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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CÂMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS PATRICIA CARINA SCHOENBERGER ADEQUAÇÕES DE SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CÂMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE São Miguel do Oeste SC 2018

PATRICIA CARINA SCHOENBERGER ADEQUAÇÕES DE …

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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA

CÂMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS

PATRICIA CARINA SCHOENBERGER

ADEQUAÇÕES DE SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS

AGRÁRIAS DO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA – CÂMPUS SÃO

MIGUEL DO OESTE

São Miguel do Oeste – SC

2018

PATRICIA CARINA SCHOENBERGER

ADEQUAÇÕES DE SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS

AGRÁRIAS DO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA – CÂMPUS SÃO

MIGUEL DO OESTE

Relatório de estágio apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Alimentos do Câmpus São Miguel do Oeste do Instituto Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do diploma de Tecnólogo em Alimentos.

Orientadora: Me. Bruna Gracioli Coorientadora: Dra. Francieli Maria Libero

São Miguel do Oeste - SC

2018

PATRICIA CARINA SCHOENBERGER

ADEQUAÇÕES DE SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS DO

INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA – CÂMPUS SÃO MIGUEL DO

OESTE

Este trabalho foi julgado adequado como requisito parcial para obtenção do título de

Tecnólogo em Alimentos, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

de Santa Catarina, e aprovado na sua forma final pela comissão avaliadora abaixo

indicada.

São Miguel do Oeste, 20, abril de 2018.

__________________________

Bruna Gracioli, Mestre

Orientadora

___________________________

Larissa Vargas Becker, Mestre

Instituto Federal de Santa Catarina – São Miguel do Oeste

__________________________

Fernanda Broch Stadler, Doutora

Instituto Federal de Santa Catarina – São Miguel do Oeste

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado saúde e fé para superar as

dificuldades que encontrei durante a minha trajetória. A minha família que sempre me

apoiou e me motivou em todos os momentos.

Ao Instituto Federal de Santa Catarina, pela oportunidade de realizar o estágio,

e pelo excelente ensino que obtive dessa instituição.

Aos meus colegas e amigos do curso superior de Tecnologia em Alimentos por

me ajudarem e alegrarem meus dias de aula.

Agradeço a minha orientadora e coorientadora Bruna Gracioli e Francieli Maria

Libero, pela ajuda no desenvolvimento desse trabalho. E a todos que direta ou

indiretamente me auxiliaram no desenvolvimento desse relatório, о meu muito

obrigada.

RESUMO

Ao trabalhar em laboratórios é necessário tomar algumas medidas de precaução, pois

estes ambientes possuem diversos tipos de riscos, podendo ser, físicos, químicos,

biológicos e ergonômicos. Sendo assim, o objetivo desse estágio foi realizar certas

adequações nos laboratórios de microbiologia, química e bromatologia do Setor de

Ciências Agrárias, como forma de diminuir a possibilidade da ocorrência de acidentes

e o melhor armazenamento, segregação, classificação e identificação de resíduos

químicos. O estágio foi realizado no Instituto Federal de Santa Catarina, no Câmpus

São Miguel do Oeste. Dentre as atividades realizadas pode-se destacar a segregação

e identificação de resíduos químicos; a fixação de pictogramas de identificação para

os equipamentos de proteção coletiva e dos equipamentos que podem ocasionar

acidentes e a elaboração de arquivos contendo as fichas de informação de segurança

de produtos químicos (FISPQ) para os reagentes que se encontram disponíveis nos

laboratórios. Sendo possível observar que o Instituto Federal está comprometido com

as melhorias nos laboratórios, buscando se adequar às legislações vigentes.

Palavras-Chave: Resíduos químicos. Risco. Segurança de Laboratório.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Diagrama de Hommel: sistema de identificação de riscos ........................ 20

Figura 2 - Rótulo de resíduos do IFSC - câmpus SMO ............................................. 23

Figura 3 - Catalogação das FISPQ ........................................................................... 25

Figura 4 - Chuveiro com lava olhos de emergência .................................................. 27

Figura 5 - Capela de exaustão de gases ................................................................... 28

Figura 6 - Mufla contendo pictograma de sinalização ............................................... 29

Figura 7 - Estufas incubadoras com pictograma de cuidado ..................................... 30

Figura 8 - Capela de fluxo laminar ............................................................................ 31

Figura 9 - Resíduo devidamente rotulado ................................................................. 33

Figura 10 - Resíduo sólido devidamente rotulado ..................................................... 33

Figura 11 - Caixa Descarpack ................................................................................... 35

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Ca – Certificado de Aprovação.

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva.

EPI - Equipamento de Proteção Individual.

FISPQ – Fichas de informação de Produtos Químicos.

IFSC – Instituto Federal de Santa Catarina.

MEC – Ministério da Educação.

NBR – Norma brasileira aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

NR – Normas regulamentadoras.

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos.

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada.

SETEC – Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11

2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 11

2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 11

3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO ............................................................... 12

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................................................... 13

4.1 Conceitos e normas de segurança de laboratório ......................................... 13

4.1.1 Equipamentos de proteção individual ............................................................... 14

4.1.1.1 Jaleco ............................................................................................................ 14

4.1.1.2 Luvas ............................................................................................................. 14

4.1.1.3 Óculos de segurança..................................................................................... 15

4.1.1.4 Protetores faciais ........................................................................................... 15

4.1.1.5 Proteção para pernas e pés .......................................................................... 15

4.1.2 Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) ..................................................... 16

4.1.2.1 Capelas e Exaustores ................................................................................... 16

4.1.2.2 Chuveiros de emergências com lava olhos ................................................... 16

4.2 Conceitos a respeito das substâncias toxicas, reativas e inflamáveis e

conceito sobre fichas de informação de segurança de produtos químicos (FISPQ)

.................................................................................................................................. 17

4.2.1 Produtos Químicos Inflamáveis ou Combustíveis ............................................ 17

4.2.2 Produtos Químicos Oxidantes .......................................................................... 18

4.2.3 Produtos Químicos Reativos ............................................................................ 18

4.2.4 Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ............. 18

4.3 Conceito a respeito de sinalizações para equipamentos de proteção e a

identificação das áreas de risco ............................................................................ 20

4.4 Classificação, identificação, rotulagem e armazenamento de resíduos ...... 21

4.4.1 Classificação de resíduos ................................................................................. 21

4.4.2 Rotulagem de resíduos químicos ..................................................................... 22

4.4.3 Armazenamento de resíduos ........................................................................... 23

4.5 Catalogação de fichas de informação de segurança de produtos químicos

(FISPQ) ..................................................................................................................... 24

4.6 Sinalização de pictogramas de identificação de EPCs e equipamentos ...... 25

4.6.1 Sinalização de EPCs ........................................................................................ 26

4.6.2 Fixação de pictogramas nos equipamentos que oferecem risco físico e

microbiológico ........................................................................................................... 28

4.7 Resíduos gerados nos laboratórios ................................................................ 31

4.7.1 Quantificação ................................................................................................... 31

4.7.2 Rotulagem de resíduos .................................................................................... 32

4.7.3 Armazenamento de resíduos ........................................................................... 34

4.7.3.1 Resíduos microbiológicos .............................................................................. 34

4.7.3.2 Resíduos perfurocortantes ............................................................................ 34

4.7.3.3 Resíduos químicos ........................................................................................ 35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 36

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37

9

1 INTRODUÇÃO

A segurança em laboratórios deve fazer parte dos procedimentos naturais que

o usuário adota perante a execução de qualquer atividade experimental. Isto é, a

segurança tem que fazer parte do próprio experimento (CARVALHO, 1999). Os

laboratórios apresentam uma série de situações, atividades e fatores potenciais de

risco aos analistas, os quais podem produzir alterações leves, moderadas ou graves.

Essas alterações podem causar acidentes de trabalho e/ou doenças nos indivíduos a

eles expostos (ZOCHIO, 2009).

Sendo assim, os analistas devem ter conhecimento da necessidade de

atenção e responsabilidade em seguir as orientações e normas de segurança,

necessárias para minimizar a possibilidade de acidentes, principalmente em relação

aos laboratórios escolares (IFSC- SJ, 2014). Assim para assegurar a segurança dos

alunos e demais usuários, é necessário realizar certas adequações nos laboratórios,

para precaver os usuários perante os riscos presentes no local.

Uma precaução é a fixação de pictogramas nos Equipamentos de Proteção

Coletiva (EPCs) e equipamentos que oferecem certos riscos, podendo ser de origem

física química e/ou microbiológica. Os pictogramas devem estar de acordo com a NR

26, a qual regulamente a utilização das cores no ambiente de trabalho e a NBR 7195,

onde especifica as cores que devem ser usadas em diferentes situações de

sinalização.

Outra precaução é a disposição das FISPQ dos reagentes utilizados, quem

devem estar presentes nos laboratórios, as quais fornecem informações sobre vários

dados dos produtos químicos, quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio

ambiente, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, recomendações sobre

medidas de proteção e ações em situação de emergência (BRASIL, 2009).

Outro foco do estágio foram as adequações dos resíduos, pois toda vez que

uma substância química é utilizada numa atividade de ensino ou de pesquisa pode

gerar resíduos perigosos, que devem ser manipulados de maneira adequada (VITTA,

2012). No Brasil as maiores geradoras de resíduos perigosos são as indústrias, porem

apenas 22% de cerca de 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais perigosos

gerados anualmente no país recebem tratamento adequado. Os laboratórios de

universidades, escolas e institutos contribuem com a geração de resíduos podendo

representar 1% do total de resíduos perigosos (LIMA, 2010).

10

A geração e destino final dos resíduos químicos têm sido objeto de estudo

desde o final da década de 90, entretanto permanece o mau gerenciamento destes

por parte dos geradores. Desde pequenos laboratórios de instituições de ensino até

os de grandes indústrias. A gestão dos resíduos gerados em laboratórios deve ocorrer

de maneira adequada, evitando que estes sejam lançados nas redes públicas de

esgoto, em corpos hídricos, no solo, ou em outro ambiente, promovendo efeitos

negativos ao meio ambiente e à saúde pública (VENTURA, 2012).

Como parte desse projeto é importante realizar o gerenciamento adequado

dos resíduos gerados no IFSC observando a ABNT NBR 10004, a qual estabelece as

classes dos resíduos. Bem como identificar adequadamente os resíduos, realizar a

segregação e armazenamento de acordo com sua família. Desta forma, facilita-se a

coleta por empresas especializadas em tratamento de resíduos.

Considerando a importância da segurança nos laboratórios, o objetivo desse

estágio, foi realizar adequações a respeito da segurança nos laboratórios do setor de

ciências agrária do IFSC, câmpus São Miguel do Oeste.

11

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Avaliar e adequar acerca da segurança os laboratórios de química,

microbiologia e bromatologia do Instituto Federal de Santa Catarina, câmpus São

Miguel do Oeste, de acordo com as legislações vigentes quanto às normas de

segurança.

2.2 Objetivos específicos

- Familiarizar-se com conceitos e normas de segurança de laboratório (EPIs e EPCs);

- Inteirar-se de conceitos como periculosidade das substâncias, toxidade, reatividade

e inflamabilidade;

- Realizar a catalogação das fichas de segurança dos reagentes presentes nos

laboratórios de análise do setor (FISPQ);

- Elaborar e sinalizar pictogramas de identificação de EPCs e equipamentos;

- Gerenciar os resíduos presentes nos laboratórios tendo como principal intenção seu

destino final.

12

3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

O estágio foi realizado no Instituto Federal de Santa Catarina no câmpus São

Miguel do Oeste, nos laboratórios de Ciências Agrárias.

O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) é uma instituição pública federal,

que atua na oferta de educação profissional, científica e tecnológica, vinculada ao

Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Educação Profissional e

Tecnológica (SETEC). Possui mais de 100 anos desde sua implantação em Santa

Catarina e até o momento possui 22 câmpus distribuídos por toda a região de Santa

Catarina.

Têm sede e foro em Florianópolis, caracterizada por uma estrutura

organizacional administrativa e didático-pedagógica independente, onde cada

câmpus conta com um diretor-geral e colegiado próprio.

O Instituto Federal oferece educação profissional e tecnológica nas diferentes

modalidades de ensino, com base na junção de conhecimentos técnicos e

tecnológicos às suas práticas pedagógicas. A missão do IFSC é a de promover a

inclusão e formar cidadãos, por meio da educação profissional, científica e tecnológica,

gerando, difundindo e aplicando conhecimento e inovação, contribuindo para o

desenvolvimento socioeconômico e cultural. Para tanto oferece cursos em diversos

níveis: qualificação profissional, educação de jovens e adultos, cursos técnicos,

superiores e de pós-graduação (IFSC, 2018).

O câmpus de São Miguel do Oeste foi inaugurado em 2011 e oferece dois

cursos de nível superior: Curso Superior em Tecnologia de Alimentos e Agronomia,

além de diversos cursos técnicos. Os laboratórios são utilizados rotineiramente para

o desenvolvimento de atividades experimentais de ensino, pesquisa e extensão,

realizando-se mais de 1400 atividades experimentais nos laboratórios do setor

durante o ano de 2017, aproximadamente 7 práticas laboratoriais por dia letivo (fonte:

sistema de reservas de ambientes do IFSC-câmpus São Miguel do Oeste, consulta

realizada com o Setor de Técnicos de Laboratório de Agroindústria).

13

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Os laboratórios são lugares de trabalho que não são necessariamente

perigosos, desde que sejam tomadas certas precauções. Todos aqueles que

trabalham em laboratório devem ter responsabilidade durante a atividade executada

e evitar atitudes que possam acarretar acidentes e possíveis danos.

Com a finalidade de reduzir a frequência e a gravidade desses acidentes, torna-

se absolutamente imprescindível que, durante os trabalhos realizados, se observe

uma série de normas de segurança. Para tal observou-se a necessidade de fazer

algumas melhorias nos laboratórios a respeito da segurança para auxiliar aos usuários

perante os riscos existentes nestes ambientes.

4.1 Conceitos e normas de segurança de laboratório

Há diversos riscos existentes num laboratório, podendo ser de origem química

(agentes químicos em geral), ergonômica (movimentos repetitivos, postura),

microbiológica (microrganismos), física (radiação, superfícies aquecidas) ou acidental

(explosões e ferimentos). Esses riscos podem acontecer por desconhecimento, uso

incorreto de equipamentos, materiais ou substâncias químicas, falta de atenção, falta

de organização, transporte e estocagem inadequado de produtos químicos, além do

uso de vidrarias defeituosas e/ou uso inadequado de equipamentos de proteção

(FERNANDES et al., 2015). Com a finalidade de reduzir a periodicidade e a gravidade

desses riscos, antes de adentrar ao laboratório o usuário deve seguir as instruções

estabelecidas pelas normas do laboratório, fazer uso adequado de equipamentos de

proteção de uso individual (EPIs) e coletivos (EPCs), estar ciente quanto aos riscos

existes nos laboratórios, com vestimentas adequadas e preparado para as funções

que irá realizar. Dessa forma, é possível minimizar ou até mesmo eliminar a chance

da ocorrência de acidentes nos laboratórios (FERNANDES et al., 2015).

Baseado nisso, objetivou-se realizar o levantamento dos EPIs e EPCs que se

encontram disponíveis nos laboratórios de química, bromatologia e microbiologia, e

verificar se sua disposição está de acordo com as normas de segurança e manuais

de uso, com finalidade de proporcionar o desenvolvimento de um trabalho mais seguro.

14

4.1.1 Equipamentos de proteção individual

De acordo com a norma regulamentadora 6 da portaria 3214 de 1978 (NR-6,

1978) do Ministério do Trabalho, EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual

utilizado pelo trabalhador, determinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar

a segurança e a saúde no trabalho. Devem ser de boa qualidade e proporcionar

conforto ao usuário.

Os EPIs só podem estar à venda ou empregado com a indicação do Certificado

de Aprovação (CA), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A qual a empresa é

obrigada a fornecer aos funcionários, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em

perfeita condição de preservação e funcionamento.

4.1.1.1 Jaleco

Protege a parte superior e inferior do corpo. Devem ser de mangas longas,

usados sempre fechados sobre as vestimentas pessoais, feitos em tecido de algodão,

impermeabilizados ou não. São utilizados para prevenção de contaminação de origem

biológica, química e radioativa, além da exposição direta a fluídos corpóreos,

respingos e derramamentos de produtos químicos, (FERNANDES et al.,2015). Para

uma melhor segurança e higiene, cada usuário do Instituto Federal possui seu próprio

jaleco, sendo de responsabilidade de cada um a higienização do mesmo, além do uso

obrigatório em todas atividades experimentais dentro dos ambientes em questão

(laboratórios de microbiologia, bromatologia e química).

4.1.1.2 Luvas

São utilizadas como barreira de proteção, prevenindo a contaminação das

mãos. Protegem contra riscos biológicos, químicos e físicos, de acordo com o material

que são fabricadas. As luvas devem ser desenvolvidas com material resistente e

flexível, anatômicas, devem ter baixa permeabilidade e serem compatíveis com as

substâncias manipuladas (CRQ-IV, 2008). Dentre as luvas, há diferentes tipos que

são utilizadas em situações especificas, como, por exemplo: luvas de látex são

utilizadas para manipular materiais possivelmente infectantes; luvas nitrílicas para o

manuseio de produtos químicos, evitando queimaduras químicas por substâncias

15

corrosivas, inflamáveis, irritantes, e as luvas de proteção contra o calor, geralmente

em couro tratado, para o manuseio de autoclaves, fornos e muflas (FERNANDES et

al., 2015). Devem estar disponíveis e serem de fácil acesso, encontrando-se em locais

centralizados nos laboratórios.

4.1.1.3 Óculos de segurança

A proteção dos olhos é indispensável em operações que possam envolver

exalação de vapores, névoas ou respingos de produtos químicos, além de trabalhos

com pressão positiva ou negativa em vidrarias, podendo ocasionar estilhaçamento de

vidros e lesões oculares. Os óculos de segurança devem ser de boa anatomia para

oferecer conforto necessário ao analista durante seu trabalho, sem interferir no campo

de visão do mesmo.

Os óculos podem ser constituídos de policarbonato, cristal de vidro, resina

orgânica, podendo receber tratamento antiembaçante e anti-risco. As lentes devem

ser desenvolvidas em material transparente, durável e que não provoque deformações,

com resistência aos produtos químicos, visto que cada modelo é destinado para um

determinado fim (FERNANDES el al., 2015).

4.1.1.4 Protetores faciais

Utilizados como proteção da face e dos olhos, protege contra partículas voláteis,

respingos de produtos químicos que podem ser corrosivos, irritantes e tóxicos e

respingos de material biológico, contra radiação não ionizante, excesso de

luminosidade e impactos de fragmentos sólidos. São desenvolvidos em materiais

como: propionato, acetato e policarbonato simples ou recobertos com substâncias

metalizadas para absorção de radiações (FERNANDES et al., 2015).

4.1.1.5 Proteção para pernas e pés

Para a proteção de pernas é imprescindível o uso de calça comprida e para

proteção dos pés, o uso de calçados fechados, evitando assim, que possíveis

derramamentos respingos de substâncias tóxicas ou de material biológico e

fragmentos de materiais entrem em contato com a pele (CRQ-IV, 2007).

16

4.1.2 Equipamentos de proteção coletiva (EPCs)

São denominados EPCs os equipamentos de uso no laboratório que, quando

bem especificados para a finalidade que se designam, permitem efetuar operações

em ótimas condições de salubridade para os analistas, oferecendo proteção contra

riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (CRQ-IV, 2007).

4.1.2.1 Capelas e Exaustores

As capelas têm por objetivo, permitir a manipulação de produtos químicos que

gerem gases ou vapores tóxicos sem contaminar o ar do laboratório, evitando a

inalação ou exposição do analista às substâncias manipuladas, as quais representam

riscos à saúde. As capelas devem ter sistema de exaustão, constituídas de um

material quimicamente resistente, devendo estar em locais distantes de portas, saídas

de emergência e de locais com fluxo intenso de pessoas, pois, dessa forma, pode

ocorrer o deslocamento do ar, fazendo com que os contaminantes sejam arrastados

de dentro da capela (CRQ-IV, 2007).

Segundo a norma internacional, EN 14175, para melhor segurança no

manuseio, todos os experimentos realizados com produtos químicos que podem

contaminar o ar e descritos como perigosos, devem ser manipulados dentro da capela.

No entanto dentro da capela de exaustão de gases não é permitido nenhuma tomada

elétrica, devendo ser realizadas avalição técnica semestral para averiguar as

condições da capela, evitando o armazenar substâncias químicas no equipamento

para evitar a deterioração do mesmo (PROLAB, 2014).

4.1.2.2 Chuveiros de emergências com lava olhos

São equipamentos de proteção coletiva, destinados a minimizar ou eliminar

danos causados por respingo de materiais perigosos sobre o corpo ou o rosto. O lava-

olhos é formado por dois pequenos chuveiros, cujo ângulo permite o direcionamento

correto do jato de água na face e olhos. De acordo com a Norma Brasileira ABNT NBR

16291 de 2014, o chuveiro de emergência deve ter diâmetro de 30 centímetros

aproximadamente e seu acionamento poderá ser pelo sistema de plataforma ou

alavancas. Sua instalação terá de ser em local que permitam rápido e fácil alcance de

17

qualquer lugar do laboratório, com espaço livre de 1 m², tendo uma distância máxima

em torno de 8 a 10 m do local de trabalho e/ou a 10 segundos de onde houver algum

risco, dispor de saída de esgoto, ser bastecido com água de boa qualidade e ser

examinado e testados periodicamente (CRQ-IV, 2007).

4.2 Conceitos a respeito das substâncias toxicas, reativas e inflamáveis e

conceito sobre fichas de informação de segurança de produtos químicos

(FISPQ)

Ao trabalhar em um laboratório é necessário ter certos cuidados, pois os

produtos químicos usados em laboratórios possuem diversas propriedades físicas,

químicas e toxicológicas e causam efeitos fisiológicos variados. Sendo assim, é

indispensável tomar certos cuidados ao armazenar produtos químicos. Deve se levar

em conta que os produtos podem ser: voláteis, inflamáveis, tóxicos, explosivos,

corrosivos e oxidantes. Desta forma, o local de armazenagem de produtos químicos

deve ser amplo, bem ventilado, com exaustão quando necessário, e possuir

prateleiras largas e firmes. Instalação elétrica à prova de explosões, identificar

corretamente os produtos químicos, verificar os prazos de validade dos produtos,

estocar os líquidos mais perigosos nas partes mais baixas das prateleiras e separar

os produtos por família. (CRQ-IV, 2009).

4.2.1 Produtos Químicos Inflamáveis ou Combustíveis

São caracterizados como produtos que não evaporam rapidamente nas

condições de temperatura e pressão do local onde se encontram, permitindo o

acúmulo de vapor suficiente para inflamar na presença de uma fonte de ignição. A

menor temperatura na qual o vapor de um líquido pode ser inflamado por uma chama

ou por uma faísca é conhecida como ponto de ignição desse produto químico.

Substâncias inflamáveis podem ser sólidas, líquidas ou gasosas. Produtos químicos

inflamáveis ou combustíveis podem reagir com oxidantes químicos causando fogo ou

explosões (ASSIS, 2006).

Quanto mais baixa a temperatura de ignição, maior a capacidade de incêndio.

Os rótulos de produtos químicos normalmente contêm informações sobre a sua

inflamabilidade e o seu ponto de ignição. As concentrações críticas de vapor do

18

composto, dependem da temperatura e do oxigênio disponível na atmosfera. Em

temperaturas mais elevadas os produtos inflamáveis são mais perigosos, devido a

velocidade de evaporação ser mais alta (ASSIS, 2006).

4.2.2 Produtos Químicos Oxidantes

São produtos químicos que reagem com outras substâncias tornando-as

deficientes em elétrons. A reação pode resultar em incêndio ou explosão, dependendo

da natureza do reagente. Há vários tipos de oxidantes químicos que são encontrados

nos laboratórios, entre eles: flúor, cloro, bromato, cloratos, ácido crômico, ácido nítrico,

permanganato, ozônio e peróxidos, entre outros. Os agentes oxidantes não devem

ser estocados na mesma área que combustíveis, tais como inflamáveis, substâncias

orgânicas, agentes desidratantes ou agentes redutores, devido ao risco de incêndio

e/ou explosão (ASSIS, 2006).

4.2.3 Produtos Químicos Reativos

São substâncias que se tornam moléculas mais estáveis após um rearranjo

molecular com baixa energia de ativação. Normalmente, esta reação está associada

a uma liberação de amplas quantidades de energia. O aumento rápido de temperatura

em um ponto de uma superfície, mas não necessariamente em toda ela, ou por ação

mecânica ou mesmo iluminação, pode gerar energia suficiente para desencadear uma

reação. Alguns produtos químicos reativos, chamados auto-reativos, podem sofrer

reações sem a participação de outro produto químico. Produtos químicos reativos

podem desencadear reações potentes, por vezes espontâneas, que, perante

circunstâncias favoráveis, liberam grandes quantidades de calor, luz, gases ou

produtos tóxicos (ASSIS, 2006).

4.2.4 Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)

As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) são

documentos normalizados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT-

NBR 14725, 2009). Nessas fichas estão registradas todas as informações

imprescindíveis para proteger os analistas de determinado risco vinculado ao produto.

19

As FISPQ fornecem diversas informações sobre o produto químico, referente a

recomendações de medidas de proteção, quanto a saúde e ao meio ambiente, e

proporciona ao analista uma rápida tomada de decisão em caso de acidentes

associados ao produto químico (BRASIL, 2009).

As FISPQ devem fornecer as informações sobre o produto químico, sob os

seguintes 16 títulos-padrão, cujas nomenclatura, numeração e sequência não devem

ser alteradas:

1. Identificação do produto e da empresa;

2. Composição e informações sobre os ingredientes;

3. Identificação de perigos;

4. Medidas de primeiros-socorros;

5. Medidas de combate a incêndio;

6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento;

7. Manuseio e armazenamento;

8. Controle de exposição e proteção individual;

9. Propriedades físico-químicas;

10. Estabilidade e reatividade;

11. Informações toxicológicas;

12. Informações ecológicas;

13. Considerações sobre tratamento e disposição;

14. Informações sobre transporte;

15. Regulamentações;

16. Outras informações;

Todas as informações relevantes para cada um dos 16 títulos-padrão devem

ser fornecidas. Se a informação não estiver disponível, o motivo deve estar

esclarecido, os espaços em branco não são permitidos, exceto na seção 16 “Outras

informações” (BRASIL, 2009).

Muitas das FISPQ vem acompanhadas do diagrama de Hommel da National

Fire Protection Association (Fig. 1), a qual possui informações sobre perigo para

saúde, inflamabilidade e grau de reatividade. O diagrama tem 4 seções. Números nas

3 seções coloridas vão de 0 (perigo pouco severo) a 4 (muito severo) sendo destinada

a cor azul, vermelha e amarela, para saúde, inflamabilidade e reatividade

respectivamente. A quarta seção (branca) é usada para riscos específicos como, não

misturar com água, oxidante, corrosivo entre outros perigos (MENACHO, 2016). O

20

diagrama tem como objetivo facilitar a identificação dos riscos que o agente químico

oferece.

Figura 1 - Diagrama de Hommel: sistema de identificação de riscos

Fonte: Chemkeys – química analítica básica.

4.3 Conceito a respeito de sinalizações para equipamentos de proteção e a

identificação das áreas de risco

Em certos pontos dos laboratórios a maior probabilidade da ocorrência de

acidentes, principalmente próximo do armazenamento de produtos químicos e áreas

quentes que são salas ou áreas do laboratório onde estão localizados fornos, muflas,

maçaricos, capelas e estufas. Além da temperatura elevada, nestes locais há maior

possibilidade da ocorrência de explosões, incêndios ou intoxicações. Devido a essas

condições, os analistas devem ser alertados quanto ao risco de acidentes e orientados

a não manusear produtos inflamáveis nessas áreas, sendo utilizados pictogramas

para sua identificação (CRQ-IV, 2007).

Segundo a NR 26 (Sinalização de Segurança), devem ser utilizadas cores nos

locais de trabalho ou estabelecimentos para identificar os equipamentos de segurança,

delimitar áreas, indicar e advertir contra riscos existentes, sendo de suma importância

para a prevenção de acidentes.

Além disso, é apontado na NR 26 que o uso de cores nas áreas de trabalho

deve ser o mais reduzido possível, para não distrair ou fatigar o trabalhador, assim

21

como não dispensa a utilização de outras formas de alerta para a prevenção dos

acidentes (NR 26). A NBR 7195 é responsável por fixar as cores que deverão ser

usadas para a prevenção de acidentes. As cores que mais se encontram nos

laboratórios do setor de ciências agrárias do IFSC- SMO como forma de sinalização

são:

Vermelha: empregada para identificar e especificar equipamentos de proteção

de combate a incêndio, inclusive portas de emergência (BRASIL, 1995).

Amarela: é a cor usada para indicar “cuidado!” É utilizada, na prevenção de

acidentes, para apontar um possível risco a saúde. Esta cor é normalmente utilizada

para equipamentos de transporte e manipulação de material (BRASIL, 1995).

Verde: é utilizada para indicar segurança, sendo empregada para a

identificação de locais e caixas de primeiros socorros, caixas contendo equipamentos

de proteção individual; chuveiros de emergência e lava-olhos; localização de macas;

faixas de delimitação de áreas seguras quanto a riscos mecânicos; emblemas de

segurança, entre outros (BRASIL, 1995).

4.4 Classificação, identificação, rotulagem e armazenamento de resíduos

4.4.1 Classificação de resíduos

Os resíduos químicos podem apresentar riscos potenciais de acidentes

intrínsecos às suas características específicas. Precisam ser consideradas todas as

etapas de seu descarte com a finalidade, de reduzir, acidentes decorrentes dos efeitos

imediatos, bem como os riscos que venham se manifestar em longo prazo.

Os resíduos podem ser compostos por orgânicos ou inorgânicos tóxicos,

explosivos, corrosivos, inflamáveis, etc (CRQ, 2008).

Sendo assim, para poder efetuar a classificação de resíduos, é necessário fazer

a caracterização dos mesmos, o que envolve a identificação do método ao qual deu

origem, aspectos físico-químicos, biológicos, qualitativo e/ou quantitativo. De acordo

com a caracterização dos resíduos, pode-se enfim classificá-los para a melhor escolha

da destinação do mesmo. Para isso, efetua-se a norma da ABNT NBR 10004/04 e

também a Lei 12.305 de agosto de 2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS).

De acordo com a NBR 10004 os resíduos são classificados, como:

22

Resíduos Classe I – Perigosos: são aqueles que possuem periculosidade e

características como corrosividade, inflamabilidade, patogenicidade, reatividade e

toxicidade.

Resíduos Classe II – Não Perigosos, divididos em duas classificações:

Resíduos Classe II A – Não Inertes: Podem ter diferentes características, como:

biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

Resíduos Classe II B – Inertes: São todos os resíduos que, quando submetidos

a um contato com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente não tiverem

nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões

de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor

(BRASIL, 2004).

Nos laboratórios os resíduos químicos podem ser divididos em ativos: os quais

são gerados continuamente, originado das atividades rotineiras desenvolvidas dentro

do laboratório, ou podem ser passivos: todo material químico que se encontra

estocado nas dependências dos laboratórios, não-caracterizado, aguardando

destinação final e que não são utilizados nas atividades rotineiras de trabalho por um

período superior ao considerado normal pelo responsável técnico. Os passivos

químicos podem ser agrupados em três tipos: identificados; não identificados e

misturas/contaminados (MENACHO, 2016).

4.4.2 Rotulagem de resíduos químicos

Para evitar erros no armazenamento, é fundamental fornecer as informações

que lhes possibilitem lidar corretamente com o resíduo, seja ele perigoso ou não. A

rotulagem de resíduos permite ao manuseador reconhecer o material em questão,

evitar erros de manipulação, facilidade no armazenamento do resíduo, auxilia em caso

de acidente e orienta na gestão de resíduos para proteção do meio ambiente

(MENACHO, 2016).

No câmpus de SMO, foi elaborado um rótulo (Fig.2), o qual descreve a

composição do resíduo, o responsável em realizar o armazenamento e preenchimento

do rótulo, a data em que foi gerado o resíduo e sua classe, essa podendo ser: solvente

orgânico halogenado, solvente orgânico não halogenado, soluções aquosas ácidas,

soluções aquosas básicas, metais pesados, sílica e misturas a qual deve ser melhor

especificada. Cabe ressaltar, que o rótulo deve ser totalmente preenchido, antes de

23

aderir a embalagem do resíduo para que as informações fiquem bem esclarecidas e

seja possível ter maior controle sobre o resíduo. Junto ao rótulo foi adicionado o

diagrama de Hommel da National Fire Protection Association para facilitar a

identificação dos riscos que determinada substância posa oferecer.

Figura 2 - Rótulo de resíduos do IFSC - câmpus SMO

Fonte: Manual de Segurança e boas práticas de laboratório setor de ciências agrárias, IFSC – SMO

4.4.3 Armazenamento de resíduos

Os resíduos químicos devem ser armazenados em lugares com temperatura,

ventilação e iluminação adequada, tendo acesso restrito, para minimizar os riscos de

acidente, permanecendo apenas os resíduos de metais para recuperação e os

resíduos passíveis de tratamento no laboratório (quando o tratamento e recuperação

forem possíveis), evitando acumular grandes quantidades. O ideal é cada local,

possuir apenas um frasco em uso para cada tipo de resíduo, e os frascos cheios serem

armazenados em outro ambiente para evitar a ocorrência de acidentes (MACHADO,

2005).

Os frascos de resíduos devem permanecer sempre tampados e identificados

adequadamente, indicando o tipo de resíduo, sendo necessária a verificação do

estado do recipiente e de suas etiquetas periodicamente. Os resíduos podem ser

armazenados em frascos de vidro ou polietileno, desde que não haja

incompatibilidade com o resíduo, também podem ser utilizados frascos de reagentes,

desde que o rótulo seja completamente retirado e lavado adequadamente com água

e detergente. Os frascos de resíduos não devem ser armazenados na capela, assim

como próximo a fontes de calor ou água, também sendo separados por

24

compatibilidade química (MENACHO, 2016).

Aos resíduos perfurocortantes que são objetos e instrumentos contendo cantos,

bordas, pontas rígidas e afiadas capazes de cortar ou perfurar, esses compõem o

grupo E de resíduos segundo a Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA RDC

Nº306/2004. Estão inclusos nessa resolução as vidrarias borossilicatadas quebradas

no laboratório, bem como materiais similares. Esses materiais devem ser descartados,

principalmente as vidrarias danificadas, pois além da exposição a riscos, há

possibilidade de alterações nos resultados experimentais.

As vidrarias utilizadas em laboratório são, em geral, de vidro borossilicato,

tendo uma resistência química, mecânica e térmica superior ao vidro comum (MOURA,

2016). Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente no

laboratório, em recipientes de parede rígida, resistente a fendas e vazamento. Além

disso, com tampa devidamente identificada e acrescentada dos riscos adicionais

químicos e/ou radiológicos (MOURA, 2016).

A seguir, serão destacadas as atividades realizadas no período do estágio, em

relação a segurança nos laboratórios.

4.5 Catalogação de fichas de informação de segurança de produtos químicos

(FISPQ)

A maioria dos fornecedores de reagentes, no passado, não enviava as fichas

de segurança juntamente com os produtos, a qual deve ser elaborada e distribuída

pelo fabricante do produto químico, conforme o item 26.2.3 da NR 26. Havendo a

necessidade de pesquisa individual e elaboração de arquivos para os reagentes que

não possuíam as FISPQ (maioria dos reagentes). Como havia sido feito o

levantamento dos produtos químicos que se encontram nos laboratórios de ciências

agrárias anteriormente, foi realizada a busca pelas fichas para cada produto químico

utilizado nos laboratórios, nos sites dos fabricantes de produtos químicos, buscando

pelo nome do agente, concentração e marca, porem ocorreu certa dificuldade na

busca das fichas pois ao fazer a comparação das fichas de um mesmo agente químico

algumas informações se contradiziam, além de terem fichas que não apresentavam o

diagrama de Hommel ou apresentavam com dados diferentes de outras fichas.

Buscou-se mais de 230 FISPQ de agentes químicos diferentes, realizando-se

sua catalogação, sendo identificadas em ordem alfabética para consulta. As fichas

25

foram alocadas em cada um dos três respectivos laboratórios, de acordo com os

reagentes estocados naquele ambiente.

Ao todo foram elaborados quatro arquivos contendo as fichas de reagentes,

sendo dois arquivos para o laboratório de química, um para o laboratório de

bromatologia e um para o laboratório de microbiologia (Fig. 3). Esses arquivos, estão

disponíveis para os usuários para consultas, em situações específicas de uso e/ou

sanar de dúvidas.

Figura 3 - Catalogação das FISPQ

Fonte: Autora (2018)

A falta das fichas nos laboratórios de ciências agrárias, desatende a NBR

14725-4 da ABNT. Pois a FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações

essenciais sobre as características de um produto químico a seu usuário,

possibilitando a ele tomar as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e

meio ambiente, como já havia sido ressaltado anteriormente. Assim, com as fichas foi

possível adequar-se a NBR 14725-4, possibilitando o acesso mais fácil a informação

dos reagentes para o usuário.

4.6 Sinalização de pictogramas de identificação de EPCs e equipamentos

Com objetivo de uma melhor segurança nos laboratórios, foram fixados

pictogramas nos equipamentos de proteção coletiva e a identificação dos

equipamentos que necessitam de certos cuidados durante o manuseio, sendo

capazes de manifestar determinado risco a saúde. Os riscos identificados foram

classificados como riscos físicos (calor e radiação), químicos e microbiológicos. Foram

26

utilizadas as cores verde e amarelo, para indicar segurança e cuidado

respectivamente.

4.6.1 Sinalização de EPCs

Chuveiro de emergência com lava olhos:

Na parede, foram fixados pictogramas, perto dos chuveiros de segurança com

lava olhos, localizado no corredor próximo dos laboratórios e no laboratório de química

(Fig. 4), utilizando-se pictograma em cor verde, a qual indica “segurança”, segundo a

NBR 7195, com ilustração e frase, para melhor entendimento do funcionamento do

chuveiro. Como o posicionamento dos chuveiros de emergência com lava olhos do

câmpus SMO, já estão de acordo com a NBR 16291 de 2014, a qual estabelece os

requisitos mínimos de desempenho e uso para o lava olhos e chuveiros, não foi

necessário fazer nenhuma modificação, somente foi utilizada a sinalização para

melhor compreensão a respeito de seu uso, estando em conformidade com a norma

regulamentadora (NR 26).

27

Figura 4 - Chuveiro com lava olhos de emergência

Fonte: Autora (2017)

Capela de exaustão de gases:

Como as capelas são características e não necessitam de identificação

enquanto EPC, para as quatro capelas de exaustão de gases, (duas localizadas no

laboratório de química e duas no laboratório de bromatologia), utilizou-se a fixação do

pictograma também sinalizando segurança (Fig. 5), com frase e ilustração de luvas,

indicando a necessidade de utilizar as luvas durante o manuseio na capela devido à

manipulação de substâncias comumente irritantes, voláteis, inflamáveis, tóxicas ou

corrosivas.

Contudo, os laboratórios do câmpus de SMO armazenam produtos e reagentes

químicos nas capelas, não estando de acordo com a norma internacional (EN 14175,

2001), isso, devido à falta de uma coifa no IFSC-SMO para o armazenamento de

reagentes e substâncias voláteis. O uso das capelas de exaustão de gases para o

armazenamento das substâncias químicas será feito até que seja possível a

armazenagem em lugar adequado.

28

Figura 5 - Capela de exaustão de gases

Fonte: Autora (2017)

4.6.2 Fixação de pictogramas nos equipamentos que oferecem risco físico e

microbiológico

Equipamentos que trabalham em temperaturas elevadas:

Equipamentos que funcionam em altas temperaturas como muflas (Fig. 6),

estufa de secagem a 105 °C, bloco digestor, extrator de Soxhlet, banhos-maria e

autoclaves, localizadas nos laboratórios, foi afixado o pictograma, em cor amarela,

referindo-se a “cuidado”, segundo a NBR 7195. Utilizou-se o padrão contendo frase e

imagem ilustrativa, indicando a possibilidade de a superfície estar aquecida.

A sinalização destes equipamentos é importante, pois podem minimizar ou até

erradicar acidentes que envolvam esses equipamentos, sendo que os laboratórios do

câmpus SMO são frequentemente utilizados por alunos que não possuem experiência

em lidar com equipamentos que trabalham em altas temperaturas, desta forma, a

sinalização ajuda a prevenindo os usuários de um possível risco e terem cautela

durante o manuseio dos equipamentos.

29

Figura 6 - Mufla contendo pictograma de sinalização

Fonte: Autora (2017)

Estufas de incubação:

Para estufas incubadoras que estão localizadas no laboratório de microbiologia

(Fig. 7), utilizadas nos procedimentos de análises microbianas, exigindo precauções

durante o manuseio para não ocorrer contaminação, foram afixados os pictogramas

de cuidado em cor amarela, com frase e símbolo de risco biológico.

A sinalização é importante para prevenir os usuários sobre possíveis pontos de

contaminação que as estufam podem se tornar.

30

Figura 7 - Estufas incubadoras com pictograma de cuidado

Fonte: Autora (2017)

Capela de fluxo laminar:

Para as capelas de fluxo laminar localizadas no laboratório de microbiologia

(Fig. 8), foi afixado pictograma que sinaliza o possível risco de radiação não ionizante,

em cor amarela estando em conformidade com o padrão estabelecido pela NRB 7195.

A sinalização é importante pois alguns alunos desconhecem os riscos da

radiação ultravioleta, e os cuidados que se deve ter ao trabalhar com a capela de fluxo

laminar quando a luz ultravioleta está ligada.

31

Figura 8 - Capela de fluxo laminar

Fonte: Autora (2017)

4.7 Resíduos gerados nos laboratórios

4.7.1 Quantificação

Ao realizar o levantamento acerca da quantidade de resíduos que se encontram

nos laboratórios de química, bromatologia e microbiologia do câmpus, verificou-se a

presença de diversos tipos de resíduos distintos, sendo eles:

-Resíduo perfuro-cortante (vidrarias de laboratório quebradas): 60kg

-Resíduos sólidos concentrados de metais pesados: 2kg

-Resíduo aquoso de cobre em meio cáustico: 81kg

-Resíduo de amônia: 3,670kg

-Resíduo de álcali com selênio: 12,730kg

-Resíduo aquoso de cromo em meio básico: 2,570kg

-Resíduo aquoso de manganês em meio ácido: 4,280kg

-Solventes orgânicos halogenados: 8,470kg

-Resíduo aquoso de metais pesados: 5,330kg

-Resíduo aquoso de corantes verde malaquita (orgânico) e folin ciocalteu

(tungstênio + molibdênio): 1,5kg

-Nitrato de zinco aquoso: 0,340kg

32

-Misturas de resíduos sólidos: 0,600kg

- Resíduo de chumbo: 0,310kg

-Resíduo de cromo: 0,800kg

- Resíduo de prata: 0,150kg

- Resíduo de cobre: 0,160kg

- Resíduo de manganês: 0,500kg

- Resíduo de níquel: 0,020kg

- Resíduo de mercúrio: 0,010kg

-Mistura de ácidos nítrico, clorídrico e sulfúrico: 1,420kg

A contagem final resultou em um total de 185,86 Kg de resíduos químicos,

gerados nos laboratórios de ciências agrárias, no período de 6 anos.

Os resíduos gerados nos laboratórios de ciências agrárias do câmpus de SMO

enquadram-se na classe I, perigosos. Em razão de suas propriedades físico-químicas

e infectocontagiosas, podendo apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente.

Estes resíduos requerem uma maior atenção, pois os acidentes mais graves e de

maior impacto ambiental são causados por esta classe de resíduos (GIL, 2007).

A maioria dos resíduos foi enquadrado como resíduo ativo, ou seja, que são

produzidos com frequência nos laboratórios, sendo produzidos pelas atividades de

rotina proveniente das aulas práticas, experimentos químicos, pesquisas, analises de

alimentos, de solos, entre outras. Contudo teve uma parcela dos resíduos que foi

enquadrada como passivos, que compreende o material que foi gerado, acumulado e

armazenado em tempos passados, muitos não estando devidamente identificados,

apenas com identificação de “resíduos”, sem contar sua composição, além de haver

resíduos misturados tornando difícil a identificação.

4.7.2 Rotulagem de resíduos

Após a quantificação e classificação dos resíduos, foi realizada a identificação

com o rótulo previamente elaborado pelas técnicas de laboratório e adicionado na

embalagem dos resíduos (Figs. 9 e 10), foi preenchida corretamente, com sua classe,

responsável pela geração do resíduo, data da geração, composição e preenchimento

do diagrama de Hommel. O diagrama de Hommel quando utilizado na rotulagem de

resíduos é de grande utilidade, pois permite que se tenha ideia sobre o risco da

substância ali contida através da simples visualização dos números/cores. Para o

33

preenchimento do diagrama pode-se utilizar diversas bases de consulta que

contenham as FISPQ, em que a classificação de cada produto químico pode ser

encontrada (MENACHO, 2016).

Figura 9 - Resíduo devidamente rotulado

Fonte: Autora (2017)

Figura 10 - Resíduo sólido devidamente rotulado

Fonte: Autora (2017)

34

4.7.3 Armazenamento de resíduos

Nos laboratórios de ciências agrárias do IFSC-SMO, tem-se a geração principal

de três tipos de resíduos perigosos: resíduos perfurocortantes; resíduos

microbiológicos e resíduos químicos. Todos os resíduos devem ser segregados,

colocados em recipientes apropriados, fechados e devidamente identificados com o

nome da substância.

4.7.3.1 Resíduos microbiológicos

Os resíduos microbiológicos gerados nos laboratórios de ciências agrárias nas

atividades de ensino e pesquisa são considerados perigosos ao ambiente e à saúde

e devem ser manejados e destinados de forma distinta. Os resíduos microbiológicos,

após sua geração, passam pelo processo de esterilização por autoclave à 121 ºC por

20 min. Em seguida, os resíduos são descartados como rejeito, não caracterizando

um resíduo perigoso, uma vez que está inerte e representa apenas matéria orgânica.

4.7.3.2 Resíduos perfurocortantes

O armazenamento dos resíduos perfurocortantes gerados nos laboratórios de

ciências agrárias do câmpus foram armazenados em caixas Descarpack (Fig. 11), que

são desenvolvidas especificamente para descartar materiais que cortam, laceram ou

perfuram, provenientes das ações de atenção à saúde, gerados em hospitais,

laboratórios, consultórios médicos, odontológicos e veterinários, com carga

potencialmente infectante (DESCARPACK, 2016). Após o devido armazenamento dos

resíduos perfurocortantes, os mesmos foram destinados a coleta, pela a empresa

especializada Tucano Gestão Ambiental LTDA realizar o tratamento adequado dos

resíduos. A empresa presta serviços nas áreas de sistemas de abastecimento de água,

sistema de esgotos ou efluentes, resíduos sólidos, drenagem pluvial e meio ambiente,

sendo que a coleta pela empresa veio a partir de dispensa de licitação.

35

Figura 11 - Caixa Descarpack

Fonte: Biocare (2018)

4.7.3.3 Resíduos químicos

No câmpus SMO o almoxarifado ainda está em construção, assim, os resíduos

químicos acabam sendo armazenados nos próprios laboratórios, por falta de espaço

em outros ambientes, não estando de acordo com as normas vigentes. Contudo, após

ter sido feita a segregação, quantificação e classificação, os resíduos foram

devidamente identificados e rotulados de acordo com sua característica de reatividade

e armazenados adequadamente, separando ácidos e bases, solventes orgânicos

voláteis (longe de fontes de calor), acondicionados em recipientes que não reagem

com o resíduo. A grande parte dos recipientes utilizados para o armazenamento foram,

bombonas de polietileno e frascos de vidro âmbar, sacos plásticos para o

armazenamento de resíduos sólidos, que após serem vedados em sacos plásticos

etiquetados foram reunidos em caixas, para melhor armazenamento.

Decorrida essa etapa, os resíduos foram encaminhados para a empresa

especializada em tratamento de resíduos químicos e perfurocortantes (Tucano Gestão

Ambiental LTDA), para dar o devido destino final. A disposição final de resíduos

químicos, quando não houver tratamento disponível, deverá ser feita enviando-os para

um aterro devidamente licenciado para o recebimento de resíduos perigosos, podendo

receber resíduos sólidos e semi-sólidos dos resíduos gerados usualmente em

laboratórios de ensino e pesquisa (VITTA, 2012).

36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio realizado nos laboratórios no setor de ciências agrárias do câmpus

de São Miguel do Oeste atendeu os objetivos de minimizar e/ou eliminar a ocorrência

de acidentes, tendo em vista a melhor identificação das áreas, com a afixação de

pictogramas nos EPCs e equipamentos que oferecem riscos, auxiliando para a

prevenção de acidentes. Além de realizar a catalogação das FISPQ que foram

dispostos nos laboratórios, utilizadas para orientar os usuários acerca dos riscos que

determinada substância oferece.

A identificação, quantificação, rotulagem e armazenamento dos resíduos

demonstrou de suma importância, pois grande parte destes processos estavam em

desconformidade com a legislação, principalmente no quesito do armazenamento de

resíduos dentro do ambiente laboratorial. Os procedimentos desenvolvidos durante

este estágio facilitaram a coleta pela empresa especializada, visto que, atualmente a

empresa já recolhe os resíduos e hoje os laboratórios estão com uma quantidade

mínima de resíduos armazenados na dependência da instituição.

O trabalho desenvolvido durante o estágio atendeu às expectativas, pois tive a

oportunidade de familiarizar-me com conceitos e adequações de laboratório,

principalmente na questão da segurança de equipamentos, equipamentos de proteção

coletiva e riscos de resíduos e reagentes, além das normas vigentes que

regulamentam esses assuntos. O estágio oportunizou desenvolver diversas

atividades, algumas que nunca tinha realizado, além de conhecer a respeito da

importância de segurança dos laboratórios, o que contribuiu para minha formação

enquanto Tecnóloga de Alimentos.

37

REFERÊNCIAS

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