parâmetros de risco cardiovascular não clássicos – microalbuminúria e resistên-cia insulínica.

P028anÁLise da QUaLidade de vida dos PacienTes com acromegaLia aTravÉs do acroQoLaraújo La1, Baggentoss r1, rodrigues gs1, Kohara sK1, silva dmW1, souza Bv1, oliveira dB2, morsch m2, Werlich r2, Kreutzfeld T2

1 Instituto de Endocrinologia e Diabetes de Joinville, Centro de Atendimento ao Diabético (IEJE-CAD), Universidade da Região de Joinville (Univille). 2 Univille, Joinville, SC, Brasil

Acromegalia é uma doença crônica com impacto importante na qua-lidade de vida relacionada à saúde dos pacientes. Objetivos: Esse estudo tem como objetivo mensurar a qualidade de vida dos pacien-tes portadores de acromegalia, na cidade de Joinville – SC, a partir da aplicação do AcroQoL. Métodos: Estudo transversal, realizado por meio da aplicação do AcroQoL, um questionário unidimensio-nal que contém 22 itens divididos em dois domínios: um que avalia os aspectos físicos (8 itens) e outro que afere os aspectos psicológi-cos de pacientes com acromegalia (14 itens). Este último também é dividido em duas subdivisões: uma delas avalia a aparência física e a outra mede o impacto da doença nas relações pessoais do paciente (7 itens cada). Os pacientes inclusos no estudo foram selecionados pelo diagnóstico e acompanhamento de acromegalia, no Instituto de Endocrinologia e Diabetes de Joinville. Resultados: As questões que tiveram maior grau de concordância (sempre/totalmente de acordo e quase sempre/bastante de acordo) por parte dos pacientes analisa-dos se referiram, em ordem decrescente, a: redução do desejo sexual (n = 9), partes do corpo demasiado grandes (n = 8), roncos à noite (n = 7) e aparência desagradável em fotografias (n = 6). Sentimento de doença (n = 11), mudanças físicas limitantes (n = 11), sentimento de rejeição (n = 8), limitação das saídas por causa doença (n = 9), as-pecto físico diferente (n = 9), sensação de estigma pelo aspecto físico

(n = 8), isolamento social (n = 7), redução da força nas pernas (n = 7) e problemas em trabalhos manuais (n = 6) foram os critérios com maior grau de discordância (raras vezes/pouco de acordo e nunca/nada de acordo), em ordem decrescente. A sensação de fraqueza (n = 6) é referida pela maioria dos pacientes como esporádica (às vezes). Conclusões: A diminuição da libido foi o quesito que apre-sentou maior grau de concordância, enquanto a sensação de estar doente e o condicionamento da vida pelas mudanças físicas provoca-das pela doença foram os que apresentaram maior discordância pela maioria dos pacientes acromegálicos. A maior parte dos pacientes estava em desacordo ou pouco de acordo com um número consi-derável de sentenças presentes no questionário. Entretanto, deve-se ressaltar o potencial impacto que a acromegalia pode ter na qualida-de de vida e a importância de uma abordagem multidisciplinar nos pacientes portadores dessa morbidade.

P029avaLiaÇÃo dos resULTados de TraTamenTo de Um grUPo de PacienTes acromegÁLicos acomPanHados na FacULdade de medicina de BoTUcaTUBenigno asa1, Ferreira eaL2, masselli dBm2, Zanini ma1, nunes vs1

1 Departamento de Clínica Médica, Disciplina de Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp). 2 Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria, FMB-Unesp, Botucatu, SP, Brasil

Introdução: A acromegalia é uma doença crônica causada na maio-ria das vezes por macroadenomas hipofisários secretores do hormô-nio de crescimento (GH). As opções terapêuticas para o seu manejo incluem cirurgia, medicamentos e radioterapia. Os critérios de cura para esta neoplasia incluem um nadir de GH < 1 ng/mL durante o teste de tolerância a glicose (GTT) e/ou um GH basal < 2,5 ng/mL associado a níveis normais de IGF1 (fator de crescimento semelhante à insulina 1) para idade e sexo. No entanto, as taxas de alcance des-sas metas são baixas, variando de 19% a 50% nos macroadenomas. Objetivo: Avaliar o resultado do tratamento clínico e cirúrgico de um grupo de pacientes acromegálicos acompanhados no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Pacientes e métodos: Foi feito um estudo retrospectivo de todos os pacientes com diagnóstico de acromegalia, acompanhados no ambulatório de distúrbios da hipófise da FMB durante os anos de 2005 a 2009. Foram incluídos todos os indivíduos com critérios laboratoriais e de imagem da doença, com acompanhamento em nosso serviço há pelo menos 6 meses e que não perderam o seguimento clínico durante esse período. Posteriormente, eles tiveram os seus prontuários estu-dados quanto ao tamanho do tumor ao diagnóstico da doença, tipo do tratamento inicial e complementar, últimos GH basal, GH pós-GTT, IGF1 e ressonância magnética de hipófise. Resultados: Foram identificados 22 pacientes acromegálicos; 2 foram excluídos porque perderam o seguimento clínico, em 1 a lesão ainda não foi localiza-da e 2 foram recém-diagnosticados, estão aguardando o tratamen-to cirúrgico. Dos 17 casos avaliados, 35% eram do sexo masculino, 65% do sexo feminino, e a maioria dos tumores era macroadenoma (82%). Realizaram cirurgia transesfeinodal 88% e radioterapia 35%. Na maioria dos indivíduos, o tratamento foi pelo menos medica-mentoso e cirúrgico (76%), e desses 85% usam octreotida de lon-ga duração e cabergolina; os demais usam apenas a primeira droga. Quanto ao controle da doença, apenas 1 paciente está com a doença em atividade, 82,4% alcançaram as metas de cura estabelecidas e os demais apresentam critérios de cura parciais (IGF1 normal ou GH basal < 2,5 ng/mL). Conclusão: Apresentou-se um grupo de pa-cientes com uma frequência de cura da doença acima da referida na literatura, mas para isso foi necessária para a maioria dos pacientes mais de uma opção terapêutica.

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P030acromegaLia: TraTamenTo e evoLUÇÃo dos PacienTes acomPanHados no amBULaTÓrio de endocrinoLogia da Universidade FederaL do TriÂngULo mineiroJorge BH1, Borges mF1, sato Lm1, silva Lc1, Ferreira BP1, resende eamr1

1 Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil

Introdução: A acromegalia é uma síndrome clínica rara e crônica, de-corrente da produção excessiva do hormônio do crescimento (GH). Quando o excesso de GH ocorre antes do fechamento das epífises ósseas, o paciente apresenta gigantismo. O diagnóstico costuma ser tardio e os objetivos do tratamento não são facilmente atingidos. Ob­jetivos: Avaliar o tratamento e a evolução dos portadores de acrome-galia e gigantismo em seguimento no ambulatório de Endocrinologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Materiais e méto­dos: No período de 1984 a 2009, foram atendidos 20 indivíduos com somatotropinomas, sendo 19 acromegálicos e um com gigantismo. A idade ao diagnóstico variou de 14 a 85 anos (mediana: 46 anos), sendo 13 homens e 7 mulheres (cerca de 2:1). Resultados: O tempo de acompanhamento da doença variou de 1 a 15 anos (mediana: 5,5 anos). Entre as características tumorais, 18 apresentavam macroade-nomas. Dois tumores cossecretavam GH e prolactina. Dos 20 pacien-tes atendidos, 4 foram excluídos, sendo 3 por óbito e 1 por acompa-nhamento irregular, reduzindo a amostra a 16 indivíduos. Desses, 13 foram submetidos à cirurgia por via transesfenoidal (CTE), 2 estão apenas em uso de octreotida (OCT) e 1 ainda não iniciou o tratamen-to. Daqueles submetidos à CTE, 2 necessitaram de complementação do tratamento apenas com OCT, 3 realizaram somente radiotera-pia complementar e 5 receberam ambos tratamentos (radioterapia e OCT); 3 pacientes fizeram apenas cirurgia. Os critérios de controle de secreção estritos do GH (GH basal < 0,4 ng/mL, supressão do GH pós-GTT oral < 1 ng/mL e normalização de IGF-1) foram al-cançados em 5 pacientes (31%). Entretanto, em 7 pacientes (47%) a dosagem de GH basal foi < 2,5 ng/mL. Conclusões: A acromegalia tem sido diagnosticada tardiamente em nosso meio, quando os pa-cientes já apresentam tumores maiores. A remissão da doença tem sido alcançada utilizando terapias combinadas, como cirurgia, análogos da somatostatina e radioterapia; entretanto, muitos pacientes ainda des-controlados, requerem a busca ativa ao atendimento médico e orien-tação sobre a importância do tratamento adequado.

P031acromegaLY: recUrrence aFTer 10 Years oF BiocHemicaL cUreBana imc1, Weiler Fg1, Blumberg K1, abucham J1, Lengyel am1

1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil

Recurrence of acromegaly after several years of persistent biochemi-cal cure is rare. We report the case of a 36 years old female patient, who was seen in 1980 with complaints of increase in the volume of hands and feet, arthralgia, facial changes, dyspnea and headaches since three years ago. Her menstrual cycles were regular, and she de-nied galactorrhea and visual defects. Physical examination revealed acromegalic fascies, enlarged extremities, hypertension and BMI of 28 kg/m2. Visual fields were normal. Basal GH was 17,8 mUI/mL, with lack of suppression after glucose load. Pituitary function was normal. Skull X-rays showed an increase in sellar volume, without evidence of erosions, and planigraphy confirmed such findings. She was submitted to transphenoidal surgery, with partial ressection of an acidophilic pituitary adenoma. Aferwards, she was submitted to radiotherapy (5100 rads). After thirteen years (1994) GH values be-came suppressible after a glucose load (basal GH: 2,6 ng/mL; nadir: 0,8 ng/mL). Biochemical control of acromegaly persisted during the following ten years, with IGF-I values within the normal range

(varying from 99 to 242 ng/mL; normal range: 78- 258 ng/mL). However, in 2004, IGF-I increased to 600 ng/mL (78-258), des-pite persistence of GH suppression after glucose load (basal GH: 1,8 ng/mL; nadir: 0,6 ng/mL). Magnetic resonance, although not conclusive, suggested a tumor remnant on the right side of the sella. Cabergoline 1 mg/week was started in 2006 (IGF-I: 408 ng/mL, before treatment), and the dose to was increased to 2 mg/week. In 2008, IGF-I level was 153 ng/mL (78-258) and GH was 0,29 ng/mL. She remained with impaired fasting glucose levels and hyper-tension despite normalization of IGF-I values. Magnetic resonan-ce performed in 2008 did not show residual tumor. She remained eumenorrheic until 1991, when gonadotrophin deficiency became evident. Thyrotrophin deficiency ocurred in 1999, when she was started on thyroxine replacement therapy. Corticotrophic axis re-mains intact. In conclusion, this case demonstrates the possibility of recurrence of acromegaly after prolonged biochemical cure.

P032resULTados do segUimenTo de 15 PacienTes acromegÁLicos sUBmeTidos À cirUrgiaaraújo La1, Baggentoss r1, rodrigues gs1, silva dmW1, Kohara sK1, souza Bv1, Werlich r2, Kreutzfeld T2, morsch m2, oliveira dB2

1 Instituto de Endocrinologia e Diabetes de Joinville, Centro de Atendimento ao Diabético (IEJE-CAD), Universidade da Região de Joinville (Univille). 2 Universidade da Região de Joinville (Univille), Joinville, SC, Brasil

O tratamento clínico da acromegalia está indicado preferencialmente quando a cirurgia não controla a doença. Os análogos da somatosta-tina e agonistas dopaminérgicos são as drogas de eleição. O resultado é avaliado por parâmetros bioquímicos, e classificados em: doença con-trolada, hormônio do crescimento (GH) basal ou médio < 2,5 ng/mL ou nadir do GH < 1 ng/mL e IGF-1 (insulin-like growth factor I) normal; doença não controlada, GH basal ou médio > 2,5 ng/mL ou nadir do GH > 1 ng/mL e IGF-1 elevado; doença inadequadamente controlada, GH basal ou médio < 2,5 ng/mL e IGF-1 elevado ou GH basal ou médio > 2,5 ng/mL e IGF-1 normal. Objetivo: Avaliar o seguimento de 15 pacientes portadores de acromegalia submetidos ao tratamento cirúrgico como tratamento inicial. Material e méto­dos: Estudo retrospectivo de 15 pacientes acromegálicos, de um total de 24 pacientes, fazendo seguimento no IEJE e no ambulatório de endocrinologia da UNIVILLE do ano de 1985 a março/2010 em Joinville. Resultados: Dos 15 pacientes, 10 eram mulheres e 5 eram homens. A média de idade foi de 40,4 anos, variando de 16 a 66 anos. No exame de imagem (CT/RNM), 14 pacientes apresentaram macroadenoma e 1, microadenoma. A média de HGH pré-cirúrgico (n = 12) e pós-cirúrgico (n = 14) foi de 25,2 ng/mL e 6,9 ng/mL, respectivamente. Na avaliação pós-operatória (n = 15), 3 apresenta-ram doença controlada e 12, não controlada. Já na avaliação atual, com uma média de 10 anos de seguimento (variando de 3 a 25 anos), (n = 13) 8 pacientes apresentam a doença controlada. Desses, 3 estão sem medicação, 1 está com octreotide LAR 10 mg/mês, 2 com oc-treotide LAR 20 mg/mês, 2 com octreotide LAR 30 mg/mês. Dos dois últimos, um associado à cabergolina 3,5 mg/semana. Dos 2 pa-cientes que estão inadequadamente controlados, 1 está sem tratamen-to, já reintroduzido cabergolina 1 mg/semana, e 1 está em uso de octreotide LAR 30 mg/mês associado à cabergolina 3,5 mg/semana e radioterapia convencional. Finalmente dos 13 pacientes avaliados, 3 não estão controlados, todos em uso de octreotide LAR 30 mg/mês. Dos 24 pacientes do estudo, 2 não se submeteram a cirurgia, 2 estão aguardando cirurgia e 5 não tinham informações adequadas ao estudo. Conclusão: Considerando-se que o tratamento cirúrgico ainda é a primeira opção de tratamento da acromegalia e que 80% dos pacientes não se encontravam controlados no pós-operatório, com o tratamento clínico houve um incremento de 41,5% no controle da doença e apenas 23% não se encontram controlados atualmente.

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P033TraTamenTo a Longo PraZo com PegvisomanTo em acromegaLia resisTenTe: reLaTo de casoBlumberg K1, Bana i1, Weiler F1, alves gm1, Lengyel am1

1 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil

A cirurgia transesfenoidal, a radioterapia e o uso dos análogos da so-matostatina são as modalidades terapêuticas mais utilizadas para o tra-tamento da acromegalia. Entretanto, em alguns pacientes o controle da doença pode não ser alcançado. Nesses casos, o uso de antagonista do GH pode trazer benefícios. Relatou-se o caso de uma paciente acromegálica resistente ao análogo da somatostatina, que apresentou normalização da IGF-I com o uso de antagonista de GH, pegviso-manto (Somavert). A paciente foi diagnosticada em 1975, aos 28 anos de idade, como portadora de um adenoma hipofisário produtor de GH (GH basal: 128 ng/mL). Foi submetida inicialmente a cirur-gia transesfenoidal e, a seguir, a radioterapia. Após seis anos, o GH era de 2,8 ng/mL e a paciente estava assintomática. Entretanto, após três anos, houve reaparecimento dos sintomas e elevação dos níveis hormonais (GH: 43 ng/mL, com ausência de supressão após glicose; IGF-I: 949 ng/mL; normal: 24 a 153). Durante os próximos nove anos, o uso de bromocriptina (20 a 50 mg/dia) associado a octreotide subcutâneo (200 a 400 ug/dia) mostrou-se ineficaz. Em 1997, foi submetida à nova cirurgia transesfenoidal com ressecção parcial de lesão residual, seguida de radiocirurgia. A partir de 2000, a associa-ção entre Sandostatin LAR 30 mg/mês e bromocriptina (20 mg/dia) também se mostrou ineficaz (GH: 2,8-4,4 ng/mL; IGF-I: 597-665 ng/mL; normal: 78-220). Em 2007, foi iniciado o uso do pegvisoman-to 10 mg/dia subcutâneo em associação ao Sandostatin LAR 30 mg a cada 21 dias e, depois, mensalmente. A paciente apresentou melhora clínica, e os níveis de IGF-I foram diminuindo progressivamente até 242 ng/mL (normal: 78-220) no nono mês de tratamento. Após um ano, a dose de pegvisomanto foi aumentada para 20 mg/dia; com isso, houve normalização da IGF-I a partir do mês seguinte (131 ng/mL), persistindo ao longo de dois anos e meio de tratamento. O GH manteve-se entre 3,8 e 4,7 ug/L. Houve discreta elevação do nível das transaminases hepáticas durante os dois primeiros meses de tra-tamento, com normalização a partir do terceiro mês. A ressonância magnética seriada mostrou dimensões estáveis do tumor. Em resumo, o pegvisomanto mostrou-se uma medicação segura e eficaz nesse caso de acromegalia resistente a outras modalidades terapêuticas.

P034associaÇÃo de ocTreoTide e PegvisomanT no TraTamenTo da acromegaLia: reLaTo de caso reis ma1, Ferreira JB1, câmara Las1, ackel mma1, melo BF1, matar g1

1H SOCOR, Belo Horizonte, MG, Brasil

Introdução: O tratamento primário dos tumores hipofisários secre-tores de hormônio de crescimento (GH) tem sido baseado na ressec-ção cirúrgica, seguida de radioterapia e/ou uso de medicamentos, com objetivo de normalizar os níveis de GH e IGF-1. Uma nova opção terapêutica tem surgido para os pacientes acromegálicos não curados cirurgicamente, como o antagonista do receptor de GH (Pegvisomant-Somavert®), o qual possui uma afinidade pelo recep-tor de GH 30 vezes maior que a do GH endógeno, podendo ser usa-do isolado ou associado a outras drogas. Objetivo: Demonstrar que a associação de análogo da somatostatina (Octreotide-Sandostatin LAR®) e Pegvisomant (Somavert®) parece ser eficaz no controle da acromegalia, em paciente não curado pela cirurgia e que não respon-de ao uso isolado de octreotide, enquanto aguardava a realização de radioterapia. Material e método: SLR, feminino, 30 anos, branca, encaminhada ao serviço de endocrinologia no pós-operatório tardio (três meses) de ressecção de macroadenoma hipofisário (3,7 cm) se-

cretor de GH, por via transesfenoidal, tipo esparsamente granulado, com história no pré-operatório de redução do campo visual, dor in-tensa na articulação temporomandibular (ATM), cefaleia holocra-niana e perda da visão à direita. Nova RNM de hipófise mostrou lesão residual de 1,5 x 1,0 cm, sem plano de clivagem da lesão com a parede medial de artéria carótida interna, com manutenção dos níveis elevados de GH e IGF-1. Iniciado tratamento com octreotide LAR (10 mg/mês), com progressão da dose até 30 mg/mês, sem resposta clínica e laboratorial, sendo então associado pegvisomant (10 mg/d) até que a paciente fosse encaminhada à radioterapia. Re­sultado: Paciente apresentou melhora do quadro clínico de acro-megalia já no primeiro mês de tratamento, com redução do edema de partes moles e da dor em ATM, além da diminuição significativa dos níveis de IGF-1 de 863 ng/mL para 380 ng/mL (VR = 117-329 ng/mL), sem crescimento tumoral no período de três meses de acompanhamento. Conclusão: A associação de análogo de soma-tostatina (Sandostatin LAR®) e do antagonista do receptor de GH (Somavert®) parece ser uma opção terapêutica para paciente acrome-gálico não curado cirurgicamente e não responsivo ao uso isolado de Sandostatin, podendo ser utilizado até a realização da radioterapia.

P035adenoma HiPoFisÁrio somaToTrÓFico comPLicado Por Processo inFLamaTÓrio crÔnico: reLaTo de casoBaggentoss r1, araújo La1, souza Bv1, rodrigues gs1, Kohara sK1, silva dmW1, oliveira dB2, Werlich r2, Kreutzfeld T2, morsch m2

1 Instituto de Endocrinologia e Diabetes de Joinville, Centro de Atendimento ao Diabético (IEJE-CAD), Universidade da Região de Joinville (Univille). 2 Universidade da Região de Joinville (Univille), Joinville, SC, Brasil

Introdução: A acromegalia é uma desordem incomum com incidên-cia de três a quatro novos casos por milhão de habitantes/ano. Em mais de 95% dos casos a causa da hipersecreção de GH é um adenoma hipofisário somatotrófico. Em geral, a terapia primária é a ressecção transesfenoidal do adenoma. Objetivo: Relatar um caso de acrome-galia complicado por processo inflamatório por causa de Actinomyces sp. Relato do caso: ZMP, feminino, 42 anos, deu entrada no IEJE em junho/2005 com diagnóstico de acromegalia desde os 20 anos. Após a primeira cirurgia (22 anos) evoluiu com pan-hipopituitarismo. Fazia uso de bromocriptina 7,5 mg/semana, prednisona, levotiroxina, alendronato, cálcio, amitriptilina e sertralina e queixava-se de cefaleia. RNM evidenciou lesão expansiva predominantemente intrasselar lo-calizada com pequena prolongação suprasselar, macroadenoma 17 x 18 x 19 mm com calcificação anular periférica e GH pós-sobrecarga de 75 g de glicose (TTOG): 1,2 µg/mL e IGF1 319 (alto para o método). Foi iniciado octreotide 10 mg. A paciente foi encaminhada para radioterapia conformacional, mas se recusou fazê-la. Em janei-ro/2006 evoluiu com aumento de IGF1 (427), sendo aumentada a dose de octreotide e suspensa bromocriptina. Em todas as consultas mantinha cefaleia e, além disso, começou a apresentar rinorreia. O RX dos seios da face evidenciou sinusite etmoidal, sendo iniciados vários esquemas terapêuticos com antibióticos, porém sem melhora clínica. Realizado potencial evocado com comprometimento das vias ópticas bilateralmente. Em abril/2007 foi feita RNM que mostrou lesão in-vadindo seio cavernoso direito. Realizada cirurgia transesfenoidal cujo anatomopatológico demonstrou processo inflamatório crônico asso-ciado a organismos filamentosos morfologicamente consistentes com Actinomyces sp. e encontrado corpo estranho na hipófise. A paciente evoluiu com redução da cefaleia e normalização do GH pós-TTOG e IGF1. Foi tratada com penicilina por longo período e acompanhada pela infectologia. Conclusão: Um adenoma hipofisário complicado por processo inflamatório é um evento extremamente incomum, o que torna um desafio diagnóstico em virtude dos sintomas inespecífi-cos. O diagnóstico é essencial para o tratamento apropriado e para evi-tar a extensão do processo infeccioso para o sistema nervoso central.

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P036TraTamenTo de TUmor HiPoFisÁrio cossecreTor de HormÔnio do crescimenTo e ProLacTina com agonisTas doPaminÉrgicos e anÁLogos de somaTosTaTinaFábrega PP1, amorim sr1, gomes mgZ1, Tortul Fc1, Portes es1

1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: Os tumores co secretores GH/PRL são responsáveis por aproximadamente 30% dos casos de acromegalia. O tratamento com agonistas dopaminérgicos isolado ou em associação a análo-gos de somatostatina tem se mostrado eficaz nesses casos, podendo ser a primeira opção terapêutica em casos selecionados. Objetivo: Descrição da resposta ao tratamento de tumor co secretor GH/PRL. Paciente e método: O.O., masculino, 54 anos, com história de crises convulsivas recorrentes, aumento de 13 kg e manchas no campo visual há um ano. Exame neurológico normal, IMC = 27.7, aumento de extremidades; RM encéfalo: formação expansiva em re-gião selar e suprasselar; exames: GH = 6.4 ng/mL com ausência de supressão a sobrecarga de glicose, IGF-1: 918 ng/mL (VR), PRL = 5.680 ng/mL (VR); campimetria: perda visual periférica em pon-tos isolados em olho direito. Iniciado tratamento com cabergolina na dose máxima de 3 mg por semana e posteriormente associado a dose máxima de 30 mg de octreotide LAR. Resultado: Após 10 meses de tratamento com cabergolina, apesar da queda progressiva dos níveis de PRL, não houve redução satisfatória do GH e IGF-1, sendo acrescentado octreotide LAR. O uso dessa associação por mais 10 meses em doses plenas levou à queda significativa dos níveis de PRL e redução parcial do tumor, porém sem resposta satisfató-ria nos níveis de GH e IGF-1, sendo o paciente encaminhado para tratamento cirúrgico por via transesfenoidal. Discussão: Dentre as opções terapêuticas o agonista dopaminérgico tem se mostrado efi-caz principalmente em tumores hipofisários produtores de PRL e cossecretores de GH/PRL. No caso apresentado, apesar da resposta hormonal insatisfatória, observou-se redução parcial da massa tu-moral, o que favoreceu a abordagem cirúrgica. Conclusão: O uso de agonista dopaminérgico associado a análogo da somastatina tem lugar no tratamento de tumores cossecretores hipofisários (GH/PRL), mesmo em macroadenomas, com intuito de reduzir o volume tumoral, aumentando a probabilidade de sucesso cirúrgico.

P037 a P055: ProLacTinoma

P037ProLacTinoma: a condiTion associaTed WiTH HYPoadiPonecTinemiarodrigues LFaa1, campos sms1, miranda Pac1, mol ss1, giannetti av2, ribeiro-oliveira Jr a1 Laboratório de Endocrinologia, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 2 Divisão de Neurocirurgia, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil

Introduction: Adiponectin is an adipocytokine secreted from adi-pose tissue and its serum levels decrease with obesity and insulin resistance (IR). Hyperprolactinemia has been otherwise described as possibly associated with obesity and IR. The aim of this study was to evaluate adiponectin levels and IR in prolactinoma patients with uncontrolled (UPRL) and controlled (CPRL) disease as compared to healthy subjects. Methods: Forty patients with prolactinoma (20 UPRL and 20 CPRL) were included in this transversal study. Forty healthy subjects matched for age, gender and body max index (BMI) were included as controls (CG). Diagnosis of prolactinoma was con-firmed by elevated prolactin (PRL) levels and adenoma image. Ex-clusion criteria were other causes of hyperprolactinemia, diabetes, hypertention, and smokers. Controlled prolactinomas were defined

as patients without hyperprolactinemia symptoms and PRL < 30 ng/mL and UPRL as patients with hyperprolactinemia symptoms and PRL > 30 ng/mL. Clinical history and anthropometric measu-res (BMI and waist-hip ratio – WHR) were recorded. The following variables were analyzed: PRL, adiponectin, lipid profile, glucose, insulin and HOMA-IR. Results: There were no significant diffe-rences in lipid profile among groups. The mean prolactin levels were 224,92 ± 211; 17,00 ± 9,69 and 13,43 ± 6,1 ng/mL for UPRL, CPRL and CG, respectively (p < 0,05 for UPRL vs. CPRL and CG). The female WHR was 0,92 ± 0,09; 0,85 ± 0,07 and 0,85 ± 0,06 for UPRL, CPRL and CG respectively (p < 0,05, UPRL vs. CPRL and CG), whereas no significant difference could be detected for the male groups. The HOMA-IR results were 2,48 ± 1,72; 1,30 ± 1,02 and 1,03 ± 0,81 for UPRL, CPRL and CG, respectively (p < 0,01, UPRL vs. CPRL and CG). The mean adiponectin levels were 12,03 ± 7,83; 19,73 ± 8,39 e 33,81 ± 18,37 ng/mL for UPRL, CPRL and CG, respectively (p < 0,01 among groups). The correlation betwe-en prolactin and adiponectin was statistically significant (p < 0,01). Conclusion: Hyperprolactinemia in uncontrolled prolactinomas is associated with insulin resistance as demonstrated by HOMA-IR elevations, and WHR changes in females. Controlled prolactinomas have HOMA-IR and WHR similar to healthy subjects, but still show lower adiponectin levels. These data altogether suggest that prolac-tinomas are per se a condition associated with decreased adiponectin levels, which may be aggravated by insulin resistance when higher prolactin levels are achieved in non-controlled patients.

P038diagnÓsTico Precoce de nem-1 em PorTadores de ProLacTinomas Por rasTreamenTo de HiPerParaTireoidismo assinTomÁTicoFigueredo PrL1, souza mr1, carvalho vr1, martins mra1, Quezado r1, montenegro Jr rm1, montenegro rm1, Fontenele egP1, Quidute arP1

1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil

Introdução: A associação de neoplasias da paratireoide, tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos (GEP) e hipofisários constitui o que se denomina neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1). A presença de duas dessas manifestações confirma o diag-nóstico da síndrome. Dentre os tumores de hipófise, o prolactinoma é o mais comum. O hiperparatireoidismo primário (HPP) é o com-ponente mais frequente e precoce da NEM 1, sendo detectado em 96% dos nossos 26 pacientes portadores de NEM 1. No entanto, constatou-se que a apresentação clínica inicial foi atribuída aos sin-tomas relacionados ao prolactinoma em 64%, seguido por tumores GEP em 24% e HPP em apenas 12%. A partir desses dados, ques-tiona-se qual seria a prevalência de HPP assintomático entre nossos pacientes acompanhados por prolactinoma “isolado”. Objetivo: Determinar a frequência de HPP assintomático em portadores de prolactinoma “isolado” e avaliar a eficácia da dosagem sistemática de cálcio sérico em rastrear novos casos de NEM1 nessa população. Métodos: Foram avaliados 198 pacientes com diagnóstico de pro-lactinoma confirmado por hipersecreção hormonal e exame de ima-gem. Em todos os pacientes foi dosado cálcio sérico e aqueles com calcemia ≥ 10 mg/dL foram posteriormente investigados quanto à presença de HPP. Resultados: 27 pacientes apresentaram à investi-gação inicial calcemia ≥ 10 mg/dL. A presença de HPP foi confir-mada em 6 pacientes (4 mulheres e 2 homens) que apresentavam valores médios de cálcio e PTH de 10,4 mg/dL e 108,5 pg/mL, respectivamente. A idade dos pacientes variou entre 24 e 69 anos. Quatro pacientes apresentavam macroprolactinomas e 2, micropro-lactinomas. Conclusão: Estima-se que a prevalência de HPP situe-se entre 0,1% e 0,5% da população geral. Na nossa casuística, a dosagem de cálcio sérico permitiu o diagnóstico de HPP em 3% dos pacientes

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portadores de prolactinomas, sendo eficaz em identificar portadores de NEM tipo 1. Essa síndrome está associada à presença de tumores GEP potencialmente malignos, além de outras neoplasias, tornando de grande importância o seu diagnóstico precoce. A extensão desse estudo a outros adenomas hipofisários se faz necessária para avaliar a prevalência de HPP assintomático e determinar se a utilização roti-neira da dosagem de cálcio em portadores de tumores hipofisários é custo efetiva para o diagnóstico precoce da NEM tipo 1.

P039rePLicaÇÃo ceLULar e angiogÊnese em TUmores do snc e das meninges e sUa reLaÇÃo com a eXPressÃo de ProLacTina TecidUaL e HiPerProLacTinemiaabech dmd1, Pereira-Lima JFs1, Leães cgs1, meurer rT1, Barbosa-coutinho Lm1, Ferreira nP1, oliveira mc1

1 Centro de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introdução: No desempenho de inúmeras funções orgânicas em diversos tecidos, a prolactina (PRL) exerce efeitos mitogênico, an-tiapoptótico, morfogênico, de atividade secretória e modulador da angiogênese. A expressão da PRL e seu receptor está descrita em tecidos tumorais de mama, próstata e, recentemente, tumores do sis-tema nervoso central (SNC). Delineamento: estudo transversal. Ob­jetivo: Avaliar a influência da presença da PRL tecidual (PRLIC) e da hiperprolactinemia na replicação celular (Ki67 e Mcm-2) e angio-gênese (endoglina-CD105), em tumores do SNC de origem neuro-epitelial e das meninges. Pacientes e métodos: Amostra constituída de pacientes com tumores neuroepiteliais do SNC (41,8%) e me-ningiomas (58,2%). Em relação ao subtipo histológico dos tumores neuroepiteliais, 24% eram glioblastomas, 10,2% astrocitomas e 7,6% oligodendrogliomas. Resultados: As medianas dos valores encon-trados na expressão dos marcadores Ki67 e Mcm-2, quantificados como porcentagem de células marcadas, foram significativamente menores nos meningiomas quando comparados aos glioblastomas e oligodendrogliomas (p < 0,05). Não foi observada diferença signi-ficativa na expressão do marcador CD-105, avaliado como número de vasos por campo, entre os subtipos histológicos. Foi observada boa correlação entre os marcadores de replicação Ki67 e Mcm-2 (rs = 0,60). A imunoistoquímica para a PRLIC foi positiva em 45,6% dos tumores. A PRL sérica variou de 4 a 70 ng/mL e estava elevada em 33,9% dos casos. Quando avaliadas isoladamente, em modelo de regressão linear múltipla, não foi observado efeito significativo da PRLIC e PRL sérica sobre Ki67, Mcm-2 e CD 105; quando avalia-das em conjunto, se associaram à tendência ao aumento da densida-de vascular, e aumento significativo dos marcadores de proliferação celular (p = 0,009 para Ki67 e 0,05 para Mcm-2). Os resultados reforçam a sugestão de efeito modulador da PRL sobre a replicação celular e angiogênese em tecido tumoral.

P040doenÇa vaLvar cardÍaca em PacienTes com ProLacTinomas TraTados com agonisTas doPaminÉrgicossantos cmc1, sakamoto K1, marini Lc1, azevedo m2, souza am1, Boguszewski cL1

1 Serviço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal do Paraná (SEMPR-UFPR), Curitiba, PR. 2 Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

Introdução: Altas doses de cabergolina foram associadas com do-ença valvar cardíaca em portadores de doença de Parkinson. Obje­tivo: Investigar a presença de doença valvar cardíaca em pacientes com prolactinomas tratados com agonistas dopaminérgicos (AD).

Desenho: Estudo transversal, observacional, tipo caso-controle. Pa­cientes e métodos: Ecocardiografia transtorácica foi realizada em 51 pacientes (37 mulheres, idade 42 ± 13 anos) com prolactinoma (24 micro e 27 macro) em uso de cabergolina há pelo menos um ano (tempo de uso 38 ± 27 meses; dose média semanal: 1,43 ± 1,23 mg; dose cumulativa: 238,7 ± 242 mg) e em 59 indivíduos controles (43 mulheres, idade média 44 ± 13 anos) pareados por sexo, idade, IMC e prevalência de hipertensão arterial sistêmica. Análise estatís-tica foi realizada por meio do teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher. Resultados: Nenhum paciente apresentou doença valvar clinicamente significativa. Regurgitação mitral leve foi observada em 49% dos pacientes e 27% dos controles, e moderada em 4% dos pa-cientes e 1,7% dos controles (p = 0,0007). Regurgitação tricúspide leve em 45% dos pacientes e 20% dos controles e moderada em 8% dos pacientes e 0% dos controles (p = 0,0000). Não houve diferença em regurgitação aórtica entre os grupos (leve: 9,8% vs. 8,5% contro-les e moderada 4% vs. 1,7 controles). Conclusão: O tratamento com cabergolina está associado com aumento de prevalência de regurgi-tação leve e moderada tanto mitral quanto tricúspide.

P041acromegaLia em PacienTes com ProLacTinoma em TraTamenTo com agonisTas doPaminÉrgicosrosário P1, Purisch s1, salles d1

1 Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil

Objetivo: Investigar a frequência de acromegalia bioquimicamen-te ativa, mas clinicamente inaparente, em pacientes com prolacti-noma em tratamento com agonistas dopaminérgicos. Métodos: Foram estudados 121 pacientes (amostra calculada). O diagnóstico de prolactinoma foi estabelecido na presença de adenoma na tomo-grafia computadorizada ou ressonância magnética de hipófise; com hiperprolactinemia (> 50 ng/mL se microadenoma e > 100 ng/mL se macroadenoma) não associada ao uso de medicamentos, hipo-tireoidismo ou macroprolactinemia; com redução tumoral > 50% após meses de tratamento com agonistas dopaminérgicos. Nenhum paciente apresentava fenótipo sugestivo de acromegalia. Oitenta pa-cientes tinham microprolactinomas e 41 macroprolactinomas, 50 estavam em uso de bromocriptina e 71, de cabergolina. Acromegalia bioquimicamente ativa foi definida com IGF-1 elevado para o sexo e idade (em duas dosagens) e nadir do GH > 1 mcg/L no TTOG, após exclusão de falsos-positivos. Resultados: Dois pacientes apre-sentaram IGF-1 elevado (1,5 vez o limite superior da referência) em duas medidas consecutivas e nadir do GH > 1 mcg/L após sobre-carga oral de glicose. Um paciente apresentou IGF-1 elevado (1,75 vez o limite superior da referência) e nadir do GH < 1 mcg/L (mas acima do valor de corte ensaio-específico para o sexo) e outros dois tinham IGF-1 normal (entre 0,9 e 1,0 vez o limite superior da re-ferência), mas nadir do GH > 1 mcg/L. Após suspensão do ago-nista dopaminérgico por seis meses, esses três pacientes passaram a apresentar resultados concordantes, com IGF-1 > 1,4 vez o limite superior da referência e nadir do GH > 1 mcg/L em todos. Outras causas de IGF-1 elevado e supressão inadequada do GH foram ex-cluídas nesses 5 pacientes. Dois pacientes foram submetidos à cirur-gia transfenoidal e a imunoistoquímica foi positiva para GH e PRL; em outros dois, octreotide LAR foi adicionado ao tratamento, com redução significativa do IGF-1; e um aguarda essa terapia. Conclu­sões: Acromegalia bioquimicamente ativa foi encontrada em 4% dos pacientes com prolactinoma em tratamento com agonista dopami-nérgico e sem clínica aparente, sugerindo que a cossecreção de GH deve ser pesquisada em todos os casos de prolactinoma, indepen-dente do fenótipo. Considerando que a acromegalia ativa, mesmo na ausência de sintomas, está associada a maior morbidade e mor-talidade, a identificação desses pacientes, para adequação do terapia, é relevante. Este estudo foi patrocinado pela Novartis Biociências.

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P042imPacT oF ProTocoL For FoLLoW-UP oF PaTienTs WiTH men 1 in a UniversiTY HosPiTaL: WHaT Has cHanged in THe oUTcome oF oUr PaTienTs?souza mr1, costa ag1, Leite de Figueiredo PrL1, carvalho vr1, Fontenele egP1, Quezado r1, martins mra1, montenegro Jr rm1, montenegro rm1, Quidute arP1

1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil

Background: Multiple endocrine neoplasia type 1 (MEN 1) syndro-me is a hereditary pattern of autosomal dominant of high penetrance (95% at 40 years) comprising classically the development of tumors in parathyroid (PTH), duodenum/ pancreas endocrine (TGEP) and pituitary tumor (TH) but may include a combination of more than 20 different types of tumors (carcinoid, adrenal, lipomas, angiofibro-mas, collagenomas and meningiomas). The treatment of MEN1 is complex and cure is difficult. Mortality is mainly related to the pre-sence of malignant TGEP. Thus it becomes essential to implement a protocol for regular follow-up clinical monitoring, laboratory and radiological findings with the goal of early diagnosis and treatment of major events related to the syndrome. Objectives: Evaluate the impact of implementing a protocol for regular clinical follow-up in the prevalence of major events related to MEN1. Methods: This was a longitudinal study which evaluated patients with a diagnosis of MEN1 in the service of Endocrinology of a University Hospital. The monitoring consisted of implementing the protocol since 2008 that included clinical, laboratory and radiological according to the guidelines published in JCEM in 2001. Results: There are currently 26 patients with MEN1 (25 women/01 man). The mean age at onset of symptoms was 26.2 years (13-57 years) and age at diagnosis of 28.7 years (14-57 years). Of the total patients, 21 are classified as MEN1 family and 05 as sporadic MEN1. A prevalence of disea-ses related to MEN1 was as follows: HPT, 96% (24/25), TH, 80% (20/24); TGEP, 52% (13/25). TH was the first clinical manifesta-tion of the syndrome in 64% (16/25), HPT in 12% (03/25) and TGEP in 24% (06/25) of patients. At the 13 patients with TGEP, 10 of these were classified as functioning (09 gastrinomas / 01 insulino-ma) and 03 non-functioning. All patients with TH were diagnosed as prolactinoma (20/20) of these 20 (100%) were diagnosed with prolactinoma presented as microadenoma in 11 (55%) and macro-adenoma in 09 (40%). Conclusion: During the implementation of the protocol were diagnosed 06 new cases of MEN1 from relatives of patients with previously diagnosed (03/06) and also of sporadic cases (03 /06). There was a significant increase of patients diagno-sed with HT (from 60% to 80%), as well as of patients diagnosed with TGEP (45% to 52%). In this present cases TH (60% to 64%) still remains as the most common initial clinical manifestation.

P043an aggressive, TreaTmenT-resisTanT ProLacTinoma in a cHiLd WiTH a neW germLine mUTaTion a195v in THe arYL HYdrocarBon recePTor inTeracTing ProTein (aiP) gene naves L1, vencio sac1, Barra gB2, serra Fg1, garcia ec1, castro LF1, oliveira Lm1, casulari La1

1 Universidade de Brasília (UnB). 2 Laboratório Sabin, Brasília, DF, Brasil

Introduction: Prolactinomas rarely present clinically in childhood, and the first symptoms are variable, mostly related to tumor growth and delayed puberty. Despite many genetic abnormalities being des-cribed, the molecular pathophysiology of prolactinomas, particularly those with an aggressive clinical course, remains largely obscure. Re-cently, germline mutations in the aryl hydrocarbon receptor interac-ting protein (AIP) gene, were reported to be involved in a predisposi-

tion to pituitary adenoma formation, often more aggressive tumors, and may be associated to resistance to medical treatment. Objective: The main of this study is to describe a familial screening for AIP mu-tations in a context of aggressive and resistant prolactinoma in chil-dhood. Patients and methods: A male patient was firstly evaluated at age of 12 years, complaining of headaches, visual loss, and absence of pubertal signs. Bone age was 10 years. MRI showed a pituitary macroadenoma, 30 x 42 mm with compression of optic chiasma, bi-lateral cavernous sinus invasion with total (3-25 ng/mL), FSH and LH were indetectable, TSH was 1.05 mUI/L (0.3-5.0 mUI/L), ACTH was 30 pg/mL (5-46 pg/mL). Surgical debulking via the transsphe-noidal approach was performed. Immunohistochemical evaluation included prolactin, c-erb B2, Ki-67 and p53. Genomic DNA was isolated from the peripheral blood of index case and 48 relatives, after informed consent. Ensembl sequences ENST00000279146, ENSG00000110711, and ENSP00000279146 to determine the sequence and structure of AIP and the PCR reaction/sequencing were performed. Results: In the affected patient a germline A195V mutation in AIP was noted. The genealogical tree for the family was constructed using Genopro-Beta® program, and comprised 48 individuals in 15 sub-families. Screening identified five additional asymptomatic carriers of the A195V mutation across three gene-rations; the mutation was traced to the maternal grandmother of the index case. In the five asymptomatic A195V mutation carriers, clinical, hormonal and pituitary MRI screening was performed. No unrecognized pituitary adenomas were diagnosed in these five in-dividuals. Conclusions: The spectrum of AIP mutation-associated pituitary tumors includes all clinical subtypes. AIP mutations confer an aggressive pituitary tumor phenotype with an early age at onset, and may be screened in childhood-adolescence.

P044comParaÇÃo enTre caBergoLina e BromocriPTina no TraTamenTo da HiPerProLacTinemia: revisÃo sisTemÁTica e meTanÁLisenunes vs1, el dib rP2, Boguszewski cL3, nogueira cr1

1 Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp), Botucatu, SP. 2 McMaster Institute of Urology, Canadá. 3 Serviço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal do Paraná (SEMPR-UFPR), Curitiba, PR, Brasil

Introdução: A bromocriptina e a cabergolina são os dois fárma-cos mais utilizados no tratamento da hiperprolactinemia. Dados de literatura sugerem a superioridade da cabergolina. Objetivo: Revi-são sistemática sobre efetividade e segurança da cabergolina versus bromocriptina no tratamento dos pacientes com hiperprolactinemia. Métodos: Foi realizada uma estratégia de busca nas principais ba-ses de dados eletrônicas Embase, PubMed, Lilacs e CENTRAL (the Cochrane, Library) para identificar ensaios clínicos. Foram incluí-dos estudos que preencheram os seguintes critérios: ensaios clíni-cos randomizados em participantes adultos com hiperprolactinemia. Desfechos analisados: normalização da prolactina, restauração da função gonadal, redução tumoral e efeitos adversos. Resultados: Foram identificadas 418 referências pelas bases de dados; 37 estudos foram selecionados para leitura completa, e apenas 19 foram inclu-ídos na revisão. Desse total, 15 foram excluídos por serem estudos retrospectivos, coorte, series de casos, controlado, ou randomizado que comparou a cabergolina versus placebo ou em diferentes doses. Quatro estudos foram então incluídos de fato na revisão. Houve uma diferença significativa favorecendo os participantes que recebe-ram cabergolina em relação à normalização da prolactina e da mens-truação e ovulação (RR 0.67 [IC 95% 0.57, 0.80] e RR 0.74 [IC 95% 0.67, 0.83], respectivamente). O número de efeitos adversos de modo geral foi significativamente maior no grupo bromocriptina do que no grupo cabergolina (RR 1.43 [IC 95% 1.03, 1.98]). O item

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redução tumoral não pode ser analisado porque não foi identificado qualquer estudo randomizado que tenha investigado esse desfecho clínico. Conclusão: A cabergolina é mais efetiva que a bromocripti-na na normalização dos níveis da prolactina, na restauração da fun-ção gonadal e na menor incidência de efeitos adversos.

P045PrevaLence oF oBsTrUcTive sLeeP aPnea in PaTienTs WiTH ProLacTinoma BeFore and aFTer TreaTmenT WiTH doPamine agonisTsBarbosa F1, silva c1, Lima g1, serfaty F1, coutinho W2, gadelha m2

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 2 Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: Some endocrine and metabolic disorders (obesity, acromegaly, hypothyroidism, hypogonadism, polycystic ovary syn-drome, growth hormone deficiency) are associated with a high fre-quency of obstructive sleep apnea (OSA). Hyperprolactinemia has also been related to weight gain. Thus, prolactinoma might also be associated with OSA. Treatment with dopamine agonist (DA) has been shown to reduce body weight and improve metabolic para-meters and, therefore, might interfere with hypopnea-apnea index (IAH). Objectives: To determine the prevalence of OSA and obesi-ty in patients with prolactinoma and evaluate if treatment with DA would reduce body weight, improve metabolic parameters and IAH. Methods: The study was approved by the local ethics committee. Twenty-one patients with prolactinoma were submitted to clinical evaluation (manifestation of hyperprolactinemia, body mass index (BMI), waist circumference (WC), blood pressure), laboratorial eva-luation (hormone assays, measurement of glucose, lipidic profile) and polysomnography before and after six months of treatment with DA. Results: The prevalence of OSA, obesity/overweight (BMI > 25 kg/m²), and metabolic syndrome according International Diabe-tes Federation (IDF) were 36%, 72% and 27%, respectively, at the be-ginning of the study. After six months of treatment with DA, median PRL levels normalized but no significant difference in IAH and BMI were observed (33% and 81%, respectively). However, there was a significant decrease on HOMA-IR index, glucose, LDL cholesterol and triglycerides levels. No correlation was observed between PRL and all variables before the treatment. Conclusions: This study su-ggests a high prevalence of OSA in patients with prolactinoma. DA may be effective on improving metabolic parameters but a longer period of treatment may be necessary to ameliorate the weight and IAH of patients with prolactinoma.

P046HiPerProLacTinemia e Peso corPoraL: PrevaLÊncia de oBesidade e soBrePeso em PacienTes com HiPerProLacTinemiaPereira-Lima JFs1, Leães cgs1, Freitas neto Fm1, viter m1, silva aLm1, oliveira mc1

1 Centro de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introdução: Já foi descrito aumento dos níveis de prolactina em humanos obesos. Por outro lado, também está descrito aumento da prevalência de obesidade em pacientes com prolactinomas, bem como redução do peso associada ao tratamento da hiperprolactine-mia. Objetivo: Avaliar a prevalência de obesidade e sobrepeso em pacientes com hiperprolactinemia causada ou não por prolactinomas. Material e métodos: Foram avaliados retrospectivamente os pron-tuários de pacientes do Centro de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre com hiperprolactinemia, 115 portadores de prolactinomas e 82 com hiperprolactinemia por outras causas. Foram

avaliados sexo, idade, peso (kg), altura (m), índice de massa corporal (IMC) (kg/m2) e prolactina sérica por ocasião do diagnóstico. Con-siderou-se sobrepeso IMC 25-29,9; obesidade grau I 30-34,9; obe-sidade II 35-39,9 e obesidade III > 40. Resultados: Dados obtidos em 50 macroprolactinomas, 33 mulheres e 17 homens, idade média de 37,4 anos, IMC médio 26,79 e média da prolactina por ocasião do diagnóstico 338,74. Apresentavam sobrepeso 20% dos pacientes – obesidade I, 20%; II, 16%; III, 14%. Em 30 microprolactinomas, 27 mulheres e 3 homens, idade média de 34,5 anos, IMC médio de 26,95 e média da prolactina por ocasião do diagnóstico de 318,04. Apresentavam sobrepeso 30% dos pacientes – obesidade I, 20%; II, 6,7%; III, 3,3%. Em 65 pacientes com hiperprolactinemia por outras causas, 46 mulheres e 19 homens, idade média de 37,7 anos, IMC médio de 20,32 e média da prolactina por ocasião do diagnóstico de 68,29. Apresentavam sobrepeso 37,9% dos pacientes – obesidade I, 20%; II, 10,6% e III, 1,5%. Conclusão: É significativamente elevada a prevalência de obesidade independentemente do grau de obesidade e da causa da hiperprolactinemia. Identificou-se predomínio de obe-sidade nos macroprolactinomas em relação aos microprolactinomas e hiperprolactinemia de outras causas. É importante o acompanhamen-to do IMC nesse grupo de pacientes de modo a permitir a avaliação do tratamento da hiperprolactinemia sobre essas variáveis.

P047avaLiaÇÃo do conHecimenTo dos endocrinoLogisTas e ginecoLogisTas no TraTamenTo da HiPerProLacTinemianunes vs1, vicenti Hc1, Padovani cr1, vilar L2, nogueira cr1

1 Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp). Instituto de Biociências de Botucatu – Bioestatística, Unesp. 2 Centro de Ciências da Saúde (CCS), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil

Introdução: Hiperprolactinemia é uma alteração frequente, sendo responsável por até 30% das causas de amenorreia. Objetivo: Ava-liar o conhecimento dos endocrinologistas (E) e ginecologistas (G) no tratamento de hiperprolactinemia. Métodos: Foi elaborado um questionário com 10 questões fechadas, com resposta única, tendo de 2 a 4 alternativas, abordando vários tópicos em relação ao trata-mento da hiperprolactinemia. Os questionários foram respondidos eletronicamente pelos participantes por meio das sociedades que os representam (SBEM e FEBRASGO). Utilizou-se para comparação entre e dentro dos grupos o teste de proporções multinominais Goodman. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Facul-dade de Medicina de Botucatu. Resultados: Responderam ao ques-tionário E = 521 e G = 233. As principais significâncias (p < 0,05) encontradas foram: a) função tireoidiana, houve predominância da avaliação rotineiramente, com maior intensidade no E (E = 98,7% x G = 91%); b) pesquisa da macroprolactinemia (MC), predominância de avaliação apenas nas pacientes assintomáticas no E (E = 52% x G = 14%), e rotineiramente no G (G = 57% x E = 42%); c) introdução de agonista dopaminérgico (AD) no microprolactinoma (micro): pre-dominância em ambos os grupos de tratar sempre; d) tempo de uso do AD no micro, E = 35% x G = 70% mantêm por um ano após nor-malização dos níveis da prolactina (PRL) e melhora dos sintomas, E = 40% x G = 9% mantêm por pelo menos dois anos; e) tempo de uso do AD no macroprolactinoma (macro): E = 29% nunca suspendem e 71% suspendem após determinado tempo de normalização dos ní-veis da PRL e redução tumoral; G = 77% concordam com essa última resposta e os demais nunca suspendem; f) AD mais efetivo e seguro, predominância pela cabergolina (C) e com maior intensidade no E (E = 96% x G = 75%); g) dose máxima prescrita da bromocriptina (B), E = 37% x G = 24% 15 mg, E = 31% x G = 47% 7,5 mg; h) dose máxima da C, E = 43% x G = 56% 2 mg, E = 26% x G = 13% 3,5 mg; i) engravidar em uso do AD, predominância de suspender o AD no

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micro imediatamente, com frequência superior no E (E = 82% x G = 78%); j) no macro, E a opção é pela manutenção da B (E = 56,1% x G = 28,8%), enquanto o G opta pela suspensão imediata do AD (E = 22,2% x G = 48%). Conclusão: O E é o que mais faz avaliação tireoidiana rotineiramente. O G, apesar da predominância de avaliar a MC rotineiramente, 29% não a avaliam. Nos dois grupos predomi-nou tratar sempre o microprolactinoma. Alguns de ambos mantêm o AD no micro e gestação e apontaram a B como mais segura e efetiva.

P048doPaminergic agonisTs and PsYcHosis: case rePorTssallum Filho cFc1, alves gm1, sulzbach mL1, vidotto Tm1, Liboni cs1, vieira Tc1, Lengyel amJ1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Dopaminergic agonists (DA) are safe and effective for the treatment of patients with prolactinomas. However, in rare patients with conco-mitant psychotic disorders, the increase in dopaminergic activity with cabergoline (CAB) and/or bromocriptine (BCP) may trigger acute exacerbations of psychosis. We describe two patients with macropro-lactinomas who experienced severe acute exacerbations of psychosis during both short and long-term DA therapy. Case 1. A 25 years old male was seen in our unit with complaints of visual loss and hypo-gonadism. He had hyperprolactinemia (PRL: 5637 ng/mL NR: 2,6 -13,1), low testosterone values (273 ng/dL), and a pituitary MRI with an adenoma of 1,2 cm. He was treated initially with BCP and, although PRL values did not normalize, a considerable decrease was observed together with a reduction in tumor size. After 4 years CAB was introduced to increase adherence. After 1 year of CAB use he developed auditory and visual hallucinations. CAB was discontinued and antipsychotics were introduced. As PRL levels increased the pa-tient underwent transsphenoidal surgery and radiotherapy. Case 2. A 40 years old male was referred to our unit because of bitemporal hemianopsia. His past medical history included schizophrenia and haloperidol use (5 mg/ d) during the last 11 years. PRL was 2404 ng/mL (NR 2,6 - 13,1) and pituitary MRI showed an adenoma with 2,5 x 2,8 cm. He was submitted to transesphenoidal surgery, with visual field improvement and reduction of PRL levels. BCP was introduced (2,5 mg/d) and 4 months later the dose was increased to 5 mg/d. One month after the increase his psychiatric condition worsened and required hospital admission. BCP was reduced to 2,5 mg/d, haloperidol was replaced by quetiapine and the patient had partial improvement of psychiatric status. In conclusion, when consi-dering treatment with DA, the clinician should proceed with caution in patients with a history of psychosis. Alternative therapies such as surgery and/or radiotherapy should be considered. All patients using DA should be observed for psychotic reactions, which may signal a need to reduce or to discontinue the DA.

P049oBsTrUÇÃo nasaL como Primeira maniFesTaÇÃo de Um macroProLacTinomaBenigno asa1, marivo m1, neto gF1, souza gL1, Hirosawa rm1, França mm1, galan Fc1, Zanini ma1, nunes vs1

1 Universidade Estadual Paulista (Unesp), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: Os prolactinomas respondem por 40% de todos os ade-nomas hipofisários. Sua sintomatologia está relacionada à hiperpro-lactinemia e compressão de estruturas adjacentes ao tumor, como hipopituitarismo, cefaleia e alterações nos campos visuais. Objetivo: Descrever o caso clínico de um paciente que teve a obstrução nasal como a primeira manifestação de um macroprolactinoma. Relato de caso: Homem, 60 anos, lavrador, procurou o serviço médico por cau-

sa de obstrução nasal bilateral há quatro anos. Negava coriza, febre ou outros sintomas associados. Foi encaminhado ao otorrinolaringolo-gista, que solicitou uma tomografia computadorizada de crânio, cujo resultado foi de sela túrcica alargada e uma massa sólida, de contornos parcialmente definidos localizado em região infrasselar. O paciente foi, então, encaminhado à neurocirurgia para retirada da lesão. A hipóte-se inicial foi de uma neoplasia nasofaríngea. Contudo, a ressonância magnética de hipófise realizada posteriormente evidenciou uma lesão predominante infrasselar com comprometimento de seio esfenoidal e cavernoso à esquerda, medindo 2,9 x 2,1 x 1,6 cm. Em avaliação endocrinológica foi evidenciada de alterado uma prolactina sérica de 1.570 ng/mL (valor de referência [VR]: até 17 ng/mL) e uma tes-tosterona total de 79 ng/mL (VR: 166 a 811 ng/dL), com LH e FSH normais. Como o paciente negava disfunção erétil, galactorreia e outros sintomas relacionados, os exames foram repetidos; mantinha o hipogonadismo e a hiperprolactinemia (prolactina > 2.000 ng/mL). O diagnóstico final foi de um macroprolactinoma. Foi introduzida a cabergolina 1,5 mg/semana, e cinco meses após o tratamento houve remissão total do quadro, com normalização da prolactina, da obs-trução nasal e desaparecimento do tumor. Conclusão: O caso clínico descrito é uma apresentação atípica de macroprolactinoma. No en-tanto, é um diagnóstico diferencial que deve ser sempre lembrado em todas as lesões de topografia infra, supra e parasselar, principalmente, pela boa resposta ao tratamento com o agonista dopaminérgico.

P050siBUTramine-indUced HYPerProLacTinemia: case rePorTLeães cgs1, Pereira-Lima JFs1, oliveira mc1

1 Centro de Neuroendocrinologia, Santa Casa de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introduction: Several drugs may cause hyperprolactinemia, espe-cially antipsychotic drugs and prokynetic drugs. Serum prolactin concentrations increase within hours after acute administration of these drugs and return to normal within two to four days after ces-sation of chronic therapy. So far, sibutramine, a sympathomimetic drug used in the management of obesity, was not described to be associated with altered prolactin levels. Objective: The purpose of this study is to present a case of sibutramine-induced hiperprolacti-nemia. Case report: A 38-year-old white female patient seeks me-dical attention complaining of weight gain (Body mass index: 35) associated with anxiety. She started sibutramine treatment and pre-sented with amenogalactorrhea. Hyperprolactinemia was diagnosed (prolactin of 46 and 89,6 ng/mL) with normal thyroid, renal and hepatic function, and a negative pregnancy test. A sella MRI was performed and sibutramine was suspended. Prolactin levels retur-ned to normal within 15 days of sibutramine cessation and remained normal within 90 days of follow-up, with resolution of the amenoga-lactorrhea syndrome. Conclusion: sibutramine may be considered in differential diagnosis of drug-induced hyperprolactinemia.

P051avaLiaÇÃo dos PacienTes com ProLacTinoma acomPanHados no serviÇo de neUroendocrinoLogia do HosPiTaL das cLÍnicas da Universidade FederaL de goiÁs melo aPm1, viggiano dPP1, Bueno Fn1, ribeiro FmF1, Florentino cc1, Jatene em1, Paula sLmF1

1 Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), Goiânia, GO, Brasil

Introdução: Prolactinomas são os tumores pituitários mais comuns e secretam prolactina em níveis variáveis. Têm prevalência estimada em 100/1 milhão de pessoas e são mais comuns em mulheres. São

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classificados de acordo com o tamanho como microadenoma (menor que 10 mm) ou macroadenoma (maior que 10 mm). Ocasionalmen-te, esses adenomas podem ser localmente invasivos e causar com-pressão de estruturas vitais, e o excesso de prolactina por eles produ-zido é uma importante causa de infertilidade e disfunção sexual em homens e mulheres. Objetivo: Analisar dados demográficos como idade média de manifestação da doença, prevalência entre gêneros, frequência de macroprolactinomas e microprolactinomas, resposta ao tratamento medicamentoso e cirúrgico, complicações da doença e associadas ao tratamento. Métodos: Estudo descritivo de 37 pa-cientes com diagnóstico de prolactinoma atendidos no Ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás no período de abril de 2000 a dezembro de 2009. Resultados: A idade média de diagnóstico foi de 30,52 anos. Houve maior prevalência no sexo feminino, sendo 32 mulheres e apenas 5 homens. O sintoma mais frequente ao diagnóstico foi galactorreia, presente em 81,08% dos pacientes, seguido de cefaleia em 78,37%. Com relação ao tratamento medicamentoso: 12 pacientes foram tra-tados apenas com bromocriptina, 2 com cabergolina e 22 utilizaram as duas drogas. Um paciente não utilizou tratamento medicamento-so. Dezessete pacientes foram submetidos a cirurgia e 12 deles não tinham nenhuma indicação precisa para cirurgia. Apenas um paciente foi submetido a radioterapia. A taxa de remissão da hiperprolactine-mia com cirurgia foi de 5,8% e com agonista dopaminérgico foi de 27%. Quatro pacientes tiveram o agonista dopaminérgico suspenso e apenas um apresentou recidiva da hiperprolactinemia. Conclusão: Os dados demográficos do nosso serviço divergem da literatura, principalmente pela maior prevalência de macroprolactinomas, pois se trata de um serviço de referência em neuroendocrinologia e vários pacientes vêm encaminhados do serviço de neurocirurgia. Por isso, também há grande número de cirurgias. A taxa de remissão da hi-perprolactinemia foi baixa tanto com o tratamento cirúrgico quanto medicamentoso, porque até dois anos atrás havia grande dificuldade em adquirir o agonista dopaminérgico pelo Sistema Único de Saúde.

P052cereBro sPinaL FisTULa, PneUmocePHaLUs and meningiTis: a rare comPLicaTion oF doPamine agonisT TreaTmenT For ProLacTinomasobreira WgP1, gondim Ja1, vasconcelos JP1, gomes e1, Ferraz TmL1, alverne L1, schops m1, mota Jis1

1 Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

Introduction: The use of dopamine agonists for the shrinkage of a massive, highly invasive, longstanding prolactin-secreting pituitary tu-mor, however, may be associated with important complications, such as pneumocephalus, cerebrospinal fluid leakage (CSF) and meningi-tis. Objective: The aim of the present paper is to describe and analyze the complications associated with the use of DA in the treatment of one patient present a large invasive prolactinoma. We also analyze the different treatment options for patients with this pathology. Metho­ds: We retrospectively reviewed the medical files of a patient presen-ting a invasive prolactin-secreting pituitary adenomas that developed CSF rhinorrea and meningitis following DA treatment. The different treatment options and the management of such cases are objectively reviewed. Results: A 17-year-old boy was admitted to our depart-ment with complaints of headache and vomiting. The neurological examination demonstrated the presence of bitemporal hemianopsia. Magnetic resonance imaging study of his brain showed a large, he-terogeneously enhancing pituitary lesion, with suprasellar extension until the third ventricle, inferior extension into the sphenoid sinus and lateral expansion, encasing the carotid arteries, and eroding the skull base. His serum prolactin was 40.000 mIU/L. An invasive macropro-lactinoma was diagnosed. Cabergoline 1,5 mg twice weekly was cho-

sen for the initial treatment of the pituitary adenoma. After one mon-th of treatment, his prolactin level was 236 mIU/L. Six months after the beginning of the treatment, the patient developed a CSF leak, which was subsequently associated with the development of pneumo-cephalus and meningitis (caused by Staphylococcus aureus). After the treatment of the meningeal infection, endoscopic nasal exploration of the anterior skull base and sphenoid sinus was performed. A 3 cm leak was localized at the selar floor and planumsphenoidale. The patient was submitted to an endoscopic endonasal surgery to repair the fistula using a vascularized nasal septal flap, muscle and fat tissue grafts fixed with fibrin glue. There was no postoperative complications and ca-bergoline treatment was reinitiated after surgery. Conclusions: CSF leaks secondary to the shrinkage of a massive invasive macroprolac-tinoma can lead to serious complications, usually hard to manage. The gold standard treatment of such cerebrospinal fluid leaks is the surgical repair of the CSF fistula as soon as possible.

P053macroProLacTinemia com a PresenÇa de sinTomas de HiPerProLacTinemia e de adenoma HiPoFisÁrio: o TraTamenTo com agonisTa doPaminÉrgico Pode ser indicado?Wanderley-Xavier ac1, Liberati aP1, marocco T1, eimori d1, caetano L1, correa-silva sr1, vecchiatti s1

1 Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), São Paulo, SP, Brasil

A presença de macroprolactina pode ocorrer em 10% a 30% dos pa-cientes com hiperprolactinemia. Acreditava-se que a macroprolac-tinemia ocorria apenas em indivíduos assintomáticos. No entanto, séries recentes demonstram que os pacientes com macroprolactine-mia podem apresentar sintomas associados à hiperprolactinemia e que o tratamento com agonista dopaminérgico (AD) pode levar à melhora dos sintomas e/ou à normalização dos níveis de prolactina. Além disso, relatou-se a presença de adenoma hipofisário em 5% dos pacientes com macroprolactinemia. Foram avaliados 20 pacientes com hiperprolactinemia do ambulatório de neuroendocrinologia do HSPM no ano de 2009. Os pacientes apresentavam os seguin-tes sintomas: galactorreia (55%), irregularidade menstrual (55%), amenorreia (35%), diminuição da libido (50%), infertilidade (25%), cefaleia 40% e alteração visual (10%). O valor médio de prolactina encontrado foi de 145,2 ng/mL (mínimo: 33,6; máximo: 350). A dosagem de macroprolactina foi realizada em todos os pacientes pelo método de precipitação por PEG, e 2 dos 20 (10%) apresentaram macroprolactina positiva. As duas pacientes com macroprolactine-mia apresentavam sintomas de hiperprolactinemia e microadenomas hipofisários. Uma das pacientes apresentava galactorreia leve, irre-gularidade menstrual e diminuição da libido de forma intermitente, prolactina igual a 59,1 ng/mL, tendo sido optado por mantê-la em observação clínica, sem AD, e atualmente ela está assintomática. A outra paciente apresentava galactorreia e irregularidade menstrual constantes, prolactina igual a 71,5 ng/mL; optou-se pelo tratamen-to com bromocriptina. Houve melhora total dos sintomas e norma-lização dos níveis de PRL com uma dose baixa desse AD (1,25 mg/dia). Após a suspensão da medicação, a paciente manteve-se assin-tomática e sem alterações significantes no adenoma hipofisário. Não há evidências na literatura de que tratamento com AD seria benéfi-co para pacientes com macroprolactinemia sintomática. A decisão sobre a introdução dos AD torna-se mais difícil para os pacientes com macroprolactina positiva e que apresentam imagem hipofisária. A dosagem de macroprolactina nos pacientes com macroprolactine-mia assintomática é importante para que o tratamento com AD e o seguimento radiológico desnecessários sejam evitados.

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P054reFraTariedade no TraTamenTo com agonisTas doPaminÉrgicos em PacienTe PorTador de ProLacTinoma e doenÇa ceLÍacaPaula as1, castro LF1, Thoma i1, garcia ec1, casulari La1, naves L1

1 Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

Introdução: A resistência ao tratamento clínico com agonistas do-paminérgicos ocorre em 5% a 18% dos pacientes. Além da dificulda-de de padronização do conceito de resistência, situações que geram refratariedade ou resposta terapêutica parcial ao tratamento como má adesão, presença de doenças inflamatórias intestinais e disabsor-tivas e alteração de estabilidade da droga por exposição ao calor ou umidade podem prejudicar a resposta terapêutica e constituir um fator confundidor com a resistência ao tratamento. A doença celíaca é uma doença disabsortiva que não raramente é assintomática ou oligossintomática. Embora já seja bem conhecida a associação de do-ença celíaca e refratariedade a tratamentos clínicos orais, a documen-tação de tal ocorrência durante o uso de agonistas dopaminérgicos é escassa na literatura. Objetivo: Relatar um caso clínico de refrata-riedade a agonistas dopaminérgicos no tratamento clínico de prolac-tinoma associado à doença celíaca. Método: Revisão de prontuário. Relato de caso: Paciente de 30 anos, feminina, procurou o serviço de endocrinologia do Hospital Universitário de Brasília, com quei-xa de cefaleia crônica e galactorreia bilateral. À investigação clínica, evidenciada hiperprolactinemia (prolactina 53 ng/mL) e macroade-noma hipofisário (lesão de 8 x 12 mm). Iniciado tratamento clínico com agonistas dopaminérgicos tendo utilizado bromocriptina (2,5 a 7,5 mg/dia) nos primeiros cinco anos e cabergolina (1 mg/sem) nos cinco anos seguintes. Observadas melhora clínica e normalização dos valores de prolactina no período. Entretanto, as avaliações radiológi-cas da lesão hipofisária evidenciavam não alteração do tamanho dela até o oitavo ano de terapia, quando a paciente iniciou queixas gas-trointestinais que culminaram no diagnóstico e tratamento de doen-ça celíaca. Nos dois anos que se seguiram, após instituição de dieta isenta de glúten, foi observada diminuição tumoral maior que 50% (2,8 x 3,8 mm), a despeito da manutenção da dose de cabergolina. Conclusão: A doença celíaca pode representar uma das causas de resistência ao tratamento com agonistas dopaminérgicos e de refrata-riedade ou resposta terapêutica parcial. O diagnóstico de doença ce-líaca deve ser lembrado nessas situações, principalmente por tratar-se de quadro que não raramente é assintomático ou oligossintomático. Como relatado no caso, o tratamento específico da doença celíaca pode melhorar a resposta terapêutica aos agonistas dopaminérgicos.

P055BaiXa esTaTUra e aTraso da PUBerdade em adoLescenTe do seXo mascULino com macroProLacTinoma: reLaTo de casoguedes vaJ1, sepulcre dFn1, machado PnP1, napoli TF1, scalissi nm1, Lima Jr Jv1

1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Prolactinomas são os tumores hipofisários secretores mais comuns, com uma prevalência estimada na população adulta de 100 por mi-lhão. Em crianças e adolescentes, os sintomas geralmente incluem al-terações funcionais decorrentes da elevação da prolactina (PRL) como puberdade atrasada em ambos os sexos, e amenorreia e galactorreia em meninas e/ou efeitos de massa tumoral. Foi relatado o caso de um paciente do sexo masculino, com 20 anos de idade, que procurou assistência médica em razão de baixa estatura e atraso puberal, negan-do alteração visual ou galactorreia. Ao exame físico apresentava altura de 143 cm, Z estatura -4 DP, Tanner P3G1 com volume testicular de 1 cm3 bilateral e ausência de pelos axilares. Investigação laboratorial

revelou PRL 8.315 ng/mL TSH 1,97 mUI/L; T4l 0,8 ng/dL; GH 1,1 ng/mL; IGF-1 138 U/mL; FSH 1,3 UI/L; LH 1,2UI/L testos-terona total 40 ng/dL; cortisol 22,6 µg/dL. Idade óssea de 15 anos (idade cronológica de 19 anos e 11 meses). Ressonância magnética (RNM) de sela túrcica: formação sólida vascularizada no interior da sela de 3,1 x 2,8 x 2,1 cm. Realizado ITT que evidenciou deficiência de GH. Iniciado cabergolina 2,5 mg/semana. Após 8 meses de trata-mento, o paciente evoluiu assintomático com redução significativa dos valores de PRL 651 ng/mL e RNM de sela túrcica, evidenciando re-dução tumoral para 2,1 e 1,3 cm após seis meses de tratamento. Baixa estatura é rara nos adenomas hipofisários e o atraso puberal desenvol-ve-se mais frequentemente nos meninos. Nesse caso, particularmente, o paciente tinha um macroadenoma e procurou assistência médica por causa de baixa estatura e atraso puberal. A terapia medicamentosa com cabergolina mostrou redução tumoral e diminuição dos níveis de PRL. Diagnóstico precoce e tratamento adequado são necessários para evitar sequela endócrina permanente.

P056 a P058: adenomas secreTores de TsH

P056TsH-secreTing adenomas: a singLe cenTer eXPeriencecasagrande a1, oliveira J1, vidotto T1, abucham J1

1 Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Introduction: TSH-secreting pituitary adenomas are extremely rare. Aim: Retrospective analysis of all cases diagnosed at our Neuroendo-crine Unit since 1988. Results: We have diagnosed, treated and follo-wed 7 patients (4 men) with TSH-secreting adenomas (age: 19-45 y; mean follow up: 8y, range: 0.5-22 y). Initial complaints were visual impairment (2), headache (2), acromegalic features (1) and amenor-rhea-galactorrhea (2), but symptoms and/or signs of thyrotoxicosis were always present and goiter was found in 6 patients. Prior to diag-nosis, 2 patients had been treated with anti-thyroid drugs and one with thyroidectomy/131I therapy. Diagnosis was strongly suggested by high FT4 with normal TSH in 3 and high TSH in 4 (2.0-150 mU/L). Alpha-subunit levels were always high (5,700-57,000 U/L; N.V. < 440 U/L). Pituitary scans revealed macroadenomas in 6 and microadenoma in one patient. Co-secretion was observed in 4 cases (macroadenomas): PRL (2), GH and PRL (1), and GH (1). Before surgery, somatostatin analogs normalized FT4 levels in 3/4 patients. Six patients were operated; one was cured after pituitary apoplexy. After surgery, 2 patients became euthyroid (one patient with a micro-adenoma and one patient with a PRL co-secreting macroadenoma), 3 remained uncontrolled and post-surgical evaluation is pending in one. Among the 3 patients not controlled by surgery, two received pituitary irradiation: one died due to complications of radiotherapy and the other one, previously treated by thyroidectomy/131I, is on levothyroxine replacement with normal FT4 and high TSH levels, but no tumor growth in 22 y. The third one received 131I, has been on levothyroxine and long-acting somatostatin analog (30 mg/mo) with slightly increased TSH and IGF-I levels but no tumor growth in 12 y. In one patient achieving euthyrodism after surgery, cabergo-line was successful in controlling hyperprolactinemia and decreasing tumor remnant. No tumor residue has increased during follow-up. Conclusions: Although TSH-secreting adenomas are extremely he-terogeneous in clinical presentation, they can usually be diagnosed by routine measurements of serum TSH and FT4 and pituitary MR scans. Long term control of tumor growth and hyperthyroidism in patients with TSH-secreting adenomas can be variably achieved by isolated or combined therapeutic interventions including somatosta-tin analogs, pituitary surgery, pituitary radiotherapy and even surgi-cal/radioiodine thyroid ablation in selected cases.

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P057adenoma secreTor de TsH (TsHoma) associado À TireoidiTe de HasHimoTo: reLaTo de casosecches c1, romualdo-silva d1, maia F1, miranda P1, rosário P1, calsolari r1, Purisch s1, reis r1, Leite c1, santos m1, Froés L1

1 Clínica de Endocrinologia e Metabologia, Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil

Introdução: Tireotoxicose secundária a adenoma secretor de TSH é uma condição rara. A prevalência estimada desse tumor é de 1:1.000.000 e ele representa 0,5% a 2% dos adenomas hipofisários. Os anticorpos antiTPO, antiTg e TRAb normalmente estão negativos e, quando positivos, seguem a prevalência normal da população. Ob­jetivo: Relatar caso de TSHoma associado à tireoidite de hashimoto (TH). Métodos: ASC, 40 anos, com quadro de labilidade de hu-mor, irregularidade menstrual e alternância entre sonolência e insônia há um ano. Diagnóstico de hipotireoidismo desde 24 anos. Usou levotiroxina 100 mcg/dia até 6 meses antes da primeira avaliação. A medicação foi suspensa por causa do alto título de T4 livre. Ao exa-me físico apresentava frequência cardíaca normal, pele quente e úmi-da e ausência de exoftalmia e tremor de extremidades. A propedêutica realizada mostrou: AntiTPO > 1.000 UI/mL (< 35); FT4: 1,88 ng/dL (0,89-1,76); T3 total: 236 ng/dL (70-220); TSH: 16,61 mcUI/mL (0,35-5,50) e subunidade α do TSH: 13.900 nanog/L (80-604). Demais hormônios hipofisários sem alteração. Ultrassom de tireoide: bócio multinodular com fluxo intraglandular aumentado ao Doppler, sugestivo de TH. RNM hipófise: sela túrcica de diâmetros aumenta-dos, preenchida por lesão expansiva que ocupa fossa selar e cisterna suprasselar, toca o quiasma óptico e projeta-se para o interior do seio esfenoidal, compatível com adenoma hipofisário. Sem sinais de inva-são de seios cavernosos. A paciente foi submetida à ressecção cirúrgica do macroadenoma por via transesfenoidal. Conclusão: A confirma-ção do hipertireoidismo central depende de aumento de T4L e TSH alto ou inapropriadamente normal. O aumento da subunidade α do TSH associado à imagem positiva para adenoma hipofisário sugeriram o diagnóstico do TSHoma. O diagnóstico precoce é importante para prevenção do crescimento tumoral e do consequente efeito de massa e evita, ainda, tratamentos incorretos como tireoidectomia ou radio-iodo. A TH, quando presente, pode mascarar o quadro típico. Nessa situação, o TSHoma pode se apresentar com TSH aumentado e T4L normal. No caso descrito, a paciente apresentou dosagens de T4L altas ou dentro da normalidade de forma alternada, o que possibilitou a suspeita e o diagnóstico adequado.

P058seTor de endocrinoLogia da Universidade esTadUaL de Londrina. TireoTroPinoma: reLaTo de casoBerbel LcL1, sakamoto Ks1, radaeli rF1, Tristão Jr1, oliveira mL1, carrilho aJF1, almeida Hgg1, Harth Fm1, almeida d1, marquezine gF1

1 Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil

Introdução: Tumor hipofisário secretor de TSH é raro, menos de 2% de todos os adenomas da hipófise, e caracteriza-se por sinais clíni-cos de tireotoxicose e níveis séricos elevados de hormônios tireoidia-nos e elevados, ou inapropriadamente normais, de TSH. Objetivo: Discussão do diagnóstico em paciente com TSH e T4l aumenta-dos e com clínica de hipertireoidismo. Métodos: Descrição de caso clínico de tireotropinoma acompanhado no setor de endocrinolo-gia da Universidade Estadual de Londrina. Resultados: DPT, 39 anos, sexo feminino, há dois anos notou aumento tireoidiano e sintomas de hipertireoidismo. Avaliada por endocrinologista: TSH: 6,53 µUI/mL (0,35-4,94), T4l: 5,98 mg/dL (0,7-1,48), iniciado metimazol até 40 mg/dia. Em 2009, piora sintomas compressivos cervicais, indicada tireoidectomia total. Enquanto aguardava, iniciou cefaleia holocraniana e embaçamento visual, realizou RNM: tumor

com expansão suprasselar 2,1 x 2,6 x 1,4 cm, abaula quiasma óp-tico e com desvio da haste para direita. Avaliada nessa instituição em 9/12/2009, apresentava bócio multinodular, perda visual, TSH 26,55 e T4l 0,7. Feita hipótese de tireotropinoma e reduzido meti-mazol para 20 mg. No retorno, USG: tireoide multinodular, volu-me 140 cm3, realizada PAAF compatível com bócio coloide. Cam-pimetria: constrição de campo visual bilateral, prolactina 16 ng/mL (5,18-26,53), GH 0,12 ng/mL (0,06-7), IGF1: 72 ng/mL (109-284), ACTH 39,2 pg/mL (0-46), cortisol 18,91 µg/dL, LH 10,04 mUI/mL, FSH 21,5, estradiol 10,44 pg/mL, antiTPO:38 UI/mL (até 12), TRAB < 0,3 UI/l, subunidade alfa dos hormônios glico-proteicos hipofisários 2.120 ng/l (80-604), ECA 84 U/l (8-55), SHBG 87,2 nmol/l (20-100). Em 08/01 TSH 12,41, T4l 2,23, aumentado metimazol para 40 mg e iniciado octreotide 100 mcg SC 8/8 horas por três dias, exames logo após: TSH 6,61, T4l 1,86. Em 08/02 submetida à ressecção do tumor selar via transesfenoidal, evoluindo no pós-operatório com diabetes insipidus e com melhora dos sintomas de hipertireoidismo e das queixas visuais. Resultado AP: quadro citológico sugestivo de adenoma hipofisário, aguarda imunoistoquímica. Permanece sem metimazol, apenas com ateno-lol; últimos exames 26/02: TSH 2,65 e T4l 2,70. Conclusão: Em pacientes com hipertireoidismo e níveis de TSH inapropriadamente normais ou elevados, o diagnóstico diferencial com tireotropinoma deve ser discutido, pois comumente há relato de tratamento anterior de doença tireoidiana primária.

P059 a P065: HiPoPiTUiTarismo (adULTo)

P059inFLUence oF THe d3-gH recePTor and igF1 gene PoLYmorPHisms on igF1 and LiPid ProFiLe on sHorT and Long-Term TreaTmenT resPonse To gH in adULT gH deFiciencY Barbosa eJL1,2, glad cam1, Palming J1, carlsson Lms1, gotherstrom g1, Boguszewski cL2, Johannsson g1

1 Sahlgrenska University Hospital, Gothenburg University, Gothenburg, Suécia. 2 Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (SEMPR/HC-UFPR), Curitiba, PR, Brasil.

Introduction: GH replacement in adults is aimed at improving signs and symptoms of the adult GH deficiency (GHD) syndrome. In children, the presence of a common polymorphism of the GH receptor (exon-3 deletion, d3GHR) might increase growth response to GH therapy. Moreover, a polymorphism in the gene for IGF1 (the 192-bp allele) has been associated with lower IGF1 levels and connected to the age-related decline in serum IGF1 levels. Objecti­ve: The aim of this study was to assess the effects of these polymor-phisms on the IGF1 and lipid response to GH replacement in adults. Methods: Prospective intervention with GH during 1 yr (n = 84) and in a subset during 5 yr (n = 76). The GHR and IGF1 genotypes were established in GHD patients and linked to short-term and long-term effects of GH therapy on IGF-I and lipid profile. Results: 50 patients had two wild-type alleles (59.5%), whereas 34 (31%) had at least one d3GHR allele. There were no significant differences in the increase in IGF-I, the decrease in total cholesterol and LDL-cholesterol or in the increase in HDL-cholesterol in patients bearing at least one d3GHR allele compared with those with two wild-type alleles (at an identical mean dose of GH), either at short-term as in long-term. We found 7 IGF-I alleles in our population, with sizes ranging between 176-198 bp. The most frequent allele was 192 bp in length. The total study group comprised 8 non-carriers of the 192 bp allele (11.9%), 28 heterozygous (41.8%) and 31 homozygous carriers (38.8%). IGF1 levels at baseline (94 ± 73 vs. 125 ± 66 µg/l, p = 0.03) and after 12 months (228 ± 101.6 vs. 289.7 ± 124.4 µg/l, p = 0.04) of treatment were significantly lower in patients bearing

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2 copies of the 192-bp allele (at an identical mean dose of GH) compared with heterozygous and non-carriers. No significant diffe-rence was found during short or long-term GH replacement in lipid profile. Conclusion: The d3GHR genotype and IGF1 genotype did not contribute to the inter-individual differences in efficacy of short-term and long-term GH replacement therapy in GHD adults. IGF1 levels were lower in GHD carriers of the 192-bp IGF1 allele.

P060Pan-HiPoPiTUiTarismo aPÓs Hsa Por rUPTUra de arTÉria comUnicanTe anTerior: reLaTo de casoaraujo PBmc1, godoy BL1, silva nao1, conceição FL1

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introdução: A prevalência de hipopituitarismo após hemorragia su-baracnoide (HSA) por ruptura aneurismática pode ser maior do que se suspeitava. Pequenas séries de casos mostram que deficiências hor-monais após esse insulto acontecem com frequência, mas principal-mente de forma isolada. Relatou-se um caso de pan-hipopituitarismo de diagnóstico tardio secundário a HSA por ruptura de aneurisma de artéria comunicante anterior (ACO). Objetivo: Estudar, a partir de um caso, a importância da investigação de hipopituitarismo após HSA, permitindo diagnóstico precoce. Métodos: Levantamento de dados do prontuário e revisão de literatura sobre hipopituitarismo após HSA. Resultados: Paciente masculino de 36 anos notou, há um ano, perda de pelos em tronco e MMII, fadiga, sonolência, redução de libido e concentração. Negava poliúria, nictúria ou sede excessiva. História de HSA por ruptura de aneurisma de ACO há sete anos. Sem outras co-morbidades, negava TCE ou irradiação craniana. Ao exame: rarefação de pelos em MMSS, MMII e axilas, ausência de hipotensão postural, IMC 31,9 kg/m2, sem outras alterações. Avaliação hormonal: cortisol 1,44 (4,3-22,4 µg/dL); GH < 0,05 (0,06-5,0 ng/mL); IGF-I 91,6 (109-284 ng/mL); TSH 2,59 (0,35-5,90 µU/mL); T4-L 0,52 (0,75- 1,85 ng/dL); LH 0,6 (1,5-9,3 mUI/mL); FSH 1,4 (1,4-18,1 mUI/mL); testosterona total 12 (241-827 ng/dL); PRL 2,3 (2,1-17,7 ng/mL). TC de sela (RM contraindicada por presença de micromolas): sem evidência de tumor hipofisário, avaliação prejudicada por artefato. Iniciada reposição com: prednisona 5 mg/dia, Euthyrox 100 mcg/dia e durateston 250 mg IM 3/3 semanas, com melhora dos sintomas. Conclusões: A HSA por ruptura de aneurisma pode resultar em hipo-pituitarismo por alterações associadas à hemorragia em si ou por vaso-espasmo levando a isquemia e lesão de estruturas hipotálamo-hipofi-sárias. Pequenas séries de casos mostram alta prevalência de disfunção neuroendócrina em sobreviventes de HSA, sendo os eixos mais afeta-dos o somatotrófico e o corticotrófico, respectivamente. Em nenhum deles se encontrou relato de pan-hipopituitarismo completo, como o encontrado neste caso, o que denota sua relevância. Além disso, não existem protocolos de rastreio clínico de hipopituitarismo após HSA nem estudos sobre os benefícios da reposição hormonal, especialmente do GH. Após revisão da literatura, ressalta-se a necessidade da avaliação da prevalência de hipopituitarismo em pacientes com passado de HSA, estudo em curso inicial em nossa instituição.

P061comParaÇÃo do PerFiL LiPÍdico, PressÃo arTeriaL, gLicemia de JeJUm e cinTUra aBdominaL de PacienTes com HiPoPiTUiTarismo X sÍndrome meTaBÓLicaPereira-Lima JFs1, Fighera Tm1, Lapnharski c1, Leães cgs1, Ferreira nP1, oliveira mc1

1 Centro de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introdução: A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo caracterizado por alterações do perfil lipídico, obesidade central, hi-

pertensão arterial sistêmica e intolerância à glicose, com significativo aumento do risco de eventos cardiovasculares e morte. O hipopituita-rismo (H) consiste na redução ou ausência de um ou mais hormônios hipofisários. Estudos recentes demonstram que pacientes com disfun-ção pituitária têm incidência aumentada de obesidade, resistência à in-sulina e dislipidemia, resultando em aumento da mortalidade cardio-vascular. Objetivos: Avaliar o perfil lipídico, pressão arterial, glicemia de jejum (GJ) e cintura abdominal (CA) em pacientes com SM e em pacientes com H. Comparar os dados avaliados em pacientes com SM e pacientes com H e entre pacientes com SM com e sem H. Pacientes e métodos: 194 pacientes, 50 com SM e 144 com H. Foram excluídos 2 com SM e 33 com H, por falta de dados. O diagnóstico de SM foi da IDF e o de H a deficiência de um ou mais hormônios hipofisários. Resultados: 48 pacientes com SM, 66,7% mulheres, com média de idade de 61,3 anos, de peso de 84,8 kg, de índice de massa corporal (IMC) de 33 kg/m2 e de CA de 108,2 cm. A média do colesterol (CT) 214,8 mg/dL, HDL 46,3 mg/dL, LDL 126,5 mg/dL, trigli-cerídeos (Tr) 231,6 mg/dL, GJ 166,7 mg/dL. 111 pacientes com H, 65,8% eram mulheres, com média de idade de 54 anos, de peso de 78,7 kg, IMC de 29,8 kg/m2 e a CA foi de 97,6 cm. A média do CT 216,4 mg/dL, HDL 51,8 mg/dL, LDL 135 mg/dL, Tr 151,4 mg/dL, GJ 95,2 mg/dL. Foi possível obter CA em 66 pacientes, dos quais 27 apresentaram critérios para SM (40,9%). Comparando os 111 com H e os 48 com SM: os pacientes com H eram mais jovens (p = 0,000), apresentaram menor peso (p = 0,046), IMC (p = 0,002) e CA (p = 0,000). Os pacientes com H apresentaram valores maiores de HDL (p = 0,012) e menores de Tr (p = 0,000. Apresentaram valores menores de GJ, incidência de DM e HAS (p = 0,000). Comparando os 27 com SM e H (SM/H) e os 48 pacientes com SM: os SM/H eram mais jovens (p = 0,0002). Os pacientes com SM têm maiores níveis de GJ e incidência de DM (p = 0,000). Conclusão: Os pacientes com H apresentaram menores valores de GJ, incidência de obesidade central, HAS e um perfil lipídico mais favorável em relação aos com SM. Na comparação entre pacientes com SM com e sem H, não houve diferença na incidência de obesidade central, níveis de LDL, HDL e Tr entre os grupos. Os pacientes com SM sem H apresentaram níveis mais elevados de GJ e maior incidência de HAS.

P062sÍndrome de sHeeHan e TaLassemia BeTa minorTavares aBW1, Lorenzoni gd1, reis Kssc1, conceição FL1

1 Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introdução: Existem inúmeros relatos de complicações tromboem-bólicas associadas à talassemia, inclusive eventos tromboembólicos cerebrais. Lesão cerebral assintomática já foi reportada em pacientes com talassemia ß intermediária. Os carreadores heterozigóticos clás-sicos da talassemia ß (talassemia minor) são geralmente assintomáti-cos, com diagnósticos realizados mediante história familiar positiva ou durante investigação populacional. Não há relatos na literatura da associação de talassemia minor com eventos tromboembólicos cere-brais, incluindo a hipófise. Objetivos: Relatar três casos de pacientes com talassemia minor que apresentaram síndrome de Sheehan. Rela­tos de caso: Apresentam-se três casos de pacientes com hemorragia uterina no pós-parto que evoluíram com necrose hipofisária (síndro-me de Sheehan) e, consequentemente, hipopituitarismo. O exame de imagem de sela túrcica mostrou sela vazia nos três casos. Todas as pacientes fazem reposição hormonal adequada de hormônio do crescimento, levotiroxina, corticoide e esteroides sexuais (nenhuma apresenta diabetes insipidus). Durante a avaliação ambulatorial regu-lar das pacientes, foi observada anemia hipocrômica microcítica, com cinética do ferro (ferritina, ferro, transferrina e índice de saturação de transferrina) normal. Foi solicitado, então, eletroforese de hemo-

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globina, que confirmou a talassemia minor, sendo iniciada reposição de ácido fólico nas cinética d ferro pacientes. Conclusão: Apesar de a hemorragia uterina pós-parto ser o fator causador da síndrome de Sheehan, deve-se levar em consideração se a presença de talassemia, mesmo que apenas na forma heterozigótica, pode ser mais um fator predisponente para a necrose hipofisária. O hipopituitarismo está relacionado com a existência de anemia normocrômica normocíti-ca, mas na presença de anemia em pacientes com hipopituitarismo devem-se sempre excluir outras causas de anemia.

P063HiPoPiTUiTarismo em PacienTe idoso aPÓs cHoQUe HemodinÂmicoBatista rL1, Toscanini ac1, cunha-neto mB1

1 Instituto de Psiquiatria, Divisão de Neuroendocrinologia Funcional, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: A causa mais comum de hipopituitarismo são os tumo-res da região selar. Esses tumores, somados a alguns tumores do SNC extra-hipofisários e/ou a seus tratamentos, são responsáveis por 89% dos casos de hipopituitarismo. Em 8% dos casos, a etiologia do hipo-pituitarismo é desconhecida, em 1% dos casos a etiologia é sarcoidose e em 0,5% dos casos a causa é a síndrome de Sheehan. No entanto, causas de hipopituitarismo como causas isquêmicas e traumáticas não são adequadamente documentadas, o que compromete a esti-mativa da prevalência dessas causas na etiologia do hipopituitarismo. Objetivo: Descrever o caso de um paciente idoso que desenvolveu hipopituitarismo após quadro de choque hemodinâmico. Métodos: Descrição de caso clínico. Resultados: Paciente masculino, com 83 anos de idade, chega à consulta com queixas de tonturas intermi-tentes, náuseas e hipotensão postural sintomática há cerca de quatro anos. Trazia dosagem sérica de cortisol reduzida (2,5) e ACTH não aumentado (12,5). Referia ter apresentado choque hemodinâmico durante cirurgia para extração de pólipos nasais no passado e que os sintomas que apresentava iniciaram após a realização da cirurgia. Fez avaliação hormonal que identificou testosterona reduzida (20,2), LH e FSH não aumentados (1,4 e 2,7, respectivamente), T4 livre reduzido (0,54) com TSH normal, GH reduzido (0,03) e IGF-1 reduzido (< 25). Já fazia uso de levotiroxina 37,5 mcg /dia. Fez teste da cortrosina com 250 mcg, que demonstrou a seguinte curva do cortisol: 5,2 (basal), 12,4 (30’) e 15,2 (60’). Fez RMN de região selar que identificou sela parcialmente vazia. Iniciou reposição de gli-cocorticoide, corrigiu a dose de levotiroxina e iniciou reposição de testosterona após a liberação do urologista, com significativa melhora dos sintomas e da qualidade de vida. Conclusão: Hipopituitarismo pode ser decorrente de causas isquêmicas. Considerar avaliação hipo-fisária em pacientes que apresentaram complicações cirúrgicas graves ou quadros que comprometam a perfusão hipofisária. Eles devem ser avaliados quanto à possível ocorrência de hipopituitarismo.

P064reLaTo de caso: Pan-HiPoPiTUiTarismo em PacienTe PorTador de sidasallum Filho cFc1, sulzbach mL1, alves gm1, vidotto mT1, Liboni cs1, Lengyel amJ1, abucham Filho JZ1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Distúrbios endocrinológicos e metabólicos estão associados à SIDA, principalmente após o surgimento dos antirretrovirais. São descritas dislipidemias, lipodistrofias e deficiência de HGH. Relatou-se o caso de um paciente masculino, 46 anos, com SIDA há quatro anos, sem uso prévio de antirretrovirais, internado na enfermaria de infecto-

logia da Unifesp/EPM para investigação de visão turva com piora progressiva há 15 dias, diarreia há um mês, manchas violáceas em pele há quatro meses, Sd consuptiva (25 kg/6 meses) e dificuldade para manter ereção há um ano. Diagnosticados uveíte granulomato-sa, sarcoma de Kaposi e sífilis primária. Dosagem de CD4: 2 células/mL. Realizados sorologia para toxoplasmose, CMV, TC e RMN de crânio e líquor com resultados normais. Solicitada avaliação da en-docrinologia por causa da alteração em exames de função tireoideana (TSH 0,320 µUI/mL – VR 0,34 a 5,60; T4L 0.4 ng/dL – VR 0,58 a 1,64). Feita hipótese de hipotireoidismo central; solicitados basais hormonais e RMN de sela túrcica, que não mostrou alterações. Ba-sais hipofisários: FSH 2,3 mUI/mL (1,27 a 19,26); LH 1,16 mUI/mL (1,24 a 8,62); testosterona total < 10 ng/dL (175 a 781); pro-lactina 1,9 ng/mL (2,64 a 13,13); IGF-1 125 ng/mL (94 a 252), HGH 0,04 ng/mL (0,004 a 1,406); TSH 1,29 µUI/mL (0,34 a 5,60); T4L 0.4 ng/dL (0,58 a 1,64); cortisol 1,4 µg/dL (6,7 a 22,6) e ACTH 9,8 pg/mL (até 46 pg/mL). Apresentava também alteração eletrolítica: Na 123 mmol/L (137 a 148); K 4,6 mmol/L (3,5 a 5,0). Iniciada reposição com levotiroxina 1,5 mcg/kg, pred-nisona 5 mg/dia e testosterona via intramuscular. Trata-se do pri-meiro relato na literatura de pan-hipopituitatismo associado a SIDA. Contudo, a causa do pan-hipopituitarismo não está elucidada.

P065HiPogLicemia sinTomÁTica como maniFesTaÇÃo da deFiciÊncia de HormÔnio do crescimenTo no adULTo (dgHa) – reLaTo de casoLeite cc1, secches cva1, santos mmms1, Froes LP1, rosario PWs1, miranda Pac1, calsolari mr1

1 Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil

Introdução: A DGHA é uma síndrome clínica reconhecida, cuja etiologia pode ser congênita ou adquirida. A DGHA adquiriu maior importância a partir da disponibilidade do rHGH na prática clínica, sendo essa um síndrome composta de consideráveis anormalidades metabólicas e na qualidade de vida que podem ser melhoradas com a terapia de reposição de rHGH. A hipoglicemia de jejum é uma ocorrência frequente em crianças com DGH. Entretanto, na DGHA observam-se aumento da resistência insulínica e alteração do meta-bolismo lipídico. Objetivo: Relatar um caso de hipoglicemia sin-tomática como manifestação da DGHA. Método: BHC, 42 anos, sexo feminino, IMC de 24 kg/m2, portadora de hipopituitarismo secundário a síndrome de Sheehan (ocorrida 14 anos antes), em uso de levotiroxina, prednisona, estrogênios conjugados e acetato de medroxiprogesterona. A paciente estava estável, assintomática, até que em março de 2008 começou a apresentar episódios de hipogli-cemia sintomática documentados em serviços médicos, sem outros sinais de insuficiência adrenal. Apresentava como exames basais T4 livre 1,45 ng/dL, IGF-1 26,7 ng/mL (101-267) e cortisol 0,20 ug/mL. Internada para investigação de hipoglicemia. Submetida ao teste de jejum prolongado, apresentando glicemia de 48 mg/dL. Sangue coletado no momento da hipoglicemia evidenciou cetone-mia positiva (+), insulina 2,5 uU/mL, peptídeo C 0,4 ng/mL, Cor-tisol 18,5 ug/mL e HGH 0,05 ng/mL. Diante disso, atribuiu-se a hipoglicemia à DGH, sendo indicada reposição de rHGH 0,22 mL/dia. A paciente evoluiu com melhora dos episódios de hipoglice-mia. Conclusão: Sabe-se que crianças com DGH são suscetíveis à hipoglicemia de jejum, risco inversamente proporcional à idade. Já no adulto, a deficiência condiciona a uma intolerância à glicose, re-lacionada ao tempo de DGH. O teste de jejum prolongado de BHC excluiu hipoglicemia hiperinsulinêmica e mostrou níveis normais de cortisol e baixos de HGH. A paciente encontrava-se com os demais eixos hipófise-glandulares clínica e laboratorialmente compensados. A partir da hipótese de hipoglicemia secundária a DGHA, foi inicia-

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da a reposição de rHGH, com melhora das hipoglicemias. Estudos têm mostrado suscetibilidade à hipoglicemia também em crianças mais velhas e adolescentes. A ausência de hipoglicemia após uso do rHGH mostrou a importância da ação contrarreguladora da insulina do HGH, mesmo em adultos, capaz de prevenir e hipoglicemia de jejum em pacientes com essa manifestação.

P066 a P074: adenomas nÃo secreTores

P066mUTaTion on arYL HYdrocarBon ProTein (aiP) gene reLaTed To HYPerPLasia oF inTermediaTe LoBe in a conTeXT oF FamiLiaL isoLaTed PiTUiTarY adenoma (FiPa)naves L1, dias La1, Barra gB1, castro LF1, oliveira Lm1, azevedo mF1, casulari La1

1 Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil

Introduction: The intermediate lobe of human hypophysis is well developed in fetal life, its involution starts during the third trimester of pregnancy when pituitary cleft becomes obliterated, the cells of the intermediate lobe migrate and are incorporated into the anterior lobe. Hyperplasia of intermediate lobe is rare in humans. Objectives: The aim of this study is to describe a mutation on AIP gene related to Hyperplasia of Intermediate lobe in a FIPA setting Methods: The stu-dy was approved by the Ethics Committee of Brasilia University, and informed consent was obtained from each subject. Genomic DNA was isolated from the peripheral blood of index case and 8 relatives, after informed consent. Ensembl sequences ENST00000279146, ENSG00000110711, and ENSP00000279146 to determine the se-quence and structure of AIP and the PCR reaction/sequencing were performed. Results: Patient 1- A 22 years old women was admitted complaining of headaches for almost 2 years, visual loss in the last six months. She had a normal psychomotor and puberal development. Menarche at age of 12 years old, regular menses, no galactorrhea. No hypopituitarism was detected and PRL was in upper normal range. Magnetic resonance imaging was performed and showed a sellar mass interposed between the anteriorly displaced adenohypophysis and the neurohypophysis measuring 13 X 11 mm. Surgery was performed. In histological assessment, a pituitary hyperplasia was described, with some cholesterol clefts and an abundant vascular network. Immu-nostaing was positive for ACTH, LH, FSH, GH, Prolactin and for AIP. Patient 2-A 41 years old women, patient’s one mother, pre-sented with galactorrhea and amenorrhea for one year. She reported occasional headaches. Menarche at age of 13 years old, two normal pregnancies. She used oral contraceptives for 10 years and stopped for 3 years. Prolactin levels were rised (76,9 ng/mL) with all other pituitary hormones in normal levels. Magnetic resonance imaging was performed and confirmed an intraselar microadenoma 5,7 X 4,0 mm. Molecular analysis showed an intronic AIP mutation C993+60 - G>C. Conclusion: The arrest of normal proliferation and migration of the anterior pituitary cells combined to dismorphic hyperplasia was previously described in patients with Prop-1 mutations, but this is the first report relating this condition to AIP mutations.

P067ceFaLeia em saLvas: rara maniFesTaÇÃo de adenoma HiPoFisÁrio Bronstein m1, carvalho r2, stamm a3, vellutini e2

1 Endoclínica. 2 DFVneuro. 3 Centro de Otorrinolaringologia, São Paulo, SP, Brasil

As cefaleias trigêmino-autonômicas pertencem ao grupo das cefaleias primárias e são caracterizadas pela presença de dor sempre unilateral, acompanhada de sinais e sintomas autonômicos cefálicos do mesmo

lado da dor. A cefaleia em salvas é sua forma mais frequente. En-tretanto, em alguns casos esses sintomas podem ser indistinguíveis do ponto de vista clínico de dores causadas por uma patologia se-cundária. Relatou-se o caso de um paciente masculino de 32 anos, inicialmente diagnosticado como portador de cefaleia em salvas ca-racterizada por intensa dor ocular fixa à esquerda, diária, latejante, em crises, com duração de até quatro horas, associada a lacrimejamento ipsilateral. Desencadeava-se eventualmente pela mastigação e se mos-trou refratária ao tratamento clínico usual. Sem clínica sugestiva de endocrinopatia. O estudo de imagem demonstrou a presença de mas-sa hipofisária intra e suprasselar com expansão para seio cavernoso e cavum de Meckel à esquerda. A avaliação endocrinológica foi normal, sugerindo um macroadenoma clinicamente não funcionante. Após a remoção radical do tumor por acesso transnasal endoscópico, houve remissão completa da sintomatologia, indicando uma possível relação causa-efeito na cefaleia. A avaliação endócrina pós-operatória revelou persistência da função hipofisária normal. A imunoistoquímica do tumor mostrou expressão de GH e de prolactina em 30% e 10% das células, respectivamente. Conclusão: Este caso, além de ilustrar uma forma rara de apresentação de adenoma hipofisário, demonstra a ne-cessidade de investigar etiologicamente padrões atípicos de cefaleias com características trigêmino-autonômicas.

P068TeraPia no TUmor HiPoFisÁrio ProdUTor de FsH: reLaTo de casogarmes Hm1, graciotto or1, oliveira dm1, Benetti-Pinto cL1, 1Queiroz Ls1 Disciplina de Endocrinologia, Departamento de Clínica Médica e Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), Campinas, SP, Brasil

Introdução: Os tumores de hipófise produtores de FSH são raros, e na mulher podem induzir aumento ovariano com sinais de hiperes-timulação gonadal. A doença pode iniciar-se na infância, induzindo puberdade precoce ou no período fértil, cursando com múltiplos cistos ovarianos e amenorreia. O estudo de imunoistoquímica é es-sencial para a confirmação do diagnóstico. A melhor opção terapêu-tica é a cirurgia. Os agonistas dopaminérgicos parecem ter efeito limitado, e o uso de análogo do GnRH pode piorar o quadro de esti-mulação ovariana. Caso clínico: Trata-se de paciente de 25 anos com amenorreia medicada inicialmente com bromocriptina por causa de hiperprolactinemia. Como evoluiu com crescimento ovariano e dor abdominal, realizou-se o diagnóstico de tumor produtor de FSH (FSH-13 mUI/mL, LH-2,82 mUI/mL, E2-36 pg/mL e RNM sela túrcica com adenoma de 17 x 12 x 10 mm). Realizou cirurgia transesfenoidal, e a imunoistoquímica confirmou o diagnóstico de tumor produtor de FSH. Em virtude de recidiva da doença, iniciou-se tratamento clínico com cabergolina e antagonista do receptor de GnRH, medicação ainda não estudada nessas pacientes. Após 30 dias de uso dessa associação medicamentosa, houve controle laboratorial e clínico do hiperestrogenismo e melhora significativa do quadro de dor abdominal com diminuição do volume ovariano. Apesar de discreta diminuição do nível de FSH de 8,12 mUI/mL para 7,67 mUI/mL, a dosagem de E2 diminuiu de 534,5 pg/mL para < 5 pg/mL. Por causa da dificuldade para aquisição do antagonista do receptor de GnRH, a paciente interrompeu a terapia combinada. Conclusões: Considera-se que a associação de cabergolina e anta-gonista do receptor de GnRH podem reverter o quadro de hiperes-timulação ovariana nessas pacientes. Embora nossa paciente tenha respondido de forma rápida e eficiente, com queda significativa nos níveis de estradiol e melhora clínica, não se sabe como será a evolu-ção clínica, laboratorial e tumoral com a continuidade dessa terapia combinada. Considera-se que novos estudos mais longos serão es-senciais para a verificação dos riscos e benefícios desse tratamento em pacientes com tumores produtores de FSH.

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P069aPresenTaÇÃo cLÍnica, avaLiaÇÃo LaBoraToriaL e evoLUÇÃo de 30 adenomas HiPoFisÁrios aTendidos no amBULaTÓrio de endocrinoLogia da Universidade de cUiaBÁ, mTPizarro c1, azambuja g1, assumção e1, martins m1, graças s1, Braga n1, souza F1, mattel LF1, Persiani mc1, novais W2

1 Universidade de Cuiabá (Unic). 2 Medneuro, Cuiabá, MT, Brasil

Introdução: Os adenomas hipofisários correspondem a 10% dos tu-mores intracranianos, sendo os prolactinomas os mais comuns (60%). São tratados com cirurgia, radioterapia e/ou medicamentos. Objeti­vos: Os autores descrevem 30 adenomas hipofisários com seus fenó-tipos clínico e laboratorial, conduta e evolução dos mesmos atendidos no ambulatório de endocrinologia da UNIC no período de agosto de 2001 a dezembro de 2009. Material e métodos: Trabalho retrospec-tivo feito mediante análise de prontuários. Resultados: A amostra é constituída de 30 adenomas, 9 homens e 21 mulheres, idade média de 37,1 anos. Quanto à clínica inicial e conduta, 4 foram apoplexia (um produtor de PRL), 2 foram à cirurgia; 2 foram incidentaloma e foram à cirurgia e 1 teve recidiva cinco anos depois; 10 tiveram sin-tomatologia de hiperprolactinemia (2 amenorreia primária), 4 eram macroprolactinomas e 6 microprolactinomas, e 2 cresceram durante o tratamento; 5 tinham acromegalia, 2 em uso de octreotide por con-traindicação cirúrgica. Dos clinicamente não funcionantes (n = 9), 1 tinha aumento de PRL, 8 foram à cirurgia e 1 tinha contraindicação por asma severa. Conclusão: Os casos aqui relatados vão ao encon-tro do descrito na literatura científica, sendo o prolactinoma o tumor mais frequente (33,3%). Chama a atenção os dois casos de amenorreia primária e dois microprolactinomas que cresceram e foram à cirurgia.

P070aPoPLeXia HiPoFisÁria simULando TromBose de seio cavernosoribeiro FmF1, melo aPm1, Florentino cc1, Bueno Fn1, Borges maF1, antunes de1, rodrigues mLd1, viggiano dPPo1, Jatene em1, moura de Paula sLF1

1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), Goiânia, GO, Brasil

Introdução: Apoplexia hipofisária é uma síndrome que resulta da rápida expansão do conteúdo da sela túrcica, geralmente por sangra-mento ou infarto de um adenoma preexistente. Clinicamente, apre-senta-se com cefaleia súbita e intensa, dor retro-orbitária, vômitos e sinais de hipopituitarismo. Por ser uma emergência endocrinológica, deve ser prontamente reconhecida e tratada. Objetivo: Descrever um caso de apoplexia hipofisária e discutir aspectos relacionados ao diagnóstico diferencial e tratamento. Descrição de caso: Paciente masculino, de 54 anos, diabético, hipertenso e obeso grau II. Deu entrada no pronto-socorro com cefaleia intensa frontoparietal direita há 15 dias e diplopia há 3 dias. Ao exame físico, apresentava força muscular e sensibilidade preservadas nos quatro membros, ptose pal-pebral direita, midríase fixa à direita e paresia de reto medial direito. Foi admitido pela equipe de neurologia, sendo aventada a hipóte-se de trombose de seio cavernoso e instituída anticoagulação com Clexane, mantida até o resultado da TC de crânio, que demonstrou aumento do volume da sela túrcica com hiperdensidade intrasselar. Solicitados RNM de sela túrcica e exames laboratoriais de função hi-pofisária para complementação diagnóstica, que evidenciaram tumor hipofisário de 2,07 x 2,11 cm com sinais de sangramento recente e pan-hipopituitarismo. Concluiu-se, então, o diagnóstico de apoplexia hipofisária e foi iniciado tratamento com glicocorticoide seguido pela reposição de hormônio tireoideano. Uma semana após a admissão, evoluiu com sinais de melhora da paralisia do 3º par, sendo adotada conduta conservadora. A RNM de controle, realizada três meses após o evento, mostrou regressão do tumor, que apresentava então 0,8 cm de diâmetro. Conclusão: Diagnosticar apoplexia hipofisária na emer-

gência é uma tarefa difícil, principalmente quando não há história prévia de tumor hipofisário, já que os sintomas são inespecíficos e fa-cilmente confundidos com outras doenças do SNC, como neste caso. No manejo da apoplexia hipofisária, a presença de sinais compressivos de pares cranianos constitui-se em indicação imediata de descom-pressão cirúrgica. Entretanto, a melhora espontânea dos sintomas é um sinal de bom prognóstico e, neste caso, pôde-se optar pelo tra-tamento conservador, pois, além da melhora clínica. houve redução do volume da lesão. Sendo assim, pode-se dizer que a melhor opção terapêutica na apoplexia hipofisária deve ser a individualizada.

P071reLaTo de caso: adenoma corTicoTrÓFico siLenciososepulcre dFn1, ribeiro ma1, santos arL1, Lazarini P1, scalissi nm1, Lima Jr Jv1

1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: Adenomas corticotróficos silenciosos (ACS) são defini-dos como adenomas hipofisários que apresentam coloração positiva para o hormônio adrenocorticotrófico em estudos imunoistoquími-cos, mas não são associados com achados clínicos ou laboratoriais perioperatórios de hipercortisolemia. São responsáveis por 1,1%-6% dos adenomas hipofisários removidos cirurgicamente e 17%-22% dos tumores com imunoistoquímica positiva para ACTH. A ausência de manifestações de excesso de cortisol não é suficientemente explica-da. Em contraste com a doença de Cushing, que é principalmente atribuída a microadenomas, os ACS em 87%-100% dos casos são ma-croadenomas com extensão suprasselar. Relato de caso: Paciente fe-minina, 83 anos, com antecedente de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemia. Apresentou queixa de tontura, que, durante investigação, realizada ressonância nuclear magnética (RNM), evidenciou macroadenoma hipofisário. Apresentava hemia-nopsia bitemporal, sem sinais ou sintomas de hipercortisolismo. Na avaliação hormonal não apresentava deficiências ou hiperfunção hi-pofisária. Realizou tratamento com carbegolina 1,5 mg/semana por 18 meses, sem redução tumoral. Submetida a cirurgia transesfenoidal por causa de piora visual, com anatomopatológico que evidenciou adenoma hipofisário com imunoistoquímica positiva para ACTH. Após uma semana de pós-operatório, a paciente evoluiu com quadro de insuficiência adrenal com melhora dos sintomas após administra-ção de glicocorticoides. Manteve uso de prednisona por 4 meses. Evoluiu com melhora da alteração visual, com níveis adequados de pressão arterial sem medicação anti-hipertensiva e bom controle do DM 2 com menor dose de antidiabético oral. No pós-operatório, a avaliação hormonal hipofisária não evidenciou deficiências ou hi-percortisolismo e a RNM não demonstrava lesão selar. Conclusão: Há relatos de redução tumoral com uso de agonista dopaminérgico (cabergolina) na ACS, podendo ser uma opção terapêutica. No caso relatado não houve resposta após 18 meses. A cirurgia continua a principal ação terapêutica, sendo frequente a recorrência.

P072eXPressÃo de genes reLacionados À aPoPTose nos adenomas HiPoFisÁrios cLinicamenTe nÃo FUncionanTes e seU PoTenciaL como marcador do comPorTamenTo TUmoraLcescato vas1, Pinto em2, musolino nrc1, siqueira sac3 , Teixeira mJ4

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Neurocirurgia Funcional, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP). 2 Laboratório de Investigação Médica LIM 22, Departamento de Patologia, FMUSP. 3 Departamento de Patologia, HC-FMUSP. 4 Departamento de Neurologia, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Os adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes (ACNF) cor-respondem a um terço dos adenomas hipofisários (AH), geralmente

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de crescimento lento; são diagnosticados por causa de sintomas neuro e/ou oftalmológicos. Embora benignos, frequentemente apresentam comportamento agressivo. A cirurgia, tratamento de escolha para ACNF, é geralmente efetiva para os sintomas compressivos do tumor, mas a cura não é comum. Não há marcador confiável para seguimento dos ACNF. Foi estudada a expressão dos genes BCL2, BAX e CASP3 em 30 pacientes (mediana para idade de 54,5 anos, 17 homens) com ACNF operados de agosto/2008 a julho/2009, para avaliar o poten-cial desses genes como marcadores de comportamento tumoral. Além dos dados clínicos, tamanho e invasão tumoral foram obtidos pelo exame de ressonância magnética (RM) e por informações da cirurgia. Foram realizados exame histológico com hematoxilina-eosina (HE) e imunoistoquímica (IHQ) para os hormônios hipofisários, Ki-67, P53 e BCL2 em todos os tumores. Análises moleculares para BCL2, BAX e CASP3 foram feitas por RT-PCR em todos os tumores coletados durante a cirurgia e comparados a um pool de tecido hipofisário nor-mal. Todos pacientes apresentavam macroadenoma sintomático [per-da visual (87%), cefaleia (53%) e outros sintomas neurológicos (17%)], exceto um paciente com achado incidental. Deficiência hormonal hipofisária foi confirmada em 92% de 26 casos. Mediana do volume tumoral foi de 11,6 cm3; sendo 40% deles gigantes (≥ 4 cm) e 67% invasivos. A cirurgia foi pela via transesfenoidal em todos, exceto um operado por craniotomia pterional. Observou-se tumor amolecido em 87% dos casos. Complicações cirúrgicas ocorreram em 5 pacientes (fís-tula liquórica em 3, meningite em 2 e 2 óbitos). AH foi confirmado pela HE em todos os casos, 60% deles null cell e 40% com pelo menos um hormônio positivo à IHQ. IHQ para P53 foi negativa em todos; para Ki-67 foi negativa em 11, positiva em menos de 3% das células em 15 e positiva em mais de 3% das células em 4 casos; e para BCL2 foi fracamente positiva em 3 casos. A expressão de BCL2, BAX e CASP3 mostrou correlação entre os três genes, mas não foi observada correla-ção entre eles e parâmetros clínicos ou do tumor, como volume e inva-são. Foi constatada expressão muito menor dos três genes nos tumores do que a observada para o tecido hipofisário normal. Esses resultados sugerem participação desses genes na tumorigênese, mas não mostram sua utilidade como marcadores de comportamento do tumor.

P073a sUBseT oF non FUncTioning PiTUiTarY adenoma WiTH PosiTive sTaining For gLYcoProTein PresenTs UndereXPression oF dLK1and mir-143 and overeXPression oF gsTP1.Paixao Bmc1, Lima ds2, Peitl Jr P1, dinarte ar3, Zanette dL3, saggioro F4, moreira ac2, silva Jr Wa3, machado Hr1, castro m2

1 Departamento de Cirurgia e Anatomia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). 2 Departamento de Medicina Interna, FMRP-USP. 3 Departamento de Genética, FMRP-USP. 4 Departamento de Patologia, FMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil

The pathogenesis underlying non functioning pituitary adenoma (NFPA) has not been well established. MicroRNAs (miRNAs) mi-ght contribute to cancer development/progression. Objective: To generate the first serial analysis of gene expression (SAGE) library and validate genes and a panel of miRNAs differentially expressed in NFPA; to verify whether miRNAs correlate with target genes, tumor size, clinical control after surgery, and immunohystochemis-try findings in NFPA. Material and Methods: Genes and miRNAs differentially expressed were validated by real-time PCR in 29 NFPA and in 15 normal pituitaries. Relative quantification of genes and miRNA expression was calculated by 2-ΔΔCt method. Results: We observed no expression of DLK1, an underexpression of EGR1 (-16.6-fold; p < 0.0001), an over-expression of GSTP1 (4.8-fold; p = 0.0009), NFkBIA (3.1-fold; p = 0.0004), and APP (2.8-fold; p = 0.01) in NFPA. We observed no expression of miR-21 and miR-145 and underexpression of miR-141 (-33.3-fold; p = 0.002), miR-16

(-14.3-fold; p = 0.76), let-7a (-11.1-fold; p < 0.0001), miR133a (-7.1-fold; p = 0.001), miR-150 (-6.6-fold; p = 0.0008), and miR-143 (-4.0-fold; p < 0.0001) in NFPA. There were association be-tween immune positive staining to anterior pituitary hormones and bigger tumors (p = 0.02) and with a worse chance to achieve clinical control (p = 0.07). Positive staining on immunohistochemistry was also associated with higher expression of GSTP1 (p = 0.05). There was no association between the expression of let-7a, miR-21, miR-133a miR-141 and miR-145 and tumor size or immunohistoche-mistry. The lower expression of miR-16 was associated with bigger tumors (p = 0.01) and the lower miR-143 expression associated with positive staining on immunohistochemistry (p = 0.03). We observed a negative correlation of APP gene and miR16 in normal pituitaries and tumors (r = -0.68; p = 0.004; r = -0.58; p = 0.001). Conclusion: we report the first SAGE library for NFPA. The association of miR-16/APP and miR150/GSTP1 suggests a role of these miRNAs in modulating these genes. The higher expression of the GSTP1 and under expression of miR-143 seem to be involved in pathogenesis of a subset of NFPA with positive staining for anterior pituitary hormo-nes, which tumors were bigger and had worse chance to achieve cli-nical control. Our data contribute to elucidate the molecular patho-genesis of NFPA, improving the future classification of its histotypes.

P074anÁLise das dimensÕes TUmorais em adenomas HiPoFisÁrios cLinicamenTe nÃo FUncionanTescescato vas1, musolino nrc1, siqueira sac2, Teixeira mJ3

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Neurocirurgia Funcional, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP). 2 Departamento de Patologia HC-FMUSP. 3 Divisão de Clínica Neurocirúrgica HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Por não haver marcadores séricos confiáveis em adenomas hipofisá-rios clinicamente não funcionantes (ACNF), o seguimento desses tumores depende dos exames de imagem. Os marcadores tumorais, P53 e o Ki-67, cuja positividade pode ser correlacionada à agres-sividade do tumor, têm sido os únicos utilizados. A análise dos re-sultados do tratamento nos ACNF, seja cirúrgico, por radiação ou clínico, quase sempre é feita pela comparação das medidas do tumor em exames sequenciais. Entretanto, não há consenso sobre o melhor método para medida do tumor. Em geral, são utilizados o maior di-âmetro ou o volume do tumor, com a crítica de que não apresenta forma geométrica clara. Relata-se aqui o estudo do tamanho tumoral avaliado pela comparação de duas medidas utilizadas na literatura, se-jam elas o maior diâmetro e o volume tumoral [obtido da multiplica-ção dos três diâmetros ortogonais por 0,5 (1)], com a soma dos três maiores diâmetros ortogonais. Foram analisadas as medidas obtidas em ressonância magnética da hipófise de 29 pacientes com ACNF, todos macroadenomas. Fragmentos dos tumores obtidos na cirur-gia foram submetidos à imunoistoquímica (IHQ) para Ki-67 e P53. O diâmetro máximo variou de 1,9 a 9,6 cm (mediana = 3,6), sendo ≥ 4 cm em 14 casos; o volume tumoral de 2,7 a 255,6 cm3 (mediana = 11,6) e a soma dos diâmetros de 5,3 a 24,1cm (mediana = 8,6). Houve forte correlação (r ≥ 0,85, p < 0,0001) entre as três medidas, mostrando que apenas uma é suficiente. IHQ para P53 foi negativa em todos e para Ki-67 foi negativa em 37%, positiva < 3% das células em 50% e > 3% das células em 13% dos casos. O volume do tumor foi estatisticamente maior no grupo com Ki-67 negativo do que no grupo com < 3% das células positivas. Comentários: Os resultados do presente estudo sugerem que a avaliação dos exames de imagem continua sendo a maneira mais confiável no seguimento dos ACNF. Tendo em vista que o cálculo do volume tumoral pode magnificar pe-quenos erros de medida e que a medida de apenas um diâmetro pode falsear alterações no tamanho do tumor na comparação de exames de imagem, já que o tumor pode alterar seu tamanho preferencialmente

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em um dos eixos apenas, acredita-se que a medida obtida pela soma dos três maiores diâmetros é menos sujeita a erros na interpretação do tamanho tumoral e, portanto, de grande utilidade tanto na prática clínica como em estudos comparativos durante tratamento. 1. Lun-din e Pedersen. J Comput Assist Tomogr.1992;16:519-28.

P075 a P076: cranioFaringioma

P075PiTUiTarY TranscriPTion FacTors and β-caTenin gene mUTaTions in adamanTinomaToUs cranioPHarYngiomascampanini mL1, Paixao Bmc2, machado Hr2, antonini sr3,moreira ac1, castro m1

1 Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP). 2 Departamento de Cirurgia e Anatomia, FMRP-USP. 3 Departamento de Pediatria, FMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil

The pathogenesis of craniopharyngiomas (CP) is poorly understood. CP may arise from embryonic remnants of Rathke’s pouch, which is the primordium of the anterior and intermediate lobes of the pituita-ry gland. Several transcription factors play important role in pituitary lineage specification and cell-type-specific gene expression. In order to elucidate their contribution to CP tumorigenesis, we performed the molecular analysis of three homeodomain containing transcrip-tion factors, HESX1, PROP1, POU1F1, involved in anterior lobe of the pituitary gland development, and the β-catenin gene, a co-regulator for transcription activity of PROP1. We studied 16 patients (8F/8M; 6-55years, median 15.5years) with adamantinomatous CP followed from 2005-2008. All patients underwent clinical, neuro-logical and biochemical evaluation to diagnose hypothalamic and pituitary dysfunctions. Tumoral DNA/RNA were extracted by TRi-zol® and cDNA was synthesized (TaqMan RT reagents) from tumor tissues; the entire coding region of HESX1, PROP1, POU1F1 genes and exon 3 of β-catenin gene were amplified by PCR, followed by automatic sequencing. For comparison, we sequenced 50 controls. No mutations were identified in HESX1, PROP1, POU1F1 genes. However, we found four polymorphisms (SNP) in PROP1 gene, the IVS + 3G > A at intron A, rs 7445271, and rs1135320 at exon 1 and rs1800197 at exon 3. All polymorphisms were in Hardy- Wein-berg equilibrium. The allelic frequency of these polymorphisms in CP patients was similar to controls. We found seven different muta-tions in β-catenin gene in eight patients (50%), c.94G > A at codon 32 (Asp32Phe); c.122C > T at codon 41 (Thr41Ile); c.98C > G at codon 33 (Ser33Cys); c.98 C > T at codon 33 (Ser33Phe); c.101A > C at codon 34 (Gly34Glu); c.121A > G at codon 41 (Thr41Ala); and c.110G > A at codon 37 (Ser37Cys) in two patients. Mutations or SNPS in pituitary transcription factors involved in Rathke’s pouch and anterior pituitary development are unlike to contribute to the adamantinomatous craniopharyngiomas pathogenesis. In addition, β-catenin gene mutations on exon 3 were observed in a high preva-lence, confirming that this alteration is a hallmark of the adamantino-matous craniopharyngiomas variant also in Brazilian patients.

P076cranioFaringioma: avaLiaÇÕes cLÍnica, LaBoraToriaL, neUrorradioLÓgica e evoLUÇÃo aPÓs TraTamenTocampanini mL1, Paixão Bmc2, machado Hr2, antonini sr3, saggioro F4, moreira ac1, castro m1

1 Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP). 2 Departamento de Cirurgia e Anatomia, FMRP-USP. 3 Departamento de Pediatria, FMRP-USP. 4 Departamento de Patologia, FMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Introdução: Craniofaringiomas (CF) são tumores benignos de origem epitelial da região selar, associados com efeitos adversos e

significativa morbimortalidade. Objetivos: Revisão atualizada dos CF, enfatizando características clínicas, avaliações laboratorial e neu-rorradiológica, manejo terapêutico e desfecho. Métodos: Estudo retrospectivo com 65 pacientes (28H/37M; 20,5 ± 17,5 anos, 0,9-68 anos). Os pacientes foram submetidos à avaliação bioquímica, estudos radiológicos e campo visual. Resultados: Antes do diagnós-tico a duração dos sintomas variou de 1 semana a 23 anos; 95,3% (62/65) estavam sintomáticos, em 88,7% queixas insidiosas e em 11,3% abruptas (< 30 dias). Em dois pacientes os sintomas não fo-ram avaliados, pois foram operados fora. Hipopituitarismo e sintomas neuro-oftalmológicos foram observados em 26 pacientes (41,3%), sintomas neuro-oftalmológicos em 9 (14,3%) e hipopituitarismo iso-lado em 4 (6,3%). Déficit de GH ocorreu em 69,2%, diabetes insipi-dus em 36,5%, hipogonadismo em 55%, hipocortisolismo em 39,6%, hipotireoidismo em 25% e hiperprolactinemia em 20% dos pacientes. Exames radiológicos foram realizados em 90,8% dos pacientes. Até 1987, 3,4% avaliados com radiografia de crânio; a partir de 1981, CT em 18 pacientes (30,5%) e os demais realizaram RNM. O tama-nho tumoral variou de 1-7,2 cm (média 3,6; mediana 3,5 cm). Calci-ficação foi observada em 86% dos tumores; 63,2% eram mistos, 14% císticos e 22,8% sólidos. Invasão para estruturas adjacentes foi ob-servada em 52,4% pacientes; hidrocefalia em 21,5% e graus variados de distúrbios visuais em 71,6%. Tratamento cirúrgico foi realizado em 95,4% dos pacientes, 1 realizou apenas radioterapia convencional e 2 realizaram somente acompanhamento ambulatorial. O tempo de seguimento foi de 6,6 ± 6,0 anos, variando de 0-20 anos com mediana de 4,2 anos. Controle pós-operatório por imagem confir-mou ressecção total em 40% e ressecção parcial em 55,4%. Dentre os pacientes que realizaram ressecção total, 19,2% recidivaram e foram submetidos à nova cirurgia. Em relação à ressecção parcial, 44,4% dos pacientes realizaram mais de uma cirurgia. Não houve recupe-ração das deficiências hormonais preexistentes após intervenção ci-rúrgica. Melhora dos sintomas neuro-oftalmológicos foi observada em 16,7% dos pacientes após o tratamento. Conclusões: Os dados confirmam elevada morbidade. Recorrência do tumor é comum, le-vando frequentemente à segunda opção terapêutica.

P077 a P089: massa seLar

P077granULar ceLL TUmor as a diFFerenTiaL diagnosis oF sUPraseLLar mass: a case rePorTsickler TP1, glezer a1, vicaria d1, cescato v2, rosemberg s3, Bronstein m1

1 Unidade de Neurocirurgia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). 2 Divisão de Neurocirurgia Funcional, HC-FMUSP. 3 Departamento de Patologia, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Introduction: Granular cell tumor (GCT) is rare, most affecting women in the 4th and 5th decades, and usually located in the tongue and proximal digestive tract(1-2). GCT can sporadically be found in the central nervous system and more rarely affects sellar region, mainly neurohypophysis and/or pituitary stalk. Tumor growths slo-wly leading to mass effect symptoms. Case report: A 30 yrs-old fe-male with galactorrhea and secondary amenorrhea, no visual distur-bances. Mild serum PRL increase (PRL 29 ng/mL, n 2-15) and low IGF-I were the sole lab abnormal result. MRI (Fig. 1-a,b) depicted a suprasellar mass with chiasmatic compression. Carotid angiogra-ph revealed a lesion “blush”. Craniotomy was indicated and patho-logical analysis depicted GCT (Fig. 2). No mass reduction in post operative MRI (5mo) (Fig. 1-c,d) was observed. Discussion and Conclusion: GCT pathogenesis is still unknown and received other names as pituicytoma, infundibuloma and choristoma(2). MRI usu-ally shows a suprasellar mass with gadolinium enhancement. Tumor size varies from 1.5-6cm. As there is no specific clinical or imaging

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characteristics, GCT diagnosis is usually post surgical. In 11 re-ported cases(2), the most frequent symptom was visual defect and hyperprolactinemia was present in two. MRI showed an isointense mass in T1 with homogeneous gadolinium contrast in 6 cases. Re-garding pathology, GCT consists of densely packed polygonal cells with abundant granular eosinophilic cytoplasm. Neoplastic cells fre-quently express S100 and CD 681 in immunohistochemistry. Due to its firm consistence and rich vascularization, surgery is usually non curative(2). We reported a rare cause of suprasellar lesion, GCT, with clinical and image features comparable to the literature(2). Due to the tumor compressive effect, surgical approach was recommen-ded and histopathological analysis was conclusive. Total resection is difficult and patients should be followed up with periodical MRI.

P078seLLar mass in a PaTienT WiTH sYsTemic non-HodgKin LYmPHoma: is THere a roLe For PeT scan in diFFerenTiaL diagnosis?alves BB1, melo ssJ1, Lerario am1, Fragoso mcBv1, cescato vas2, glezer a1, Bronstein md1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia e Metabolismo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 2 Divisão de Neurocirurgia Funcional, FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Background: Lymphomas originating in the sellar region are extreme-ly rare, with 34 reports in the literature. Lymphoma metastases to pitui-tary are even rarer, with only 15 cases described. However, during the last decade there have been an increasing number of pituitary lympho-mas diagnosed mainly due to immunosuppression and acquired im-munodeficiency syndrome (AIDS) but also seen in immunocompetent individuals. Nevertheless, sellar mass in a patient with lymphoma can also be a pituitary adenoma. This association was described in 3 cases. MRI features may not differentiate among primary lymphoma, lym-phoma metastasis to pituitary and pituitary adenomas. Clinical case: A 61 years-old man presented a sellar mass on a brain MRI performed for a systemic anaplasic non-Hodgkin lymphoma staging. He presen-ted with hypopituitarism and visual impairment. All masses reduced after chemotherapy (cyclophosphamide, vincristine, doxorubicin and prednisolone), except the sellar one. F-18 fluorodeoxyglucose (FDG) positron emission tomography (PET) imaging depicted a focal intense uptake only in the sellar region. Surgery was performed and histological examination confirmed a non-functioning pituitary adenoma. Conclu­sion: Although the persistence of the sellar mass after chemotherapy was a clue pointing to pituitary adenoma diagnosis, new techniques could help for sellar masses differential diagnosis. Despite lymphoma masses are known to have a high FDG-PET uptake, there are three pre-vious cases of pituitary adenoma presenting, as ours, a marked uptake. Therefore, more studies are needed to standardize pituitary adenoma profile in this imaging technique. References: 1. Yasuda M, et al. Pi-tuitary. 2010;13(1):39-47. 2. Megan OC. Pituitary. 2005;8:139-46. 3. Giustina A, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2001;86:4567-75. 4. Campeau RJ, et al. Clin Nucl Med. 2003;28(4):296-8.

P079craniaL nerve PaLsY as a cLUe To PiTUiTarY meTasTases diagnosescescato vas1, Bonifacio La1, dias dr1, silva go1, cunha neto mBc1, musolino nrc1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Neurocirurgia Funcional, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Pituitary metastases (PM) are an unusual complication of systemic cancer occurring in 1 to 3.6% of patients with malignance (1). In autopsy series PM occurred in 0.14 to 28.1% of all brain metastases. They affect, mainly, elderly patients with no clear sex predominance

(2). Based on previous autopsies studies, the majority of PM is clini-cally silent: symptoms are reported in only 2.5-18.2% of cases (2). In 85% of cases the PM are located in the posterior lobe (in 34% com-bined with the anterior lobe). This distribution justifies the usual symptoms of diabetes insipidus (DI) identified in 70 to 100% of pa-tients (2,3). Symptomatic anterior pituitary failure and cranial nerve deficits, like ophthalmoplegia, have been less frequently described (1-3). Five unusual cases of PM [four women (27, 63, 66 and 80 years old) and one man (63 years-old)] are here reported. They were admitted to a General Hospital, Functional Neurosurgery Division, from 2004 to 2009 due to recent ophthalmoplegia. Malignant di-sease was not previously diagnosed in all, except one with skin can-cer not related to the pituitary metastases. No patients complained about DI. Anterior hypopituitarism, in some degree, was confirmed in all cases. The metastases were secondary to pancreatic carcinoma, lymphoma, lung adenocarcinoma, small cell adenocarcinoma and cystic adenoid carcinoma. Discussion: Although MP occurred usu-ally in elderly patients with generalized metastatic disease, they may be the first manifestation of an occult primary tumor and may occur in early adulthood, even without diabetes insipidus. One must be aware of this possibility when cranial nerve palsy is present.

P080granULomaToUs HYPoPHYsiTis mimicKing PiTUiTarY adenoma: rePorT oF 2 casessickler TP1, glezer a1, vicaria d1, cukier P1, rosemberg s2, gadelha m3, niemeyer Filho P4, Bronstein m1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia e Metabolismo, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). 2 Departamento de Patologia, HC-FMUSP. 3 Divisão de Endocrinologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 4 Serviço de Neurocirurgia, Santa Casa do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: Primary hypophysitis is rare sellar lesion classified as lymphocytic (the most frequent), granulomatous (GHYP), and xan-thomatous necrotizant (1). GHYP is characterized by multinucleated giant cells, histiocytes, lymphocytes inflammatory infiltrate and cal-cium deposition. For diagnosis, secondary etiologies (turberculosis, sarcoidosis, syphilis, mycotic granuloma, Wegener’s granulomatosis and systemic immune diseases (Takayasu’s or Crohn’s disease) must be ruled out. It affects both genders and main symptoms result from mass effect, as headache and visual impairment. In MRI, pituitary gland may be diffusely increased (pyramidal or round shape) and pituitary stalk can be thickening. However, typical image occurs infrequently, resulting in difficult differential diagnosis with pituitary adenoma (1). Case reports: case 1: 29 yrs-old female presented a severe headache. MRI depicted a sellar mass with suprasellar expansion and chiasmatic compression, with a right eye scotoma. Hormonal evaluation pointed to ACTH and TSH deficiencies, as well as mild hyperprolactinemia (PRL: 39 ng/mL, n < 26). Case 2: 54-yrs-old male presented weak-ness and loss of libido, with no visual complaints. Laboratory evalua-tion pointed to GH, LH, FSH, ACTH deficiencies and hyperprolacti-nemia (PRL 36 ng/mL). MRI depicted a sellar mass with suprasellar extension and pituitary stalk thickening (Fig. 1a) (figure not shown). Surgery was performed in both cases and histopathologic analysis pointed to GHYP (Fig. 1b) figure not shown. Histochemistry for fun-gi and koch bacilli were negative. Discussion and conclusion: GHYP was first described before mortem in 1980 and until now, there are other 15 case reports. In all of them the diagnosis was difficult. Most frequent symptoms were headache and visual defects, but diabetes in-sipidus and cranial nerve palsy were also reported. Diagnosis was made after transsphenoidal biopsy or surgery, as our cases. Although rare, GYPH diagnosis should be considered when there is a pituitary mass with symptoms suggestive of meningitis (headache, fever) or diabetes insipidus. After clinical suspicion, pituitary mass biopsy is indicated and systemic corticosteroid therapy can be tried (2).

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P081massa seLar em PacienTe com carcinoma escamoso de coLo UTerino e LinFoma nÃo HodKing: discUssÃo diagnÓsTica e TeraPÊUTicaBatista rL1, Toscanini a1, cunha-neto mB1

1 Instituto de Psiquiatria, Setor de Neuroendocrinologia Funcional, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: O linfoma adrenal primário é uma doença extremamen-te rara que, com frequência, apresenta envolvimento de outra região, podendo ser essa o SNC. É bilateral em cerca de 1/3 dos casos e acredita-se que derive das células hematopoiéticas da adrenal. O tipo mais comum é o não Hodgkin de células B. O acometimento lepto-meníngeo, a forma mais frequente, é de aproximadamente 30%. No entanto, o acometimento hipofisário é raro. Objetivo: Descrever o caso de uma paciente com carcinoma escamoso de colo uterino e linfoma não Hodking em adrenais e em glândula hipofisária, com o desenvolvimento de hipopituitarismo. Métodos: Descrição do caso clínico e discussão do diagnóstico e terapêutica apropriada. Resulta­dos: Paciente feminina de 71 anos chega à consulta relatando ter feito tratamento há dois anos por carcinoma escamoso de colo uterino e referindo ter feito imagem abdominal por TC de abdome que iden-tificou massa em glândulas adrenais. Em 2008, havia feito uma TC de abdome e pelve que demonstrou adrenais normais. Em 2009, em nova TC de abdome e pelve, foi identificado um nódulo em glândula adrenal direita e massa em glândula adrenal esquerda. Em exames laboratoriais, foi identificado hipoNa e hipoCa. Fez RM de abdome e pelve em junho de 2009, que identificou nódulo em adrenal es-querda com 32 x 24 mm e adrenal direita normal. Fez nova RM de abdome e pelve em setembro, que identificou um nódulo em adrenal esquerda com 44 x 42 mm. Os exames laboratoriais mostravam pro-lactina aumentada (66,1), GH e IGF-1 reduzidos, LH e FSH baixos para a faixa etária, SDHEA reduzido, cortisol reduzido (3,9), além de hipoNa e hipoCa. Fez RM de hipófise que demonstrou hipófise globosa, hipodensa, heterogênea, com haste alargada. Fez PET-CT que demonstrou áreas de concentração anômala em adrenais, sendo mais acentuado à esquerda, em fígado, em linfonodos retroperito-neais e em área focal na topografia hipofisária. Fez biópsia adrenal em 11/2009, que demonstrou neoplasia maligna indiferenciada. Fez biópsia hipofisária, que demonstrou linfoma não Hodgkin, tendo iniciado quimioterapia específica desde então. Conclusão: Acometi-mento metastático hipofisário é raro, mas pode acontecer em algumas neoplasias. Embora a neoplasia que mais acometa a hipófise, como lesão metastática, seja a neoplasia de mama, outras neoplasias tam-bém podem metastatizar para a glândula hipofisária. O aparecimento de hipopituitarismo torna esse caso ainda mais particular e relevante.

P082aBscesso HiPoFisÁrio resULTando em Pan-HiPoPiTUiTarismo e meningiTe de rePeTiÇÃoBaggentoss r1, araújo La1, Kohara sK1, silva dmW1, rodrigues gs1, souza Bv1, morsch m2, oliveira dB2, Werlich r2, Kreutzfeld T2

1 Instituto de Endocrinologia e Diabetes de Joinville, Centro de Atendimento ao Diabético (IEJE-CAD), Universidade da Região de Joinville (Univille). 2 Univille, Joinville, SC, Brasil

Introdução: Apesar de ser caracterizado como uma patologia infre-quente, o abscesso hipofisário deve ser incluído na avaliação das massas selares. Isso se dá pelo fato de ele ter prognóstico relacionado com o tratamento adequado. Relato de caso: VSS, masculino, 47 anos, foi encaminhado ao ambulatório de Endocrinologia do Hospital Munici-pal São José (Joinville, SC) por achado de macroadenoma hipofisário, hipotireoidismo e insuficiência adrenal, em maio de 2008. Fazia uso de levotiroxina e prednisona. Associado a esse diagnóstico, apresentava

meningite de repetição (quatro episódios), motivo pelo qual foi inter-nado em abril de 2009. Foi submetido à TC de crânio, a qual revelou processo expansivo intrasselar com expansão suprasselar, correspon-dente a adenoma hipofisário de 18 x 12 x 11 mm. Queixava-se de aste-nia, cefaleia intermitente bitemporal, diminuição da libido, redução de pelos e sintomas depressivos, sem apresentar alterações visuais ao exa-me físico. A RNM, em maio de 2009, apresentou macroadenoma hi-pofisário com transformação hemorrágica, com aparente infiltração em seio cavernoso esquerdo e compressão de quiasma óptico. No mesmo mês, apresentou campimetria visual e exames laboratoriais normais, exceto pela diminuição do IFG1. Em novembro de 2009, foi realizada cirurgia transesfenoidal, com retirada de coleção purulenta, demons-trando ausência de células neoplásicas ou tecido hipofisário no anato-mopatológico e cultura positiva para Staphylococcus aureus sensível à oxacilina. Após a cirurgia, iniciou-se antibioticoterapia com oxacilina e, depois, com levofloxacina, para tratamento do abscesso, provável causa da meningite de repetição. No pós-operatório, queixou-se de rinorreia fétida, halitose e cefaleia esporádica, além de apresentar FSH 1,01 mUI/mL; testosterona 0,08 ng/dL; TSH 0,17 mUI/L; prolac-tina 2,9 ng/mL; ACTH 2,4 ng/mL; cortisol < 1 ng/mL; IGF-1 54,4 µg/L; T3 e T4 livre normais. Conclusão: A sobreposição de sintomas aparentemente não correlacionados, juntamente com imagem sugesti-va de macroadenoma hipofisário, demonstram uma situação incomum na prática clínica, portanto de difícil diagnóstico. A detecção precoce do foco infeccioso primário poderia ter evitado a apoplexia pituitária e, por consequência, o desfecho encontrado.

P083inFUndiBULo-PiTUiTarY mass and amaUrosis in sJogren´smoura JP1, mimura LY1, monteiro mLr2, Levy m3, moura F2, nicolau W1, Bloise W1

1 Unidade de Endocrionologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 2 Unidade de Oftalmologia, FMUSP. 3 Unidade de Reumatologia, FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Introduction: Neurologic involvement occurs in approximate-ly 20% of patients with primary Sjogren´s syndrome. However, the diagnosis of Sjogren´s syndrome with neurologic involvement is sometimes difficult and central nervous system manifestations have been described rarely. Objective: To report one patient with Sjogren´s syndrome associated with a infundibulo-pituitary mass and amaurosis. Patient: A 56 year old woman who was treated for Graves´ophthalmopathy with orbital decompression and prednisone 2 years before. In the follow-up she developed cutaneous vasculitis and on clinical evaluation bilateral parotid enlargement was detec-ted. Sjogren´s syndrome was diagnosed that was confirmed by oral mucosa biopsy. After 6 months she developed obstructive jaundi-ce and underwent a exploratory laparotomy that disclosed hyper-trophic lymph nodes and autoimmune pancreatitis. Lymph node biopsy discarded the diagnosis of lymphoma The patient was treated with oral steroids and the clinical symptoms disappeared. Due to secondary amenorrhea, pituitary function was also investigated and MRI scan showed infundibulo- pituitary enlargement without optic chiasm involvement and no visual field defect. Laboratory data reve-aled secondary partial adrenal insufficiency and mild increase in se-rum prolactin (38 mg/dL). She had never complained of headache or visual impairment. After 3 years of uneventful follow-up suddenly she presented headache and significant decrease of visual acuity with conspicuous visual field defect. Brain MRI scan revealed thickening of pituitary stalk and infundibulum that was more pronounced when compared with the MRI scan performed one year before. Treatment consisted of oral prednisone 20 mg three times a day with complete-ly recovery of vision. Conclusion: the rapid recovery of vision with steroid treatment suggests that the pituitary mass may be consistent with the diagnosis of lymphocytic hypophysitis. Absence of histolo-

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gic features of lymphoma in the abdominal hypertrofic limph nodes in the past discarded the diagnosis of primary pituitary limphoma a rare and recently reported disease The association of this pituitary disease and Sjogren´s syndrome is unusual and by our knowledge there is one similar patient that was described by J. L. Li in 1999(¹). 1. Li JY, Lai PH, Lam HC, Lu LY, Cheng HH, Lee JK, Lo YK. Hypertropic cranial pachymeningitis and lynphocytic hypophysitis in Sjogren´s syndrome. Neurology. 1999;52:420-3.

P084germinoma de gLÂndULa PineaL e HiPoFisÁria – reLaTo de casomidori rH1, Benigno asa1, França mm1, Bolfi F1, Bianchi La1, moura Pcr1, galan Fc1, Zanini ma1, nunes sv1

1 Universidade Estadual Paulista (Unesp), SP, Brasil

Introdução: Tumores de células germinativas (TCG) primários do sistema nervoso central são raros e representam aproximadamente 1% de todos os tumores dessa região. Geralmente são localizados na glândula pineal e região suprasselar. Caso clínico: Paciente mas-culino, 20 anos, procurou o serviço médico por causa de cefaleia há quatro meses em região occipital, latejante, de forte intensidade, com melhora discreta com analgésicos. Referia também poliúria, po-lidipsia, náuseas, vômitos e perda ponderal de 10 kg. Ao exame físi-co, encontrava-se discretamente desidratado, IMC de 15,62 kg/m2, retração palpebral, paralisia do olhar conjugado vertical, compatível com a síndrome de Parinaud, sem mais alterações. A campimetria visual foi normal e o fundo de olho descartou papiledema. Exames laboratoriais evidenciaram diabetes insipidus (poliúria de 114 mL/kg em 24h; hipernatremia de 152 mmol/l, valor de referência [VR]: 137 – 145 mmol/l e densidade plasmática de 1.000), e ressonân-cia magnética de encéfalo (RNM) mostrou importante hidrocefalia, uma massa sólida de 3,8 x 3,6 x 2,7 cm na região de glândula pineal e outra imagem de 1,2 x 1,2 x 1,1 cm em glândula hipofisária, am-bas eram heterogêneas, com isossinal em T1 e intenso realce após contraste. Exames adicionais revelaram bHCG aumentado (1674,26 mUI/l, VR: < 5,0 mUI/l), CEA discretamente aumentado (9,44 ng/mL, VR: < 5,0 ng/mL), alfafetoproteína normal (2,29 ng/mL, VR: < 10 ng/mL), avaliação hormonal: testosterona total elevada (1.226 ng/dL, VR: 166 – 811 ng/dL), com LH e FSH suprimidos, hiperprolactinemia (82,61 ng/mL, VR: 2,58 – 18,12 ng/mL). O bHCG dosado no líquor foi de 3625,99 mUI/mL, os demais mar-cadores estavam negativos. A hipótese diagnóstica final foi de TCG. O paciente foi submetido a uma terceiro-ventriculostomia e biópsia das lesões, cujo anatomopatológico confirmou tratar-se de um ger-minoma de ambas regiões. Foi iniciada terapia com desmopressina, com melhora da poliúria, polidipsia e normalização do sódio plas-mático. As RNM de coluna cervical, torácica e lombossacra estavam normais, e o paciente encontra-se em programação de radioterapia. Conclusão: Dentre os tipos de TCG, os germinomas são os mais comuns e representam melhor prognóstico, com boa resposta à ra-dioterapia. Este caso é uma lembrança de que esse tipo de tumor, apesar de raro, é a principal hipótese diagnóstica para as lesões que comprometem concomitantemente a glândula pineal e hipofisária.

P085cordoma seLar: reLaTo de casosobreira WgP1, gondim J1, Ferraz TmBL1, Lima mo1, mota Jis1, gomes e1

1 Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

Introdução: Os cordomas de sistema nervoso central (SNC) são tu-mores raros, invasivos e se originam de remanescentes da notocorda.

Correspondem a 0.1% a 0.2% de todas as neoplasias intracranianas. O envolvimento da região selar é ainda mais raro, com menos de 30 casos relatados na literatura, sendo facilmente confundidos com ade-nomas. A sintomatologia depende de sua localização, sendo frequente o envolvimento de nervos cranianos, diplopia e cefaleia. Alterações endócrinas mais comuns: hiperprolactinemia funcional e raramente hi-popituitarismo, secundário à invasão da sela túrcica. O diagnóstico por imagem: RNM – sinal intermediário em T1 e hipersinal em T2, ambos heterogêneos, erosão óssea. Tratamento proposto: cirurgia; radiotera-pia. Objetivo: Relatar um caso raro de cordoma de SNC e contribuir para atualizar a casuística na literatura científica. Relato de caso: Pa-ciente, sexo masculino, 64 anos, há três meses apresentando cefaleia de baixa intensidade, não pulsátil, sem náuseas ou vômitos, sem foto-fobia. Em dezembro de 2009, teve um episódio de maior intensidade, acompanhado de ptose palpebral em olho esquerdo (OE). Na época, apresentava estado geral regular, orientado, cooperativo. Exame neu-rológico: pupilas isocóricas, 4 mm, estrabismo convergente OE, refle-xo fotomotor direto e consensual preservados. Paralisia do III par à E, paresia do VI par à D, paresia do VI par à E, ptose palpebral à E, sem comprometimento motor ou de marcha. RNM de hipófise: imagem heterogênea selar, para e infrasselar de 6,5 x 3,7 cm, hipersinal em T2, comprometendo seios cavernosos. Eixos hormonais: prolactina: 16,28 ng/mL, GH: 0,93 ng/mL, IGF-1: 160 ng/mL, TSH: 0,902 uUI/mL, T4L: 0,852 ng/mL, FSH: 8,93 mUI/mL, LH: 8,93 mUI/mL, testosterona: 3,54 ng/mL, cortisol: 53,69 ng/mL. Trata-se de um tumor na região selar, com comprometimento do eixo tireotrófico, sendo indicado procedimento neurocirúrgico e prescrito levotiroxina. Foi submetido, em janeiro de 2010, à neurocirurgia endoscópica por via transesfenoidal. A avaliação da lesão no ato operatório levantou a hipótese de cordoma com invasão selar. A biópsia da peça cirúrgica confirmou o diagnóstico. Evoluiu no pós-operatório com melhora da cefaleia e acuidade visual. Conclusão: Os cordomas, apesar da rarida-de, devem ser lembrados no diagnóstico diferencial das lesões selares. A presença de cefaleia, alteração de nervos cranianos e erosão óssea são achados frequentes que com a RNM sugerem o diagnóstico.

P086reLaTo de caso: HiPerProLacTinemia e DIABETES INSIPIDUS secUndÁrios À meTÁsTase HiPoFisÁriaamaral Lc1, milhomem Fa1, drummond JB1, mol ss1, Lamounier rn1, nascimento Pd1, gomes eF1, soares Bs1

1 Serviço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital Mater Dei e Hospital da Baleia, Belo Horizonte, MG, Brasil

Introdução: Metástases hipotalâmicas e hipofisárias respondem por 1%-2% de todas as massas selares. Ocorrem mais comumente após câncer de mama e pulmão, embora possam ocorrer em associação com muitos outros tumores. Usualmente são assintomáticas (apenas 7% têm sintomatologia clínica) e, quando presentes, diabetes insi-pidus e disfunção hipofisária ocorrem em 30%-70% dos pacientes. Alterações anatômicas discretas e até mesmo quimio (QT) e radio-terapia (RT) são capazes de promover alterações dos hormônios hi-pofisários. Descrição: Trata-se de E.M.F.P, sexo feminino, 57 anos, que em 2006 realizou ressecção de câncer de reto. Durante acom-panhamento, foram verificadas metástases cerebrais difusas, inclusive de haste hipofisária. Apresentava poliúria e polidipsia há mais de seis meses, com ingesta diária de cerca de cinco litros de água ao dia. Não havia sugestões de sintomas que sugerissem pan-hipopituitarismo. Nessa época, o sódio era de 157 meq/L (VR: 134-145 Meq/L). Foi submetida à realização de craniotomia para retirada de lesão metastá-tica em região occipital, além de QT e RT posteriores para as demais lesões. No pós-operatório imediato, a paciente manteve o diabetes insipidus, chegando o sódio a 161 meq/L (VR: 134-145 meq/L). Osmolaridade urinária de 79 mOsm/L (VR: 250-900 mOsm/L) e

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sódio urinário de 25 meq/L (VR: 30-90 meq/L). Iniciado DDAVP com remissão dos sintomas, normalização do sódio e do volume urinário. Demais hormônios hipofisários: cortisol 7,52 ng/dL (VR: 5-30 ng/dL), FSH: 5,1 mUI/L (VR: 16,6-165,0 mUI/L), LH: 0,3 mUI/mL (VR: 15,9-54,0 mUI/mL), prolactina 81,3 ng/mL (VR: 2,8-29,2 ng/mL), TSH 2,46 mUI/mL (VR: 0,5-5,0 mUI/mL), T4l 0,88 ng/mL (VR: 0,70-1,80 ng/mL). Discussão: No caso relatado, houve alteração nas gonadotrofinas (paciente pós-menopausada com FSH baixo), além de hiperprolactinemia (pseu-doprolactinoma) e diabetes insipidus – anteriores à cirurgia. A hiper-prolactinemia se justifica pela invasão tumoral da haste hipofisária, comprometendo o efeito inibitório da dopamina na secreção de prolactina. Conclusão: Deve-se ficar atento às alterações na função hipofisária em pacientes em acompanhamento oncológico, em espe-cial aqueles com metástase cerebral.

P087TraTamenTo de HiPoFisiTe LinFocÍTica com carBegoLina: reLaTo de casoBarroso adL1, reis mTa1, visconti gL1, moraes dr1, Ferraz mP1, normando aPc1, neres ms1

1 Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: A hipofisite linfocítica (LH), também chamada, hipo-fisite autoimune, é a mais comum dentre as doenças crônicas infla-matórias que primariamente acometem a hipófise. Há uma grande variabilidade clínica, compreendendo sintomas como hipopitui-tarismo, hiperprolactinemia, compressão selar e diabetes insipidus. O tratamento ideal é controverso, mas o manejo conservador com o uso de corticoide, que funciona tanto como reposição, nos casos que cursam com insuficiência adrenal, quanto como anti-inflamatório, ainda é a primeira escolha. Nas últimas décadas tem sido elucidada a relação entre prolactina e o sistema imune. Hiperprolactinemia foi observada na fase ativa de várias doenças autoimunes como lúpus eri-tematoso sistêmico, artrite reumatoide, assim como LH. O aumento da prolactina pode ser secundário ao processo inflamatório hipofisá-rio, mas, por outro lado, pode ter um papel na ativação do processo imune na LH; isso abre espaço para uma discussão acerca do uso de drogas antiprolactinêmicas para inativar esse processo autoimune. Relato de caso: A paciente LLFS, 35 anos, tem história de ame-norreia há 15 anos, hiperprolactinemia (128 ng/mL), galactorreia. Exames: espessamento de haste hipofisária à RNM, hipogonadismo hipogonadotrófico (FSH = 4,2 mU/mL, LH = 2,6 mU/mL), eixo corticotrófico íntegro, antitireoglobulina = 193 UI/mL (normal até 34UI/mL), IGF-1 = 111 ng/mL (VR para idade: 115-307 ng/mL). Após biópsia hipofisária transesfenoidal estereotáxica e análise imu-noistoquímica, foi concluído diagnóstico de HL. Não iniciado o uso de corticoesteroide por causa da preexistência de HAS e DM2. Op-tado por tratar com carbegolina 0,5 mg/semana. Após três meses de uso contínuo de carbegolina, houve normalização da PRL = 7,8 ng/mL e diminuição da lesão da haste hipofisária à RNM. Ainda mantém evidências clínicas de acometimento de eixo gonadotrófico (amenorreia) e somatotrófico. Conclusões: O uso da carbegolina pode ser uma opção no tratamento da HL, principalmente se há hiperprolactinemia sem deficiência no setor corticotrófico.

P088meTasTases To THe PiTUiTarY gLandHermann d1

1 Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, São Paulo, SP, Brasil

Tumors metastatic to the pituitary gland are an unusual complica-tion of systemic cancer typically seen in elderly patients with diffuse

malignant disease. Only 1% of all pituitary surgeries are performed to treat tumors that have metastasized to the pituitary gland; ho-wever, in certain cases of malignant neoplasms pituitary metastases do occur. Breast and lung cancers are the most common diseases that metastasize to the pituitary. Aim: The purpose of this study is to relate and to discuss cases of pituitary metastasis and correlate differential diagnosis for this problem. Methods: We describe and discuss the clinical presentation, diagnosis, treatment and outcome in four patients with lung, prostate, kidney and colon cancer pre-senting pituitary metastases. In addition a review of the literature is presented. Discussion: The differential diagnosis of metastases in the hypothalamic-pituitary region and pituitary adenoma may be di-fficult. Clinical manifestations and neuroimaging findings can help in the differential diagnosis. Metastases present with diabetes insipi-dus or, less commonly, with extra-ocular nerve palsies. Usually, the prognosis of these patients is poor. Conclusion: Pituitary metastases are rarely, but should be considered in the differential diagnosis for older patients, patients with a history of malignancy, and patients with symptoms such as ophthalmoplegia. Although the prognosis is poor because of uncontrolled systemic disease, there may be a role for resection in a select group of patients to alleviate symptoms and improve quality of life.

P089associaÇÃo de neUroFiBromaTose TiPo 1 e HiPerParaTireoidismo PrimÁriosantos a1, Benigno a1, martins mF1, Hirosawa rm1, neto gF1, souza gL1, marivo m1, amui io1, galan cF1, mazeto gFm1, nunes vs1 1 Universidade Estadual Paulista (Unesp), SP, Brasil

Introdução: A neurofibromatose tipo 1 (NF1) é uma das doen-ças autossômicas dominantes que mais acomete o sistema nervoso central. Pode ter associação com tumores carcinoides, carcinoma medular da tireoide, tumores hipotalâmicos ou do nervo óptico, mas com hiperparatireoidismo primário (HPP) é muito raro, com frequência estimada de 1:12.000. Objetivo: Relatar o caso clínico de uma paciente com NF1 e HPP, com remissão espontânea do último. Relato de caso: Mulher, 56 anos, menopausada há sete anos, com antecedente de neurofibromatose tipo 1 há 34 anos, procurou o serviço por causa de nefrolitíase. Ao exame físico apre-sentava numerosos neurofibromas em face, região cervical, tronco e extremidades; manchas café com leite maiores que 1,5 cm em dorso, abdome e tórax; além de numerosos nódulos de Lisch na fundoscopia. Ressonância magnética de encéfalo prévia apresenta-va imagens compatíveis com neurofibroma plexiforme em região temporal esquerda, gliose frontal esquerda e provável cisto de arac-noide em fissura silviana esquerda. Durante a investigação, o perfil laboratorial do cálcio era compatível com HPP (cálcio total sérico: 11,9 mg/dL [normal: 8,4-10,2 mg/dL]; PTH: 213 pg/dL [nor-mal: 11-65 pg/dL]; cálcio na urina de 24h: 513 mg; fósforo: 2,2 mg/dL [nl: 2,5-4,5 mg/dL]), apresentava função renal e albumina normais. Foi evidenciada osteoporose em colo de fêmur (densito-metria óssea; escore T de colo de fêmur: -2,87). em virtude das às complicações citadas e por manter hipercalcemia (cálcio sérico > 11 mg/dL) por pelo menos um ano, a paciente foi encaminhada para paratireoidectomia. Porém, durante a programação cirúrgica, evo-luiu com remissão espontânea do HPP (cálcio total sérico: 9,7 mg/dL; PTH: 59,2 pg/dL, cálcio na urina de 24h: 138 mg efFósforo: 3,8 mg/dL) e mantém perfis do cálcio normais há quase dois anos. Conclusão: Apesar de raro e, nesse caso, com remissão espontânea, o HPP pode estar presente na NF1. Essa associação deve ser lem-brada nesse grupo de pacientes.

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P090 a P092: neUroendoscoPia

P090FecHamenTo de FÍsTULas inTraoPeraTÓrias de aLTo dÉBiTo em neUroendoscoPia da regiÃo seLarPinheiro-neto c1, mariani PP1, romano F1, ramos H1, sennes L1, Huayllas mKP1, Tavares L1, Zilli r1, cukiert a1

1 Hospital Brigadeiro, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: A ressecção ampliada de tumores hipofisários, a aber-tura de cisternas e a comunicação com os ventrículos durante a ci-rurgia são fatores que aumentam consideravelmente o risco de fístula liquórica no pós-operatório. Diante desses casos, a reconstrução do defeito na base do crânio deve ser feita de modo mais agressivo. Ob­jetivos: Descrever e analisar a técnica de reconstrução endoscópica utilizada pelo nosso serviço em casos de fístulas liquóricas de alto débito, especialmente quando existe comunicação com o sistema ventricular. Métodos: Cinco pacientes com fístulas intraoperatórias de alto débito e exposição do sistema ventricular foram estudados. A reconstrução foi baseada na utilização de retalhos pediculados. Inicialmente, coloca-se gordura para preencher o espaço vazio dei-xado pelo tumor. Em seguida, posicionam-se duas camadas de fáscia lata in-lay, que são apoiadas nos limites da abertura dural. Coloca-se cola de fibrina. Após a confecção do retalho nasoseptal posterior, mobiliza-se ele para cobrir toda região do defeito. Recobre-se o re-talho com surgicel e, depois, cola de fibrina. Uma camada de gordu-ra é posicionada para preencher o seio esfenoide. Sobre a gordura, colocam-se duas ou três camadas de gelfoam. Finalmente, posiciona-se uma sonda de Foley e se insufla o balão com água para fazer uma contrapressão na área reconstruída. Drenagem lombar externa é, então, realizada. Resultados: A fístula de alto débito foi selada ade-quadamente em todos os pacientes. Não houve morbidade associada ao fechamento em si. Conclusões: A reconstrução com múltiplas ca-madas intradurais e extradurais associada à utilização de retalhos pe-diculados mostrou-se efetiva no manejo de fístulas liquóricas de alto débito intraoperatórias, onde havia exposição do sistema ventricular.

P091neUroendoscoPia das LesÕes seLares: resULTados PreLiminaresmariani PP1, Pinheiro-neto cd1, romano F1, ramos H1, Huayllas mKP1, Tavares L1, Zilli r1, sennes LU1, cukiert a1

1 Grupo de Neuroendocrinologia Hospital Brigadeiro, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: O acesso aos tumores da hipófise e sua remoção sob vi-sibilização endoscópica evoluiu muito nesta última década. A parce-ria entre otorrinolaringologistas e neurocirurgiões permitiu o avanço das técnicas endoscópicas para as cirurgias hipofisárias. Os resultados mais evidentes são maior conforto para o paciente no período pós-operatório e menor incidência de alterações da função nasossinusal após a cirurgia. Apesar das vantagens e da evolução do acesso endos-cópico, a microcirurgia transcraniana para os tumores da região selar ainda tem o seu papel e indicações precisas. Objetivos: Análise da casuística e dos resultados de pacientes submetidos à cirurgia endos-cópica endonasal para o tratamento tumores de hipófise em nosso serviço. Métodos: Estudo prospectivo de pacientes operados por lesões na região selar e/ou parasselar no período de março de 2009 a fevereiro de 2010. De um total de 35 pacientes, 30 apresentavam tumor hipofisário e foram operados por via endoscópica transesfe-noidal. Resultados: Dessa amostra de pacientes com tumores hipo-fisários, 17 eram do sexo feminino. A média de idade foi de 43 anos, sendo a idade máxima de 63 anos e a mínima de 21 anos. Em relação ao tipo de tumor, macroadenoma não funcionante correspondeu a

50%, doença de Cushing a 30% e acromegalia a 20% dos casos. Re-missão laboratorial foi obtida em 75% dos pacientes com doença de Cushing e em 83,3% dos pacientes com acromegalia. A taxa de fístula liquórica no pós-operatório foi de 5,8%. Conclusões: A técni-ca neuroendoscópica mostrou-se segura e eficaz nessa população de pacientes. Os resultados bioquímicos, estruturais e otorrinolaringo-lógicos deverão ser confirmados a longo prazo.

P092UTiLiZaÇÃo de neUronavegaÇÃo inTraoPeraTÓria em neUroendoscoPia de Base de crÂniocukiert a1, mariani PP1, Tavares L1, Zilli rW1, romano F1, ramos H1, sennes LU1, Huayllas mKP1

1 Grupo de Neuroendocrinologia Hospital Brigadeiro, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: O acesso aos tumores da base do crânio e sua remo-ção sob visibilização endoscópica evoluiu muito nesta última década. A parceria entre otorrinolaringologistas e neurocirurgiões permitiu o avanço das técnicas endoscópicas para as cirurgias da linha média da base do crânio. Os constantes avanços nas técnicas de diagnóstico e utilização de sistemas de localização intraoperatória por imagem aumentaram a precisão e a segurança desses procedimentos. Obje­tivos: Descrever a técnica utilizada nesse serviço para utilização do neuronavegador como auxiliar nas cirurgias endoscópicas dos tu-mores da região selar e parasselar. Métodos: Cinco pacientes foram submetidos à cirurgia neuroendoscópica e neuronavegação intraope-ratória. A cabeça do paciente era fixa ao Mayfield e o corregistro de neuronavegação realizado. A ponta do bipolar ou do aspirador era colocada como isocentro. Resultados: Em todos os casos foi pos-sível acompanhar com clareza a relação anatômica das regiões fixas (ósseas) do acesso, bem como inferir a posição do instrumento cirúr-gico nas grandes lesões, mesmo pressupondo a ocorrência de desvios em virtude de drenagem de líquor ou ressecção da lesão em si.

P093 a P108: doenÇa de cUsHing

P093FiBroBLasT groWTH FacTor recePTor 4 (FgFr4) in cUsHing disease oUTcome: inFLUence oF eXPression and oF THe g388r FUncTionaL PoLYmorPHismBrito L1, Lerario a1, Bronstein m1, mendonça B1, Fragoso mc1

1 Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Introduction: The normal human adenohypophysis expresses mR-NAs for FGFR1, FGFR2, and FGFR3. Abnormal FGFR4 expres-sion has been detected in pituitary tumors, especially in larger and invasive adenomas. In addition, a single nucleotide polymorphism at codon 388 of the FGFR4 gene, the substitution of glycine by arginine (G388R) has been identified. Some studies demonstrated association of the arginine allele with adverse outcomes of human cancer. We hypothesized that FGFR4 expression and genotype could be markers of adverse outcome of Cushing’s disease (CD) af-ter transsphenoidal surgery (TS). Objectives: To analyzed if there is association between the postoperative outcome of CD (remission/recurrence) and the FGFR4 G388R genotype or the FGFR4 ex-pression in corticotropinomas. In parallel, we also evaluated clinical, hormonal and histopathological data. Patients and methods: Clini-cal, hormonal and pathological data of 76 patients who underwent the first TS were retrospectively reviewed. All patients were geno-typed for G388R polymorphism. Genotyping of FGFR4 G388R was determined by PCR-RFPL (BstN1 restriction enzyme) in genomic

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DNA from peripheral blood or oral swab. FGFR4 expression was assessed in 18 corticotropinomas. RNA was extracted according to Trizol reagent method. FGFR4 mRNA expression was determined by real-time quantitative PCR using the Taqman system. It was used an assay that detects an amplicon in exons 8-9 boundary. A com-mercial pool of human pituitary glands was used as the reference sample. Three endogenous genes were used. Relative quantification was determined according to the CT comparative method. A two-fold change in mRNA levels was considered as significant. Results: Homozygosis for FGFR4 Gly388 alleles was associated with reduced disease-free survival (hazard ratio 6.91, CI 95%, 1.14 to 11.26; p = 0.028). FGFR4 overexpression was found in 44% of the corticotro-pinomas and it was associated with lower postoperative remission rate (p = 0.009). Other variables associated with recurrence were Hardy tumor grade (p = 0.017), male gender (p = 0.033), lack of histological confirmation (p = 0.026) and cortisol levels > 2 mcg/dL in the early postoperative period (p = 0.01). Conclusions: Our data suggests that homozygosis for FGFR4 Gly388 alleles and FGFR4 overexpression are associated with higher frequency of postoperative recurrence and persistence of Cushing’s disease, respectively.

P094sUiTaBLe HoUseKeePing (HK) genes For normaLiZaTion oF reaL-Time QUanTiTaTive rT-Pcr (rTqPcr) eXPression sTUdies oF corTicoTroPH PiTUiTarY adenomasBrito L1, carvalho L1, cani c1, mendonça B1, Fragoso mc1

1 Unidade de Endocrinologia do Desenvolvimento, Laboratório de Hormônios e Genética Molecular LIM/42, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Introduction: RTqPCR is a sensitive technique for quantifying mRNA where small amount of tissue is available. To be able to detected small changes of gene expression, accurate normalization strategies are required. A common strategy is to use a reference gene whose expression is believed to be constant. Several studies have shown conflicting results depending on HK gene used. Some mathematical models (geNorm, NormFinder, BestKeeper) were de-veloped to identify the more stably HK genes from a set of tested genes. Aims: To search for the most stable HK genes for cortico-throphs pituitary tumors and to analyse the variation of the target gene expression according each HK gene. Methods: mRNA from 17 corticotroph adenomas was studied. A commercial pool of pi-tuitary glands was used as reference sample. mRNA expression was determined by RTqPCR using Taqman assays. Seven HK were studied: B-actin (BACT), glyceraldehyde-3-phosphatase dehydro-genase (GAPDH), phosphoglycerokinase1 (PGK1), cyclophilinA (CYC), beta2-microglobulin (B2M), hypoxanthine ribosyltranferase (HPRT), TATA-box-binding-protein (TBP). The geNorm software was used to ascertain the most suitable HK and to estimate how many HK should be used for corticotroph adenoma tissue. Relative quantification of a target gene (Bcl-XL) was determined using the CT comparative method. Bcl-XL expression was normalized with the two or three more stable HK and compared with the results obtained when normalized to each other gene. Results: The ranking of the most stable HK was as follows: PGK1 = CYC > HPRT > TBP > GAPDH > BACT > B2M. The Bcl-XL expression showed no sig-nificant change when normalized for the two or three most stable HKG [median, 1.23 and 1.40 respectively (range, 0.66-2.78), p = 0.6]. A significant under- and overexpression occur when the Bcl-XL expression is normalized with the less stable HK genes: BACT [me-dian, 0.24 (range, 0.11-1.33), p < 0.0001] and B2M [median, 3.25 (range, 1.25-14.69), p < 0.0001]. Conclusions: The use of the two or three most stable HK genes was equally reliable for normalization of the target gene in corticotroph adenomas tissue. We demonstrate the importance of choosing an appropriate HK to obtain reliable

expression data, especially when searching for subtle changes. Target gene expression can change significantly when a single unsuitable HK is used.

P095HorsesHoe-sHaPed acTH-secreTing adenomas in PaTienTs WiTH cUsHing diseasesulzbach mL1, alves gm1, sallum Filho cFc1, vidotto Tm1, Liboni cs1, vieira Tc1, Zymberg s1, santos r1, nogueira r1, correia-silva sr1, abucham J1, Lengyel amJ1

1 Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Multiple pituitary adenomas may occur in 1.6% to 3.3% of cases of Cushing’s disease (CD). However, so far, there is no report in the literature of horseshoe-shaped pituitary tumor in CD. We will des-cribe six patients with CD with pituitary horseshoe-shaped tumors followed in our Neuroendocrine Unit between 2000-2010. Patients 1, 2 and 3 were diagnosed in our Unit, and had magnetic resonance imaging (MRI) with a supposition of two pituitary adenomas. The analysis of posterior slices at MRI of these patients suggested con-tinuity between the two lesions. In patients 1 and 3 the horseshoe shape was confirmed by performing MRI with axial slices, with cle-ar evidence of continuity between the two sides of the tumor. The horseshoe-shape of adenomas from patients 1, 2 and 3 were confir-med at transsphenoidal surgery (TSS). Patient 1 had recurrence of CD after the first surgery and was submitted to a second surgery, but remained with hypercortisolism. Patient 2 is in remission and patient 3 had recurrence of CD. Patient 4 was seen by us after two transsphenoidal surgeries, bilateral adrenalectomy and radiosurgery in other hospital due to persistent hypercortisolism. The surgical procedures and radiosurgery were directed to the right region of the sella turcica. After review of scans prior to treatment, two lesions compatible with pituitary adenoma were identified, the larger one at right side and a minor one at left side of the sella turcica and they were interconnected with a horseshoe shape. After 10 years of adrenalectomy the patient developed Nelson’s syndrome, presenting important growth of the left side of adenoma. Patient 5 had the diagnosis of horseshoe-shaped adenoma at the first MRI performed during the investigation of CD and remains in remission after TSS. Patient 6 had the diagnosis of horseshoe-shaped tumor only at sur-gery without previous suspicion and remains in remission after TSS. In conclusion, horseshoe-shaped ACTH-secreting adenoma had not been described previously. Such presentation should always be sus-pected in MRI scans suggesting the presence of two pituitary adeno-mas. Thus, a more careful surgical resection can be performed, and treatment with radiation therapy may be better targeted, leading to better rates of remission of CD.

P096serUm adrenaL sTeroids in PaTienTs WiTH cUsHing’s disease BeFore and aFTer KeToconaZoLe TreaTmenTcorrea-silva sr1, vieira Jg2, Lengyel amJ2

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP. 2 Instituto Fleury, São Paulo, SP, Brasil

Ketoconazole is a steroidogenesis inhibitor which has been used in the clinical treatment of Cushing’s disease (CD) for almost three decades. This compound is able to normalize cortisol levels in ap-proximately 70% of patients with CD. Ketoconazole interferes with cytochrome P-450 enzyme systems in several organs, specially in the adrenal. Both in vitro and case reports studies have suggested that ketoconazole might inhibit cholesterol side-chain-cleavage, 17-20

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lyase, 17 α-hydroxilase and 11 β-hydroxilase. Our aim was to evalu-ate several adrenal steroids (cortisol, 17 α-OH progesterone, corti-costerone, 11 deoxycortisol and 11 deoxycorticosterone) in serum of 8 patients with CD at diagnosis and after 3 and 6 months of ke-toconazole use. Urinary free cortisol (UFC) was also evaluated. Se-rum steroids and UFC were determined by liquid chromatography and tandem mass spectrometry (Fleury Laboratory). P < 0.05 was considered statistically significant. Patients with CD had mean UFC (μg/24h) of 222.4 ± 34.5 at diagnosis. After 3 and 6 months of ketoconazole treatment mean UFC decreased significantly to 61.6 ± 10.1 (mean reduction: 70%) and 39.1 ± 10.9 (mean reduction: 80%), respectively. Serum cortisol (μg/dL) also had a significant de-crease (before: 17.3 ± 1.5; 3rd month: 14.7 ± 2.3; 6th month: 11.6 ± 1.4). The immediate precursor of 11 β-hydroxilase, 11-deoxycor-tisol (ng/dL), showed a significant increase (before: 47.9 ± 12.6; 3rd month: 340 ± 126; 6th month: 369 ± 100), while the other precursor 11 deoxy corticosterone (ng/dL) had a trend to increase (before: 3.5 ± 0.8; 3rd month: 62.6 ± 21.4; 6th month: 85.4 ± 36.4; P = 0,07). 17α-OH progesterone levels (ng/dL) also increased from 30.5 ± 4.4 to 121 ± 23.9 after 3 months and 126.5 ± 18.1 after 6 months of ketoconazole use. There was also a marked increase in corticosterone values (ng/dL) (before: 309 ± 50; 3rd month: 1063 ± 204; 6th month: 936 ± 313). In conclusion, our results show that ketoconazole inhibits cortisol production in patients with CD by blocking 11 β-hydroxilase, as its precursors had a significant increase. Surprisingly, corticosterone, an immediate product of 11 β-hydroxilase and immediate precursor of aldosterone, also showed a significant increase. This could suggest that aldosterone synthase might also be inhibited by ketoconazole in CD.

P097managemenT oF cUsHing’s disease: TranssPHenoidaL sUrgerY and BeYondcorrea-silva sr1, alves gm1, santos rP1, Zymberg s1, Lengyel amJ1, abucham J1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Transsphenoidal surgery (TSS) is the mainstay of treatment for Cushing’s disease. In the short term, remission rates vary widely from 40% to 90% depending mostly on tumor size and invasiveness as well as on surgical skill and experience. Recurrence after TSS is known to increase over time, but few studies have reported long-term recurrence rates. Thus, many patients remain with active di-sease after TSS and require additional treatment including repeat TSS, radiotherapy, adrenalectomy and inhibitors of cortisol synthesis as ketoconazole. Aim: To evaluate short and long term therapeu-tic outcomes in patients with CD submitted to TSS between 2001 and 2008 at our Institution. Methods: All patients were regularly reevaluated after TSS. Remission was defined by clinical improve-ment, normal 24-h urinary free cortisol (UFC) and serum morning cortisol < 1.8 µ/dL after 1 mg of dexametasone. Results: Twenty-four patients (16-53 y; mean: 32y) with surgically proven CD (16 microadenomas, 7 macro, and 1 hyperplasia) were followed for 61 months (range: 18 – 107 mo). Twelve patients (50%) (7 micro, 4 macro, and 1 hyperplasia) were considered in remission after a first TSS, but 3 (25%) relapsed after 9, 22, and 34 months. Two of them had a second TSS that was successful in only one. The other one re-ceived radiotherapy and ketoconazole, but died from complications of AIDS, and one was treated only with ketoconazole after TSS. Among 12 patients that did not achieve remission after a first TSS, 3 were re-operated, none was cured, and all 3 received pituitary radio-therapy and ketoconazole. In the remaining 9 patients, hypercorti-solism was controlled by adrenalectomy in one and by ketoconazole

in 8, and one of them died from heart disease. Four of them also received radiotherapy, but no one has been able to control hyper-cortisolism without ketoconazole in a follow up of 10-96 months (mean: 63 mo). Conclusions: In our series, short-term remission rate after TSS for CD was 50% and recurrence rate was 25%. A se-cond TSS for persisting or recurring CD was successful in only 20%. Ketoconazole was effective in controlling hypercortisolism in 92% of patients unsuccessfully treated by TSS (normal UFC: 77%; major decrease: 15%). Mortality rate during follow up was 8% in spite of pharmacologic control of disease. Although control of hypercortiso-lism is usually attainable, permanent remission of Cushing’s disease remains a formidable therapeutic challenge in our clinical practice.

P098evoLUÇÃo de seis PacienTes com diagnÓsTico iniciaL de sÍndrome de cUsHing acTH-dePendenTe indeTerminadaczepielewski m1, costenaro F1, Boschi v1, Lima PB1, cioffi a1, Boguszewski c2

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS), Porto Alegre, RS. 2 Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), Curitiba, PR, Brasil

O diagnóstico etiológico da síndrome de Cushing (SC) persiste um desafio mesmo incluindo métodos como RM, octreoscan e catete-rismo de seio petroso, havendo um grupo de pacientes em que a SC é de origem indeterminada (SC indeterminada – SCI). Nesses casos, é pouco conhecido o diagnóstico final. Neste trabalho, são apresentados seis casos de SCI observados em 152 pacientes com SC, cujo manejo constou de extensa avaliação inicial demonstrando SC ACTH-dependente seguida de tratamento por adrenalectomia bilateral e acompanhamento periódico. Por meio dessa estratégia, foram observados os seguintes pacientes – Caso 1: 30 anos, femi-nino, branca, com Cushing cíclico em 2006 e investigação inicial para ACTH ectópico negativa. Realizou hipofisectomia não curativa e adrenalectomia bilateral em 2007. Gestou em 2009 e, após a ges-tação, os níveis de ACTH elevaram-se de 500 pg/mL para 2.765 e 3.930 pg/mL, com piora do quadro clínico e RM de hipófise nor-mal. TC de tórax em 2010 evidenciou massa mediastinal, cuja bióp-sia demonstrou paraganglioma. Caso 2: 29 anos, masculino, branco, com diagnóstico e adrenalectomia bilateral em 2003 (hiperplasia di-fusa zona fasciculada). Octreoscan e RM de hipófise sem alterações em 2004. Cateterismo de seio petroso evidenciou gradiente central – periferia de ACTH de 1250/87 pg/mL, sugestivo de doença de Cushing. Caso 3: 34 anos, feminino, branca, SC em 1997 e ACTH em torno de 500 pg/mL. Submetida a cirurgia e RDT hipofisárias em 1997 não curativas e adrenalectomia bilateral em 1998. Evoluiu com dores ósseas e elevação do ACTH (469.928 pg/mL), sendo diagnosticados metástase óssea e carcinoma mamário ductal invasor bilateral como foco primário secretor de ACTH em 2001. Caso 4: 36 anos, masculino, branco, SC por três anos, cirurgia hipofisária sem sucesso, RM de sela túrcica e cateterismo de seio petroso não sugestivos de DC. Investigação para ACTH ectópico negativa. Não respondeu ao cetoconazol e mitotano. Realizou adrenalectomia bila-teral em 2006, sem definição diagnóstica até o momento. Caso 5: 41 anos, masculino, branco, com diagnóstico de SC grave, foi subme-tido à adrenalectomia bilateral de urgência, evoluindo para óbito no pós-operatório por choque hipovolêmico. Caso 6: 36 anos, mascu-lino, branco, SC durante dois anos, submetido à adrenalectomia em 2005, evoluiu com lesões ósseas em 2007, cuja biópsia demonstrou carcinoma neuroendócrino. Conclusão: A principal causa de SCI é a secreção ectópica de ACTH, ressaltando-se a longa sobrevida e a importância da adrenalectomia para tratamento desses casos.

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P099ePidemioLogicaL evaLUaTion oF 152 PaTienTs WiTH cUsHing’s sYndromeczepielewski m1, costenaro F1, Boschi v1, Lima PB1, rollin gF1

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

Background: Cushing’s syndrome is a complex endocrine condition with potential serious complications if misdiagnosed or untreated. The etiological diagnosis of Cushing’s syndrome still challenges the specialists as the most perplexing and controversial problem in en-docrinology. Objectives: Evaluate and describe epidemiological, cli-nical and laboratorial findings of Cushing’s syndrome patients from an important health care hospital in Brazil. Methods: In order to scientific analyze 152 patients attended in our service from 1982 to 2010, they were allocated into two different groups based on their diagnoses: ACTH-dependent (AD) and ACTH-independent (AI) Cushing’s syndrome. The first group included patients with Cushing’s disease (n = 108), ectopic ACTH (n = 5) and indeter-minated ACTH-dependent (n = 4). By the other hand, the second group was formed by patients diagnosed with adrenal carcinoma (n = 16), adrenal adenoma (n = 17) and pigmented nodular adrenal hyperplasia (n = 2). They were analyzed based on sex, age at diagno-sis, comorbidities, ACTH level and urinary free cortisol/24h (UFC) volume. Results: The AD group consisted in 117 patients and the AI group included 35 patients. There was 74,4% (n = 87) women in the first and 77,1% (n = 27) in the second (p = 0,439). Strati-fying the patients by groups of age at the moment of diagnosis, AD contained 12% (n = 14) of patients under 20 years old and AI had 20% (n = 7). Between the ages of 20 and 40 years, we found 52,1% (n = 61) and 40% (n = 14). Patients over 40 years old were 35,9% (n = 42) and 40% (n = 14). There was no significant difference be-tween these groups (p = 0,335). The analyses of comorbidities such as hypertension, abnormal glucose, psychiatric disorders and heart diseases showed no statistical significance between the groups. The median of ACTH level were 60 pg/mL (39,1 – 87) in the AD group and 10 pg/mL (9 – 10) in the AI group (p < 0001). Furthermore, the medians of UFC levels were almost equal [355 µg/dL (187,5 – 631,73); 354,53 µg/dL (158 – 1033,75); p = 0,732]. Conclusion: On the basis of etiological diagnosis, the significant values of ACTH levels found in the two analyzed groups are explained by the physio-logy process of Cushing’s syndrome. Our database research showed no statistical difference between the other variables evaluated; refor-cing that on CS diagnosis we must use a serial of laboratorial and images data for solve the paradigm of its etiology.

P100caBergoLine TreaTmenT in TWo PaTienTs WiTH neLson’s sYndromeLiboni cs1, Bana imc1, sulzbach mL1, vidotto Tm1, sallum cFc1, alves gm1, correa-silva sr1, Lengyel am1, abucham JZ1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia, Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Nelson´s syndrome (NS) is a complication that may occur in 8%-50% of patients with Cushing’s disease submitted to bilateral adre-nalectomy (BA). Surgical treatment is frequently unsuccessful and radiotherapy can control ACTH levels and tumor growth over time, mainly in cases with a clear anatomical radiation target. Pharmacolo-gical therapy is usually not effective but cabergoline has been used as an option in NS treatment, with few cases reported in the literature. Here we describe 2 cases of NS treated with cabergoline in our unit. Patient 1 was submitted to 2 unsuccessful transphenoidal surgeries

(TS) and BA. Stereotatic radiosurgery directed to the right side of the pituitary was performed 4 months after BA. She was referred to our unit 10 years later with severe cutaneous hyperpigmentation, increased ACTH levels (> 1250 pg/mL) and a significant growth of the left side of the pituitary adenoma at magnetic resonance imaging (MRI), indicating NS. Cabergoline (CAB) was introduced at a dose of 2 mg/week, with decreases in ACTH levels (343-986). When the dose was increased to 3,5 mg/week, a significant decrease in ACTH values (163-294) occurred, cutaneous hyperpigmentation improved, but tumor size had a slight increase. Patient 2 underwent one unsuccessful TS, did not respond to ketoconazole treatment and was submitted to BA because of severe hypercortisolism. After BA, she developed pronounced cutaneous hyperpigmentation, increased ACTH levels (2330) and an expansion of the pituitary mass at MRI (encroaching the left internal carotid). Radiosurgery was performed 9 months after BA. ACTH levels remained between 189-742 for about 2 years, but increased again (819-1217). Because of tumor growth, stereotatic radiotherapy was performed after 4 years of the radiosurgery. Despite the treatment, ACTH levels remained elevated (> 1250) and there was an increase in tumoral volume. Therefore, CAB was introduced at a dose of 2 mg/week and ACTH levels dro-pped to 861. CAB was then increased to 3,5 mg/week and results will be available shortly. In conclusion, CAB had a marked effect in improving hyperpigmentation and ACTH levels in NS when used in a high dose (3,5 mg/week), while a slight decrease in ACTH values occurred with the dose of 2 mg/week. Variable results have been reported with CAB in patients with NS. Pharmacological therapy to attempt to control ACTH levels and tumor growth in NS is of great interest, and more studies are necessary to establish CAB’s value in NS management.

P101PerFiL dos PacienTes com doenÇa de cUsHing no cenTro de neUroendocrinoLogia da sanTa casa de PorTo aLegre/UFcsParios mc1, Leães cgs1, Pereira-Lima JFs1, Ferreira nP1, oliveira mc1

1 Centro de Neuroendocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Introdução: A doença de Cushing é uma patologia com alta morbi-mortalidade. Objetivo: Verificar o perfil dos pacientes com doença de Cushing em acompanhamento regular no ambulatório de Neuro-endocrinologia da Santa Casa de Porto Alegre/ UFCSPA. Delinea-mento: estudo transversal. Pacientes e métodos: 15 pacientes, 12 mulheres e 3 homens, com idade média ao diagnóstico de 37 anos, com tempo médio de evolução dos sintomas de 36 meses (variando de 1 a 96 meses), em acompanhamento ambulatorial de em média de 69 ± 102 meses (variando de 1 mês a 35 anos). Em relação à imagem hipofisária, detectaram-se microadenoma em 8, macroadenoma em 2, hipófise normal em 3 e abaulamento de contorno hipofisário sem ima-gem definida de nódulo em 2 casos. Como tratamento primário foi realizada a cirurgia hipofisária transesfenoidal em 14/15 pacientes e a radioterapia em 1. Reintervenção cirúrgica ocorreu em 2 casos, um micro e um macroadenoma. Radioterapia complementar à cirurgia foi realizada em 2 pacientes com macroadenoma. Apenas um paciente com microadenoma recebeu cetoconazol, além do tratamento primá-rio para a doença. Um nível de cortisol sérico inferior a 5 mcg/dL foi utilizado como critério de remissão (< 5 anos) ou cura (≥ 5 anos). Resultados: Observaram-se remissão em 10 casos (66,7%), cura em 4 (26,7%) e persistência de atividade da doença em 1 caso (6,6%). O índice de remissão/cura observado foi de 93%. Em relação às co-morbidades existentes, no momento da avaliação 12 pacientes (80%) apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 6 (40%), intolerância a gli-cose/diabetes mellitus, 6 (40%), dislipidemia e 4 (26,7%), depressão.

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Conclusão: A elevada porcentagem de remissão/cura encontrada é similar aos dados da literatura de centros de referência no tratamento da doença de Cushing. A comorbidade mais frequentemente detecta-da no seguimento desses pacientes foi a hipertensão arterial.

P102descriÇÃo do acomPanHamenTo de 19 PacienTes com sÍndrome de cUsHing na divisÃo de neUroendocrinoLogia do serviÇo de endocrinoLogia do HosPiTaL das cLÍnicas – UnBueno F1, maryelli F1, Jatene e1, Paula s1

1 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). Goiânia, GO, Brasil

Introdução: A síndrome de Cushing (SC) é causada por exposição do organismo a níveis inapropriadamente elevados de glicocorticoi-des (GC). A síndrome metabólica (SM) está presente na maioria dos pacientes com SC, levando a aumento da morbimortalidade. Obje­tivo: Descrever o acompanhamento dos pacientes com SC no HC-UFG, de 1998 a 2009. Métodos: Estudo descritivo de 19 pacientes com SC, baseado em dados de prontuários. Resultados: Dos 19 pacientes, 16 apresentavam doença de Cushing (DC), 1, adenoma adrenal e 2 não tinham etiologia definida. A paciente com adenoma adrenal, que era do sexo feminino, realizou adenomectomia, sem su-cesso, seguido de adrenalectomia unilateral total com consequente hipocortisolismo transitório e cura. Os pacientes com DC eram, em sua maioria, do sexo feminino (93,75%), e a idade média ao diagnós-tico foi de 28,38 anos. Quanto ao tamanho do adenoma hipofisário, dos 11 pacientes com informações seguras, 5 eram macroadenomas e 6 microadenomas. A principal queixa inicial foi aumento de peso. Sinais mais característicos como fragilidade capilar, estrias violáceas maiores que 1 cm, pletora facial e miopatia proximal estavam presen-tes respectivamente em 21,5%, 47,3%, 63,1% e 31,5%. Todos os pa-cientes com DC fizeram cirurgia transesfenoidal. Um paciente aban-donou o acompanhamento e 43,7% entraram em remissão. Após a primeira cirurgia, 59% dos pacientes apresentaram hipocortisolismo, sendo 47% transitórios (recuperação do eixo em média em 14 meses). O tempo médio até recidiva dos macroadenomas e dos microadeno-mas foi respectivamente de 10 meses e 46,3 meses. (76) A principal complicação da cirurgia foi o hipotireoidismo. Na avaliação final, dos 16 pacientes com DC, apenas 9 obtiveram remissão. Na nossa população, dos 10 que apresentaram déficit corticotrófico, aproxi-madamente 30% recidivaram. Foram observardas “tendências” de aumento da incidência e gravidade da SM em nossos pacientes, bem como melhora, pelo menos parcial, delas com a remissão da SC, mas, por causa do pequeno número de pacientes, não foram firmadas as informações encontradas. Conclusão: A SC acomete todo o organis-mo e, apesar de muito estudada, ainda é um desafio diagnóstico em muitas ocasiões. A SM está presente em grande número de casos com SC, e estudos mais prolongados com maior número de pacientes são necessários para avaliar as implicações da SM nesses pacientes, bem como o efeito do tratamento da SC sobre os componentes da SM.

P103TromBoemBoLismo PULmonar no PÓs-oPeraTÓrio de doenÇa de cUsHingaraújo LB1, elias cP1, nascimento cL1, arimatéia ggQ1, daher Júnior Jc1, silva FL2, rassi n1, antunes de3

1 Hospital Geral de Goiânia. 2 Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG). 3 Hospital das Clínicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil

Introdução: O excesso crônico de glicocorticoides está relaciona-do ao aumento da morbimortalidade em pacientes com síndrome de

Cushing (SC), principalmente por causa das complicações cardiovas-culares secundárias à obesidade, hipertensão e intolerância a glico-se. Além disso, um estado de hipercoagulabilidade glicocorticoide-induzido tem sido associado a maior risco tromboembólico (1,9% a 5,6%), contribuindo para a elevada morbimortalidade cardiovascular nesses pacientes. Objetivo: Descrever um caso de tromboembolismo pulmonar no pós-operatório de hipofisectomia transesfenoidal (HT) de paciente com doença de Cushing. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 51 anos, referia aumento progressivo de peso há 18 anos. Antecedente de diabetes tipo 2 e hipertensão há 11 anos, com mau controle nos últimos dois anos, apesar de otimização terapêutica. Ao exame físico, IMC: 46,3 kg/m2, fácies em lua cheia, gibosidade dor-sal e estrias abdominais finas e esbranquiçadas. Exames constataram hipercortisolemia ACTH-dependente (confirmada por teste dinâmi-co com DDAVP) e lesão expansiva na adeno-hipófise. A paciente foi submetida à HT em outro serviço, onde permaneceu internada até o sexto pós-operatório por mau controle pressórico e glicêmico. Rece-beu alta sem glicocorticoide e, após dois dias, foi admitida no nosso serviço com náuseas, vômitos, astenia, diarreia, hipotensão postural e hipocortisolemia. Logo no primeiro dia de internação, evoluiu com edema assimétrico, dor e empastamento de m.i.e. associado à dispneia súbita, dor torácica ventilatório-dependente e tosse com hemoptoi-cos. Foi submetida a Doppler venoso m.i.e. e angiotomografia de tórax que revelaram, respectivamente, trombose venosa profunda em veias poplítea, tibiais posteriores e fibular e trombo parcialmente oclusivo na artéria pulmonar direita. Instituída heparinização plena e anticoagulação. Após sete meses de seguimento, não desenvolveu hipertensão pulmonar, obteve redução do IMC para 43,5 kg/m2 e melhora dos controles glicêmico e pressórico. Conclusões: O estado de hipercoagulabilidade induzido pelo hipercortisolismo, obesidade, cirurgia e imobilização prolongada são fatores que contribuem para o risco aumentado de tromboembismo em pacientes SC. Evidências crescentes apontam para a necessidade de tromboprofilaxia nesses pa-cientes, principalmente pós-cirurgia. Contudo, são necessários estu-dos mais definitivos para determinar a intensidade, duração e período (peri ou pós-cirúrgico) da tromboprofilaxia.

P104doenÇa de cUsHing na gravideZ: reLaTo de casosilva nao1, araújo PBmc1, Lázaro aPP1, souza rg1, conceição FL1, Zajdenverg L 1

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introdução: A síndrome de Cushing (SC) durante a gestação é uma condição rara e está associada a graves complicações, tais como: abor-tamento, morte perinatal, prematuridade, crescimento intrauterino retardado, hipertensão e diabetes gestacional. Uma vez que a SC na gravidez está associada à alta morbidade materno-fetal, o seu trata-mento precoce torna-se crítico. Há controvérsias quanto ao melhor tratamento da SC durante a gestação; a cirurgia realizada no segun-do trimestre parece ser a melhor opção. Metirapone e cetoconazol já foram utilizados em gestantes para o tratamento de SC, porém, não há dados seguros com relação ao uso dessas drogas na gestação. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente portadora de doença de Cushing que engravidou em vigência de tratamento com cetoconazol. Métodos: Coleta de dados em prontuário e revisão da literatura sobre síndrome de Cushing na gestação. Resultados: Jovem de 23 anos en-caminhada ao nosso ambulatório há dois anos para avaliação de obesi-dade com história de ganho ponderal e parada do crescimento após 13 anos de idade, associada a irregularidade menstrual, hirsutismo, acne e estrias violáceas abdominais. Exames laboratoriais confirmaram SC: teste de supressão com 1 mg de dexametasona noturno: 17,8; Liddle 1: 4,99; cortisol sérico noturno: 21; ACTH: 78,6 (5-46). RM de sela

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túrcica não demonstrou lesão hipofisária. Cateterismo de seio petro-so confirmou doença de Cushing. Indicado tratamento cirúrgico e iniciado cetoconazol 400 mg/dia. Durante o pré-operatório foi diag-nosticada gestação de nove semanas, sendo interrompido cetoconazol e iniciado pré-natal. Considerando risco x benefício do tratamento cirúrgico e o desejo da paciente, optou-se pelo acompanhamento clí-nico. Evoluiu com diabetes gestacional com 14 semanas, sendo neces-sária insulinoterapia. Não foram identificadas malformações fetais ou elevação de níveis tensionais. Apresentou ameaça de parto prematuro na 33ª semana de gestação, sendo realizado controle com tocolíti-cos. Atualmente, está com 35 semanas e boa evolução. Conclusão: O manejo da SC na gestação deve ser individualizado. A abordagem precoce das complicações parece ser determinante para um desfecho favorável. É provável que o grau de hipercortisolismo também seja um fator prognóstico. O tratamento medicamentoso é limitado pelos efeitos colaterais das drogas disponíveis. Apesar de não ter sido identi-ficadas complicações fetais pelo uso do cetoconazol nesse caso, não há dados de segurança de seu uso na gestação.

P105massive serUm acTH LeveLs increase desPiTe UncHanged TUmoraL voLUme in a PaTienT WiTH neLson sYndromemartins L1, Fontenelle egP1, martins mra1, Quezado r1, montenegro rm1, Quidute arP1

1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil

Introduction: Nelson´s syndrome is a possible consequence of bila-teral adrenalectomy in patients with Cushing´s disease, occurring in about 10%-30% of such patients. It was initially characterized in 1958 as the combination of decreased visual field and skin hyperpigmen-tation due to remarkable increases in tumoral volume. However, it has been increasingly recognized that autonomous ACTH hyperse-cretion may eventually occur without concomitant tumoral increase. Objective: We report a patient with Cushing´s disease treated with bilateral adrenalectomy who developed a massive increase of serum ACTH levels despite tumoral volume stability. Methods: Case report: A 34-y.o. female patient was diagnosed with Cushing syndrome due to a pituitary macroadenoma involving the cavernous sinus in 1996. The patient was submitted to a pituitary surgery (2001) and radiothe-rapy (2002), without remission of hypercortisolism. During folow-up a magnetic resonance imaging (MRI) revealed a residual tumor. The patient received alternately ketokonazole, mithotane and cabergoline without remission. She was then submitted to surgical bilateral adre-nalectomy in October 2007. Skin hyperpigmentation, adynamia and worsening of renal function ensued ten months later, despite proper hormonal replacement. Concomitantly, serum ACTH levels rose to 1,250 pg/mL without tumoral increase as shown in a MRI. In Sep-tember 2009, serum ACTH levels further increased to 11,400 pg/mL, again without tumoral increase in a MRI. Conclusion: There is no consensus regarding the diagnostic criteria for Nelson´s syndrome. Despite initial reports of remarkable tumoral increases, dissociation between increased secretion of ACTH and tumoral volume has been increasingly reported. In addition, optimal treatment is not defined.

P106reLaTo de caso: doenÇa de cUsHing e seLa vaZiaribeiro ma1, sepulcre dFn1, napoli TF1, scalissi nm1, Lima Jr Jv1, santos arL1, Lazarini P1, conti mLm1, Kater ce2, Hayashi LF2

1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 2 Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: Sela vazia (SV) é um achado cada vez mais comum na população – entre 19 e 40%2, e, assim, pode estar associada a doen ça de Cushing (DC). A etiologia da SV ainda está em discussão, pro-

vavelmente não tendo origem única. As teorias propostas são: in-suficiência do diafragma selar, atrofia autoimune da hipófise; invo-lução pós-gestacional e apoplexia de tumor hipofisário com tração do espaço subaracnoide da sela para seu interior.2 SV e DC também já foram anteriormente correlacionadas ao fenômeno do Cushing cíclico, então atribuído a provável apoplexia de um adenoma hipo-fisário produtor de ACTH.3 Relato de caso: Paciente de 62 anos, com diagnóstico de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica, com fraqueza proximal e dislipidêmica. Ao exame: fás-cies cushingoide, obesidade centrípeta e preenchimento de gordura em fossa supraclavicular, circunferência abdominal 110,5 cm, IMC 38,46 kg/m², pressão arterial 140/80 mmHg. Confirmado hiper-cortisolismo: cortisol sérico pós dexametasona 1,9 ng/dL; cortisol salivar pós dexametasona às 8hs 83 ng/dL (valor de referência < 47); cortisol salivar às 23hs 0,33 μg/100 mL (valor de referência < 0,11); ACTH basal 9,85 pg/mL. Na ressonância nuclear magnética sela túrcica apresentava sela parcialmente vazia. Realizado diagnóstico de DC pelo cateterismo de seios petrosos inferiores; sendo este confir-mado em anatomopatológico após cirurgia transesfenoidal. Paciente evoluiu com perda de 7 kg de peso corporal, perda de 11 cm de circunferência abdominal e melhor controle da pressão arterial. Con­clusão: Há relatos de pacientes com SV com posterior descoberta de tumoração parasselar produtora de ACTH1, dada a mesma drena-gem venosa. Tais tumores derivam provavelmente de restos de tecido embrionário da hipófise quando da migração da bolsa de Rathke. Tendem a se localizar mais entre a mucosa faríngea e a sela, ou seio esfenoidal, osso esfenoide, clivus, entre outros locais1. O diagnóstico deles, contudo, se dá raramente por óbvia imagem radiológica, sen-do comumente intraoperatório ou em análise anatomopatológica. 1 Dessa forma, o relato apresentado é compatível com a literatura atual.

P107doenÇa de cUsHing: Um desaFio diagnÓsTicogomes mgZ1, Tortul Fcc1, amorim sr1, Fábrega PP1, Barbosa er1, Portes eds1

1 Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil

Introdução: A síndrome de Cushing (SC) pode resultar da adminis-tração prolongada de glicocorticoides ou da hiperprodução crônica de cortisol. A causa endógena mais comum é o adenoma hipofisário secretor de ACTH. A distinção entre as causas de SC ACTH depen-dente pode ser difícil, e em cerca de 6% dos casos a fonte de secreção de ACTH permanece incerta. Objetivo: Relatar um caso de doença de Cushing (DC) por microadenoma de hipófise localizado na res-sonância magnética (RM) de sela túrcica anos após o início da inves-tigação. Relato do caso: Mulher de 60 anos, atendida em 2007 por diabetes mellitus (DM) descompensado, com diagnóstico de HAS e DM2 de difícil controle há 15 anos e hipocalemia há 6 anos, quando foi diagnosticado hipercortisolismo. Exame físico: IMC: 22,2 kg/m2, PA = 130 x 100 mmHg. Abdome globoso sem estrias. Giba discreta. Exames laboratoriais: K+ = 2,4, glicemia = 752 mg/dL, sem cetonúria. Cortisol urinário 24h: 342 μg/24h (VR: 128-213); cortisol pós-supressão com 1 mg de dexametasona (DMS): 16,2 μg/dL (VR: < 1,8); com 2 mg DMS: 11,2 μg/dL (VR: < 1,8) e com 8 mg DMS: 3,8 μg/dL. ACTH: 83,4 (até 46 pg/mL). RM abdome: formação expansiva ovalada bem definida, de 5,6 x 5,3 x 4,5 cm em adrenal esquerda com hipossinal em T1 e hipersinal em T2, sem realce ao contraste. RM sela túrcica: haste hipofisária leve-mente desviada para direita. Hipóteses diagnósticas: SC por secreção ectópica de ACTH? Feocromocitoma produtor de ACTH? Exames laboratoriais descartaram a primeira hipótese. Como a paciente apre-sentava massa adrenal maior que 4 cm, foi realizada adrenalectomia esquerda. Após 10 meses, persistia com hipercortisolismo. Nova RM evidenciou adeno-hipófise assimétrica por formação nodular de

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cerca de 5 mm, sugestiva de microadenoma. Submetida à cirurgia transesfenoidal, com diagnóstico anatomopatológico de adenoma hipofisário com expressão de ACTH à imunoistoquímica. Evoluiu com hipocortisolismo após tratamento cirúrgico. Conclusão: Este caso ilustra a dificuldade diagnóstica da SC e a importância do segui-mento a longo prazo desses pacientes.

P108cYcLic cUsHing’s disease in a PaTienT WiTH an acTH-PrL secreTing adenomaLima Lcs1, alves BB1, Paraiba dB1, glezer a1, Lopes mB2, Bronstein md1

1 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil. 2 University of Virginia, Estados Unidos

Background: Hyperprolactinemia associated with Cushing’s disease has been described. Double pituitary adenomas are rare, the incidence in autopsy being 0.4%-1.3%, and the majority are GH and PRL secre-ting. Plurihormonal adenomas are also recognized, most common-ly co-secreting GH and PRL. Notwithstanding, the same pituitary adenoma producing PRL and ACTH is exceedingly rare, with few cases reported in literature. Clinical case: A 16-year-old woman with amenorrhea and galactorrhea was clinically diagnosed with a cystic macroprolactinoma. Other anterior pituitary hormones were normal. The patient was treated with bromocriptine, but after one year, she developed loss of peripheral vision due to optic chiasm compression. She underwent transcranial surgery elsewhere; however, analysis of the surgical specimen revealed only normal anterior pituitary gland. When the patient presented at our institution, she still had signs and symptoms of hyperprolactinemia, hypogonadism, GH deficiency and partial adrenal failure, and a MRI showing a cystic macroadenoma. She was then started on cabergoline with PRL normalization and tumor shrinkage. After three years, she presented with clinical and laboratorial features of hypercortisolism and increase in the size of the sellar mass. She was submitted to transsphenoidal surgery with sub-total tumor resection. Histology and immunohistochemistry depicted a mixed ACTH-PRL adenoma, although ultrastructure analysis dis-played corticotroph differentiation of the tumor cells. After surgery, mild asymptomatic hyperprolactinemia persisted and a clinical and laboratorial picture of cyclic Cushing´s disease was established. The hypercortisolism is currently in remission. Conclusion: We described a patient with clinical evidence of concomitant ACTH-PRL secreting pituitary adenoma. This type of tumor is rare and the few cases re-ported in literature do not have histopathologic confirmation. In our patient, the immunohistochemical profile was demonstrated for both ACTH and PRL. Nevertheless, the ultrastructural findings were most consistent with corticotroph cell differentiation. To our knowledge this is the first documented case of macroadenoma secreting ACTH-PRL associated with cyclic Cushing’s disease.

P109 a P123: neUroendocrinoLogia PediÁTrica

P109FacTors associaTed WiTH oBesiTY in cHiLdren WiTH sePTo-oPTic dYsPLasia coletta rrd1, redington c1, Webb e1, dattani mT1

1 University College London, Londres, Reino Unido

Introduction: Septo-optic dysplasia (SOD) is a rare congenital he-terogeneous disorder with a prevalence ranging from 6.3 to 10.9 per 100.000. SOD is defined by the presence of any two of the following features; midline forebrain defects, optic nerve hypoplasia and hypo-pituitarism. SOD is equally prevalent in both genders. Obesity is a significant problem in SOD; however risk factors for obesity have not

previously been explored. Aim: To establish the factors associated with obesity in SOD. Patients and Methods: Retrospective case note review of 113 children with SOD attending clinics at Great Ormond Street Hospital. Children were divided into two groups based on their body mass index. Thirty infants/children (25.5%) had a BMI > 2 standard deviations (SDS) and 83 infants/children (73.5%) a BMI < 2 SDS from the normal. Data including; hormonal insufficiencies (growth hormone, TSH, ACTH deficiency and diabetes insipidus), magnetic resonance imaging (MRI) brain appearances [small anterior pituitary (SAP), ectopic or absent posterior pituitary (EPP/APP), bilateral optic nerve hypoplasia (ONH), abnormal septum pellucidum (SP) and cor-pus callosum (CC)], level of visual impairment (none, mild, moderate, severe, blind), presence or absence of autism and/or a sleep disorder were recorded in all patients. Statistical analysis was performed in SPSS version 14 and independent samples T-test performed. Results: 113 children with SOD (65 male) were identified. Children with a BMI > 2 SDS above the normal had a higher frequency of hormonal deficiencies, sleep disruption, ectopic or absent PP and bilateral ONH (p < 0.05). Small anterior pituitary, degree of visual impairment and the presence of autism were not associated with obesity in children with SOD. Con­clusion: Identification of the factors associated with obesity in SOD, [hormonal deficiencies, sleep abnormalities, abnormal posterior pitui-tary (EPP/APP) and bilateral ONH] may allow us to better develop prospective targeted intervention strategies in this group of patients.

P110THYroXin rePLacemenT THeraPY does noT imProve groWTH veLociTY in cHiLdren WiTH sUBcLinicaL HYPoTHYroidism and sHorT sTaTUreczepielewski m1, costenaro F1, Boschi v1, Lima PB1, schwerz Jc1, Zen v1, Paula L1

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

Introduction: Subclinical hypothyroidism (SH) is defined as elevated thyrotropin-stimulating hormone (TSH) levels in presence of normal thyroid hormones concentration. The overall prevalence is about 4%-10% as reported in large general population screening surveys (1). However, only few studies exist on the younger population (2,3). Objective: To evaluate the prevalence of SH and the effect of thyro-xin replacement therapy on growth parameters in short stature chil-dren. Patients and methods: 766 patients seen at the Outpatient Short Stature Clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Bra-zil, were evaluated with TSH measurement. After exclusion of chro-nic systemic diseases, genetic syndromes, hypopituitarism and overt hypothyroidism 367 remained. A total of 46 (12,53%) initially had normal thyroid hormones with elevated TSH, therefore diagnosed as SH. 282 patients who had at least 6 months of follow-up were selec-ted. Patients were divided into three groups: SH treated with Lthyro-xine (LT4) [SHT group (n = 20)]; SH not treated with LT4 [SHNT group (n = 26)]; and the normal TSH level group (control group (n = 236)). The anthropometric data (height standard deviation score (Hsds), growth velocity (GV), GV standard deviation scores (GVS-DS) of the groups were analyzed at 6 and 12 months of follow-up. Statistical Analysis: SPSS, p < 0,05. Results: Gender, age and pubertal stage did not differ between groups. Median TSH was higher in the SHT group (7.1) than in SHTN (4.8) or controls (1.9) (p < 0,001). GV in the SHT, SHNT and control groups were respectively 3.53 ± 1.8 cm, 3.07 ± 1.40 cm and 2.89 ± 1.28 cm (p = 0,113) at 6 months and 6.83 ± 2.12 cm, 6.30 ± 2.21 cm, 5.98 ± 2.09 (p = 0,247) at 12 months. Use of LT4 did not show benefit in either GVSDS or HSDS at 6 and 12 months in this study. During follow-up the median TSH in the SHT group was 2.07 (range 0.54 to 4.15). Conclusion: L-thyroxine treatment in our SH population did not provide signifi-cant improvement in height in intermediary evaluation.

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P111Uso do HormÔnio de crescimenTo (gH) na sÍndrome de TUrner: eXPeriÊncia do amBULaTÓrio de crescimenTo da FacULdade de ciÊncias mÉdicas de sorocaBa (Fcms) PUc/sPsollitari LH1, Barberi L1, ranciaro BH1, raza rg1, Zampieri m1, nigri aa1, senger mH1, dias Jcr1

1 Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (FCMS), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Sorocaba, SP, Brasil

Introdução: A síndrome de Turner (ST) é resultado da monossomia completa ou parcial do cromossomo X, e as duas características mais constantes são a baixa estatura de início pós-natal e a disgenesia gona-dal. A causa da baixa estatura na ST é em grande parte explicada pela perda de um dos alelos do gene SHOX localizado no cromossomo sexual. Objetivos: Traçar o perfil das pacientes com ST tratadas no ambulatório de crescimento da FCMS, com dados sobre procedência, idade ao diagnóstico, tempo de tratamento e cariótipo. E também avaliar o resultado do tratamento com GH na estatura dessas me-ninas, comparando com um grupo que não recebeu o GH. Méto­dos: Estudo retrospectivo envolvendo análise do prontuário médico de pacientes com diagnóstico de ST acompanhadas em nosso serviço de Endocrinologia. As pacientes foram divididas em: grupo-controle (GC), que não recebeu tratamento com GH, e grupo tratado (GT). Este último foi subdividido em: grupo com início de tratamento aos 10 anos ou menos de idade óssea (GT IO ≤ 10 anos) e em grupo com início de tratamento com mais de 10 anos de idade óssea (GT IO > 10 anos). Resultados: Foram incluídas 34 pacientes, sendo a maio-ria (38,6%) com procedência de Sorocaba; as outras eram de cidades próximas. A média de idade ao diagnóstico foi de 10,1 ± 3,9 anos. O cariótipo 45,X foi observado em 14 (41,2%) das pacientes; as demais apresentavam mosaicismo (26,5%) ou isocromossomo (32,3%). O GT (n = 24) usou GH por um tempo médio de 3,7 ± 1,9 anos. A estatura média ao final do tratamento no GT (n = 24) foi de 147,5 ± 7,3 cm e no GC (n = 10), de 143,2 ± 6,6 cm. Já no GT IO ≤ 10 anos (n = 8), a estatura média ao final do tratamento foi igual a 151,3 ± 5,4 cm e no GT IO > 10 anos (n = 16) de 145,6 ± 7,6 cm. Quando comparados (teste T de Student), o GT IO ≤ 10 anos apresentou vantagem sobre o GC (p < 0,01), assim como sobre o GT IO > 10 anos (p < 0,05). Conclusão: Nessa casuística, observou-se que o grupo tratado com GH apresentou estatura média significantemente maior ao final do tratamento, quando o uso do GH é iniciado com idade óssea menor ou igual a 10 anos. Afirma-se, assim, a importância do diagnóstico e tratamento precoces a fim de minimizar a baixa estatura, o estigma mais prevalente nas pacientes com síndrome de Turner.

P112DIABETES INSIPIDUS cenTraL em LacTenTes – diFerenÇas no maneJo e na TeraPÊUTicaPaiva ia1, Ferran K1, gilban dLs1, souza mar1, guimarães mm1, Beserra icr1

1 Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Lactentes com diabetes insipidus central (DIC) apresentam maior morbimortalidade. O mecanismo compensatório de sede não está presente no lactente por sua incapacidade de solicitar água. O uso de desmopressina (dDAVP) é de difícil manejo em virtude de suas for-mas de apresentação e dispositivos de aplicação e do excesso de água da dieta líquida láctea, implicando maior risco de intoxicação hídrica. Objetivo: Apresentar a evolução do DIC em crianças pequenas, as dificuldades no manejo e a resposta ao tratamento alternativo com hidroclorotiazida e manipulação dietética. Método: Relato de dois casos de lactentes com DIC. Caso 1: Masculino, meningite pneu-mocócica aos 10 meses de idade, que evoluiu com abscesso cerebral, encefalopatia crônica não progressiva e DIC, iniciando tratamento

com dDAVP. Após várias tentativas de diluição da solução aquosa in-tranasal, não se atingiu a eunatremia por causa da administração er-rática. Iniciadas hidroclorotiazida (5 mg/kg/dia) em substituição ao dDAVP e limitação da carga de soluto renal por diluição da dieta de fórmula láctea padrão. Sob esse regime, o sódio sérico (Na) variou entre 130-137 mEq/L, a osmolaridade (Osm) sérica, entre 278,3-302,2 mOsm/L e a Osm urinária aumentou de 50 para 110-150 mOsm/L. Caso 2: Feminino, a termo por parto cesáreo, peso ade-quado. Com 72h de vida foi internada na UTI neonatal por episódio de cianose central consequente a incoordenação sucção-deglutição. A investigação clínica levou ao diagnóstico de displasia septo-óptica e outras malformações cerebrais. Durante a internação, evoluiu com insuficiência adrenal, hipotireoidismo, e iniciou quadro de poliúria que resultou em desidratação hipernatrêmica (Na 152 mEq/L, Osm sérica 314 e Osm urinária 187 mOsm/L). Diagnosticado DIC, ini-ciou tratamento com reposição hídrica e hidroclorotiazida. Após 63 dias, alta hospitalar em uso de prednisolona, levotiroxina e dieta com fórmula láctea padrão, para acompanhamento em nossa instituição. Aos 3 meses apresentou febre complicada com choque adrenal e evoluiu com descompensação do DIC. Reintroduzida a hidroclo-rotiazida (5 mg/kg/dia), houve positivação do balanço hídrico em 12h e normalização do sódio sérico em 48h, evoluindo com bom controle hidroeletrolítico após alta hospitalar. O manejo de lactentes com DIC é difícil e a terapêutica com dDAVP mostra resultados insatisfatórios. O uso de hidroclorotiazida associado ao controle da carga de soluto renal da dieta pode ser uma alternativa terapêutica.

P113sUBcLinicaL HYPoTHYroidism PrevaLence in cHiLdren evaLUaTed For sHorT sTaTUreczepielewski m1, costenaro F1, Boschi v1, Lima PB1, schwerz Jc1, Zen v1, Paula L1

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

Introduction: Thyroid hormones are critical to normal growth and skeletal development (1). Therefore, measure of serum thyro-tropin (TSH) level is a part of short stature (SS) work-up(2). Sub-clinical hypothyroidism (SCH) is characterized by high TSH levels with normal thyroid hormone level (3). Thesignificance os SCH on growth is yet to be determined. Objective: To investigate SCH prevalence and antithyroid antibodies presence in SS patients and compare them to normal counterparts, as well as, consider possible clinical and laboratorial data associated to SCH on these patients. Subjects and methods: 766 patients seen at the Outpatient Short Stature Clinic oh the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil, who were evaluated with TSH measurement as part of initial eva-luation were included. After exclusion of chronic systemic diseases and genetic syndromes, 367 patients were selected (91 with normal stature and 276 short stature patients). Statistical Analysis: SPSS, p < 0,05. Results and discussion: Patients were on average 10,6 years old, mostly males (70,8%) and pre-pubertal (62,4%). SCH prevalence was around 12,5% in both groups. No height difference was found when compared 46 SCH patients and 321 normal TSH level patients. Conclusion: Subclinical hypothyroidism is a frequent finding on short stature patients. Autoimmunity is not usually the cause of thyroid dysfunction. Our results raises the question whether levothyroxine treatment and further TSH normalization is an use-ful tool on the treatment of SCH short stature children. Randomi-zed trials are needed to elucidate this issue. 1. Larsen Pr, Davies TF 203. Hypothyroidism and thyroiditis. In: Larsen PR, et al. Williams Text Book of Endocrinology. 10. ed. Elsevier Science; p. 423-55. 2. Tavarone VB, de APula LP, Elnecave RH, Czepielewski MA 204. Baixa estatura. In: Gross JL, Silveiro SP. Rotinas diagnósticas em endocrinologia. Artmed; p. 249-258. 3. Evered DC, et al. Grades

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of hypothyroidism. Br Med J. 1973;1:657-66. Supported by FIPE-HCPA,UFRGS; PIBIC-UFRGS; CAPES.MEC.

P114groWTH resPonse To aromaTase inHiBiTor in PediaTric cUsHing’s disease aFTer TranssPHenoidaL sUrgerY: rePorT oF TWo casesalves BB1, machado mc1, Latronico ac2, Lerario am2, Bronstein md1, Fragoso mcBv2

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia e Metabolismo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 2 Laboratório de Hormônio e Genética Molecular LIM42, Divisão de Endocrinologia e Metabolismo, FMUSP, São Paulo, SP, Brasil

Background: Cushing’s disease (CD) is a rare condition in pedia-tric patients. Although management protocols derive from adult data, special attention must be given to growth during treatment to achieve normal adult height. To our knowledge, there is no data reporting aromatase inhibitor (AI) effects on growth after CD treatment. Ob­jective: To report two cases treated with AI after surgery for CD. Clinical cases: Patient 1: A 13.6 years-old boy was referred to our ins-titution after two transsphenoidal surgeries for CD, with no remission. He was 131.3 cm height (SD -3.6), with target height: 169 cm (SD -1.0), pubertal stage Tanner V, and bone age: 13 years-old. He was treated with cabergoline 0.5 mg twice a week, with progressive doses to 0.5 mg daily to achieve normal cortisol profile, and little growth acceleration was observed (1.8 cm/year after 6 months on maximal dose). An oral clonidine test confirmed GH deficiency (GHD), and hGH 0.15 IU/kg was started at age 14.8 years-old, with good res-ponse (height velocity: 5.2 cm/year after 5 months). Letrozole 2.5 mg/day was added, and after 8 months height velocity achieved 10.3 cm/year. At 16 years-old he has 144.5 cm height (SD -3.5) and bone age of 14 years-old (+11 cm in expected adult height). Patient 2: A 15.4 years-old boy sought our hospital with a short stature com-plaint. He was 150 cm height (SD -2.6), target height: 165.5 cm (SD -1.4), pubertal stage Tanner V, and bone age: 14 years-old. CD was diagnosed and transsphenoidal surgery performed, with remission of hypercortisolism. Anastrozole 2 mg/day was started soon after sur-gery, and height velocity achieved 7.5 cm/year after 12 months. At age 17.7, the patient reached 161.5 cm (SD -1.9), and bone age was 16 years-old (+1.2 cm in expected adult height). Discussion: GH tre-atment has been proposed in pediatric CD patients with GHD after surgery or radiotherapy. GnRH analogues (GnRHa) may be added to delay pubertal epiphyseal fusion with variable results, although it was reported detrimental effects that could worsen those induced by chronic hypercortisolism. AI was shown to prevent strogen-associated skeletal maturation and induce final adult height gain. Conclusion: Although height gain observed in our patients could not be completely due to AI, it can be a potential adjuvant treatment of short stature in CD patients after remission, without the bone densitometry side effects of GnRHa. Further experience is necessary to evaluate this hypothesis.

P115esTaTUra FinaL em PacienTes com deFiciÊncia de HormÔnio de crescimenTo (dgH) aPÓs TraTamenTo sUBsTiTUTivo: QUesTÕes soBre os FaTores inTerFerenTesmelo mn1, Zagui sc1, danzi Jr r1, cestari m1, Zampieri m1, nigri aa1, ramos-dias Jc1, senger mH1

1 Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba (FCMS), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Sorocaba, SP, Brasil

Introdução: O crescimento humano é ditado por mecanismos complexos que atuam desde o nascimento até a puberdade, sendo o hormônio do crescimento (GH) um dos principais responsáveis por

esse processo. Objetivos: Demonstrar os dados de estatura final dos pacientes com DGH tratados em nosso ambulatório de crescimento no período de 1989 a 2008 e tentar identificar fatores que influen-ciaram no resultado do tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo do tipo coorte, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes com DGH que fizeram uso do rhGH durante o período estudado. Resultados: Dos 39 pacientes estudados, 30 eram portadores de DGH isolada e 9 tinham pan-hipopituitarismo. A média da idade ao diagnóstico da DGH foi de 10,6 ± 4,3 anos [variação (Δ) de 0,3 a 17,7], com idade óssea (IO) pré-tratamento de 8,0 ± 4,2 anos (Δ 0,5 a 15,5). A média de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de 1,1 ± 1,6 anos (Δ de 0,5 a 7,6). Vinte e um (4M e 17H) atingiram estatura final adulta, com valores médios de 159,5 ± 8,8 cm. Em 12 pacientes a estatura final ficou dentro da estatura-alvo prevista, considerando o valor médio ± 5 cm como uma variação normal para o alvo genético (Grupo 1). Dois pacientes não tinham dados para estimar a estatura-alvo. Os 7 pacientes restantes ficaram 10,4 ± 2,6 cm (Δ 8,1 a 13,6) abaixo da estatura-alvo (Grupo 2). A média da IO pré-tratamento no Grupo 1 (G1) foi de 8,7 ± 4,3 anos (Δ 0,5 a 13,5) e 9,9 ± 4,0 anos (Δ 6 a 15,5) no Grupo 2 (G2), p = NS. O intervalo médio de tempo entre o diagnóstico e o tratamento também não diferiu entre os grupos, com 0,9 ± 0,9 ano (Δ 0 a 1,7) para o G1 e 1,4 ± 1,9 anos (Δ 0 a 5,6) no G2; assim como o tempo médio de tratamento (5,8 ± 4,1 e 4,1 ± 1,3 anos, respectivamente). O Z de estatura inicial no G1 foi de -4,1 ± 1,25 (Δ -1,6 a -6,7) e no G2 de -4,2 ± 1,6 (Δ -2,3 a -6,5), p = NS. Observou-se uma irregularidade no uso do rhGH em ambos os grupos. Conclusões: Não foi possível identificar na amos-tra fatores que possam ter influenciado negativamente a estatura final após o tratamento com rhGH. Entretanto, chamam a atenção no grupo como um todo a idade tardia do diagnóstico (em média > 10 anos) e o intervalo de tempo até o início do tratamento. Prova-velmente, um diagnóstico mais precoce, um encaminhamento mais ágil ao endocrinologista e melhor aderência ao tratamento teriam proporcionado melhor prognóstico em relação à estatura final nos pacientes que não atingiram a estatura-alvo.

P116macroadenoma HiPoFisÁrio ProdUTor de gH e ProLacTina em crianÇa de 2 anos de idade – maneJo PÓs-cirÚrgico: reLaTo de casosilva ec1, araújo LB1, elias cP1, nascimento cL1, rassi n1, Faria cFs1, melo Ja1, ayres H1, Paula ec1

1 Hospital Geral de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil

Introdução: Adenomas hipofisários são raros na infância (2.7% dos tumores supratentoriais). O diagnóstico precoce é essencial, uma vez que o efeito de massa e as alterações hormonais comprometem a qualidade de vida e a longevidade. A maioria dos estudos retrata pacientes acima de 5 anos, sendo raros os relatos em menor faixa etária. Na população pediátrica, ainda não há um consenso sobre o manejo pós-cirúrgico e prognóstico a longo prazo. Objetivo: Re-latar seguimento de caso de gigantismo hipofisário e hiperprolacti-nemia por macroadenoma após dois anos de tratamento cirúrgico. Relato de caso: KBO, feminino, 4 anos e 7 meses. Aos 3 meses ini-ciou aumento da mama esquerda (sem galactorreia) e da velocidade de crescimento (VC). Ao exame (2 a e 7 m): P: 24 kg e E: 1,12 m (ambos percentil > 95), segmentos corporais acima do percentil 97, fácies acromegálica. Estadiamento puberal: M1 à direita; M2 à esquerda; P1. Exames laboratoriais: GH: 204 ng/mL (VR < 3.6 ng/mL), IGF1: 740 ng/mL (VR: 51-303), prolactina (PRL): 446.6 ng/mL (VR: 4.79-23.3). LH, FSH, TSH e cortisol normais. RM sela túrcica evidenciou lesão sólida intra e extrasselar (1.1 x 1.8 cm), comprimindo o quiasma óptico. Submetida à hipofisectomia trans-

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craniana. Imunoistoquímica: adenoma secretor de GH e prolactina. Evoluiu com pan-hipopituitarismo e iniciada reposição hormonal. Resultados: Após quatro meses, evoluiu com ganho de peso e HAS. Persistiu com elevação de IGF-1 (975 ng/mL); GH (18,7 ng/mL) e PRL (130 ng/mL). RM sela túrcica sem sinais de recidiva/restos neoplásicos. Iniciado octreotide LAR 10 mg IM 28/28 dias até dose de 30 mg IM 28/28 dias e carbegolina 0,5 mg/semana. Em dois anos de pós-operatório, apesar de aumentos progressivos na dose das medicações, não houve decréscimo dos níveis hormonais, com VC de 8,5 cm/ano (P > 97), peso e estatura atuais de 30 kg e 1,25 m, respectivamente. RM sela túrcica mostrou nódulo (0,5 cm) na me-tade direita da adeno-hipófise sugerindo adenoma. Conclusões: Gi-gantismo hipofisário é um distúrbio raro em crianças e adolescentes (prevalência 0,63%). Nota-se maior agressividade tumoral quando ocorre na infância, com possibilidade de manifestação clínica pre-coce, antes de 1 ano de idade. Alguns estudos demonstram que a terapêutica cirúrgica isolada é efetiva em uma minoria de pacientes. O conhecimento a respeito da doença é derivado de relatos de casos isolados ou da experiência clínica em adultos, tornando o manejo clínico um desafio, com prognóstico ainda incerto.

P117sÍndrome de KoWarsKi em TrÊs irmÃos: reLaTo de casosilva ec1, Faria cFs1, nascimento cL1, elias cP1, araújo LB1, melo Ja1, rassi n1

1 Hospital Geral de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil

Introdução: A baixa estatura representa uma realidade frequente na prática médica e as causas endócrinas são incomuns. Na abordagem da criança com baixa estatura, devem-se considerar as alterações no eixo GH/IGF1. Kowarski e cols., há três décadas, relataram dois casos de retardo no crescimento decorrente de moléculas anômalas (bioinativas) de GH. Na síndrome de Kowarski, observa-se baixa estatura com atraso da idade óssea, níveis séricos normais ou altos de GH e níveis baixos de IGF1 que aumentam após administração exógena de GH, apresentando boa resposta ao tratamento com GH. Objetivo: Relatar caso clínico de três irmãos compatível com essa desordem, cuja base molecular ainda é incerta. Métodos: Descrição do caso: W.J.L.J., masculino, admitido no serviço de endocrinologia do Hospital Geral de Goiânia em 1999 aos 5 anos e 7 meses, com história de baixa estatura. Ao nascimento, peso: 2.350 g e estatura: 49 cm. Ao exame: peso: 14,9 kg (percentil 2,5), altura: 97,6 cm (P < 2,5), sem outras alterações. Dois irmãos com estatura < P 2,5; altura pai: 1,68 m e mãe: 1,54 m; altura avó e avô maternos e paternos: 1,55 m, 1,74 m, 1,52 m e 1,50 m, respectivamente. Idade óssea atrasada: 3 anos (IC: 8 anos e 9 meses). Presença de resposta a dois testes de estímulo de GH com clonidina e insulina nos três irmãos. Teste de geração de IGF-1 e IGFBP-3 responsivos (incremento de 79% no valor de IGF-1 e 38% no valor de IGFBP-3 pós-estímulo com GH/ SC por três dias (0.1 UI/kg/dia; 0.035 mg/kg/dia). Resultados: Iniciado tratamento com HGH na dose 3 U/dia (0,1 μg/kg/dia), com aumento na VC durante seis meses. Não foi pos-sível continuar a terapêutica nem administrá-la aos irmãos por falta de aceitação dos pais e dos pacientes. A estatura atual do paciente é 1,49 m e dos irmãos, 1,50 m (estatura-alvo: 1,675 m), todos com desenvolvimento puberal completo. Conclusões: Embora seja uma síndrome infrequente, algumas crianças portadoras de baixa estatura classificadas como idiopática podem exibir uma proporção aumen-tada de isoformas moleculares do GH bioinativas na circulação. A identificação dessas crianças, que são excluídas da terapêutica de reposição hormonal por não apresentar deficiência de GH, pode pro-piciar tratamento adequado com administração do hormônio, com ganho estatural significativo. Estudo genético molecular futuro en-volvendo o paciente do caso e seus dois irmãos será de grande valia,

uma vez que ainda são escassos os casos relatados na literatura,sem definição de defeito genético subjacente.

P118sÍndrome de maFFUcci e adenoma HiPoFisÁrio – Uma associaÇÃo ForTUiTa?Barros Fas1, oliveira Jag1, Quidute arP1, montenegro aPdr1, martins mra1, Quezado r1, montenegro rm1, Hissa mn1, d’alva cB1, Fontenele eP1

1 Universidade Federal do Ceará (UFC). Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Fortaleza, CE, Brasil

Introdução: A síndrome de Maffucci é uma displasia mesodérmica congênita, não hereditária, caracterizada por hemangiomatose e en-condromas múltiplos. Até 2007 já foram documentados 209 casos da síndrome na literatura. Essa condição pode ser diagnosticada ao nascimento ou na infância. A incidência de neoplasias é frequente, sendo o condrossarcoma a mais comum. A associação com tumores hipofisários tem sido raramente reportada. Atualmente, são relata-dos oito casos dessa associação. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente com síndrome de Maffucci e adenoma hipofisário e revisar os dados da literatura sobre essa associação. Relato do caso: Pacien-te do sexo feminino, 20 anos de idade, com síndrome de Maffucci diagnosticada aos 5 anos de idade, em virtude da presença de en-condromas e hemangiomas, com menarca aos 11 anos. Aos 12 anos apresentou galactorreia durante um ano, sem irregularidade mens-trual. Aos 19 anos, apresentou hemianopsia bitemporal e prolactina = 155.1 ng/mL. A RNM revelou lesão hipofisária medindo 3.2 x 1.5 x 1.3 cm, compressão do quiasma óptico e invasão do seio cavernoso direito. Com a hipótese inicial de prolactinoma, a paciente foi tratada com cabergolina 0,5 mg duas vezes por semana e, após 14 dias de tratamento, a prolactina reduziu para 1,44 ng/mL. Entretanto, por aumento da lesão em uso de cabergolina visto em RNM realizada três meses após início do tratamento, a paciente foi encaminhada à cirur-gia. O exame histopatológico da lesão foi compatível com adenoma hipofisário e a imunoistoquímica revelou expressão de FSH. Discus­são: Estima-se que apenas 2 a 8 em cada 100 mil pessoas procuram cuidados médicos por causa de sintomas relacionados com patologia hipofisária. Pacientes com síndrome de Maffucci parecem apresen-tar maior risco para o desenvolvimento desses tumores. Atualmente, são descritos na literatura oito casos de adenoma hipofisário em 209 portadores da síndrome de Maffucci. A idade variou entre 19 e 52 anos, sendo 5 mulheres e 3 homens, na sua maioria consistindo de macroadenomas não funcionantes, com extensão suprasselar. A pre-sença de outros tumores do SNC (gliomas) e do sistema endócrino (adenomas de tireoide, paratireoide, ovário, córtex adrenal) também tem sido descrita e reforça o conceito da multiplicidade de tumores que podem ocorrer nessa síndrome. Portanto, diagnóstico precoce e seguimento clínico regular devem ser enfatizados.

P119Benign inTracraniaL HYPerTension (BiH) dUring TreaTmenT oF cUsHing’s disease (cd) WiTH KeToconaZoLe in cHiLdrenczepielewski m1, costenaro F1, Ferreira n2, alba d2, costa Tg1, schuch T1, Boschi v1, Lima PB1

1 Faculdade de Medicina, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/HCPA/UFRGS). 2 Hospital São João (HSJ), Irmandade da Santa Casa de Misericórdia (ISCMPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Background: Benign intracranial hypertension (BIH) is a syndro-me characterized by headache, visual disturbances and papilloede-ma due to high intracranial pressure with normal brain imaging and composition of cerebrospinal fluid (CSF). Scattered cases of BIH

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have been described after Cushing’s disease (CD) control by pitui-tary surgery or mitotane. We report a case of BIH in a child patient after Cushing’s syndrome control with ketoconazole. Its association to ketoconazole or normalization of cortisol levels with this treat-ment has not yet been described. Furthermore, CD is known to be uncommon during childhood. Case report: We present a case of a 12-year-old girl with CD confirmed by elevated urinary free cortisol, cortisol after 1 mg dexamethasone suppression of 13.2 µg/dL (n: < 1.8), ACTH of 58 pg/mL (n: 10-52), normal pituitary MRI and bilateral simultaneous inferior petrosal sinus sampling with a signi-ficant ACTH response to CRH from 26.6 to 250 pg/mL (positive to DC: elevation bigger than 3 times the baseline). Ketoconazole therapy was implemented to control the disease in order to obtain aeration of the sphenoid sinus and then be able to undergo transs-phenoidal surgery. Ketoconazole doses were gradually incresead ba-sed on clinical and laboratory parameters of Cushing’s syndrome. At the dose of 200 mg/day, the patient recovered growth rate, lost 10% of weight and normalized twenty-four hours urinary free cortisol. After a few weeks of farmacological control, the patient complained of frontal headache and vomiting, which was treated as sinusitis with azithromycin for 6 days. No symptomatic relief was observed and the patient reported a black spot on the right temporal visual field. Immediate ophthalmologic evaluation identified significant bilateral papilloedema. Brain MRI remained normal and lumbar puncture confirmed elevated CSF pressure and normal liquor composition. The patient was treated with acetazolamide with resolution of the symptoms and papilloedema. Conclusion: This case emphasizes the association between BIH and ketoconazole therapy in CD.

P120associaÇÃo enTre neUro-HiPÓFise dUPLa e deFiciÊncia de HormÔnio do crescimenTomoraes dr1, Ferraz mP1, normando aPc1, visconti gL1, canaan mm1, Yanca vrv1, neres ms1

1 Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: A deficiência de hormônio do crescimento (GH) é uma causa endócrina relativamente comum de baixa estatura. Pode ser idio-pática, associada a desordens orgânicas da região selar ou decorrente de mutações genéticas. Apresenta-se isolada ou associada à múltipla defi-ciência de hormônios da pituitária anterior (MDHPA). As alterações morfológicas vistas na RNM se correlacionam com os déficits encontra-dos, estando a MDHPA associada a não visualização da haste hipofisá-ria. Variações anatômicas na localização de hipersinal da neuro-hipófise são raras e a presença de hipersinal evidenciado tanto na eminência mé-dia do hipotálamo quanto na cavidade selar é um evento mais incomum ainda. Objetivo: Descrever a associação entre neuro-hipófise dupla e deficiência de GH. Métodos: Relato de caso. Resultados: LTG, 14 anos e 9 meses, teve diagnóstico de deficiência de GH aos 10 anos e 10 meses, com estatura de 121 cm (DP: 3,27), peso de 25 kg (DP: 2,22) e velocidade de crescimento de 3,4 cm/ano, Tanner G1P1. Realizou dois testes de tolerância à insulina (ITT) com 0,05 UI de insulina/kg que apontaram picos de GH de 1,8 ug/dL e 1,2 ug/dL (radioi-munoinsaio – RIE) após hipoglicemia efetiva (< 40 mg/dL). Iniciou reposição de somatotropina 0,1 UI/kg/dia. Durante o seguimento, foi também constatado déficit do setor tireotrófico. Realizou RNM de hipófise em 2007 e 2009, que evidenciaram presença de neuro-hipófise tópica (na região selar) e outra ectópica (na eminência média), haste hipofisária de calibre preservado. A RNM realizada com a técnica de subtração de gordura (para afastar a possibilidade de lipoma) manteve os mesmos achados. Conclusões: A presença de neuro-hipófise dupla é um achado radiológico (RNM) que pode estar presente em casos de deficiência de GH. A sua associação com haste hipofisária preservada pode vir acompanhada de outras deficiências hormonais.

P121HiPoPiTUiTarism caUsed BY PiTUiTarY sTaLK inTerrUPTion sYndrome associaTed WiTH cHiari maLFormaTion TYPe 1Faria gB1

1 Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (IPEMED), Brasil

Introduction: Idiopathic Growth Hormone Deficiency (GHD) occurs in 1/4000 live births. An anatomical abnormality of hypo-thalamo-pituitary region by magnetic resonance imaging (MRI) is a marker of severe and often permanent GHD. The GH deficiency isolated or multiple anterior pituitary hormones are associated with hypoplastic or absent of anterior pituitary, but a normal posterior pi-tuitary function. Case report: A six years old girl was referred short stature. As an age of three, she was diagnostic with hypothyroidism and was initiated a replacement with thyroid hormone. A product of non-consanguineous marriage had uneventful antenatal period and normal birthwith no history of physiological jaundice. APGAR 9, Weight: 3360 g, height: 51cm, screening neonatal negative. She was an active child with average intelligence. Weight: 19.1 kg less than 10 percentile and height: 1.01 m less than 3nrd percentile. No more alte-rations in physical examinations. Results (June/2009): normal com-plete hemogram, fasting glucose: 88 mg/dL (N:60-99); Creatinine: 0.6 mg/dL (N: 0.40-1.30); C reactive protein:1.58 mg/dL (N: < 6); TSH: 6.28 mUI/mL (N: 0.34-5.60); T4L: 0.27 ng/dL (N: 0.54-1.24); anti-peroxidase anticorp: 4 UI/ML (N: < 35); calcium: 9.70 mg/dL (N: 10.0-11.6); phosphate: 4.40 mg/dL (N: 3.0-7.0); IGF-1: 40.3 ng/mL (N: 52-297); cortisol: 6.60 mcg/dL (N: 5.0-25.0), IGFBP-3: 0.9 mcg/mL (N: 1.3-5.6), her bone age was 2 years old, cytogenetic exam without alterations. The Levothyroxine dose was adjusted (50 -> 75 mcg/dia). IRM detected posterior pituitary ecto-pic and anterior pituitary hypoplasia, defined as Pituitary Stalk Inter-ruption Syndrome (PSIS) associated with Chiari malformation type 1. The stimulation test was determinated with insulin to evaluated the secretion of GH and cortisol: GH basal: 0.18 ng/mL (N < 3.61), GH 30 minutes (min): 0.14 ng/mL (N: > 3), GH 60 min: 0.08 ng/mL (N: > 3). The capillary glucose during the test was 22 mg/dL and cortisol values were basal, in 30 min after the test 5.3 mcg/dL (N: > 18), in 60 min 4.0 mcg/dL (N: > 18). This test result suggested an inappropriate secretion of adrenal hormone. We initiated Hydrocor-tisone 6 mg/day and after it were beginning the replacement of GH therapy, 0.033 mg/kg/day, 6 times a week. Discussion: The PSIS infrequently could be associated with Chiari malformations type 1, suggesting that a mutation in transcription factors, as LHX4 gene, was a key role in the development of anterior pituitary cells.

P122PicnodisosTose como diagnÓsTico diFerenciaL de BaiXa esTaTUra: reLaTo de casoBarros Fas1, carvalho vr1, Fontenele egP1, Quidute arP1, Hissa mn1, Quezado r1

1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil

Introdução: A picnodisostose (PYCNO) é uma rara displasia esque-lética autossômica recessiva, caracterizada por osteosclerose, baixa estatura e fragilidade óssea. A doença resulta de mutações no gene codificador da catepsina K, localizado no cromossoma 1q21. A ca-tepsina K é uma cisteína protease lisossomal expressa em osteoclastos e crucial para a degradação da matriz orgânica do osso mineraliza-do. A deficiência de hormônio do crescimento (GH) foi relatada em poucos casos de PYCNO, e a possível causa seria compressão óssea da hipófise. Objetivo: Relatar caso de uma adolescente, com baixa estatura importante e várias anormalidades ósseas. Relato de caso: Paciente, atualmente com 16 anos de idade, foi admitida em nosso

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ambulatório de endocrinologia aos 4 anos e 10 meses, por apresen-tar baixa estatura e relato de duas fraturas de membros inferiores ao mínimo trauma. Filha de pais consanguíneos e com história de vários casos semelhantes na família. Na admissão foram observadas baixa es-tatura importante (DP -3,75), fronte ampla, escleras azuladas, palato em ogiva, implantação anormal dos dentes e braquidactilia de mãos e pés. A avaliação hormonal basal não mostrou deficiência. O teste de estímulo com insulina endovenosa, para avaliação de resposta de GH e cortisol, demonstrou resposta normal de ambos os hormô-nios. As radiografias ósseas evidenciaram eburnização óssea difusa, fontanelas cranianas abertas, ossos wormianos, escoliose com vérte-bras em “boca de peixe” e acrosteólise de falanges distais. A hipófise encontrava-se normal à RNM. Discussão: A baixa estatura é uma característica constante nos casos de picnodisostose, mas a deficiência de GH tem sido relatada apenas em parte dos casos. Fragilidade ós-sea, implantação anormal dos dentes, acrosteólise das falanges distais, aumento difuso da densidade óssea são achados frequentes. Já bossa frontal, escleróticas azuladas e deformidade vertebral são manifesta-ções raras. Apesar dos avanços dos conhecimentos genéticos na área das displasias ósseas, as características clínicas e radiológicas ainda são as bases diagnósticas da picnodisostose. Os achados do caso descri-to são compatíveis com essa patologia. Até o momento, não foram encontradas deficiências hormonais nessa paciente. Embora a picno-disostose seja uma patologia rara, reafirma-se como diagnóstico di-ferencial de baixa estatura e importante fonte de pesquisa no campo dos distúrbios ósseos com anormalidades no crescimento.

P123deFiciÊncia mÚLTiPLa congÊniTa dos HormÔnios HiPoFisÁrios: reLaTo de casorocha am1, ramos rr1, ramos aJs1, Pontes aa1, oliveira vg1, câmara Lra2, Queiroz adm1, medeiros mB1

1 Hospital Universitário Alcides Carneiro, Universidade Federal de Campina Grande (HUAC/UFCG), Paraíba. 2 Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Pernambuco (FCM/UPE), Recife, PE, Brasil

Introdução: A deficiência múltipla hipofisária (DMH) inclui um grupo de diferentes desordens e caracteriza-se pelo déficit de produ-ção do hormônio do crescimento associado a um ou mais hormônios hipofisários. A DMH pode ser devida a lesões da região hipotálamo-hipofisária como tumores, trauma, cirurgia, irradiação, causas gené-ticas ou idiopáticas. Pode ser encontrada baixa estatura, hipotireoi-dismo, hipogonadismo e hipocortisolismo. A DMH genética ocorre em 1:8000 nascidos vivos, por mutações nos genes HESX1, LHX3, LHX4, PROP1 e PIT1. A DMH associa-se à hipoplasia da adeno-hipófise com neuro-hipófise normal ou ectópica ao exame de resso-nância nuclear magnética. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente de 1 ano e 2 meses de idade com DMH, ressaltando a importância do diagnóstico e tratamento precoces. Metodologia e relato do caso: Analisando o prontuário da menor A.H.F., com 1 ano e 2 me-ses, feminino, natural e procedente de Lagoa de Roça/PB trazida ao ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Universitário Alcides Carneiro por causa de déficit pôndero-estatural. Filha única de pais não consanguíneos, nascida de parto transpelvino, a termo, pesando 4,085 kg e medindo 50 cm. Aleitamento materno exclusivo por três meses e atualmente segue a dieta familiar. Desenvolvimento neuropsicomotor: senta com apoio, não anda. Exame físico: fácies de boneca com nariz em sela e déficit estatural com comprimento de 60 cm (p0; -5,21 DP), pesando 5,100 kg (p0; -7,25DP), perímetro ce-fálico (PC): 42 cm, perímetro torácico (PT): 38,5 cm. Investigação diagnóstica: TSH: 3,09; T4 livre: 0,28; cortisol basal: 6,25 μg/dL (5,5-30); IGF-1 < 25 (55-327) e IGFBP3 < 500 (1030-3090). He-mograma e função hepática, renal e do metabolismo do cálcio foram normais. Raios X de punhos e joelhos – idade óssea compatível com recém-nascido. RNM da região hipotálamo-hipofisária evidenciou

redução das dimensões da sela túrcica e do parênquima hipofisário, com importante afilamento dele e realce homogêneo pelo gadolí-neo. Má caracterização da neuro-hipófise e da haste hipofisária. Ini-ciado tratamento com doses diárias de prednisolona 1 mg seguida de levotiroxina 25 mcg e rhGH 0,5 UI. Conclusão: Evoluiu com aceleração da velocidade do crescimento com a reposição hormonal. Retomada do desenvolvimento psicomotor (andando). A DMH é condição de risco de vida que pode ser minimizado com diagnóstico e tratamento precoces.

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OR1design and deveLoPmenT oF a sensiTive and HigHLY sPeciFic immUnomeTric assaY For measUring gH in PregnancY and in acromegaLY TreaTed WiTH PegvisomanT dias mL1, obara LH2, vieira JgH1, abucham J1

1 Unidade de Neuroendocrinologia, Divisão de Endocrinologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM. 2 Laboratório Fleury, São Paulo, SP, Brasil

Background: High homology of GH with placental GH (pGH), hPL and the GH receptor antagonist pegvisomant frequently causes interference in GH assays in pregnancy and during treatment of acro-megaly with pegvisomant. We have recently described marked sup-pression of GH levels in both normal and acromegalic women in late pregnancy that was due to a negative interference of pregnant serum in our GH-ICMA (reactivity for pGH and hPL < 0.01%). Such inter-ference was probably caused by placental hormone(s) that, binding to the first (solid phase) but not to the second (labeled) antibody, pre-vented “sandwich” formation. Aim: To develop an assay to reliably measure serum GH in pregnancy and in acromegaly treated with pe-gvisomant. Methods: The new assay was designed by switching the positions of the monoclonal antibodies in our original GH-ICMA. Theoretically, the new assay would be free of the interferences if the solid-phase antibody did not bind to other hormones in pregnant serum nor to pegvisomant, regardless of the affinity of the second antibody for those interfering molecules, as far as the plate is washed (discarding unbound molecules) before its addition. Results: The new assay had the same sensitivity of the old one (~0.02 mcg/l) and no crossreactivity (< 0.01%) for synthetic pGH or pegvisomant. No interference of pregnant serum was observed in this assay as shown by diluting sera from acromegalic men with late pregnancy serum. No interference was observed in GH measurements when pegvisomant was present at therapeutic concentrations. Serum GH levels in sti-mulation tests were similar and highly correlated between assays (r = 0.99, P < 0.001, n = 26), but no correlation was found between GH levels during normal pregnancy. Differences between assays increased over time throughout normal pregnancy (lower values in old assay), consistent with interference of increasing concentrations of placental-derived hormones. As expected, GH levels declined progressively to nadir levels in the third trimester of pregnancy, but levels were much lower (mostly undetectable) in the old assay (0.03 mcg/l vs. 0.50 mcg/l, p < 0.05). In pregnant acromegalic women, the marked (> 95%) suppression of GH levels in the last trimester observed with the old assay was not confirmed in the new assay. Conclusions: This

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new assay is a reliable diagnostic and investigational tool for reliably measuring GH in both routine and challenging conditions such as pregnancy and acromegaly treatment with pegvisomant.

OR2germLine and somaTic anaLYsis oF THe aiP gene and sUrveY oF PHenoTYPic modiFiers in Kindreds WiTH FamiLiaL acromegaLYToledo ra1, Lourenço Jr dm1, Fragoso mcBv1, castro m1, Bronstein md1, mendonça BB1, Toledo sPa1

1 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

Introduction: The majority of the cases with acromegaly is spo-radic, however it may occur in association with inherited disorders as multiple endocrine neoplasia type 1 (MEN-1), Carney complex (CNC) and isolated familial somatotropinoma (IFS). Mutations in the AIP gene have been recently described in approximately half of the IFS families. Objective/Methods: Automated sequencing, mi-crosatellite, loss-of-heterozygosis (LOH), quantitative PCR (qPCR) and immunohistochemistry analyses were used to investigate the ge-netic status of three Brazilian families with IFS, including six patients with acromegaly and thirteen at-risk relatives. Results: We identified the Y268X and R24X AIP mutations in two IFS families, confir-ming the role of this new gene in the predisposition to familial so-matotropinoma. The relatives were genetically investigated and one asymptomatic individual was found to harbor the Y268X mutation and invited to clinical screening. Also, we revised the literature of fa-milial isolated pituitary adenoma syndromes and found evidence for genetic heterogeneity and possible multigenic inheritance for these diseases. To further approach this not well understood feature of IFS, we investigated the role of several genes/loci (SSTR2, SSTR5, CDKN1B, AHR, PRKAR1A, PTTG, PROP1, MEG3, RB1 and 2p16) selected as potentially acting as phenotypic modulators. Our results indicated that the co-segregation of unlinked markers located at a previous recognized oncogenic region (2p16) would be requi-red to the development of the pituitary tumors and acromegaly in the studied cases. These data may explain the incomplete penetrance of AIP mutations and the phenotypic diversity frequently observed within AIP-mutated patients. Furthermore, analysis of the tumoral DNA revealed LOH in the somatotropinoma and in an adrenocorti-cal tumor of the R81X-mutated patient. In accordance, these tumors displayed low levels of AIP protein expression and low AIP gene expression was confirmed by qPCR in the adrenocortical tumor. No evidence of LOH was observed in the patient’s B-cell lymphoma and this tumor displayed normal AIP immunostaining. Conclusions: In conclusion, our study identified two AIP germline mutations; recognized that co-segregation of 2p16 is associated with clinical manifestation of acromegaly within our AIP-mutated patients; and showed that the potential role of AIP in non-pituitary tumors of AIP-mutated patients is worthwhile to be further investigated.

OR3diagnosTic vaLidaTion oF mYocardiaL PerFormance ParameTers BY ecocardiograPHY in overT and sUBcLinicaL PrimarY and cenTraL HYPoTHYroidismdoin F1, martins m2, rosa-Borges m2, Barbosa e2, moises v1, abucham J2 1 Divisão de Cardiologia, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 2 Unidade de Neuroendocrinologia, Unifesp, São Paulo, SP, Brasil

Thyroid hormone (TH) affects cardiac function. Parameters of myo-cardial function have been used to assess peripheral TH action. In

practice, diagnoses of overt (low FT4)(OPH) and subclinical pri-mary hypothyroidism (nl FT4) (SCPH?) rely on serum TSH but, in central hypothyroidism, TSH levels are not diagnostic. In this study, we assessed diagnostic performance of echocardiography in OPH, SCPH, overt central hypothyroidism (low FT4) (OCH) and in patients with normal T4 but at risk for subclinical central hypo-and methods: Adult patients with OPH (high TSH/low FT4, n = 20), SCPH (high TSH/nl FT4, n = 10), OCH (low FT4, n = 11), risk for SCCH (n = 23), and 28 controls were evaluated through echocardiography and serum FT4 and TSH measurements. All pa-tients with OPH, SCPH, OCH, and 8/9 patients with echo-defined SCCH were reevaluated after thyroxine. Results for FT4, TSH and echo [myocardial performance index (MPI) and isovolumetric con-traction time (ICT)] were (mean ± sd):

Group\Parameter FT4 (ng/dL) TSH (mU/l) ICT (ms) MPI Controls 1.02 ± 0.15 1.0 ± 0.2 39 ± 10 0.40 ± 0.05OPH before T4 0.29 ± 0.12† 97.2 ± 53.8† 74 ± 22† 0.65 ± 0.15†OPH after T4 1.14 ± 0.18‡ 2.4 ± 1.3‡ 43 ± 22‡ 0.44 ± 0.11‡SCPH before T4 0.94 ± 0.24† 14.3 ± 5.6† 53 ± 11† 0.48 ± 0.09†SCPH after T4 1.14 ± 0.18‡ 2.3 ± 1.5‡ 40 ± 13‡ 0.40 ± 0.07‡OCH before T4 0.46 ± 0.14† 3.0 ± 3.3 71 ± 26† 0.50 ± 0.11†OCH after T4 1.20 ± 0.40‡ < 0.10‡ 36 ± 13‡ 0.37 ± 0.08‡SCCH before T4 0.94 ± 0.16 = 0.82 ± 1 70 ± 5† 0.49 ± 0.06† SCCH after T4 1.37 ± 0.20‡ < 0.10‡ 49 ± 19‡ 0.40 ± 0.09‡###(†p < 0.05 vs. Control, ‡ p < 0.05 vs. before T4).

Diagnostic sensitivities and specificities determined by ROC cur-ves for MPI > 0.45 and ICT > 53 ms in OPH were 95% and 93%, and 85% and 96%, respectively. MPI or ICT confirmed diagnoses of OPH and SCPH in 100% and 70% of cases, respectively, and were abnormal in 82% of OCH and 48% of patients at risk for SCCH. After thyroxine, MPI and ICT improved in nearly all patients. Con­clusions: MPI and ICT measurements by echocardiography are sensitive and specific markers of tissue hypothyroidism in both overt and subclinical disease. These data strongly support their use in the diagnosis of mild/subclinical forms of central hypothyroidism in pa-tients with hypothalamic-pituitary disease and normal FT4.

OR4diFFerenTiaL eXPression oF micrornas in cranioPHarYngiomas: PoTenTiaL oncogenic FUncTions campanini mL1, Paixão Bmc2, cabral TF1, moreira ac1, antonini sr3, castro m1

1 Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP). 2 Departamento de Cirurgia e Anatomia, FMRP-USP. 3 Departamento de Pediatria, FMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil

The pathogenesis of craniopharyngiomas (CP) is poorly unders-tood. CP could arise from neoplastic transformation of embryonic squamous cell rests of the involuted craniopharyngeal duct or they could result from metaplasia of adenohypophyseal cells in the pi-tuitary stalk or gland. Mutations of the glycogen synthase kinase 3β (GSK3b) binding domain of β-catenin gene has been detected in adamantinomatous CP. MicroRNAs (miRNAs) are small non-co-ding RNAs and contribute to cancer development/progression. We analyzed the expression, by real-time PCR, of a panel of miRNAs in 16 patients with adamantinomatous CP (9 children/7 adults), pre-viously screened for β-catenin mutations (8 positive and 8 negative), and 15 normal pituitaries. We also verified whether the presence of β-catenin mutations was associated with age of patients, tumor size or different miRNA expression. Relative quantification of miRNA

S53

sessÃo oraL

or1

a o

r6

expression was calculated using the 2-ΔΔCt method. Fold change of the expression of each miRNA was determined by the median of 2-ΔΔCt values of CP related to median of 2-ΔΔCt values of normal pituitaries. We observed hyperexpression of miR-150 (1.7-fold; p = 0.01); no different expression of miR-16-1, miR-21 and miR23a; and an underexpression of miR-141 (-7.5-fold; p < 0.0001), Let-7a (-7.4-fold; p < 0.001), miR-16 (-7.2-fold; p < 0.0001), miR-449 (-6,6-fold; p = 0.007), miR-145 (-5.4-fold; p = 0.002), miR-143 (-3.8-fold; p = 0.01), miR-23b (-3.2-fold; p = 0.02), miR-15a (-2.5-fold; p = 0,009), and miR-24-2 (-2.5-fold; p = 0.01) in CP compared to normal pituitaries. Younger patients presented more frequently β-catenin mutation (7/9 patients) than adults (1/7) (p = 0.01). On the other hand, there was no association between tumor size or the expression of each miRNA and the presence of β-catenin mutation. In conclusion, our data suggest that β-catenin mutation can be related to the pathogenesis of CP in children. In addition, we demonstrated, for the first time, a hyperexpression of miR-150, an oncogenic miRNA, and an underexpression of Let-7a, miR-16, miR-15a, miR-23b, miR-24-2, miR-141, miR-143, miR-145, and miR-449 in CP, which are tumor suppressive. These data indicate that these miRNAs might potentially target genes encode proteins with potential oncogenic functions which could have a role in the patho-genesis of CP. Further studies are needed to predict miRNA target genes for either downregulated or upregulated miRNAs in CP.

OR5PrevaLÊncia de cÂncer de Tireoide em PacienTes com acromegaLia: Um esTUdo caso-conTroLesantos mcc1, nascimento gc1, nascimento agc1, carvalho vc1, Lopes mHc1, amorim P1, montenegro r2, vilar L, albano m2, alves arv1, Parente cv1, Faria ms1

1 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), São Luís, MA. 2 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará (HU-UFC), Fortaleza, CE. Hospital Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil

Introdução: Inúmeros estudos têm associado acromegalia a um risco aumentado de desenvolver tumores benignos e malignos. Pre-sume-se que os níveis plasmáticos elevados de GH e IGF-1 são os responsáveis pelo aumento do número de câncer em pacientes com acromegalia, pois o IGF-1 tem ação antiapoptótica e proliferativa em uma variedade de células e tecidos, atuando como cofator na promoção das ações de carcinógenos específicos. Enquanto bócios simples e multinodulares são achados comuns em acromegálicos, a prevalência de carcinoma de tireoide é incerta. Objetivo: Estimar a prevalência de câncer de tireoide em uma série de pacientes com acromegalia provenientes do Hospital Universitário Presidente Du-tra em São Luís – UFMA, Hospital Universitário Walter Cantídio em Fortaleza – UFC e Hospital das Clínicas – UFPE. Pacientes e métodos: Estudo analítico do tipo caso-controle com análise mor-fológica, citológica e histológica da tireoide de pacientes acromegá-licos e voluntários maiores de 18 anos, pareados para idade e sexo, com nódulo (s) ≥ 1 cm. Resultados: Foram avaliados 124 pacientes acromegálicos, sendo 76 do sexo feminino (61,29%) e 48 do sexo masculino (38,7%), com idade variando de 18 a 77 anos (média de 44,8 anos). Todos foram submetidos à ultrassonografia de tireoide, dos quais 32 foram considerados normais (26%), 29 apresentaram bócio difuso (23%), 62 apresentaram nódulos (50%) e 1 apresentou agenesia de lobo direito (1%). Preencheram critério para punção 35 pacientes, sendo encontrados 9 casos de câncer (7,25%), todos do tipo papilífero, 3 no sexo masculino e 6 no sexo feminino. O grupo-controle foi composto por 186 indivíduos, sendo 114 do sexo femi-

nino (61,29%) e 72 do sexo masculino (38,7%), com idade variando de 19 a 81 anos (média de 43,3 anos). Ao exame ultrassonográfico, 59 apresentaram nódulos (31,72%). Desses, 8 foram puncionados e 1 caso de carcinoma papilífero encontrado (0,53%). Esses resulta-dos conferiram um Odds Ratio de 14,47 (p = 0,003, IC 95% 1,81-115,78). Conclusão: Os achados mostraram prevalência aumentada de câncer de tireoide, estatisticamente significativa, quando compa-rados ao grupo-controle. Dessa forma, sugere-se que os pacientes acromegálicos devam rotineiramente ser submetidos ao exame ul-trassonográfico da tireoide, seguido de PAAF nos casos de nódulos.

OR6LoW somaTosTaTin recePTor sUBTYPe 2 ProTein eXPression is a negaTive PredicTor oF BiocHemicaL conTroL WiTH ocTreoTide-LarWildemberg Le1, vieira neto L1, Takiya cm2, alves Lm2, gadelha m1

1 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ). 2 Centro de Ciências Biomédicas (CCB), UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Introduction: Somatostatin receptor (SSTR) subtypes and dopami-ne receptor subtype 2 (DR2) expressions in somatotropinomas may predict the response to medical therapies. Objectives: To evaluate SSTR2 and DR2 protein expression in somatotropinomas and to correlate it to biochemical response to octreotide-LAR (OCT-LAR) and to our previous data regarding the corresponding mRNA expres-sion. Design and patients: this study was approved by local Ethics Committee. SSTR2 and DR2 protein expression were analyzed by immunohistochemistry (IHC) in 52 and 23 somatotropinomas, respectively. Tumors were classified according to percent of immu-nostained cells in scores: 0 (< 25%), 1 (25%-50%) and 2 (> 50%). Comparison between protein expression and response to OCT-LAR and mRNA expression by quantitative real time RT-PCR (qrtRT-PCR) was performed in 24 patients and 13 adenomas, respectively. Results: SSTR2 was positive in all but one somatotropinomas (98%) and DR2 in 21 out of 23 (91%). SSTR2 was scored as 0, 1 and 2 in 7 (14%), 13 (25%) and 32 (61%), whereas DR2 was scored as 0, 1 and 2 in 7 (30%), 4 (18%) and 12 (52%), respectively. Median SSTR2 mRNA content was different among IHC scores (p = 0.044) and be-tween scores 0 and 2 (p = 0.01). There was difference between me-dian IGF-I after 3 (p = 0.04) and 6 (p = 0.01) months of OCT-LAR treatment among the three SSTR2 scores. There was also difference between SSTR2 scores 0 and 1 for IGF-I after 3 (p = 0.036) and 6 (p = 0.029) months, as well as SSTR2 scores 0 and 2 for IGF-I (p = 0.01) and 6 (p = 0.003) months. Biochemical control was achieved in 12 (50%) patients, of which 2 had tumors scored as 1 and 10 as 2; none patient whose tumor was scored as 0 reached biochemical control. Low SSTR2 immunostaining (< 25%) was associated with non biochemical control (p = 0.045). Considering a cut-off of 25% of immunostained cells, it was found a sensitivity of 100%, specificity of 33%, negative predictive value (NPV) of 100% and positive predictive value (PPV) of 60% for long term biochemical control. No statisti-cally significant difference was found when DR2 mRNA expression and biochemical response to OCT-LAR were compared among DR2 scores. Conclusion: both SSTR2 and DR2 are highly expressed in somatotropinomas. SSTR2 immunoexpression levels are associated with the degree of biochemical response to OCT-LAR. In addition, our data suggest that adenomas presenting less than 25% SSTR2 im-munopositive cells will not achieve long term biochemical control.

S55S55

Índice remissivo de aUTores

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Índice remissivo de aUTores

Abech DMD .........................................................P039Abucham J .............................................................OR3, OR1, P001, P008, P024, P031, P056, P064, P095, P097, P100Ackel MMA ..........................................................P034Alba D ..................................................................P119Albano M .............................................................OR5Albano MF ...........................................................P022Albuquerque L .....................................................P009Alencar GA ...........................................................P016Almeida D ............................................................P058Almeida HGG ......................................................P058Alverne L ..............................................................P052Alves ARV ............................................................OR5Alves BB ...............................................................P012, P078, P108, P114Alves GM .............................................................P033, P048, P064, P095, P097, P100Alves GS ...............................................................P009Alves LM ..............................................................OR6Amaral LC ............................................................P086Amorim GN .........................................................P004Amorim P .............................................................OR5Amorim SR ...........................................................P036, P107Amui IO ...............................................................P089Antonini SR ..........................................................OR4, P075, P076Antunes DE ..........................................................P070, P103Araújo LA .............................................................P028, P032, P035, P082, P103Araújo LB .............................................................P116, P117Araujo PBMC .......................................................P060, P104Arimatéia GGQ ....................................................P103Assumção E ..........................................................P069Ayres H ................................................................P116Azambuja G ..........................................................P069Azevedo M ...........................................................P040Azevedo MF .........................................................P005, P009, P066Baggentoss R ........................................................P028, P032, P035, P082Balarini G .............................................................P011Bana I ...................................................................P033Bana IMC .............................................................P024, P031, P100Barberi L ..............................................................P111Barbosa E .............................................................OR3Barbosa EJL .........................................................P059Barbosa ER ...........................................................P107Barbosa F .............................................................P045Barbosa-Coutinho LM ..........................................P003, P039Barra GB ..............................................................P005, P043, P066Barros FAS ...........................................................P118, P122Barroso ADL ........................................................P087Batista RL .............................................................P063, P081Benetti-Pinto CL ..................................................P068Benigno A ............................................................P089

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Índice remissivo de aUTores

Benigno ASA ........................................................P029, P049, P084Berbel LCL ..........................................................P058Beserra ICR ..........................................................P112Bianchi LA ...........................................................P084Bloise W ...............................................................P083Blumberg K ..........................................................P024, P031, P033Boguszewski C .....................................................P098Boguszewski CL ...................................................P016, P044, P059, P040Bolfi F ..................................................................P019, P084Bonifacio LA ........................................................P079Borges MAF .........................................................P070Borges MF ............................................................P030Boschi V ...............................................................P023, P098, P099, P110, P113, P119Braga N ................................................................P069Brito L .................................................................P093, P094Brito VN ..............................................................P012Bronstein M .........................................................P067, P077, P080, P093Bronstein MD ......................................................OR2, P012, P015, P078, P108, P114Bueno F ...............................................................P102Bueno FN .............................................................P051, P070Buescu A ..............................................................P006Cabral TF .............................................................OR4Caetano L .............................................................P053Calsolari MR ........................................................P065Calsolari R ............................................................P057Câmara LAS .........................................................P034Câmara LRA .........................................................P123Campanini ML .....................................................OR4Campanini ML .....................................................P075, P076Campos SMS ........................................................P037Canaan MM .........................................................P120Cani C ..................................................................P094Carlsson LMS .......................................................P059Carrilho AJF .........................................................P058Carvalho L ...........................................................P094Carvalho R ...........................................................P067Carvalho V ...........................................................P017Carvalho VC .........................................................OR5Carvalho VR .........................................................P038, P042, P122Casagrande A ........................................................P056Casini A ................................................................P014Castro LF .............................................................P005, P026, P043, P054, P066Castro M ..............................................................OR2, OR4, P010, P073, P075, P076Casulari LA ...........................................................P005, P009, P026, P043, P054, P066Cavallieri S ............................................................P006, P011Cescato V .............................................................P077Cescato VAS .........................................................P021, P072, P074, P078, P079Cestari M ..............................................................P115

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Índice remissivo de aUTores

Chile T .................................................................P015Cioffi A ................................................................P098Coelho IF .............................................................P026Coletta RRD ........................................................P109Conceição FL .......................................................P060, P062, P104Conti MLM ..........................................................P106Correa L ...............................................................P006, P011Correa-Silva SR ....................................................P053, P096, P097, P100, P095Cortês G ...............................................................P009Costa AG ..............................................................P042Costa TG ..............................................................P119Costenaro F ..........................................................P023, P098, P099, P110, P113, P119Coutinho W .........................................................P045Cukier P ...............................................................P080Cukiert A .............................................................P090, P091, P092Cunha Neto MBC ................................................P079Cunha RA ............................................................P009Cunha-Neto MB ..................................................P063, P081Czepielewski M ....................................................P023, P098, P099, P110, P113, P119Czepielewski MA ..................................................P027D’Alva CB ............................................................P118Daher Júnior JC ...................................................P103Dallago CM ..........................................................P003Danzi Jr R ............................................................P115Dattani MT ..........................................................P109Dias DR ...............................................................P079Dias JCR ..............................................................P111Dias LA ................................................................P066Dias ML ...............................................................OR1, P001Dinarte AR ...........................................................P073Doin F ..................................................................OR3Drummond JB .....................................................P086Duarte FHG .........................................................P012, P015Eimori D ..............................................................P053El Dib RP .............................................................P044Elias CP ................................................................P103, P116, P117Elias PCL .............................................................P010Fábrega PP ...........................................................P036, P107Faria CFS ..............................................................P116, P117Faria GB ...............................................................P121Faria MS ...............................................................OR5, P009, P017Farias MLF ...........................................................P013Faucz F .................................................................P005Fedrizzi D ............................................................P027Ferran K ...............................................................P112Ferraz MP ............................................................P087, P120Ferraz TMBL .......................................................P085Ferraz TML ..........................................................P052

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Ferreira BP ...........................................................P030Ferreira EAL .........................................................P029Ferreira JB ............................................................P034Ferreira N .............................................................P119Ferreira NP ...........................................................P003, P025, P039, P061, P101Fighera TM ..........................................................P061Figueiredo P .........................................................P009Figueredo PRL .....................................................P038Florentino CC ......................................................P051, P070Fontenele EGP .....................................................P038, P042, P122Fontenele EP ........................................................P118Fontenelle EGP ....................................................P105Fontes R ...............................................................P014Foroni MZ ...........................................................P024Fragoso MC .........................................................P093, P094Fragoso MCBV ....................................................OR2, P012, P078, P114França MM ...........................................................P049, P084França R ...............................................................P014Freitas Neto FM ...................................................P046Froés L .................................................................P057Froes LP ...............................................................P065Furtado M ............................................................P002, P007Gadelha M ............................................................OR6, P004, P006, P011, P014, P018, P045, P080Gadelha MR .........................................................P013Galan CF ..............................................................P089Galan FC ..............................................................P049, P084Garcia EC .............................................................P043, P054Garmes HM .........................................................P068Gasparetto E .........................................................P004Giannetti AV .........................................................P020, P037Gilban DLS ..........................................................P112Glad CAM ............................................................P059Glezer A ...............................................................P077, P078, P080, P108Godoy BL ............................................................P060Gomes E ..............................................................P052, P085Gomes EF ............................................................P086Gomes MGZ ........................................................P036, P107Gondim J .............................................................P085Gondim JA ...........................................................P052Gotherstrom G .....................................................P059Graças S ................................................................P069Graciotto OR .......................................................P068Guedes VAJ ..........................................................P055Guimarães MM .....................................................P112Harth FM .............................................................P058Hayashi LF ...........................................................P106Hermann D ..........................................................P088Hirosawa RM .......................................................P049

S60

Índice remissivo de aUTores

Hirosawa RM .......................................................P089Hissa MN .............................................................P118, P122Honório GLF .......................................................P004Huayllas MKP ......................................................P090, P091, P092Ibiapina GR ..........................................................P009Jallad R .................................................................P015Jallad RS ...............................................................P012Jatene E ................................................................P102Jatene EM ............................................................P051, P070Johannsson G .......................................................P059Jorge AAL ............................................................P015Jorge BH ..............................................................P030Kater CE ..............................................................P106Kohara SK ............................................................P028, P032, P035, P082Kreutzfeld T .........................................................P028, P032, P035, P082Lamounier RN .....................................................P086Lapnharski C ........................................................P061Latronico AC ........................................................P114Lazarini P .............................................................P071, P106Lázaro APP ..........................................................P104Leães CGS ............................................................P025, P039, P046, P050, P061, P101Leite C .................................................................P057Leite CC ...............................................................P065Leite De Figueiredo PRL ......................................P042Lengyel AM ..........................................................P031, P033, P100Lengyel AMJ ........................................................P048, P064, P095, P096, P097Lerario A ..............................................................P093Lerario AM ...........................................................P078, P114Levy M .................................................................P083Liberati AP ...........................................................P053Liberman B ..........................................................P021Liboni CS .............................................................P048, P064, P095, P100Lima DS ...............................................................P073Lima G .................................................................P006, P045Lima GAB ............................................................P013Lima Jr JV ............................................................P055, P071, P106Lima LCS .............................................................P012, P108Lima MO .............................................................P085Lima PB ...............................................................P023, P098, P099, 110, P113, P119Lopes MB .............................................................P108Lopes MH ............................................................P017Lopes MHC .........................................................OR5Lorenzoni GD ......................................................P062Lourenço Jr DM ...................................................OR2Machado HR ........................................................P073, P075, P076Machado MC .......................................................P114Machado PNP ......................................................P055Madeira M ............................................................P013

S61

Índice remissivo de aUTores

Maia F ..................................................................P057Marcondes J .........................................................P004Mariani PP ............................................................P090, P091, P092Marini LC ............................................................P040Marivo M .............................................................P049, P089Marocco T ............................................................P053Marques ARC .......................................................P022Marquezine GF ....................................................P058Martins L .............................................................P105Martins M ............................................................OR3, P069Martins MF ..........................................................P089Martins MRA .......................................................P008, P022, P038, P042, P105, P118Maryelli F .............................................................P102Masselli DBM .......................................................P029Matar G ................................................................P034Mattar P ...............................................................P008Mattel LF .............................................................P069Mazeto GFM ........................................................P089Mazeto GMFS ......................................................P019McKenna SP .........................................................P016Medeiros MB........................................................P123Mello P ................................................................P026Melo APM ............................................................P051, P070Melo BF ...............................................................P034Melo JA ................................................................P116, P117Melo MN .............................................................P115Melo SSJ ..............................................................P078Mendonça B .........................................................P093, P094Mendonça BB .......................................................OR2Mendonça LMC ...................................................P013Meurer R ..............................................................P003Meurer RT ...........................................................P039Midori RH ...........................................................P084Milhomem FA ......................................................P086Mimura LY ...........................................................P083Miot HA ..............................................................P019Miranda LC ..........................................................P011Miranda P .............................................................P057Miranda PAC ........................................................P020, P037, P065Moises V ..............................................................OR3Mol SS .................................................................P016, P037, P086Monteiro MLR .....................................................P083Montenegro APDR ..............................................P118Montenegro Jr RM ...............................................P009, P038, P042Montenegro L ......................................................P009Montenegro R ......................................................OR5Montenegro RM ..................................................P009, P022, P038, P042, P105, P118Moraes DR ...........................................................P087, P120

S62

Índice remissivo de aUTores

Moreira AC ..........................................................OR4, P010, P073, P075, P076Moreira RO ..........................................................P013Morsch M .............................................................P028, P032, P035, P082Mota JIS ...............................................................P052, P085Moura de Paula SLF .............................................P070Moura F ...............................................................P083Moura JP ..............................................................P083Moura PCR ..........................................................P084Muniz PA .............................................................P017Musolino NRC .....................................................P021, P072, P074, P079Napoli TF .............................................................P055, P106Nascimento AGC ..................................................OR5Nascimento CL ....................................................P103, P116, P117Nascimento GC ....................................................OR5, P017Nascimento PD ....................................................P086Naves L ................................................................P009, P026, P043, P054, P066Naves LA ..............................................................P005Neres MS .............................................................P087Neres MS .............................................................P120Neto GF ...............................................................P049, P089Nicolau W ............................................................P083Niemeyer Filho P ..................................................P080Nigri AA ...............................................................P111, P115Nogueira CR ........................................................P019, P044, P047Nogueira R ...........................................................P095Normando APC ...................................................P087, P120Novais W ..............................................................P069Nunes BA .............................................................P004Nunes SV .............................................................P084Nunes VS ............................................................P089, P019, P029, P044, P047, P049Obara LH .............................................................OR1, P001Oliveira DB ..........................................................P028, P032, P035, P082Oliveira DM .........................................................P068Oliveira J ..............................................................P056Oliveira JAG .........................................................P118Oliveira LM ..........................................................P043, P066Oliveira M ............................................................P017Oliveira MC ..........................................................P003, P025, P039, P046, P050, P061, P101Oliveira ML ..........................................................P058Oliveira VG ..........................................................P123Padovani CR .........................................................P047Paiva H .................................................................P006Paiva IA ................................................................P112Paixão BMC .........................................................OR4, P073, P075, P076Palming J ..............................................................P059Paraiba DB ...........................................................P108Parente CV ...........................................................OR5Paula AS ...............................................................P054

S63

Índice remissivo de aUTores

Paula EC ..............................................................P116Paula L .................................................................P110, P113Paula S .................................................................P102Paula SLMF ..........................................................P051Peitl Jr P ...............................................................P073Pereira-Lima JFS ...................................................P003, P025, P039, P046, P050, P061, P101Persiani MC ..........................................................P069Pinheiro-Neto C ...................................................P090Pinheiro-Neto CD ................................................P091Pinho LKJ ............................................................P004, P018Pinto EM .............................................................P072Pizarro C ..............................................................P069Pontes AA ............................................................P123Pontes L ...............................................................P009Portes EDS ...........................................................P107Portes ES ..............................................................P036Purisch S ..............................................................P041, P057Queiroz ADM ......................................................P123Queiroz LS ...........................................................P068Quezado R ...........................................................P038, P042, P105, P118, P122Quidute ARP ........................................................P038, P042, P105, P118, P122Radaeli RF ............................................................P058Ramos AJS ...........................................................P123Ramos H ..............................................................P090, P091, P092Ramos RR ............................................................P123Ramos-Dias JC .....................................................P115Ranciaro BH .........................................................P111Rassi N .................................................................P103, P116, P117Raza RG ...............................................................P111Redington C .........................................................P109Reis KSSC ............................................................P062Reis MA ...............................................................P034Reis MTA .............................................................P087Reis R ...................................................................P057Resende EAMR ....................................................P030Resende M ...........................................................P019Ribeiro FMF .........................................................P051, P070Ribeiro MA ..........................................................P071, P106Ribeiro-Oliveira Jr A .............................................P016, P020, P037Rios MC ...............................................................P101Rocha AM ............................................................P123Rodrigues GS .......................................................P028, P032, P035, P082Rodrigues LFAA ...................................................P020, P037Rodrigues MLD ...................................................P070Rollin GF .............................................................P099Romano F ............................................................P090, P091, P092Romualdo-Silva D ................................................P057Rosa-Borges M .....................................................OR3

S64

Índice remissivo de aUTores

Rosário P ..............................................................P002, P007, P041, P057Rosario PWS .........................................................P065Rosemberg S ........................................................P077, P080Sabino SM ............................................................P020Saggioro F ............................................................P073, P076Sakamoto K ..........................................................P040Sakamoto KS ........................................................P058Salles D ................................................................P002, P007, P041Sallum CFC ..........................................................P100Sallum Filho CFC .................................................P048, P064, P095Santos A ..............................................................P089Santos ARL ..........................................................P071, P106Santos CMC .........................................................P040Santos M ..............................................................P057Santos MCC .........................................................OR5, P017Santos MMMS .....................................................P065Santos R ...............................................................P095Santos RP .............................................................P097Sato LM ...............................................................P030Scalissi NM ...........................................................P055Scalissi NM ...........................................................P071, P106Schops M .............................................................P052Schuch T ..............................................................P119Schwerz JC ...........................................................P110, P113Secches C .............................................................P057Secches CVA .........................................................P065Senger MH ...........................................................P111, P115Sennes L ...............................................................P090Sennes LU ............................................................P091, P092Sepulcre DFN .......................................................P055, P071, P106Serfaty F ...............................................................P045Serra FG ...............................................................P005, P043Sickler TP .............................................................P077, P080Silva ALM ............................................................P046Silva C ..................................................................P045Silva DMW ...........................................................P028, P032, P035, P082Silva EC ................................................................P116, P117Silva FL ................................................................P103Silva GO ...............................................................P079Silva Jr WA ...........................................................P073Silva LC ................................................................P030Silva NAO ............................................................P060, P104Silva NVMD .........................................................P018Silva SP .................................................................P009Siqueira SAC .......................................................P072, P074Soares BS ..............................................................P086Sobral AP .............................................................P010Sobreira WGP .......................................................P052, P085

S65

Índice remissivo de aUTores

Sollitari LH ..........................................................P111Souza AM .............................................................P040Souza BV ..............................................................P028Souza BV ..............................................................P032Souza BV ..............................................................P035Souza BV ..............................................................P082Souza F ................................................................P069Souza GL .............................................................P049Souza GL .............................................................P089Souza MAR ..........................................................P112Souza MR ............................................................P038Souza MR ............................................................P042Souza RG .............................................................P104Stamm A ..............................................................P067Sulzbach ML ........................................................P048, P064, P095, P100Takiya CM ............................................................OR6, P004Tarragó SL ...........................................................P004Tavares ABW ........................................................P062Tavares L ..............................................................P090, P091, P092Teixeira MJ ...........................................................P072, P074Thoma I ...............................................................P054Toledo RA ............................................................OR2Toledo SPA ..........................................................OR2Torres CH ............................................................P013Tortul FC .............................................................P036Tortul FCC ..........................................................P107Toscanini A ...........................................................P081Toscanini AC ........................................................P063Trarbach E ............................................................P015Tristão JR .............................................................P058Turra EE ..............................................................P025Vaisman M............................................................P006Vasconcelos JP ......................................................P052Vecchiatti S ...........................................................P053Vellutini E ............................................................P067Vencio SAC ..........................................................P043Vicaria D ..............................................................P077, P080Vicenti HC ...........................................................P047Vidal AP ...............................................................P006Vidotto MT ..........................................................P064Vidotto T .............................................................P056Vidotto TM ..........................................................P048, P095, P100Vieira JG ..............................................................P096Vieira JGH ...........................................................OR1, P001Vieira Neto L ........................................................OR6, P004, P013, P018Vieira TC ..............................................................P048, P095Viggiano DPP ......................................................P051Viggiano DPPO ...................................................P070

S66

Índice remissivo de aUTores

Vilar L ..................................................................OR5, P009, P047Visconti GL ..........................................................P087, P120Viter M ................................................................P046Wanderley-Xavier AC ............................................P053Webb E ................................................................P109Weiler F ................................................................P033Weiler FG .............................................................P024Weiler FG .............................................................P031Werlich R..............................................................P028, P032, P035, P082Wildemberg LE ....................................................OR6Wildemberg LEA ..................................................P018Xavier S ................................................................P014Yanca VRV ...........................................................P120Zagui SC ..............................................................P115Zajdenverg L ........................................................P104Zakir JCO ............................................................P021Zampieri M ..........................................................P111, P115Zanette DL ...........................................................P073Zanini MA ............................................................P029, P049, P084Zen V ...................................................................P110, P113Zilli R ...................................................................P090, P091Zilli RW ...............................................................P092Zymberg S ............................................................P095, P097