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7/31/2019 O uso do Flash na Publicidade On-line
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O uso doFlash na Publicidade On-line 1
Majane Silveira2
Resumo
Trata-se de um estudo sobre a publicidade na WWW, com o objetivo de analisar as razes quetm propiciado o uso do Flash nas publicidades da Internet, bem como ressaltar a importncia doequilbrio entre o carter tecnolgico e inovador do emprego do Flash. Salienta-se a necessidadedo cuidado com a esttica na elaborao da publicidade on-line, uma vez que a comunicaovisual tem a funo de construir uma imagem adequada identidade pretendida, de acordo com ocontexto do produto, da marca e da concorrncia.
Palavras-chave
Flash; Publicidade On-line; Web; Design; Comunicao Visual.
Corpo do trabalho
Este trabalho foi desenvolvido atravs de uma pesquisa exploratria (Gil, 1999) na qual foi
utilizada a tcnica de pesquisa bibliogrfica para a obteno de dados representativos do objeto
de anlise.
Incide sobre um estudo sobre a publicidade na WWW, tendo como objetivos analisar as razes
que tm propiciado o uso do Flash nas publicidades da Internet, bem como ressaltar a
importncia do equilbrio entre o carter tecnolgico e inovador do emprego do Flash e anecessidade do cuidado com a esttica na elaborao da publicidade on-line.
Aborda, tambm, os recursos do Flash que provocaram a popularizao desse formato,
analisando as deficincias estticas, muitas vezes suplantadas pela m aplicao dos recursos
tecnolgicos.
O fato de a Internet ter crescido continuamente, nos ltimos anos, fez com que acontecessem
mudanas que a transformaram em um negcio altamente profissional e rendoso. Tratando-se de
1Trabalho apresentado Sesso de Temas Livres.2 Participante do Curso de Portfolio - Escola de Criao - ESPM (2003)Graduada em Comunicao Social - Publicidade e Propaganda pela PUCRS (2002)Participante do Programa Cgep Marie-Victorin - Montral - Dveloppement Communautaire et RelationsInterculturelles (2000)Integrante do Projeto Rondon Brasil /Jeunesse Canada Monde pela PUCRS (2000)
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um novo e emergente veculo de comunicao publicitria com um grande potencial, ele atinge
tanto enormes mercados nacionais e internacionais quanto segmentos especficos.
O desenvolvimento de contedo publicitrio para a WWW uma prtica nova que ainda se
encontra em estgio inicial. Nota-se que a publicidade est sofrendo uma adaptao ao meiovirtual, pois se trata de um processo de extenso a uma nova mdia, que envolve um grande
nmero de tecnologias, ocasionando uma indagao para a qual necessrio encontrar respostas
e orientaes que fundamentem a tomada de decises no processo de criao publicitria. O
melhor curso de ao a ser tomado dentre os vrios possveis, na escolha de tecnologias de
interface e sua aplicao, deve ser avaliado como uma varivel importante.
O formato Flash vem sendo amplamente usado nas publicidades on-line. Trata-se de uma
tecnologia muito eficiente, com grande poder de expresso e de criao, que oferece uma opo
diferente das tradicionais pginas estticas da Internet. O Flash gera um arquivo baseado no
formato grfico vetorial que lhe possibilita trabalhar com arquivos pequenos e com maior
liberdade de formas e efeitos. O Flash cria uma arte independente da resoluo, com grficos
redimensionveis dinamicamente e com a vantagem de executar um download rpido, fazendo
com que sua animao se apresente da mesma maneira em qualquer tamanho de monitor; dessa
forma, a arte produzida pelo designer no se altera de computador para computador, da maneira
como acontece nos sites criados inteiramente emHTML.
Em vista do exposto, percebe-se que o Flash foi uma grande contribuio para o
aprimoramento da publicidade na Internet, uma vez que proporcionou a evoluo dos banners
das primeiras formas estticas para os atuais anncios interativos, que oferecem ao usurio algum
modo de funcionalidade.
Entretanto, nota-se que dada uma demasiada importncia aos recursos tecnolgicos do
Flash e deixa-se um pouco de lado a questo da conseqncia esttica de seu formato, do que
resulta em uma publicidade que, muitas vezes, no corresponde ao contexto da campanha. O
design deve ser trabalhado basicamente para agregar valor publicidade on-line, a fim de criarambientes diferenciados, funcionais e de sucesso.
A Internet, como as outras mdias, tem suas caractersticas particulares e essas precisam ser
respeitadas a fim de que a publicidade nela veiculada possa exercer o mximo de influncia sobre
os compradores em potencial. Destaca-se a necessidade de o contexto tecnolgico ser relevante
para a mensagem publicitria, bem como as funes e caractersticas que o compem.
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Dessa forma, nota-se que a publicidade, por si s, alm de promover a Internet, poder
aumentar sua receptividade junto ao pblico se apresentar um contedo de melhor qualidade,
resultado da associao da tecnologia ao cuidado esttico.
1 Definio de Campanha Publicitria
Segundo o Instituto Antnio Houaiss de Lexicografia (2001), a campanha publicitria
consiste em um conjunto de mensagens e aes comunicativas, sejam elas anncios, promoes,
eventos etc., com o objetivo de exaltar as qualidades de determinado produto ou servio
comercial, para torn-lo vendvel, ou para tornar mais conhecido e aceito o nome de algum, a
marca de uma empresa, um servio, uma idia, uma causa etc.
Pinho (2000) afirma que a publicidade promove a fidelidade do consumidor ao explorar
corretamente, em suas mensagens, os valores e sentimentos que permitem estabelecer um
relacionamento de longo prazo com os usurios de um produto ou servio. Assim, pode ser criado
um forte vnculo emocional que ser determinante para o estabelecimento da lealdade e do
comprometimento do consumidor. O autor afirma, ainda, que a comunicao publicitria pode
tambm evidenciar para o consumidor os possveis custos de determinada mercadoria, facilitando
a comparao, no caso da troca por uma marca concorrente, em termos de tempo, de dinheiro ou
de riscos.
Segundo Galindo (2002), o grande desafio da comunicao estabelecer e manter uma
constante sintonia entre o emissor e o receptor, garantindo o mximo de fidelidade e o mnimo de
rudo entre ambos. Assim sendo, o objetivo bsico dessa comunicao tornar-se agente fluente,
afetando o pblico alvo.
Dessa forma, fica claro que a publicidade permite a construo global do conceito de
qualidade, percebida pela divulgao eficiente e compreensvel dos argumentos e das alegaes
referentes marca. A comunicao publicitria possibilita divulgar a um grande nmero de
consumidores a qualidade do produto ou servio, revestindo ainda a sua mensagem de um fortecontedo emocional, que a torna altamente persuasiva. Outro papel desempenhado pela
publicidade o de estabelecer e de promover agregaes diversas com a marca, de maneira
constante e ininterrupta, ao longo dos anos, e, assim, adicionar valor ao produto e torn-lo
diferente dos seus concorrentes. Uma marca bem conceituada ir ocupar uma posio estratgica
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competitiva ao ser sustentada por associaes fortes, selecionadas de acordo com o contexto do
produto, da marca e da concorrncia.
A base mais efetiva para a construo de uma imagem de marca forte e consistente
constituda pelos seus aspectos simblicos. Assim sendo, a publicidade, a fim de representar apersonalidade de cada empresa, vale-se das ferramentas de comunicao, sejam elas quais forem,
desde que respeitem o contexto de cada cliente.
Para Malanga (1965), a campanha equivale a uma srie de anncios, com temas idnticos.
Salienta que, atravs de um mesmo tratamento temtico e grfico, a campanha publicitria, alm
de projetar o anunciante e o produto, tem a vantagem de facilitar sua identificao, bem como a
do anunciante.
2 Unidade Esttica
Em toda a manifestao publicitria no se pode perder de vista a necessidade de manter uma
unidade esttica que proporcione ao pblico alvo uma perfeita e imediata identificao da
essncia da campanha.
Ressaltando o valor da esttica dentro do processo de comunicao, e apresentando as
diversas maneiras de como isso se efetiva, vale-se de argumentos contidos nas manifestaes de
diversos autores.
Sfady (1973) afirma que uma das propriedades da publicidade, alm de divulgar um
produto, criar uma representao. Isso se constitui na busca de uma soluo criadora, ou
recriadora. O produto informativo publicitrio, sendo uma unidade autnoma, representa a
afirmao de uma soluo esttica (recriao), concretizada numa mensagem.
Malanga (1965) defende que certas caractersticas grficas do continuidade s campanhas e
contribuem para estabelecer uma tradio e prestgio ao anunciante.
De acordo com Abraham Moles, A grande regra de todas as regras para comunicar a de
agradar e agradar significa, entre outras coisas, ter um valor esttico, ultrapassar a significao,criar, ao redor desta, um campo esttico explorado pelo artista. (1987, p. 55)
O carter esttico no privilgio da obra de arte. Segundo Paviani (1996) o esttico
ultrapassa o mbito da obra de arte. Esta apenas o lugar, a condio que possibilita sua
manifestao. H, entretanto, uma solidria unio entre o fenmeno esttico e os meios de
comunicao, que dele se valem nas diversas de formas de propaganda visando a atingir os
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estratgias de comunicao para atrair consumidores mais exigentes em suas relaes de
consumo.
A publicidade deparou-se com a Web, segundo Pinho (2000), novo e emergente veculo, que
pode atingir enormes mercados nacionais e internacionais, condio, tanto para uma divulgaoampla e macia de produtos e servios, como, com maior preciso, para alcanar segmentos de
mercado especficos.
A esse respeito Luli Radfahrer refere que Todo mundo estava feliz e satisfeito com a
publicidade, o marketing direto e as vrias formas de comunicao de massa quando, sem ser
convidada e sem pedir licena, surgiu a tal rede mundial e todos os seus servios, que at hoje
pouca gente sabe quais so. (1998, p. 69)
Na realidade, a publicidade ganhou um novo aliado com o meio on-line, e, com a descoberta
de suas possibilidades tecnolgicas, est-se buscando explorar as vantagens que a Internet
proporciona em prol de uma campanha publicitria mais efetiva.
Jos Benedito Pinho destaca algumas vantagens da publicidade on-line consideradas, por ele,
como ainda no potencialmente exploradas:
... a dirigibilidade, com a possibilidade de direcionar o foco da campanha a uma amplavariedade de pblicos-alvo; o rastreamento, que permite determinar o modo como osusurios interagem com suas marcas e localizar qual o interesse dos consumidores eprospects; a acessibilidade, por sua total disponibilidade; a flexibilidade, pois a campanhapode ser lanada, atualizada e mesmo cancelada em curto espao de tempo; ainteratividade, podendo o consumidor interagir com o produto, test-lo e, caso seja do seuagrado, compr-lo imediatamente. (2000, p. 292)
Csar (2001) afirma que a comunicao est se tornando muito abrangente e, o mais
individualizada possvel, atravs do ambiente on-line. Abrangente, pelo fato de ser possvel a
difuso globalizada da informao para o mundo inteiro e, individualizada, porque visa a atingir
um consumidor especfico. Dessa forma, constata-se que a rede mundial; entretanto, o
atendimento tende a ser personalizado.
Com a Internet, um sem nmero de novas possibilidades de utilizao da comunicao socriadas, derrubando paradigmas, fronteiras e limites legais, estabelecidos em favor de uma lgica
compatvel com o ambiente virtual. Quando mal aplicadas essas possibilidades, a organizao se
transforma em um caos, e, na maioria das vezes, o valor criativo sucumbe ao uso infundado de
certos recursos tecnolgicos.
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4 Recursos Estticos doFlash
O proveitoso uso das ferramentas tecnolgicas depende da conscincia do usurio em relao
s suas possibilidades e limitaes. Assim, o software, ferramenta a servio do profissional,cumprir seu papel. Suas limitaes, a fim de serem abrandadas, dependem de aperfeioamentos
que partem da crtica e anlise do usurio. Entretanto, importante salientar que um software
instrumento requerido prtica do profissional, sendo utilizado conforme sua criatividade e
competncia.
Diante dos recursos tecnolgicos disponveis no Flash, j analisados no segundo captulo,
possvel observar duas tendncias na forma de elaborao de seus arquivos, sob o ponto de vista
esttico.
A primeira trata do uso circunstancial das ferramentas do Flash. Uma vez que este
divulgado sob a definio de um formato vetorial, encontra-se uma limitao introdutria na
conduta dos usurios diante das suas possibilidades de criao visual. Trata-se, contudo, de uma
caracterizao verdadeira e imprescindvel para um bom conhecimento da essncia do Flash, mas
excludente, tendo em vista que, a cada verso, o Flash incorpora novos recursos, a fim de se
tornar uma ferramenta mais abrangente, em relao aos alcances da Web.
No se discute ser vantajoso valer-se de recursos vetoriais, e acredita-se ser eficiente no
momento em que possvel fundamentar a capacidade desses recursos proporcionarem aliberdade de criar o que se objetiva, de forma precisa, a fim de poder representar, visualmente, o
conceito de uma campanha publicitria.
Frente o exemplo (figura 1) da publicidade on-line da Imobiliria rea til, possvel
identificar o uso de um recurso muito comum do Flash: seqncia de textos e imagens vetoriais.
Figura 1: Animao Flash da publicidade on-line darea til
Wilton Azevedo defende que Projetar levar em considerao as ferramentas que so usadas
para a execuo de um pensamento, esse que d espao para a coisa que queremos fazer.
(1994, p. 31)
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Os recursos a serem utilizados, em um arquivo vetorial, baseiam-se em demarcadores, que
geram pontos, linhas e planos, para ento originarem formas mais complexas. Tais elementos so
preceitos do desenho; dessa forma, entende-se ser interessante investigar esses princpios a fim de
estimular uma comunicao visual rica e eficiente.O advento do computador no s revolucionou os meios de processamento de informao,
como tambm possibilitou novos mtodos para a criao do desenho.
Wong (1998) afirma que a visualizao de uma forma demanda a aplicao de pontos, linhas
e planos que representam seus contornos, caractersticas de superfcie e outros detalhes. Cada
mtodo de tratamento resulta em um efeito visual diferente.
Para o mesmo autor, uma linha criada no momento em que se move um instrumento
adequado sobre uma superfcie, sendo fcil a visualizao de uma forma construda com linhas,
que, se uniformes, podem ser utilizadas na criao do desenho. Um contorno a expresso bsica
da informao visual. Em seu interior, possvel serem introduzidos detalhes que ofeream
informao descritiva e reforcem as conexes e divises de elementos, o volume e a
profundidade aparentes, a seqncia espacial do primeiro para o segundo plano da forma.
Para Wong (1998), pontos podem ser agrupados como um plano para sugerir uma forma.
Quando repetidos e usados para criarem planos, produz textura, que, segundo Munari (1968),
pode ser criada, tambm, com linhas curtas, longas ou qualquer combinao desses elementos.
A textura pode apresentar-se como um padro regular ou irregular, este, com leves variaes
no formato ou no tamanho de elementos semelhantes. As texturas, em geral, acrescentam
modificaes visuais aos planos e, s formas, caractersticas de superfcie. Modulaes de claro e
escuro so tambm compatveis com a aplicao da textura ao estabelecer volume.
A figura 2 exemplifica a possibilidade de sugerir textura irregular a partir de elementos
vetoriais.
Figura 2:BannerdaHPG
De acordo com Sahlin (2002), alm das ferramentas de criao, h aquelas especficas para se
fazer mudanas em formatos existentes. Pode-se alterar a direo, inverter imagens,
redimensionar e reproporcionar, bem como, inclinar, aumentar e cortar.
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Pode-se obter uma gama de efeitos visuais a partir do emprego de traos e formatos, assim
como a explorao de outros instrumentos e meios. Nesse processo decide-se o que importante,
tendo em vista o fim que se visa a atingir, seja, por exemplo, na textura ou na superfcie lisa.
interessante criar reconhecendo previamente os problemas especficos que precisam ser tratados.Ao serem definidas as metas e os limites, analisam-se as situaes, consideram-se todas as
opes disponveis, escolhem-se os elementos para sntese e se tenta propor as solues mais
apropriadas. Em todas as decises visuais deve-se partir de um raciocnio sistemtico e objetivo,
tendo presente a importncia da sensibilidade e do julgamento individual, tanto no que se refere
beleza, quanto harmonia e ao interesse.
Para Wong (1998), um bom desenho constitui a melhor expresso visual da essncia de algo,
seja uma mensagem, seja um produto. Para executar esta tarefa de forma acurada e efetiva,
importante que o desenhista procure a melhor maneira de elabor-lo, utilizando-o e relacionando-
o com o ambiente. Assim, a sua criao ser no somente esttica, mas estar de acordo com a
funcionalidade de seu contexto.
Aps a abordagem da primeira tendncia relativa a forma de elaborao dos arquivos do
Flash, passa-se agora, a segunda, que trata do uso de imagens de bitmap, obtidas por importao,
constituindo-se outra maneira de expresso esttica possvel.
Essas imagens de bitmap, segundo Sahlin (2002), so mais pesadas do que os arquivos
vetoriais, aumentando, com isso, o tempo de download do filme publicado. Entretanto, em certos
casos, apenas a imagem de bitmap tem condies de fornecer a definio e cor desejadas. O
nome bitmap refere-se de uma utilizao genrica que abrande todas as imagens baseadas em
pixels.
De acordo com Niederst (2002), ao se pensar em imagens grficas adequadas para Web, com
aplicao em documentos HTML, d-se relevncia capacidade de um rpido download, boa
qualidade e adequao do formato.
O uso de arquivos Flash desestimulou a aplicao dos GIF animados. Isso ocorreu pelo fatode, em termos de animao, o Flash ter um desempenho superior em relao a imagens com
preenchimentos de cores lisas. O Flash, alm de gerar arquivos pequenos, permite animaes
passveis de serem redimensionadas, sem perda de detalhes. Entretanto, em meio ao desinteresse
por imagens GIF, os arquivos JPEG so ainda a melhor opo quando se procura um resultado
fotogrfico, com gradaes de cores.
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Na Web, a faculdade de lidar com imagens uma tarefa que exige prudncia e capacidade de
julgar o que conveniente. De acordo com Radfahrer (1998), existem quatro tipos de funo que
uma imagem pode realizar na Web, so elas: ilustrar, servir como um boto com link de
hipertexto, agir como um mapa de imagem, com reas clicveis e ser como uma imagem defundo, disposta como um mosaico.
Em um arquivo Flash a imagem vetorial incorpora mltiplas funes, pois nele, botes,
fundos, ilustraes, textos e imagens podem ser representados atravs de curvas.
Todos esses elementos, em forma de curvas, diminuem significativamente o tamanho do
arquivo. Em vista disso, h, no Flash a possibilidade de converter bitmaps importados em objetos
vetoriais. Trata-se de uma ao executada por um simples comando, chamado Traar Bitmap.
De acordo com o manual Macromedia Flash 5 (2000), ao converter um arquivo bitmap em
grfico vetorial, criam-se pequenas reas coloridas editveis, que reduzem, na maioria das vezes,
o tamanho do arquivo. Doug Sahlin faz, contudo, uma advertncia: possvel traar um bitmap
de maneira to fiel que os objetos vetoriais resultantes se parecero exatamente com o bitmap
original. Traar um bitmap com esse grau de preciso cria muitos objetos vetoriais e pode
produzir um tamanho de arquivo maior que o bitmap original. (2002, p.114)
Dessa forma, a opo de transformar imagens bitmap para a concepo vetorial
interessante, quando se tem um objetivo incisivo, como ao aplic-las em animaes. Diferente
disso, tal prtica gratuita, com um emprego, acredita-se, meramente esttico, como vem sendo
amplamente utilizado por muitos profissionais que se valem do software de animao da
Macromedia.
O excesso de uso desse recurso tornou-se marcante como resultado esttico dos arquivos
criados em Flash. Por conseqncia, essa resoluo visual passou a ser muito aplicada em
vinhetas televisivas e revistas, que objetivam difundir um conceito vinculado ao ambiente Web.
Se o Flash vem ocupando grande espao na Web e vem consolidando-se como padro para
interatividade, ele deve se encaminhar, conforme se espera, para uma pluralidade de estilo. Eespera-se que se dirija a isso. A Internet uma mdia hbrida, ou seja, composta de linguagens
diversas que atingem pblicos diversos.
5 O Uso doFlash e a Unidade Esttica da Campanha Publicitria
Sfady faz uma abordagem concludente a respeito da mensagem publicitria:
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... o produto informativo publicitrio uma realidade em si, e com certa grandezaautnoma. A autonomia atribuda deriva, com certeza, do prprio aprimoramento dastcnicas de mercantilizao, cada vez mais sofisticadas; mas provm, tambm, daaprimorada qualificao tcnica dos veculos de comunicao coletiva, em funo dosquais a publicidade existe. Os recursos grficos, ticos e eletrnicos propiciaram
informao publicitria sua configurao como unidade autnoma, de tal forma que amensagem publicitria pode partir para solues estticas cada vez mais requintadas, custa do embasamento tcnico propiciado pelos recursos aludidos operando comomultimeios. (1973, p. 59)
A preservao da integridade da campanha publicitria depende dos procedimentos tomados
pelos profissionais. Se a publicidade detm uma pluralidade de meios a fim de abranger e incisar
sobre o publico alvo, a utilizao desses instrumentos a fim de divulgar um mesmo propsito
deve ser feita com a condio de uma unidade esttica.
Assim, o projeto de construo da publicidade on-line deve ser norteado pela definio de umconceito, de acordo com o restante da campanha e com o objetivo da pea veiculada, alm de
considerar as caractersticas atuais de acesso do usurio rede.
Galindo (2002) afirma que a mensagem que une o emissor e o receptor insere,
necessariamente, elementos de um mesmo contexto, devendo, por isso, ser produzida pela
estruturao de um cdigo comum.
O bannerda Mon Bijou trata-se de uma adaptao do filme publicitrio da campanha. Apesar
de usar as mesmas imagens, que foram importadas para o filme Flash, no se levou em
considerao a mudana de estrutura. A direo de arte, que estava representativa no filme off-
line, tornou-se ambgua no on-line: no se sabe se a criana est rindo ou chorando. No entanto,
no restante das peas off-line, ilustradas nos anncios da figura 4, ntido o clima de bem-estar e
de satisfao do beb.
Figura 3:Bannerem Flash daMon Bijou
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Figura 4: Anncios de revista daMon Bijou
As figuras 5 e 6 fazem parte da campanha do produto Bom Bril Luxo. Seu conceito
microondulado, fcil de pegar e j vem cortado. O Andride o personagem que vem divulgar
essa inovao. muito interessante a continuidade da linguagem esttica dessa campanha,
embora a linguagem tenha sofrido adaptaes ao migrar de meio.
Figura 5: Filme publicitrio da campanha Andrides daBom Bril
Figura 6:Bannerem Flash da campanha Andrides da Bom Bril
Para Paviani (1996), os meios de comunicao, tambm meios de produo e consumo,
devem se concentrar naquilo que transmitem, e no em si mesmos, uma vez que, isso ocorrendo,
tornam-se um obstculo comunicao. Salienta o autor que seu poder, ou seja, a possibilidade
de atingir as grandes massas, depende do emprego esttico de seus recursos tcnicos.
A linguagem visual tem como propsito comunicar a mensagem, sendo, para isso,
indispensvel o respeito ao cdigo do receptor. O segredo est na descontextualizao dos
elementos do cdigo pr-existente, fazendo o que se chama de criao, possibilitando novos
significados, ampliando o interesse do pblico.
De acordo com Moreira (2000), o computador possibilita vivenciar a expanso das
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possibilidades em desenho, entretanto, assinala para o fato de que, atualmente no dada a
devida ateno linguagem e criao. A liberdade de criao pressupe, muitas vezes, um
profissional j experiente, com domnio da base da comunicao visual e prvio conhecimento do
cliente ao qual se destina seu trabalho.O Flash demonstrou valer-se de recursos que possibilitaram a pertinncia da publicidade on-
line como uma proposta envolvente, no que diz respeito efetividade de uma forma diferenciada
de comunicao, mesclando interatividade, personalizao, aproximao e convergncia.
Constata-se que, mediante a variedade de aplicaes do Flash, tornou-se inevitvel a busca
por uma fecundidade de recursos visuais que as validasse como uma forma eficiente de
comunicao.
Entretanto, por efeito da vastido de trabalhos criados no Flash com base nas tendncias da
moda das produes correntes, inseriu-se no inconsciente global o fato de, nele, serem criadas
rplicas de tudo que j havia sido visto. Surgem, ento, indagaes sobre o motivo dessa
uniformizao de linguagem.
Radfahrer (2000) alega, com pesar, que a postura que se tem em relao s tecnologias de
comunicao digital ainda muito passiva: a maioria das pessoas v a Internet como algo pr-
estabelecido, com dogmas slidos e inquestionveis e, por isso mesmo, no se do ao trabalho de
question-los.
De fato, existe um apego pelo usual, pelo conhecido. Entretanto, quando se est num contexto
publicitrio, em que campanhas precisam ser criadas com base em seu pblico alvo, preciso
pensar numa comunicao visual exclusiva. Se, para isso, a comunicao necessita de
ferramentas tecnolgicas para serem efetivadas, as do Flash apresenta condies de faz-la.
Toda linguagem tem sua sintaxe, que o conjunto de regras que a estruturam, e sua potica,
que so idias criativas elaboradas a partir dessas regras. Se no se conhece a sintaxe, s se pode
lanar mo ocasionalmente da potica. (RADFAHRER, 1998)
Aquele que no sucumbe s ferramentas tecnolgicas capaz de ir alm e produzir o novo,sair dos padres, quebrar paradigmas e produzir para uma sociedade de consumo, com resultados
menos bvios e mais duradouros.
O mais interessante que se pode, e se deve, contar com a contemporaneidade como fator de
renovao e no como fator determinante da tecnologia ao alcance de todos que nivelam as
produes.
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A pluralidade no design permite que as linguagens se alterem e evoluam, sendo gradualmente
absorvidas, assimiladas e compreendidas, num ciclo infindvel que permitir ao pblico
raciocinar e tomar parte do ato da criao.
Consideraes Finais
A explorao do tema visou a elevar a compreenso e conhecimento da rea em estudo, a
partir de uma sustentao terica para a proposta. Foi preciso ter-se em mente definies que
posicionassem a esttica como vnculo visual de uma campanha publicitria, assim como o uso
do Flash no emprego da publicidade on-line. Alm disso, fez-se necessrio conceituar o ambiente
tecnolgico em estudo e discorrer sobre possibilidades e limitaes que envolvem sua aplicao.
importante que haja a preocupao com o efeito que a interface de uma publicidade on-line
causar nas pessoas que a acessarem. Portanto, para garantir o envolvimento e a conseqente
resposta do receptor on-line, tem-se que provocar determinada gama de estmulos apropriados
mensagem que se quer transmitir, visto que cada projeto representa um universo particular de
conceitos, pblico e objetivos.
No discurso publicitrio, a comunicao visual tem a funo de construir uma imagem
adequada identidade pretendida, cujo reconhecimento constitui-se o procedimento que
potencializa o referido discurso.
Refletir sobre as implicaes estticas das tendncias de mercado na comunicao torna-se,
portanto, uma tarefa fundamental para o entendimento das relaes contemporneas, bem como
de seus atributos simblicos.
Diante da convergncia das aplicaes publicitrias e a fim de estabelecer conexo, contato e
impacto, torna-se essencial a tecnologia, como dispositivo articulador de uma identidade social
mais favorvel.
O Flash tornou-se referncia em criao de plataformas de contedo multimdia e ambientes
Web sofisticados, com animao. Dessa forma so pertinentes observaes quanto s aplicaesdesse formato, a fim de que sua presena seja fator essencial de uma eficiente utilizao.
Com a necessidade de maior qualificao de contedo e planejamento estratgico na
utilizao anncios on-line como extenso da campanha publicitria, deve-se buscar a real
integrao dos conhecimentos tratados no presente trabalho. Para isso essencial possuir uma
noo precisa dos fatores que caracterizam tanto a atuao de carter tecnolgico, quanto
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esttico, bem como a conscincia do alcance da interveno de cada uma dessas reas, no
resultado final.
Cabe frisar que a pesquisa no buscou o significado atribudo a anncios particulares, mas a
conexo e coerncia entre a campanha publicitria e suas aplicaes na Internet, que, sendo eloconceitual de mensagens, se estabelece, antes de tudo, a partir de configuraes simblicas que
materializam os princpios persuasivos.
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