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RevoltARTE Maio #3

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3ª Edição do Magazine Cultural AEISCSP, Maio 2011.

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_ficha técnica

Editor-in-chief & Director Criativo

Jo~o Pedro Padinha

Design Gráfico e Edição

Jo~o Pedro Padinha

Editor de Música

Rui Salvador

Editora de Cinema

Catarina D’Oliveira

Editora de Moda

Irina F. Chitas

Editora de Literatura

Carolina Chagas

Colaboradores nesta edição

Gonçalo Moura, Jo~o Fernandes Silva, Sara Costa

Capa João Pedro Padinha Fotografia Sara Costa

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_índice

5. Editorial 7. Música Reviews 9. Música Dó, Ré, Mi... 10. Música Rewind 11. Música Antevisões 12. Música Quinta dos Portugueses 13. Cinema Reviews 15. Cinema Rewind 16. Cinema Como fazer um trailer

19. XIII ApocalISCSPiano 26. Fotografia Cultura do Bom Português 32. Moda Color Blocking is Comming to Get You 33. Moda When Less is so Much More: Minimalismo 34.Literatura Sugestões

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O mês de Maio, para todo o ISCSPiano que se preze, é mês de tradiç~o académica. A primeira vez que se traja no traçar da capa, o encontro de tunas “c| de casa”, o último mês antes do estudo a ser aproveitado pelos alunos.

Talvez, devido a isso, esta ediç~o só tenha sido capaz de ver a luz dia dia um mês depois. Mas n~o querendo faltar com a palavra, assim concluímos mais uma RevoltARTE, menor, mas nunca perdendo o interesse a irreverência pela qual nos pautamos.

É sempre um prazer para nós ver o magazine concluido, mas é mais ainda vê-lo online para que todos possam ter acesso.

Merece o destaque o XIII ApocalISCSPiano, o encontro de tunas mistas do da Magna Tuna ApocalISCSPiana, da qual eu faço parte. E recebe o destaque pelo simples facto de ser uma forte inspiraç~o e influência na vida académica do nosso Instituto, acabando sempre por ser a nossa família fora de casa. É uma quest~o de orgulho, da qual eu acho que merece ser conhecida e reconhecida.

A vida académica n~o serve só para ser passada, tem que ser vivida!

_editorial

João Padinha

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Q uando for feita a retrospectiva de

2011, Helplessness Blues vai com

certeza ser considerado um dos

melhores |lbuns do ano, um dos

mais bonitos e um dos mais rom}nticos.

Rom}nticos n~o no sentido estrito do amor entre

duas pessoas, mas sim no sentido de encontrar

beleza e admiraç~o em tudo. A fórmula n~o

muda muito, o folk dos Fleet Foxes mantem-se,

mas evolui e apesar de rom}nticas e comparando

-as com as do primeiro |lbum da banda, as

músicas s~o mais negras, carregadas e

seguramente muito, mas muito mais ambiciosas.

O ambiente acústico continua a ser amparado

pela beleza das harmonias vocais do grupo e

neste disco pelos (ainda mais) instrumentos que

se juntam { conversa e também alguns efeitos

que n~o estavam presentes no anterior disco.

Músicas como The Shrine / An Argument, com

características épicas ou a beleza pura de Sim

Sala Bim e Helplessness Blues, aliadas com a

beleza das melodias e a força e poesia das letras,

torna um disco que roça a certas alturas o

cacofónico, o que pode apresentar uma

dificuldade ao primeiro contacto, como um dos

mais genias, belos e seguramente um dos

melhores do ano. Os Fleet Foxes ultrapassam o

estigma do segundo |lbum com beleza,

grandiosidade, beleza, ambiç~o e nota m|xima.

J| disse beleza ?

Fleet foxes_helplessness blues

RS

_música

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Nine Types of Light é o quarto CD

dos Tv on the Radio, que têm

presença marcada no último dia

do Optimus Alive. Neste disco o

Amor anda de m~o dada com a

mescla de sonoridades a que os

Tv on the Radio nos habituram. A

banda revela capacidade de

construir desde baladas straight

forward, a peças puras de Funk

Rock com laivos de sexualidade a

la Prince, bem como bons

ganchos Pop a lembrar David

Bowie. Os sintetizadores e a

componente electrónica da

banda complementa de forma

ideal as canções, transformando

canções como Killer Crane, You

ou Keep Your Heart em excelentes

romances. J| temas como No

Future Shock, Repetition e

Caffeinated Consciousness ir~o

certamente por a dançar muita

gente. Podendo parecer por

vezes um disco pouco coeso, na

forma como as canções jogam

com o principal tema abordado,

ou seja, o Amor ou as emoções

despertas pelo mesmo, esse falta

de coes~o é disfarçada pela

qualidade de cada uma das

canções, que valem por si só.

N~o é um |lbum de originais. É a

regravaç~o e retratamento

efectuada nestes três últimos

anos de algumas canções dos

|lbuns The Sensual World e The

Red Shoes. E, em algumas delas,

superam os originais. Logo a

abrir, Flower Of The Mountain

resolve a antiga quest~o entre ela

e o neto do escritor James Joyce

usando finalmente excertos do

cl|ssico livro Ulysses e superando

o tema original de longe. Deeper

Understanding recebe

tratamento digital (com Auto-

Tune incluído e bem usado), o

que ali|s, faz perceber o qu~o ela

e a letra pressentiam um dos

nossos h|bitos agora adquiridos:

“As the people grow colder/ I turn

to my computer/ And spend my

evenings with it/ Like a friend”.

Ah, e inclui no coro manipulado a

voz do filho dela, Bertie.

Rubberband Girl, a fechar, soa o

menos possível a Kate Bush, mais

a uns Rolling Stones encabeçados

por Bob Dylan. No geral, torna-se

um compasso de espera até

surgir o novo |lbum. Mas é um

compasso que se deve apreciar.

Com calma (e, j| agora, nas

evenings).

A 1ª parte, num |lbum, costuma

ser melhor que a 2ª parte, tendo

em conta que a 2ª pode sofrer em

contexto, o que nos faz abrir o

apetite, pois este |lbum dos

Beastie Boys é um bom

indicativo, sobretudo depois do

instrumental The Mix-Up. Neste

|lbum os Beastie Boys

prosseguem o caminho de Hello

Nasty, seja no electro-funk de

linhagem Intergalactic na

abertura em Make Some Noise,

nas raízes em Nonstop Disco

Powerpack ou na ‘rockalhada’ de

Lee Majors Come Again. No

fundo, a força dos Beastie Boys

neste |lbum situa-se no facto de,

perante a perspectiva do

envelhecimento, quererem

manter-se na forma (e na

divers~o) dos |lbuns que os

fizeram célebres (de Licensed To

Ill até Ill Communication). Prova

disso é também o muito

excelente Too Many Rappers

(com a presença de Nas), onde

constatam “not enough MC’s”.

Sim, h| falhas, mas, na face

duma possível tragédia,

continuam a fazer-nos sorrir.

“Make some noise/Here we go

again”. rs gm gm

Tv on the radio

Nine types of light

Kate bush

Director’s cut

Beastie boys

Hot Sauce Committee Pt. 2

_música

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T enho para mim que 12 das melhores coisas que existem no mundo podem e s~o representadas por umas meras letrinhas: A, A#, B, C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#. Se sabem o que representam estas letras est~o certamente a dar-me raz~o, se n~o sabem, eu explico. N~o s~o mais do que as notas musicais.

Pois é, para pessoas como eu, que gostam de ouvir, as 12 letrinhas acima referidas chegam para preencher todos os outros sentidos. Todos nós precisamos de uma banda sonora nas nossas vidas e n~o duvidem, todos temos. E porque preenche a música todos os outros sentidos, bem, pode ser só a mim, mas o mundo cheira melhor quando h| música no ar.

Arrepia-nos a pele e n~o poucas vezes, enche-nos os olhos de l|grimas. Música é emoç~o. Por isso é que me sinto em casa com música ao vivo, seja quem seja, desde Glastonbury (Oh I wish) até a um barzito de Jazz no Bairro Alto. Um concerto n~o é só um mero concerto, s~o pessoas, de um lado e de outro, a trocarem mensagens, emoções, a definirem muitas vezes o sentido de estarmos c|. O meu define pelo menos. Gostas de música? N~o? Tenho Pena. Sim? Boa. Se gostas de música tens que experimentar tocar um instrumento, alguma vez tocaste um instrumento? Sim? Boa, sabes do que falo. N~o? Faz isso o mais depressa possível e vais ver que algo ir| mudar.

O processo de criaç~o é provavelmente das coisas mais fascinantes que existe no nosso planeta e se casarmos isso com um qualquer instrumento, vais ver que vais sentir o mundo a mudar. Ou melhor, vais achar que est|s a mudar o mundo, porque acredita que te vais sentir diferente logo na hora em que fizeres soar a tua primeira nota.

Cordas, sopro, percuss~o, ferrinhos, castanholas, palmas, grunhidos com a voz, cria! Deixa sair, é teu, é a tua música, é a tua criaç~o e por mais horroroso que saibas que est|, vais estar orgulhoso, porque é, literalmente, a TUA música.

rs

_música

Dó, Ré, mi...

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Um destes músicos ensinados por

Stockhausen era Holger Czukay. Juntamente

com o interesse recém-aquirido na música

Rock após ouvir “I Am The Walrus” dos

Beatles, decidiu, juntamente com Michael

Karoli, Jaki Liebezeit e Irmin Schmidt, formar

os Can. O primeiro |lbum, Monster Movie,

era assente em ‘jams’ psicadélicas, mas sem

o mau candor hippie da Costa Oeste

americana (eram antes preferíveis nomes

como os Stooges ou os Velvet). Os vocais do

primeiro |lbum, Monster Movie, s~o do

americano Malcolm Mooney, que, pouco

depois, sairia devido aos conselhos do seu

psiquiatra, que o alertou para o perigo

caótico da música deles. Entraria para o seu

lugar um japonês que estava a cantar na rua

e era semi-nómada, Damo Suzuki, que seria

perfeito para o grupo. Os concertos eram

experiências difíceis, dado que a voz dele ia

dos sussurros aos gritos mais insanos. \lbuns

como Tago Mago, Ege Bamyasi e Future Days

influenciariam gente t~o distinta como os

Public Image Ltd., The Fall ou Throbbing

Gristle, influenciando deste modo gente no

Punk, Pós-Punk ou na música Industrial.

Outra das pessoas importantes que

aprendeu com os discos de Stockhausen foi

Edgar Froese, líder e membro único

constante dos Tangerine Dream. Centrados

em sintetizadores, desenvolveram paisagens

musicais que continham elementos da

música Ambiente e da musique concréte. Tal

contrastava com o ambiente do muro de

Berlim, conforme o próprio Froese atestou

no document|rio Krautrock: The Rebirth Of

Germany da BBC 4. Foi igualmente um dos

primeiros nomes a chegar ao mercado

brit}nico, através da acç~o da Virgin de

Richard Branson, que ali|s, trouxe muitas das

bandas alem~s. Mas falarei depois do choque

com a Gr~-Bretanha. Noutras cidades, outras

bandas começariam a mostrar sons originais.

Richard Branson pediu ao produtor,

crítico e jornalista Uwe Nettelbeck que lhe

mostrasse um grupo que pudesse ser t~o

revolucion|rio como os Beatles. Tal n~o

aconteceu, porque foram mostrados os

Faust. Os Faust faziam música que, ainda

hoje, n~o pode ser caracterizada ou rotulada.

Era caótica, tímbrica, imponente mas

também capaz de colapsar a qualquer

momento. O importante neles passa pelo

facto de explorarem o som em si, e de

construírem-no com v|rios e pequenos

pormenores e nuances. Agora vêm qual foi

uma das ideias dos Radiohead (como

indicado no tema de Thom Yorke e cª “Faust

Arp”).

Igualmente importantes foram os Cluster

(inicialmente com K), que são a banda que

mais fortemente estabelece a ligaç~o entre

este movimento e a música Industrial, pelo

uso de electrónicas que estabeleciam visões.

Um elemento comum em quase todas estas

bandas era o facto de ter uma dimens~o

cósmica, sendo ali|s estes tipos de músicas

carinhosamente intitulados genericamente

(o primeiro a utilizar o termo foi Edgar

Froese) de Kosmische Musik (Música

Cósmica). Estranhamente, a música dos

Cluster parecia ser mais terrena, n~o ligada

ao espaço, mas { terra e { |gua.

Como é que os ingleses iriam

compreender isto? Ah! Chamaram-lhes

Krautrock!

Como os Alemães conquistaram

o Mundo (parte l l )

REWIND

gm

_música

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O mês de Junho não vai ser

muito rico em concertos,

pelo menos n~o nas grandes

cidades portuguesas nem

vamos ser presenteados com grandes

bandas de renome internacional,

provavelmente devido aos festivais de Ver~o

que se sucedem nos meses de Julho e

Agosto, o que n~o quer dizer que ainda assim

n~o tenhamos bons concertos um pouco por

todo o rect}ngulo { beira-mar plantado.

O mês de

Junho começa

bem com um

concerto de

Sean Riley &

the slowriders,

na sexta-feira,

dia 3 de Junho, no Hard Club da cidade do

Porto. O grupo de Coimbra com sonoridades

próximas da música de tradiç~o americana,

como folk e blues vai trazer ao Porto alguns

dos seus temas. A banda de Afonso

Henriques (sob o pseudónimo de Sean Riley)

j| n~o edita nada desde 2009 mas prevê-se

que um novo albúm esteja para breve.

Mais tarde, a

produç~o

musical

portuguesa vai

continuar em

altas com o

concerto dos

também portugueses Dead Combo no bar

‘Zé dos Bois’ no Bairro Alto em Lisboa no dia

9 de Junho, quinta-feira. O duo constituído

por Tó Trips (na guitarra) e Pedro Gonçalves

(nos restantes instrumentos: contrabaixo,

guitarra melódica, kazoo, etc) inspiram-se no

Fado, no Rock e nas bandas sonoras dos

filmes de tipo Western, tipicamente

americanos para darem { sua música uma

sonoridade original. Apesar da banda n~o ter

lançado nenhum disco ainda este ano, o

concerto promete ser electrizante e

fant|stico como j| vem a ser h|bito deste

grupo. O bilhete do concerto tem um preço

que pode variar entre 10 e 12 euros.

J| mais para o final do mês, no dia 23 de

Junho (Quinta-feira) o Campo Pequeno, em

Lisboa servir| de palco para os norte-

americanos Avenged Sevenfold se estrearem

em Portugal. A banda de M. Shadows tocar|

êxitos como ‘Lost’, ‘the beast and the harlot’,

‘seize the day’ e ‘almost easy’. Um género

musical que deixa muitas dúvidas, se é heavy

metal ou metalcore trar| certamente

centenas e

centenas de f~s

de todo o país

{ arena. Os

preços variam

entre 24 e 33

euros.

Dois dias depois dos californianos virem a

Lisboa, também o projecto a solo de Manel

Cruz (ex-Ornatos Violeta) ‘Foge Foge

bandido’ vai tocar em Lisboa no Centro

Cultural de Belém. Dia 25, o ‘one man band’

vai apresentar aos seus f~s mais um concerto

carregado de emoç~o depois do seu |lbum/

livro intitulado “O

Amor D|-me Tes~o/

N~o Fui Eu que

Estraguei” por um

preço que varia entre

22 e 30 euros.

jfs

_música antevisoes

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O

s X-Wife foram dos grupos que mais estiveram em

sintonia com a música que surgiu nesta década passada,

como os Rapture e os Radio 4, e com a música dos anos 70

e 80 representada por Talking Heads, Blondie, o Disco de Giorgio Moroder

ou os Gang Of Four. E, claro, atentos aos que os LCD Soundsystem fizeram

e encerraram nesta década que passou.

Mas n~o ser| um risco entrar no que j| se tornou de certa forma um mar

de clichés? “I Live Abroad” que abre o |lbum, é tanto pastiche como s|tira

do estilo “speak-sing” de James Murphy. Ali|s, o problema deste |lbum n~o

é a qualidade das canções (s~o boas). É um certo cliché neste tipo de

músicas que n~o assume com fortaleza o groove e a batida. Parece que tem

que ser sempre atenuada para a maltinha “indie” ficar na sua zona de

conforto.

Sim, as audiências gostam de zonas de conforto, mas talvez seja altura

de entrar por caminhos mais atrevidos. De acabar com o que j| se tornou

uma fórmula gasta devido aos

escrúpulos daqueles que assentaram

em papeis (falo, por exemplo, dos !!!

ou Holy Ghost!). É melhor mudarem e

começarem a usar White Shoes (a

canç~o que fecha este mais recente

|lbum).

gm

_música

X-wife_infectious affectional

Quinta dos portugueses

X-wife_infectious affectional (2011)

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R esumindo e

concluindo, o 4 é melhor que o 3, mas fica-se por aí. A primeira viagem do Black Pearl foi incrivelmente fresca em 2003, mas nenhuma das sequelas conseguiu replicar ou desenvolver a originalidade do filme que nos deu a conhecer Jack Sparrow – o único elemento que manteve qualidade constante ao longo do franchise e que mesmo assim, parece perder fôlego nesta última aventura.

O argumento, que esteve ao

cargo de Ted Elliot e Terry Rossio nunca começa sequer a fazer sentido, com pontas soltas e acções inconsequentes. Ninguém nos faz querer saber daquelas personagens ou dos episódios que se sucedem. A única coisa que interessa é introduzir elementos fant|sticos uns atr|s dos outros, como se n~o houvesse amanh~ (bom, vamos dar-lhes algum crédito pelas sereias que parecem saídas do Jaws e até ficaram com uma mística engraçada. Estou certa que até no mundo da fantasia tem de haver alguma lógica, ou n~o?

O 3D é aqui um elemento que só vem tirar mais dinheiro do bolso dos inocentes cinéfilos que pensam “bem os Piratas é uma coisa séria, n~o me v~o roubar”. Errado. Contam-se pelos dedos de uma m~o as vezes que o 3D é, de facto, mais visível porque de resto, nicles.

Mas pelo meio da desgraça existem alguns momentos raros que nos fazem lembrar porque é que este franchise foi/é t~o amado por tanta gente em todo o mundo. E para continuar a ser ainda amado, talvez fosse a altura de o deixarmos ir.

_cinema

Pirates of the caribbiean_rob marshall

CO

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W ater for Elephants funciona. N~o

ruge, n~o transcende, n~o explode e certamente n~o espanta, mas é uma adaptaç~o sólida de um romance popular com o mesmo nome.

Parece uma autêntica fatia da Depress~o. Todavia, apesar de o realizador Francis Lawrence ser exímio na representaç~o da era e da vida circense, parece perdido a tentar encontrar o calor entre os protagonistas numa história de amor previsível e cliché.

Por debaixo do conforto j| conhecido, est~o porém noções

contempor}neas sobre o comportamento bestial, direitos dos animais e erros humanos, que o argumentista Richard LaGravenese n~o exagerou.

E h| algo extremamente carinhoso nesta história de amor { antiga. Com grandes e luxuosos close-ups, a fotografia deprimida e castanha de Rodrigo Prieto e o emocionalismo d'a vida que é um circo, Lawrence mantém a atmosfera. Visualmente, o filme é lindíssimo e com a ajuda do designer de produç~o Jack Fisk, Lawrence conjura um mundo credível de acrobatas, entertainers, palhaços e trabalhadores braçais com pouca

sorte. H| uma vibe old fashion

em Water for Elephants. Este é o tipo de filme que Hollywood um dia fez com regularidade, mas que hoje é raro.

Numa época de pré-fabricados de efeitos especiais e falso espect|culo é um prazer especial poder ver um filme feito com pessoas reais e sets plausíveis. É entretenimento familiar n~o idiota; um bom interlúdio para a época blockbuster de Ver~o. E mesmo que n~o seja o "maior espect|culo do mundo", é um bastante bom.

_cinema

Water for elephants_francis lawrence

CO

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_cinema REWIND

E xistem variadas concepções

acerca do que realmente é e/

ou trata The Shawshank

Redemption. Inicialmente,

quando ainda relativamente desconhecido,

era tido como um filme sobre a vida na pris~o

ou sobre a justiça. Depois, um filme sobre o

salvamento da alma. A seguir um filme sobre

a esperança…e por aí fora. A verdade é que

Shawshank é tudo isso, mas n~o somente.

Além da mensagem, a forma como esta

é passada é uma das grandes chaves da fita.

Frank Darabont fez algo raro; foi paciente;

paciente na forma como conduziu e

desenvolveu a linha argumentativa

conseguindo n~o só reproduzir na perfeiç~o a

pesada passagem do tempo, mas também

construir calma e minuciosamente um

monumental puzzle que, depois de colocada

a última peça, se metamorfiza num poderoso

grito de liberdade e salvaç~o inesquecível aos

olhos e { mente.

The Shawshank Redemption n~o é um

filme perfeito, sem falhas; mas consegue

fazer algo que raras obras de arte

conseguem. Faz-nos acreditar que, de facto,

a redenç~o é possível, que o salvamento é

possível, e que, por aí algures, um futuro

melhor que este presente prec|rio nos

espera. É um autêntico testamento ao

espírito humano.

Cada vez mais vemos filmes tentarem

ser fontes de inspiraç~o e passarem

mensagens fortes e valerosas. Shawshank

n~o teve nenhuma ambiç~o desmedida, e fê-

lo como nenhum outro. Isto porque mexe

com alguma coisa c| dentro, uma

necessidade que nos acompanha toda a vida;

uma necessidade de viver com esperança e

de saber que, por aí algures, existe alguém

que nos pode fazer acreditar que é possível.

Shawshank Redemption é sinónimo de

esperança inabal|vel, e enquanto houver

esperança haver| sempre uma raz~o para

nos levantarmos após uma queda, seja de

que altura for, olhar em frente, limpar o suor

da testa, e recomeçar o caminho para a paz e

felicidade... o caminho para a redenç~o.

co

Shawshank redemption Frank darabont

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U m dos pontos fulcrais na envolvência de um filme que quer ter sucesso é a sua campanha de marketing.

Posters, releases, outdoors, tudo isto contribui para, como Cobb de Inception descreveu t~o bem, criar uma ideia, um parasita resistente na mente das pessoas: “eu quero ver aquele filme”.

Ter um bom trailer, é meio caminho andado para encher uma sala de cinema. De facto, n~o aconteceu tantas vezes vermos um trailer que nos arrepiou a espinha e depois chegarmos ao filme e adormecemos a meio? Ou o contr|rio… pôr de lado um filme que até era bom, mas quando vimos o trailer n~o gost|mos.

Enfim… eu c| gosto de pensar que fazer um trailer é como trabalhar numa obra de arte. É verdade que trabalhamos a partir de material que j| existe, mas acredito que aquela mistura certa entre a imagem e o som só surge muito raramente.

Um trailer dever| ter entre 30 segundos e três minutos, sendo que o ideal est| entre o minuto e meio e os dois minutos e meio. Por pior que o filme seja, tem de ter pelo menos 30 segundos de imagens porreiras numa carrada de horas de filmagem…

Quando se faz um trailer tem de se pensar

grande: “toda a gente tem de querer ver o meu filme!”. Temos de fazer com que o filme pareça maior que a vida e que a alma. E mesmo que o filme n~o valha um centavo e os espectadores saiam desiludidos, bem… pelo menos foram ver o filme n~o é?

Para j| é preciso saber fazer três coisas: - Estudar outros trailers – ver os

trailers dos bons filmes, ver os trailers dos maus filmes, ver todo o tipo de trailers. O que é que faz os espectadores irem ver um filme? E o que é que n~o é apelativo para eles?

- O que é bom é para se ver – ponham-se aqueles shots mais porreiros, e as linhas de di|logo mais cool. Todavia, é melhor n~o elaborar muito para explicar o enredo. “Sell the sizzle, not the steak”, como diriam os brit}nicos.

- Construir à volta da criatividade – vamos supor que o nosso filme é sobre um mago que lança um feitiço maluco a um caranguejo arraçado de escaravelho que fica gigante e começa a atacar vilas e depois grandes cidades. O trailer deveria mostrar: 1º) o mago a fazer as suas macumbas (isto de uma forma estilosa se possível); 2º) pessoas a serem atacadas por uma “coisa n~o identificada”. E pronto, é isso. É tudo o que a audiência precisa de saber. Quanto menos se mostrar, mais curiosidade desperta. É óbvio que n~o podemos mostrar o escagarelho, nem sequer mencionar que o monstro é um escagarelho. As perguntas ter~o resposta quando os potenciais espectadores decidirem ir até ao cinema ver o nosso filme.

N~o h| nada mais importante do que levar

o m|ximo de pessoas possível a ver o filme. Devemos convencer a audiência de que o nosso produto é merecedor do seu tempo e, especialmente, do seu dinheiro. E para isto, n~o h| nada que encaminhe melhor do que um bom trailer.

E depois desta liç~o r|pida sobre como nos prepararmos para fazer um trailer de um filme… vamos l| embora fazer um. Com isso em mente, deixo-vos uma pequena lista com alguns dos “musts” de um Trailer com “T” grande – alguns bons, outros nem por isso.

Como fazer um trailer

_cinema

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_cinema

1. Arranjar um senhor com voz grave, melódica e carismática para o Voice Over.

Se n~o conseguirem, gravem a vossa própria voz e alterem no computador até parecerem padecer de algum mal de garganta funda.

Visto em: (500) Days of Summer. 2. Mostrar as melhores partes. Correu tudo mal durante a produç~o e

acabamos com um aborto em forma de filme. Ainda assim, é preciso pagar os ordenados e as contas, logo, é preciso trazer as pessoas ao cinema. Pegue-se nas melhores partes do filme (explosões, lutas, gritos, choros, por aí fora) e juntem-se todos no trailer. Depois é só fazer figas.

Visto em: Clash of the Titans 3. Não se preocupem com os Spoilers. Nesta era em que a circulaç~o de

informaç~o ultrapassa tudo e todos, é preciso fazer um filme dentro de um poço para manter segredo sobre o seu enredo, personagens, etc por mais do que dois minutos. Dois e meio, v|. J| que é para estragar o factor surpresa, escarrapache-se tudo no trailer. Se morre alguém, vai de se mostrar sangue, explosões e tudo o que haja para oferecer. O mau da fita? Mostre-se também! Se possível, a fazer coisas m|s para n~o se ter mesmo dúvidas.

Visto em: Carriers, Red Dragon. 4. Usar a “Lux Aeterna” de Clint Mansell

ou “Hello Zepp” de Charlie Clouser. As músicas escritas respectivamente para

Requiem For A Dream e Saw, s~o utilizadas repetidamente em trailers de outros filmes. Deve ser um pré-requisito.

“Lux Aeterna” vista em: I Am Legend, Sunshine, The Da Vinci Code, Avatar

“Hello Zepp” vista em: The Box, Valkyrie, Deja Vu.

5. Se não é falado em inglês, não avisem

ninguém. Dizer que é estrangeiro afugenta as pessoas.

Nos países de língua inglesa eles n~o querem ler legendas, e nós por c| n~o queremos ouvir outra cantiga que n~o a da língua de Shakespeare. Corte-se o di|logo todo e se for preciso, meta-se aquele senhor da voz grossa a fazer voice-over.

Visto em: The Girl With The Dragon Tattoo. 6. Mostrar partes de críticas. Afinal, um filme pode sempre apoiar-se em

algumas críticas sensacionais que o acham o “melhor do ano”. Só n~o inventem críticos, isso n~o d| bom resultado.

Visto em: A Single Man 7. Mostrar os efeitos visuais. Os trailers devem capitalizar sempre os

efeitos visuais de maior categoria. Além disso, todos os filmes devem ter efeitos especiais, como bem manda a Bíblia de Hollywood.

Visto em: The Matrix, Tron: Legacy 8. Espingardice de nomes, trabalhos

passados e reconhecimentos. Para os actores, isto funciona { base de

prémios. Quanto { realizaç~o, a n~o ser que tenhamos um familiar bomb|stico no negócio (género Spielberd ou Scorsese), esta coisa dos nomes n~o tem muito por onde arder. Ninguém quer saber se o filme da afilhada do filho do marido da amante do peixe de aqu|rio do James Cameron… Se forem um realizador famoso, toca de escarrapachar os trabalhos passados todos, mesmo que o filme presente n~o preste. Ao menos é bom lembrar que fizemos algo bom.

Visto em: Avatar, Black Swan

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_cinema

9. Colocar taglines portentosas. Os trailers n~o s~o nada sem aquelas frases

magistrais ({s vezes bem ranhosas) que acompanham o desenrolar dos acontecimentos. Na altura em que escrevo isto, lembro-me novamente de Clash of the Titans, cujo mote era “Titans will clash”… mas depois devem ter reparado que era demasiado óbvio e mudaram para “Damn the Gods”, que é apenas.

Visto em: Ah, todos os filmes basicamente. 10. Mostrar cenas que não aparecem no

filme. Um bom passatempo para quem é

apaixonado pelo cinema e n~o tem muito que fazer é ver um filme e rever o seu trailer { procura daquelas cenas que o nosso inconsciente n~o esqueceu enquanto víamos o filme. A parte m|? [s vezes s~o as nossas partes favoritas do trailer.

Visto em: Predators

co

http://close-up.blogs.sapo.pt/

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_magna tuna

A inda bem que o mundo n~o acabou no passado dia 21 de Maio, {s seis da tarde, como alguns “peritos” previram… N~o podia acontecer!

Até porque foi nesse mesmo dia, mas {s 21 horas, que se realizou mais um ApocalISCSPiano.

Para os mais distraídos, o ApocalISCSPiano é um encontro de tunas, anual, – sobejamente conhecido no mundo das tunas em Portugal – organizado pela Magna Tuna ApocalISCSPiana, tuna académica do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa.

XIII apocaliscspiano XIII APOCALISCSPIANO EM

NÚMEROS:

Mais de 10h de festa entre as

v|rias tunas. Para o público,

as portas estiveram abertas

desde as 21h {s 4h da manh~.

O encontro juntou mais de

400 pessoas, entre eles 200

tunos.

5 tunas: Magna Tuna

ApocalISCSPiana

(organizadora), TMIST,

VicenTuna, Quantunna e

escstunis.

A Magna Tuna teve, neste

ano, um dos palcos mais bem

recheados de sempre: 38

elementos.

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_magna tuna

E o que o torna t~o famoso? Ser| pela

música? Pelo convívio? A cerveja e bifanas a

preços “simp|ticos”? Cada um ter| as suas

razões, mas para dizer a verdade, acho que é

por um bocadinho de tudo. É, também, um

momento muito aguardado por todos aqueles

que pertencem ou pertenceram { Magna Tuna,

por ser o grande momento de uni~o entre as

v|rias gerações da tuna.

Neste décimo terceiro ApocalISCSPiano, a

Aula Magna Adriano Moreira (no ISCSP) voltou

a ser o grande palco do evento, onde uma a

uma as tunas levaram o público ao rubro.

Em palco, a Magna Tuna ApocalISCSPiana

mostrou todos os seus dotes musicais e toda a

sua garra e alegria, como tem sido seu h|bito,

com um arrepiante “Acordai” de Fernando

Lopes Graça, “Canto dos torna-viagem” de José

M|rio Branco, “Mulher d’Armas” de Rui Veloso

& Carlos Tê, “O meu amor” de Chico Buarque

Mais de 32 músicas tocadas

na Aula Magna Adriano

Moreira, só a Magna Tuna

ApocalISCSPiana tocou 12.

45m foi o tempo que a

Quantunna esteve em palco.

Só a Magna Tuna

ApocalISCSPiana a superou –

como era de esperar –,

animando por 1h o público

(com 2 actuações de cerca de

30m cada).

20 quilos de carne para as

deliciosas, e j| habituais,

bifanas.

800 litros de cerveja e mais

de 300 “garrafinhas”

favaítos, refrescaram e

aclararam as vozes de todos

os presentes.

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_magna tuna

e “Canç~o do Engate” de

António Variações, sempre

entrelaçadas com interlúdios de

músicas – tocadas antigamente

pela Magna Tuna – que deixou os

tunos antigos com um sentimento

de nostalgia.

As tunas convidadas: Tuna

Mista do Instituto Superior Técnico

(TMIST), Tuna da Faculdade de

Ciências da Universidade de Lisboa

(VicenTuna), Tuna Mista da

Faculdade de Ciências e Tecnologia

da Universidade de Coimbra

(Quantunna) e Tuna Académica da

Escola Superior de Comunicaç~o

Social do Instituto Politécnico de

Lisboa (escstunis) também

brindaram os presentes com toda a

sua espectacularidade e bom

humor.

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_magna tuna

Para fechar em grande, a Magna Tuna ApocalISCSPiana voltou ao palco com a serenata “Trovas ao Luar” (original Magna Tuna), “Barcos do Tejo” de Lopes Victor & Martinho d’Assunç~o, “Na Terra dos Sonhos” de Jorge Palma e ainda “Balada da Licenciatura” (original Magna Tuna). Os tunos antigos cumpriram a tradiç~o e juntaram-se { Magna Tuna para cantar o hino “Zé Caloiro” (original Magna Tuna), mas também – a pedido de todos os presentes na sala – a famosa “Madalena” (música popular) e “Ser Tuno” (original Magna Tuna).

Depois da entrega de prémios, uma garrafa de favaítos – dos “galardões” mais comemorados de sempre – a cada tuna participante, a festa prolongou-se noite fora… uma noite de emoções fortes marcada por l|grimas, sorrisos, c}nticos, alegria e uni~o, que ficar| certamente na memória das duas novas veteranas da Magna Tuna ApocalISCSPiana: a Joana e a Carina.

A festa acabou j| com o nascer do sol, mas sempre com uma promessa: para o ano, h| mais!

sc

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_magna tuna

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_fotografia

CULTURA DO BOM PORTUGueS Concurso fotografico organizado pelo NCC

1ª classificada: Ana Nascim

ento, 1º ano CC

^

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_fotografia

1ª classificada: Ana Nascim

ento, 1º ano CC

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_fotografia

1ª class

ificada:

Ana Na

scimento

, 1º ano

CC

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_fotografia

2ª classificada: Ana carina silva, 2º ano CC

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2ª classificada: ana carina silva, 2º ano CC

3ª classificada: Ines maria, 1º ano CC

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3ª classificada: ines maria, 1º ano CC

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_moda

I sto é para toda a gente que j| entrou na

Zara e, ao deparar-se com as

improv|veis misturas de cores nos

manequins, pensou, comentou ou

quase teve um ataque cardíaco ao com do “ai

córror, quem vestiu as bonecas era daltónico”.

O Color Block é uma das tendências mais

fortes para este ver~o, e j| h| alguns meses que

se passeia pelas ruas.

Tal como o nome indica, Color Block s~o

blocos de cor. Cores fortes, vibrantes e

vitaminadas conjugadas num look que encontra

a harmonia na diversidade.

Quando optamos pelo color blocking, temos

de nos afastar da ideia do “pandan”. O top n~o

tem de condizer com os sapatos e o colar n~o

tem de condizer com a pulseira e as cuecas e as

meias. Livrem-se disso. As cores podem ser

aproximadas (como rosa, laranja e vermelho)

ou totalmente distintas (como amarelo, rosa e

verde, ou laranja e azul).

Para as que ainda est~o de pé atr|s com toda

esta ousadia, experimentem aplica-la, numa

primeira fase, só nos acessórios, ou usar uma

cor vitaminada com neutros (preto, branco ou

nude).

N~o usar:

- Padrões distintos nas peças;

- Texturas muito diferentes;

Se quiseres passar despercebido/a.

ifc

Color Blocking is

comming to get you!

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_moda

A máxima do ‘menos é mais’ já

é convidada habitual em

qualquer di|logo que envolva

moda. E isso remete-nos

imediatamente para a

tendência minimal.

O minimalismo preza uma cartela de cores

neutras, estética clean, e silhueta

consciente, enxuta e perfeita – este último

adjectivo d|-se graças { alfaiataria e suas linhas

sofisticadas e arquitectónicas.

Assenta nos alicerces forma, acabamento e

modelagem.

E apesar de as cores neutras terem primazia,

este ver~o o minimal abre os braços ao arco-íris.

Mas desengane-se quem pensa que é f|cil

atingir um look minimal. N~o é apenas a antítese

do barroco e das carradas de acessórios. Assenta

no bom gosto, na capacidade de conjugar peças

que sozinhas j| seriam um statement .

ifc

When Less is so much

more: O minimalismo

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_literatura

N o dia 11 de Novembro de

1997, Veronika decidiu que

havia – afinal! – chegado o momento de se

matar”. Assim começa a história de

“Veronika decide morrer” que conta como

uma rapariga com uma vida

aparentemente normal chega ao ponto de

querer morrer, tomando uma caixa de

comprimidos inteira. À medida que a

morte se vai aproximando, Veronika

percebe que talvez não haja como voltar

atrás na sua escolha…

L eona é uma mulher exótica que

vem para Londres com o intuito

de recuperar o negócio da família e vingar

a morte do seu pai. No entanto tudo muda

ao reencontrar Christian, o misterioso

rapaz que havia conhecido em Macau há

alguns anos atrás. Mas as famílias de

ambos escondem segredos impossíveis de

ignorar. Um romance com pequenos

apontamentos de erotismo e cuja leitura

não é, de todo, recomendada a menores.

Proibido

Autor: Madeline Hunter

Editora: Edições ASA

Preço: 14,40€

Verónika Decide Morrer

Autor: Paulo Coelho

Editora: Pergaminho

Preço: 15€

cc

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