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Uma Proposta de Sistem;iitica para a Anse de Segurana de soRware Crftico Embarcado Aeroespacial Elio Lovisi Filho ^PPI InforrI:iatica Ltda Rio de Janeiro- RJ (021) 540 9100 [email protected] Adilson Marquesda Cunha Divis2o de Ci8ncia da CompsSo Instituto Tecnol6gico de Aeronautic& S&o Jose dos Campos - SP (012) 347 5896 [email protected] cta br Abstract In spz"te of the increasing "mtegran"on of Computers into Aerospace Systems, rhere is no evidence of existing effectz"ve Systematic for real"Ize the Analysis of Aerospace Embedded Cntical sofhvare, able to aid in obtain appropr"zaze levels of softWare Safe1y" The lack of this kind of SystemaLz"c besides increasz"ng sofiware compLexz`ty, cost and deveLopment time has caused considerable waste of resources. This article presents the nzain ideas being investigated to compose a new Systemalic for Analysis, that attends sojtware Safety requz"rements. The authors believe that acceptable levels for the Safezy of Aerospace Embedded Critical soare can be only obtained if.new solutions arefoundfor soare Safety problems. The Systematicfor Analysz.s proposed in this article z"ntends zo represent an added value eOrr into this direction" Figura 1: Utiliza8o de Software Embarcado no Program& 1 Introduo Atualmente, observa-se uma crescente incorporaAo dos computadcres aos Sistemas Aeroespaciais, utilizado-se o mesmo para a realizao das mais diversas funV6es. Uma importante aplica50 do computador nesses sistemas e o apoio aos processos de controle e tomada de deciso, proporcionando considerdveis ganhos tanto no desempenho quanto na eficcia dos Sistemas Aeroespaciais. 0 emprego dos computadores para auxnio ao controle de Sistemas Aeroespaciais exige uma aten80 especial em rela5o Segurana, uma vez que estes sistemas sAo considerados como Crfticos, pois uma falha no sen funcionamento pode lever a grandes perdas, tanto de ordem econ6mica. como ambiental ou humana. A Figura 1, a seguir, apresenta o crescimento do uso de software Embarcado em um import&ate tipo de Sistema Crftico- Espacial Norte-Arnericano.[Moura e Santellano, 19991 90 Mi|hoes de ~ so lnstru9oes no C6digo 40 objeto 10 1990 lO$S 1970 197$ 1990 1999 1990 199$ AnO QuaTIC'2001 / 147

Uma Proposta de Sistem;iitica para a Anse de Segurana de ...ceur-ws.org/Vol-1284/paper18.pdfUma Proposta de Sistem;iitica para a Anse de Segurana de soRware Crftico Embarcado Aeroespacial

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  • Uma Proposta de Sistem;iitica para a Anse de Segurana de soRwareCrftico Embarcado Aeroespacial

    Elio Lovisi Filho^PPI InforrI:iatica Ltda Rio de Janeiro - RJ

    (021) 540 9100 [email protected]

    Adilson Marques da CunhaDivis2o de Ci8ncia da CompsSo Instituto Tecnol6gico de Aeronautic& S&o Jose dos Campos - SP

    (012) 347 5896 [email protected] cta br

    AbstractIn spz"te of the increasing "mtegran"on of Computers intoAerospace Systems, rhere is no evidence of existing effectz"veSystematic for real"Ize the Analysis of Aerospace EmbeddedCntical sofhvare, able to aid in obtain appropr"zaze levels ofsoftWare Safe1y" The lack of this kind of SystemaLz"c besidesincreasz"ng sofiware compLexz`ty, cost and deveLopment timehas caused considerable waste of resources. This articlepresents the nzain ideas being investigated to compose a newSystemalic for Analysis, that attends sojtware Safetyrequz"rements. The authors believe that acceptable levels forthe Safezy of Aerospace Embedded Critical soare can beonly obtained if.new solutions arefoundfor soare Safetyproblems. The Systematicfor Analysz.s proposed in thisarticle z"ntends zo represent an added value eOrr into thisdirection"

    Figura 1: Utiliza8o de Software Embarcado no Program&

    1 IntroduoAtualmente, observa-se uma crescente incorporaAo doscomputadcres aos Sistemas Aeroespaciais, utilizado-se omesmo para a realizao das mais diversas funV6es. Umaimportante aplica50 do computador nesses sistemas e oapoio aos processos de controle e tomada de deciso,proporcionando considerdveis ganhos tanto nodesempenho quanto na eficcia dos SistemasAeroespaciais.

    0 emprego dos computadores para auxnio ao controlede Sistemas Aeroespaciais exige uma aten80 especial emrela5o Segurana, uma vez que estes sistemas sAoconsiderados como Crfticos, pois uma falha no senfuncionamento pode lever a grandes perdas, tanto deordem econ6mica. como ambiental ou humana.

    A Figura 1, a seguir, apresenta o crescimento do usode software Embarcado em um import&ate tipo deSistema Crftico-

    Espacial Norte-Arnericano.[Moura e Santellano, 19991

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    Mi|hoes de~ so

    lnstru9oesno C6digo 40

    objeto

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    1990 lO$S 1970 197$ 1990 1999 1990 199$

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  • Pode-Se observer, na Figura 1, um crescimentoexponencial do emprego de software no programaAeroespacial norte-americano.A crescente utiliza5o dos softwares Ctfticos Embarcadosnos Sistemas Aeroespaciais devese, principalmente, aodesenvolvimento da tecnologia digital, ao controlecomputadorizado de tarefas, reusabilidade do software,it miniaturizano, ix reduAo de custos e it facilidade deintegraKO dos Sistemas computadorizados.

    0 emprego de computadores para apoio aosprocessos de controle e decisAo de SistemasAeroespaciais salienta a necessidade de se desenvolver ouadapter novas tecnologias, compostas de m6todos,tecnicas, ferramentas e mdtricas, para garantir aSegurana dos mesmos. Busca-se assim evitar que umafalha do computador venha a comprometer ofuncionamento ou desempenho de todo o sistema.Considera-Se o software como o componente de umcomputador mais passivel iz ocorr8ncia de falhas, exigindoa realiza5o de sen desenvolvimento com Garantia deSegnrana, ou seja, garsUndo que. o mesmo, i funionarem um szstema sem resuJtar em rxscos znacextavezs. bssetipo de estudo faz parte da area de Segurana de software(software Safety).Neste artigo propoee..Se a definio de uma Sisternaticapara a realizao de uma Analise de Segurana de umsoftware Crftico Embarcado Aeroespacial (SCEA),deterrninando-se as restriJes de Seguranqa de softwarepara este tipo de aplica20.

    2. Seguran de Software

    De acordo com o que foi apresentado anteriormente, aSegurana de software envolve estudos para garantir Queo software execute suas funJes sem acarretar riscoinaceitdvel para a Segurana do sistema, dos usuariOs e domeio arnbiente em Que o sistema estd inserido.Portanto, pode-Se considerer a Segurana de softwarecomo um fator explfcito de Qualidade, uma vez que, casoeta no se verifique para um software ele ago atenderd expectativas do usuo [Lovisi e Cunha, 1999].A Garantia de Seguranga de software comp5e-Se de umaseqO8ncia de atividades planejadas que visam assegurar aimunidade da aplicaAo de software em rela5o apossibilidade de ocasionar acidentes que comprometarn aVida humana, o meio ambiente, ou a propriedade [Moura1996].Define-se EstrateSia de Segurana de software como umconjunto de atividades que visam garantir que aSegurana de software e devidamente tratada nodesenvolvimento ou manuten(;:2o do mesmo. O padrAoMIL -STD 498 recomenda a definiAo de urnaSisterndtica de Segurana como estraregia de Seguranade software [Santellano et aI, 1998].Neste artigo serd apresentada uma Sistem5tica paraAnise de Segurana, que Se aplica somente durante o

    desenvolvimento do software Critico. Dessa forma,procura-se atestar nfveis mais adequados de Segurana aoprocesso de desenvolvimento de software, desde asprimeiras lases de sua concep20.Para o desenvolvimento deste estudo, d accessarioapresentar algumas definiJes relacionadas it Seguranade software [P6rto e De Bortoli, 1997; Ippolito eWallace, 1995]:

    . Acidente (Mishap) e um evento n5o planejado quacausa perdas humanas, danos ao meio ambiente oudanos aos equipamentos;

    . Defeito (Fault) uma imperfeio existente noco

  • desenvolvimento, visando tratar o problems da Seguranade software desde o inicio de sua implementa&o.Nessa lase busca-se determiner e availer as falhas dosoftware que possam levar o Sistema, que ele faz pane, aum Estado Inseguro. A Analise de Segurana de softwarepossui grande impolnlncia, principalmente para softwarescomponentes de Sistemas Criticos. Essa amilise 6desenvolvida a partir das informaJes obtidas na Analisede Sisternas.Enquanto a lase de Andlise de Sistemas de umametodologia visa a identificago das fung6es que osoftware deve executer, a 'Amiuse de SeguranVaconcentra-Se em qua o software mio deve executar

    veson, 199 I)-Para realizar esta aruilise com sucesso necessitasetambem de uma sisterndtica hem defmida, composts demtodos e tecnicas, objetivando a identificaq&o e aavaliaV5o dos Estados Inseguros.

    No pr6ximo item, apresenta-se as atividades Queconstituem a An;nise de Segurana de software, de acordocom Os estudos publicados nas refer8ncias [leveson,1991; Leveson e Harvey, 1983; Moura, 1996).

    4 Antilise de Segumn de Software

    Como apresentado anteriormente, a Analise de Seguranade software baseia-se em determiner quais situsJespodem levar o Sistema a um Estado Inseguro. Esta anisepossui diversas atividades, visando: identificar os EstadosInseguros e as falhas que os originaram; determinar oFator Cntico (Criticality) dos mesmos; e ainda, av&liar aaceitabilidade dos niveis de Seguran do Sistema.A Figura 2 a seguir apresenta codas as atividadescomponentes da Analise de Segurana de software, hemcomo as informa6es de entrada e de saids de cada umadestas atividades

    Ca um

    Riscos

    R

    Figura 2: ProcedimenW para Ane de Segnran de Software

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  • As atividades da Analise de Segnrana de software devemse repetir k medida Que a quantidade de inform&Besaumenta; logo, o se pode esperar Que as mesmas,obedeam a nma rigid& ordem cronol6gica, devendoSereviser estas anuses a cada modifies&o no projeto dosistema.No inicio do desenvolvimento de um software Cn"dcoEmbarcado, elabora-se a Lista Preliruinar deInsegnranas, contendo as possiveis falhas para este tipode software. Esta Esta 6 desenvolvida a partir deinform&6es existentes sobre Analises de Segurana desoftware sirnilares.A medida que o desenvolvimento avanga realizam-seontras anlises tamb6m para a identificao dos EstadosInseguros e de suas falhas causadoras:

    * A Andlise Prelirninar de Insegurana(Preliminary Hazards Analisysis), Que visadeterminar os snbsistemas criticos e Se possivelpropor alternativas de controle. Baseia-Se nosdados existentes e na experi&ncia dos analistaspara desenvolver urns andlise em alto nine) dasprincipals funJes e interfaces;

    * A Analise de Insegurana de Subsistemas(Subsystem Hazards Analisysis) objetiva aidentificaAo dos Estados Inseguros e suas falhasno projeto de cada snbsistema e de sna interface.Concentra-se basicamente em aspectos tais como:desempenho, degradaAo no funcionamento efalhas funcionais, procurando determiner os modosde falhas e sens efeitos;

    * A Arui1ise de Insegurana de Sistema(System Hazards Analysis) identifica os EstadosInsegnros e suas falhas, associados as interfacesentre os subsistemas, incluindo erros potenciaishumanos; e

    * A An~ise de Insegurana na Operao eSuporte (Operation and Support Hazard Analysis)avails os Estados Inseguros ocorridos dnrante asetapas de nso e manutenAo do sistema,especialmente aqueles provenientes da intera50do homem com o Sistema.

    Para realizer estas anaUses, 6 necessa a utiliza50 dealgumas t6crlicas para identificaVAo de Estados Inseguros,tms como: Hazop; SFTA; FIvfECA e Redes PetriTemporals [Ippolito e Wallace, 1995].Como as t6cnicas para Anise de Segnrana de softwareSAD adaptadas de outras reas da tecnologia, geralmente 6necessaria a utilizeo conjugada das mesmas, para aidentifica80 apropriada dos Estados Inseguros.Dene-se lamb6m conhecer as caracteristicas pecnliares dotipo de aplica80 em desenvolvimento, para determinar astnicas mais adeqnadas a Setern utilizadas nas anauses desegurana, observandose tamb6m, as potencialidades erestri6es das mesmas.

    Cabe A Sistemdtica para AndIlse de Segurana, determinaras t6cnicas a serem aplicadas e a seqn8ncia de utiliza&odas mesmas, de acordo com as caracteristicas daaplica50"Ap6s a identificao dos Estados Insegnros, realiza-seurna avalia80 dos mesmos quanto ao sen Fator Critico,considerando fatores como Severidade do acidenteativado pelo Estado Inseguro e sna Probabilidade deocorr8ncia [Leveson, 19911.A determina&o do Fator Critico dos Estados Insegurosconsiste em classificar Os mesmos, de acordo com aSeveridade (Severity) do acidente causado por eles(Catastr6fico, Crltico, Marginal e Menor) e aProbabilidade (Probability) de ocorr6ncia deste acidente(Freqacute, Provdvel, Ocasional, Remote e Improvvel).A Tabela I mostra a classificaSo dos Estados Insegurosquanto ao Fator Critico proposta no padr5o britAnico IntDef Stan 00-56 [Ministry of Defense, 19971.

    Fator Critic.Tipo de Severidade

    Faixa deProbabihdad

    Camstr6fica

    CIib"Ca Marginal Desprezi-vet

    Freqiiente T4 T4 T3 T2PrOvgvel T4 T3 T3 T2OCaSiOS2I T3 T3 T2 T2Remom T3 T2 T2 TlImprovvel T2 T2 Tl Tl

    Tabela 2 - Cla[ssificao do Acidente quanto ao Pater

    Critico [Ministry of Defense 19971Cada nfvel de Fator Critico exige nm tratamentodiferenciado para garantir a Segurana do software. Porexemplo, um estado do nine! T4 necessita de atenAoespecial exigindo a utilize50 de estrnturas deprogram&o para evitar, controlar on recuperar suaocorr&ncia, ao passo que, um estado do nivel Tl pode nAodernandar tantos cnidados.Dene-se observar lamb6m Que, devido it falta de dadosnum6ricos para o software, geralmente desconsidera-se asua classificaAo qnanto k probabilidade.Ap6s o t6rmino da determina8o do Fator Critico,avaliam-se os Estados Insegnros nAo evitados,control&dos ou recnperados comp3etamente, paradeterminer se os mesmos realmente n5o representam umaameaa it Segurana de software, garantindo assim, Que omesmo apresenta urn nivel aceinivel de risco.

    5 Software Crifico Embarcado Aeroespacial -SCEA

    As consider&Jes realizadas at6 ennlo, nAo se relacionarna nenhnm tipo peculiar de software. A partir deste ponto,

  • aborda-se neste artigo, apenas os softwares CriticosEmbarcados Aeroespaciais (SCEA`s)"Denornina-se software Critico, aquele utilizado emcompntadores componentes de Sistemas Criticos. Estetipo de software exige urn desenvolvimento cuidadosopara garantir a Segurana de software necessa, pois,uma falha na sua execuBo pode originar um acidentecom grandes perdas humanas, econ6micas e ambientais-Um software Critico Embarcado Aeroespacial (SCEA) eempregado em computadores Embarcados em SistemasAeroespaciais. E importante ressaltar que essa classeengloba, tanto o software componente de computadoresEmbarcados nas Aeronaves, quanto queles utilizados nosequipamentOs de solo [Moura e Santellano, 1999].Essa aplicao particular do software Critico Embarcado,exerce as mats diversas funV6es em SistemasAeroespaciais, principalmente, o apoio ix tomada dedecis5es e controle de outros componentes.Dene-Se aqui ressaltar a diferena entre um software paraaplicago civil, onde 6 necessdrio evitar a ocorr8ncia deacidentes que possam causar perdas de vidas, de umsoftware para aplica5o militar, onde 6 necessario garantirque o Sistema ir:i completer sua miss&o com xito.

    5.1 As Caractensticas do Soare Cn�tz"coEmbarcado Aeroespacz-al - SCEA

    O software Crftico Embarcado Aeroespacial (SCEA),atualmente, Vern sendo empregado em novas funV6es parao software, em substituiilo a componentes eletr6nicosQue apresentam aka Confiabilidade e Segurana.Como os Sistemas Aeroespaciais possuem alto FatorCritico, os sens componentes de software possuemalgumas caracteristicas peculiares, de acordo com[Parnas, 1986; Moura et al, 1996], Que devem serobservadas para o sen desenvolvimento.Esse tipo de software possui algumas restriJes emreJao ao tamanf o do c6digo, ix capacidade da mem6ria eao uso do processador. Ele deve iamb6m, implementertcnicas qne permitam a recupera5o de dados perdidosou danificados por interferncia eletromagn6dca nohardware-A utilizao do software Critico Embarcado em SistemasAeroespaciais, geralmente, objetiva: a execuAo decomplexos cdlculos materndticos, mnitos dos quais miopodem ser realizados por seres hnmanos em tempo hdbil;a realiza2o de opera6es de auxilio e monitoramento docontrole de todo o Sistema; a entrada de dados noSistema; e a implementaV5o do controle das funJesbdsicas do Sistema.O software deve ter alta qualidade, confiabilidade,segurana e toleriincia a falhas, pois qualquer erro em suaexecu5o pode levar a um acidente com grandes perdas.

    5.2 0 Desenvolvz-mento do soare CnoEmbarcado Aeroespacial - SCEA

    Devido ixs caracterfsticas do software Cxitico EmbarcadoAeroespacial, algumas recomendaJes principais devemser observadas para o sen desenvolvimento, a saber: autiliza5o de um enfoque metodol6gico para odesenvolvimento do software; a adoV:5o e adaptaAo depadr5es Que provm consideraJes sobre segurana; ouso de ferramentas CASE para apoio ao desenvolvimento;e uma documenta5o Clara e abrangente de todo projeto[Parnas, 1985; Parnas, 1986; Leveson e Harvey, 1983;Moura et al, 1996]-AI6m disso, a ad5o de procedimentos de testessistemdticos com uso de simuladores de software e deestrat6Bias de certifica50, uma avalia5o quantitativa dosoftware e a utiliza5o de m6todos formais podem sernecessariOs, de acordo com o grau de Confiabilidade e deSegnranVa exigidos do software.Um estudo das interdependncias entre software ehardware, levando em consideraAo as caracteristicas daaplicaV5o, e tamb6m uma investigaAo dos acidentesenvolvendo softwares semelhantes podem ser importantesfontes de informaV5o, permitindo a identifica20 dasfraquezas e prioridades do processo de desenvolvimento.A abordagem desse trabalho de pesquisa concentra-Seexclusivamente, na Andlise de urn SCEA, visandoobserver a Carantia de sua Segurana- Para isso, deve-seutilizar uma Sistemdtica para Andlise Que propicie aidentifica e a avalia50 dos Estados Inseguros.auxiliando assim na garantia de niveis apropriados deSegurana aplicaV5o.

    6 Sisteroanca para Anse de Segurana deSoftware Critico Embarcado Aeroespacial

    A partir das caracten�sticas do SCEA apresentadas no itemanterior, desenvolveu-se a Sistexmitica para realizaBo daAnalise de Segurana deste tipo de software. Estasistemdtica determine as t6cnicas mais adequadas para arealizaAo da amilise e a sequencia de utilizao dasmesmas.Como citada anteriormente, a Anise de Segurana desoftware inicia-se com a prepara5o de uma ListsPreliminar de Inseguranas. Esta lista tamb6m pode serelaborada na lase de AmiIlse de Requisitos, integrando asrestriV6es de Segurana aos requisitos do Sistema.A partir da Lista Preliminar de Inseguranas, realiza-se aAnise Preliminar de InseguranVa, visando distinguir OsSubsistemas Criticos. 0 produto dessa andlise 6 uma lista,contendo os componentes criticos do Sistema e senspossfveis Estados Inseguros.A Analise de Insegurana de Subsistemas buscaidentificar novos Estados Inseguros nos SubsistemasCriticos, utilizando para isso as t6cnicas: Andlise de

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  • Modos de Falhas, Efeitos e Fatores Cn-ticos (FailureModes, Effects and Criticality Analysis - FMECA);Analise de ore de Falhas (software Fault TreeAnalysis - SFTA); e Redes Petri Ternrais.0 emprego da T6cnica de AnldIlse de Arvore de Falhas desoftware (software Fault Tree Analysis - SFTA) envolve aconstru80 de um diagrama l6gico, mostrando a provavelseq"d6ncia de falhas Que leva a um determinado EstadoInseguro [Ippolito e Wallace, 19951.A T6cnica de Analise de Modos de Falha, Efeitos e FatorCritico (Failure Mode, Effects and Criticality Analysis -FMECA) envolve a utiliza5o do raciocfnio indutivo paradeterminar o efeito no Sistema da falha de umcomponente em particular, incluindo instruJes desoftware [Ippolito e Wallace, 1995],Pode tarnb6m utihzar-se a t6cnica Andlise de Rede Petri-Temporal [Leveson e Stolzy, 1987], k qual cria umarepresentaAo grfica do Sistema Que pode serinspecionada para a determinaViio de fa\bas relacionadas atempo.

    As atividades pertencentes ix An:Uise de Insegurana deSistema visam identificar Estados Inseguros relacionadosk interno do computador com outros componentes doSistema. Para tanto, prop6e-se o desenvolvimento de umaSMFE, para integrar os resultados das t6cnicas FMECA eSFTA.A utilizaRo conjugada de SFTA e 'FMECA perrniteanalisar as causas e os efeitos de cada falha do software,armazenando essas informaJes em uma tabeladenominada Sumario de Modos de Falhas e Efeitos(SMFE) [Moura, 1996].Finalmente, realiza-Se a Andlise de Insegnrana naOperaAo e Suporte para identificar os Estados Inseguros,o uso e a rnanuten2o do Sistema. NAo prop6e-Senenhurna t6cnica especffica para esta AndIlse, podendorea)iza-la a partir da investigaSo do SMFE.Ap6s a identifica20 dos Estados Insegnros, deve-Seavalid-los e classificlos de acordo com o sen FatorCritico. Para tanto, considera-se fatores como Severidadee Probabilidade de ocorrencia do acidente associada acada Estado Inseguro, como exposto no Item 4.No final deste procedimento, deve-se avaliar Os EstadosInseguros n5o evitados, controlados on recuperadoscompletamente, visando garantir Que os mesmos n5orepresentem uma ameaa a Segurana de software.A Figura 3, a seguir, mostra uma sintese da Sistematicapara Anlise de Segurana de software.

    Lista Prelirninar de Insegurancas

    Identificao |dos Estados !Inseguros e [suas Falhas ~

    etDeterrninaco do Fator Critico dos Estados Inseguros

    Resnltado

    FigIra 3: Sistenldtica para Andlise de Seguran de Software.

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  • A figura acima sumariza a Sistermitica para Analise deSegurana de SCEA, apresentando toda seqO8ncia deatividades e t6cnicas constituintes desta antilise. Ressalta-Se que a realizaAo destas andlises d iterativa, reavaliandosens resultados ix medida que as informaJes sobre osistema aumentarn.

    7. Conclus6es e Recomenda6es

    Apesar da crescente importSncia dos computadores nasociedade moderna e de sua integra20 aos SistemasAeroespaciais. ainda n5o Se tinha noticia da existencia deuma Siscemzitica eficaz para a AnaZise de softwaresCriticos Embarcados Aeroespaciais, capaz de auxiliar naobten8o de niveis apropriados de Segurana de software.A falta de uma Sistematica deste tipo, vinha aumentandoa complexidade, o custo e o tempo de desenvolvimentodestes softwares.Neste artigo, apresentou-Se uma proposta de Sistematicapara Anlise de Segurana de software Cn�tico EmbarcadoAeroespacial (SCEA). Esta nova Sistexmitica possuidiferentes atividades para identificado de EscudosInseguros e das falhas quo Os originaram, determinaq5odo Fator Critico, e ainda, avaliao da aceitabilidade dosniveis de Segurana do Sistema.Dessa forrna busca-Se auxi2iar no incremento do nine/ deSeguranVa de software exigida para este tipo de aplica20, desde as primeiras lases de sen desenvolvimento.A realiza&o criteriosa deste procedimento de Andlise deSegurana de software, pode reduzir o esforo dedetec5o e corr80 de defeitos, reduzindo tamb6m, oesforo para o desenvolvimento do SCEA.Pode-Se considerer o uso da tecnica Ar[dlise de Rede PetriTemporal facultativo, ulna vez Que, a mesma s6 apresentarosultados signiflcativos em softwares com restri6esseveras em relao ao tempo e a sincroniza5o, e nemtodos os SCEA possuem estas caracteristicas.Recomenda-se tamb6m, o aprimoramento das ferramentasCASE e das tecnicas para Antj2ise de Segurana desoftware, permitindo melhor observer a interaVo dosoftware com os outros componentes do Sistema.Dene-se tamb6m, desenvolver Sistemtitleas como a desteartigo, quo Se apliquem ao Projeto e ix Implementa&o doSCEA. Busca-Se assim, abranger todo o ciclo dedesenvolvimento do software.A curto e mddio prazos, pretende-Se aplicar estaSisterDxaflea para Analise de Segurana de SCEA emprojetos do ITA (Instituto Tecnol6gico de Aerondutica),visando fornecer meios que possibilitem o acr6scimo nosmveis de Segurana no desenvolvimento de SCEAs nestainstitui80.Posteriormente, pode-Se utilizar a Sistematica propostaneste trabalho em disciplinas relacionadas a Engenhariade software e Qualidade de software, visando qualificarum ndmero valor de profxssionais para odesenvolvimento de SCEA.

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