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VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA
OS 21 CONCEITOS DO MARQUIXISMO
SALVADOR - BA
2012
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1. MATERIALISMO HISTORICO
O materialismo histórico constitui parte inalienável da filosofia marxista. Ele
transformou de maneira radical as concepções de sociedade e as leis mais gerais
em que se pautavam as forças motrizes de seu desenvolvimento, além de ser uma
metodologia de análise nos estudos sociais.
Sua particularidade básica consiste na importância das posições filosóficas
na análise da vida das sociedades; considera que todas as coisas naturais ou
históricas não são fatos estáticos, acabados, mas em movimento, construídos a
cada momento, sempre em transformação, logo historicamente determinados.
O materialismo histórico é uma maneira de pensar as idéias que determinam
a consciência humana, ou seja, para Marx, são as condições materiais instituída
pela sociedade que propiciam ao ser humano sua consciência – pensar desta ou
daquela maneira. Essas condições materiais são determinadas a partir das relações
sociais de produção e da divisão social do trabalho. Mas por que materialismo
histórico? Para CHAUÍ (1997):
Materialismo porque somos o que as condições materiais (as relações de
produção) nos determinam a ser e a pensar. Histórico porque a sociedade e
a política não surgem de decretos divinos nem nascem da ordem natural,
mas dependem da ação concreta dos seres humanos no tempo.
Outro ponto importante levantado por Marx é a constatação de que o motor
da história é luta de classe, expressão das contribuições da sociedade e base desta
forma de pensar a realidade, o que nos leva afirmar que o materialismo histórico é
também dialético.
Além disso, como método de pesquisa nas ciências humanas, o materialismo
histórico-dialético pretende romper com as diversas formas de análises metafísicas,
de variados enfoques e níveis de compreensão da realidade, porém sempre
lineares, a - históricas e harmônicas. “Há, pois, a exigência necessária de uma
concepção de realidade, um método capaz de desvendar as ‘leis’ fundamentais que
estruturam um problema que se investiga” (FRIGOTTO, 1991)
Marx Pontua em uma analogia que a sociedade é um edifício no qual as
fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas,
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enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes,
instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc).
Em “A miséria da Filosofia” (1847) Marx afirma:
As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas.
Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de
produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais.
O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor,
a sociedade com o capitalismo industrial.
Um exemplo de Materialismo histórico é o seguinte:
O modo de produção feudal é o fato positivo, a afirmação mas já traz dentro de si o germe de sua própria negação: o desenvolvimento de suas forças produtivas propicia o surgimento da burguesia. À medida que estas forças produtivas se desenvolvem, elas vão negando as relações feudais de produção e introduzindo as relações capitalistas de produção. A luta entre a nobreza e a burguesia vai se acirrando; em um determinado ponto deste desenvolvimento ocorre a ruptura e aparece o terceiro elemento mais desenvolvido, que é mo do de produção capitalista. É, portanto, 5 luta entre as classes que faz mover a História. (SPINDEL, A. op. cit. p. 39.)
Fonte: MARZZITELLI, Edna. CONHECENDO O MATERIALISMO HISTÓRICO E O
MARXISMO: CONHECENDO MARX. UFSC, 2011.
2. MODO DE PRODUÇAO
Modo de produção em economia, é a forma de organização socioeconômica
associada a uma determinada etapa de desenvolvimento das forças produtivas e
das relações de produção. Reúne as características do trabalho preconizado, seja
ele artesanal, manufaturado ou industrial. São constituídos pelo objeto sobre o qual
se trabalha e por todos os meios de trabalho necessários à produção (instrumentos
ou ferramentas, máquinas, oficinas, fábricas, etc.) Existem 6 modos de produção:
Primitivo, Asiático, Escravista, Feudal, Capitalista, Comunista.
Um sistema egronômico é definido pelo modo de produção no qual se baseia.
O modo de produção atual é aquele que se baseia na economia do país.
Os modos de produção são formados pelo conjunto das forças produtivas e
pelo conjunto das relações de produção, na sua interação, num certo estádio de
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desenvolvimento. Simultaneamente designam as condições técnicas e sociais que
constituem a estrutura dum processo historicamente determinado. Os homens ao
produzirem bens materiais criam, com isso mesmo, um regime para a sua vida. O
modo de produção é uma forma determinada da atividade vital dos indivíduos, um
determinado modo de vida.
Podem-se distinguir alguns tipos historicamente mais significativos de modos
de produção: um, destinado à satisfação direta das necessidades dos produtores;
um segundo, destinado a manter uma classe dominante através da entrega regular
de tributos e de trabalho compulsivo; outro, baseado na produção de mercadorias; e,
finalmente, um outro assente na lógica da obtenção do máximo lucro. Uma das
particularidades dos modos de produção consiste na sua transformação
permanente, sendo de salientar que o seu desenvolvimento e alteração determinam
a modificação do regime social no seu conjunto.
A evolução dos modos de produção explica-se pelo facto do desenvolvimento
das forças produtivas levar, a certa altura, a uma contradição com as relações
sociais de produção, de tal forma que estas se revelam como um obstáculo ao pleno
desenvolvimento daquelas. Estes fenómenos não existem desunidos, são partes
integrantes do processo produtivo e podem ser considerados como uma mudança
estrutural da economia.
A fase de formação dum novo modo de produção constituí um período muito
agitado e de excepcional importância na vida concreta das sociedades. Os modos
de produção existentes enfrentam cada vez maiores dificuldades em manter a
estrutura económica em que se baseiam, tentam reorganizar-se e resistir à
influência dos novos modos de produção, por vezes através de formas
perturbadoras ou até violentas. Surgem realidades diferentes com novas formas de
apropriação dos meios de produção, alteração dos modelos redistributivos ou de
relações de trabalho, mudanças na composição das classes ou grupos sociais.
Quando o novo modo de produção assume um papel preponderante numa
determinada sociedade, é acompanhado pelo declínio dos existentes, embora estes
continuem a subsistir em espaços económicos onde ainda não surgiram as
condições económicas e sociais que originaram a mudança. Os traços e as
propriedades dos modos de produção manifestam-se de maneira diferente nas
várias regiões. O modo de produção dominante assume a determinação dos
processos, das relações e das instituições fundamentais.
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O reconhecimento da forma específica de cada modo de produção implica a
recolha e análise dos dados que os distinguem. Entre outros fatores, é indispensável
observar: o nível de desenvolvimento das forças produtivas, com relevância para a
formação dos trabalhadores, os instrumentos e as técnicas adoptadas; o tipo de
relações existentes entre os membros da sociedade e o papel de cada classe social
no processo produtivo; a propriedade dos meios de produção e os direitos de cada
grupo social ou classe sobre esses meios; o objetivo da atividade económica,
conforme se destina a satisfazer as necessidades e interesses dos produtores, dos
mercadores ou dos não produtores, mas que se apropriam dos excedentes; a ordem
de grandeza, a forma, a utilização e a apropriação do produto do processo de
trabalho entre os membros da sociedade; a forma como está assegurada a
reprodução social.
O modo de produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e
também na África do século passado.
Tomando como exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a
parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e
pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que
produziam. A parcela maior prejudicando cada vez mais o meio de produção
asiático.
Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático:
A propriedade de terra pelos nobres;
O alto custo de manutenção dos setores improdutivos;
A rebelião dos escravos.
Força de trabalho
A capacidade dos trabalhadores de produzirem riqueza material ou, mais
precisamente, as aptidões e habilidades humanas submetidas à condição de compra
e venda, isto é, sob a forma de mercadoria
3. MEIOS DE PRODUÇAO
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Segundo a teoria marxista, meios de produção são o conjunto formado por
meios de trabalhoe objetos de trabalho - ou tudo aquilo que medeia a relação entre o
trabalho humano e anatureza, no processo de transformação da própria natureza.
Os meios de trabalho incluem os instrumentos de produção: instalações
prediais (fábricas, armazéns, silos etc), infraestrutura (abastecimento de
água, fornecimento de energia,transportes, telecomunicações, etc),
máquinas, ferramentas, etc.
Os objetos de trabalho são os elementos sobre os quais é aplicado o
trabalho humano - recursos naturais (terra, matérias-primas).
Fonte: ECONOMIA NET. Introdução ao Capital de Karl Marx. Disponível em:
<www.economiabr.net>. Acessado em: Junho de 2012.
4. FORÇA DE TRABALHO
Max Pontua que não é o trabalho que é comprado pelo capitalista, mas a
"força de trabalho" ou a capacidade de trabalho do operário. Esta força de trabalho é
paga "pelo seu valor", segundo as normas da economia capitalista. Efetivamente, o
salário é o que permite manter e reproduzir a força de trabalho; logo, é a expressão
monetária do seu custo em trabalho ou da quantidade de trabalho que a sociedade
deve consagrar à manutenção e à reprodução da força de trabalho.
Fonte: Amboni, Vanderlei. O NASCIMENTO DO CAPITAL COMO RELAÇÃO E
PROCESSO SOCIAL: A SUBSUNÇÃO DO TRABALHO AO CAPITAL.
Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí, 2012.
5. RELAÇOES SOCIAIS DE PRODUÇAO
Ao modo de produção capitalista corresponde essencialmente uma relação
social entre duas classes. Destas, uma a burguesia, por ter o monopólio dos meios
de produção e do dinheiro, explora a outra a classe trabalhadora, que não é
proprietária de nada exceto a sua força de trabalho que se vê forçada a vender. O
objetivo da produção é aqui o objetivo da burguesia: a criação de mais-valia para a
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acumulação privada de capital, não a satisfação das necessidades da maioria dos
membros da sociedade.
Segundo Karl Marx, “(...) na produção social da sua vida, os homens entram
em determinadas relações, necessárias, independentes da sua vontade, relações de
produção que correspondem a uma determinada etapa de desenvolvimento das
suas forças produtivas materiais” (Marx, Engels, Obras Escolhidas, tomo I, pg. 530,
Edições “Avante”, 1982). Quaisquer que elas sejam, as relações de produção
assumem as três funções seguintes:
Determinar a forma social do acesso às fontes e ao controlo dos meios de
produção;
Redistribuir a força de trabalho social entre os diversos processos de
trabalho que produzem a vida material, organizam e descrevem esse
processo;
Determinar a forma social de divisão, redistribuição dos produtos do
trabalho individual e coletivo e, por essa via, as formas de circulação ou
não circulação desses produtos.
Fonte: Secretaria Nacional de Formação Política do Partido Comunista Brasileiro.
CURSO DE INICIAÇÃO PARTIDÁRIA: MODOS DE PRODUÇÃO.
6. CLASSES SOCIAIS
Segundo a óptica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-
capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe
dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas
por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela
classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a
sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada
passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe
dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação
da exploração.
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A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papeis que
os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx. É
do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de rendimento,
o gênero de vida e numerosas características culturais das diferentes classes.
Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no
processo de produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.
Fonte: VAISMAN, Ester. Marx e a Filosofia: elementos para discussão ainda
necessária. Disponível em <www.scielo.br>. Acessado em jun 2012.
7. LUTA DE CLASSES
A história do homem é a história da luta de classes. Para Marx a evolução
histórica se dá pelo antagonismo irreconciliável entre as classes sociais de cada
sociedade. Foi assim na escravista (senhores de escravos - escravos), na feudalista
(senhores feudais - servos) e assim é na capitalista (burguesia - proletariado). Entre
as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos,
eclodindo em guerras civis declaradas ou não. Na sociedade capitalista, a qual Marx
e Engels analisaram mais intrinsecamente, a divisão social decorreu da apropriação
dos meios de produção por um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo
expropriado possuindo apenas seu corpo e capacidade de trabalho (proletários).
Estes são, portanto, obrigados a trabalhar para o burguês. Os trabalhadores são
economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da mais-valia.
LEÃO, Stephane Pedroso. Karl Max e suas Ideologias. Disponível em:
<amigonerd.net>. Acessado em jun de 2012.
8. EXPLORAÇAO
Para Karl Marx a exploração é um elemento inerente e chave do capitalismo e
os mercados livres. Ela é a consequência dos mercados competidores e os
puramente competitivos. Afirma ainda que quanto maior a “liberdade” dos mercado,
maior é a força do capital e por sua vez maior será a exploração.Na visão de Marx a
exploração “normal ” esta baseada em três características:
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A propriedade dos meios de produção por uma pequena minoria da
sociedade, os capitalista.
A inabilidade dos que não tem propriedade (os trabalhadores) para
sobreviver sem vender a força de trabalho para os capitalistas, ou seja,
sem ser empregado como outros trabalhadores.
O Estado que usa sua força para proteger de forma parcial a distribuição
do poder e propriedade na sociedade.
Fonte: GOMES, Fábio Guedes. Mobilidade do trabalho e controle social: trabalho
e organizações na era neoliberal. Rev. Sociol. Polit. vol.17 no.32 Curitiba Feb. 2009
9. MAIS VALIA
A teoria marxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma:
suponhamos que um funcionário leve 2 horas para fabricar um par de calçados.
Nesse período ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas, ele
permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e
recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8 horas,
por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par continua o
mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que ele
trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e aumentando os lucros do
patrão.
Fonte: ECONOMIDIANDO. Marx: Mais-Valia Absoluta e Relativa. Disponível em:
<economidiando.blogspot.com.br>. Acessado em: jun de 2012.
10. MAIS VALIA ABSOLUTA
Produção de mais-valia absoluta é um modo de incrementar a produção do
excedente a ser apropriado pelo capitalista. Consiste na intensificação do ritmo de
trabalho, através de uma série de controles impostos aos operários, que incluem da
mais severa vigilância a todos os seus atos na unidade produtiva até a
cronometragem e determinação dos movimentos necessários à realização das suas
tarefas. O capitalista obriga o trabalhador a trabalhar a um ritmo tal que, sem alterar
a duração da jornada, produzem mais mercadorias e mais valor.
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Fonte: ECONOMIDIANDO. Marx: Mais-Valia Absoluta e Relativa. Disponível em:
<economidiando.blogspot.com.br>. Acessado em: jun de 2012.
11. MAIS VALIA RELATIVA
Quando esse método encontra os limites da extração da mais-valia absoluta:
resistência da classe operária e deterioração de suas condições físicas o segundo
caminho, a extração da mais-valia relativa, é que fez do capitalismo o modo de
produção mais dinâmico de todos os tempos, transformando continuamente seus
métodos de produção e introduzindo incessantemente inovações tecnológicas. Pois
é apenas através da mudança técnica que o tempo de trabalho socialmente
necessário de determinados bens pode ser reduzido. Aumentos na produtividade
resultantes e novos métodos de produção, nos quais o trabalho morto sob a forma
de máquinas assume o lugar do trabalho vivo, reduzem o valor dos bens individuais
produzidos.
Fonte: ECONOMIDIANDO. Marx: Mais-Valia Absoluta e Relativa. Disponível em:
<economidiando.blogspot.com.br>. Acessado em: jun de 2012.
12.ALIENAÇÃO
Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em
que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo,
o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se
pelo que ele possui, não pelo que ele é. Isso parece familiar? Pois é, vamos ver os
detalhes.
O filósofo alemão concebeu diferentes formas de alienação, como a religião
ou o Estado, em que o homem, longe de tornar-se livre, cada vez mais se
aprisionaria. Mas uma alienação é básica, segundo Marx: a alienação econômica. A
alienação econômica pode ser descrita de duas formas: o trabalho como (a)
atividade fragmentada e como (b) produto apropriado por outros.
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13.CONSCIÊNCIA DE CLASSE
Caracteriza a pertença, reiterada e conscientemente afirmada, de um
indivíduo a uma classe social específica, que age de forma solidária e normalmente
organizada, com os restantes membros, na defesa dos seus interesses coletivos e
que se reflete na organização e ação político-sociais. De salientar que não existe
uma relação linear objetiva entre posição de classe e consciência de classe. Para a
sua estruturação concorrem aspetos como o lugar nas relações de produção - a
posição objetiva -, os hábitos, os estilos de vida e outros comportamentos culturais -
a posição subjetiva.
A consciência de classe é determinante para a luta de classes. Pela tomada
de consciência da sua posição de classe, cada indivíduo age de forma organizada
nos diversos contextos sociais, nomeadamente a nível político e laboral. Sem
esquecer a importância do fator objetivo (a situação material), é necessário não
desvalorizar o papel da consciência, enquanto fator subjetivo, para o sucesso de
qualquer processo revolucionário, em especial quando articulado com o fator
organizativo.
Por exemplo, os assalariados não se comportam de modo condizente com
sua condição proletária, ou mesmo alguns deles, quando interrogados, não sabem
definir-se ou afirmam pertencer ao “estrato médio”. Ou, ainda mais, classe é aquilo
que a classe diz supor representar em resposta a um questionário. Mais uma vez,
classe como categoria histórica, em seu comportamento através do tempo, resulta
excluída.
INFOPÉDIA. Consciência de classe. Disponível em: <www.infopedia.pt>.
Acessado em: jun de 2012.
14. INFRAESTRUTURA
Seria a base da economia. As atividades realizadas para produzir os bens de
consumo no intuito de saciar as necessidades humanas, como por exemplo, os
meios de produção, a força de trabalho e entre outros conceitos já citados
anteriormente. Toda atividade que gere lucro para a economia é considerada uma
infraestrutura, neste caso.
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KOTOVICZ, Schirlei Maria Cequinel. Economia. Curso de Sistemas de
Informações, 2010.
15.SUPRAESTRUTURA
É contrária a infraestrutura. A preocupação dela é social. Considera a parte
da consciência humana, de que forma os indivíduos se organizam para garantir uma
base econômica boa. O pensamento, as estratégias econômicas, tudo isso é
superestrutura.
KOTOVICZ, Schirlei Maria Cequinel. Economia. Curso de Sistemas de
Informações, 2010.
16. IDEOLOGIA MARX/GRAMSCI HEGEMONIA E CONTRA HGEMONIA,
IDEOLOGIA E CONTRA IDEOLOGIA
A hegemonia não se reduz à legitimação, falsa consciência, ou
instrumentalização da massa da população, cujo “senso comum” ou visão do
mundo, segundo Gramsci, é composto de vários elementos, alguns dos quais
contradizem a ideologia dominante, como aliás grande parte da experiência
cotidiana. O que uma ideologia hegemônica, dominante, pode propiciar é uma visão
do mundo mais coerente e sistemática que não só influencia a massa da população,
como serve como um princípio de organização das instituições sociais.
17.PROLETARIADO
Karl Max entendia que a única riqueza que um trabalhador poderia possuir e
multiplicar era sua prole (filhos), e no processo das primeiras Revoluções Industriais,
os trabalhadores buscavam ter muitos filhos, pois seriam novos “braços
trabalhadores” para o mercado de trabalho, daí o termo proletariado para designar
massa de trabalhadores prontos para vender suas forças de trabalho.
O proletariado é antagônico à burguesia dentro do marxismo, é o que apenas
possui a força de trabalho como propriedade. Mas, segundo Karl Marx, o
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proletariado produz algo a partir da natureza, enquanto que o trabalhador pode
apenas oferecer algo já produzido, o que diferencia o significado entre ambos.
KOTOVICZ, Schirlei Maria Cequinel. Economia. Curso de Sistemas de
Informações, 2010.
18.REVOLUÇÃO PROLETÁRIA
Quando a classe dominada resolve reivindicar seus direitos perante a
sociedade capitalista ou perante a classe dominante. Para isso cominam uma
revolução que tem a participação das pessoas que defende esses direitos
reivindicados e a dos próprios reivindicadores, o proletariado.
KOTOVICZ, Schirlei Maria Cequinel. Economia. Curso de Sistemas de
Informações, 2010.
19.DITADURA DO PROLETARIADO
A classe dominada toma o poder da sociedade capitalista e tenta reverter à
situação de exploração praticada pelo capitalismo e pela burguesia. Para isso
implantam medidas proletárias controladas com pulso firme pelo proletariado que
impediam as diferenças sociais e com isso a divisão da sociedade em classes
dominada e dominante.
Uma das primeiras tentativas de implantação da Ditadura do Proletariado
ocorreu na França em 1871. A chamada Comuna resultou na tomada do poder pelo
operariado e na tentativa de instalação de uma república de caráter socialista.
Entretanto, o movimento foi aniquilado pelo governo, o que representou uma forte
derrota para os defensores da ideologia comunista de cunho marxista.
20.SOCIALISMO
Karl Marx e Friedrich Engels desenvolveram a teoria do Socialismo Científico.
É denominado assim por não se apresentar mais como um ideal (como o Socialismo
14
Utópico), mas como uma necessidade histórica que deriva da crise do capitalismo.
Em 1848, Marx e Engels lançam O Manifesto Comunista, que analisa a história
como o resultado da luta entre as classes - burguesia e proletariado - e instiga o
proletariado de todo o mundo a se unir para tomar o poder. Traduzido para várias
línguas, tem forte influência nos movimentos operários e revolucionários de todo o
mundo.
Para Marx, um burguês pode trabalhar muito, mas sua riqueza não vem
apenas de seu trabalho. O burguês se apropria da força de trabalho de seus
empregados, que recebem um salário equivalente a apenas poucas horas do seu
trabalho. Por exemplo, um burguês emprega 100 pessoas, cada pessoa recebe um
salário de $200,00 por mês e produz 100 pares de sapatos mensais. Cada par de
sapato custa $10,00. No fim do mês o empregado produziu sozinho $1000,00.
Descontando-se o valor do salário e do material gasto na produção ainda sobrariam
$500,00 que é apropriado pelo burguês.
Esta quantia é o que Marx chamava de mais valia e é base de todo o sistema
capitalista. Ou seja a lógica do sistema capitalista é a exploração da classe
trabalhadora para acumulação de riquezas.
O materialismo histórico, que é a ferramenta chave usada por Marx para a
criação da teoria do socialismo científico, analisa que toda a história é uma série de
lutas entre a classe dominante e a classe explorada. O Capitalismo, como dizia
Marx, carrega os germes de sua própria destruição, e seria suplantado pelo
socialismo onde os trabalhadores formariam uma sociedade baseada na
propriedade colectiva dos meios de produção. Para se chegar ao Socialismo,
segundo Marx, é necessário através de uma revolução social, implantar a ditadura
do proletariado, que seria o elo de transição do capitalismo ao Socialismo. No
socialismo desaparece a mais valia, e o produto do trabalho social é dividido pelos
trabalhadores de acordo com seu trabalho. Daí o nome socialismo, e não "Deixar os
homens todos iguais" como querem a maioria dos críticos contrários ao socialismo.
O socialismo é a etapa de transição ao comunismo, este se caracteriza pelo
desaparecimento total do estado e pelo alto desenvolvimento das forças produtivas
que permite atender o principio: "De cada um segundo as suas capacidades, a cada
um segundo as suas necessidades"
Em 1917 a Rússia realizou uma revolução social e implantou o socialismo; o
movimento estendeu-se a países vizinhos que passaram a compor a União das
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Repúblicas Socialistas Soviéticas (soviete era uma espécie de comitê de governo
com representantes do povo); o movimento expandiu-se mais ainda e os demais
países que se alinharam com a URSS formaram o chamado "Leste Europeu" ou
"Cortina de Ferro", que dissolveu-se a partir do ano de 1989, quando então estas
tentativas de se desenvolver países socialistas faliu por motivos diversos.
Há também outros casos clássicos, como a China, Cuba, Coréia do Norte
etc., mas com certeza, a teoria socialista nunca aconteceu na prática em plenitude,
próximo talvez, mas plenamente não, tanto que estes países ou abandonaram de
vez o socialismo - como é o caso da ex-URSS, ou então adaptaram seus sistemas
acatando princípios capitalistas (China, por exemplo).
Fonte: ________.O que é socialismo? Acessado em: jun de 2012. Disponível em:
<gritodosmudos.files.wordpress.com>.
21.COMUNISMO
É a doutrina evoluída do socialismo. Ela consiste na criação de uma
sociedade sem classes sociais onde os meios de produção deixariam de ser
privados a um único indivíduo e passariam a pertencer a todos que nela vivem.
Neste contexto não existiria Estado controlando nada. Quem governaria seria a
classe dominada, o proletariado.