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Movimento político fundado em 2008, a Cruzada Vascaína tem até abril, quando termina o prazo de inscrição das chapas, para decidir qual candidato apoiará na eleição de junho para a presidência do clube. Mas uma coisa é certa: não vai en- grossar as fileiras de grupos encabeçados por Roberto Dinamite, Eurico Miranda e José Henrique Coelho. Os seus componen- tes esperam que surjam novos persona- gens na briga pelo poder. Ex-diretor das divisões de base, Leo Gon- çalves, de 37 anos, preside a Cruzada Vas- caína, e não descarta ele próprio se candi- datar, mas considera a hipótese imprová- vel,aindaqueestacontecomasimpatiada maioria dos filiados ao movimento. Ele aponta quatro nomes que merecem apoio caso venham a disputar a eleição ‒ José Mourão Gonçalves, Hércules Figueiredo, Silvio Godoy e Isac Zagury. ‒ Eu gostaria de participar ativamente da gestão, sem, no entanto, ter a vaidade de ocuparumcargoespecífico.Viviumaexpe- riênciadesucessocomodirigentenascate- gorias de base e me sinto preparado, além de ter disponibilidade de tempo, gás de so- braeindependênciafinanceira‒afirmaLeo Gonçalves,frisandoque,noperíodoemque trabalhounoclube,ajudounaformaçãode promessas de craque como Alex Teixeira e Phillipe Coutinho. Dono de uma empresa de desenvolvi- mento de sistemas (TI) e outra de eventos, Leo Gonçalves discorda dos adversários políticos que insistem em vincular a ima- gem dele com a de Eurico Miranda, por ter sido dirigente na gestão anterior (2005 e 2008). Elegante em suas relações pessoais, o presidente da Cruzada Vascaína é contra a maneira agressiva como o MUV agia quandoeraoposição.Mesmotendoapoia- do a chapa da diretoria de Eurico, ele ima- ginouqueachegadadeDinamiteaopoder pudesse ter sido boa para os vascaínos: ‒ É sempre positivo renovar os quadros e as ideias. O problema é que a atual admi- nistração está cometendo uma série de er- ros desde o rebaixamento que me deixam bastante preocupado. Além disso, pela grandeza do Vasco, defendemos o fim da dicotomia entre Roberto Dinamite e Euri- co Miranda, que foi o fator motivacional para o surgimento desta nossa terceira via política. O candidato escolhido pela Cruzada Vas- caína terá de respeitar os quatro princípios básicos do movimento: austeridade admi- nistrativa ‒ nada de contratar parentes e fornecedores ligados a membros da dire- toria por valores fora do padrão de merca- do;ousadiaplanejadanodepartamentode futebol; marketing voltado para conhecer melhor o perfil dos torcedores; e combate ao revanchismo. COLABORAÇÃO - Formada por centenas detorcedores,sóciosounãodoclube,aCru- zadaVascaínafuncionacomoumausinade ideias.Osmembrossereúnemumavezpor mêsparadebaterpropostasediscutirasitu- ação do Vasco em todos os aspectos. Dez grupos de trabalho se debruçam sobre as- suntosespecíficos,eporistoencontram-se com maior frequência. Os melhores planos são apresentados à diretoria, que, em ge- ral, os rejeita. Mas nem sempre isto acontece, pois a gestãodeDinamiteacolheu,dentreoutras, a idéia da Campanha Natal Vascaíno Soli- dário ‒ ação social em favor das crianças da Barreira e do Morro do Tuiuti; e a doação de Leo Gonçalves, de 37 anos, presidente da Cruzada Vascaína: sangue novo na política do clube C R U Z A D A P O R U M V A S C O M E L H O R alimentos para as categorias de base du- rante cinco meses ‒ em 2009. A iniciativa mais ousada, no entanto, não tem ligação com a diretoria. Ano passado, Leo Gonçalves esteve na Europa para co- nhecer a estrutura de alguns clubes e apro- veitou para tentar a contratação de Diego, ex-Santos e atualmente no Wolfs-burg, da Alemanha, que seria o primeiro reforço no caso de vitória do seu candi-dato na eleição de junho. Mas a boa fase do apoiador e o al- to salário que recebe inviabilizaram a ten- tativa. Os projetos dos grupos de trabalho es- tão em fase final de elaboração. Um deles é oferecer ao associado pacotes de ingres- so para a temporada inteira a preços muito baratos nos jogos com mando de campo do Vasco, demostrando que ainda assim haveria aumento de receita. Outros proje- tos surpreendem pela criatividade, como a contratação sem custos para o clube de um atleta japonês ou sul-coreano que tivesse disputado uma Copa , em parceria com em- presas destes países. Objetivo: abrir o mer- cado asiático para o Vasco e ainda encon- trar futuros patrocinadores. E o melhor de tudo ‒ o “craque” nem precisa ser titular. Outras informações no site www.cruza - davascaina.com.br . O MEU VASCÃO

O_MEU_VASCAO_-_Materia_com_a_Cruzada

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O último dosmalandros daMPB évascaíno por herança. Nos sambasquecompõe,Dicródefendequeno-ranãopresta,genroépilantraeoViagra é amaior invenção dahumanidade.Paraassogras,recomendacamasredon-das porque, segundoele, jararaca dormeenrolada.Nasuao-bra,omundocãose faz

presentepormeio de letras quesão autênticas crôni-cas sociais, impregna-dasdeviolênciaeprecon-ceito.Massemprecomohu-mor corrosivodeumbomjor-nal popular. Omestre do sambaescancara um sorriso até quandolembradeumchequesemfundosquerecebeu:

‒ Foi doVasco. Em2000, contratei umconjuntoemulatasparaumshowláemSãoJanuário e ganhei um cheque-borracha do clube.

Olha que eu jáfiz show no Brasilinteiro e foi a únicavezqueistomeacon-teceu.Nadaécapazde fre-ar a paixão de DicrópeloVasco.Nemche-quesemfundo,mui-to menos a sogra,que,porsinal,erafla-menguista:‒ Infelizmenteami-nha sogra (dona E-dith) jámorreu,maseu adorava ela. Nofundo eugostomui-todassogras.Queriater umas dez, penaque minha mulhernãodeixa.

Dicrómora há 30anos com a esposa

Madalena edois de seus três filhos numapartamentonaTijuca.Todosderamumbomrumoàssuasvidas‒doisde-lestrabalhamcommúsica‒,masnãoescapamdamorda-cidadedovelhosambista:‒ Eles nãoprocuramemprego commedode achar. Es-

tou brincando! Na verdade, tenho um filho juiz e outroprocurador.OjuizapitapeladasnaBaixadaeooutrosem-pre tentaencontraralgumacoisanas latasde lixo...Com62anos,Dicrótemnasletrasbemhumoradasuma

marcadoseutrabalho,exatamentecomofizeramBezer-radaSilvaeMoreiradaSilva,doisdestaquesemqualquerrodade sambaque seja formadano céu‒ouno inferno.Da nova geração de sambistas, ele cita Dudu Nobre eCriouloDoidocomoartistas comestas características. “OproblemaéqueoCriouloDoidoridasprópriaspiadasqueconta”,observa.Oúltimoencontroentredoisdosgrandesmalandrosda

MPBaconteceunoCemitériodoCajuem2005,duranteovelóriodeBezerradaSilva.‒OmeuamigoBezerramorreunodia17/1.Ouseja,171.

E numa segunda-feira para não atrapalhar o feriado deninguém.Novelóriohaviaummontedeartistapresente,todomundo triste, umsilênciodanado. Foiquandodei aidéiadepromoverumavaquinhaparacomprarcervejaecadaumcolaboroucomR$10.Aíaviúvatambémresolveu

contribuircomalgumdinheiro. Ela insistia,masdeformaalgumaeupoderiaaceitá-lo‒relembra Dicró, queencerrou adiscussãocomumargumentoinatacável:‒Nãosepreocupe,asenhora já está en-trando comodefun-to!

PROVOCAÇÃO‒Umdos sambistas maispopulares do Brasil,Dicró costuma lotarascasasdeespetácu-loepraçasemqueseapresenta. Quasesempre,estimulaareação do públi-co comfrasesdo tipo: “um,dois, três... quatro, cin-co,mil;quemnãotorcepeloVascovaitorcerparaojuvenil”,ouentão“QueméFlamengolevanteodedo...eusouvascaínoenãotenhomedo!”.É natural que um ou outro imbecil fiquemais exaltado e vaie, mas em geral aspessoassedivertem.Quemoconhecesabe que as provocações fazempartedoshow.

Nemsempreaestratégiadeestimularopúblicodácerto.Em1980,acarreiradecola

va coma venda demi-lhares de exemplaresdosLPs“Barrapesa-da”e“Dicró”.Na-

quela época, reali-zou uma série de es-petáculosnaMinuano,entãouma renomada ca-sadaBaixadaFluminense,econvidouasuamãeparavê-lonumanoite.DonaCélia Tiroteioeraumarespeitadamãe-de-santoemMesquita enãocostumava levardesaforosparacasa.Lápelastantas,eleresolveuestimularreaçõesempolgadasedisparoudopalco:‒ No próximo jogo do Flamengo tem pro-

moção:o torcedorquechegaraoestádiodeca-misapagametade.Quemchegardecamisa,calçãoechuteiraentraemcampopara jogar!CéliaTiroteionãoesperavaaquiloedeformaalguma

perdoou os apupos que seu querido filho recebia semparar. Houveumprincípio de tumulto, xingamentoparatodo lado, mas, comonumaboa rodade sam-ba, tudo terminou empaz.‒Aminhamãesemdú-vidaalgumanãofoiumaboasogra.A relação de amor en-

tre Dicró e o Vasco co-meçounoberçoe se fir-mou definitivamentequando ele presencioudaarquibancadadoMa-racanã o Vasco do capi-tão Bellini, Sabará e deoutroscraquesconquis-tarosupercampeonato

cariocade1958,numafinalcontraoFla-mengo.“Deisorte”,constata.Daliemdi-ante, viu o time ser muitas vezes cam-peão. Para o sambista, a derrota para oBotafogopor4x0nasemifinaldaTaçaRiode2009 foiumaduchadeágua fria.Omaior ídolodeDicrónofuteboléRo-

bertoDinamite,comquemcompartilhaaorigemnaBaixada, apaixãoclubísticaeonomedebatismo‒CarlosRobertodeOliveira.NaúltimarodadadoCampeona-to Brasileiro de 2008, ele estava emSãoJanuário,ao ladodoDinamite,eassistiuresignadoàderrotade2x0paraoVitória,que,dentreoutros resultados, causouorebaixamentodotimeparaasegundadi-visão.Mesmoconfiandono ídolo e xará,Di-

crótambémadmiraoex-presidenteEu-ricoMiranda:‒Jáganheiatéchequesemfundo.De-

pois,oEuricomeprejudicounovamente.Eu estava prestes a abrir uma casa de bingo e ele, quenaquele tempoeradeputadofederal, votounoCongres-so Nacional contra a lei que regularizava a atividade e a-cabou com omeu negócio. Tinha tudo para não gostardele.Mas,apesardisso,vejoneleumcaracapazdebrigarcomaprópriamãepeloVasco,oqueéadmirável.

CHATUBA‒Dicrópassoua infâncianobairroJacutinga,emMesquita,quenaépocapertenciaaNova Iguaçu.De-pois,mudou-secomafamíliaparaaChatuba,nomesmomunicípiodaBaixada.Sendomãe-de-santo,CéliaTiroteiomantinhaumterreironosfundosdacasa,frequentadoporartistascomoElzaSoares,ZecaPagodinhoePongá.Antesdefazersucessocomocompositor,cantorehumorista,Di-cróchegouavenderjornaldentrodostrensdaCentraldoBrasil. “Povo gosta de ler desgraça”, constata ele, que e-xercitavaacriatividade inventandomanchetes fortes:‒Mataramamulherdogovernador!Estupraramfulana...Vendia quantos conseguisse e saía correndo para ou-

trovagão,antesquealguémnotassequeasnotíciasanun-ciadaseramfalsas.Sevoltassenotempo,játeriaumaman-cheteprontaparadistrairospassageiros:‒RonaldoFenômenonoVascão!!!Oartistanãopensavaemcantarquandofoiaceitomem-

bro da ala dos compositores da Beija-Flor e, tempos de-pois, daGrandeRio, deCaxias, da qual também foi umdosfundadores.Emplacouumsambaenredoporca-daumadelas ‒ “Aoitavadas setemaravilhas”, em1981,e “ClareiaDindinha”,em1993.

Umassaltodequeforavítimao inspiroua compor a letra domaior sucesso do seuprimeirodiscoebatizouaobra‒“Barrape-sada”‒em1978:

‒ Eu tinha uns dois cruzeiros nobolso e ummaço com três ou qua-tro cigarros.O ladrãomeroubounaruaeacenafoivistapelavizi-nhança. No dia seguinte, foitodomundo lá para casadar apoio. Eu disse aosenhorio: opioréqueo dinheiro do alu-guel foi todoem-

bora. Ele não fezpormenos: ‘Não sepreocupe, o impor-tante é a saúde! Toma100 cruzeiros empresta-dos.Nisso,omeu irmãodeumais 100eganhei outras doa-ções.Amúsicadizqueaté ladrãotemAssaltoemMesquitavirousucesso

ArtistaestavanoMaracanãem1958

Noquintaldasuacasahaviaumterreirobemconhecido

TEXTO: PAULOMURILOVALPORTO; FOTOS:DANIELZAPPE

Movimentopolítico fundadoem2008,a Cruzada Vascaína tem até abril, quandotermina o prazo de inscrição das chapas,para decidir qual candidato apoiará naeleição de junho para a presidência doclube. Mas uma coisa é certa: não vai en-grossar as fileiras de grupos encabeçadospor Roberto Dinamite, Eurico Miranda eJoséHenriqueCoelho.Osseuscomponen-tes esperam que surjam novos persona-gensnabrigapelopoder.Ex-diretordasdivisõesdebase, LeoGon-çalves, de 37 anos, preside a CruzadaVas-caína, enãodescarta elepróprio se candi-datar, mas considera a hipótese imprová-vel,aindaqueestacontecomasimpatiadamaioria dos filiados ao movimento. Eleapontaquatronomesquemerecemapoiocaso venham a disputar a eleição ‒ JoséMourão Gonçalves, Hércules Figueiredo,SilvioGodoye IsacZagury.‒Eugostariadeparticiparativamentedagestão, sem, no entanto, ter a vaidade deocuparumcargoespecífico.Viviumaexpe-riênciadesucessocomodirigentenascate-goriasdebaseemesintopreparado,alémdeterdisponibilidadedetempo,gásdeso-braeindependênciafinanceira‒afirmaLeoGonçalves,frisandoque,noperíodoemquetrabalhounoclube,ajudounaformaçãodepromessasdecraquecomoAlexTeixeiraePhillipeCoutinho.Dono de uma empresa de desenvolvi-

mentodesistemas(TI)eoutradeeventos,Leo Gonçalves discorda dos adversáriospolíticos que insistem em vincular a ima-gemdelecomadeEuricoMiranda,por tersido dirigente na gestão anterior (2005 e2008).Eleganteemsuasrelaçõespessoais,opresidentedaCruzadaVascaínaécontraa maneira agressiva como o MUV agia

quandoeraoposição.Mesmotendoapoia-doa chapadadiretoria deEurico, ele ima-ginouqueachegadadeDinamiteaopoderpudesse ter sidoboaparaosvascaínos:‒Ésemprepositivorenovarosquadrose

as ideias. O problema é que a atual admi-nistraçãoestácometendoumasériedeer-rosdesdeorebaixamentoquemedeixambastante preocupado. Além disso, pelagrandeza do Vasco, defendemos o fim dadicotomia entre Roberto Dinamite e Euri-co Miranda, que foi o fator motivacionalparaosurgimentodestanossaterceiraviapolítica.OcandidatoescolhidopelaCruzadaVas-

caínateráderespeitarosquatroprincípiosbásicosdomovimento:austeridadeadmi-nistrativa ‒ nada de contratar parentes efornecedores ligados amembros da dire-toriaporvalores foradopadrãodemerca-do;ousadiaplanejadanodepartamentodefutebol;marketingvoltadoparaconhecermelhoroperfil dos torcedores; e combateaorevanchismo.

COLABORAÇÃO - Formadapor centenasdetorcedores,sóciosounãodoclube,aCru-zadaVascaínafuncionacomoumausinadeideias.Osmembrossereúnemumavezpormêsparadebaterpropostasediscutirasitu-ação do Vasco em todos os aspectos. Dezgruposdetrabalhosedebruçamsobreas-suntosespecíficos,eporistoencontram-secommaiorfrequência.Osmelhoresplanossão apresentados à diretoria, que, em ge-ral,os rejeita.Mas nem sempre isto acontece, pois a

gestãodeDinamiteacolheu,dentreoutras,a idéia da Campanha Natal Vascaíno Soli-dário‒açãosocialemfavordascriançasdaBarreiraedoMorrodoTuiuti;eadoaçãode

LeoGonçalves,de37anos,presidentedaCruzadaVascaína: sanguenovonapolíticadoclube

Lula:presentenabandeiradaForça Jovem

CRUZADA POR UM VASCO MELHOR

Lula era vascaíno em Pernambuco, an-tes de embarcar ainda bem criança numpau-de-arara com destino a São Paulo. Otempo passou, ele virou corintiano, masnunca esqueceu as origens. Em defesa decausas populares, o presidente apoiou Dil-ma Rousseff (PT) para sucedê-lo. E eles der-rotaram o candidato do Flamengo, José Ser-ra (PSDB), no primeiro e no segundo turnosda eleição presidencial de 2010.A presidenta do time do Leblon é verea-

dora do mesmo partido de Serra, que, co-mo ela, representa as elites, e o presente-ou com uma camisa do clube (o trapo i-mundo) estilizada, tendo o nome do pau-lista grifado nas costas. Com isso, no jogoda política Dilma abriu 2x0 para o Vasco.O terceiro gol foi do governador vascaínoSérgio Cabral (PMDB), reeleito com a umavitória acachapante ‒ 66,08% contra20,68% ‒ sobre o flamenguista de direita

Fernando Gabeira (PV). O prestígio de Ca-bral aumentou em 2009, depois que im-pediu a participação de clubes e entidadesesportivas no edital de licitação do Maraca-nã, desarmando um golpe ardiloso trama-do por Flamengo, Fluminense e CBF, quepretendiam administrá-lo, tungando dopovo o estádio que é patrimônio público.Este golpe, que foi desmontado a tempo,teve apoio da sinistra Fla-Press, especial-mente do jornal O Globo.O Flamengo sofreu 4x0 graças a um gol deLindberg Farias (PT), vascaíno, eleito comoo senador mais votado no Rio, tendo quaseum milhão de votos a mais que o segundo,o flamenguista Marcelo Crivela (PRB), quetambém foi para Brasília.O presidente do Vasco, Roberto Dinami-

te (PMDB), foi reeleito pela quarta vez pa-ra o cargo de deputado estadual, agora com39.730 votos. Bem menos que no passado,

o que indica a insatisfação da torcida comseu desempenho na gestão do clube.Já o presidente do Conselho de Beneméri-tos, Eurico Miranda e o vice de finanças Nel-son Rocha não se elegerem deputado fede-ral, assim como os ilustres vascaínos Edmil-son Valentim (PC do B), e Milton Temer (P-SOL) para senador. Nenhum deles, porém,disputava votos diretamente com algumrepresentante do rival na elite do Leblon. O jogo das urnas não poderia terminar

sem que adversário marcasse ao menos umgol de honra. E o autor, sem fazer boca-de-urna, foi ele mesmo: o ex-governador An-thony Garotinho (PR), flamenguista, depu-tado federal mais votado do Rio. Pouco de-pois, o (“juiz”) ministro Ricardo Lewandows-ki, presidente do Tribunal Superior Eleitor-tal (TSE) anunciou o fim da contagem. E oplacar mostrava o resultado da surra emcores: Vasco 4x1 Flamengo.

alimentos para as categorias de base du-rante cinco meses ‒ em 2009. A iniciativa mais ousada, no entanto, nãotem ligação com a diretoria. Ano passado,Leo Gonçalves esteve na Europa para co-nhecer a estrutura de alguns clubes e apro-veitou para tentar a contratação de Diego,ex-Santos e atualmente no Wolfs-burg, daAlemanha, que seria o primeiro reforço nocaso de vitória do seu candi-dato na eleiçãode junho. Mas a boa fase do apoiador e o al-to salário que recebe inviabilizaram a ten-tativa.Os projetos dos grupos de trabalho es-

tão em fase final de elaboração. Um deles

é oferecer ao associado pacotes de ingres-so para a temporada inteira a preços muitobaratos nos jogos com mando de campodo Vasco, demostrando que ainda assimhaveria aumento de receita. Outros proje-tos surpreendem pela criatividade, como acontratação sem custos para o clube de umatleta japonês ou sul-coreano que tivessedisputado uma Copa , em parceria com em-presas destes países. Objetivo: abrir o mer-cado asiático para o Vasco e ainda encon-trar futuros patrocinadores. E o melhor detudo ‒ o “craque” nem precisa ser titular. Outras informações no site www.cruza-

davascaina.com.br.

O MEU VASCÃO