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O e O e A promulgação da Medida Provisória 984/2020 poderá fazer cair por ter- ra, antes mesmo de ser assinado, o acordo para a venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Com a MP, cabe ao clube man- dante vender os direitos de transmissão de suas partidas para a mídia. Assim, a concorrência feita pelos clubes para escolher uma agência que os representasse internacionalmente, pode, pela terceira vez, ser invalidada pelos dirigentes. Até agora, os clubes não assinaram o acordo com a Global Sports Rights Mana- gement (GSRM), que no dia 17 de abril foi escolhida para ser a agência responsá- vel pela venda dos direitos do Brasileirão para o exterior. Com a demora e o apa- recimento da MP, há uma grande possibilidade de outros clubes, além do Athletico O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1526 - QUINTA-FEIRA, 25 / JUNHO / 2020 foi a queda de valor dos elencos dos 32 principais clubes da Espanha após a crise do Covid-19, segundo levantou a consultoria KPMG 23 % MP pode minar acordo internacional do BR O FE R E C I M E N T O

O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO€¦ · O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1526 - QUINTA-FEIRA, 25 / JUNHO / 2020 foi a queda de valor

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O eO e

Apromulgação da Medida Provisória 984/2020 poderá fazer cair por ter-ra, antes mesmo de ser assinado, o acordo para a venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Com a MP, cabe ao clube man-

dante vender os direitos de transmissão de suas partidas para a mídia. Assim, a concorrência feita pelos clubes para escolher uma agência que os representasse internacionalmente, pode, pela terceira vez, ser invalidada pelos dirigentes.

Até agora, os clubes não assinaram o acordo com a Global Sports Rights Mana-gement (GSRM), que no dia 17 de abril foi escolhida para ser a agência responsá-vel pela venda dos direitos do Brasileirão para o exterior. Com a demora e o apa-recimento da MP, há uma grande possibilidade de outros clubes, além do Athletico

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1526 - QUINTA-FEIRA, 25 / JUNHO / 2020

foi a queda de valor dos elencos dos 32 principais clubes da Espanha após a crise do Covid-19, segundo levantou a consultoria KPMG23%

MP pode minar acordo internacional do BR

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F E R E C I M E NT

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Paranaense, que sempre se manteve fora da negociação, de optarem pela venda individual. À Máquina do Esporte, a CBF confirmou apenas que o contrato não foi assinado. Cabe à Comissão Nacional de Clubes, criada exatamente para definir essa negociação, dar prosseguimento à finalização das negociações com a GSM, que garantiu um faturamento mínimo de US$ 10 milhões aos times na proposta.

Segundo apurou a reportagem, já começa a crescer o interesse de alguns clubes em fazer a venda sozinho ou em abrir seus canais nas redes sociais para isso, já que a MP permite esse tipo de negociação e não há nenhum acordo coletivo assinado.

No ano passado, durante o Campeonato Brasileiro, o Flamengo chegou a vender a transmissão de alguns de seus jogos para o Canal 11, de Portugal. Além disso, liberou seu canal no Facebook e no YouTube para transmitir partidas. Em todos os casos, sempre foi preciso negociar com o clube visitante a comercialização.

Desde 2018 que o Campeonato Brasileiro não é negociado ao exterior. Naquele ano, pela primeira vez em mais de 20 temporadas, a Globo decidiu não comprar os direitos de transmissão internacional da competição e deixou-os para os clubes.

Todas as concorrências feitas pela CBF terminaram com polêmica. Na primeira, a empresa que venceu não conseguiu pagar pela proposta feita, sendo descartada já com o torneio em andamento. Na segunda, a proposta vencedora foi invalidada por embutir direitos de transmissão em casas de apostas, o que motivou os clubes a mudarem o projeto de concorrência, dividido em duas partes: direitos de trans-missão e direitos de transmissão para casas de apostas. Agora, a MP pode mudar de novo o rumo da negociação que, há dois meses, era dada como encerrada.

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A D I D A S L A N Ç A P R O D U T O C O M E A S P O R T S

A Adidas anunciou em parceria com a EA Sports e o Google Jacquard, uma nova tecnologia, que conecta o jogador ao seu perfil virtual do jogo Fifa Mobile. A "Adi-das GMR" é uma palmilha conectada a um chip.

Compatível com todas as chuteiras, a tecnologia cap-tura os movimentos do jogador e consegue medir a velo-cidade, a potência dos chutes e ainda a distância percor-rida pelo atleta. Como a GMR transforma tudo isso em pontos no jogo virtual, o dados viram um jogo online.

M Á Q U I N A D E B AT E E S T R E I A N E S TA Q U I N TA À S 1 6 H

O programa Máquina do Esporte Debate faz sua estreia nesta quinta-feira. A partir das 16h, Fabrício Toth, gerente de patrocínios do Santos, e João Márcio Coelho Jr., coordenador de marketing do Flamengo, conversam com Duda Lopes e Erich Beting sobre como têm sido a ativação dos patroci-nadores dos clubes nos últimos meses.

Com a pandemia, os dois clubes tiveram de recorrer às redes sociais e à produção de conteúdo para poder manter suas marcas ativas.

O Debate será realizado no canal da Máquina no YouTube e no perfil de Erich Beting no LinkedIn. O De-bate irá ao ar todas as quintas-feiras.

O P I N I Ã O

Não há 'new normal' para o esporte

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Dois dos eventos mais interessantes que eu pude vivenciar 'in loco' foram grandes maratonas. Em Berlim e, especialmente, em Bos-ton, as corridas têm uma capacidade única de unir os mais dife-

rentes públicos e formar nas ruas um clima de festa totalmente fora da curva. As corridas dão cor às cidades, e não há nada que possa substituir a multidão.

Dessa maneira, em tempos de coronavírus, as notícias sobre o cancela-mento das maratonas de Boston e, agora, Berlim e Nova York, só podem ser vistas com naturalidade. Afinal, a tentativa de adaptar esses eventos ao 'novo normal', ou 'new normal' para quem gosta de desfilar expressões da moda, é um simples tiro na essência do que eles representam. Reduzir as competições ao tempo obtido por atletas de elite é descontruir uma série de significados.

O problema, para a indústria do esporte, é que as maratonas não são exceções. Evento esportivo é feito de gente. De marmanjo gritando nas ar-quibancadas, de criança gargalhando com os pais, de adultos que perdem os filtros sociais e se acabam em lágrimas.

Para as modalidades em que isso é possível, resta a busca pela sustentabi-lidade em tempos de crise, com apoio na televisão, nos patrocinadores e na saudade de seu público fiel. Para ficar

aquecido no coração da gente, vale até trapacear. Ou não é isso o que os clu-bes europeus fazem quando colocam som de torcida e público de cartolina? E estão certos. Caso esqueçam do que é feito o esporte, ele morre.

Portanto, para clubes, eventos, patrocinadores e, principalmente, torcedo-res, não existe 'new normal' no esporte. Tudo o que sobra às entidades espor-tivas neste ano é 'cumprir tabela' conforme o que as circunstâncias permitem para que, o mais rápido possível, o velho normal possa retornar. O lado bom é que, quando ele voltar, estará ainda mais forte. A tendência é que o público valorize ainda mais essa experiência que todos nós estamos nos privando.

Especificamente para o Brasil, vale a esperança de que gestores do espor-te passem a valorizar mais a presença do torcedor no estádio. Historicamente mal tratados por clubes e organizadores, os fãs do esporte nacional mantêm o receio de ir a ginásios e arenas pelo país. Quem sabe agora os locais passem a ser mais amigáveis, e o 'new normal' ganhe um novo significado.

Calendário do esporte terá apenas

que cumprir tabela em 2020; sem

público, eventos perdem o sentido

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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ESPN foca digital, integra aplicativos e descon-ESPN foca digital, integra aplicativos e descon-tinuará WatchESPNtinuará WatchESPN

Marcelo vira protagonista de série no Cartoon

O Borussia Dortmund decidiu levar para o mundo virtual a turnê de pré-temporada que faria pelo continente asiático em agosto. A decisão foi tomada em virtude da pandemia do coronavírus e de toda a dificuldade que o mundo ainda enfrenta com casos confirmados, mortes e fronteiras fechadas.

De acordo com a nova program-ação, o clube alemão promoverá o "BVB Virtual Asia Tour", que consistirá em uma série de sessões on-line entre jogadores e fãs, trans-missões ao vivo de sessões de trein-amento e ainda jogos amistosos e outros eventos. Originalmente, a turnê passaria pela China e alguns países do sudeste asiático.

B O R U S S I A D O R T M U N D FA R Á T U R N Ê V I R T U A L N A Á S I A

O San Francisco 49ers, da NFL, fechou acordo com a Manscaped,

empresa especializada em depilação masculina. Nas redes, a marca se

autoproclamou "parceira oficial de cuidados abaixo da cintura" do 49ers.

Sediada na Califórnia, a Manscaped terá direito a exposição no Levi’s Sta-

dium e ainda promoverá uma série de outras iniciativas promocionais, inclu-

sive com a presença de jogadores da franquia. Mais detalhes serão anuncia-

dos quando a temporada começar.

SAN FRANCISCO 49ERS FECHA

COM MARCA DE DEPILAÇÃO

MASCULINA

POR REDAÇÃO

O lateral-esquerdo Marcelo é o protagonista de uma série de vídeos que serão exibidos no YouTube do Cartoon Ne-twork em parceria com a Hasbro, empresa global de entrete-nimento que é dona da marca de brinquedos Nerf. Batizada de "Nerf House", a série terá cinco desafios, distribuídos em cinco episódios, em que o astro do Real Madrid enfrentará, dentro de casa, o melhor amigo Caio Alves.

Para colocar a ação em prática, a Hasbro transformou a casa do jogador em um verdadeiro "campo de treinamen-tos Nerf". A ideia de vincular a marca de brinquedos com o esporte é, segundo a Hasbro, "uma maneira de trazer os desafios mais próximos dos consumidores, tornando possível que eles sejam replicados usando lançadores Nerfs".

A ação será focada em países da América Latina e foi gra-vada de acordo com as novas diretrizes de isolamento social necessárias para o período de pandemia estabelecidas pelas autoridades de Madri, cidade em que o brasileiro mora.

O primeiro episódio foi lançado na última semana, no You-Tube do Cartoon Network, com chamadas também nas re-des sociais do jogador brasileiro. A atração online já conta com mais de 100 mil visualizações na rede de vídeo.

Há 14 anos no Real Madrid e com presença constante na seleção brasileira, Marcelo é hoje um dos jogadores brasi-leiros com mais destaque no mercado publicitário. Além da parceria com a Adidas, o atleta conta com o aporte do site de apostas Sportingbet e da marca de óculos Oakley.

BeIN para de exibir Serie A italiana em pro-BeIN para de exibir Serie A italiana em pro-testo contra piratariatesto contra pirataria

Duas das mais importantes maratonas foram canceladas na quarta-feira (24). Pelos entraves gerados pela pandemia do Covid-19, as organiza-ções das provas de Nova York e de Berlim resolveram suspender os even-

tos deste ano, mesmo com a reabertura gradual de Estados Unidos e Alemanha.A organização de Nova York é quem mais deverá sentir a perda deste ano. A ma-

ratona da cidade completaria 50 anos em 2020 e planejava uma edição especial. Eram esperados mais de 50 mil participantes, que seriam acompanhados por um público de 2 milhões de pessoas nas ruas da metrópole americana. Seria a grande festa daquela que é considerada a maior prova do mundo.

Agora, das seis maiores maratonas do mundo, as chamadas 'Majors', três foram canceladas. Antes de Berlim e Nova York, Boston já havia declarado que não teria condição de realizar o evento neste ano. Marcada originalmente para o primeiro semestre, a prova chegou a ser adiada antes da desistência dos organizadores. A corrida é a mais antiga do mundo e é um dos símbolos da cidade.

A única das seis que foi realizada neste ano foi a corrida de Tóquio, mas em con-dições especiais. No início de março, o evento foi focado apenas em atletas de elite, sem participantes amadores. Na época, o Covid-19 começava a se espalhar no Japão, e a organização preferiu evitar a aglomeração nas ruas.

Ainda há outras duas maratonas que podem ser realizadas. Londres e Chicago, por enquanto, mantêm suas provas de pé. No caso inglês, a corrida deveria ter acontecido em abril, mas foi adiada para outubro. Será no mesmo mês da data original da disputa na cidade americana.

NY e Berlim cancelam maratonas deste ano

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POR REDAÇÃO