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Revista B2L Corporate 1

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SAÚDEPaís é rota de investimentos dos grupos farmacêuticos

20

ESPECIAL ÁFRICAUm continente à espera do Brasil6

Cases de sucesso 24/26 Empreendedoras 28Saúde Empresarial 29Sustentabilidade 30

SEÇÕES

SUMÁRIO

ARTIGO B2LVento é dinheiro!

18

CAPAAntonio Kandir em entrevista 14

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COM A PALAVRA

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Imagine que Stephen Hawking e Leonard Mlodinov, dois dos mais respeitados físicos do mundo estejam certos em sua teoria que defende a tese de múltiplos universos sobrepostos.

Duas ou mais realidades simultâneas. Pense em sua empresa a correr por dois caminhos que em dado instante físico se separam para criar realidades alternativas. A primeira é o futuro automático onde o modelo de negócios que foi construído permanece o mesmo, nada muda em relação ao pensamento estratégico.Sempre deu certo, para que mudar?

A segunda é uma nova realidade com mais voracidade na busca pela diferenciação em mercados congestionados por meio de recepção de investimentos e outras ferramentas que estão à disposição do empreendedor.

Atravessamos uma época histórica para as empresas brasileiras. Lembra como era há 25 anos? As dificuldades de mudança de re-gras, planos econômicos, bancos com juros de 45% ao mês quase inviabilizando descon-to de duplicatas ou outras operações. Milha-res de empreendedores foram dizimados, mas você não! Falar de compra de participa-ção societária para expansão era quase uma piada. Quem iria querer investir em negócios no Brasil em condições desfavoráveis?

As adversidades de um futuro imperfeito ficaram para trás. Todo empreendedor acre-dita no negócio e essa visão fez toda a dife-rença. Chegou a hora de uma nova política expansionista!

Nem ontem ou amanhã: hoje! Inovação e investimentos com capital de terceiros é o motor propulsor do desenvolvimento sustentável da empresa. Menos que isso é aceitar o futuro automático de fazer sem-pre as coisas do mesmo jeito. Não podemos

permitir que ideias brilhantes sejam atraídas para um buraco negro e exterminadas por falta de capital humano e financeiro.

Os dois universos possíveis do pensamen-to estratégico nas médias empresas:

Universo automático (arcaico): a visão de vender parte do negócio sequer era men-cionada. Muitos preferiram falir ou mesmo quando buscavam ajuda era tarde demais. Utilizavam o capital próprio para crescer de forma limitada. Expansão orgânica lenta e com falhas na distribuição de produtos, pou-co marketing e raros lançamentos. A busca por financiamento era sempre com o custo do dinheiro alto e prazo curto. E a conjuntu-ra econômica desfavorável, planos, inflação absurda e alta complexidade logística para exportar.

Universo alternativo (moderno): vender parte da empresa como, por exemplo 40% das cotas e permanecer como presidente mas com capital saudável para a expansão. Os investidores querem a mente brilhante do fundador à frente dos negócios. Expan-são rápida territorial e lançamento de pro-dutos via aporte de investidor. Buscar novas fontes com bancos de investimentos espe-cializados em empresas para financiamen-tos longos com prazos de mais de 7 anos, carência e juros competitivos.

Você pode realmente alterar o seu futuro automático quando se fala em expansão. É estudar as opções do mercado, investidores, compra de concorrentes menores, consoli-dação de uma posição estratégica. A combi-nação é infinita. Por fim, em qual dos univer-sos pretende seguir?

Se é verdade que todo empreendedor é uma espécie curiosa e ousada então não exis-te momento econômico mais importante que agora para se reinventar. Cria-se um uni-verso alternativo de inúmeras possibilidades.

E isso nunca foi tão emocionante!

MÚLTIPLOS UNIVERSOSPOR RODRIGO BERTOZZI*

“”

Capital de terceiros é o motor

propulsor do desenvolvimento

sustentável da empresa

* CEO da B2L e autor de 13 livros, entre eles: “Revolution Marketing Place”, “Depois da

tempestade”, e “Um Futuro Perfeito”.

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Ondas de investimentos europeus garantem expansão de pequenas e médias empresas brasileiras.

Na contramão da crise que assola a Euro-pa, investidores estrangeiros encontram no Brasil um porto-seguro de capital e, segundo especialistas, o momento é de expansão para pequenas e médias empresas. Dados do Ban-co Central revelam que, nos primeiros sete meses deste ano, investidores europeus tri-plicaram aplicações em numerosos segmen-tos do cenário brasileiro. Motivo: turbulência econômica que abala o Velho Continente.

Longe da estagnação dos países desenvol-vidos, no Brasil o Investimento Externo Direto (IED) atingiu a marca de US$ 23,4 bilhões, em comparação aos US$ 7,9 bilhões no mesmo período de 2010. “A crise norte-americana em 2008 não teve um contágio econômico tão violento como a européia atualmente. Porém, pequenos e médios empresários brasileiros não podem definir o potencial de mercado utilizando como parâmetro menos de 1 mil empresas listadas na bolsa de valores”, declara Rodrigo Bertozzi, CEO da B2L.

DA CRISE, AS OPORTUNIDADES

MERCADOS

De olho na estabilidade econômica nacio-nal e no mercado consumidor crescente, é comum investidores estrangeiros buscarem especialistas para canalizar recursos em terri-tório brasileiro. De acordo com informações da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, nos últimos dois anos, houve um au-mento de 40 para 2 mil empresas espanholas interessadas em investir no País.

Após a “primeira onda” de investimentos espanhóis nos setores de telecomunicações, energia, financeiro e seguros - época das pri-vatizações -, veio uma segunda leva, com des-taque para os fornecedores destas grandes empresas. Agora, vive-se um movimento o qual pode-se chamar de “terceira onda”. Che-gou a vez das pequenas e médias empresas, ligadas principalmente a serviços, tecnologia, construção civil, turismo e infraestrutura.

Para Ricardo Becker, advogado e sócio da B2L, a diversidade cultural – resultado de cor-rentes migratórias do passado – representa outro ponto positivo, pois não gera impacto na adaptabilidade destes investimentos, ao contrário do que ocorre em outros países do BRIC. “A aferição dos resultados sempre po-sitivos que companhias estrangeiras tiveram no Brasil nestes últimos 10 anos foi algo que contribuiu muito para esse cenário”.

ContágioEm momentos de crise, empresas de

todos os segmentos e portes sempre so-frem com o desaquecimento devido à re-tração econômica. Becker pontua como natural que reflexos negativos fiquem mais diluídos. “Pequenas e médias em-presas representam mais de 4 milhões de estabelecimentos, contra menos de 100 mil grandes empresas”.

Para escapar do “efeito manada” e apostar na fase para expandir os ne-gócios, a dica é diversificar mercados e produtos, agregar valor aos serviços prestados de forma que não fiquem co-moditizados e atentar aos custos e mar-gens, afirmam os analistas da B2L.

“São as mentes inquietas e corajosas que movimentam o mundo. Quem apos-tou tanto em tantos anos não tem por-que cair neste contágio. O momento é ideal para agir amparado pela lógica, frie-za e apostar na intuição. Estamos sólidos, avançados e, principalmente, as médias empresas têm tudo para expandir e con-quistar novos mercados e clientes”, con-clui Rodrigo Bertozzi.

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A avaliação da marca pode, entre outros benefícios, possibilitar aumento do imobili-zado da empresa, aumento do patrimônio líquido, redução do grau de endividamento, etc. Mas nem sempre foi assim.

Até o final dos anos 80, os analistas de mer-cado e de investimentos baseavam-se nos métodos tradicionais para análise da saúde financeira das empresas nos processos de tomada de decisão. Eram usados os dividen-dos distribuídos e valores escriturados no balanço patrimonial. Contudo, esses indica-dores subestimavam, por vezes, o valor das negociações.

A avaliação dos intangíveis ganhou o cenário mundial, apesar de tentativas fracas-sadas ocorrerem em anos anteriores. Algu-mas empresas foram vendidas por valores bem acima do estabelecido pelo mercado. O desafio passou a ser mensurar quanto valia esse acréscimo do intangível.

A Nestlé adquiriu a Rowntree pagando 83% acima do valor considerado “contabi-lizável”, gerando o que era então chamado de goodwill. A Cadbury Schweppes adquiriu a Trebor com 75% de ágio.

Essa mudança rápida no cenário mun-dial levou diversas empresas e analistas a reverem seus métodos e reavaliarem suas empresas. Algumas, para impedirem as ofer-tas hostis, inseriram seus ativos intangíveis no balanço e ultrapassaram a possibilidade de compra do concorrente.

Infelizmente, essa subestimativa do preço ainda ocorre, em especial, no Brasil. Muitas empresas são vendidas e adquiridas todos os dias sem que a marca seja levada em conta. Ou quando a marca é avaliada e considerada, o comprador a adquire com expectativa de redução de custos na criação e gestão de uma nova marca ou apenas com o aumento imediato no faturamento, esquecendo-se da influência nos negócios futuros. É por

isso que 70% das fusões e aquisições que envolvem marcas não geram os retornos esperados. O comprador se esquece que a sua marca e a marca adquirida podem ser incompatíveis, gerando canibalismo das marcas ou mesmo uma quebra com o con-sumidor a longo prazo.

Em uma fusão ou aquisição é importante também ter em mente “para quê” e “para quem” a marca deve gerar valor, o que in-fluencia diretamente no montante a ser negociado. Vai depender do que o compra-dor tem em mente para o futuro da própria marca: gerar melhoria no balanço patrimo-nial, aumentar o seu leque de produtos ou sua fatia de mercado ou apenas atingir um mercado consumidor específico.

Com o big-bang de fusões e aquisições dos anos 90, a necessidade de uma avaliação estratégica da marca se tornou essencial para manutenção no mercado competitivo.

Outra explosão de aquisições e fusões está ocorrendo no século XXI. Quem não comprar será comprado!

Em 2007, o Brasil bateu seu recorde de aquisições e fusões em 43% – revelou pes-quisa da KPMG – com 677 acordos, 204 a mais que no ano anterior, movimentando US$ 59 bilhões. Em 2008, só a aquisição da Brasil Telecom pela Oi movimentou cerca de R$ 20 bilhões, criando a maior operadora nacional de telecomunicações, com recei-tas superiores a R$ 30 bilhões e metade das linhas fixas em operação no País.

Os últimos dados mostram que em 2010 o mercado estava ainda mais aquecido. Foram verificadas 707 operações, o que levou à quebra do recorde histórico de operações.

Esses números têm crescido, em sua maior parte, pelo apetite voraz das empresas estrangeiras por aquisições no Brasil.

Se você não se ateve ainda para o valor da sua empresa e, especialmente de sua marca, fique atento e esteja preparado. O concor-rente, nacional ou estrangeiro, pode bater à sua porta a qualquer momento e dizer: “Quanto você quer na sua empresa?”

FUSÕES E AQUISIÇÕES: COMPRAR OU SER COMPRADO

ARTIGO B2L

*MBA em Marketing, especialista em Ativos Intangíveis e Avaliação Estratégica de Marcas

e sócio da B2L.

POR GUSTAVO SARDINHA*

É importante também ter em

mente “para quê” e “para quem” a marca

deve gerar valor“

” B2LCorporate DEZEMBRO 2011 5

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ESPECIAL: ÁFRICA

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Serão 220 milhões de no-vos consumidores até 2015. Palco de luta pelas reservas mundiais de matérias primas. Nações que importam “ab-solutamente tudo”. Em nos-sa primeira reportagem de prospecção internacional, ouvimos analistas, consulto-res e empresários. Veredito: as médias empresas nacionais podem começar sua interna-cionalização por aqui.

Seja bem-vindo e negocie à vontadeÁFRICA

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ESPECIAL: ÁFRICA

O que já é realidade para grandes grupos nacionais, a África mais integrada na eco-nomia global avisa: além dos produtos do Brasil, quer a internacionalização das médias empresas brasileiras. Frente à crise dos mer-cados tradicionais e com forte potencial de consumo, em empresas como Odebrecht, Camargo Correa e CSN os investimentos no continente africano chegam a US$ 15 bilhões.

A presença de novos parceiros econô-micos como o Brasil é sentida. Relatório de 2011 do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e Comissão Econômica da ONU para a África mostra que embora os parceiros tradicionais ainda sejam responsáveis pela maior proporção do comércio (62%) e dos investimentos (80%), as trocas comerciais do continente com países emergentes do-braram na última década e somam 37% do total. As exportações do Brasil para a África mais que triplicaram entre 2003 e 2010, cer-ca de US$ 9 bilhões. O estudo pontua que as economias emergentes serão determinan-tes ao oferecer know-how e tecnologia.

Em relatório lançado pelo Banco Mun-dial deste ano, o papel do BNDES foi mos-trado nessa relação: em 2008, o banco emprestou US$ 477 milhões a empresas brasileiras com operações na África; em 2010, o valor subiu para US$ 649 milhões.

O Banco Mundial também cita a participa-ção de pequenas e médias empresas brasi-leiras na África, com destaque nos setores de bebidas, alimentos, roupas, calçados, automó-veis, eletrônicos, construção e cosméticos.

Oportunidades

Principal destino dos investimentos bra-sileiros na África, Angola vive consistente crescimento econômico e tem grande po-tencial de absorção de bens manufaturados. Estima-se que sua economia cresça, em mé-dia, 7,5% ao ano entre 2011 e 2014. O comér-cio internacional é a principal fonte de dina-mismo econômico, e a grande produção de petróleo garante os recursos para a moder-nização da economia. As exportações brasi-leiras ao País saltaram de US$ 64 milhões em 1999 para US$ 947 milhões em 2010.

Ao diversificar os negócios para se liber-tar da dependência do setor petrolífero, a Nigéria oferece oportunidades para inves-timentos em geração de energia elétrica, te-lecomunicação e turismo. Do Brasil, interes-se em tecnologias na construção civil. Até 2020, o governo nigeriano quer construir 20 milhões de moradias populares.

Nos últimos anos, a nova elite dirigente africana, em sua maioria formada em uni-versidades européias e americanas, tem feito profundas reformas para adaptar procedimentos internos e externos às nor-mas vigentes no relacionamento mundial.

China

Com um olho aberto nos recursos natu-rais e outro fechado aos governos ditato-riais africanos, a China investe pesado em relacionamento. Em 2009, o primeiro-mi-nistro chinês, Wen Jiabao, ofereceu à África empréstimos no total de US$ 10 bilhões, ao longo de três anos.

A cláusula é simples. O governo concede fi-nanciamento, mas obriga em contrato o servi-ço por empresa chinesa com o apoio do Exim-bank chinês. As trocas dos investimentos nos países africanos são feitas por bens intensivos em recursos naturais – commodities agrícolas ou minerais. O Brasil, ainda que adote a tática, como a construção de terminal de carvão com mineral extraído pela Vale ou de aeroporto em construção pela Odebrecht, ambos em Mo-çambique, revela que setor público e privado ainda precisam maior sintonia para aumentar seu market share num mercado tão promissor.

Fazer negócios na África deve ser visto com foco. Para o advogado e co-funda-dor da B2L, Rubens Serra, o continente é marcado por problemas, mas é também uma das poucas fronteiras naturais ain-da abertas para a expansão de negócios. “Do petróleo, gás e mineração – produ-tos onde as empresas brasileiras já estão consolidadas – chegamos ao agronegó-cio e alimentos, áreas com enormes po-tencialidades para médios empresários investirem. A África pode ser a primeira porta a bater no exterior”.

44%

220 milhões

Africanos com acesso apenas para necessi-dades básicas que serão consumidores até 2015

15 bilhõesInvestimentos das maiores empresas brasileiras

US$

1,4 Trilhão

Previsão de con-sumo das famílias em 2020, contra US$ 860 bilhões em 2008.

CHINAPassou os EUA e tornou-se o principal parceiro comercial da África

Crescimento anual do PIB 2000-2008

Desenvolvidos

América Latina

África

Emergentes asiáticos

2%

4%

4,9%

8,3%

Lares africanos com poder de consumo discricionário*

63

52

52

48

Cidades com mais de1 milhão de habitantes

América Latina

Europa

África

América do Norte

35%

43% 2008

2000

*Não essencial

42% das reservas mundiais de matérias primas

Petróleo Ouro Cromo Platina 10% 40% 84% 88%

Menos de 15 anos .A população mais jovem do mundo

59bilhõesInvestimentos estrangeiros diretos em 2010

US$

US$

Da população tem celular, o mercado que mais cresce no mundo. Em 2014, dois em cada três africanos terão um aparelho.

41%

Proporção do comércio com Países Emergentes nos últimos dez anos. Principais:

30%

Turquia

Brasil

Coréia do Sul

Índia

China

6,5%

38%

14%

7,2%

7,1%

1 bilhãoHabitantes

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Arado verde-amarelo A Câmara Brasileira de Comércio Exterior (Camex) aprovou uma

linha de crédito para países africanos de US$ 640 milhões (US$ 240 milhões para 2011 e US$ 400 milhões em 2012). O Programa Mais Alimentos África leva transferência de tecnologia, linhas de finan-ciamentos do tesouro nacional e linhas de tecnologias dos pro-dutos industriais. Os financiamentos poderão ser pagos em até 15 anos com 2% de juros ao ano com até três anos de carência.

Ao todo, 42 nações demonstraram interesse. Zimbabwe e Gana são os primeiros a poderem liberar para seus produtores rurais cré-dito para compra de máquinas, equipamentos e veículos do Brasil, em acordo da ordem de US$ 193 milhões.

Na esteira do programa, João Carlos Marchesan, presidente da Tatu Marchesan, de implementos e máquinas agrícolas, está prepa-rado para aumentar as vendas ao continente. “Até 30% do fatura-mento da empresa vem das exportações, sendo 8% dos países da África”. Nem sempre foi assim.

Considerada entre as maiores da América Latina no setor, a em-presa de Matão, no interior paulista, via na África um mercado difícil pelos problemas sociais e políticos, além da insegurança sobre ga-rantia de pagamentos. “Foi preciso desbravar. Hoje existe um gran-de volume de brasileiros no agronegócio em países como Sudão, Moçambique e Angola. Foram os primeiros a comprar e provaram que nossos produtos têm foco e know-how nos trópicos.”

Marchesan ainda explica o maior trunfo para empresas que desejam entrar no continente. “Há uma insistência das empre-sas e governos em chegar e não transferir tecnologia. Explora--se o mercado e vai embora. O Brasil não tem memória negativa para os africanos”.

SudãoFonte de emprego para 80% da população economicamente

ativa, até os anos 80, a produção agrícola sudanesa era feita exclusi-vamente por tração animal. Em sua primeira visita ao Brasil, Osman Assubaie, CEO do Conselho de Algodão da República do Sudão – entidade privada ligada ao governo – veio conhecer os produtos brasileiros. “Nos espelhamos muito no Brasil. Aqui nos interessam maquinário e tecnologia. O governo do Sudão está abrindo facili-dades para entrada de investimentos internacionais e os produtos brasileiros só têm a ganhar”.

Tecnologia brasileira em solo africano: 42 Países interessados em linha de crédito de US$ 640 milhões

É hora de vender: João Carlos Marchesan e empresário do Sudão

B2LCorporate DEZEMBRO 2011 9

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CAPA - AFRICA

Genética para condições extremasCom US$ 3,5 milhões negociados em 2011 para Botswana, Ango-

la e Quênia, Jair dos Santos acumula ganhos na venda de embriões e sêmens congelados da raça bovina Senepol. Proprietário da Se-nepol Água Limpa, no Mato Grosso, Santos explica que a raça veio de um ambiente hostil e condições extremas. “É uma excelente op-ção para o desenvolvimento e melhoramento genético da pecuá-ria em qualquer País da África”.

Entre os diferenciais, ele destaca a alta performance em produ-tividade e precocidade da raça. No pasto, aos 24 meses o animal é abatido com mais de 480 quilos. No confinamento, aos 14 meses é abatido com mais de 450 quilos.

Para ele, bom produto e cooperar com a produção de alimentos de um País abrem portas. “Nos últimos anos, os países africanos têm incentivado empresários brasileiros do agronegócio a irem e levarem novas tecnologias de produção”

Segurança nos negócios

“Nunca aconselhamos as empresas a concederem prazos de pagamento aos seus compradores enquanto não for estabelecida uma relação comercial de rotina”, declara Abel Domingos, diretor de Relações Internacionais da Câmara de Comércio Afro Brasileira (Afrocham-ber), ao explicar que em qualquer região do globo existem empresas sérias e não sérias, cabendo aos empresários envolvi-dos utilizarem rotinas de gerenciamento comercial que assegurem total seguran-ça para suas operações de importação e exportação.

Para ele, o Brasil dispõe de tecnologia apta ao clima tropical, o que permite a exportação de máquinas, equipamentos, linha branca, entre outros, sem a necessi-dade de adaptações – diferente de países europeus e asiáticos. O mesmo se aplica

para alimentos, cosméticos e medica-mentos. “É a falta de informações sobre a atual realidade africana que ainda per-siste nos médios empresários brasileiros a ideia de mercado pouco promissor, o que não se verifica entre empresas brasi-leiras de grande porte e multinacionais”.

GargalosSobre a atividade bancária, Abel relata

que nos últimos anos os Bancos Centrais dos países africanos têm aplicado nor-mas de comportamento para os bancos comerciais, com medidas que levaram inclusive ao fechamento de instituições menores ou sua absorção por bancos tradicionais, garantindo segurança de relacionamento aos mercados mundiais com a região.

Já no fluxo comercial, o Brasil costuma ter

déficit comercial com alguns países onde a importação é concentrada principalmente no item petróleo (Nigéria). Abel chama a atenção sobre Suazilândia. “Tudo nos leva a presumir que o País está sendo utilizado como ponte para a entrada de produtos asi-áticos principalmente da linha eletrônica”.

ESPECIAL: ÁFRICA

Diretor da Afrochamber: Abel Domingos

Conhecer para investirA Mckinsey Global Institute elaborou ranking de países em qua-

tros categorias.

1) Economias diversificadas: Os principais impulsionadores de crescimento da África: África do Sul, Egito, Marrocos e Tunísia.

2) Exportadores de petróleo: Eles têm o maior PIB per capita do continente mas também as menores economias diversificadas: os três maiores produtores são Argélia, Angola e Nigéria.

3) Economias em transição: Economias em rápido crescimento mas apenas setores agrícolas e de recursos representam cerca de 35 % do PIB e dois terços de exportações: Gana, Quênia e Senegal.

4) Economias em fase de pré-transição: Suas economias ainda são muito pobres, com PIB anual de apenas US$ 353 per capita: Congo, Etiópia e Mali.

Raça Senepol

B2LCorporate DEZEMBRO 201110

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EntrevistaConsultor internacional e analista de

empresas, Carlos Pedro Barbosa Rodri-gues é responsável pela elaboração de projetos de ajuda dos quadros comuni-tários da Comunidade Européia, além de estudos econômicos e de viabilidade para instituições financeiras e bancárias. Com a Barbosa Rodrigues Investiments & Consulting atua principalmente no Brasil, Portugal, Espanha, Angola e Mo-çambique.

Considerado pelo próprio que “não vive em lado nenhum e em todo o lado”, Rodrigues diz ter por hábito ir dormir em Coruche, uma pequena vila a 70 km de Lisboa, Portugal. Nesta entrevista à B2L Corporate, ele conta por que mais valia deve estar à frente de espírito coloniza-dor quando o assunto é África.

B2L - Quais as principais vantagens comerciais e econômicas dos países africanos para atração de investidores do Brasil? Há espaço para médias em-presas que nunca exportaram?

A franca dependência do exterior para tudo traz a possibilidade e facilidade exponencial dos resultados a obter do investimento. A fragilidade das institui-ções públicas ( grau de inexperiência com o mercado mundial ) permite uma grande facilidade de entrada de capital do exterior.

Dos países africanos que têm um capi-tal de sucesso de investimento mais ex-ponencial e de recuperação do capital, listo Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Princípe e em franca expansão a Guiné Equatorial, por questões de um bom relacionamento com a Europa. Há espaço para grandes, médias, pequenas e até micro empresas ou empresários, com e sem experiência de exportação ou de internacionalização em todos os setores de atividade. Alerto que nunca se deverá investir “por catálogo”, pois a experiência diz que os resultados não são os melhores. Um fator de relevância

Carlos Pedro Barbosa Rodrigues

para uma boa internacionalização, é ter em conta a mentalidade do povo, a sua cultura, isto é, em África sê africano.

B2L - Que países o Brasil já estabe-leceu fortes vínculos econômicos e quais são os produtos fabricados aqui que poderiam substituir outros forne-cedores mundiais para estes países?

O Brasil tem protocolos com todos eles, mas existe com uma maior amplitu-de, Angola e Moçambique. No caso de Angola, temos a predominância do luxo, da moda, dos gadgets de tecnologia e setor automóvel ( indústria e comércio ). De Moçambique, bens de primeira ne-cessidade, tais como, alimentação, edu-cação, saúde, didático e financeiro.

B2L – E os principais gargalos en-frentados pelas empresas brasileiras que almejam a inserção na África?

As fracas estruturas institucionais ( jo-vialidade ) e de apoio. A necessidade de um sócio nacional, o que muitas vezes é o maior obstáculo, até pelo fato dos va-lores que pretendem pela participação e viabilização do projeto/atividade e a ine-xistência de legislação que dê uma maior segurança ao investidor.

Vejo ainda a proximidade da África do Sul - principal fornecedor e recrutador dos recursos humanos qualificados e não qualificados - e o aparecimento de comunidades de investidores indianos e chineses.

B2L - A visão de mercado pouco promissor ainda persiste entre os em-presários do Brasil sobre a África?

Ainda existe um forte ceticismo, tam-bém pela escassa informação que chega aos empresários e investidores. Mas rele-vo o fato que é com grande prazer que o povo africano vê chegar investidores, es-sencialmente de língua oficial portugue-sa aos seus países, mas como mais valia e não o de espírito colonizador.

“EM ÁFRICA, SÊ AFRICANO”

B2L - Como inserir empresas brasi-leiras em mercados que hoje recebem fortes investimentos e financiamentos de países como a China?

O governo brasileiro e seus responsá-veis deverão criar ou ratificar protocolos de modo a poder obter os mesmos privi-légios que a China tem nesses países, en-tre eles, facilidade na obtenção de vistos, o privilégio aos brasileiros em igualdade de proposta, nos concursos públicos, na realização de obras públicas e priva-das, parcerias na educação entre outros requisitos que o Governo julgue perti-nentes para um saldo positivo na relação comercial.

A nível do investidor privado, a utiliza-ção da língua portuguesa, a familiaridade de culturas, dar credibilidade ao projeto de investimento. Outro fator importan-te na conquista do continente africano: a ação social. O investidor que for além ao criar ou melhorar as condições exis-tentes do povo local vai obter um reco-nhecimento único e irá potencializar o resultado final no investimento.

B2LCorporate DEZEMBRO 2011 11

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Diretor de Redação:

Marcel Bozza, Mar

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Ao lado: Rodrigo

Bertozzi, Jeremiah O’

Callaghan e

Rubens Serra

INSTITUCIONAL

Sucesso no Primeiro Meeting B2L

Realizado em São Paulo no mês da agosto, o 1º Meeting B2L - Investimentos, Expansão, Compra e Venda de Empresas - reu-niu 200 empresários e representantes de bancos e fundos de investimento, com objetivo de compartilhar oportunidades. O Brasil nunca recebeu tantos investidores e oportunidades e o principal desafio da conferência foi identificar na prática ideias e soluções para empresas de médio porte.

Marcaram as apresentações do Grupo JBS, do Credit Suisse, do BTG Pactual/BR Pharma e da Poit Energia, por meio de seus executivos. A rede de sócios B2L também foi apresentada aos participantes e realizou reuniões com os membros, distribu-ídos em 21 Estados, no intuito de desenvolver negócios de su-cesso com maior eficácia e rapidez. Ampla cobertura da mídia nacional comprovou a série que promete novas iniciativas ao longo de 2012.

André Sá: BR Pharma

Jeremiah O’

Callaghan: JBS Friboi

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Mar

cel B

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Diretor de Redação: Marcel

Bozza, valor total R$ 100,00

Diretor de Redação: Marcel Bozza, valor total R$ 100,00

Wilson Poit: Poit Energia

Sócios B2L

Foto: Conferência B2L

Fabio Jacob: Credit Suisse

André Sá: BR Pharma

Page 16: Revista B2L Corporate 1

FUNDOS DE INVESTIMENTO

CAPA

Na disputa pelas me-lhores empresas bra-sileiras, o eixo Rio-São Paulo deixa de ser o cen-tro. Apto a reconhecer oportunidades, Antonio Kandir avisa que local não é o foco, e sim, o pro-jeto. Poder para investir não falta. Sob sua gestão e de mais quatro sócios, a GG Investimentos tem no patrimônio mais de R$ 2 bilhões.

Segundo a Associa-ção Brasileira de Private Equity e Venture & Ven-ture Capital (ABVCAP), através dos fundos de private equity, pequenas e médias empresas que pretendem transformar--se em grandes compa-nhias, passam a dispor de oportunidades efetivas para financiar o seu cres-cimento, com apoio para a criação de estruturas adequadas de governan-ça corporativa, foco no crescimento e lucrativi-dade, bem como na sus-tentabilidade futura do negócio.

Hoje, os fundos de private equity estão em processo de captação que pode levantar US$ 20 bilhões em recursos

FUNDOS DE INVESTIMENTO

até 2012. Das gestoras que operam no Brasil, 83% pretendem lançar um novo fundo e captar novos recursos, aponta o Segundo Censo da Indús-tria Brasileira de Private Equity e Venture Capital, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por conta dos investimentos públicos e privados volta-dos para a Copa do Mundo e Olimpíadas, o Brasil só perde para a China entre os mercados de maior in-teresse do segmento dos países do BRIC.

Com investimentos em empresas como Provi-dência (companhia aberta que produz não- tecidos), Ediouro (da área gráfica e editorial), Visum (manufa-tura de eletrônicos), Rapi-dão Cometa (logística) e Brasil Foods (alimentos) no portifólio, Kandir fala com exclusividade para a B2L Corporate e revela os requisitos para a próxi-ma empresa ser a sua.

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Page 17: Revista B2L Corporate 1

B2L - Quais os requisitos necessários para uma empresa de médio porte atrair investimentos? Geração de caixa? Capaci-dade de valorização?

Ter um excelente projeto com ótimas perspectivas de valorização e um posicio-namento claro dos sócios em aceitarem o compartilhamento efetivo em decisões de caráter estratégico.

B2L - Quais as tendências o senhor destaca fora do eixo Rio-São Paulo? O interior do Brasil também é alvo para investimentos?

O Brasil inteiro apresenta boas perspecti-vas para projetos. A GG, através de seus fun-dos já investiu em Estados fora do eixo, tais como Paraná, Bahia e Pernambuco.

B2L - Onde estão as novas oportunida-des e quais setores estão se destacando?

O importante é o projeto. Mesmo em se-tores problemáticos sempre é possível ter boas empresas com empresários inovadores e capazes.

B2L - Até que ponto as empresas bra-sileiras de médio porte estão preparadas para os fundos de private equity? Persiste o temor e a insegurança da perda de con-trole e gestão?

Nos últimos cinco anos melhorou muito o entendimento dos empresários quanto a contribuição de investidores típicos de priva-te equity. Mas é inegável que muitos ainda te-nham dúvidas e insegurança. Mesmo porque existem modelos de atuação distintos entre os diversos operadores de private equity. Conversar bem sobre o modelo de cada um deles é essencial. O empresário não deve dei-

xar de perguntar e entender muito bem a pro-posição dos fundos que o procurarem.

B2L- Qual o perfil do empresário que busca nos investidores alavancar o projeto de expansão?

Empresários que acreditam muito no seu negócio e que desejam expandi-los de manei-ra mais rápida mantendo uma estrutura sau-dável e sustentável entre dívida e equity.

B2L- De que modo os fundos de private equity mudam a velocidade da empresa, passando pela governança corporativa até o desinvestimento no ciclo final?

Esta é uma das contribuições dos fundos de private equity. Eles permitem acelerar os bons projetos sem que isto se traduza em um risco financeiro acentuado. Adicionalmente, a rede de contatos e a experiência dos ges-tores tende a facilitar a realização mais rápida dos investimentos em benefício dos funda-dores e dos novos investidores.

B2L - Qual o comportamento do em-presário quando dá entrada nos fundos de investimento?

A maior dificuldade é a aceitação de pro-cedimentos mais disciplinados nas decisões mais estratégicas.

B2L - A postura como sócio/parceiro e não apenas como investidor financeiro acontece de que forma?

Aqui é importante destacar que existem modelos alternativos de fundos de private equity. Falando do caso da GG, nós procura-mos ir além da participação em conselhos. Para tanto, procuramos definir junto com os fundadores alguns comitês auxiliares ao Con-

selho que trabalhem mais detalhadamente certas questões (M&A, RH, auditoria, etc...)

B2L - De que modo a GG contribui na gestão da companhia investida para agre-gar valor aos acionistas?

Cada caso é um caso. Em geral gostamos de aprofundar a discussão estratégica e re-ver a governança. Ao lado disso, procuramos ajudar a empresa a definir bem os processos internos e estabelecer uma disciplina maior nos processos decisórios, sobretudo os rela-tivos às decisões de investimento.

B2L - O que o empresário de médias empresas pode esperar e qual o foco da GG para 2012?

A GG deverá continuar buscando empre-sas com bom potencial e que tenham em sua liderança empresários motivados. Que acreditem muito em seus negócios e queiram mais do que investidores. Queiram sócios, preferencialmente minoritários, que possam investir e juntos terem uma expressiva valori-zação do capital da empresa.

“BUSCAMOS EMPRESÁRIOS MOTIVADOS”

Fundos de private equity ganham força em empresas de médio porte

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Page 18: Revista B2L Corporate 1

Um dos principais grupos editoriais brasileiros, com foco na edição de livros de interesse geral, revistas e passatempos, o Grupo Ediouro também atua na indústria gráfica e atualmente é o maior player deste segmento no Rio de Janeiro. Suas marcas são Ediouro, Nova Fron-teira, Agir, Thomas Nelson Brasil, Nova Aguilar, Singular, Desiderata, Plugme, Duetto e Coquetel. Em 2010, a receita líquida foi de R$ 229,7 milhões e o lucro líquido, R$ 15, 4 milhões. A área de educação (apos-tilas) e segmento de bíblias são algumas das novidades do grupo que espera chegar em 2014 com faturamento de R$ 600 milhões.

CAPA

EdiouroEstado: Rio de Janeiro.Segmento: mercado editorial e indústria gráfica.

Com US$ 80 milhões investidos, a Companhia Provi-dência inaugurou este ano sua primeira fábrica fora do Brasil. A planta, localizada nos EUA, segue em linha com o planejamento estratégico da empresa de aliar custos logísticos e maior proximidade aos grandes mercados consumidores mundiais. A receita líquida da cia. totalizou R$ 453,3 milhões em 2010 e alta de 10,2% em vendas sobre o ano anterior.

ProvidênciaEstado: Paraná.Segmento: Líder nacional na fabricação de não-te-cidos, produto usado na fabricação de descartáveis higiênicos e hospitalares.Aporte: R$ 930 milhões em consórcio: AIG Capital/GG/ASAS/banco Espírito Santo. O consórcio adquiriu 100% do capital da empresa.

PERFIL DAS INVESTIDAS PELA GG

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Page 19: Revista B2L Corporate 1

Um dos maiores operadores logísti-cos em atividade no Brasil. A empresa registra volume superior a 12 milhões de entregas anuais, através de suas 42 filiais e mais de 184 pontos de pre-sença em todo o País. Os cerca de 8 mil funcionários são responsáveis pelo atendimento de mais de 4 mil municípios brasileiros. A empresa ainda atende 220 países graças a um acordo operacional com a gigante norte-americana FedEx. Em 2010, atingiu faturamento bruto de R$ 864 milhões.

Rapidão CometaEstado: Pernambuco.Segmento: Transporte e logística.Aporte da GG: não divulgado.

A Geradora Estado: BahiaSegmento: Locação de máquinas e equipamentos.Aporte da GG: R$ 55 milhões.

Com faturamento estimado em 2011 de R$180 milhões, a empresa conta hoje com cerca de 900 colaborado-res em 18 unidades e registra crescimento médio de 45% nos últimos sete anos. Para sustentar a expansão, a saí-da foi um sócio estratégico. Em 2010, abriram as portas para um private equity e a GG passou a deter participação minoritária no negócio, man-tendo o controle acionário com os fundadores. “Os re-cursos da GG serão utilizados para promover a abertura de novas filiais, aquisição de no-vos equipamentos e viabilizar projetos de consolidação”,

explica o presidente da empre-sa, Enilson Moreira.

Com foco nos segmentos in-dustrial, construção civil, mi-neração e entretenimento, a empresa também atua nas áre-as de óleo e gás, agronegócio e telecomunicações. O portifó-lio da empresa ultrapassa 10 mil equipamentos e entre os clien-tes figuram a Petrobras, Vale, Odebrecht, Gerdau, Braskem, Dow, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Mendonça, Camargo Corrêa, Oxiteno, Mendes Jú-nior e Rede Globo. A Geradora ainda cogita sua internaciona-lização em 2013 com unidades na América do Sul e na África.

Presidente da A Geradora : Enilson Moreira

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A energia dos ventos é considerada a melhor em termos ambientais para a geração em larga escala. Os ventos do nosso País - pela constância e pelo clima tropical - estão classificados entre os me-lhores do mundo. Entre as energias reno-váveis, a eólica é a que mais cresce no pla-neta e o Brasil tem total condição de se tornar um dos líderes nessa modalidade limpa de geração.

Desde 2004 o setor de energia eólica no mundo teve uma expansão de 600% e os investimentos crescem exponencial-mente. Em apenas 4 anos (entre 2004 e 2008) foram registrados investimentos da ordem de US$ 160 bilhões em termos globais. Entretanto, o aproveitamento da energia eólica no Brasil ainda é bastante tímido e, em função disto, existem enor-mes possibilidades de negócios no setor, que deve atrair nos próximos anos mui-tos bilhões de reais em investimentos.

Hoje temos 44 parques eólicos em operação no Brasil, gerando 1.436 MW de energia (1,3% da matriz energética). De

acordo com a lista dos Top 10 da Global Wind Estatistics (GWEC), essa capaci-dade é duas vezes e meia menor do que a gerada na Dinamarca (3.752 MW) e a China aparece em primeiro lugar com a geração de mais 42 mil MW. A Associa-ção Brasileira de Energia Eólica (ABEEó-lica) sinaliza que, em função dos leilões de 2009 e 2010, a capacidade instalada eólica nacional aumentará pelo menos 3,6 vezes até 2014, quando poderá gerar 5.250 MW, incrementando sua partici-pação na matriz energética para 5,3%. Segundo a entidade, 15 novas usinas em construção vão adicionar 533 MW à atu-al capacidade instalada. Nove delas (oito no Ceará com capacidade de 211,5 MW e uma no Rio Grande do Sul com 70 MW) tiveram financiamento de pouco mais de R$ 790 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

POTENCIALO Nordeste é a região que apresen-

ta as melhores condições de ventos (média de 7 e 9m/s). A região litorânea, que tem os Estados do Rio Grande do Norte e Ceará como os melhores locais, permite uma potência instalável de 75,85 GW (mais de 50% de toda a capacidade eólica total do País).

VENTO É DINHEIRO!ARTIGO B2L

POR JOSÉ HENRIQUE AZEREDO*

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CAPA

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Possuímos um potencial técnico de 143 GW, entretanto, estudos do Ministé-rio das Minas e Energia já apontam que, com a chegada de equipamentos mais potentes e alta tecnologia, este poten-cial pode chegar a 300 GW, ultrapassan-do assim o que o potencial hidrelétrico pode atingir.

Para se ter uma ideia da grandeza des-ses números, todo o parque gerador brasileiro atual produz 96 GW. Ainda sob efeitos comparativos, a usina hidrelétri-ca de Itaipu tem capacidade de 14 GW, ou seja, o potencial eólico brasileiro se-ria equivalente a 10 Itaipus hoje, e com o avanço tecnológico poderá se equivaler a nada menos que 30 usinas de Itaipu. Somente o Estado do Rio Grande do Norte isolado possui um potencial de 22 GW, a mesma capacidade de uma usina e meia de Itaipu.

*Especialista em energia e sócio da B2L. Responde pelas Relações Governamentais do

CERNE (Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia).

BENEFÍCIOS:• Uma usina eólica com geração de 100 MW pode fornecer energia para mais de 400.000 pessoas;

• As usinas eólicas demoram, em mé-dia, apenas um ano e meio para ficarem prontas, contra três anos das termelétri-cas e cinco das hidrelétricas;

• Em território brasileiro a regularidade dos ventos está entre as melhores do mundo;

• As principais jazidas eólicas localizam--se nos arredores dos grandes centros urbanos, o que facilita as conexões com as redes de transmissão existentes.

Para projetos de energia eólica com

entrada em operação prevista até 2013, os

investimentos somam R$ 25 bilhões.

Esses números extraordinários causam en-tusiasmo em um setor com perspectivas fan-tásticas de crescimento. Considerando que o Brasil precisa, a cada ano, algo em torno de 5 GW de energia a mais para atender a deman-da, investir em eólica é o mesmo que estar se construindo “reservatórios virtuais” de ener-gia, o que faz crescer o apetite dos investidores especializados e, ainda, dos aventureiros ou curiosos.

Para projetos de energia eólica com entrada em operação até 2013, os investimentos so-mam R$ 25 bilhões. No BNDES, por exemplo, foram assinados ou estão em processo de assinatura, incluindo duas operações recém--aprovadas, 51 contratos de financiamento diretos e indiretos, no valor total de R$ 4,1 bi-lhões, para a implantação de 1.369 MW.

Apenas no Rio Grande do Norte contabiliza--se, mediante os leilões já efetuados em ener-gia vendida, investimentos da ordem de R$ 8 bilhões. O Estado está investindo pesado no setor e pretende fazer uma cadeia de energia eólica, construindo um Centro de Energia Eólica em nível de Brasil, de América do Sul e mundial. Para isso, já conta com interessados da Dinamarca, Espanha, Gibraltar e da França, dispostos em fazer um aporte de 1% do capital do faturamento para o centro que será nos moldes do CTGás, da Petrobras, oferecendo serviços ao Brasil e à região.

Essas perspectivas também estimulam as empresas. Por exemplo, a Wobben Windpo-wer (empresa alemã), pioneira e maior fabri-cante de aerogeradores no Brasil, dobrou sua capacidade instalada. Em abril desse ano, inau-gurou uma terceira unidade no Rio Grande do Norte, somando-se a outras duas, uma em Sorocaba (SP) e outra em Pecém (CE). Hoje estão com 22 usinas para entregar no Brasil até 2012, e mais duas no exterior.

“”

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Page 22: Revista B2L Corporate 1

SUSTENTABILIDADE

O setor saúde hoje representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB), com uma movimentação de R$ 300 bilhões por ano. A nível mundial, o mercado do Complexo Industrial da Saúde está avaliado em US$ 1 tri-lhão, sendo US$ 670 bilhões da indústria farmacêutica, US$ 25 bilhões da indústria de reagentes de diagnósticos e US$ 9 bilhões da indústria de vacinas. A indústria de produtos médicos movimenta US$ 300 bilhões. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil representa apenas 1,2% desse mercado e cerca de 80% estão em poder dos EUA, Japão, Alema-nha, Holanda e França.

A expectativa de crescimento do mercado brasileiro diante da melhor distribuição de renda, ampliação do acesso a medicamentos, além do envelhecimento da população colocam o Brasil na rota de investimento de grandes grupos farmacêuticos.

Pesquisa da Câmara Americana de Comércio de 2011 junto a 107 exe-cutivos de empresas de pequeno, médio e grande portes mostra a mo-vimentação do segmento. A amostra, composta por representantes de companhias do setor de saúde ou impactadas pelo segmento, revelou que, ao longo de 2009 e 2010, um terço das empresas já passou por pro-cessos de fusões e aquisições.

No decorrer de 2011, o varejo farmacêutico nacional foi marcado por fusões para formação de grandes grupos. Em 2012, aguarda-se um duelo de gigantes pela liderança do setor.

Saúde no Brasil Diagnóstico positivo para investimentos

Dados da IMS Health, instituto que audita o desempenho da indústria farmacêutica no Brasil e no mundo, apontam que o País deverá crescer entre 8% e 11% até 2013 no mercado de fármacos e medicamentos. Nas próximas páginas, a B2L apresenta um Mapa de Oportunidades para médias empresas.

Como um tridente formado por Goiânia, Anápolis e Brasília, a indús-tria farmacêutica está consolidada na região central do País. Para 2012, Medley e EMS estão construindo plantas industriais em Brasília. A capital também sedia o maior importador de medicamentos do Brasil, o Gover-no Federal.

Como centro estratégico e logístico, a região conta ainda com o Porto Seco do Distrito Federal. Gerente Geral do porto, Edward Libaino Martins fala da estrutura para armazenagem e movimentação de medicamentos, matérias primas, insumos farmacêuticos e correlatos, destinados exclusi-vamente à indústria farmacêutica. “Com um complexo local de armaze-nagem refrigerado, garantimos um padrão internacional de qualidade”. Atualmente, 60 empresas operam no Porto Seco, sendo 12 das principais indústrias farmacêuticas nacionais. “Em movimentação no Porto Seco DF, 60% está relacionado ao setor farmacêutico”, acrescenta o diretor.

Das importações no Distrito Federal, apenas de produtos farmoquími-cos o volume foi superior a US$ 1 bilhão (2010). Cerca de 70% das opera-ções de importações estão relacionadas à indústria farmacêutica.

MAPA DE OPORTUNIDADES

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Page 23: Revista B2L Corporate 1

Saúde no Brasil Diagnóstico positivo para investimentos

Dicas para pequenas e médias indústrias farmacêuticas*

1 - FUSÕES OU AQUISIÇÕES

A fusão ou a aquisição é o caminho mais rápido para quem quer entrar nesse setor industrial. Não por acaso, vemos isso com frequência nos pequenos, médios e grandes empreendimentos. Isso se deve especial-mente pela burocracia e custos muito eleva-dos para a obtenção dos registros no Brasil.

Em alguns casos, um laboratório pode levar até 4 anos para começar a vender a primeira caixa de um produto. Como atalho, comprando ou fundindo a uma empresa em funcionamento, pode significar uma anteci-pação nos projetos e, obviamente, no fatu-ramento.

2 - LOCALIZAÇÃO

Para quem vai começar do “zero”, o pri-meiro passo seria contratar uma consultoria para definição do Estado e cidade que a em-presa será instalada. Muitas regiões fomen-tam a industrialização com incentivos fiscais. Além disso, devem ser levadas em conside-ração a capacidade de mão de obra local, o posicionamento estratégico, a capacidade logística e a proximidade com fornecedores, como cápsulas, caixas, esterilização e manu-tenção industrial. A melhor saída talvez seja a opção por um polo farmacêutico.

3 - PROJETOS

Essa é uma das etapas mais cruciais. É mui-to importante que uma consultoria especia-lizada defina os parâmetros dos projetos fis-cais para os benefícios com os tributos e dos projetos que serão apresentados na Anvisa. Nessa etapa, não se aconselha uma solução doméstica, pois um erro pode atrasar muito todo o cronograma.

4 - EQUIPAMENTOS

É muito comum que alguns equipamen-tos demorem até um ano para serem entre-gues. Por isso, é necessário estar bem atento na escolha e no planejamento para não ha-ver atrasos.

5 - INVESTIMENTOS

O BNDES possui muitas linhas de crédito interessantes e subsidiadas para a instalação industrial. Mas se essa hipótese não for viável no projeto pelas garantias necessárias, a me-lhor opção seria buscar - com todos os pro-jetos impecáveis - uma empresa com acesso aos fundos de investimentos para um possí-vel Venture Capital.

O mercado farmacêutico está muito aquecido e, por isso, muitos investidores es-tão buscando esse nicho.

*Por Gustavo Sardinha, sócio B2L.

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8% e 11% até 2013Previsão de crescimento da indústria farmacêutica.

82.204Farmácias e drogariasCapitais: 18.598 / Interior: 63.606

532Indústrias farmacêuticas

3.821 Distribuidoras de medicamentos

50 milEmpregos diretos

5ªMaior economia farmacêutica até o fim de 2015 - prevê o Instituto IMS Health. Hoje, o Brasil detém a 7ª posição no ranking de representatividade no mercado.

42% Do consumo total de medi-camentos vem da classe C

2,6 bilhõesCaixas de remédio vendidas. Maior número já registrado no País.

MAPA DE OPORTUNIDADES

Sobreviver no mercadoAs farmácias independentes representam mais de

90% do total das farmácias brasileiras. A maioria não tem bandeira e apenas 8% atuam sob o modelo asso-ciativista de gestão empresarial. Segundo a Federa-ção Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar), a adesão ao associativismo propicia novas estratégias mercadológicas para pequenos e médios empresários. Dicas para implantar:

Política de melhoria nos preços;

Qualidade de atendimento;

Promoção de novos serviços;

Diversificação do mix de produtos;

Produtos com marcas próprias;

GenéricosAs receitas atingiram R$ 6,2 bilhões, 21% dos R$ 36 bilhões

movimentados pela indústria farmacêutica no País. O merca-do de genéricos no Brasil aumentou 38% em 2010. A Medley, controlada pela francesa Sanofi-Aventis, é líder em genéricos, seguida pela brasileira EMS. Nos EUA, os genéricos represen-tam 60% das vendas em volume.

.....

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Page 25: Revista B2L Corporate 1

R$ 36,2 bilhõesFaturamento nacional do mercado de medicamentos em 2010.

Fonte: Conselho Federal de Farmácias (CFF )/dez2010. Febrafar. Instituto IMS Health.Abafarma. Pró-Genéricos. Abiquifi.Jornais: Correio da Manhã (Portugal ) e site D24am.com

ExportaçõesA alta no volume de exportações da cadeia produtiva far-

macêutica impressiona. De acordo com a Associação Brasi-leira de Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), em 2010, o Brasil exportou US$1,7 bilhão em me-dicamentos e insumos farmacêuticos. Um crescimento de 22,5% se comparado às vendas para o mercado externo em 2009, e de mais de 100% com 2007.

Entretanto, o saldo da balança comercial da cadeia farmo-química-farmacêutica é negativo. Em 2010, o déficit registra-do foi de US$ 6,339 bilhões.

Enquanto isso em Portugal...

Cerca de 1.800 farmácias portuguesas de um total de 2.700 estabelecimentos correm o risco de fechar. Só na região de Lisboa, mais de 80 farmácias estão à venda por apenas um euro e com passivos muito ele-vados. Medidas anunciadas pelo Governo – redução do preço dos medicamentos e da margem de lucro das farmácias – seriam a causa da crise no setor.

Enquanto isso no Amazonas...

Cerca de 50% das farmá-cias instaladas no Amazo-nas estão atuando irregu-larmente por falta de alvará sanitário, segundo informa-ções do Sindicato do Co-mércio Varejista de Drogas do Estado do Amazonas (Sindidrogas). O Estado conta com 700 farmácias, distribuídas entre a capital e o interior. O Sindicato atri-bui a situação a problemas de ordem trabalhista, que impedem a emissão dos do-cumentos.

Fora do eixo Rio - São Paulo

A participação dos Estados em vendas de medicamentos além dos maiores centros de consumo do Brasil subiu de 56,42% para 57,37% em 2010. Dado divulgado pela Asso-ciação Brasileira do Atacado Farma-cêutico (Abafarma), entidade que reúne as 23 maiores distribuidoras de medicamentos do Brasil - 80% do PIB do setor - revela forte expansão descentralizada e novos desafios da atividade atacadista para o segmento.

Fusões de gigantes em 2011Drogarias Pacheco + Drogaria São Paulo = DPSP (691 lojas)

Receita bruta de R$ 4,4 bilhões: maior empresa de varejo farmacêutico do País, no critério faturamento.

DrogaRaia + Drogasil = Raia Drogasil (720 drogarias)

Receita bruta de R$ 4,1 bilhões.

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Page 26: Revista B2L Corporate 1

LÍDER NO MERCADO FITNESS NA AMÉRICA LATINA

CASES DE SUCESSO

“Para 2012, a meta são 300 mil alunos em todo o Brasil”. É com esta visão que o presi-dente e fundador do Grupo Bio Ritmo, Ed-gard Corona, revela que crescimento agressivo não é plano – é realida-de. Com 50 milhões de reais em investimentos e faturamento de 130 milhões de reais em 2011, a considerada maior rede de aca-demias da América Latina quer saltar das atuais 48 para 108 no próximo ano.

A expansão teve iní-cio em 2009 quando o grupo implantou um formato de baixo cus-to e ticket médio de 60 reais: nascia a Smart Fit. Segundo Corona, a má-xima ocupação de espa-ço com equipamentos de alta tecnologia sem penalizar o cliente com altas mensalidades foram os diferen-ciais. Em 2010, a gestora de recursos Pátria adquiriu 50% do capital do grupo. “A en-trada de fundos de investimento promo-veu recursos e mudamos a velocidade da empresa”.

Foram 18 meses de conversação com o fundo. “Não queríamos um choque cul-

tural. Existem fundos arrogantes e que chegam dando ordens. Nós queríamos uma empatia”. Corona conta um episó-dio de uma unidade onde todos eram contrários à abertura. “Chega um mo-mento que nenhum argumento vence e o seu feeling pode estar errado e ainda assim o fundo fica ao seu lado. Nesta hora você para, pensa e vê quem está ali é mui-to mais que um financiador”. Fechando o

episódio, ele diz que não abriu a filial.

Com forte presença em São Paulo, Coro-na vê no sol e calor a relação dos freqüen-tadores de academias. No Rio de Janeiro, todo o litoral e no Nordeste, a cultura da academia é muito forte, diz ele. “Até em Brasília – aliando alto poder aquisitivo – a

Guinada de expansão surgiu com fundos de investimento e expertise do setor

SETOR NO BRASIL5,4 milhões

18,2 mil academias

US$ 2,2 bilhões

Edgard Corona

Membros ativos

Faturamento em 2011

2º Ranking mundial

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cada 50 habitantes, 1 frequenta nossas academias na capital do Brasil”.

Ao traçar um paralelo com os norte-ame-ricanos, ele explica que regiões como Nova Yorque, pelo clima adverso – verão e inverno rigorosos –, além do estilo de vida do cidadão comum viver em ambientes apertados geram até 35% da população em academias na cida-de. Na média dos EUA, o índice chega a 14%. No Brasil, pesquisa internacional feita pela International Health Racquet and Sportsclub Association (IHRSA) mostra 5,4 milhões de membros ativos (veja mais detalhes no quadro).

Concorrência e IPOCom bom humor, o líder de negócios em

fitness no Brasil lembra que 50 academias in-ternacionais já passaram pelo Brasil e foram embora. “Quando chegam e olham a buro-cracia pra conseguir um habite-se ou jeitinho brasileiro para outras questões, simples-mente desistem”.

Hoje o grupo está analisando a possibilida-de de IPO (abertura de capital) como um pla-no de voo. Mas são apenas idéias: “Não tenho grandes concorrentes, não tenho dívidas e te-mos um crescimento orgânico – não vejo um horizonte claro para isso neste momento”.

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Page 28: Revista B2L Corporate 1

VINHOS MADE IN BRAZIL

CASES DE SUCESSO

Com respaldo de 2.350 prêmios interna-cionais e com terras consideradas entre as melhores regiões do mundo para cultivo de espumantes, as vinícolas brasileiras querem quebrar o preconceito do mercado interno com a produção de vinhos finos. Se no Brasil, o consumo médio per capita não passa de 2 litros ao ano, longe de índices como a França, Itália e Portugal (70 litros), e Argentina (40 litros), uma das estratégias para reverter o quadro é ganhar visibilidade internacional.

Consagrado pelos tradicionais vinhos de mesa com a marca Jota Pe, Benildo Perini, diretor-presidente da Vinícola Perini, uma das cinco maiores em volume produzido, conta a resistência do consumidor brasilei-ro quando a empresa apostou em evolução qualitativa. “Em 1996 lançamos a Casa Perini – voltada para exclusivos vinhos e espumantes de alta qualidade. Duvidaram se nós podería-mos produzir um produto superior. A resposta veio até do exterior”.

Disputado por 210 vinhos de 23 países, o vinho branco Perini Licoroso ganhou a única medalha de ouro do Brasil na 11ª edição do Concurso Internacional Muscat du Monde, disputado este ano, em Frontig-nan La Peyrade, no Sul da França. O júri de 55 especialistas de diversas nacionalidades, sendo 45% franceses, conferiu medalhas a apenas 33% dos rótulos inscritos. Perini afirma que a conquista vem de esforço. Em 2007, a vinícola trouxe um enólogo chileno para prestar assistência e passou a adquirir

Com metas de exportação de US$ 4 mi-lhões de vinhos finos engarrafados até o fim do ano, o projeto Wines of Brazil surgiu em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-

Mercados

Vinho nacional ganha aval no exterior e arma estratégia para aumentar consumo interno

tos (Apex-Brasil) e busca a promoção co-mercial dos vinhos finos brasileiros no ex-terior. Com oito mercados-alvo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia, Reino Unido e Suécia, as vi-nícolas brasileiras participantes revelam ao

mundo um vinho cada vez mais apreciado pelo frescor e menor teor alcoólico.

Integrante do projeto, Perini fala do pri-meiro lote de vinhos exportados para os

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Page 29: Revista B2L Corporate 1

equipamentos italianos com alta tecnolo-gia que garantem qualidade do manuseio da matéria prima ao produto final. A vinícola foi ainda a primeira do Brasil com 100% dos produtos rastreados.

Localizada no Vale Trentino, entre Ca-xias do Sul e Farroupilha, na Serra Gaúcha, a Vinícola Perini busca, ao lado das demais empresas da região, o chamado Índice Ge-ográfico – um índice de procedência – com o objetivo de agregar valor ao produto no mercado doméstico e no exterior. “A saída para aumentar o consumo de vinho do bra-sileiro é só uma: unir a bebida à refeição”, responde o presidente sobre como dis-

Estados Unidos no ano passado. “Estamos apenas no início, mas a primeira exportação tem uma emoção diferente”.

A mesma emoção faz um paralelo com a história da empresa. Foi em 1876 a chegada

dos imigrantes Antonio e Giuseppe Perini na região que mais tarde seria considerada berço da colonização italiana no Rio Gran-de do Sul. Na bagagem, a arte de transfor-mar a uva em vinho e a imagem do Santo

Anjo da Guarda com as bênçãos que até hoje rendem sabor às uvas cultivadas. Len-da ou não, já são quatro gerações dos Perini que afirmam que é melhor não duvidar.

A Vinícola Perini é uma das cinco maiores em volume produzido do Brasil

sociar a imagem do vinho ao frio e espera agregar outros valores ao produto como gastronomia e até saúde.

Com cerca de 600 vinícolas, os gaúchos concentram mais de 90% da fabricação nacional da bebida e espumantes. Segun-do o Sindicato das Indústrias do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinhos), são 3,3 mil empre-gos diretos vindos do setor, equivalente a 11% da população economicamente ativa na área industrial da Serra Gaúcha.

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* CRM 22080 – Especialista em Psiquiatria – integrante da Sociedade Paranaense de Psiquiatria.

SAÚDE EMPRESARIAL

Os empresários estão mais próximos deste ameaçador inimigo do que imaginam. São situações que, de tão rotineiras, já parecem nor-mais. Porém que cobram um preço alto: sua saúde. São tantos prazos, tempo limítrofe, clientes exigentes, equipe desorganizada e improdu-tiva, contas a pagar, secretárias que não dão os devidos recados, uma família em casa a te esperar, manter uma atividade social, e tanto mais que faz parte de sua rotina. E parece tão normal. Já se acostumou a

comer uma fritura qualquer a qualquer hora e de não ir mais à academia para ficar trabalhando. Não faz mais seu exame médico anual. Aniversário de casamento é uma data inexistente. E assim

desgastasse a saúde individu-al, a vida familiar e claro que tudo isso impactará na vida

profissional.

Há um exagero de infor-mações que os altos execu-tivos de hoje devem assimi-lar. Mudanças repentinas

são impostas. E deve-se dar conta, mas não a qual-

quer preço. Na maioria das vezes seu corpo dá

POR RAQUEL HEEP BERTOZZI*

Desacelerar é preciso. O estresse é uma ameaça invisível que nos consome dia-a-dia, toma nosso tempo sem percebermos e impacta em nossas vidas de forma avassaladora

1 - Dormir bem: mantendo um sono contínuo de cerca de 7 horas;

2 - Ingestão de água: seu cérebro é feito basicamente de água. Ele funcionará bem melhor se tiver disposição de matéria-prima;.

3 - Alimentação regular e saudável: procure ter va-riedade de 3 a 5 vegetais ou frutas de diferentes cores em seu prato, fica fácil e sem erro;

4 - Atividade física: as endorfinas liberadas pela ativida-de física são “a fonte de juventude” intelectual e física. Ape-nas 40 minutos diários já farão sua vida mudar muito;

5 - Atitude mental positiva: seja afetivo, tenha bons sen-timentos, mas filtre o que entrará. Muitos sentimentos e posturas

que temos são puro lixo e devem ser descartados;

E assim, driblar o estresse ficará fácil, pois sua barreira será efeti-va. A pressão continuará, mas você mudou, e para melhor.

sinais que algo errado está acontecendo: palpitações, cansaço persistente, insônia, mudanças de peso, dores de cabeça, falta de ar, dores no peito, dores musculares, hipertensão arterial, e muitas ve-zes chegando a doenças mais sérias como depressão e ansiedade. Deve-se escutar estes alarmes. Respeite seus limites. Os sinais do estresse (esta doença invisível) são visíveis. “Deixar pra lá”, ou pos-tergar sempre um dia a mais pode custar um alto preço.

O executivo começará a perder sua auto-confiança, seu pensa-mento ficará cada vez mais lento e confuso, sentirá uma impotência enorme perante tantos assuntos inacabados, gerando preocupa-ções crescentes e sentimento de “não ser mais o mesmo”. Porém sua mente consciente sabe e te cobra dar conta de tanto trabalho e pressão. E estes lados opostos é que geram o estresse.

E o que fazer? Possivelmente muitos dos leitores estão se vendo descritos nestas linhas. Mas e na prática, o que é possível fazer?

VENCER AS ARMADILHAS DE UMA ATIVIDADE DE ALTA PRESSÃOVENCER AS ARMADILHAS DE UMA ATIVIDADE DE ALTA PRESSÃO

DICAS

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*Empreendedora, colunista e autora de 22 livros.

POR NOELY MANFREDINI*

Empreendedorismo feminino: Brasil (12%). Média mundial (4%). Pesqui-sa com 11 mil empresas em 39 economias (Consultoria Grant Thornton, junho 2011).

Atividades econômicas onde se con-centram mulheres - setor terciário/ servi-ços ao consumidor: comércio e reparação (19,5%), indústria (8,9%), educação, saúde e serviços sociais (16,3%), agricultura (14,2%) - IBGE 2011. Ásia e África,dados similares.

Abertura de negócios, capital pró-prio – Brasil (36%); EUA (86%); Rússia (44%); China (67%).

Complementação de recursos: 70% socorrem-se nos cônjuges, pais, avós ou ir-mãos. Média mundial.

Motivação para negócios nascentes e novos – Brasil: para cada empreendedor por necessidade, há outros 2 por oportuni-dade e 43% o fazem na busca de maior inde-pendência e liberdade.

Islândia: para cada 1 por necessidade, há outros 11 por oportunidade.

Faixa Etária – no Brasil, 56,9% está na faixa de 25-34 anos de idade. Tendência mundial.

Intenção de começar novo negócio - Brasil (26%). Uganda, Islândia e Equador, as maiores taxas; Costa Rica a menor.

VOE, MULHEREMPREENDEDORAS

Freud afirmou: mulher é um continente obscuro. Algumas até voam, assim disse o Veríssimo (filho). Nem todas... ainda. Mun-dialmente, alia características masculinas (ousadia, iniciativa, determinação), com intuição, multifuncionalidade, gosto por conhecimento. Tudo a prepara para ser empreendedora de sucesso. Pode-se pegar um negócio e não entender nada sobre seu funcionamento. Afinal, no Brasil, 10% da po-pulação não possui educação formal e 25,5% têm entre 1 e 4 anos de estudo. Sendo pes-soa que estuda, é inteligente e determinada, pode aprender muita coisa (53,2% têm entre 5-11 anos de estudo, sendo a média nacional 7 anos - IBGE 2009).

No empreender, sabe que faz parte da lista: em 2010 havia aqui um total de 21,1 milhões de empreendedores. E 10,4 milhões são mu-lheres. Segundo a Forbes Woman, algumas voam tão alto que já são parte da lista de 8 chefes de Estado, 29 executivas de primeiro escalão e celebridades. As 100 mulheres mais influentes do planeta controlam or-çamentos que totalizam 12 vezes o PIB do Brasil.

Elas voam, mas ainda não é esse o seu caso. Também não é sua praia perder tempo com Concursos de Miss, afinal, dizem, são ninhos de jararacas a morder os tornozelos das ri-vais. O jogo aqui fora é muito mais duro do que chutar canelas alheias. Portanto, con-centre-se em outros dados.

Por quê? Empreender é boa opção de carreira para 70% dos países impulsiona-dos por fatores e pela eficiência (59% para os da inovação) - revela a Pesquisa GEM 2010. É ser capaz de fazer coisas novas, indepen-dentemente da opinião alheia. É capacitar-se para comparar dados e deles extrair ações. A primeira nação em empreendedorismo feminino é a Islândia, ok. Mas, observa-se no Brasil: à medida que aumentam os anos de estudo da população e a renda pessoal cresce, aumentam as taxas de empreende-dorismo. Se a renda familiar aumenta, cresce

o número de empreendedores por oportu-nidade. Portanto, crescimento quantitativo e qualificativo. E isso leva a melhorar as leis brasileiras. Exemplo? Lei Complementar nº 128/2008. Alterou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (2006) e criou condi-ções para o trabalhador informal até se tornar Empreendedor Individual Legali-zado. Pois é, tudo se aprende.

E qualquer mulher apoia-se no aprendi-zado. Nos 3 pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a conviver; aprender a ser. Quando atingir, pra valer, o quarto pilar -

aprender a fazer - será capaz de tomar a deci-são certa frente à concorrência. Afinal, know how é saber fazer. Exige habilidade, experiên-cia específica e técnica. Mas a brasileira pode e vai crescer, sempre em direção à inovação. Supera situações difíceis. É flexível. Adaptá-vel. Estuda e planeja.

Porém... tem lá seus bloqueios e medos? Não está sozinha nisso. Olha só: todo ano o GEM pergunta aos entrevistados se o medo do fracasso impede empreendedores de criar uma empresa. No Brasil a postura é po-sitiva (30%) - percentual abaixo da media. Exemplos? Argentina (34%), China (32%),

Empreender é capacitar-se para comparar dados e deles extrair ações“

Rússia (50%), França (47%), Itália (37%), Japão (49%). E, se empreendedor é pes-soa que imagina, desenvolve e realiza visões... lançar-se ao desafio de criar negócio próprio, literalmente, é ganhar asas. Então, mulher: voe.

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SUSTENTABILIDADE

Reduzir o impacto ambiental de uma em-presa também pode significar redução de custos. Plano desenvolvido pela Ecofrotas, líder no mercado brasileiro de gestão de frotas, permite que suas empresas-clientes reduzam emissões de CO2 e custos com a frota em cerca de 10%. A empresa investe 18% de sua receita em pesquisa e desenvol-vimento tecnológico.

Marcos Schoenberger, presidente da companhia, conta que os clientes podem conhecer o padrão de consumo e o nível de emissão de poluentes de suas frotas. “É possível estabelecer critérios para o abaste-cimento da frota, colocando, por exemplo, que ela só pode ser abastecida por etanol”.

Atualmente, a Ecofrotas possui na car-teira 7 mil clientes corporativos e é a única companhia no País a gerir 400 mil veículos. Em 2011, o volume transacionado previsto pela empresa será de R$ 2,4 bilhões. Para 2012, o foco de investimentos da compa-nhia será em Carta Frete. Os investimentos devem somar R$ 13 milhões. A expectativa é que, em cinco anos, a Ecofrotas conquis-te 10% desse mercado, avaliado em R$ 60 bilhões. Nos últimos três anos, a empresa cresceu 40% ao ano.

DanosPor atuar no segmento de transportes,

que é uma das principais fontes respon-sáveis pelas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), a empresa apresentou ações visando à redução de impactos ambientais. “Serviços de gestão de abastecimento e

de manutenção, além da identificação de oportunidades resultaram em redução de gastos e danos”, analisa Schoenberger.

Resultados foram expressivos para os clientes. Para a Protege, referência no mer-cado brasileiro de soluções em segurança, a empresa reduziu suas emissões de CO2 em torno de 25%. A Vivo, líder no mercado brasileiro de telecomunicação móvel, que-da de 37%. Já a Kimberly-Clark, líder mundial no segmento de higiene e bem-estar, redu-ziu em 69% suas emissões, economizando com isso quase R$ 1 milhão em três anos.

GestãoEm sistemas de gestão, um dife-

rencial apresentado aos clientes vem dos relatórios de inteligência. Eles possibilitam ao gestor da frota tomar decisões estratégicas, táticas e opera-cionais, com base em indicadores de alta precisão. Procedimentos incluem desde ações relativas aos recursos humanos, como treinamentos ou até mesmo substituição de equipes, e tam-bém às frotas, como a troca de veículos por outros mais adequados para a ati-vidade, mais econômicos e/ou menos poluentes.

A empresa ainda disponibiliza o con-trole de utilização de combustíveis re-nováveis, que incentiva o uso de etanol nos veículos em que isso for possível, bem como a emissão de relatórios que permitem monitorar a emissão de gases de efeito estufa e um chamado Índice de Ecoeficiência Geral da Frota – por regional, centro de custo, veículo e condutor.

SUSTENTABILIDADE

Ecofrotas é a única companhia no País a gerir 400 mil veículos. Resultados já são sentidos em grandes clientes corporativos

GESTÃO DE FROTAS TRAZ REDUÇÃO DE CUSTOS E EMISSÕES DE CO2

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Dicas para empresas sustentáveis*

Nem todas as empresas têm condi-ções ou mesmo necessidade de implan-tar complexos sistemas de gestão am-biental (ISO 14001, por exemplo), o que não significa que não devam observar práticas sustentáveis em suas atividades.

Tendo em mente os três pilares bá-sicos do desenvolvimento sustentável (ambiental, econômico e social), as em-presas podem - e devem - adequar seus procedimentos e relações para atingir resultados sustentáveis.

Algumas atitudes básicas: Investir em educação e treinamento constantes de todos os colaboradores;

Incentivar e premiar práticas de pro-teção ao meio ambiente, redução de cus-tos operacionais e valorização de pessoas;

Estabelecer indicadores de susten-tabilidade empresarial e monitorar sua aplicação;

Adequar, caso necessário, a missão e os valores da empresa aos objetivos de desenvolvimento sustentável;

Demonstrar os resultados financeiros das práticas sustentáveis aos stakeholders;

*Por Luciana Farias, sócia B2L.

“É possível estabelecer critérios para o abastecimento da frota”, aponta Schoenberger

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