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1 RELATÓRIO INDUSTRIAL 2011 MANAGEMENT MATTERS

RELATÓRIO INDUSTRIAL 2011 - World Management Surveyworldmanagementsurvey.org/wp-content/images/2011/11/WMS_report2011... · Objetivos Since the projects ... Número de níveis hierárquicos

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1

RELATÓRIO INDUSTRIAL

2011

MANAGEMENT MATTERS

2

3

Carta aos Gestores página 4

O Projeto

Motivação página 6

Metodologia página 8

Exemplos de melhores práticas página 9

Abrangência página 10

Resumo dos Resultados

Resultados por país página 12

Setor industrial página 14

O que pode explicar a amplitude página 16

Diferenças regionais página 20

CONTEÚDO

4

CARTA AOS GESTORES

Prezado Gestor,

Gostaríamos de manifestar nossa sincera gratidão por utilizar seu tempo nos ajudando

neste importante projeto. Aqui apresentamos nossas descobertas, baseadas em suas

contribuições relevantes e perspicazes, em um relatório especial que compilamos como

agradecimento por seu valioso tempo.

O projeto de pesquisa gerencial é uma iniciativa internacional de pesquisa para explorar

as diferenças nas práticas de gerenciamento entre organizações e países. Baseado no

Centre for Economic Performance, o projeto é uma iniciativa conjunta de pesquisadores

da London School of Economics, Stanford University e Harvard Business School,

endossado por Bancos Centrais, Ministérios das Finanças e Federações Patronais de todo

o mundo. Desde 2002 nós temos coletado entrevistas minuciosas com mais de 10.000

gerentes em 21 países.

A informação coletada é inteiramente confidencial. Nomes de empresas ou pessoas

nunca são mencionados ou publicados, mas apenas resultados consolidados. Além disso,

valores financeiros das empresas não são abordados em nossas entrevistas, apenas

práticas de gestão e estruturas organizacionais.

Esperamos que você goste de ler este relatório e agradecemos novamente por seu tempo

e por sua valiosa contribuição para este projeto.

Nós apreciamos receber comentários sobre a pesquisa. Por favor envie seus comentários

e sugestões para [email protected].

Saudações,

Equipe de Pesquisa

Centre for Economic Performance

London School of Economics

5

O PROJETO

6

O PROJETO: MOTIVAÇÃO

Motivação Existem grandes diferenças de produtividade e lucratividade entre empresas e países.

Elas são persistentes e amplamente documentadas, e têm sido tipicamente atribuídas a

“gestão”. Nós coletamos o primeiro conjunto internacional de larga escala de dados

gerenciais visando explorar se a gestão pode de fato ajudar a explicar estas lacunas.

Em resumo, nós encontramos diferenças muito grandes nas práticas de gerenciamento

entre empresas e países. Nós também descobrimos que as práticas de gestão estão

fortemente ligadas ao desempenho de empresas e países, e que os fatores chave

associados a boa gestão são a competitividade do mercado, o status multinacional das

empresas, as qualificações dos funcionários e a propriedade acionária dispersa.

Por que devemos nos preocupar?

No início do projeto em 2001, acreditávamos que

as práticas de gestão de uma empresa poderiam

estar fortemente relacionadas com seu

desempenho.

Para explorar essa hipótese, desenvolvemos, em

conjunto com empresas líderes em negócios e

consultoria, uma ferramenta de entrevistas para

aferir e analisar práticas de gestão entre

empresas e indústrias.

Durante as entrevistas, documentamos um vasto

grupo de respostas sobre práticas gerenciais e

encontramos significativas variações em estilos

de gestão. Usando a ferramenta desenvolvida por

nossa equipe internacional de especialistas

acadêmicos e da indústria, nos esforçamos para

organizar e codificar estas respostas.

Durante a última década, conduzimos entrevistas com mais de 10.000 gerentes em 21

países nas Américas do Norte e do Sul, Europa, Ásia e Australásia. Nossos estudos iniciais

com empresas de manufatura mostraram uma forte relação entre as práticas de gestão e

os resultados destas empresas, tais como produtividade, retorno sobre o capital

empregado, crescimento de vendas, crescimento da fatia de mercado e capitalização.

Nós usamos esses dados para publicar diversos textos acadêmicos e relatórios com o

objetivo de fornecer informações para criação de políticas públicas, ajudando os

interessados a entender como a adoção e implementação de práticas modernas de

gestão impulsiona produtividade e inovação.

Retorno Sobre o Capital

Empregado (ROCE)

8.7 %

11.5 %

… está associado ao

aumento de 2,8 pontos

percentuais no ROCE

O aumento de 1 ponto na

pontuação de gestão…

7

2Q de Tobin assumindo valor

contábil constante

Capitalização2

(Indexado)

100 126

… está associado a uma

capitalização 26% maior

O aumento de 1 ponto na

pontuação de gestão…

MOTIVAÇÃO

a Nestes gráficos usamos mais de 6.000 empresas de nossa amostra

Melhores práticas de gestão estão associadas a

melhores resultados das empresasa

Produtividade1

(Indexado)

100 106

… está associado a uma

produtividade 6% melhor

1Vendas por funcionário

O aumento de 1 ponto na

pontuação de gestão…

Crescimento da Fatia

de Mercado (Indexado)

100

171

… está associado a um

crescimento da fatia de

mercado 71% maior

O aumento de 1 ponto na

pontuação de gestão…

Crescimento de Vendas

5.6 %

7.9 %

… está associado ao

aumento de 2,3 pontos

percentuais em vendas

O aumento de 1 ponto na

pontuação de gestão…

8

O PROJETO: METODOLOGIA

Metodologia Para examinar as práticas de gestão, nós conduzimos entrevistas com duração de 45 a 60 minutos com gerentes de fábrica, e analisamos três áreas principais:

Nós também examinamos a estrutura organizacional das empresas, considerando

diversos aspectos da autonomia de gerentes e funcionários e a estrutura hierárquica da

companhia.

Operacões de Eliminação do

Desperdício (Lean)

Gestão de Talentos

Desempenho e Gestão por

Objetivos

Since the project’s

inception, we have

honed our survey

tool and have

expanded it into

three sectors

beyond

manufacturing:

education,

healthcare and

retail.

NOSSOS

ANALISTAS

As entrevistas foram

conduzidas por estudantes

das melhores escolas de

negócios e departamentos

de economia em todo

mundo. As instituições

representadas incluem:

Cambridge University

Harvard University

HEC

INSEAD

London Business School

London School of

Economics

MIT

Northwestern (Kellogg)

Oxford University

Queens University

Stanford University

U.C. Berkeley

University of Toronto

Yale University

Considerando:

Número de níveis hierárquicos abaixo e acima do gerente da fábrica

Alterações nos níveis hierárquicos nos últimos três anos

Amplitude do controle (quantas pessoas reportam-se diretamente ao gerente da fábrica)

Autonomia Estrutura Hierárquica

Gerentes de Fábrica:

Autonomia para contratar e despedir

Introdução de novos produtos

Valor máximo para as despesas com bens de capital sem o aval da sede da empresa

Autonomia em termos de vendas e marketing

Funcionários:

Quem estabelece o ritmo de trabalho?

Quem decide a atribuição de tarefas?

Processos e comportamentos que

Otimizam as linhas de produção

Criam o máximo de valor a partir de ativos fixos

Processos e comportamentos que

Otimizam a qualidade da mão-de-obra

Maximizam o capital humano

Processos e comportamentos que

Conectam os aspectos físicos e humanos do negócio

Alinham esforços da organização como um todo

9

O PROJETO: EXEMPLOS DE MELHORES PRÁTICAS

Alguns bons e maus exemplos de práticas de gestão entre diversas empresas de manufatura:

OPERAÇÕES DE ELIMINAÇÃO DO DESPERDÍCIO (LEAN)

DESEMPENHO E GESTÃO POR OBJETIVOS

GESTÃO DE TALENTOS

CITAÇÕES

MEMORÁVEIS

Falar com vocês (caros

gestores) ao telefone

não foi fácil…

Secretária francesa:

“Deseja falar com o

gerente da fábrica? Há

processos legais

contra ele, portanto

apresse-se!”

Analista: “Gostaria de

saber se você teria 30-

40 minutos para falar

comigo sobre seu

processo de produção

diário?”

Gerente americano:

“Você teria mais

chances de vir aqui

com uma lâmina e me

cortar os pulsos do

que falar comigo ao

telefone durante 40

minutos!”

Melhor prática: As melhores empresas dispõem de um processo formal de resolução de

problemas para encorajar uma melhoria contínua

Bom exemplo: Os funcionários de uma empresa analisam constantemente o processo de

produção como parte dos seus deveres normais. Eles filmam etapas críticas de produção

para analisar áreas de forma mais minuciosa. Todos os problemas são registrados em

uma base de dados especial que monitora os processos críticos e cada problema tem de

ser revisado e aprovado por um gerente.

Mau exemplo: Uma empresa não possui um mecanismo formal ou informal para

documentar processos ou para melhorá-los. O gerente revelou que a produção ocorre em

um ambiente onde nada é feito para encorajar ou suportar a inovação de processos.

Melhor prática: As melhores empresas possuem sistemas regulares de reconhecimento e

recompensas – o bom desempenho é recompensado

Bom exemplo: Um gerente insiste em estabelecer objetivos agressivos e exigentes para

todos - inclusive para a equipe de segurança. Se todos os objetivos são atingidos, ele fica

apreensivo com o fato de não ter sido suficientemente exigente. Cada Indicador Crítico

de Desempenho (KPI) está relacionado ao plano geral de negócios e todos têm de

trabalhar arduamente para que seus produtos fiquem prontos rapidamente.

Mau exemplo: Uma empresa usa objetivos fáceis para melhorar o moral dos funcionários

e encorajar as pessoas. Eles têm dificuldade em estabelecer objetivos mais difíceis pois as

pessoas simplesmente desistem e os gerentes se recusam a fazer seus funcionários

produzirem mais.

Melhor prática: As melhores empresas estabelecem objetivos muito firmes mas

exequíveis, derivados diretamente dos objetivos gerais da empresa

Bom exemplo: Uma empresa estimula os funcionários com objetivos ambiciosos. O

desempenho é premiado com bônus, almoços de equipe feitos pelos gerentes,

piqueniques em família, cupons para cinema e jantares, etc. Eles também incentivam os

funcionários com prêmios para assiduidade perfeita, melhor sugestão, etc.

Mau exemplo: Uma empresa remunera seus funcionários de forma igual,

independentemente do desempenho. Não existem incentivos para o bom desempenho na

empresa. A mesma política é aplicada a equipe de gestão, que é remunerada por hora,

sem pagamento de bônus relacionado ao desempenho da empresa.

10

O PROJETO: ABRANGÊNCIA

Para garantir resultados representativos, nós utilizamos uma lista abrangente de

estabelecimentos de cada país e indústria, e selecionamos aleatoriamente gerentes para

participar de nosso estudo. No setor industrial, nossa amostra inclui empresas que têm de

100 a 500 funcionários. Como a participação neste estudo é totalmente voluntária, nós

também registramos as taxas de respostas e asseguramos resultados imparciais. Desde

2004, nós entrevistamos mais de 10.000 gerentes de 21 países em 4 continentes.

0 300 600 900 1,200 1,500

United StatesGreat Britain

IndiaChina

GermanyFrance

BrazilAustralia

CanadaSweden

ChilePoland

ItalyPortugal

GreeceArgentina

MexicoJapan

Republic of IrelandNew Zealand

Northern Ireland

Número de Entrevistas

Número Total de Entrevistas

Irlanda do Norte Nova Zelândia

República da Irlanda

Japão

México Argentina

Grécia Portugal

Itália Polônia

Chile

Suécia

Canadá

Austrália Brasil

França

Alemanha

China

Índia Grã Bretanha

Estados Unidos

11

RESUMO DOS RESULTADOS

SETOR INDUSTRIAL

12

RESUMO DOS RESULTADOS: SETOR INDUSTRIAL

Economias mais desenvolvidas como os Estados Unidos e o Japão têm a melhor gestão,

enquanto economias emergentes como Brasil e Índia se saem pior.

Exibimos abaixo as distribuições de todas as empresas entrevistadas em cada país. A altura

da barra mostra a proporção de empresas que têm a pontuação naquele nível. Cada gráfico

tem a forma de um sino demonstrando (sem surpresas) que a maioria das empresas

aglomera-se ao redor da média. No entanto, há umas poucas empresas com pontuação

muito baixa ("cauda esquerda") e outras com pontuação alta ("cauda direita"). Em países

que são em média melhor gerenciados, há também uma menor proporção de empresas

mal gerenciadas - note as duas "caudas" destacadas pelos círculos vermelhos, e como a

cauda nos Estados Unidos é menor do que a da Índia. A presença ou ausência destas caudas

inferiores ajuda a explicar as diferenças entre os países.

2 2.5 3 3.5

IndiaBrazilChina

GreeceChile

ArgentinaRepublic of Ireland

PortugalNorthern Ireland

New ZealandPolandMexico

AustraliaItaly

FranceGreat Britain

CanadaSweden

GermanyJapan

United States

Avaliação Geral da Qualidade da Gestão

Gestão por País

CITAÇÕES

MEMORÁVEIS

Retenção de pessoal à

maneira do Reino Unido:

Analista: “Como você

persuadiria os

funcionários com

melhor desempenho a

ficar?”

Presidente inglês: “O

sexo é uma coisa

poderosa! Se o

funcionário encontrar

uma namorada em

outro lugar, não posso

fazer nada!”

Retenção de pessoal à

maneira americana:

Gerente: “Passo a

maior parte do meu

tempo afagando e

encorajando as

pessoas – meus

funcionários dizem

que meus abraços são

ótimos!”

Amplitude das Práticas de Gestão por País

0.5

10

.51

0.5

10

.51

0.5

1

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

Argentina Australia Brazil Canada Chile

China France Germany Great Britain Greece

India Italy Japan Mexico New Zealand

Northern Ireland Poland Portugal Republic of Ireland Sweden

United States All Countries

13

RESUMO DOS RESULTADOS: SETOR INDUSTRIAL

Curiosamente, gerentes geralmente superavaliam a gestão de suas próprias empresas em

todos os países da amostra.

Em resposta à questão “Excluindo você mesmo, como você classificaria a gestão de sua

empresa de 1 a 10, um sendo o pior e dez o melhor?” a distribuição das respostas está a

seguir:

Isto mostra que a grande maioria dos gerentes pensa que sua empresa está acima da

média, e este padrão é consistente entre os países da amostra.

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Parcela de Empresas

Auto-pontuação

Auto-pontuação Média do Gerente

%

Pior prática Prática Intermediária Melhor Prática

1 3 5 7 9

MexicoBrazilChile

ArgentinaCanadaGreece

PortugalNorthern Ireland

United StatesNew Zealand

Republic of IrelandAustralia

IndiaGermany

ItalyChina

Great BritainPoland

SwedenJapan

France

Auto-pontuação

Auto-pontuação dos Gerentes por País

França Japão

Suécia Polônia

Grã Bretanha China Itália

Alemanha Índia

Austrália República da Irlanda

Nova Zelândia Estados Unidos

Irlanda do Norte Portugal

Grécia Canadá

Argentina Chile

Brasil

CITAÇÕES

MEMORÁVEIS

As dificuldades para definir

a posse na Europa:

[Gerente homem falando

com uma entrevistadora

australiana]

Gerente: “Nós somos

propriedade da Máfia”

Analista: “Acho que esta

é a categoria ‘Outros’...

mas talvez possa

considerá-los como uma

‘multinacional italiana’?”

Alguns gerentes foram

muito sinceros

Analista: “Você se

importaria se eu

perguntasse quanto é

seu bônus como

gerente?”

Gerente: “Eu não conto

isso nem para minha

esposa!”

Analista: “Francamente,

esta talvez seja uma

decisão acertada...”

14

RESUMO DOS RESULTADOS: SETOR INDUSTRIAL

Além de um alto nível de variação na qualidade das práticas de gestão entre diferentes países e dentro do mesmo país, há também variações entre setores industriais. Somente 2 por cento da variação na qualidade da gestão se deve aos países, e 21 por cento se deve ao setor industrial.

Descrição dos Códigos de Classificação Industrial dos EUA (SIC)

20 Comida e produtos semelhantes 31 Couro e produtos de couro

21 Produtos de tabaco 32 Pedra, argila, vidro e produtos de concreto

23 Vestuário e outros produtos acabados feitos

com tecidos e materiais similares

33 Indústrias de metal primário

24 Serralheria e produtos de madeira, exceto

mobília

34 Produtos fabricados de metal, exceto

maquinário e equipamento de transportes

25 Mobília e acessórios 35 Maquinário industrial e comercial e

equipamentos de computação

26 Papel e produtos similares 37 Equipamento de transportes

27 Impressão, editoras e indústrias similares 38 Instrumentos de medição, análise e controle

28 Produtos químicos e similares 39 Indústrias de manufatura diversas

30 Borracha e produtos plásticos diversos

Management by Industry

12

34

5

Ma

na

ge

men

t S

core

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38

Standard Industry Code

Max

Min

Average

CITAÇÕES

MEMORÁVEIS

A Índia é um lugar tão

interessante…

Gerente: “Six Sigma.

Sim, nós o iniciamos.

Nós temos quatro dos

sigmas fora da fábrica

e os outros dois já

foram

encomendados...”

Analista: “Como vocês

retêm os funcionários

com melhor

desempenho?”

Gerente: “Eu tenho

um desempenho

impecável mas quero

sair!”

Analista: “Como vocês

identificam os

funcionários com

melhor

desempenho?”

Gerente: “Estamos na

Índia, todos se julgam

estrelas!”

Gerenciamento por Setor Industrial

Código de Classificação Industrial (SIC)

15

RESUMO DOS RESULTADOS: PROPRIEDADE

As práticas de gestão também variam significativamente dependendo das estruturas de

propriedade das empresas. Os gráficos abaixo incluem empresas de todos os países,

divididas segundo sua situação de propriedade. Para facilitar a comparação, nós

sobrepusemos a linha de distribuição das empresas que têm propriedade acionária dispersa

à cada curva de distribuição das demais categorias de propriedade.

Descobrimos que empresas com acionistas dispersos tendem a receber melhores

pontuações em gestão.1 Além disso, quando há um CEO externo em empresa familiares,

esta são, em média, tão bem gerenciadas quanto empresas com acionistas dispersos.

Management by Ownership Status

1Propriedade acionária dispersa se caracteriza por não haver acionistas que possuam mais de

25,01% da empresa.

CITAÇÕES

MEMORÁVEIS

A conversa britânica

[Gerente homem falando

com uma entrevistadora

australiana]

Gerente: “Seu sotaque

é realmente atraente

e eu adoro o modo

como você fala. Você

gostaria de me

encontrar perto da

fábrica?”

Analista: “Desculpa,

mas eu irei lavar meu

cabelo todas as noites

durante o próximo

mês...”

A conversa indiana

Gerente: “Você é

brâmane?”

Analista: “Sim, por

que você pergunta?”

Gerente: “E você é

casada?”

Analista: “Não?”

Gerente: “Excelente,

excelente, meu filho

está buscando uma

noiva e eu acho que

você seria perfeita. Eu

vou contatar seus pais

para discutir isso.”

Gerenciamento por Tipo de Propriedade

Pontuação da Gestão

Den

sid

ade

16

QUE FATORES PODEM EXPLICAR ESTA AMPLITUDE?

Nós exploramos algumas razões que podem explicar porque observamos tanta

variabilidade nas práticas de gestão: competição, globalização, capital humano e

regulamentação.

Competição

A competição vem sendo apontada há muito tempo como um fator efetivo de

desempenho. Em ambientes mais competitivos, as empresas precisam se esforçar

continuamente para serem mais eficientes e produtivas a fim de sobreviver. Neste

ambiente, empresas que não se empenham para melhorar arriscam-se a perder clientes e

a serem forçadas a deixar o mercado.

No início das entrevistas, nós perguntamos aos gerentes quantos concorrentes principais

eles acreditavam ter. Observamos que há uma clara correlação positiva entre o número

relatado de concorrentes e a qualidade das práticas de gestão.

Globalização

Empresas multinacionais normalmente têm um desempenho superior a empresas

domésticas em diversas dimensões tais como produtividade, remuneração dos

funcionários e gastos com pesquisa e desenvolvimento. Muito deste impulso para

inovação e competitividade é resultado da rigorosa competição no mercado global. Como

mostramos acima, há evidências de que a competição está ligada a melhores práticas de

gestão.

2.7

2.8

2.9

3

3.1

0 2 4 6 8 10

Gestão Geral

Número Relatado de Concorrentes

Competição e Gestão

92

280 543 827 765

965

524

232

263

73

4522

CITAÇÕES

MEMORÁVEIS

Objetivos industriais

suecos

Gerente de produção:

“Objetivos individuais

dos funcionários? Eles

apenas querem ir para

casa!”

Americanos sobre

geografia

Analista: “Quantos

locais de produção

vocês têm no

exterior?”

Gerente (em Indiana):

“Bem... nós temos um

no Texas …”

O bizarro

Analista: [longo

silêncio]… alô, alô…

você ainda está aí…

alô?”

Gerente: “…Sinto

muito, me distraí com

um submarino

emergindo bem em

frente à minha

janela.”

17

QUE FATORES PODEM EXPLICAR ESTA AMPLITUDE?

O melhor desempenho médio das empresas multinacionais em gestão pode ser relacionado

ao fato de poucas delas serem mal gerenciadas – a pequena “cauda inferior” da distribuição,

destacada nos gráficos abaixo.

02

46

81

0

Pe

rce

nt o

f C

om

pa

nie

s

1 2 3 4 5

Management Score

Empresas Multinacionais

Empresas Domésticas

02

46

81

0

Pe

rce

nt o

f C

om

pa

nie

s

1 2 3 4 5

Management Score

2.71

3.18

2.96

1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5

Domestic only

Multinationals

All firms

Avaliação Geral da Qualidade de Gestão

Multinacionais Tendem a Ser Melhor Gerenciadas

Todas as empresas

Multinacionais

Unicamente

Gestão

Gestão

18

QUE FATORES PODEM EXPLICAR ESTA AMPLITUDE?

Capital Humano

O capital humano e as habilidades constituem fatores determinantes da produtividade

entre países. Em nossa pesquisa também observamos que empresas melhor gerenciadas

têm uma parcela maior de funcionários com curso superior. Talvez não seja surpreendente

que ter gerentes mais instruídos ajude, mas também constatamos uma correlação

igualmente forte entre o nível de instrução dos não-gerentes e nossa pontuação de gestão.

Parece ser mais fácil ter uma classificação superior em gestão quando os funcionários são

mais especializados.

0 5 10 15 20 25 30 35

4.5

4

3.5

3

2.5

2

1.5

% de funcionários com curso superior

Gestão Geral

Qualidade da Educação e da Gestão

%

19

QUE FATORES PODEM EXPLICAR ESTA AMPLITUDE?

Regulamentações do Mercado de Trabalho

Regulamentações trabalhistas podem ser uma importante proteção para os funcionários

contra empregadores injustos. No entanto, elas também podem criar um mercado de

trabalho muito rígido e causar ineficiências.

O Banco Mundial classifica rotineiramente os países quanto a facilidade em fazer negócios;

um componente importante deste indicador é o Índice de Rigidez do Emprego (Rigidity of

Employment Index - REI). Em sua classificação, o REI considera a dificuldade para contratar

e demitir funcionários, para agendar horas não convencionais de trabalho e para programar

férias.

Observamos uma fraca correlação entre um REI alto e uma baixa pontuação em gestão de

talentos. Os Estados Unidos são um dos países com o menor REI, mas também o país com a

maior nota em gestão de talentos. Por outro lado, as regulamentações do mercado de

trabalho não parecem influenciar negativamente outros tipos de prática de gestão.

Índia

Brasil

China Grécia Chile

Argentina

Irlanda

Portugal Irlanda do Norte

Nova Zelândia Polônia

México Austrália

Itália França Grã Bretanha

Canadá Suécia

Alemanha Japão

Estados Unidos

2.5

2.7

2.9

3.1

3.3

0 10 20 30 40 50 60

Gestão de Talentos

Índice de Rigidez do Emprego do Banco Mundial

Regulamentações do Mercado de Trabalho e Gestão

20

DIFERENÇAS REGIONAIS

Notamos algumas diferenças importantes no estilo de gestão entre determinados grupos de

países.

ESTADOS UNIDOS & CANADÁ

Boas práticas de gestão,

especialmente forte gestão de

talentos

Grande liberdade de gestão (a sede da

empresa dá ao gerente amplo

controle sobre contratações e

investimentos)

Estruturas hierárquicas planas

(poucos níveis de gestão)

EUROPA

Grande amplitude de práticas de gestão

Empresas multinacionais são tipicamente

bem gerenciadas ao longo da Europa, mas

têm características de sua pátria (i.e.

empresas americanas têm liberdade

gerencial, empresas japonesas são muito

‘lean’)

Grande liberdade gerencial no norte da

Europa, controle mais centralizado no sul

da Europa BRASIL & ÍNDIA

Empresas em estados ou regiões mais

ricos são aparentemente melhor

gerenciadas (por exemplo em Tamil

Nadu ou Maharashtra na Índia, e no

sudeste do Brasil)

Empresas multinacionais parecem

trazer suas boas práticas de gestão de

suas sedes da Europa ou dos EUA

As melhores empresas locais são tão

bem gerenciadas quanto qualquer

outra na Europa, EUA ou Japão

Liberdade gerencial limitada com

forte suporte central

JAPÃO

Extremamente bem gerenciado em

operações de processos, com excelente

‘lean’ e melhorias contínuas em quase todas

as indústrias

Variações na gestão de talentos – empresas

parecem ter dificuldades em lidar com

funcionários que apresentam baixo

desempenho

Fortes estruturas hierárquicas – gerentes de

fábrica têm arbítrio limitado e há muitos

níveis hierárquicos nas empresas

CHINA

Enquanto as multinacionais parecem

trazer sua boas práticas de gestão

consigo, joint ventures estrangeiras

têm pior desempenho

Pouca variação nas práticas de gestão

entre empresas, especialmente

quando comparado com outros países

asiáticos

Empresas parecem exibir estruturas

organizacionais mais hierárquicas;

gerentes de fábrica têm arbítrio e

controle limitados

MÉXICO & ARGENTINA

Grande inclinação por inovação e esforço

em direção a um processo sistemático de

melhoria de processos em empresas

multinacionais

Gerentes observaram que as normas

culturais arraigadas constituem uma

barreira para a implementação de melhores

práticas de gestão de pessoas

Apesar do excesso de confiança dos

gerentes em avaliar a gestão de suas

empresas, os dois países apresentam

empresas bem e mal gerenciadas. As

melhores práticas estão fortemente ligadas

à produtividade das empresas

21

O projeto Gestão Importa é um empreendimento de pesquisa sem fins lucrativos baseado em universidades.

Nós não utilizamos nenhum recurso financeiro das empresas privadas com as quais temos parcerias.

Nós gostaríamos de agradecer as seguintes instituições por seu importante financiamento de longo prazo:

Advanced Institute of Management Research, Anglo-German Foundation, Economic and Social Research

Council, e Higher Education Innovation Fund.

Os seguintes financiadores apoiaram generosamente algumas fases da pesquisa: Asian Development Bank, BIS,

International Growth Centre, Kauffman Foundation, National Science Foundation, Sloan Foundation e World

Bank.

OBRIGADO AOS NOSSOS FINANCIADORES

22

EQUIPE DE PESQUISA

Matilde Gawronski University of Oxford

Centre for Economic Performance London School of Economics

Rebecca Homkes Centre for Economic Performance

London School of Economics

Renata Lemos University of Cambridge

Centre for Economic Performance London School of Economics

Mingxuan Qi Centre for Economic Performance

London School of Economics

Daniela Scur Centre for Economic Performance

London School of Economics

DIRETORES DO PROJETO

Nicholas Bloom Stanford University Centre for Economic Performance London School of Economics

Raffaella Sadun Harvard Business School Centre for Economic Performance London School of Economics

John Van Reenen Centre for Economic Performance London School of Economics

23

Rana Ahmad Jue Huang Jayesh Patel

Frederique Ait Touati Simon Ingold Dydynski Patrick

Alam Aguilar-Platas Nat Ishino Killian Pender

Claudia Asazu Elena Jaeger Greg Pytel

Johannes Banner Stefan Jelinek Mingxuan Qi

David Bergal Y Jiang Raswinder Gill

Michael Bevan Ali Asgar Kagzi Marcelo Reis

Vishal Bhartia Christine Kaulfers Matt Rivron

Blaise Bolland Ilja Koren Lanny Rubin

Shane (Jack) Bolland George Koveos Laura Sambris

Simone Bohnenberger-Rich Kevin Krabbenhoeft Carlos Santos

Joshua Booth Vasileios Kyriakopoulos Denise Savage

Agathe Bourgon Rehana Lalani Tejas Savant

Medhi Boussebba William Lamain Eva Marie Schindler

Sean Brandreth Nikki Lamba Scott Sameroff

M Braha Warrick Lanagan Asama Sharef

Carolyn Breit Qin Li Raquel Silva

Matteo Calabresi Li Lin Shweta Singh

Emilia Carlqvist Z Liu Upneet Singh

Guillaume Carreno Yuetian Lu Nicolas Smolarski

Diego Cattaneo Manish Mahajan Linnea Charlotta Soderberg

Agnieszka Chidlow Vaggelis Makris Aude Spitzmuller

Dinesh Chreyan Niccolo’ Manzoni Gregor Stegen

Julie Columbus Shu Mao Christian Stiefel

Andrés Curia Milka Marinova Vickram Suri

Paolo Dasgupta Simone Martin Robert Svenning

Alberic de Solere Alison McMeekin Narasimhan Swaminathan

Bodhisatva Deb Marty McGuigan Marcus Thielking

Kanan Dhru Michela Meghnagi Matthias Traut

Kaan Dikmen Sebastian Meitz Rui Trigo de Morais

Paul Dinkin Karelin Mendez Saavedra Maria E Tsani

Blake Driscoll Jilda Mercx Maki Umemura

Filippo Fabbris Anna Mitchell Sébastien Vézina

João Luís Ferreira Anita Ngai Dorfman Vadim

Arianna Fraschetti Miljevik Nikolina Riddhi Ved

Michelle Friedman Eisuke Ohashi Takehiro Watanabe

Yuewen Fu Bolu Olufunwa Carina Wendel

Luis Matias Gallardo Sirito Ai Orito Fabian Wigand

Christos Genakos Melania Page Joanna Wylegala

Jose Ignacio Guerrero Himanshu Pande May Yoon

Michael Hooper Ketki Paranjpe

ANALISTAS E LÍDERES DE EQUIPE

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