OCORRENCIAS_MINERAIS1

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    O territrio de Angola justamente um daqueles onde, devido suavastido, s dificuldades de penetrao e s condies geomorfolgicas, mais difcil e dispendioso obter, a curto prazo, um conhecimentosuficiente da geologia e efectuar o inventrio da riqueza mineral. Mais demetade da rea do territrio est recoberta por depsitos detrticos que

    atingem, em alguns pontos, grande espessura, ocultando as formaesmais antigas, subjacentes: so os depsitos recentes e do sistema doKalahari, que ocupam quase toda a parte Este, Sudoeste e Sul daProvncia. Deve-se, sem dvida, a esta circunstncia o facto de maior

    parte das ocorrncias minerais conhecidas em Angola ter sido descobertapelos seus afloramentos.

    Em virtude da grande dificuldade na obteno rpida do conhecimentogeolgico pormenorizado do territrio impe-se o recurso a mtodosespecficos de prospeco, geofsicos e geoqumicos, que,extraordinariamente aperfeioados nos ltimos anos, constituem hoje

    poderosos meios de aco para, em determinadas condies, localizarjazidas de substncias minerais teis, mesmo em regies onde sejamescassas as informaes de carcter geolgico.

    Esta concluso leva-nos a outra de mbito mais geral, que a de poderafirmar-se que no tem mais lugar em Angola a improvisao em matriade prospeco mineira. Entrou-se, realmente, na poca da tcnica e todoo esforo de fomento mineiro do Pas deve ser orientado por esteconceito.

    Estamos convencidos de que muitos dos insucessos das tentativas dealgumas empresas mineiras, que no chegaram a concretizar os seusobjectivos, se devem, essencialmente, ao facto dessas empresas teremdesenvolvido a sua actividade sem o indispensvel apoio tcnico ecientfico, que daria lugar a uma persistncia de esforos que noutroscasos infelizmente poucos foram coroados de xito. Cabe aquidestacar os empreendimentos mineiros mais representativos, que seficam devendo ao pertinaz esforo de algumas entidades, quecompreenderam a verdadeira dimenso e as reais implicaes daindstria mineira em Angola: a descoberta e explorao das jazidas dediamantes, a valorizao e planificao da explorao de alguns jazidos

    de minrios de ferro e a descoberta e explorao do petrleo.Est provada a existncia de importantes jazidas de diamantes, minriosde ferro, petrleo, fosfatos e substncias betuminosas, algumas das quais

    j com grande representao na economia da Provncia. E existemcondies favorveis ocorrncia de jazigos de muitos outros minrios.

    Muito falta fazer para se chegar a um conhecimento suficiente da riquezamineira deste territrio, no obstante os numerosos estudos, prospeces,

    pesquisas e trabalhos mineiros j realizados, quer pelos Servios oficiasquer por empresas particulares.

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    Apesar disso, pode afirmar-se, sem receio de exagero, que as indstriasextractivas, so j em Angola um dos mais promissores campos deaplicao de capitais. A este facto se deve, sem dvida, o actual surto deinteresse pela actividade mineira nesta Provncia.

    3- Ao apresentar uma sntese dos conhecimentos actuais sobre a natureza,situao e valor das ocorrncias minerais de Angola temos em vista doisobjectivos: um, de carcter tcnico, corresponde a uma tentativa deapreciao das caractersticas metalognicas gerais do territrio; outro a divulgao daqueles conhecimentos, contribuindo para despertar ointeresse do pblico para as grandes possibilidades que a indstriamineira oferece nesta Provncia. A descrio, que se segue, refere-seexclusivamente a minrios pelo que se excluram as guasmineromedicinais e as rochas susceptveis de utilizao para finsindustriais e outros. E citam-se somente as ocorrncias acerca das quaisos Servios de Geologia e Minas disem de elementos de informao.

    No se referem, algumas que embora tenham constitudo objecto dereferncias antigas no foram at agora devidamente confirmadas.

    Tambm no cabe no mbito deste trabalho o estudo da evoluo deindstria extractiva no quadro da economia da Provncia e do Pas. Talmatria tem sido tratada por vrias entidades e os resultados dasexploraes mineiras tm sido periodicamente divulgados, quer atravsde publicaes destes Servios, quer atravs de outras publicaesrelativas Economia e Estatstica.

    4- Embora se reconhea, imediatamente, quo incipiente est ainda oinventrio dos recursos mineiros da Provncia, algumas concluses

    podem j extrair-se da sntese agora elaborada:

    - flagrante a acumulao das ocorrncias minerais ao longo dasprincipais vias de comunicao, em particular dos caminhos de ferro, edos centros urbanos, o que leva a inferir que so muito elevadas as

    probabilidades de se encontrar muitas outras fora daquelas reas;

    - muito variada a gama de minrios conhecidos, embora grande parteainda no tenha expresso do ponto de vista de reservas recuperveis;

    - S com um contnuo e dispendioso esforo tcnico e financeiro possvel descobrir e valorizar novas ocorrncias mineiras, que venham aconstituir jazigos economicamente explorveis; e esse esforo tem de sersubordinado a uma planificao criteriosa e sistemtica;

    - Esto na base daquela panificao o estudo profundo da geologia, emtodos os seus aspectos, a utilizao dos modelos mtodos de prospecoe pesquisa e o estabelecimento das infraestruturas que permitam no s o

    percurso rpido do territrio como o escoamento dos minrios emcondies que permitam a sua explorao econmica;

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    - A planificao do desenvolvimento da prospeco e valorizao dosjazigos minerais da Provncia no deve ser efectuada isoladamente; deveantes ser integrada num programa de desenvolvimento econmicoharmnico de que resulte o estabelecimento de condies que conduzamao povoamento do territrio e ao bem-estar social das populaes.

    A experincia adquirida em numerosos pases alguns nossos vizinhosdemonstra que as indstrias extractivas constituem o meio mais rpidoe eficiente de obter recursos financeiros para o estabelecimento deinfraestruturas e o desenvolvimento de outros sectores, nomeadamente aagropecuria e as indstrias transformadoras, desde que se conduza,criteriosamente, para o reinvestimento a remunerao do capitalempregado na actividade mineira. Esta actividade surge, assim, como aimpulsionadora de todas as outras actividades econmicas na medidaem que inicia um processo de utilizao crescente de capital e de mo-de-obra.

    Carlos A. Neves FerroEngenheiro de Minas.

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    2- MINERAIS METLICOS

    2.1- OURO

    Em Angola, certas reas de aluvio parecem apresentar interesse para aexplorao de ouro. A obteno deste metal em jazigos primrios , entretanto,duvidosa, uma vez que, embora tenham aparecido alguns ndices, so escassos ostrabalhos relativos aos depsitos desta natureza.

    Todo o ouro produzido em Angola cerca de 560 quilos foi extrado dealuvies, quase sempre como resultado de trabalhos bastante rudimentares.Actualmente no existe qualquer explorao de ouro, embora sejam extensas asregies onde se verificam ocorrncias aurferas. Citam-se as seguintes:

    2.1.1-Maiombe (A.2)

    A regio aurfera do Maiombe, no distrito de Cabinda, estende-se por umavasta rea, interessando especialmente as aluvies da bacia hidrogrfica do rio

    Luali. Muito embora se trate de uma regio onde outrora incidiram numerosostrabalhos mineiros, os pesquisadores utilizaram sempre tcnicas rudimentares,limitando-se obteno do ouro aluvionar.

    As aluvies aurferas localizam-se sobre o Complexo de Base, representado,nesta regio, por rochas gnaissosas, em certos casos fortemente micceas eatravessadas por grande nmero de files de quartzo, nos quais, at ao presente,no foi encontrada mineralizao aurfera.

    As aluvies so, essencialmente, constitudas por calhaus siliciosos,englobados numa pasta detrtico-argilosa. O ouro aparece acompanhado degrande quantidade de magnetite e alguma ilmenite.

    2.1.2-Lombige (E.4)

    O rio Lombige e seus afluentes so aurferos ao longo de algumas dezenas de

    quilmetros, a partir da nascente.Constitui a mais antiga regio aurfera, conhecida em Angola. H notcias de

    que a se tentou, no sculo XVIII, a explorao do ouro. Embora muitas lendasexistam quanto ao ouro de Lombige, infelizmente, at ao presente, estas notiveram confirmao, tendo sido mal sucedidas todas as exploraes a iniciadas.Deve, no entanto, acrescentar-se que tais insucessos podem ter tido origem nofacto de jamais ter havido, da parte dos responsveis por tais empreendimentos a

    preocupao de os fazer preceder do quaisquer reconhecimentos ou estudossrios das caractersticas dos depsitos.

    2.1.3- Gandavira (J.5,6)

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    Nesta regio, so aurferas as aluvies de alguns afluentes do rio Cunene, enalguns pontos, tambm este rio. Contrariamente ao que se verificou para asregies do Lombige e Maiombe, as reas aluviais em causa foram pouco

    pesquisadas, uma vez que, s muito recentemente, o seu interesse, para aobteno de ouro, foi determinado.

    Uma explorao de ouro, de carcter rudimentar, teve lugar no rio Sambotomas os resultados econmicos no so bem conhecidos.

    2.1.4- Chipindo (J.5)

    Nesta regio so conhecidas ocorrncias de ouro nas aluvies do rio Cuengue de alguns dos seus afluentes e, ainda, no local designado por Chimbumbula.

    Existem alguns files, em formaes pr-cmbricas, com ndices de ouro.Tiveram lugar pequenas exploraes de carcter experimental nas aluvies enum dos files mas, dadas as escassas informaes existentes, esta regiocontinua a constituir uma incgnita quanto sua riqueza aurfera.

    2.1.5- Cassinga (M.5)

    Data de 1892 o conhecimento da existncia de ouro nesta regio. Este, porvezes, ocorre visvel, em files de quartzo, como se verifica nos locaisdenominadosPungo-Ambongue, Camene e Candambala.

    possvel que estes files constituam a origem das aluvies aurferas, que seencontram nos vales dos rios Colui, e dos seus afluentes Camene, Cuvelai e Oci.Um dos locais onde, em tempos, se processou maior nmero de trabalhos, situa-se emMPopo,perto de Cassinga.

    Nesta regio foram efectuados numerosos trabalhos de prospeco sem que, noentanto, se tenha chegado explorao do ouro. Consta que grande quantidadede ouro foi obtida nesta regio, mediante trabalhos muito rudimentares, antes damesma fazer parte do actual exclusivo de pesquisas da Sociedade Mineira do

    Lombige.Aguarda-se um estudo intensivo desta regio.

    2.1.6-Diversos

    Como ocorrncias ainda menos reconhecidas podem citar-se as deCapangombe (M.3) no distrito de Momedes (possivelmente em files dequartzo) e as de Vimpongos ePedra Grande (M.2) na regio cuprfera tambm

    do distrito de Momedes, em que o ouro ocorre associado aos minrios decobre. Citam-se ainda outras, na regio de Caquete (J.5), no distrito do Huambo.

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    2.2- PRATA

    Grande parte da produo mundial de prata obtida como subproduto daexplorao de ouro e de minrios de cobre, zinco e chumbo.

    Em Angola foi assinalada a existncia de galena argentfera no vale do rioCaxibo (F.4), nas proximidades da mina de ferro de MBassa.

    Nas ocorrncias de cobre de Cuio (I.3), a sul-sudoeste de Benguela,encontram-se blocos de galena, provavelmente argentfera. Como estasocorrncias foram consideradas sem interesse para os minrios a que a prata seencontra associada, o mesmo acontece para este metal, que s poderia vir a serobtido como um subproduto.

    Houve, nos Servios de Geologia e Minas, manifestos de prata anteriores a1948, em locais que no foram visitados por tcnicos idneos. Posteriormente aesta data, parece ter decado pela pesquisa da prata.

    2.3- CRMIO, NQUEL E PLATINA

    No estado actual do conhecimento geolgico e mineiro da Provncia,ocorrncias de cromite limitam-se s que se conhecem na regio do MorroVermelho (M.1), no deserto de Momedes, a sul da Baa dos Tigres e junto aorio Salgado (O.2). Na primeira das regies citadas, junto ao mar, afloramdunitos com cromite muito disseminada. As concentraes anormais so raras eas que foram reconhecidas at esta data, so de baixo teor.

    Segundo consta, existe ainda cromite nas margens do rio Salgado (O.2),afluente do Cunene, tambm conhecido por rio Canduati. Esta cromite, emteores muito baixos, ocorre em rochas concrecionadas de classificao maldefinida que, ao que consta, conteriam tambm algum nquel. Numa amostraisolada, proveniente desta zona, ensaio qumicos denunciaram a presena destemetal numa percentagem da ordem dos 0,26%.

    No Morro Vermelho h tambm indicao da existncia de nquel embora emconcentraes de baixo teor. Os Servios de Geologia e Minas estudaramrecentemente a regio, utilizando mtodos geofsicos. Aguarda-se a execuodos trabalhos de pesquisa recomendados para se avaliar o seu eventual interesseeconmico.

    Por outro lado, a geologia desta regio parece favorvel existncia de platinamas no se obteve ainda, qualquer confirmao neste sentido.

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    2.4- COBRE

    Os minerais do cobre esto largamente distribudos na Provncia de Angola.Os trabalhos mineiros efectuados sobre algumas ocorrncias, no conduziram,no entanto, a resultados definitivos, pelo que o seu interesse econmico no foi

    ainda completamente determinado. Muitas delas so concentraes secundriasde pequena extenso, sem ligao directa com depsitos primrios. Tais so oscasos da ocorrncia deZenza do Itombe, de muitas impregnaes em sedimentos

    porosos e em zonas de fractura, de incrustaes ou indutos em planos defracturas, etc.

    As cores vistosas dos minerais carbonatados e silicatados de cobre do, porvezes, uma ideia falsa do valor dos ndices. As ocorrncias conhecidas, destetipo, so de um modo geral, constitudas por carbonatos, com predomnio damalaquite. A crisocola tambm vulgar. A calcocite o sulfureto maisfrequente, sendo raros a cuprite e o cobre nativo.

    H ocorrncias, como as da regio de Momedes, que tudo indica serem deorigem hidrotermal. Neste caso, os minrios ocorrem em filonetes e massaslenticulares de quartzo, na vizinhana de granitos; a maioria constituda porminrios oxidados mas ocorrem tambm alguns compostos primrios,representados por sulfuretos.

    Alm daquelas, esto tambm relacionados com aces hidrotermais, osdepsitos metassomticos de substituio, em calcrios, que constituem os

    jazigos mais importantes, at agora descobertos em Angola Mavoio e Tetelo.Nestes jazigos as concentraes de minerais de cobre apresentam-se sob a formade massas em calcrios do Xixto-Calcrio e ainda em impregnaes nos grs doXisto-Gresoso.

    De acordo com os dados existentes nos Servios de Geologia e Minas, aproduo minrios de cobre, na Provncia, entre 1939 e 1963, foi de cerca de170.000 toneladas, provenientes das minas de Bembe e Mavoio.

    2.4.1-reas do Mavoio e Bembe

    2.4.1.1-Mavoio (C.5)Mavoio Cerca de 25 quilmetros a sul de Maquela do Zombo situam-se as

    minas de Mavoio e Tetelo.

    A regio , litologicamente, constituda por camadas sedimentares sub-horizontais, apresentando, de onde em onde, fracos enrugamentos. Umcomplexo sistema de falhas estende-se at cerca de 100 quilmetros para sul,sendo o mais importante destes acidentes conhecido por falha das hematites.Com ela se relaciona a mineralizao cuprfera observada nesta zona.

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    A mina do Mavoio, activamente explorada at recente data, situa-se no muroda falha das hematites; a mina de Tetelo fica cerca de 1 quilmetro a norte damina do Mavoio. Este depsito, de origem metassomtica, constitudo por umamassa irregular, de minrios de cobre, encaixada em calcrios da srie do Xisto-Calcrio.

    O minrio do Mavoio , essencialmente, de dois tipos:

    - Minrio primrio: constitudo por sulfuretos (calcopirite, bornite e calcocite),que ocorrem em dolomitos e calcrios dolomticos. O cobre nativo raro;encontra-se, localmente, galena e pirite.

    - Minrio secundrio: resultante da oxidao do minrio primrio, representado por terras negras ferruginosas, contendo fragmentos de malaquite,

    cuprite e azurite, com concentrao espordicas de calcocite e impregnaes desilicatos de cobre. A hematite , localmente, abundante.

    O minrio, at h algum tempo explorado, apresentava cerca de 10% de cobre.Existem ainda grandes reservas de minrio de baixo teor (2%a 3% de cobre). Ominrio deste jazigo contm um baixo teor de cobalto.

    A mina de Mavoio foi encerrada, por se ter verificado o esgotamento dominrio de teores mais elevados.

    2.4.1.2- Tetelo (C.5)

    Este jazigo, onde aparecem calcopirite, calcocite e pirite, associados a mineraisde cobalto, ocorre em zonas de falha e de brecha, podendo ainda observar-se a

    presena daqueles minerais disseminados na rocha encaixante. O minrio, obtidono decurso dos trabalhos efectuados na mina de Tetelo, apresentava um teor de8% de cobre e 1% de cobalto.

    2.4.1.3-Bua (C.5)

    Cinco quilmetros a sudoeste do Mavoio, existiu um pequeno depsito deminrios de cobre, que foi completamente esgotado. Foram dele extradas poucomais de 100 toneladas de concentrados de cobre e algumas toneladas de galena.A mineralizao consistia em grandes blocos de hematite e limonite emassociao irregular com sulfuretos ( calcocite e, ocasionalmente, galena e

    blenda), acompanhados de incrustao e agregados fibrosos de malaquite.

    2.4.1.4-Bembe (D.4)

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    O depsito do Bembe, conhecido de longa data, foi explorado no comeo daltima conflagrao mundial.

    Situa-se perto da povoao do mesmo nome, no distrito do Uge.

    As camadas das sries do Xisto-Gresoso e Xisto-Calcrio, nas quais o depsitose inclui, apresentem-se enrugadas e cortadas por uma falha inversa a falha doBembe conhecida numa extenso de cerca de 2 quilmetros. Nos calcrios,existem cavidades preenchidas, que contm minrios secundrios de cobre,especialmente malaquite. Foram exploradas algumas bolsadas, muito ricas.

    A mineralizao primria encontra-se, provavelmente, nos grs e nos xistos doXisto-Gresoso, onde se verifica a presena de uma mineralizao disseminada,constituda por pirite, acompanhada por pequenas quantidades de sulfuretos decobre.

    Apesar de alguns trabalhos de reconhecimento efectuados mais recentemente,nada se concluiu ainda quanto viabilidade econmica do recomeo deexplorao deste depsito.

    Na vizinhana do Bembe encontra-se, por vezes, malaquite dispersa no solo,como sucede, por exemplo, na encosta norte da serra do Sangue e nas

    proximidades da povoao de Xinga.

    2.4.2- Ocorrncias Diversas, de menor importncia (C.D.3, 4, 5)

    2.4.2.1- Lucossa Esta ocorrncia situa-se cerca de 10 quilmetros a sul-sudoeste do Mavoio, na falha Sacala, continuao da falha das hematites. Asituao geolgica e o tipo de mineralizao so similares ao depsito de Tetelo.Todavia o jazigo , aparentemente, de muito menor importncia.

    2.4.2.2-DongueCerca de 5 quilmetros a sul-sudoeste de Lucossa, numa zonade brecha, tambm na falha Sacala, ocorre uma notvel concentrao de pirite.Localmente, esta pirite, apresenta mais de 5% de cobre.

    2.4.2.3- Sumba e Quiganga - Cerca de 75 quilmetros a sudoeste de SoSalvador, na rea de NZauevua, pequenas zonas de brecha, nos calcrios,contm concentraes, aparentemente pouco importantes, de calcopirite, bornite,calcocite e malaquite. Os locais em que tal se verifica so conhecidos pelasdesignaes de Sumba e Quigunga.

    2.4.2.4- UondeOs montes Uonde, cerca de 60 quilmetros a sul-sudoeste deBembe, so parcialmente constitudos por xistos com clorite e moscovite. Emcertas zonas, estes xistos apresentam indutos de minrios de cobre nos planos dexistosidade.

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    2.4.2.5- Lefunde Cerca de 20 quilmetros a sudoeste de Mavoio encontra-seuma rea restrita, onde, em vrios locais, aparecem ndices de cobre sob diversasformas ndulos e filonetes de malaquite, pequenas bolsadas de sulfuretos,nomeadamente covelite, etc.

    2.4.3-Zenza do Itombe (F.4)

    Esta ocorrncia, de origem indiscutivelmente sedimentar, constituda porminrios de cobre disseminados num grs feldsptico. A zona mineralizadainteressa camadas cretcicas.

    O minrio essencialmente formado por malaquite, com azurite e algumacrisocola, a que se associam alguns xidos.

    Realizaram-se trabalhos de prospeco e pesquisa, que provaram a existnciade um depsito de extenso considervel. Todavia o seu valor econmico nofoi ainda, definitivamente, estabelecido.

    As anlises qumicas de amostras selecionadas conduziram determinao deteores inferiores a 2% em cobre.

    2.4.4-Dange-ia-Menha (F.4)

    Em Quimangondo e neutros locais na vizinhana de Dange-ia-Menha,verifica-se a existncia de ndices de cobre, que motivaram alguns trabalhos de

    prospeco. Infelizmente, tais trabalhos no conduziram a resultadosencorajadores, porquanto, praticamente, s se encontraram indutos de malaquitenas fracturas, que se observam nos gnaisses.

    2.4.5-Regio de Benguela (I.J.3)

    Na regio de Benguela conhecem-se vrias ocorrncias de minrios de cobre,geralmente localizadas nos nveis da base do conjunto sedimentar, nas

    proximidades do contacto com as rochas do Complexo de Base.No ltimo quartel de sculo XIX foram efectuados trabalhos sobre as

    ocorrncias em causa, especialmente no Bipio e num local designado porEnglish Mine, mas os resultados desses trabalhos no foram de molde aconduzir explorao do cobre.

    Estas ocorrncias so, essencialmente, representadas por impregnaes demalaquite associada, nalguns pontos, a abundantes xidos de ferro, em grs econglomerados. A mineralizao, lenticular, que, em certos casos, tende a seguira estratificao pouco persistente.

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    Em English Mine a elevada inclinao das camadas interessadas d porvezes, s lentculas mineralizadas, a aparncia de files.

    Ainda na regio de Benguela, as ocorrncias de Cuio e Huche, so designificado econmico mal conhecido, admitindo-se, no entanto, que no tm

    realmente interesse econmico. Entre 1861 e 1863, foram efectuados trabalhosmineiros nas proximidades de Cuio. Os resultados no teriam sido animadores e,consequentemente, os trabalhos foram abandonados. Posteriormente, no fim dosculo XIX, voltaram a efectuar-se a trabalhos de pesquisa que tambm noforam coroados de xito.

    2.4.6- Caquete (J.5)

    Em Caquete, cerca de 34 quilmetros a sul de Cuma, realizaram-se diversos

    trabalhos mineiros, para identificao duma ocorrncia de minrios de cobre,numa regio que, geologicamente, se situa na zona de contacto das rochasgranticas com grs e quartzitos pr-cmbricos.

    A mineralizao, que consiste de malaquite, azurite, crisocola e raramentecalcopirite, concentra-se, em geral, em zonas de fractura. Tambm se verifica aocorrncia de pirite com vestgios de ouro e prata.

    O depsito apresenta-se fortemente oxidados e as caractersticas sugerem umaorigem hidrotermal, geneticamente relacionada com granito.

    At ao presente, as tentativas realizadas para a explorao deste depsito noforam coroadas de xito.

    2.4.7- Caviande (J.3)

    Esta ocorrncia s recentemente despertou algum interesse, ao contrrio damaior parte das ocorrncias de Angola, que j eram conhecidas no princpio dosculo. Situa-se na regio de Quilengues, entre as povoaes do Impulo eBolenguera, cerca de 35 quilmetros a norte da primeira e constituda por um

    sistema de files de quartzo, mineralizados, encaixados em granitos e granitosgnissicos, que tambm se apresentam atravessados por diques de pegmatitos ede aplitos.

    A mineralizao constituda por calcocite, em pequenos agregados efilonetes, no quartzo e, mais raramente, por pontuaes e bornite. Comomineralizao associada encontra-se, frequentemente, hematite especular. Nosafloramentos e nas superfcies mais expostas das fracturas, dos files e dogranito encaixante, observa-se a existncia de malaquite e, mais raramente, deazurite. Foram detectados vestgios insignificantes de ouro e prata.

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    A possana mdia das fices muito pequena (0,20 a 0,30 metros) e o teormdio da ordem de 0,1% em cobre, embora se tenham assinalado teores de1%, num filo de 0,37 metros de possana mdia.

    Do estudo realizado concluiu-se que esta ocorrncia, por si s, no apresenta,

    de momento, interesse econmico, embora constitua um ndice, que levou osServios de Geologia e Minas a efectuar o levantamento geolgico e prospecosistemtica de uma extensa rea em redor de Caviande. No entanto, at data,no foi encontrada qualquer ocorrncia digna de interesse.

    2.4.8-rea de Momedes (L.M.2)

    Em vrios locais, a nordeste e a nor-nordeste de Momedes, especialmentenas regies de Giral, Vimpongos, Pedra Grande e Capangombe, aparecem

    files e massas lenticulares de quartzo mais ou menos mineralizadas, comminrios de cobre, nos contactos dos granitos com as rochas do Complexo deBase ou ainda no prprio granito.

    A mineralizao essencialmente constituda por malaquite e crisocola (emmenor quantidade) e, ocasionalmente, por bornite e calcopirite. Pequenasquantidades de ouro esto associadas mineralizao cuprfera.

    Estes depsitos, de origem hidrotermal, apresentam as caractersticas de umafase remnant de mineralizao.

    Falharam todas as tentativas efectuadas h anos, para a explorao destesdepsitos; encontram-se abandonados os trabalhos mineiros ento realizados.

    Todavia, deve acrescentar-se que, neste momento esto em curso, na regio dePedra Grande (Caraculo), trabalhos de prospeco e pesquisa promovidos pelaCompanhia Mineira do Lobito.

    A par destas, pode ainda citar-se e existncia, no distrito de Momedes, dendices de minrios de cobre, especialmente de compostos secundrios, naregio de Chapu Armado, ocorrendo ora em files de quartzo ora em zonas de

    fractura nos granitos.

    2.4.9-Brutu (M.2)

    A ocorrncia deBrutu, situada na circunscrio de Porto Alexandre, cerca de120 quilmetros e sudeste de Momedes foi manifestada com jazigo de cobre.

    Contudo, pouco se conhece acerca do valor desta ocorrncia, constituda porfilonetes de quartzo mineralizados, encaixadas numa rocha gnaissosa, alterada.

    O minrio constitudo por malaquite e crisocola, dispostas nas juntas e

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    microfracturas da rocha encaixante e nos filonetes de quartzo. Aguarda-se oestudo pormenorizado desta ocorrncia.

    2.4.10-rea do Curoca (N.2)

    No sul de Angola, na regio do Curoca, existem diversas ocorrncias deminrios de cobre, largamente dispersas, e de significado ainda nodeterminado.

    Assinalamos de entre elas as de Caiombo, Cambeno, Iona, Cuto, Cariata,Cabea da Velha, Onccua, Janjafemo, rio dos Elefantes e Montenegro.

    2.4.11-rea de Menongue (L.7)

    Na rea de Menongue, nas proximidades de Serpa Pinto e ainda numa extensaregio, que se prolonga para sul e sudoeste daquela localidade, encontram-seocorrncias de minrios de cobre. Essencialmente, distinguem-se dois tipos deocorrncia:

    a) Impregnao cuprferas em rochas eruptivas;b) Files de caractersticas mal definidas, e massas lenticulares de quartzo,

    com mineralizao cuprfera, idntica das impregnaes do primeiro tipo.

    A mineralizao, que se observa, abundante. Os minerais mais vulgares somalaquite, crisocola, azurite e calcocite, sendo a calcopirite extremamente rara.

    As ocorrncias que foram alvo de melhor investigao so as de MenongueVelho e Menongue Novo, perto de Serpa Pinto, e a de Caiundo, a pouco mais deuma dezena de quilmetros para sul. A ocorrncia de Menongue Velho engloba-se no tipo a) e as outras duas no tipo b) sobre estas trs ocorrncias incidiramvrios trabalhos de prospeco e pesquisa mas os resultados ento obtidos noforam muito animadores.

    Uma Brigada dos Servios de Geologia e Minas realizou, nesta regio, nosanos de 1961 e 1962, trabalhos de prospeco geoqumica e geofsica, que

    conduziram descoberta de numerosas ocorrncias de cobre. Verificou-se, destemodo, que a rea mineralizada bastante mais vasta do que at a se admitia e,por outro lado, aumentaram tambm as possibilidades de se encontrar um jazigoexplorvel visto que apareceram ocorrncias de novo tipo.

    No entanto, no possvel tirar qualquer concluso acerca do valor econmicoda rea mineralizada, antes da execuo de sondagens de pesquisa.

    2.4.12-Alto Zambeze

    Tambm, nesta regio, h indicaes da existncia de minrios de cobre.

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    O valor econmico das ocorrncias de cobre do Alto Zambeze no est aindaconvenientemente determinado, estando actualmente em curso o estudo

    pormenorizado das mesmas.

    2.4.12.1-Malomba (I.13)

    At ao momento, so estas as ocorrncias mais conhecidas no Alto Zambeze.A mineralizao identificada constituda por calcocite, calcopirite, malaquite e

    pirite, ocorrendo num conjunto metasedimentar bastante dobrado, em quedominam argilitos e siltstones, numa rea a sudeste de Calunda e a norte deMalomba, entre o rio Macondo e Niela e ainda na margem esquerdado rioManhinga.

    O seu estudo, efectuado pela Companhia Exploraes Mineiras Angolanas,

    que opera na regio, parece ter conduzido a resultados animadores, uma vez queas ocorrncias encontradas mereceram da parte daquela Sociedade interessesuficiente para que fosse estabelecido um plano de sondagens de pesquisa, queest em curso.

    2.4.12.2-Luhunza e Txiila (H.13)

    Ainda no Alto Zambeze, a sul do rio Luizabo, nas margens dos rios dosmesmos nomes, situam-se as ocorrncias designadas porLuhunza e Txiila.

    A importncia destas ocorrncias no ainda devidamente determinada mas, noestado actual do conhecimento, parecem apresentar menos interesse que as deMalomba.

    2.4.13-Diversos (F.7)

    Em 1964 foram manifestados vrios jazigos de cobre correspondentes aocorrncias localizadas nas proximidades deX-Muteba (5 de Outubro).

    Os trabalhos efectuados, at ao momento, no so de molde a permitirqualquer afirmao de valor acerca destes depsitos. Prev-se no entanto, parabreve, a execuo de trabalhos de pesquisa.

    2.5- ZINCO, CHUMBO E VANDIO

    Registaram-se, at ao momento, os depsitos de minrios de zinco, chumbo evandio abaixo indicados, cujas produes registadas foram, respectivamente, de1.151,86 e 940 toneladas.

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    A produo destes minrios proveio, na sua totalidade, dos depsitosexistentes no norte da Provncia, na rea concessionada Empresa do Cobre deAngola.

    2.5.1-Mavoio, Bua e MBilo (C.5)

    Galena e blenda ocorrem nos calcrios pr-cmbricos, em depsitos desubstituio, irregulares, e ao que se supe, demasiado pequenos para exploraoeconmica. No minrio primrio de Mavoio aparece, por vezes, galena comomineralizao acessria.

    No jazigo de cobre de Bua, foi tambm verificada a existncia de galena.

    Em MBilo, onde mineralizao principal constituda por smithsonite,aparece, acessoriamente, galena, blenda e cerussite. Este pequeno depsito foi

    objecto de curta explorao, encontrando-se praticamente esgotado.

    2.5.2- Luide (B.5)

    Cerca de 3 quilmetros a sul da fronteira com a Repblica do Congo(Leopoldville) e cerca de 12 quilmetros a leste da povoao de Quimbata,ocorre um filo com mais de 0,20 metros de possana e que se pode seguir pormais de 20 metros, essencialmente constitudo por minrios de zinco,especialmente smithsonite, encaixado em calcrios do topo do Xisto-Calcrio.

    2.5.3- Quimbumba e Quinzo (C.4)

    A ocorrncia de Quimbumba fica situada cerca de 50 quilmetros a sudoestede Mavoio, na vertente norte da Serra do mesmo nome, que domina o vale do rioLefunde, onde afloram calcrios do Xisto-Calcrio. Na parte superior destescalcrios aparecem vrios ndices de mineralizao plumbo-zincfera.

    Nesta ocorrncia foram efectuados trabalhos mineiros, que conduziram aresultados animadores e que aguardam continuao.

    A ocorrncia de Quinzo situa-se na margem direita do rio Lefunde, a norte dasocorrncias de Quimbumba. Trata-se duma ocorrncia de minerais de chumbo evandio.

    2.5.4-Lueca (C.4)

    A ocorrncia de Lueca, semelhante de Quinzo, situa-se entre o rio Lueca eLuango, cerca de 40 quilmetros a oeste da Damba e 75 quilmetros a sudoestede Maquela do Zombo. Geologicamente, est situada na zona do sistema de

    falhas do Luango, na parte superior da srie do Xisto-Calcrio.

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    Trata-se dum pequeno depsito de minerais de chumbo e vandio. Amineralizao resultou da meteorizao do depsito de Quimbumba, vizinhodeste, e constituda por vanadatos de chumbo em rochas brechides,fracturadas. Os vanadatos ocorrem em bolsadas de tamanho reduzido. Minriosoolticos de ferro, que aparecem superfcie (principalmente limonites),

    apresentam tambm teores relativamente altos de chumbo e vandio.

    2.5.5- Caxibo (F.4)

    Perto do rio Caxibo, aproximadamente a meia distncia entre Zenza do Itombee Dondo, ocorrem filonetes irregulares de calcite e galena, que no ultrapassam2 centmetros de possana, cortando um granito gnissico do Complexo de Base.

    Trabalhos de prospeco denunciaram uma reduzida mineralizao, originadanuma fase pegmattica.

    2.5.6- Cuio (I.3)

    Em trabalho de J. Monteiro, publicado em 1875, refere-se que se encontraram,nas proximidades da Baa do Cuio, blocos de galena argentfera, em ligao coma ocorrncia de cobre, referida em 2.4.5. entre 1861 e 1863 foram a realizadosalguns trabalhos mineiros, visando a explorao destas ocorrncias, talvez maisna mira da prata do que do chumbo (e at do cobre).

    Tanto a ocorrncia de galena de Cuio como a de Caxibo, representam fracasmineralizaes duma fase pegmattica, no se afigurando de interesseeconmico.

    2.5.7-Nova ocorrncia (D.3)

    Em 1964 foi manifestado um novo jazigo de zinco e chumbo, que correspondea uma pequena ocorrncia verificada a norte do rio Uezo.

    2.6- FERRO

    Sabe-se que, desde tempos remotos, os povos que se fixaram em Angolautilizaram minrios de ferro para a obteno de utenslios rudimentares.Serviram-se, para o efeito, de minrios de baixo teor, facilmente fusveis. Em1767 foi tentada a instalao duma fundao, em Nova Oeiras, para utilizaodos minrios de MBassa mas, por dificuldades vrias, nunca chegou a funcionarsatisfatoriamente.

    Pode dizer-se que os minrios de ferro esto bem distribudos por toda aProvncia e os depsitos conhecidos podem agrupar-se, fundamentalmente, emdois tipos:

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    a) Depsitos de segregao magmtica, em rochas bsicas. Os maiscaractersticos deste tipo so os de Gambos e Chitado, com minrios ricosem titnio. O jazigo de MBassa inclui-se tambm neste tipo, embora comteores de titnio inferiores aos daqueles depsitos do sul da Provncia.

    b) Depsitos de hematite de gnese mal definida e, provavelmente, diferente

    de caso para caso. Incluem-se neste grupo os jazigos de Saia, Cuma eCassinga e alguns dos jazigos da zona de influncia do Caminho de Ferrode Luanda. Quanto ao jazigo de Saia, segundo trabalhos recentementeefectuados, h a convico de que dever ser relacionada com a faseterminal de um magmatismo queratofrico, magmatismo esse ligado fasefinal do geossinclinal de Pungo Andongo.

    A hematite de Cassinga ocorre em quartzitos ferruginosos (bandedironstones), precmbricos.

    A par dos dois tipos de jazigos, atrs citados, outros existem, intermedirios,

    como os de Andulo e Bailundo.

    Indicam-se a seguir, genericamente, por zonas, de acordo com aspossibilidades de escoamento (zonas de influncia dos caminhos de ferro) osprincipais jazigos conhecidos:

    - Caminhos de Ferro de Luanda: MBassa, Jangada, Cassala, Saia,Quissaquel, Quiala, Caho, Camoma-Quirima, Quibaba, Quitungo, Quitunda,Caalala, Zunge, Saraquete, Dazondo, Pamba, Quipipa e Quiama.

    - Caminho de Ferro de Benguela: Chilesso (Andulo), Bailundo, Cuma eChindonga.

    - Caminho de Ferro de Momedes: Cassinga, Dongo, Gambos e Chitado.

    No esto ainda rigorosamente determinadas as reservas dos depsitos atrsreferidos. Apenas em alguns deles foram executados trabalhos mineiros, que

    permitiram s respectivas concessionrias, o estabelecimento de planos deexplorao. Pode, todavia, afirmar-se que so muito abundantes, em Angola, osminrios de ferro e estimam-se as reservas conhecidas em mais de uma centenade milhes de toneladas.

    Actualmente, todos os minrios explorados se destinam exportao, que temlugar pelos portos de Luanda, Lobito e Momedes.

    Nos ltimos anos, Angola produziu e exportou mais de quatro milhes e meiode toneladas de minrio de ferro.

    2.6.1-MBassa, Quileco, Jangada, Cassala e Caho (F.4)

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    Trata-se de quartzitos com magnetite (taconitos) e quartzitos com hematite(jaspilitos), ocupando grandes reas, num e noutro lado do Caminho de Ferro deLuanda, distribuindo-se numa extenso de cerca de 100 quilmetros ao longodaquela via, para alm de Quilungo. Deve notar-se que nalguns locais aconteceos jazigos serem de mais que um tipo, como se verifica, por exemplo em

    Cassala, Caho, etc.

    2.6.5- Quiama (F.G.4)

    A parte central dos depsitos da Quiama situa-se cerca de 30 quilmetros asul da vila do Dondo. Predominam na regio granitos, gnaisses e retalhos,residuais, de formaes precmbricas, anteriores ao sistema do Congo Ocidental.

    O minrio , fundamentalmente, constitudo por hematite, que ocorre quer em

    quartzitos ferruginosos quer em zona de fractura, interessando formaesconglomerticas, associado, por vezes, a minerais de mangans. Existemtambm eluvies contendo blocos de minrio de grandes dimenses.

    2.6.6-Essale, Sambundi e Saraquete (Andulo) (H.6)

    O jazigo conhecido pela designao de Andulo, situa-se cerca de 20quilmetros a sul-sudoeste da vila do mesmo nome, e tambm conhecido porChilesso. As principais ocorrncias encontram-se nos morros Essale, Sambundie Saraquete, que fazem parte duma estrutura em anel.

    A zona j foi estudada com certo pormenor, tendo o depsito de Essale sidoconsiderado o mais prometedor.

    Este depsito foi alvo de explorao experimental visando a exportao deamostras para ensaios industrias. O minrio , essencialmente, constitudo porhematite, com alguma magnetite, de bom teor em ferro mas com algum fsforo otitnio.

    2.6.7-Bailundo (I.5, 6)

    Cerca de 18 quilmetros a nordeste de Vila Teixeira da Silva ocorrem, numavasta rea, minrios de ferro de tipo semelhante aos do Andulo, relacionadoscom uma estrutura em anel, em que abundam carbonatitos. So comuns osdepsitos eluviais, que foram explorados durante certo tempo, para obteno deminrio que, misturado com a hematite do Cuma, poderia ser exportado semexceder, em conjunto, os limites admissveis dos elementos nocivos para ametalurgia do ferro.

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    As massas de hematite e magnetite in situ, que, neste depsito aparecem demodo mais evidente do que no Andulo, em ligao com os carbonatitos, noatingem as dimenses das que foram reconhecidas no morro Essale.

    2.6.8- Luimbale (I.5)

    Nas proximidades da povoao do Luimbale existe uma ocorrncia de ferro dotipo da do Bailundo, embora menos importante.

    2.6.9- Cuma (J.5)

    Numa extensa rea, que se situa cerca de 60 quilmetros para sul de RobertWilliams, tendo como centro a povoao de Cuma, ocorrem depsitos eluviais emassas de hematite, com alguma magnetite, que tm constitudo objecto deimportante explorao.

    A gnese destas massas de hematite no est ainda devidamente esclarecida,admitindo-se no entanto que sejam de origem sedimentar, relacionada comdeposio das rochas do Pr-cmbrico mdio a superior, sobreposta por umaaco hidrotermal, posterior.

    Este depsito est, actualmente, muito prximo do esgotamento, dada aexplorao intensiva de que foi alvo.

    2.6.10- Chindonga (J.5)

    A sudeste do Cuma, junto do rio Cunene, existem ocorrncias de minrios deferro, similares quela. Citam-se como mais importantes as de Chindonga,Gunge e Chiviri.

    As reas do Cuma e Chindonga podem considerar-se como constituindo umdistrito metalognico de ferro, pela abundancia de ocorrncias a assinaladas.

    2.6.11- Cassinga (M.6)

    Data de 1908, o conhecimento da existncia de minrios de ferro na regio deCassinga.

    Nesta regio predominam as rochas do Complexo de Base, representado porgranitos e gnaisses, a que se associam xistos e quartzitos pr-cmbricos.

    Em 1953, a Sociedade Mineira do Lombige obteve um exclusivo de pesquisa eexplorao mineira, numa rea de 55.000 quilmetros quadrados, que engloba aregio de Cassinga.

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    A partir de 1958 aquela Sociedade iniciou estudos e trabalhos mineiros comvista ao conhecimento das ocorrncias de minrios de ferro.

    A partir desses estudos, que ainda prosseguem nesta data, foi possvelselecionar duas reas de minrios de ferro - Zona Sul de Cassinga e Zona

    Norte de Cassinga.

    Em cada uma das reas foram assinaladas diversos jazigos de minrios deferro, de grande interesse, nos quais predomina a hematite.

    Na Zona Sul de Cassinga, existem trs tipos de minrio de ferro:

    Massas de hematite de alto teor

    Aparecem nos contactos de rochas itabirticas com rochas xistentas que lhes

    so subjacentes, ou includas nas rochas itabirticas.

    Encontram-se afloramentos destas massas nas montanhas designadasTchamutete e Campulo, que deram os nomes aos respectivos jazigos. Estesafloramentos devem corresponder eroso de dobras.

    Nas massas, apresenta-se o minrio compacto, ou com intercalaes de rochasxistentas e itabirticas; o caso das massas de hematite no Tchamutete, cuja

    possana chega a atingir trinta a quarenta metros.

    No jazigo de Campulo a hematite frequentemente frivel e com intercalaesxistentas, no se observando o tipo compacto, que ocorre no Tchamutete.

    A eroso destas massas originou interessantes jazidas de minrio eluvionar,que tm sido exploradas desde h alguns anos.

    Jazigos residuais e eluvionares

    A gnese destes jazigos relaciona-se com fenmenos de alterao e deredeposio da hematite das rochas itabirticas, das quais resultou um

    enriquecimento em minrio de ferro.Estes minrios de alto teor, localmente denominados chapinha ou pebble

    ore, so susceptveis de fcil concentrao e aproveitamento.

    Conhecem-se jazigos deste tipo em Tchamutete, Campulo, Matote, Baca-Ia-Mitcha, Gimbo, Cachibamba e Mutango-Capungo.

    Finalmente, o ltimo tipo de minrios de ferro, constitudo pelas prpriasrochas itabirticas, que correspondem s reservas mais vastas. So todavia

    jazigos de baixo teor.

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    Na Zona Norte de Cassinga os jazigos conhecidos so do tipo residual eeluvionar - chapinha ou pebble ore.

    At data, conhecem-se os seguintes jazigos com reservas bastanteinteressantes: Jamba, Cateruca, Issaca, Mavulo e Indungo.

    2.6.12-Dongo (L.5)

    Nas proximidades da povoao do Dongo, estao do Caminho de Ferro deMomedes, verifica-se a existncia de ocorrncias de minrios de ferroessencialmente representados por hematite.

    O minrio aparece como constituinte de quartzitos ferruginosos, muitoenrugados, de formaes precmbricas que ocorrem sobre as rochas doComplexo de Base (granitos e gnaisses), que tambm afloram na regio.

    Estas ocorrncias so, aparentemente, do tipo das de Cassinga. Os escassostrabalhos de pesquisa efectuados no esclareceram ainda a extenso do jazigo.

    2.6.13-rea dos Gambos, Chiange (M.3.4) e Chitado (0.3)

    Na regio de Gambos, e para Sul, numa vasta rea entre os rios Curoca eCunene, existem vrias ocorrncias de titano-magnetites. So depsitos aindamal conhecidos, representados, em especial, pelas ocorrncias de Gambos,Ompau, Mucuma, Tchimbuca, Chalembe, Birambundo, Mitengue, Rio de

    Areias, Capuli, Chaonga, Pehongo, Chicongo, Sarraquete, Pedra Manha,Chileva e Chiange, e ainda pelas ocorrncias de Tongo e Cabcua, todas elasassociadas extensa mancha gabro-plagioclastica, que ocorre no sul daProvncia. Dado o teor em titnio, demasiado elevado no tem merecidointeresse para explorao.

    Junto ao rio Cunene, perto da povoao do Chitado, encontra-se umaocorrncia de titano-magnetite, cuja gnese parece estar relacionada com aexistncia de plagioclasitos e sienitos nefelnicos.

    Embora pouco se conhea quanto importncia das reservas, o principalproblema consiste na dificuldade de utilizao de minrios de ferro com elevadoteor em titnio, como o caso destas titano-magnetites. No entanto, o estudo dasua utilizao est actualmente em curso e a evoluo das tcnicas siderrgicas,

    permite encarar a possibilidade do aproveitamento de minrios titanados, numfuturo mais ou menos prximo.

    2.6.14-Regio do Curoca (N.2)

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    No decurso de trabalhos de geologia efectuados, h alguns anos, nesta regio,foram assinaladas ocorrncias de minrios de ferro nas reas de Quidenacaupe,Buacan, Onongongu e Techombuto.

    O seu interesse econmico no foi, at data, devidamente esclarecido mas

    tudo leva a crer no ser grande.

    2.6.15-Alto Zambeze (I.13)

    Estas ocorrncias situam-se, junto de afluentes do rio Zambeze, numa reasituada cerca de 300 quilmetros a Sudeste da estao de Vila Teixeira de Sousa,no Caminho-de-ferro de Benguela.

    Das diversas ocorrncias merecem destaque as de Negiu, Manhinga e Lutaco,dos nomes de rios em cujas proximidades se verificam.

    O minrio , essencialmente constitudo por hematite, que ocorre emformaes precmbricas, dolomticas e siliciosas. As ocorrncias foram objectode alguns trabalhos de pesquisa ainda insuficientes para uma avaliao segura doseu eventual valor econmico.

    O facto das ocorrncias se situarem, aproximadamente a 1.300 quilmetros doporto do Lobito, constitui um srio obstculo explorao destes minrios.

    2.6.16-Diversos

    Alm do que atrs se disse, em relao aos minrios de ferro de Angola, podeainda referir-se a existncia em vrios locais, de rochas laterticas e limonticas,em areias e grs dos Sistemas do Kalahari e do Karroo.

    Foram minrios deste tipo, de baixo teor, que, em pocas recuadas, foramutilizados para obteno de ferro em fornos rudimentares. No apresentam,actualmente, qualquer interesse econmico.

    2.6.17-Novas ocorrncias (H.4, M.3)Em 1964 foram manifestados nos Servios de Geologia e Minas vrios jazigos

    de ferro, que correspondem a outras tantas pequenas ocorrncias, descobertasnas regies a Norte de Vila Nova de Seles e a sul de Conda. So indicadas nacarta sob a designao deNGunza.

    No tendo ainda sido devidamente estudadas desconhece-se o interesse destasocorrncias.

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    2.7- MANGANS

    Os minrios de mangans encontram-se largamente espalhados por todo o

    territrio de Angola, mas poucos so os depsitos j estudados em pormenor.

    Actualmente, encontram-se paralisadas as exploraes, que tiverem lugar,principalmente, em Quiaponte, Quicuinhe, Quiculo, Quitota e Gungungo, isto ,zona do Caminho de Ferro luanda-Malanje, com centro na povoao do Lucala.Esta regio pode considerar-se um distrito metalognico para ferro e mangans.

    Entre 1943 e 1962 foram extradas cerca de 443.000 toneladas de minrios demangans.

    De uma maneira geral, o minrio de mangans, consiste, em psilomelana

    macia, por vezes com magnetite associada. Ocasionalmente, encontra-se aindapirolusite e wad. Aparte esta vasta rea mineralizada, todas as restantesocorrncias, conhecidas, parecem pouco extensas, embora se deva, em boaverdade, acrescentar que um grande nmero destas ltimas no foi aindaconvenientemente estudado.

    , em resumo, o seguinte, o que se conhece, na Provncia em relao aomangans:

    2.7.1-Regio do Maiombe

    2.7.1.1-Mazinga (A.2)

    No morro Mazinga, no distrito de Cabinda, foi encontrada uma ocorrnciaconstituda por xidos de mangans (psilomelana e pirolusite) intercalados emgrs. A sua extenso no conhecida.

    2.7.1.2- Ganda-Congo (A.2)

    Ainda em Cabinda, cerca de 40 quilmetros a Oeste-sudoeste de Mazinga,foram encontrados blocos com minrios de mangans, intercalados em

    formaes xistosas, na regio de Ganda-Congo.2.7.2-Regio do Lucala

    2.7.2.1- Quicuinhe (F.5)

    O depsito de Quicuinhe apresenta-se como um filo irregular, mineralizadocom xidos de mangans, intercalado em rochas muito fracturadas do Complexode Base. A par daqueles xidos aparecem ainda, na rocha encaixante, filonetesde rodonite. Este depsito foi objecto de importantes trabalhos de pesquisa eexplorao.

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    2.7.2.2- Quitota (F.5)

    Na Quitota, prximo do rio Zunguege, ocorre mineralizao semelhante deQuicuinhe, em granitos e gnaisses do Complexo de Base, nos quais se

    verificaram intruses sienticas. Parece haver relao entre estas intrusessienticas e a fase da mineralizao com mangans. Tal como em Quicuinhe, odepsito foi submetido a intenso metamorfismo.

    O jazigo da Quitota engloba diversas ocorrncias, que foram objecto deexplorao.

    2.7.2.3- Gungungo (E.4)

    Junto ao rio Lombige, cerca de 55 quilmetros a Norte de Salazar, existe ojazigo de Gungungo, localizado em xistos argilosos cortados por files de

    quartzo.

    2.7.2.4- Quiculo (F.4)

    Entre Zenza do Itombe e Canhoca, nas proximidades do Caminho de Ferro deLuanda, situa-se, na parte ocidental da zona mineralizada, o depsito de Quiculo.

    A paralisao da lavra dos jazigos desta zona, que acusam reservasconsiderveis, resultou da baixa de cotaes no mercado internacional destesminrios. provvel que a explorao venha a ser retomada brevemente, dadoque se nota uma certa tendncia para cotaes mais elevadas.

    2.7.3- Quiama (F.G.4)

    Este jazigo est ainda incompletamente estudado. O minrio do mesmo tipodo que ocorre na zona de Lucala (psilomelana, pirolusite e wad), verificando-se que a mineralizao aparece em zonas de fractura, numa formaoconglomertica, que ocupa depresses numa regio grantica. Os xidos demangans so por vezes, acompanhados por minerais de ferro.

    At agora, os escassos trabalhos mineiros empreendidos no revelaramreservas significativas de qualquer dos minrios de mangans.

    2.7.4- Capuia (H.6)

    Nesta ocorrncia, o minrio apresenta-se em ndulos numa camada aluvio-eluvionar de extenso considervel. Trata-se, possivelmente, de um depsitosecundrio, relacionado com a eroso de certas estruturas em anel e da deposiodos matrias provenientes destas.

    2.7.5-Bela-Vista, Morro Chivanda (I.6 e J.5)

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    Estas ocorrncias no esto completamente estudadas. So dispares as opiniesquanto origem do minrio que, no entanto, parece resultar de um processo delaterizao.

    2.7.6-Longonjo (I.5)

    O minrio apresenta-se em eluvio irregular e constitudo por ndulos dexidos de mangans e outros metais. Foi classificado como do tipo de alterao

    pedolgica (laterizao) dos carbonatitos de uma estrutura em anel, que existenas proximidades.

    2.7.7- Capuca e Moma (I.6)

    Cerca de 35 quilmetros a Sul de Bela Vista, junto ao rio Cubango,localizaram-se as ocorrncias deMoma e Capuca, acerca das quais no existem

    elementos que permitam precisar a sua importncia.

    2.7.8-Machimbundo (F.11)

    Junto estrada que liga as povoaes de Cassai e Chiluage, junto do rioCassai, na fronteira leste de angola, existem ndices de minrios de mangans, aoque parece sob a forma de impregnaes em laterite e, por vezes, ndulos dewad.

    Aguarda-se a realizao de um estudo da regio no sentido de definir anatureza, tipo e importncia relativa desta ocorrncia.

    2.7.9-Rio Lua e Muapa (H.13)

    Cerca de 2,5 Quilmetros a Sul-sudeste da confluncia dos rios Lua eZambeze aparecem xidos de mangans, em quartzitos, granitos e gnaisses eainda em ndulos laterticos nos solos residuais.

    Outro tanto se verifica nas proximidades da confluncia dos rios Zambeze eMuapa.

    So minrios de baixo teor, por vezes associados a minerais de ferro.Afiguram-se sem interesse econmico imediato.

    2.7.10- Cangulo (L.2)

    Na Damba do Cangulo, prximo do local designado por Chapu Armado,ocorrem calcrios silicificados, cretcicos, mineralizados com xidos demangans. A mineralizao, que se observa numa extenso de cerca de 7quilmetros, irregular.

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    2.8- ESTANHO e VOLFRMIO

    So raras as ocorrncias de minrios de estranho e volfrmio. As que merecemreferncia e que abaixo se enumeram situam-se, nas proximidades da linha doCaminho de Ferro de Benguela, entre Ganda e Nova Lisboa.

    2.8.1- Ganda (J.4)

    Nas proximidades de Vila Mariano Machado, a Sudoeste do monte Epale,aparecem em granitos, em gnaisses e em files de quartzo, cassiterite evolframite. Estes minrios encontram-se muito disseminados, e os teoresdeterminados revelaram-se baixos.

    2.8.2- Cunhangamua (I.5)

    Entre Robert Williams e Nova Lisboa, junto ao rio Cunhangamua, aparecem,muito dispersas, cassiterite e volframite, em granulitos e files de quartzo. Estaocorrncia conhecida de h muito mas, at data, no foi aindasuficientemente estudada.

    2.8.3- Calenga e Vila Verde (I.5)

    De um e outro lado da estrada que liga Calenga ao Lpi observam-se duasocorrncias de volframite, que se designam respectivamente por Calenga e VilaVerde. Estas ocorrncias verificam-se em files de quartzo, que cortamformaes sedimentares, precmbricas. A volframite, em alguns pontos,encontra-se em cristais bem desenvolvidos. Os teores determinados so baixosmas no foi feito ainda o estudo completo destas ocorrncias.

    2.9- BERLIO

    Os ndices deste metal, segundo a documentao antiga, resumem-se aoaparecimento de alguns cristais em pegmatitos que ocorrem nos distritos deLuanda e da Hula nos locais denominados Mussaca-Saca (E.3) e Hamutenha

    (M.3), respectivamente. Admite-se que o berlio possa constituir um produtosubsidirio da explorao da mica, mas actualmente, esta explorao apresenta-se bastante duvidosa.

    2.10- RADIACTIVOS

    A partir de 1050, realizaram-se alguns trabalhos de prospeco, visando adescoberta de minrios radiactivo. Tais trabalhos, efectuados tanto pelosServios de Geologia e Minas como por companhias concessionrias deexclusivos de pesquisa, no conduziram, no entanto, descoberta de qualquer

    ocorrncia de minerais radiactivos com teores interessantes.

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    Das indicaes que h, em Angola, sobre tais minerais, conclui-se que boaparte das ocorrncias conhecidas esto relacionadas com estruturas em anel.Estas estruturas, nas quais se encontram carbonatitos, situam-se nas

    proximidades de Longonjo, Coola, Chimboa, Bailundo, Sulima, Chianga,

    Capuia e Chilesso. Certas rochas destas estruturas apresentam, por vezes,radiactividade anormal. Referem-se a seguir os casos em que tal se verifica.

    2.10.1-Longonjo (I.5)

    Esta ocorrncia encontra-se ligada a rochas com incluses de minrios demangans. Anlises de algumas amostras mais representativas acusaram teoresde urnio da ordem de 0,001%.

    2.10.2-Bailundo (I.5)

    Estudos realizados na Junta de Energia Nuclear, sobre amostras colhidas nestaestrutura, conduziram classificao destas como carbonatitos, provavelmentecom pirocloro, minerais de ferro, mangans e monazite.

    2.10.3- Chianga (I.4,5)

    Amostras de tufos e brechas vulcnicas, colhidas nesta estrutura, apresentamradiactividade anmala.

    2.10.4- Capuia (H.6)

    Nesta estrutura foi assinalada a presena de minerais de ferro e mangans,notando-se que as anomalias radiactivas se realizam sobre uma rocha, noidentificada, de cor castanha com incluses de minerais de mangans.

    2.10.5- Chilesso (H.6)

    Nesta estrutura os ndices radiactivos encontram-se ligados a rochas comapatite, a tufos vulcnicos e a rochas alcalinas muito alteradas. Foi assinalada a

    presena de minerais de nibio, tntalo e titnio.

    2.10.6- Caquete (J.5)Nesta ocorrncia foi mineralizao de cobre e trio, em files de quartzo. Foi

    tambm assinalada a presena de pequenos cristais tabulares de torbernite.

    2.10.7- Quizambilo (E.3)

    Ma mina de mica de Quizambilo, no campo pegmattico do Alto Dande, foidetectada a existncia de minerais radiactivos, particularmente mineraissecundrios- autunite e torbernite.

    2.10.8-Elege (F.5)

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    Prximo do rio Elege, no campo pegmattico entre Lucala e Quizenga, foramassinaladas ocorrncias de minerais radiactivos. Verificou-se que estoassociadas a pegmatitos grficos, que atravessam uma mancha de gnaisses comintruses de rochas cidas e bsicas. Nas amostras colhidas verificou-se a

    presena de euxenite.

    2.10.9- Ocorrncias em ferro

    As rochas fosfatadas de Mongo-Tando (B.2) e Chibuete (A.1), no distrito deCabinda e as da baixa do Lucunga (C.2), no distrito do Zaire, denunciaramradiactividade anmala.

    2.10.10- Ocorrncias em aluvies

    Nos concentrados das aluvies aurferas dos rios Samboto (J.5) e Cuengu

    (J.5) foram detectadas anomalias radiactivas, que se atribuem presena demonazite. Concentrados, com ilmenite e zirco, provenientes aluvies do rioCubal, a jusante de estrutura em anel de Sulima (I.4), apresentam tambmradiactividade anmala.

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    3- MINERAIS NO METLICOS

    3.1- DIAMANTES

    O primeiro diamante que se sabe ter sido encontrado em Angola foi na Lunda,na bacia do rio Chiumbe, pelos prospectores Johnston e Mac Vey. Em virtudedesta descoberta um estudo contnuo e sistemtico das possibilidades emdiamantes de Angola veio a ser iniciado em 1913 pela Companhia de PesquisasMineiras de Angola e depois, em 1920, continuado e intensificado pelaCompanhia de Diamantes de Angola a qual realizou, na dcada de 1920/1930, a

    prospeco geral de quase todo o territrio de Angola. No entanto, as conclusesdos trabalhos ento efectuados no so hoje inteiramente vlidos pelo que sernecessrio repeti-los e encar-los luz de uma economia de explorao agoracompletamente diferente da existente h 40 anos.

    3.1.1-Distritos da Lunda e Malanje

    Actualmente toda a produo de Angola resulta dos jazigos em explorao daCompanhia da Diamantes de Angola, produo esta que tem vindo a aumentargradualmente e coloca Angola como terceiro produtor mundial de diamantes

    jia.

    A produo da Companhia foi, nos ltimos 25 anos, de 21.167.489 de quilates.

    Os principais jazigos, actualmente em explorao, situam-se nos distritos daLunda e da Malanje.

    Os jazigos explorados no distrito da Lunda so tanto jazigos primrios(chamins, diques e tufos quimberlticos) como secundrios (eluvies ealuvies).

    Uma grande srie de afloramentos de rochas quimberlticas (Chamins, diquese tufos) conhecida, actualmente, nas bacias hidrogrficas dos rios Chicapa eLuachimo, totalizando vinte e nove no final de 1964, dos quais dezoito se situamna bacia do rio Chicapa e onze na do rio Luachimo.

    Estas ocorrncias quimberlticas parecem constituir um nico distritoquimberltico embora se espalhem por uma zona assaz extensa, com cerca de 38quilmetros de comprimento por 22,5 quilmetros de largura, nas bacias dos riosLuachimo e Chicapa, entre os paralelos 9 00S e 8 30S.

    Deve esclarecer-se que grande nmero daquelas ocorrncias ou no sodiamantferas ou no so actualmente explorveis em condies econmicas.Deste modo, somente dois afloramentos de quimberlitos esto actualmente emexplorao: Camutu e Caixepa, ambas situadas na bacia do rio Luachimo.

    A produo destes jazigos primrios representa ainda uma pequena

    percentagem da produo total da Companhia de Diamantes de Angola.

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    Os depsitos secundrios (aluvies) esto relacionados com a FormaoCalonda, qual se atribui ao Gretcico mdio a superior, constituindo os seussedimentos as camadas detrticas diamantferas mais antigas, at agoraconhecidas (abstraindo, claro est, das que esto em relao directa com as

    rochas quimberlticas).

    Pela lavagem dos conglomerados da Formao Calonda foi revelado umcerto nmero de minerais provenientes da eroso de rochas quimberlticas(diamantes, ilmenite, dipsido e granada da variedade piropo) e outros derivados

    principalmente da fragmentao de rochas eruptivas e metamrficas.

    Acontece que os conglomerados basais da Formao Calonda (a qual deveter coberto a maior parte do nordeste da Lunda) se Tm apresentado sempremais ou menos mineralizados em diamantes. Estas mineralizaes no so,

    porm contnuas e nem sempre apresentam teores em diamantes que permitam

    uma explorao econmica. Tal facto explica-se pelas diferentes condies dedeposio, pela eroso originada por movimentos torrenciais, pelo avano dealguns cones de dejeco nos canais das zonas deprimidas e ainda por outrosfactores locais.

    Admite-se, no entanto, que a aco posterior das correntes de gua podeefectuar uma reconcentrao dos diamantes da Formao Calonda. Destemodo, ao longo das bacias dos actuais rios da Lunda (Luembe, Chiumbe,Luachimo e Chicapa), a norte do paralelo 9 00S, encontram-se vrios depsitosaluvionares de diamantes. Atendendo s condies do estabelecimento dasactuais bacias hidrogrficas e alternncia das fases de sedimentao e eroso,facilmente se compreende que foi possvel a formao de depsitos decaractersticas muito vaiveis no s do ponto de vista morfolgico como doteor em diamantes.

    Assim, distingue a Companhia de Diamantes de Angola, os depsitos decolina dos depsitos de vale.

    Os depsitos de colina correspondem a terraos fluviais, a diferentes nveis,conforme a sua idade, ou a conglomerados basais de Formao Calonda,correspondendo os depsitos de vale, aos depsitos situados sensivelmente ao

    nvel actual dos rios.A Companhia de Diamantes de Angola explora a maioria destes depsitos com

    pequenas instalaes (h actualmente 41) e uma instalao j de grandecapacidade, no Luxilo.

    As pequenas instalaes encontram-se agrupadas estando assim distribudas:

    Cassanguidi - grupo de 12 minas situadas junto da fronteira com Repblica doCongo nas bacias dos rios Chiumbe e Luembe.

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    Andrada- grupo com 7 minas situadas na bacia do rio Uembe, imediatamente aSul do grupo Cassanguidi.

    Maludi - grupo com 9 minas distribudas pelas bacias dos rios Luembe,Chiumbe e Luana.

    Lucapa - grupo com 9 minas nas bacias dos rios Luachimo e Chiumbe, ficandoo centro do grupo situado cerca de 30 quilmetros a sul do posto doCamissombo. Fazem parte deste grupo de minas as do Camutu e Caixepa.

    Calonda- grupo com 4 minas todas situadas na bacia do rio Chicapa, afluenteCalonda, a oeste do grupo Lucapa.

    Os depsitos em explorao no distrito de Malanje situam-se todos no leito dorio Cuango, entre as povoaes de Capenda, ao sul, e Luremo, ao norte. Estesdepsitos estabelecem-se nas concavidades e fracturas das rochas que

    constituem o leito do rio, vulgarmente chamadas marmitas. O teor destesdepsitos geralmente muito elevado e os diamantes recuperados de relativa

    boa qualidade.

    A origem destes diamantes ainda no est esclarecida continuando aCompanhia de Diamantes de Angola a efectuar o estudo da regio. Nas margensdo rio Cuango foram j descobertos alguns depsitos mas com reservasrelativamente pequenas.

    3.1.2-Distrito de Momedes

    Independentemente da rea concedida Companhia de Diamantes de Angolah ainda a considerar a faixa costeira, onde, no extremo sul, junto da foz do rioCunene e junto ao Morro Vermelho foi assinalada, em 1922, a existncia dediamantes.

    A origem destas ocorrncias ainda no se encontra estabelecida mas parecetratar-se de depsitos marinhos antigos. A recente descoberta de ocorrnciasdiamantferas junto da costa do Sudoeste Africano faz admitir que, na

    plataforma continental de Angola, possam existir diamantes embora nenhumestudo tenha ainda sido feito para esclarecer o problema.

    H vrias indicaes de ocorrncias de depsitos de diamantes na rea daReserva do Estado criada pela Portaria n. 89, de 9 de Maio de 1928, que aindano foram confirmadas e estudadas.

    3.2- MICAS

    Data de 1921 o conhecimento das primeiras ocorrncias de mica comercivel,ocorrncias essas, localizadas em pegmatitos, que cortam as rochas doComplexo de Base, especialmente na regio dos rios Dande e Ubi, seu afluente.

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    Os primeiros descobridores foram mal sucedidos na explorao deste mineral,tendo, ao que se admite, contribudo para esse insuficiente conhecimento dastcnicas mineiras e dos processos de preparao da mica para os mercadosconsumidores.

    Os files pegmatticos so numerosos mas irregulares. A sua possana variaentre 1 e 20 metros. So, essencialmente, constitudos por quartzo e feldspatos,com predomnio da microclina. As percentagens de quartzo e feldspato variamconsideravelmente de lugar para lugar, havendo casos em que o feldspato quase nulo, o que d rocha o aspecto de um filo de quartzo. As micasapresentam aspectos muito variveis.

    Nos pegmatitos da regio do Dande ocorrem, como minerais secundrios,berlio, lepidolite, turmalina e granadas, em teores no significativos.

    Durante a 2. Guerra Mundial a mica de Angola foi considerada de

    importncia estratgica, facto que originou a vinda a Angola de uma missoamericana para auxilio tcnico aos interessados na sua explorao. No perodoque seguiu ao fim da conflagrao este surto de interesse pela mica de Angolaainda se manteve mas poucas foram as minas que se mantiveram em explorao.De entre estas destacam-se as de Quizambilo, Cassalengues e Camba.

    De 1939 a 1962 a produo das vrias minas foi superior a 3.056 toneladas demicas de diversos tipos.

    3.2.1-Regio do Dande (E.3,4)

    Este campo pegmattico, onde existem numerosas ocorrncias de mica, ocupauma vasta rea a Nordeste de Luanda.

    Indicam-se, a seguir, as ocorrncias mais importantes desta regio:

    Ambuleia - trata-se dum filo pegmattico, encaixado em gnaisses biotticosalterados. Estas rochas muito alteradas, em superfcie, do origem a uma argilaavermelhada, com grande quantidade de pequenas folhas de mica. A possana

    do filo oscila entre 1 e 2 metros.Foram a obtidos livros de moscovite, de 3 a 10 centmetros de espessura e de

    25 a 70 centmetros de comprimento, quase sempre encravados no feldspato. Emtoda a extenso, em que foi reconhecido o filo, verificou-se que apresentavauma certa regularidade, quer na forma como ocorriam o quartzo e o feldspato,quer na distribuio da mica.

    Alm do filo principal, existem outros files aparentemente de menorimportncia. Os trabalhos mineiros visaram somente o filo principal.

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    Mabubas- Izagua- Nas Mabubas, existe tambm mica, embora de m,qualidadeespinhada e muito geminada.

    Em Izagua, foram efectuadas pesquisas num filo com 3 a 4 metros de

    possana, tendo sido encontrada grande quantidade de mica branca, de boaqualidade.

    Husso- A mica ocorre num filo pegmattico encaixado num xisto biottico,muito alterado. Dos trabalhos de pesquisa concluiu-se que a mica poucoabundante, espinhada e geminada.

    Cassalengues- A mica de Cassalengues, que forneceu grande parte daproduo de mica de Angola, atingiu o seu mximo desenvolvimento no aps-guerra. Os trabalhos incidiram em dois files de pegmtico, encaixados numxisto biottico, a sul do Monte Cassalengues.

    Efectuaram-se trabalhos de pesquisa e explorao, que se desenvolveramespecialmente ao longo do teto e do muro dos files, porquanto se verificou ser aconcentrao de mica maior e a qualidade desta melhor junto do contacto com asrochas encaixantes.

    Camba- A explorao incidiu sobre um filo pegmattico de 3 a 4 metros depossana. A principal concentrao de mica ocorre junto do contacto com arocha encaixante, embora na parte central do filo tambm se encontre algumamica aproveitvel.

    O pegmatito est encaixado em gnaisses biotticos e aflora em cerca de 50metros na vertente oeste do Monte Camba. Ainda nesta regio ocorre umclorito-xisto, no qual se pode observar a presena de uma clorite, possivelmenteripidolite.

    Alm da mica existe, em Camba, uma ocorrncia significativa de cianite,associada a quartzo, biotite e granadas.

    Quizambilo- O jazigo de Quizambilo compreende duas minas Quizambilo Ie Quizambilo II.

    Em Quizambilo I a explorao iniciou-se durante a 2. Guerra Mundial.Quizambilo II s posteriormente foi posta em explorao.

    Quizambilo I, esteve em laborao contnua, at 1953, compreendendo vriosgrupo de trabalhos subterrneos. No grupo A, o mais importante, o pegmatitoest encaixado em gnaisses, constitudo um possante filo. A mineralizaoencontra-se junto aos contactos com a rocha encaixante.

    Quizambilo II comeou a ser explorada a cu aberto, numa escavao, queseguiu o filo pegmattico. Em explorao subterrnea, verificou-se um ntido

    aumento da possana do filo, mas esse alargamento demonstrou-se de interesse

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    3.3.1- Sunzo e Mabolungo (E.3)

    Nos morros Sunzo e Mabolungo, nas proximidades da regio das micas do

    Dande, conhecem-se estas duas ocorrncias. Os asbestos assinados resultam daalterao de anfibolitos, que atravessam gnaisses do Complexo de Base.

    3.3.2-Rio Salgado (0.2)

    Conhece-se uma ocorrncia, situada junto ao Rio Salgado, que resultoutambm da alterao de anfibolitos. Trata-se de asbestos anfiblicos,

    possivelmente tremolticos.

    3.4- CIANITE

    No campo pegmattico do Dande foram assinaladas diversas ocorrncias decianite, como mineral acessrio das micas. Apenas em Camba (E.3) aquelemineral aparece com relativa abundncia.

    Na regio do Alto Zambeze, foram assinaladas pequenas reas em que ocorrecianite, muito disseminada, junto do rio Macondo, cerca de 15 quilmetros anorte da povoao do mesmo nome. Designam-se as principais ocorrncias por

    Malengo e Zangana (I.13).

    3.5- CORINDO

    Recentemente, foram assinaladas na regio de Manhinga, (I.13) a Nor-nordeste de Maconde (Alto Zambeze), no decurso dos trabalhos a efectuados

    pela Companhia Exploraes Mineiras Africanas, duas ocorrncias decorindo.

    De momento, de acordo com a documentao existente, pouco se podeadiantar quanto sua origem. O corindo aparece em relao com hematite-martite numa rea em que dominam, do ponto de vista litolgico, filitos esienitos.

    Dado o interesse que esta ocorrncia oferece esto em curso trabalhos depesquisa.

    3.6- GRAFITE

    So muito antigas e vagas as referncias a grafite. O que realmente se conhececomo ndices de grafite, so grafitosos, nos seguintes locais:

    3.6.1-Bata Mavando (A.2)

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    Em Bata Mavando, no distrito de Cabinda, encontram-se xistos grafitosos.No se executaram ainda trabalhos de pesquisa e reconhecimento, quepermitissem determinar o seu interesse.

    3.6.2-Jungo (E.4)

    No local designado porJungo, no campo pegmattico do Dande, ocorremxistos grafitosos.

    3.6.3- Camongua (J.5)

    Nas proximidades de Camongua, na margem esquerda do rio Cunhangama, nodistrito do Huambo, ocorre um xisto grafitoso, aparentemente sem interesseeconmico.

    3.6.4-Equimina (J.2)

    Nas proximidades de Equimina, no litoral do distrito de Benguela, a 150quilmetros a Sudoeste desta cidade, ocorre grafite em rochas xistentas doComplexo de Base, nas proximidades do contacto destas com o conjuntosedimentar.

    3.7- BARITE

    A barite, aparece em diversos locais e diferentes condies, sendo asocorrncias mal conhecidas. Admite-se, no entanto, que podem vir a ter interessecomo mineralizao acessria de certos files cuprferos e nos depsitos demica. Citam-se as seguintes ocorrncias:

    3.7.1-Morro Tumbe (E.4)

    No morro Tumbe, na regio do Dande, nas proximidades de Monte Quimbelo,a barite aparece associada aos pegmatitos.

    3.7.2-Novo Redondo (H.3)

    Embora situada cerca de 60 quilmetros a Sul de Novo Redondo, estaocorrncia conhecida por esta designao. A barite aparece intercalada emcamadas duma rocha calcria, escura. A sua importncia no est aindadevidamente esclarecida.

    3.7.3- Caquete (J.5)

    Na regio de Caquete, no concelho da Ganda, existem 4 files de quartzomineralizados com barite e xidos de ferro. Esta ocorrncia parece ter certointeresse, dada a sua extenso. Os files mineralizados encontram-se na

    vizinhana da ocorrncia de cobre do mesmo nome.

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    3.7.4-Nombumba (L.2)

    Na regio a Sul de Chapu Armado, na damba deNombumba ou Madalena, hintercalaes de barite em camadas calcrias, por vezes com xidos de ferro. As

    amostras analisadas denunciaram uma composio que se afasta da baritepropriamente dita, aproximando-se de barite-calcite.

    3.7.5-Diversos

    A barite parece ser comum nos complexos mineralgicos das estruturas emanel deLongonjo (I.5) eBailundo (I.5)

    3.8- QUARTZO

    De entre as numerosas ocorrncias conhecidas na Provncia, destacam-se asque abaixo se enumeram, onde o quartzo apresenta caractersticas que o tornamcomercialmente aproveitvel.

    3.81-Miquelo (E.3)

    Este jazigo situa-se nas proximidades de Quicabo e dele foram extradas, em1964, 60 toneladas de quartzo.

    3.8.2-Mussaca-Saca (E.3)

    Jazigo que, situado na regio das Mabubas, forneceu, em 1964, 314 toneladasde quartzo.

    3.8.3- Chipaca (H.4)

    Esta ocorrncia situa-se na rea do Posto de Gungo, no distrito de Cuanza-Sul. constituda por massas de quartzo hialino, bastante puro, encaixadas emgranitos biotticos. A possana mxima verificada no excede 1 metro.

    3.9- DIATOMITO

    Nas proximidades daBaa Farta (I.3), foram encontrados em 1956, no decursode trabalhos de geologia efectuados pelos Servios de Geologia e Minas, doisdepsitos de diatomito. O primeiro situa-se na base duma pequena elevao, namargem esquerda do rioPima, a cerca de meia distncia entre este rio e a estradaBaa Farta-Macaca. O segundo depsito situa-se na depresso correspondente ao

    primeiro afluente da margem direita do rio Dungo, a contar da sua foz. Emambos os depsitos as diatomceas pertencem aos gneros Diploneia, Synedra,Coscinodiscus e outros.

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    3.10- TALCO

    Na regio de Quitexe foi assinalada uma ocorrncia de talco, em que este

    mineral aparece mais ou menos puro. H tambm informao de que a 15quilmetros a nordeste de Carmona existem xistos talcosos que podem,eventualmente, ter interesse como jazigos de talco. Designamos esta ocorrncia

    porUge (D.5).

    Na rea de Cambondo, Golungo Alto, na fazenda Cassemongua (F.4)assinalou-se a existncia de fragmentos de talco. Colheram-se amostras querelevaram a composio normal deste mineral, com ligeiro excesso de ferro.

    3.11- CAULINO

    Embora esta substncia aparea como alterao de feldspatos, em vrioslocais, poucas so as ocorrncias com algum interesse.

    3.11.1-Miquelo (E.3)

    Situa-se nas proximidades da povoao de Quicabo no campo pegmattico doDande.

    3.11.2-Mevaiela (M.3)

    A ocorrncia de Mevaiela, situa-se um pouco a Norte da povoao da Quihita,no distrito da Hula.

    3.11.3- Ganda (I.4)

    Na regio da Ganda, no distrito do Huambo, foram, em 1964, descobertas emanifestadas nos Servios de Geologia e Minas, duas ocorrncias de caulino.

    3.11.4- Silva Porto (I.6)

    A Norte de Silva Porto, capital do distrito do Bi, foi descoberta, em 1964,uma ocorrncia de caulino, que constituiu objecto de manifesto nos Servios deGeologia e Minas.

    3.12- ENXOFRE

    O enxofre, associado a gesso, encontra-se em rochas sedimentares, na regiocosteira, a norte de Cabo Ledo, e a Norte de Dombe Grande, cerca de 60quilmetros a Sudoeste de Benguela. Ocorre em pequenas bolsadas, oudisseminado, no se tendo observado, at data, concentraes susceptveis de

    permitirem explorao.

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    3.12.1- Cabo Ledo (F.3)

    A Norte de Cabo Ledo o enxofre aparece associado a finas placas de gessofibroso, que no excedem 1 centmetro de espessura e do qual se supe derivado,

    por reduo. No se apresenta em quantidade suficiente para ter interesseeconmico.

    3.12.2-Dombe Grande (I.3)

    Nas proximidades de Dombe Grande, na margem direita do rio Coporolo, oenxofre ocorre, em pequenas bolsadas, numa formao da base do conjuntosedimentar, essencialmente constituda por gesso. Irregularmente distribudo, emestreita associao com o gesso, o enxofre apresenta-se, a, bem cristalizado.Houve tentativas de explorao deste depsito que, at data, no foram bemsucedidas.

    3.13- SAL-GEMA

    O sal-gema , de h muito, conhecido na regio da Quiama, onde sempre foie continua a ser aproveitado pelas populaes loca. Noutras reas da baciasedimentar do Cuanza e tambm na bacia de Cabinda, muitas sondagens para

    pesquisa de petrleo, atravessaram, a profundidas variveis, espessas camadasde sal-gema.

    As anlises efectuadas sobre algumas amostras revelaram a presena depotssio. No entanto, ainda no se procedeu pesquisa sistemtica desteelemento, desconhecendo-se as possibilidades do seu aproveitamento.

    Citam-se como mais conhecidas as seguintes ocorrncias:

    3.13.1-Morro Tuenza (F.3)

    A Ocidente de Chio, no morro Tuenza, fenmenos de diapirismo trouxeram superfcie blocos de uma possante camada de sal.

    3.13.2- Sanza (G.3)

    Junto ao rio Sanza, afluente do Longa, na parte sul da regio da Quiama,ocorre sal-gema.

    3.14- FOSFATOS

    3.14.1-Apatites

    Andulo, Longojo, Bailundo e Chianga (I.5,6)

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    H indicaes muito sumrias da existncia de apatite nas rochas dasestruturas em anel, no Andulo (Chilesso), Longonjo, Bailundo e Chianga. EmLongonjo determinou-se, nessas rochas, um teor de 8,5% de P2 O5.

    3.14.2- Guanos

    H notcia da existncia de alguns depsitos de guanos, nomeadamente deguano de quirpteros, nas proximidades de Ambrizete, Novo Redondo e Lobitomas, at ao momento, nenhum desses depsitos foi devidamente identificado eestudado.

    3.14.3-Depsitos fosfatados de origem marinha

    Estes depsitos, que constituram objecto de estudos aturados por parte dos

    Servios de Geologia e Minas, no se encontram ainda em explorao. Taisestudos, conduziram determinao das reservas dos depsitos de Cabinda e da

    bacia do rio Lucunga, que se computam, respectivamente, em 15 000 000 e 12000 000 de toneladas, como reservas certas.

    Enumeram-se a seguir, por regies, os principais grupos de depsitos:

    3.14.3.1-Distrito de Cabinda

    Foram efectuados estudos geolgico-mineiros pormenorizados nas formaesonde ocorrem os fosfatos. Os trabalhos de pesquisa e reconhecimento mineiro,definiram um mnimo de reservas certas que, como atrs se disse, se computam,

    para esta regio, em 15 000 000 de toneladas, havendo possibilidades dedefinio de novas reservas.

    Os principais depsitos so:

    Mongo-Tando (B.2)

    Este depsito, situado perto da povoao de Luango, nas margens do ribeiroItombe, foi reconhecido numa rea de cerca de 50 000 metros quadrados.

    constitudo por uma camada compacta de coprlitos, cimentados por umcalcrio, em parte silicificado. A camada, horizontal, aflora em grande extenso.

    A formao fosfatada constituda por uma camada superior, consolidada,com 2 a 3 metros de espessura e por uma marga fosfatada com 3 a 4 metros de

    possana. Enquanto a camada superior apresenta teores em P2 O5 da ordem dos30%, a marga mais pobre da ordem dos 17% em P2 O5.

    Chibuete (A.2)

    Cerca de 2 quilmetros para Oeste da povoao de Massabi, foi reconhecido

    um jazigo numa extenso de cerca de 6 quilmetros. Desenvolve-se em perfeita

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    concordncia com uma linha de alturas, cortada aqui e alm por linhas de gua,onde a camada fosfatada aflora.

    Trata-se duma concentrao anormal de restos cartilaginosos de seresmarinhos, numa espessa formao de areias muito finas. So raros os coprlitos

    e pouco frequentes os pseudo-oolitos de fosfatos. Os teores em P2 O5, quevariam de 15 a 26%, dependem essencialmente da maior ou menor percentagemde areias na formao.

    Ccata (B.2)

    pequena distncia da povoao de Ccata, nas margens do riacho Nhenhafoi reconhecido um jazigo numa extenso de 2 500 metros. A camada defosfatos, no lapidificada, apresenta uma possana que oscila, ao longo de todo odepsito, entre 10 e 14 metros.

    O jazigo cortado por falhas, que determinam a modificao da camada. Talcomo noutros jazigos, mas aqui de forma mais ntida, verifica-se que a partemais superficial da camada apresenta um aspecto particular: um grs muito

    branco, cavernoso e leve. Trata-se dum fosfato de alumnio, de origemsecundria.

    A camada mineralizada inclina, muito suavemente, para nordeste. Parecehaver indicaes favorveis para o desmonte a cu aberto. Os teores alcanamvalores superiores a 40% em P2 O5.

    Cambota (B.2)

    Este jazigo ocorre na margem esquerda do rio Sanzo, perto da povoao deCambota. A camada fosfatada foi reconhecida numa extenso de cerca de 800metros mas conhecem-se afloramentos da mesma, cerca de 1 quilmetro para

    Nordeste da zona estudada.

    A camada interessante, frivel, constituda por uma areia fosfatada. Amineralizao muito varivel, empobrecendo para o teto da camada.

    provvel que, com base na maior friabilidade do fosfato em relao ao quartzo,se possa obter uma concentrao aprecivel deste tipo de fosfatos por moagem

    diferencial. Os teores oscilam entre 12 e 26% em P2 O5.Chivovo (A.2)

    Este jazigo ocorre junto s margens do riacho Tuma, a pouca distncia do rioLubinda, cerca de 1 quilmetro para Sul da povoao que lhe d o nome. Ostrabalhos realizados revelaram a existncia de uma lentcula de areias fosfatadas,numa rea perfeitamente delimitada. Existe, porm, outro afloramento cerca de 2quilmetros para Oeste, que no foi ainda convenientemente estudado. O teorem P2 O5 varivel, oscilando entre 12 e 29%.

    3.14.3.2-Distrito do Zaire:

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    So numerosos os jazigos identificados nesta regio. O seu potencial total nofoi ainda completamente avaliado embora os trabalhos mineiros de pesquisa ereconhecimento tivessem levado j determinao de cerca de 12 000 000 detoneladas de reservas certas.

    Baixa do Lucunga (C.2)

    As rochas fosfatadas, que se encontraram nesta regio so de origem orgnica(coprlitos e restos de peixe) e qumico-orgnica (calcrios fosfatados). Estasdevem o seu enriquecimento, em fosfatos, a fenmenos de origem secundria.

    A maior parte dos fosfatos de origem orgnica so de aluvio ou de eluvio,sendo concentrados nos vales dos rios Coluge e Lucunga. Os depsitos residuaise os calcrios fosfatados, ocorrem superfcie da peneplancie e em colinas, queconstituem outros tantos testemunhos de antigas formaes, erodidas.

    Podem considerar-se, na baixa do Lucunga, trs reas com jazigos de rochasfosfatadas, que se designam respectivamente por Coluge-Tando, Lendiacolo eQuindonacaxe.

    Para estes jazigos, embora ainda incompletamente estudados, foram jdeterminadas as reservas certas atrs mencionadas-12 000 000 toneladas derochas fosfatadas-com teores da ordem dos 30% em P2 O5, tudo levando aadmitir que, uma vez concludos os trabalhos de pesquisa recomendados, severifique a existncia de reservas bastante mais significativas.

    a) Coluge-Tando (C.2)

    Em algumas colinas residuais, numa peneplancie, entre os rios Tando,Coluge e Lucunga, afloram calcrios fosfatados, bastante alterados, com bomteor em P2 O5.

    Por outro lado, na parte central da bacia do rio Coluge existem considerveisdepsitos de coprlitos, em geral disseminados num arenito argiloso, frivel.

    b) Lendiacolo (C.2)

    Esta rea uma plancie de inundao, recortada por numerosas linhas degua, que se situa na margem direita do rio Lucunga. Em diversos locaisencontram-se corplitos dispersos em superfcie. Os trabalhos realizadosrevelaram a existncia de uma camada de coprlitos que, por vezes, aflora e deduas camadas inferiores: uma, constituda por um calcrio fosfatado, mais oumenos silicificado, com restos de peixes e ndulos fosfatados e outra, constituda

    por uma marga fosfatada.

    A rea ocupada por aluvio, rica em coprlitos, muito extensa. Os coprlitos,encontram-se, em regra, disseminados num grs argiloso ou margoso, por vezes

    frivel.

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    c) Quindonacaxe

    Esta rea tambm uma plancie de inundao, cortada, na parte setentrional,pelo rio Dinda. Nela ocorrem, em alguns locais, coprlitos e calcrios

    fosfatados. Os coprlitos encontram-se, normalmente, num grs argiloso, porvezes margoso, frivel, contendo tambm em alguns locais cascalho e blocos dechert ou de calcrio.

    3.14.3.3-Ocorrncias diversas

    No rio Coco Grande (D.2), no concelho de Ambrizete, existem aluvies comcoprlitos. A sua extenso no bem conhecida.

    Em Sassalemba (E.3), no concelho do Dande, ocorrem agregados de coprlitosligados por cimento calcrio, intercalados em formaes do topo do cretcico.

    Estas ocorrncias parecem apresentar reduzido interesse econmico.

    3.15- SUBSTNCIAS BETUMINOSAS

    Estas substncias esto largamente representadas na faixa litoral, cretcica.Compreendem asfalto natural e rochas asflticas e asfaltite, mais geralmenteconhecida, em Angola, por libolite.

    Realizaram-se alguns estudos-incompletos-para a industrializao destassubstncias, sem que, at ao momento, tais estudos tenham conduzido aresultados prticos. Assim, somente as rochas asflticas tm constitudo objectode explorao, para aplicao em pavimentos.

    Nota-se actualmente novo surto de interesse por estes depsitos tendo em vistaquer a produo de betumes quer mesmo o de produtos de refinao. O seuaproveitamento est, todavia, de certo modo condicionado ao volume dasreservas de petrleo que vierem a ser descobertas.

    Entre 1940 e 1964 a produo de rocha asfltica foi de 450 400 toneladas, com

    teores de betume oscilando entre 18% e 22%.

    Registam-se, como mais importantes as seguintes ocorrncias:

    3.15.1-Asfalto natural e rochas asflticas

    3.15.1.1-Bacia sedimentar de Cabinda

    No distrito de Cabinda, as principais ocorrncias situam-se na regio deBucoZua (A.2),Necuto (Catabuanga) (A.2) eLuali (Sassa-Zua).

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    Em Sassa-Zua a ocorrncia constituda por uma lagoa de asfalto natura; asrestantes ocorrncias so constitudas por rochas asflticas. Desconhecem-se asreservas.

    3.15.1.2-Bacia sedimentar do Congo

    Quicatxe (C.2)

    Em Quicatxe, verifica-se uma exsudao de asfalto, impregnando areiasquaternrias.

    Gondo (C.2)

    Na rea de Gondo, perto do rio Lucunga, conhece-se a existncia de asfaltosem dois pontos, respectivamente nas margens direita e esquerda deste rio, emlocais onde, em tempos, foram feitas sondagens para pesquisa de

    hidrocarbonetos.

    Musserra (D.3)

    Entre Ambriz e Ambrizete verificam-se as ocorrncias de Musserra,constitudas por calcrios e grs asflticos.

    3.15.1.3-Bacia sedimentar do Cuanza

    Especialmente na parte setentrional da bacia sedimentar do Cuanza, a Norte dorio Dande, numa extensa faixa de orientao aproximadamente noroeste-sudesteobservam-se rochas detrticas e de precipitao em relao comas quais existemnumerosas ocorrncias de asfalto. Algumas dessas ocorrncias foram postas emexplorao tendo em vista a sua utilizao em trabalhos de pavimentao.

    Embora no se conheam exactamente as reservas destes jazigos, pode,todavia, assegurar-se a existncia de enormes quantidades de rochas asflticas.

    Iembe, Undui, Libongos e Husso (E.3)

    Os depsitos mais representativos so os que se conhecem pelas designaes

    de Iembe, Undui, Libongos e Husso. Situados ao lodo da estrada de Caxito aoAmbriz, os dois ltimos tm constitudo objecto de explorao.

    Outras ocorrncias

    Varias sondagens, para pesquisa de petrleo atravessaram depsitos desubstncias betuminosas, cujo interesse econmico ainda no foi esclarecido.

    3.15.2-Libolite

    A Libolite (de Libolo, local junto ao Cuanza, onde, em 1869, foi pela primeira

    vez, assinalada a existncia deste tipo de substncia betumin