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PÆgina 1 de 17 O Gnuteca e o OpenBiblio: avaliaªo de softwares livres para a automaªo de bibliotecas The Gnuteca and the OpenBiblio: evaluation of Open Source systems for libraries automation AUTORES Antonio Marcos Amorim - Mestre em CiŒncias da Comunicaªo pela Universidade de Sªo Paulo; BibliotecÆrio do Instituto de Psicologia da Universidade de Sªo Paulo, Sªo Paulo, Brasil; Gerente de Tecnologia da Biblioteca Virtual de Psicologia BVS-Psi. Instituto de Psicologia da Universidade de Sªo Paulo Av. Prof. Mello Moraes, 1721 Cidade UniversitÆria CEP 05508-030 Sªo Paulo SP Brasil. Tel. / Fax: 11 3091-4392 E-mail: [email protected] Edilson Damasio - Mestre em Biblioteconomia e CiŒncia da Informaªo pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas PUC-Campinas; BibliotecÆrio da Universidade Estadual de MaringÆ; BibliotecÆrio do Centro de Ensino Superior do ParanÆ - CESPAR, MaringÆ, Brasil. Universidade Estadual de MaringÆ - UEM Avenida Colombo, 5790 Biblioteca Central CEP 87020-900 MaringÆ PR Brasil. Universidade Estadual de MaringÆ - PR Tel. : 44 3261-4468 E-mail: [email protected] Eixo TemÆtico SNBU: O impacto das tecnologias eletrnicas e sua mediaªo RESUMO Partindo da necessidade de usuÆrios de bibliotecas universitÆrias, atualmente trabalhando em plataformas cada vez mais digitais e disponveis na Internet, os softwares livres tŒm versıes buscando responder adequadamente a estas demandas, barateando custos gerais de implantaªo e customizaªo de software. O presente artigo visa realizar a avaliaªo comparativa entre dois softwares livres: o OpenBiblio e o Gnuteca, dentre outros disponveis no mercado brasileiro de softwares para bibliotecas universitÆrias enquanto sistemas de automaªo completos. Foi feita uma revisªo da literatura nacional e internacional, tendo como metodologia a seleªo de itens considerados importantes nesta tarefa. A escolha de um software (seja de cdigo livre ou proprietÆrio) que trabalhe como sistemas automatizados cobrindo todas as suas funıes de bibliotecas universitÆrias, requer considerarmos aspectos como tamanho de acervos, estratØgias de crescimento, recursos humanos e financeiros e,

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automação de bibliotecas

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    O Gnuteca e o OpenBiblio: avaliao de softwares livres para a automao de bibliotecas

    The Gnuteca and the OpenBiblio: evaluation of Open Source systems for libraries automation

    AUTORES Antonio Marcos Amorim - Mestre em Cincias da Comunicao pela Universidade de So Paulo; Bibliotecrio do Instituto de Psicologia da Universidade de So Paulo, So Paulo, Brasil; Gerente de Tecnologia da Biblioteca Virtual de Psicologia BVS-Psi. Instituto de Psicologia da Universidade de So Paulo Av. Prof. Mello Moraes, 1721 Cidade Universitria CEP 05508-030 So Paulo SP Brasil. Tel. / Fax: 11 3091-4392 E-mail: [email protected] Edilson Damasio - Mestre em Biblioteconomia e Cincia da Informao pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas PUC-Campinas; Bibliotecrio da Universidade Estadual de Maring; Bibliotecrio do Centro de Ensino Superior do Paran - CESPAR, Maring, Brasil. Universidade Estadual de Maring - UEM Avenida Colombo, 5790 Biblioteca Central CEP 87020-900 Maring PR Brasil. Universidade Estadual de Maring - PR Tel. : 44 3261-4468 E-mail: [email protected] Eixo Temtico SNBU: O impacto das tecnologias eletrnicas e sua mediao

    RESUMO

    Partindo da necessidade de usurios de bibliotecas universitrias, atualmente trabalhando em

    plataformas cada vez mais digitais e disponveis na Internet, os softwares livres tm verses

    buscando responder adequadamente a estas demandas, barateando custos gerais de

    implantao e customizao de software. O presente artigo visa realizar a avaliao

    comparativa entre dois softwares livres: o OpenBiblio e o Gnuteca, dentre outros disponveis no

    mercado brasileiro de softwares para bibliotecas universitrias enquanto sistemas de

    automao completos. Foi feita uma reviso da literatura nacional e internacional, tendo como

    metodologia a seleo de itens considerados importantes nesta tarefa. A escolha de um

    software (seja de cdigo livre ou proprietrio) que trabalhe como sistemas automatizados

    cobrindo todas as suas funes de bibliotecas universitrias, requer considerarmos aspectos

    como tamanho de acervos, estratgias de crescimento, recursos humanos e financeiros e,

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    sobretudo, as demandas de seus usurios variando muito de biblioteca para biblioteca.

    Apontamos, por final, consideraes gerais da avaliao comparativa entre o OpenBiblio e o

    Gnuteca e dos critrios avaliados.

    PALAVRAS-CHAVE

    Avaliao; Softwares; Automao de bibliotecas; Softwares livres; Gnuteca; OpenBiblio.

    RESUMEN

    Partiendo de la necesidad de usuarios de bibliotecas universitarias, actualmente trabajando en

    plataformas cada vez ms digitales y disponibles en el Internet, los softwares libres tienen

    versiones buscando responder adecuadamente a estas demandas, bajando costos generales

    de implantacin y customizacin de software. El presente artculo visa realizar la evaluacin

    comparativa entre dos softwares libres: el OpenBiblio y el Gnuteca, entre otros disponibles en

    el mercado brasileo de softwares para bibliotecas universitarias mientras sistemas de

    automacin completos. Fue hecha una revisin de la literatura nacional e internacional,

    teniendo como metodologa la seleccin de elementos considerados importantes en esta tarea.

    La eleccin de un software (sea de cdigo libre o propietario) que trabaje como sistemas

    automatizados cubriendo todas sus funciones de bibliotecas universitarias, requiere considerar

    aspectos como tamao de acervos, estrategias de crecimiento, recursos humanos y financieros

    y, sobretodo, las demandas de sus usuarios variando mucho de biblioteca para biblioteca.

    Apuntamos, por final, consideraciones generales de la evaluacin comparativa entre el

    OpenBiblio y el Gnuteca, y de los criterios evaluados.

    PALABRAS-CLAVE

    Evaluacin; Softwares; Automacin de bibliotecas; Softwares libres; Gnuteca; OpenBiblio.

    ABSTRACT

    KEYWORDS

    Evaluation; Softwares; Library automation; Open source softwares; Gnuteca; OpenBiblio.

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    INTRODUO

    Os softwares livres esto sendo utilizados atualmente como uma forma de se ter

    softwares com qualidade e preferencialmente sem custos. Existem diversas justificativas para a

    sua utilizao, mas a principal esta.

    A filosofia de sua utilizao surgiu com a necessidade de se ter softwares sem

    custos de licena de utilizao, com desenvolvimento constante e compartilhado, onde,

    dependendo do tipo de software pode ser desenvolvido a nvel internacional.

    O desenvolvimento depende de demanda dos que o utilizam, ou atravs de

    tendncias de melhoria ou implantao de novos mdulos no software, desta forma esto

    sempre em constante desenvolvimento. Muitas vezes este desenvolvimento atribudo

    tambm devido necessidade de se ter economia nos custos de licenas tambm do

    desenvolvimento da informtica.

    Este desenvolvimento tambm est sendo feito nos softwares para bibliotecas.

    Existem diversos softwares em desenvolvimento sendo utilizados e aprimorados

    constantemente. No Brasil, os softwares livres para bibliotecas tambm esto em constante

    atualizao, principalmente acompanhando a tendncia da utilizao do sistema operacional

    Linux, que tambm livre e acaba sendo este sistema que tambm atrai a utilizao de outros

    softwares. Esta tendncia esta sendo desenvolvida principalmente por vrios segmentos de

    idealistas, por empresas cooperativas de softwares, pelos rgos governamentais, em que

    principalmente j se indica a substituio de softwares com licenas pelos livres, gerando uma

    grande economia para os cofres pblicos, ao no haver maiores gastos com a aquisio de

    licenas de uso.

    Esta tendncia tambm est presente no desenvolvimento de softwares da

    natureza do pacote Microsoft Office, como o redator de texto, planilhas de clculo, softwares

    para apresentaes, entre outros. Atravs desta, existe no mercado internacional o

    desenvolvimento de softwares livres para bibliotecas.

    Os softwares livres esto isentos de custos com as licenas de uso, mas

    necessitam de constante desenvolvimento, principalmente para serem adaptados s

    necessidades especficas das bibliotecas que os instalarem. Este tambm um diferencial do

    software livre, pois [...] o software que pode ser utilizado, copiado, distribudo, aperfeioado,

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    ou seja, modificado, por qualquer pessoa, mesmo no sendo proprietria (DAMASIO e

    RIBEIRO, 2005).

    Os softwares para bibliotecas so cada vez mais, desenvolvidos em novas

    linguagens de programao e usando bancos de dados relacionais para a comunicao com

    outros softwares e bancos de dados. Este modelo permite a atualizao sistmica de uma

    entidade ou campo de uma base de dados vinculada outra base de dados simultaneamente.

    Esto sendo desenvolvidos em plataforma WEB, isto , voltados para sua utilizao pela

    Internet em tempo real, principalmente na catalogao cooperativa e a troca de informaes

    entre bibliotecas de campus universitrios em cidades diferentes.

    O que determina esta utilizao a necessidade de compartilhamento de

    informaes entre bibliotecas de uma mesma instituio, de um grupo conveniado, por

    exemplo. Corte e Almeida (2000, p. 12), indicam que:

    ... se as bibliotecas e centros de documentao quisessem

    oferecer melhor servio aos usurios e cumprir sua misso,

    necessrio se torna acompanhar passo a passo o

    desenvolvimento da sociedade [...] adaptar as tecnologias s

    necessidades e quantidades de informao de que dispem, e

    utilizar um sistema informatizado que privilegie todas as etapas

    do ciclo documental, onde a escolha recaia sobre uma

    ferramenta que contemple os recursos hoje disponveis, sem se

    tornar obsoleto a mdio e logo prazos.

    Partindo de todas estas necessidades das bibliotecas, os softwares livres esto

    com verses buscando responder adequadamente a estas demandas, com a implantao de

    novos mdulos de trabalho, atualizando-os atravs de compartilhamento de necessidades e

    experincias e principalmente com a utilizao de tecnologias avanadas e tambm livres de

    maiores custos.

    O presente artigo visa realizar uma avaliao de dois softwares livres entre

    tantos outros que se destacam no mercado de bibliotecas universitrias enquanto sistemas

    de automao completos (incluindo todas as suas funcionalidades e demandas). Para tanto,

    buscamos selecionar os itens considerados indispensveis bem como mais importantes numa

    empreitada deste porte a seleo de softwares livres que sejam sistemas automatizados para

    bibliotecas cobrindo todas as suas atividades.

    Tomamos como estudo de caso uma avaliao comparativa entre dois softwares

    livres: Gnuteca Sistema de Gesto de Acervos, Emprstimos e Colaborao para bibliotecas,

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    na verso 1.6; e o OpenBiblio na verso 0.4.0, ambos disponveis para instalao e com verso

    j estvel em seu desenvolvimento e com grande utilizao no mercado de automao de

    centros de documentos e bibliotecas.

    Como modelos foram adotados como fonte para seleo de critrios de escolha

    e avaliao de softwares para bibliotecas os estudos de CAF, SANTOS e MACEDO (2001) e

    de CORTE et al. (1999), pois so considerados dois importantes trabalhos na literatura de

    automao. Embora j tenham sido tomados como parmetro na avaliao de sistemas de

    automao de bibliotecas com custos de licena de uso ou pagos, consideramos utiliz-los por

    serem aplicveis e apropriados aos softwares gratuitos, e as ressalvas ou acrscimos so

    apontados mais adiante neste artigo.

    JUSTIFICATIVAS

    Softwares livres para bibliotecas: sua importncia

    Os softwares para bibliotecas em geral tiveram seu incio atravs da insero da informtica na

    sociedade, acompanhando sempre seu desenvolvimento e suas novas tecnologias da

    informatizao. Formaram-se historicamente por bases de dados relacionadas a mdulos de

    servios s bibliotecas. Primeiramente com softwares que emitiam listagens em forma de

    referncias ou fichas catalogrficas, tais como o software Dbase, sendo utilizados na confeco

    de catlogos de fichas matrizes e seus desmembramentos nas bibliotecas. Iniciaram,

    sobretudo em bibliotecas com os maiores acervos, que na dcada de 70 utilizavam os

    computadores de grande porte ou mainframes da IBM. Conforme apontam CORTE et al. (1999,

    p. 242), a modernizao das bibliotecas est diretamente ligada automao de rotinas e

    servios [nas organizaes em geral, cabe lembrar], com o intuito de implantar uma infra-

    estrutura de comunicao para agilizar e ampliar o acesso informao pelo usurio. E esta

    modernizao partiu sobretudo, das grandes organizaes comerciais, atingindo as maiores

    universidades e os meios acadmicos e aqui encontramos inserida a maioria das bibliotecas.

    neste contexto de novas necessidades ditadas por uma racionalizao de recursos e

    processos relacionados s bibliotecas que surgem as empresas de desenvolvimento de

    softwares. O surgimento do sistema Windows da Microsoft com o ineditismo das suas janelas

    interativas popularizou a utilizao dos computadores pessoais, e aps este fato, as bibliotecas

    no mundo todo puderam testar, utilizar e desenvolver vrios sistemas de automao em larga

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    escala, saindo da esfera dos computadores de grande porte, limitada s organizaes de

    grande porte, com amplos recursos financeiros.

    De l para c, os softwares para bibliotecas foram se desenvolvendo atravs de diversas

    implementaes atravs da criao de softwares com os recursos de Tecnologia da Informao

    (TI) existentes nas instituies de ensino e empresas de desenvolvimento de softwares.

    Atualmente vemos uma crescente evoluo no mundo dos softwares e sistemas de informao

    e diariamente desenvolvedores, ou melhor, analistas e programadores e at projetistas de sites

    (ou webdesigners), buscam inovaes e tcnicas para acompanhar os melhoramentos nas

    tecnologias tanto de software como hardware, incluindo neste ltimo todos os novos suportes,

    leia-se handhelds, aparelhos celulares, palmtops, etc. Perante toda essa diversidade de

    opes e necessidades, e visando principalmente baratear custos de produo e de sistemas

    que surge o propsito da utilizao de tecnologias alternativas, e a chegamos aos softwares

    livres propriamente ditos, buscando a melhor adaptao legal e acima de tudo, menores

    preos. por esta lgica capitalista e tambm pelas inovaes advindas do ambiente WEB

    que a prtica de desenvolver projetos cooperativos chegou aos desenvolvedores de softwares

    livres. Como ilustram Damasio e Ribeiro (2005, p. ?),

    um desenvolvedor utiliza como ferramenta bsica ao

    aperfeioamento de seus produtos o cdigo fonte de um

    sistema. Um software livre aquele que possui seu cdigo

    fonte aberto a qualquer usurio, que queira ou necessite de

    modificaes e adaptaes, seja para uso domstico,

    institucional ou empresarial.

    Foram idealizados desde ento, inmeros softwares voltados a bibliotecas, utilizando como

    padro os requisitos mnimos para todos os mdulos de servios em uma biblioteca e/ou

    centros de documentao, seja para o processo de aquisio aos catlogos na WEB. Alm

    disso, as bibliotecas comearam tambm a implementar bases de dados compatveis com os

    seus formatos padronizados de dados usados para a catalogao de documentos e adotados

    internacionalmente, como o ISBD e o AACR2, este ltimo largamente utilizado no Brasil, alm

    do formato MARC, o qual permitiu a importao e exportao de dados visando a comutao

    com as outras bibliotecas do exterior. Assim, as bases de dados passaram a se interligar e a

    ter um padro mnimo e de crescente complexidade no intercmbio bibliogrfico. Apenas para

    nos atermos a esta questo do intercmbio bibliogrfico, vemos que o padro XML (Extensible

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    Mark-up Language) chegou para solapar de vez os prprios formatos MARC, pois parte de

    um padro na WEB para intercmbio eletrnico de dados, e permitindo que portais de

    bibliotecas conversem entre si trocando dados descritivos de documentos, ou melhor, de

    acervos. E tudo isto estando cada portal em diferentes plataformas ou sistemas operacionais

    como Windows, Unix e Linux, algo impensvel at a pouco tempo atrs. Para Kochtanek (2003)

    e Rhyno (2002), citados por Felstead (2004), o XML visto como sucessor dos formatos

    MARC por involucrar metadados bibliogrficos em sistemas de bases de dados relacionais, que

    formam a base de um sistema automatizado para bibliotecas. O mesmo autor aponta no

    mesmo artigo que o WC3, ao estabelecer padres de comunicao de dados entre aplicaes,

    atravs de Web services impactaro diretamente em bibliotecas ao tornar mais fcil o

    intercmbio de dados, eliminando passos manuais de comunicao application-to-application.

    Retomando o contexto dos sistemas para automao de bibliotecas, diversos softwares

    e iniciativas alternativas foram desenvolvidos e lanados no mercado mundial, com destaque

    para alguns sistemas proprietrios tais como o Aleph, o VTLS Virtua, o Voyager, o Aleph 500,

    Millenium e o Unicorn todos de empresas estrangeiras, e alguns desenvolvidos no Brasil,

    tendo como destaque o PERGAMUN. Estes sistemas permitem integrar todos os mdulos de

    servios necessrios para um sistema de bibliotecas. Dentre os mdulos, destacam-se os

    mdulos de aquisio e o de controle de Aquisio e de controle de Assinaturas de peridicos,

    estes sempre tendo que serem desenvolvidos atravs da criao de novos sistemas, ou seja,

    os sistemas no tm estes servios disponveis.

    Desta forma os softwares livres tendem a acompanhar as necessidades das bibliotecas, pois,

    est passvel de alteraes e adaptaes. Seguem as mesmas funes dos softwares

    proprietrios e nvel de desenvolvimento segue a competio ao mercado, sendo melhorados

    constantemente. No mercado nacional e internacional existem softwares e sistemas para

    bibliotecas, alguns com implementaes e mdulos alm das expectativas das bibliotecas, e

    que tambm podem ser alm dos recursos financeiros da maioria das bibliotecas. Os softwares

    livres tendem a acompanhar esta necessidade do mercado, com sistemas que tenham mdulos

    necessrios aos servios da biblioteca e principalmente sem despesas com aquisio de

    licenas.

    No Brasil, foi desenvolvido o software GNUTECA Sistema de Gesto de Acervo, Emprstimo

    e Colaborao para Bibliotecas, primeiramente instalado e desenvolvido na UNIVATES,

    conforme relatrio GNUTECA (2005):

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    O Gnuteca um sistema para automao de todos os

    processos de uma biblioteca, independente do tamanho de seu

    acervo ou da quantidade de usurios. O sistema foi criado de

    acordo com critrios definidos avalizados por um grupo de

    bibliotecrios e foi desenvolvido tendo como base de testes

    uma biblioteca real, a do Centro Universitrio Univates, onde

    est em operao desde fevereiro de 2002. O Gnuteca um

    software livre, o que significa que o mesmo pode ser copiado,

    distribudo e modificado livremente. [grifo nosso] O software

    aderente a padres conhecidos e utilizados por muitas

    bibliotecas, como o ISIS (Unesco) e o MARC21 (LOC - Library

    of Congress). Por ter sido desenvolvido dentro de um ambiente

    CDS/ISIS, o Gnuteca prev a fcil migrao de acervos deste

    tipo, alm de vrios outros.

    O Gnuteca tambm distribudo em forma de cooperativa, tendo como princpio de todo

    software livre, a cooperao para o seu desenvolvimento entre os seus usurios. Quando se

    desenvolve novos mdulos, pode-se implement-los em novas verses do software, no

    momento est na verso 1.6. Salvi et al. (2005) esclarece:

    um sistema abrangente e genrico que pode moldar-se a

    diferentes realidades de diferentes usurios, permitindo

    tambm a criao de uma infra-estrutura de colaborao entre

    bibliotecrios e demais funcionrios das bibliotecas, evitando a

    repetio desnecessria de trabalho: uma vez feita a

    catalogao de um ttulo em uma biblioteca, estes dados

    catalogrficos podem ser importados para o sistema de outra

    biblioteca que adquira o mesmo ttulo.

    BREVE REVISO DA LITERATURA

    A reviso da literatura mundial em automao de bibliotecas mostra-se rica, sobretudo nas

    dcadas de 80 e 90 no Brasil, e logo depois continuada por um levantamento de pesquisa

    sobre bibliotecas virtuais e digitais conduzido por Ohira (1994), que deu prosseguimento a uma

    compilao de artigos sobre automao de bibliotecas que vinha sendo feito desde 1986, numa

    publicao denominada BIBLIOINFO Base de dados Base de Dados sobre Automao em

    bibliotecas (Informtica Documentria). Porm, em anos recentes, por incrvel que parea,

    pouco se tem publicado no pas sobre mtodos de avaliao de softwares, para bibliotecas,

    embora no seja este o quadro da literatura internacional: em levantamento na base LISA,

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    mais de 138 trabalhos envolvendo metodologia ou avaliao de softwares desde 1996 foram

    publicados, sendo 18 apenas de 2005 at os dias atuais.

    Entre os estudos brasileiros, nos focamos com especial ateno especial pela sua abordagem

    os de Caf, Santos e Macedo (2001), e outro publicado por Corte e Almeida (2000). Um

    terceiro estudo mais recente, que analisa como algumas universidades brasileiras escolheram

    seus sistemas automatizados o de CARVALHO et al. (2006). Nesse ltimo, so apresentados

    pelos autores dados interessantes de pesquisa onde se constatam alguns aspectos

    relacionados escolha por um determinado software. Conforme apontam os autores

    (CARVALHO et al., p. 55), entre as dificuldades encontradas numa primeira fase ps-

    implantao da automao,

    os responsveis [...] concordam que existem muitas

    dificuldades quanto implantao dos softwares, mas, entre

    elas, a mais citada foi a incompatibilidade do software com o

    equipamento disponvel, j que muitas vezes os equipamentos

    so antigos gerando dificuldades para aquisio ou trocas dos

    mesmos; outras citadas foram a carncia de recursos humanos

    especializados, ou seja, as pessoas que trabalham nas

    bibliotecas muitas vezes no esto qualificadas

    profissionalmente ou no receberam nenhum treinamento para

    isso, a migrao de 30 mil registros que estavam em MicroIsis,

    o grande fluxo de dados, e uma parcela no soube responder

    se houve outras dificuldades alm das citadas, por no

    trabalharem na poca na biblioteca.

    Dentre aqueles trabalhos que se dedicaram anlise de softwares livres para automao de

    bibliotecas considerando-o num sistema gerencial completo, isto , envolvendo a aquisio,

    emprstimo, processamento de dados, interface de pesquisa, servios de referncia,

    disseminao seletiva da informao e funes gerenciais, temos ainda poucos trabalhos no

    pas e pouco mais numerosos publicados no exterior, abordando diretamente um ou mais

    aspectos a serem avaliados de um software. O estudo de GOMES et ali (2005) apresentou as

    funcionalidades e caractersticas gerais de uso e implantao do software OpenBiblio no

    Centro Tecnolgico da Zona Leste, j traduzida de sua verso original americana, necessria

    realidade brasileira, segundo descrevem os autores (GOMES et al., p. 5):

    a traduo do software para a lngua portuguesa, bem como sua

    adequao e instalao foram de primordial importncia, para melhoria

    dos servios oferecidos e funcionamento da biblioteca, j disponvel

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    gratuitamente em www.openbibliobrasil.cjb.net. O sistema

    automatizado de biblioteca OpenBiblio 0.4.0 auxilia os profissionais nas

    tarefas de controle de acervo, pessoas, emprstimos, devolues e

    acesso viaInternet.

    METODOLOGIA

    Tendo como base os trabalhos de Caf, Santos e Macedo (2001), e o de Corte e Almeida (2000),

    fizemos uma adaptao dos critrios apontados, selecionando os mais importantes dentre os mais 90

    existentes considerados na avaliao de softwares para bibliotecas. Desse modo, foi criada uma tabela

    comparativa para se analisar ambos os softwares em cada item, e atribuindo a estes uma nota em escala

    par, no caso entre 1 e 4, sendo: 1 ruim; 2 regular ou satisfatrio; 3 bom; 4 excelente; e N/A no

    disponvel para avaliao, porm passvel de uso.

    O uso deste tipo de escala foi bem observado na literatura no estudo de Caf, Santos e

    Macedo (2001, p. 73), pois conforme estes autores com uma escala mpar do tipo 1-2-3-4-5,

    maior a tendncia a atribuir a nota central (3) quando o respondente no compreende bem o

    critrio, o que poderia falsear os resultados aproximando-os artificialmente da mdia. Como a

    escolha de softwares para bibliotecas no se trata de uma simples tarefa mesmo para uma boa

    equipe tcnica e depende de demandas especficas das universidades, evitamos ainda usar a

    atribuio de pesos a cada nota/critrio utilizado.

    No caso, serviu para comparar os softwares livres selecionados o Gnuteca e o OpenBiblio.

    Ainda no h na literatura uma tabela de critrios consolidados especficos para escolha de um

    software livre, portanto fizemos adaptaes e incluses de critrios que so pertinentes a este

    tipo de software.

    AVALIAO DOS SOFTWARES GNUTECA E OPENBIBLIO

    Os testes foram realizados em interfaces on-line de bibliotecas que usavam os softwares

    avaliados. No caso do Openbiblio, foi considerado o catlogo OPAC do Centro Tecnolgico da

    Zona Leste (disponvel em http://ctzl.altervista.org/biblioteca/), bem como testes em sua verso

    demo ou demonstrao na verso 0.4.0 (rodando a ferramenta PHP Triad 2.2) para avaliar as

    outras funes, que no a pesquisa OPAC. Foram tambm consideradas informaes

    compiladas do site deste software livre nos Estados Unidos, produzidas por Dave Stevens e

    disponveis em: http://obiblio.sourceforge.net/. No caso do software Gnuteca, foi utilizada a

    verso 1.6, que uma verso demo disponvel em sua pgina principal na Internet. Para a

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    avaliao geral de recursos em catlogos on-line foi considerada a interface da Biblioteca do

    Campus de Santana, da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-SP), e disponvel

    em: http://bibliosantana.pucsp.br/handler.php?module=gnuteca&action=main.

    Os softwares livres assim estiveram com uso voltado uma biblioteca universitria de grande

    porte, pois cabe lembrar que, em se tratando de softwares livres, muitas customizaes so

    possveis, e, portanto, em geral o desenvolvedor ou programador pode expor que determinada

    ferramenta pode perfeitamente ser criada, mas se nunca fora testada anteriormente,

    consideramos esta como no disponvel na avaliao a seguir (N/A), embora possamos fazer

    ressalvas, as quais deixamos para os comentrios finais da avaliao.

    A seguir ento, apresentamos a tabela comparativa com a avaliao dos softwares, critrio por

    critrio, e suas respectivas notas:

    Critrios Avaliados OpenBiblio Gnuteca

    Requisitos Relacionados Tecnologia de Informao

    1. Acesso simultneo de usurios e tempo adequado de resposta das bases de dados

    3 4

    2. Arquitetura de rede cliente / servidor 3 3

    3. Capacidade de atualizao dos dados em tempo real 4 4

    4. Capacidade de elaborao de estatstica com gerao automtica de grficos

    1 2

    5. Capacidade de suportar grande volume de registros bibliogrficos (mais de 10 milhes, pelo menos)

    2 3

    6. Compatibilidade com diversas plataformas: rede Microsoft Windows NT ou OS/400; rede UNIX; rede LINUX.

    3 3

    7. Disponibilidade de help on-line sensvel ao contexto em lngua portuguesa

    1 3

    8. Garantia de manuteno e disponibilidade de novas verses 2 3

    9. Gesto de bases de dados com diferentes tipos de documentos

    3 3

    10. Usabilidade da interface grfica 3 4

    11. Leitura de cdigo de barras 4 4

    12. Existncia e compatibilidade com o protocolo Z39.50 2 1

    13. Permitir importao e exportao de dados em formato MARC (se necessrio)

    4 1

    14. Recuperao de base de dados textuais 1 2

    15. Segurana na forma de registro e de gerenciamento de 3 4

  • Pgina 12 de 17

    dados

    16. Tabela de parmetros para personalizar o funcionamento do sistema

    3 3

    17. Tratamento de textos e imagens 1 3

    18. Acesso base de dados via browser Internet e/ou Intranet 4 4

    Requisitos relacionados ao Processo de Seleo e Aquisio

    19. Controle de listas de sugesto 1 1

    20. Controle de assinatura de peridicos 2 1

    21. Identificao da modalidade de aquisio (seja por doao, compra, permuta, ou com depsito legal)

    3 3

    22. Controle contbil e financeiro dos recursos oramentrios para aquisio de material bibliogrfico

    2 1

    23. Controle de fornecedores por compra, doao e permuta; emisso de cartas de cobrana

    2 2

    24. Elaborao de lista de duplicatas 1 2

    25. Estatstica mensal e acumulada de documentos recebidos 2 2

    26. Cadastro de entidades com as quais a biblioteca mantm intercmbio de publicaes

    1 1

    27. Controle da situao (status) do documento bibliogrfico (estando este como: encomendado, aguardando autorizao, aguardando nota fiscal, encaminhado para pagamento, etc.)

    2 1

    Requisitos relacionados ao Processamento Tcnico

    28. Atualizao do banco de dados e opo de atualizao em tempo real de registros de autoridade e demais ndices, aps o envio de novo registro ao servidor

    2 2

    29. Campos e cdigos de catalogao de qualquer tipo de documento, inclusive artigos de peridicos, de acordo com o AACR2

    3 4

    30. Construo automtica de lista de autoridades 1 2

    31. Construo de remissivas para autoridades / assuntos 1 3

    32. Consulta ao tesauro, lista de autoridades e lista de editoras, durante o cadastramento de um registro

    1 1

    33. Exportao de dados para alimentao de bases de dados de catalogao cooperativa

    1 1

    34. Uso do formato MARC para os registros bibliogrficos 4 4

    35. Gerao de etiquetas para bolso e lombada dos documentos 1 4

    36. Importao de dados de centros de catalogao cooperativa on-line e de CD-ROM

    1 1

    37. Incorporao de textos digitados sistema de gerenciamento de texto, imagem e som para incluso (de inteiro teor ou no)

    1 3

    38. Possibilidade de validao dos registros e campos 4 3

  • Pgina 13 de 17

    39. Processamento de materiais especiais, obras raras e outros 4 3

    Requisitos relacionados ao Emprstimo de Documentos

    39. Bloqueio automtico de emprstimo sempre que o usurio estiver em atraso ou com dados cadastrais desatualizados

    2 3

    40. Aplicao de multas e suspenses 3 3

    41. Cadastro de usurios, com incluso, excluso e alterao de nomes e endereos, com categorizao de usurios

    3 3

    42. Categorizao de emprstimo: domiciliar, especial e emprstimos entre bibliotecas

    2 4

    43. Categorizao de usurios por materiais para fins de definio automtica de prazos e condies de emprstimos e uso

    4 4

    44. Cobrana personalizada, com prazos diferenciados por tipos de materiais e usurios

    4 3

    45. Cdigo de barras para cada leitor 1 3

    46. Controle de devolues, renovaes e atrasos 4 4

    47. Controle de leitores em atraso (on-line e por relatrios) 3 3

    48. Definio de parmetros para a reserva de livros, com senhas de segurana

    1 4

    49. Emisso de cartas cobrana automticas para usurios em atraso

    2 3

    50. Possibilidade de pesquisar a situao em que se encontra o exemplar: disponvel, emprestado, encadernado etc;

    4 4

    51. Relatrios do cadastro de usurios, por ordem alfabtica, formao, unidade de trabalho

    3 2

    52. Reserva de documentos, com prazos diferenciados por tipos de materiais e usurios

    1 3

    Requisitos relacionados ao processo de Recuperao de Informaes

    53. Capacidade de ordenar e classificar os documentos pesquisados

    2 2

    54. Capacidade de permitir que os resultados de pesquisas sejam gravados em disquetes ou em arquivos, ou mesmo enviados por e-mail e impressos

    1 1

    55. Estratgia de pesquisa on-line nas bases de dados por qualquer palavra, campo ou sub-campo

    1 3

    56. Indicao do status do documento pesquisado, se emprestado, em encadernao ou disponvel

    4 4

    57. Possibilidade de salvar estratgias de busca para utilizao posterior

    1 1

    58. Recuperao por truncamento esquerda, direita e ao meio, operadores booleanos, proximidade e distncia entre

    1 1

  • Pgina 14 de 17

    termos

    59. Visualizao do resultado da pesquisa em forma de referncia bibliogrfica breve e completa, de acordo com a ABNT ou outra norma internacional

    1 2

    Requisitos relacionados ao processo de Divulgao da Informao

    60. Emisso de listas de publicaes por assuntos e autores e gerao de catlogo coletivo

    2 2

    61. Elaborao e impresso de bibliografias em formato ABNT ou outra norma vlida

    1 2

    62. Definio de instrumentos de alerta e disseminao seletiva de informaes, conforme perfil dos usurios

    1 2

    Requisitos relacionados ao Processo Gerencial

    63. Contabiliza estatsticas de circulao, processamento tcnico, seleo, aquisio e intercmbio, atualizao de tesauro e listas de autoridades, por perodo

    3 2

    64. Emite relatrios de circulao por tipo de documentos, por perodos e acumulado

    2 1

    65. Emite relatrios de emprstimos, por perodos e acumulado 2 1

    66. Lista de usurios, por categoria 3 1

    Requisitos gerais (Treinamento, Instalao suporte tcnico, Manuteno, Converso retrospectiva etc)

    67. Treinamento em nvel tcnico, envolvendo: entendimento tcnico por analistas da instituio do produto, permitindo-lhes parametrizao e customizao ao usurio final

    n/a n/a

    68. Treinamento gerencial, para perfeita compreenso dos procedimentos gerenciais oferecidos

    n/a n/a

    69. Treinamento operacional, permitindo compreenso de cada rotina de cada mdulo do sistema

    n/a n/a

    70. Oferecimento de documentao completa do sistema (materiais didticos e manuais necessrios - de preferncia em portugus - seja para a equipe operacional como aos analistas da instituio)

    2 2

    71. Instalao e testes gerais na instituio, sem custos adicionais e com um profissional de suporte e gerencial para sanar as dvidas existentes

    3 3

    72. Oferecimento de contrato de suporte tcnico cobrindo todos os servios envolvidos (licenciamento do software, implantao de verses atualizadas, correes de erros de programao, etc).

    n/a n/a

  • Pgina 15 de 17

    CONSIDERAES GERAIS E APONTAMENTOS PARA NOVOS ESTUDOS

    importante destacar alguns aspectos desta avaliao comparativa. As bibliotecas brasileiras

    universitrias tm demandas especficas e realidades as mais diversas: seja em termos de

    acervos, estratgias de crescimento, recursos humanos e/ou financeiros, e sobretudo pelas

    demandas de seus usurios. Feita esta considerao, a opo de uma metodologia ainda

    que adaptada - mostrou-se vlida e aplicvel mesmo a softwares livres, porm como

    ressaltamos anteriormente foi evitada a atribuio de pesos aos critrios ou notas utilizados, e

    neste princpio que basicamente diferimos da metodologia do trabalho conduzido por Caf,

    Santos e Macedo (2001).

    At porque as caractersticas de um software livre so, at certo ponto, antagnicas em relao

    aos softwares proprietrios, que possuem um alto custo de manuteno e uma lgica

    totalmente diversa na manuteno e expanso das funes de um sistema para automao de

    bibliotecas, e mesmo para outros sistemas comerciais.

    Na questo dos mdulos de automao, os softwares livres esto em amplo desenvolvimento.

    Isto embora existam softwares proprietrios com dcadas de desenvolvimento e especficos

    para o mercado de bibliotecas, onde tm seus concorrentes e tambm j esto posicionados

    com uma clientela consolidada. Alguns softwares livres esto agindo inclusive como

    complementares aos softwares proprietrios, e esta uma estratgia interessante a ser

    acompanhada.

    A vertente do software livre pode ser vista como uma opo s bibliotecas, mas muitas destas

    ainda no os conhecem, sequer assitiram a alguma apresentao ou divulgao dos mesmos.

    Ao contrrio dos softwares proprietrios, os softwares livres no so divulgados amplamente

    atravs de macios recursos de marketing de grandes empresas multinacionais.

    Ou, como ocorre muitas vezes, ainda no tem recursos humanos que permitam a implantao

    de verses demo para avaliao, pois, no caso do Gnuteca e OpenBiblio, requerem detalhada

    configurao e instalao em um computador servidor para a web. Como qualquer outro

    sistema informatizado, sua instalao indica a necessidade de investimentos no apenas em

    mo-de-obra especializada, mas em hardware, configuraes de redes Intranet, entre outros

    fatores. A proposta deste artigo procurou mostrar s bibliotecas uma breve avaliao dos

    mdulos funcionais mnimos exigidos para um sistema de automao, tratando-se de softwares

    livres, e sua relao com as necessidades de uma biblioteca na qual se queira utiliz-los.

    Elencamos aspectos facilitadores do planejamento de aquisio e implementao destes

  • Pgina 16 de 17

    softwares livres. Esperamos que este estudo, sendo ainda de carter exploratrio, possa

    suscitar o levantamento de maiores questionamentos e/ou outras possibilidades de pesquisa,

    que podero ser aprofundados em futuros estudos.

  • Pgina 17 de 17

    REFERNCIAS

    CAF, L.; SANTOS, C.; MACEDO, F. Proposta de um mtodo para escolha de software de

    automao de bibliotecas. Cincia da Informao, Braslia, v. 30, n. 2, p. 70-79, mai./ago. 2001.

    Disponvel em: . Acesso em 28 de mar. 2006.

    CARVALHO, C. et ali. Softwares utilizados em bibliotecas universitrias. Repositrio

    Acadmico de Biblioteconomia e Cincia da Informao, Braslia, abr. 2006. Disponvel em:

    http://www.bsf.tehospedo.com.br/ojs/viewarticle.php?id=31>. Acesso em 11 de abr. 2006.

    CORTE, A. R. et al. Automao de bibliotecas e centros de documentao: o processo de

    avaliao e seleo de softwares. Cincia da Informao, Braslia, v. 28, n. 3, p. 241-256,

    set./dez. 1999.

    CORTE, A. R.; ALMEIDA, I. M. de (coord.). Avaliao de softwares para bibliotecas. So Paulo:

    Polis: APB, 2000. (Coleo Palavra-chave, 11).

    DAMASIO, E.; RIBEIRO, C. E. N. Software livre para bibliotecas, sua importncia e utilizao: o

    caso Gnuteca. In: XXI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentao e Cincia da

    Informao, 2005, Curitiba. Anais... Curitiba : FEBAB / Associao Paranaense de

    Bibliotecrios, 2005. v. 1. Disponvel em:

    . Acesso em 07 de mar. 2006.

    FELSTEAD, A. The library systems market: a digest of current literature, Program: electronic

    library and information systems, v. 38, n. 2, p. 88-96, 2004. Disponvel em: . Acesso em 12 jun. 2006.

    GNUTECA - sistema de gesto de acervo, emprstimo e colaborao para bibliotecas.

    Disponvel em: . Acesso em 20 de mar. 2006.

    GOMES, C. A. et ali. Implementao e padronizao dos processos da biblioteca do Centro

    Tecnolgico da Zona Leste. In: III Seminrio de Biblioteca Escolar, 2005, Belo Horizonte.

    Anais... Belo Horizonte: Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar da Escola de Cincia da

    Informao da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, 2005. Disponvel em:

    . Acesso em 27 de mai. 2006.

    LINS SILVA, B. R. Modelo de automao de bibliotecas baseado na filosofia open-source:

    anlise social e tecnolgica. Disponvel em:

    . Acesso em 16 de mar.

    2006.

    OHIRA, M. L. B. Biblioinfo base de dados sobre automao em bibliotecas (informtica

    documentria): 1986-1994. Cincia da Informao, Braslia, v. 25, n. 2, p. 369-371, ago. 1996.