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Revista Pasta 01

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Revista pasta ediçao 01

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SUMÁRIO // 04

Caixa Forte / Arthur Omar // 06

Advertainment / BMW // 10

Além-Mar / Gustavo Sousa // 12

Anunciante / Sony Ericsson // 13

Mídia / MTV // 13

Som na Caixa / Antonio Pinto // 16

Terceiro Setor / Segunda do Bem // 20

Texto Corrido / Washington Olivetto // 22

Produção / Mateus de Paula Santos // 26

Pasta // 36

Alimentos / Restaurantes

Café Suplicy // 36

Automotivos

Mitsubishi Motors // 37

Consórcio Nacional Honda // 37

Honda // 38

Pirelli // 38

Nissan // 39

Fiat // 40

Mobil // 42

Nissan // 43

Jeep // 44

Hyundai // 45

Mercedes-Benz // 45

Bancos e Financeiras

Mastercard // 46

Bebidas Alcoólicas

Nova Schin // 47

Skol // 48

Cosméticos

Fundação O Boticário // 50

Eletrodomésticos

Brastemp // 52

Eletroeletrônicos

Sony Ericsson // 53

Epson // 54

GE // 55

AIWA // 56

Escolas e Cursos

Colégio São Luís // 57

Farmacêuticos

Bepantol // 58

Higiene Pessoal

Axe // 59

Material Escolar e de Escritório

Super Bonder // 60

Mídia

IstoÉ Gente // 61

Revista Recreio // 62

National Geographic // 64

Canal Futura // 65

Caras // 66

Forbes Brasil // 66

Quatro Rodas // 67

Raça Brasil // 68

Band News // 69

MTV // 70

SporTV // 72

Arquitetura & Construção // 73

Outros

Tramontina // 74

Petróleo e Derivados

Petrobras // 75

Serviço Público

ADESF // 77

SOS Mata Atlântica // 78

Instituto Ayrton Senna // 79

CARE // 80

Hospital do Câncer // 81

Fundação Gol de Letra // 82

Telecomunicações

Oi // 83

Transportes e Turismo

Gol // 84

Iveco // 85

TAM // 86

Varejo

BH Shopping // 88

Vestuário

Havaianas // 90

Na Guarda Fight Wear // 93

Mizuno // 93

Melissa // 94

Adidas // 96

Ipanema Gisele Bündchen // 97

Índice Remissivo // 98

Capa // F/Nazca S&S

Terceira capa // Diretor de arte convidado: João Linneu

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EDITORIAL // 05

Editorial

Esta é a edição número um da Revista Pasta, publicação do Clube

de Criação de São Paulo, que nasce como parte das comemorações

dos 30 anos da entidade e chegará às suas mãos a cada dois meses.

A idéia é fazer destas páginas um espelho apto a refletir com nitidez

a imagem de quem cria e produz publicidade no Brasil, um dos mais

avançados pólos de comunicação do planeta. A Revista Pasta surge

para ocupar um espaço editorial que estava sem recheio. E deseja, mais

do que ser uma revista, ser uma interferência, capaz de liquidificar

atualidade, reflexão, repercussão, concepção, desenvolvimento, ponto

de partida e ponto de chegada. Queremos entregar a você um produto

de comunicação explícito, que fale a língua desse aglomerado de

profissionais de primeira linha que está à nossa volta. Uma revista que

visite o melhor do que se faz pelo mundo, que reproduza o melhor do

que se faz por aqui, que induza ao melhor do melhor, que seja honesta

e bem resolvida. Queremos entregar na bandeja o que você espera,

mas não sabe que espera. Matérias forjadas com um DNA que você

só poderia encontrar por aqui. Nesta edição, temos um mago chamado

Arthur Omar, cujas declarações são obrigatórias e vão te atrair feito

ímã. Temos também toda a trajetória de outro cara que usa a cabeça e

as mãos para vomitar coisas belas: Mateus de Paula Santos, da Lobo.

Entre o prato principal e a sobremesa, muita mistura de qualidade,

passando por opinião de anunciante, iniciativa ousada de emissora de

TV, claves sempre em obras de um músico ambulante, texto corrido

de Washington Olivetto, história de um brasileiro refugiado na Mother,

proposta de fazer o bem de gente que é do bem, e por aí vai. Mais

adiante, vem a Pasta, em si. Trabalhos, trabalhos e mais trabalhos

garimpados na seção NOVO! do Clubeonline. A partir de agora, a

Revista Pasta pretende se tornar inevitável. Tire a virgindade destas

páginas, depois nos conte como foi e nos cutuque com vara curta para

que possamos melhorar, sempre. Voltamos em 2006.

Laís Prado

Clubeonline

Visite o Clubeonline, site oficial do Clube de Criação de

São Paulo.

As peças exibidas no miolo da Revista Pasta são uma

seleção do melhor publicado na seção NOVO! do

Clubeonline, nos últimos 90 dias. No site, você encontrará

as fichas técnicas completas, de todos os anúncios.

Para acessar o Clubeonline digite www.ccsp.com.br.

Para participar da seção NOVO! cadastre sua agência ou

produtora na nossa extranet (http://extranet.ccsp.com.br) e

submeta seus trabalhos.

Expediente

Editora // Laís Prado [email protected]

Projeto Gráfico e Direção de Arte // João Linneu

Repórteres // Francisco Canindé e Luis Fernando Ramos [email protected]

Produção // Francisco Canindé [email protected]

Produção Gráfica // Jomar Farias

Diagramação e Finalização // Fabio Graupen

Revisão // Sandra Simões

Gráfica // Arizona

Papel // Sappi

Diretor Comercial // Jefferson Cervelim [email protected] - Tel.: (11) 3030-9324

Jornalista Responsável // Laís Prado MedeirosMtb 26851

Exemplar Avulso // R$ 20,00Assinatura Anual (seis edições) // R$ 120,[email protected] 1808-8856

A Revista Pasta é uma publicação bimestraldo Clube de Criação de São Paulo Presidente // Carlos RighiVice-Presidente // Tião BernardiDiretor Executivo // Gilberto dos ReisDiretores // Amaury Terçarolli, Ana Clélia Quarto, Átila Francucci, Carlos Rocca, Danilo Martins,Eduardo Lima, Erh Ray, Gustavo Nogueira, JR D’Elboux, Mariangela Silvani, Renato Simões e Tony Rodrigues.

Rua Deputado Lacerda Franco, 300 - Pinheiros CEP 05432-080 - Tel.: (11) 3030-9322São Paulo - Capital

Nº. 01 - Dezembro/2005 - Janeiro/2006

A Revista Pasta tem o patrocínio anual das empresas:

E o apoio anual das empresas:

Page 4: Revista Pasta 01

CAIXA FORTE // 06

Início

“Eu era bem garoto, na década de 60, quando comecei a fazer e ter uma

relação com a fotografia artística. Logo entrei para o clube da Associação

Brasileira de Arte Fotográfica (ABAF), no Rio de Janeiro. Sempre me

interessei pelo processo completo, com toda aquela química, o reve-

lador, a ampliação, buscando ousar, fazendo alterações no refrator para

aumentar ou diminuir o contraste, arquivando imagens e negativos. Essa

foi a única época da minha vida em que fui realmente profissional, e era

totalmente amador.”

Profissão

“Sempre gostei dessa coisa dos aparelhos. Queria seguir uma profissão

que tivesse instrumentos e até pensei em ser engenheiro – pois gostava

daquela régua de cálculo, que hoje nem tem mais –, ou um artista, com

seus pincéis, suas faquinhas.

Não me considero um fotógrafo, nem mesmo um profissional da foto-

grafia. Minha atividade se distribui por diversas áreas. A fotografia foi

o início da minha carreira e depois passei um longo período sem fazer

imagens de forma consciente. Fazia fotos de maneira marginal, sem a

intenção de fazer arte. Era um ofício sistemático, mas não intencional.

Na verdade, sem saber, eu estava em fase de composição de meu mais

importante trabalho, chamado Antropologia da Face Gloriosa.”

Antropologia da Face Gloriosa

“É um trabalho que venho realizando ao longo dos últimos 25 anos. O

que se costuma chamar de work in progress. No início, eu saía pelas

ruas no Carnaval do Rio de Janeiro e colhia imagens de rostos que me

davam uma sensação de estranheza. Pessoas mascaradas e travestis

que pareciam ter vindo de tribos alheias ao meu próprio mundo. Era

como se eu estivesse fazendo uma viagem a um outro continente, que

na verdade estava ao meu lado. Colhia imagens de rostos humanos,

em estado de êxtase, e isso aos poucos foi se configurando como um

projeto. Dessa linha inicial, surgiu toda uma formulação teórica, como

a questão da capacidade que a fotografia tem de fixar o êxtase que não

é visto a olho nu. Em 1997, essas imagens foram lançadas em livro,

vendido na Europa, no Japão, no mundo.

A Antropologia da Face Gloriosa é uma série aberta, um univer-

so separado, ao qual eu continuo incorporando cada vez mais

elementos, novas faces, novas técnicas. E o que já está lá também

se transforma, porque é retomado, anos depois, e reformatado.

Um exemplo disso é a exposição que fiz, há três anos, chamada

A Pele Mecânica. Esse trabalho trazia as mesmas imagens que

estão no livro, só que em versão cromatizada. E não foi apenas

um processo de colorização, mas sim uma intervenção na estrutura

da fotografia.

Uma questãode percepção

Arthur Omar

O UnIVERSO DO MEIO CARIOCA, MEIO

MInEIRO ARTHUR OMAR é COMPOSTO

POR ELEMEnTOS qUE VãO MUITO

ALéM DAS IMAGEnS ESTÁTICAS E

EM MOVIMEnTO. DAS FOTOGRAFIAS

DE FACES EM êXTASE, nO CARnAVAL

CARIOCA, AO EXPERIMEnTALISMO DO

CInEMA MARGInAL, OMAR PASSEIA POR

qUASE TODOS OS CAMPOS DA ARTE,

PROVOCAnDO DIVERSOS IMPACTOS

SEnSORIAIS EM qUEM DÁ DE CARA

COM SEU TRABALHO. RECOnHECIDO nO

EXTERIOR E LEMBRADO BISSEXTAMEnTE

nO BRASIL, é UMA DAqUELAS FIGURAS

CATIVAnTES, DOnO DE UM RADAR

PREGADO nA TESTA E DE UM EnORME

PODER DE AGLUTInAçãO. SEM PAPAS

nA LÍnGUA, DIVIDE COnOSCO TRECHOS

DE SUA TRAjETóRIA E DO qUE PASSA,

DE FORMA ACELERADA, POR SUA

CABEçA

Sérg

io G

ilz

Page 5: Revista Pasta 01

CAIXA FORTE // 07

Ao lado e acima: fotos da série Esplendor dos contrários

No encontro internacional de Arle, na França, que é a mostra mais

importante de fotografia da Europa e acontece em julho, eu apresentei

novas versões das 30 imagens originais desse trabalho. Utilizei um tra-

tamento tecnológico mais avançado e realizei intervenções digitais nas

imagens. Essas fotos estiveram, há pouco, expostas no Museu de Arte

Nacional da Colômbia.”

Virgindade da percepção

“Para fazer minhas fotografias eu tenho que fugir, romper e esquecer

qualquer imagem preconcebida, escondida na minha mente. Quando

vejo a Amazônia, tenho que esquecer o que eu aprendi num Globo

Repórter sobre aquele lugar, ou qualquer idéia relacionada à ecologia.

Isso serve para ativar em mim uma experiência nova, para poder ver

outras coisas quando fotografo. Tenho que estabelecer uma relação com

o meu assunto, como se fosse a primeira vez. Isso é um resgate da

virgindade da percepção.”

Trabalho em série

“Eu trabalho com séries de fotografias. Tenho outras séries, como uma

composta por imagens de paisagens, que se chama Esplendor dos Con-

trários, feita na Amazônia, que foi apresentada no Grand Palais, na Fran-

ça, e no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Tenho também

o compêndio Viagem ao Afeganistão, que sairá em livro, ainda este ano,

e foi exposto na Bienal de Artes Plásticas, em São Paulo, em 2002.”

Enigma e descrição

“O texto e a imagem são dois elementos diferentes que se articulam

como uma dobra. A versão em livro de Antropologia da Face Gloriosa,

por exemplo, tem em cada imagem um título, que é quase um poema

à parte. É um enigma e não uma informação ou uma descrição da

imagem. O texto estabelece uma conexão e enriquece a experiência

da visão da foto. São duas obras colocadas uma ao lado da outra

e as duas sobrevivem independentemente, mas também criam uma

nova forma de arte juntas. A mesma coisa eu faço em Esplendor dos

Contrários, cujos textos são associações livres sobre as imagens da

Amazônia, mas nunca uma descrição.”

Sutileza

“A questão do reconhecimento do meu trabalho no Brasil é um as-

sunto delicado. Sou um fluxo constante de palavras, sons, imagens e

idéias. Minha obra circula, mas às vezes desaparece completamente,

já que não corro atrás de divulgação. Só vou quando sou convidado

e não faço política junto aos críticos. Faço diversas exposições num

determinado ano e o que crio vai parar em todos os jornais, mas, de

repente, volto para a obscuridade. É como se eu estivesse o tempo

todo recomeçando. Já ganhei diversos prêmios, expus nos melhores

lugares do Brasil, em todas as instituições. Mas uma proposta experi-

mental nunca utilizará a linguagem dominante. Meu trabalho tem uma

sutileza que de tão sutil ainda está para ser descoberta.

Eu tive que, por exemplo, fazer primeiro a retrospectiva do meu tra-

balho em cinema no MoMA (Museum of Modern Art), em Nova York,

em 1999, para depois fazer no Rio e em São Paulo. Neste momento,

estou numa espécie de retiro, para criar textos para um livro que vou

lançar em 2006.”

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CAIXA FORTE // 08

Auto-retrato com intervenção digital

Uma das principais imagens da Antropologia: Santa porque avalanche

Irracional, sublime e imediato

“Fiz ao todo 45 filmes, sendo dois longas: Tristes Trópicos, de 1974, que

foi recentemente restaurado e exibido no Canal Brasil, e Sonhos e Histó-

rias de Fantasmas, de 1996. Tenho diversos trabalhos em cinema experi-

mental, rodados nos anos 70. Nesse período, explorei demais a materia-

lidade da imagem, como em um filme estroboscópico, em 35 milímetros,

chamado Vocês. Também fiz filmes etnográficos e peças artesanais, vol-

tadas para a transformação da imagem visual, para provocar um impacto

sensorial intenso. Mais do que isso: feitas para transmitir conteúdos e

conceitos não através da fala ou da intensificação do pensamento, mas da

recepção sensorial. É algo irracional, sublime e imediato.

Meus filmes seguem uma linha diferente da usual, do mainstream. Não

faço documentários no estilo ‘uma câmera no tripé, um banquinho na

frente e outro atrás’, ou seja, com entrevistas. Sou avesso ao espírito do-

cumental. Nos meus documentários ninguém fala. Até faço entrevistas,

mas não as coloco nos filmes.”

Convergência artística

“No final da década de 90, os diversos elementos que formam minha car-

reira artística, ou seja, fotografia, cinema, videoinstalações – fiz diversas,

como a chamada Atos dos Diamantes, que mostrava a implantação de um

diamante em um dente –, acabaram se unificando.”

Propaganda

“Não sou daqueles artistas que falam mal da publicidade. Eu vejo muita

propaganda, mas não sou um consumidor sistemático, a ponto de poder

falar tecnicamente sobre isso. Admiro muitos trabalhos do ramo.

Já fiz coisas para a grife M.Officer, como a direção de arte de um catálogo,

vídeos que foram exibidos durante um desfile, com trilha sonora criada ao

vivo, pelo Naná Vasconcelos, e coisas assim. Quando atuo nesse campo,

procuro inserir minha contribuição artística, mesmo sabendo que o inte-

resse ali é comercial. Tenho vontade de fazer mais publicidade, pois ela

exige demais da criatividade do artista. Para mim, é importante circular

por outras áreas, por campos em que não sou especialista. Isso abala os

alicerces da minha prática, da minha linguagem. Quando faço publicida-

de, estou totalmente aberto.”

Publicidade, arte

“A gente não deve confundir publicidade e arte. Muitos publicitários que-

rem ser artistas e muitos artistas se comportam como se fossem publici-

tários. Os motivos para se fazer arte e publicidade são diferentes. Embora

não considere arte, a publicidade é uma atividade na qual a criatividade

tem que estar em sua voltagem máxima. São dois campos vivos, férteis,

com sua própria lógica, mas completamente diferentes.

O que chamo de arte é o que está voltado para a angústia da condição hu-

mana, ou seja, questões de vida e de morte. Isso está em Proust, Picasso,

Beethoven. A publicidade é voltada para o oposto disso, para tapar esse bu-

raco da angústia, pois ela está comprometida com a venda de um produto.

Quando a publicidade é feita com a intenção de ser arte, mesmo que seja

só para ser inscrita em festivais, ela se reduz aos elementos do minima-

lismo. Os comerciais tornam-se até meio godardianos*. Mas a lingua-

gem artística, em sua radicalidade, nunca entrará na publicidade. Ela entra

apenas na aparência, e isso não é tudo, pois o processo da arte é feito de

crises, contestações, é um caminho doloroso, de caos interior.”

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CAIXA FORTE // 09

Também da série Antropologia:Retire o centro e obterás o universo

Não te vejo com a pupila, mas com o branco dos olhos

Muitas vezes a publicidade é mais criativa do que a arte e grandes

artistas não são necessariamente grandes criativos. Alguns artistas do

século 20 chegaram a criar coisas a partir da sua incapacidade de

dominar uma técnica, de desenhar ou de escrever. Eles conseguiram

abrir novos campos de percepção. O artista insere a crise dentro da

linguagem.

Está surgindo um novo tipo de artista, no Brasil, que é altamente

criativo, mas técnico. Isso em função da retomada dos ateliês, que

reúnem muitos funcionários, muitas máquinas, muitos computadores.

Esse cara é um misto de engenheiro com empresário. Eu talvez me

transforme em um desses.”

Experiência radical e intensa

“As cores mudam totalmente a percepção de uma imagem. Hoje, gra-

ças às técnicas digitais, temos uma experiência mais radical e intensa

com a cor, e os artistas podem experimentar essa transformação. Eu

crio séries com cores diferentes, sobre imagens em preto e branco.

Passei anos fazendo fotografias desse tipo, pois o filme colorido não

me satisfazia. Atualmente não consigo mais fotografar sem ser em

cores. Trabalhar a cor como um choque sensorial é um campo novo e

o público está cada vez mais sensível a essa leitura.”

Afeganistão

“Eu quase não uso efeitos de composição de imagens e pós-produ-

ção. Mas muitas imagens da minha exposição Viagem ao Afeganistão

foram feitas assim, como uma maneira de desconstrução da ótica do

fotojornalismo. Minha idéia era utilizar novas combinações, que não

correspondessem a uma experiência imediata e jornalística daquela

região, que estava supersaturada da imprensa. Fui para aquele país

como um artista, e não como jornalista.”

Poesia do espaço

“Tudo é digital, hoje. É preciso encarar as possibilidades fornecidas

pela tecnologia. Esse é um universo ainda muito novo, e eu, sem feti-

chismo, já estou nessa era. Fotografo em filme e manipulo a imagem

no computador. Sou de uma geração que tem uma vantagem, pois foi

criada no analógico. Quando chego no computador, já sei tudo o que

foi feito antes, conheço os mecanismos físicos que estão por trás, as

técnicas de retoque, de revelação, tudo o que o digital tenta imitar. Eu

acredito na fotografia, na beleza, na luz, na poesia do espaço e levo

isso para o mundo que veio depois: o da tecnologia digital.”

Vanguarda

“Atualmente, o experimentalismo pelo experimentalismo não é nada.

Nem uma forma de arte. Ele deveria estar ligado à experiência subjeti-

va, fruto de uma necessidade de dizer alguma coisa que você não está

conseguindo. A vanguarda pela vanguarda, ocorrida nos anos 60,

acabou com a chegada das novas tecnologias. O importante é forjar

uma nova atitude em relação ao mundo, por meio de uma experimen-

tação intensa do psiquismo. Entender como e por que as pessoas ex-

perimentam as coisas.”

* Referência ao cineasta francês Jean-Luc Godard

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ADVERTAInMEnT // 10

O que determina o sucesso de uma campanha? Qual é o principal indica-

tivo que aponta o êxito de um filme, anúncio, jingle ou qualquer ação, no

mercado publicitário?

Uns dizem que propaganda vitoriosa é aquela que faz vender. Outros, que é

uma mistura do valor mercadológico que ela agrega à marca com o resulta-

do em vendas. E tem gente que usa como principal termômetro os almoços

de domingo, quando um comercial gera discussões “à bolonhesa”.

Se considerarmos apenas awareness como sucesso, um bom exemplo,

embora não tão recente, é a campanha The Hire, criada pela Fallon de

Minneapolis (EUA), em 2001, para a montadora alemã BMW.

A série de oito curtas-metragens, dirigidos por bambambãs do cine-

ma mundial, como Guy Ritchie, Ang Lee, John Woo, Tony Scott e John

Frankenheimer, ganhou inúmeros prêmios, incluindo o primeiro Titanium

Lion, no Festival de Cannes, em 2003, rendendo à montadora o troféu de

Advertiser of the Year, na edição 2004 do mesmo festival.

Contudo, apesar dos resultados alcançados, a BMW, nos EUA, anunciou há

pouco que deixaria de lado o que costuma ser chamado de entertainment

marketing ou “advertainment”. Isso depois de entregar sua conta, agora

em novembro, à agência GSD&M, de Austin, e deixar para trás os serviços

prestados pela Fallon, nos últimos dez anos.

Os motivos para essas mudanças foram a troca no comando de marketing

da empresa - com o ousado James McDowell dando lugar ao by the book

Jack Pitney -, o fato de a matriz da empresa, na Alemanha, insistir em

burocratizar os processos de aprovação de novas idéias, e o mais temido

de todos: a falta de verba, grana, dinheiro. Com magros US$ 70 milhões

anuais (algumas marcas de automóveis queimam essa quantia só no lan-

çamento de um modelo), a BMW decidiu abortar o passo à frente.

Até o website de The Hire, que foi palco de disputas congestionadas byte

a byte, saiu do ar, no final de outubro. A última iniciativa da montado-

ra, no segmento de entretenimento, foi o lançamento, este ano, de comic

books sobre a série The Hire. Batizada de Driver e desenvolvida por artistas

gráficos top de linha, a série de livretos foi realizada sob a coordenação

da Fallon. Kurt Busiek (Conan), Steven Grant (X-Men, Mage), Katsuhiro

Otomo (Akira), Mark Waid (Kingdom Come), Karl Kesel (Fantastic Four)

e Ariel Olivetti (Avengers) assinam as aventuras. Matt Wagner (Grendel)

escreveu e ilustrou a primeira história, intitulada Scandal. Cada livro teve

tiragem de 30 mil exemplares e foi vendido por US$ 2,99.

Curiosa para saber como os criativos brasileiros vêem essa mudança de

rumo, a reportagem da Revista Pasta foi a campo ouvir profissionais

como o CCO da agência JWT, Átila Francucci, para quem o fato de a BMW

deixar de lado o entertainment marketing (o publicitário não concorda

com essa terminologia, já que considera o próprio marketing fonte de

entretenimento) é um triste recado ao mundo. “Com essa atitude, eles dis-

seram para todos que aquilo, de alguma maneira, não funcionou”, analisa.

Mas Francucci pondera que a mudança no comando pode ter sido de-

terminante, até mais do que uma possível frustração com o resultado

de vendas. “Não tenho dados das vendas, mas sei que quando se troca

uma pessoa na equipe, aquela que dá carta branca, mudam também os

rumos. A sensibilidade de quem aprova tem que ser semelhante à de

quem cria”, diz.

Já o sócio e diretor de criação da Lew, Lara, Jaques Lewkowicz, afir-

ma que The Hire tinha os três ingredientes básicos para uma campanha

fazer sucesso: credibilidade, diversão e ousadia. “É interessante repetir

ou se aprofundar numa fórmula, dependendo do caso. Eu, particular-

mente, prefiro buscar novos caminhos e ousar, sempre. Por isso, espero

que eles venham com uma coisa nova, diferente”, afirma. Lewkowicz

lembra, contudo, que, além dos três ingredientes citados acima, existe

um que foge ao controle dos profissionais de comunicação: o imponde-

rável, fator que é sempre determinante.

BMW GIRA O VOLAnTE, DEIXA AS VIAS

SInUOSAS E OPTA PELA SEGURAnçA DA

ESTRADA DE ASFALTO

The Hire was fired

Personagem da série The Hire

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Page 10: Revista Pasta 01

O brasileiro Gustavo Sousa, de 27 anos, diretor de arte da agência

Mother, em Londres, Inglaterra, traçou um caminho profissional

peculiar e só foi colocar a mão na massa, em criação, quando já

morava fora do Brasil.

Nascido em Itaguaí, no Rio de Janeiro, formado em administração

de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e em artes plásticas

pela Panamericana Escola de Arte e Design, suas únicas experiên-

cias no mercado brasileiro de publicidade foram do lado do balcão

que pertence aos clientes, na área de marketing de empresas como

a antiga Gessy Lever e a AmBev, onde cuidava de Brahma.

“Ter trabalhado como cliente me ajudou a entender como as coisas

funcionam dentro de uma empresa, me fez ter uma visão mais prag-

mática sobre propaganda e marketing”, ele diz.

A primeira experiência de Sousa dentro de uma agência de publici-

dade aconteceu em 2001, quando decidiu estudar em Atlanta (EUA),

na The Creative Circus. “Depois de seis meses de curso, mandei

meu portfólio para a Cliff Freeman & Partners, de Nova York, e

fui chamado para trabalhar na agência. Fiz dupla com o Ari Merkin,

que atualmente está na Fallon (Nova York). Ele foi meu mentor e me

ajudou muito no início da carreira”, lembra.

Mas a trajetória do publicitário nos EUA foi curta, durou pouco mais

de um ano. Com a ajuda de um head-hunter, a pasta de Sousa foi parar

nas mãos de Mark Waites que, depois de um e-mail e uma ligação,

levou o brasileiro para se aventurar na Mother de Londres, em 2003.

“Cheguei na Mother e comecei a duplar com diferentes pessoas, já

que eu não tinha um parceiro fixo. De tudo o que já fiz por aqui, que

não é pouco, meu trabalho preferido foi o realizado para a Coca-

Cola, em especial o filme Bring Me Sunshine*, veiculado no último

verão, aqui na Inglaterra. Hoje, meu dupla é o argentino Augusto

Sola, que eu chamei para trabalhar comigo aqui”, conta.

Sobre trabalhar com profissionais norte-americanos e ingleses, Gusta-

vo compara: “A cabeça dos britânicos é um pouco mais aberta, já que

eles têm mais referências de fora do universo da propaganda, se inte-

ressam mais por cinema, artes e arquitetura e não apenas por publici-

dade. Além disso, as tiradas de humor daqui são mais inteligentes”.

Gustavo considera que a principal diferença entre trabalhar na

Inglaterra e nos Estados Unidos é o fato desses países terem

orçamentos mais rechonchudos, perto dos do Brasil: “A gente

tem mais recursos e liberdade para trabalhar com filmes. Também

tive a oportunidade de acompanhar o trabalho de grandes dire-

tores, como Noam Murro e Nicolai Fuglsig, entre outros”, avalia.

Quanto à publicidade feita hoje no Brasil, o criativo diz que vê muita

coisa legal em mídia impressa, assim como em web.

Além da propaganda, outra paixão de Gustavo Sousa são as artes

plásticas. O publicitário pinta desde criança e fez algumas exposi-

ções no Brasil, antes de mudar-se para o exterior.

“Tive que dar um tempo com a pintura, por causa de todas essas

mudanças de endereço, nesses últimos quatro anos, mas hoje es-

tou tentando voltar a pintar, aqui em Londres.”

Um brasileiro na Mother

Bring Me Sunshine

ALéM-MAR // 12

Outdoor criado para Orange

Augu

sto S

ola

*assista a esse filme no www.clubeonline.com.br

Page 11: Revista Pasta 01

“Seja por curiosidade ou por obrigação profissional, tenho sempre

que estar atenta às novidades e às campanhas criadas não só pelos

concorrentes, mas por empresas de outros segmentos. Quando convi-

dada pela Revista Pasta para tecer alguns comentários sobre cam-

panha recente que tivesse me chamado a atenção, não pensei duas

vezes. Logo me lembrei da campanha criada pela Ogilvy para Dove,

que fez sua estréia no Brasil, depois de chocar a Europa. Batizada de

Campanha pela Real Beleza, fez o que muitas

empresas jamais fariam. E o sucesso aqui no

Brasil foi tão grande como em outros luga-

res. Já havia lido algumas matérias sobre a

repercussão, mas não sabia muito a respeito

do conteúdo. Quando vi um comercial veicu-

lado na televisão, pela primeira vez, entendi a

razão do interesse que gerou na mídia e nos próprios consumidores.

A campanha de Dove consegue despertar em toda mulher o interes-

se por ela mesma. Todos sabem que vivemos em um mundo onde

a beleza superficial predomina. A chamada beleza plástica, que dita

um padrão determinado, sem barriga, com a pele perfeita e um corpo

esbelto. A Dove enxergou que é possível, a cada mulher, ter o seu pró-

prio tipo de beleza. E passou essa idéia de forma brilhante. Transmitiu

a mensagem de beleza pessoal, desmistificando o mito de que só é

bonita quem está nas capas das revistas.

Olhando sob a perspectiva do marketing, novamente ponto para a

marca. Através da Campanha pela Real Beleza, a Dove conseguiu am-

pliar de forma significativa seu target. Antes voltada apenas à camada

de maior poder aquisitivo, a marca passou a falar com um grupo mais

amplo de pessoas. E, claro, tudo que dá certo no mercado acaba sen-

do uma lição para todos. A Sony Ericsson, assim como a Dove, é uma

empresa com produtos premium. Essencial-

mente, falamos com o mesmo público. E

nos chamou a atenção a forma como a Dove

conseguiu, sem alterar seu posicionamento

no mercado, falar com todos os alvos exis-

tentes. Tarefa muitas vezes difícil para em-

presas que se posicionam neste segmento

de mercado. Fica para nós, da Sony Ericsson, a lição de que é possível

atingir a todos. Parabéns à Dove pela iniciativa e ousadia.

Como diretora de marketing, sou responsável pela coorde-

nação de todas as campanhas publicitárias e das ações de

marketing da Sony Ericsson, no Brasil. Isso inclui, por exemplo, a

grande campanha que desenvolvemos, ao lado da Talent, para o lan-

çamento do W800, celular WalkmanTM, que é um sucesso mundial no

mercado de telefonia celular.”

qUAL A MELHOR CAMPAnHA

qUE VOCê VIU nO AR, nOS

ÚLTIMOS TEMPOS?

Você já se deparou, enquanto assiste à programação da MTV, com a vinheta

“Desligue a TV e vá ler um livro”? Ela faz parte de uma ação ousada, criada

por André Mantovani, diretor geral da emissora, que enche a telinha do

canal de preto, durante longos 15 minutos, mandando deliberadamente a

moçada ir atrás de leitura.

No início (abril de 2004), a vinheta durava apenas 30”. Mas de novembro

do ano passado até os dias de hoje, a tarja preta invade a telinha por 900

segundos diários, sempre no período da tarde, entre 13h e 17h.

“Se a TV é o meio de comunicação que mais afasta o jovem da leitura, nada

melhor do que ela própria tentar levá-lo a ler”, comenta Mantovani.

Em novembro de 2004, a emissora encomendou ao Ibope Telereport um

levantamento sobre a quantidade de pessoas atingidas pela iniciativa e o re-

sultado pareceu satisfatório. Em todo o Brasil, entre os dias 01 e 15 daquele

mês, 1 milhão e 822 mil pessoas se depararam com a tela escura, sendo

que cerca de 196 mil aparelhos de televisão foram desligados. Dentre os

telespectadores alcançados, 322 mil e 711 eram jovens entre 15 e 29 anos,

pertencentes às classes A e B (público-alvo da emissora). Desse montante,

cerca de 87 mil decidiram desligar seus televisores.

Desligue a televisão e vá ler um livro

HÁ UM AnO A MTV DEDICA 15 MInUTOS DIÁRIOS

A InCEnTIVAR A LEITURA. COMO? TIRAnDO SUA

PROGRAMAçãO DO AR

AnUnCIAnTE / MÍDIA // 13

Falando bem pelas costas

Flavia MolinaDiretora de Marketing da Sony Ericsson

Victo

r And

rade

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Carioca, da Lagoa, filho do cartunista Ziraldo, Antonio Pinto se dedica à

música desde a infância. Foi no Rio de Janeiro que começou a se projetar

profissionalmente, até que, em 1986, mudou-se para os Estados Unidos,

onde estudou música durante três anos.

De volta ao Brasil, em 1989, mudou-se para São Paulo, ingressou no

celeiro de talentos que é o Departamento de Promo e Gráficos da MTV, e

ali deu de cara com outro músico, Francisco Nogueira de Carvalho, mais

conhecido como Apollo 9, hoje na equipe da Ludwig Van.

“Nessa fase, comecei a me interessar por publicidade”, conta Antonio,

que em seguida deu seu primeiro e inesperado mergulho no universo

da propaganda: virou diretor de arte na DM9, cargo que ocupou durante

sete meses. “Enquanto estive na agência parei um pouco com a música.

Era novo e estava me adaptando a São Paulo. Achava o trabalho na

DM9 legal, interessante.” Mas as claves falaram mais alto do que os

layouts quando, em 1992, Walter Salles e Daniela Thomas, que é irmã

de Antonio, o chamaram para criar a trilha do longa-metragem Terra

Estrangeira, filme que só chegou à tela grande três anos depois. Até

que, em 1993, Antonio Pinto reencontrou Apollo 9 e a dupla decidiu

montar um pequeno estúdio de som. Logo de cara, tinham como

incumbência produzir a trilha de outro longa: Menino Maluquinho –

O Filme, dirigido por Helvécio Ratton.

Pinto e Apollo chegaram a realizar alguns trabalhos para publicidade,

mas a produtora não deu certo. “Não tínhamos experiência. Só o fator

talento não adianta. Ajuda, mas não resolve.” Os músicos se separaram

amigavelmente e cada um seguiu seu próprio caminho.

A essa altura já estávamos em 1997, e nosso músico engrossava as

fileiras da Voicez, produtora de Luciano Kurban, bastante envolvido

com jobs publicitários, quando surgiu o convite para assinar a trilha de

Central do Brasil, de Walter Salles. “A partir daí, comecei a bailar mais

intensamente entre a publicidade e o cinema. É muito legal essa coisa de

visitar vários formatos e estilos, poder experimentar.”

Em 1999, deixou a Voicez e, junto com o produtor musical Ed Côrtes,

montou a Supersônica. Em seguida, ao lado de spots e jingles, criou

trilhas para os longas Abril Despedaçado e Primeiro Dia, ambos de Walter

Salles, e Cidade de Deus, de Fernando Meirelles. “Decidimos abrir um

braço da produtora voltado exclusivamente para o cinema”, conta. Até

que Ed Côrtes saiu da sociedade para montar a Tentáculo. E Antonio se

associou a Zezinho Mutarelli. Surgia, em 2003, a SaxANP.

Foi quando começaram a chegar propostas para a produção de trilhas de

longas-metragens internacionais, provavelmente atraídas pelo sucesso

de Cidade de Deus. Pra começar, Fernando Meirelles e Antonio Pinto

foram chamados para assinar, respectivamente, a direção de cena e a

trilha de Collateral, de Michael Mann. O primeiro quase aceitou, mas

acabou declinando. Pinto criou a trilha, em Los Angeles.

“Tenho um agente na Califórnia, que faz a ponte para os meus trabalhos.

Esse cara fica ligado em tudo.”

Mais recentemente foi a vez de O Senhos das Armas, de Andrew Niccol.

“Quando surge um projeto grande para o cinema eu acabo me afastando

da publicidade por alguns meses. E para voltar, tenho sempre que me

reinventar. É como começar de novo”, diz. “Sem dúvida, foi através da

prática em propaganda, dos filmes de 30”, que conquistei a riqueza que

hoje posso depositar nos meus trabalhos para o cinema”, aposta.

Mas com tantos profissionais competentes, lá fora, o que levaria diretores

como Niccol ou Mann a optar por Antonio Pinto? “Sinto que faço um tipo

de música que se aproxima da que eles conhecem, mas que tem um

frescor, algo diferente. Humildemente, devo estar fazendo um trabalho

bom, pois estou sempre envolvido em projetos bacanas.”

O músico também tem assinado trilhas para comerciais de agências que

têm sede em terras estrangeiras. Exemplo recente é o filme Rio, criado

pela Mother, de Londres, para a Orange. Agora, Antonio anuncia o fim de

sua parceria com Zezinho Mutarelli e o surgimento, no início de 2006,

da Ambulante, em sociedade com o produtor musical Beto Villares, com

quem já trabalhou na Voicez. O foco da produtora será dividido entre

propaganda e cinema. Mas, fresquinha mesmo é a informação de que o

músico decidiu fazer uma experiência como ator e encarnará o detetive

Moosbruger, no longa-metragem Journey to the end of the night, de

Eric Eason, projeto internacional, co-produzido pela O2 Filmes.

Músico ambulante

AnTOnIO PInTO VIROU

REFERênCIA InTERnACIOnAL,

TAnTO PARA A PUBLICIDADE,

qUAnTO PARA O CInEMA.

EM 2006, ELE ABRE nOVA

PRODUTORA E SURGE nA

TELOnA COMO ATOR

SOM nA CAIXA // 16

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Page 18: Revista Pasta 01

De uma vontade que martelava a cabeça de Sergio Mastroco-

la, Pablo Nobel, Luciano Traldi, Marcelo Byrro e Maurício Eça,

sócios da produtora paulista Open Films, surgiu o projeto

Segunda do Bem, que pretende, ao longo de 2006, atender 12

entidades assistenciais ligadas a ações sociais e aos menos

favorecidos, com o patrocínio de anunciantes e a parceria de

agências, veículos e fornecedores do mercado publicitário.

A idéia é aproveitar a aptidão dos sócios e a vocação da

produtora para produzir um videobriefing, de cinco minutos,

sobre cada umas das instituições selecionadas, apresentar esse

material às agências e fornecedores envolvidos e realizar

filmes de 30”, que serão exibidos em espaços oferecidos pelos

veículos parceiros.

Tudo isso, depois de terem sido fechadas as cotas de patrocínio

à iniciativa, que começam a ser oferecidas, agora em dezembro,

a grandes empresas anunciantes, dispostas a abraçar o projeto,

ao lado da Open.

“Nossa proposta é realizar produções simples, mas com

idéias criativas, que possam chegar à TV, ao cinema e à

internet e, de fato, mudar a perspectiva de cada uma das en-

tidades focadas”, diz Pablo Nobel. “Para mim, este é um pro-

jeto apaixonante, que nos permitirá construir e amplificar

conceitos que mobilizem as pessoas”, completa.

O plano é atender uma entidade a cada mês e envolver 12

diferentes agências, uma por empreitada. As instituições

amparadas serão de preferência aquelas que, além de com-

provadamente sérias, nunca tenham sido objeto de campanhas

apresentadas na mídia.

“O videobriefing, que será realizado como um minidocu-

mentário, se tornará, ao lado do filme de 30”, um material

bastante completo e versátil, para ser utilizado por essas

entidades nas mais variadas situações, como ferramenta de

apresentação, como alavanca e como forma de compreender

melhor seu próprio papel e suas próprias necessidades”,

afirma Marcelo Byrro.

O projeto, que dentro da Open é tocado pelo DOM (Departamen-

to de Outras Metragens), prevê uma festa de confraternização,

ao cabo dos 12 meses, que reunirá todos os beneficiados e to-

dos os que tiverem doado trabalho, idéias, tempo e recursos.

Interessados em obter mais detalhes sobre a iniciativa, bem

como participar do projeto como parceiros, apoiadores ou pa-

trocinadores, podem enviar um e-mail para [email protected],

aos cuidados de Alessandra Cheregatti.

TERCEIRO SETOR // 20

Segunda do Bem

OPEn FILMS LAnçA PROjETO

AnUAL qUE IRÁ ABRAçAR

12 EnTIDADES E EnVOLVERÁ

AnUnCIAnTES, AGênCIAS E

VEÍCULOS

Nobel, Mastrocola, Byrro, Flavio Rassekh, Alessandra, Eça e Traldi

Page 19: Revista Pasta 01
Page 20: Revista Pasta 01

“Moda é uma coisa engraçada: está sempre saindo da moda”, escreveu

o requintado redator de publicidade João Augusto Palhares Neto num

anúncio da Rhodia. “A publicidade de moda é um monte de lixo com go-

tas de perfume Chanel em cima”, bradou o brilhante fotógrafo, medíocre

publicitário e pretenso sociólogo Oliviero Toscani, em várias entrevistas.

“Apesar da respeitabilidade de Yves Saint Laurent, o vestido criado por

ele nunca será neoplasticista, como o neoplasticismo de Mondrian nun-

ca será um vestido tubinho”, observou o elegante editor Charles Cosac,

num artigo publicado pela revista Cult. “Há fortes paralelos com a en-

genharia, a medicina, a música, em termos de moda, como uma prática

criativa e experimental. A moda também desfruta de uma longa tradição

e é paradigmática de muitos processos sociais, filosóficos e econômi-

cos, exigindo certa agilidade da mente”, comentou o professor da Royal

College of Art de Londres Christopher Breward, quando questionado se

a moda podia ser estudada na universidade. “Achei legal, tá todo mundo

usando, e vestido desse jeito dá pra pegar umas gostosas”, respondeu

o jovem Gustavo Soares, membro da Grêmio Gaviões da Fiel Torcida, à

pergunta “Por que você se veste desse jeito?”.

Essas são apenas algumas opiniões, expressas por personalidades

bastante diferentes entre si, que invadem e interferem nos universos da

moda e da comunicação publicitária.

Dois universos absolutamente complementares, apesar de diametral-

mente opostos. Enquanto um, o da moda, tem como primeira busca a

vanguarda, podendo abrir mão do entendimento imediato, o outro, o da

publicidade, tem como primeira busca o entendimento imediato, mas

sem poder se distanciar da vanguarda.

Certamente por isso, a publicidade de moda representa um dos poucos

casos onde forma pode ser conteúdo, apesar de, na maioria das vezes,

não chegar a ser nem uma coisa nem outra. Grande parte do trabalho

publicitário veiculado nessa categoria deixa de ser publicidade, mas

não chega a ser arte. Se transforma num exercício pseudo-estético, na

maior parte dos casos, vazio e distanciado do quadro social. São raras,

no mundo inteiro, as grandes agências de publicidade que podem se

orgulhar de ter feito um trabalho verdadeiramente conseqüente para um

anunciante de moda. E é comum, no mundo inteiro, estilistas acabarem

optando por profissionais freelancers, pequenos estúdios e fotógrafos

famosos para desenvolverem a sua comunicação, o que acaba fazendo

com que eventuais achados sejam exaustivamente repetidos, gerando

uma linguagem auto-referente, que só fala com um determinado grupo e

não gera identidade própria para a marca.

Resultado: até aquilo que começou como inovação termina como pas-

teurização. A própria dependência que os estilistas têm da mídia, das

editorias de moda, dos colunistas especializados e dos tais formadores

de opinião faz com que o gesto de anunciar convencionalmente ou de

maneira explicitamente vendedora seja lido como um gesto de vulgariza-

ção do produto, incompatível com as necessidades da categoria. O que

muitas vezes se transforma em verdade, particularmente quando os pu-

blicitários envolvidos no processo usam nos trabalhos de moda apenas

o imediatismo para o qual foram treinados em outras categorias.

Nem tanto ao mar da Côte d’Azur, nem tanto à Terra de Marlboro. Na

verdade, a publicidade, se bem-feita, pode fazer por um anunciante de

moda um trabalho conseqüente como a publicidade faz, por exemplo,

TEXTO CORRIDO // 22

Olha eu entrando na moda

Por Washington OlivettoPresidente e Diretor de Criação da W/Brasil

Page 21: Revista Pasta 01

TEXTO CORRIDO // 23

para a vodca Absolut. Desde que os envolvidos mantenham a cons-

ciência de que não bastam apenas anúncios com layouts impecáveis

ou comerciais bem dirigidos. Os quadros de artistas como Louise

Bourgeois sobre a garrafa de Absolut, as exposições das peças publi-

citárias menos convencionais numa mostra paralela à Bienal de Veneza

e a implantação de novos drinques, como o Cosmopolitan e o Apple

Martini, através de sitcoms, foram tão ou mais decisivos para a manu-

tenção do apelo e do carisma dessa marca, no universo de desejo dos

consumidores, do que a maioria dos esforços de comunicação maciça

e convencional feitos por ela.

O mesmo pode e deve ocorrer no mundo da moda, onde muitas ve-

zes pequenos gestos ou atitudes podem ser mais eficientes que a

mais exaustivamente veiculada das campanhas. Anos atrás, tive a

oportunidade de conhecer o responsável pela atmosfera das lojas

Comme des Garçons, da consagrada estilista Rei Kawakubo. O papel

desse profissional vai do vitrinismo surpreendente ao comportamento

distante dos vendedores, da música não convencional que toca nas lo-

jas à temperatura e ao odor que você sente dentro delas, e sua atuação

é sem dúvida tão ou mais importante para a organização do que grande

parte do investimento publicitário feito pela empresa.

Assim como a capacidade da empresária Rei Kawakubo, de abrir mão

dos espaços físicos em locais já consagrados em prol de mudanças para

lugares que ainda vão acontecer, tem sido fundamental para a sobrevi-

vência da marca, com a mesma conotação de vanguarda, há mais de

30 anos. Exemplo claro disso é a opção de mudança da Comme des

Garçons, de Nova York, do SoHo para Chelsea, no momento em que

as grifes estavam se mudando para o SoHo e as galerias de arte para

Chelsea. Ou a implantação pioneira

da loja Comme des Garçons de Pa-

ris na Rive Doitre, detectando, antes

que todos, que, num mundo onde

não existe mais esquerda e direita,

seria mais surpreendente renovar o

lado doitre do que continuar presti-

giando o lado gauche.

Extrapolando essas constatações

e divagações para o Brasil e para

o universo publicitário, imagino

que aqui estamos mais do que

nunca diante de uma oportunidade única. O gesto de reproduzir ou

copiar, que caracterizou durante um bom tempo a produção de moda

brasileira, vem sendo substituído cada vez mais pelo gesto de criar,

o que significa desde inventar o novo até reinventar o velho. Seus

autores estão cada vez mais conscientes e menos deslumbrados. A

cultura local vem sendo revalorizada, e as características do nosso

povo – ensolarado, musical e miscigenado – são as mais desejáveis

e ambicionadas em qualquer parte do mundo.

Nossos publicitários estão ganhando maior consciência e o nosso

consumidor, cada vez mais, anseia por uma comunicação honesta

e verdadeira, onde o imagéti-

co possa se confundir com a

realidade ou, o que é melhor

ainda, possa sair dela, se

transformar em comunicação

e voltar para ela.

Já que moda é uma coisa

engraçada, que está sempre

saindo e entrando na moda,

tenho a impressão de que

estamos entrando na moda

para não sair mais. Vamos

produzir luxo sem precisar jogar perfume em cima. O sonho dos

Parangolés do Hélio Oiticica vão virar realidade, a cultura das ruas

vai invadir as universidades e todos nós, lindos e bem vestidos,

vamos poder pegar umas gostosas ou uns gostosos, do jeito que

cada um preferir.

nOSSOS PUBLICITÁRIOS ESTãO

GAnHAnDO MAIOR COnSCIênCIA

E O nOSSO COnSUMIDOR, CADA VEz

MAIS, AnSEIA POR UMA COMUnICAçãO

HOnESTA E VERDADEIRA, OnDE O

IMAGéTICO POSSA SE COnFUnDIR COM A

REALIDADE OU, O qUE é MELHOR AInDA,

POSSA SAIR DELA, SE TRAnSFORMAR EM

COMUnICAçãO E VOLTAR PARA ELA

Page 22: Revista Pasta 01
Page 23: Revista Pasta 01
Page 24: Revista Pasta 01

PRODUçãO // 26

FORMADO EM DESEnHO InDUSTRIAL

E SóCIO DA VETOR zERO / LOBO,

MATEUS DE PAULA SAnTOS é

HOjE UM DOS MAIS TALEnTOSOS

PROFISSIOnAIS BRASILEIROS EM

DESIGn GRÁFICO E AnIMAçãO.

AO LADO DE nAnDO COHEn,

COORDEnA UMA EqUIPE CUjA

FAMA POSITIVA CORRE O MUnDO.

COnVITES RECEnTES PARA A

REALIzAçãO DE GRAnDES PROjETOS

InTERnACIOnAIS, DE EMPRESAS

COMO COCA-COLA, DIESEL E

VOLkSWAGEn, SãO PROVA DISSO

Revista Pasta: Por que o nome Lobo? Tem alguma

historinha por trás?

Mateus de Paula Santos: Não tem nenhuma razão específica. Era

pra ser Coiote, mas acabamos mudando para Lobo e ficou. É prá-

tico porque é fácil de falar em várias línguas.

RP: Como surgiu a empresa?

Mateus: A Lobo surgiu em 1993, quando eu, aos 17 anos, me jun-

tei ao Nando Cohen, logo depois de deixar a MTV, onde estagiei

no departamento de On Air. O Nando fazia FAU - USP, na época,

e começamos pegando trabalhos na área de arquitetura. Fazíamos

maquetes em 3D e coisas do gênero.

RP: quando rolou a proposta de sociedade com a Vetor?

Mateus: A Vetor era uma referência no mercado e nós tínhamos

uma relação de amor e ódio com ela. Isso porque em todas as por-

tas que batíamos, para tentar começar a trabalhar com publicidade,

ouvíamos “ah, legal o portfólio de vocês, mas já trabalhamos com

a Vetor Zero.” E assim foi até o final de 1997, quando decidi-

mos procurar o Alberto (Lopes), o Alceu (Baptistão) e o Serginho

(Salles) e começar uma aproximação. A princípio, seríamos uma

segunda empresa da Vetor, que pegaria trabalhos menores ou que

não interessassem tanto a ela, mas, quando estava tudo pronto

para abrirmos essa nova empresa, veio a maxidesvalorização do

Real (janeiro de 1999) e nossos planos mudaram. Acabamos ocu-

pando uma sala na própria sede da Vetor, e aqui estamos até hoje.

A Lobo atua em áreas que a Vetor não atua, somos complemen-

tares. Eu tenho uma equipe focada principalmente em broadcast

design e o Nando, em stop motion e animação tradicional.

RP: Como você prefere ser chamado: artista gráfico,

diretor de criação, de outro jeito?

Mateus: Entre os estúdios de motion graphics é comum a posi-

ção do “creative director”, ou diretor de criação. No Brasil, soa

um pouco estranho porque esse é um termo usado somente pelas

agências, mas é a melhor definição para o meu trabalho.

RP: quem são os caras que você admira como mestres?

Mateus: Eu considero três caras como mestres: o austríaco Rudi

Bohn, que veio trabalhar no Brasil, a convite do Hans Donner; o

Jimmy Leroy, que hoje trabalha como diretor criativo on-air, em

Miami, no Nickelodeon, mas que gerenciou o departamento de

Promo e Gráficos da MTV; e o Ricardo van Steen, hoje sócio da

Tempo Design e diretor de cena na Movi&Art.

Vinte perguntas

Paul

o Zi

mpe

ck

Mateus de Paula Santos e Alberto Lopes

Page 25: Revista Pasta 01

PRODUçãO // 27

Ao lado e acima: Projeto DieselLost Paradise

RP: O processo de aproximação da Lobo com anunciantes

internacionais se deu de que forma?

Mateus: Isso começou depois de termos feito, ao lado do Ricardo

van Steen, a nova embalagem do canal Multishow (Globosat). Nos

identificamos muito com essa área de broadcast design, mas o

mercado brasileiro, nesse segmento, é muito pequeno, enquan-

to lá fora é gigante. Então, eu comecei a viajar todo ano para os

EUA, onde participava, com uma fitinha embaixo do braço, da feira

promovida pela Brodcast Design Association. Depois de uns dois

anos, concluí que ou nos mudávamos para lá ou tínhamos que ar-

rumar um parceiro, um agente. E então, depois de umas cabeçadas,

em 2003 encontramos um parceiro, que é mais do que um agente,

é um co-produtor, e tem dado supercerto. Também ganhamos vi-

sibilidade graças à época em que não tínhamos tantos trabalhos

para fazer e sobrava tempo para realizarmos projetos paralelos,

como videoclipes. No ano 2000, por exemplo, ganhamos no VMB,

da MTV, o troféu de Melhor Videoclipe de Música Eletrônica. Esse

clipe fez o maior sucesso, foi parar no site da Apple e nos rendeu

vários contatos também.

RP: A Lobo integra o projeto M5 da Coca-Cola. Em que

circunstâncias o convite foi feito?

Mateus: A aproximação começou no final de 2004, quando houve

uma primeira reunião sobre o M5, em Atlanta (EUA). Era um pro-

jeto global, centrado no otimismo, e que partia do fato de a marca

já ter sido um ícone da arte e da cultura Pop, quando Andy Warhol

levou para a tela garrafas de Coca-Cola. A idéia da ação era pro-

mover a releitura de um dos clássicos da marca: a garrafa pequena

de vidro, de 250 mililitros, chamada contour. Para mim, foi uma

surpresa agradável ver a liberdade que nos foi dada. Eu esperava

ter restrições criativas, mas que nada, todos os cinco estúdios en-

volvidos foram super-respeitados. Cada um criou uma embalagem

e um filme. A Lobo foi escolhida para representar a América do

Sul. Na Europa, a escolhida foi a inglesa The Designers Republic.

Na América do Norte, a MK12, dos EUA. No continente africano,

a Rex & Tennant McKay, da África do Sul. Na Ásia, a Caviar, do

Japão. Os resultados podem ser vistos no site http://them5.com/.

RP: E quanto a essa campanha monstro, envolvendo filmes

para internet, que vocês acabam de entregar para a VW?

Mateus: Esse convite veio da Arnold e o objetivo era criar para o

lançamento do Passat 2006, da Volkswagen, fazendo um filminho/

vinheta, de até 10”, para cada um dos 120 features do carro. Um

projeto monstro, mesmo, dividido entre cinco produtoras. Nós fi-

zemos 25 filminhos. E o mais legal é que a Arnold deu carta branca

às produtoras. Podíamos fazer o que fosse, desde que não envol-

vesse sexo, drogas e violência. Criamos alguns frames para cada

filme, a agência mexeu em alguma coisa, deu o ok final e aí segui-

mos em frente. Os filmes só têm em comum a abertura e o final,

onde aparecem cartelas com o número e o nome do feature. Outro

detalhe legal: nas vinhetas não era para aparecer o carro. Os filmes

estão na internet e também vão abrir festivais, como o Sundance,

que é patrocinado pela Volkswagen. (Para espiar as vinhetas digite

www.vw.com/passat/ )

Page 26: Revista Pasta 01

PRODUçãO // 28

Anúncio para o vinho Turning Leaf

RP: A relação da Lobo com a Diesel parece bastante

sólida. quem procurou quem?

Mateus: Na verdade a Diesel é o cliente dos sonhos de qualquer

um. O primeiro trabalho que fizemos a convite deles foi, em 2002,

uma colaboração simples para o projeto Diesel patrocina emoções.

Nosso contato foi todo feito por e-mail e cada produtora envolvi-

da fez um filminho sobre uma emoção. O nosso era sobre desejo.

Todos os trabalhos foram parar em um site e o nosso fez bastante

sucesso, foi um dos mais clicados. Nesse job, ganhamos tipo mil

dólares e umas calças jeans – eles sempre mandam roupas. Até

que, em 2003, eu fui dar uma palestra em Barcelona, no Flash Film

Festival, que é patrocinado pela Diesel. E aí cruzei com um diretor

de marketing da empresa, que gostou da minha apresentação e me

chamou para uma reunião na Itália. Ali, ele me deu carta branca total

para inventar alguma coisa legal para a marca. Fechamos a realiza-

ção de um DVD, que traria as estampas da nova coleção, animadas.

No final, essa reunião de 15 minutos resultou na distribuição de

20 mil DVDs pelo mundo, e ainda gerou comerciais de 30” e 60”,

que foram parar na TV, nos EUA e na Europa. Nos filmes, só apa-

reciam as animações das estampas, nenhum produto. Apenas, no

final, vinha a assinatura Diesel. A partir daí, nos aproximamos de

vez. Participamos do Diesel Dreams e agora estamos fazendo uma

coisa inédita que é a criação de algumas das estampas da coleção

que chegará às lojas no final de 2006.

RP: Para quais outros grandes anunciantes a Lobo tem

trabalhado nos últimos anos?

Mateus: A gente também já realizou projetos para empresas como

Viva Networks, Panasonic, Boomerang Channel, Unilever, Toyo-

ta, Sony Playstation, Anime Network, Subaru, Cartoon Network,

Budweiser, fora uma porção aqui no Brasil.

RP: O que leva um anunciante ou uma agência dos

Estados Unidos ou da Europa a te convidar para reali-

zar um trabalho quando há tantos bons profissionais

trabalhando a um ou dois quarteirões?

Mateus: Nunca ganhamos nada porque cobramos menos. A gente

cobra o mesmo ou até mais do que nossos concorrentes. E grana,

na maior parte das vezes, no tipo de trabalho em que nos envolve-

mos, não é um fator determinante. Só há uma forma de ganhar um

job em detrimento de uma outra produtora competente, cuja sede

fica ali do lado do cara que nos convidou: é enviando um director’s

treatment melhor, mais interessante, imbatível. E é quando faze-

mos isso que vencemos os concorrentes e ficamos com o trabalho.

Essa devolução criativa é fundamental.

Garrafas do Projeto M5, da Coca-Cola

Melissa in Wonderland

Page 27: Revista Pasta 01

PRODUçãO // 29

Ao lado e acima:Projeto Dreams,da Diesel

RP: As agências, no Brasil, também já começam a solicitar

que os diretores de cena apresentem tratamentos?

Mateus: Isso começa, sim, a acontecer por aqui. As agências nos

enviam o roteiro, ou apenas conceitos, e oferecemos de volta um

treatment. Mas ainda não é regra. Longe disso.

RP: A Lobo já teve ou tem algum envolvimento com

cinema (curta ou longa-metragem) ou programas de TV?

Mateus: Recentemente, fizemos a reprogramação visual do canal

21. Mas isso tem a ver com broadcast design e não com produção

de conteúdo. Assim como as vinhetas e a programação visual que

criamos, faz bastante tempo, para o Multishow e que citei anterior-

mente. Em cinema, além do filme Nina, do Heitor Dhalia, para o qual

criamos os créditos iniciais e as animações, fizemos a abertura, os

títulos e algumas animações para A Concepção, do José Eduardo

Belmonte, que estréia agora em novembro, no Festival de Brasília.

Tivemos também algum envolvimento com Lisbela e o Prisioneiro.

RP: Vocês também fazem trabalhos para mídia impressa,

certo? Dê alguns exemplos.

Mateus: Fizemos há pouco tempo uma campanha de Melissa,

para a W/Brasil. São cinco ilustrações, que colocam as mode-

los em um mundo de sonhos e fantasia. O nome da campanha é

Melissa in Wonderland e a criação é do Fábio Meneghini. Antes

disso, trabalhamos com a Anheuser World Select, uma cerveja

da mesma empresa da Budweiser, para a qual fizemos um pôs-

ter que virou anúncio em revista. A agência era a Hill/Holliday,

de Nova York. Também fizemos uma série de três artes para a

Turning Leaf, uma marca norte-americana de vinhos, a pedido

da BBDO West.

RP: que estúdios de animação, brasileiros ou do mundo

afora, você admira?

Mateus: Aqui na Lobo a gente admira o pessoal da MK12,

Psyop, Motion Theory (cujo diretor de criação, Matt Cullen,

vem para o Resfest 2005), Smith & Foulkes, Brand New School,

Passion Pictures, Filmtecknarna e Aardman. No Brasil, gosta-

mos muito do trabalho do Fabião (Soares), da Conspiração, e

do AD Studio.

Pôster criado para a cerveja Anheuser World Sleet

Page 28: Revista Pasta 01

PRODUçãO // 30

Ao lado e acima: cenas das vinhetas de Passat, da VW

RP: A dobradinha propaganda/entretenimento vai dar

aonde? quais os exemplos mais marcantes que você

já viu?

Mateus: Provavelmente, os trabalhos Diesel Lost Paradise, Coca-

Cola M5 e Panasonic Capture The Motion. Em todos estes nós nos

envolvemos. Fora isso, com certeza é a série The Hire, da BMW.

Esse tipo de projeto deve continuar aparecendo e pode até se de-

senvolver mais, porém, o formato tradicional de 30”, para a TV,

deverá ainda por um tempo continuar a ser o principal meio de se

propagar uma idéia. A propaganda “alternativa” é um complemento

aos formatos que já existem.

RP: Seu perfil extremamente low profile é caso pensado,

timidez ou falta de tempo?

Mateus: É parte falta de tempo e parte pelo fato de a Lobo fazer

muitos trabalhos para fora, onde acabamos sendo mais conheci-

dos do que aqui. Além disso, não temos o hábito de fazer publici-

dade de nós mesmos, preferimos deixar que as pessoas conheçam

e respeitem nosso trabalho pelo que ele é.

RP: que tipo de experiência alimenta seu espírito criativo

e o da sua equipe?

Mateus: Viajo muito. Fui há pouco para um evento em Mar del Pla-

ta, na Argentina, e levei toda a equipe da Lobo para dar uma espai-

recida. Nos divertimos muito. Viajar é primordial. Além disso, na

equipe temos todo tipo de gente, engenheiros, artistas plásticos,

arquitetos, designers. Gente que traz sempre referências diferentes

que não as do universo da propaganda. E gente interessada no que

acontece no mundo, o que é básico.

RP: Você está entre os diretores selecionados no New

Directors Showreel, da Saatchi&Saatchi, este ano. que

diferença isso fez ou fará na sua carreira?

Mateus: Pois é. Só soube disso em Cannes, pouco antes do

Showreel ser exibido no festival. A coisa acontece assim: os

diretores de criação das agências do Grupo Saatchi&Saatchi,

de todas as partes do mundo, indicam nomes, a cada ano.

Esses nomes, com os respectivos rolos, são enviados ao Bob

Isherwood, diretor de criação mundial da rede, e é ele quem faz

a triagem final e decide os nomes que entram na lista daquele

ano. Fiquei feliz e surpreso. Mas não sei dizer o quanto isso fará

diferença. Um pouco, certamente fará. Quando estive na Ogilvy

de Nova York, dias atrás, por exemplo, o diretor de criação de

lá me parabenizou por estar no Showreel. Ou seja, para o cara

isso é bacana.

RP: Fale um pouco sobre o Resfest.

Mateus: A Lobo produz o Resfest, no Brasil, junto com o Estúdio

Mega e a Bizarre Music, já pelo terceiro ano consecutivo.

O Resfest é um festival de cultura pop e tecnologia, que acontece

todo ano nas principais cidades do mundo. Em 2005, o festival rola

em São Paulo entre os dias 25 e 27 de novembro. A programação

está muito legal e pode ser conferida no www.resfest.com.br.

Não percam.

Page 29: Revista Pasta 01
Page 30: Revista Pasta 01

ALIMEnTOS / RESTAURAnTES // 36

Café brasileiro tipo não-exportamos-nem-a- pau-porque-é-bom-demais.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Faria Keka Morelle

Ilustração // Keka Morelle

Grãos tão selecionados que estamos pensando em contratar um head-hunter só para achá-los.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Faria Keka Morelle

Ilustração // Keka Morelle

Somos tão obcecados por café que fomos parar num psiquiatra.Mas como o café da salinha de espera era muito ruim fugimos na hora.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Faria Keka Morelle

Ilustração // Keka Morelle

Page 31: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 37

Como ter 10 títulos do Rally Dakar nas mãos sem tirá-las do volante.

AfricaCriação // Sergio Gordilho Alexandre Peralta Paulo Coelho Victor Hayashida

Feliz aniversário, Quatro Rodas.

DM9DDBCriação // Augusto Moya Fábio Saboya Arício Fortes Rodrigo Mendes

Page 32: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 38

Domingo, 14 de agosto. Dia dos pais...

Fischer AméricaCriação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Fernando Carreira Otavio Schiavon

Fotografia // Rafael Costa

Pneu que gasta menos transporta muito mais.

Giovanni, FCBCriação // Valdir Bianchi Fernando Campos Thiago Carvalho Silvio Medeiros Fotografia // Giacomo Favretto

Page 33: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 39

Beleza e força nunca se deram tão bem.

TBWACriação // Cibar Ruiz Sergio Scarpelli Marcelo Arbex Alessandro Cassulino

Fotografia // Du RibeiroIlustração // Alexandre Nino

Conquiste novos territórios.

TBWACriação // Cibar Ruiz Sergio Scarpelli Marcelo Arbex Alessandro Cassulino

Fotografia // Du RibeiroIlustração // Alexandre Nino

Page 34: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 40

Ei, é hora de aproveitar as noites de céu estrelado.

Leo BurnettCriação // Ruy Lindenberg Carlos Schleder André Kirkelis Javier Talavera

Fotografia // Andreas Heiniger

Ei, é hora de sentir o poder de 20 porta-trecos.

Leo BurnettCriação // Ruy Lindenberg André Kirkelis Fabio Nagano

Fotografia // Bruno Cals

Page 35: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 41

Ei, é hora de ver quantas novidades um carro precisa ter para se chamar Idea.

Leo BurnettCriação // Ruy Lindenberg André Kirkelis Javier Talavera

Fotografia // Andreas Heiniger

Ei, é hora de pôr um tempero nessa rotina.

Leo BurnettCriação // Ruy Lindenberg Rita Corradi André Kirkelis Javier Talavera

Fotografia // Andreas Heiniger

Page 36: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 42

Jaqueta de couro, óculos escuros e barba por fazer. Se a rotina passar por perto, nem te reconhece.

MacCann-EricksonCriação // Luiz Nogueira Neca Bohrer Renato Jardim Pedro Prado Frederico Vegele

Fotografia // Alexandre SalgadoIlustração // Alexandre Salgado

Viajar sem destino tem uma grande vantagem. Você nunca erra o caminho.

MacCann-EricksonCriação // Luiz Nogueira Neca Bohrer Renato Jardim Pedro Prado Frederico Vegele

Fotografia // Alexandre SalgadoIlustração // Alexandre Salgado

Page 37: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 43

All New Pathfinder. Mas a alma continua a mesma.

TBWACriação // Cibar Ruiz Fabio Pinheiro Alexandre Nino

Fotografia // Jairo Goldflus Du Ribeiro

Page 38: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 44

A natureza não gostou nem um pouco de dividir com a cidade.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Gustavo Gusmão Sérgio Barros

Fotografia // Platinum, FMD

A natureza não gostou nem um pouco de dividir com a cidade.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Gustavo Gusmão Sérgio Barros

Fotografia // Platinum

Page 39: Revista Pasta 01

AUTOMOTIVOS // 45

Nova Classe M. A melhor para pegar estrada, mesmo que não exista estrada.

Y&RCriação // Toni Fernandes Daniel Salles Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho

Fotografia // Marcio Sallowicz

Conheça um endereço que não começa com www.

Z+Criação // Alan Strozenberg Zezito Marques da Costa José Ricardo Novoa Márcio Fenga

Fotografia // Banco de imagem Hyundai

Page 40: Revista Pasta 01

BAnCOS E FInAnCEIRAS // 46

Encontrar um garçon bem humorado na França: não tem preço.

MacCann-EricksonCriação // Eduardo Hernandez Maneco Pires Mauro Villas-Bôas

Ilustração // Mauro Villas-Bôas

Saber que existe uma estrada que vai até Piripiri: não tem preço.

MacCann-EricksonCriação // Eduardo Hernandez Maneco Pires Mauro Villas-Bôas

Ilustração // Mauro Villas-Bôas

Page 41: Revista Pasta 01

BEBIDAS ALCOóLICAS // 47

Sua conversa também anda melhor na pista molhada.

Fischer AméricaCriação // Jáder Rosseto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Utzeri

Para a festa ficar perfeita recorte a Nova Schin e cole nas mãos da modelo (Playboy).

Fischer AméricaCriação // Jáder Rosseto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Utzeri

Page 42: Revista Pasta 01

BEBIDAS ALCOóLICAS // 48

Se o cara que inventou o provador bebesse Skol, ele não seria assim. Seria assim.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro Bruno Prósperi

Fotografia // Marcel Valvassori

Se o cara que inventou o sutiã bebesse Skol, ele não seria assim. Seria assim.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro Bruno Prósperi

Fotografia // Marcel Valvassori

Page 43: Revista Pasta 01

BEBIDAS ALCOóLICAS // 49

Se o cara que inventou a burocracia bebesse Skol, ela não seria assim. Seria assim.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro Bruno Prósperi

Fotografia // Marcel Valvassori

Se o cara que inventou a tarja de censura bebesse Skol, ela não seria assim. Seria assim.

F/Nazca S&SCriação // Fábio Fernandes Eduardo Lima André Kassu Luciano Lincoln Marco Monteiro

Fotografia // Marcel Valvassori

Page 44: Revista Pasta 01

COSMéTICOS // 50

Há milhões de anos, o homem saiu do oceano. E, se continuar queimando florestas e derretendo as calotas polares, logo vai ter que voltar para ele.

AlmapBBDOCriação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori

Fotografia // Maurício Nahas

Existem chances da cura da AIDS estar em alguma planta da Mata Atlântica. Se considerarmos o que resta da mata, 7% de chances.

AlmapBBDOCriação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori

Fotografia // Maurício Nahas

Page 45: Revista Pasta 01

COSMéTICOS // 51

395 espécies de animais estão ameaçadas de extinção com a devastação das florestas brasileiras. Contando com a nossa, 396.

AlmapBBDOCriação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori

Fotografia // Maurício Nahas

As queimadas nas florestas ameaçam mais espécies de animais do que você imagina.

AlmapBBDOCriação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Dulcidio Caldeira César Finamori

Fotografia // Maurício Nahas

Page 46: Revista Pasta 01

ELETRODOMéSTICOS // 52

Uma geladeira que segue as tendências. Isso explica as rodinhas.

TalentCriação // João Livi Philippe Degen Ricardo John Fábio Astolpho

Fotografia // Rafael AssefIlustração // Fabia Bercsek

O tipo de geladeira que você não vê na casa de um analista de sistemas.

TalentCriação // João Livi Philippe Degen Ricardo John Fábio Astolpho

Fotografia // Rafael AssefIlustração // Fabia Bercsek

Page 47: Revista Pasta 01

ELETROELETRÔnICOS // 53

Paixão Total.

TalentCriação // João Livi Luciano Santos Valéria Portella Felipe Lemes

Fotografia // Ricardo BarcellosIlustração // Hadolpho e Luis Dias

Paixão Total.

TalentCriação // João Livi Luciano Santos Valéria Portella Felipe Lemes

Fotografia // Ricardo BarcellosIlustração // Hadolpho e Luis Dias

Page 48: Revista Pasta 01

ELETROELETRÔnICOS // 54

Dê Epson à sua imaginação.

Fabra QuinteiroCriação // Paschoal Fabra Neto Hércules Florence Alexandre Manisck

Ilustração // WDS Stúdio

Dê Epson à sua imaginação.

Fabra QuinteiroCriação // Paschoal Fabra Neto Hércules Florence Alexandre Manisck

Ilustração // WDS Stúdio

Page 49: Revista Pasta 01

ELETROELETRÔnICOS // 55

Dê Epson à sua imaginação.

Fabra QuinteiroCriação // Paschoal Fabra Neto Hércules Florence Alexandre Manisck

Ilustração // WDS Stúdio

Freud interpretou os sonhos. A GE materializou.

NeogamaCriação // Alexandre Gama Myla Verzola Paulo Augusto César - Pepê

Fotografia // Du Ribeiro

Page 50: Revista Pasta 01

ELETROELETRÔnICOS // 56

Não fume. Não beba. Pratique esporte. Diga não às drogas. Tenha uma vida saudável. Ouça a porcaria que você quiser.

DentsuCriação // Adriana Davini Akira Tateyama Felipe Leite

Fotografia // Hilton RibeiroIlustração // Elisa Sassi

Seu irmão vai ouvir aquilo que ele chama de música longe de você.

DentsuCriação // Adriana Davini Akira Tateyama Felipe Leite

Fotografia // Hilton RibeiroIlustração // Elisa Sassi

Page 51: Revista Pasta 01

ESCOLAS E CURSOS // 57

Seu filho ainda não sabe como é o mundo de verdade. Você sabe.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Rodrigo Tórtima Adriano Alarcon

Ilustração // Adriano Alarcon

Seu filho ainda não sabe como é o mundo de verdade. Você sabe.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Rodrigo Tórtima Adriano Alarcon

Ilustração // Adriano Alarcon

Page 52: Revista Pasta 01

FARMACêUTICOS // 58

Dê dupla proteção para o seu bebê.

JWTCriação // Romero Cavalcanti Luiz Risi

Fotografia // Jairo Goldflus

Dê dupla proteção para o seu bebê.

JWTCriação // Romero Cavalcanti Luiz Risi

Fotografia // André Faccioli

Page 53: Revista Pasta 01

HIGIEnE PESSOAL // 59

Megafesta Ilha Axe. 400 mulheres sob o efeito Axe.

LoweCriação // Valmir Leite Marcelo Camargo Edgard Gianesi José Veloso

Fotografia // Rodrigo Ribeiro

Megafesta Ilha Axe. 400 mulheres sob o efeito Axe.

LoweCriação // Valmir Leite Marcelo Camargo Edgard Gianesi José Veloso

Fotografia // Rodrigo Ribeiro

Page 54: Revista Pasta 01

MAT. ESCOLAR E DE ESCRITóRIO // 60

DM9DDBCriação // Marcos Medeiros Wilson Mateos

Ilustração // DoctorPixel Studio

Page 55: Revista Pasta 01

MÍDIA // 61

IstoÉ Gente. Muito mais profundidade quando se fala de informação, entretenimento e personalidades.

BorghiErhCriação // Erh Ray José Henrique Borghi Gastão Moreira Denis Peralta Rodrigo Cabello

Fotografia // Edu Lopes

IstoÉ Gente. Muito mais profundidade quando se fala de informação, entretenimento e personalidades.

BorghiErhCriação // Erh Ray José Henrique Borghi Gastão Moreira Denis Peralta Rodrigo Cabello

Fotografia // Edu Lopes

Page 56: Revista Pasta 01

MÍDIA // 62

Como todas as máquinas, essas também dão pau. (Nos inimigos, nos inimigos)

age.Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Antero Neto

Ilustração // Thiago Arrighi

Ele não tem dedos para desafiar você. Ele não tem dedos para provocar você. Na verdade, ele não tem dedos.

age.Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi

Ilustração // Thiago Arrighi

Page 57: Revista Pasta 01

MÍDIA // 63

Exterminador do Futuro Jr.

age.Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Rodrigo da Mata

Ilustração // Thiago Arrighi

Pelo jeito, Robocop andou fazendo filho por aí.

age.Criação // Carlos Domingos Christiano Neves Paulo Pretti Thiago Arrighi Rodrigo da Mata

Ilustração // Thiago Arrighi

Page 58: Revista Pasta 01

MÍDIA // 64

Terremotos, tornados, vulcões e tsunamis. Entenda como acontecem os grandes desastres da natureza.

BorghiErhCriação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Eduardo Godoy

Fotografia // Getty Images

Vulcões, tornados, terremotos e tsunamis. Entenda como acontecem os grandes desastres da natureza.

BorghiErhCriação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Eduardo Godoy

Fotografia // Getty Images

A página ao lado foi reservada para o Lobo-Guará. Assista a Animais do Brasil e veja porque ele não está lá.

BorghiErhCriação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Eduardo Godoy

Fotografia // Rogério Alonso

Page 59: Revista Pasta 01

MÍDIA // 65

África. Nem quem vive lá consegue ver tão de perto.

Contemporânea (RJ)Criação // Mauro Matos José Guilherme Vereza Felipe Rodrigues Pedro Eboli Daniel Japa Fabiano Pinel

Fotografia // PlatinumIlustração // Fabiano Pinel

África. Nem quem vive lá consegue ver tão de perto.

Contemporânea (RJ)Criação // Mauro Matos José Guilherme Vereza Felipe Rodrigues Pedro Eboli Daniel Japa Fabiano Pinel

Fotografia // Platinum, FMDIlustração // Fabiano Pinel

Page 60: Revista Pasta 01

MÍDIA // 66

Pilates. Postura e equilíbrio para a sua vida.

Carillo Pastore Euro RSCGCriação // Zuza Tupinambá Amaury Bali Terçarolli Eduardo Bragança Fabio Onofre

Fotografia // Ricardo Cunha

Grandes líderes tomam decisões sozinhos.

JWTCriação // Fábio Brandão Vinicius Stanzione Endy Santana

Page 61: Revista Pasta 01

MÍDIA // 67

Bem-vindo ao seleto grupo de pessoas que sabem onde fica o virabrequim.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos

Fotografia // Vera Ketzer André Ditter

Já falamos do Sinca Chambord, do Ford Galaxie, do Dodge Dart e de outros carros em que seu pai deve ter agarrado sua mãe.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos

Fotografia // Vera Ketzer André Ditter

Rodamos tanto com os carros, que em uma mesma viagem conseguimos parar no sinal, no semáforo, na sinaleira e no farol.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos

Fotografia // Vera Ketzer André Ditter

Meu carro me disse que tem gente que conversa com planta. Vai entender.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Marco Mattos

Fotografia // Vera Ketzer André Ditter

Page 62: Revista Pasta 01

MÍDIA // 68

1500 – 1996. Revista Raça Brasil. 9 anos.

JWTCriação // Cláudia Fugita João Caetano Brasil

Todo mundo é igual. O que faz diferença é a informação. Revista Raça Brasil. 9 anos.

JWTCriação // Cláudia Fugita João Caetano Brasil

Page 63: Revista Pasta 01

MÍDIA // 69

A notícia no minuto em que ela acontece.

Lew, LaraCriação // Jaques Lewkowicz Marco Versolato Fabio Abram Braulio Kuwabara

Fotografia // Corbis

A notícia no minuto em que ela acontece.

Lew, LaraCriação // Jaques Lewkowicz Marco Versolato Fabio Abram Braulio Kuwabara

Fotografia // Corbis

Page 64: Revista Pasta 01

MÍDIA // 70

VMB 2005. Assista. É sagrado.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer

Fotografia // Willy Biondani Rafael Assef

VMB 2005. Faça as suas preces.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer

Fotografia // Willy Biondani Rafael Assef

Page 65: Revista Pasta 01

MÍDIA // 71

VMB 2005. Assista. É sagrado.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer

Fotografia // Willy Biondani

VMB 2005. Assista. É sagrado.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente Guga Ketzer

Fotografia // Willy Biondani Rafael Assef

Page 66: Revista Pasta 01

MÍDIA // 72

Pratique seu SporTV favorito.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Eduardo Mello Guilherme Somensato

Fotografia // ArtLuz Studio

Pratique seu SporTV favorito.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Eduardo Mello Fabiano Gomes

Fotografia // ArtLuz Studio

Page 67: Revista Pasta 01

MÍDIA // 73

Arquitetura. Construção.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente

Arquitetura. Construção.

LoduccaCriação // Celso Loducca Tomás Lorente

Page 68: Revista Pasta 01

OUTROS // 74

Aumente o valor do tomatinho-cereja.

DCS (RS)Criação // Roberto Callage Régis Montagna Cláudia Tajes Rafael Bohrer

Fotografia // Dois Fotografia

Faça a rúcula ficar mais refinada.

DCS (RS)Criação // Roberto Callage Régis Montagna Cláudia Tajes Rafael Bohrer

Fotografia // Dois Fotografia

Page 69: Revista Pasta 01

PETRóLEO E DERIVADOS // 75

O handebol foi inventado na Alemanha, o melhor país nesse esporte. Mas até aí, o futebol foi inventado na Inglaterra.

Duda PropagandaCriação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Alexandre Lucas Raphael Gancz Marcos Hosken Cristiana Botto

Fotografia // Platinum,FMDIlustração // Platinum,FMD

Dizem que o homem veio do macaco. Nem todos: este aqui, por exemplo, veio do canguru.

Duda PropagandaCriação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Alexandre Lucas Raphael Gancz Marcos Hosken Cristiana Botto

Fotografia // Platinum, FMDIlustração // Platinum, FMD

Page 70: Revista Pasta 01

PETRóLEO E DERIVADOS // 76

Se ele acredita, não é a gente que vai duvidar.

F/Nazca S&SCriação // Fabio Fernandes Carlos Di Celio Pedro Prado Leonardo Claret

Fotografia // Rogério Faissal Getty Images

Se ele acredita, não é a gente que vai duvidar.

F/Nazca S&SCriação // Fabio Fernandes Carlos Di Celio Pedro Prado Leonardo Claret

Fotografia // Rogério Faissal Getty Images

Page 71: Revista Pasta 01

SERVIçO PÚBLICO // 77

O fumante fica mais exposto a doenças/homem

NeogamaCriação // Alexandre Gama Victor Sant’Anna Sidney Araújo

Fotografia // Getty Images Stock PhotosIlustração // Sidney Araújo

O fumante fica mais exposto a doenças/mulher

NeogamaCriação // Alexandre Gama Victor Sant’Anna Sidney Araújo

Fotografia // Getty Images Stock PhotosIlustração // Sidney Araújo

Page 72: Revista Pasta 01

SERVIçO PÚBLICO // 78

Concurso SOS Mata Atlântica de fotografia.

JWTCriação // Vinicius Stanzione Endy Santana João Linneu

Fotografia // Fábio Colombini

Concurso SOS Mata Atlântica de fotografia. Aberto também para amadores.

JWTCriação // Vinicius Stanzione Endy Santana João Linneu

Fotografia // Fábio Colombini

Page 73: Revista Pasta 01

SERVIçO PÚBLICO // 79

Concurso SOS Mata Atlântica de fotografia. Aberto também para amadores.

JWTCriação // Vinicius Stanzione Endy Santana João Linneu

Fotografia // Fábio Colombini

O jornalismo que ajuda a diminuir a distância entre o Brasil desenvolvido e o Brasil dos excluídos merece um prêmio.

Carillo Pastore, Euro RSCGCriação // Zuza Tupinambá Amaury Bali Terçarolli Rodrigo Mendonça Érico Braga

Fotografia // Fernando Zuffo Claus Stelfeld

Page 74: Revista Pasta 01

SERVIçO PÚBLICO // 80

Em vez de doações, ações. Invista nos títulos Care de combate à pobreza.

MacCann-EricksonCriação // Danilo Martins Ricardo Sciamarella Fernando Reis Ricardo Aguiar

Ilustração // Daniel Kondo

Invista nos títulos da Care de combate à pobreza. O lucro social é seu e de todo o Brasil.

MacCann-EricksonCriação // Danilo Martins Ricardo Sciamarella Fernando Reis Ricardo Aguiar

Ilustração // Daniel Kondo

Page 75: Revista Pasta 01

SERVIçO PÚBLICO // 81

Ainda tem muita gente esperando tratamento. Ajude o Hospital do Câncer a salvar mais vidas.

JWTCriação // Giovana Madalosso Marcela Ayd

Fotografia // André Faccioli

Entre no mercado de ações concretas: invista nos títulos Care de combate à pobreza.

MacCann-EricksonCriação // Danilo Martins Ricardo Sciamarella Fernando Reis Ricardo Aguiar

Ilustração // Daniel Kondo

Page 76: Revista Pasta 01

SERVIçO PÚBLICO // 82

Ok, somos o melhor futebol do mundo. Ok sermos septuagésimo quarto lugar em desenvolvimento humano?

DM9DDBCriação // Sérgio Valente Bruno Godinho Miguel Bemfica Mariana Sá Max Geraldo

Fotografia // Marco Cesar

Quando o assunto é futebol, o Brasil só dá bola dentro. Mas tem que parar de dar chutes quando o assunto é distribuição de renda.

DM9DDBCriação // Sérgio Valente Bruno Godinho Miguel Bemfica Mariana Sá Max Geraldo

Fotografia // Marco Cesar

Page 77: Revista Pasta 01

TELECOMUnICAçÕES // 83

Ué, qual é o espanto? Nós sempre lançamos modelos de última geração.

NBS (RJ)Criação // Andre Lima Pedro Feyer Renata Giese Andre Havt Marcello Noronha

Fotografia // Leonardo VilelaIlustração // Luciano Honorato

A OI apresenta um de seus lançamentos para 2007.

NBS (RJ)Criação // Andre Lima Pedro Feyer Renata Giese Andre Havt Marcello Noronha

Fotografia // Leonardo VilelaIlustração // Luciano Honorato

Page 78: Revista Pasta 01

TRAnSPORTES E TURISMO // 84

Agora todo mundo pode voar.

AlmapBBDOCriação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori Fotografia // Vitor Amati, ArquivoIlustração // Macacolandia

Agora todo mundo pode voar.

AlmapBBDOCriação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori Fotografia // Vitor Amati, ArquivoIlustração // Macacolandia

Page 79: Revista Pasta 01

TRAnSPORTES E TURISMO // 85

Agora todo mundo pode voar.

AlmapBBDOCriação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori Fotografia // Vitor Amati, ArquivoIlustração // Macacolandia

A maior capacidade de carga da categoria, para aguentar qualquer tipo de peso.

BorghiErhCriação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Wanslez Quaresma

Fotografia // Rogerio Alonso

Page 80: Revista Pasta 01

TRAnSPORTES E TURISMO // 86

Se livrar das coisas chatas da vida é bem menos complicado. É só viajar.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado

Fotografia // André Ditter Vera Ketzer

Saia da rotina. Conheça uns borrachudos diferentes.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado

Fotografia // André Ditter Vera Ketzer

Page 81: Revista Pasta 01

TRAnSPORTES E TURISMO // 87

A vida é uma só. Só se vive uma vez. Bom, acho que já apelamos demais para você ir viajar.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado

Fotografia // André Ditter Vera Ketzer

Seres humanos também podem ser 4x4.

Y&RCriação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Carlos Fonseca Daniel Prado

Fotografia // André Ditter Vera Ketzer

Page 82: Revista Pasta 01

VAREjO // 88

Se só mulheres gostassem de flor, camisa de surfista seria listrada.

LoduccaCriação // Tomás Lorente Celso Loducca Carolina Markowicz Rodrigo Moraes

Fotografia // Marcos Mendes

Page 83: Revista Pasta 01

VAREjO // 89

Uma estação em que você precisa estar bem vestido apesar de mal estar vestido.

LoduccaCriação // Tomás Lorente Celso Loducca Carolina Markowicz Rodrigo Moraes

Fotografia // Marcos Mendes

As roupas ficam mais soltas, os tecidos mais leves, as cores mais quentes, e os homens mais bobos.

LoduccaCriação // Tomás Lorente Celso Loducca Carolina Markowicz Rodrigo Moraes

Fotografia // Marcos Mendes

Page 84: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 90

Os sapatos de plataforma já eram. A menos que você seja uma drag queen ou um anão fashion.

AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira

Fotografia // Alexandre ErmelIlustração // César Finamori

Novo modelo com uma tira a mais. Se bater um vento, não leva a top model de cima da sandália.

AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira

Fotografia // Alexandre ErmelIlustração // César Finamori

Page 85: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 91

Não adianta ter um metro e meio de perna se você errar nos últimos 2 centímetros.

AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira

Fotografia // Alexandre ErmelIlustração // César Finamori

No Oriente, as mulheres se curvam na presença dos homens. No Ocidente, é o inverso.

AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira

Fotografia // Alexandre ErmelIlustração // César Finamori

Page 86: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 92

Modelo novo com uma tira a mais. Se você levitar, não cai do pé.

AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Dulcidio Caldeira

Fotografia // Alexandre ErmelIlustração // César Finamori

Pelo menos ondas de dois pés você já pode pegar.

AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Cássio Zanatta César Finamori Fotografia // Alexandre ErmelIlustração // César Finamori

Page 87: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 93

Escolha o ritmo da sua corrida. Chegou Mizuno Urban com MP3 player.

AlmapBBDOCriação // Rodrigo de Almeida Tales Bahu Cesar Herszkowicz Rodrigo Vieira Guilherme Jahara Daniel Leitão Gustavo Victorino Fotografia // Alexandre Catan

As pessoas acusam lutadores de jiu-jitsu de serem violentos e não terem a menor classe. Vamos provar que esses F.D.P. estão errados.

Dez BrasilCriação // Vitor Knijnik Michel Zveibil Getulio Albrecht

Fotografia // Mob Studio

O tecido é perfeito, o caimento é finíssimo. E quem ficar olhando, apanha.

Dez BrasilCriação // Vitor Knijnik Michel Zveibil Getulio Albrecht

Fotografia // Mob Studio

Page 88: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 94

Melissa in Wonderland.

W/BrasilCriação // Rui Branquinho Fábio Meneghini

Fotografia // Miro FujockaIlustração // Lobo

Melissa in Wonderland.

W/BrasilCriação // Rui Branquinho Fábio Meneghini

Fotografia // Miro FujockaIlustração // Lobo

Page 89: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 95

Melissa in Wonderland.

W/BrasilCriação // Rui Branquinho Fábio Meneghini

Fotografia // Miro FujockaIlustração // Lobo

Melissa in Wonderland.

W/BrasilCriação // Rui Branquinho Fábio Meneghini

Fotografia // Miro FujockaIlustração // Lobo

Page 90: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 96

Bazar Adidas Originals.

TBWACriação // Cibar Ruiz Fabio Pinheiro Alexandre Nino

Fotografia // Banco de Imagens Adidas

Bazar Adidas Originals.

TBWACriação // Cibar Ruiz Fabio Pinheiro Alexandre Nino

Fotografia // Banco de Imagens Adidas

Page 91: Revista Pasta 01

VESTUÁRIO // 97

Ipanema Gisele Bündchen. Brasil à flor da pele.

W/BrasilCriação // Celso Alfieri Rui Branquinho

Ipanema Gisele Bündchen. Brasil à flor da pele.

W/BrasilCriação // Celso Alfieri Rui Branquinho

Ipanema Gisele Bündchen. Brasil à flor da pele.

W/BrasilCriação // Celso Alfieri Rui Branquinho

Page 92: Revista Pasta 01

ÍnDICE REMISSIVO // 98

Adriana Davini // 56Adriano Alarcon // 57Africa // 37age. // 62, 63Akira Tateyama // 56Alan Strozenberg // 45Alessandro Cassulino // 39Alexandre Catan // 93Alexandre Ermel // 90, 91, 92Alexandre Gama // 55, 77Alexandre Lucas // 75Alexandre Manisck // 54,55Alexandre Nino // 39, 43, 96Alexandre Peralta // 37Alexandre Salgado // 42AlmapBBDO // 50, 51, 84, 85, 90, 91, 92, 93Amaury Bali Terçarolli // 66, 79André Ditter // 67, 86, 87André Faccioli // 58, 81André Faria // 36Andre Havt // 83André Kassu // 48,49André Kirkelis // 40, 41Andre Lima // 83Andreas Heiniger // 40, 41Antero Neto // 62ArtLuz Studio // 72Augusto Moya // 37BorghiErh // 61, 64, 85Braulio Kuwabara // 69Bruno Cals // 40Bruno Godinho // 82Bruno Prósperi // 48, 49Carillo Pastore, Euro RSCG // 66, 79Carlos Di Celio // 76Carlos Domingos // 62, 63Carlos Fonseca // 86, 87Carlos Schleder // 40Carolina Markowicz // 88, 89Cássio Zanatta // 84, 85, 90, 91, 92Celso Alfieri // 97Celso Loducca // 57, 70, 71, 73, 88, 89César Finamori // 50, 51, 84, 85, 90, 91, 92Cesar Herszkowicz // 93Christiano Neves // 62, 63Cibar Ruiz // 39, 43, 96Cláudia Fugita // 68Cláudia Tajes // 74Claus Stelfeld // 79Contemporânea (RJ) // 65Corbis // 69Cristiana Botto // 75

Daniel Japa // 65Daniel Kondo // 80, 81Daniel Leitão // 93Daniel Prado // 86, 87Daniel Salles // 45Danilo Martins // 80, 81DCS (RS) // 74Denis Peralta // 61Dentsu // 56Dez Brasil // 93DM9DDB // 37, 60, 82DoctorPixel Studio // 60Dois Fotografia // 74Du Ribeiro // 39, 43, 55Duda Propaganda // 75Dulcidio Caldeira // 50, 51, 84, 85, 90, 91, 92Edgard Gianesi // 59Edu Lopes // 61Eduardo Bragança // 66Eduardo Godoy // 64Eduardo Hernandez // 46Eduardo Lima // 36, 48, 49Eduardo Martins // 44, 45, 67, 72, 86, 87Eduardo Mello // 72Elisa Sassi // 56Endy Santana // 66, 78, 79Erh Ray // 61, 64, 85Érico Braga // 79F/Nazca S&S // 36, 48, 49, 76Fabia Bercsek // 52Fabiano Gomes // 72Fabiano Pinel // 65Fabio Abram // 69Fábio Astolpho // 52Fábio Brandão // 66Fábio Colombini // 78, 79Fabio Fernandes // 36, 48, 49, 76Fábio Meneghini // 94, 95Fabio Nagano // 40Fabio Onofre // 66Fabio Pinheiro // 43, 96Fábio Saboya Arício Fortes // 37Fabra Quinteiro // 54, 55Felipe Gall // 67Felipe Leite // 56Felipe Lemes // 53Felipe Rodrigues // 65Fernando Campos // 38Fernando Carreira // 38Fernando Reis // 80, 81Fernando Zuffo // 79Fischer América // 38, 47

Flávio Casarotti // 47Frederico Vegele // 42Fujocka // 94, 95Gastão Moreira // 61Getty Images // 64, 76, 77Getulio Albrecht // 93Giacomo Favretto // 38Giba Lages // 84, 85Giovana Madalosso // 81Giovanni, FCB // 38Guga Ketzer // 70, 71Guilherme Jahara // 93Guilherme Somensato // 72Gustavo Gusmão // 44Gustavo Victorino // 93Hadolpho // 53Hércules Florence // 54, 55Hilton Ribeiro // 56Jáder Rossetto // 38, 47Jairo Goldflus // 43, 58Jaques Lewkowicz // 69Javier Talavera // 40, 41João Caetano Brasil // 68João Linneu // 78, 79João Livi // 52, 53José Guilherme Vereza // 65José Henrique Borghi // 61, 64, 85José Ricardo Novoa // 45José Veloso // 59JWT // 58, 66, 68, 78, 79, 81Keka Morelle // 36Leandro Castilho // 44, 45, 67, 72, 86, 87Leo Burnett // 40, 41Leonardo Claret // 76Leonardo Vilela // 83Lew, Lara // 69Lobo // 94, 95Loducca // 57, 70, 71, 73, 88, 89Lowe // 59Luciano Honorato // 83Luciano Lincoln // 48, 49Luciano Santos // 53Luis Dias // 53Luiz Nogueira // 42Luiz Risi // 58Macacolandia // 84, 85MacCann-Erickson // 42, 46, 80, 81Maneco Pires // 46Marcel Valvassori // 48, 49Marcela Ayd // 81Marcello Noronha // 83Marcello Serpa // 90, 91, 92

Marcelo Arbex // 39Marcelo Camargo // 59Marcelo Kertész // 75Márcio Fenga // 45Marcio Sallowicz // 45Marco Cesar // 82Marco Mattos // 67Marco Monteiro // 48, 49Marco Versolato // 69Marcos Hosken // 75Marcos Medeiros // 60Marcos Mendes // 88, 89Mariana Sá // 82Maurício Nahas // 50, 51Mauro Matos // 65Mauro Villas-Bôas // 46Max Geraldo // 82Michel Zveibil // 93Miguel Bemfica // 82Miro // 94, 95Mob Studio // 93Murilo Torezan // 64, 85Myla Verzola // 55NBS (RJ) // 83Neca Bohrer // 42Neogama // 55, 77Otavio Schiavon // 38Paschoal Fabra Neto // 54, 55Paulo Augusto César - Pepê // 55Paulo Coelho // 37Paulo Pretti // 62, 63Pedro Cappeletti // 38, 47Pedro Eboli // 65Pedro Feyer // 83Pedro Prado // 42, 76Pedro Utzeri // 47Philippe Degen // 52Platinum, FMD // 44, 65, 75Rafael Assef // 52Rafael Bohrer // 74Rafael Costa // 38Raphael Gancz // 75Régis Montagna // 74Renata Giese // 83Renato Jardim // 42Ricardo Aguiar // 80, 81Ricardo Barcellos // 53Ricardo Braga // 75Ricardo Cunha // 66Ricardo John // 52Ricardo Sciamarella // 80, 81Rita Corradi // 41

Roberto Callage // 74Rodrigo Cabello // 61Rodrigo da Mata // 63Rodrigo de Almeida // 50, 51, 93Rodrigo Mendes // 37Rodrigo Mendonça // 79Rodrigo Moraes // 88, 89Rodrigo Ribeiro // 59Rodrigo Tórtima // 57Rodrigo Vieira // 93Rogerio Alonso // 64, 85Rogério Faissal // 76Romero Cavalcanti // 58Rui Branquinho // 94, 95, 97Ruy Lindenberg // 40, 41Samir Mesquita // 57Sérgio Barros // 44Sergio Gordilho // 37Sergio Scarpelli // 39Sérgio Valente // 82Sidney Araújo // 77Silvio Matos // 44, 45, 67, 72, 86, 87Silvio Medeiros // 38Stock Photos // 77Talent // 52, 53Tales Bahu // 50, 51, 93TBWA // 39, 43, 96Thiago Arrighi // 62, 63Thiago Carvalho // 38Tomás Lorente // 57, 70, 71, 73, 88, 89Toni Fernandes // 45Valdir Bianchi // 38Valéria Portella // 53Valmir Leite // 59Vera Ketzer // 67, 86, 87Victor Hayashida // 37Victor Sant’Anna // 77Vinicius Stanzione // 66, 78, 79Vitor Amati, // 84, 85Vitor Knijnik // 93W/Brasil // 94, 95, 97Wanslez Quaresma // 85WDS Stúdio // 54, 55Wilson Mateos // 60Y&R // 44, 45, 67, 72, 86, 87Z+ // 45Zezito Marques da Costa // 45Zuza Tupinambá // 66, 79