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O O P rimeiro clube com mais de 1 milhão de torcedores a aderir ao projeto de marca própria para fornecimento de uniforme, o Bahia mais uma vez ino- vou. Agora, o clube é o primeiro da história ao usar a marca própria para produzir o uniforme de uma outra equipe que rivaliza com ele em campo. O clube anunciou que a marca Esquadrão será a nova fornecedora de material esportivo do Vitória da Conquista. A equipe, que disputa contra o Bahia o Cam- peonato Baiano, vestirá camisas produzidas pela marca Esquadrão. Os uniformes já estão à venda na sede do clube, que neste ano completa 15 anos de existência. "A ideia surgiu em uma reunião entre os dirigentes dos clubes. Inicialmente, o motivo da reunião era para tratar de assuntos ligados ao futebol, mas, ao final, o O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1420 - QUINTA-FEIRA, 23 / JANEIRO / 2020 de euros foram gastos em transferências de atletas em 2019, de acordo com relatório da Fifa; foi o maior gasto até hoje no futebol 6,6 bi Marca do Bahia cria camisa para time rival

O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · 2020-01-23 · modalidade (CBLoL), anunciou a im-plantação de um sistema de franquias, que deverá funcionar a partir de 2021. A ideia é criar

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Page 1: O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · 2020-01-23 · modalidade (CBLoL), anunciou a im-plantação de um sistema de franquias, que deverá funcionar a partir de 2021. A ideia é criar

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Primeiro clube com mais de 1 milhão de torcedores a aderir ao projeto de marca própria para fornecimento de uniforme, o Bahia mais uma vez ino-vou. Agora, o clube é o primeiro da história ao usar a marca própria para

produzir o uniforme de uma outra equipe que rivaliza com ele em campo.O clube anunciou que a marca Esquadrão será a nova fornecedora de material

esportivo do Vitória da Conquista. A equipe, que disputa contra o Bahia o Cam-peonato Baiano, vestirá camisas produzidas pela marca Esquadrão. Os uniformes já estão à venda na sede do clube, que neste ano completa 15 anos de existência.

"A ideia surgiu em uma reunião entre os dirigentes dos clubes. Inicialmente, o motivo da reunião era para tratar de assuntos ligados ao futebol, mas, ao final, o

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1420 - QUINTA-FEIRA, 23 / JANEIRO / 2020

de euros foram gastos em transferências de atletas em 2019, de acordo com relatório da Fifa; foi o maior gasto até hoje no futebol6,6bi

Marca do Bahia cria camisa para time rival

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presidente Bellintani (do Bahia) foi perguntado sobre a marca Esquadrão, e o as-sunto se desenvolveu", disse Sérgio Chamadoira, gerente de negócios do Bahia.

A parceria entre os dois clubes envolve patrocínio e licenciamento, com royalties sobre a venda de produtos que são pagos ao Bahia. O dono da Esquadrão é quem fica responsável pela gestão de confecção e venda das camisas. Os novos unifor-mes de jogo já estão à venda na sede administrativa do clube e na entrada para sócios-torcedores no Estádio Lomanto Júnior, onde o Vitória da Conquista estreou no Campeonato Baiano diante do Jacuipense, na noite de quarta-feira (22).

No domingo, as duas equipes se enfrentam no estádio do Pituaçu, em Salvador, pela segunda rodada do Estadual. Não há previsão de que as lojas do Bahia ven-dam a camisa, que custa R$ 110,00, parcelado em duas vezes, ou R$ 100,00 à vista. O valor é metade daquele praticado pelo Bahia na venda de seus uniformes.

O andamento do negócio com o Vitória da Conquista pode gerar para o Bahia um novo modelo de funcionamento para a marca própria. Segundo declaração de Chamadoira à "Rede Bahia", a Esquadrão pode ganhar novos parceiros: "Estamos avaliando o modelo dessa parceria, mas estamos sempre dispostos a conversar e encontrar soluções inteligentes e vantajosas para ambos os lados", afirmou.

Com a marca própria desde o final de 2018, o Bahia foi o primeiro clube da Série A do Campeonato Brasileiro a adotar o modelo lançado em 2016 pelo Paysandu. O sucesso comercial tem sido tão grande que, em 2020, seis clubes da Primeira Divisão adotam esse modelo: além do Bahia, Atlético-GO, Ceará, Coritiba, Forta-leza e Goiás são responsáveis pela gestão do fornecimento de material esportivo.

C B L O L A D O TA F R A N Q U I A S E T E R Á

M A S T E R C A R D

N B A F E C H A C O M L O U I S V U I T T O N PA R A T R O F É U

A Riot Games, desenvolvedora do jogo League of Legends (LoL) e orga-nizadora do Campeonato Brasileiro da modalidade (CBLoL), anunciou a im-plantação de um sistema de franquias, que deverá funcionar a partir de 2021.

A ideia é criar um modelo similar ao das ligas esportivas americanas.

Além disso, a Mastercard, que já é parceira global exclusiva de serviços de pagamento nos eventos de LoL desde 2018, expandirá a atuação ao CBLoL.

Dentro do patrocínio estão previs-tas ativações em vídeo, out-of-home (OOH), exclusividade na pré-venda de ingressos, distribuição de benefícios, experiências e encontros com atletas.

A NBA oficializou um acordo com a Louis Vuitton, que vai ser a "mala oficial" do troféu da liga americana de basquete. O acordo é similar ao que a grife francesa já possui com as federações internacionais de futebol, rúgbi e vela, além do League of Legends. Em todas, a Louis Vuitton é responsável pelo case que carrega o troféu.

As marcas ainda vão contar histórias sobre o troféu e sua mala exclusiva de viagens, além de a grife produzir uma edição limitada anual com cápsulas em sua coleção.

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O P I N I Ã O

Bahia mostra poder que há nos clubes

Se bem administrado, um clube de futebol pode se tornar uma fonte ines-gotável de geração de negócios paralelos que ajudam a crescer a fatia do bolo. O negócio do Bahia com o Vitória da Conquista para produzir os

uniformes da equipe rival para a disputa da temporada é só mais um exemplo disso.O que o Bahia fez foi mostrar ao mercado brasileiro que, quando há interesse no

negócio, somos capazes de ter resultados fabulosos. A criação da marca própria para clubes de pequeno e médio porte já era um avanço nesse sentido. Não por acaso, são os times de fora do eixo Rio-SP-Minas-RS que mais se beneficiam desse modelo.

Por necessidade, os clubes menores assumem a capacidade de empreender para encontrar essa solução e fazer dela bom negócio. Agora, porém, o Bahia mostra outro lado dessa história. O empreendedor pode encontrar, também, novas fontes de re-

ceita dentro do que ele tem de capacidade de produção. Em vez de ter uma equipe para gerenciar uma marca com uma gama baixa de produtos, o Bahia entendeu que é possível usar sua equipe para trabalhar para gerar mais receita. Com outro time!

A estratégia tem tudo para funcionar e se transformar num case similar ao que o Benfica conseguiu, anos atrás, no mercado de Portugal. Na ocasião, o clube decidiu não apenas ter o próprio canal de TV, mas fazer dele o detentor de direitos de trans-

missão de diversas competições, como a Champions League e o Brasileirão. O canal ganhou assinantes e passou a ser uma fonte de receita para além do próprio Benfica.

Historicamente, o futebol sempre terceirizou diversas funções que uma grande empresa costuma ter internamente. Isso sempre foi um fenômeno mundial. Com a preocupação em dar o foco ao que é o centro do negócio, que é a performance espor-tiva, os clubes sempre preferiram entregar a terceiros funções administrativas.

Em 1991, o Manchester United revolucionou esse conceito, assumindo para si a gestão do licenciamento de seus produtos. Em vez de entregar a função a uma em-presa, ele contratou e treinou funcionários para comandar tudo internamente. Isso fez não só a receita do clube saltar, mas a promoção de sua marca alcançar um novo patamar. Foi o início da globalização das grandes marcas do futebol europeu.

O Bahia, adequando-se à realidade do futebol no Brasil, pode ter dado um passo tão importante quanto o do Manchester nos anos 90 na Inglaterra. Para isso, o clube só precisa seguir uma velha máxima: para ganhar dinheiro, é preciso muito trabalho.

Ideia de fazer uniforme para time

rival é tão disruptiva quanto foi a

criação de canal de TV do Benfica

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Bud leva 200 influenciadores

para o Super Bowl

A realização da Copa América na Colômbia e na Argentina fará com que a agência Octagon expanda suas operações para os dois países.

A agência anunciou que será re-sponsável pela gestão do contrato de patrocínio da cerveja Aguila na Colômbia e da Quilmes na Argen-tina. Cinco pessoas fazem parte da operação colombiana, que já está em andamento, e três da Argentina, que começa até o final de janeiro.

A expansão pela América do Sul é mais uma grande conquista da Octagon Brasil, que busca interna-cionalizar seus projetos via esporte.

A agência já está no México des-de 2019 com a gestão de patrocínio de Corona e Bud Light no futebol.

C O PA A M É R I C A FA Z O C TA G O N E X PA N D I R PA R A PA Í S E S - S E D E

Pelé será embaixador da Soccer-ConXP, feira exclusiva sobre futebol

que vai acontecer em Las Vegas entre os dias 1° e 5 de setembro.

O Rei do Futebol fechou acordo para anunciar a feira, que é presidida

pelo empresário brasileiro Roberto Gomide. A ideia da SCXP é fazer um evento que reúna a indústria do fute-

bol e também torcedores, que poderão vivenciar experiências da modalidade.

Las Vegas tem investido bastante em esporte nos últimos anos.

PELÉ SERÁ EMBAIXADOR DE FE IRA DO FUTEBOL EM

LAS VEGAS

POR REDAÇÃO

A Budweiser decidiu criar uma ação global para reforçar o patrocínio à NFL, a liga de futebol americano. Entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro, a marca de cerveja levará 200 influenciadores de 20 países para produzirem conteúdo de dentro do Bud Hotel, que funcionará em Miami, palco da de-cisão entre San Francisco 49ers e Kansas City Chiefs no dia 2.

Além de participarem de experiências dentro do hotel, en-tre eles shows de artistas como Black Eyed Peas, os ’Kings of Culture’, como esses embaixadores têm sido chamados, vão registrar como vivenciarão a experiência do Super Bowl. O projeto chamado de BudX pela primeira vez chega aos EUA.

O Brasil irá representado por nomes como Felipe Andre-oli, apresentador da Globo, o produtor musical Kondzilla, a promoter Carol Sampaio, a repórter Rafa Brites, a atriz Yanna Lavigne, o ator Bruno Gissoni, entre outros.

"Budweiser tem missão de compartilhar as histórias dos grandes criadores de conteúdo de todo o mundo, e desafia-mos os diferentes ‘Kings of culture’ do mundo a darem um passo a mais para conquistar um dos maiores eventos espor-tivos do planeta. Por meio do BUDX, em Miami, vamos en-tregar uma experiência única para os influenciadores cultu-rais e celebridades, colocando a coroa de Budweiser no topo durante o fim de semana do Super Bowl 54", afirmou Steve Arkley, vice-presidente global de marketing de Budweiser.

O projeto BudX faz parte do pacote de patrocínio da Bud com a NFL que permite a ativação de marca globalmente.

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O Banco do Brasil ampliou o domínio nos patrocínios ao vôlei nacional com o anúncio de que o BB Seguros é o novo detentor do title sponsor das Superligas masculina e feminina. O acordo passa a valer a partir da

rodada do dia 24 de janeiro e vai durar pelo restante da temporada 2019/2020.O negócio representa a ampliação do domínio do banco estatal no patrocínio à

modalidade, já que, até a temporada passada, era a empresa de medicamentos genéricos Cimed quem detinha o title sponsor da competição. A presença da mar-ca BB Seguros representa um novo investimento do banco no vôlei. A instituição já é há 29 anos a principal patrocinadora da modalidade, investindo cerca de R$ 60 milhões por ano na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Além do banco, a fa-bricante de material esportivo Asics e a companhia aérea GOL apoiam a entidade.

"Nossa estratégia de patrocínio prioriza projetos de grande relevância que con-tribuam para incentivar o crescimento sociocultural, como é o caso do voleibol bra-sileiro. Essa é uma oportunidade de patrocinar um esporte apaixonante, que tem um histórico de conquistas", disse Fabio Mourão, superintendente executivo de marketing, clientes e planejamento comercial da Brasilseg, marca da BB seguros.

O patrocínio foi celebrado por Radamés Lattari, que atualmente é diretor execu-tivo da CBV. O acerto reduz de certa forma uma reclamação dos clubes de maior investimento na Superliga, que ocupa cerca de meio ano do calendário.

"Estamos muito felizes com a vinda de uma marca como essa, que chega para fazer a nossa Superliga cada vez mais forte. Essa é a principal competição do nosso calendário, onde estão alguns dos principais atletas do mundo", disse Lattari.

BB amplia força no vôlei com Superliga

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POR REDAÇÃO