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    ELEMENTOS DE FSICA

    MATEMTICA

    vol.4

    Instituto de Fsica, Universidade de So Paulo, CP 66.318

    05315-970, So Paulo, SP, Brasil

    Jos Maria Filardo Bassalo

    Mauro Srgio Dorsa Cattani

    Publicao IF E-Book 168515/05/2014

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    ELEMENTOS DE FSICA MATEMTICA(vol.4)

    Jos Maria Filardo BassaloMauro Srgio Dorsa Cattani

    Teoria de Grupos e Clculo Exterior

    Os Autores (Bassalo e Cattani) dedicam esse livro, respectivamente, a :Clia, J, Gisa, Lucas , Vitor, dria, Saulo, Anna-Beatriz e Matheus

    eMaria Luiza, Maria Beatriz, Marta e Olvia.

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    1

    Prefcio

    Este livro d continuidade aos Volumes 1, 2 e 3 do estudo da aplicao daMatemtica Fsica, nos quais os autores trataram da soluo das EquaesDi ferenciais Ordinrias (EDO). No caso de coeficientes constantes, no Volume 1,usamos os mtodos usuais de soluo: Mtodo Geral (Operadores Diferenciais e Sriesde Frbenius) e Mtodo das Transformadas (Laplace e Fourier). Nas EDO decoeficientes variveis, lanamos mo de algumas Funes Especiais (Bessel, Hermite,Hipergeomtricas, Laguerre e Legendre). O Volume 2 composto de duas partes. NaParte I so resolvidas algumas das Equaes em Deri vadas Parciais (EDP) de usofrequente em livros textos de Fsica: DAlembert, Fourier, Laplace, Poisson eSchrdinger. Na soluo dessas equaes usamos, basicamente, as tcnicas da

    Separao de Variveis e da Funo de Green. A Parte II trata do Clculo dasVar iaes. Depois de apresentarmos um pequeno histrico de como surgiu esseClculo, estudamos a Equao de Euler-L agrange em trs situaes: a) diversasvariveis dependentes; b) diversas variveis independentes; c) diversas variveisdependentes e independentes. Depois tratamos dos Mul tipl icadores de Lagrange, parao estudo dos problemas variacionais com vnculos. O Volume 2 concludo com oMtodo Variacional de Rayleigh-Ri tz. O Volume 3, tambm composto de duas

    partes. Na Parte I, estudamos as Equaes I ntegrais (EI). Iniciamos com umaIntroduo Histrica seguida de uma apresentao dos diversos tipos de EI. Segue,ento, as solues da Equao de Vol ter ra e da Equao de Fredholm. A Parte I finalizada com um Captulo destinado a estudar as aplicaes das EIa alguns tpicos daFsica. A Parte II dedicada ao estudo das I ntegrais de Trajetr ias No Relati vsticas.Depois de uma Introduo Histrica, apresentamos a definio de Propagador deFeynman (PF) e de I ntegrais de Trajetri a seguido de seus respectivos clculos. AParte II encerrada com o clculo do PF de oito Equaes de Schrdinger NoLineares.

    Como os Volumes 2 e 3, este Volume 4 tambm composto de duas partes:Parte I- Teoria de Grupos e Parte IIClculo Exterior. Para o bom entendimento decada tema abordado neste Volume 4, ele acompanhado da resoluo de algunsexerccios. A Teori a de Grupos dividida em 4 Captulos. O Captulo 1 composto dosseguintes itens: a) Definies de Grupo; b) Alguns exemplos de Grupos importantes no

    Estudo da Fsica (p.e.: o de Rotaes, o de Lorentz e o de Permutaes); c)Demonstraes de teoremas importantes (p.e.: do rearranjamento e o de Laplace) edefinies complementares relacionadas aos grupos exemplificados; d) Estudo doisomorfismo e homomorfismo entre grupos quaisquer. O Captulo 2 tem 6 itens: a)Definies de Representaes de Grupos; b) Teoremas Fundamentais dasRepresentaes com nfase nas Representaes Irredutveis, seguido do Lema de Schure do Teorema da Ortogonalidade e sua representao geomtrica; c) Carteres dasRepresentaes e sua interpretao geomtrica; d) Produto direto de Representaes; e)Bases de Representaes; f) Sries e Coeficientes de Clebsch-Gordan. Os 6 itens doCaptulo 3, tratam, respectivamente, de: a) Definies de Grupos de Lie; b) Exemplosde Grupos de Lie [O(n); U(n); SU(n); SL(n); M(u); C(2)]; c) Transformaes

    Infinitesimais e Parmetros (Geradores) de Grupos; d) Constantes de Estrutura doGrupo de Lie; e) lgebra de Lie e Operadores de Casimir; f) Teoremas Gerais das

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    lgebras de Lie (Diagramas de Schouten). O Captulo final (4) da Parte I trata daTeoria do Momento Angular e composto de dois itens: a) Representaes Irredutveisdo Grupo SU(2) (Spinoriais; Rotacionais; e Harmnicos Esfricos); b) Operador de

    Momento Angular: b1,2) Orbital (L ) (clssico e quntico); b3) lgebra de L ; b4)

    Auto-funes e auto-valores de 2L e dez

    L ; b5) Operador de Momento Angular Total:

    SLJ ; b6) Operadores escada:

    O ; b7) Adio de Momentos Angulares; b8)Operadores Tensoriais e Teorema de Wigner-Eckart.

    AParte II, que apresenta o Clculo Exter ior, composta de 5 Captulos,que so complementados com Problemas Propostos. Assim, o Captulo 5, que trata dosEspaos Vetoriais, dividido em quatro itens: a) Definies e Propriedades; b) EspaosDuais; c) Espaos Vetoriais Euclidianos; d) Transformaes ou Operadores Lineares.Os Tensores, objeto do Captulo 6, tem tambm quatro itens: a) Produto Tensorial deEspaos Vetoriais; b) lgebra Tensorial; c) Os Smbolos de Kronecker e o de Levi-Civita, seguido do estudo de Determinantes; d) Tensor de Levi-Civita. O Captulo 7estuda a lgebra Exterior em seis itens: a) lgebra Exterior de Ordem 2; b) lgebra

    Exterior de Ordem p; c) Produto Exterior entre p-vetores; d) Dualidade; e) ProdutoInterno entre p-vetores. A Diferenciao Exterior exposta no Captulo 8, com seisitens: a) Formas Diferenciais; b) Diferenciao de Formas; c) Aplicaes e Mudanasde Variveis; d) Variedades e Sistemas de Coordenadas; e) Campos Vetoriais eTensoriais Sobre Variedades; f) Variedades Riemannianas. Por fim, o Captulo 9, quefecha o livro, desenvolve a Integrao Exterior, em quatro itens: a) Integrao deFormas; b) Teorema Generalizado de Stokes; c) Derivada de Lie; d) DerivadaConvectiva e Integrao sobre Domnio Mvel.

    Registre-se que os ndices onomsticos, as aplicaes Fsica e asrefernciasdos dois temas tratados neste livro podem ser encontradas nos dois livrosque os mesmos publicaram pelaEditora Livraria da Fsica(ELF) - Teoria de Grupos eClculo Exter ior, respectivamente, em 2008 e 2009 (tambm publicados como e-booksencontrados, respectivamente, nos stioshttp://publica-sbi.if.usp.br/PDFs/pd1661.pdf ehttp://publicasbi.if.usp.br/PDFs/pd1666.pdf).

    Um dos autores (MSDC) agradece Maria Luiza Mattos Cattani pelareviso gramatical e ortografia do texto.

    Por fim, os autores agradecem a Jos Roberto Marinho, Editor da LF, pelapermisso de usar os Captulos contidos neste volume, e a Virgnia de Paiva,Bibliotecria do Instituto de Fsica da Universidade So Paulo (IF/USP) peladiagramao deste e-book.

    Belm e So Paulo, 16 maio de 2014

    Jos Maria Filardo BassaloProfessor Titular Aposentado da UFPA e Membro daAcademia Paraense de Cincias

    Mauro Srgio Dorsa CattaniProfessor Titular Aposentado do IF/USP e Membro Titular dasAcademias Paulista e

    Paraense de Cincias

    2

    http://publica-sbi.if.usp.br/PDFs/pd1661.pdfhttp://publica-sbi.if.usp.br/PDFs/pd1661.pdfhttp://publica-sbi.if.usp.br/PDFs/pd1661.pdfhttp://publicasbi.if.usp.br/PDFs/pd1666.pdfhttp://publicasbi.if.usp.br/PDFs/pd1666.pdfhttp://publicasbi.if.usp.br/PDFs/pd1666.pdfhttp://publica-sbi.if.usp.br/PDFs/pd1661.pdf
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    NDICE

    Parte ITEORIA DE GRUPOS

    Cap. 1Grupo, 11.1 - Primeiras Definies, 11.2 - Exemplos de Grupos, 21.3 - Teoremas Elementares e outras Definies, 161.4 - Isomorfismo e Homomorfismo, 30

    Cap. 2Representaes de Grupos, 12.1 - Primeiras Definies, 1

    2.2 - Teoremas Fundamentais sobre Representaes de Grupos, 212.2.1 - Interpretao Geomtrica do Teorema da Ortogonalidade, 302.3 - Carteres das Representaes, 31

    2.3.1 - Interpretao Geomtrica do Teorema da Ortogonalidade dosCarteres de um Grupo, 33

    2.4 - Produto Direto de Representaes, 512.5 - Bases para Representaes, 562.6 - Sries e Coeficientes de Clebsch-Gordan, 60

    Cap.3Grupos e lgebras de Lie, 913.1 - Grupos de Lie, 91

    3.2 - Exemplos de Grupos de Lie, 933.3 - Transformaes Infinitesimais e Parmetros de Grupos, 993.4 - Constantes de Estrutura, 1033.5 - lgebra de Lie, 1183.6 - Teoremas Gerais sobre as lgebras de Lie, 142

    Cap. 4Teoria do Momento Angular, 1514.1 - Representaes Irredutveis do Grupo SU(2), 151

    4.1.1 - Representaes Spinoriais, 1514.1.2 - Representao por Matriz Rotao, 1604.1.3 - Representao por Harmnicos Esfricos, 163

    4.2 - Operador de Momento Angular, 1684.2.1 - Momento Angular Orbital: Conceito Clssico, 1684.2.2 - Momento Angular Orbital: Conceito Quntico, 1684.2.3 - A lgebra dos Operadores de Momento Angular, 1684.2.4 - Auto-Funes e Auto-Valores dos Operadores L2e Lz, 1704.2.5 - Operador de Momento Angular Total, 1774.2.6 - Operadores Ladder (Escada), 1794.2.7 - Adio de Dois Momentos Angulares, 1844.2.8 - Operadores Tensoriais e Teorema de Wigner-Eckart, 195

    I

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    Parte IICLCULO EXTERIOR

    Cap. 1Espaos Vetoriais, 31.1 - Espaos Vetoriais, 3

    1.1.1Definies e Propriedades, 3

    1.1.2Espaos Duais, 61.1.3Espaos Vetoriais Euclidianos, 91.1.4Transformaes ou Operadores Lineares, 14

    PROBLEMAS (1.1), 21

    Cap. 2Tensores, 232.1Tensores, 23

    2.1.1Produto Tensorial de Espaos Vetoriais, 232.1.2lgebra Tensorial, 262.1.3Smbolos de Kronecker e de Levi-Civita, Determinante, 292.1.4Tensor de Levi-Civita, 32

    PROBLEMAS (2.1), 37

    Cap. 3lgebra Exterior, 393.1lgebra Exterior, 39

    3.1.1lgebra Exterior de Ordem Dois, 393.1.2lgebra Exterior de Ordem p, 443.1.3Produto Exterior entre p-Vetores (Formas), 513.1.4Dualidade, 523.1.5Produto Interno entre p-Vetores (Formas), 57

    PROBLEMAS (3.1), 59

    Cap. 4Diferenciao Exterior, 614.1Diferenciao Exterior, 61

    4.1.1Formas Diferenciais, 614.1.2Diferenciao de Formas, 624.1.3Aplicaes e Mudanas de Variveis, 704.1.4Variedades e Sistemas de Coordenadas, 744.1.5Campos Vetoriais e Tensoriais Sobre Variedades, 814.1.6Variedades Riemannianas, 95

    PROBLEMAS (4.1), 105

    Cap. 5Integrao Exterior, 1075.1. - Integrao Exterior, 1075.1.1Integrao de Formas, 1075.1.2Teorema Generalizado de Stokes, 1115.1.3Derivada de Lie, 1155.1.4Derivada Convectiva e Integrao Sobre Domnio Mvel, 120

    PROBLEMAS (5.1), 121Bibliografia, 122,123Currculos Resumidos dos Autores J.M.F.Bassalo e M.S.D.Cattani, 124,125

    II

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    PARTE I

    TEORIADE GRUPOS

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    CAPTULO 1

    Grupo1

    1.1Primeiras Definies

    Definio 1.1.1 Um conjunto G consistindo dos elementos

    a, b, c,... G = {a,b,c,...} {G, *}

    chamado de Grupo para uma dada operao (*), se seus elementossatisfazem s seguintes propriedades:

    a) a,b G, a*b = c G (Condio de Fechamento);

    b) a,b,c G, (a*b)*c = a*(b*c) (Condio de Associatividade;

    c) e G, tal que: a G, a*e = e*a = a (e chamado o

    Elemento Unidade);

    d) a G, a1 tal que: a*a1 = a1*a = e (a1 chamado o

    Elemento Inverso de a).

    Definio 1.1.2 Se para a,b G tem-se a*b = b*a, diz-se

    que o grupo Comutativo ou Abeliano.

    Definio 1.1.3 O nmero de elementos de um grupo

    chamado de ordem do grupo. Os grupos podem ser finitos ou

    infinitos.

    Definio 1.1.4 Um grupo cujos elementos so

    caracterizados por um nmero de parmetros contnuos chamado

    Grupo Contnuo.

    1

    Esta parte deste Captulo foi ministrada pelo professor Jos Maria Filardo Bassalono Curso de Extenso, realizado em 1985, na UFPA, sobre Teoria de Grupo.

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    Exerccio 1.1.1 Mostre que:

    a) Se a,b G, ento para as equaes:

    a*x = b e y*a = b, tem-se, de maneira unvoca:x = a1 *b e y = b* a1;

    b) Se a,b G, ento:

    (a*b)1 = b1* a1;

    c) Se a G e n inteiro, por

    definio, temos (Bak e Lichtenberg, 1967):

    III) an = a*a*a* .... a*, se n > 0;

    III) an = e, se n = 0;

    III) an = a1* a1* a1* ... a1* , se n

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    3

    b) Vetores no R3 . O conjunto de vetores no espao

    tridimensional forma um grupo infinito Abeliano em relao adio

    vetorial, pois:

    II I)

    B,A R3; ( + BA ) =

    C R3;

    I II)

    C,B,A R3; ( + BA ) +

    C = +A (

    + CB );

    III) e

    0 ;

    + 0A =

    +A0 =

    A ;

    IV)

    A R3, (

    A )1

    A ;

    A +(

    A ) = (

    A )+

    A =

    0 .

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 1.2.1 a) Verifique as propriedades de grupo do

    conjunto de vetores no R3, usando para

    isso a regra do paralelogramo;

    b) Mostre que o conjunto dos racionais (Q)

    forma um grupo Abeliano em relao

    multiplicao.

    -------------------------------------------------------------------------------------c) Grupo de Rotaes. O conjunto de rotaes de um

    vetor no R3em torno do eixo dos zde um certo ngulo , forma umgrupo contnuo Abeliano denotado por 0(2). Vejamos como.

    Por definio, temos:

    )y,x(r)(R)'y,'x('r

    =

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    4

    A figura anterior nos mostra que:

    x' = x cos + y sen

    y' = x sen + y cos .

    As equaes acima podem ser colocadas na forma matricial,da seguinte maneira:

    =

    =

    yx

    )(Ryx

    cossensencos

    'y'x

    .

    Mostremos, agora, que R() forma um grupo, com relao

    seguinte operao definida por:

    'r)(R''r;r)(R'r 21

    ==

    +== r)(Rr)(R)(R''r 1212 ,

    onde:

    =

    =

    11

    111

    22

    222 cossen

    sencos)(R;

    cossen

    sencos)(R .

    Usando a definio de produto de matrizes, vir:

    =

    =

    11

    11

    22

    2212 cossen

    sencos

    cossen

    sencos)(R)(R

    =

    +

    12122112

    12121212

    sensencoscoscossencossen

    cossensencossensencoscos

    =

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    5

    = )(R)cos()(sen

    )(sen)cos(12

    1212

    1212 +

    ++

    ++.

    Portanto:

    I) R(2) R(1) = R (2 + 1) = R().

    A regra da multiplicao de matrizes nos permite facilmente

    mostrar que:

    II) R(3) [R(2) R(1) ] = [R(3) R(2)] R(1);

    III) R(0) R(

    ) = R(

    ) R(0) = R(

    );

    IV) R() R() = R() R() ) = R(0) ,

    onde:

    =

    =

    10

    01

    0cos0sen

    0sen0cos)0(R

    oo

    oo

    .

    ------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.2.2 Demonstre as propriedades II, III e IV dogrupo 0 (2).

    -------------------------------------------------------------------------------------

    d) Grupo de Lorentz. As Transformaes de Lorentz da

    Relatividade Restrita formam um grupo. Vejamos como. (Smirnov,

    1970)

    As Transformaes de Lorentz a duas variveis so definidas

    por:x' = (x vt)

    t' = (t 2c

    vx) ,

    onde:

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    6

    ( )cv;1

    cv1 2

    12

    21

    2

    2==

    =

    .

    Usando a representao matricial, teremos:

    =

    t

    x)v(L

    t

    x

    c

    v

    v

    't

    'x

    2

    .

    Assim, sejam duas Transformaes de Lorentz L1(v1) e L2(v2)e formemos o seu produto L2L1. Ento:

    L2L1 =

    111

    111

    222

    222

    c

    c

    c

    c =

    =

    +

    +

    1212121

    122

    12

    212112121212

    cc

    cc=

    = [21(1+2+1)] .

    +

    +

    +

    +

    11

    )(c1

    1

    c)(1

    12

    21

    12

    21

    .

    Segundo a Relatividade Restrita, temos:

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    7

    221

    213

    cvv

    1

    vvv

    +

    += ,

    portanto:

    =+

    =+ )1(1

    1.

    1

    1)1( 12

    21

    22

    1212

    =

    )cvv

    cv

    cv(1

    cvv

    1

    )cv1()

    cv1(

    cvv

    1

    4

    22212

    222

    21

    221

    2

    212

    22

    221

    +

    +=

    +

    Por outro lado, notemos que:

    cv

    1

    )c

    vv2

    c

    vv1(

    )vv2vv(

    c1

    cv

    2

    23

    2

    21

    4

    22

    21

    212

    22

    122

    23 =

    ++

    ++=

    = 1

    221

    4

    22

    21

    2

    22

    2

    21

    2

    23

    212

    22

    212

    212

    22

    1

    cvv

    1

    )cvv

    cv

    cv

    (1

    c

    v1

    vv2cvv

    c

    vv2vv

    +

    +

    =

    ++

    ++.

    Portanto:

    21(1 + 2+1) = 3

    2

    23

    c

    v1

    1 =

    .

    Por outro lado, temos:

    3

    221

    21

    12

    21 v

    cvv

    1

    vv

    1

    cc=

    +

    +=

    +

    + ,

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    8

    23

    2

    12

    122

    12

    12

    c

    v

    c

    vv1

    )vv(c

    1

    1cc =

    +

    +=

    +

    +

    .

    Por fim, temos:

    L2L1 = 3 3

    23

    3 L1

    c

    v

    v1=

    ,

    ou seja:

    I) L2L1 =L3;L1, L2, L3 L(v).

    A regra de multiplicao de matrizes permite mostrar que:

    II) L1(L2L3) = (L1L2) L3 ;

    III) L0L = LL0= L ; L0L (0) =

    1001

    ;

    IV) L1L = LL1= L0; L1L (-v) .

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 1.2.3 a) Mostre as propriedades II, III e IV do

    Grupo de Lorentz;

    b) Mostre que as Transformaes de Lorentzespaciais formam um grupo. [Chame

    ( )== thcv ];

    c) Mostre que o grupo de rotaes 0(2) e oGrupo de Lorentz L(2) deixam invariantes,respectivamente:

    2222 yx'y'x +=+ e 2222 yx'y'x = ;

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    d) Mostre que as Transformaes de Poincarformam um grupo.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    e) Grupo de Permutaes Sn (Smirnov, 1980)

    Definio 1.2.1 Sejam n (> 1) objetos que numeramoscom os nmeros inteiros 1, 2 ,3, ... , n. Com eles podemos formar n!permutaes. Seja uma delas:

    = n321 P...PPP

    n...321

    P (P1P2P3... Pn).

    Tal permutao significa que o elemento que est na posioou ordem indicada por P1, vai para a primeira posio, o que est naposio ou ordem indicada por P2, vai para a segunda posio, e assim

    sucessivamente. Por exemplo, a permutao

    213

    321indica que a

    permutao que quer se realizar, obtida da permutao fundamental(1 2 3), fazendo com que o seu terceiro elemento (3) ocupe a primeira

    posio, o seu primeiro (1) ocupe a segunda posio e o seu segundo

    elemento (2) ocupe a terceira posio. Vejamos um segundo exemplo:

    ( ) ( )dcbaeedcba43215

    54321=

    .

    Definio 1.2.2Chama-se de Permutao Inversa P-1 a

    operao que significa fazer com que o primeiro elemento da

    permutao fundamental ocupe a ordem ou posio indicada por P1, o

    segundo elemento da permutao fundamental ocupe a ordem ou a

    posio indicada por P2, e assim sucessivamente. Portanto:

  • 7/23/2019 pd1685

    17/342

    10

    ,3512454321

    P4152354321

    P 1

    =

    =

    ( ) ( )acbPcba213321P 1 =

    = .

    Da definio acima, fcil mostrar que ( ) PP 11 = .

    Definio 1.2.3 Chama-se Produto de PermutaesP1P2

    permutao obtida primeiro aplicando P2e depois P1. Assim, se:

    =

    312

    321P1 e

    =

    231

    321P2 ,

    ento:

    P1P2=

    =

    123

    321

    321

    321

    312

    321

    .

    Vejamos um outro exemplo:

    ( )

    ( ) ( ).bdecadcbae35142

    54321

    edcba43215

    54321

    35142

    54321

    =

    =

    =

    Por outro lado:

  • 7/23/2019 pd1685

    18/342

    11

    ( ) ( )bdecaedcba24531

    54321=

    , ento:

    =

    24531

    54321

    43215

    54321

    35142

    54321.

    Definio 1.2.4 Chama-se de Permutao Unitria E, a

    permutao na qual cada elemento substitudo por ele prprio. Ela

    representada por:

    =

    n...321

    n...321E .

    ------------------------------------------------------------------------------Exemplo 1.2.1 Mostre que o conjunto de permutaes S3

    forma um grupo.

    ------------------------------------------------------------------------------O grupo S3 formado pelos seguintes elementos:

    .132

    321

    e P213

    321

    P

    ;123

    321P;

    231

    321P;

    312

    321P;

    321

    321E

    54

    321

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    a) Propriedades de Fechamento:

    E321

    321

    312

    321

    312

    321PP 11 =

    =

    = ;

  • 7/23/2019 pd1685

    19/342

    12

    421 P213

    321

    231

    321

    312

    321PP =

    =

    = ;

    531 P132321

    123321

    312321PP =

    =

    = ;

    ;P123

    321

    213

    321

    312

    321PP 241 =

    =

    =

    .P

    123

    321

    132

    321

    312

    321PP 351 =

    =

    =

    De maneira anloga, demonstra-se que:

    P2P1= P5; P2P2= E; P2P3= P4; P2P4= P3; P2P5= P1; P3P1= P4;

    P3P2= P5; P3P3= E; P3P4= P1; P3P5= P2; P4P1= P3; P4P2= P1;

    P4P3= P2; P4P4= P5; P4P5= E; P5P1= P2; P5P2= P3; P5P3= P1;

    P5P4= E e P5P5= P4.

    b) Propriedade Associativa:

    (P1P2) P3= P1(P2P3).

    Em vista da propriedade anterior, temos:

    (P1P2) P3= P4P3= P2,

    P1(P2P3) = P1P4= P2.

    c) Elemento Unidade:

  • 7/23/2019 pd1685

    20/342

    13

    PiE = EPi= Pi. (i = 0, 1, 2, 3, 4, 5).

    Assim, por exemplo:

    11 P312

    321

    321

    321

    312

    321EP =

    =

    = ,

    11 P312

    321

    312

    321

    321

    321EP =

    =

    = .

    d) Elemento Inverso:

    5,4,3,2,1,0i.EPPPP 1iii

    1i ===

    .

    Assim, por exemplo, usando a Definio 1.2.2, vir:

    EPPPP 1-444

    1

    4 == ,

    5

    1

    14 P132

    321

    213

    321P =

    =

    =

    .

    Ento, em vista do resultado anterior, temos:

    -1 -1

    4 4 5 4 4 4 4 5P P = P P = E; P P = P P = E .

    As propriedades a, b, c e d, permitem escrever a seguinte tabelade multiplicao para o grupo S3.

    E P1 P2 P3 P4 P5E E P1 P2 P3 P4 P5P1 P1 E P4 P5 P2 P3

    P2 P2 P5 E P4 P3 P1

  • 7/23/2019 pd1685

    21/342

    14

    P3 P3 P4 P5 E P1 P2P4 P4 P3 P1 P2 P5 EP5 P5 P2 P3 P1 E P4

    ------------------------------------------------------------------------------Exerccio 1.2.4 a) Termine a demonstrao das

    propriedades do grupo S3;b) A tabela de multiplicao do grupo S3mostra que ele no-comutativo.Demonstre a afirmativa;

    c) Mostre que o conjunto de permutaes

    S4forma um grupo no-comutativo.-------------------------------------------------------------------------------------

    Vimos que dado um conjunto de n (> 1) elementos podemosformar o grupo de permutaes Sn. Contudo, as permutaes paraobter cada elemento (a partir do elemento anterior) desse grupo podemser um nmero par ou nmero mpar. O grupo formado ento de todasas permutaes pares dos nmeros 1,2,..., n chamado de Grupo

    Alternado ouAlternativo Ancuja ordem (nmero de elementos) n!/2(Jansen e Boon, 1967).

    Por exemplo, para os nmeros 1,2,3, as permutaes formadasde deslocamentos pares e mpares, so:

    1,2,3 1,3,21,2,3

    2,3,12,1,3

    1,2,3

    2,1,31,2,3

    3,1,21,3,2

    1,2,3

    3,2,11,2,3

    par(0) mpar(1) par(2) mpar(1) par(2) mpar(1)

    Dado um elemento do grupo de permutaes Sn, podemosformar um conjunto de permutaes que se compe de subconjuntosconstitudos por Permutaes Circulares ou Cclicas.Assim:

  • 7/23/2019 pd1685

    22/342

    15

    ).3,1()5,4,2()5,4,2()3,1(25143

    54321==

    Pois, como vemos, na permutao considerada existem duas

    permutaes cclicas entre os nmeros 1 e 3, e 2,4 e 5 respectivamente,

    ou seja: (1,3) e (2,4,5) (5,2,4)(4,5,2). Vejamos outros exemplos:

    )4,3,1) (6,5,2()6,5,2) (4,3,1(521463

    654321==

    ,

    pois: (1,3,4)(4,1,3)(3,4,1) e (2,5,6)(6,2,5).-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.2.5 Encontre as permutaes cclicas de

    45213

    54321e

    24531

    54321,

    24531

    54321.

    -------------------------------------------------------------------------------------f) Reflexo Espacial.O conjunto de reflexes espaciais em torno

    da origem forma um grupo. Seus elementos so definidos por:

    E(x,y,z) = (x,y,z) E( rr

    ) = ( rr

    ) , (Identidade)

    P(x,y,z) = (x,y,z) P( rr

    ) = ( rr

    ) . (Paridade)-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.2.6 Mostre que:a) E e P formam um grupo;

    b) P2

    = E.-------------------------------------------------------------------------------------

    g) Grupo Unitrio U(1). O conjunto de elementos definido por:

    g() = ei ,

    um grupo contnuo de um parmetro (). (Este o grupo daEletrodinmica Quntica).-------------------------------------------------------------------------------------

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    23/342

    16

    Exerccio 1.2.7 Mostre que:a) O conjunto {g()} forma um grupo;b) O conjunto U(1) unitrio.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    1.3 Teoremas Elementares e outras Definies

    Teorema 1.3.1 - Teorema do Rearranjamento. Seja Gum grupo de ordem gcom os elementos: E,A2,A3,...,Ag. Se Ak umelemento arbitrrio desse grupo, ento cada elemento ocorre uma e

    somente uma vez na seqncia EAk= Ak,A2Ak, A3Ak,...., AgAk.Demonstrao:

    Seja X qualquer elemento de G. Seja ainda XAk1 = Ar ; ento

    XAk1Ak = ArAk= X, logo X pertence seqncia dada. Por outro

    lado, Xno pode ocorrer duas vezes na seqncia dada pois, se ArAk=X e AsAk= X, ento Ar= As. Certamente o mesmo acontece para aseqncia: AkE = Ak, AkA2, AkA3 ... AkAg. ( atravs desse teoremaque se constri as tabelas de multiplicao de um grupo finito).

    Corolrio 1.3.1Se JE, ,J,...,J,J kA3A2A so nmeros taisque cada elemento Xdo grupo correspondente a um nmero J ento:

    ===== XAg

    1XA

    g

    1A

    g

    1JJJ .

    ------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.1 Construa a tabela de multiplicao do grupoG = {E, A, B} {G, *}, dado abaixo:

    * E A BE E A BA A

    B B

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    O elemento (2,3), isto , segunda linha e terceira coluna nopode ser nem A e nem B, pois haveria repetio da linha ou da coluna.

    Assim: (2,3) = E. O mesmo ocorre para o elemento (3,2). O Teorema1.3.1 permite concluir que: (2,2) = B e (3,3) = A. fcil ver que essatabela goza da Propriedade Associativa, pois, por exemplo:

    * E A BE E A BA A B E

    B B E A-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.3.1 Construa as possveis tabelas de multiplica-o do grupo G = {E,A,B,C} {G,*},indicado abaixo:

    * E A B C

    E E A B CA AB BC C

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Definio 1.3.1 Seja xqualquer elemento de um grupo. A

    seqncia: E, x, x2, x3,...., xn= E denominada perodo de x e n

    chamado a ordemde x.

    fcil ver que o perodo de x forma um grupo Abeliano,

    chamado Grupo Cclico, sendo que x chamado o gerador desse

    grupo. s vezes, um nico elemento no suficiente para gerar o

    grupo todo, precisando-se, ento, de mais de um gerador. Assim, ao

    nmero mnimo de geradores requeridos para definir a estrutura do

    grupo chamamos de grau (rank) do grupo. Ao conjunto mnimo dos

    (E*A)*B = A*B = E ,

    E*(A*B) = E*E = E .

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    18

    elementos que geram o grupo chamamos de base. Um grupo pode ter

    mais de uma base.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.2 Calcule os perodos do grupo dereflexo espacial, e determine suas ordens.

    -------------------------------------------------------------------------------------Conforme vimos, esse grupo formado porE, P. Sendo P2= E, ento ele de ordem 2.

    -------------------------------------------------------------------------------------Exemplo 1.3.3 Calcule os perodos do grupo S3, e

    determine suas ordens.-------------------------------------------------------------------------------------

    O grupo S3 formado por:

    S3 = {E, P1, P2, P3, P4, P5}.

    Usando-se a tabela de multiplicao desse grupo vista noExemplo 1.2.1, v-se que:

    a) P12

    = E; logo sua ordem 2;b) P2

    2 = E; logo sua ordem 2;c) P3

    2 = E; logo sua ordem 2;d) P4

    2 = P5; P43= P4

    2P4 = P5P4 = E, logo sua ordem 3;

    e) P52 = P4; P5

    3 = P52P5 = P4P5 = E, logo sua ordem 3.

    -------------------------------------------------------------------------------------Exemplo 1.3.4 Seja o grupo G = {E, A, B, C} {G, *}

    dado pela tabela abaixo. Calcule seu grau(rank).

    * E A B CE E A B CA A E C BB B C E AC C B A E

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    19

    A tabela nos mostra que:

    A2 = E ; B2 = E ; C2 = E ,

    A3 = A2 *A = A ; B3 = B ; C3 = C .

    Portanto, nenhum elemento do grupo capaz de gerar o grupo

    todo. Por outro lado, vemos que:

    A*B = C ; B*A = C ;

    A*C = B ; C*A = B ;

    B*C = A ; C*B = A .Assim, os pares {A,B} , {A,C} e {B,C} so capazes de gerar o

    grupo todo, pois:

    G = {A2 = B2 = E ; A;B; A*B }

    = {A2 = C2 = E ; A;C; A*C }

    = {B2 = C2 = E ; B;C; B*C } .

    Conclui-se, portanto, que o grau (rank) desse grupo vale 2,

    j que bastam apenas dois elementos do grupo para gerar os demais.

    Por outro lado, esse grupo possui trs bases, a saber:

    {A, B}, {A, C} e {B, C} .

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 1.3.2 Calcule os graus (ranks) e as bases

    dos grupos definidos pelas seguintes tabelasde multiplicao:

    * E A B CE E A B CA A B C E

    B B C E A

    a

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    20

    C C E A B

    * E A B C

    E E A B CA A E C BB B C A EC C B E A

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 1.3.3 a) Calcule todos os perodos do grupo S4

    e determine suas ordens;

    b) Mostre que as razes n da unidadeformam um grupo cclico de ordem nemrelao ao produto. Determine o geradordesse grupo;

    c) Mostre que l, i, l, i formam umgrupo cclico.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Definio 1.3.2 Um conjunto H dito um subgrupode um grupo G, isto , H G, se ele satisfaz os axiomas de grupo. claro que todo grupo tem dois subgrupos triviais ou imprprios: H ={E, G}.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.5 Mostrar que o conjunto depermutaes cclicas do grupo S3 um subgrupo prprio.-------------------------------------------------------------------------------------

    No Exemplo 1.2.1, vimos que o grupo S3 formado por:

    S3 = {E, P1, P2, P3, P4, P5} .

    As permutaes cclicas formadas de S3so E, P4e P5, pois:

    b)

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    21

    =

    =

    =

    132

    321P

    213

    321P

    321

    321E 54 .

    Assim:S3c= {E, P4; P5} .

    Vejamos, agora, se esse conjunto forma um grupo. Para isso necessrio que ele satisfaa Definio 1.1.1. Assim, segundo a tabelado Exemplo 1.2.1, temos:

    a) Condio de Fechamento:EP4= P4 ; EP5 = P5; P4P5= E;

    b) Condio de Associatividade:

    E(P4P5) = EE = E ; (EP4) P5= P4P5= E;

    c) Elemento Unidade:

    EP4 = P4E = P4;EP5 = P5E = P5;

    d) Elemento Inverso:

    P41P4 = P4P41 = E,

    P51P5 = P5P51 = E.

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 1.3.4 Mostre que:

    a) O conjunto dos nmeros pares um subgrupo do grupodos nmeros inteiros em relao adio;

    b) A3 S3;c) O elemento unidade de H o mesmo de G.

    -------------------------------------------------------------------------------------Definio 1.3.3 Para qualquer subgrupo H G e qualquer

    elemento a G, mas a H, aH (ou Ha) dito uma classe lateral

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    22

    (coset) esquerda ( direita). [Note-se que uma classe lateral(coset)no necessariamente um subgrupo.]

    Teorema 1.3.2 - Teorema de Lagrange.Seja um grupo finitoG e um subgrupo H G. Se a, b G, mas a, b H, ento:

    G = E H + a2H + a3H + ... + akHe

    G = H E + Ha2+ Ha3+ ... + Hak,

    onde k chamado de ndicede H.

    No faremos a demonstrao desse Teorema, no entanto,vamos mostrar o seu resultado atravs de um exemplo (Meijer eBauer, 1962).-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.6 Mostre o Teorema de Lagrangepara o grupoS3e o seu subgrupo

    c3SH= .

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Nos Exemplos 1.2.1 e 1.3.5, vimos que G S3= {E, P1, P2,P3, P4, P5} e { }54c3 P,PE,SH = . Tomemos a = {a1, a2, a3} {P1,

    P2, P3}, ento, usando a tabela do Exemplo 1.2.1, vir:

    =

    =

    =

    =

    351

    241

    11

    1

    PPP

    PPP

    PEP

    Ha ;

    =

    =

    =

    =

    152

    342

    22

    2

    PPP

    PPP

    PEP

    Ha ;

    =

    =

    =

    =

    253

    143

    33

    3

    PPP

    PPP

    PEP

    Ha .

    Portanto:

    G S3 = H + a1H = H + a2H = H + a3H,

    sendo, ento, 2 o ndice de H.

    Por outro lado, temos:

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    30/342

    23

    =

    =

    =

    =

    215

    314

    11

    1

    PPP

    PPP

    PE P

    Ha ;

    =

    =

    =

    =

    325

    124

    22

    2PPP

    PPP

    PE P

    Ha ;

    =

    =

    =

    =

    135

    234

    33

    3PPP

    PPP

    PE P

    Ha .

    Portanto:

    G S3 = H + 1Ha = H + 2Ha = H + 3Ha ,

    o que confirma o ndice 2 de H em S3. fcil ver que aH ou Ha no forma um grupo, pois, sendo

    aH = Ha = {P1, P2, P3}, ento, P1 P2 = P4aH ou Ha.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.3.5

    a) Uma classe lateral (coset)aH (Ha) no contm nenhum

    elemento de H;

    b) Duas classes laterais (cosets) (direito ou esquerdo) ou

    so idnticos ou no tm elemento comum;

    c) A ordem m de um subgrupo H de um grupo infinito G

    divisor interno de g que a ordem de G;

    d) Mostre o Teorema de Lagrangepara G = S4e H =c4

    S .

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Definio 1.3.4 Se existe um elemento G de tal modo que

    se a, b G, tivermos:

    a -1 = b (ou -1a = b),

    ento b chamado de conjugado ou equivalente de a, ou seja: a ~ b.

    Da definio acima, facilmente, demonstra-se que:

    a) a ~ a;

    b) Se a ~ b, ento b ~ a;

    c) Se a ~ b e b ~ c, ento a ~ c;

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    24

    d) Se G Abeliano, ento todo elemento de G conjugado

    de si prprio.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.3.6 Demonstre as propriedades acima.-------------------------------------------------------------------------------------

    Analisando-se a Definio 1.3.4 v-se que se G for um grupo

    de transformaes, ento essa definio corresponde transformao

    de similaridade.

    Definio 1.3.5 Ao conjunto de conjugados ou equivalentes de

    um elemento a G, chama-se de classe de G.

    Da definio acima, facilmente demonstra-se que:

    a) O elemento apertence classe de G relativo a si prprio;

    b) Se a e bso conjugados, ento a classe de a a mesma da de b;

    c) Se ae bno so conjugados, ento suas classes no tm

    nenhum elemento comum;

    d) Se cada elemento de Gpertence a uma classe relativa a si

    prprio, ento podemos decompor G em classes;e) Qualquer elemento de G que comuta com todos os

    elementos de G, forma uma prpria classe. A identidade

    um exemplo disso.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.3.7

    a) Demonstre as propriedades acima;

    b) Encontre as classes do grupo A4;c) Encontre as classes do grupo S4.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Definio 1.3.6 Um subgrupo H de G dito normal ou

    invariante, a G, ento: aHa-1= H.

    Da definio acima, facilmente demonstra-se que:

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    25

    a) As classes laterais (cosets)direito e esquerdo de Hso

    iguais; portanto H, como coleo, comuta com todos os

    elementos de G;

    b) H contm todos os elementos de cada classe de G, ou no

    contm nenhum deles;

    c) Cada grupo Gsempre contm os subgrupos invariantes

    H = G e H = E.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.3.8 Demonstre as propriedades acima.

    -------------------------------------------------------------------------------------Definio 1.3.7 Um grupo que no tem seus subgruposinvariantes imprprios triviais (G e E), chamado simples. Senenhum dos subgrupos invariantes prprios de um grupo Abeliano,ento o grupo chamado semisimples.

    Definio 1.3.8 O grupo formado pelas classes laterais(cosets) do subgrupo invariante H e pelo prprio H chamado de

    grupo fator de G e denotado por G/H. se o grupo G for finito, aordem do grupo fator o quociente das ordens de G e de H,respectivamente.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.3.9Mostre que:

    a) O conjunto das classes laterais (cosets) de H invariante

    forma um grupo com relao ao produto classe lateral

    (coset);b) HH = H .

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.7Dado o grupo S3, obtenha suas classes, seus

    grupos invariantes, e seus grupos fatores.-------------------------------------------------------------------------------------

    O grupo S3tem os seguintes elementos: {E, P1, P2, P3, P4, P5}.

    Os inversos desses elementos so:

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    26

    E-1 = E; 11P = P1 ; 12P

    = P2 ; 13P = P3 ; 14P

    = P5 e 15P = P4,

    conforme se pode ver usando-se a Definio 1.2.2.

    a) Formemos as classes de S3. Para isso, usemos a Definio

    1.3.5 e a tabela do Exemplo 1.2.1.

    a.1)CE

    Como E ~ E, ento CE= {E}.

    a.2)1P

    C

    EP1E1= P1 ; P1P1 11P

    = P1 ; P2P1 12P = P3 ; P3P1 13P

    = P2;

    P4P1 14P = P2; P5P1 15P = P3.Portanto:

    1PC = {P1, P2, P3} .

    a.3)2P

    C

    De maneira anloga ao caso anterior, fcil ver que:

    2PC =

    1PC = {P1, P2, P3} .

    a.4)3P

    C

    De maneira anloga ao caso de1P

    C , fcil ver que:

    3PC =

    2PC =

    1PC = {P1, P2, P3) .

    a.5)4P

    C

    EP4E1= P4 ; P1P4P1

    1= P5; P2P4P51 = P4;

    P5P4P51= P4.

    Portanto:

    4PC = {P4, P5} .

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    27

    a.6)5P

    C

    De maneira anloga ao caso anterior, fcil ver que:

    5PC = 4PC = {P4, P5} .Esses resultados, mostram que:

    G S3= E +1P

    C +4P

    C = E +2P

    C +4P

    C = E +3P

    C +4P

    C =

    = E +1P

    C +5P

    C = E +2P

    C +5P

    C = E +3P

    C +5P

    C .

    b) Formemos, agora, os grupos invariantes de S3. Para isso,

    usemos a Definio 1.3.6 e a tabela do Exemplo 1.2.1.

    b.1) Seja H S3C= {E, P4, P5} G.

    Segundo a Definio 1.3.6, H ser invariante se a G,

    ento a Ha1 = H. Assim:

    EHE1= HEHEPEEPPEEP

    EEEE1

    51

    5

    414

    1

    =

    =

    =

    P1HP11= HHPP

    PPPP

    PPPP

    EEPP1

    11

    41

    451

    51

    411

    111

    =

    =

    =

    =

    De maneira anloga demonstra-se que:

    P2HP21= H; P3HP3

    1= H ; P4HP41= H e P5HP5

    1= H .

    Portanto S3C um invariante.

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    28

    b.2) Seja o conjunto S'3 = {E, P1, P2, P3} . Como P1P2= P4S'3,

    ento esse conjunto no subgrupo de E e, portanto, no podemos

    nem testar a definio de invarincia.

    b.3) Seja o conjunto Hi= {E, Pi (i = 1, 2, 3, 4, 5)}

    fcil ver que:

    PiHiPi1 Hi, portanto, Hino invariante.

    c) Obteno do grupo fator de G. Para isso, usemos a

    Definio 1.3.8 e a tabela do Exemplo 1.2.1.

    Vimos no item b.1, que o subgrupo S3C um invariante.

    Portanto, as classes laterais (cosets) de S3CH = {E, P4, P5}, so:

    P1H; P2H; P3H; P4H e P5H, ento, o grupo fator de G ser:

    G/H = {P1H, P2H, P3H, P4H, P5H} .

    Tais classes laterais (cosets) valem, respectivamente:

    P1H =

    ======

    =

    }P,E,P{HP};E,P,P{HPPPP}P,P,P{HP};P,P,P{HP;PPP

    PEP

    455544351

    21331322241

    11

    ;

    As duas ltimas classes laterais (cosets) (P4H; P5H),

    mostram que: HH = H. O resultado do item acima mostra que:

    S3 = H + P1H = H + P2H =H + P3H .

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.8 Seja o grupo S3 e tomemos o grupo

    alternativo A S3Cformado pelas permutaes cclicas de S3. Mostre

    que S3 um grupo no simples e no-semisimples.-------------------------------------------------------------------------------------

    Sendo S3= {E, P1, P2, P3, P4, P5} e A3= {E, P4, P5}, ento: EP4=

    P4; EP5 = P5; P4P5 = E, portanto, A3 Abeliano. No Exemplo 1.3.7

    mostramos que A3 invariante. Ora, como A

    3 um subgrupo

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    invariante no-trivial de S3 e Abeliano, logo, segundo a Definio

    1.3.7, S3 no-simples e no-semisimples.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.3.9 Seja o espao vetorial R3. Calcule o grupo

    fator desse espao vetorial.

    O sub-espao vetorial R2formado pelos vetores do plano xoy

    um subgrupo invariante de R

    3

    , pois:212 RvRv =

    rr

    , onde 3Rv r

    .

    Tomemos, agora, um vetor zr

    pertencente ao R3e que esteja

    situado no eixo dos z. Ento, o conjunto de vetores formado pela soma

    vetorial de zr

    com vetores do R2, ou seja, 2Rz+r

    uma classe lateral

    (coset) de R3

    . Esse conjunto representado por todos os vetores quetm suas extremidades situadas em um plano zperpendicular ao eixo

    dos ze paralelo ao plano xoy, conforme mostra a figura. Assim, cada

    um desses planos corresponde a umaclasse lateral (coset)de R3e

    forma uma srie contnua.

    O grupo fator de R3 constitudo pelas projees dos vetores

    pertencentes s classes laterais (cosets) no eixo oz, ou seja, o

    elemento Fz do grupo fator obtido desprezando-se os vetores

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    30

    diferena entre os diferentes vetores cujas extremidades encontram-se

    no plano z. Em Matemtica isto representado pelo smbolo de

    congruncia:

    ( )2Rmod''v'vv Krrr .

    Essa notao significa que esses vetores so iguais, se

    desprezarmos o vetor diferena que est situado no plano z. Assim, o

    grupo fator ser R3/R2= OZR1.

    oportuno observar que podemos generalizar o que acabamosde ver, ao aplic-lo ao caso do espao vetorial Rn. Assim, Rn um

    grupo de dimenso ne, por seu lado, H um subgrupo invariante de

    dimenso m < n, ento, o grupo fator F ser constitudo pelos vetores

    ivr

    , 'vir

    , ''vir

    , ..., de tal modo que:

    ( )Hmod''v'vv iii Krrr

    ,

    e a dimenso de F G/H ser m-n, e representa a projeo sobre um

    eixo, plano ou hiperplano.

    1.4 Isomorfismo e Homomorfismo

    Definio 1.4.1 Isomorfismo. Sejam dois grupos G e G, tal

    que:

    1. A cada elemento gi G corresponde a um e somente um

    elemento giG, isto

    giG gi G;

    2. Se gig

    j= g

    k, ento g

    ig

    j = g

    k, para todos os elementos de G e G.

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    31

    Deste modo, G e G, so ditos isomrficos, ou seja: G G.

    Portanto, eles tm a mesma tabela de multiplicao.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.4.1 Mostre que o grupo S3 isomorfo ao

    grupo que mantm um tringulo eqiltero

    idntico a si prprio.-------------------------------------------------------------------------------------

    O grupo que mantm um tringulo eqiltero idntico a si

    prprio definido por (veja as figuras a seguir).

    E: Operao da identidade, a qual deixa a figura idntica a si

    prpria;

    P1: Reflexo em torno da linha A, isto , troca o vrtice 1por 2;

    P2: Reflexo em torno da linha B, isto , troca o vrtice 2 por 3;

    P3: Reflexo em torno da linha C, isto , troca o vrtice 1 por 3;

    P4: Rotao de 120 no sentido horrio em torno do centro o,

    isto , o vrtice 3vai para o lugar de 1, este para o lugar de 2, e estepara o lugar de 1;

    P5; Rotao de 120 no sentido anti-horrio em torno do centro

    o, isto , o vrtice3vai para o lugar de 2, este para o lugar de 1, e este

    para o lugar de 3.

    fcil ver que esse grupo satisfaz mesma tabela de

    multiplicao do grupo S3 e que foi construda no Exemplo 1.2.1. Por

    exemplo P1P2= P4, pois:

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    32

    Outro exemplo: P4P3= P2

    Exerccio 1.4.1 a) Complete a tabela de multiplicao do

    Exemplo 1.4.1.

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    33

    b) Mostre que o grupo S2 isomorfo ao

    grupo de reflexes espaciais.-------------------------------------------------------------------------------------

    Definio 1.4.2 Homomorfismo. Dois grupos G e G so

    homomrficos, se os elementos de G podem ser postos em uma

    correspondncia (no um a um) com os elementos de G e desde que

    esta correspondncia preserve as leis de multiplicao dos dois

    grupos.

    O diagrama a seguir esclarece a definio dada.

    Obs: O conceito de Homomorfismo muito usado em cristalografia.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 1.4.2 Seja Sno grupo de permutaes de n (> 1)

    objetos. Ao conjunto de permutaes pares

    associamos o nmero +1, e ao de

    permutaes mpares, o nmero 1. O

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    conjunto formado por +1 e 1 forma um

    grupo multiplicativo e homomrfico do

    grupo Sn. O elemento +1 corresponde ao

    Grupo Alternativo de Sn, isto , An, e 1

    sua classe lateral (coset) (Meijer e Bauer,

    1962).-------------------------------------------------------------------------------------

    Teorema 1.4.1 Se um grupo G possui um subgrupoinvariante H, ento G homomrfico ao grupo fator G/H.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 1.4.2 a) Se G homomrfico a G, e se E o elemento de unidade de G, mostreque:

    I) O conjunto de elementos de G quecorresponde a E forma um subgrupoinvariante de G;

    II) G isomrfico ao grupo fator G/H.

    b) Mostre a ltima afirmao do Exemplo1.4.2.

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    35

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    CAPTULO 2

    Representaes de Grupo1

    2.1 Primeiras Definies

    Definio 2.1.1 Uma representao de um grupo um

    grupo de identidades matemticas homomrficas ao grupo abstrato

    original. Uma representao linear uma representao em termosde operadores lineares. Assim, se fizermos uma aplicao

    homomrfica de um grupo arbitrrio G num grupo de operadores D

    (G) L, dizemos que D (G) uma representaode Gno espao de

    representaes L. Se a dimenso de L ndizemos que a representao

    tem dimenso n. quando a representao dada em forma de matrizes,

    ela denotada por Di j (G). Como pode haver vrias representaes

    para um mesmo grupo, ento denotaremos D() (G) [ou jiD (G)] para

    uma dada representao de dimenso . Os elementos de uma

    representao devem ter as seguintes propriedades:

    a) D (RS) = D (R) D (S), R, S G;

    b) D (R1) = [D (R)]-1, R G;

    c) D (E) = I ; E : Elemento unitrio de G.

    A definio acima permite tirar duas concluses:

    1

    Esta parte deste Captulo foi ministrada pelo professor Jos Maria Filardo Bassalono Curso de Extenso, realizado em 1985, na UFPA, sobre Teoria de Grupo.

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    2

    I) Cada grupo tem uma representao unidimensional que

    denotada pelo nmero 1;

    II) O determinante de cada matriz representao tambm umarepresentao, pois:

    det D (R) . det D (S) = det [D (R) D (S)] = det [D (RS)].-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 2.1.1 Usando a propriedade a) da Definio

    2.1.1, demonstre as propriedades b) e c).

    -------------------------------------------------------------------------------------Definio 2.1.2Quando a correspondncia entre os elemen-

    tos de Ge os de D (G) um isomorfismo, a representao dita fiel

    (faithful). Neste caso, a ordem de D (G) a mesma de G.

    Definio 2.1.3 Duas representaes D (G) e D (G) so

    ditas equivalentes, se R G, existe uma transformao de

    similaridade S, tal que:

    D (R) = S1D (R) S.

    Definio 2.1.4 Uma representao matricial dita

    redutvel se, por transformaes de similaridade, sua matriz pode ser

    posta na forma:

    =

    (R) D0

    (R)(R) ADD (R)

    (k)

    (i)

    ,

    onde D(i) (R) (i = 1,2,. . ., k) so tambm representaes do mesmo

    grupo.

    a) Ela dita completamente redutvelse A (R) = 0;

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    3

    b) Quando ela no pode ser escrita nessa forma, ela dita

    irredutvel;

    c) Uma representao totalmente redutvel a soma direta derepresentaes irredutveis (estas podem aparecer vrias

    vezes), isto :

    ( )

    DaD= ,

    onde {a} so nmeros inteiros positivos e a dimenso de D a soma

    das dimenses de D(). ( oportuno salientar que essa soma norepresenta soma de matrizes!)-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 2.1.2 a) Demonstre que cada representao

    matricial D(G) de um grupo finito G equivalente a uma

    representao unitria;

    b) Demonstre que:

    ==

    ijn

    ijnnji GGGse,0

    GGGse,1)G(D ,

    onde GkG, uma representao fiel de G e denominada regular.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.1.1 Encontre um conjunto de representaes

    irredutveis do grupo S3.-------------------------------------------------------------------------------------

    O grupo S3, conforme vimos no Exemplo 1.2.1, dado

    por:

    E = (123) ; P1= (213) ; P2= (132) ; P3= (321) ; P4= (312) ;

    P5= (231) com a seguinte tabela de multiplicao:

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    4

    E P1 P2 P3 P4 P5E E P1 P2 P3 P4 P5

    P1 P1 E P4 P5 P2 P3P2 P2 P5 E P4 P3 P1P3 P3 P4 P5 E P1 P2P4 P4 P3 P1 P2 P5 EP5 P5 P2 P3 P1 E P4

    a) Primeiramente vamos encontrar as representaes uni-dimensionais

    de S3. A tabela de multiplicao acima nos mostra que:

    EP21 = ; EP22 = ; EP

    23 = ,

    ento:

    1)(PD)(PD)(PD)(PD1(E)D)(PD 2112

    112

    1 ===== ,

    ento:D (P1) = 1.

    Analogamente:

    D (P2) = D (P3) = 1.

    Por outro lado, temos:

    EPPPPP;PP 45424

    345

    24 ==== ,

    EPPPPP;PP 54525

    354

    25 ==== ,

    ento:

    1(E)D)(PD)(PD)(PD)PP(D)P(D 43

    4244

    24

    34 ===== ,

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    5

    logo:

    234 t,t,11)(PD == , onde: 32

    i

    2

    1t += .

    Analogamente:

    245 tt,1,)(PD)(PD == .

    Examinando-se, ainda, a tabela de multiplicao de S3, v-se que:

    P1P2= P4 e P1P3= P5,

    ento:

    D (P1P2) = D (P1) D (P2) = D (P4) (1) (1) = 1 = D (P4).

    Analogamente:

    D (P1P3) = D (P5) = 1,

    v-se, ento, que das trs solues de D(P4) = D(P5), apenas a soluo1 satisfatria. Assim, temos apenas duas representaes uni-

    dimensionais de S3:

    D(1)(g) = 1, g S3,

    D(1)(E) = D(1)(P4) = D(1)(P5) = 1,

    D(1)

    (P1) = D(1)

    (P2) = D(1)

    (P3) = 1.

    Tais representaes so Homorfismos.

    b) Agora, vamos encontrar uma representao bi-dimensional de S3.

    Sendo D(2)(E) = I, ento (2)1 0

    D (E) =0 1

    .

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    6

    Por outro lado, temos (vide tabela de multiplicao):

    EPPP 2322

    21 === ,

    ento:

    D(2) ( 2iP ) = D(2)(E) = I; (i = 1,2,3).

    Seja:

    (2)i

    a bD (P ) =

    c d

    ,

    ento:

    1.dbc;0cdac

    0bdab;1bca

    10

    01

    dc

    ba

    dc

    ba

    2

    2

    =+=+

    =+=+

    =

    Tomemos a equao:

    ab + bd = 0 b (a+d) = 0 b = 0 (ou a = d).

    Tomamos, no entanto, b = 0. Ento, sendo:

    a2+ bc = 1 a2=1 a = 1.

    Por outro lado, temos:

    ac + cd = 0 c (a+d) = 0 c = 0 (ou a = d).

    Tomemos, no entanto, c = 0. Ento, sendo:

    bc + d2= 1 d2= 1 d = 1.

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    7

    Assim, podemos ter trs possibilidades para a representao D(2)(Pi):

    10

    01

    ;10

    01

    ;10

    01

    .

    Vamos escolher a primeira delas e supor que:

    (2)2

    -1 0D (P ) =

    0 1

    .

    Se, no entanto, fizermos:

    (2) (2)1 3

    1 0 -1 0D (P ) = e D (P ) = ,

    0 -1 0 -1

    veremos que, sendo [vamos descarregar o ndice (2)]:

    P1P3= P5, ento D (P1P3) = D (P1) (P3) = D (P5).Ora:

    D (P1) D (P3) =

    =

    10

    01

    10

    01

    10

    01= D (P2) D (P5).

    Por outro lado:

    D (P2) D (P3) = D (P2P3) = D (P4), pois P2P3= P4.

    Ora:

    D (P2) D (P3) =

    =

    10

    01

    10

    01

    10

    01= D (P1) D (P4).

    Por fim:

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    8

    D (P2) D (P1) = D (P2P1) = D (P5), pois P2P1= P5.

    Ora:

    D (P2) D (P1) =

    =

    10

    01

    10

    01

    10

    01= D (P3) D (P5).

    Agora, vamos escolher uma outra possibilidade para as

    representaes D (Pi) (i = 1,2,3), isto :

    =

    10

    01)P(D 2 ;

    =

    10

    01)P(D 1 ;

    =

    10

    01)P(D 3 .

    De maneira anloga ao caso anterior, demonstra-se que:

    D (P2) D (P1) = D (P5) D (P2P1),

    D (P2) D (P3) = D (P4) D (P2P3).

    Tomemos, agora, uma outra alternativa, qual seja:

    =

    10

    01)(PD 2 ;

    =

    10

    01)(PD 1 ;

    =

    10

    01)(PD 3 .

    Portanto, com esses valores, fcil ver que:

    D (P2) D (P1) = D (P5) D (P2P1),

    D (P2) D (P3) = D (P4) D (P2P3),

    D (P1) D (P3) = D (P5) D (P1) D (P3).

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    9

    Assim, s nos resta uma de trs possibilidades:

    2

    -1 0

    D (P ) = 0 1

    ou 21 0

    D (P ) = 0 -1

    ou

    2

    -1 0D (P ) =

    0 -1

    .

    Procuremos, agora, outras representaes. Sendo:

    (P4)3= (P5)3= E, ento:

    D3(P4) = D3(P5) = D (E) =

    1 0

    0 1

    .

    Tomemos, portanto:

    =dcba)P(D 4 .

    Existe uma infinidade de solues. Vamos, inicialmente,

    escolher uma matriz real e unitria, isto , ortogonal. Ento, teremos:

    D1(P4) [Di j(P4)]T = Dj i(P4) =

    db

    ca.

    A inversa dessa matriz ser:

    -1i j 4 j i

    d -b a c1 1D (P ) Cof D = =

    -c a b ddetD (ad-bc)

    .

    Portanto:

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    10

    dbcad

    a;bbcad

    c;cbcad

    b;abcad

    d=

    =

    =

    =

    .

    Tomemos:

    .1)bcad(1

    )bcad()bcad(dbcad

    dd

    bcad

    aea

    bcad

    d 2

    =+=

    ==

    =

    =

    Se:

    ad bc = +1 a = d e b = c.

    Ou, se:

    ad bc = 1 a = d e b = c.

    Assim:

    4

    a bD (P ) =

    -b a

    ou 4a b

    D (P ) =c -a

    .

    Escolhendo:

    4a bD (P ) =-b a

    .

    Sendo, ainda:

    D3(P4) = I, ento:

    3a b 1 0

    =

    -b a 0 1

    , com a2+ b2= 1,

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    11

    vir:

    33 2 2 3

    3 2 3 2a b 1 0a -3b a 3a b-b= =-b a 0 1b -3a b a -3ab

    .

    Portanto:

    3a2 b3= 0,

    b (3a2 b2) = 0 b = 0 ou 3a2= b2.

    A soluo b = 0 descartvel, seno a representao seria

    redutvel. Tomemos, portanto, a segunda soluo:

    3a2= b2= 1 a2 4a2= 1 a1

    2= .

    321bb

    413 2 ==

    .

    Por outro lado, temos:

    a2 3b2a = 1 a (a2 3b2) = 1 23

    a a -3 =14

    ,

    21a148a14941a ===

    .

    Finalmente, escolhendo 32

    1b = , teremos:

    4

    -1 - 31D (P )=

    2 3 -1

    .

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    12

    Sendo:

    35

    1 0D (P )=0 1

    , ento 5-1 31D (P )=

    2 - 3 -1

    ,

    j que tomamos 32

    1b= .

    Anteriormente, vimos que D (P2) tem trs possibilidades.

    Vamos escolher a seguinte:

    2

    -1 0D (P )=

    0 1

    .

    Agora, vamos determinar as outras representaes restantes,

    isto , D (P1) e D (P2). Sendo:

    D (P1) D (P2) = D (P1P2) = D (P4), teremos:

    a b -1 0 -1 - 31 =

    c d 0 1 2 + 3 -1

    2

    1a= ; 3

    2

    1b = ;

    3

    2

    1c = e

    2

    1d = , ento:

    1

    1 - 31D (P ) =

    2 - 3 -1

    .

    Por fim:

    D (P2) D (P

    3) = D (P

    2P

    3) = D (P

    4), ento:

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    13

    -1 0 a b -1 - 31 1 1 = a= ; b= 3 ;

    0 1 c d 2 2 23 -1

    1 1c = 3 e d = - , ento:

    2 2

    3

    1 31D (P )=

    2 3 -1

    .

    Em resumo, uma das representaes irredutveis de S3 ter o

    seguinte quadro (os ndices A e B diferenciam as representaes

    unidimensionais):

    DA(1) DB

    (1) D(2)

    E 1 1

    10

    01

    P1 1 1

    13

    3121

    P2 1 1

    10

    01

    P3 1 1

    133121

    P4 1 1

    13

    3121

    P5 1 1

    13

    3121

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    14

    Exerccio 2.1.3 Encontre:

    a) Os geradores do grupo S3;b) Uma outra representao

    irredutvel e bi-dimensional de S3;

    c) Todas as representaes

    irredutveis do grupo dado pela seguinte tabela de multiplicao:

    E A B CE E A B CA A E C BB B C E AC C B A E

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.1.2Encontre uma representao tridimen-

    sional e regular para o grupo alternativo A3.-------------------------------------------------------------------------------------

    O grupo alternativo A3 formado por:

    G1= (123); G2= (312); G3= (231), de modo que fcil ver que:

    G1G2= G2; G1G3= G3; G2G3= G1; 121 GG = ; 3

    22 GG = ; 2

    23 GG = .

    Agora, usaremos a definio de representao regular,isto :

    n j i(3)ij n

    1, se G G =GD {G }=

    0, nos demais casos.

    Portanto [vamos descarregar o ndice (3)]:

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    15

    D11(G1) = 1 ; D12(G1) = 0 ; pois G1G2G1,

    D13(G1) = 0 ; pois G1G3G1,

    D21(G1) = 0 ; pois G1G1G2; D22 (G1); = 1; pois G1G2= G2,

    D23(G1) = 0; pois G1G3G2; D31(G1) = 0; pois G1G1G3,

    D32(G1) = 0; pois G1G2G3; D33(G1) = 1; pois G1G3= G3.

    Logo [vamos carregar o ndice (3)]:

    (3)1

    1 0 0D (G )= 0 1 0

    0 0 1

    .

    De maneira anloga, demonstra-se que:

    (3) 2

    0 0 1

    D (G )= 1 0 00 1 0

    e (3) 3

    0 1 0

    D (G )= 0 0 11 0 0

    .

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 2.1.4 a) Calcule D (G2) e D (G3) do

    Exemplo 2.1.2;

    b) Encontre uma representao 6

    dimensional regular para S3;

    c) Encontre representaesequivalentes da representao regular de A3, para:

    =

    010

    100

    001

    S1 e

    =

    102

    211

    010

    S2 ;

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    16

    d) Encontre a representao

    regular para o grupo cclico {E, A, B, C}, onde B = A2 ; C = A3 ; E

    = A4.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.1.3 Mostre que o conjunto de operadores

    lineares {OR} definido por:

    )x(R)x(ORrr

    ; onde xRx rr

    ,

    forma um grupo. Calcule, ento, suas representaes. (Esses operadores

    so chamados de Operadores de Wigner.)-------------------------------------------------------------------------------------

    a) Vamos mostrar, inicialmente, que esse conjunto {OR}

    forma um grupo.

    I) Condio de fechamento

    Seja: [ ] )x(R)x(ORrr

    , ento:

    ].x[(SR))x()O(O

    )]x(R[S)x(RO)]x([OO)x()OO(

    RS

    SRSRS

    rr

    rrrr

    =

    ===

    Sendo SR = T, ento:

    )x(T)x()OO( RSrr

    = , logo:

    OSOROTOSR, um Operador de Wigner!

    II) Condio de Associatividade:

    [(OSOR) OT] =)x( r

    OSOR[ )xT( r

    ] = OS )xSRT()]xRT([ rr= .

    Por outro lado, temos:

    )x(SRT)]x(RT[O)]x(T[OO)x()]O[(O)O(SRSTRS

    rrrr=== ,

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    17

    ento:

    (OSOR) OT= OS(OROT).

    III) Elemento Unidade:

    )x(E)x()x(E)]x([OErrrr

    === ,

    OEE.

    IV) Elemento Inverso

    ,)x(E)x()x(E)xR(R)]x(R[O)]x([OO 11RR1Rrrrrrr =====

    ento:

    1RRRR ]O[OEOO 1-1

    = .

    b) Agora, vamos mostrar que as matrizes definidas por:

    n)...,2,1,(i)x()R(D)x(R)x(O jijn

    1jiiR ==

    =

    rrr ,

    so representaes do grupo {OR}.

    Calculemos:

    [ ] ).x((R)D(S)D

    )x((R)D(S)D)x((S)D(R)D

    )x((S)D(R)D)x(O(R)D

    )x((R)DO)x(RO)x(OO

    kik

    n

    1k

    kijjk

    n

    1kkjkij

    n

    1kj,

    kjk

    n

    1kij

    n

    1jjSij

    n

    1j

    jij

    n

    1jSiSiRS

    r

    rr

    rr

    rrr

    =

    ==

    ===

    =

    =

    ===

    ===

    ===

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    18

    Por outro lado, temos:

    )x((SR)D)x(O)x(OO kikn

    1kiSRiRSrrr

    === .

    Assim:

    )x((SR)D)x((R)]D(S)[D kikn

    1kkik

    n

    1k

    rr

    === .

    Ento:

    D (S) D (R) = D (SR).-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.1.4 Seja {R} = {R1, R2, R3, R4} o grupo derotaes do plano (xy) em torno do eixo dos z, atravs dos ngulos0, 90, 180 e 270, no sentido anti-horrio. Seja })x({ i

    ro conjunto

    dos Operadores de Wignerdefinido por:

    [ ] 111R y)(x,y)(x,Ry)(x,O === ,

    [ ] 222R (y,-x)y)(x,Ry)(x,O === ,

    [ ] 333R (-x,-y)y)(x,Ry)(x,O === ,

    [ ] 444R x)(-y,y)(x,Ry)(x,O === .

    Calcule as representaes de {R}.-------------------------------------------------------------------------------------

    a) Tomemos o elemento R1. Ento:

    1Rj1lj

    4

    1j1R y)(x,y)(x,O)(RDO

    11 ===

    =.

    Assim:

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    19

    )(RD)(RD)(RD)(RD 41143113211211111 +++= .

    Portanto:

    0D)(RD)(RD;1)(RD 14113112111 ==== .

    Por outro lado, temos:

    2Rj12j

    4

    1j2R (y,-x)(y,-x)O)(RDO

    11 ===

    =,

    41243123212211122 )(RD)(RD)(RD)(RD +++= .

    Portanto:

    D2 2(R1) = 1 ; D1 2(R1) = D32(R1) = D42(R1) = 0.

    Analogamente, demonstra-se que:

    D3 3(R1) = 1 ; D1 3(R1) = D23(R1) = D43(R1) = 0.

    D4 4(R1) = 1 ; D1 4(R1) = D24(R1) = D34(R1) = 0.

    Assim [carregando o ndice (4)]:

    (4) 1

    1 0 0 0

    0 1 0 0D (R ) = E0 0 1 0

    0 0 0 1

    .

    b) Agora, tomemos o elemento R2. Ento:

    2Rj2ij

    4

    1j1R (y,-x)y)(x,O)(RDO

    22 ===

    =.

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    20

    Assim:

    42413231222112112 )(RD)(RD)(RD)(RD +++= .

    Portanto:

    1)(RD;0)(RD)(RD)(RD 212214213211 ==== .

    Por outro lado, temos:

    3Rj22j

    4

    1j2R (-x,-y)(y,-x)O)(RDO

    22

    ====

    .

    Assim:

    42423232222212123 )(RD)(RD)(RD)(RD +++= .

    Portanto:

    D3 2(R2) = 1 ; D1 2(R2) = D22(R2) = D42(R2) = 0.Analogamente, demonstra-se que, sendo:

    )(RD(-x,-y)OO j23j4

    1j4R3R 22 ====

    e

    )(RD)y,x(x)(-y,OO j24j4

    1j1R4R 22 =====

    ento:

    D4 3(R2) = 1 ; D1 3(R2) = D23(R2) = D33(R2) = 0,

    D1 4(R2) = 1 ; D2 4(R2) = D34(R2) = D44(R2) = 0.

    Portanto [carregando o ndice (4)]:

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    21

    (4)2

    0 0 0 1

    1 0 0 0D (R )=0 1 0 0

    0 0 1 0

    .

    -------------------------------------------------------------------------------------Exerccio 2.1.5 a) Encontre D (R3) e D (R4) do Exemplo

    2.1.4;

    b) Mostre que o operador H para umpotencial Coulombiano invariante por uma reflexo em torno daorigem;

    c) Mostre que {OR} e {R} soHomeomrficos.-------------------------------------------------------------------------------------

    2.2 Teoremas Fundamentais Sobre Representaes de

    Grupos

    Teorema 2.2.1 Cada representao matricial D {G} de

    um grupo G equivalente a uma representao unitria. (Cf. Exerccio

    2.1.2.a).

    Teorema 2.2.2 Uma matriz A que comuta com cada

    matriz D{R} de uma representao irredutvel de um grupo G mltipla da matriz unidade, isto : A = E.

    Demonstrao:

    Por hiptese, temos que:

    A D (R) = D (R) A, R G.

    Assim:

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    22

    [A D (R)]+ = [D (R) A]+

    D+(R) A+= A+D+(R).

    Pelo Teorema 2.2.1, D (R) unitria, ento:

    D+(R) = D-1(R).

    Portanto:

    D1(R) A+= A+D1(R).

    Por outro lado, segundo a Definio 2.1.1.b, temos:

    D1(R) = D (R1).

    Chamando R1= S, vir:

    D (S) A+= A+D (S).

    Assim, T G, teremos:

    D (T) A = A D (T),

    D (T) A+= A+D (T).

    Da teoria das matrizes sabe-se que toda matriz pode ser

    sempre decomposta em duas matrizes Hermitianas, isto :

    -iAAA += + , onde:

    ( ) ++++ =+= AAA21

    A ; ++ == A)A(Ai21A .

    Portanto:

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    23

    (T).DAA(T)D(T)D)A(A

    2

    1(T)DA

    2

    1

    (T)DA21A(T)D

    21A(T)D

    21)A(A

    21(T)DA(T)D

    +

    =

    +

    ++=++

    +=++=++=+

    Por outro lado:

    (T).DAA(T)D(T)D)A(A2i1(T)DA

    2i1

    (T)DAi2

    1A(T)D2i1A(T)D

    2i1)A(A

    2i1)T(DA(T)D

    =+=+

    =+=+=

    Portanto, suficiente considerar Acomo uma matriz Hermitiana. Seja

    H essa matriz, ento:

    D (R) H = H D (R),

    onde:

    D (R) D+(R) = E; H = H+.

    Se H Hermitiana, pelo Teorema Espectral da lgebra

    Linear, existe uma matriz unitria Uque a diagonaliza, ou seja:

    HD= U H U1.

    Faamos, ento, 1U(R)UD(R)D , portanto:

    (R),DHU(R)DUUHU

    (R)DHUUH(R)DUUHUU(R)DUH(R)D

    D11

    1111D

    ==

    ====

    ou seja:

    (R).DHH(R)D DD =

  • 7/23/2019 pd1685

    66/342

    24

    Tomando-se }{H jijiD = , vir:

    0)((R)D(R)D)R(Djjiijijiiijjji

    == .

    Se: G.R0,(R)D, jijjii =

    Ento, (R)D redutvel o que contraria a hiptese do teorema.

    Assim:

    EA ++ = e EA = .

    Portanto:

    E)i(EiEiAAA +++ +=+=+= EA= C.Q.D.

    Teorema 2.2.3 - Lema de Schur. Se {D (R)} de

    dimenso m e {D (R)} de dimenso n, so representaes de um

    grupo Ge A uma matriz m x ntal que:

    (R)AD'A(R)D = ,

    ento:

    a) Se m = n, logo A = 0 ou no-singular (det A 0), e neste caso

    D (R) e (R)D' so representaes equivalentes;

    b) Se m n, logo A uma matriz nula.

    Demonstrao:

    Por hiptese, temos que:

    (R)D'AA(R)D = ,

    ou:

    [ ] [ ]++ = (R)'AD(R)AD ++++ = A(R)D')R(DA .

  • 7/23/2019 pd1685

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    25

    Sendo D+(R) uma matriz unitria (Teorema 2.2.1), temos:

    + -1D (R) = D (R) , ento:

    + -1 -1 +A D (R) = D' (R) A .

    Pela Definio 2.1.1.b, temos: )(RD(R)D -11 = .

    Chamando-se (S)D)(RD -1 = , vir:

    ++ = A(S)D'(S)DA .

    Portanto, T G, temos:

    (T)D'AA(T)D =

    e

    + +A D (T) = D' (T) A (multiplicando por A)

    +++ == AA(T)DA(T)D'A(T)DAA .

    Ora, se A A+comuta com D(T), pelo Teorema 2.2.2, vir:

    A A+= E.

    (a) Se m = n, ento A uma matriz quadrada, logo:

    det (A A+) = det (E) = n,

    det A. det A+= n (det A)2= n.

    a.I) Se 0, ento det A 0, logo existe A1, portanto:

    D (T) A = A D(T) A1D (T) A = A1A D' (T)

    D(T) = A1D (T) A, isto , D(T) e D(T) so equivalentes.

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    26

    a.II) Se = 0, ento A A+= 0 +k

    kjik AA = 0,

    ou k

    jkik *AA = 0.

    Tomando-se i = j, vir: k

    *ikik AA = 0

    k,i,0A0A ikk

    2ik = = .

    (b) Se m n, ento A uma matriz retangular. Tomando-se m

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    27

    onde nrepresenta a dimensionalidade da representao.

    Demonstrao:

    Como podemos multiplicar matrizes quadradas de ordensdiferentes, vamos, portanto, construir a seguinte matriz:

    A =R D()(R) B D+()(R) ,

    onde B uma matriz (x ) arbitrria. Multiplicando-se a matriz A

    definida acima, pela esquerda, por D ()(S), vir:

    D()(S)A =R D() (S) D() (R) B D+()(R) .

    Por hiptese, D so representaes unitrias, ento:

    D+()(R) = D1()(R) e D+ () (S) D()(S) = E .

    Por outro lado, segundo a Definio 2.1.1.b, temos

    D1 (S) = D(S1) ,

    ento:

    D()(S) A =R D()(S) D()(R) B D()(R1) .

    sendo:

    D()(S1) . D()(S) = D()(S1S) = D()(E) = E ,

    logo:

    D()(S) A =R D()(S) D()(R) B D()(R1)D()(S1)D()(S) .

    Usando-se a Definio 2.1.1.a, vir:

    D()(S) A =

    R

    D()(SR) B D()(R1S1) D()(S).

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    28

    Ora,

    R1S1 = (SR)1, ento:

    D()(S) A = R D()(SR) B D()[(SR)1] D()(S).

    Sendo, ainda, segundo a Definio 2.1.1.b,

    D1(R) = D (R1) e D1(R) = D+(R), ento:

    D()(S) A =R D()(SR) B D+()(SR) D() (S) .

    Pelo Teorema do Rearranjamento (Teorema 1.3.1), temos:

    R D()(SR) B D+() (SR) =

    R D()(R) B D +()(R).

    Portanto:

    D()(S) A =

    +R

    )()( (R)DB(R)D D()(S).

    Ento, D()(S) A = A D()(S) , devido definio de A.

    Agora, para demonstrar a tese do teorema, vamos usar o Lema de

    Schur(Teorema 2.2.3).

    a) Se D()(S) e D()(S) so no-equivalentes (), ento

    A = 0, logo:

    Aim=jlR

    Dij()(R) BjDm

    +()(R) = 0 .

    Como B arbitrrio, vamos escolher Bj = 1, e os demais

    elementos nulos, ento:

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    29

    0)R(D)R(D )(m)(

    ijR

    = +l

    .

    b) Se D()(R) e D()(R) so equivalentes (=), ento:

    A = E Aim= im=( ) ()

    j mijR j,

    D (R) B D (R) + l ll

    .

    Como B arbitrrio, vamos escolher Bj = 1 e os demaiselementos nulos, ento:

    im = .)R(D)R(D)(

    m

    )(

    ijR

    +l

    Colocando-se i = m e somando-se os dois lados dessa equao

    para i = 1,2,...,n, vir:

    =

    =

    +

    =

    n

    1i

    )(i

    R

    n

    1i

    )(ij )R(D)R(D l ii = n.

    Por outro lado, temos:

    = =

    =

    +

    =

    )R(D)R(D)R(D)R(D )(1iR

    n

    1i

    )(ij

    )(i

    R

    n

    1i

    )(ij ll

    = = =

    =

    =

    )R(D)R(D)R(D)R(D )(ij

    1

    R

    n

    1i

    )(i

    1)(i

    R

    n

    1i

    )(ij ll

    =R [D()(R1) D()(R)]j=

    R [D()(R1R)]j =

    =R D()(E)j= gj.

    Assim:

    n= g j = j n

    gl ,

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    30

    e

    )R(D)R(D )(m)(

    ijR

    = +l

    j

    n

    gl im .

    Agora, juntando-se os resultados dos itens a) e b), teremos:

    )R(D)R(D )(m)(

    ijR

    = +l

    n

    g jim. C.Q.D.

    2.2.1 Interpretao Geomtrica do Teorema daOrtogonalidade

    O Teorema da Ortogonalidade (Teorema 2.2.4) nos

    mostra que se tomarmos as representaes como vetores de um

    espao vetorial de dimenso g, tais vetores so Ortogonais nesse

    espao (espao de elemento do grupo). Esses vetores so

    representados por trs ndices: , ndice da dimenso da

    representao, e i e j, ndices de linha e de coluna da representaopropriamente dita. Os eixos desse espao vetorial so representados

    pelos elementos componentes do grupo R = {E,A2,...,Ag}.Portanto, tais

    vetores so denotados por )}R(D{ )(ij , onde R representa o ndice de

    componentes desses vetores. Quantos desses vetores existem? Uma

    representao D()de dimensionalidade n constituda de matrizes(n x n), portanto, contm 2n desses vetores. Assim, o nmero

    total deles, vale:

    n12+ n2

    2+ n32+ . . . =

    =

    N

    1

    2n ,

    onde essa soma se estende a todas as representaes irredutveis no-

    equivalentes. Ora, na teoria dos espaos vetoriais demonstra-se que o

    nmero de vetores ortogonais no excede a dimenso do espao,

    ento:

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    31

    =

    N

    1

    2n g.

    ------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 2.2.1 Demonstre a Relao de Completezapara asrepresentaes de um dado grupo:

    'RR)(*

    ij)(

    ij

    N

    1

    n

    1j,i

    )'R(Dg

    n)R(D

    g

    n =

    = = .

    -------------------------------------------------------------------------------------

    2.3 Carteres das Representaes

    Definio 2.3.1 O trao de uma representao matricial)(

    ijD (R) chamado de carter de Re denotado por:

    X() (R) = tr )(ijD (R) = )R(D

    i

    )(ii

    .

    Da definio acima, resultam as seguintes conseqncias:

    a) Duas representaes equivalentes do mesmo grupo tm os

    mesmos carteres, j que o trao de duas matrizes equivalentes so

    iguais;

    b) O carter da representao do elemento unitrio Edo grupo

    igual dimensionalidade da representao, pois a matriz correspon-dente a E a matriz unitria;

    c) Todos os elementos de uma dada classe de um grupo tm o

    mesmo carter, pois que se A um elemento de uma classe, o outro

    tem a forma XAX1e as correspondentes matrizes tm traos iguais.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.3.1 Calcule os carteres do grupo S3.

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    32

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Usando-se a Definio 2.3.1 e o resultado do Exemplo 2.1.1,

    fcil construir a seguinte tabela de caracteres do grupo S3.

    CLASSE X(1) X(2) X(3) ELEMENTOSC1 1 1 2 E

    3C2 1 1 0 P1,P2, P3,2C3 1 +1 1 P4, P5

    Teorema 2.3.1 Os carteres das representaes irredutveis de

    um grupo formam um conjunto vetores ortogonais no espao deelemento de grupo.

    Demonstrao:

    Vamos partir do Teorema da Ortogonalidade (Teorema

    2.2.4):

    )R(D)R(D )(m)(ijR = +l n

    g

    imj.

    Faamos i = j e m = e somemos sobre esses ndices,

    assim:

    = +i

    i

    R i

    )()(ii .n

    g)R(D)R(D

    lll

    ll

    Usando-se a definio de carter (Definio 2.3.1), vir

    = + (R)(R) XX )()(R

    n

    g

    l,i (i)2.

    Sendo:

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    33

    l,i (i)2= n , teremos:

    = + )R(X)R(X )()(R

    g.

    Porm:

    X+() (R) = X*()(R) , logo:

    = )R(X)R(X )*()(

    R

    g.

    Contudo, se Ck representa o nmero de elementos em umaclasse Cke S o nmero de classes, ento:

    )C()(*Xg

    c)C(X

    g

    c

    gc)C(X)C(X

    kk

    k)(k

    S

    1k

    kk)(*

    k)(

    S

    1k

    =

    =

    ==

    ==

    . C.Q.D.

    2.3.1 Interpretao Geomtrica do Teorema da

    Ortogonalidade dos Carteres de um Grupo

    O Teorema 2.3.1 nos mostra que se considerarmos os

    carteres das representaes irredutveis de um grupo como sendo

    vetores de um espao S-dimensional, tais vetores so ortogonais.

    Pela Teoria dos Espaos Vetoriais, o nmero desses vetores no

    excede a dimenso do espao, ou seja: n S.

    Teorema 2.3.2 Para um grupo finito, temos:

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    34

    a) ,gn 2 =

    b) N = S, isto , o nmero de representaes irredutveis do

    grupo igual ao nmero de classes.

    Demonstrao:

    Parte a:

    Segundo a Definio 2.1.4.c, temos:

    D (R) = )R(Da )( .

    Usando-se a definio de carter de um grupo (Definio 2.3.1)

    vir:

    Xj(Ck) = )C(Xa k)(

    j

    .

    Multiplicando-se ambos os membros da equao acima

    por kk)*(

    j c)C(X , e somando-se em k, teremos:

    kk)*(

    jk)(

    jk

    kk)*(

    jkjk

    c)C(X)C(Xac)C(X)C(X

    =

    Usando-se o resultado do Teorema 2.3.1, resulta:

    ,gaagc)C(X)C(X kk)*(

    jkjk

    ==

    )R(X)R(Xg

    1c)C(X)C(X

    g

    1a )(*

    Rkk

    )(*jkj

    k

    == .

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    35

    Para demonstrar o proposto no item a) do Teorema em

    questo, vamos considerar as representaes regulares do grupo, sem,

    contudo, com isso, perdermos a generalidade. As representaes

    regulares so definidas por:

    =

    =.casosdemaisnos,0

    ,GGGse,1)G(D

    ij)reg(ij

    Da definio acima, v-se que:

    )G(D )reg(ij = 1, para G= E, pois: EGi= Gi. Ento:

    X(reg)(E) = g ; X(reg)(R) = 0, para R E.

    Portanto, a expresso para a deduzida anteriormente, tomar a

    seguinte forma:

    *() (reg) *()

    R R

    *()

    1 1a = X(R) X (R) = X (R) X (R) =

    g g

    1= g X (E) a = n

    g

    Por outro lado, temos:

    Xj(R) = aXj

    ()(R) ,

    ento:

    Xj(reg)(R) =

    N

    1= aXj

    ()(R) .

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    36

    Porm: a= ne Xj(reg)(R) = g, se R = E, logo:

    g =N

    1= a

    X

    j

    ()(E) =N

    1= a

    n

    ,

    g =N

    1= n

    2 . C.Q.D.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 2.3.1. Demonstre:

    a) O item b) do Teorema 2.3.2;

    b) O Teorema da Completeza:

    N

    1= X(C) ll kkk

    )*( gc)C(Xc =

    ou:

    lll

    kk)(*k)( )C(X

    g

    c)C(X

    g

    c =

    ,

    onde N o nmero de elementos na classe ck de uma representao

    irredutvel de um dado grupo;

    c) )(CXNC)(CXN)(CXN)(

    kjik

    )(

    kj

    )(

    j lllll

    = .-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.3.2 Estude a decomposio em representaes

    irredutveis do grupo S3.-------------------------------------------------------------------------------------

    Os elementos do grupo S3so: E, P1, P2, P3, P4e P5. Ento,sendo:

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    37

    2

    N

    1nng

    == , logo: 6 = 12+ 12+ 22,

    o que significa dizer que o grupo S3 tem apenas duas representaesirredutveis de dimenso 1 e apenas uma de dimenso 2. Portanto,

    qualquer representao de dimenso 3 ser redutvel. Calculemos uma

    dessas representaes.

    a) Elemento

    =

    321

    321E .

    =

    100

    010

    001

    (E)D ,

    b) Elemento

    = 312

    321

    P1 .

    Como essa permutao troca o primeiro elemento pelo segundo

    e deixa o terceiro irredutvel, vir:

    =

    c

    a

    b

    c

    b

    a

    IHG

    FED

    CBA

    ,

    =++

    =++

    =++

    cIcHbGa

    aFcEbDa

    bCcBbAa

    ento:

    A = C = 0; B = D = 1 = 1;

    E = F = G = H = 0.

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    38

    1

    0 1 0

    D (P )= 1 0 0

    0 0 1

    .

    c) Elemento

    =

    231

    321P2 .

    fcil ver que:

    =

    =

    bc

    a

    cb

    a

    010100

    001

    bc

    a

    cb

    a

    )(PD 2 ,

    ento:

    =

    010

    100

    001

    )(PD 2 .

    d) Elemento

    =

    123

    321P3 .

    fcil ver que:

    =

    =

    a

    b

    c

    c

    b

    a

    001

    010

    100

    a

    b

    c

    c

    b

    a

    )(PD 3 , ento:

    =

    001

    010

    100

    )(PD 3 .

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    39

    e) Elemento

    =

    213

    321P4 .

    fcil ver que:

    =

    =

    =

    010

    001

    100

    )(PD

    b

    a

    c

    c

    b

    a

    010

    001

    100

    b

    a

    c

    c

    b

    a

    )(PD 44 .

    f) Elemento

    = 132

    321

    P5 .

    fcil ver que:

    =

    =

    =

    001

    100

    010

    )(PD

    a

    c

    b

    c

    b

    a

    001

    100

    010

    a

    c

    b

    c

    b

    a

    )(PD 55 .

    Portanto, a tabela de carteres dessa representao ser:

    CLASSE ELEMENTOS XC1 E 33C2 P1, P2, P3 12C3 P4, P5 0

    Essa tabela de carteres nos permite descrever que:

    ( )(R)Da(R)D = ,

    ou:

    ( )* j K j k kk

    1a X (C )X (C ) c

    g= .

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    40

    Portanto:

    *(1) *(1) *(1)

    1 1 1 1 2 2 2 3 3 3

    1a [X (C )X (C ) c X (C )X (C ) c X (C )X (C ) c ]

    61

    [3 1 1 1 1 3 0 1 2] 1,6

    = + + =

    = + + =

    *(2) *(2) *(2)2 1 1 1 2 2 2 3 3 3

    1a [X (C )X (C ) c X (C )X (C ) c X (C )X (C ) c ]

    61

    [3 1 1 1 ( 1) 3 0 1 2] 0,6

    = + + =

    = + + =

    *(3) *(3) *(3)3 1 1 1 2 2 2 3 3 3

    1a [X (C )X ( ) c X (C )X ( ) c X (C )X ( ) c ]

    61

    [3 2 1 1 0 3 0 (-1) 2] 1.6

    C C C= + + =

    = + + =

    Portanto: ..

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 2.3.2 Estude a decomposio das representaes

    irredutveis de uma representao 6-

    dimensional regular do grupo S3.

    -------------------------------------------------------------------------------------Exemplo 2.3.3 Verifique as relaes de ortogonalidade e de

    completeza para os caracteres das

    representaes irredutveis do grupo S3.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    As relaes de ortogonalidade e de completeza dos

    caracteres de um grupo so dadas, respectivamente, por:

    )3(2)1(1 DDD =

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    41

    ( ) ( )

    == gc)(C*X)(CX kk

    k

    S

    1k, (Teorema 2.3.1)

    e ( ) ( ) lll

    kkkN

    1)(C*X

    gc)(CX

    gc =

    =. (Exerccio 2.3.1.b)

    A tabela dos carteres de S3 dada por (cf. Exemplo 2.3.1):

    CLASSE ELEMENTOS X(1) X(2) X(3)C1 E 1 1 2

    3C2 P

    1, P

    2, P

    3 1 -1 0

    2C3 P4, P5 1 1 -1

    a) Relaes de Ortogonalidade

    (1) *(1) (1) *(1) (1) *(1)1 1 1 2 2 2 3 3 3

    1 1

    X (C )X (C ) c + X (C )X (C ) c +X (C )X (C ) c =

    1 1 1 1 1 3 1 1 2 6 g = g,= + + = =

    (1) *(2) (1) *(2) (1) *(2)1 1 1 2 2 2 3 3 3

    1 2

    X (C )X (C ) c + X (C )X (C ) c +X (C )X (C ) c =

    1 1 1 1 ( 1) 3 1 1 2 1-3 2 0 g = 0,= + + = + = =

    (1) *(3) (1) *(3) (1) *(3)1 1 1 2 2 2 3 3 3

    1 3

    X (C )X (C ) c + X (C )X (C ) c +X (C )X (C ) c =

    1 2 1 1 0 3 1 (-1) 2 2 0 2 0 g = 0.= + + = + = =Como:

    ( ) ( ) )C(X)(CX k*

    k = , portanto, as demais relaes de

    ortogonalidade so idnticas a essas demonstradas acima.

  • 7/23/2019 pd1685

    84/342

    42

    b) Relaes de Completeza

    (1) *(1) (2) *(2)1 1 1 11 1 1 1

    (3) *(3)1 11 1 1 1

    c c c cX (C ) X (C ) + X (C ) X (C ) +g g g g

    c c 111 111 221+ X (C ) X (C ) = + + =1 = =1,

    g g 6 6 6

    (1) *(1) (2) *(2)1 2 1 21 2 1 2

    (3) *(3)1 21 2

    1 2

    c c c cX (C ) X (C ) + X (C ) X (C ) +

    g g g g

    c c 1 3 1 3+ X (C ) X (C ) = 1 1 + 1 (-1) +

    g g 6 6 6 6

    1 3 3 3+ 2 + 0 = - = 0 = ,

    6 6 6 6

    ++ )(CXgc

    )(CXgc

    )(CXgc

    )(CXgc

    3(2)*3

    1(2)1

    3(1)*3

    1(1)1

    (3) *(3)311 3

    1 3

    cc 1 2 1+ X (C ) X (C ) = (+1) 1 + 1

    g g 6 6 6

    2 1 2 2 2 2 2 1 + 2 (-1) = + - = 0 = ,

    6 6 6 6 6 6

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    85/342

    43

    (1) *(1) (2) *(2)3 32 22 3 2 3

    (3) *(3)322 3

    2 3

    c cc cX (C ) X (C ) + X (C ) X (C ) +

    g g g g

    cc 3 2 3+ X (C ) X (C ) = (+1) (+1) + (-1)

    g g 6 6 6

    2 3 2 6 6 1 + 0 (-1)= - + 0 = 0 = ,

    6 6 6 6 6

    m

    (1) *(1) (2) *(2)2 2 2 22 2 2 2

    (3) *(3)2 22 2

    2 2

    X (C ) X (C ) X (C ) X (C )

    3 3 3X (C ) X (C ) 1 1 ( 1)

    6 6 6

    3 3 3 3 3 ( 1) 0 0 1 ,

    6 6 6 6 6

    c c c c

    g g g g

    c c

    g g

    + +

    + = +

    + = + = =

    (1) *(1) (2) *(2)3 3 3 33 3 3 3

    c c c cX (C ) X (C ) + X (C ) X (C ) +g g g g

  • 7/23/2019 pd1685

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    44

    (3) *(3)3 33 3

    3 3

    c c 2 2 2 2+ X (C ) X (C ) = 1 1 + 1 1 +

    g g 6 6 6 6

    2 2 2 2 2+ (-1) (-1) = + + = 1 = .

    6 6 6 6 6Como:

    ( ) ( ) )C(X)(CX k*

    k = , portanto, as demais relaes de

    completeza so idnticas a essas demonstradas acima.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exerccio 2.3.3Verifique as relaes de ortogonalidade e

    de completeza para as representaes irredutveis do grupo S3.-------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo 2.3.4 Construa a tabela de carteres do grupo

    alternativo A4.

    -------------------------------------------------------------------------------------Primeiro, vamos construir os elementos do grupo A4, que

    formado pelas permutaes pares de 4 elementos. O nmero ( N ) deelementos desse grupo dado por:

    n! 4!N = = =12

    2 2,

    assim constitudos:

    =

    4321

    4321I ;

    =

    3412

    4321A ;

    =

    2143

    4321B ;

    =

    1234

    4321C ;

    =

    2431

    4321D ;

    =

    3241

    4321E ;

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    87/342

    45

    =

    1342

    4321F ;

    =

    4132

    4321G ;

    =

    1423

    4321H ;

    =

    42134321

    J ;

    =

    31244321

    K ;

    =

    23144321

    L .

    Para calcular a tabela de carteres desse grupo A4 sem

    construir as representaes do mesmo, teremos de calcular

    primeiramente as classes equivalentes dos elementos do grupo. Para

    isso, vamos seguir o que foi feito no Exemplo 2.3.3. Assim, depois deum clculo simples, porm longo, mostra-se que:

    C1= {I} ; C2= {A,B,C} ; C3= {D,F,J,K} ; C4= {E,G,H,L}.

    Sendo o nmero de representaes irredutveis igual ao

    nmero de classes ento, o grupo A4ter as seguintes representaes:

    D(1), D(2), D(3)e D(4),

    sendo X(1); X(2); X(3)e X(4), os carteres correspondentes.

    Como as dimensionalidades das representaes satisfazem