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1. Copyright © 2005 por Seminário Bíblico das Américas Todos os direitos reservados. Impresso em Montevidéu. Proíbida a reprodução total ou parcial deste manual sem prévia autorização escrita do Seminário Bíblico das Américas. MISSÕES MUNDIAIS S  EMINÁRIO B  ÍBLICO  DAS A  MÉRICAS Colônia 1243 (quase Jí)  Montevidéu, URUGUAI Tel.: (+598) 2903 1875  E-mail: o   fi  [email protected] www.seminariobiblico.com

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Copyright © 2005 por Seminário Bíblico das Américas 

Todos os direitos reservados. Impresso em Montevidéu.

Proíbida a reprodução total ou parcial deste manual sem prévia autorização escrita do Seminário Bíblico das Américas.

MISSÕES MUNDIAIS

S EMINÁRIO B ÍBLICO  DAS A MÉRICAS

Colônia 1243 (quase Jí) Montevidéu, URUGUAI Tel.: (+598) 2903 1875

 E-mail: o  fi [email protected]

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Seminário Bíblico das Américas 3.

CONTEÚDO 

Introdução .......................................................................................................................................... 5

 Lição 1 Bases Bíblicas Fundamentais das Missões Mundiais ....................................................... 7

Lição 2 A Rebelião e a Redenção, o Plano e o Propósito de Deus .............................................. 11

Lição 3 A Responsabilidade e a Oportunidade ............................................................................ 13

Lição 4 O Evangelho do Reino .................................................................................................... 17

Lição 5 A Missão da Igreja .......................................................................................................... 23

Lição 6 O Movimento Cristão Mundial ....................................................................................... 27

Lição 7 Estratégia Missionária ..................................................................................................... 31

Lição 8 A Tarefa Restante............................................................................................................ 33

Lição 9 Alcançando aos Inalcançados ......................................................................................... 37

Lição 10 A Missão Integral ............................................................................................................ 41

Lição 11 Trabalho de Equipe com Visão Mundial ........................................................................ 43 

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Seminário Bíblico das Américas 5.

 MISSÕES MUNDIAIS

INTRODUÇÃO

Nossa principal fonte de missões é a Palavra de Deus (ver João 3:16-17). Na Bíblia encontramosa base para as missões. Mas também temos de perceber que realmente a missão da redenção da humani-dade é o alicerce de toda a Bíblia! Desde a queda do homem em Gênesis 3, se vê o plano de Deus emenviar o Redentor. Leia Gênesis 3:15, o texto conhecido como o proto-evangelho e aprenda de memória.

Sem a Bíblia, não teríamos o mandato da missão, a mensagem que devemos levar, ou poder,ou o método de como chegar às nações. Observamos também que, após séculos de história do cristia-nismo, o compromisso da Igreja de Jesus Cristo para o evangelismo no mundo está intimamenteligada à sua convicção quanto à autoridade da Bíblia.

Assim tomaremos a Bíblia como uma base sólida para o aprendizado sobre Missões Mundiais,a necessidade urgente de levar o Evangelho aos perdidos ao redor do mundo onde eles não sabem oNome de Jesus. Deus é um missionário! E ele quer que seus filhos se comprometam com Ele paracontinuar a tarefa de missões, que é o coração do nosso Deus!

O esboço a seguir com perguntas a responder em cada seção deste estudo são tomadas princi-palmente a partir dos três volumes de “Missão Mundial”, de Jonathan P. Lewis. O primeiro volumeé sobre “Os fundamentos bíblicos e históricos.” O segundo volume é “A Dimensão Estratégica” e oterceiro volume é sobre “Considerações Transculturais”. É altamente recomendável que os alunoscomprem Volume II e Volume III, para utilizar como referência a esses estudos no seminário.

Mas no primeiro manual, vamos utilizar a própria Bíblia, como em todos os estudos do SeminárioBíblica do Uruguai. De Gênesis a Apocalipse, vemos a base para o evangelismo mundial. Vimos aprimeira promessa de um Redentor, em Gênesis 3:15. Veja agora Ap. 14:6-7, onde Deus envia umanjo para pregar o evangelho eterno a todos os moradores da terra, a todo povo, tribo, língua, e nação.“Deus quer que as suas Boas Novas da salvação sejam pregadas até a consumação dos séculos, ea todas as nações! Deus não deixará de enviar a seus escolhidos às nações para pregar até que seuplano para o mundo seja cumprido na consumação dos séculos, no julgamento final. Veja Romanos10:11-15. A responsabilidade e o privilégio de pregar o Evangelho àqueles que nunca ouviram falar oNome de Jesus nos desafia hoje para prosseguir com a gloriosa missão que nos foi confiada pelo nossoSenhor em Mateus 28:18-20, “A Grande Comissão”. Veja também Marcos 16:15-20, que afirma queo mandato de evangelizar o mundo foram as últimas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo antes queascendesse a Seu Pai. Que importante obedecer o último comando que Jesus nos ordenou!

O Senhor não deixou seus discípulos, sem o poder para cumprir a tarefa tão assombrosa.Ordenou-lhes esperar em Jerusalém até receberem o “poder do alto”, para que eles pudessem ser teste-munhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra. É quase incrível como os primeirosdiscípulos do Senhor trouxeram as Boas Novas para a maioria do mundo conhecido naquela época.

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Seminário Bíblico das Américas 7.

LIÇÃO 1 BASES BÍBLICAS FUNDAMENTAIS

 DAS MISSÕES MUNDIAISA. O MANDATO PARA A EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL

1. Uma das bases para missões é encontrada em Gênesis 12:1-4, na chamada de Abraão. Nota-seque os descendentes espirituais de Abraão são os cristãos (Gl 3:29). Aqui, Deus promete abençoartodas as nações através dos descendentes de Abraão!

2. Notamos que o Pacto de Abraão tem condições. Abraão tem de cumprir a sua parte, e Deusirá manter a parte dele. Nós hoje também continuamos a ter o mandato e o pacto de Deus para cumprir

as suas promessas a fim de confirmar a Sua Palavra, se nós pregamos para as nações, ensinando-lhesem seu Nome. Em uma aliança, sempre há condições para satisfazer parte dos dois.

3. Quando Cristo veio, ele confirmou as mesmas promessas e profetizou que “muitos virão doleste e oeste a sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mateus 8:11, Lucas 13:29).Também nos deixou a Grande Comissão em Mateus 28 e Marcos 16, com as suas últimas palavraspara seus seguidores.

4. Jesus disse que viria a consumação dos séculos até que o evangelho fosse pregado a todas asnações da terra. Mateus 24:14, 28:20.

5. O nosso mandato para a evangelização do mundo é a Bíblia inteira! Vamos encontrá-lo emtodos os livros da Bíblia, desde a criação até o fim dos tempos. Também encontramos no carátermesmo de um Deus de amor e compaixão, não querendo que ninguém pereça, mas que todos venhamao arrependimento.

B. A MENSAGEM DE MISSÕES

1. Leia I Coríntios 1:17 e 2:5. Qual é a mensagem central do Evangelho do apóstolo Paulo, maisconhecido missionário do Novo Testamento?

2. Leia Isaías capítulo 61 e 62:1-2. Note o que ele faz pelos homens, as Boas Novas e comomuda todas as coisas. Em Isaías 62:1-2, é evidente a visão de Deus para as nações, utilizando Israelcomo um canal de bênção para ver a sua glória. Jesus afirmou claramente que esta passagem foicumprida Nele em Lucas 4:16-21. O Evangelho é “A Boa Notícia de Jesus!”

3. Há apenas um Evangelho, como vemos em I Coríntios 15:11, e Paulo chamou anátema atodo aquele que pregar um evangelho diferente do evangelho pregado pelos apóstolos originalmente(Gálatas 1:6-8), ainda que fosse o mesmo pregando.

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Seminário Bíblico das Américas8.

4. Mas há diferentes expressões de um único Evangelho. Por exemplo, os apóstolos pregaramo Evangelho Messiânico, legal (o grande juiz que declara justo aos injustos), pessoal (o Pai que amaseus filhos e quer se reconciliar com eles), Salvador, que morreu em sacrifício pelos pecados domundo, Rei dos Reis que reivindica o domínio universal, etc. O Evangelho é Cristo e Sua pessoaabençoada, mas Ele aparece na Bíblia de maneiras diferentes em momentos diferentes. O Cordeiro de

Deus que não abriu a sua boca para se defender diante de Pilatos é o mesmo que um dia virá em umcavalo branco como o Vitorioso para julgar e governar o mundo!

5. Isso nos desafia a aprender como apresentar a mensagem conforme necessário de acordo comcada cultura, raça, tribo, e em cada tempo da história humana, segundo sua necessidade.

6. Nós devemos pregar um evangelho definido, não completamente fluído pela cultura, nemtampouco uma rígida estrutura, sempre usando os mesmos termos e imagens em cada cultura. Devemosrecordar que o próprio Cristo tratou com pessoas diferentes de formas diferentes consoante as suasnecessidades. Isso às vezes o chamam de “contextualização”. Procuramos combinar a fidelidade deestudo da Palavra, com sensibilidade para a cena cultural, a fim de evitar os dois extremos da “Rigidez

estrita ou Fluidez completa”.

C. O MODELO PARA MISSÕES MUNDIAIS

1. A Bíblia nos dá o modelo para a evangelização do mundo.Nossa doutrina sobre a inspiração das Escrituras, enfatiza duas coisas: (a) O homem falou da

parte de Deus (2 Pedro 1:21) e (b) Deus falou através do homem (Hb 1:1). As palavras faladas e

escritas são de Deus e às vezes de ambos. Deus escolheu o que ele quis dizer, mas não removeu apersonalidade do homem. O homem usou livremente poderes, mas não distorcia a mensagem divina.

2. Cristo é o modelo perfeito para missões mundiais, quando “o Verbo se fez carne” João 1:14.Na Encarnação, o divino é comunicado através do humano. Ele identificou conosco, sem renunciarsua própria identidade. Identificação sem perda de identidade “é o modelo para todo evangelismotranscultural. Alguns têm agora muito de sua própria herança cultural, sem tratar da herança culturalda terra adotada com o respeito que merecem. Cristo derramou a sua própria glória e se humilhou asi mesmo para servir, mas nunca se identificou com o pecado do povo. Ele é o nosso modelo perfeitopara missões!

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D. O PODER PARA A EVANGELIZACÃO MUNDIAL

A Bíblia nos promete o poder de evangelizar. A verdade para nós é que “o mundointeiro jaz no Maligno” (I João 5:19). Até que Cristo nos salve e nos liberte, todos nós somos

escravos de Satanás! Observe o poder do mal no mundo hoje: o medo da idolatria e espíritos, omaterialismo no Ocidente, o comunismo ateu e cultos irracionais, violência e agressividade do homem,perversões, etc. É necessário um milagre no fato da conversão e regeneração do homem!

O saque da casa do “homem forte” (Mateus 12:29) só é possível porque Satanás tem sidoamarrado por aquele que é ainda mais forte, e que tem desfeito e destruído as suas obras e principadosde maldade (ver Mateus 12:27-29, Lucas 11:20-22, Colossenses 2:15). Em 2 Coríntios 4:4 diz que“o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que lhes não resplandesse a luz doevangelho da glória de Cristo”. Mas há poder na pregação do evangelho, e é indispensável para quea luz brilhe nos corações das pessoas e o príncipe das trevas seja derrotado! (Ver Romanos 1:16)Podemos ser fracos, mas quando estamos fracos, então somos fortes em Cristo. (I Coríntios. 2:1-5, 2Coríntios. 12:9-10)

Em vez de utilizar as nossas energias discutindo sobre a Palavra de Deus, devemos começar ausá-lo! Ela vai demonstrar a sua origem divina, através de seu poder divino. Um missionário e evange-lista deve ser expositor fiel da Palavra de Deus para que Seu poder possa fluir ao redor do mundo. Naverdade, cada crente deve testemunhar o poder da Palavra de Deus na sua vida, e Deus irá confirmar aSua Palavra sinais que se seguem. Veja também Atos 1:8. Cristo não nos deixou órfãos, mas enviouo Espírito Santo para nos encher com Seu poder para ser testemunhas a todas as nações.

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LIÇÃO 2 A REBELIÃO E O RESGATE 

PLANO E PROPÓSITO DE DEUSA. O SOBERANIA DE DEUS

1. Salmo 10:16 diz: “O Senhor é Rei para sempre”.

2. Salmos 103:19 declara: “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reinodomina sobre tudo.

3. Você precisa ver a soberania de Deus, nada surpreendente, e ninguém está fora de controle

ou conhecimento, leia o Salmo 139, que descreve a onipresença, onisciência, onipotência de Deus.

B. DUPLA REBELIÃO

1. A primeira rebelião foi do arcanjo chamado “Lúcifer”, que governou de seu trono, comoo primeiro-ministro de Deus. (Is. 14:12-14) Ele declarou sua independência e presume-se que“semelhante ao Altíssimo”, pelo livre arbítrio que Deus lhe deu. Seu nome foi mudado para “Satanás”(Adversário), e foi seguido por um terço dos anjos no céu. (Ap 12:4-7) Formado o reino das trevas,permitido por Deus para realizar seus propósitos. Note-se que o reino não era a criação de Deus, maseram forças voluntárias guiadas por Satanás. O objetivo de Satanás é falsificar as obras de Deus comoum enganador e hipócrita que ele é, para que os homens não busquem a Deus.

2. A segunda rebelião ocorreu no Éden, quando Adão e Eva ouviram a voz deSatanás, em vez de Deus, e também usou seu livre arbítrio para declarar a independência de

Deus. Observe como foi similar a tentação de Satanás para si mesmo quando ele prometeu em Gênesis3:5, “será aberto os olhos e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. “Através dessa ação dedesobediência, declararam sua independência da vontade de Deus e caiu sob o poder do reino dastrevas de Satanás.

Note-se que a árvore não estava em falta, nem o diabo por trás da serpente falando, mas estascoisas deram a ocasião para que o homem e a mulher expressassem a sua vontade. Sua própria decisão

foi a causa da catástrofe e rebelião.

RESUMO: Apresentamos dois problemas que surgiram com Deus no processo de criação.Primeiro, nós vimos a revolta do arcanjo Lúcifer, o que levou à formação do reino das trevas. Nasegunda rebelião, o primeiro homem e a primeira mulher também pecaram contra Deus, e não sesubmeteram à sua vontade, colocando-se automaticamente em poder de Satanás. Agora Deus fala paraos dois problemas: (1) como restaurar seu reino usurpado e (2) como prover redenção para fornecera toda humanidade. Vamos ver como Deus desenhou um plano para lidar com os dois problemas deuma só vez, vencendo o reino das trevas e trazendo a salvação para a humanidade.

 

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C. O PLANO DE DEUS PARA REDIMIR E RESTAURAR SEU REINO 1. Vemos claramente o plano de Deus para solucionar os dois problemas na primeira promessa

do Evangelho em Gênesis 3:14-15. Na frase: “Este te ferirá a cabeça”, foi o anúncio de que Cristodestruiria o diabo por Sua morte na cruz. O próprio Cristo disse que Ele amarraria Satanás, “o homem

forte deste sistema”, e o jogaria fora (Mateus 12: 29, João 12:31). O segundo golpe anunciado foi:“E tu lhe ferirás o calcanhar.” Isto também se cumpriu na cruz do Calvário, onde Satanás foi o queprovocou à crucificação de Cristo. Aqui vemos o plano duplo de Deus para o Seu Reino e tambémpara a redenção do homem!

2. O Antigo Testamento descreve o desenvolvimento progressivo do duplo propósito de Deusna terra. Deus usou especialmente dois homens para implementar o seu plano e propósito, o patriarcaAbraão e Davi.

a. Abraão, o “Pai da Fé”, viveu por volta de 2000 a.C. Deus fez uma aliança com ele e prometeu--lhe uma semente que seria uma bênção para todas as nações. Seu filho, Isaque, é um tipo de Cristo,

na sua ação redentora, onde Abraão ofereceu no Monte Moriá como sacrifício vivo. Aqui vemos seuprograma redentor. O animal que simboliza esta parte do programa é o cordeiro. Cristo é o Cordeirode Deus que tira o pecado do mundo!

b. Davi, escolhido por Deus da mesma linhagem, viveu por volta de 1.000 a.C. Deusfez um pacto com ele sobre um reino e uma descendência real (II Samuel 7:12-16). Seu filho

Salomão é um tipo de Cristo. Além de reinar sua semente sobre a casa de Israel, seu ungido estenderiao seu reino sobre o mundo inteiro (Amós 9:12, Zacarias 14:9) Aqui é o seu programa para restaurarseu reino eterno, destruir todos os rebeldes e reinar em justiça e paz. O animal que representa estaparte é o leão. Cristo é o Leão da tribo de Judá!

RESUMO: João relaciona aos dois programas de Deus em Apocalipse 5. Depois de ver Cristo comoo Leão e o Cordeiro, escutar as multidões celestiais aclamarem com grande voz: “O Cordeiro que foimorto é digno de receber o poder, as riquezas, a sabedoria, força e honra e glória e louvor.”(Apocalipse5:12) Finalmente, Cristo entregará o reino restaurado para o Pai (I Coríntios 15:24). Note-se que omeio pelo qual ele recuperará o seu reino será por seu amor redentor e não por seu poder soberano. Acomunhão divina e humana estará baseada no amor, não pelo medo ou pela força.

O propósito de Deus pode ser resumido assim: Redimir a um povo de todos os povos e ser 

Soberano de um Reino que substituirá todos os Reinos.

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LIÇÃO 3 RESPONSABILIDADE E OPORTUNIDADE 

 

INTRODUÇÃO:A missão de Deus para as nações não começou com a Grande Comissão de Mateus 28, mas

em Gênesis. A relação de Adão e Eva de comunhão intima com Deus e domínio na terra foi perdidaquando eles acreditaram na mentira de Satanás e se colocaram abaixo do domínio do pecado.

O segundo fracasso do homem registrado em Gênesis 6, quando o mundo estava cheio de tantaviolência e corrupção que Deus teve que destruí-lo com o dilúvio. Através de Noé e sua família, oSenhor deu à humanidade uma nova chance para seguí-lo.

Mas o homem se rebelou novamente no terceiro grande fracasso, a torre de Babel. (Gênesis 6)

A resposta de Deus a esta terceira revolta foi espalhar as pessoas em muitas nações com diferentesidiomas e, como conseqüência disso, existem mais de cinco mil línguas diferentes hoje.

Em vez de direcionar ao mundo em geral, o plano de Deus para redimir o seu povo seria a partirde uma família, chegando a nação por nação. O resto da Bíblia registra como Deus realiza seu planomissionário. Deus escolheu Abraão (Gn. 12), como estratégia na batalha para recuperar seu reino.Deus não estava limitando sua ação com a humanidade, pelo contrário escolheu uma nação paracomunicar sua mensagem às demais. O Antigo Testamento mostra como a nação de Israel respondea sua responsabilidade.

Examinaremos três passagens fundamentais do Antigo Testamento que demonstram claramente

a obrigação e a responsabilidade da nação de Israel de dar a conhecer a mensagem de Deus para osgentios. As três passagens são: Gênesis 12:1-3, Êxodo 19:5,6 e Salmo 67. Essas passagens são igual-mente aplicáveis a nós como filhos espirituais de Abraão.

A. RESPONSABILIDADE

1. A aliança com Abraão, Gênesis 12:1-3.Estude esta passagem, e observe o que Deus pede a Abraão. Quais são as promessas de Deus a

Abraão? O que é que se espera de Abraão? A frase “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra”implica uma certa responsabilidade por parte de Abraão para ser uma bênção para as nações”.

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2. Um reino de sacerdotes. Êxodo 19:1-6 (NVI)“Se agora você está totalmente obediente a mim e cumprir a minha promessa, então é minha

propriedade exclusiva entre todas as nações. Apesar de toda a terra pertencer a mim, vós sereis paramim um reino de sacerdotes e uma nação santa “, Êxodo 19:5-6. Quais são as duas coisas que Deusrequer de Seu povo nestes versos?

Um sacerdote era aquele que abençoava o povo de Deus como mediador entre Deus e o povo afim de trazer as pessoas para Ele. “Um reino de sacerdotes”, implica ser mediadores de salvação paraas nações. Veja também Êxodo 8:9-10, Êxodo 9:13-21 e Êxodo 9:27-30. O que é que chama a atençãoquanto ao desejo de Deus de salvar a todos?

3. Pai Nosso do Antigo Testamento. Salmo 67.Este Salmo foi, provavelmente, cantado na festa anual de ação de graças do Pentecostes. Que

cumprimento profético tremendo foi o primeiro dia de Pentecostes, na era cristã (At. 2)! Os versos 1-2demonstram claramente a razão pela qual Deus havia abençoado Israel, “Para que conheça na terra osseus caminhos, e entre todas as nações a sua salvação”. O salmo continua com a idéia de que todas asnações devem adorar a Deus e temê-lo!

B. A OPORTUNIDADETemos visto a grande responsabilidade de Israel para ministrar às nações. Como eles iam atender

seu papel de mediadores entre Deus e os outros povos? Será que eles iam realmente evangelizar ousentar-se a esperar que as nações viessem a eles? Duas forças estavam trabalhando aqui.

1. A primeira delas foi a força “centrípeta”, uma força atraente.Essa força foi centrada no templo, que representa o local onde habitava a presença de Deus. Leia

I Reis 8:41-43, I Reis 8:54-61, I Reis 10:1-9, Isaías 56:6-8. Observe essas passagens.

2. A segunda força em operação era centrífuga, a força expansiva.Era levar a mensagem de Deus para além das fronteiras de Israel. Alguns exemplos são os teste-

munhos de cativos como José, ou exilados como Daniel e Ester. A serva de Naamã também é um bomexemplo. O livro de Rute se trata de uma mulher moabita que chega a ter tanta fé em Deus, deixa tudopara seguí-Lo, e se torna bisavó do rei Davi!

O livro de Jonas é fundamental em qualquer discussão sobre missões! Note que neste livro deJonas foi ordenado para pregar o arrependimento a Nínive, uma cidade pagã e inimigos cruéis deIsrael. É um milagre que foi incluído no cânon das Escrituras do A.T. quando consideramos o atitudeetnocêntrica dos escribas e fariseus daquele tempo. Leia o livro de Jonas, observando como Deus estáformando a Jonas, o missionário relutante. Observe também como Deus usa a situação para trazerconhecimento dEle aos marinheiros. O caráter misericordioso de Deus para com os pecadores sedemonstra claramente neste livro também.

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C. A RESPOSTA DE ISRAEL

 Como podemos ver no livro de Jonas, o povo de Israel estava muito relutante em cum-prir com o

desejo de Deus de evangelizar as outras nações. Muito se pode dizer que fracassaram em sua respostaao mandato de Deus, e até seguiram outros deuses e foram infiéis muitas vezes, não seguindo a Deus detodo coração. Como consequência, Deus o dispersou aos povos à força. Durante o governo de Joaquim(609-587 aC), os judeus foram deportados para a Babilônia. Anteriormente, os israelitas do Reino doNorte haviam sido exilados para a Assíria. No ano 587 a.C. Nabucodonosor, rei de Babilônia, destruiuJerusalém, e marcou o fim do reino de Judá, o reino do sul como entidade política. Não foi até 536 a.C.,quando Ciro emitiu o decreto pelo qual permitiu o início do retorno dos judeus para a sua terrra (Esdras1:1-3). Mas eles tiveram que esperar muitos séculos antes que sua dignidade nacional fosse restaurada.

Somente sob a mão forte de disciplina do Senhor foi que Deus começou a cumprir o seu propósitocom Israel. Muitos dos capítulos mais brilhantes do Antigo Testamento são os relatos dos israelitasque foram levados cativos, e como Deus usou este meio para ter seu Nome conhecido e glorificado

entre os gentios. Todo o livro de Daniel é um bom exemplo disto. Note o relacionamento de Deus comNabucodonosor através da vida e do testemunho de Daniel e seus três amigos. Leia Daniel 2:27-28,Daniel 2:46-47, Daniel 3,28-29, Daniel 4:34-37. Você acha que essas passagens demonstram clara-mente o desejo de Deus para salvar os babilônios?

No fogo da tribulação, o povo de Israel foi purificado e surgiu o elemento fiel. O rema-nescenteque sobreviveu ao cativeiro nunca são prostituiría com os deuses de outras nações. Também a propósitomissionário de Deus foi realizado. Como não cumpriram com o mandato original de Deus por vontadeprópria, Ele conduziu seu povo pelas nações à força para ser uma testemunha e purificá-los, também.Desde o início da dis-persão de Israel, não voltariam a se reunir como entidade política por cerca de2.500 anos. Durante esse tempo, um remanescente fiel de judeus dispersos por toda a Babilônia e por

todo o império persa, espalhou o Seu Nome entre as nações. (Ex.: Livro de Ester, Neemias, Esdras, Daniel, etc.)

Durante os impérios grego e romano, a dispersão dos judeus continuou, mas principal-mentedevido à emigração. Ali entre as nações Deus os prosperou nos centros de co-mércio do mundoconhecido, e se multiplicaram. Onde quer que fossem, eles manti-nham a sua cultura e estabele-ciam centros religiosos. Foi com essa “diáspora” de Israel que Paulo teve seu primeiro contatoem suas viagens missionárias. O impacto missio-nário da diáspora judaica foi muito maior do quemuitos pensam. Além do mais, o judaísmo afetou o cristianismo primitivo porque os cristãos judeusmantinham um contato forte com as sinagogas das comunidades. Isso preparou o cenário para a vindado Messias e a expansão do cristianismo.

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LIÇÃO 4O EVANGELHO DO REINO

 

Temos visto um vislumbre do Antigo Testamento e Missões e, vendo o propósito e plano deDeus para Israel. Agora vamos ver no Novo Testamento, qual é a essência da mensagem que devemoslevar as nações? A mensagem principal de Jesus foi “o arrependimento e o Evangelho do Reino”.Cristo nos ordenou a pregar o Evangelho do Reino às nações. Vamos ver o que está envolvido nestetermo. É necessário que tenhamos uma idéia clara do que estamos pregando sobre missões.

A. A NATUREZA DO REINOOs líderes judeus erraram porque não entenderam a natureza do reino. Esperavam um reino físico,

e Cristo trouxe um reino espiritual. Eles esperavam um Messias que conduziria a nação e dominaria osromanos. Jesus veio com uma mensagem do reino tão diferente de suas expectativas que não “tinham

olhos para ver e nem ouvidos para ouvir.” Até mesmo seus próprios discípulos perguntaram depois dasua ressurreição e antes de subir ao Pai, em Atos 1:6 - Restaurarás o reino a Israel neste tempo?”

A resposta para os discípulos em Atos 1:7-8 é interessante: “Não os toca a vós saber os temposou épocas que o Pai fixou em seu poder, mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins daterra”. O Senhor Jesus está mudando o tema, ou está realmente respondendo à pergunta? Será que eleestá tentando, mais uma vez explicar a natureza do reino, e o que é o evangelho do reino?

Vamos ver algumas características do reino que Cristo pregou:

1. É um reino que muda o interior do homem: João 3:3

2. É um reino espiritual. João 3:53. Já está entre nós. Lucas 17:20-214. É a soberania, o senhorio e o governo de Deus em todo o universo. Salmo 103:19, Salmo 145:135. É a sua autoridade e reinado sobre nossas vidas. Mateus 6:10, Mateus 6:336. É um mistério. Marcos 4:11, Lucas 8:107. É para os humildes e simples. Lucas 18:16-17, Lucas 06:208. É difícil para o rico entrar. Lucas 18:249. O reino de Deus lança fora a Satanás. Mateus 12: 28

10. É para aqueles que sofrem perseguição por causa da justiça. Mateus 5:10.11. A palavra do reino é como a semente que cai em quatro tipos de solo. Mateus 13:18-23.12. Recolhe os bons e o maus, e a separação não vem até depois dofim dos tempos. Mt. 13:24-30; 13:47-50.13. Parece insignificante até que cresça. Mateus 13:31-33.

14. É um tesouro escondido. Mateus 13:44-4615. Requer tudo dos seus seguidores. Lucas 9:57-6216. Não é deste mundo. João 18:3617. Vale mais do que qualquer outra coisa. Lucas 12:31-3418. É um reino inabalável. Hb. 12:2819. Entramos no reino por meio de tribulações. Atos 14:2220. Não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria. Rm. 14:1721. Não consiste em palavras, e sim em poder. I Coríntios. 4:20.22. Os injustos não o herdarão. I Coríntios 4:20; Efésios 5:5.23. Os perdoados o herdarão. Col. 1:12-1424. É para aqueles que fazem a vontade do Pai. Mateus 7:21

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B. PREGANDO O EVANGELHO DO REINO

É muito importante para qualquer discussão sobre Missões que entendamos o que é a mensagemdo reino de Deus que estamos pregando. O Evangelho do Reino muda corações e vidas, os livra doreino das trevas, e os coloca no caminho de Cristo como seus seguidores, sob seu reinado e senhorio.

Às vezes pregamos um evangelho incompleto, que somente promete bênçãos de Deus, a salvaçãoeterna, prosperidade econômica e saúde divina, sem explicar às pessoas o que Deus requer deles. Jesuspode ser Salvador sem ser Senhor sobre a vida de um? Tal como os israelitas queriam receber todosos benefícios de Deus sem cumprir sua responsabilidade de obedecer a Deus, ser fiel, e levar as boasnovas às outras nações, nós também temos que ter o cuidado de pregar toda a verdade. O Evangelhodo reino nos dá tudo, mas requer um compromisso de nossa parte também. É um mandato do Senhor,e não uma sugestão de que seus filhos preguem o Evangelho a todas as nações!

O Evangelho do reino muda a sociedade a partir de dentro, de pessoa a pessoa, de família porfamília, etc. Não é mudar a sociedade pela política, não é somente um evangelho social . É mais doque isso. Às vezes, talvez, sentiremos o chamado de desafiar as instituições políticas ou sociais queestão amparando a injustiça e a opressão, tais como a escravidão ou a prática de queimar viúvas vivas

na Índia. Mas devemos sempre entender que a nossa principal missão é a extensão do reino de Deus naTerra, mudando a vida e, assim, lentamente, trazendo mudanças para a sociedade. O Evangelho é comoaquela semente que parece tão insignificante, mas quando ela cresce, ela se torna uma grande árvore.

Até quando devemos pregar o Evangelho do Reino? Veja o que diz Mateus 24:14: “E serápregado o evangelho do reino em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então, virá o fim.“Nós estamos apressando” a vinda de Cristo, quando anunciamos o Evangelho a cada grupo étnico!

Permitamos que este versículo que estamos discutindo, Mateus 24:14, arda em nossos corações.Deus não tem falado isso com nenhum grupo de pessoas, que não seja a Igreja de Jesus Cristo. Este éo programa de Deus. Isso significa que o sentido último da civilização moderna e destino da históriahumana, você e eu somos mais importantes do que as Nações Unidas! Da perspectiva da eternidade, amissão da Igreja tem mais peso que o colocar exércitos em marcha, ou que as medidas tomadas pelascapitais do mundo.

Que possamos abandonar esse complexo de inferioridade! Deixemos para sempre de sofrerpor nós mesmos e de lamentar por nossa insignificância. Que possamos reconhecer que somos comoDeus nos vê e procuremos nos envolver nas informações sobre este programa que nos foi divinamenteconfiado. Estas boas novas do Reino devem ser pregadas em todo o mundo ...em testemunho a todasas nações; e então virá o fim”.

Você deve estar feliz, muito orgulhoso de fazer parte da Igreja de Cristo, porque nós temosrecebido a tarefa mais significativa e valiosa jamais dada a qualquer instituição humana.

ISTO COMUNICA A MINHA VIDA UMA IMPORTÂNCIA ETERNA, PORQUE EU

ESTOU PARTICIPANDO DO PLANO DE DEUS PARA TODOS OS TEMPOS. O DESTINO DAHISTÓRIA ESTÁ EM MINHAS MÃOS.

(Extraído de “World Mission”, Vol. I, por J. Lewis, pags. 85-86.)

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C. CRISTO E O REINO

1. “O Filho do Homem” • É evidente a partir do título que Jesus escolheu para si, “O Filho do Homem”, usado por ele

mais de 40 vezes nos Evangelhos, que quis identifi

car-se com todas as pessoas, não exclu-sivamente com os judeus. Ele podia haver utilizado o título mais conhecido para o Messiasentre os judeus, - o “Filho de Davi” mas preferiu ser chamado “O Filho do Homem”.(Ver Daniel 7:13-14 e Mateus 8:20, Marcos 13:26 como exemplos).

2. A visão de Cristo em um Reino Universal

• A tentação do diabo para dar “todos os reinos do mundo e a glória deles”, Mateus 4:8, é umaprova de que seu objetivo era um reino mundial. Cristo rejeitou o método que o diabo ofereciae optou por obedecer ao Pai e sofrer a cruz para ganhar o reino.

• Em sua primeira mensagem em Nazaré, Lucas 4:24-27, Jesus disse que os profetas sempre

encontraram mais fé entre estrangeiros do que entre seu próprio povo!• Jesus mostrou uma convicção da sua missão especial para a nação judaica, quando ele enviou

a 12 para pregar dizendo, “pelo caminho dos gentios, não vá”, em Mateus 10:5-6. Mas elemostrou seu interesse depois aos outros povos quando enviou aos 70 a pregar, em Lucas 10:1.Desta vez não foram apenas orientados ao povo judeu. Assim como os 12 discípulos simbo-lizam as 12 tribos de Israel, os 70 estão simbolizando os países gentios. (Em Gênesis 10, onúmero 70 simboliza todas as nações dos gentios.) Veja Romanos 1:16.

• Em Mateus 8:5-13, Jesus curou o servo do centurião romano, dizendo que “nem mesmo emIsrael, encontrei tamanha fé.”

• Lucas foi o escritor gentio, e ele escreveu as palavras de Jesus que “muitos virão do Orientee do Ocidente, do norte e do sul, e se sentarão à mesa no reino de Deus”.

• A mulher cananéia, que Jesus livrou à sua filha. Mateus 15:21-28.• A aldeia samaritana que Jesus usou como exemplo a seus discípulos demonstrou que ele

queria salvar a todos. Lucas 9:51-55.• Alguns gregos que queriam ver Jesus, João 12:20-21 e 32.• Na estrada para Emaús, Cristo explicou que o arrependimento e a remissão dos pecados deve

ser pregado em todas as nações, começando por Jerusalém, Lucas 24:45-48.

3. O Reino de Cristo derrota os seus inimigos!

O reino de Cristo tem um aspecto presente e um futuro (I Coríntios. 15:24-26). Na verdade,

o reino vem em três fases:

a. A primeira manifestação do reino de Deus se encontra na missão de Jesus Cristo na terra.

b. A segunda vitória é quando Satanás é acorrentado ao fundo do abismo no começo do milênio.

c. A terceira fase é o fim do milênio, quando a morte, Satanás e o pecado são finalmentedestruídos completamente.

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“QUAIS SÃO OS TRÊS INIMIGOS QUE CRISTO VENCEU NA CRUZ?”

1. A vitória sobre a morte.Em 2 Timóteo 1:10 traz a palavra “remover”, que na tradução não significa excluir, mas “vencer,

anular o poder, colocar fora de ação”. Mediante sua morte e ressurreição, Cristo venceu a morte! Elequebrou o seu poder, todavia é um inimigo, mas um inimigo derrotado.” Leia I Coríntios 15:50-58 e

regozijai-vos no Senhor e sua vitória!

2. A vitória sobre Satanás.Em Hebreus 2:14-15 a palavra “destruir” aqui é a mesma encontrada em 2 Tm. 1:10. Cristo

tem invalidado o poder de Satanás. Ainda continua tramando, lançando perseguições contra o povode Deus, mas é um inimigo derrotado! Cristo expulsava demônios, e deu o mesmo poder aos Seusdiscípulos dizendo em Mateus 12:28, “Mas se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo échegado a vós o Reino de Deus”.

3. A vitória sobre o pecado. (Hb. 9:26, I João 1:7, Rom. 6:6).

Em Romanos 6:6 vemos que “o nosso velho homem foi com ele crucifi

cado para que o corpo dopecado seja destruído, para que não sirvamos mais ao pecado. “Somos livres da escravidão do pecadoe seu poder sobre nós por Cristo!

Leia Romanos 8:37-39 e REGOZIJEM-SE NO SENHOR JESUS!

 Pare um instante em seus estudos para dar graças a Deus com o seu coração e com sua voz pela vitória que Ele nos deu sobre o pecado, a morte e Satanás!

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O EVANGELHO DO REINO CONTÉM UMA MENSAGEM PODEROSA Anuncia que Cristo venceu os inimigos da alma do homem. Nenhuma pessoa que reconheça

seu senhorio deve permanecer na escravidão do medo da morte, de Satanás, ou do pecado. Leia 2Coríntios 2:14. Cristo sempre nos conduz em triunfo!

PORTANTO, IDE

Você deseja a vinda do Senhor? Então se submeta a todo tipo de esforço para trazer o evangelhoao mundo. Isto me preocupa, à luz dos ensinamentos claros da Palavra de Deus, à luz da definiçãoexplícita, feita pelo nosso Senhor, da tarefa dada a Grande Comissão (Mateus 28:19-20) que tomamoscom tanta facilidade. “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. “Estas são as boas novas doreino. Cristo venceu a autoridade de Satanás. O reino de Deus triunfou sobre o reino do diabo, a eraímpia foi derrotada pelo próximo século, na pessoa de Cristo.

 

Toda a autoridade é sua agora. Ele não mostrará esta autoridade de sua gloriosa vitória finalaté que venha outra vez, mas agora a autoridade é sua. “Ide, portanto, vocês”. Por quê? Porque todaautoridade, todo poder é seu e porque Ele está esperando até que tenhamos terminado a nossa tarefa.Seu é o reino. Ele reina no céu e ele manifesta seu senhorio sobre a terra dentro de sua igreja e foradela. Quando tivermos cumprido nossa missão, ele vai voltar e estabelecer o seu reino em glória. A nósnos tem dado não apenas esperar por sua vinda, mas também apressar o dia de Deus (2 Pedro 3:12).

Esta é a missão do evangelho do reino e esta é a nossa missão.

(Extraído de “Missões Mundiais”, Vol.1, J. Lewis, pg. 88.)

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LIÇÃO 5 A MISSÃO DA IGREJA

A. DEFINIÇÃO DA MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO

“Eu edi ficarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Mateus16:18. Estas palavras-chave do Senhor nos dá a entender mais sobre o seu propósito na pregação doevangelho do reino a todas as nações da terra. Vemos que a edificação de sua igreja seria o foco donosso trabalho. Leia também Mateus 18:15-20. Nesta passagem o Senhor ensina sobre a disciplina naIgreja, e sobre o poder da unidade. Observe especialmente os versos 19 e 20: “Também vos digo que,se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou euno meio deles.”

Quando Jesus, após Sua ressurreição, deu suas instruções finais aos discípulos em Mateus28:19-20, estava se dirigindo a liderança da primeira igreja local do mundo! Leia a passagem e noteas três coisas que Jesus queria que fosse feito em sua igreja:

1. Fazer discípulos;2. Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito;3. Ensinando-os a obedecer a tudo o que vos tenho ordenado.

Estas três coisas devem ser feitas em grupo, comunidade ou formando igrejas locais. Cristo nãofalou sobre que tipo de edifício devemos construir, nem assuntos do governo da Igreja, nem comodeveria ser direcionada a ordem dos serviços, mas é evidente que lhes disse para ir e fazer discípulosa todas as nações.

B. AS PRIMEIRAS IGREJAS LOCAIS (Atos 1-15)

As palavras proféticas de Cristo em Atos 1:8 nos fornecem um esboço excelente para compre-ender a dinâmica missionária, “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo; e ser-me-eisminhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os con fins da terra”.

(Extraído de “Missão Mundial, Vol. I, por J. Lewis, pg 96.).

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Com a vinda do Espírito Santo sobre os 120 discípulos no cenáculo, começou uma nova era.O poder do Espírito foi manifestado no cumprimento das palavras da profecia do Salmo 67, quedurante séculos foi oferecida como louvor de ação de graças na festa anual de Pentecostes: “Deustem misericórdia de nós e nos abençoe ...para que seja conhecido em toda Terra o seu caminho, eem todas as nações a tua salvação”. Judeus de cada nação naquele dia escutaram louvores a Deus e

as boas novas na sua própria língua. Quando Pedro pregou poderosamente sob a unção do EspíritoSanto, três mil almas se arrependeram e foram batizadas. A IGREJA DE CRISTO EM JERUSALÉMHAVIA NASCIDO!

Não há nenhuma menção da igreja de Cristo se espalhar para além de Jerusalém até o capítulo8 de Atos. Em Atos 5, vemos o julgamento de Deus contra Ananias e Safira por sua hipocrisia, já nocapítulo 6 a resolução de alguns problemas de organização e reconhecimento dos primeiros diáconosda igreja. No capítulo 7 vemos a grande perseguição que se levanta contra a igreja em Jerusalém e amorte de Estevão o primeiro mártir, e os cristãos foram espalhados pelas regiões de Judéia e Samaria.

Onde quer que eles fossem dispersos pela perseguição, os cristãos pregavam a Palavra de Deus.(Ler Atos capítulo 8.) Somente os apóstolos estavam em Jerusalém. Curiosamente, não foram os dozeapóstolos que foram os primeiros a levar as Boas Novas para além de Jerusalém. Atos 8:1 diz , ...”e

todos exceto os apóstolos, foram espalhados por toda a Judéia e Samaria”. Felipe foi o primeiro quepregou em Samaria e houve milagres de cura e libertação de espíritos malignos. Quando os apóstolosem Jerusalém, perceberam que os samaritanos haviam aceitado a Palavra de Deus, enviaram a Pedro eJoão. Eles colocaram as mãos sobre os novos crentes e eles receberam o Espírito Santo (v.17). Assimnasceu a igreja em Samaria. Ao retornar a Jerusalém, no caminho Pedro e João pregaram o evangelhoem outras aldeias dos samaritanos (v. 25).

No capítulo 10, vemos a terceira fase da obra missionária quando o Espírito Santo levou Pedropara pregar a Cornélio, um centurião romano, e sua família e amigos, pessoas com descendênciatotalmente gentílica. Enquanto Pedro ainda estava pregando a mensagem, o dom do Espírito Santo foiderramado sobre eles e falavam em línguas e louvavam a Deus. Em seguida, eles foram batizados emágua. A igreja de Cristo veio para incluir os gentios! Isso foi uma coisa maravilhosa para os cristãos judeus e Pedro teve de explicar tudo à igreja de Jerusalém que aconteceu. Eles, surpreendidos, respon-deram em Atos 11:18, ...Assim também para os gentios foi concedido o arrependimento para vida!Finalmente chegaram a entender o plano de Deus para salvar as nações, não somente para os judeus!

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Vemos no capítulo 11:26, que em Antioquia os discípulos foram chamados pela primeira vezde “Cristãos”. Isso é radical, porque eles foram reconhecidos como mais do que apenas uma seita judaica. Foi esta igreja gentílica que apresentou o argumento da circuncisão no Concílio de Jerusalém.Neste evento tão histórico em Atos 15, foi decidido pelos apóstolos que os gentios não tinham quecircuncidar-se ou seguir as tradições judaicas para serem aceitos na nova comunidade cristã.

O Capítulo 13 marca o início da terceira fase de evangelização – “até os confi

ns da terra”. (Leiaeste capítulo agora.) A perseguição moveu os primeiros discípulos a evangelizar fora de Jerusalém, oresto da Judéia e Samaria, em primeiro lugar. Então vemos a formação da primeira Igreja dos gentios,em Antioquia e o reconhecimento de que o evangelho era para todos. A igreja agora está disposta amover-se com o propósito de enviar missionários para pregar o evangelho para além das suas própriasfronteiras culturais e geográficas. Vamos ver como ele foi feito.

C. A IGREJA ENVIA AOS MISSIONÁRIOSHá várias coisas muito importantes e interessantes que observamos no presente capítulo 13

sobre o envio de missionários. Em primeiro lugar, o chamado e o envio não foram feitos à margem da

igreja. Pelo contrário, a igreja foi o instrumento usado pelo Espírito Santo para chamar e comissionara Paulo e Barnabé, enquanto os líderes da igreja estavam orando e jejuando. Percebe-se que Deus nãofalou de forma isolada estes dois homens.

Após o Espírito Santo falar sobre o chamado, os líderes comissionaram a Paulo e Barnabé,através da imposição de mãos para enviá-los. Havia uma confirmação do chamado entre os líderes daigreja. Em passagens depois, vemos Paulo e Barnabé dando informações a Antioquia, de onde tinhamhaviam sido “enviados” (Atos 14:26), e Jerusalém, onde Barnabé foi originalmente enviado. Estes sãotrechos muito significativos para compreender o papel da igreja local na obra missionária. O papel daigreja como enviadora e responsável dos enviados, e uma comunicação constante entre ambos, sãoalguns dos fatores muito importantes para a consideração de qualquer obra missionária.

O restante do livro de Atos trata principalmente sobre as três viagens missionárias de Paulo e suaequipe missionária que pregou a Palavra de Deus, ensinou aos crentes novos convertidos e estabeleceuanciãos em cada igreja. Um estudo mais profundo do livro de Atos e as viagens missionárias de Pauloestá mais amplamente tratado no curso de “Poder do Reino” do Seminário Bíblico das Américas.

D. ELABORAÇÃO DE UMA MISSÃOVamos ver brevemente usando a vida de Paulo no livro de Atos como um exemplo, como

normalmente deve ser o processo de preparação de um missionário. No seu caso, desde que Cristochamou a Paulo na sua conversão, teve pelo menos sete anos, de preparação para a obra missionária.Primeiro, a conversão dá ao novo convertido um grande desejo de ter comunhão com outros crentes

e um zelo ardente de partilhar o seu testemunho. Ao testificar, isso sempre produzirá perseguição pormeio dos não-crentes, e às vezes rejeição pela família e até mesmo de outros cristãos. Como resultado,começa um período de retiro durante o qual o novo crente aprende a reconhecer sua total dependênciade Deus. Nesta fase, o desejo de ter comunhão íntima com Deus, geralmente leva a um estudo dasEscrituras e à oração.

Finalmente, apresenta a oportunidade de servir sob a liderança de pessoas com mais experi-ência. Em seguida surge seu próprio ministério e vocação. Veremos este modelo na vida de Paulo.

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(Extraído da pag. 102. “Missões Mundiais”, Volume 1)

 

Esta não é uma “fórmula precisa” para produzir missionários, mas é bom ver o processo decrescimento e desenvolvimento de Paulo como missionário para ver como vamos nos preparar paraser eficaz hoje. É necessário passar por um processo pelo qual Deus está levando a maturidade aum crente antes de atribuir o papel de líder em qualquer ministério. Observe o conselho de Paulo aTimóteo em I Timóteo 5:22, “a ninguém imponha precipitamente as mãos”. Podemos também notarque Paulo sempre trabalhou “em conjunto”, e nunca sozinho. Isto será discutido mais adiante noestudo. Em Romanos 16, vemos uma grande lista de trabalhadores e colaboradores de Paulo emlugares diferentes onde ele trabalhava.

E. A META DE MISSÕES.

Vimos que o objetivo das missões é basicamente a fundação das igrejas, a comunidade de crentesque continuam a viver suas vidas em “koinonia”, para estar em comunhão uns com os outros. A Bíbliadescreve a igreja como o “corpo de Cristo”. Devemos sempre lembrar que Cristo deu a sua vida pornada menos que a igreja, Efésios 5:25. Como um organismo vivo, cada igreja cresce e se reproduz a si

mesma mediante o testemunho, o estabelecimento de igrejas filhas e o envio de equipes missionárias.Cada igreja tem a responsabilidade de fazer a sua parte, segundo os dons do Espírito Santo deu-lhesno cumprimento da Grande Comissão.

A plantação de igrejas é o objetivo prioritário de toda a obra missionária. O trabalho missionário,não importa o quão brilhante seja, não permanecerá a menos que o anterior seja alcançado. Na últimaanálise, são as congregações locais, em vez dos crentes, que vêm a produzir mudanças duradouras navida espiritual de uma região. O “campos missionários” são áreas onde não há igrejas.

Qualquer outro ministério de missões tem que estar relacionado com as igrejas locais para queos resultados sejam eficazes e duradouros.

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LIÇÃO 6 HISTÓRIA DO MOVIMENTO

CRISTÃO MUNDIAL 

A. PERÍODOS DA EXPANSÃO DO CRISTIANISMO

(De pg. 125, “Missão Mundial”, J. Lewis, Volume I)

B. MISSÕES MUNDIAIS NO ÚLTIMOS 200 ANOS

1. Primeira Época - O Despertar das MissõesWilliam Carey, um jovem na Inglaterra, começou a ter problemas quando ele desafiou um grupo

de ministros sobre a necessidade de cumprir a Grande Comissão. Eles responderam: “Quando Deusquiser ganhar aos pagãos, será sem a tua ajuda ou a nossa. William Carey então tentou outra tática,escrevendo um livro chamado “Uma Pesquisa sobre a obrigação dos cristãos de usar os meios paraa conversão dos Pagãos”. Seu livro atingiu vários amigos e eles começaram uma pequena agênciamissionária. No mundo do Inglês, o livro tornou-se a “Carta Magna” do movimento missionário.

Depois William Carey saiu como missionário para a Índia.Cinco estudantes universitários nos Estados Unidos foram impactados pelo livro de Carey,

e começaram reuniões de oração para buscar a direção de Deus para suas vidas. Isso resultou naformação de uma agência missionária americana, e depois dezenas de outras agências missionáriasforam formadas em ambos os lados do Atlântico. A idéia havia chegado, pois logo eles iriam seorganizar para enviar missionários. A Igreja do Senhor estava se despertando para a necessidadede enviar missionários para os países não alcançados. Além disso, muitos grupos de oração foramformados para dar suporte aos missionários.

O foco desta vez foi a África ea Ásia e, especialmente, alcançando as pessoas que estavam nascostas destes continentes. A nota mais impressionante desta época era o valor e consagração totaldestes missionários. Na África, por exemplo, dos missionários dos primeiros 70 anos do século XIX(1800 d.C.), poucos sobreviveram aos primeiros dois anos devido as enfermidades. Saíram comomissionários com a idéia de que nunca regressariam aos seus países, mas que dariam a suas vidaspara a obra de Deus. Verdadeiramente saíram como missionários corajosos em uma torrente pratica-mente suicida, que não puderam ser igualados em nenhuma outra época. Podemos aprender muito dadedicação desses missionários que deram suas vidas para pregar o evangelho.

Havia grandes missiólogos nesta etapa que reconheceram e escreveram acerca das etapas pelasquais se devem passar a atividade missionária. O objetivo do missionário deve ser sempre levantar alíderes nacionais e uma igreja nacional, que seja auto-suficiente e que possa continuar evangelizandosem a presença do missionário. Foi reconhecido que os missionários devem regressar aos seus países,quando isto acontecer. Vamos ver estas quatro etapas.

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OS QUATRO ESTÁGIOS DA OBRA MISSIONÁRIA(De pg. 149, “Missões Mundiais”, J. Lewis, Volume I)

FASE I: PIONEIRARequer o dom da liderança, junto comoutros dons. Não existem crentes: o missionáriodeve fazer muito do trabalho por si só.

FASE II: PATERNALRequer o dom de ensinar. A igreja jovem tem uma relação com a missão comose fosse uma criança em crescimento. Masnesta fase devem evitar cair no “Paternalismo”.

FASE III: SOCIETÁRIARequer a transformação de uma relaçãoPAI-FILHO para ADULTO-ADULTO. É umamudança difícil para ambos, mas essencial paraque a igreja se torne um “adulto maduro”.

ETAPA IV: PARTICIPATIVAA igreja, agora totalmente madura, assumea direção. Enquanto permanecer nela a missão,esta deve usar seus dons para fortalecer a igreja,a fim de atender objetivos definidos emMateus 28:19,20. Enquanto isso, a missãodeverá envolver-se em outros lugares.

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FÓRMULA TRIFÁSICAOs dois maiores estrategistas missionários do século XIX eram também funcionários das duas

principais agências missionárias, Henry Venn na Inglaterra e Rufus Anderson nos Estados Unidos.Juntos estabeleceram como meta reconhecida nas missões protestantes como a famosa “FórmulaTrifásica”. O objetivo da missão era o de levantar e apoiar o desenvolvimento de igrejas que foram :

1. auto-governantes2. auto-suficientes3. auto-propagantes. 

Infelizmente, houve uma mudança na mentalidade missionária e a estratégia durante o últimoquarto do século XIX. Os executivos das Missões optaram por considerar que a igreja Africana erade qualidade inferior e não poderia fornecer uma liderança sem supervisão européia. Uma situaçãosemelhante de paternalismo surgiu na Índia e se desviaram da fórmula trifásica. “Mas, depois da Confe-rência Missionária Mundial de Edimburgo, em 1910, se iniciou a notar uma mudança na “devolução”da autoridade da igreja por parte das organizações missionárias, e praticamente todas as sociedades

adotaram esse ideal de novo da fórmula trifásica”.

2. Segunda Época – Alcançando o InteriorHudson Taylor é o missionário que mais impactou a segunda época, com as suas idéias sobre

a necessidade de alcançar as pessoas na China em 1865. Até então, os missionários apenas haviamalcançado as pessoas na costa da China. Ele se preocupava com os milhões dos povos não alcançadosno interior do país. Taylor formou a organização “Missão para o interior da China”, uma missãosustentada completamente pela fé e a oração, proibindo missionários de pedir fundos diretamente dopovo. Eventualmente chegaram a ter mais de 6.000 missionários essa agência missionária!

Outras agências missionárias para alcançar o interior da África e outros países da Ásia começarama se formular. Levou mais de vinte anos para fazer com que as agências missionárias começassem a se juntar com as idéias de Taylor em sua ênfase especial: as fronteiras não alcançadas. Mais de 40 novasagências foram formadas e começaram a enviar pessoas: Missão para o Interior do Sudão, Missão parao Interior da África, Missão dos Campos não evangelizados, e assim por diante.

3. Terceira Época – Alcançando as Tribos e Grupos étnicos não alcançados.O Século 19 tem sido chamado “o Grande Século” do trabalho missionário com os pioneiros

alcançando a todos os continentes do mundo com o início da atividade missionária. No século 20, umprogresso contínuo em massa com alguns acontecimentos importantes.

Nos primeiros anos do século passado, o Espírito Santo foi derramado sobre o povo de Deus nomundo, produzindo uma onda de atividade missionária, especialmente em países como Suécia, Ingla-

terra e Estados Unidos. Seguindo o modelo dos “Feith Missionaries” (Missionários da Fé) a MissãoSueca Livre começou a enviar missionários como Axel Anderson a México e Gunner Vengren, JoelCarlson, Otto Nelson para o Brasil, onde hoje existem mais membros das Assembléias de Deus nosEstados Unidos. A atividade missionária das igrejas pentecostais deixou seu impacto em todo omundo, especialmente na América Latina, África e China, onde a grande maioria dos evangélicos sãoos crentes pentecostais ou carismáticos.

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Seminário Bíblico das Américas 31.

LIÇÃO 7ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA

A. HISTÓRIA DA ESTRATÉGIA MISSIONÁRIATodos nós usamos uma estratégia, de maneira consciente ou não. É importante que a nossa

estratégia seja bíblica, eficiente e atualizada para hoje. Vejamos a história da estratégia missionária,para ver o que podemos aprender com o que outros fizeram.

A estratégia mais extraordinária realizada no século XVIII, foi a da igreja moraviana, desen-volvida pelo conde Zinzendorf. Os missionários moravianos, no início de 1734 foram enviados coma finalidade de ir ao encontro das pessoas mais rejeitadas e esquecidas. Eles deviam sustentar-se a simesmos, o que levou à criação de indústrias e de empresas de negócios para apoiar financeiramenteo trabalho e proporcionar um contato mais íntimo com o povo. Aos missionários de Morávia foiaconselhado que não aplicassem as normas utilizadas dentro da Alemanha aos outros povos e queestivessem alerta para reconhecer as características dadas por Deus, assim como as características eatributos destes povos.

B. DUAS ESTRUTURAS DA EXPANSÃO MISSIONÁRIAVimos no estudo anterior que as estruturas missionárias têm sido essenciais para a expansão do

evangelho em outros países. Hoje continua a necessidade de agências missionárias para o andamentodas missões mundiais. Algumas pessoas aceitam, mas outros se perguntam se realmente deve serassim. Não deveria a própria igreja exercer sua autoridade para enviar missionários e controlar seusesforços missionários? Por que precisamos de outra instituição?

Vamos examinar essas duas estruturas e suas relações entre si e tentar responder as perguntas edúvidas sobre isso. A maioria dos missiólogos acreditam que as duas estruturas são necessárias. Se éassim, as igrejas dos Dois Terços devem formar suas próprias sociedades missionárias com pessoasqualificadas e usá-las, se quiserem exercer a sua responsabilidade missionária.

Mesmo na igreja do Novo Testamento se vêem duas estruturas missionárias, na sinagoga cristãe a equipe missionária de Paulo, por exemplo. O trabalho missionário de Paulo foi, em grande parte,recorrer as sinagogas espalhadas por todo o império romano da Ásia Menor, explicando aos judeus egentios que o Messias havia chegado em Jesus Cristo. Depois foram desenvolvidas sinagogas comple-tamente novas que não eram apenas cristãs, mas gregas, também. Os gregos podiam seguir sendogregos sem a necessidade de circuncidarem-se ou adotar as tradições judaicas. Paulo também pregava

nas casas e ao ar livre, às vezes.Como visto acima, Paulo e sua equipe foi enviada pela Igreja de Antioquia em primeiro lugar, mas

uma vez distante de Antioquia se desenvolveu por sua conta. Seu grupo consistia sempre de pessoasmaduras e comprometidas com o trabalho. A este respeito, era diferente da estrutura da igreja local.Era o protótipo de hoje das agências missionárias. O grupo formado por ele recebia oferta das igrejaspara apoio, mas às vezes eles eram auto-suficientes, trabalhando com as mãos, quando era necessário.

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DUAS ESTRUTURAS NECESSÁRIAS DUAS FUNÇÕES DIFERENTES

IGREJA LOCAL: AGÊNCIA MISSIONÁRIA:1. Para todos. 1. Para os mais comprometidos.2. Não tem muitas exigências. 2. Há mais exigências.3. Não existem muitos meios para sair. 3. Existem maneiras de sair para evangelizar.4. É para adoração, ensino, comunhão e 4. Para enviar para as missões mundiais

serviço local. 

RESUMOAs duas estruturas, a igreja local e a agência missionária são necessárias para a expansão do

reino de Deus, embora tenham funções diferentes. A igreja local, da qual a maioria de nós somosmembros, é dedicada principalmente à exortação, ao ensino com o fim de incentivar os cristãos noseu crescimento espiritual e à adoração. É aberto a todas as idades, crianças e adultos, homens emulheres, todos com diferentes níveis de maturidade espiritual e compromisso. A agência missionáriasupre outra necessidade no corpo de Cristo. A função é principalmente para oferecer um veículo paraos mais dedicados, principalmente jovens e adultos que sentem um chamado para missões em outrospaíses. A visão e a vitalidade espiritual da agência missionária inspira e desafia a igreja local. A igrejalocal oferece pessoas qualificadas e dedicadas para ir às missões, e fornece os recursos econômicos e

a oração. Assim é como as duas estruturas estão intimamente relacionadas.Definimos a “estratégia” como meio direcionado para alcançar certa meta. Todos nós operamoscom alguma estratégia, conscientemente ou não. Reconheçamos que algumas estratégias são melhoresque as outras! Isso nos desafia a depender do Espírito Santo para cada situação que enfrentamos,especialmente outras culturas com costumes diferentes. Quando olhamos para a história missionáriaem relação a estratégia, vemos que se mudam de acordo com o tempo, lugar e cultura. Os princípiospara a missão eficazes surgiram através de tentativas e erros e foram aperfeiçoados ao longo do tempo.É ótimo aprender com os erros e acertos dos outros, para formular a nossa nova estratégia em cadasituação, sob a orientação do Espírito Santo.

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LIÇÃO 8 A TAREFA RESTANTE 

 

É importante planejar nossa estratégia de forma eficaz, e qual é a tarefa restante? Dr. RalphWinter, no Congresso Internacional sobre Evangelização Mundial, em 1974, mostrou que havia 2,4milhões de pessoas no mundo que ainda não tinham sido alcançados. Ele definiu a tarefa restante emtermos da concepção bíblica de nações, chamando a aqueles ainda não alcançados como “povos nãoalcançados” ou “ocultos”. Vamos examinar a tese de Winter, sua terminologia e a razão fundamentalde suas conclusões. Faremos também uma breve descrição das áreas principais dos povos não alcan-çados para nos dar uma visão geral da tarefa restante.

A. AS NAÇÕES INALCANÇADAS (RESUMO DO DR. WINTER)

Nenhuma perspectiva sobre toda a raça humana pode ser curta, sem cair na tendência a sersimplista. Hoje, porém, depois de quatro mil anos, mais da metade das famílias da terra são, ao menossuperficialmente, judeus na religião e receberam a bênção de através da fé de Abraão e seus descendentes.

1. Nações e paísesQuando vemos a palavra “nação” tendemos a imaginar uma entidade política ou país, como a

China ou o México. Este não é o conceito expresso na Bíblia. Uma tradução mais exata vem direta-mente da palavra grega “etnia”, que foi traduzida, não apenas como uma “nação”, mas também como“unidade étnica”, “povo”, ou (no NT) “pagão” ou “gentil”. Em qualquer caso, refere-se a um paíscomo nós o compreendíamos.

Também no Antigo Testamento, a palavra “GAM”, que é 1821 vezes, refere-se a um povo, auma raça ou tribo, ou a uma família de homens. A outra palavra, “mishpalgleh” é usada 267 vezes, e serefere à família, parentes ou ancestrais. Esta é a palavra usada em Gênesis 12:3: “Em ti serão abenço-adas todas as famílias da terra. O conceito de “país” está totalmente ausente em ambos os casos. Éclaro que na Bíblia a palavra “nação” se refere às pessoas, tribos, línguas e linhagens.

A NAÇÃO NO CONCEITO BÍBLICO

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Paulo identificou-se como o apóstolo dos gentios (ou seja, entendendo gentios como “povos”ou “nações”). Ele veio a entender que Deus queria que os gentios não cometessem um “suicídiocultural” para se converter a Cristo! Paulo se referiu a isso como um mistério oculto por muito tempo,mas agora revelado (Efésios 3:4). Não era novidade nenhuma um gentio tornar-se judeu e integrar acomunidade de fé do povo de Deus. A novidade foi a unidade sem uniformidade. Os gentios podiam

seguir a Jesus sem necessidade de serem judeus culturalmente.Muitos ocidentais tendem a pensar que todos os que vivem na China são racialmente chineses,em outras palavras, querer dizer chinês han. No entanto, o Governo da República Popular da China,que busca a unidade do povo, reconheceu várias minorias étnicas, grupos ou seja, de pessoas quedefinitivamente não são chineses han, mas que nasceram na China e tem vivido lá por centenas deanos. Além do mais, há uma vasta gama de chineses han. “E há pelo menos uma centena de idiomasdiferentes no seio da família da língua chinesa!

A Índia é um país de três mil nações, das quais apenas uma centena tem alguns cristãos. Muitasorganizações missionárias afirmam que o seu objetivo é “multiplicar os trabalhadores em todas asnações”. No entanto, ele mantém apenas informações sobre os países em que opera, mas não sobrequantas nações bíblicas estão alcançando. Olhando o mundo a partir do conceito de “povos” não é

só bíblico, mas também altamente estratégico, pois existe uma classe de evangelismo e plantação deigrejas tipo intracultural, que é muito mais estratégica que todas as demais. O termo”grupo de pessoas”foi inventado para fazer distinção entre o conceito bíblico de nação e o uso popular da palavra.

B. EVANGELISMO E-1, E-2 e E-3Denominamos Evangelismo E-1 como as Igrejas que estão testemunhando e ganhando o resto

dos incrédulos em seus próprios grupos de dialetos, por meio de evangelismo com vizinhos próximos.Houve apenas uma barreira social entre crentes e descrentes.

O Evangelismo do exterior é muito mais difícil, pois requer aprender uma língua diferentesou, pelo menos, um outro dialeto da mesma língua para se comunicar. Este tipo de evangelismo échamado evangelismo E-2 ou E-3. O evangelista terá de atravessar as barreiras culturais importantes.

Temos de reconhecer que existem barreiras culturais, lingüísticas, sociais e também as rivali-dades e preconceitos de uma cultura para outra que é muito complexa. Exemplos Bíblicos:

1. Filipe em Atos 8 nãoera um judeu étnico, mas um  judeu Helênico de etnia gregaatingindo os samaritanos. Felipeera culturalmente mais distante

dos samaritanos que aos judeus,mas foi precisamente essadistância que podia fazer comque os samaritanos o ouvissem.

2. Paulo era etnicamente judeu, mas cresceu em uma cultura Gentílica. Isso o colocou cultural-mente mais próximo dos gentios que os doze discípulos e explica em parte por que foi escolhido parair a eles. Podemos dizer que Paulo estava a uma distância de E-2 dos gregos, enquanto Pedro estava auma distância de E-3 deles. Lucas, que era grego, estava a uma distância E-1.

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C. PRIORIDADEMissiólogos como o Dr. Winter estimaram que o número total de “grupos de pessoas” no mundo

é de aproximadamente 24.000. Destes 24000 grupos, 12000 são considerados como igrejas viáveis,que deixa um número estimado de 12000 grupos de pessoas não alcançadas. Mediante o EvangelismoE-2 e E-3 poderá alcançar a esses grupos. Os cristãos devem estar ansiosos para deixar a segurança e

a familiaridade afi

m de ultrapassar as barreiras culturais com o evangelho. A missão transcultural é aprioridade fundamental na realização da Grande Comissão.

D. AS MEGAESFERAS INALCANÇADASA maior proporção de grupos de pessoas não alcançadas são pertencentes à mega-esfera budista,

chineses Han, hindus, muçulmanos e tribais. Dentro destas cinco megaesferas podemos contar 11000grupos de pessoas não alcançadas. A maioria de nós sabemos muito pouco sobre essas pessoas, comoelas são, e como chegar até elas. Vamos ver um panorama de cada uma dessas mega-esferas atravésda investigação que cada aluno deste curso vai fazer. Escolha uma destas mega-esferas para estudar eapresentar escrita ou na frente da classe.

(Ver pags. 69-90 Missões Mundiais Volume II)

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LEGENDA • Cristãos verdadeiros, disponíveis para a obra, se são capacitados;

• Cristãos nominais necessitando do evangelismo E-1;

• Não-cristãos que vivem dentro dos grupos já alcançados. Necessita de evangelismo E-1;

• Não cristãos que vivem em grupos não alcançados. Necessita de evangelismo E-2 ou E-3.

TABELA DEMOGRÁFICA DAS MEGA ESFERAS

 Populaçao Grupos Grupos Populaçaoem Milhoes de Povos Inalcançados em Milhoes

Muçulmanos 930 4.030 4.000 860

Hindus 700 3.300 2.000 550

Chineses 1.050 3.200 1.000 150

Budistas 325 1.020 1.000 275

Tribais 220 6.000 3.000 140

EUA e Canadá 277 550 50 8

Outros Anglosaxões 1.250 850 150 142

Outros da Ásia 223 1.600 300 50

Outros da Áfica 275 3.450 500 25

TOTAL 5.250 24.000 12.000 2.200

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LIÇÃO 9 ALCANÇANDO OS NÃO ALCANÇADOS

 

No último capítulo vimos a tarefa restante de missões mundiais. Vimos também a prioridadepara alcançá-los. Neste capítulo, vamos tentar entender a melhor forma de planejar uma estratégiapara alcançar os não alcançados.

A. AS QUATRO ESTRATÉGIAS DE MISSÕES (Dr. Peter Wagner)

1. Estratégia I: as metas adequadas.2. Estratégia II: o lugar devido no momento certo3. Estratégia III: os métodos adequados

4. Estratégia IV: as pessoas adequadas

B. CIRCULAÇÃO DE PESSOASO fracasso dos esforços missionários para formar uma igreja viável em um grupo, mesmo após

muitos anos de trabalho, pode revelar uma ignorância da meta correta. O Dr. Donald McGavranilustra como a compreensão do objetivo a largo alcance da missão, tem um efeito significativo nosucesso global do esforço missionário. (Ver seu artigo “Uma igreja para cada povo: Uma MensagemFácil sobre um assunto difícil” no Volume II de Missões Mundiais, p. 107-115.) Às vezes só pensaro método lento de ganhar almas uma por uma, que são então isolados do seu próprio povo e consi-deradas “traidoras” por ter adotado outra religião e estilo de vida alheio ao resto do grupo. Devemosbuscar as formas ou métodos para promover “movimentos de pessoas”, para o evangelho ao invés deindivíduos apenas.

C. A ESTRATÉGIA DA SOLUÇÃO ÚNICANosso objetivo da missão tem um profundo efeito sobre os métodos que usamos para evange-

lizar. Se nosso objetivo é encontrar um movimento de pessoas para Cristo, não podemos assumirque os métodos normais de evangelização produzirão automaticamente o efeito desejado. Devemosentender que cada grupo é especial e, portanto, requer uma estratégia única para alcançá-los. (Vejaartigo “Alcançando os Não Alcançados”, p. 116-125 Volume II.)

Uma das ferramentas para ajudar a descrever e compreender melhor os povos, e onde seencontram em relação ao movimento para Cristo é a “Escala de Engel”, uma escala proposta pelo Dr.James Engel, do Wheaton College, U.S.A. Esta escala vai nos ajudar na formação de uma estratégiapara alcançar os não alcançados.

ONDE SE ENCONTRAM ESSAS PESSOAS NO MOVIMENTO PARA CRISTO?

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ESCALA ENGEL

Nenhum conhecimento - 7do Cristianismo

Conhecimento da - 6existência do cristianismo

Alguns conhecimentos - 5do Evangelho

Compreensão dos - 4Fundamentos do Evangelho

Compreensão das - 3implicações pessoais

Reconhecimento da - 2necessidade pessoal

Desafio e decisão de - 1receber a Cristo

Conversão

Avaliação + 1da decisão

Incorporação a uma + 2congregação de cristãos

Propagadores ativos + 3do Evangelho

Outro fator que vai nos ajudar a formular uma “solução única” para cada grupo é o grau de resis-tência ou de receptividade ao evangelho. Isso nos ajudará a saber até onde temos que investigar parachegar a um determinado povo. Talvez as pessoas que são altamente receptivas praticamente respon-derão a quase qualquer método de evangelização, enquanto aqueles que são altamente resistentes aoevangelho necessitam de mais cuidados.

Existem povos ao redor do mundo que estão “excluídos” do evangelho, porque ninguém temencontrado a chave para abrir a porta para a sua compreensão do amor de Cristo para eles. Com aajuda do Espírito Santo, você pode preparar as chaves para abrir a porta de um povo em particular,pelo qual sinto que Deus está lhe chamando. Há cinco perguntas que podemos fazer nesse processo deatender um grupo não-alcançado e obter a chave para eles.

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O Planejamento não é um substituto da presença e da ação poderosa do Espírito Santo. Deusquer nos guiar através de seu Espírito, mas também quer que a gente utilize as ferramentas que ele temdado para planificarmos bem. É o Espírito Santo que pode nos dar a estratégia correta se o buscarmosem oração, mas ele espera de nós que pensemos, oremos e planejemos. Jesus lhes falou, quando disseque um homem não devia começar a construir uma torre sem considerar primeiro os possíveis resul-tados (Lucas 14:28).

Outra coisa que temos que considerar é a forma de responder às necessidades percebidas daspessoas que queremos alcançar. Quais são os maiores problemas enfrentados neste povo? Comopodemos mostrar que o evangelho é a resposta às necessidades especí ficas deles?

PROJETO ESPECIALIdentificar um grupo de pessoas não alcançadas e desenvolver uma estratégia

para alcançá-los, adequados à sua cultura e situação.Isto exige uma grande iniciativa da sua parte!

Leia primeiro as páginas 126 a 131 em Missões Mundiais Volume II.

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LIÇÃO 10 MISSÃO INTEGRAL

A. O EVANGELISMONeste capítulo, vamos discutir de táticas e estratégias de evangelização de um modo geral. Os

meios de implementação podem variar, dependendo do grupo de pessoas, e só saberemos isto depoisde passar tempo com eles.

Leia o artigo que começa na página 135-142 do Volume II, “A Evangelização de FamíliasInteiras”. Há muitas vantagens de uma estratégia para alcançar as pessoas por famílias inteiras, em vezde “um por um”. Além do mais existe base bíblica para isso:

1. Atos 20:20;

2. Cornélio em Atos 10:7-24;

3. A família de Lídia em Atos 16:14-15;

4. O carcereiro em Atos 16:31-34;

5. A família de Estéfanas em I Coríntios 16:15;

6. Crispo e Gaio, em Atos 18:8;

Veja também como as casas eram utilizadas como locais de evangelização, no caso de Áquila e Priscila,I Coríntios. 16:19, Rom. 16:5; na casa de Onesíforo, 2 Tim. 1:16 e 4:19, e Ninfas em Colossenses 4:15.

Leia também o artigo “A Chama Ardente nas selvas da Maredumili” com início na página 142.O que podemos aprender com as experiências deste missionário na Índia?

B. DESENVOLVIMENTOA ministração às necessidades físicas das pessoas é uma parte inegável da tarefa missionária. As

missões evangélicas têm discutido muito sobre isso, e alguns o têm chamado de “Evangelho Social”,pensando que ajudava a melhorar as condições temporais da sociedade, sem colocar a devida impor-tância na mudança espiritual. Mas a Bíblia ensina as duas coisas, tanto o cuidado espiritual como ofísico de nossos semelhantes. A missão da igreja deve incluir ambos os aspectos do evangelho.

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C. O ESTABELECIMENTO DE IGREJASVamos imaginar um grupo de pessoas onde temos de evangelizar, aprender a língua, cultura,

e viver com eles. Temos amado, temos pregado o evangelho, e temos ajudado também com suasnecessidades físicas. Agora, algumas famílias têm se convertido a Cristo, e estamos organizando umaigreja. Como podemos ver multiplicar o nosso trabalho se multiplicar através deste grupo de pessoas?

Leia o artigo de Jorge Patterson Página 158-175 no Volume II. O que podemos aprender com estaestratégia de multiplicação de igrejas que funcionou tão bem em Honduras?

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LIÇÃO 11TRABALHO DE EQUIPE 

COM VISÃO MUNDIALA. ASSOCIANDO-NOS COM DEUSTalvez nem todos serão missionários transculturais, mas o sucesso daqueles que são chamados

a ir depende muito do apoio que recebe da retaguarda. Por isso, é muito importante que os que ficamtenham uma profunda compreensão e amor pela obra missionária, para apoio na oração e finanças.

Também é importante que os que saem ao campo missionário conheçam os seus aliados ecoordenem esforços com eles, quando possível. Ninguém é solitário na tarefa de missões. A conclusãoé que a Grande Comissão é um trabalho que requer trabalho conjunto com os outros, e até mesmooutras igrejas e às vezes, denominações. É chegada a hora que Deus está chamando um grande exército

para assaltar as últimas fortalezas do inimigo de nossas almas e resgatar os cativos com ele. Cristãoscomprometidos são aqueles que têm uma visão mundial como a prioridade mais importante em suasvidas. Já captaram a visão, e se colocaram na brecha “pelas almas perdidas”.

Leia Lucas 18:1-8, a parábola da viúva e do juiz iníquo, e pags. 184-191 do Volume II deMissões Mundiais. Considere, também, Atos 20:17-38, que fala do estilo de vida do maior missio-nário do N.T., o apóstolo Paulo, pags. 192-198 no Volume II.

B. ASSOCIANDO-NOS COM O POVO DE DEUSA igreja local deve ter uma boa compreensão do seu papel nas missões e o pastor um claro

chamado para pregar no púlpito, se queremos que a visão cresça na congregação. A visão mundialtem de ser alimentada. Uma convenção missionária anual, com bons oradores que possuem uma claravisão mundial e experiência nas missões, seria uma forma importante de promover missões na igrejalocal. Também o sistema “Promessa de fé” para o ano é de grande ajuda neste processo. Agora leia aspágs. 198 a 206. Como você pode promover missões em sua igreja local?

Leia as págs. 210-211, “Associando-nos como enviados”. Por que é tão importante que ummissionário aprenda a resolver conflitos interpessoais? Como a Bíblia nos exorta a expressar nossasemoções, até mesmo de raiva, mas sem pecado? Conflitos entre membros da equipe missionáriapodem ser a principal causa do fracasso de uma missão. Pense em como evitar isso.

C. ASSOCIANDO-NOS COMO ÚNICA EQUIPE MISSIONÁRIA MUNDIALApenas um movimento grande de cooperação global entre as missões evangélicas pode alcançar

a conclusão da Grande Comissão em nosso tempo! A interdependência do corpo de Cristo exige umaatitude de cooperação entre todos para fazer a tarefa que nos resta, especialmente na área de missõesmundiais. Isto significa participar ativamente na cooperação internacional e interdenominacional paraatingir os objetivos especí ficos da evangelização do mundo. Leia o artigo “As Missões no Mundo dosdois terços” na página. 212 e “A nova era de cooperação” que começa na página 216.

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Há quatro áreas em que deve haver cooperação internacional entre o Primeiro Mundo e o Mundodos dois terços. Estas áreas são definidas como:

1. A Cooperação Educacional - seminários educacionais, escolas bíblicas, etc.

2. A Cooperação no compartilhamento de dados importantes - informações sobre os grupos nãoalcançados, empregos disponíveis para “fazedores de tenda” nos países difíceis para entrar, etc.

3. A cooperação econômica para projetos especiais, não para os salários dos missionários quepodem danificar a obra missionária no Mundo dos dois terços.

4. A assistência técnica como a Fraternidade da Aviação Missionária, Programas de AssistênciaMédica, etc.

Chamado por Deus para:Treinar a Mente (2 Ti. 2:15)Tocar o Coração (2 Ti. 1:6) e Ativar os pés (2 Ti. 4:5)

para um melhor serviço na Obra de Deus.

á i d i 9 à h