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CENTRO EDUCACIONAL DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL A INFLUÊNCIA DO MODELO ESTRUTURAL NO CUSTO FINAL DA OBRA DAVID ROBERTO STOQUE Barretos - SP 2012

TCC_ DavidRobertoStoque

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Dimensionamento de tesouras metálicas

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Page 1: TCC_ DavidRobertoStoque

CENTRO EDUCACIONAL DA

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

A INFLUÊNCIA DO MODELO ESTRUTURAL

NO CUSTO FINAL DA OBRA

DAVID ROBERTO STOQUE

Barretos - SP

2012

Page 2: TCC_ DavidRobertoStoque

ii

CENTRO EDUCACIONAL DA

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

A INFLUÊNCIA DO MODELO ESTRUTURAL

NO CUSTO FINAL DA OBRA

Monografia apresentada como exigência

parcial para obtenção do título de

bacharel em Engenharia Civil do Centro

Universitário da Fundação Educacional

de Barretos - UNIFEB.

Orientação: Prof. Carlos Eduardo Gomes

da Silva

Barretos - SP

2012

Page 3: TCC_ DavidRobertoStoque

ii

Stoque, Roberto David.

A influência do modelo estrutural no custo final da obra.David

Roberto Stoque. Barretos, 2012.

65p.

Orientador: Carlos Eduardo Gomes da Silva

Trabalho de Conclusão de Curso, Curso de Engenharia Civil, Centro

Universitário da Fundação Educacional de Barretos, UNIFEB.

1. Pilar de concreto. 2. Pré-moldado. 3. Tesoura metálica

Page 4: TCC_ DavidRobertoStoque

iii

FOLHA DE APROVAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS

Autor (a) do Trabalho:David Roberto Stoque

Título do Trabalho:A influência do modelo estrutural no custo final da obra

Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como exigênciaparcialparaa

obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil do Centro Universitário da

Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB)

Data da Aprovação: __/__/__

BANCA EXAMINADORA

_________________________

Prof. Carlos Eduardo Gomes da Silva

Orientador

_________________________

Prof. Adhemar Watanuki Filho

Convidado

_________________________

Prof. Marco Antonio Pastore

Convidado

Page 5: TCC_ DavidRobertoStoque

iv

DEDICATÓRIA

DEDICO ESTE TRABALHO

ESPECIALMENTE A MINHA MÃE QUE SEMPRE

TRABALHOU MUITO PARA GARANTIR MEUS

ESTUDOS.

Page 6: TCC_ DavidRobertoStoque

v

EPÍGRAFE

“NÃO É QUEM EU SOU POR DENTRO E SIM, O

QUE EU FAÇO QUE ME DEFINE.” Batman Begins

Page 7: TCC_ DavidRobertoStoque

vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Professor Carlos Eduardo Gomes da Silva pela orientação e aos

professores Marco Antonio Pastore e Adhemar Watanuki Filho pelas valiosas contribuições à

realização deste trabalho e a todos os professores que de alguma forma participaram da minha

formação profissional.

.

Page 8: TCC_ DavidRobertoStoque

vii

SUMÁRIO

FOLHA DE APROVAÇÃO ................................................................................................................................ iii

DEDICATÓRIA ................................................................................................................................................... iv

EPÍGRAFE ............................................................................................................................................................ v

AGRADECIMENTOS ......................................................................................................................................... vi

SUMÁRIO ............................................................................................................................................................ vii

LISTA DE ABREVEATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ............................................................................... viii

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................................... x

LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................................... xi

RESUMO ............................................................................................................................................................. xii

ABSTRACT ........................................................................................................................................................ xiii

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 1

2. OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 3

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................................................... 3

3.1 – Concreto Armado....................................................................................................................................... 4 3.2 – Estruturas Metálicas ................................................................................................................................... 4 3.3 – Produtos Siderúrgicos ................................................................................................................................ 5

3.3.1 – Perfis .................................................................................................................................................. 5 3.3.2 – Barras ................................................................................................................................................ 6 3.3.3 – Chapas ............................................................................................................................................... 7

3.4 – Produtos Metalúrgicos ............................................................................................................................... 7

4. METODOLOGIA ............................................................................................................................................. 9

4.1 – Situação 1: Tesoura metálica em Perfil Dobrado ..................................................................................... 17 4.2 – Terças metálicas....................................................................................................................................... 23 4.3 – Situação 2: Tesoura metálica em Perfil Laminado .................................................................................. 24 4.4 – Pilares em Concreto Armado ................................................................................................................... 31 4.5 – Orçamento ............................................................................................................................................... 40 4.6 - Custo ........................................................................................................................................................ 42

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................................... 44

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 45

7. REFERÊNCIAS BIBLOGRAFÍCAS ............................................................................................................ 46

Page 9: TCC_ DavidRobertoStoque

viii

LISTA DE ABREVEATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

°C Graus Celsius

λ Indice de esbeltez

2L Duas cantoneiras

3D Três dimensões

Ac Área da seção transversal

Ai Área de influência

Am Americano

Asmin Armadura mínima

B Base

Ce Coeficiente de forma da edificação

CF Chapa fina

CSN

Companhia Siderúrgica Nacional

Excentricidade de primeira ordem

Excentricidade de segunda ordem

Excentricidade acidental

Excentricidade mínima

Somatória das excentricidades

fcd Resistência de dimensionamento a compressão

Fck Resistência a compressão característica

Flim Deslocamento limite

Fmax Deslocamento máximo

H Altura

i Raio de giração

Kg/m² Quilograma por metro quadrado

Kg/tesoura Quilograma por tesoura

kgf Quilograma força

kgf/m Quilograma força por metro

kgf/m² Quilograma força por metro quadrado

L Largura

L' Altura real da peça

Le Comprimento de flambagem

lt Afastamento entre terças

LT Espaçamentos entre pórticos

m Metro

m/s Metro por segundo

m² Metro quadrado

m²/jogo Metro quadrado por jogo de fôrma

m²/pilar Metro quadrado por pilar

Page 10: TCC_ DavidRobertoStoque

ix

Mdo Mão de obra

Me2 Momento da carga de compressão com excentricidade

mm Milímetros

Mp Momento fletor da carga permanente

MPA Megapascal

Mpd Momento fletor de cálculo da carga permanente

Mv Momento fletor do vento 90°

Mvd Momento fletor de cálculo do vento 90°

NBR Norma brasileira

Np Carga permanente de compressão

Nv Carga de compressão do vento 90°

p Pressão dinâmica

q Pressão estática

R$ Reais

S Segundo

S1 Fator topográfico

S2 Fator de rugosidade

S3 Fator estatístico

SP São Paulo

tf Tonelada força

tf.m Tonelada força por metro

Ue Perfil U enrijecido

V Volume

V' Força normal reduzida

V0

Máxima velocidade média medida em 3 s, que pode ser excedida em média

uma vez em 50 anos, a 10 m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano

Vk Velocidade característica

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x

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cantoneira de abas iguais. ..................................................................... Erro! Indicador não definido. Figura 2 – Cantoneira de abas desiguais. ............................................................................................................... 6 Figura 3 – Perfil H. ................................................................................................................................................. 6 Figura 4 – Perfil I. .................................................................................................................................................. 6 Figura 5 – Perfil T. ................................................................................................................................................. 6 Figura 6 – Perfil U. ................................................................................................................................................. 6 Figura 7 – Barra laminada redonda. ....................................................................................................................... 6 Figura 8 – Barra chata. ........................................................................................................................................... 6 Figura 9 – Tubo circular. ........................................................................................................................................ 7 Figura 10 – Tubo retangular ou quadrado. ............................................................................................................. 7 Figura 11 – Chapa em bobina. ................................................................................ Erro! Indicador não definido. Figura 12 – Chapa fina ou grossa. .......................................................................................................................... 7 Figura 13 – Cantoneira. .......................................................................................................................................... 7 Figura 14 – Perfil U, perfil canal ou perfil C. ......................................................................................................... 7 Figura 15 – Perfil U enrijecido. .............................................................................. Erro! Indicador não definido. Figura 16 – Perfil cartola. ....................................................................................................................................... 8 Figura 17 – Perfil Z. ............................................................................................................................................... 8 Figura 18 – Chapas trapezoidais. ............................................................................................................................ 8 Figura 19 – Tê soldado. .......................................................................................................................................... 8 Figura 20 – Duplo tê soldado. ................................................................................................................................ 8 Figura 21 – Tesoura em três dimensões, identificando cada peça da estrutura. ..................................................... 9 Figura 22 – Isopletas da velocidade básica .......................................................................................................... 11 Figura 23 – Esquema para cálculo da pressão do vento. ...................................................................................... 15 Figura 24 – Modelo estático da tesoura com perfis dobrados. ............................................................................. 18 Figura 25 – Indicação dos perfis selecionados após o cálculo de verificação. ..................................................... 19 Figura 26 – Indicação dos carregamentos nodais: permanente, sobrecarga, vento 0° e vento 90°. ...................... 20 Figura 27 – Indicação dos perfis verificados pelo programa. ............................................................................... 21 Figura 28 – Vista em 3D da tesoura. .................................................................................................................... 22 Figura 29 – Indicação das deformações máximas nos nós da tesoura. ................................................................. 23 Figura 30 – Cálculo e verificação das terças da cobertura com o perfil Ue 150 x 60 #2.65mm, CF 26. .............. 24 Figura 32 – Apresentação da tesoura em perfil laminado. ................................................................................... 25 Figura 33 – Verificação do banzo inferior............................................................................................................ 26 Figura 34 – Verificação do banzo superior. ......................................................................................................... 27 Figura 35 – Verificação da diagonal da extremidade. .......................................................................................... 28 Figura 36 – Verificação do montante. .................................................................................................................. 29 Figura 37 – Verificação do banzo inferior próximo a extremidade. ..................................................................... 30 Figura 38 – Análise do momento da combinação “Carga Permanente + Vento 90°”. ......................................... 32 Figura 39 – Análise da compressão da combinação “Permanente + Vento 90°”. ................................................ 33 Figura 40 – Apresentação dos esforços de momento fletor da carga permanente. ............................................... 34 Figura 41 – Apresentação dos esforços de compressão da carga permanente. ..................................................... 35 Figura 42 – Apresentação dos esforços de momento fletor do vento 90°. ........................................................... 36 Figura 43 – Apresentação dos esforços de compressão do vento 90°. ................................................................. 37 Figura 44 – Verificação da armadura no programa “OBLIQUA”. ....................................................................... 39

Page 12: TCC_ DavidRobertoStoque

xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Fatores de rugosidade ......................................................................................................................... 12 Tabela 2 – Valores mínimos do fator estatístico S3 ............................................................................................. 13 Tabela 3 – Coeficientes de forma da edificação. .................................................................................................. 14 Tabela 4 – Valores da pressão estática na superfície da cobertura. ...................................................................... 15 Tabela 5 – Solicitações nodais finais do vento nas tesouras. ................................................................................ 15 Tabela 6 – Catálogo fornecido pela Eternit .......................................................................................................... 16 Tabela 7 – Orçamento do empreendimento com tesouras em perfis dobrados. .................................................... 41 Tabela 8 – Orçamento do empreendimento com tesouras em perfis laminados. .................................................. 41

Page 13: TCC_ DavidRobertoStoque

xii

RESUMO

O sistema estrutural comumente utilizado em galpões de uso geral é resultado da associação

entre pilares de concreto armado, pré-moldados ou moldados no local, e traves constituídas

por tesouras metálicas, apoiadas ou parcialmente engastadas nos pilares. Este trabalho avaliou

a influência do modelo de ligação entre trave e pilares, como também a influência da rigidez

da trave metálica na distribuição dos esforços solicitantes e nos deslocamentos globais do

sistema estrutural. Os modelos foram analisados como pórticos planos, considerando pilar

engastado na fundação e no topo vinculado elasticamente á trave. A trave metálica em forma

de tesoura foianalisada considerando duas situações, a primeira formada por perfis laminados

e a segunda de perfis conformados a frio (chapa dobrado).

Palavras chaves: Pilar de concreto, pré-moldado, tesoura metálica.

Page 14: TCC_ DavidRobertoStoque

xiii

ABSTRACT

The structural system commonly used in warehouses for general use is the result of the

association between concrete columns, precast or cast in place, and metal beams consist of

scissors, supported or partially imbedded in the pillars. This study aims to evaluate the

influence of the bonding between beam and pillars, as well as the influence of the stiffness of

metal beam in the distribution of strain and displacement in the global structural system. The

models analyzed as plane frames considering inlaid pillar in the foundation and top bound

elastically in the beam. The beam-shaped metal scissors will be analyzed considering two

scenarios, the first consisting of rolled profiles and the second consisting of profiles cold

formed (folded sheet).

Keywords: Pillar of precast concrete. metal scissors.

Page 15: TCC_ DavidRobertoStoque

0

Page 16: TCC_ DavidRobertoStoque

1

1. INTRODUÇÃO

Foi abordado neste trabalho uma estrutura mista de concreto e aço para um

galpão de dimensões 15,00 metros de largura por 30,00 metros de comprimento, com pilares

em concreto armado de 12,00 metros de altura, espaçados a cada 6,00 metros evinculados

lateralmente às tesouras metálicas.

Este galpão contém dois tipos de estruturas, pilares em concreto armado e

tesouras metálicas. No Brasil constantemente são usados esse tipo de modelo de estrutura,

pelo custo e pela rapidez na execução de fôrmas e armaduras, preço do concreto usinado,

fôrmas e aço, para execução dos pilares do galpão.

A estrutura metálica substitui as vigas protendidas que poderiam ser usadas

para estrutura da cobertura, estruturas de madeiras também podem ser usadasem cobertura

deste tipo, porém, como no presente trabalho o galpão tem fins industriais, podem-se haver

componentes que reagiriam com a madeira ocasionando suadeterioração, a madeira também

deve estar com sua umidade dentro das especificações, deve isolá-la de fatores climáticos para

evitar empenamento, prejudicando a estrutura da cobertura, podendo ainda causar acidentes.

Dois tipos de estruturas metálicas foram utilizados, apresentando a melhor

solução econômicae sem afetar capacidade de suporte.

- Tesoura metálica em perfis dobrados.

- Tesoura metálica em perfis laminados.

Os carregamentos considerados no estudo das tesouras são:

- Carga permanente: Peso próprio da tesoura, terças e telhas.

- Sobrecarga: Estimativa para suportar qualquer eventual manutenção, fatores meteorológicos.

- Vento 0°: Vento que incideperpendicularmenteá largura do galpão e provoca força de sucção

na superfície da cobertura.

- Vento 90°: Vento que incide perpendicular ao comprimento do galpão e provoca força de

sucção na superfície da cobertura.

Page 17: TCC_ DavidRobertoStoque

2

Este trabalho mostra um modelo de estrutura viável e usual para este tipo de

edificação, foram analisados dois diferentes tipos de estruturas metálicas que podem ser

utilizados no galpão,levando-se em consideração os mesmos carregamentos. Dentre as

analises dos dois modelos estruturais, optou-se pelo modelo com menor custo e que suporte as

solicitações.

Page 18: TCC_ DavidRobertoStoque

3

2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi apresentar a importância da execução de

planejamento, tendo em vista melhorar financeiramente e tambémmelhorar todos os processos

de construção de um empreendimento. O planejamento já é necessário nas pequenas e grandes

empresas, visando sempre à diminuição de custos, pois com o devido estudo sobre o que será

feito, não haverá perdas significativas, retrabalho, demolição e eventuais problemas.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Page 19: TCC_ DavidRobertoStoque

4

3.1 – Concreto Armado

Segundo Botelho, (2010), “os antigos utilizavam à larga a pedra como material

de construção, seja para edificar suas moradias, seja para construir fortificação, para vencer

vão de rios, ou para construir templos onde se recolhiam para tentar buscar o apoio de seus

deuses. Uma coisa ficou clara: a pedra era ótimo material de construção; era durável e resistia

bem a esforços de compressão (quando usada como pilares). Quando a pedra era usada como

viga para vencer vãos de médio porte (pontes, por exemplo), então surgiam forças de tração (

na parte inferior) e a pedra se rompia. Por causa disso, eram limitados os vãos que se podiam

vencer com vigas de pedra.”

Segundo Botelho, (2010), “Os romanos eram mestres na arte de construir

pontes de pedra em arco. Se não podiam usar vigas para vencer vãos maiores, usavam ao

máximo um estratagema, o uso de arcos, onde cada peça de pedra era estudada para só

trabalhar em compressão. Para se vencer grandes vãos, os antigos eram obrigados a usar

múltiplos arcos. Vê-se que essas eram limitações da construção em pedra.”

Conforme Botelho, (2010), “Quando o homem passou a usar concreto (que é

uma pedra artificial através de ligação pelo cimento, de pedra, areia e água), a limitação era a

mesma. As vigas de eixo reto eram limitadas no seu vão pelo esforço de tração máximo que

podiam suportar, tração essa que surgia no trecho inferior da viga.”

Segundo Botelho, (2010), “Em média, o concreto resiste à compressão dez

vezes mais que à tração. Uma idéia brotou: por que não usar uma mistura de material bom

para compressão na parte comprimida e um bom para tração na parte tracionada? Essa é a

idéia do concreto armado.”

3.2 – Estruturas Metálicas

Conforme Fonseca, (2005), “especificamente na área tecnológica da

construção civil, a utilização de elementos metálicos tem proporcionado rapidez e soluções

para sistemas estruturais em geral.”

Conforme Fonseca, (2005), “No caso do Brasil, é possível observar na

paisagem urbana o destaque existente das estruturas em aço. O aço, aliado a outros elementos

da construção civil, permite ampliar a plasticidade arquitetônica em várias situações de

projeto.”

Page 20: TCC_ DavidRobertoStoque

5

Conforme Fonseca, (2005), “As estruturas metálicas têm indicadores de sua

utilização em escala industrial a partir de 1750. No Brasil, o início de sua fabricação foi no

ano de 1812, sendo que o grande avanço na fabricação de perfis em larga escala ocorreu com

a implantação das grandes siderúrgicas. Como exemplo, tem-se a Companhia Siderúrgica

Nacional - CSN, que começou a operar em 1946.”

Conforme Fonseca, (2005), “Como vantagens, é possível citar:

- Fabricação das estruturas com precisão milimétrica,

possibilitando um alto controle de qualidade no produto acabado;

- Garantia das dimensões e propriedades dos materiais;

- Material resistente a vibração e a choques;

- Possibilidade de execução de obras mais rápidas e limpas;

- Em caso de necessidade, possibilita a desmontagem das estruturas

e sua posterior montagem em outro local;

- Alta resistência estrutural, possibilitando a execução de estruturas

leves para vencer grandes vãos;

- Possibilidade de reaproveitamento dos materiais em estoque, ou

mesmo, sobras de obras.

Conforme mesmo autor, como desvantagem, é possível citar:

- Limitação de execução em fábrica, em função do transporte até o

local de sua montagem final;

- Necessidade de tratamento superficial das peças contra oxidação,

devido ao contato com o ar atmosférico;

- Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para

sua fabricação e montagem;

- Limitação de fornecimento de perfis estruturais.”

3.3 – Produtos Siderúrgicos

3.3.1 – Perfis

Os perfis mais utilizados e conhecidos são:

Page 21: TCC_ DavidRobertoStoque

6

Figura 1 – Cantoneira de abas iguais. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 2 – Cantoneira de abas desiguais. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 3 – Perfil H. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 4 – Perfil I. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 5 – Perfil T. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 6 – Perfil U. (Fonte: Fonseca, 2012).

Os perfis acima são usualmente usados para montagem de tesouras, pilares,

vigas.

3.3.2 – Barras

Figura 7 – Barra laminada redonda. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 8 – Barra chata. (Fonte: Fonseca, 2012).

Page 22: TCC_ DavidRobertoStoque

7

Figura 9 – Tubo circular. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 10 – Tubo retangular ou quadrado. (Fonte: Fonseca, 2012).

3.3.3 – Chapas

Figura 11 – Chapa em bobina. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 12 – Chapa fina ou grossa. (Fonte: Fonseca, 2012).

Os produtos siderúrgicos são produzidos a quente.

3.4 – Produtos Metalúrgicos

Figura 13 – Cantoneira. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 14 – Perfil U, perfil canal ou perfil C. (Fonte: Fonseca, 2012).

Page 23: TCC_ DavidRobertoStoque

8

Figura 15 – Perfil U enrijecido. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 16 – Perfil cartola. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 17 – Perfil Z. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 18 – Chapas trapezoidais. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 19 – Tê soldado. (Fonte: Fonseca, 2012).

Figura 20 – Duplo tê soldado. (Fonte: Fonseca, 2012).

Produtos metalúrgicos são dobrados a frio.

Cada tesoura é formada principalmente por:

- Banzos: Conforme Estevam, (2011). “Define-se por banzo as travessas longitudinais de uma

tesoura estrutural de sustentação de telhados. Conforme a localização na estrutura treliçada,

denomina-se” banzo inferior" como sendo a travessa que sustenta e trava a parte de baixo da

estrutura, e "banzo superior", a travessa que sustenta e trava a parte de cima da estrutura.”.

- Montantes:“Costumam designar-se por perfis montantes as peças metálicas perfiladas que

são colocadas verticalmente em espaçamentos regulares, encastrados em canais ou raias nos

topos e fixos através de parafusos.”.

- Diagonais: Conforme Souza e Malite, (2005). “Barras responsáveis pela ligação entre

diversos planos são denominadas diagonais.”.

Page 24: TCC_ DavidRobertoStoque

9

Figura 21 – Tesoura em três dimensões, identificando cada peça da estrutura.

4. METODOLOGIA

Page 25: TCC_ DavidRobertoStoque

10

Este trabalho aborda um galpão com dimensões em planta de 15,00 x 30,00

metros e altura de 12,00 metros.Os pórticos, formados por dois pilares e uma tesoura, são

espaçados de 6,00 metros, os pilares serão de concreto armado com dimensões 40 x 70

centímetros e engastados na base, a tesoura será vinculada elasticamente nos pilares,

transmitindo esforços normais, cortantes e fletores. A inclinação da cobertura considerada

10% para o uso de telhas de aço e fechamento lateraltambém em telhas de aço.

Serão analisadas duas situações, uma com a treliça utilizando perfis laminados

e outra utilizando perfis de chapas conformadas a frio (chapas dobradas).

Para o cálculo estático e dimensionamento do pórticofoi utilizado o programa,

“Metálicas 3D”. O dimensionamento está de acordo com as normas NBR 6118/2003 –

“Projetos de estruturas de concreto – Procedimento”, NBR 8800/2008 – “Projetosde

estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios” e NBR 14762/2010 –

“Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formandos a frio”.

Para a consideração das solicitações de vento, o galpão estará localizado na

região de Jaboticabal, interior de São Paulo, onde pode ser considerada a velocidade básica do

vento em Vo=35m/s, conforme mostra o mapa das isopletas na Figura 22.

Conforme NBR 6123/1988, o fator topográfico S1 leva em consideração as

variações do relevo do terreno e para este caso pode ser considerado:

a) Terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0”.

Page 26: TCC_ DavidRobertoStoque

11

Figura 22 – Isopletas da velocidade básica (Fonte: NBR 6123, 1988).

O fator de rugosidade S2, são levados em consideração dois items:

“Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em

zonaflorestal, industrial ou urbanizada. Exemplos:

- zonas de parques e bosques com muitas árvores;

Page 27: TCC_ DavidRobertoStoque

12

- cidades pequenas e seus arredores;

- subúrbios densamente construídos de grandes cidades;

- áreas indústriais plena ou parcialmente desenvolvida.

A cota média do topo dos obstáculos foi considerada igual a 10 m.

Esta categoria também inclui zonas com obstáculos maiores e que ainda não possam ser

consideradas na categoria V.”

E “Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal

ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m.”

Tabela 1 – Fatores de rugosidade

(Fonte: NBR 6123, 1988).

E o fator estatístico S3, dado na tabela 2.

Page 28: TCC_ DavidRobertoStoque

13

Tabela 2 – Valores mínimos do fator estatístico S3

(Fonte: NBR 6123, 1988).

Segundo a NBR 6123/1988: o cálculo da velocidade característica é dada por:

𝑉𝑘 = 𝑉𝑜 .𝑆1. 𝑆2. 𝑆3 = 35 . 1,0 . 0,88 . 1,0 = 30,8𝑚

𝑠

Pressão dinâmica:

𝑞 = 0,613.𝑉𝑘2 = 0,613 . 30,82 = 581,5

𝑁

𝑚2 ≡ 58

𝑘𝑔𝑓

𝑚²

Pressão Estática:

𝑝 = 𝐶𝑒 . 𝑞 𝑘𝑔𝑓

𝑚2

Onde:

p = Pressão estática;

q = Pressão dinâmica

Ce = Coeficiente de forma da edificação, dado na Tabela 3

Page 29: TCC_ DavidRobertoStoque

14

Tabela 3 – Coeficientes de forma da edificação.

(Fonte: NBR 6123, 1988).

Os valores de 𝐶𝑒 grifados na Tabela 3 correspondem à situação do projeto analisado, para a

determinação da pressão estática.

Page 30: TCC_ DavidRobertoStoque

15

Figura 23 – Esquema para cálculo da pressão do vento. (Fonte: NBR 6123,1988).

Tabela 4 – Resultado dos valores calculados para a pressão estática na superfície da

cobertura.

A influência da ação do vento nos nós da tesoura foi determinada pelo método

das áreas de influência. A área de influência nodal dada pela expressão abaixo, resulta:

𝐴𝑖 = 𝑙𝑡 × 𝐿𝑇 = 1,5 × 6,0 = 9,0 𝑚2

Onde:

- Ai = Área de influência;

- lt = Afastamento entre terças;

- LT = Espaçamento entre pórticos.

Tabela 5 – Solicitações nodais finais do vento nas tesouras.

90° 0°

Θ Barlavento Sotavento

𝐴𝑖 9,0 𝑚² 9,0 𝑚² 9,0 𝑚²

p (𝑘𝑔𝑓

𝑚2 ) -63,8 -34,8 -46,4

P (𝑘𝑔𝑓) -574,2 -313,2 -417,6

90° 0°

Θ EF GH EG FH

10° -1,1 -0,6 -0,8 -0,6

p(𝑘𝑔𝑓

𝑚2 ) -63,8 -34,8 -46,4 -34,8

Page 31: TCC_ DavidRobertoStoque

16

Telha metálica trapezoidal 25, espessura 0,5mm, com quatro apoios e vão entre

terças de 1,50 m,é capaz de suportar até 161𝑘𝑔𝑓

𝑚2 .

A solicitação característica máxima de aproximadamente 64𝑘𝑔𝑓

𝑚2 provocada

pela ação do vento é inferior á capacidade da telha escolhida e da sua condição de trabalho.

Tabela 6 – Catálogo fornecido pela Eternit

(Fonte: Catalogo técnico de telhas metálicas da Eternit).

Considerou-se no carregamento permanente as terças e telhas:

Terças = 6𝑘𝑔𝑓

𝑚× 6 𝑚 = 36 𝑘𝑔𝑓

Telhas = 5𝑘𝑔𝑓

𝑚2 × 9 𝑚² = 45 𝑘𝑔𝑓

O peso próprio da tesoura foi considerado diretamente pelo programa

“METÁLICA 3D”.

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17

A carga nodal resultante da sobrecarga de 25kgf/m², conforme exige a NBR

8800:2008, é de:

Sobrecarga = 25𝑘𝑔𝑓

𝑚2 × 9 𝑚² = 225 𝑘𝑔𝑓.

A composição dos carregamentos atuantes em cada nó da tesoura, totaliza uma

carga de306 𝑘𝑔𝑓,exceto os nós de extremidade que são divididos por dois.

Foi modelado no programa apenas um pórtico plano formado pela tesoura

metálica e pelos pilares de concreto, abrangendo as duas situações propostas.

4.1 –Situação 1: Tesoura metálica em Perfil Dobrado

Com os carregamentos determinados anteriormente montou-se o modelo da

tesoura no programa "Metálicas 3D", conforme mostrado na Figura 24.

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18

Figura 24 – Modelo estático da tesoura com perfis dobrados.

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19

Figura 25 – Indicação dos perfis selecionados após o cálculo de verificação.

Descrição dos resultados da análise mostrados na Figura 25:

Perfil 𝐶 127 × 50 #2.65mm utilizados nos banzos e montantes de extremidade;

Perfil 2L 40 × 40 #3 mm utilizados nos montantes intermediários;

Perfil 2L 50 × 50 #3 mm utilizados nas diagonais;

Presilhas para enrijecimento das diagonais e montantes, 𝐿 25 × 25 #2 mm.

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20

Figura 26 – Indicação dos carregamentos nodais: permanente, sobrecarga, vento 0° e vento 90°.

Permanente: 0,108 tf.

Sobrecarga: 0,225 tf e nas extremidades 0,127 tf.

Vento 0º: 0,420 tf.

Vento 90º: 0,540 tf.

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21

Figura 27 – Indicação dos perfis verificados pelo programa.

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22

Figura 28 – Vista em3D da tesoura.

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23

Figura 29 – Indicação das deformações máximas nos nós da tesoura.

A máxima deformação vertical da tesoura mostrada na Figura 29 ocorre no nó

central e vale, fmáx = 6,2 mm, inferior ao valor limite fixado pela NBR 14762/2010, flim =

l

250 (mm).

O peso encontrado para a tesoura em chapa dobrada foi de 285 kgf.

4.2 – Terças metálicas

O cálculo das terças da cobertura foi realizado utilizando o mesmo programa e

resultou no perfil Ue150 × 60 #2.65mm, CF 26, dado na figura 30.

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Figura 30 – Cálculo e verificação das terçasda cobertura com o perfil Ue 150 x 60 #2.65mm, CF 26.

Foram consideradas no cálculo das terças:

Carga de telhas: 0,009tf

m.

Sobrecarga: 0,0375tf

m.

Vento de sucção de 0,0957tf

m.

4.3 – Situação 2: Tesoura metálica em Perfil Laminado

Com as mesmas solicitações, montou-se o modelo da tesoura em perfil

laminado no mesmo programa, obteve-se os perfis. A verificação é dada pelas figuras abaixo.

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Figura 32 – Apresentação da tesoura em perfil laminado.

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Figura 33 – Verificação do banzo inferior.

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Figura 34 – Verificação do banzo superior.

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Figura 35 – Verificação da diagonal da extremidade.

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Figura 36 – Verificação do montante.

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30

Figura 37 – Verificação do banzo inferior próximo a extremidade.

Descrição dos resultados da análise:

Perfil U− Am 102 × 8,04 utilizados nos banzos e montantes de extremidade;

Perfil 2L 38 × 38 × 3,2mm utilizados nos montantes e diagonais;

Perfil 2L 44 × 44 × 4,8mm utilizados das diagonais da extremidade.

Os perfis utilizados estão com folga no cálculo, conforme NBR 8800/1986 NB

14, “A espessura mínima para peças estruturais situadas em meio ambiente não corrosivo, as

quais, em consequência, não exigem proteção contra corrosão, é de 3 mm.(Item 8.4.3.5)".

Resultando as tesouras de perfis laminados mais pesadas que as mesmas em

perfil dobrado.

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Com os perfis já definidos, tem-se o peso de 391,63 quilogramas o modelo da tesoura de

perfil laminado.

4.4 – Pilares em Concreto Armado

Os pilares em concreto armado terão dimensões 40 x 70 cm, e altura 12,00

metros, serão engastados na base e no topo as tesouras serão elasticamente engastadas.

Os pilares serão concretados em quatro etapas, sendo cada uma com 3,00

metros de altura até a altura proposta de 12,00 metros. As armaduras dos pilares serão

contínuas ao longo da altura total do pilar. Deve-se aplicar, na superfície que entrará em

contato com o concreto, uma camada de desmoldante para quando houver a desfôrma, não

perder toda madeira plastificada.

A forma será de madeira plastificada para concreto aparente, e será quatro

etapas, como a da concretagem, serãousados dois jogos de fôrma, o primeiro jogo utiliza-se

nos três primeiros metros, depois de concretado monta-se o segundo jogo nos próximos três

metros, após sua concretagem, rebate-se o primeiro jogo de fôrma para os próximos três

metros e concreta-se, enfim rebate-se o segundo jogo de fôrma nos últimos três metros. Para

cada jogo de fôrma tem-se:

O pilar tem dimensões de 0,40 × 0,70, e altura de 12,00 metros, todas as

medidas estão em metros.

01 pilar = 0,40 + 0,70 = 1,10 × 2 = 2,20m

2,20m × 3,00m = 6,60m²

pilar

6,60m2

pilar× 12 pilares = 79,2m2

Sendo assim:

79,2m²

jogo× 2 jogos = 158,40m2

Para efeito de composição de custo,calcula-se aarmadura para os pilares em

concreto.

Ac = 2.800 cm²

𝑖 = 0,20 𝑐𝑚

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32

Le = 1,8 × L′ = 21,60 metros

𝜆 = 𝐿𝑒

𝑖= 108

O resultado de 108 é superior ao exigido na NBR 6118/2003, para pilares

medianamente esbelto, porém a diferença não é tão significativa e os pilares foram

considerados medianamente esbeltos.

Com o uso do programa “STRAP”, identificou-se a combinação mais

significativa para os pilares. Conforme a figura 38.

Figura 38 – Análise do momento da combinação “Carga Permanente + Vento 90°”.

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33

Figura 39 – Análise da compressão da combinação “Permanente + Vento 90°”.

Montaram-se os carregamentos separadamente, apresentando os esforços

para cada modelo de carregamento.

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34

Figura 40 – Apresentação dos esforços de momento fletordevido acarga permanente.

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Figura 41 – Apresentação dos esforços de compressão devido a carga permanente.

𝑀𝑔 = 1,06 𝑡𝑓.𝑚

𝑁𝑔 = 6,7 𝑡𝑓

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Figura 42 – Apresentação dos esforços de momento fletor do vento 90°.

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37

Figura 43 – Apresentação dos esforços de compressão devido ao vento 90°.

𝑀𝑣 = − 3,4 𝑡𝑓.𝑚

𝑁𝑣 = −2,56 𝑡𝑓

Majoram-se os esforços de momento fletor.

𝑀𝑔 = 1,06 𝑡𝑓.𝑚 × 1,4 → 𝑀𝑝𝑑 = 1,48 𝑡𝑓.𝑚

𝑀𝑑𝑒2 = 𝑁𝑑 × 𝑒2 → 𝑀𝑑𝑒2 = 2,26 𝑡𝑓.𝑚

𝑀𝑣 = − 3,4 𝑡𝑓.𝑚 × 1,4 → 𝑀𝑣𝑑 = − 4,76 𝑡𝑓.𝑚

Majoram-se os esforços de compressão e tração.

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38

𝑁𝑔 = 6,7 𝑡𝑓 × 1,4 → 𝑁𝑝𝑑 = 9,38 𝑡𝑓

𝑁𝑣 = − 2,56 𝑡𝑓 × 1,4 → 𝑁𝑣𝑑 = − 3,58 𝑡𝑓

O peso próprio do pilar tem age como compressão.

𝑁𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 0,7 𝑡𝑓 × 1,4 → 𝑁𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑑 = 0,98 𝑡𝑓

O cálculo da excentricidade de segunda ordem édado pela expressão:

𝑒2 =5 × 𝐿𝑒2

(𝑉′+ 0,5) × 𝑕= 33,33 𝑐𝑚

A excentricidade de primeira ordem é dada por:

𝑒1 = 𝑀𝑑

𝑁𝑑=

1,02

6,78= 0,15 𝑐𝑚

A excentricidade acidental é dada por:

𝑒𝑎 =𝑕

30= 2,33 𝑐𝑚

Somam-se as excentricidades, obtendo:

𝑒𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 35,81 𝑐𝑚

Comparando a excentricidade total com a excentricidade mínima, tem-se:

𝑒𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 35,81 𝑐𝑚

𝑒𝑚𝑖𝑛 = 1,5 + 0,03 × 𝑏 = 2,7 𝑐𝑚

No caso, a excentricidade total é superior a mínima, adota-se a excentricidade

total.

Page 54: TCC_ DavidRobertoStoque

39

Obtido o Md e o Nd, usou-se o programa “OBLIQUA” para o

dimensionamento da armadura.

Figura 44 – Verificação da armadura no programa “OBLIQUA”.

Obteve-se 12 ∅ 12,5 𝑚𝑚.

Totalizando em 142,56kg

pilar.

Os estribos serão de ∅ 6,3mm c/ 15 cm C = 2,25 metros.

Tem-se:12

0,15= 80 estribos, 80 × 2,25 = 180

kg

pilar.

Somando a armadura do pilar com os estribos em cada pilar.

Tem-se:

322,56kg

pilar , aproximando para 323

kg

pilar.

Na somatória de quilograma de todos os pilares, adquire-se:

3.876 kg

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40

No caso de concretagem "in loco", tem-se:

Ovolume de concreto em cada pilar calcula-se:

Volume = 3,36m³

pilar

Tem-se 12 pilares ao todo na obra, todos com as mesmas dimensões, sendo

assim:

Volume Total = 40,32m³

Como a concretagem serão quatro etapas de 3 metros para cada pilar, tem-se:

12 pilares × 0,4 m × 0,7 m × 3,00 m

Totalizando em: 10,08 m³

etapa.

No momento da concretagem da primeira etapa, pede-se 10,00 m³ de

concreto, Fck 25 MPa, brita 01, slump 8 ± 1 e sem aditivos. Nas próximas etapas deve-se

pedir 10,00 m³, Fck 25 MPa, brita 01, slump 8 ± 1 e sem aditivos.

O concreto deverá ser vibrado com vibrador elétrico ou a gasolina, emerge-se o

vibrador ligado a cada camada de concreto lançado por um prazo máximo de 15 segundos em

cada ponto. O vibrador não deve encostar-se à fôrma dos pilares.

Antes de começar cada etapa de concretagem deve-se limpar a superfície, onde

será concretada, e se possível polvilhar de cimento.

4.5 – Orçamento

Os preços por quilograma das tesouras de perfil dobrado e laminado são os

mesmo, já que se executou na região da cidade de Jaboticabal, sendo a empresa da mesma

cidade, o custo foi de R$ 8,00 por quilograma. As terças, pela empresa de estrutura metálica

Page 56: TCC_ DavidRobertoStoque

41

custam-se R$ 2,50 mais 5% de IPI por quilograma, chegou-se ao preço de R$ 2,63 por

quilograma. Obteve-se através do site da "Fundação para o Desenvolvimento da Educação" o

preço de R$50,58 o metro quadrado, de material e mão de obra, da telha trapezoidal 25.

Conforme o site "Fundação para o Desenvolvimento da Educação”, (2012),

obteve-se o preço de R$ 89,67 por metro quadrado de fôrma de madeira plastificada para

concreto aparente, R$ 7,05 por quilograma da armadura dos pilares, sendo aço CA50, R$

424,34 por metro cúbico de concreto Fck 25MPA, slump 8 ± 1, brita 1, sem aditivos, lançado

e bombeado.

Segue a tabela 7, com o orçamento de custo total com a tesoura com perfil

dobrado abaixo.

Tabela 7 – Orçamento do empreendimento com tesouras em perfis dobrados.

ORÇAMENTO PARA OBRA TODA Unidade Quantidade Preço Valor

Tesoura Perfil Dobrado x6 Kg 1709,94 R$ 8,00 R$ 13.679,52

Terças kg 4036,8 R$ 2,63 R$ 10.596,60

Telhas m² 1035 R$ 50,58 R$ 52.350,30

Pilares

Fôrma Material m² 158,4 R$ 44,52 R$ 7.051,26

Fôrma Mdo m² 316,8 R$ 45,15 R$ 14.305,04

Armadura Kg 3876 R$ 7,05 R$ 27.325,80

Concreto Fck 25 Slump 8 ± 1, brita 01,

sem aditivos, bombeado e lançado m³ 40,5 424,34 R$ 17.185,77

TOTAL

R$ 142.494,29

Abaixo, a tabela 8 com o orçamento de custo total com a tesoura com perfil laminado.

Tabela 8 – Orçamento do empreendimento com tesouras em perfis laminados.

ORÇAMENTO PARA OBRA TODA Unidade Quantidade Preço Valor

Tesoura Perfil Laminado x6 Kg 2349,78 R$ 8,00 R$ 18.798,24

Terças kg 4036,8 R$ 2,63 R$ 10.596,60

Telhas m² 1035 R$ 50,58 R$ 52.350,30

Pilares

Fôrma Material m² 158,4 R$ 44,52 R$ 7.051,26

Fôrma Mdo m² 316,8 R$ 45,15 R$ 14.305,04

Armadura Kg 3876 R$ 7,05 R$ 27.325,80

Concreto Fck 25 Slump 8 ± 1, brita 01,

sem aditivos, bombeado e lançado m³ 40,5 424,34 R$ 17.185,77

TOTAL

R$ 147.613,01

Page 57: TCC_ DavidRobertoStoque

42

Fazendo uma comparação entre as estruturas da cobertura, tem-se:

- Perfil Dobrado:

O peso das tesouras em perfil dobrado: 1.709,94 Kg

O peso das terças de 2,65mm: 2.084,40 Kg

Somam-se os pesos, obtendo: 3.794,34 Kg

A área da cobertura: 450 m²

Obtêm-se o peso por metro quadrado de estrutura da cobertura.

3.794,34 Kg

450 m²= 8,43

Kg

- Perfil Laminado:

O peso das tesouras em perfil laminado: 2.349,78 Kg

O peso das terças de 2,65mm: 2.084,40 Kg

Somando os pesos, obtemos: 4.434,18 Kg

A área da cobertura: 450 m²

Obtêm-se o peso por metro quadrado de estrutura da cobertura.

4.434,18 Kg

450 m²= 9,85

Kg

Esta diferença de 1,42Kg

m² tem-se sobre o perfil laminado que é mais pesado.

4.6 - Custo

O custo tem uma importância significativa, pelo fato da grande concorrência,

pode-se dizer que é um dos mais importantes fatores para uma empresa ter crescimento

constante.

Na engenharia civil, o custo mostra-se cada vez mais importante, através dele é

que são feitas licitações, visando "baratear" o máximo possível para conseguir a aprovação de

uma licitação, em empresas de pequeno porte não há tantas licitações, procura-se mais

cotações de materiais, descontos, há empresas que montam um apartamento "modelo" sem

Page 58: TCC_ DavidRobertoStoque

43

custo de material, todo material é negociado, se o empresário futuramente adquirir os mesmos

materiais para o restante dos apartamentos.

No trabalho, Tabela 7 e Tabela 8, há dois orçamentos para o empreendimento,

utilizando tesouras metálicas em perfis dobrados, e tesouras metálicas em perfis laminados.

Isola-se o único custo variável, no caso, as tesouras que possuem pesos

diferentes.

- Tesouras em Perfis Dobrados: 1.709,94Kg a um preço de R$8,00 por quilograma

conseguimos um valor de R$13.679,52.

- Tesouras em Perfis Laminados: 2.349,78Kg ao mesmo preço de R$8,00 por quilograma,

temos o valor de R$18.798,24.

A diferença deR$5.118,72mostra que as tesouras de perfis dobrados, são mais

leves e consequentemente mais baratas que as tesouras de perfis laminado. Sendo que os dois

tipos de tesouras suportam o mesmo tipo de solicitação, sem algum problema.

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44

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A diferença de R$ 5.118,72, tem-se devido à diferença de peso entre as

tesouras em perfil dobrado e as tesouras em perfil laminado. Em quilogramas, temos

639,84Kg de diferença, resultando em menor custo da estrutura metálica usando perfis

dobrados.

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45

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa, a procura, a busca por novas soluções para os empreendimentos

cada vez mais se torna muito eficaz, tanto por quantidade, quanto por qualidade. Com os

materiais que se escolheu para a execução do presente trabalho, conclui-se que entre os dois

modelos de estrutura metálica, perfil dobrado e perfil laminado têm-se que as tesouras em

perfis dobrados são mais leves que as tesouras em perfis laminados, sendo assim, como o

preço por quilograma é o mesmo para ambos os modelos de tesouras, indica-se, entre os dois

casos, executar a estrutura de cobertura em perfis dobrados, para a menor solicitação nos

pilares e uma estrutura supostamente mais leve, que resistirá as solicitações desejáveis.

Page 61: TCC_ DavidRobertoStoque

46

7. REFERÊNCIAS BIBLOGRAFÍCAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14762/2010 – “Dimensionamento de

estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio”. ABNT. Rio de Janeiro. 2010.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118/2003 – “Projetos de estruturas de

concreto - Procedimento”. ABNT. Rio de Janeiro. 2010.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6123/1988 – “Forças devido ao vento em

edificações”. ABNT. Rio de Janeiro. 2010.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8800/1986 NB14 – “Projeto e execução de

estruturas de aço de edifícios (Métodos dos estados limites)”. ABNT. Rio de Janeiro. 2010.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8800/2008 – “Projeto de estruturas de aço e

de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios”. ABNT. Rio de Janeiro. 2010.

BELLEI, I.H. Edifícios industriais em aço. 6ª Edição, Editora Pini, 2010

BOTELHO, M.H. Concreto Armado eu te amo, para arquitetos. 2ª Edição, Editora Edgard

Blucher, 2011.

BOTELHO, M.H.C. E MARCHETTI, O.Concreto Armado eu te amo. Volume 1, 6ª Edição

, Reimpressão 2012, Editora Edgard Blucher, 2010.

Page 62: TCC_ DavidRobertoStoque

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BOTELHO, M.H.C. E MARCHETTI, O. Manual de primeiros socorros do engenheiro e

do arquiteto. , 2ª Edição, Reimpressão 2012, Editora Edgard Blucher, 2009.

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em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/banzo/4755/> - Acesso em Out. de

2012.

ETERNIT. Telhas Eternit. Telhas Metálicas. Trapezoidal 25. Faça o download das

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<http://www.eternit.com.br/produtos/coberturas/telhasmetalicas/trapezoidal25/index.php?> -

Acesso em Set de 2012.

FONSECA, A.C. Estruturas metálicas, cálculos, detalhes, exercícios e projetos.,Editora

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em Out. de 2012.