Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

PDE 2013

Título: Consumismo - desafio para sustentabilidade.

Autor: Marilda Carvalho

Disciplina/Área:

Ciências.

Escola de Implementação do Projeto e

sua localização:

Colégio Estadual César Stange.

Município da escola: Guarapuava

Núcleo Regional de Educação: Guarapuava

Professor Orientador: Adriana Massaê Kataoka

Instituição de Ensino Superior: Unicentro

Relação Interdisciplinar:

Português, Artes e Sociologia, Geografia.

Resumo:

O documento trata-se de um caderno pedagógico que contém atividades referente ao consumismo. As atividades desta 2ª etapa do Programa de Desenvolvimento Educacional –PDE estão pautadas , na pesquisa participativa, bem como na diversificação de materiais didáticos, na composição de paródias e na utilização de dinâmicas que levem a mudanças de atitudes em relação ao modo de vida insustentável proposto pela sociedade capitalista.Com estas atividades vamos propor reflexos de problemas ambientais que não estão vinculados somente com a degradação ambiental,mas com o surgimento de problemas sociais vinculados aos paradigmas que sustentam a sociedade contemporânea, temos que propor o entendimento destes paradigmas e o surgimento de novos paradigmas que promovam a sustentabilidade .

Palavras-chave:

Consumismo, consumo,sustentabilidade

Formato do Material Didático:

Caderno Pedagógico

Público:

9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho traz algumas sugestões de atividades diferenciadas

referente ao consumismo, que devem ser executadas de forma dinâmica a fim de

que o tema se torne interessante para os jovens educando.

Apresentamos neste Caderno Pedagógico questionários, atividades em forma

de dinâmicas, sugestões de sites que apresentam vídeos relacionados ao

consumismo que geram problemas ambientais, e sites que fazem cálculo de

pegadas ecológicas,bem como dinâmica envolvendo troca de objetos, pesquisas e

composição de paródias como sistematização dos conhecimentos obtidos com as

pesquisas. Desta forma objetivamos propor reflexões que levem os jovens a mudar

algumas ações que gerem insustentabilidade em seu cotidiano.

O tema proposto neste Caderno Pedagógico está vinculado com a Educação

Ambiental, o qual passa ser inserido legalmente nos currículos. Esta iniciativa

renova a esperança coletiva que a educação escolar pode ajudar as pessoas a viver

melhor e enfrentar de forma instrumentalizada as questões sociais e ambientais que

surgem devido às mudanças econômicas, tecnológicas esses fatores provocam

mudanças sociais e culturais.

Abordando o consumismo objetivamos levantar questões ambientais e sociais

vinculados ao tema, muito mais que reflexão pretende-se despertar mudanças de

atitudes, a partir do desenvolvimento destas atividades, que buscam interar os

jovens educandos com as problemáticas sociais causadas pelo consumismo.

Para atingirmos os objetivos propostos nos utilizaremos da pesquisa

participativa, a qual procura desenvolver sinergia com os interesses dos atores

sociais.

UNIDADE I

a) EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O CONSUMO SUSTENTÁVEL

Muitos problemas ambientais vividos nos dias de hoje são herdados das

atividades de uma sociedade que se consolidou sobre uma lógica de mercado onde

os economistas afirmam que a principal finalidade da produção é o consumo o qual

impulsiona a economia, e, portanto, o objetivo é o aumento do consumo e este foi

transformado em consumismo onde por meio de propagandas se estimula a

aquisição de produtos a partir dos desejos.

Observamos dentro deste contexto o surgimento de vários problemas sociais,

ambientais e até psicológico por essa razão surge à necessidade de trabalharmos

assuntos como este, dentro da Educação Ambiental (EA).

Segundo Loureiro (2005) em seu artigo Educação Ambiental e Movimentos

Sociais na Construção da Cidadania Ecológica e Planetária o autor enfatiza que EA.

é uma práxis que deve estar presente nas escolas, pois, ela tem por finalidade a

construção de valores e desperta a atuação lúcida de e responsáveis dos atores

sociais seja de forma individual ou coletiva.

O reconhecimento de necessidade de leis que estimule a Educação

Ambiental no Brasil surge somente na década de noventa, mesmo ela estando

presente na constituição Federal desde 1988. È sancionada a lei nº 9.795 de 27abril

de 1999.

Ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; (LEI Nº9.795, DE 27 DE ABRIL DE1999)

A partir da lei alguns eventos se tornaram necessários e foram destacados:

Programa Nacional de Educação Ambiental, 1991; Parâmetros Curriculares

Nacionais, 1996; Conferência Nacional de educação ambiental1997; lei9795/99 -

Política Nacional de Educação Ambiental (Loureiro 2000b apud Educação Ambiental

repensando o espaço da cidadania, 2005.p.71)

Cavalcante (2007) enfatiza que foi a partir da década de 70 sob a influência

das teorias educacionais em diferentes partes do mundo que se começou a

repensar o papel da EA. (Educação Ambiental) na educação. As teorias

educacionais Críticas trouxeram para debate a função social da escola e devido a

este debate a EA. ganhou espaço, pois na perspectiva Crítica de currículo o qual

busca estabelecer uma reflexão sobre as responsabilidades de todos em relação às

questões socioambientais.

O estado do Paraná esta construindo sua diretriz curricular voltada a

Educação Ambiental após a aprovação da lei 17505/2013, porém as diretrizes

curriculares do estado do Paraná do ensino de Ciências (DCE 2008) enfatizam a EA

como sendo um tema fundamental para as discussões relacionadas aos problemas

ambientais e sociais contemporâneos, pois segundo este documento;

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162 in PARANÁ 2008, P.49)

Devido às influências históricas no ensino de Ciências as DCE (2008)

Fundamentando-se nos princípios de que o currículo da Educação Básica ofereça,

ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à

transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo nesta

perspectiva a EA. contribui através de questionamentos, reflexão em relação aos

problemas sociais e ambientais oriundos das sociedades.

Observa-se no Estado do Paraná a orientação educacional histórico crítica, a

qual postula para o ensino a tarefa de propiciar aos alunos o desenvolvimento pleno

de todas suas potencialidades

[...] os aspectos intelectuais, físicos, emocionais e sociais são importantes no desenvolvimento da vida do indivíduo, levando em conta, além disso, que terão de ser objeto de tratamentos coerentes para que se consigam finalidades tão diversas, ter-se-á que ponderar, como consequência inevitável, os aspectos metodológicos do ensino, já que destes depende a consecução de muitas dessas finalidades e não de conteúdos estritos de ensino. Desde então, a metodologia e a importância da experiência estão ligadas indissoluvelmente ao conceito de currículo. O importante do currículo é a experiência, a recriação da cultura em termos de vivências, a provocação de situações problemáticas.

[...] (SACRISTÁN, 2000, p. 41 in PARANÁ p .20 2008)

O Projeto Político Pedagógico (PPP) do Colégio Estadual César Stange

reconhece a importância do trabalho em EA. para construção de cidadãos

politicamente críticos e atuantes em relação à sustentabilidade. O PPP. defende a

EA. em seu item 6.7 como Desafio Educacional Contemporâneo.

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental visa implementar a Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. 2012. P.41)

Segundo Trajber (2007) o desafio para a educação ambiental é compor uma

concepção crítica que incentive uma descobertas conjuntas de ações que promovam

qualidade de vida sem causar destruição do planeta, mais do que a destruição do

planeta temos que trabalhar visando perceber as causas da exclusão social que não

deixa de estar vinculado com a degradação ambiental. Qualquer trabalho

desenvolvido em EA. Laís Mourão (2005) deve se pautar na reflexão com objetivo

de promover atitudes na sociedade que promovam sustentabilidade e justiça social.

No estado do Paraná nos utilizamos da linha Educacional histórico Crítica a

qual está vinculados com a Pedagogia libertadora defendida por Paulo Freire dentro

desta perspectiva, Freire (1983) enfatiza que os seres humanos devem ser

educados reciprocamente através de suas vivências e mediados pelos

acontecimentos do mundo

Loureiro refere-se à avaliação da prática pedagógica numa perspectiva

Teórico Crítica fazendo a seguinte análise:

Numa perspectiva Crítica, o principal indicador de sucesso de uma ação educativa ambiental está não no alcançar metas previamente definidas, mas em se estabelecer um processo de aprendizagem que seja participativo emancipatório transformador (LOUREIRO2005, p.328).

Dentro deste contexto nos pautando nas pesquisas de diversos autores

vamos propor nesta unidade atividades vinculadas a EA. na perspectiva teórico

Crítica no sentido de levar o educando a uma reflexão de suas práticas ambientais e

sociais através de propostas de ações conjuntas a partir de problematizações locais

e globais. Nesta perspectiva nos utilizaremos como metodologia à pesquisa

participante, a qual procura desenvolver sinergia com os interesses dos atores

sociais.

A pesquisa é participante segundo Viezzer (2005) se faz quando ocorre

participação dos grupos envolvidos os quais se organizam para aprender,

compreender e analisar a realidade e repassar o conhecimento adquirido.

Brandão define e diferencia pesquisa participante das demais propostas de

pesquisa pois ela tem como objetivo a investigação e atuação social.

As pesquisas participantes atribuem aos agentes populares diferentes posições na gestão de esferas de poder ao longo no processo da pesquisa, assim como na gestão do processo de ação social dentro da qual a pesquisa participante tende a ser concebida como um instrumento, um método de ação científica, ou um momento de um trabalho popular de dimensão pedagógica e política quase sempre mais amplo e de maior continuidade do que a própria pesquisa. (BRANDÃO.2005.in. ENCONTROS E CAMINHOS.p.260)

A Metodologia acima citada está sendo proposta neste trabalho devido à crise

ambiental provocada pelo capitalismo, portanto, o trabalho desenvolvido em EA.

deve ser participativo e atuante, pois, para Jacobi (2005) essa educação deve ser

inovadora e voltada para as transformações sociais que transcendem a mera

aplicação dos conhecimentos científicos e tecnológicos. Nesta perspectiva torna-se

indispensável à proposta de atividades que possibilitem ao estudante o apontamento

de suas prioridades e desejo de aprendizagem para que transformem o aprendido

em ações concretas de transformação.

ATIVIDADE 01 - DIAGNSTICANDO O CONSUMO

OBJETIVOS

Levantar dados em relação ao consumo.

Comprovar se ocorreram mudanças de atitudes após a implementação

do projeto.

DESENVOLVIMENTO

Serão distribuídos às questões abaixo as quais terão como objetivo realizar

levantamento em que está pautado o consumo dos alunos, se nos desejos ou nas

necessidades.

Este diagnóstico será aplicado no início do projeto e no final para detectar se

houve mudanças de atitudes.

Você ganhou R$ 5.000,00 em um sorteio. Como você gastaria esse

dinheiro?

Compraria:

a) Alimentos que compõe a cesta básica. ( ) Gasto R$ --------------------

b) Frutas verduras e outros alimentos saudáveis. ( ) Gasto ----------------

c) Pagaria dividas que estão em torno de R$---------- ( ).

d) Moveis que sua casa necessita. ( ) Gasto R$ -------------------

e) Roupas e calçados conforme suas necessidades. ( ) Gasto R$ -------------

f) Materiais escolares. ( ) Gasto R$ ----------------

g) Guloseimas como refrigerante, salgadinhos, doces e outros produtos

industrializados de fácil consumo. ( ) Gasto R$ ------------------

h) Compraria um celular em torno de R$---------- ( ).

i) Roupas e calçados da moda e de marcas famosas. ( ) Gastaria-------------

j) Produtos eletrônicos de última geração. ( ) Gastaria R$ --------------------

k) Brinquedos e jogos eletrônicos ou jóias. ( ) Gastaria R$ -------------------

Você tem R$ 5000,00. Liste dez objetos que gostaria de adquirir com esse

dinheiro.

Dentre os objetos acima listados escolha três que você considera essencial.

ANÁLISE DE RESULTADOS

Alunos que gastarem seu dinheiro com itens das alternativas A, B, C, D E,

pautam seu consumo nas necessidades. Os que gastarem maior parte de seu

dinheiro com as alternativas F, G, H, I, J pautam seu consumo nos desejos. Se

houver um resultado mediano de alternativas podemos entender que este

consumidor está repensando suas compras, não sabendo se por desejo ou

necessidades utilizaremos a lista de necessidades para definir se o consumo se

pauta em necessidades ou desejos.

QUESTIONÁRIO 2

DETECTANDO A REALIDADE SÓCIA ECONÔMICA

a) Quantas pessoas moram com você?

a) ( ) 01 a 03

b) ( ) 03 a 05

c) ( ) 05 a 07

d) ( ) moram---------- pessoas

b) Qual a renda mensal de sua família?

a) ( ) Menos de um salário mínimo.

b) ( ) De um a dois salários.

c) ( ) De três a cinco salários.

d) ( ) É de ----- salários.

c) Quantas pessoas trabalham em sua casa?

a) ( )Uma pessoa

b) ( )Duas pessoas

c) ( )Três ou mais pessoas.

d) Qual é a escolaridade de seus pais?Assinale a escolaridade e escreva ao

lado se está se referindo ao pai ou a mãe.

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior ( ) Pós graduação ( ) Mestrado

e) Qual é a profissão de seus Pais, ou das pessoas que são as provedoras da

casa em que vive?

___________________________________________________________________

f) Sua família recebe bolsa família ou outro auxílio governamental?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

Se sim qual auxílio que recebem______________________

g) A casa que reside é própria?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

h) Em que é gasto maior parte da renda de sua família?

________________________________________________________

________________________________________________________

i) Liste alguns objetos que você não possui, mas considera que é

importante adquirir para melhorar sua qualidade de vida.

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

ATIVIDADE 02

VÍDEO - A HISTÓRIA DAS COISAS.

OBJETIVOS

Estimular a reflexão em relação ao consumismo.

Enfatizar práticas de ações que promovam a sustentabilidade.

VÍDEO – A HISTÒRIA DAS COISAS

“Duração: 10’23”

Produzido por: Annie Leornad

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ZpkxCpxKilI

DESENVOLVIMENTO

Após a apresentação de vídeos montar os diários ambientais que será

individual e servirá de relatos de ações sustentáveis no final do projeto.

A partir da apresentação do vídeo os alunos deverão elencar no diário

ambiental algumas atitudes individuais que não são ambientalmente corretas.

ATIVIDADE 03

OBJETIVOS:

Oportunizar trocas de informações e levantamento de idéia para

superar hábitos consumistas.

Desafiar para o comprometimento pessoal em relação a práticas que

promovam a sustentabilidade no cotidiano.

POEMA

DESENVOLVIMENTO:

No contra turno organizar com os alunos um varal com imagens de objetos

que desejam consumir.

Para montar o Varal serão utilizados os seguintes materiais barbante e

grampos de roupa e figuras retiradas da internet.

Após a exposição e análise do varal apresentar aos alunos o poema EU,

ETIQUETA (Carlos Drummond de Andrade) retirado do livro (Vivências em

Educação Ambiental e Resíduos Sólidos P.189)

Será distribuído cópias do poema que será colado no diário ambiental, após

apresentação do poema levantar as seguintes questões para reflexão:

Os objetos das fotos são necessários?

O que provocou em você o desejo em relação ao objeto da foto?

Deixaríamos de consumir algo necessário para obter o objeto de

desejo?

A Química e Física estão presentes na industrialização de produtos?

(Explorar conteúdos específicos).

Nossas escolhas de consumo prejudicam o ambiente?

Existe alguma relação entre consumo e exploração do trabalho?

Qual é o papel da mídia em relação ao consumo?

De que forma nossas ações podem contribuir com o planeta e com as

futuras gerações?

Durante as discussões fazer levantamento de ações que geram

insustentabilidade para serem pesquisado pelos alunos na atividade 05.

ATIVIDADE 04

AULA EXPOSITIVA COM UTILIZAÇÃO DE SLIDES

OBJETIVOS:

Refletir os diferentes padrões de consumo e as desigualdades sociais

causadas por estes hábitos.

Estimular a revisão de hábitos de consumo em relação ao suporte do

planeta.

Trabalhar aula expositiva consumismo utilizando Slides montados com dados

pesquisados em livros e na internet referentes ao consumismo.

Após a reflexão anotar no diário o que entendem por sustentabilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

CAVALCANTE, Ludmila Oliveira Holanda; Currículo e Educação Ambiental: trilhando os caminhos percorridos, entendendo as trilhas a percorrer. In: JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org.). Encontros e caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos educadores. . Ministério do Meio Ambiente. Brasília: Mma, 2005. p(117 a 124)

COLÉGIO ESTADUAL CÉSAR STANGE. Disponível em Projeto Político Pedagógico do

Colégio Estadual César Stange - Ensino Fundamental e Médio. 2012

<http//WWW.grpcesar.seed.pr.gov.br/modules/noticias/>. Acesso em: 10 de agos. 2013.

JACOB I, Pedro; PARTICIPAÇÃO In: JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org.). Encontros e

caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos educadores. . Ministério do Meio

Ambiente. Brasília: Mma, 2005. p(231a236)

BRASIL.Lei nº9795;de 27 de Abril de 1999 Dispõe sobre a educação ambiental,

institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

disponível em:>;http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. > acesso em

25set.2013.

LEONARD,Annie. A História das coisas.out.2008. >disponível em

em:http://www.youtube.com/watch?v=ZpkxCpxKilI> Acesso em 24 de set. de 2013.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo Ribeiro; LAYRARGUES, Philippe Pomier; CASTRO,

Ronaldo Souza de, (Org.). Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 3ª

São Paulo: Cortez, 2005. 255 p. MELLO, Soraia Silva de; Trajeber, Rachel [org]. Vamos

cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. – Brasília:

Departamento de Educação Ambienta: UNESCO, 2007. 248p.

PARANÁ – Diretrizes curriculares de ciências da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná. Curitiba, 2008. p.20

PARANÁ. Seed. Governo do Paraná. DCEs- Educação ambiental. Disponível em:

<htttp//educadores. diadia.pr.gov.br>. Acesso em: 01 maio 2013.

SÁ, Lais Mourão.; PERTENCIMENTO. In: JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org). Encontros e caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos educadores. . Ministério do Meio Ambiente. Brasília: Mma, 2005. p(247 a 255)

VIEZZER, Moema L.; Pesquisa ação Participante (PAP): Origens e avanços

In: JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org). Encontros e caminhos: formação de educadores

ambientais e coletivos educadores. . Ministério do Meio Ambiente. Brasília: Mma, 2005.

p(287a289)

UNIDADE II

c) SUSTENTABILIDADE

Alguns ou muitos questionamentos podem ser levantados quando nos

propomos a desenvolver projetos educacionais voltados a sustentabilidade.

A primeira questão que nos vem na mente é o que seria sustentabilidade?

Alguns autores descrevem que para ser sustentável temos que manter o

desenvolvimento e as atividades humanas em grande potencial, porém, temos que

preservar os recursos naturais para as futuras gerações.

Para Ferreira a definição de uma sociedade sustentável seria a seguinte:

“é aquela que mantém o estoque de capital natural ou compensa pelo desenvolvimento do capital tecnológico uma reduzida depleção natural, permitindo assim o desenvolvimento das gerações futuras. Numa sociedade sustentável o progresso é medido pela qualidade de vida (saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação ambiente limpo, espírito comunitário e lazer criativo) ao invés de puro consumo material.” (FERREIRA, 2005, p.319).

Gadotti (2009) enfatiza que os conceitos de sustentabilidade e

desenvolvimento, não possuem compatibilidade, para ele a sustentabilidade é muito

mais que o desenvolvimento sem destruição dos recursos naturais, ações

sustentáveis implicam em equilíbrio do ser humano consigo mesmo e com o próprio

universo.

A sustentabilidade que defendemos refere-se ao próprio sentido do que

somos de onde viemos e para onde vamos como seres. (GADOTTI,2009.p. 46)

Outro questionamento é o que gera tanta insustentabilidade?

Segundo Guimarães (2007) o problema da insustentabilidade está no modelo

adotado pela atual sociedade que adotou paradigmas antropocêntrico, cartesiano,

individualista e consumista, estes paradigmas adotados torna uma pequena parcela

da população concentradores das riquezas, estas geram destruições em sua relação

de dominação e exploração, o que vai à contramão às características da natureza

que é coletiva, que recicla e mantém a vida.

Ferreira (2005) afirma que á partir do momento em que através das novas

tecnologias aceleramos os processos bio-geo-ecológicos em função da crescente

velocidade humana de consumo geramos a insustentabilidade, portanto, temos que

encontrar meios para controlar e evitar a escassez e o esgotamento de recursos

naturais, pois ações sustentáveis são aquelas que não se refere apenas à natureza,

mas que abrangem todas as dimensões da vida humana. Visando a sustentabilidade

os educadores precisam objetivar atividades que despertem reflexões e análise em

relação às atitudes cotidiana, que vai desde a análise de uma simples lavagem de

roupa, até a forma de como utilizamos a água para lavar a louça, escovar os dentes

até as mudanças de hábitos em relação à ingestão, por exemplo, de carne, pois a

criação de gado gera diversos impactos ambientais. Não podemos deixar de lado as

questões sociais visando à igualdade dos indivíduos. A sociedade equitativa é

aquela que proporciona oportunidades iguais de desenvolvimento aos indivíduos e o

herdado tem importância mínima enquanto que tudo o que é adquirido tem

importância máxima.

Para este fim nos utilizaremos da metodologia da pesquisa participante, nesta

metodologia as questões sociais e históricas estão sempre presentes.

“Na pesquisa participante sempre importa conhecer para formar pessoas populares motivadas a transformarem cenários sociais de suas próprias vidas e destinos e, não apenas, para resolverem alguns problemas locais restritos e isolados.” (BRANDÃO, 2005 p.264 in ENCONTROS E CAMINHOS.)

Como professores devemos procurar desenvolver práticas pedagógicas que

levem nossos jovens a repensar no seu modo de vida, muitas vezes impulsionados

pelo modismo ditados pela mídia como enfatiza Gadotti (2009) senão almejarmos e

não trabalharmos por uma educação sustentável, nosso planeta continuará sendo

espaço de nosso sustento e de nosso domínio técnico-tecnológico, pois a educação

sustentável não se preocupa apenas com a destruição dos recursos naturais, ela

preocupa-se com o que fazemos com nossa própria existência. Nesta perspectiva

queremos desenvolver algumas atividades visando a reflexão referente a

sustentabilidade bem como o desenvolvimento de ações e hábitos sustentáveis.

ATIVIDADE 05

DINÂMICAS AMBIENTAIS

Criando ações sustentáveis.

OBJETIVOS

Contextualizar a insustentabilidade.

Propiciar a construção de ações visando à sustentabilidade.

DESENVOLVIMENTO

No contra turno levar os alunos divididos em grupos de três pessoas no

laboratório de informática para que pesquisem imagens e textos referentes à

insustentabilidade. Estes temas seriam levantados no debate da atividade 03 e 04 a

cada grupo será distribuído previamente à pesquisa através de sorteio ou escolhas

voluntárias dos assuntos. Os temas levantados poderão ser os seguintes:

Queimadas.

Desperdício de água.

Industrialização.

Muitos carros.

Lixão.

Fome.

Criação de gado

Plantação inorgânica

Produção de energia elétrica.

Trabalhadores.

Consumidores.

Propagandas de produtos

Após a seleção de imagens e dos textos os alunos refletirão em relação aos

impactos ambientais causados pelas ações humanas e de consumo. A partir das

reflexões os alunos elencarão algumas atitudes que se disponibilizem a realizar em

seu cotidiano em favor da sustentabilidade. Caso não ocorra a participação da

maioria dos alunos as discussões serão realizadas em horário de aula e as imagens

serão salvas em um drive.

RFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(BRASIL) Carta da Terra. Disponível em: <www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html>.

Acesso em: 04 mar. 2013.

BRASIL) Carta da Terra In: JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org). Encontros e

caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos educadores. . Ministério do Meio Ambiente. Brasília: Mma, 2005. p(287a289

FERREIRA,Leila da costa. SUSTENTABILIDADE; Uma abordagem histórica da

sustentabilidade. In :JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org). Encontros e caminhos: formação

de educadores ambientais e coletivos educadores. Ministério do Meio Ambiente. Brasília:

Mma, p(315 a 320).

GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade. 2 ed. Editora Paulo Freire, São Paulo,

2009.127p.

GUIMARÃES, Mauro .; EDUCAÇÃO AMBIENTAL: participação para além dos muros da

escola. In: MELLO, Soraia Silva de; Trajeber, Rachel [org]. Vamos cuidar do Brasil:

conceitos e práticas em educação ambiental na escola. – Brasília: Departamento de

Educação Ambienta: UNESCO, 2007. 248p.

VIEZZER, Moema L.; Pesquisa ação Participante (PAP): Origens e avanços

In: JUNIOR, Luis Antonio Ferraro, (org). Encontros e caminhos: formação de educadores

ambientais e coletivos educadores. . Ministério do Meio Ambiente. Brasília: Mma, 2005.

p(287a289

UNIDADE III

c) CONSUMO X CONSUMISMO

O consumo é essencial à nossa sobrevivência. Todos os seres vivos são

consumidores, pois retiram da natureza muitos elementos que garantem a

manutenção da vida, bem como permite controle biológico de muitas espécies,

podemos dizer que o consumo faz parte da própria natureza.

Consumir se faz necessário o que não podemos é transformar essa

necessidade em desculpas para adquirirmos produtos supérfluos e de pouca

durabilidade isso é o que caracteriza o consumismo, que nas últimas décadas tem

degradado o ambiente. O consumismo gera extração de recursos naturais para

produção de produtos á partir do desenvolvimento tecnológico, outro fator é a

geração de desigualdades sociais e de geração de lixo devido à obsolescência

programada.

A obsolescência programada segundo o livro Vivências em Educação

Ambiental (2007) È Processo pelo qual produtos são planejados e confeccionados

de modo que seu tempo de durabilidade seja menor do que poderia ser. Apresenta-

se também novidades em relação aos produtos, como novas funções, novas cores e

designer fazendo com que o consumidor considere o seu bem obsoleto e sinta a

necessidade de adquirir um produto novo, num circuito vicioso que contribui para o

esgotamento de recursos naturais e geração de lixo. Nesta perspectivas temos a

criação de uma cultura de consumo de massa impulsionada pela publicidade que

tem o papel de modelar as necessidades e os desejos das pessoas, explorando

pontos vulneráveis para convencê-las a comprar. Consumo e felicidade são

interligados pela mídia, passando a mensagem de que quanto mais objetos adquirir,

mais feliz será, esta mensagem afeta o emocional e o psicológico das pessoas e

muitas vezes causam frustrações endividamento e até provocam doenças

psicológicas como a oneomania que é a doença do consumo compulsivo, onde as

pessoas não conseguem ficar sem comprar, outra patologia causada pelo

consumismo é as doenças causadas pela obesidade devido à alimentação tipo fast

food segundo pesquisas causam a perda de 300000 vidas por ano só nos Estados

Unidos.

Temos outros distúrbios associados ao consumismo que é o de anorexia e

bulimia que está associado ao consumo de padrão de beleza imposto pela mídia e

desejado por homens e mulheres.

Se o consumismo gera tantos problemas porque queremos seguir este

modelo insustentável de vida? Porque ele faz com que as pessoas sintam-se

poderosas atualizadas e demonstrem autoridade, autenticidade, criatividade poder e

riqueza.

Costa (2009) faz o seguinte questionamento como educar o consumidor-

cidadão se temos uma pedagogia midiática de sedução agindo nas crianças mesmo

antes de ingressar na escola, pois, as grandes corporações desejam formar clientes.

Será que temos alguma chance de despertar o consumo consciente?

Quadros (2009) ressalta que a própria escola serve ao modelo capitalista,

pois é possível vislumbrar na escola um dos lugares da presença da cultura pós-

moderna do consumo, onde as práticas pedagógicas são adaptadas ou trocadas

para servir ao sistema vigente. Devido ao sistema capitalista que incentiva o

consumismo devemos buscar uma educação reflexiva e cidadã e emancipatória.

Matarezi (2007) propõe que a inserção da educação ambiental em todas as

esferas sociais devem ocorrer com a perspectiva emancipatória, de forma que possa

levar os educandos e educadores a refletir individual ou coletivamente as ações

diárias e desta forma promover transformações sociais. Para esse fim Gadotti (2007)

nos apresenta a Pedagogia da Práxis que na visão do autor significa ação

transformadora, essa pedagogia pretende ser transformadora, ela considera o

homem como um ser incompleto, incluso e inacabado e por isso, um ser

transformador e em transformação. Nela se realiza de forma indissociável a teoria e

a prática daí a sua importância dentro da educação ambiental, pois não basta

reconhecermos os problemas ambientais e sociais é preciso agir em nosso ambiente

já que somos os maiores degradadores ambientais devido ao estilo de vida adotado

após a industrialização e a globalização.

ATIVIDADE 06

COMO ESTÁ CONSUMINDO?

PEGADA ECOLÓGICA

OBJETIVOS

Propiciar a análise dos participantes em relação a seus hábitos de consumo.

Refletir sobre os diferentes padrões de consumo e a capacidade de suporte do planeta de atender aos excessos.

Estimular a pesquisa referente as questões ambientais.

Figura 1-Pegadas

QUE É PEGADA ECOLÓGICA.

Inspirado no site ( WWF)

Não podemos viver sem consumir os recursos naturais eles são

indispensáveis pela nossa subsistência, temos a possibilidade á partir da pegada

ecológica de refletir em relação ao nosso consumo analisando nosso modo de vida.

A Pegada Ecológica pode ser calculada individual ou coletiva ela corresponde

ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessárias para gerar

produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida.

A Pegada Ecológica traduz, em hectares (ha), a extensão de território que

uma pessoa ou toda uma sociedade “consome”, em média, para se sustentar o

modo de vida.

Para calcular as pegadas exige vários estudos analisa-se vários tipos de

territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e

as diversas formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens e serviços,

transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações e outros

dados, também entraram na conta.

O consumo é convertido em tabelas que são representadas pela medida de

hectares, as análises de consumo é individual. Os resíduos sólidos e detritos

produzidos também estão inclusos na análise, pois ocupam espaço e causam

danos. As reservas ambientais fazem parte o cálculo, pois permitem a manutenção

dos ecossistemas e da biodiversidade do planeta Terra.

FATORES QUE COMPÕE UMA PEGADA ECOLÓGICA;

Fonte – clipart

Figura 2fotossinteseesquema

Fonte diaadiaeducação

●CARBONO – Representa o tamanho de áreas florestais capaz de absorver

emissões de gás carbônico oriunda da utilização de combustíveis fósseis. Exclui-se

a parcela absorvida pelos oceanos que provoca acidificação.

Figura 3-animais

Fonte-clipart

●PASTAGENS – são áreas coberto por pasto utilizado para criação de gado

de corte e leiteiro que se destinam também para produção de couro,lã e outros

produtos.

Figura 4-casas

Fonte-clipart

●ÁREAS CONSTRUÍDAS- São áreas que devido as construções impedem a

impermeabilização do solo e causa outros problemas ambientais. Devido a

ocupação do espaço com construção diminuí-se a quantidade de áreas verdes

causando interferência no conforto térmico.

Figura 5-alimentos orgânicos

F

Fonte diaadiaeducação

● ÁREA DE CULTIVO – São áreas utilizadas para produção de alimentos

tanto para o consumo humano como para o animal.Incluí-se aqui a produção de

oleaginosas e borracha.

Figura 6- Peixe

Fonte -clipart

● ESTOQUES PESQUEIROS – Calculado a partir da estimativa de produção

primária necessária para capturar peixes e mariscos capturados com base,em dados

de captura relativo a espécies marinhas e de água doce.

Figura 7- araucárias

Fonte-diadiaeducação

●FLORESTAS – É a medida de áreas que possuem florestas as quais são necessárias para o fornecimento de produtos madeireiros,celulose e lenha.

DESENVOLVIMENTO

Esta atividade será desenvolvida no laboratório de informática no contra

turno. Vamos acessar alguns sites que demonstrem o impacto que nosso estilo de

vida provoca no planeta. Os alunos deverão escrever num rascunho de papel o

resultado de sua pegada ecológica.

Sugestões de sites que calculam a pegada

http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/

Calcule seu impacto ambiental disponível em:

. http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/infograficos/2012/06/14/calcule-seu-impacto-no-

ambiente-com-esta-calculadora-de-pegada-ecologica.htm

Pegada Ecológica disponível em:

http://www.comunicai.com.br/tradimaq/pegada_ecologica.pdf

Após a aplicação da atividade os alunos poderão elencar em seus diários

algumas atitudes que tentarão desenvolver diariamente em relação à

sustentabilidade. Estas atitudes serão descritas e apresentadas através de slides e

desenhos no encerramento do projeto.

Após a aplicação da atividade acima definir com os alunos um roteiro de

pesquisa referente aos problemas ambientais provocados pelo consumo

insustentável, ou seja, montar coletivamente algumas questões referentes às

pesquisas que poderão ser aplicadas em diferentes temas.

As pesquisas serão realizadas no contra turno no laboratório de informática

com a orientação do professor.

ATIVIDADE 07

PERSONAGENS FICTÍCIOS

OBJETIVOS

Apresentar e compartilhar os conhecimentos adquiridos com as

pesquisa de forma dinâmica e descontraída.

Estimular a reflexão sobre o papel de cada um em relação ao

consumo.

Após a realização da pesquisa os alunos serão separados em dois grupos e

montarão personagens fictícios e aplicarão alguns conhecimentos adquiridos á partir

dos temas pesquisados para estes personagens, o grupo 1 representará um

consumidor consciente e responsável, portanto descreverão atitudes sustentáveis de

consumo. O grupo 2 representará um consumidor alienado e, portanto os

componentes deste grupo descreverão atitudes insustentáveis.

Após a apresentação dos personagens discutir as vantagens ou

desvantagens de vida relacionadas a esses personagens e propor aos alunos, uma

divisão em grupos para a composição de uma paródia para ser apresentada na

comunidade escolar na qual se supõe que estará presentes os dois tipos de

personagens representados na dinâmica e o objetivo da paródia e sensibilizar os

participantes para a preservação ambiental.

ATIVIDADE 08

TROCA- TROCA DE OBJETOS.

OBJETIVOS:

Facilitar a circulação e o reaproveitamento de objetos usados.

Estimular valores como cooperação e solidariedade e uso racional de

recursos.

DESENVOLVIMENTO:

Num primeiro momento exibiremos vídeos referente ao consumismo.

Faremos uma pequena discussão em relação ao conteúdo dos vídeos e pediremos

algumas sugestões de minimização dos problemas ambientais e sociais causados

pelo consumismo.

VÍDEOS

a) O Consumismo.

Duração: 5’03”

Produzido por: André Luís Figueiredo Santana Dourado 2007.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=0vN-_gc8hMs

b) Consumo consciente.

Duração: 3’32”

Produzido por: Francielle Schneider 2010

Disponível em: ht tp://www.youtube.com/watch?v=lyPSIYuCLH4

c) história dos Cosméticos.

Duração: 8’18”

Produzido por: Annie Leonard 2012

Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=N_Jr8BBfD_U.

Após as reflexões vamos propor aos alunos a troca de produtos que estão em

bom estado e pode ser reutilizado pelo colega.

Para desenvolver esta atividade elaboraremos algumas regras dos produtos

que deverão fazer parte da atividade e de como será desenvolvida a atividade,

montaremos uma comissão de alunos que ficarão responsáveis pelo recolhimento

de produtos e cadastramento dos participantes e definiremos um prazo para a

realização da atividade.

Esta atividade será realizada somente entre alunos da mesma sala e cada

sala terá uma comissão que deverá providenciar uma caixa de papelão grande e

encapar, enfeitar para juntar os objetos que serão expostos no dia da realização da

troca.

OBSERVAÇÃO:

Vamos propor esta atividade aos docentes da escola.

Não será obrigada a participação na atividade somente os que sentirem-se

confortáveis a realizar esta dinâmica, quem trouxer um objeto levará outro em troca.

No dia da atividade faremos vídeos onde alguns participantes poderão relatar

como se sentem com essa experiência, esses vídeos e fotos serão postados no site

da escola. (Será solicitada uma autorização aos responsáveis para utilização de

imagens.)

ATIVIDADE 09

FESTIVAL AMBIENTAL.

OBJETIVOS:

Divulgar a implementação do projeto a comunidade escolar.

Envolver e mobilizar a comunidade na valorização local voltados a proteção

ambiental.

Esta atividade será realizada no saguão da escola onde convidaremos alguns

membros da comunidade escolar. Neste dia teremos a apresentação das paródias

produzidas por eles durante a implementação do projeto. A cada apresentação será

lido alguns textos relacionados a sustentabilidade produzidos pelos alunos.

Vamos sugerir aos alunos que demonstrem os objetos trocados, se for

vestuários que se apresentem com os mesmos, para enfatizarmos a importância do

reaproveitamento dos objetos.

Faremos uma mostra dos materiais produzidos ao longo do projeto.

d) ATIVIDADE EXTRA COM ENSINO MÉDIO.

OBJETIVOS;

Incentivar a elaboração, divulgação e implementação de idéias e ações em

relação a um estilo de vida sustentável.

Envolver e mobilizar a comunidade na valorização dos saberes locais

voltados à proteção ambiental.

DESENVOLVIMENTO:

Será ministrada a História das coisas, esta oficina poderá ser trabalhada em

uma aula de Sociologia.

Em um segundo momento fará a atividade da pegada ecológica no laboratório

de informática e convidaremos os alunos em grupo refletirem sobre seus estilos de

vida e apresentem algumas atitudes que propiciem sustentabilidade na vida diária,

estas atitudes deverão ser anotadas e os alunos serão desafiados a cumprir as

metas e estabelecerão um tempo para colocar em prática suas ações, solicitaremos

aos alunos que relatem suas conquista e dificuldades através de um texto. Num

último momento faremos o fechamento da atividade fazendo o levantamento de

ações desenvolvidas pelos alunos, as quais serão apresentadas no festival

ambiental.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Os educadores ambientais muitas vezes possuem práticas pedagógicas bem

fundamentadas, porém, as ações planejadas estão pautadas nos paradigmas da

sociedade moderna que é cartesiano e positivista.

Esse paradigma afetou profundamente o pensamento ambiental e os

resultados dessas práticas. Nesta perspectiva destaca-se o positivismo que introduz

a filosofia do progresso obtido à custa do desenvolvimento insustentável. Este

paradigma considerou a tecnologia e a ciência como instrumento humano de

transformação da realidade, podendo ser utilizado para transformar a natureza. A

formação do novo paradigma afirma que o conhecimento científico é relativo e não

absoluto, permitindo novos enfoques e novas abordagens ambientais, e superando o

paradigma vigente que supervalorizou os fatos, as provas e as experiências em

detrimento dos fenômenos metafísicos ou transcendentes.

A partir da análise deste contexto temos o objetivo de propor atividades que

contribuam no processo de transformação da realidade, questionando o paradigma

vigente propiciando o entendimento das estruturas do modo de produção, de

consumo desta sociedade bem como as relações de poder de indivíduo em relação

ao outro e das ações que geram desigualdades sociais.

Sugerimos neste caderno pedagógico atividades participativas onde o sujeito

é o ator social que constrói conhecimentos agindo em sua própria realidade. Nesta

perspectiva o sujeito é agente transformador dos problemas locais que ao longo do

tempo pode gerar transformações globais, a partir da construção de novos

paradigmas que promovam a solidariedade humana e a sustentabilidade do planeta

Terra.

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