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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL ROTA DOS LAUREADOS PRITZKER: ARQUITECTURA E OBRA SINGULAR DA “ESCOLA DO PORTO

Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

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Este projecto consiste no estudo, criação e implementação de uma rota turística de natureza cultural arquitectónica, que se materializará em suportes de informação e divulgação do destino Porto e Norte de Portugal para o segmento de turismo cultural, a ser disponibilizada, de modo inovador e interactivo, através de uma plataforma virtual. Terá por objectivo organizar percursos que interliguem os locais onde se situam as obras dos dois arquitectos de referência da “Escola do Porto”, laureados com o Prémio Pritzker de Arquitectura, e que se designará comercialmente: “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”, abreviadamente “Rota Pritzker”.

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CURSO DE GESTÃO

PÚBLICA NA

ADMINISTRAÇÃO

LOCAL

ROTA DOS LAUREADOS PRITZKER: ARQUITECTURA

E OBRA SINGULAR DA “ESCOLA DO PORTO”

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ÍNDICE

RESUMO / ABSTRACT .................................................................................................................. 2 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3

1.1. Enquadramento ............................................................................................................. 3 1.2. Objectivo ........................................................................................................................ 4 1.3. Organização do trabalho/Metodologia ......................................................................... 5

2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO ............................................................................................... 6 2.1. Objectivos ...................................................................................................................... 6 2.2. Caracterização .............................................................................................................. 7 2.3. Organização .................................................................................................................. 8

3. ANÁLISE COMPARATIVA COM OUTRAS IMPLEMENTAÇÕES ........................................ 11 3.1. Pesquisa de projectos similares ................................................................................. 11 3.2. Comparação desses projectos: vantagens e desvantagens .................................... 16

4. CALENDARIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO E MECANISMOS DE CONTROLO .............. 17 4.1. Actividades e prazos .................................................................................................. 17 4.2. Mecanismos de controlo (financeiros e não financeiros) .......................................... 20

5. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 20 5.1. Aspectos críticos do projecto ..................................................................................... 21 5.2. Vantagens e desvantagens para a organização e para a população ...................... 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 23 SÍTIOS NA INTERNET .................................................................................................................. 23 ANEXOS ....................................................................................................................................... 23

ANEXO I – ANÁLISE COMPARATIVA .................................................................................... 23 ANEXO II – SEQUENCIAMENTO DAS ACTIVIDADES ........................................................... 23 ANEXO III – MAPA DA ROTA ................................................................................................... 23 ANEXO IV – OBRAS DA ROTA ................................................................................................ 23 ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA................................................................................. 23

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Barcelona - Rota Barcelona do Modernism ............................................................... 12

Tabela 2. Barcelona - Rota Barcelona Histórica ......................................................................... 13

Tabela 3. Barcelona - Rota Barcelona da Modernidade ............................................................ 14

Tabela 4. Bilbao - Rota Ensanche Bilbaino ................................................................................. 14

Tabela 5. Bilbao - Rota Aband .................................................................................................... 15

Tabela 6. Berlim - Rota Berlim Judaico ....................................................................................... 15

Tabela 7. Vale do Sousa - Rota do Românico ............................................................................ 16

Tabela 8. Porto - Rota Urbana do Vinho ..................................................................................... 16

Tabela 9. Sequenciamento .......................................................................................................... 17

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Sequenciamento .......................................................................................................... 19

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 2

Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Romana Abreu Torres, Maria José Carneiro Costa,

António Joaquim Gonçalves, Manuel António Rocha Ribeiro

[email protected], [email protected]

[email protected] , [email protected]

RESUMO / ABSTRACT

Este projecto consiste no estudo, criação e implementação de uma rota turística de natureza

cultural arquitectónica, que se materializará em suportes de informação e divulgação do

destino Porto e Norte de Portugal para o segmento de turismo cultural, a ser disponibilizada,

de modo inovador e interactivo, através de uma plataforma virtual. Terá por objectivo

organizar percursos que interliguem os locais onde se situam as obras dos dois arquitectos1

de referência da “Escola do Porto”, laureados com o Prémio Pritzker2

de Arquitectura, e que

se designará comercialmente: “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de

Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”, abreviadamente “Rota Pritzker”.

Esta rota turística é um tema que se integra em dois dos 10 produtos estratégicos que o

Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT)3

preconiza - o City Break e o Touring Cultural e

Paisagístico, cujo objectivo estratégico é potenciar a diversidade concentrada de recursos

atractivos a curtas distâncias, face a outros destinos, e promover a leitura e fruição do

património e dos recursos turísticos que evocam a temática do território.

O projecto, embora de âmbito geográfico mais alargado, tem por base as obras criadas

pelos arquitectos, nas cidades do Porto, Matosinhos e Maia. Esta estrutura territorial assenta

na centralidade evidenciada por estes municípios, quer em termos de oferta turística de

suporte à Rota, quer em termos de projecção da imagem da marca “Porto” no contexto

internacional, mercado no qual pretende alavancar a Rota Pritzker.

Concluindo, projecta-se a visão de que no futuro, este projecto, posicionará a Rota Pritzker

como produto turístico de excelência, no contexto global da procura do City Break e o Touring

Cultural e Paisagístico, promovendo de forma sustentada o território e as gentes do Grande

Porto e Norte de Portugal.

Palavras-chave: Pritzker, Arquitectura, Escola do Porto, PENT, Touring Cultural, Porto e Norte

1 Álvaro Siza Vieira laureado com o Pritzker Award em 1992 e Eduardo Souto de Moura laureado com o Pritzker

Award em 2011.

2 The Pritzker Architecture Prize, foi instituído a partir de 1978 e destina-se a laurear um arquitecto vivo

2 The Pritzker Architecture Prize, foi instituído a partir de 1978 e destina-se a laurear um arquitecto vivo

distinguindo-o pela sua obra.

3 Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º

53/2007 O Programa do XVII Governo Constitucional destaca o turismo como uma área decisiva para o

desenvolvimento sustentável a nível ambiental, económico e social.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Enquadramento

O prémio de arquitectura Pritzker, criado pela família de Chicago com o mesmo nome, tem o

patrocínio da Fundação Hyatt4

, visa reconhecer e consagrar anualmente o trabalho/obra de

um arquitecto vivo que demonstre ser “…uma combinação de talento, visão e compromisso,

que tenha produzido um contributo consistente e significativo para a humanidade através da

arte da arquitectura…”5

, sendo considerado, pela sua importância, o Nobel da arquitectura, é

a mais alta distinção naquela área.

Depois de Álvaro Siza, em 1992, o recentemente Pritzker Award, atribuído a Souto de Moura,

vem consagrar em definitivo, a nível mundial, a excelência criativa da “Escola do Porto” 6

. A

própria Universidade do Porto ao perfazer 100 anos, recebe como prenda mais um Pritzker

para um seu antigo aluno e outro actual professor, tornando-se na primeira Universidade do

Mundo a ter dois premiados nesta categoria.

Com o intuito de tirar partido do impacto internacional deste prémio, pretende-se com este

projecto investigar, criar e implementar uma rota turística de natureza cultural, com o

objectivo de dar a conhecer, aos turistas que visitam a região, a arquitectura e a obra de dois

dos mais conceituados arquitectos portugueses, referência da “Escola do Porto”– Álvaro Siza

e Souto de Moura, ambos laureados com o Prémio Pritzker de Arquitectura. Esta rota turística

terá a designação comercial de: “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra

de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”, abreviadamente “Rota Pritzker”.

O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT)7

destaca o turismo como uma área decisiva

para o desenvolvimento sustentável a nível ambiental, económico e social de Portugal.

Preconiza no seu memorando 10 produtos turísticos, sendo dois deles - o City Break e o

Touring Cultural e Paisagístico, cujo objectivo estratégico é potenciar a diversidade

concentrada de recursos atractivos a curtas distâncias, face a outros destinos, e promover a

leitura e fruição do património e dos recursos turísticos que evocam a temática do território.

A “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo

Souto de Moura” que se propõe, cumpre assim, o propósito de desenvolvimento destes dois

produtos estratégicos previstos pelo PENT: o City Break de motivação cultural e o Touring

Cultural e Paisagístico, ou seja, ao promover a região através do conhecimento da

arquitectura e obra destes arquitectos, permite em paralelo tirar o melhor partido dos

recursos turísticos que associados a esta Rota, contribuem para o desenvolvimento nas

várias vertentes deste território.

4 Hyatt Foundation, deriva da companhia de Hotéis com empreendimentos em todo o mundo.

5 http://www.pritzkerprize.com/about/purpose.html

6 A Escola do Porto. é uma das mais influentes correntes de arquitectura contemporânea em Portugal, e está

associada à antiga Escola Superior de Belas-Artes do Porto, a qual teve como corrente inspiradora os modelos

puristas modernos que marcaram fortemente o estilo arquitectónico da primeira metade do séc XX.

7 Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2007 de 4 de Abril de 2007.

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1.2. Objectivo

É objectivo deste projecto, a promoção da arquitectura contemporânea portuguesa como um

produto turístico, muito à semelhança do que acontece em Barcelona com a divulgação da

obra de Gaudí, aproveitando a notoriedade associada ao Pritzker Award, com a criação da

marca “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo

Souto de Moura”.

A Rota Pritzker insere-se no sistema de valor para o sector das viagens de city break em

Portugal, através da gestão das emoções relacionadas com a variedade, e singularidade,

numa rota temática realizada num ambiente seguro de um destino tradicional, associando-a

ao desenvolvimento de dois produtos estratégicos que PENT preconiza: o city break de

motivação cultural e o touring cultural e paisagístico.

A concretização daqueles produtos deverá ser feita através de ofertas estruturadas,

distintivas e inovadoras, alinhadas com a proposta de valor de Portugal e suportadas na

capitalização da vocação natural de cada região, sendo que a criação e implementação de

uma rota turística de homenagem e divulgação das obras de Álvaro Siza e Eduardo Souto de

Moura responderá a este desiderato, uma vez que se associa a esta Rota um carácter único

e irrepetível.

O segmento de mercado disponível para viajar em torno da motivação de procura de lugares

de excepcional interesse cultural, que em meio urbano são capazes de providenciar

experiências memoráveis de fruição do espaço, tem vindo a assumir uma importância

crescente em número e em receita para os destinos. As cidades turísticas, e neste âmbito, o

conjunto de cidades turísticas, que sejam capazes de assumir este desafio, possuem boas

capacidades de marcar o território turístico no mapa das motivações europeias de

património.

A Rota Pritzker deverá ser uma experiência demonstrativa das mais relevantes obras dos

arquitectos Pritzker, situadas nos concelhos do Porto, Matosinhos e Maia, dando também a

conhecer o trabalho de outros nomes representativos da designada “Escola do Porto”, tais

como Fernando Távora8

, Carlos Ramos, Viana de Lima, Arménio Losa, Rogério de Azevedo,

Januário Godinho, Mário Bonito, Correia Fernandes, Alcino Soutinho, etc.

De acordo com o relatório do grupo de investigação da European Travel Commission9

e da

World Tourism Organization10

– City Tourism Culture, The European Experience, as cidades

turísticas culturais são um mercado em crescimento. Neste sentido, a operacionalização da

Rota Pritzker, assenta nas orientações emanadas deste documento, nomeadamente no que

concerne aos novos interesses para as cidades turísticas culturais - Signature architecture for

cultural institutions.

8 Fernando Távora nasceu em 1923, no Porto, e faleceu a 3 de Setembro de 2005, em Matosinhos, Em 1962 foi

convidado para Professor após prestação de provas para Professor Agregado, e mais tarde foi Professor

Catedrático. Participou em vários CIAM (congressos internacionais de arquitectura moderna). (Fonte: In Infopédia

[Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-04-10].

9 European Travel Commission, website: http://www.etc-corporate.org/

10 World Tourism Organization, website: http://unwto.org/

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1.3. Organização do trabalho/Metodologia

a) Equipa de trabalho

Para o desenvolvimento e implementação deste projecto foi formada uma equipa de quatro

elementos, que desenvolvem a sua actividade profissional em três municípios da área

metropolitana do Porto, mais concretamente, dois elementos da Câmara Municipal do Porto,

um da Câmara Municipal de Matosinhos e outro da Câmara Municipal da Maia.

Possuem formação académica diversificada, nas áreas do direito, da engenharia, da

veterinária e da arquitectura. Assim, considerando os propósitos deste projecto, julga-se que

a experiência profissional e a formação pluridisciplinar dos elementos que compõem a

equipa, constitui uma mais-valia para alcançar com sucesso os objectivos propostos.

b) Processo de trabalho

Depois de formada a equipa, organiza-se uma reunião prévia para debater o tema a

desenvolver, na qual é pedido a cada elemento que dê uma ideia de projecto. Em seguida

explora-se as várias hipóteses apresentadas, devendo ficar decidido no final da reunião qual

o tema a trabalhar.

Em seguida são distribuídas tarefas a cada membro de modo a que, na reunião seguinte, se

possa ter um esboço prévio do tema e enquadramento do projecto. Em seguida, organiza-se

e estrutura-se a temática de modo a ser possível avançar para a definição do título do

trabalho e a elaboração de um breve resumo numa página A4. Para o efeito são atribuídas

tarefas aos membros para pesquisar a área temática e redigirem trechos do resumo a

elaborar.

Finalizada esta fase e concluído o resumo, é realizada uma nova reunião para definir os

objectivos concretos e a metodologia de desenvolvimento. É distribuído a cada elemento

tarefas específicas de pesquisa na área temática, assim como a respectiva redacção. A

recolha dos dados é sempre seguida de uma fase de análise crítica conjunta onde é

reavaliada a evolução do trabalho e introduzidas eventuais alterações de melhoria.

As reuniões do grupo de trabalho são em regra presenciais. Os contributos escritos e o

trabalho de redacção, faz-se via e-mail e em grupo de discussão, através da plataforma do

Gmail. As seguintes fases do trabalho seguem esta metodologia com as adaptações que se

julguem necessárias.

c) Calendarização do trabalho

O desenvolvimento metodológico do projecto em termos de calendarização, passa por impor

prazos curtos de execução entre as diversas fases, pedindo-se que a distribuição de tarefas

entre todos, desde a pesquisa e a análise de dados, reflexão crítica conjunta e processo de

redacção, possibilite ganhos de tempo.

Em termos de calendarização propriamente dita, esta é a que consta do anexo distribuída a

todos os grupos de trabalho deste curso.

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d) Organização do documento

O projecto “Rota Pritzker” materializa a sua concepção e desenvolvimento no presente

documento de trabalho, o qual, para este efeito, se organiza em cinco capítulos. Na abertura

apresenta-se o resumo do projecto onde se aborda de forma sumária e conceptual a

temática a explorar, os objectivos a alcançar e uma breve conclusão.

No 1.º capítulo (Introdução) descreve-se de forma sistemática o enquadramento do projecto

e objectivos que se esperam alcançar, seguida da metodologia de execução e organização

do trabalho.

No capítulo 2 (Descrição do projecto), expõem-se de forma mais pormenorizada quais os

objectivos a atingir com o projecto, o modo como este se caracteriza e a forma como se

pretende organizar a condução dos trabalhos.

No capítulo 3 (Análise comparativa), procede-se à análise comparativa do projecto Rota

Pritzker com outras implementações do género. Neste processo comparam-se os casos

semelhantes das pesquisas efectuadas a rotas turísticas, tendo por base seis parâmetros:

objectivo, caracterização, divulgação, recursos, custos e duração. Esta análise

complementa-se com o recurso à técnica de análise SWOT, identificando-se os pontos fortes,

pontos fracos, oportunidades e ameaças, das rotas objecto de análise comparativa.

No capítulo 4 (Calendarização), apresenta-se o faseamento e sequenciamento para a

implementação e execução do projecto, bem como quais os mecanismos de controlo dos

recursos financeiros e não financeiros.

Por último, no capítulo 5 (Conclusão), expõem-se as conclusões do trabalho incidindo na

concepção e implementação do projecto, enunciando quais os aspectos críticos, as

vantagens e desvantagens da sua implementação na comunidade e no território.

2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO

2.1. Objectivos

Considerando que o objectivo do projecto é a criação da rota turística “Rota Pritzker Porto e

Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”,

pretendemos atingir os seguintes objectivos operacionais na implementação da Rota:

a) Definir uma a rota turística que possa ser realizada em dois dias consecutivos11

;

b) Estabelecer parcerias com operadores de transportes;

c) Estabelecer parcerias com operadores turísticos, (guias interpretes)

d) Desenvolver uma web page para promover a Rota Pritzker;

11 Reconhecida como estadia média na área metropolitana do Porto é de 2 dias (fonte: Porto e Norte, website:

http://www.portoenorte.pt/

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e) Implementar um guia virtual, GPS em pda´s, telemóveis, ipod, etc.

f) Divulgar a rota turística em mapas, brochuras, desdobráveis, flyers, etc;

g) Criar e instalar centros interpretativos12

;

h) Montar exposições com fotos e maquetes das obras mais relevantes dos dois

arquitectos;

i) Lançar produtos de merchandising

j) Conseguir obter boa relação de custo benefício

Para além destas actividades, pretende-se ainda desenvolver iniciativas científicas e culturais,

tais como: fóruns de debate, conferências, congressos, workshops, ensaios e estudos,

exposições, que se relacionem a temática da Rota Pritzker, e a arquitectura da “Escola do

Porto”, promovendo a participação de públicos cada vez mais diversificados e heterogéneos.

Em resumo pretende-se que de uma forma sistemática este elenco de acções possa ser

concretizado de modo a obter uma estrutura operacional equilibrada e sustentada.

2.2. Caracterização

Este projecto, pela sua pertinência, interesse e actualidade, tem com principal característica

permitir alavancar a marca Porto e Norte de Portugal, bem como a promoção do destino,

informando o mercado externo de novas opções de (re)visitar destinos tradicionais.

Caracteriza-se também pela oferta turística e optimização do acolhimento de um público com

interesse cultural, ávido de programação dirigida.

A ampla divulgação da Rota Pritzker, é outra das suas características. Atendendo ao público-

alvo deste projecto, esta divulgação é inovadora e apoia-se em suportes tecnológicos

facilmente assimiláveis, para que seja de fácil difusão junto de todos os segmentos de

público. Outra das características é o aproveitamento das “sinergias” locais existentes, isto é,

os produtos/ofertas criadas pelas estruturas de turismo de cada um dos concelhos,

agregando, sempre que possível, a divulgação da rota a mecanismos existentes, bem como

o aproveitamento de espaços privilegiados, como seja, o Museu de Arte Contemporânea, da

Fundação de Serralves, o Museu dos Transportes e Comunicação, existente na Alfandega do

Porto, a Estação da Trindade e o Centro de Documentação Álvaro Siza, para a criação de

“Centros Interpretativos”interactivos do percursos e obras dos arquitectos Pritzker.

Contudo, caracterizando-se por ser uma Rota turística muito vincadamente temática e

especializada na área de arquitectura, e por isso orientada a sectores específicos de turistas

– os estudantes universitários – procurar-se-á envolver a Faculdade de Arquitectura da UP,

na materialização do conhecimento das obras destes representantes da “Escola do Porto”,

especialmente quando se tratar de visitas de estudantes de arquitectura.

12 Para o efeito pretende-se criar um núcleo estratégico em cada município que funcione como Centro

Interpretativo da Rota Pritzker e de apoio às diversas actividades que possam decorrer paralelamente à realização

da Rota.

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A Rota Pritzker caracteriza-se também por se dirigir em especial ao mercado europeu no

segmento de pessoas jovens, de encontro às motivações culturais, com uma visão moderna,

em paralelo com um destino tradicional preenchido de história, mas que pode mostrar uma

nova face e providenciar vivências e experiencias enriquecedoras.

Em resumo, o projecto caracteriza-se por ser essencialmente um produto turístico

contemporâneo, orientado ao segmento de turismo cultural, que procura cidades Europeias

em estadias de curta duração, provenientes de ambientes urbanos e conhecedores da

notoriedade cultural determinada pelo prémio Pritzker.

2.3. Organização

Como se trata de um projecto de base territorial regional e supra-municipal, este deverá ser

articulado com entidade regional do turismo13

- Turismo do Porto e Norte de Portugal, ficando

a gestão do projecto sob a directa responsabilidade dos municípios envolvidos: Porto, Maia e

Matosinhos, designadamente através dos seus departamentos de turismo.

Estas estruturas locais, enquanto gestoras do turismo no território, estão melhor

apetrechadas e possuem os recursos adequados para o que é visado. Efectivamente face à

experiencia, rigor técnico, e qualidade dos activos que as compõem, estas estruturas

orgânicas municipais possuem as competências, e a capacidade de gerir o acolhimento

turístico, bem como a logística necessária para efectivar uma articulação coerente com os

stakeholders de promoção externa deste tipo de projecto.

Cada departamento municipal terá uma equipa técnica própria que assegurará a cada

momento o planeamento das visitas aos locais da cidade respectiva. Para este efeito será

nomeado um pivot que ficará responsável por esta actividade.

O projecto será organizado, assim, de acordo com as seguintes seguinte acções:

a) Será efectuada uma selecção das obras a destacar na Rota Pritzker. Em seguida será

elaborada uma ficha síntese das características de cada obra de Álvaro Siza Vieira e de

Eduardo Souto de Moura, e que foram seleccionadas para fazer parte do roteiro, de leitura

fácil e acessível aos turistas. Depois, far-se-á a definição da(s) rota(s), propriamente dita,

materializando o seu traçado num mapa.

b) Esta selecção não será aleatória. Antes pelo contrário, aproveitar-se-á a oferta já

existente ao nível dos transportes intermodais – linhas de metro, transportes públicos,

circuitos turísticos de autocarro e carro eléctrico -, tendo em vista a optimização dos recursos

financeiros e humanos e a optimização da rota.

c) Serão, depois, estabelecidos contactos com os principais sistemas de transportes

públicos da região, visando-se firmar parcerias com eles, destacando-se destes, o sistema

13 A entidade regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal é o organismo responsável pela gestão e

promoção turística da região Norte, englobando um total de 82 municípios. Tem a insígnia, Porto e Norte TME

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 9

de metro ligeiro do Porto14

, com uma linha directa ao principal ponto de entrada de turistas na

região do Norte, isto é, o Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro. Outra vantagem na

utilização dos circuitos turísticos de autocarro ou de eléctrico é também o aproveitamento

indirecto dos “produtos turísticos combinados” na divulgação da “Rota Pritzker Porto e Norte

de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”, em especial na

associação ao cartão turístico cultural urbano por excelência – o Porto Card – abrangente a

todos os públicos, e ainda as vantagens enunciadas pela exclusividade do Porto Vip

Passport.

d) Promover a ampla divulgação da Rota Pritzker nos pontos de entrada no destino, com

destaque para o Aeroporto do Porto, para o Terminal de Cruzeiros de Leixões15

, para as

Estações Ferroviárias, ainda do trabalho de articulação em termos de mobilidade funcional e

mobilidade turística, designadamente com a rede de Metro do Porto, os transportes públicos

de passageiros do STCP, e a própria CP, e ainda nas rotas fluviais privilegiadas do Douro.

e) Com o “Metro do Porto”procurar-se-á aproveitar as linhas de metro existentes e que

cruzam o território dos três concelhos envolvidos neste projecto, como meio de transporte

simples e acessível no percurso pelos turistas da Rota Pritzker. A Estação de Metro da

Trindade, da autoria de Eduardo Souto de Moura, será um espaço físico de divulgação da

rota, através da utilização dos canais de comunicação aí existentes, funcionando como

“Centro Interpretativo” interactivo das obras destes dois arquitectos, apresentando-se, assim,

como um ponto de partida da rota para os turistas que cheguem à cidade do Porto.

f) Relativamente aos STCP, procurar-se-á beneficiar na implementação da Rota Pritzker

as linhas de transportes existentes, muito em especial aquelas que coincidem com o

percurso da própria rota pelos três concelhos, com claras vantagens económicas para quem

nos visita, em especial o turista jovem do designado city break.

g) Deverá tirar-se também partido dos circuitos turísticos de autocarro disponibilizados

por esta empresa, em especial as vantagens associadas ao “Sightseeing Tours Porto Vintage

– Yellow Bus”, mais concretamente agregando a rota “Álvaro Siza e Souto de Moura: Rota

Pritzker Porto e Norte de Portugal”a duas rotas já existentes, a rota “Porto Antigo” e a rota

“Porto dos Castelos”, evitando-se, assim, a criação por parte daquela empresa de uma nova

rota específica para o efeito, com evidentes custos acrescidos, não só humanos mas

também materiais.

h) A Rota Pritzker terá como suporte um “guia” áudio, em formato Mp3, através do

download dos respectivos arquivos, que o potencial ou efectivo turista poderá copiar dos

sites institucionais das estruturas de turismo locais (Porto, Matosinhos e Maia) para o seu

14 A Metro do Porto é um sistema de transportes público do Grande Porto, que consiste numa rede ferroviária

electrificada subterrânea no centro do Porto e à superfície na periferia. É uma rede recente repartida em 6 linhas

(com 8 serviços, incluindo um serviço expresso) espalhadas por sete concelhos da área metropolitana: Porto,

Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Gondomar. Possui um total de 80

estações distribuídas por 70 km de linhas comerciais duplicadas, maioritariamente à superfície, com 9,5 km da

rede enterrada.

15 A Administração do Porto de Douro e Leixões, APDL, decidiu lançar um concurso para a construção de um

novo terminal de transatlânticos. Pretende-se uma aposta forte neste filão de mercado que movimenta anualmente

14 milhões de passageiros. Procura-se tornar o Porto de Leixões capaz de receber os melhores e maiores navios,

levando-o a tornar-se um ponto de paragem obrigatório nos circuitos entre o Báltico e o Mediterrâneo. Um

objectivo ambicioso em que ficam a ganhar não só o Porto de Douro e Leixões, mas sim todo o Grande Porto e

Região Norte. Fonte: APDL

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 10

computador pessoal e depois para o leitor de Mp3 portátil, permitindo-se, assim, que o

turista, de uma forma cómoda e ao seu próprio ritmo, possa descobrir as grandes obras de

Siza Vieira e de Eduardo Souto de Moura.

i) De seguida, proceder-se-á à definição dos locais para instalação dos núcleos ou

centros interpretativos da rota, a existir em cada município. Para a previsão de núcleos que

funcionem como centro interpretativo da Rota Pritzker e de apoio às diversas actividades que

possam decorrer paralelamente à Rota, deverão ser desenvolvidas parcerias com instituições

vocacionadas para a temática, possuidoras de espaços físicos que permitam a montagem

de exposições de fotografias e de maquetes. De referir que, existem já alguns espaços que

poderão integrar este projecto, tal como a futura Casa de Arquitectura de Matosinhos, em

Matosinhos e o actual Centro de Documentação Álvaro Siza, no Museu de Serralves, no

Porto. Para além disso, nesses centros interpretativos haverá produtos de merchandising da

própria Rota Pritzker, sob a responsabilidade de técnicos com formação adequada a quem

competirá informar, guiar e apresentar as exposições.

j) Estas exposições terão também como objectivo, a promoção de outras obras destes

arquitectos que não estejam incluídas na Rota Pritzker mas que, atendendo ao seu valor,

possam ter interesse em divulgar através de uma descrição/ caracterização sumária,

fotografias e maquetes das mesmas, como sejam: a Casa das Histórias Paula Rego, em

Cascais, o Estádio Municipal de Braga16

, em Braga, o Pavilhão de Portugal, no Parque das

Nações, a Igreja de Santa Maria, em Marco de Canaveses, entre outras. Estes centros

interpretativos poderão ainda desenvolver diversas actividades científicas e culturais, tais

como: fóruns de debate, conferências, congressos, workshops, ensaios e estudos,

exposições, que se relacionem a temática da Rota Pritzker,

k) Para a implementação da plataforma virtual interactiva, alojada na internet, que fará a

gestão da Rota, e de guia virtual dos percursos em GPS ligados a interfaces portáteis,

(pda´s, telemóveis, ipod, etc.), será elaborado um caderno de encargos;

l) A concretização dos meios de divulgação, através de meios de fácil acesso e

cómodos, para o seu potencial utente, será feita através da utilização preferencial das

ferramentas actualmente disponíveis na internet, como seja a criação de uma página nas

redes sociais 17

Facebook e Twitter, bem como de uma webpage do projecto, divulgado em

link noutros sites institucionais.

Para além da organização e método que acima se referiu, prevê-se ainda algumas das

seguintes acções concretas de divulgação, nomeadamente:

a) Divulgação da rota, por todos os parceiros envolvidos, através link´s nas webpages

de cada um, em que os pontos de visita da rota serão georreferenciados e

disponíveis na webpage;

16 O Estádio AXA

ou Estádio Municipal de Braga, conhecido por "A Pedreira" é uma obra emblemática de Souto

Moura, e de Rui Furtado (engenharia), foi contemplada com o Prémio Secil em 2004 (Categoria Arquitectura), e

em 2005 (Categoria Engenharia Civil).

17 Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é a partilha de informações, conhecimentos,

interesses e esforços em busca de objectivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse

sentido, reflecte um processo de fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior participação

democrática e mobilização social. Fonte: Wikipédia.

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 11

b) Divulgação junto dos locais de desembarque internacional, nomeadamente Terminal

do Porto de Leixões, e Aeroporto Francisco Sá Carneiro;

c) Divulgação nos hotéis e postos de turismo dos três Concelhos;

d) Divulgação em desdobráveis e outros suportes com a marca “Rota Pritzker Porto e

Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”;

e) Divulgação nos transportes públicos que servem as diversas paragens e destinos da

“Rota Pritzker”;

f) Divulgação de um guia virtual dos percursos da Rota em GPS para pda´s,

telemóveis, ipod, e outros;

Salienta-se ainda, na organização deste projecto, a particularidade que se prevê ao nível da

partilha e do intercâmbio técnico e funcional promovido pelo trabalho em rede entre os

municípios18

que compõem o projecto, bem como o desenvolvimento de uma forte acção de

comunicação e atracção para esta Rota, de parceiros essenciais do sector do turismo local,

regional e nacional – os agentes públicos, o sector empresarial e o público, os intermediários,

quer ao nível do acolhimento quer ao nível da promoção turística, de modo a assegurar a

receptividade, mobilização e envolvimento nas acções de desenvolvimento do projecto, de

implementação e divulgação da “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra

de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”.

3. ANÁLISE COMPARATIVA COM OUTRAS IMPLEMENTAÇÕES

3.1. Pesquisa de projectos similares

As rotas turísticas, de divulgação temática, são actualmente um instrumento de difusão

turística muito em voga, constatando-se resultados muito interessantes para as cidades e

regiões que optam por este modelo de oferta turística, uma vez que permite dar a conhecer o

território e a sua cultura através de objectivos definidos, que por sua vez se articulam com

outras ofertas de interesse disponíveis, dando a conhecer o território nas suas vertentes

culturais, sociais e económicas.

Neste sentido, nesta fase do projecto tratamos de pesquisar e analisar, de forma sumária e

sintética, projectos similares à rota turística que pretendemos criar e implementar, a

designada “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e

Eduardo Souto de Moura”, seleccionando para o efeito três casos internacionais, ligados a

cidades, e dois casos em Portugal, a saber:

A) Barcelona, três Rotas Turísticas:

Rota Barcelona do Modernismo - obras de Antoni Gaudí

Rota Barcelona Histórica – centro histórico

Rota Barcelona da Modernidade - cidade olímpica

B) Bilbao, duas Rotas Turísticas:

Rota Ensanche Bilbaino – arquitectura emblemática

Rota Abando - Museu Guggenheim e reconversão da frente de água

C) Berlim, uma Rota Turística:

Rota Berlim Judaico – arquitectura judaica antiga e contemporânea

18 Porto, Maia e Matosinhos, por questões operacionais deste projecto e por serem estes onde existem obras de

referência dos dois arquitectos.

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 12

D) Vale do Sousa, uma Rota Turística

Rota do Românico

E) Porto, uma Rota Turística

Rota Urbana do Vinho

As características de cada uma das rotas, de acordo com os critérios estabelecidos pela

equipa de trabalho e importantes para a análise comparativa que é pretendida, encontram-se

devidamente enunciadas nos quadros que a seguir se apresentam para cada um dos locais

seleccionados:

A – Barcelona

“Rota Barcelona do Modernismo”

Objectivo Obras de Antoni Gaudí e outros autores como Lluís Doménech i Montaner e Josep Puig i Cadafalch

Caracterização Esta rota quer dar a conhecer a riqueza arquitectónica da Barcelona contemporânea, fruto da intervenção

efectuada nos finais do século XIX, e da força económica da indústria então florescente, que permitiu que os

novos-ricos mais ousados encomendassem as suas casas às novas gerações de arquitectos, adeptos do

modernismo, sendo o Passeig de Gràcia o eixo ao redor do qual foram surgindo essas obras,

designadamente a Casa Batló, a Casa Amatller, a Casa Milà ou La Pedrera, a Casa de Les Punxes, o Templo

da Sagrada Familia, bem como o Hospital de Sant Pau, a Casa Vicens, o Park Guell, o Palácio Real ou "Palau

Reial", o Palácio da Música Catalã ou "Palau de la Musica Catalana", entre outros, muitas delas declaradas

Património Mundial pela UNESCO.

Divulgação Esta rota é divulgada não só através dos sites institucionais da região da Catalunha e do próprio Ayuntamento

de Barcelona, destacando-se o site www.barcelonaturisme.com, mas também pelos próprios sites dos

operadores de autocarros turísticos. Outra forma de divulgação é através de brochuras e mapas,

disponibilizados não só nos postos de turismo mas também nos hotéis, museus associados e nas próprias

obras arquitectónicas de Gaudí, como “La Pedrera” e a “Casa Batló”. As rotas pedestres e de autocarro

associadas, como seja a "Barcelona City Tour - rota oeste" ou a "Barcelona Bus Turistic - rota vermelha" estão

devidamente divulgadas no terreno com simbologia própria nas suas paragens, e que permite ao turista

identificar as mesmas. Há também a possibilidade do turista através de um acesso pela internet aceder a um

Audio-guia "Barcelona de Gaudí" em Mp3.

Recursos Para além de utilizar as formas tradicionais de uma rota, como seja a sua descoberta através de autocarro

turístico, a mesma pode também ser efectuada a pé, com guia profissional, ou autonomamente, através de

guia-audio Mp3. Há também a possibilidade de conhecer a rota por bicicleta, scooter e igualmente por

automóvel. Constata-se um mix de recursos públicos com recursos privados.

Custos Os preços de cada um dos serviços disponibilizados aproximam-se em média dos seguintes valores:

25€/adulto/1 dia; 35€/adulto/2 dias; existindo igualmente preços para crianças (4-12 anos) correspondentes a

cerca de metade dos preços praticados para adultos, sendo que as crianças dos 0-3 anos são grátis. É

possível a compra on-line dos bilhetes e ingressos c/ 10% desconto. Muito destes produtos tem descontos

associados a outros serviços, bem como no acesso a edifícios de interesse turístico e museus.

Duração Os circuitos de autocarro associados à rota do modernismo tem a duração de 3 horas de viagem

aproximadamente e funcionamento diário, todo o ano. As rotas pedestres com guia profissional têm a duração

de 2 horas.

Pontos Fortes Rota muito divulgada, onde há a preocupação de dar a conhecer as principais referencias do modernismo

existentes em Barcelona. A sua descoberta pode ser feita por várias maneiras, constatando-se uma

preocupação na articulação dos meios pedestres com os rodoviários. Os preços praticados são regra geral

acessíveis e há a preocupação no melhor aproveitamento das disponibilidades oferecidas. Os circuitos dos

autocarros turísticos procuram aceder à grande maioria das obras do modernismo e possibilitam

complementarmente o acesso a outros locais, como seja, à Serra de Collserola e ao Tibidabo. Destaca-se a

criação de um cartão "BarcelonaCard" que permite o acesso gratuito aos transportes públicos e com dias de

duração associados. Há também uma preocupação para que o turista possa visitar a cidade de carro, com

gps guia, ou através do download de ficheiros.

Pontos Fracos A existência de vários circuitos de autocarro turístico, com locais e paragens coincidentes podem confundir o

turista. Os circuitos pedestres com guia profissional estão apenas disponibilizados na língua inglesa, na língua

catalã e espanhola, com horários fixos e rígidos.

Oportunidades Aproveitamento dos novos visitantes da cidade provenientes do “low cost”, com o alargamento dos guias

profissionais a outras línguas europeias, como o português, o alemão e o italiano. Será também de aproveitar

o turismo proveniente dos Cruzeiros, em especial o turismo sénior

Ameaças O desenvolvimento de rotas turísticas por outras cidades europeias

Tabela 1. Barcelona - Rota Barcelona do Modernismo

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“Rota Barcelona Histórica”

Objectivo O coração histórico da cidade

Caracterização Esta rota pretende dar a conhecer o centro histórico de Barcelona, em especial o bairro Gótico/ "Barri Gòtic",

situado em redor da Catedral e do antigo Palácio Real, numa zona quase exclusivamente pedestre, onde se

encontra os principais edifícios dos serviços públicos e onde podemos admirar construções romanas como

elementos integrantes do predominante estilo gótico, bem assim a vivencia das "Ramblas", a sua vida boémia

e o próprio cartaz cultural da cidade.

Divulgação Esta rota é divulgada não só através dos sites institucionais da região da Catalunha e do próprio Ayuntamento

de Barcelona, destacando-se o site www.barcelonaturisme.com, mas também nos sites dos operadores dos

autocarros turísticos. Outra forma de divulgação é através de brochuras e mapas, disponibilizados nos postos

de turismo e nos hotéis. Os circuitos pedestres e de autocarro associados, como seja a "Barcelona City Tour -

rota este" ou a "Barcelona Bus Turistic - rota azul" estão devidamente divulgadas no terreno com simbologia

própria nas suas paragens, e que permitem ao turista identificar as mesmas.

Recursos Para além de utilizar as formas tradicionais de uma rota, como seja a sua descoberta através de circuitos de

autocarro turístico, permite também que a mesma possa ser efectuada a pé, seja com guia profissional, seja

autonomamente. Há também a possibilidade de conhecer a rota por bicicleta, e igualmente pelo aluguer de

automóvel. Constata-se um mix de recursos públicos com recursos privados.

Custos Os preços de cada um dos serviços disponibilizados aproximam-se em média dos 25€/adulto/1 dia;

35€/adulto/2 dias; existindo igualmente preços para crianças (4-12 anos) correspondentes a cerca de metade

dos preços praticados para adultos, sendo que as crianças dos 0-3 anos são grátis. É possível a compra on-

line dos bilhetes e ingressos c/ 10% desconto. Muito destes produtos tem descontos associados a outros

serviços, bem como no acesso a edifícios de interesse turístico e museus.

Duração Os circuitos de autocarro associados a esta rota tem a duração de 3 horas de viagem aproximadamente e

funcionamento diário, todo o ano. As rotas pedestres com guía profissional têm a duração de 2 horas, sendo

que a duração dos percursos de bicicleta e de carro é também de 3 horas de duração.

Pontos Fortes Rota muito divulgada, onde há a preocupação de dar a conhecer as origens da cidade de Barcelona e o seu

centro histórico. A sua descoberta pode ser feita por várias maneiras, verificando-se uma articulação dos

meios pedestres com os rodoviários. Os preços praticados são regra geral acessíveis e há a preocupação no

melhor aproveitamento das disponibilidades oferecidas. Destaca-se a criação de um cartão "BarcelonaCard"

que permite o acesso gratuito aos transportes públicos e com dias de duração associados. Há também uma

preocupação para que o turista possa visitar a cidade de carro, com gps guia, com um circuito associado.

Pontos Fracos A existência de vários circuitos de autocarro turístico, com locais e paragens coincidentes podem confundir o

turista. Os circuitos pedestres com guia profissional estão apenas disponibilizados na língua inglesa, na língua

catalã e espanhola, com horários fixos e rígidos. Há zonas da Ramblas com problemas de segurança e

criminalidade, pelo que, o seu percurso nocturno pode ser desaconselhável a partir de certas horas.

Oportunidades Aproveitamento dos novos visitantes da cidade provenientes do “low cost”com o alargamento dos guias

profissionais a outras línguas europeias, como o português, o alemão e o italiano. Será também de aproveitar

o turismo proveniente dos Cruzeiros, em especial o turismo sénior.

Ameaças O desenvolvimento de rotas turísticas por outras cidades europeias

Tabela 2. Barcelona - Rota Barcelona Histórica

“Rota Barcelona da Modernidade”

Objectivo A regeneração urbana da cidade motivada pela realização dos jogos olímpicos e o novo modelo de cidade

desenvolvida ao redor do planeamento urbano 22@

Caracterização Esta rota pretende dar a conhecer a regeneração urbana operada em torno da realização dos Jogos Olímpicos

de Verão de 1992, através da qual foram remodelados muitos parques e praças, bem como foram criadas as

instalações necessárias à concretização dos jogos, destacando-se os trabalhos efectuados na zona de

Montjuic e a recuperação da costa marítima, em especial no "Port Vell", com dois lugares onde se concentram

modernas construções, dedicados à distracção e ao ócio: O "Maremagnum" e a base dos arranha-céus "Hotel

Arts" e a "Torre Mapfre". Visa-se, ainda, dar a conhecer o novo distrito tecnológico 22@ do Poble Nou, a Torre

Agbar e as construções da Avenida Diagonal.

Divulgação Esta rota é divulgada não só através dos sites institucionais da região da Catalunha e do próprio Ayuntamento

de Barcelona, destacando-se o site www.barcelonaturisme.com, mas também nos sites dos operadores dos

autocarros turísticos. Outra forma de divulgação é através de brochuras e mapas, disponibilizados nos postos

de turismo e nos hotéis. Os circuitos pedestres e de autocarro associados, como seja a "Barcelona City Tour -

rota este" ou a "Barcelona Bus Turistic - rota verde" estão devidamente divulgadas no terreno com simbologia

própria nas suas paragens, e que permitem ao turista identificar as mesmas.

Recursos Para além de utilizar as formas tradicionais de uma rota, como seja a sua descoberta através de circuitos de

autocarro turístico, permite também que a mesma possa ser efectuada a pé, seja com guia profissional, seja

autonomamente. Há também a possibilidade de conhecer a rota por bicicleta, e igualmente pelo aluguer de

automóvel. Constata-se um mix de recursos públicos com recursos privados.

Custos Os preços de cada um dos serviços disponibilizados aproximam-se em média dos 25€/adulto/1 dia;

35€/adulto/2 dias; existindo igualmente preços para crianças (4-12 anos) correspondentes a cerca de metade

dos preços praticados para adultos, sendo que as crianças dos 0-3 anos são grátis. É possível a compra on-

line dos bilhetes e ingressos c/ 10% desconto. Muito destes produtos tem descontos associados a outros

serviços, bem como no acesso a edifícios de interesse turístico e museus.

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 14

Duração Os circuitos de autocarro associados têm uma duração mais curta, entre 40 minutos e 1 hora, e um

funcionamento específico no ano - período do verão. As rotas pedestres com guia profissional tem a duração

de 2 horas, e o percurso de bicicleta e de carro é de cerca de 3 horas.

Pontos Fortes Rota igualmente divulgada como as restantes, onde há a preocupação de dar a conhecer a nova cidade de

Barcelona. A sua descoberta pode ser feita por várias maneiras, verificando-se uma articulação dos meios

pedestres com os rodoviários. Os preços praticados são regra geral acessíveis e há a preocupação no melhor

aproveitamento das disponibilidades que oferecem. Destaca-se a criação de um cartão "BarcelonaCard" que

permite o acesso gratuito aos transportes públicos e com dias de duração associados. Há também uma

preocupação para que o turista possa visitar a cidade de carro, com gps guia, com um circuito associado.

Pontos Fracos É uma rota em crescimento, apresentada como complementar às duas restantes. O facto dos circuitos de

autocarro turístico funcionarem apenas durante um determinado período do ano (Verão) leva a um

afastamento dos turistas.

Oportunidades Aproveitamento dos novos visitantes da cidade provenientes do “low cost”com o alargamento dos guias

profissionais a outras línguas europeias, como o português, o alemão e o italiano. Será também de aproveitar

o turismo proveniente dos Cruzeiros, em especial o turismo sénior.

Ameaças As duas outras rotas existentes, mais enriquecedoras em termos culturais e históricos

Tabela 3. Barcelona - Rota Barcelona da Modernidade

B – Bilbao

“Rota Ensanche Bilbaino"

Objectivo Este itinerário pretende mostrar alguns dos locais, edifícios e obras mais emblemáticos da cidade de Bilbao.

Caracterização Esta rota pretende mostrar locais e obras emblemáticas de cidade, saindo do centro histórico. Inclui obras

arquitectónicas de Luis Aladrén.

Divulgação Esta rota é divulgada através do Ayuntamento de Bilbao (http://www.bilbao.net/bilbaoturismo/), bem como

através dos sites institucionais da região. É divulgada também através de brochuras e mapas, disponibilizados

nos postos de turismo.

Recursos Podem ser utilizados transportes públicos, bicicleta ou automóvel. Bilbao Turismo disponibiliza a "Tarjeta

Turística BilbaoCard", que permite, por um preço reduzido, utilizar os transportes públicos urbanos e usufruir de

descontos em museus, no comércio, restaurantes, estabelecimentos, espectáculos e outros serviços. Vende-

se para 1, 2 ou 3 dias. È igualmente disponibilizado o "Creditrans", um cartão de crédito para viajar,

recarregável, cujos preços de venda ao público são de 5, 10 ou 15 euros, ajustando-se, assim, às

necessidades de cada cliente. Esta rota poderá eventualmente ser efectuada a pé, pelo menos em parte.

Custos Os preços do "Bilbao Walking Tours" - circuito pedestre- são de 4,5€ por pessoa. Os preços praticados pelo

"Bus Turistikoa Bilbao" são acessíveis, existindo preços para reformados e estudantes (10€/pessoa), para

crianças dos 6-12 anos (6€/pessoa) e para adultos (12€/pessoa).

Duração O circuito a pé tem a duração de 90 minutos. O circuito de autocarro dura cerca de uma hora

aproximadamente.

Pontos Fortes Permite ao utilizador ter uma perspectiva mais ampla da cidade de Bilbao, em especial o seu desenvolvimento

urbano dos últimos anos, complementando a rota histórica.

Pontos Fracos A divulgação da rota é incipiente, apesar de vários dos elementos fortes que constituem a rota terem uma

ampla divulgação em vários sites relacionados com a cidade. Os horários praticados pelo "Bus Turistikoa

Bilbao" não são flexíveis para os turistas. Poucos locais de interesse assinalados. As poucas línguas utilizadas

pelos guias (ingles e espanhol) podem ser um factor de não utilização/fruição por turistas de outros países.

Oportunidades Aproveitar para utilizar outros meios de divulgação, como por exemplo um audio-guia Mp3.

Ameaças A existência de rotas turísticas mais desenvolvidas e exploradas por outras cidades espanholas. A ameaça da

ETA e a imagem negativa que pode ser associada a este movimento de luta politica e o consequente medo

que pode originar aos visitantes da cidade.

Tabela 4. Bilbao - Rota Ensanche Bilbaino

“Rota Abando"

Objectivo Trata-se de uma rota onde predominam obras de autores contemporâneos

Caracterização Neste itinerário incluem-se obras como a escultura de Jorge Oteiza "Variante Ovoide de desocupación de la

esfera" (2002), Puente Zubizuri, obra de Santiago Calatrava, o famoso Museu Guggenheim Bilbao, inaugurado

en 1997, símbolo do renascimento da cidade, obra do arquitecto Frank O. Gehry, Esculturas da escultora

Louise Borgoise de Jeff Koons. Passagem por Abandoibarra, área emblemática da regeneração urbanística de

Bilbao. A prestigiosa Universidade de Deusto. O Museu de Belas Artes, terceira pinacoteca mais importante de

Espanha, com uma impressionante colecção permanente e excepcionais exposições temporárias. O Palácio

de Congressos e da Música, Euskalduna, obra dos arquitectos Dolores Palacios e Federico Soriano. Junto a

este encontram-se o Museu Marítimo, os Jardins e a Casa de da Misericordia, e o edifício de António

Goicoechea.

Divulgação Esta rota é divulgada através do Ayuntamento de Bilbao (http://www.bilbao.net/bilbaoturismo/), bem como

através dos sites institucionais da região. É divulgada também através de brochuras e mapas, disponibilizados

nos postos de turismo.

Recursos Podem ser utilizados transportes públicos, bicicleta ou automóvel. Bilbao Turismo disponibiliza a "Tarjeta

Turística BilbaoCard", que permite, por um preço reduzido, utilizar os transportes públicos urbanos e usufruir

de descontos em museus, no comércio, restaurantes, estabelecimentos, espectáculos e outros serviços.

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 15

Vende-se para 1, 2 ou 3 dias. È igualmente disponibilizado o "Creditrans", um cartão de crédito para viajar,

recarregável, cujos preços de venda ao público são de 5, 10 ou 15 euros, ajustando-se, assim, às

necessidades de cada cliente. Esta rota poderá eventualmente ser efectuada a pé, pelo menos em parte.

Custos Os preços do "Bilbao Walking Tours" - circuito pedestre- são de 4,5€ por pessoa. Os preços praticados pelo

"Bus Turistikoa Bilbao" são acessíveis, existindo preços para reformados e estudantes (10€/pessoa), para

crianças dos 6-12 anos (6€/pessoa) e para adultos (12€/pessoa).

Duração Não há indicações

Pontos Fortes Trata-se de uma rota que permite ao turista conhecer a cidade moderna, destinada a um utilizador que procura

uma visão contemporânea da cidade.

Pontos Fracos A divulgação da rota é incipiente, apesar de vários dos elementos fortes que constituem a rota terem uma

ampla divulgação em vários sites relacionados com a cidade. Os horários praticados pelo "Bus Turistikoa

Bilbao" não são flexíveis para os turistas. As poucas línguas utilizadas pelos guias (inglês e espanhol) podem

ser um factor de não utilização/fruição por turistas de outros países.

Oportunidades Aproveitar para utilizar outros meios de divulgação, como por exemplo um audio-guia Mp3.

Ameaças A existência de rotas turísticas mais desenvolvidas e exploradas por outras cidades espanholas. A ameaça da

ETA e a imagem negativa que pode ser associada a este movimento de luta politica e o consequente medo

que pode originar aos visitantes da cidade.

Tabela 5. Bilbao - Rota Abando

C – Berlim

“Rota Berlim Judaico "

Objectivo Pretende mostrar os dois mil anos de história judaica na Alemanha.

Caracterização A cultura judaica teve e continua a ter uma importância destacada em Berlim, onde se entrelaçam aspectos do

passado e do presente, deixando lembranças em numerosos pontos da cidade, sendo que, entre os

monumentos, merecem atenção especial, a Nova Sinagoga, o Museu Judaico e o Memorial às vítimas do

holocausto.

Divulgação Está rota encontra-se disponibilizada num operador turístico privado, podendo ser percorrida a pé ou em

autocarro turístico com guia. Os monumentos destacados por si só captam o interesse dos turistas, e

encontram-se amplamente divulgados nos postos de turismo, com brochuras e desdobráveis. Há sites na

internet, e cartazes alusivos nas agências de viagens dos países de origem dos turistas.

Recursos Não há informação quanto à duração dos circuitos a pé ou em autocarro turístico, com guia. Nos monumentos,

à semelhança de outros museus, há a possibilidade de se fazer visitas guiadas em língua portuguesa, por

guias de língua materna, quando grupos portugueses, ou na língua do respectivo país a que corresponde o

grupo.

Custos A visita a pé tem o preço de 100€ + IVA por pessoa. A visita efectuada em autocarro tem o preço de 90€ + IVA

por pessoa.

Duração As visitas guiadas nos museus têm em média a duração de 90 minutos. Os circuitos não têm informação

disponibilizada.

Pontos Fortes Esta rota, mesmo de cariz privado, permite o conhecimento da obra arquitectónica de Daniel Libeskind e a

exposição que retrata os dois mil anos de vida judia na Europa, sendo uma vantagem a localização dos

monumentos no centro da cidade, com uma rede de transportes eficiente, salientando-se que a compra de um

único bilhete dá para as designadas zonas A e B e serve ainda para o autocarro público, metro e comboio, com

uma duração mínima de um dia, pelo preço de 5,80€.

Pontos Fracos Ausência de divulgação da rota nos sites institucionais dos organismos públicos. Há referências apenas aos

monumentos.

Oportunidades Agregação às rotas turísticas públicas existentes, bem como a outros monumentos históricos da cidade de

Berlim que existem nas imediações daqueles três monumentos. Aproveitamento dos circuitos de bicicleta

existentes.

Ameaças A sua pouca visibilidade e fraca divulgação podem condenar ao seu fracasso.

Tabela 6. Berlim - Rota Berlim Judaico

D – Vale do Sousa

“Rota do Românico"

Objectivo Pretende mostrar a arquitectura românica da região do Vale do Sousa e Tâmega.

Caracterização Estruturada ao longo de dois percursos, o norte e o sul, esta rota visa atrair visitantes à região do Vale do

Sousa e assumir um papel de excelência no âmbito do turismo cultural, procurando valorizar e dar a conhecer

a riqueza histórica, patrimonial e cultural da região.

Divulgação Está rota da iniciativa da associação de Municípios do Vale do Sousa está amplamente divulgada no site

www.rotadoromanico.com, e nos sites institucionais das respectivas Câmaras Municipais, tendo igualmente

uma página na rede social facebook. É divulgada também através de brochuras e mapas, disponibilizados nos

postos de turismo e agências de viagens.

Recursos Há a possibilidade do turista criar a sua própria rota, seleccionando os monumentos que quer visitar. As visitas

aos monumentos que integram a rota devem ser feitas por marcação prévia, existindo a possibilidade das

mesmas serem acompanhadas por um guia. Foram criados Centros de Informação da Rota do Românico em

quatro monumentos âncora, a saber o claustro do Mosteiro de Pombeiro, em Felgueiras; a Torre de Vilar, em

Lousada; o Mosteiro de São Pedro de Ferreira, em Paços de Ferreira e, por ultimo no Mosteiro do Salvador de

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 16

Paço de Sousa, em Penafiel. Estes centros funcionam como espaços de acolhimento e apoio aos visitantes e

turistas, onde estes poderão aceder, de modo didáctico e interactivo, a informação sobre a rota do românico e

o território do Tâmega e Sousa.

Custos A taxa de marcação de visita aos monumentos é de 4,17€, acrescido de IVA e o acompanhamento com guia

custa 8,33€, acrescido de IVA.

Duração Há percursos disponibilizados para 4, 2 e 1 dia.

Pontos Fortes É uma rota de grande interesse histórico e cultural, permitindo a descoberta de uma região do interior e o

desenvolvimento dos Municípios associados á mesma. Ampla satisfação dos turistas que a percorrem.

Pontos Fracos As marcações prévias para visita aos monumentos (igrejas e conventos) é pouco flexível e em alguns casos

com horários fixos.

Oportunidades Maior divulgação nos pontos de entrada de turistas na região norte (aeroporto Francisco Sá Carneiro, Terminal

de cruzeiros do porto de Leixões, e estação de comboio de Campanhã

Ameaças O desenvolvimento de outras rotas turísticas de natureza regional, em, especial a associada ao Douro

internacional.

Tabela 7. Vale do Sousa - Rota do Românico

E – Porto

"Rota Urbana do Vinho”

Objectivo O objectivo da rota é mostrar os vários lugares que marcaram a história da cidade como importante entreposto

comercial dos produtos relacionados com o vinho: vinho do porto, vinhos maduros e vinhos verdes e dar a

conhecer os locais e edifícios que fazem do Porto uma cidade do vinho.

Caracterização A 'Rota Urbana do Vinho' chama a atenção para monumentos e sítios do Porto, para a nossa história, para as

personalidades que viveram a cidade. E, sobretudo, para a enorme importância que o vinho teve para o que é

hoje o Porto, numa perspectiva da sua identidade e do seu carácter - no fundo, o que os turistas mais gostam

de sentir nas suas visitas", afirmou o autarca, sublinhando o facto de o Vinho do Porto ser o "principal

embaixador" da cidade e "um elemento muito importante para a coesão do território.

Divulgação A rota dispõe apenas e para já, de um folheto desdobrável de divulgação com 23 locais de visita, todos

situados no centro histórico do Porto.

Recursos Desdobrável com um mapa da área onde se situam os sítios a visitar. Pode obter-se informação adicional no

portal do Turismo da CMP, bem como descarregar vários conteúdos explicativos e informativos. Ficar a saber

quais os transportes que servem os vários locais, respectivos preços e horários, Num aplicativo pode-se traçar

uma rota e preferências do utilizador.

Custos Não foram divulgados custos . No entanto a visirta a algum dos edifícios da rota pode implicar a compra de

ingresso.

Duração Há percursos disponibilizados para 4, 2 e 1 dia.

Pontos Fortes A rota de grande interesse histórico e cultural, permitindo a descoberta de uma região do interior e o

desenvolvimento dos Municípios associados á mesma. Ampla satisfação dos turistas que a percorrem.

Pontos Fracos As marcações prévias para visita aos monumentos (igrejas e conventos) é pouco flexível e em alguns casos

com horários fixos.

Oportunidades Maior divulgação nos pontos de entrada de turistas na região norte (aeroporto Francisco Sá Carneiro, Terminal

de cruzeiros do porto de Leixões, e estação de comboio de Campanha.

Ameaças O desenvolvimento de outras rotas turísticas de natureza regional, em, especial a associada ao Douro

internacional.

Tabela 8. Porto - Rota Urbana do Vinho

3.2. Comparação desses projectos: vantagens e desvantagens

Comparadas de forma sistemática as vantagens, as desvantagens, as oportunidades e

ameaças das principais características das rotas turísticas pesquisadas, conclui-se que, dos

projectos analisados, poderá adaptar-se a este projecto alguns dos aspectos aí

desenvolvidos, em especial os diversos canais de exploração disponibilizados aos turistas

nas rotas “Barcelona do Modernismo” e “Barcelona Histórica”. Isto é, a criação dentro da

“Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo Souto

de Moura” de sub-rotas complementares entre si, como seja, a descoberta da arquitectura

de Siza Vieira e Souto de Moura não só através de circuitos de autocarro turísticos, mas

também por circuitos pedestres, com ou sem guia, e até de bicicleta e carro, com a

disponibilização de GPS guia.

Por outro lado, o conceito associado aos Centros de Informação existentes na “Rota do

Românico” deverá igualmente ser aproveitado e adaptado à Rota Pritzker, de modo a que os

centros interpretativos a criar sejam entendidos como espaços de acolhimento e apoio aos

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visitantes e turistas, nos quais possam aceder comodamente a informação sobre as

principais obras de Siza Vieira e Souto de Moura. Não só através dos tradicionais suportes de

informação, mas também de modo didáctico e interactivo, devendo esses espaços dispor de

uma área de atendimento, de uma área de exposição dos materiais de informação,

promoção e de acesso à internet, de uma área expositiva multimédia e de um espaço

polivalente apto para o acolhimento de exposições e outros eventos. Em resumo conclui-se

que a pesquisa de casos semelhantes constituiu uma mais-valia para a determinação da

base programática do presente projecto.

4. CALENDARIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO E MECANISMOS DE CONTROLO

4.1. Actividades e prazos

Apresentamos de seguida as fases de implementação da “Rota Pritzker Porto e Norte de

Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura”, com a enunciação

das actividades a desenvolver, respectivos prazos de execução, recursos e custos

associados. Foi preocupação definir o sequenciamento e a calendarização das actividades a

executar, que a seguir demonstramos, bem como a relação de dependência entre si e os

recursos a serem afectados a cada uma dessas actividades, melhor concretizados no Anexo

II.

Actividade Caracterização Act. Precedente Duração (dias)

A Definição rota ------------------- 15

B Parcerias transportes públicos A 45

C Definição pontos entrada A 15

D Definição núcleos A 15

E Parcerias entidades dinamizadoras D 45

F Parcerias operadores turísticos C 45

G Adjudicação campanha divulgação B,D,F 90

H Parceria com O.A E 20

I Design e concepção rota G 90

J Produção suportes físicos I 60

L Adjudicação concepção/montagem

exposições

D 90

M Montagem exposições núcleos H,L 90

N Implementação campanha

divulgação

E,J,M 60

O Apresentação pública da rota N 1

Tabela 9. Sequenciamento

Uma vez enunciadas as principais actividades a desenvolver para a concretização e

implementação da “Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: arquitectura e obra de Álvaro Siza

e Eduardo Souto de Moura”, para melhor compreensão da sequência das actividades a

realizar e relação de dependência entre si, de seguida passamos a descrever sucintamente

cada uma delas, bem como o motivo da respectiva subordinação.

A primeira actividade a desenvolver é a definição da rota propriamente em si – Actividade A -

com a selecção das obras a visitar, materializando-se a seguir o seu traçado quer em planta,

quer em mapa interactivo Google earth. Será, ainda, elaborada uma ficha técnica para cada

uma das obras seleccionadas, com a enunciação das suas principais características, a

constar de um pequena memória descritiva, e fotos com várias perspectivas da mesma.

Uma vez definido o traçado da rota, está-se em condições de passar para as actividades

seguintes, isto é, o estabelecimento de parcerias com os sistemas de transportes públicos

existentes na região do Grande Porto – Actividade B -; a definição de pontos de entrada para

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 18

a divulgação da rota – Actividade C -; e a definição dos seus núcleos interpretativos –

Actividade D, e cujo arranque é simultâneo.

Dado que é objectivo do projecto o aproveitamento das sinergias existentes tendo em vista a

redução dos custos financeiros associados à sua implementação, a celebração de

protocolos de acordo com as principais ofertas públicas de transportes, como seja, o Metro

do Porto, os STCP e a própria CP, é muito importante para o sucesso do projecto, já que, a

agregação da rota aos trajectos do título de transporte “Andante” permitirá uma maior

flexibilidade aos potenciais utentes desta rota turística, possibilitando-se, desta forma, que

tirem um maior partido daquilo que pretendem visitar e conhecer a custo reduzido.

A definição dos pontos de entrada para a divulgação da rota é igualmente importante tendo

em vista o seu sucesso comercial, já que, a promoção da rota nos postos de turismo e

gabinetes de informação turística existentes nas três cidades envolvidas neste projecto

permitirá uma maior difusão da mesma junto dos turistas, sendo que, a associação desses

pontos de entrada com a rede intermodal de transportes públicos, permitirá a fruição

imediata da rota pelo turista que chega à região do Grande Porto por via aérea, ferroviária e

marítima (Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, Estação de São Bento e de

Campanha, e futuro Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões). Procurar-se-á igualmente

promover a rota junto dos mais emblemáticos hotéis da cidade do Porto, bem como junto

dos novos conceitos de alojamento “low cost”.

Uma vez definidos estes pontos de entrada, passar-se-á para o estabelecimento de parcerias

não só com os principais operadores turísticos da região do Grande Porto, mas também com

as Associações Profissionais mais representativas da região e dos próprios Municípios –

Actividade F -.

A definição dos núcleos interpretativos procurará ligar a sua criação com as obras mais

relevantes destes autores, em particular com o peso que as mesmas têm em termos de

arquitectura contemporânea e localização privilegiada no trajecto da rota.

Definidos que estejam os núcleos interpretativos, entrar-se-á na fase de estabelecimento de

parcerias com as Entidades ou Instituições que ocupam e gerem os espaços físicos

seleccionados, como será o caso da Fundação de Serralves, entre outros – Actividade E -, e

uma vez formalizados esses Acordos de Cooperação, podemos estabelecer a seguir uma

parceria com a Ordem dos Arquitectos – Actividade H -, não só para a ministração de

formação específica dos guias turísticos ligados à divulgação e promoção da rota, bem

como no aconselhamento da informação a disponibilizar nos núcleos interpretativos. A

definição dos núcleos interpretativos possibilitará, ainda, a abertura dos procedimentos de

contratação pública necessários à adjudicação da concepção e montagem das exposições a

existirem nesses núcleos – actividade L -.

Uma vez estabelecidas as parcerias com os sistemas de transportes públicos e com os

operadores turísticos, inicia-se a fase de abertura dos procedimentos concursais tendentes à

adjudicação da concepção da campanha de divulgação e publicidade da rota – Actividade

G. Uma vez feita a sua adjudicação, proceder-se-á junto do adjudicatário, isto é, a empresa

prestadora de serviços, pela concepção e design da rota em suporte digital – Actividade I -,

mais concretamente com a criação da página Web da rota, da plataforma interactiva prevista

e das páginas a criar nas redes sociais Facebook e Twitter. Terminada a concepção da

campanha de divulgação e publicidade da rota, passar-se-á para a produção dos suportes

físicos propriamente ditos, isto é, desdobráveis, mapas, cartazes, bem como os que estejam

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 19

associados à publicidade da rota (muppies) – Actividade J -, precedido sempre da abertura

dos competentes procedimentos de contratação pública.

Encontrando-se em curso a produção dos suportes físicos e terminada que esteja a

concepção e montagem dos núcleos interpretativos, proceder-se-á à implementação dos

núcleos nos locais previamente seleccionados e já com parceria estabelecida – Actividade

M.

Uma vez produzidos todos os suportes físicos e concluída a página Web, inicia-se a fase de

implementação da campanha de divulgação e de publicidade da rota – Actividade N -, junto

dos meios de comunicação social, culminando essa campanha com a apresentação pública

da rota, em cerimónia a ter lugar em local a definir, mas emblemático para a rota turística

criada, com a presença dos três presidentes de câmara, os arquitectos que se pretende

homenagear, a sociedade civil e os demais convidados – Actividade O.

Para melhor compreensão da sucessão de actividades enunciada, remete-se para o

esquema que se acima se apresenta (Fig.1).

Figura 1. Sequenciamento

Actividade A

Definição da rota

Actividade D

Definição dos núcleos

Actividade C

Definição dos pontos de entrada

Actividade B

Parcerias Transportes

Actividade L

Concepção

Exposições

Actividade E

Parcerias Entidades

Dinamizadoras

Actividade H

Parceria Ordem

dos Arquitectos

Actividade M

Implementação

Núcleos

Actividade F

Parcerias

Operadores

Turísticos e outros

Actividade G

Concepção

Campanha

Divulgação

Actividade I

Design e

Concepção Rota

Actividade J

Produção

Suportes Físicos

Actividade N

Implementação

Campanha

Actividade O

Apresentação

Pública da Rota

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 20

4.2. Mecanismos de controlo (financeiros e não financeiros)

Como mecanismos de controlo não financeiros pretende-se utilizar dois instrumentos

complementares entre si. Isto é, o diagrama de Gantt e as redes PERT/CPM, procurando-se

com a sua utilização simultânea monitorizar a execução das tarefas e comparar a situação

actual do projecto com a situação inicialmente prevista, detectando-se, assim, os desvios

face às datas planeadas. O controlo do tempo é, de facto, um dos aspectos essenciais no

projecto, pois a existência de desvios nas actividades nucleares podem pôr em risco a

concretização final do mesmo no prazo inicialmente previsto, isto é, a cerimónia de

apresentação pública da rota.

Assim, para além de ficarem agendadas mensalmente reuniões entre a equipa de trabalho

para aferição das actividades desenvolvidas e ponto de situação do projecto, implementar-

se-á igualmente uma forma de controlo do cumprimento dos prazos delineados através de

um alerta electrónico por recurso à aplicação informática Microsoft Office Outlook, sendo que,

na concretização das actividades mais críticas do projecto essas reuniões serão semanais.

Quanto aos mecanismos de controlo financeiros, uma vez que os custos do presente

projecto estão relacionados com os recursos não acumuláveis, tendo em vista a sua melhor

afectação e respectivo nivelamento, pretende-se utilizar para o efeito métodos heurísticos.

5. CONCLUSÃO

O trabalho desenvolvido com este projecto possibilitou uma enriquecedora troca de

experiencias entre todos os elementos do grupo, contribuiu aprofundar conhecimentos,

práticas e métodos de trabalho essenciais para levar a bom porto projectos desta natureza. A

ideia inicial, a discussão conceptual para levar a cabo, deixou-nos com a certeza que este

projecto de carácter académico de criação e implementação de uma rota turística de

natureza cultural, é uma proposta muito realista e exequível no contexto actual. As pesquisas

que fizemos e a caracterização do contexto de oportunidade e do público-alvo, conduziram-

nos às certezas de que era uma aposta ganhadora.

Efectivamente uma Rota cultural que promovesse a genial arquitectura de dois consagrados

mestres do Porto era um tema que se ajustava na perfeição à representação dos três

municípios da região do Grande Porto, envolvidos no projecto Rota Pritzker. De facto

combinava-se na perfeição a associação da notoriedade do prémio à promoção da região do

Grande Porto, com a criação uma nova rota turística, complementar às existentes, mas

vocacionada para um público-alvo específico, ligado ao City Break de motivação cultural e ao

Touring Cultural e Paisagístico, cujo principal objectivo é dar a conhecer aos turistas que

visitam a cidade do Porto e a região Norte de Portugal, a arquitectura e a obra do Álvaro Siza

Vieira e Eduardo Souto de Moura. Paralelamente a criação dos núcleos interpretativos, em

pontos estratégicos da rota turística, com exposições permanentes das suas mais notórias e

relevantes obras executadas externas aos três municípios envolvidos no presente projecto,

com fotografias e/ou maquetes, será uma forma de promoção e divulgação do legado destes

dois arquitectos.

Ao potenciarmos dois produtos previstos no Plano Estratégico Nacional do Turismo, temos a

possibilidade de candidatar este projecto a financiamento comunitário, com os inerentes

ganhos para a sua sustentabilidade económico-financeira, atendendo ao actual quadro de

escassez de recursos financeiros ao nível das autarquias locais.

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 21

Em conclusão, podemos afirmar que um projecto deste tipo, seguindo o modo de

organização, metodologias de concepção e de análise, programação e controlo, terá todas

as condições para alcançar os objectivos a que se propõe. Sendo que, no caso concreto da

Rota Priztker, este projecto concebido de forma muito sistematizada e coerente, constitui de

facto um produto de inegável valor ao nível da estratégia de promoção turística,

posicionando-se com grande visibilidade na Região do Grande Porto.

5.1. Aspectos críticos do projecto

Tratando-se de um projecto ambicioso, já que, a criação e a implementação desta rota

turística, para além de ter como objectivo a promoção da arquitectura e da obra de Álvaro

Siza Vieira e de Eduardo Souto de Moura, vai igualmente possibilitar, para as três Câmaras

Municiais envolvidas, dar a conhecer aos turistas que percorrem essa rota, o seu território, a

sua identidade e as suas gentes, implicando, assim uma disponibilização concertada de

recursos que só com uma concepção rigorosa e minuciosamente programada pode conduzir

ao esperado sucesso.

Assim, o envolvimento da gestão de topo no apoio e valorização do presente projecto é

essencial, pois a rota deve ser assumida como uma iniciativa supra-municipal, cuja

concretização plena depende não só dos apoios financeiros que sejam conseguidos, mas

também dos recursos humanos que sejam disponibilizados, não só para a fase de formação

do projecto em si, mas essencialmente para a fase de execução do mesmo, isto é, na

operacionalização da rota turística criada. O envolvimento da gestão de topo permitirá, por

outro lado, a centralização dos meios financeiros numa só Câmara, com os inerentes ganhos

de eficácia e eficiência, transferindo as outras duas as verbas financeiras que sejam

previamente definidas e objecto de contratualização entre as três Câmaras envolvidas.

Assim, pese embora a concretização do projecto tenha um prazo de maturação máximo de

651 dias, correspondendo a cerca de 29 meses de trabalho útil, seria óptimo que o mesmo

pudesse encontrar-se concluído em prazo inferior, pelo que, os ganhos de tempo só podem

ocorrer nas actividades não dependentes de prazos legais ou da vontade de Terceiros, como

será o caso das actividades ligadas à definição da rota, aos pontos de entrada e os núcleos

interpretativos a estabelecer.

Mesmo nas situações em que as actividades estão dependentes do decurso de prazos

legalmente fixados ou da resposta de Entidades externas aos Municípios, procurar-se-á

reduzir esses prazos ao mínimo admissível, sendo que a adopção de uma postura insistente

junto das Entidades externas poderá permitir a redução dos prazos inicialmente previstos

para a concretização dessas actividades. Outro aspecto crítico a ter em conta é a

sustentabilidade económico-financeira do projecto, já que, estima-se um custo de cerca de

€142.000,00 (cento e quarenta e dois mil euros) para a fase de formação e concretização do

projecto. Face à actual conjuntura económica, é importante recorrer-se a outras fontes de

financiamento que não só os próprios orçamentos municipais das Câmaras envolvidas,

designadamente Fundos Comunitários ou programas de ajuda financeira promovidos pela

Administração Central.

Finalmente julgamos que a captação de receita após a operacionalidade da rota é também

importante para a sua sustentabilidade económica e financeira, designadamente para a

manutenção dos sites criados e própria promoção da rota no terreno, bem como, o

pagamento de salários aos recursos humanos alocados à rota.

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CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 22

5.2. Vantagens e desvantagens para a organização e para a população

O presente projecto, como já referimos, sendo encarado como uma iniciativa supra-municipal

terá como principal vantagem o facto de permitir dar a conhecer, em complemento à própria

rota, o território, a identidade, a gastronomia e as gentes das três Câmaras Municipais

envolvidas, potenciando a descoberta de outras vivências pelos turistas, que não só o centro

histórico da cidade do Porto e as caves do Vinho do Porto sediadas em Vila Nova de Gaia.

Assim, a complementaridade associada à rota é importante, pelo que, a pesquisa de

iniciativas de turismo públicas e privadas já em curso na região poderia ter sido desenvolvida

caso dispuséssemos de mais tempo para o efeito, permitindo-se assim um ganho acrescido

em termos de valências a disponibilizar aos destinatários da rota, seja o consumidor interno,

seja o consumidor externo. Por outro lado, a pesquisa dos gostos e destinos preferidos pelo

turista interno permitiria, ainda, sabermos o que tínhamos de apresentar em termos de

atractividade e de singularidade para captar a sua atenção e o desejo de conhecer a região

do Porto pelos restantes cidadãos do país.

Quanto ao turista externo, atendendo que a rota turística associada ao Douro é a que tem

mais peso na procura da região do Porto e Norte do país pelos mesmos, sendo as cidades

de Matosinhos e da Maia apenas um ponto de chegada e de passagem rápida dos visitantes

estrangeiros, captar a sua atenção para a existência de obras singulares e excepcionais da

arquitectura contemporânea da “Escola do Porto”, associando à notoriedade do prémio

Pritzker atribuído a Álvaro Siza Vieira e de Eduardo Souto Moura, distribuídas pelos três

concelhos, originará que a sua permanência na região do Porto seja estendida por mais dias,

sendo igualmente importante agregar-se e disponibilizar-se no site oficial da rota a oferta

cultural que as cidades em si têm para oferecer.

Posteriormente, o estabelecimento de parcerias com outras regiões de turismo vai permitir a

divulgação da rota junto de outros destinatários, aproveitando-se desta forma a publicidade

associada ao turismo vinhateiro, ligado ao Douro Internacional, e ao turismo religioso,

vocacionado para o Santuário de Fátima.

Por último, a monitorização permanente do número de visitantes que percorrem a rota, bem

como dos que visitam os núcleos interpretativos e que acedem ao site institucional criado,

permitirá uma pronta actualização dos conteúdos e serviços a disponibilizar.

Concluindo, projecta-se a visão de que no futuro, este projecto posicionará a Rota Pritzker

como produto turístico de excelência, no contexto global da procura do City Break e o Touring

Cultural e Paisagístico, promovendo de forma sustentada o território a as gentes do Grande

Porto e Norte de Portugal.

Porto, 30 de Outubro de 2011

Page 24: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fotoguía Barcelona com el Bus Turístico, da Triangle Postals

Volta ao Mundo, n.º 77, Março 2001

SÍTIOS NA INTERNET

http://alvarosizavieira.com/

http://www.arcspace.com/architects/Souto_de_Moura/Braga/

http://www.casadaarquitectura.pt/

http://www.etc-corporate.org/

http://www.portoenorte.pt/

http://www.pritzkerprize.com/

http://www.rotadoromanico.com

http://www.turismodeportugal.pt

http://unwto.org/

http://www.barcelonaturisme.com

http://www.barcelona.com

http://www.bcn.travel/en/barcelona-tours/barcelona-hop-on-hop-off-bus-turistic

http://www.barcelona-tourist-guide.com/en/tour/barcelona-bus-tour.html

http://www.berlin-events-tours.com

http://www.bilbao.net

http://www.visitberlin.de

http://www.rotadoromanico.com

http://www.cciporto.com

http://www.linhandante.com

http://www.aphort.com

ANEXOS

ANEXO I – ANÁLISE COMPARATIVA

ANEXO II – SEQUENCIAMENTO DAS ACTIVIDADES

ANEXO III – MAPA DA ROTA

ANEXO IV – OBRAS DA ROTA

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA

Page 25: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Anexo I _Analise_Comparativa_Trabalho_Grupo5

Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças

Rota Barcelona do

Modernismo

Obras de Antoni Gaudí e outros autores

como Lluís Doménech i Montaner e Josep

Puig i Cadafalch

Esta rota quer dar a conhecer a riqueza arquitectónica da

Barcelona contemporânea, fruto da intervenção efectuada nos

finais do século XIX, e da força económica da indústria então

florescente,que permitiu que os novos-ricos mais ousados

encomendassem as suas casas às novas gerações de

arquitectos, adeptos do modernismo, sendo o Passeig de

Gràcia o eixo ao redor do qual foram surgindo essas obras,

designadamente a Casa Batló, a Casa Amatller, a Casa Milà ou

La Pedrera, a Casa de Les Punxes, o Templo da Sagrada Familia,

bem como o Hospital de Sant Pau, a Casa Vicens, o ParK Guell,

o Palácio Real ou "Palau Reial", o Palácio da Música Catalã ou

"Palau de la Musica Catalana", entre outros, muitas delas

declaradas Património Mundial pela UNESCO

Esta rota é divulgada não só através dos sites institucionais da

região da Catalunha e do próprio Ayuntamento de Barcelona,

destacando-se o site www.barcelonaturisme.com, mas

também pelos proprios sites dos operadores de autocarros

turísticos. Outra forma de divulgação é através de brochuras,

mapas, disponibilizados não só nos postos de turismo mas

também nos hoteis, museus associados e nas próprias obras

arquitectonicas de Gaudí, como La Pedrera e a Casa Batló. As

rotas pedestres e de autocarro associadas, como seja a

"Barcelona City Tour - rota oeste" ou a "Barcelona Bus Turistic

- rota vermelha" estão devidamente divulgadas no terreno

com simbologia propria nas suas paragens, e que permitem

ao turista identificar as mesmas. Há também a possibilidade

do turista através de um acesso pela internet aceder a um

Audio-guia "Barcelona de Gaudí" em Mp3.

Para além de utilizar as formas tradicionais

de uma rota, como seja a sua descoberta

através de autocarro turistico, a mesma

pode também ser efectuada a pé, com guia

profissional, ou autonomamente, através de

guia-audio Mp3. Há também a possibilidade

de conhecer a rota por bicicleta, scooter e

igualmente automóvel. Constata-se um mix

de recursos públicos com recursos privados.

Os preços de cada um dos serviços

disponibilizados aproximam-se em média

dos 25€/adulto/1 dia; 35€/adulto/2 dias;

existindo igualmente preços para crianças (4-

12 anos) correspondentes a cerca de metade

dos preços praticados para adultos, sendo

que as crianças dos 0-3 anos são grátis. É

possivel a compra on-line dos bilhetes e

ingressos c/ 10% desconto. Muito destes

produtos tem descontos associados a outros

serviços, bem como no acessos a edificios de

interesse turistico e museus.

Os circuitos de autocarro associados à

rota do modernismo tem a duração de

3 horas de viagem aproximadamente e

funcionamento diário, todo o ano. As

rotas pedestres com guía profissional

tem a duração de 2 horas. Os

percursos de bicicleta, de scooter e de

carro tem também a duração de 3

horas.

Rota muito divulgada, onde há a

preocupação de dar a conhecer as

principais referencias do modernismo

existentes em Barcelona. A sua descoberta

pode ser feita por várias maneiras,

constatando-se uma preocupação na

articulação dos meios pedestres com os

rodoviários. Os preços praticados são

regra geral acessíveis e há a preocupação

no melhor aproveitamento das

disponibilidades que oferecem. Os

circuitos dos autocarros turisticos

procuram aceder à grande maioria das

obras do modernismo e possibilitam

complementarmente o acesso a outros

locais, como seja, à Serra de Collserola e

ao Tibidabo. Destaca-se a criação de um

cartão "BarcelonaCard" que permite o

acesso gratuito aos transportes públicos e

com dias de duração associados. Há

também uma preocupação para que o

turista possa visitar a cidade de carro, com

gps guia, ou através do download de

ficheiros

A existencia de vários circuitos de

autocarro turistico, com locais e

paragens coincidentes podem

confundir o turista. Os circuitos

pedestres com guia profissional

estão apenas disponibilizados na

língua inglesa, na lingua catalã e

espanhola, com horários fixos e

rigidos.

Aproveitamento dos novos

visitantes da cidade provenientes

do low cost, com o alargamento

dos guias profissionais a outras

línguas europeias, como o

portugues, o alemão e o italiano.

Será também de aproveitar o

turismo proveniente dos

Cruzeiros, em especial o turismo

sénior

O desenvolvimento de rotas

turisticas por outras cidades

europeias

Rota Barcelona Histórica O coração histórico da cidade

Esta rota pretende dar a conhecer o centro histórico de

Barcelona, em especial o bairro Gótico/ "Barri Gòtic", situado

em redor da Catedral e do antigo Palácio Real, numa zona

quase exclusivamente pedestre, onde se encontra os principais

edificios dos serviços públicos e onde podemos admirar

construções romanas como elementos integrantes do

predominante estilo gótico, bem assim a vivencia das

"Ramblas", a sua vida boémia e o próprio cartaz cultural da

cidade

Esta rota é divulgada não só através dos sites institucionais da

região da Catalunha e do próprio Ayuntamento de Barcelona,

destacando-se o site www.barcelonaturisme.com, mas

também nos sites dos operadores dos autocarros turísticos.

Outra forma de divulgação é através de brochuras, mapas,

disponibilizados nos postos de turismo e nos hoteis. Os

circuitos pedestres e de autocarro associados, como seja a

"Barcelona City Tour - rota este" ou a "Barcelona Bus Turistic -

rota azul" estão devidamente divulgadas no terreno com

simbologia propria nas suas paragens, e que permitem ao

turista identificar as mesmas.

Para além de utilizar as formas tradicionais

de uma rota, como seja a sua descoberta

através de circuitos de autocarro turistico,

permite também que a mesma possa ser

efectuada a pé, seja com guia profissional,

seja autonomamente. Há também a

possibilidade de conhecer a rota por

bicicleta, e igualmente pelo aluguer de

automóvel. Constata-se um mix de recursos

públicos com recursos privados.

Os preços de cada um dos serviços

disponibilizados aproximam-se em média

dos 25€/adulto/1 dia; 35€/adulto/2 dias;

existindo igualmente preços para crianças (4-

12 anos) correspondentes a cerca de metade

dos preços praticados para adultos, sendo

que as crianças dos 0-3 anos são grátis. É

possivel a compra on-line dos bilhetes e

ingressos c/ 10% desconto. Muito destes

produtos tem descontos associados a outros

serviços, bem como no acessos a edificios de

interesse turistico e museus.

Os circuitos de autocarro associados a

esta rota tem a duração de 3 horas de

viagem aproximadamente e

funcionamento diário, todo o ano. As

rotas pedestres com guía profissional

tem a duração de 2 horas, sendo que

a duração dos percursos de bicicleta e

de carro é também de 3 horas de

duração.

Rota muito divulgada, onde há a

preocupação de dar a conhecer as origens

da cidade de Barcelona e seu centro

histórico. A sua descoberta pode ser feita

por várias maneiras, verifica-se uma

articulação dos meios pedestres com os

rodoviários. Os preços praticados são

regra geral acessíveis e há a preocupação

no melhor aproveitamento das

disponibilidades que oferecem. Destaca-se

a criação de um cartão "BarcelonaCard"

que permite o acesso gratuito aos

transportes públicos e com dias de

duração associados. Há também uma

preocupação para que o turista possa

visitar a cidade de carro, com gps guia,com

um circuito associado

A existencia de vários circuitos de

autocarro turistico, com locais e

paragens coincidentes podem

confundir o turista. Os circuitos

pedestres com guia profissional

estão apenas disponibilizados na

língua inglesa, na lingua catalã e

espanhola, com horários fixos e

rigidos. Há zonas da Ramblas com

problemas de segurança e

criminalidade, pelo que, o seu

percurso noturno pode ser

desaconselhável a partir de certas

horas.

Aproveitamento dos novos

visitantes da cidade provenientes

do low cost, com o alargamento

dos guias profissionais a outras

línguas europeias, como o

portugues, o alemão e o italiano.

Será também de aproveitar o

turismo proveniente dos

Cruzeiros, em especial o turismo

sénior

O desenvolvimento de rotas

turisticas por outras cidades

europeias

Rota Barcelona da

Modernidade

A regeneração urbana da cidade motivada

pela realização dos jogos olimpicos e o

novo modelo de cidade desenvolvida ao

redor do planeamento urbano 22@

Esta rota pretende dar a conhecer a regeneração urbana

operada em torno da realização dos Jogos Olimpicos de Verão

de 1992, através da qual foram remodelados muitos parques e

praças, bem como foram criadas as instalações necessárias à

concretização dos jogos, destacando-se os trabalhos

efectuados na zona de Montjuic e a recuperação da costa

marítima, em especial no "Port Vell", com dois lugares onde se

concentram modernas construções, dedicados à distracção e

ao ócio: O "Maremagnum" e a base dos arranha-céus "Hotel

Arts" e a "Torre Mapfre". Visa-se, ainda, dar a conhecer o novo

distrito tecnologico 22@ do Poble Nou, a Torre Agbar e as

construções da Avenida Diagonal

Esta rota é divulgada não só através dos sites institucionais da

região da Catalunha e do próprio Ayuntamento de Barcelona,

destacando-se o site www.barcelonaturisme.com, mas

também nos sites dos operadores dos autocarros turísticos.

Outra forma de divulgação é através de brochuras, mapas,

disponibilizados nos postos de turismo e nos hoteis. Os

circuitos pedestres e de autocarro associados, como seja a

"Barcelona City Tour - rota este" ou a "Barcelona Bus Turistic -

rota verde" estão devidamente divulgadas no terreno com

simbologia propria nas suas paragens, e que permitem ao

turista identificar as mesmas.

Para além de utilizar as formas tradicionais

de uma rota, como seja a sua descoberta

através de circuitos de autocarro turistico,

permite também que a mesma possa ser

efectuada a pé, seja com guia profissional,

seja autonomamente. Há também a

possibilidade de conhecer a rota por

bicicleta, e igualmente pelo aluguer de

automóvel. Constata-se um mix de recursos

públicos com recursos privados.

Os preços de cada um dos serviços

disponibilizados aproximam-se em média

dos 25€/adulto/1 dia; 35€/adulto/2 dias;

existindo igualmente preços para crianças (4-

12 anos) correspondentes a cerca de metade

dos preços praticados para adultos, sendo

que as crianças dos 0-3 anos são grátis. É

possivel a compra on-line dos bilhetes e

ingressos c/ 10% desconto. Muito destes

produtos tem descontos associados a outros

serviços, bem como no acessos a edificios de

interesse turistico e museus.

Os circuitos de autocarro

associados tem uma duração mais

curta, entre 40 minutos e 1 hora, e

um funcionamento especifico no

ano - período do verão. As rotas

pedestres com guía profissional

tem a duração de 2 horas, e o

percurso de bicicleta e de carro é

de cerca de 3 horas

Rota igualmente divulgada como as

restantes, onde há a preocupação de dar

nova cidade de Barcelona. A sua

descoberta pode ser feita por várias

maneiras, verifica-se uma articulação dos

meios pedestres com os rodoviários. Os

preços praticados são regra geral

acessíveis e há a preocupação no melhor

aproveitamento das disponibilidades que

oferecem. Destaca-se a criação de um

cartão "BarcelonaCard" que permite o

acesso gratuito aos transportes públicos e

com dias de duração associados. Há

também uma preocupação para que o

turista possa visitar a cidade de carro, com

gps guia,com um circuito associado

É uma rota em crescimento,

apresentada como complementar

às duas restantes. O facto dos

circuitos de autocarro turistico só

funcionarem um determinado

período do ano leva a um

afastamento dos turistas. A

dispersão do que é pretendido

mostrar é também uma menos

valia

Aproveitamento dos novos

visitantes da cidade provenientes

do low cost, com o alargamento

dos guias profissionais a outras

línguas europeias, como o

portugues, o alemão e o italiano.

Será também de aproveitar o

turismo proveniente dos

Cruzeiros, em especial o turismo

sénior

As duas outras rotas existentes,

mais enriquecedoras em termos

culturais e historicos

Bilbao Rota Bilbaina

Tem o seu ponto de partida junto ao

museu Guggenheim de Bilbao, e

pretende mostrar dois aspectos da

cidade de Bilbao: o "casco viejo" e a

"ensanche-abandoibarra", isto é, o

desenvolvimento urbanístico de Bilbao

e a sua arquitectura, desde o Séc. XIX

aos nossos dias.

Estas duas rotas aproveitam a existencia do Museu

Guggenheim de Bilbao para dar a conhecer a cidade a

todos os que visitam aquele museu, quer o seu centro

histórico, quer o seu desenvolvimento urbano dos ultimos

anos

As rotas são divulgadas no site institucional do turismo

da cidade de Bilbao, e existem brochuras e desdobráveis

no posto de turismo central

As rotas podem ser conhecidas a pé,

acompanhadas de guia, em lingua

inglesa e lingua espanhola. A circuito de

autocarro turistico percorre ambas as

rotas numa só.

Os preços do "Bilbao Walking Tours" -

circuito pedestre- são de 4,5 € por

pessoa. Os preços praticados pelo "Bus

Turistikoa Bilbao" são acessíveis,

existindo preços para reformados e

estudantes (10€/pessoa), para crianças

dos 6-12 anos (6 €/pessoa) e para adultos

(12€/pessoa)

O circuito a pe tem a duração de 90

minutos. O circuito de autocarro

dura uma hora aproximadamente

Rota turistica que aproveitou bem as

sinergias do Museu Guggenheim de

Bilbao, de Frank Gery. A notoriedade

do monumento e o facto do ponto de

partida ser junto ao mesmo é uma

vantagem para os vistantes do museu

que aproveitam a excistencia daquela

rota para conhecer também os lugares

mais pitorescos da cidade de Bilbao

Os horários praticados pelo

"Bus Turistikoa Bilbao" não são

flexiveis para os turistas.

Poucos locais de interesse

assinalados. Poucas línguas

utilizadas pelos guias (ingles e

espanhol) pode ser um factor

de não utilização por outros

turistas

Alargamento da rota a outros

meios de conhecimento e de

divulgação, como um audio-

guia Mp3

A existencia de rotas turisticas

desenvolvidas por outras cidades

espanholas. A ameaça da ETA e a

imagem negativa que pode ser

associado a este movimento de

luta politica e medo que pode

originar aos visitantes

Berlim Rota Berlim JudaicoPretende mostrar os dois mil anos de

história judaica na Alemanha

A cultura judaica teve e continua a ter uma importância

destacada em Berlim, onde se entrelaçam aspectos do passado

e do presente, deixando lembranças em numerosos pontos da

cidade, sendo que, entre os monumentos, merecem atenção

especial, a Nova Sinagoga, o Museu Judaico e o Memorial às

vítimas do holocausto.

Está rota encontra-se disponibilizada num operador turístico

privado, podendo ser percorrida a pé ou em autocarro

turístico com guia. Os monumentos destacados por si só

captam o interesse dos turistas, e encontram-se amplamente

divulgados nos postos de turismo, com brochuras e

desdobráveis. Há sites na internet, e cartazes alusivos nas

agências de viagens dos países de origem dos turistas.

Não há informação quanto à duração dos

circuitos a pé ou em autocarro turístico, com

guia. Nos monumentos, à semelhança de

outros museus, há a possibilidade de se

fazer visitas guiadas em língua portuguesa,

por guias de língua materna, quando grupos

portugueses, ou na língua do respectivo país

a que corresponde o grupo.

Visita a pé tem o preço de 100 € + IVA por

pessoa. A visita em autocarro tem o

preço de 90€ + IVA por pessoa.

As visitas guiadas nos museus tem em média a duração de 90 minutos. Os circuitos não tem informação disponibilizada

1) A obra arquitectónica de Daniel

Libeskind e a exposição que retrata os

dois mil anos de vida judia na europa.

2) Localização no centro da cidade. 3)

Rede de transportes eficiente com a

compra de um único bilhete que dá para

as zonas A e B e que serve para o bus,

metro e comboio e que pode ter a

duração de um dia, com apenas 5,80 €

ausencia de divulgação da rota

nos sites institucionais dos

organismos públicos. Há

referencias apenas aos

monumentos.

Agregação às rotas turisticas

públicas existentes, bem como

a outros monumentos

historicos da cidade de Berlim

que existem nas imediações

daqueles três monumentos.

Aproveitamento dos circuitos

de bicicleta existentes

Pouca visibilidade pode

condenar o seu fracasso.

Barcelona

Análise SWOTCidade/Regiao Rota O que pretende mostrar Caracterizaçao Divulgação Recursos Custos Duração

1|2

Page 26: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Anexo I _Analise_Comparativa_Trabalho_Grupo5

Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças

Vale do Sousa Rota do RomânicoArquitectura românica da região do Sousa

e Tâmega

Estruturada ao longo de dois percursos, o norte e o sul, esta

rota visa atrair visitantes à região do Vale do Sousa e assumir

um papel de excelência no âmbito do turismo cultural,

procurando valorizar e dar a conhecer a riqueza histórica,

patrimonial e cultural da região.

Está rota da iniciativa da associação de Municípios do Vale do

Sousa está amplamente divulgada no site

www.rotadoromanico.com, e nos sites institucionais das

respectivas Câmaras Municipais, tendo igualmente uma

página na rede social facebook. É divulgada também através

de brochuras e mapas, disponibilizados nos postos de turismo

e agências de viagens.

Há a possibilidade do turista criar a sua

própria rota, seleccionando os monumentos

que quer visitar. As visitas aos monumentos

que integram a rota devem ser feitas por

marcação prévia, existindo a possibilidade

das mesmas serem acompanhadas por um

guia. Foram criados Centros de Informação

da Rota do Românico em quatro

monumentos âncora, a saber o claustro do

Mosteiro de Pombeiro, em Felgueiras; a

Torre de Vilar, em Lousada; o Mosteiro de

São Pedro de Ferreira, em Paços de Ferreira

e, por ultimo no Mosteiro do Salvador de

Paço de Sousa, em Penafiel. Estes centros

funcionam como espaços de acolhimento e

apoio aos visitantes e turistas, onde estes

poderão aceder, de modo didáctico e

interactivo, a informação sobre a rota do

românico e o território do Tâmega e Sousa.

A taxa de marcação de visita aos

monumentos é de 4,17 €, acrescido de IVA e

o acompanhamento com guia custa 8,33 €,

acrescido de IVA.

Há percursos disponibilizados para 4,

2 e 1 dia.

A rota de grande interesse histórico e

cultural, permitindo a descoberta de

uma região do interior e o

desenvolvimento dos Municípios

associados á mesma. Ampla satisfação

dos turistas que a percorrem

As marcações prévias para visita

aos monumentos (igrejas e

conventos) é pouco flexível e em

alguns casos com horários fixos.

Maior divulgação nos pontos de

entrada de turistas na região

norte (aeroporto Francisco Sá

Carneiro, Terminal de cruzeiros

do porto de Leixões, e estação

de comboio de Campanhã

O desenvolvimento de outras

rotas turísticas de natureza

regional, em, especial a associada

ao Douro internacional.

Porto Rota Urbana do Vinho

O objectivo da rota é mostrar os vários

lugares que marcaram a história da

cidade como importante entreposto

comercial dos produtos relacionados

com o vinho: vinho do porto, vinhos

maduros e vinhos verdes e dar a

conhecer os locais e edifícios que fazem

do Porto uma cidade do vinho.

A 'Rota Urbana do Vinho' chama a atenção para

monumentos e sítios do Porto, para a nossa história, para

as personalidades que viveram a cidade. E, sobretudo,

para a enorme importância que o vinho teve para o que é

hoje o Porto, numa perspectiva da sua identidade e do

seu carácter - no fundo, o que os turistas mais gostam de

sentir nas suas visitas", afirmou o autarca, sublinhando o

facto de o Vinho do Porto ser o "principal embaixador" da

cidade e "um elemento muito importante para a coesão

do território

A rota dispõe apenas e para já, de um folheto

desdobrável de divulgação com 23 locais de visita, todos

situados no centro histórico do Porto.

Desdobrável com um mapa da área

onde se situam os sítios a visitar. Pode

obter-se informação adicional no portal

do Turismo da CMP, bem como

descarregar vários conteúdos

explicativos e informativos . Ficar a saber

quais os transportes que servem os

vários locais, respectivos preços e

horários,Num aplicativo pode-se traçar

uma rota e preferências do utilizador.

Não foram divulgados custos . No

entanto a visirta a algum dos edifícios da

rota pode implicar a compra de ingresso.

1 a 2 dias de visita

Tema interessante; Imagem da marca

Porto; Projecto co-financiado pelo

FEDER

Baixo nível de divulgação; Não

articulado c/operadores de

transportes; Nível de

desenvolvimento

Ao tratar-se de uma rota

visitável em um ou dois dias e

situar-se numa área que se

pode percorrer a pé torna-se

muito apelativa ao público em

geral. Poderá ser vantajoso a

sua ssociação às Caves do

Vinho do Porto, sitas em Vila

Nova de Gaia, bem como ao

turismo duriense

Insuficiente divulgação e

imposição da marca pode não

ser percebida face a outras

rotas que incidam na mesma

área geográfica

Análise SWOT

Divulgação Recursos Custos DuraçãoCidade/Regiao Rota O que pretende mostrar Caracterizaçao

2|2

Page 27: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Anexo II - Sequenciamento das Actividades

1|1

ACTIVIDADE CARACTERIZAÇAO ACT. PRECEDENTE DURAÇÃO (DIAS) RECURSOS HUMANOS CUSTO (€) RECURSOS MATERIAIS CUSTO (€)

A Definição da rota 15 1 Arq. + 1 Eng 450 papel; software; toner; luz 75

B Estabelecimento parcerias c/ sistemas

transportes públicos A 45

1 Chefia + 1 Técnico 600 papel; telefone; e-mail; toner;

luz, carro 100

C Definição pontos entrada p/ divulgação A 15 1 Técnico Turismo 40 papel; software; toner; luz 25

D Definição dos Núcleos A 15 1. Arq. + 1 Téc. Turismo 60 papel; software; toner; luz 25

E Estabelecimento parcerias c/ Entidades

dinamizadoras D 45

1 Chefia + 1 Técnico 300 papel; telefone; e-mail; toner;

luz, carro 100

F Estabelecimento parcerias com operadores

turísticos C 45

1 Técnico Turismo 60 papel; telefone; e-mail; toner;

luz, carro 50

G Adjudicação da campanha de divulgação

B,D,F 90 1 Chefia + 1 Técnico 450

papel; telefone; e-mail; toner;

luz, 100

H Estabelecimento parcerias c/ O.A (formação

e outras actividades) E 20

1 Chefia 200 papel; telefone; e-mail; toner;

luz, carro 25

I Design e concepção da rota em suporte

digital e em papel G 90

Adjudicatário 0 papel; software; toner; luz; 40.000

J produção dos suportes físicos (desdobráveis,

cartazes, etc) I 60

Adjudicatário 0 papel, impressão 20.000

L Adjudicação da montagem das exposições

D 90 1 Chefia + 1 Técnico 450

papel; telefone; e-mail; toner;

luz, 100

M Implementação dos Núcleos - montagem das

exposições e demais material H,L 90

Adjudicatário 0 maquetes, fotos, equipamento 60.000

N Implementação da campanha de divulgação E,J, M 60 1 Chefia + 6 Técnicos 4.000 internet, jornais, radio 15.000

O Apresentação pública da rota

N 1 PCM + Chefias+equipa 450

Espaço físico, porto de honra,

convites 750

Page 28: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Anexo III – Mapa da Rota Pritzker

Page 29: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: Obras de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura

As Obras da Rota Pritzker

ANEXO IV

Page 30: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

2|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

ÁLVARO SIZA

OBRAS DO ARQUITECTO

Page 31: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

3|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

MATOSINHOS

CASA DE CHÁ RESTAURANTE DA BOA NOVA

Leça da Palmeira, 1958-1963

Imóvel Classificado - IGESPAR

A Casa de Chá da Boa Nova é uma conhecida casa de chá e restaurante, instalada no edifício

que foi uma das primeiras obras (1958-1963) do arquitecto Álvaro Siza Vieira, localizada em

Leça da Palmeira, Portugal.

Construída sobre as rochas, a apenas dois metros da água, com o mar de fundo, o espaço

começou por funcionar originalmente apenas como casa de chá. Actualmente divide-se pelo

bar, onde se pode apreciar um chá ou um café olhando o oceano, e a zona de restaurante. É

um dos locais mais procurados pelos amantes da arquitectura, pelos apreciadores de uma boa

refeição e, sobretudo, pelos que gostam de contemplar o mar.

Está bem perto do Porto, junto ao mar, ao lado de um farol e de uma capela, uma casa que

exige a sua visita: pela beleza privilegiada do local onde se insere. Porque é uma das primeiras

e mais emblemáticas criações de Siza Vieira, que nos marca pela harmonia da estética e dos

materiais, pela forma suave e natural como se aninha sobre as rochas e se integra com

perfeição na paisagem. Pelo deslumbramento da contemplação do mar e de um pôr-de-sol

únicos, pela sedução e conforto do seu interior com ligação directa, através de paredes de

vidro, à beleza agreste das rochas e do mar que a abraça.

A Casa de Chá da Boa Nova é um sítio perfeito para um café depois do almoço, ou para uma

bebida relaxante ao fim da tarde, com um pôr-de-sol indescritível ou com a chuva a bater nos

vidros e o ruído de fundo do mar a fustigar as rochas que nos envolvem, podendo-se desfrutar

de momentos de prazer que nos acariciam a alma, no conforto de uma sala com materiais

nobres, onde a madeira domina, aconchegados nos sofás de couro que rodeiam mesas

baixinhas e à luz ténue de pequenos abajures.

Page 32: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

4|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

PISCINAS DAS MARÉS

Leça da Palmeira, 1961-1966

As Piscinas de Marés são um conjunto de piscinas de água salgada localizadas na Praia de

Leça na Freguesia de Leça da Palmeira, em Matosinhos.

Construído na década de 60 e inaugurado em 1966, foi desenhado pelo arquitecto Álvaro Siza

Vieira.

O conjunto enquadra-se harmoniosamente na paisagem rochosa, contra a qual batem as

ondas do mar. A construção desenvolve-se paralela à avenida e ao mar, mas a sua

implantação recolhe-se para não obstruir a visão, terrestre e marítima, situando-se o nível da

cobertura ao nível da avenida.

As Piscinas de Marés de Leça continuam a ser, passados 40 anos, uma obra de

inultrapassável actualidade.

A Piscina das Marés é uma obra de Álvaro Siza e foi inaugurada em 1966, sendo classificada

como Monumento Nacional 40 anos depois. Considerada um exemplar da harmonização

dinâmica do espaço construído com as formas criadas pela Natureza, proporciona uma boa

alternativa ao mar aberto.

A construção desenvolve-se de forma linear, paralela à avenida e ao mar, mas a sua

implantação recolhe-se de forma a não obstruir a visão, quer terrestre, quer marítima, situando-

se, assim, o nível da cobertura ao nível da avenida.

Com uma estruturação que se insere na sequência contínua do muro da praia, o sistema de

acessos é um percurso disciplinado pela presença dos muros de "betão bruto", ao longo do

qual algumas transgressões da ortogonalidade e linearidade dominantes induzem o olhar para

pontos focais da paisagem.

Page 33: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

5|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

MARGINAL DE LEÇA DA PALMEIRA Uma nova marginal para o século XXI.

A primeira fase da requalificação da marginal da Boa Nova, desde à APDL ao Farol, ficou

concluída em finais de 2005. O ante-projecto, encomendado pela Petrogal aos arquitectos Siza

Vieira e António Madureira, foi apresentado em Março de 1999.

Nessa altura, o documento previa amplos passeios para os peões, de forma a fomentar a

actividade desportiva, zonas ajardinadas, mais lugares de estacionamento, renovação das

infra-estruturas de saneamento básico, iluminação e mobiliário urbano. As obras no terreno

arrancaram em Outubro de 2001 com um investimento previsto de 3,5 milhões de euros.

Nesta primeira fase foi intervencionada a área directamente afectada pelos trabalhos de

instalação do novo oleoduto de interligação do Porto de Leixões com a Refinaria ao longo da

Avenida Marginal.

A segunda fase das obras da marginal da Boa Nova, entre o Farol e a Aldeia Nova, ficaram

concluídas em 2008.

O projecto, da autoria dos arquitectos Álvaro Siza Vieira e António Madureira, tem um

custo de 2 milhões e 900 mil euros.

Page 34: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

6|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

CENTRO DOCUMENTAL VIDA E OBRA DE SIZA VIEIRA

Edifício do número 582 da rua Roberto Ivens na cidade de Matosinhos é onde se

localiza o novo Centro de Documentação de Siza Vieira.

Em ambiente informal, depois de uma incursão às diferentes divisões da casa, que

pertenceu aos familiares do arquitecto, os presentes concentraram-se nas escadas de

pedra da entrada para ouvir as palavras do presidente, contando também com a

participação do vereador da Cultura, Fernando Rocha, do arquitecto responsável pelas

obras de restauro, Carlos Castanheira, e do próprio Siza Vieira.

As paredes verde musgo da casa, com dois pisos principais, vão guardar, entre os

caixotes, sacos, loiças, candeeiros e desenhos que lá permanecem, diversos suportes,

esquissos, maquetas e outra documentação relativa ao trabalho do arquitecto.

Guilherme Pinto quer, assim, "dinamizar esta zona de Matosinhos", considerando que

"esta obra vai ser um elemento muito importante", realçando como ponto forte a

"cultura 'voyeur'". "As pessoas gostam de perceber como é a vida de pessoas

importantes como o arquitecto Siza Vieira", considera.

Page 35: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

7|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

CASA DA ARQUITECTURA, MATOSINHOS

A maqueta do projecto para o novo edifício CASA DA ARQUITECTURA já está disponível para

ser visitada na CASA em Roberto Ivens.

O edifício situar-se-á em terreno confinante com o gaveto formado pela Av. O Comércio de

Leixões e Av. do Eng. Duarte Pacheco em Matosinhos.

Está prevista a execução de dois volumes:

- o primeiro, para espaços sociais e expositivos, com altura de 5 pisos, e parcialmente

adossado ao morro;

- o segundo, para espaços técnicos de tratamento e arquivo de espólio, com a altura de 8 pisos

e destacado em relação ao morro.

A intervenção total rondará os 20 000 m2.

Este é o estudo prévio da futura Casa da Arquitectura, projecto de Álvaro Siza Vieira com a

colaboração do arquitecto Carlos Castanheira. Esta obra será construída junto ao Porto de

Leixões e incluirá biblioteca, sala de conferências, auditório, gabinetes de estudo e

manutenção do espólio, área expositiva, arquivo, cafetaria e parque de estacionamento. A área

total do edifício terá 11 mil metros quadrados, sendo que sete mil metros quadrados destinam-

se à área pública.

A entidade responsável pela gestão da futura Fundação Casa da Arquitectura será a

Associação Casa da Arquitectura (ACA), uma instituição sem fins lucrativos, com sede em

Page 36: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

8|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Matosinhos. "Entre as várias competências, a ACA terá que captar novos parceiros, promover

e divulgar o espólio, organizar actividades lúdicas, culturais, turísticas e sociais. Câmara

Municipal de Matosinhos, Ordem dos Arquitectos, Fundação de Serralves, Administração dos

Portos do Douro e Leixões, Fundação Casa da Música, Universidade do Porto, Associação

Empresarial de Portugal, Galp Energia e Unicer são os parceiros da ACA juntamente com

outras individualidades. Nas mãos da ACA ficará também a gestão do Centro de

Documentação Álvaro Siza, que deverá abrir ao público no final do ano.

O Centro de Documentação Álvaro Siza será transferido da Quinta de Santiago, em Leça da

Palmeira, para o número 582 da Rua Roberto Ivens, em Matosinhos, onde o arquitecto passou

parte da sua infância.

A casa foi adquirida pela CMM por cerca de 275 mil euros e foi alvo de pequenas obras de

manutenção e adaptação. Parte do espólio do Cento de Documentação Álvaro Siza será

depois albergada pela Casa da Arquitectura."

Page 37: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

9|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

"A Casa da Arquitectura é algo necessário para não se perder o arquivo arquitectónico

nacional", afirmou Siza Vieira, que destacou a importância de se reunir a "documentação

preciosa" que está dispersa em vários pontos do país. O arquitecto responsável pelo edifício,

que será construído em Matosinhos, considerou que um projecto deste tipo é "absolutamente

necessário para que não se perca a memória". "A Casa da Arquitectura é um tributo à grande

arquitectura portuguesa, que teve o seu berço a partir do Porto e de Matosinhos e é também

um tributo aos grandes arquitectos que nasceram no Norte e que emprestaram o seu nome ao

prestigio que Portugal granjeia do ponto de vista internacional no quadro da arquitectura".

O edifício ficará localizado num terreno adjacente ao Porto de Leixões e será desenvolvido

longitudinalmente, porque, de acordo com Siza Vieira, "o espaço não é muito". A Casa da

Arquitectura, que reunirá arquivos e patrimónios de obras realizadas e não realizadas de

arquitectos de todo o país, terá oito pisos, estará funcionalmente dividida em dois sectores e

respeitará a altura dos edifícios envolventes.

O projecto está orçamentado em 43 milhões de euros, estando o arranque da obra dependente

do sucesso da candidatura a fundos comunitários. "Para nós é decisivo que o projeto seja

sustentável", frisou o autarca Guilherme Pinto, acrescentando que o edifício representa a

primeira obra da maturidade de Siza Vieira em Matosinhos.

A Casa da Arquitectura está a dar os seus primeiros passos, que se pretendem firmes e

seguros, e tem já na sua Associação - que evoluirá para uma Fundação - parceiros como a

Câmara de Matosinhos, a Fundação de Serralves, a Fundação da Casa da Música, a Ordem

dos Arquitectos, a Universidade do Porto/Faculdade de Arquitectura, a APDL - Administração

Page 38: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

10|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

dos Portos do Douro e Leixões, a Galp Energia, a UNICER e a AEP - Associação Empresarial

de Portugal entre outros.

Trata-se dum edifício a ser implantado junto ao Porto de Leixões e de acessibilidades

excelentes. Está perto do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a dois passos da A28 e terá uma

estação de Metro no seu parque de estacionamento.

Maqueta do projecto para o novo edifício CASA DA AR QUITECTURA

Page 39: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

11|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

PORTO AVENIDA DOS ALIADOS Sensivelmente a meio da avenida, de um e outro lado, estão as duas bocas da estação

"Aliados" da Linha D do Metro do Porto.

Foi precisamente a construção das saídas da estação que originou a completa reformulação da

avenida[1], obra que foi entregue ao arquitecto Álvaro Siza Vieira. O projecto ficou envolvido

por uma enorme contestação[2] por, alegadamente, desvirtuar a tradição histórica e

paisagística do local. Apesar de tudo, a obra -- que procurava criar uma continuidade entre a

Avenida e a Praça de Liberdade -- foi, nas suas linhas gerais, concretizada.

Ao cimo, onde se ergue o edifício da Câmara Municipal do Porto, a avenida dá lugar à Praça

do General Humberto Delgado

Page 40: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

12|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA, FUNDAÇÃO SERRALVES Porto, 1991-1999

O Museu de Serralves é um edifício da autoria do arquitecto Álvaro Siza, convidado no início

da década de 90 para conceber um projecto museológico que tivesse em consideração

singulares condições de espaço e de integração paisagística. Os primeiros estudos datam de

1991 e a construção iniciou-se cinco anos depois. A implantação do edifício aconteceu no

espaço da horta da antiga Quinta de Serralves, uma zona que, devido ao seu declive, permitiu

semi-enterrá-lo, minimizando o seu impacto no espaço envolvente. Esta escolha permitiu, ao

mesmo tempo, evitar o abate de árvores e facilitar o acesso do público ao Museu, a partir de

uma nova entrada aberta na Rua D. João de Castro.

Page 41: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

13|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Em 1998 iniciou-se o arranjo paisagístico da envolvente do Museu, da autoria de João Gomes

da Silva. Uma das principais premissas na origem do projecto foi a relação que o edifício

estabelece com o exterior através das amplas janelas, tendo-se optado pela introdução de

vegetação originária do Norte de Portugal e pela criação de maciços verdes e de clareiras. Esta

nova paisagem veio acentuar a importância da luz como elemento potenciador de diferentes

perspectivas sobre o edifício e os espaços que o envolvem.

O Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves fica na cidade portuguesa do

Porto.

Page 42: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

14|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

O edifício, projectado pelo arquitecto Siza Vieira, é envolvido pelo Parque de Serralves (com

cerca de 3,5 hectares), onde obras de arte de vários artistas contemporâneos são, também,

expostas, ao lado da flora típica da região norte de Portugal, como carvalhos, bétulas e o teixo.

O Museu é já considerado um espaço de referência, a nível internacional, no que diz

respeito a mostras de arte contemporânea. Na colecção permanente do museu, onde

encontramos referenciados muitos artistas de destaque, é essencialmente constituída por

obras realizadas desde os finais da década de 60 até aos dias de hoje.

Page 43: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

15|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

EDUARDO SOUTO MOURA

OBRAS DO ARQUITECTO

Page 44: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

16|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

MATOSINHOS REQUALIFICAÇÃO MARGINAL MATOSINHOS SUL A sua obra em Matosinhos tem contribuído decisivamente para o novo rosto da cidade ao

rasgar a sua entrada mais nobre – Marginal de Matosinhos e ao traçar, em conjunto com Alcino

Soutinho, a integração do Metro de Superfície no concelho.

Trata-se de duas obras que aliam a modernidade à urbanidade e funcionalidade necessárias a

qualquer metrópole. Por um lado a marginal que transfigurou o espaço de proximidade com o

mar num ponto de encontro entre cidadãos, num espaço de lazer e de pura fruição e por outro

o Metro numa verdadeira obra de planeamento e renovação urbana que alterou vias, criou

novos circuitos e serve a população com qualidade estética e funcional.

Page 45: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

17|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

PORTO

ESTAÇÃO DA TRINDADE, PORTO O centro de todo o sistema de Metro está aqui, na Estação da Trindade. Afinal, esta estação

dá-nos acesso a todas as linhas.

Arquitectonicamente o projecto não se distingue de qualquer outro da escola de Siza Vieira e

Souto Moura. Da autoria do arquitecto Souto Moura, temos assim um paralelepípedo branco

coberto por uma desenxabida praça relvada. Espaço triste e impessoal este, como tantos

outros que têm nascido nesta cidade em tempos repleta de vida. Pessoalmente nada tenho

contra projectos arquitectónicos de carácter minimalista. Acho até que uma das maiores obras

que temos na cidade é o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, saído da escrivaninha

de Siza.

Mas o minimalismo não pode ser usado como uma receita mágica para todo o tipo de

projectos. Diria mesmo que nunca pode funcionar no espaço público. Uma praça quer-se com

vida, cor e alegria. Ora, o espaço ajardinado por cima da Estação da Trindade poderia ser uma

praça assim. Poderíamos ter um espaço com equipamentos de lazer.

Page 46: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

18|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Poderíamos ter um jardim com flores e árvores, ou até uma hortinha de ervas aromáticas e

decorativas. O céu é o limite quando temos um espaço como estes ao nosso dispor. Quando a

lei da régua e esquadro domina a forma como se desenha o espaço público, o resultado é a

tristeza que resulta da monotonia. Seja numa praça verde como esta ou cinzenta como a Av.

dos Aliados.

Page 47: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

19|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

ESTAÇÃO CASA DA MÚSICA - PORTO

A estação da Casa da Música é considerada um dos pontos mais importantes da linha do

metro do Porto. Da autoria do arquitecto Souto Moura, a estação apresenta algumas

características peculiares: apesar de se situar no sub-solo, ela é iluminada por luz natural,

através de duas enormes clarabóias.

Souto Moura projectou a estação com dois pisos: um para bilheteira e lojas e outro para

embarque de passageiros. O acesso será feito por escadas rolantes e por elevador.

Tendo em conta as outras estações previstas no projecto do Metro do Porto, a estação da

Casa da Música é a mais cara: está orçada em 35 milhões da euros (cerca de 7 milhões de

contos). Este montante representa mais do dobro do custo da estação da Trindade (cerca de

16 milhões de euros).

Todo este projecto acabou por gerar alterações urbanísticas importantes na área envolvente. A

Avenida da França, por exemplo, sofreu importantes modificações no seu perfil.

A obra, coordenada pela empresa Metro do Porto, ainda não está concluída, mas o projecto

prevê a transformação da Avenida da França num verdadeiro “boulevard” urbano, com filas da

árvores ao longo de ambos os passeios.

Page 48: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

20|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

CASA DO CINEMA MANOEL DE OLIVEIRA, PORTO

A denominada ‘Casa do Cinema Manoel de Oliveira‘ nasceu do desenho arrojado do arquitecto

Eduardo Souto de Moura, num estilo diferente, que parece algo mais próximo de Álvaro Siza,

com um volume assimétrico que se procura enquadrar no meio das casas envolventes, de

onde se destacam enormes janelas que mais parecem os olhos salientes de um insecto que

perscrutam tudo à sua volta, animando o edifício no seu conjunto.

MAIA PRAÇA DR. JOSÉ VIEIRA DE CARVALHO A envolvente da Praça O centro direccional, uma das estações da Maia, um bloco de apartamentos e uma habitação

unifamiliar, são algumas das obras da autoria do Arquitecto Souto Moura na cidade da Maia.

O Parque Central é a mais completa infra-estrutura multifuncional. Mais do que um simples

parque de estacionamento, trata-se de um equipamento que vem contribuir para o

ordenamento urbanístico e paisagístico de toda a área central do concelho, oferecendo

diversas valências aos habitantes da Maia.

Page 49: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO IV – As OBRAS DA ROTA PRITZKER

21|21 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

O projecto, da autoria do Arquitecto Alfredo Ascensão, procura a mais correcta inserção e

articulação deste espaço no plano estratégico de requalificação e modernização do centro da

Maia, que vem sendo desenvolvido por vasta equipa coordenada pelo Arquitecto Eduardo

Souto Moura, formando com a Praça Doutor José Vieira de Carvalho e com a Zona Desportiva,

um triângulo centralizador do que é o novo centro da Maia, o Parque Central foi pensado e

elaborado de forma a conseguir uma inserção urbanística perfeita e continuidade estética

irrepreensível com a globalidade do espaço envolvente.

No Parque Central da Maia existem 21 lojas, que irão corresponder a todas as necessidades

dos utilizadores deste equipamento. Um Posto de turismo e um Ciber Café irão completar esta

zona comercial, que virá, também, contribuir para a dinamização do comércio em toda a área

envolvente.

Na extremidade nascente do Parque, um Restaurante e Salão de Chá com esplanada são as

principais atracções.

O desporto também marca presença neste parque, pois um dos edifícios construídos neste

espaço junto ao restaurante e à esplanada, é um centro desportivo composto por duas pistas

de Squash e uma Sala de Musculação.

Nesta área central, a mobilidade e acessibilidade está agora ainda mais facilitada, quer pela

ligação do Metro a pontos estratégicos como o centro do Porto, quer pela interface com outros

meios de transporte, nomeadamente com várias linhas de autocarro que percorrem a Área

Metropolitana do Porto e todo o Concelho da Maia.

Page 50: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

Rota Pritzker Porto e Norte de Portugal: Obras de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura

Outras Obras dos Arquitectos Rota Pritzker*

ANEXO V

*Outras obras a expor, Museu de Serralves, Casa da Arquitectura e Centros Interpretativos

Page 51: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

2|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

ÁLVARO SIZA

OBRAS DO ARQUITECTO

Biografia

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira nasceu em Matosinhos em 1933.

Estudou Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955, sendo a

sua primeira obra construída em 1954.

Foi colaborador do Prof. Fernando Távora entre 1955 e 1958. Ensinou na ESBAP entre 1966 e

1969; reingressou em 1976 como Professor Assistente de "Construção". Foi Professor Visitante

na Escola Politécnica de Lausanne, na Universidade de Pensilvânia, na Escola de Los Andes

em Bogotá, na Graduate School of Design of Harvard University como "Kenzo Tange Visiting

Professor"; continua a leccionar na Faculdade de Arquitectura do Porto.

As suas obras foram expostas em Copenhague (1975), Aarhus e Barcelona (1976), na Bienal

de Veneza (1978), em Milão (1979), no Museu de Arquitectura de Helsínquia e no Museu Alvar

Aalto em Jyvaeskyla, Finlândia (1982), no Centro Georges Pompidou, Paris (1982), no Institute

of Contem porary Arts, Londres (1983), no Stichting Wonen, Amsterdam (1983), na Technische

Hogenschool, Delft, na ESBAP e na Galeria Almada Negreiros (1984), na International Building

Exhibition, Berlim (1984 e 1987), na Bienal de Paris e no Massachusetts Institute of

Technology, Cambridge (1985),na 9H Gallery, Londres (1986), na Columbia University, Nova

Iorque (1987) na Harvard Graduate School of Design, Cambridge (1988), Centro Georges

Pompidou, Paris (1990) e Galeria MOPU/Ministério de Obras Públicas, Madrid (1990); Colegio

Page 52: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

3|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

de Arquitectos, Sevilha (1991); Galeria deSingel, Antuérpia (1992); Galeria Rui Alberto, Porto e

MOPU, Madrid (1993); Colégio de Arquitectos de Granada, Sala do Risco, Lisboa (1994);

Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela (1995).

Tem participado em Seminários e Conferências em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha,

França, Noruega, Holanda, Suíça, Austria, Inglaterra, Colombia, Argentina, Brasil, Japão,

Canadá e Estados Unidos.

Convidado a participar em concursos internacionais, obteve o primeiro lugar em Schlesisches

Tor, Kreuzberg, Berlim (já construído), na recuperação do Campo di Marte, Veneza (1985) e na

remodelação do Casino e Café Winkler, Salzburg (1986). Participou nos concursos para a Expo

92 de Sevilha (1986), "Un Progetto per Siena" (1988), para o Centro Cultural de La Defensa em

Madrid (1988/89) (que ganhou) e ainda para a Bibliothèque de France em Paris (1989/90),

Museu de Helsínquia (1993) e Centro Islâmico em Lisboa (1994).

A Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte atribuiu-lhe o Prémio de

Arquitectura do Ano (1982). Recebeu um Prémio de Arquitectura da Associação de Arquitectos

Portugueses (1987).

Em 1988 recebeu a Medalha de Ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de

Arquitectos de Madrid, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, o prémio Prince of Wales

da Harvard University e o Prémio Europeu de Arquitectura da Comissão das Comunidades

Europeias/Fundação Mies van der Rohe. Em 1992 foi-lhe atribuído o Prémio Pritzker da

Fundação Hyatt de Chicago pelo conjunto da sua obra.

Em 1993, recebeu o Prémio Nacional de Arquitectura atribuído pela Associação dos

Arquitectos Portugueses. Em 1994, o prémio Dr. H.P. Berlagestichting e o Prémio

Gubbio/Associazione Nazionale Centri Storio-Artistici. Em 1995, a Medalha de Ouro atribuída

pela Nara World Architecture Exposition.

Doutor "Honoris Causa" pela Universidade de Valencia (1992), pela Escola Politécnica Federal

de Lausanne (1993), pela Universidade de Palermo (1995) e pela Universidade Menendez

Pelayo (1995).

É membro da American Academy of Arts and Science e "Honorary Fellow" do Royal Institute of

British Architects.

Page 53: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

4|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Prémios

1979

É convidado a participar no concurso «Gôrlitzer Bad» em Berlim. E-lhe atribuído um prémio

especial.

1980

O seu projecto para o bloco de edificios «Schlesisches Tor» foi premiado e realizado (1980-

1989).

1982

Prémio de Arquitectura do Ano atribuído pela Secção Portuguesa da Associação Internacional

de Críticos de Arte.

1985-1988

Siza ganha concursos em Veneza (Giudecca), Salzburgo e Madrid, mas não lhe é concedida a

sua realização.

1987

Prémio de Arquitectura da Associação de Arquitectos Portugueses.

1988

Siza recebe quatro prémios de arquitectura: a Medalha de Ouro de Arquitectura do Conselho

Superior do Colégio de Arquitectos de Madrid, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, o

Prémio Prince of Wales da Harvard University e o Prémio Europeu de Arquitectura da

Comissão das Comunidades Europeias /Fundação Mies van der Rohe.

1992

Siza recebe o Prémio Pritzker da Fundação Hyatt, Chicago.

Breve actualização 1992 – 99: Prémio Nacional de Arquitectura da Associação de Arquitectos

Portugueses.

Page 54: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

5|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Exposições

1975

Exposição na Faculdade de Arquitectura em Copenhaga. Seguem-se inúmeros convites para o

estrangeiro (Europa) onde os programas SAAL suscitam particular interesse.

1976

Exposições em Aarhus e Barcelona.

1980

A Exposição Internacional de Construção de Berlim (IBA) seleccionou o projecto de Siza para

Kreuzberg entre vários outros concorrentes.

1982

Exposições na Finlândia (no Museu de Arquitectura de Helsínquia e no Museu Alvar Aalto) e

em Paris (no Centre Georges Pompidou).

1983

Exposição em Londres (no Institute of Contemporary Arts), em Eindhoven e Gant.

1984

Exposições em Delft, no Porto (ESBAP), em Lisboa e em Berlim.

1985

Bienal de Paris. Exposição na Galeria Aedes, em Berlim.

1986

Exposição na 9H Gallery, em Londres e no Massachusetts Institute of Technology, em

Cambridge.

1987

Exposição na Columbia University, em Nova Iorque.

1988

Exposição na Harvard Graduated School of Design, em Cambridge.

Page 55: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

6|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

1990

Exposições em Madrid, no Porto e em Paris (Centre Georges Pompidou).

Exposição retrospectiva da obra de Siza na Basílica Palladiana de Vicenza, Itália.

Obras

• Cozinha da casa de sua avó. Matosinhos, Portugal, 1952

• Construção da sua primeira obra: Quatro moradias em Matosinhos.

Matosinhos, Portugal, 1954-1957

• Centro Paroquial de Matosinhos. Matosinhos, Portugal, 1956-1959

• Casa Carneiro de Melo. Porto, Portugal, 1957-1959

• Casa de Chá - Restaurante Boa Nova. Leça de Palmeira, Portugal, 1958-1963

Page 56: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

7|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Piscina no parque Quinta da Conceição. Matosinhos, Portugal, 1958-1965

• Túmulo da família Martins Carneiro no cemitério de Sendim. Matosinhos,

Portugal, 1960

• Cantinas da Refinaria Angola. Matosinhos, Portugal, 1960

• Remodelação da casa paterna. Matosinhos, Portugal, 1960

• Cooperativa de Lordelo. Porto, Portugal, 1960-1963

• Casa Luís Rocha Ribeiro. Maia, Portugal, 1960-1969

• Piscinas de marés. Leça da Palmeira, Portugal, 1961-1966

Page 57: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

8|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Casa Ferreira da Costa. Matosinhos, Portugal, 1962-1965

• Túmulo da família Siza. Matosinhos, Portugal, 1963

• Casa Alves Santos. Póvoa de Varzim, Portugal, 1964-1970

• Casa Alves Costa. Moledo do Minho, Portugal, 1964-1971

• Casa António L. Ribeiro. Vila do Conde, Portugal, 1965

• Armazém. Matosinhos, Portugal, 1966

• Monumento ao poeta António Nobre. Leça da Palmeira, Portugal, 1967-1980

• Casa Manuel Magalhães. Porto, Portugal, 1967-1970

• Filial do Banco Borges & Irmão. Vila do Conde, Portugal, 1969-1974

• Remodelação da fachada e do interior de café. Porto, Portugal, 1969

• Remodelação interior do Supermercado Unicoope Domus. Porto, Portugal,

1970

• Complexo Vila Cova em Caxinas. Vila do Conde, Portugal, 1970-1972

• Casa Alcino Cardoso. Lugar da Gateira, Moledo do Minho, Portugal, 1971-

1973

Page 58: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

9|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Filial do Banco Pinto & Sotto Mayor. Oliveira de Azeméis, Portugal, 1971-

1974

• Supermercado Unicoope Domus. Porto, Portugal, 1972

• Filial do Banco Pinto & Sotto Mayor. Lamego, Portugal, 1972-1974

• Clube de Lamego. Lamego, Portugal, 1972

• Filial do Banco Pinto & Sotto Mayor. Régua, Portugal, 1972-1973

• Galeria de arte. Porto, Portugal, 1973-1974

Page 59: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

10|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Casa Beires. Póvoa de Varzim, Portugal, 1973-1976

• Viviendas SAAL em São Victor. Porto, Portugal, 1974-1979

• Escada exterior e remodelação da casa Cálem Foz do Douro, Porto, Portugal,

1975

• Vivendas sociais SAAL, Bouça II. Porto, Portugal, 1975-1977

• Casa António Carlos Siza. São João de Deus, Santo Tirso, Portugal, 1976-1978

• Bairro da Malagueira. Évora, Portugal, 1977-1997

Page 60: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

11|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Page 61: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

12|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Agência do Banco Borges & Irmão. Vila do Conde, Portugal, 1978-1986

• Apartamento J. M. Teixeira. Póvoa de Varzim, Portugal, 1979-1986

Page 62: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

13|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Casa Maria Margarida Aguda. Arcozelo, Vila Nova de Gaia, Portugal, 1979-

1987

• Vivendas Bonjour Tristesse. Schlesisches Tor, Berlim, Alemanha, 1980-1984

• Casa J. M. Teixeira. Taipas, Guimarães, Portugal, 1980-1991

• Edifício de apartamentos. Kreuzberg, Berlim, Alemanha, 1980

• Casa Avelino Duarte. Ovar, Portugal, 1980-1984

• Centro recreativo Schlesisches Tor. Berlim, Alemanha, 1980-1990

• Edifício de escritórios e comércio. Guimarães, Portugal, 1982-1988

• Café Nina. Porto, Portugal, 1983

• Plano urbanístico. Schilderswijk-West, Haia, Holanda, 1983-1984

Page 63: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

14|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Vivenda social De Punkt en De Komma. Schilderswijk-West, Haia, Holanda,

1983-1988

• Casa David Vieira de Castro. Famalicão, Portugal, 1984-1994

• Casa Luís Figueiredo. Gondomar, Portugal, 1984-1994

• Pousada João de Deus. Penafiel, Portugal, 1984-1991

• Reabilitação da casa da Quinta da Póvoa para a Faculdade de

Arquitectura. Porto, Portugal, 1984-1986

• Vivendas e comércio en Schilderswijk. Haia, Holanda, 1984-1988

Page 64: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

15|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Jardim Van der Vennepark. Schilderswijk-West, Haia, Holanda, 1985-1988

• Pavilhão Carlos Ramos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do

Porto. Porto, Portugal, 1986-1996

• City Block. Monteruscielo, Nápoles, Itália, 1986-1987

• Escola Superior de Educação de Setúbal. Setúbal, Portugal, 1986-1994

Page 65: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

16|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Porto, Portugal, 1985-

1986

Page 66: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

17|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Casa César Rodrigues. Porto, Portugal, 1987-1996

• Reforma da casa Miranda Santos (Ferreira da Costa). Matosinhos, Portugal,

1987-1996

• Reservatório de água da Universidade de Aveiro. Portugal, 1988-1989

• Biblioteca da Universidade de Aveiro. Aveiro, Portugal, 1988-1995

Page 67: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

18|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Centro Galego de Arte Contemporanea. Santiago de Compostela, Espanha,

1988-1993

• Jardim de Santo Domingo de Bonaval. Santiago de Compostela, Espana,

1990-1994 Galeria Carvalho Araújo. Lisboa, Portugal, 1988-1989

Page 68: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

19|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Plano de reconstrução do Chiado. Lisboa, Portugal, 1988

Page 69: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

20|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Vivendas em Concepción Arenal. Cádiz, Espana, 1989

Page 70: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

21|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Casas sociais em Doedijnstraat. Schilderswijk, Haia, Holanda, 1989-1993

• Edifício de escritórios Ferreira de Castro. Oliveira de Azeméis, Portugal,

1989-1995

Page 71: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

22|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Casa Ana Costa em Santo Ovídio. Lousada, Portugal, 1989-1995

• Igreja de Santa Maria e centro paroquial de Marco de Canavezes. Marco de

Canavezes, Portugal, 1990-1996

• Edifício de vivendas e escritórios Ceramique Terrein. Maastricht, Holanda,

1990

Page 72: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

23|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Centro meteorológico da Vila Olímpica e sede da delegação do MOPU.

Barcelona, Espanha, 1990-1992

• Edifício Boavista. Porto, Portugal, 1990-1998

• Museu de Arte Contemporânea da Fundação Serralves. Porto, Portugal,

1991-1999

Page 73: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

24|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Reabilitação do edifício Castro & Melo no Chiado. Lisboa, Portugal, 1991-

1994

• Reabilitação do edifício Câmara Chaves no Chiado. Lisboa, Portugal, 1991-

1996

• Reabilitação do edifício Grandela no Chiado. Lisboa, Portugal, 1991-1996

• Complexo Eurocenter Boavista. Porto, Portugal, 1991-1993

• Fábrica Vitra International. Weil am Rhein, Alemanha, 1991-1994

Page 74: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

25|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Sede da Asociação de Jovens Empresários. Oeiras, Portugal, 1992-1995

• Restaurante e sala de chá na Malagueira. Évora, Portugal, 1992

• Estação do metro Baixa/Chiado. Lisboa, Portugal, 1992-1998

Page 75: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

26|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Exposição Visiones para Madrid. Madrid, Espanha, 1992

• Plano Urbanístico para São João. Costa da Caparica, Portugal, 1993

• Restauração do edifício Costa Braga/ Casa da Juventude e pavilhões.

Matosinhos, Portugal, 1993-1997

• Sala de Exposições Revigrés. Águeda, Portugal, 1993-1997

• Edifício de escritórios Álvaro Siza e outros. Porto, Portugal, 1993-1997

Page 76: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

27|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Laboratórios, sala de exposições e vivendas Dimensione Fuoco. San Donà di

Piave, Itália, 1993

• Faculdade de Ciências da Informação. Santiago de Compostela, Espanha,

1993

• Grupo de vivendas económicas e populares para a Cooperativa Casa

Jovem. Guarda, Portugal, 1994

• Reabilitação do bar da Fundação de Serralves. Porto, Portugal, 1994

• Reabilitação do antigo mercado 2 de Maio. Viseu, Portugal, 1994

Page 77: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

28|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Reabilitação de um edifício para a Asociação 25 de Abril. Lisboa, Portugal,

1994

• Restauração e ampliação do Stecielijk Museum. Amesterdão, Holanda, 1995

• Pavilhão de Portugal na Expo'98. Lisboa, Portugal, 1995-1998

Page 78: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

29|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Reitoria da Universidade de Alicante. Alicante, Espanha, 1995-1998

Page 79: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

30|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Edifício para a administração dos portos do Douro e Leixões. Matosinhos,

Portugal, 1995

• Casa Van Middelem-Dupont. Oudenburg, Bélgica, 1995

• Câmara Municipal. Caorle, Itália, 1995

• Grupo de vivendas e reabilitação de duas casas na Quinta da Palmeira.

Évora, Portugal, 1995

• Casa Agostinho Vieira. Baião, Portugal, 1995

• Túmulo da família Fehlbaum. Weil am Rhein, Alemanha, 1995-1996

• Cenografía para um ballet na Fundação Gulbenkian. Lisboa, Portugal, 1996

• Kolonihaven, composición ai aire libre. Copenhaga, Dinamarca, 1996

• Cais de embarque, European Architects in Thessaloniki. Tessalonica,

Grécia, 1996

• Revisão do plano urbanístico de Matosinhos Sul. Matosinhos, Portugal, 1996

• Clínica da Malagueira. Évora, Portugal, 1996

Page 80: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

31|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• Complexo urbanístico na Rotunda do Raimundo. Évora, Portugal, 1996

• Cervejaria na Chiado. Lisboa, Portugal, 1997

• Parque e centro cultural de Caxinas. Vila do Conde, Portugal, 1997

• Centro Cultural Manzana dei Revellín. Ceuta, Espanha, 1997

• Hotel. Almeria, Espanha, 1997

• Ordenação urbanística da praça Dr. Machado de Mantos. Felgueiras,

Portugal, 1997

• Reitoria e auditório de campus universitário. Valência, Espanha, 1997

• Fábrica e Sala de Exposições Renova. Torres Novas, Portugal, 1997

• Câmara Municipal do distrito sul. Rosário, Argentina, 1997

• Edifício Leonel no Chiado. Lisboa, Portugal, 1998

• Reabilitação da Vila Colonnese e sete casas. Vicenza, Itália, 1998

• Igreja de Santa Maria do Rosario alla Magliana. Roma, Itália, 1998

• Complexo de vivendas e zona comercial. Porto, Portugal, 1998

• Complexo de escritórios, zona comercial e vivendas Zaida. Granada,

Espanha, 1998

• Sede do Banco Nacional de Cabo Verde. Praia, Cabo Verde, 1998

• Reabilitação da antiga Casa Solar Magalhães para a Fundação Rei Afonso

Henriques. Amarante, Portugal, 1999

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Page 81: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

32|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

AGÊNCIA BANCÁRIA PINTO & SOTTO MAYOR Oliveira de Azeméis, 1971-1974

PLANO E HABITAÇÕES SOCIAIS NA QUINTA DA MALAGUEIRA Évora, 1977-1995/…

EDÍFICIO DE HABITAÇÃO “BONJOUR TRISTESSE” Berlim, Alemanha, 1980-1984

PLANO DE URBANIZAÇÃO E BLOCOS DE HABITAÇÃO SOCIAL (DELGEBIET 5) SCHILDERSWIK-WEST, DUAS CASAS (VAN DER VENNE PARK) Haia, Holanda, 1983-1984/1984-1988

PAVILHÃO CARLOS RAMOS E FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Porto, 1985-1986/1986-1999

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO Setúbal, 1986-1994

Page 82: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

33|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

PLANO PARA A RECONSTRUÇÃO DA ZONA SINISTRADA DO CHIADO Lisboa, 1988-…

DEPÓSITO DE ÁGUA E BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO Aveiro, 1988-1989/1988-1995

CENTRO GALEGO DE ARTE CONTEMPORÂNEA, Santiago de Compostela, Espanha, 1988-1993

IGREJA DE SANTA MARIA E CENTRO PAROQUIAL, Marco de Canavezes, 1990-1996/…

Biblioteca Municipal de Viana do Castelo

Page 83: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

34|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO Santiago de Compostela, 1993-2000

PAVILHÃO DE PORTUGAL NA EXPO 98, Lisboa, 1995-1998

CENTRO CULTURAL E AUDITÓRIO FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO Porto alegre, Brasil, 1998-

PAVILHÃO DE PORTUGAL DA EXPO HANNOVER (PAVILHÃO CENTRO DE PORTUGAL), Coimbra, com Eduardo Souto Moura, 1999-2000/2003

DUAS TORRES (“NEW ORLEANS”) Roterdão, Holanda 2002-…

Page 84: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

35|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

EDUARDO SOUTO MOURA

OBRAS DO ARQUITECTO

Biografia

Eduardo Elísio Machado Souto de Moura GO IH • GO M (Porto, 25 de Julho de 1952) é um

arquitecto português.[1]

É filho de José Alberto Souto de Moura, médico, natural de Braga, freguesia da Sé, e de sua

mulher Maria Teresa Ramos Machado e irmão do 9.º procurador-geral da República

Portuguesa José Adriano Machado Souto de Moura e de Maria Manuela Machado Souto de

Moura.

Trabalhou com Álvaro Siza Vieira, mas cedo criou o seu próprio espaço de trabalho. Souto

Moura, influenciado pela horizontalidade das linhas condutoras de Mies van der Rohe, tem nas

casas o seu grande espólio de obras. É um dos expoentes máximos da chamada Escola do

Porto,[1] vencedor do Prémio Pritzker em 2011

Page 85: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

36|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Vida

Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, Eduardo Souto de Moura iniciou a sua

carreira colaborando no atelier de Álvaro Siza Vieira. Em 1981, recém-formado, surpreendeu a

comunidade dos arquitectos vencendo o concurso para o importante projecto do Centro

Cultural da Secretaria de Estado da Cultura no Porto (1981-1991) que o viria a lançar, dentro e

fora de Portugal, como um dos mais importantes arquitectos da nova geração. O seu

reconhecimento internacional viria a reforçar-se com a conquista do primeiro lugar no concurso

para o projecto de um hotel na zona histórica de Salzburgo, na Áustria, em 1987.

A partir da Casa em Cascais, realizada em 2002, começou a afastar-se da linguagem

miesziana que o definiu numa primeira fase da sua obra, começando a redesenhar a forma de

construir e criar arquitectura através da complexidade e dinamismo de formas, mas sempre

com o cuidado do desenho espacial habitual. Exemplo disso é o Estádio Municipal de Braga,

onde o imaginário de teatro e o cenário da pedreira, onde a obra foi edificada, nada nos

remetem às primeiras obras do arquitecto, mas muito mais a uma segunda etapa que dá,

agora, os primeiros passos.

Tem nestes anos recentes dado alguns passos no campo do design de produto.

Obra

• 1980/84 - Mercado Municipal de Braga

• 1981/91 - Casa das Artes, Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Porto

• 1982/85 - Casa 1 em Nevogilde, Porto

• 1983/88 - Casa 2 em Nevogilde, Porto

• 1984/89 - Casa na Quinta do Lago, Almansil

• 1985 - Ponte dell'Accademia, Bienal de Veneza, Itália

• 1986/88 - Anexos a uma habitação na Rua da Vilarinha, Porto

• 1987/92 - Casa em Alcanena, Torres Novas

• 1987/89 - Hotel em Salzburgo

• 1987 - Plano de pormenor para a Porta dei Colli, Palermo, Itália

• 1987/91 - Casa 1 em Miramar, Vila Nova de Gaia

• 1987/94 - Casa na Avenida da Boavista, Porto

• 1988 - Plano de pormenor e equipamentos para Mondello, Palermo, Itália

• 1989/97 - Reconversão do Convento de Santa Maria do Bouro numa Pousada, Amares

• 1989/94 - Casa no Bom Jesus do Monte, Braga

• 1990/94 - Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro, Aveiro

Page 86: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

37|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

• 1990/93 - Casa na Maia

• 1990/93 - Casa em Baião

• 1991/95 - Casa em Tavira

• 1991 - Burgo Empreendimento - edifícios de escritórios e galeria comercial, na Avenida

da Boavista, Porto [3]

• 1991/98 - Casa em Moledo do Minho, Caminha

• 1992/95 - Bloco de habitação na Rua do Teatro, Porto

• 1992/01 - Biblioteca infantil e auditório para a Biblioteca Pública Municipal do Porto

• 1993/04 - Remodelação e valorização do Museu Grão Vasco, Viseu

• 1993/99 - Casa pátio em Matosinhos

• 1993 - Reconversão do edifício da Alfândega do Porto em Museu dos Transportes e

Comunicações

• 1994/02 - Casa na Serra da Arrábida

• 1994/02 - Casa em Cascais

• 1994/01 - Três habitações na Praça de Liège, Porto

• 1995 - Plano de pormenor do novo centro direccional da Maia

• 1995 - Reconversão da Faixa Marginal de Matosinhos Sul

• 1995/98 - Projecto de conteúdos do Pavilhão de Portugal para a Expo 98, Lisboa

• 1996/97 - Projecto de interiores para a Pousada de Santa Maria do Bouro, Amares

• 1997/99 - Projecto de interiores para os Armazéns do Chiado, Lisboa

• 1997/01 - Centro Português de Fotografia, edifício da Cadeia da Relação do Porto

• 1997 - Projecto de arquitectura para o Metro do Porto, Grande Porto

• 1997/01 - Edifício de habitação colectiva na Maia

• 1997/01 - Remodelação do Mercado de Braga

• 1998/99 - Galeria Silo no Norte Shopping, Matosinhos

• 1998/03 - Casa do Cinema Manoel de Oliveira, Porto

• 1999/00 - Co-autor do projecto do Pavilhão de Portugal na Expo 2000 com Siza Vieira,

Hanôver, Alemanha

• 2000/03 - Estádio Municipal de Braga para o Euro 2004.

• 2005 - Serpentine Gallery Pavilion, nos Kensington Gardens, Londres, Reino Unido (com

Álvaro Siza Vieira)[4].

• 2004/08 - Centro da Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança [5]

• 2008 - Coliseu de Viana do Castelo

• 2005/09 - Casa das Histórias Paula Rego, Museo em Cascais

Page 87: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

38|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Prémios

• 1992 - Prémio Secil de Arquitectura: 1º. Prémio para a construção de auditório e

biblioteca infantil da Biblioteca Pública Municipal do Porto

• 1995 - Prémio Internacional da Pedra na Arquitectura para a Casa em Braga, Verona,

Itália

• 1996 - Prémio Anual da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de

Arte

• 1998 - 1º. Prémio I Bienal Ibero-Americana com a Pousada de Santa Maria do Bouro.

Prémio Pessoa/98.

• 2001 - Recebeu a Medalha de Ouro Heinrich Tessenow, da fundação Heinrich

Tessenow Gesellschaft e V. (Alfred Toepfer Stiftung F.V.S.), Hamburgo, Alemanha

• 2004 - Prémio Secil de Arquitectura: 1º. Prémio para a construção do Estádio Municipal

de Braga

• 2011 - Prémio Pritzker

Obras

Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro

Burgo Empreendimento na Avenida da Boavista

Page 88: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

39|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Pavilhão de Portugal, em colaboração com Siza Vieira

Estação da Trindade do Metro do Porto

Estádio Municipal de Braga

Serpentine Gallery Pavilion em Londres

Casa das Histórias Paula Rego, Cascais

Page 89: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

40|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Pavilhão de Portugal, Hannover (em colaboração com Álvaro Siza Vieira)

Pavilhão de 2005, Serpentine Gallery (em colaboração com Álvaro Siza Vieira)

Page 90: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

41|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Casa de Cristiano Ronaldo, São Estevão - Mata do Duque, Benavente

Torre do Burgo, Porto

Page 91: Rota dos laureados Pritzker: arquitectura e obra singular da “Escola do Porto”

ANEXO V – OUTRAS OBRAS DA ROTA PRITZKER

42|42 CURSO DE GESTÃO PÚBLICA NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL | Região NORTE PORTO, Acção 1.3

Estádio Municipal, Braga