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Reconhecimento de Notas Musicais Manuscritas Utilizando os Descritores ORB com Bag of Words Gustavo Ântonny. de S. da S., João D. S. de Almeida, Geraldo Braz Junior Departamento de Informática – Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – São Luís, MA – Brazil [email protected], [email protected], [email protected] Abstract. The automated process of scanning and recognition of handwritten musical scores is a known issue and studied in computer vision area. In this article, we will use a feature extraction algorithm that is invariant to scale and able to deal with noise, ORB (Oriented FAST and Rotated BRIEF), for the acquisition of the features in an image-based scanned handwritten scores, using the methods: BoW (Bag of Words) and SVM (Support Vector Machine) to perform the classification. With results that reaching 98.05% of accuracy over 20 classes of symbols. Resumo. O processo automatizado de digitalização e reconhecimento de partituras musicais manuscritas é um problema conhecido e estudado na área de visão computacional. Neste artigo será utilizado o algoritmo de extração de características, invariante a escala e capaz de lidar com ruídos, ORB (Oriented FAST and Rotated BRIEF), para a aquisição das características sob uma base de imagens com partituras manuscritas digitalizadas, utilizando os métodos: de BoW (Bag of Words) e SVM (Support Vector Machine) para realizar a classificação. Obtendo resultados que atingiram 98.05% de acurácia sobre 20 classes de símbolos. Palavras-Chave: Reconhecimento de Imagens. ORB. Partituras Musicais Manuscritas. BoW (Bag of Words). SVM (Support Vector Machine). 1. Introdução O campo de identificação automática de símbolos manuscritos apresenta grandes desafios, devido à grande variação de como pessoas diferentes podem desenhar o mesmo símbolo. Além disso, o procedimento de identificação correta da notação musical envolve diferentes desafios, mais complexos do que o reconhecimento de texto.[1] As diferenças entre a notação musical e o texto vão mais longe do que a simples variação de caracteres atômicos. O texto é predominantemente unidimensional, ao passo que a música faz pleno uso do espaço bidimensional. Por exemplo, uma clave no início de uma linha, afeta notas subsequentes sobre a qual o músico terá que aguardar até que outra clave seja encontrada, ou o fim da música é atingido; e as sílabas escritas abaixo de uma linha estão associadas a notas particulares. [2] Neste trabalho, propomos uma solução para a detecção de símbolos musicais manuscritos, utilizando-se o ORB como o algoritmo para a extração de características, JIM 2016 - VI Jornada de Informática do Maranhão JIM, 2016. ISSN: 2358-8861

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Reconhecimento de Notas Musicais Manuscritas Utilizando os

Descritores ORB com Bag of Words

Gustavo Ântonny. de S. da S., João D. S. de Almeida, Geraldo Braz Junior

Departamento de Informática – Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – São

Luís, MA – Brazil

[email protected], [email protected], [email protected]

Abstract. The automated process of scanning and recognition of

handwritten musical scores is a known issue and studied in computer vision

area. In this article, we will use a feature extraction algorithm that is invariant

to scale and able to deal with noise, ORB (Oriented FAST and Rotated

BRIEF), for the acquisition of the features in an image-based scanned

handwritten scores, using the methods: BoW (Bag of Words) and SVM

(Support Vector Machine) to perform the classification. With results that

reaching 98.05% of accuracy over 20 classes of symbols.

Resumo. O processo automatizado de digitalização e reconhecimento de

partituras musicais manuscritas é um problema conhecido e estudado na área

de visão computacional. Neste artigo será utilizado o algoritmo de extração

de características, invariante a escala e capaz de lidar com ruídos, ORB

(Oriented FAST and Rotated BRIEF), para a aquisição das características sob

uma base de imagens com partituras manuscritas digitalizadas, utilizando os

métodos: de BoW (Bag of Words) e SVM (Support Vector Machine) para

realizar a classificação. Obtendo resultados que atingiram 98.05% de

acurácia sobre 20 classes de símbolos.

Palavras-Chave: Reconhecimento de Imagens. ORB. Partituras Musicais Manuscritas.

BoW (Bag of Words). SVM (Support Vector Machine).

1. Introdução

O campo de identificação automática de símbolos manuscritos apresenta grandes

desafios, devido à grande variação de como pessoas diferentes podem desenhar o

mesmo símbolo. Além disso, o procedimento de identificação correta da notação

musical envolve diferentes desafios, mais complexos do que o reconhecimento de

texto.[1]

As diferenças entre a notação musical e o texto vão mais longe do que a simples

variação de caracteres atômicos. O texto é predominantemente unidimensional, ao passo

que a música faz pleno uso do espaço bidimensional. Por exemplo, uma clave no início

de uma linha, afeta notas subsequentes sobre a qual o músico terá que aguardar até que

outra clave seja encontrada, ou o fim da música é atingido; e as sílabas escritas abaixo

de uma linha estão associadas a notas particulares. [2]

Neste trabalho, propomos uma solução para a detecção de símbolos musicais

manuscritos, utilizando-se o ORB como o algoritmo para a extração de características,

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em conjunto com a técnica para criação de dicionários: o BoW, que possibilita a

extração dos histogramas que posteriormente são utilizados no processo de classificação

e identificação, efetuados pelo SVM.

2. Fundamentação Teórica

Há um número incrível de formas e possibilidades para combinar imagens que

podem incluir forma, cor e textura. [3] Entretanto, em nosso objetivo dispomos quase

que invariavelmente de duas cores, uma do papel e outra da partitura descrita, sem

textura, necessitamos capturar notas musicais invariantes a escala, forma e ruído. Então

foi escolhido o algoritmo ORB (Oriented FAST and Rotated BRIEF) para essa

pesquisa. A seguir, uma descrição do algoritmo utilizado.

2.1 ORB - Oriented FAST and Rotated BRIEF

Rublee et al [4], propuseram um descritor binário baseado no BRIEF [5],

chamado ORB, que é invariante a rotação e capaz de tratar o ruído. Os autores

demonstram através de experimentos, que o ORB é até duas vezes mais rápido do que o

SIFT, durante a execução, bem como em muitas situações. A eficiência foi testada em

várias aplicações do mundo real, incluindo a detecção de objetos em patch-tracking em

smartphone’s.

No ORB a informação de orientação que falta no FAST é complementada com Rosin's

corner intensity [6].

O momento M do patch (região de interesse) I pode ser calculado como:

𝑚𝑝𝑞 = ∑ 𝑥𝑝𝑦𝑞𝐼𝑝(𝑥, 𝑦)

𝑥,𝑦

As imagens nas quais estamos interessados possuem duas dimensões, logo, precisamos

de duas variáveis independentes: x e y para acessá-las. Onde p e q representam a ordem

dos momentos.

Podemos calcular o centroide C (Centro de Gravidade do Objeto) como:

𝐶 = (𝑚10

𝑚00,𝑚01

𝑚00)

Pode-se definir a orientação relativa do patch como:

𝑤 = 𝑎𝑡𝑎𝑛2(𝑚01, 𝑚10)

O descritor patch foi fornecido a partir do operador BRIEF, uma representação

de cadeia de bit’s construído a partir de um conjunto de testes de intensidade binários.

Um teste binário t pode ser realizado como:

𝑡(𝐼𝑝, 𝑥, 𝑦) = { 1 ∶ 𝐼𝑝(𝑥) < 𝐼𝑝(𝑦)

0: 𝐼𝑝(𝑥) ≥ 𝐼𝑝(𝑦)

Onde, 𝐼𝑝(𝑥) é a intensidade do ponto x, e 𝐼𝑝(𝑦) é a intensidade do ponto y. O vetor de

características do descritor BRIEF é definida como um vetor de testes binários, de

tamanho n (128, 256 bits):

𝑏(𝐼𝑝) = ∑ 2𝑖−1 𝑡(𝐼𝑝, 𝑥𝑖, 𝑦𝑖)

1≤𝑖≤𝑛

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Uma vez que tenhamos calculado a orientação do patch, pode-se realizar uma

rotação canônica [10] e, em seguida, calcular o descritor, obtendo-se assim alguns

momentos de invariância a rotação.

2.2 BoW – (Bag of Words) – Descritores Binários

O modelo BoW [11] trata uma imagem como um repositório de “palavras-

código", que consiste essencialmente em um conjunto de descritores locais

independentes. Essas características são extraídas por descritores como o ORB, por

meio de amostragens aleatórias, segmentação, ou grade regular.

Enquanto características baseadas em histograma estão prontas para serem

usadas na classificação de imagens ou tarefas de recuperação, descritores locais

requerem um passo de quantização adicional para ser transformado em características

da imagem total.

A abordagem clássica é empregar k-means clustering utilizando a distância

euclidiana entre vetores de características, e isso provou ser eficaz, mesmo que

computacionalmente custoso, durante a fase de treinamento.

Infelizmente quando se lida com um vetor de características binárias, a distância

euclidiana não é a métrica escolhida, e o vetor médio é indefinido. Uma distância

razoável e eficaz entre vetores binários é à distância de Hamming [7] (o número de bits

diferentes nas posições correspondentes).

E finalmente, o algoritmo processa uma coleção de vetores binários e procura

inicialmente de forma aleatória e recursivamente por um número de bons centroides,

que se tornará o dicionário visual para o modelo BoW.

3. Metodologia

O trabalho a ser realizado, implica no reconhecimento de notas musicais

manuscritas, para tanto foi selecionado um conjunto de 20 símbolos musicais a serem

classificados e validados em um conjunto de cinco etapas, descritos abaixo, o fluxo da

nossa metodologia aplicada no projeto a partir da extração de características efetuada,

pode ser descrita pelo pipeline abaixo:

Figura 1. Pipeline

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1ª Etapa – Aquisição de Imagem / Banco de Dados:

As imagens digitalizadas de partituras manuscritas utilizadas nesse projeto

pertencem a base CVCMUSICMA, cada imagem representa uma partitura criadas por

cinquenta músicos. Para cada músico, foram escolhidas quatro partituras aleatórias para

extração dos símbolos.

2ª Etapa – Segmentação:

Sobre as imagens pré-selecionadas acima, é aplicado uma segmentação

automática a partir de uma seleção manual de 20 símbolos (clave de fá, compasso de

espera, bemol, mínima, semínima, pausa de semínima, pausa de colcheia, sustenido,

clave de sol, clave de dó, tempo, barra, semibreve, semicolcheia, bequadro, crescendo,

cabeça da nota, semicolcheia ligada, colcheia ligada, diminuendo), gerando um arquivo

contendo todas as localizações dos símbolos e suas respectivas classes.

3ª Etapa – Extração de Características:

As imagens segmentadas são então adicionadas e executadas sobre o algoritmo

ORB [4] utilizando-se como matcher o algoritmo de Brute Force [4] sobre a distância de

Hamming [4] e o Harris Corner Detector [4], retornando 577 características que são

armazenadas em arquivo para posterior classificação.

4ª e 5ª Etapa – Classificação e Validação:

Por meio da utilização da biblioteca LIBSVM foram estimados os parâmetros C

e γ utilizados no núcleo radial, que posteriormente foram aplicados na classificação dos

dados utilizando-se o classificador SVM (Máquina de Vetores de Suporte).

4. Resultados

A partir da extração de características, criação do BoW e posterior

processamento, os resultados obtidos, empregando-se a técnica de validação cruzada,

estão descritos abaixo.

Classificação: Treino / Teste: Precisão:

20/80 94,90%

40/60 96,72%

60/40 97,77%

80/20 98,05%

Tabela 1: Resultados da validação cruzada.

A Tabela 1, apresenta o processo de classificação constituído de quatro etapas de

treino/teste, onde, para cada etapa/grupo houve cinco testes de classificação

independentes, conforme descreve a técnica de validação cruzada, ao final a média dos

testes pode ser vista na coluna precisão.

Os melhores resultados foram obtidos no caso 80/20 com uma pontuação total

de acertos de 98.05%, a análise detalhada de classificação do respectivo caso para o

melhor resultado nesse grupo que foi de 98,62%, pode ser encontrado na Tabela 2:

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Classe TP Rate FP Rate Precision Recall F-Measure MCC ROC Area PRC Area

1 1 0 1 1 1 1 1 1

2 1 0 1 1 1 1 1 1

3 0,95 0,001 0,974 0,95 0,962 0,96 0,974 0,928

4 0,975 0 1 0,975 0,987 0,987 0,988 0,976

5 0,975 0 1 0,975 0,987 0,987 0,988 0,976

6 1 0 1 1 1 1 1 1

7 1 0 1 1 1 1 1 1

8 1 0,001 0,976 1 0,988 0,987 0,999 0,976

9 1 0 1 1 1 1 1 1

10 1 0 1 1 1 1 1 1

11 1 0,003 0,952 1 0,976 0,975 0,999 0,952

12 0,975 0 1 0,975 0,987 0,987 0,988 0,976

13 0,975 0,001 0,975 0,975 0,975 0,974 0,987 0,952

14 1 0 1 1 1 1 1 1

15 1 0 1 1 1 1 1 1

16 0,975 0 1 0,975 0,987 0,987 0,988 0,976

17 1 0 1 1 1 1 1 1

18 1 0 1 1 1 1 1 1

19 0,975 0,007 0,886 0,975 0,929 0,926 0,984 0,865

20 0,925 0,001 0,974 0,925 0,949 0,946 0,962 0,904

Tabela 2: Esta tabela apresenta o detalhamento do melhor resultado obtido dos cinco testes realizados sobre o

grupo 80/20 que obteve uma acurácia de 98,62%.

Para melhor compreensão das métricas utilizadas na Tabela 2: Powers, David M

W (2011). "Evaluation: From Precision, Recall and F-Measure to ROC, Informedness,

Markedness & Correlation". Journal of Machine Learning Technologies. 2 (1): 37–63.

Comparando os resultados apresentados pelo método proposto com os resultados

dos trabalhos de outros pesquisadores, sobre a mesma base de dados e idêntico método

de treino/teste, obtivemos os seguintes dados apresentados pela Tabela 3:

Métodos - Artigos Acurácia Total

Momentos de HU + SVM 71,12%

Redes Neurais Convolucionais - GoogLeNet [9] 97.21%

ORB + BoW + SVM 98,05%

Tabela 3: Nesta tabela pode ser observado os resultados de três abordagens diferenciadas sobre o problema

proposto neste artigo com a mesma base de dados, mesmos símbolos e método de validação cruzada.

Logo podemos observar, que o algoritmo de extração de características ORB

juntamente com a técnica de Bag of Words, mostrou-se uma abordagem promissora

para o reconhecimento de notas musicais manuscritas, obtendo uma acurácia de

98,05%. Nestes casos, para objetos muito parecidos, o sistema pode se confundir, como

por exemplo, no caso dos símbolos: pausa de semínima e pausa de colcheia, mas de

forma global, podemos garantir uma boa acurácia.

5. Conclusão

O algoritmo de extração de características ORB como solução para

reconhecimento de pequenas bases de dados ou para uma base de dados onde os objetos

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em questão apresentem formas bastante distintas apresentou-se bastante acurado,

conseguindo extrair características relevantes para a criação do BoW e posterior

classificação no SVM, falhando ao encontrar símbolos estruturalmente parecidos, mas

definindo assim um método relevante de detecção para objetos manuscritos, o qual pode

ser observado na tabela de comparação de resultados com outras metodologias.

Em estudos futuros propomos a utilização de técnicas conjuntas de extração e

segmentação e pré-processamento de imagens, abordando métodos que possibilitem a

extração características estruturais dos símbolos, bem como novas abordagens,

utilizando os algoritmos de extração como o FREAK (Fast Retina Keypoint) ou

LATCH (Learned Arrangements of Three Patch Codes) para o reconhecimento tanto de

notas musicais manuscritas bem como outros objetos manuscritos, como: os símbolos

ortográficos.

6. Referências

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[2] Bainbridge, D. (1997). Extensible optical music recognition.

[3] Ali, H. K., & Whitehead, A. (2014). Modern to Historic Image Matching:

ORB/SURF an Effective Matching Technique.

[4] Rublee, E., Rabaud, V., Konolige, K., & Bradski, G. (2011). ORB: An efficient

alternative to SIFT or SURF. In 2011 International conference on computer vision (pp.

2564-2571). IEEE.

[5] Calonder, M., Lepetit, V., Strecha, C., & Fua, P. (2010). Brief: Binary robust

independent elementary features. In European conference on computer vision (pp. 778-

792). Springer Berlin Heidelberg.

[6] Rosin, P. L. (1999). Measuring corner properties. Computer Vision and Image

Understanding, 73(2), 291-307.

[7] Grana, C., Borghesani, D., Manfredi, M., & Cucchiara, R. (2013, March). A fast

approach for integrating ORB descriptors in the bag of words model. In IS&T/SPIE

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[8] Fornés, A., Dutta, A., Gordo, A., & Lladós, J. (2012). CVC-MUSCIMA: a ground

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International Journal on Document Analysis and Recognition (IJDAR), 15(3), 243-251.

[9] Pereira R., Matos C., Braz G., Dallyson J., Paiva A. (2016). A Deep Approach for

Handwritten Musical Symbols Recognition (Universidade Federal do Maranhão.

Departamento de Informática).

[10] Sossa, H., Barrón, R., & Vázquez, R. A. (2004). Transforming fundamental set of

patterns to a canonical form to improve pattern recall. In Ibero-American Conference on

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[11] Csurka G, Dance C, Fan L, Willamowski J, Bray C (2004) Visual categorization

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