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Programação Neuro Linguítica

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1  -  M ODELO DA PNL   –  P RESSUPOSTOS , F I LOSOF I A DE

B ASE E É TICA DE U TI LI ZAÇÃO  

Índi ce do manual

11..  O Modelo da PNL –  Pressupostos, Filosofia de Base e Ética de Utilização

22..   Nascimento da Neurolinguística

33..  PNL –  A Ciência da Mente

44..  As Bases da Programação Neurolinguística

Índice do capítu lo

Objetivos

1.  O modelo da Programação Neurolinguística1.1  O que é a Programação Neurolinguística?1.2  O Mapa não é o Território

1.3 

Vida e “mente” são processos sistémicos 1.4  Objetivos da PNL1.5  Finalidades da PNL1.6  Aplicabilidade da PNL1.7  Doze valores essenciais da Comunidade global da PNL

•  Praticidade•  Integridade•  Respeito•  Ecologia•

 

Criatividade•  Amor (universal)•  Liberdade•  Diversidade•  Elegância•  Profissionalismo•  Flexibilidade•  Criar uma comunidade com arte•  Outros valores

Síntese

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Objetivos:

•  Saber o que é a PNL• 

Conhecer as origens da PNL•  Compreender os seus pressupostos•  Reconhecer as implicações éticas relacionadas com a sua utilização

O M odelo de Programação Neurológico

Quando se fala em PNL - Programação Neurolinguística - constata-se que, ainda hoje,há um grande desconhecimento quanto à área em que esta matéria se enquadra. Apesarde existir há mais de duas décadas, muitas pessoas não sabem se a PNL está relacionadacom a psicologia, a medicina ou a linguística. A Programação Neurolinguística nadamais é do que um conjunto muito rico de técnicas pragmáticas de comunicação, atravésdas quais o indivíduo aprende a viver melhor e a atuar de uma maneira eficiente nassituações que o cercam.

Chama-se Programação, porque podemos programar o que queremos fazer para nosdespojarmos de comportamentos indesejados, que nos incomodam, assim como

 podemos reforçar comportamentos ótimos; Neuro, porque a base das nossas ações

começa no cérebro e Linguística, porque toda a nossa comunicação, seja em pensamento, seja com os outros, é feita através da linguagem verbal e não-verbal.

1.1. O Que éa Progr amação Neur ol inguística?

Uma das questões mais intrigantes com as quais o ser humano se depara é ofuncionamento do cérebro. A procura do substrato da personalidade humana é um

trabalho contínuo. Desde o século XVII, surgiram teorias bem fundamentadas, baseadasno método analítico de Descartes. Nos séculos XVIII e XIX, com o desenvolvimentodos processos tecnológicos, passaram a ser possíveis experiências relativas aocomportamento elétrico das células do cérebro e surgiu uma nova visão dos fenómenoscerebrais. No início do século XX, Freud deu a conhecer a sua teoria psicanalíticaapresentando semelhanças com as teorias da Índia antiga, onde os Vedas hindus (5000a.C.) já faziam referências ao inconsciente e à interpretação dos sonhos.

 Na década de 40, com o esforço da guerra, e, posteriormente, com o surgimento dacibernética, aprofunda-se cientificamente o processamento da informação no cérebro

humano. A evolução destes conhecimentos, já na década de 80, leva ao estudo da

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inteligência humana como a capacidade de resolver problemas, possibilitando aoindivíduo utilizar melhor os seus próprios recursos.

Atualmente, contamos com livros "best-sellers", como "Inteligência Emocional", de

Daniel Goleman, onde se valoriza mais a pessoa que tem ferramentas para resolver problemas e compreender melhor situações e dificuldades emocionais (QE), do queindivíduos com um QI altíssimo, mas de difícil convivência.

A PNL estuda a estrutura do funcionamento do cérebro. Assim, possibilita uma melhorcompreensão do pensamento, dos estilos de comunicação e dos padrões decomportamento humano.

Um dos pontos básicos de que a PNL trata diz respeito à diferença entre o mundo real eo mundo percebido. A mente cria modelos da realidade, usando referências dos cincosentidos. E estes modelos são "filtrados" pela focalização da atenção, de modo que omesmo estímulo percebido transforma-se em comportamentos totalmente diferentes,

 para várias pessoas. Um esquimó, por exemplo, percebe o gelo e a neve de formacompletamente diferente de uma pessoa urbana. A sua experiência da neve é mais rica,com muito mais referências. De certa maneira, ele "vive noutro mundo subjetivo".

Isto é a mente para a PNL - uma construção de experiências percetivas, num processamento em várias camadas. Por comodidade, a PNL refere-se a níveisconscientes e inconscientes, não se preocupando com as questões científicas acerca da

existência ou não do inconsciente. Usa o termo porque facilita os seus processos práticos.

Diferentes partes do cérebro estão envolvidas no pensamento e no processamento dosdados recebidos dos diferentes sentidos. Por exemplo, o lóbulo occipital é

 principalmente responsável pela visão. O tálamo contém centros nervosos responsáveis pelos reflexos óticos e auditivos, bem como pelo equilíbrio e postura. O hipotálamosupervisiona a manutenção e regulação do metabolismo, temperatura do corpo, eemoções que afetam o batimento do coração, apetite, excitação sexual e pressão arterial.

O lóbulo parietal é onde o processamento dos impulsos relacionado com o taco ocorre,incluindo perceções de temperatura, textura, tamanho, forma e peso. O lóbulo temporal

 processa e correlaciona a audição e o olfato.É comummente aceite que o nosso cérebro não diferencia o estado emocional de umarecordação fóbica de um acontecimento real. As mesmas moléculas neurotransmissorase os mesmos recetores são envolvidos neste processamento psiconeurológico,nomeadamente na “fenda sináptica”. Sabemos mesmo que o estado emocional, em quenos encontramos neste momento, afeta o lado emotivo de uma recordação antiga. Todasestas complexas interações mente/cérebro são processadas por milhares de célulasnervosas (neurónios) num processo neuroquímico que não só altera o nosso

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comportamento como também a forma como percebemos e interpretamos o mundo quenos rodeia.

Para além dos padrões comportamentais, uma das maiores descobertas da PNL é a de

“sistemas representativos”. Isto refere-se à representação interna da informação queentra no sistema através de um ou mais dos cinco sentidos (submodalidades).Representamos o mundo para nós mesmos através de imagens mentais, sons econstruções espaciais.

Os padrões comportamentais são sistemas de crenças e perceções filtradas da realidade,criadas num momento do passado e que podem, por mudanças das circunstâncias ou das

 próprias pessoa, tornar-se inapropriadas.

Assim, "reprogramar" uma pessoa, do ponto de vista da PNL, é ajudá-la a modificar osseus padrões mentais e entender os seus meta programas básicos, que os formaram.

Contudo, na essência, toda a Programação Neurolinguística está baseada em dois pressupostos fundamentais:

O M apa Não éo Terr itório

Como seres humanos, dificilmente conheceremos a realidade. Conseguimos apenasconhecer as nossas perceções da realidade. Experimentamos e respondemos ao mundo ànossa volta, primariamente, através dos nossos sistemas de representação sensorial.

São os nossos mapas “ Neurolinguística”  da realidade que determinam o nossocomportamento, não propriamente a realidade.

Geralmente, não é a realidade que nos limita ou dá força, mas sim o nosso mapa darealidade.

Vida e “ Mente ”  São Processos Sistémicos

Os processos que acontecem dentro de um ser humano e entre seres humanos e o seuambiente são sistémicos. Os nossos corpos, as nossas sociedades e o nosso universoformam uma ecologia de sistemas e subsistemas complexos, que interagem cominfluência mútua entre eles. Não é possível isolar apenas uma parte do sistema do restodo sistema. Este tipo de sistemas baseia-se em certos princípios “auto-organizados”  e

 procuram, naturalmente, estados otimizados de equilíbrio e homeostase.

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Todos os modelos e técnicas de PNL são baseados na combinação destes dois princípios. No sistema de crenças da PNL, não é possível para os seres humanosconhecer a realidade objetiva. Sabedoria, ética e ecologia não derivam de termos ummapa do mundo “certo” ou “errado”, “ bom” ou “mau”, porque os seres humanos não

seriam capazes de fazer um. Em vez disso, o objetivo é criar o mapa mais rico possível,que respeite a natureza sistémica e a nossa própria ecologia e do mundo em quevivemos.

As pessoas que são mais eficazes são as que têm um mapa do mundo que lhes permitecaptar o maior número de opções e perspetivas. A PNL é uma maneira de enriquecer asescolhas que temos, que estão disponíveis no mundo à nossa volta. A excelência vem dogrande número de escolhas que temos. A sabedoria vem das muitas perspetivas quetemos.

A história da PNL é a história de uma sociedade improvável que criou uma inesperadasinergia que deu origem a um mundo de mudanças. No início dos anos 70, o futurocofundador da PNL, Richard Bandler, estudava matemática na Universidade daCalifórnia, em Santa Cruz. No princípio, ele passava a maior parte do tempo a estudarinformática. Inspirado por um amigo de família que conhecia vários dos terapeutasinovadores da época, resolveu estudar psicologia. Após estudar cuidadosamente algunsfamosos terapeutas, Richard descobriu que, repetindo totalmente os padrões pessoaisdos seus comportamentos, poderia conseguir resultados positivos similares com outras

 pessoas. Essa descoberta tornou-se a base para a abordagem inicial de PNL conhecida

como a Modelagem da Excelência Humana.

Posteriormente, conheceu o outro cofundador da PNL, o Dr. John Grinder, professoradjunto de linguística. A carreira de John Grinder era tão singular quanto a de Richard.A sua capacidade para aprender línguas rapidamente, adquirir sotaques e assimilarcomportamentos tinha sido aprimorada na Força Especial do Exército Americano naEuropa nos anos 60 e, depois, quando membro dos serviços de inteligência a operaremna Europa. O interesse de John pela psicologia alinhava-se com o objetivo básico dalinguística - revelar a gramática oculta de pensamento e ação.

Descobrindo a semelhança dos seus interesses, decidiram combinar os respetivosconhecimentos de informática e linguística, juntamente com a habilidade para copiarcomportamentos não-verbais, com o intuito de desenvolver uma "linguagem damudança".

 No início, nas noites de terça-feira, Richard Bandler orientava um grupo de terapiaGestalt formado por estudantes e membros da comunidade local. Usava como modelo oseu fundador iconoclasta, o psiquiatra alemão Fritz Perls. Para imitar o Dr. Perls,Richard chegou a deixar crescer a barba, fumar um cigarro atrás do outro e falar inglêscom sotaque alemão. Nas noites de quinta-feira, Grinder conduzia um outro grupo,

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usando os modelos verbais e não-verbais do Dr. Perls que vira e ouvira Richard usar naterça-feira anterior. Sistematicamente, começaram a omitir o que consideravam sercomportamentos irrelevantes (o sotaque alemão, o hábito de fumar), até descobrirem aessência das técnicas de Perl - o que fazia Perls de diferente de outros terapeutas menos

eficazes. Iniciaram assim a disciplina de Modelagem da Excelência Humana.

Encorajados pelos seus sucessos, passaram a estudar uma das grandes fundadoras daterapia de família, Virgínia Satir, e o filósofo inovador e pensador de sistemas, GregoryBateson. Richard reuniu as suas constatações originais na sua tese de mestrado,

 publicada mais tarde como o primeiro volume do livro The Structure of Magic.

O que os diferenciava de muitas escolas de pensamento psicológico alternativo, cadavez mais numerosas na Califórnia naquela época, era a procura da essência da mudança.Quando Bandler e Grinder começaram a estudar pessoas com dificuldades variadas,observaram que todas as que sofriam de fobias pensavam no objeto do seu medo comose estivessem a passar por aquela experiência naquele momento. Quando estudaram

 pessoas que já haviam ultrapassado algumas fobias, eles constataram que todas elasagora pensavam nesta experiência de medo como se a estivessem a ver acontecer comoutra pessoa. Com esta descoberta simples, mas profunda, Bandler e Grinder decidiramensinar sistematicamente pessoas fóbicas a experimentarem os seus medos como seestivessem a observar as suas fobias noutras pessoas. As sensações fóbicasdesapareceram instantaneamente. Tinha sido feita uma descoberta fundamental da PNL:a forma como as pessoas pensam acerca de um assunto determina a forma como o

vivenciam.

Ao procurar a essência da mudança nos melhores mestres que puderam encontrar,Bandler e Grinder questionaram o que mudar primeiro, o que era mais importantemudar, e por onde seria mais importante começar. Devido à sua habilidade e crescentereputação, rapidamente conseguiram ser apresentados a alguns dos maiores exemplos deexcelência humana no mundo, incluindo o Doutor Milton H. Erickson, M.D., fundadorda Sociedade Americana de Hipnose Clínica e amplamente reconhecido como o maisnotável hipnotizador do mundo.

O Doutor Erickson era uma pessoa tão excêntrica quanto Bandler e Grinder. Jovem erobusto fazendeiro de Wisconsin, na década de 1920, tinha sido vitimado pela

 poliomielite aos dezoito anos. Incapaz de respirar sozinho, passou mais de um anodeitado dentro de um pulmão de aço na cozinha da sua casa. Embora para uma outra

 pessoa qualquer isto pudesse ter significado uma sentença de prisão, Erickson, que sesentia fascinado pelo comportamento humano, distraía-se observando a forma como afamília e os amigos reagiam uns aos outros, consciente e inconscientemente. Elaboravacomentários que provocavam respostas imediatas ou não nas pessoas à sua volta,sempre com a finalidade de melhorar a sua capacidade de observação e de linguagem.

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Recuperando-se o suficiente para sair do pulmão de aço, reaprendeu a andar sozinho,observando a sua irmã mais nova a dar os primeiros passos. Embora continuasse a

 precisar de muletas, participou numa corrida de canoagem antes de partir para afaculdade, onde acabou por se formar em medicina e, depois, em psicologia. As suas

experiências e provações pessoais anteriores deixaram-no muito sensível à subtilinfluência da linguagem e do comportamento. Ainda enquanto estudava medicina,começou a interessar-se muito pela hipnose, indo para além da simples observação de

 pêndulos e das monótonas sugestões de sonolência. Observou que os seus pacientes, aolembrarem certos pensamentos ou sensações, entravam naturalmente num breve estadosemelhante a um transe e que esses pensamentos e sensações poderiam ser usados parainduzir estados hipnóticos. Já mais velho, tornou-se conhecido como o mestre dahipnose indireta, um homem que podia induzir um transe profundo apenas contandohistórias.

 Na década de 1970, Erickson já era muito conhecido entre os profissionais da medicinae era até assunto de vários livros, mas poucos alunos seus conseguiam reproduzir o seutrabalho ou repetir os seus resultados. Frequentemente, chamavam-lhe “curandeiroferido", visto que muitos colegas seus achavam que o seu sofrimento pessoal eramresponsável por se ter tornado um terapeuta habilidoso e famoso mundialmente.

Quando Richard Bandler telefonou para pedir uma entrevista, Erickson atendeu, pessoalmente, o telefone. Embora Bandler e Grinder fossem recomendados por GregoryBateson, Erickson respondeu que era um homem muito ocupado. Bandler reagiu

dizendo, “algumas pessoas, Dr. Erickson, sabem como encontrar tempo", enfatizando bem a expressão "Dr. Erickson" e as duas últimas palavras. A resposta foi, "Venhaquando quiser", enfatizando também as duas últimas palavras em especial. Embora, aosolhos de Erickson, a falta de um diploma de psicologia fosse uma desvantagem paraBandler e Grinder, o facto de estes dois jovens serem capazes de descobrir o que tantosoutros não tinham percebido deixou-o intrigado. Afinal de contas, um deles tinhaacabado de falar com ele usando uma das suas próprias descobertas de linguagemhipnótica. Ao enfatizar as palavras "Dr. Erickson, encontrar tempo", ele tinha criadouma frase separada dentro de uma outra maior que teve o efeito de um comando

hipnótico.

Bandler e Grinder chegaram no consultório/casa de Erickson em Phoenix, no Arizona, para aplicar as suas técnicas de modelagem, recentemente desenvolvidas, ao trabalho dotalentoso hipnotizador. A combinação das legendárias técnicas de hipnose de Erickson eas técnicas de modelagem de Bandler e Grinder forneceram a base para uma explosãode novas técnicas terapêuticas. O trabalho deles juntamente com o de Ericksonconfirmou que tinham encontrado uma forma de compreender e reproduzir a excelênciahumana.

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 Nesta altura, as turmas da faculdade e os grupos noturnos conduzidos por Grinder eBandler atraiam um número crescente de alunos ansiosos por aprenderem esta novatecnologia da mudança. Nos anos seguintes, vários alunos dariam importantescontribuições próprias. Oralmente, esta nova abordagem de comunicação e mudança

começou a espalhar-se por todo o país.

Steve Andreas, na época um conhecido terapeuta da Gestalt, deixou de lado o queestava a fazer para a estudar. Rapidamente, decidiu que a PNL era uma novidade tãoimportante que, juntamente com a mulher e sócia, Connirae Andreas, gravou osseminários de Bandler e Grinder e transcreveu-os em vários livros. O primeiro, Frogsinto Princes, tornar-se-ia o primeiro best-seller  sobre PNL. Em 1979, um extenso artigosobre PNL foi publicado na revista Psychology Today, intitulado "People Who ReadPeople".

Hoje, a PNL é a essência de muitas abordagens para a comunicação e para a mudança.Popularizada por Anthony Robbins, John Bradshaw e outros, partículas de PNLimiscuíram-se nas formações de vendas, seminários sobre comunicação, salas de aula econversas. Quando alguém fala de Modelagem da Excelência Humana, ficar em forma,criar rapport , criar um futuro atraente, etc., está a usar conceitos da PNL.

A PNL juntou vários conceitos e constatações da Teoria da Comunicação, daLinguística, da Cibernética, da Teoria dos Sistemas e da Gestalt, da Terapia Familiar, daHipnose Ericksoniana, da Neurociência e, a partir deles, criou alguns pressupostos e

uma série de parâmetros para entender a "caixa preta" da mente humana, e assimentender como mudar o comportamento humano a partir da comunicação.

As técnicas de PNL, com os exercícios de mudança, podem ser considerados"mecanismos de Eureka". Ou seja, eles visam alinhavar o pensamento lógico e ointuitivo, a dedução e a indução, conectando toda a motivação e emoção que podemestar dispersas no indivíduo, para ficarem ao serviço de suas decisões.

A PNL utiliza técnicas que poderíamos chamar de meditativas e hipnóticas para ajudar

na estimulação de substâncias neurotransmissoras (serotonina, dopamina, acetilcolinaentre outras), e, assim, recuperar "estados focalizados", fazendo com que a pessoautilize o seu pensamento da melhor maneira possível.

1.4. Fi nal idades da PNL

A sua finalidade consiste em:

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•  Assegurar o crescimento e desenvolvimento pessoal, através de um processoevolutivo e transformador;

•  Gerar novas capacidades e comportamentos, definindo, modificando oureproduzindo qualquer objetivo comportamental;

• 

Alcançar o efeito curativo;•  Combater os males do século, como  stress, depressão e fobias; problemas de

relacionamento, falta de autoconfiança, baixa autoestima, comportamento eaprendizagem;

•  Trazer a mudança de dentro para fora, permanente e efetivamente;•  Melhorar e criar relacionamentos melhores connosco e com os outros de uma

forma mais profunda e satisfatória.

Embora possa ser utilizada como um instrumento em terapia, a PNL possui aplicações

muito mais amplas, porque é um processo que ensina o indivíduo a usar melhor o seu potencial, estimulando o desenvolvimento de comportamentos positivos. Parte do princípio de que o cérebro tem linguagens próprias e precisa de comandos adequados para funcionar bem.

PNL é sobretudo um modelo que estuda como é que os sistemas agem e interagem,como é que as pessoas se relacionam e como comunicam consigo próprias. Todossomos terapeutas, no sentido amplo, porque estamos sempre a influenciar ocomportamento de quem nos cerca, em diferentes papéis, ora como pai, mãe ou filho,ora como empregado, aluno, assistente ou colega, etc.

A PNL pode ser aplicada em todas as áreas, porque é um conjunto de técnicas práticas.Por exemplo, as pessoas que trabalham na área de desporto poderão integrar a PNL paratreinar os atletas a alcançar a vitória; os técnicos da área da saúde poderão ter resultadosmais eficazes e rápidos com as técnicas da PNL; os gestores de empresas poderãoalcançar objetivos de sucesso e comunicar eficientemente de forma a liderar sua equipa;as empresas formam equipas de vendas em PNL, já que os vendedores conseguemaumentar quer a carteira de clientes, quer a satisfação dos mesmos, bem como,aumentam o número de vendas.

Através de um conjunto de técnicas da PNL, a pessoa poderá alcançar a perda de pesoou mesmo parar de fumar, se esse for o objetivo da pessoa, atuando a nível consciente einconsciente. Muitas vezes, por exemplo, a pessoa fuma porque quer sentir-se maisrelaxada, o cigarro permite à pessoa ter um sentimento de relaxamento.

Este exemplo mostra um comportamento, com o qual a pessoa adquire um benefício.Como é que uma pessoa pode parar de fumar se tem benefício com essecomportamento? Só poderá parar de fumar se a pessoa sentir que ganha e que não perde.A PNL auxilia a pessoa a encontrar esses benefícios.

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A PNL baseia-se fundamentalmente na recodificação, mudança na compreensão da pessoa, sobre o que produz o transtorno ou a anomalia interna.

A PNL considera o indivíduo como um todo, formado por corpo, emoções e mente, e no

qual a doença pode ter início num distúrbio emocional, e o corpo ser um veículo atravésdo qual é manifestado esse distúrbio, quando ignorado. A PNL atua a nível da

 personalidade, produzindo mudanças evolutivas nas pessoas, permitindo odesenvolvimento das suas capacidades como seres humanos.

1.5. Apli cabil idade da PNL

A terapia/coach com a PNL poderá ajudar a resolver dificuldades emocionais das

 pessoas incluindo fobias e traumas, conflitos interpessoais de personalidade,desmotivação, insatisfação, baixa da autoestima entre outras dificuldades psicoafectivas.

Apesar de sua popularidade, a PNL continua a causar controvérsia, particularmente parauso terapêutico, e depois de três décadas de existência, permanece sem comprovaçãocientífica. A PNL também tem sido criticada por não ter conseguido ainda estabelecerum órgão regulador e certificador que seja amplamente reconhecido a ponto de poderimpor um padrão e um código de ética profissional.

Pelo poder que a PNL pode conferir a uma pessoa, a regulação da sua atividade atravésde um código de ética escrupulosamente respeitado impõe-se. Contudo, a aprendizagemda PNL não garante transformar, seja quem for, num bom e confiável comunicador.Muitos o são também sem a PNL, outros, nem através da PNL. Alguns destes últimostêm prejudicado a reputação da PNL, não raramente através da megalomania ou atitudesmecanicista. Mas, onde existe um núcleo interior de sensibilidade e ética, a PNL provouser como o lapidar de um diamante, que quanto mais se lapida, mais brilho traz.Muitas pessoas acham que o campo da PNL é simplesmente um grupo de técnicas emodelos  –   uma espécie de "caixa de ferramentas" sem um coração. Os princípios,

ferramentas e habilidades da PNL, contudo, pressupõem certos valores que formaram a base emocional do compromisso das pessoas com essa área. Os praticantes formadorese diretores de instituições da PNL compartilham os valores mais importantes queservem como ímpeto fundamental do seu envolvimento na comunidade da PNL e sua

 paixão por compartilhar com os outros os poderosos benefícios da mesma.

Um dos objetivos do Projeto Millennium de PNL, em Santa Cruz, Califórnia, foi o deidentificar alguns dos valores essenciais que nos tornam uma comunidade global. Aidentificação desses valores pode ajudar a solidificar os laços entre as pessoas dentro dacomunidade (bem como atrair outros que também compartilham esses valores), e definir

diretrizes éticas para a prática da PNL. A comunicação desses valores às pessoas dentro

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de outros grupos profissionais e comunidades pode ajudar a fortalecer a credibilidade daPNL e aumentar a apreciação das intenções e motivações dos seus praticantes.

O grupo que participou no Projeto Millennium contou com mais de 110 pessoas

(principalmente formadores e fundadores de institutos de PNL), de 26 países do mundo(inclusive Rússia, Japão, Jugoslávia, Bulgária, Brasil, Argentina, África do Sul, HongKong e muitos outros) representando uma combinação diversificada do nosso planeta.Seguindo um processo desenvolvido para ajudar as grandes organizações aestabelecerem valores comuns, os participantes foram organizados em grupos de quatroou cinco pessoas com a finalidade de fazer o seguinte exercício:

•  Cada membro do grupo deve compartilhar com o resto do grupo alguns dos seus próprios valores essenciais; principalmente aqueles que se referem à sua "missão"ou "objetivo" em relação à PNL. Por outras palavras, responder às perguntas:"Por que é que eu estou pessoalmente envolvido com a PNL?" "Por que é que aPNL é importante?" "Qual é a contribuição da PNL para o mundo?"

•  Fazer uma lista dos principais valores e critérios dos membros do grupo e procurar as semelhanças e igualdades.

•  Identificar o valor essencial mais profundo, em nível mais elevado, pressuposto pelos valores individuais expressos pelos membros do grupo. Encontrar uma ouduas palavras ou frases que reflitam e abranjam todos os valores essenciais, de

alguma forma expressos pelo grupo.

Cada grupo apresentou as suas conclusões para o resto dos participantes do ProjetoMillennium. Essas formulações de valores foram organizadas numa lista simples, quefoi distribuída a todos os participantes.

Os participantes foram solicitados a escolher 7±2 valores da lista (Não menos que 5 enão mais que 9) e ordená-los de acordo com a sua importância (1 sendo o maiselevado).

Os participantes também foram solicitados a escrever um ou dois "indicadores decomportamento" ao lado de cada formulação de valor que escolheram, a fim de ajudar adefini-los mais especificamente.Os doze valores mais importantes (e indicadores de comportamento que osacompanharam) estão expostos abaixo, de acordo com a hierarquia de importância quelhes foi atribuída pelos participantes como um todo.

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1.6. Doze Valores Essenciai s da Comunidade Global de PNL

PRACTICIDADE 

•  Ser pragmático e orientado para o objetivo.•  Procurar fazer a diferença.•  Focalizar as aplicações práticas.•  Usar todos os recursos disponíveis para alcançar o objetivo.•  Pensar e agir tendo em mente a finalidade.•  Satisfazer as necessidades de maneira orientada para o objetivo e possível

de ser testada.•  Dividir em passos práticos e passíveis de serem testados.

INTEGRIDADE 

•  Fazer o que recomenda.•  Ter congruência na linguagem e na ação.•  Ter alinhamento entre as próprias crenças e valores e o comportamento.•  Agir a partir dos próprios valores essenciais.•  Integrar todos os aspetos de quem somos.•  Estar ciente dos nossos processos internos e crenças e comportarmo-nos

de forma congruente com eles.• 

Ser verdadeiro nas ações.

R ESPEITO 

•  Reconhecer os limites pessoais.•  Honrar o potencial existente na outra pessoa.•  Ouvir e dar espaço às necessidades e expectativas do outro.•  Dar a todas as pessoas espaço e tempo iguais.•  Pedir permissão.

• 

Manter uma consideração positiva incondicional para com os outros.•  Honrar as contribuições exclusivas de cada pessoa.

ECOLOGIA 

•  Trabalhar sempre tendo em vista o resultado bem formulado da outra pessoa.

•  Responder aos nossos próprios sinais de congruência.•  Ser sistematicamente orientado.• 

Considerar as consequências das nossas ações.•  Respeitar a intenção positiva.

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•  Procurar intensamente resultados equilibrados.•  Procurar manter um equilíbrio saudável entre todos os sistemas.•  Considerar o nosso impacto sobre o sistema superior.

CRIATIVIDADE 

•  Sermos os construtores livres das nossas próprias vidas.•  Desenvolver erros bem formulados.•  Estarmos abertos a novas possibilidades.•   Não aceitar o dado como dado.•  Encontrar novas perguntas.•  Fazer novos modelos.•  Encontrar novas maneiras de alcançar um objetivo.• 

Encorajar os outros a expressarem e compartilharem os seus sonhos maisíntimos.•  Desafiar constantemente a maneira como fazemos as coisas e inovar com

 possibilidades novas.

AMOR (UNIVERSAL)

•  Colocar-se no lugar dos outros.•  Sentir e mostrar compaixão pelos outros.•  Aceitar os outros como eles são.• 

Oferecer um espaço onde alguma coisa possa mudar.•  Valorizarmo-nos a nós mesmos, e valorizar os outros da mesma maneira.•  "Ver" e reconhecer o melhor nos outros.•  Optar por investir no bem-estar dos outros

LIBERDADE 

•  Poder escolher.•  Acrescentar mais opções.•

 

Ser capaz de escolher.•  Permitir que os outros façam as suas próprias escolhas.•  Declarar os nossos pensamentos e sentimentos sem medo da retribuição.•  Honrar o direito das pessoas ao seu desenvolvimento pessoal.

DIVERSIDADE 

•   Não ter medo da diferença.•  Acolher o desafio da diferença.•  Ver valor em todos os mapas do mundo.•  Reconhecer, honrar e valorizar as diferenças dos outros.

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•  Aceitar estilos diferentes.•  Incluir perspetivas diferentes.•  Respeitar as diferentes culturas.

ELEGÂNCIA 

•  Procurar o caminho mais curto e mais simples para alcançar um resultado.•  Procurar a beleza e a simplicidade.•  Agir com graça.•  Procurar o caminho e as ferramentas que nos permitem realizar o máximo

com o mínimo esforço.

PROFISSIONALISMO 

•  Trabalhar com competência, criatividade e alegria.•  Observar com precisão.•  Estabelecer altos padrões.•  Conhecermos os nossos limites.•  Modelar a excelência.•  Ser congruente, claro e habilidoso sempre, em qualquer contexto em que

estejamos a representar a PNL como uma área.•  Saber o que estamos a fazer, e fazer aquilo que sabemos.•  Sermos capazes de demonstrar todas as habilidades da PNL.• 

Aprender sempre.

FLEXIBILIDADE 

•  Ter mais possibilidades de comportamento.•  Ter mais instrumentos de trabalho.•  Sermos capazes de nos desligarmos da nossa última descoberta.•  Ter uma série de caminhos para alcançar um objetivo.•  Ser aberto à mudança e acréscimo provindo de influências externas.•

 

Adaptarmo-nos a pessoas e situações diferentes.•  Sermos capazes de ajustar e adaptarmo-nos a situações inesperadas.•  Utilizar e reagir adequadamente ao retorno que recebemos.

CRIAR UMA COMUNIDADE COM ARTE 

•  Promover laços e amizade para projetos futuros em conjunto.•  Ter preocupação com o "nós".•  Agir a serviço de outros.•  Valorizar os dons de cada pessoa.

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•  Criar afiliação e associação que incorporem a vasta variedade de aspetosda expressão humana.

•  Ligar-se às pessoas como nossos semelhantes.

Outros valores notáveis:

•  CURIOSIDADE/AVENTURA:  Ter prazer em "conhecer" e permanecer otempo suficiente para fazer descobertas ao mais alto nível.

•  DIVERSÃO/BOM HUMOR : Não levar a sério o que é profundamente sério.Gostar uns dos outros e do que fazemos.

•  AUTENTICIDADE:  Sermos nós mesmos. Compartilhar a nossa própria

experiência interior honestamente com os outros.

É necessário lembrar que estes não são preceitos éticos ou "operadores modais" rígidos(i.e. "deve" e "precisa"). Ao invés disso, são princípios orientadores que aspiramos pôrem prática mais consistentemente nas nossas interações pessoais e profissionais.

Síntese 

 Neste capítulo ficámos a conhecer:

- O que é a PNL- Quais os seus pressupostos- Como surgiu a PNL- Quais os seus objetivos- Qual a sua aplicação- Aspetos éticos relacionados com a sua utilização

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2  -  N ASCIM ENTO DA N EUROLI NGUÍSTI CA 

Índice

Objetivos

1.   Nascimento da Neurolinguística1.1. O Campo da Neurologia1.2. O Histórico da Neurologia1.3. As gramáticas Transformistas

Síntese

Objetivos

  Ter consciência dos conhecimentos prévios da PNL

  Dominar conceitos básicos

  Conhecer a teoria

  Aprender noções específicas da PNL

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1. Nascimento da Neur oli nguística  

O campo da Neuropsicologia abrange a Neurolinguística, que por sua vez engloba a

Afasiologia.

A Neuropsicologia fundamenta-se em duas raízes: as ciências biológicas e as cognitivas.Os objetivos da Neuropsicologia são:

  Reconhecer e explicar as relações entre comportamentos humanos e substratoneural;

  Definir e explicar as relações mútuas subjacentes entre comportamentos e processos cognitivos;

 

Estabelecer correlações entre bases biológicas e psicológicas do comportamentohumano.

2.1. O Campo da Neur ologia

O histórico da Neuropsicologia iniciou-se com os estudos da linguagem. No início, asalterações da linguagem e o seu conhecimento neurológico foram o ponto de partida.Assim, Paul Broca, em 1861, identificou alterações da linguagem e relacionou-as com

um sítio específico no cérebro.

Após este início, os estudiosos propuseram a análise e interpretação de alteraçõesfuncionais, por meio de teorias localizacionistas e associacionistas considerando océrebro como um mosaico de centros, cada qual responsável por uma determinadafunção complexa.A linguagem é um complexo e dinâmico sistema de símbolos convencionais que éutilizado de vários modos para o pensamento e a comunicação.

A linguagem envolve contextos históricos, sociais e culturais, sendo um comportamentogovernado por regras e descrito pelo menos por cinco parâmetros: fonológico,morfológico, sintático, semântico e pragmático.

2.2. O Histór ico da Neurologia

A aprendizagem da linguagem e a sua utilização são determinadas pela interação defatores biológicos, cognitivos, psicossociais e ambientais. O uso efetivo da linguagem

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 para comunicar requer um largo entendimento da interação humana incluindo fatoresassociados, como por exemplo, pistas não-verbais, motivação e papéis sociais.

O ato de considerar a linguagem como objeto específico de conhecimento implica que

ela deixe de ser um exercício que se ignora a si própria para falar sobre as suas própriasleis.

Quem se refere à linguagem subentende algo que demarca, comunica e significa. Aideia de que o núcleo fundamental da língua reside no signo, é própria de vários

 pensadores do passado e do presente.

O termo signo, oriundo do latim “signu” é um substantivo masculino com o sentido desinal, símbolo.

Ao dizermos uma frase, escrevermos um texto; hasteando bandeiras num mastro de umnavio estamos a produzir sinais. Um sinal é um instrumento que serve para transmitirmensagens.

O signo é a representação da coisa em si. A linguagem simboliza, representa e nomeiaos factos reais. O signo é aquilo que substitui, pela representação, qualquer coisa paraalguém.O signo evoca um objeto na sua ausência; acusa a presença do mesmo. É a Saussure quedevemos o primeiro desenvolvimento exaustivo e científico do signo linguístico na sua

conceção moderna.

A ligação que o signo estabelece é entre um conceito e uma imagem acústica

Estas duas partes inseparáveis do signo, ou seja, o  significado (conceito) e  significant e(a imagem acústica) foram exaustivamente estudados por Saussure. Para ele o signolinguístico é definido pela relação  significante-significado da qual é excluído o objetodesignado sob o termo de “referente”.

Como resultado do trabalho de Chomsky e outros transformistas  foi possíveldesenvolver um modelo formal para descrever os padrões regulares do modo pelo qualcomunicamos o modelo da nossa experiência.

Os gramáticos transformistas desenvolveram um modelo formal da nossa linguagem,um modelo do nosso modelo do mundo, ou simplesmente um metamodelo.

A teoria da gramática transformista foi desenvolvida para descrever a padronização nossistemas das línguas humanas.

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Tem em consideração o estudo da estrutura da comunicação da língua e também aforma como a intuição nos permite decidir coerentemente que sequências de palavras daminha língua constituem orações (sequências bem estruturadas), ou seja, boaestruturação, isto é, as intuições que nos permitem decidir coerentemente que palavras,

numa oração, se ajustam para formar uma unidade, ou, constituinte de nível mais alto.

É a chamada estrutura de constituinte: Intuições que nos permitem decidircoerentemente que orações expressam relações lógicas/semânticas e que orações ouformas diferentes têm o mesmo significado.

2.5. Os Gramáticos Tr ansformistas

Alguns termos usados na gramática transformista precisam ser explicitados para que possamos entender o metamodelo:

1) Sistema analógico descreve qualquer processo que seja contínuo por natureza. Como por exemplo, a expressão corporal e o tom de voz. É o que, noutros referenciais, sechama comunicação extra verbal ou não verbal.

2) Sistema digital descreve qualquer processo que seja descontínuo na natureza, como por exemplo, a língua.

3) A estrutura de referência descreve a soma total das experiências na história da vidade uma pessoa.

Esta soma total das experiências na história da vida de uma pessoa vai ser exprimida pela Estrutura profunda e pela Estrutura superficial.

A Estrutura Profunda é a mais completa representação linguística do mundo de umindivíduo, porém, não é o próprio mundo.

A Estrutura Superficial é a comunicação atual expressa por uma oração.4) Semântica estuda o significado.

5) Sintaxe estuda a ordem e a padronização dos elementos de um sistema, ou seja, oestudo da ordem e padronização das palavras e locuções.

6) Metamodelo é uma representação de uma representação de alguma coisa. No caso dalíngua, é uma representação do mundo da experiência.

A Gramática Transformacional é uma representação da língua e portanto, ummetamodelo.

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O metamodelo especifica o processo de se deslocar da estrutura superficial para aestrutura profunda.

Quanto mais possamos questionar a Estrutura Superficial, mais nos aproximamos da

Estrutura Profunda no sentido de religar o seu modelo linguístico ao seu mundo deexperiência.

Ao questionarmos a Estrutura Superficial estamos a desafiar as suposições do indivíduode que o seu modelo linguístico é a realidade.

A Estrutura Superficial é um modelo empobrecido, pois contém vícios de interpretaçãoda experiência, apresentando mecanismos como: generalização, distorção, eliminação,etc.

Através do METAMODELO podemos aferir frases bem ou mal estruturadas.

Como exemplo de frase bem estruturada temos: não conter eliminaçõestransformacionais; não conter nominações (processo-evento); não conter palavras oulocuções sem índices referenciais; não conter verbos incompletamente especificados;não conter pressuposições, etc.

 No início das nossas vidas registamos inúmeras sequências de modo de pensar, sentir,analisar e de adaptação ao mundo. Estes registos produzem uma programação de sentir,

 pensar e analisar um determinado estímulo que muitas vezes perdura para sempre nonosso inconsciente.

A magia que Grinder e Bandler tanto exaltam é a possibilidade de perceber o uso dalinguagem e a enorme quantidade de informações que poderemos extrair dela usando o

 Metamodelo.

 Na prática, quase nunca estamos conscientes do modo pelo qual ordenamos eestruturamos as palavras que selecionamos.

Pela destruição da estrutura da frase, esta já não faz sentido, já não representa ummodelo de qualquer experiência.

Síntese:

 Neste capítulo ficou a conhecer:

 

O campo da Neurologia

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  A linguagem

  Os gramáticos transformistas

  O Metamodelo

3 - PNL  –  A CIÊNCIA DA MENTE 

Índice

Objetivos

1.  Sistemas representativos2.  Interações Mente/Cérebro3.  As técnicas da PNL

Síntese

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Objetivos:

Compreender porque é que a PNL é a ciência da mente.

1.  Sistemas Representativos

Para além dos padrões comportamentais, uma das maiores descobertas da PNL é a de“sistemas representativos”. Isto refere-se à representação interna da informação queentra no sistema através de um ou mais dos cinco sentidos (submodalidades).Representamos o mundo para nós mesmos através de imagens mentais, sons econstruções espaciais.

Os padrões  são sistemas de crenças e perceções filtradas da realidade, criadas nummomento do passado e que podem, por mudanças das circunstâncias ou das próprias

 pessoa, se tornarem inapropriadas.

Assim, "reprogramar" uma pessoa, pelo ponto de vista da PNL, é ajudá-la a modificaros seus padrões mentais e entender os seus meta programas básicos, que os formaram.

Um dos pontos básicos de que a PNL trata diz respeito ao que é chamado diferençaentre o mundo real e o mundo percebido. A mente cria modelos da realidade, usando

referências dos cinco sentidos. E estes modelos são "filtrados" pela focalização daatenção, de modo que o mesmo estímulo percebido se transforma em comportamentostotalmente diferentes, para várias pessoas. Um esquimó, por exemplo, percebe o gelo ea neve de forma completamente diferente de uma pessoa urbana. A sua experiência daneve é mais rica, com muito mais referências. De certa maneira, ele "vive noutro mundosubjetivo".

Isto é a mente para a PNL - uma construção de experiências percetivas, numprocessamento em várias camadas. Por ser prático, designa-a como níveis

conscientes e inconscientes, mesmo sem se preocupar se cientificamente existe oinconsciente. Usa o termo porque ajuda nos seus processos práticos. Ela juntou váriosconceitos e constatações da Teoria da Comunicação, da Linguística, da Cibernética, daTeoria dos Sistemas e da Gestalt, da Terapia Familiar, da Hipnose Ericksoniana, da

 Neurociência e a partir deles criou alguns pressupostos, uma série de parâmetros paraentender a "caixa preta" da mente humana, e assim entender como mudar ocomportamento humano a partir da comunicação.

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2. 

I nteração M ente/Cérebro

Diferentes partes do cérebro estão envolvidas no pensamento e no processamento dos

dados recebidos dos diferentes sentidos.

Por exemplo, o lóbulo occipital  é principalmente responsável pela visão. O tálamo contém centros nervosos responsáveis pelos reflexos óticos e auditivos, bem como peloequilíbrio e postura.

O hipotálamo é responsável pela manutenção e regulação do metabolismo, temperaturado corpo, e emoções que afetam o batimento do coração, apetite, excitação sexual e a

 pressão arterial.

O lóbulo parietal é onde o processamento dos impulsos relacionado com o taco ocorre,incluindo perceções de temperatura, textura, tamanho, forma e peso.

O lóbulo temporal processa e correlaciona a audição e o olfato. Que parte do cérebro écolocado em ação quando experimentamos algo, quer para efeitos de recordação quer decodificação, depende dos sentidos envolvidos na experiência.

É comummente aceite que o nosso cérebro não diferencia o estado emocional de umarecordação fóbica a de um acontecimento real. As mesmas moléculas

neurotransmissoras e os mesmos recetores são envolvidos neste processamento psiconeurológico, nomeadamente na “fenda sináptica”.

Sabemos mesmo que o estado emocional, em que nos encontramos neste momento,afeta o lado emotivo de uma recordação antiga.

Todas estas complexas interações mente/cérebro são processadas por milhares decélulas nervosas (neurónios) num processo neuro químico que, não só altera o nossocomportamento, mas também a forma como percebemos e interpretamos o mundo que

nos rodeia.

Técnicas da PNL

As técnicas de PNL, com os exercícios de mudança, podem ser considerados"mecanismos de Eureka". Ou seja, eles visam alinhavar o pensamento lógico e ointuitivo, a dedução e a indução, conectando toda a motivação e emoção que podemestar dispersas no indivíduo, para ficarem ao serviço de suas decisões.

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A PNL utiliza técnicas que poderíamos chamar de meditativas e hipnóticas para ajudarna estimulação de substâncias neurotransmissoras (serotonina, dopamina, acetilcolinaentre outras), e assim recuperar "estados focalizados" fazendo com que a pessoa utilizeo seu pensamento da melhor maneira possível.

Logo, parte dos exercícios recorrem a "estados alterados de consciência", ou estadosde transe para ter acesso a todas as potencialidades do cérebro Humano.

Tarefa:  Procure num dicionário a definição de método indutivo e método dedutivo.

 Deverá compreender que são formas diferentes de raciocinar

Síntese:

 Neste capítulo ficou a conhecer:

  A Programação Neurolinguística enquanto ciência da mente.

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4 - AS BASES DA PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA

Índice

As bases da PNL1.  A Ressignificação2.  O Processo de modificação3.  Método dos 6 passos4.  As Estruturas superficiais5.  As Generalizações6.  As Eliminações

7. 

As Suposições8.  As Distorções e Nominalizações9.  As Distorções e pressuposições10. As Distorções e leitura da mente

Objetivos

  Identificar os processos de mudança;

 

Discriminar o tipo de discursos;

  Conhecer os erros do pensamento.

AS BASES DA PNL

A Programação Neurolinguística tem este nome porque se baseia na aceitação daatividade do nosso sistema nervoso central e periférico (Neuro) como substrato dasnossas atividades emocionais e cognitivas. Linguística, porque o nosso pensamento

 pode ser transmitido por meio da linguagem que ele próprio estrutura.

Muitas vezes, a Programação Neurolinguística tem como fundamento a criação, areorganização ou a desativação de programas, de pensamentos e de comportamentos.A PNL admite que o comportamento é efetuado e vivido de acordo com os parâmetrosinternos que influenciam o modo como sentimos e interpretamos as experiências.

Ressignificar é modificar o molde pelo qual uma pessoa percebe os acontecimentos afim de alterar o significado e, como consequência, o comportamento.

Quando o significado se modifica, as respostas e comportamentos da pessoa também semodificam. Ressignificar é um dos objetivos da PNL.

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1.  A Ressignif icação

Um dos métodos da ressignificação é de uso geral é oMétodo dos “Seis Passos”

 desenvolvido por Bandler e Grinder.

A PNL é um novo modelo de comunicação e de ressignificação de experiências nosentido pragmático de modificar o comportamento. Foi desenvolvida no fim da décadade 70 por Richard Bandler e John Grinder.

Os precursores da PNL foram Virginia Satir (terapeuta de família), Milton H. Erickson(psicanalista e hipnólogo criador de formas originais de indução hipnótica), Fritz Perls(criador da terapia da Gestalt) e outros. Richard Bandler e John Grinder observaram

cuidadosamente os trabalhos de Erickson e acrescentaram a este conhecimento umconjunto próprio de habilidades.

 No livro de Bandler e Grinder intitulado “The Patterns of the Hypnotic Techniques ofMilton H. Erickson”, o próprio Erickson escreveu no prefácio: “Embora este livro deRichard Bandler e John Grinder, para o qual contribuo com este prefácio, esteja longede ser uma descrição completa das minhas metodologias, conforme eles mesmosafirmam de maneira tão clara, é uma explicação muito melhor do modo como eutrabalho do que eu próprio posso dar”.

2. 

(O processo de modi f icação) Método dos " Seis Passos"

Milton H. Erickson, faleceu em 1980 e era considerado um dos maiores hipnólogos doseu tempo. Publicou muitos trabalhos sobre hipnose com contribuições próprias para aindução hipnótica.

Richard Bandler e John Grinder eram dois jovens pesquisadores quando resolveramobservar o trabalho de Virgínia M. Satir.

Procuraram observar o “processo de modificação” durante algum tempo e filtrar desteos padrões do processo do “como”. Identificaram os modos pelos quais as pessoascodificam as suas mensagens e transformaram a linguística numa base para a teoria esimultaneamente num instrumento para a terapia.

O Metamodelo, oriundo da Gramática Transformacional, foi usado e aperfeiçoado por Grinder e Bandler como um dos instrumentos da Programação Neurolinguística.

Usaram o termo Modelagem  para os processos nos quais os terapeutas estimulam o paciente a questionar os seus modelos.

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Processo de modificação

Estes autores usam não só o Metamodelo  como muitos outros recursos terapêuticos,

entre os quais está incluída a hipnose.

 Não há dois seres humanos que tenham exatamente as mesmas experiências. O modeloque criamos para nos guiar no mundo baseia-se em parte nas nossas experiências. Essasexperiências e perceções, como processo ativo, estão limitadas por restriçõesneurológicas, sociais e psicológicas.

Os processos que nos permitem executar atividades extraordinárias estão, muitas vezes, bloqueados na sua perceção, impedindo o nosso crescimento.

3.  Estrutur as super fi ciais

Quando os pacientes comunicam os seus modelos, fazem-no através das chamadasEstruturas Superficiais.

Quando um paciente usa através da Estrutura Superficial frases como estas: “as pessoasfazem de mim o que querem”, está a apresentar um modelo empobrecido da realidade

utilizando-se do processo de generalização, onde há uso de palavras que contêmquantificadores universais, tais como: todo, cada, qualquer, nunca, nenhum, nada,tudo, sempre, etc.

Além disso, nesta frase o substantivo “ pessoas” não tem índice referencial.

Uma vez identificado pelo terapeuta as palavras e locuções sem índice referencial, serãoindagadas. Por exemplo, com duas perguntas: quem? Especificamente; ou então, o quê?Especificamente, na frase: as pessoas fazem de mim o que querem.

O terapeuta, servindo-se de diferentes perguntas, irá desafiar o modelo rígido daEstrutura Superficial  do paciente. Em geral, procuram-se as exceções  nas suasgeneralizações.

Uma única exceção levará o paciente a procurar índices referenciais que enriquecerão oconhecimento. Como exemplo:

  Paciente: “Ninguém presta atenção ao que eu digo”.

  Terapeuta: “Quer dizer que ninguém lhe presta atenção?” 

 

Paciente: “Bem, não exatamente”.

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  Terapeuta: “Quem, especificamente, não lhe presta atenção?”.

4. 

General izações

São muitas as maneiras que o terapeuta usa para desafiar as generalizações do paciente.

Exemplo: 

  Paciente: “É impossível confiar em alguém” 

  Terapeuta: “É sempre impossível alguém confiar em alguém?” Ou então:“ já teve a experiência de confiar em alguém?”, Ou então: “consegueimaginar alguma circunstância em que pudesse confiar em alguém?”, Ouainda: “confia em mim nesta situação?” 

 Nesta última pergunta, se a resposta foi positiva a generalização  cai por terra. Se asrespostas forem negativas, poderemos usar outros métodos disponíveis, como, porexemplo, perguntar o que é que especificamente o impede de confiar no terapeuta nestasituação.

 Num processo de generalização, uma pessoa representa uma experiência como se elafosse verdadeira para todas as experiências futuras semelhantes.

Assim, por exemplo, uma criança ao sentar-se numa cadeira de balanço, cai. A seguircria a teoria de que todas as cadeiras de balanço são perigosas e podem fazê-la cair enestas condições não quer sentar-se, nunca mais, nestas cadeiras.

Um indivíduo pode ter tido no passado remoto experiências desagradáveis ouagradáveis e acoplá-las através da teoria da generalização.

5. 

Eliminações

Através da generalização estabelece-se uma regra que consiste em “sentir e expressardeterminados sentimentos onde é  sempre mau ou sempre bom”. Não há lógica decorrelacionar a experiência do passado com o contexto atual e a realidade atual.

 Num outro processo, que é o processo da eliminação, o indiví duo presta atençãoseletivamente a certas dimensões da experiência e exclui outras. Esta função deeliminação  pode ser útil em certos contextos, porém pode ser fonte de sofrimentonoutros.

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Como exemplo de utilidade deste mecanismo, temos a possibilidade de uma pessoa não prestar atenção às outras pessoas que falam ao seu lado, aos sons ao seu lado, econcentrar-se no diálogo com o seu interlocutor.

 No processo de eliminação uma pessoa que sofre de baixa autoestima acredita que não édigno de atenção e nestas condições poderá eliminar a perceção do contacto comexperiências de recebimento de atenção e apreço.

 No processo de eliminação iremos observar, na Estrutura Superficial, as partes ausentesdo modelo. Esta parte ausente está ausente para o terapeuta e muitas vezes inconsciente

 para o paciente. Assim, na Estrutura Superficial: “Estou com medo”. O terapeuta iráverificar o que falta na Estrutura Superficial, e para isso, fará perguntas ao paciente.

 

Terapeuta: “medo de quê? Ou de quem?”.

A partir de perguntas e respostas, o terapeuta irá promover o enriquecimento daEstrutura Superficial, tornando-a mais coerente com a Estrutura Profunda.

6. 

Suposições

O terapeuta pode indagar o paciente sobre a parte ausente, ou fazer suposições sobre ela.Uma suposição que o terapeuta pode fazer é perguntar a si mesmo se pode pensar numa

outra frase melhor estruturada e que tenha a mesma palavra-processo: “medo” e maisargumentos nominais do que a Estrutura Superficial do paciente e com aquele mesmoverbo “ter medo”.

Exemplo:

  Terapeuta: “ Gostaria que verificasse se esta frase se adequaria a si: o meu paiamedronta-me”.

A eficácia de uma terapia está na habilidade de recuperar as partes ausentes esuprimidas que empobrecem o conhecimento das experiências da Estrutura Profunda.

O terapeuta tem três escolhas:

1.  Aceitar o modelo inicial empobrecido do paciente, o qual contém eliminações;2.  Pode indagar o paciente acerca da parte ausente ou;3.  Pode ele mesmo fazer suposições sobre as partes ausentes.

A primeira opção levaria o processo terapêutico a ficar lento.A segunda opção estimularia o paciente a procurar as partes ausentes do seu modelo.

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A terceira opção, embora agilizasse o processo, com as suposições-intuições doterapeuta, poderá dar origem à ocorrência de imprecisões, por mais experiente que sejao terapeuta.

7.  Distorções e Nominal izações

Um outro termo usado no metamodelo é: distorção . Nela, as pessoas ficam imobilizadas porque um processo que está em andamento (movimento)  é transformado num evento.

O evento,  que é um acontecimento,  é representado por coisas que acontecem numdeterminado momento, e nada mais.

Uma vez ocorridos, os seus resultados são fixos e parece que nada pode ser feito para osmudar. Esse modo de representar experiências é empobrecedor, uma vez que o paciente

 perde o controlo dos processos em andamento , por os representar por eventos .

Os linguistas identificaram o mecanismo linguístico para transformar um processo numevento e denominaram-no por nominal ização.

O terapeuta, para perceber este tipo de distorção, onde o processo em andamento foitransformado em evento  (acontecimento), deve localizar a nominal ização.

Para isto o terapeuta deve examinar a Estrutura Superficial da frase do paciente e

verificar cada um dos não-verbos da frase, indagando a si mesmo se pode pensar numverbo ou adjetivo que esteja estreitamente associado a ele em aparência, som esignificado.

Como exemplo, o paciente diz: “Eu lamento a minha decisão”. O paciente, com estafrase demonstra como elabora o processo contínuo de decisões.

Muitas variáveis podem ser pesquisadas, como por exemplo, evitar confrontos emrelação a algo.

O paciente representa um processo contínuo de decisão num evento: “A minhadecisão”.O terapeuta, identificando o substantivo decisão e procurando possíveis distorções,

 percebe que o substantivo decisão está estreitamente ligado em aparência, som, esignificado ao verbo decidir, logo a uma nominalização.

A partir daí, o terapeuta auxilia o paciente a observar que ele representa, no seu modelo,um evento terminado e acabado, um processo em andamento e que pode serinfluenciado por ele.

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Há inúmeras maneiras do terapeuta auxiliar o paciente. Uma delas é perguntar-lhe o quesente a respeito de sua decisão.

Quando o paciente responde que está insatisfeito, o terapeuta pode perguntar o que foi

que o impossibilitou de reconsiderar a sua decisão.

O paciente responde e o terapeuta continua a aplicar o Metamodelo .

Um desafio que o terapeuta pode utilizar consiste em perguntar ao paciente: “Tomou asua decisão? Não haveria nada que a modificasse?”

 Novamente, o paciente responde através da Estru tura Superf icial  que o terapeuta irádesafiar no passo seguinte.

A intenção da aplicação desta técnica é a recuperação de partes removidas pelastransformações por “eliminação”   a partir da Estrutura Profunda   e também astransformações (di storções)  por meio das nominal izações em palavras -processos .

8.  Distorções e pressupostos ou pressuposições

Há vários outros tipos de di storções, como por exemplo as pr essuposições .

O propósito do terapeuta ao reconhecer pr essuposições   é ajudar o paciente na suaidentificação, pois elas empobrecem o seu modelo e limitam as suas opções paraenfrentar a situação.

Exemplo: “Tenho medo que o meu filho esteja a ficar tão preguiçoso quanto o meumarido”.

 Nestas condições, supõe-se que o terapeuta iria aceitar, como verdadeira, a situaçãoexpressa pela frase pressuposta  por esta afirmação: “ O meu marido é preguiçoso”.

Identificadas as pr essuposições  da Estrutur a Superf icial  do paciente, o terapeuta podedesafiá-las.

 Nestas condições, pode perguntar ao paciente, especificamente, como é que o seumarido é preguiçoso.

A paciente responde com uma outra Estrutur a Super fi cial  que o terapeuta avalia.

Um outro processo de distorção acontece em frases com má estruturação semântica,

onde se estabelecem “relações de causa e efeito”.

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Estas frases semanticamente mal estruturadas, onde se estabelecem relação de causa eefeito, permitem ao sujeito acreditar que um conjunto de circunstâncias ou uma pessoa

 pode necessariamente fazer com que uma outra pessoa experimente alguma emoção.Tudo se passa como se a pessoa não tivesse possibilidade de escolha para responder de

maneira diferente.

Exemplo: “A minha mulher faz-me sentir irritado”. Nesta frase temos uma imagemvaga em que um ser humano identificado como “a minha mulher ”, desempenha algumato (inespecificado) que necessariamente faz com que a outra pessoa (identificado como“me”) experimenta alguma emoção (irritação).

9.  Distorções e leitura da mente

Um outro tipo de distorção é a leitura  da mente . Esta classe de Estrutur as Superf iciais  semanticamente mal estruturadas envolve a crença, por parte do sujeito, de que uma

 pessoa pode saber o que outra está a pensar e a sentir, sem uma comunicação direta por parte da segunda pessoa.

Exemplo: “Todas as pessoas do grupo acham que estou a ocupar muito do tempo dogrupo”.

 Nas Estruturas Super fi ciais   de leitura da mente, os pacientes têm pouca escolha na

medida em que já decidiram o que as outras pessoas envolvidas pensam e sentem. O processo de distorção   permite-nos fazer substituições na nossa experiência de dadossensoriais. A fantasia, por exemplo, permite-nos uma preparação para experiências que

 possamos ter antes que elas ocorram. Como exemplo, podemos citar aquele indivíduode baixa autoestima que acredita que não é digno de atenção e apreço.

Este indivíduo pode usar a distorção , usando substituições sensoriais para comprovar assuas teorias. A sua esposa diz-lhe frases de apreço e consideração que eleimediatamente distorce e pensa: “Ela diz isso só porque quer alguma coisa”. Com o uso

da distorção   ele impede que a realidade exterior faça um contraste, contradizendo assuas teorias.

Tarefa

1. Faça uma lista de situações da sua vida que tenha transformado em eventos.2. No fim, é importante que compreenda que essa tendência está generalizada nonosso comportamento

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Síntese: Neste capítulo ficámos a conhecer:

- A Ressignificação- O Processo de modificação

- As Estruturas superficiais- As Generalizações- As Eliminações- As Suposições- As Distorções e Nominalizações- As Distorções e pressuposições- As Distorções e leitura da mente

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5 - PRESSUPOSTOS ORGANIZACIONAIS DA PNL

Índice

Pressupostos da PNL  Pressuposto 1  Pressuposto 2  Pressuposto 3  Pressuposto 4  Pressuposto 5 

Pressuposto 6  Pressuposto 7  Pressuposto 8  Pressuposto 9  Pressuposto 10

Modelo de ObservaçãoSíntese

Objetivo

  Conhecer os pressupostos organizacionais da PNL

Embora, Bandler e Grinder não gostem de usar o termo teorias para os seus alicerces e prefiram os termos pressupostos organizacionais  como base do modelo com o qualtrabalham com os seus pacientes, eles apresentam conceitos definidos de:

Pressuposto 1

Existe uma parte consciente e outra inconsciente no cérebro.

Pressuposto 2

As pessoas têm os seus próprios recursos, muitas vezes, inconscientes, para mudarem oseu comportamento ou se curarem de uma situação emocional conflituosa.

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Pressuposto 3  

Cada comportamento, por mais estranho que seja, tem uma intenção inconsciente positiva.

Pressuposto 4

Se o paciente for ajudado a procurar, dentro de si, os seus próprios recursos de cura e nocontexto adequado, poderá ter êxito nessa tarefa.

Pressuposto 5

 Nunca se deve procurar alterar o comportamento de um paciente sem descobrir o“  benefício secundário” do mesmo.

Pressuposto 6

Existem muitas partes inconscientes que conjugam o resultado do comportamento;nestas condições, é fundamental estarem todas integradas e “de acordo” para que o novocomportamento se estabeleça permanentemente. É aquilo a que os autores chamam“teste ecológico”.

Pressuposto  7

A intenção, que é motora do comportamento que se quer mudar, deve ser respeitadaquanto à sua finalidade; porém, tenta-se mudar os meios de que ela se utiliza.

Pressuposto 8

As experiências inconscientes no passado histórico do indivíduo, como eventoshistóricos, relações com pai, mãe, etc., têm grande influência no modo de experienciar

estímulos atuais com programações primitivas.

Pressuposto 9

A PNL procura a remodelagem que é uma maneira específica de entrar em contactocom aquela parte da pessoa que está a determinar o comportamento ou a impedir oaparecimento de outras ocorrências e manifestações de conduta. A ressignificação é o

 processo que promove a mudança.

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Pressuposto 10

 Na realização da modelagem as palavras têm um valor secundário na pesquisa, poisestão sob o domínio da consciência e esta até o momento da terapia não conseguiu

mudar o comportamento.

Modelo de Observação

 Na terapia procura-se o contacto com os sistemas representacionais primários como:sensações, sentimento, imagens visuais, sons. Nestas condições, todo e qualquercontacto com sensações cinestésicas, ou seja, sentimentos difusos resultantes de umconjunto de sensações internas ou orgânicas e caracterizadas por bem estar ou mal-estar,são muito importantes.

Assim, também os aspetos cinestésicos, ou seja, o sentido pelo qual se percebem osmovimentos musculares, como por exemplo, a movimentação e posição dos olhos, sãomuito importantes.

A partir de uma circunferência podemos organizar um modelo de observação,atribuindo à parte superior da circunferência o Norte; à direita, Este; à esquerda, Oeste;à parte inferior, o Sul; ao Centro, a noção de generalizações.

Assim, observamos o discurso do texto do interlocutor:

A OESTE: encontramos as regras. Expressões do tipo: “devemos; é preciso; isso

não se faz; basta apenas; cabe ao pai dizer-lhe isso, etc.

A LESTE: encontramos os julgamentos: “é bom, é mau, é burro, é desajeitado, ésuscetível, etc.”.

A SUL: encontramos suposições: a) causa e efeito: “não consegui dizer-lhe isto porque ele estava a olhar-me nos olhos”; b) as supostas leituras de pensamento:“se eu lhe disser a verdade ele não vai acreditar em mim”.

AO CENTRO  encontramos generalizações. Exemplo: sempre, nunca, todas asvezes, todo a gente, as mulheres, etc.

AO NORTE encontramos factos: quem, o quê, onde, como, quanto, etc.

Síntese 

 Neste capítulo ficámos a conhecer os pressupostos organizacionais da Programação Neurolinguística.

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6. O S P RINCÍPIOS DA M UDANÇA DA PNL

Índice

Os Princípios da mudança da PNLOs Princípios da Mudança

Princípio 1Princípio 2Princípio 3Princípio 4Princípio 5Princípio 6Princípio 7Princípio 8Princípio 9Princípio 10Princípio 11

Princípio 12Princípio 13Como usar as Pressuposições no dia-a-dia?Síntese

Objetivo

  Conhecer e compreender os princípios da mudança da PNL

A PNL tem 13 princípios centrais, uma espécie de filosofia que orienta o seu trabalho.Esses princípios são chamados pressuposições porque não estão aqui para serem

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"engolidos com casca e tudo" pelo aluno, ou seja, não é preciso acreditar neles para quesejam verdadeiros. São chamadas pressuposições exatamente pelo que o nome significa:"pré" e "suposição". Supomos previamente que sejam verdadeiras e então agimos comose fossem. Basicamente, é como um conjunto de princípios éticos para as nossas vidas.

Pr incípio 1

As pessoas respondem à sua experiência, não à realidade em si.

O que é a realidade? Na verdade não sabemos. O que sabemos é o que aprendemos comos nossos sentidos (visão, taco, olfato, paladar, audição), crenças (o que é realidade paraum católico pode não o ser para um muçulmano) e a experiências que vivemos. Isso dá-nos aquilo a que chamamos Mapa, que tem exatamente este sentido: assim como ummapa não é o local que ele indica, mas sim a sua representação gráfica, também assim

como funciona o nosso entendimento do que é a "realidade". Alguns mapas são maisdetalhados do que outros, mais ricos de informações. Outros são mais pobres, com pouca orientação. Caminhamos pelo mundo como numa selva cheia de pequenos"buracos" na estrada. Quando temos um mapa que nos forneça mais informações,chegamos onde queremos e até vamos mais longe. Quando o mapa é falho, a tendênciaé perdermo-nos pelo caminho. Chegaremos? Também é possível, mas vai demorarmais. A PNL permite-nos mudar, acrescentar mais detalhes aos nossos mapas, paraentão prosseguirmos o caminho.

Pr incípio 2

Ter uma escolha é melhor do que não ter nenhuma.

É preciso ter sempre um mapa que nos possibilite o maior número de escolhas para ocaminho.

Quanto mais escolhas tivermos, mais livres estaremos, pois podemos decidir qual será anossa rota ou mesmo mudá-la quando necessário.

Pr incípio 3

As pessoas fazem a escolha que podem fazer naquele momento.

De acordo com as informações, experiências e aprendizagem das suas vidas, as pessoasfazem sempre as escolhas que lhe são possíveis no momento em que vivem.

 Não importa se esta escolha é demolidora (como o adolescente que prefere esconder-seno quarto e chorar meses por um amor perdido), bizarra ou má.

Pode ser que seja a única escolha para aquele seu momento ou lhe pareça o melhorcaminho a seguir. Se oferecermos uma escolha que seja melhor (para ele(a), não paranós), ela, com certeza, será escolhida e a outra abandonada. Ou seja, se lhe dermos

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"mais informações sobre o seu mapa, um mapa melhor", ele(a) terá mais opções eviverá de acordo com ele.

Pr incípio 4

Todos nós funcionamos perfeitamente.

 Ninguém está errado ou tem um defeito. Todos trabalhamos, executando as nossasestratégias com perfeição. A questão que se coloca é: a estratégia leva-nos para ondequeremos? PARA MUDAR UMA ESTRATÉGIA, É PRECISO DESCOBRIRPRIMEIRO COMO FUNCIONAMOS.

Assim, poderemos modificá-las e ter algo mais eficiente, mais útil.

Pr incípio 5

Todas as ações têm um propósito.

As nossas ações não são à toa, aleatórias. Estamos sempre a querer realizar algo, mesmoque ainda não saibamos conscientemente o que queremos.

Pr incípio 6

Todo o comportamento tem uma intenção positiva.

Considero esta uma "pressuposição contra o preconceito" gerado pelas atitudes das pessoas à nossa volta. A PNL separa a intenção da ação. Por pior que seja algo quealguém tenha feito, ela quer sempre algo de bom, para si ou para os outros.

Imagine alguém que rouba para comer ou mesmo para ter um luxo. Nos dois casos, selhe for apresentada uma melhor escolha para o seu comportamento e que lhe permita tero que quer ou manter valores que ele(a) aprecia, ou seja, a sua intenção positiva,

 podemos ter a certeza de que este segundo comportamento passará a ser a sua regra.

Pr incípio 7

A mente consciente contrabalança a inconsciente.

O inconsciente é tudo o que não está no consciente AGORA. Nele estão todos osrecursos que necessitamos para viver com equilíbrio.

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Pr incípio 8

O significado da comunicação é a resposta que se obtém dela.

Pode ser que esperemos uma resposta e venha outra, mas a falha não está nacomunicação. O que há são respostas e feedback.

O que conseguimos é o que "aquela" forma de comunicação consegue. Se não nos dá oque queremos, devemos mudar a forma de pedir ou tentar.

Para isso, é preciso primeiro assumir a responsabilidade pela comunicação e entenderque "quando alguém se torna resistente, a responsabilidade é do comunicador". SEJAFLEXÍVEL.

Pr incípio 9

Temos todos os recursos que precisamos e, se não temos, podemos criá-los.

 Ninguém é desprovido de recursos.O que acontece é que muitas vezes estamos num "estado mental sem recursos".Algumas técnicas podem mudar isto.

Pr incípio 10

Mente e corpo formam um só sistema. São a mesma pessoa.

Se muda algo no corpo, muda na mente e vice-versa. Não é possível efetuar mudançasnum sem atingir o outro, pois eles interagem mutuamente.

Pr incípio 11

Através dos nossos sentidos processamos todas as informações que colhemos.

Se desenvolvemos os nossos sentidos, tornando-os mais aguçados, então teremosinformações melhores, pensaremos de forma mais clara, mais segura e mais abrangente.

Pr incípio 12

A modelagem é o caminho para a excelência.

Se determinada pessoa pode fazer algo, nós também podemos.

É possível modelá-la e passar este ensinamento aos outros. Assim todos podem

aprender a obter os mesmos resultados que esta pessoa obtém. Não se trata de se tornar

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um "clone" da pessoa, mas aprender com ela, ou seja, seguir o seu "caminho das pedras".

Pr incípio 13

Se quiser compreender algo, então aja!

É fazendo que aprendemos. A teoria é muito boa, mas a prática é que nos ensina defacto. Então una a prática à sua teoria!

Como usar as Pressuposições no dia-a-dia?

 As pressuposições servem para ajudar a escolher a forma de encarar

determinados problemas, comportamentos ou pessoas nas nossas vidas. Paratestar isto, basta pensar no seguinte:

  Pense numa situação difícil, um relacionamento complicado que tenhacom outra pessoa.

   Agora escolha a pressuposição que mais lhe chamou a atenção duranteesta leitura e pergunte para si mesmo(a): "O que faria se quisesse agircomo se esta pressuposição fosse verdadeira? Como mudaria a situação?"

  Em seguida escolha uma pressuposição sobre a qual tenha as maioresdúvidas, e considere outra situação difícil da sua vida. O que faria seagisse como se essa pressuposição fosse verdadeira? Como mudaria a

situação?  Tente isso com outros factos e outras pressuposições, e verá que muita

coisa muda de facto na sua forma de enfrentar a situação.

Síntese  

 Nesta aula ficámos a conhecer os princípios da mudança da Programação Neurolinguística.

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7. TÉCNICAS TERAPÊUTICAS

Objetivos

  Conhecer as técnicas terapêuticas  Compreender o seu modo de aplicação

Índice

Técnicas Terapêuticas1.  A Sincronização2.  Espelhamento ou Mirroring3.  Calibragem4.  Ancoragem5.  Sistemas de Representação6.  Incongruência7.  Verbalizações versus conteúdo

Síntese

1. A Sincronização

Para a execução da terapia com a PNL, os autores usam muitas técnicas. Uma delas é asincronização.

A sincronização é o processo pelo qual se estabelece um contacto íntimo com os níveisconsciente e inconsciente de um interlocutor. Ela consiste em refletir no outro a sua

 própria imagem e enviar-lhe sinais não-verbais que ele recebe e pode identificarinconsciente e facilmente como sendo seus.

Os parâmetros a partir dos quais nos sincronizamos são de dois tipos: verbais e não-verbais. Nos parâmetros verbais pesquisa-se a forma do discurso (predicados, aspetosdas frases) e o conteúdo do discurso (expressões típicas e ideias chave).

Os parâmetros não-verbais são representados pela postura, de um modo geral, gestos,características vocais, posição da cabeça e movimento dos olhos, expressões do rosto etesta, respiração, etc.

A sincronização pode ser direta ou cruzada. Exemplo: se o interlocutor estiver com as

 pernas cruzadas, procura colocar-se nesta postura (sincronização direta) ou cruzar os braços (sincronização cruzada).

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A observação é feita a partir do ponto de vista do observador, dos movimentos dosolhos e a sua posição no interlocutor.

Para acompanhar o modelo do mundo de um paciente, o observador usa oespelhamento ou mir ror ing , através da comunicação verbal e não-verbal.

Através dos predicados, postura corporal, respiração, tonalidade de voz, expressãofacial, discurso, modificação dos olhos, etc., o terapeuta poderá conduzir a outra pessoaa mudar o comportamento.

Quanto aos predicados,  utiliza-se este termo em PNL para o conjunto de expressõesverbais como verbos, adjetivos e advérbios  usados pelo interlocutor.

Estes predicados podem ser agrupados em quatro grandes sistemas de representações:

visual , auditi vo, cinestésico e  olfativo-gustativo.

Os autores da PNL usam aqui o termo ci nestésico   como o conjunto de sensações eemoções, como por exemplo, sentir-se triste, nó na garganta, sentir rubor, etc.

2. Espelhamento ou Mir roring

Modo auditivo . Exemplo: o barulho retumbante do problema do caixa n.º 2, ampliou o boato de outras fraudes. Se isto chegar aos ouvidos da direção...

Modo olfativo-gustativo . Exemplo: esse caso nojento do caixa n.º 2, mistura-se com ocheiro de outras fraudes igualmente nojentas...

Modo ci nestésico . Exemplo: este triste caso do caixa n.º 2, permitiu evidenciar outrasfraudes. Sente-se que a direção se empenhará a fundo...

Modo visual . Exemplo: a expl osão  deste caso do caixa n.º 2 permitiu a revelação defraudes nada brilhantes.

3. Cali bragem

Outra técnica é a calibragem   que consiste em detetar num indivíduo, os indicadoresnão-verbais que sabemos estarem associados, nele, a um certo estado interior. É oestado interior em que aquela pessoa se encontra naquele determinado momento.

Traduz a sua adaptação ao ambiente: alegria, tristeza, concentração, dúvida, segurança,certeza, ansiedade, etc.

Um interlocutor está com raiva e afirma-o abertamente. Enquanto expressa esta raiva por meio verbal oferece, não verbalmente, dezenas de indicadores associados comogestos, postura, rosto   pálido, nar inas dil atadas, olhar com o sobrolho franzido,respiração for te, etc .

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A calibragem  permite reconhecer um estado interior num indivíduo de maneira muitoconfiável, pois um grande número de parâmetros identificáveis é muito difícil de serdominado pela pessoa.

 Nestas condições, uma emoção não verbalizada e disfarçada será detetada por estes parâmetros.

A calibragem torna-se uma técnica muito confiável por permitir reconhecer um estadointerior num indivíduo, mesmo que este procure verbal e conscientemente ocultá-lo.

4. Ancoragem

A ancoragem é outra técnica muito importante na PNL. A âncora é um estímulosensorial que vai permitir a uma pessoa lembrar-se de um estado interior particular. O

número de âncoras é infinito. Elas podem ser visuais; auditivas; cinestésicas; olfativasou gustativas.

Durante este estado interior, estados sensoriais, visuais, etc. podem ser exprimidos pelointerlocutor e percebidos por ele próprio ou também pelos observados. Ex.: rubor norosto; rosto pálido, etc.. Assim, por ex. o modelador coloca a mão no ombro esquerdoda paciente enquanto ela vive mentalmente a experiência positiva ou negativa.

Este toque fica associado à experiência ocorrida. Agora estabeleceu-se a ancoragem.Repetindo-se o mesmo toque no mesmo local o paciente poderá reviver a experiência.

Pode-se, por exemplo, ancorar as experiências passadas com novos recursos do paciente para que a experiência passada seja vivida de outra maneira, com vivências diferentes.

O processo de ancoragem e a integração que se sucede ao mesmo, constituirão oinstrumento para deitar por terra as dissociações, a fim de que a pessoa tenha acesso aorecurso, no contexto em que ele é necessário.

O processo de ancoragem e a construção de novas possibilidades por intermédio deste processo podem literalmente converter a sua história pessoal, partindo de um conjuntode limitações, num conjunto de recursos.

5. Sistemas Representacionais  

Todas as experiências podem servir de base para a aprendizagem e não é por serem julgadas positivas ou negativas, desejadas ou indesejadas, boas ou más.

Os terapeutas modeladores prestam pouca atenção ao que os pacientes dizem, porém, prestam muita atenção ao que fazem e exprimem pela comunicação visual, auditiva,táctil e cinestésica.

Quando entramos em contacto, pela primeira vez, com uma pessoa provavelmente elaestará a pensar em alguma coisa e estará a usar um dos três sistemas representacionais,

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gerando imagens visuais, tendo sensações, ouvindo e prestando atenção aos sons ou afalar consigo própria.

Quando a pessoa fala, usa palavras processuais (os predicados: verbos, advérbios eadjetivos) para descrever a sua experiência.

Ajustando o comportamento do observador, usando o mesmo tipo de predicados que ooutro está a usar, poderá obter um bom contacto inicial.

Os modeladores admitem que se obterá sempre uma resposta para as perguntas feitas, namedida em que o observador usa o aparato sensorial para captar as respostas.

Admitem que raras vezes será relevante a parte consciente ou verbal da resposta. Assim, por exemplo, a movimentação dos olhos. Quando as pessoas olham para o alto estão acriar imagens internas.

Conforme o tipo de perguntas iremos obter um tipo de resposta. Assim teremosrespostas relacionadas com as imagens recordadas ou eidéticas  e imagens  construídas.

A maioria das pessoas olha para cima e para o seu lado esquerdo no caso de imagenseidéticas visuais e para cima e para o seu lado direito no caso de imagens construídas.

Os movimentos oculares e os movimentos corporais apresentarão as informações arespeito dos processos. Ao preocupar-se com o conteúdo da verbalização, o observadordeixará de observar a estrutura da forma segundo a qual o paciente organizou as suasexperiências.

6. I ncongruência

Os modeladores admitem que procurar compreender as raízes do problema; o conteúdoda verbalização; o seu significado profundo oculto, provavelmente, levará muito tempo

 para mudar uma pessoa. Se, ao contrário, procurar modificar a forma, mudará o produtofinal tão bem como se estivesse a trabalhar com o conteúdo e num tempo muito curto deterapia.

 Nestas condições, o modelador, o programador neurolinguístico não deverá preocupar-

se com o conteúdo das verbal izações, mas sim investigar como funciona o processo.

Assim, por exemplo, um indivíduo é questionado com uma pergunta: “Como passoudurante esta semana?”  Ele responde verbalmente: “Sem problemas; tudo funcionoumuito bem”. Ao mesmo tempo que fala, suspira profundamente; apresenta um tom

 baixo de voz; cabeça pendente. Nestas condições, a comunicação verbal não combinacom a não-verbal.

A isto os modeladores dão o nome de incongruência. 

O trabalho do modelador é fazer uso das escolhas .

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A noção de incongruência  é um ponto de escolha que irá mostrar-se repetitivo nas suasexperiências. O modelador deverá ter várias alternativas de escolha para responder àincongruência.

Podemos aperfeiçoar o nosso sistema percetivo   através dos treinos e exercícios deobservação, como por exemplo, observar a dilatação pupilar.

Conseguir ter a habilidade da perceção sensorial abrangente é um projeto para toda avida. Há necessidade de treino diário.

Admite-se em Neurolinguística que os modeladores necessitem de passar por um treino para que as suas escolhas, durante o ato terapêutico, não precisem de ser pensadas, poisisso acarretaria perda de tempo e perda de perceção sensorial do mundo exterior e dacomunicação do paciente.

 Nestas condições, segundo os programadores neurolinguísticos, de todas as vezes queum paciente resiste é porque ele está a tentar evitar que o modelador o conheça ecompreenda as suas estratégias.

Exemplo de perguntas que estimulam imagens visuais eidéticas: Qual é a cor da alcatifada sua casa?

Exemplo de imagens construídas: Como acha que ficaria com os cabelos vermelhos?

Perguntas que estimulam o sistema auditivo: Qual é a sua música preferida?

Perguntas que estimulam o sistema cinestésico: Como se sente ao acordar de manhã?Como se sente ao tocar o pelo de um gato?

Depois que cerca de 5 minutos de perguntas, os modeladores admitem que o observadorterá uma ideia de quais os movimentos oculares que indicam os modelos dos sistemasrepresentacionais  que a pessoa está a utilizar naquele momento.

Os predicados, ou seja, as palavras que a pessoa escolhe para descrever a sua situação,fornecem os dados obtidos a partir dos sistemas representacionais, permitindo aoobservador localizar a porção deste complexo cognitivo interior colocado sob o foco daconsciência.

7. Verbal izações versus conteúdo

O metamodelo é um modelo que orienta como escutar a forma das verbalizações aoinvés do seu  conteúdo . Assim, por exemplo, um paciente diz: “o meu pai assusta-me”.Deve-se pedir à pessoa a especificação do processo: “como é que o seu pai a assusta?” 

Ao tentar explicar o “como”, irá fornecer comunicações não-verbais, tais como: olhos ecabeça, movendo-se para cima e para esquerda. Poderá dizer: “ Não sei” (olhos e cabeçamovendo-se para baixo e para esquerda).

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A combinação do uso de verbos inespecíficos que a pessoa usa e a especificação não-verbal que os movimentos dos olhos indicam, juntamente com as alterações corporais,conferem-nos a resposta à pergunta, quer a pessoa esteja consciente disso ou não.

Síntese

 Neste capítulo ficou a conhecer:  A Sincronização  O Espelhamento ou mirroring  A Calibragem  A Ancoragem  Os Sistemas Representacionais  A Incongruência  As Verbalizações versus conteúdos

8. O UTRAS TÉCNI CAS TERAPÊUTI CAS

Índice

O modelo dos Seis Passos  Passo 1 

Passo 2  Passo 3  Passo 4  Passo 5  Passo 6

Outras técnicas terapêuticas  Função dos terapeutas  Encenação  Encenação –  fantasia dirigida 

Vínculos terapêuticos duplos  Deveres de casa  Congruidade

Síntese

Objetivos

  Conhecer outras técnicas terapêuticas 

Compreender o seu modo de aplicação  Identificar as melhores técnicas para cada situação

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O Modelo dos Seis Passos 

A ideia do metamodelo é fornecer um controle sistemático sobre a linguagem.Os autores admitem como conceito de inconsciente e consciente o seguinte:

•  Consciente (conscious) é como se define qualquer coisa da qual se tenhaconsciência (aware) num determinado momento e Inconsciente é tudo o resto.

•  Admitem os autores que a aprendizagem e as mudanças acontecem num planoinconsciente.

Richard Bandler e John Grinder propõem como uma das técnicas de ressignificação omodelo dos seis passos:

PASSO N.º 1: Pede-se ao paciente que localize um comportamento que conscientementeele quer modificar - Comportamento x.

PASSO N.º 2:  Estabelece-se uma comunicação com aquela parte responsável pelaexistência do comportamento x.

Esta parte responsável é o inconsciente.

O terapeuta alia-se ao inconsciente do paciente e julga esta parte como tendo razão positiva na sua existência.

O terapeuta faz uma pergunta e pede ao paciente que se volte para dentro de si e percebaqualquer mudança sensorial; ao mesmo tempo que o terapeuta observa mudançasvisuais, cinestésicas etc., por exemplo, o rubor enquanto o paciente relata sensações noestômago.

PASSO N.º 3: Procura-se distinguir entre o padrão x do comportamento e a “intenção” da parte responsável pelo comportamento.

PASSO N.º 4: Criar novas alternativas para o padrão x que sejam bem-sucedidas quantoà finalidade da intenção, conservando-se a intenção, variando-se os meios encontrados;

 porém, meios que não entrem em conflito com as partes envolvidas.

PASSO N.º 5: Certifique-se que novas escolhas irão acontecer no comportamento.

PASSO N.º 6: Aplicação do teste ecológico, ou seja, verificar se a nova escolha estáde acordo com todas as outras partes envolvidas no organismo; que não háobjeções.

Outras Técnicas Terapêuticas 

As diferentes formas de psicoterapia são todas eficazes até certo ponto, embora pareçam, à maioria dos observadores, muito diferentes.

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Precisamos extrair das várias técnicas os elementos especiais que nos permitamexpressar-nos como uma personalidade independente no sentido de não ficarmostotalmente dependente de uma só técnica que se torna aprisionante.

Cada paciente que chega até nós tem uma personalidade totalmente diferente do anteriore, nestas condições, uma só técnica é forçar o paciente a adaptar-se a ela sem ter emconsideração a sua personalidade.

A finalidade da psicoterapia é modificar a experiência do paciente em relação aomundo. Como sabemos, as pessoas não operam diretamente no mundo, mas operamnecessariamente neste, através, da sua perceção ou modelo do mundo.

As terapias, então, operam de forma característica para modificar o modelo do mundodo paciente, consequentemente, o seu componente e experiências.

Funções dos terapeutas

Os terapeutas deverão ser capazes de identificar quando determinada técnica é ou nãoapropriada para aquele paciente. O metamodelo é um referencial que pode ser usado porqualquer escola psicoterapêutica.

Como psicoterapeutas podemos identificar exatamente, durante as verbalizações do paciente, aquilo que está ausente, generalizado ou   distorcido, na EstruturaSuperficial.

Quando alguém nos procura, como psicoterapeutas, percebemos que essa pessoa temalgum problema e algum sofrimento. Começamos por perguntar o que a motivou a

 procurar-nos e o que ela espera obter vindo até nós.

O paciente responderá com uma Estru tura Superf icial  que será desafiada no sentido deeliminarmos os três universais: General ização, El iminação e D istorção .

Acoplado ao metamodelo podemos utilizar diferentes técnicas que irão enriquecer ocampo de investigação.

 Encenação 

Assim, por exemplo, a Encenação . São técnicas que levam o paciente a dramatizar umaexperiência real ou fantasiada.

Como por exemplo, uma paciente que tem dificuldade em expressar raiva para com oseu marido.

Podemos pedir à paciente para encenar uma ocasião específica em que foi incapaz deexpressar a sua raiva para com o seu marido.

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A paciente, ao recriar a sua experiência, torna-se consciente de partes da estrutura dereferência que não tinham representação na Estrutur a Profunda .

Por outro lado, a encenação  dá ao psicoterapeuta uma aproximação à própria estruturade referência - a experiência do paciente, e também a oportunidade de ver, diretamenteum exemplo de modelagem executado pelo paciente.

Uma outra forma de Encenação  é o processo da Fantasia Di ri gida . É o processo emque o paciente emprega a sua imaginação para criar uma nova experiência para simesmo.

Encenação  –  fantasia dir igida

A Fantasia Di ri gida   fornece ao paciente uma experiência que é a base para uma

representação no seu modelo, onde anteriormente não houvera representação, ou estaera inadequada.

Ao mesmo tempo, fornece ao terapeuta uma experiência que pode utilizar para desafiaro modelo atualmente empobrecido do paciente.

É uma nova experiência e também uma representação da mesma, onde o terapeutaobserva, nesta fantasia representada na verbalização do paciente, a EstruturaSuperficial  com os universais clássicos: General ização, Eliminação e Distorção .

Durante o processo de Fantasia Di ri gida  o psicoterapeuta pode estimular o paciente

concomitantemente a prestar atenção num ou mais dos seus cinco sentidos.

Vínculos Terapêuti cos Duplos

Uma outra técnica é a dos Vínculos Terapêuticos Duplos. São situações, impostas ao paciente pelo psicoterapeuta, em que qualquer resposta por parte do primeiro será umaexperiência ou estrutura de referência, que se encontra fora do modelo do mundo do

 paciente.

Desafiam o modelo do paciente ao forçá-lo a uma experiência que contradiga as

limitações empobrecedoras do seu modelo.

Grinder e Bandler oferecem um exemplo:

A paciente dizia: “Não posso dizer NÃO a ninguém, porque não posso ferir ossentimentos de ninguém”.

 Nestas condições, o psicoterapeuta  pergunta: “O que aconteceria se dissesse não aalguém?” A sua resposta foi a de que as pessoas ficariam muito magoadas, poderiam atémesmo morrer.

O psicoterapeuta pergunta: “Quem, especificamente, poderia ser magoado e morrer?”.A paciente lembrou-se de uma experiência traumática do passado na sua infância.

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 Nesta ocasião dissera Não ao pedido do pai para ficar em casa com ele. Após voltar paracasa, mais tarde, naquela mesma noite, a paciente descobriu que o seu pai havia morridoe ela tomou a responsabilidade pela morte do pai, atribuindo-a ao facto de ter-lhe dito

 Não.

O psicoterapeuta passou para a técnica de encenação, porém, após a mesma, a paciente permanecia com a mesma generalização do início.

O psicoterapeuta passou a utilizar-se do vínculo terapêutico duplo. Pediu à paciente quefosse ter com cada colega de grupo e lhe dissesse Não em relação a alguma coisa.

A paciente reagiu violentamente, recusando-se a cumpriu a tarefa e reafirmando: “Não,é impossível para mim dizer Não às pessoas. Não pode esperar que eu diga isto só

 porque me pede”.

O psicoterapeuta mostrou-lhe que ela estava agora a usar o Não para o Psicoterapeuta eele não ficara magoado e nem morrera, contrariando a generalização da EstruturaSuperficial da paciente.

Deveres de casa

Grinder e Bandler utilizam-se do dever de casa   como um instrumento técnico que,acoplado ao metamodelo, poderá dar bons resultados.

Assim, por exemplo, estes autores citam o caso de um paciente que dizia: “ Não possotentar nenhuma coisa nova, porque posso falhar ”.

Inicialmente, utilizando o metamodelo, o terapeuta pergunta: “O que aconteceria setentasse alguma coisa nova e falhasse?”. O paciente responde que não tinha a certeza,mas que poderia ser muito mau. A partir daí o terapeuta decidiu utilizar a técnica dovínculo terapêuti co duplo acoplado com a l ição de  casa.

Fez um contrato com o paciente, que deveria, todos os dias, entre os intervalos dassessões, tentar alguma coisa nova e falhar na mesma.

 Nestas condições, observamos as escolhas oferecidas ao paciente: pode tentar algumacoisa nova todos os dias nos intervalos das sessões e falhar em algumas delas e cumprirassim o contrato, ou, então, não cumprir o contrato com o psicoterapeuta e falhar nocumprimento desta nova experiência em si mesma.

Congruidade

Podemos observar que porções diferentes de uma mesma estrutura de referência podemser expressas por diferentes sistemas representativos, e, nestas condições, surge o que sechama de Congruidade.

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Dizemos que uma situação com comunicação é coerente dupla ou congruidade   oucomunicação congruente por parte da pessoa envolvida, quando a porção da estrutura dereferência expressa num sistema representacional se ajusta e é coerente com a outra

 porção da estrutura de referência expressa num outro sistema representacional.

Ou seja, quando a comunicação verbal e extra verbal são coerentes entre si.

Quando a porção da estrutura de referência que um sistema está a exprimir não se ajustaà porção da estrutura de referência que o outro sistema representacional exprime,usamos o termo não  congruidade  ou incongruente .

Tarefa  

Tendo em conta o modelo dos seis passos, realize o seguinte exercício:

1)  Identifique o padrão x a ser modificado

2)  Estabeleça comunicação com a parte responsável pelo padrão. Pergunta:“Será que esta parte que executa o padrão x irá comunicar comigo a nível daconsciência?”. A seguir estabelecer o significado do sim ou não do sinal.

3)  Distinguir o comportamento, padrão x, da intenção da parte que éresponsável pelo comportamento. Pergunta: “Será que estaria disposto adeixar-me conhecer, ao nível da consciência, o que está a tentar fazer pormim, com o padrão x? Se obtiver uma resposta sim, peça a esta parte para

 prosseguir e comunicar a sua intenção. Esta intenção é aceitável naconsciência?

4)  Criar novos comportamentos alternativos que satisfaçam a intenção. A nívelinconsciente, a parte que executa o padrão x comunica sua intenção à partecriativa, escolhendo as melhores alternativas geradas pela mesma. Cada vezque uma alternativa é escolhida, a parte apresenta o sinal de sim.

5)  Pergunte à parte: “Será que teria vontade de assumir a responsabilidade pela produção de três novas alternativas no contexto apropriado?” 

6) 

Teste ecológico “Existe dentro de mim alguma parte que faça objeções àstrês novas alternativas”? Se houver uma resposta sim, retome o passonúmero 2.