49
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Engenharia Agronômica Eduardo Henrique da Silva Lucas Danilo Ferreira Policarpo Mauricio Costa Yogui Vinicius Luiz Roman Fioravante MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHO (Dalbulus maidis) EM CULTIVAR TRANSGÊNICA DE MILHO (Zea mays) LINS SP 2019

MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Engenharia Agronômica

Eduardo Henrique da Silva

Lucas Danilo Ferreira Policarpo

Mauricio Costa Yogui

Vinicius Luiz Roman Fioravante

MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHO

(Dalbulus maidis) EM CULTIVAR

TRANSGÊNICA DE MILHO (Zea mays)

LINS – SP

2019

Page 2: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

EDUARDO HENRIQUE DA SILVA

LUCAS DANILO FERREIRA POLICARPO

MAURICIO COSTA YOGUI

VINICIUS LUIZ ROMAN FIORAVANTE

MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHO (Dalbulus maidis) EM

CULTIVAR TRANSGÊNICA DE MILHO (Zea mays)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, do curso de Engenharia Agronômica sob a orientação da Profª Dra. Tais Santo Dadazio e orientação técnica do Prof. Me. Thiago Flávio de Souza.

Lins – SP

2019

Page 3: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

9

NOME DO(A) ALUNO(A)

TÍTULO: Subtítulo (se houver)

Silva, Eduardo Henrique; Policarpo, Lucas Danilo Ferreira; Yogui, Mauricio Costa; Fioravante, Vinícius Luiz Roman

Manejo da cigarrinha-do-milho (dalbulus maidis) em cultivar transgênica de milho (zeamays). Eduardo Henrique da Silva, Lucas Danilo Ferreira Policarpo, Mauricio Costa Yogui, Vinicius Luiz Roman Fioravante. – Lins, 2019.

47p. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Engenharia Agronômica, 2019.

Orientadores: Tais Santo Dadazio; Thiago Flávio de Souza 1. Cigarrinha-do-milho. 2. Controle. 3. Imidacloprido.

4.Tiametoxam. 5. Azadiractina. I Título.

CDU 631

S579m

Page 4: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

EDUARDO HENRIQUE DA SILVA

LUCAS DANILO FERREIRA POLICARPO

MAURICIO COSTA YOGUI

VINICIUS LUIZ ROMAN FIORAVANTE

MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHO (Dalbulus maidis) EM CULTIVAR

TRANSGÊNICA DE MILHO (Zea mays)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Engenharia

Agronômica.

Aprovado em: / /

Banca Examinadora:

Profª Orientadora: Dra. Tais Santo Dadazio

Titulação: Doutora em Proteção de Plantas, pela UNESP de Botucatu.

Assinatura:

1ª Profª: Dra. Clélia Maria Mardengan

Titulação: Doutora em Ciências Biológicas, pela UNESP de Botucatu.

Assinatura:

2º Prof. Esp. Harumi Hamamura

Titulação: Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior, pela

UNINTER.

Assinatura:

Page 5: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

Dedicamos…

Ao nosso senhor Jesus por nos capacitar e dar

forças para concluir mais essa etapa em nossas

vidas.

Page 6: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por me dar saúde e força para superar as dificuldades.

Ao meu primo Jeann Humberto que me incentivou a dar o primeiro passo, sair do

cômodo e ingressar na faculdade.

A esta universidade, e todo corpo docente do curso de Engenharia Agronômica.

A minha querida assistente social, Josiane de Souza Vancin, pois quando tudo

parecia acabado ela segurou a minha mão e meu deu todo suporte e força para eu

seguir em frente.

A minha orientadora, Dra. Tais Dadazio, pelo suporte no pouco tempo que lhe

coube, pelo incentivo, as broncas e as correções.

Aos meus amigos de sala, principalmente aos que realizaram comigo o presente

trabalho.

A toda minha família, principalmente, ao meu tio Antônio Umberto, que abriu as

portas de sua casa e me deu total apoio nesses anos de curso, e a minha avó María

Helenice que me criou e me ensinou a ser forte e resiliente.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito

obrigado.

EDUARDO HENRIQUE DA SILVA

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por me dar o dom da vida e por

me manter com saúde até o presente momento, pois sei que sem ele nada seria

neste mundo. Meus pais e irmã que sempre me apoiaram de todas as formas e são

as pessoas mais importantes em minha vida. Aos meus amigos, João Vitor e

Marcela e aos outros do meu grupo de TCC que de alguma forma contribuiram para

este trabalho. Aos funcionários do UniSALESIANO e a todo corpo docente do curso

de Engenharia Agronômica por todo o conhecimento compartilhado.

LUCAS DANILO FERREIRA POLICARPO

Page 7: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

Agradeço primeiramente a Deus, que sempre nos deu força para concluir

esse presente trabalho, com saúde, paz, dedicação, discernimento e tudo que

precisamos. Agradeço a todos os meus familiares, pai, mãe, irmãos, avós, namorada

e tios, sempre nos ajudando e contribuindo para nossos conhecimentos, nos

apoiando e dando forças. Agradeço aos amigos e companheiros deste trabalho, pois

sem o conhecimento e dedicação de todos não seria possível realiza-lo. Sempre

prestativos e com grande ânimo. A professora orientadora que sempre retirando

nossas dúvidas e corrigindo.

MAURICIO COSTA YOGUI

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, pois me deu força para concluir

mais uma etapa em minha vida, minha família, pai, mãe, irmão e minha namorada,

por me apoiarem sempre em minhas decisões e me ajudarem sempre no que foi

preciso, minha orientadora Tais Santo Dadazio, que soube nos conduzir para

finalizar esse projeto e sem seus conselhos nada disso teria acontecido.

VINICIUS LUIZ ROMAN FIORAVANTE

Page 8: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

RESUMO

O manejo da cigarrinha-do-milho (Daubulus maidis) na atualidade ganhou uma grande importância para os produtores que cultivam o milho, basicamente pelo fato de ser um hospedeiro de doenças como enfezamento pálido e o vermelho que podem chegar a perdas de até 100% da lavoura, caso o manejo não seja feito. Com base nisso, o seguinte experimento teve como objetivo analisar a eficiência de práticas de manejo no controle da cigarrinha (D. maidis) e na consequente redução do enfezamento na cultura do milho, permitindo maior qualidade na produção. O presente trabalho foi desenvolvido na Estância Renascer, localizada no Município de Promissão–SP, com delineamento de blocos casualizados com quatro tratamentos e quatro repetições, com um total de dezesseis parcelas. Sendo os tratamentos: (T1) a testemunha, (T2) pulverização foliar com Azadiractina, (T3) tratamento de sementes com Tiametoxam mais pulverização foliar com Azadiractina e (T4) tratamento de sementes com Imidacloprido mais pulverização Azadiractina. Os tratamentos com pulverização foram realizados sempre após avaliações da população com armadilhas amareladas (BIOTRAP) para que fosse comparado antes e depois dos tratamentos, assim, obtendo informações de qual método seria mais efetivo. Ao final do experimento, os dados foram tabulados, e as médias dos tratamentos foram comparadas de acordo com teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os tratamentos de sementes com Tiametoxam mais pulverização foliar com Azadiractina (T3) e tratamento de sementes com Imidacloprido mais pulverização Azadiractina (T4), apresentaram uma maior efetividade na redução das médias populacionais da praga vetor, quando comparado à testemunha e pulverização foliar, porém não houve diferença estatística.

Palavras-chave: Cigarrinha-do-milho. Controle. Imidacloprido. Tiametoxam. Azadiractina.

Page 9: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

ABSTRACT

The management of the corn leafhopper (Daubulusmaidis) today has been of great importance for producers who grow maize, basically because it is a host of diseases such as pale squalor and red that can reach losses of up to 100% if management is not done. Based on this, the following experiment had the objective of analyzing the efficiency of management practices in the control of the spittlebug (D. maidis) and in the consequent reduction of the maize crop in the corn crop, allowing higher production quality. The present work was developed at the Estancia Renascer, located in the Municipality of Promissão-SP, with a randomized block design with four treatments and four replications, with a total of sixteen plots. The treatments: (T1) were the control, (T2) leaf spraying with Azadirachtin, (T3) seed treatment with thiamethoxam plus leaf spraying with Azadirachtin and (T4) seed treatment with Imidacloprid plus spraying Azadirachtin. The spraying treatments were always performed after assessments of the population with yellow traps (BIOTRAP) to be compared before and after treatments, thus obtaining information of which method would be most effective. At the end of the experiment, the data were tabulated, and the means of the treatments were compared according to the Tukey test at 5% probability. Seed treatments with Tiamethoxam plus leaf spraying with Azadirachtin (T3) and treatment of seeds with Imidacloprid plus spraying Azadirachtin (T4), showed a greater effectiveness in the reduction of population means of the vector pest when compared to control and leaf spraying, but not there was statistical difference.

Keywords: Cornworms. Handling. Imidacloprid. Thiamethoxam. Azadirachtin.

Page 10: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fenologia do milho doce: Estádios de desenvolvimento da cultura ......... 15

Figura 2 – Maiores exportadores de milho, 2014 a 2018, em milhões/t .................... 16

Figura 3 – Croqui da área experimental, com a distribuição dos tratamentos ........... 25

Figura 4 – Precipitação e temperatura média no período do experimento ................ 28

Figura 5 – População de cigarrinhas (D. maidis) na primeira avaliação .................... 30

Figura 6 – População de cigarrinhas (D. maidis) na segunda avaliação ................... 31

Figura 7 – População de cigarrinhas (D. maidis) na terceira avaliação ..................... 33

Figura 8 – População de cigarrinhas (D. maidis) na quarta avaliação ....................... 34

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Granulometria da área experimental ....................................................... 23

Tabela 2 – Parâmetros químicos médios de vinte sub amostras do solo utilizado

no momento da implantação do experimento ............................................................ 23

Tabela 3 – Parâmetros químicos médios de sete amostras do solo utilizado no

momento da implantação do experimento ................................................................. 24

Tabela 4 – Características dos inseticidas utilizados no tratamento para manejo

da cigarrinha-do-milho ............................................................................................... 26

Tabela 5 – Primeira avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis) ...... 29

Tabela 6 – Segunda avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis) ..... 30

Tabela 7 – Terceira avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis) ...... 32

Tabela 8 – Quarta avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis) ........ 33

Page 11: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

LISTA DE ABREVIATURAS

Al: Alumínio

B: Boro

Ca: Cálcio

CaCl: Cloreto de Cálcio

Cm: Centímetros

CONAB: Companhia Nacional de Abastecimento

CTC: Capacidade de Troca Cátions

Cu: Cobre

D.A.E: Dias Após a Emergência

Dm³: Decímetro Cúbico

Fe: Ferro

g: Gramas

H+Al: Hidrogênio mais alumínio

Ha: Hectare

K: Potássio

Kg: Quilogramas

m: Metros

Mg: Magnésio

mg: Miligramas

MG: Morgan

MIP: Manejo integrado de pragas

Ml: Mililitros

mm: Milímetro

Mmolc: Milimol de carga

Mn: Manganês

MO: Matéria Orgânica

MS: Mato Grosso do Sul

NDE: Nível de Dano Econômico

ºC: Graus Celsius

P: Fósforo

pH: Potencial Hidrogeniônico

PR: Paraná

Page 12: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

Prof.: Profundidade

RS: Rio Grande do Sul

S: Enxofre

S: Sul

SB: Soma de Bases

SC: Santa Catarina

SP: São Paulo

USDA: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

V (1,5,6,7,8,9 e T): Estádios Fenológicos

V%: Porcentagem de Saturação por Bases

W: Oeste

Zn: Zinco

Page 13: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 14

2.1 Cultura do milho ...................................................................................... 14

2.2 Importância econômica do milho no Brasil ............................................. 16

2.3 Tecnologias de plantio e tratamento de sementes ................................. 17

2.4 Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) .................................................... 18

2.5 Métodos de controle ............................................................................... 20

3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................... 23

3.1 Local do experimento .............................................................................. 23

3.2 Delineamento experimental e tratamentos ............................................. 24

3.3 Condição climática .................................................................................. 27

3.4 Avaliação ................................................................................................ 28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................. 29

4.1 População de Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) ............................. 29

5 CONCLUSÃO ........................................................................................ 36

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 37

APÊNDICES .................................................................................................... 41

Page 14: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

12

1 INTRODUÇÃO

Segundo a CONAB (2018), o milho (Zea mays) está entre os grãos de maior

importância econômica no cenário nacional, sendo o Brasil o terceiro maior produtor

mundial, com uma produção de 97,8 milhões de toneladas em uma área de 16.381,8

mil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura

e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para alimentação

animal, amido e adoçantes.

Ademais, o milho produzido no país também tem ganhado importância no

cenário do comércio mundial, é o segundo maior exportador do grão, participando,

atualmente, com 17% das exportações mundiais, atrás apenas dos Estados Unidos,

que detêm cerca de 40% (SOLOGUREN, 2015). Contudo, com o aumento da área

plantada e das novas técnicas de manejo como o uso de variedades transgênicas,

diversos problemas fitossanitários têm limitado a produtividade em algumas regiões.

Dentre eles, destaca-se o enfezamento ocasionado pela bactéria pertencente à

classe dos Mollicutes, transmitida por vetores como a cigarrinha-do-milho (Dalbulus

maidis).

A cigarrinha-do-milho tem causado problemas à cultura há algum tempo, por

ser um inseto de fácil movimentação e por estar presente em todas as regiões

tropicais e subtropicais, se alimentando da seiva das plantas, diretamente nos vasos

condutores do xilema e floema. A gama de hospedeiros está restrita ao gênero Zea

spp., e as espécies anuais ou perenes do Teosinto. Ocasionalmente, insetos podem

ser encontrados em plantas de gêneros próximos ao do milho, como o Tripsacum e

a Euchlaena (WAQUIL, 2004).

Há dois tipos de enfezamento ocasionado por molicutes, o enfezamento-

pálido, espiroplasma, onde plantas infectadas apresentam estrias cloróticas na

nervura central das folhas, e o enfezamento-vermelho, fitoplasma, onde plantas

doentes ficam com as folhas avermelhadas, em ambos os casos há produção de

pequenas espigas, com granação reduzida ou ausente.

Para o controle do enfezamento do milho, deve ser controlado o vetor

transmissor da bactéria, com o manejo integrado de pragas (MIP). As decisões

quanto às medidas de controle fundamentam-se em diversos fatores relacionados à

praga, à cultura e ao ambiente. Neste sentido, é importante determinar o nível do

Page 15: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

13

dano econômico (NDE), que possibilita a utilização dessas medidas de controle

(OLIVEIRA et al., 2007), reduzindo os custos com aplicação de defensivos e

gerando um menor impacto ambiental.

No entanto, pragas-chave que causam danos indiretos às culturas pela

transmissão de fitopatógenos, por exemplo, impossibilitam a determinação do NDE

já que os danos não são proporcionais ao tamanho da população, o que torna

necessário o uso de medidas preventivas (PEDIGO, 1999 apud OLIVEIRA et al.,

2007).

Portanto, a pesquisa foi realizada com o propósito de responder ao seguinte

problema: qual método de controle pode trazer redução da doença e na população

da praga na cultura?

Partindo-se da hipótese que a combinação de métodos pode se tornar eficaz,

quando se utiliza estratégias conjuntas para evitar o aumento da população e

incidência da praga, o experimento teve como objetivo analisar a eficiência de

práticas de manejo no controle da cigarrinha (D. maidis) com a utilização de

inseticidas no tratamento de sementes (imidacloprido e tiametoxan).

De acordo com o autor, o tratamento inseticida de sementes de milho com

esses produtos, poderia reduzir o inóculo inicial dos molicutes, matando as

cigarrinhas infectantes que chegam à lavoura nos estádios iniciais de

desenvolvimento das plantas (OLIVEIRA et al., 2002). E na pulverização pós

emergência (azadiractina) para consequente redução do enfezamento na cultura do

milho, permitindo maior qualidade na produção.

Page 16: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Cultura do milho

O milho (Zea mays L.), pertence à família Poaceae, sendo a única espécie

cultivada do gênero. Outras espécies do gênero Zea habitualmente chamadas

teosinte, e as espécies do gênero Tripisacum, são formas selvagens, parentes da

cultura, por isso, podem hospedar as mesmas pragas e doenças (CRUZ et al.,

2008). Tem grande importância econômica e social, econômica pelo valor nutricional

de seus grãos e seu uso intenso nas alimentações humana e animal, além de ser

matéria prima para a indústria; social por ser um alimento de baixo custo, por sua

viabilidade de cultivo tanto em grande quanto em pequena escala e por ser à base

de várias cadeias agroindustriais, como a da carne (GALVÃO et al., 2014).

De acordo com Cruz; Pereira Filho; Albuquerque Filho (2010), o período de

crescimento e desenvolvimento da cultura é limitado pela água, temperatura e

radiação solar ou luminosidade, a cultura exige que os índices dos fatores climáticos,

especialmente a temperatura, a precipitação pluviométrica e o fotoperíodo, atinjam

níveis considerados ótimos, para que o seu potencial genético de produção se

expresse ao máximo. Em algumas regiões de elevada altitude e/ou regiões do RS,

SC, PR, Sul de SP, Sul do MS e Sul de MG, a baixa temperatura pode afetar seu

desenvolvimento, nos primeiros estádios de desenvolvimento como a germinação

(FANCELLI; DOUTRADO NETO, 2000).

Desde a emergência até a floração, a temperatura ideal para o seu

desenvolvimento é de 24 a 30ºC, porém, se a temperatura do solo estiver inferior a

10ºC ou superior a 40ºC no momento em que a semente estiver em fase de

germinação poderá ocorrer prejuízos sensíveis na população emergida (CRUZ et al.,

2010).

Para atingir boas produtividades, exige um fornecimento total de água de 500

a 600mm durante todo o seu ciclo, à medida que a planta se desenvolve e se

aproxima do florescimento, a exigência em água aumenta, de 3,5 a 5 mm/dia em V6;

5 a 6 mm/dia em V9; e 8 a 9 mm/dia entre o florescimento e o início do enchimento

de grãos, mas passa a diminuir com o enchimento de grãos (PAULA, 2017).

No período vegetativo da cultura, a falta de disponibilidade de água pode

Page 17: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

15

acarretar num menor desenvolvimento do porte da planta em função da diminuição

da área foliar e da biomassa, contudo, neste período não está sendo formados os

componentes de rendimento, assim, o aumento da produção de grãos pode

acontecer posteriormente se as condições hídricas forem favoráveis

(BERGAMASCHI et al., 2004).

Outro fator que também pode ser de grande importância para o produtor são

as plantas daninhas, de acordo com Ford e Pleasant (1994), se não houver um

manejo preventivo ou controle dessas plantas pode acarretar perdas de até 70% na

média de produção de grãos, quando comparado a locais que não se tem a

interferência de plantas daninhas.

O milho é considerado uma planta de dias curtos, embora algumas cultivares

tenha pouca ou nenhuma sensibilidade às variações do fotoperíodo, um aumento

deste faz com que a duração da etapa vegetativa aumente e proporcione também

um incremento no número de folhas emergidas durante a diferenciação do pendão e

do número total de folhas produzidas pela planta, para às condições encontradas no

país, o efeito do fotoperíodo em sua produtividade é praticamente insignificante

(CRUZ et al., 2010).

Deve-se levar em consideração para um bom manejo e outras práticas

culturais na lavoura do milho, as suas diferentes fases vegetativas e reprodutivas,

desde a emergência até a maturidade (MAGALHÃES et al., 2002), de acordo com a

Figura 1.

Figura 1: Fenologia do milho doce: Estádios de desenvolvimento da cultura

Fonte: Weismann, 2007.

Page 18: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

16

2.2 Importância econômica do milho no Brasil

Segundo o último relatório de oferta e demanda mundial de milho, publicado

pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em dezembro 2017,

os principais produtores foram os Estados Unidos, China e o Brasil, ocupando a

terceira posição (USDA, 2017 apud CONAB, 2017).

O USDA estima que os EUA devam perder participação de mercado nas

exportações para o Brasil e Argentina, visto uma redução de mais de 10,0 milhões

de toneladas em volume previsto de venda, da safra 2017/18, em relação à safra

passada, conforme o Figura 2 (USDA, 2017 apud CONAB, 2017).

Figura 2: Maiores exportadores de milho, 2014 a 2018, em milhões/t

Fonte: CONAB, 2017.

A cultura é originária da América Central e cultivada em todo o Brasil e têm

grande importância econômica, devido às diversas formas de sua utilização, desde a

alimentação humana e animal até a indústria de alta tecnologia e utilização na

produção de biocombustíveis (FORNASIERI FILHO, 2007).

Em 2003, foi observado que a produção era destinada principalmente para a

alimentação animal, representado por 69% do consumo interno e em 2010 esse

percentual aumentou para 87% (DUARTE; GARCIA; MIRANDA, 2011 apud

Page 19: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

17

AMARAL, 2015).

De acordo com os números da Conab (2016), os principais estados

produtores de milho são Mato Grosso, com previsão de 20 milhões de toneladas

para a colheita 2015/2016, seguido do Paraná com 16.2 milhões de toneladas, Mato

Grosso do Sul com 8.3 milhões de toneladas, Goiás com 7.7 milhões de toneladas,

Minas Gerais com 7 milhões de toneladas e Rio Grande do Sul com 6 milhões de

toneladas.

A cultura está em todas as Unidades da Federação Brasileira sendo que a

região com maior área plantada é a Centro – oeste (6.875,00 mil/ha), seguida da

região sul (3.799,00 mil/ha), Nordeste (2.451,00 mil/ha), Sudeste (2.045,00 mil/ha) e

em último a região Norte com apenas 584,00 mil/ha plantados da cultura (CONAB,

2016).

2.3 Tecnologias de plantio e tratamento de sementes

A modernização do meio agrícola tem sido a consequência da implantação

por todo o mundo de um meio tecnológico desenvolvido pelas indústrias e centros de

pesquisa dos países que buscam um maior desenvolvimento da agricultura, assim,

nessa modernização é avaliada pelo grau de tecnologia nas máquinas,

equipamentos, implementos e insumos utilizados em uma lavoura (FRANCO, 2001).

Para conseguir uma maior produtividade, produtores brasileiros têm a

diversidade de escolha, podendo utilizar cultivares com alto potencial genético,

híbrido simples e triplo, não transgênicas e transgênicas com resistência a lagarta-

do-cartucho, broca-do-colmo, lagarta-da-espiga, lagarta-elasmo e ao herbicida

glyphosate (PEREIRA FILHO, 2015).

As cultivares transgênicas, que também são conhecidas como organismo

geneticamente modificado, são basicamente plantas que recebem genes desejáveis

de outras espécies para melhorar seu rendimento no campo. Para o milho, por

exemplo, foram introduzidos genes para resistência a pragas que são comuns no

cultivo, com isso, a cultura dispensa aplicação de agrotóxicos, diminuindo o seu uso

(MONSANTO, 2009).

A produção é dividida em duas épocas de plantio, os plantios de verão,

realizados no período chuvoso, que variam de acordo com a região a ser cultivada, e

a segunda cultura conhecida, como plantio ‘safrinha’ que são semeados no período

Page 20: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

18

de inverno (DUARTE; GARCIA; MIRANDA, 2011 apud AMARAL, 2015).

O plantio deve ser mais superficial ao redor de 3 a 5cm em solos mais

pesados, que dificultam a emergência, ou quando as temperaturas são amenas, por

ser uma região ou época mais fria; já em solos arenosos, a profundidade de plantio

pode ser maior, de 5 a 8cm, para que se possam aproveitar as condições mais

viáveis de umidade do solo (PEREIRA FILHO, 2015).

De acordo com Cruz (2010), para que se possa ter uma alta produção à

população de milho deve variar de 30 a 90 mil plantas/ha, o que depende

diretamente da cultivar escolhida, disponibilidade hídrica, fertilidade do solo, época

de plantio e do espaçamento entre linhas, sendo que uma cultivar de qualidade pode

ser determinante para a densidade plantas.

O rendimento de uma lavoura aumenta com a elevação da densidade de

plantio até atingir uma densidade ótima, que é o seu desenvolvimento adequado,

entre as plantas, com a compatibilidade ao grau de competição adequado, altas

densidades acima do limite, pode ocasionar baixa produção, pois a planta pode não

ter o seu desenvolvimento correto, devido à competição (CRUZ et al., 2008).

Segundo Waquil (2004), o tratamento de sementes aumenta até 15% as

plantas emergidas, comparadas com as sementes não tratadas, essa diferença em

termos práticos, gera 15% de perda no rendimento, outra vantagem nesse método é

o baixo custo comparado com outros insumos, equivalente a 4,8% menor, tendo

como comparação o custo de duas sacas de milho, em uma produção de 100 sacas.

Sendo uma prática comum para os agricultores que cultivam o milho, por ter reflexos

diretos no desempenho da cultura, utilizando produtos como, inseticidas, fungicidas

e polímeros para o tratamento (FREITAS, 2016).

Conforme Pereira Filho (2007), quando se procedem ao tratamento de

sementes com defensivos líquidos homogeneizados, aumenta-se a abrasão,

interferindo em sua distribuição no plantio, assim, isso é solucionado de forma que,

com a adição de grafite numa quantidade de 3 a 4 gramas por kg para sementes

chatas e 5 a 6 gramas para sementes redondas, devendo ser feita momentos após o

tratamento de sementes.

2.4 Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

Os adultos medem cerca de 4mm de comprimento e 1mm de largura, com

Page 21: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

19

coloração predominante palha, no abdômen possui manchas negras, que podem ser

maiores nos indivíduos desenvolvidos em climas com temperaturas agradáveis, na

cabeça evidenciam-se duas manchas negras com o dobro de diâmetro dos ocelos e

têm como característica marcante duas fileiras de espinhos nas tíbias posteriores

(RATTES; JAKOBY, 2017).

As fêmeas produzem cerca de 14 ovos/dia, durante aproximadamente 45 dias

de vida, e depositam seus ovos dentro do tecido da nervura central das folhas do

milho, no entanto, em temperaturas de 20ºC não há eclosão de ninfas, mas os ovos

continuam viáveis até a temperatura aumentar (ALVES; FORESTI, 2017).

A série de hospedeiros da cigarrinha (D. maidis) está limitada ao gênero Zea

e às espécies anuais ou perenes de Teosinte, sendo considerada,

consequentemente uma espécie monófaga, as quais se alimentam apenas de uma

espécie, no caso o milho, ocasionalmente os adultos podem ser encontrados em

outras espécies de gramíneas, mas é considerada uma praga específica da cultura

(ALVES; FORESTI, 2017).

De acordo com Cruz et al. (2008), D. maidis é a cigarrinha de maior

importância da cultura na América Latina. No Brasil, essa espécie não tem grande

relevância, devido aos danos diretos ocasionados pela sucção de seiva, contudo,

por ser transmissora eficiente de doenças, tem recebido uma grande atenção dos

pesquisadores e produtores.

No país, essencialmente o milho e a cigarrinha D. maidis são os hospedeiros

dos molicutes, que se perpetuam e se disseminam por meio da migração da

cigarrinha de lavouras com plantas adultas doentes para lavouras com plântulas

sadias, ocasionando o enfezamento pálido e o enfezamento vermelho (OLIVEIRA et

al., 2002).

De acordo com Pinto; Oliveira; Fernandes (2007), o enfezamento pálido e o

enfezamento vermelho são doenças sistêmicas associadas à presença, no floema

das plantas, de microrganismos procariontes, classe Mollicutes, esses patógenos

são transmitidos de forma persistente-propagativa pela cigarrinha Dalbulus maidis.

Ao se alimentar em plantas doentes, as cigarrinhas, adquirem os molicutes que são

transmitidos para as plantas sadias (CASELA et al., 2006).

A cigarrinha-do-milho tem sido apontada como uma espécie migratória, que

permanece na cultura durante todo o ciclo, abandonando os campos de milho

senescentes, e possivelmente, utilizando-se de correntes de vento para localização

Page 22: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

20

de novos campos para a colonização (TAYLOR et al., 1993; OLIVEIRA, 2000).

Os sintomas dessas doenças manifestam-se por ocasião do enchimento de

grãos e se torna difícil distinguir os dois tipos de enfezamentos com base apenas

nos sintomas que a planta apresenta (PINTO; OLIVEIRA; FERNANDES, 2007).

Após um período latente entre 3 a 4 semanas, em que os molicutes

multiplicam-se no organismo do inseto, em especial nas glândulas salivares, ela

passa a transmiti-lo de forma persistente, ou seja, por toda a vida, diretamente para

o floema de plantas sadias ao se alimentar destas (ALVES; FORESTI, 2017).

Segundo Castelões (2017), no enfezamento-pálido surgem manchas

cloróticas e independentes, que são produzidas na base das folhas que, logo após,

se juntam e formam bandas grandes, os entrenós se desenvolvem menos e a planta

tem a altura reduzida, ou seja, fica enfezada, também se formam brotos nas axilas

das folhas, o colmo e as folhas adquirem cor avermelhada.

Já os sintomas típicos do enfezamento vermelho são avermelhamento

generalizado da planta e proliferação de espigas, perfilamento na base da planta ou

nas axilas foliares, espigas pequenas; grãos com enchimento incompleto; seca

precoce das plantas e as condições favoráveis para os enfezamentos são

temperaturas acima de 30ºC e alta umidade relativa (acima de 60%), (PINTO

OLIVEIRA; FERNANDES, 2007).

Os enfezamentos são doenças consideradas de ciclo primário, cujo inóculo

não se multiplica dentro da lavoura, em virtude do desenvolvimento relativamente

lento dos molicutes nas plantas de milho, que podem necessitar cerca de 30 dias

para serem detectados na parte aérea (OLIVEIRA et al., 2002).

Quando a praga já está instalada na lavoura os danos podem chegar a 80%

dependendo do patógeno, ambiente e da sensibilidade dos híbridos cultivados,

sendo que no início pode ser constatada a doença com exame do cartucho das

plantas ou através da passagem de rede entomológica, passada no topo das

plantas, assim a incidência da doença só é confirmada após o aparecimento dos

sintomas (VIANA et al., 2002).

2.5 Métodos de controle

Segundo Pinto; Oliveira; Fernandes (2007), a alta incidência e a severidade

das doenças na cultura têm sido atribuídas, principalmente, aos plantios de milho na

Page 23: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

21

palhada, sem a rotação de culturas, nas regiões onde o clima quente prevalece e

ocorre o plantio do milho em vários meses do ano, proporcionando sobreposições de

ciclos da cultura.

O uso de cultivares resistente tem sido a principal estratégia para o controle

de doenças em plantas, entretanto, imunidade ao enfezamento vermelho e

enfezamento pálido ainda não foi registrada, mas há diferenças significativas entre

os híbridos comerciais disponíveis no mercado quanto à resistência aos patógenos

transmitidos pela cigarrinha (ALVES; FORESTI, 2017).

Há diversas estratégias para o manejo do complexo virose/enfezamentos,

porém, sozinhas não têm uma alta eficiência, considerando a bioecologia dos

patógenos e do vetor, os métodos culturais são os primeiros a serem considerados,

pois utilizando a estratégia de prevenção, acabam sendo os mais efetivos e

economicamente viáveis (WAQUIL, 2004).

Adequar à época de plantio, evitar plantios subsequentes e sobreposição de

ciclos da cultura, para que não haja a emergência das plântulas em momentos de

alta população de cigarrinhas, eliminar plantas voluntárias no campo, que podem

constituir na fonte de inoculo e ‘ponte verde’ para a próxima safra, promover a

diversificação de cultivares na área de plantio para reduzir os possíveis prejuízos e

diminuir a adaptação de variantes do patógeno, são medidas de grande importância

a serem tomadas dentro de um manejo integrado tanto do inseto como dos

enfezamentos (ALVES; FORESTI, 2017).

De acordo com Waquil (2004), áreas com histórico de alta incidência dessas

doenças devem ser deixadas em pousio por um período de pelo menos três meses,

a erradicação de planta de milho ‘tiguera’ (voluntárias) deve ser uma prática sempre

adotada, tanto no caso das áreas de pousio quanto nas de rotação. O

monitoramento e a remoção de plantas com sintomas de enfezamento ou virose

devem ser adotados em áreas para erradicação da doença.

Já para Pinto; Oliveira; Fernandes (2007), todas essas medidas visam reduzir

a população do vetor e a frequência de plantas doentes no campo, que possam

servir como fonte de inóculo. Desta forma, é de grande importância conhecer a área

onde será implantada a lavoura com o intuito de saber se já houve em outras safras

problemas com a doença no local, se a incidência da praga ocorre com uma alta

severidade, trazendo risco para a produção do milho e fazendo com que se torne

inviável economicamente o controle e manejo da praga na cultura. Assim, a

Page 24: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

22

realização de diagnósticos precisos é essencial para facilitar a busca de medidas

para controle e prevenção da doença.

Page 25: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

23

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Local do experimento

O presente trabalho foi desenvolvido na Estância Renascer, localizada no

Município de Promissão–SP, nas coordenadas 21°29'11"S e 49°48'12"W e altitude

média de 415 metros. O clima é caracterizado como tropical, com temperatura e

precipitação média anual de 22,5ºC e 1.370mm, respectivamente.

O solo das unidades experimentais foi coletado na camada de 0,0 a 0,2m e a

adubação foi realizada 40 dias antes do plantio conforme recomendando por Godoy

et al. (2012), sendo a correção e adubação da cultura efetuada de acordo com o

resultado da análise de solo, que pode ser visto nas tabelas 1, 2 e 3, e baseado nas

recomendações do Boletim 100 (1997). Segundo a análise de granulometria (Tabela

1), o solo foi classificado como arenoso com argila textura média.

Tabela 1: Granulometria da área experimental

Prof. Argila Silte Areia Grossa Areia Fina Areia Total

Cm g/kg

0-20 103 101 74 722 796

Fonte: Elaborada pelos autores (2018).

A tabela de análise física do solo (granulométrica) comprova a quantidade de

gramas por quilograma de solo de cada elemento. Gerando dados, para tomada de

decisões de como manejar o solo, retenção dos fertilizantes, absorção de água e

drenagem.

Tabela 2: Parâmetros químicos médios de vinte sub amostras do solo utilizado no

momento da implantação do experimento

Prof. pH MO P Al3+ H+Al K Ca Mg S SB CTC V%

Cm CaCl2 g dm-3

mg dm-3

----------------mmolcdm-3-----------------

0-20 5,0 17 8 9 86 1,9 18 7 2 26,9 51,9 52

Fonte: Elaborada pelos autores (2018).

Page 26: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

24

De acordo com os parâmetros químicos da tabela, os resultados dos macros

nutrientes, são de grande valor, para o desenvolvimento da pesquisa, para resultar

que a cultura está bem desenvolvida em seu aspecto nutricional.

Tabela 3: Parâmetros químicos médios de sete amostras do solo utilizado no

momento da implantação do experimento

Prof. B Cu Fe Mn Zn

Cm mg dm-3

0-20 0,11 0,7 45 20,9 2,3

Fonte: Elaborada pelos autores (2018).

A correção do solo foi realizada 60 dias antes do plantio, segundo os dados

da análise presentes na Tabela 2, o solo foi preparado de forma convencional,

utilizando o subsolador de 0,45m de profundidade, com posterior gradagem. A

cultivar implantada foi a Morgan MG 580, cultivar rústica mais utilizada entre os

produtores da região, com plantio de verão e semeadura no dia 5/12/2018. Também

foi realizada a adubação de plantio de acordo com os dados obtidos na análise,

presentes nas tabelas 2 e 3.

3.2 Delineamento experimental e tratamentos

O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com quatro tratamentos e

quatro repetições, com um total de dezesseis parcelas. Cada parcela foi composta

de 11 linhas com 5 metros de comprimento, com espaçamento entrelinhas de 0,45

metros e 3 sementes por metro linear, separados por carreadores de 2 metros de

largura.

O croqui da área com as parcelas, tratamentos e repetições pode ser visto na

figura 3.

O experimento constituiu-se dos seguintes tratamentos:

T1 – Testemunha (sem aplicação de defensivos)

T2 – Controle via foliar com AZADIRACTINA

T3 – Tratamento de semente com TIAMETOXAM e controle via foliar

T4 – Tratamento de semente com IMIDACLOPRIDO e controle via foliar.

Page 27: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

25

Figura 3: Croqui da área experimental, com a distribuição dos tratamentos

Fonte: Elaborada pelos autores (2019)

Os produtos utilizados nos tratamentos dos experimentos foram Tiametoxam,

Imidacloprido e Azadiractina, as características dos produtos como grupo químico,

classe agronômica, toxicologia e formulação podem ser vistas na figura 3. Para o

tratamento de sementes, foram utilizados os dois primeiros produtos citado acima,

com modo ação de contato e sistêmico, respectivamente.

O tiametoxam é indicado para controlar alguns tipos de pragas como afídeos,

moscas brancas, cigarrinhas, trípes e larvas de lepidópteros (ANTUNES KENYON;

KENNEDY, 2001; ROBINSON, 2001).

O tiametoxam no Brasil tem sido utilizado para controle de pragas em culturas

de grande valor econômico, como soja, milho, algodão, cafeeiro, entre outras.

Dependendo da cultura e da praga em questão a ser combatida, pode ser aplicado

via aplicação foliar ou no sulco de plantio, via irrigação, esguicho em mudas após

transplantio e também por imersão de mudas (ANDREI, 2005).

Os neonicotinóides são sintéticos e foram originados da molécula de nicotina,

sendo o imidacloprido um dos maiores representantes dessa classe. Esse foi o

inseticida pioneiro lançado em 1991 e se tornou um dos mais vendidos em 1999

(MAIENFISCH et al., 2001; GUEDES et al., 2008).

Page 28: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

26

Os neonicotinóides (Tiametoxam e Imidacloprido) imitam o neurotransmissor

excitatório acetilcolina e competem com ele pelos seus receptores existentes na

membrana pós-sináptica. Mas, ao contrário da acetilcolina, ele não é degradado,

levando a hiperexcitação, os sintomas resultantes da intoxicação são tremores,

convulsões e, eventualmente colapso do sistema nervoso central e morte (FARIA,

2009).

O nim pertence à família Meliaceae, que apresenta diversas espécies de

árvores conhecidas pela madeira de grande utilidade, como o mogno, o cedro, a

santa-bárbara ou cinamomo. A molécula azadiractina é muito complexa e ainda não

pode ser sintetizada, assim, todos os produtos que contêm azadiractina são

produzidas por extração da planta. Os inseticidas naturais de nim são

biodegradáveis, portanto, não deixam resíduos tóxicos nem contaminam o ambiente,

possuem ação repelente, anti-alimentar, reguladora de crescimento e inseticida,

além de acaricida, fungicida e nematicida (MARTINEZ et al., 2005).

Tabela 4: Características dos inseticidas utilizados no tratamento para manejo da

cigarrinha-do-milho

(continua)

Imidacloprido (Imidacloprid)

Grupo Químico Neonicotinóide

Classe Agronômica Inseticida

Toxicológica III – Medianamente Tóxico

Formulação Suspensão Concentrada para

Tratamento de Sementes

Modo de Ação Sistêmico

Tiametoxam (Thiamethoxam)

Grupo Químico Neonicotinóide

Classe Agronômica Inseticida

Toxicológica III – Medianamente Tóxico

Formulação Suspensão Concentrada para

Tratamento de sementes

Modo de Ação Contato

Page 29: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

27

(conclusão)

Azact (Azadiractina)

Grupo Químico Tetranortriterpenóide

Classe Agronômica Fungicida, Inseticida

Toxicológica II – Altamente Tóxico

Formulação Concentrado Emulsionável

Modo de Ação Inseticida

Fonte: Elaborada pelos autores (2018).

Anterior ao plantio das parcelas, foi realizado o tratamento de semente com

300ml de Imidacloprido e 100ml de Tiametoxam para cada saco com 60.000

sementes. Para tal, foram utilizadas caçambas de três semeadoras sendo uma com

sementes puras para os tratamentos T1 e T2; uma apenas para o tratamento T3 e a

outra utilizada para o tratamento T4, em seguida foi realizado o plantio do

experimento.

Nos tratamentos que foram realizados os controles via foliar, as aplicações

foram feitas 35 dias após a emergência (D.A.E.), com a primeira realizada no dia

16/01/2019 e segunda aplicação no dia 30/01/2019, onde a cultura se encontrava

nos estádios fenológicos V8 e VT, respectivamente. A primeira aplicação no estádio

V8, foi feita na semana seguinte à segunda avalição com a Biotrap (semana 5), no

estádio VT (semana 7), foi feita aplicação após a contagem das armadilhas

instaladas na semana seguinte a primeira aplicação com o produto à base de

AZADIRACTINA (óleo de nim).

3.3 Condição climática

Durante todo o experimento foi observado à condição climática, analisando os

índices de dezembro a março. No mês de dezembro, se concentrou o maior índice

pluviométrico, 183mm em 8 dias de chuva, sendo considerado dentro da média para

a região. A temperatura máxima observada dentro do período manteve uma média

constante durante os quatro meses de avaliação, estando dentro de 19ºC a mínima

e 31ºC a máxima.

Temperaturas acima de 17°C noturnas e de 27°C diurnas colaboram para que

ocorra o aumento dos molicutes no vetor e no milho, assim, encurtando o tempo de

Page 30: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

28

infestação e manifestação dos sintomas (SABATO; BARROS; OLIVEIRA, 2016).

Figura 4: Precipitação e temperatura média no período do experimento

Fonte: Elaborada pelos autores (2019)

3.4 Avaliação

As avaliações da flutuação populacional da cigarrinha, foram realizadas

quinzenalmente, iniciadas no dia 20 de dezembro de 2018, semana seguinte a

emergência (semana 1), para avalição da eficácia dos tratamentos de sementes com

os princípios ativos, TIAMETOXAN (T4) e IMIDACLOPRIDO (T3).

Foram utilizadas armadilhas do tipo amareladas (BIOTRAP) de 24,5 x 10cm,

instaladas na altura do terço superior da planta, no meio de cada parcela, sendo

repostas quinzenalmente. Posteriormente, foram levadas ao laboratório a fim de

realizar a contagem do número de cigarrinhas. Após um período latente de 3 a 4

semanas (dependendo da temperatura ambiente) ao se alimentar ela passa a

transmitir infecções fitoplasma ou espiroplasma de forma persistente às plantas

sadias (ALVES, 2015).

O tratamento via foliar foi iniciado no dia 16 de janeiro, início da (semana 5),

para avaliação conjunta ao tratamento de sementes e eficácia individual do princípio

ativo AZADIRACTINA (T2).

Ao final do experiment, os dados foram tabulados, e as médias dos

tratamentos foram comparadas de acordo com teste Tukey a 5% de probabilidade.

Page 31: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 População de Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

A primeira avaliação (Tabela 5) teve início no dia 20 de dezembro, com o

objetivo de verificar o nível populacional da cigarrinha-do-milho. A cultura estava em

estádio vegetativo (V1), onde foram instaladas as armadilhas do tipo amareladas

(BIOTRAP), e foram retiradas no dia 27 de dezembro, para contagem do número de

cigarrinhas. Ao analisar a média da primeira avaliação, não houve diferença

estatística entre os tratamentos, com uma média de cigarrinhas na área de 157,81.

As parcelas com o tratamento de sementes com imidacloprido e controle foliar com

azadiractina (T4), apresentaram inicialmente os menores números de cigarrinhas,

enquanto a testemunha (T1), o maior número.

Tabela 5: Primeira avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis)

TRATAMENTOS MÉDIAS DAS

CIGARRINHAS

RESULTADOS DO

TESTE

Tratamento de sementes com

Imidacloprido e controle foliar

com Azadiractina (T4)

136,25 * A

Tratamento de Sementes com

Tiametoxan e Controle Foliar

com Azadiractina (T3)

145,50

A

Controle Foliar com

Azadiractina (T2)

146,75

A

Testemunha (T1)

202,75

A

Fonte: Elaborada pelos autores (2019).

*Médias seguidas da mesma letra, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Page 32: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

30

Figura 5: População de cigarrinhas (D. maidis) na primeira avaliação

Fonte: Elaborada pelos autores (2019).

Conforme a figura 5 demonstra, há variação populacional das cigarrinhas nas

diversas parcelas. Como pode ser visto, a testemunha apresentou a maior

população enquanto o T4, a menor.

A segunda avaliação foi iniciada no dia 3 de janeiro (semana 3), estádio

vegetativo (V5), onde foram instaladas as armadilhas (BIOTRAP), e retiradas no dia

10 de janeiro (estádio V7), para realização da contagem do número de indivíduos.

Como pode ser observado na Tabela 6, na segunda avaliação, não houve diferença

estatística entre os tratamentos, contudo, foi possível observar um aumento

populacional em todos os tratamentos com uma média de cigarrinhas na área de

192,81. A menor população se manteve no tratamento 4 e no 3 e a maior na

testemunha.

Tabela 6: Segunda avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis)

(continua)

TRATAMENTOS MÉDIAS DAS

CIGARRINHAS RESULTADOS

Tratamento de Sementes com

Imidacloprido e Controle Foliar com

Azadiractina (T4)

173,75 * A

Page 33: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

31

(conclusão)

Tratamento de Sementes com

Tiametoxam e Controle Foliar com

Azadiractina (T3)

176,50 A

Tratamento via foliar com

Azadiractina (T2)

182

A

Testemunha (T1)

239

A

Fonte: Elaborada pelos autores (2019).

*Médias seguidas da mesma letra, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Figura 6: População de cigarrinhas (D. maidis) na segunda avaliação

Fonte: Elaborada pelos autores (2019).

Conforme a figura 6 demonstra, pode-se observar que houve um aumento na

população de cigarrinhas na testemunha e a menor população ainda se manteve no

T4.

A terceira avaliação foi realizada dia 17 de janeiro (semana 5) após a primeira

aplicação do tratamento via foliar. Onde foram instaladas as armadilhas (BIOTRAP),

no terço médio das plantas e retiradas no dia 24 de janeiro para contagem. Na

Page 34: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

32

terceira avaliação (Tabela 7), na testemunha (T1), observou-se a maior população,

(264,5 cigarrinhas), diferindo-se estatisticamente do T4, onde foi observada a menor

população (115 cigarrinhas) e do T3 (127,5 cigarrinhas), porém, não diferiu do T2,

que recebeu apenas aplicação via foliar, sem o tratamento de sementes. Apesar da

menor população de cigarrinhas no T4 e T3, esses tratamentos não diferiram

estatisticamente do T2, que recebeu apenas aplicação via foliar.

Quando Oliveira; Oliveira; Cruz (2008) testaram oito tipos de tratamentos de

sementes, o Tiametoxam e Imidacloprido foram os que obtiveram maior eficiência e

mostraram resultados favoráveis em quase todas as avaliações, sendo que os dois

tratamentos apresentaram uma mortalidade superior a 90% até o décimo sexto dia e

igual ou superior a 70% até o trigésimo dia, assemelhando-se aos resultados desse

estudo, em que as parcelas com tratamento de semente apresentaram uma menor

população. A média de cigarrinhas em todas as parcelas foi de 181.

Tabela 7: Terceira avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis)

TRATAMENTOS MÉDIAS DAS

CIGARRINHAS RESULTADOS

Tratamento de Sementes com

Imidacloprido e Controle Foliar

com Azadiractina (T4)

115 * A

Tratamento de Sementes com

Tiametoxam e Controle Foliar

com Azadiractina (T3)

127,50

A

Tratamento via foliar com

Azadiractina (T2)

217

Ab

Testemunha (T1)

264,50

B

Fonte: Elaborada pelos autores (2019)

*Médias seguidas da mesma letra, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Page 35: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

33

Figura 7: População de cigarrinhas (D. maidis) na terceira avaliação

Fonte: Elaborada pelos autores (2019)

Conforme a figura 7 demonstra, a população na testemunha continuou a

aumentar enquanto houve uma redução nas populações em que foram empregados

os tratamentos T3 e T4.

A quarta e última avaliação, iniciada no dia 14 de fevereiro (semana 9) as

plantas se encontravam no estádio reprodutivo, e as armadilhas foram retiradas no

dia 21 de fevereiro para contagem. As plantas já apresentavam uma secagem das

folhas, o que justificaria a baixa população de cigarrinhas na área, e como pode ser

visto na Tabela 8, não houve diferença estatística entre os tratamentos.

Tabela 8: Quarta avaliação da população de cigarrinha-do-milho (D. maidis) (continua)

TRATAMENTOS MÉDIAS DAS

CIGARRINHAS RESULTADOS

Tratamento de Sementes com

Imidacloprido e Controle Foliar

com Azadiractina (T4)

43,50 * A

Tratamento de Sementes com

Tiametoxam e Controle Foliar

com Azadiractina (T3)

44,25 A

Page 36: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

34

(conclusão)

Tratamento via foliar com

Azadiractina (T2)

48,75 A

Testemunha (T1) 52 A

Fonte: Elaborada pelos autores (2019).

*Médias seguidas da mesma letra, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Figura 8: População de cigarrinhas (D. maidis) na quarta avaliação

Fonte: Elaborada pelos autores (2019).

Conforme a figura 8 demonstra, houve uma redução na população de

cigarrinha em todos os tratamentos, sendo que as maiores reduções foram nos

tratamentos T3 e T4.

Na literatura, ainda existem poucas pesquisas sobre a pulverização de

produtos que tenham eficiência no controle da cigarrinha. No presente trabalho foi

utilizado o produto a base de Azadiractina (Óleo de Nim), que serve como um

repelente para a praga vetor, com isso a população dentro da área cultivada,

relativamente se torna menor, não sendo encontrados trabalhos que comparem ou

comprovem a sua eficiência no combate a população da D. maidis.

No presente estudo, o tratamento com óleo de nim (T2) não diferiu

estatisticamente da testemunha e apresentou a segunda maior população de

Page 37: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

35

cigarrinhas. De acordo com Mossini e Kemmelmeier (2004), o nim é um composto

capaz de proteger contra um grande número de pragas, por meio de compostos

bioativos, limonóides que estão presentes na planta possuem diversos mecanismos

de ação, onde causa efeito antialimentar, repelente de postura de ovos, regulador de

crescimento, e em certos casos a morte. Desta forma, Picanço et al. (2004) citou que

o controle da praga em questão de forma química, é um método eficiente para que

se possam obter resultados satisfatórios, visto que, a cigarrinha transmite

enfezamentos que podem causar perdas de até 100% da lavoura.

D. maidis tem hábito migratório e dissemina os molicutes de lavouras de milho

doentes, para plântulas jovens em lavouras recém-estabelecidas (OLIVEIRA et al.,

2002).

Rattes e Jakoby (2017) menciona que os produtos disponíveis para controle

da cigarrinha por tratamento de sementes, são Imidacloprido, Tiametoxam e

Clotianidin, assim, esses produtos obtiveram uma eficiência de até 80% no manejo

das cigarrinhas até 15 dias após a emergência da cultura. No presente estudo, os

tratamentos 3 e 4 com tratamento de sementes diferiram da testemunha, a partir da

terceira avaliação.

Conforme feito o acompanhamento semanal dos tratamentos na área do

experimento, não se observou nenhuma planta com sintomas do enfezamento pálido

ou vermelho na área, mesmo com a população do vetor alta, com isso, constata-se

que os vetores não estavam contaminados para possível transmissão da doença.

Além disso, o experimento foi conduzido a campo aberto, possivelmente pode

ter ocorrido à migração de cigarrinhas dos campos ao redor do experimento.

Page 38: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

36

5 CONCLUSÃO

O tratamento de sementes com tiametoxan e imidacloprido tiveram menores

populações de cigarrinhas, mas não diferiram estatisticamente dos demais

tratamentos. A combinação dos tratamentos com imidacloprido no tratamento de

sementes e azadiractina na pulverização via foliar foi o que mais se destacou

reduzindo a média populacional da praga vetor (D. maidis).

Page 39: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

37

REFERÊNCIAS

ALVEZ, Elcio. Enfezamento vermelho e pálido em milho. In: Blog AGRONEGOCIO EM FOCO. Anais eletrônicos… DuPont Pioneer, 2015. Disponível em: http://www.pioneersementes.com.br/blog/40/enfezamentos-vermelho-e-palido-em- milho. Acesso em: 19 jan. 2019.

ALVES, Elcio; FORESTI Josemar. Manejo da cigarrinha e dos enfezamentos do milho. In: BIOGENE ARTIGOS. Anais eletrônicos… BioGene, 2017. Disponível em: http://www.biogene.com.br/media-center/artigos/33/manejo-da-cigarrinha-e-dos- enfezamentos-do-milho. Acesso em: 14 abr. 2018.

AMARAL, Bruna Sorgato do. Efeitos da inoculação do Milho com Azospirillum brasilense. 2015. 15p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Curitibanos, 2016.

ANDREI, E. (Coord.). Compêndio de defensivos agrícolas. 7. ed. São Paulo: Organizações Andrei, 2005.

ANTUNES-KENYON, S. E.; KENNEDY, G. Tiametoxam: a new active ingrediente review. Massachusetts: Massachusetts Pesticide, Bureau, 2001.

BERGAMASCHI, H.; DALMAGO, G. A.; BERGONCI, J. I.; BIANCHI, C. A. M.; MÜLLER, A. G.; COMIRAN, F.; HECKLER, B. M. M. Distribuição hídrica no período crítico do milho e produção de grãos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 39, 2004.

Boletim Técnico IAC, Campinas, n. 100, p. 131-132, 1997.

CASTELÕES, Liliane. Enfezamento do milho aparece como problema nesta safra. In: PORTAL EMBRAPA. 2017, Brasília. Anais eletrônicos… Brasília: Embrapa Cerrados, 2017. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/- /noticia/21567441/enfezamento-do-milho-aparece-como-problema-nesta-safra. Acesso em: 22 abr. 2018.

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Análise mensal do milho. Brasília – DF: Conab, 2017.

. Acompanhamento da safra brasileira – grãos, 9º levantamento, v. 1, n. 9, 2016.

. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). 6º Levantamento da safra brasileira de grãos 2017/2018. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos?start=10. Acesso em: ago. 2018.

CRUZ, José Carlos et al. A cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2008.

Page 40: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

38

CRUZ, José Carlos; PEREIRA FILHO, Israel Alexandre; ALBUQUERQUE FILHO, Manoel Ricardo de. Árvore do conhecimento Milho. 2010. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_49_1682005 11159.html. Acesso em: 20 out. 2018.

FANCELLI, Antonio Luiz; DOURADO NETO, Durval. Produção de milho. Guaíba: Agropecuária, 2000. 360p.

FARIA, A. B. C. Revisão sobre alguns grupos de inseticidas utilizados no manejo integrado de pragas florestais. Ambiência, Guarapuava, 2009.

FORD, G. T.; PLEASANT, J. M. Competitive abilities of six corn (Zea mays) hybrids with four weed control practices. Weed Technology, Champaign, v. 8, n. 1, 1994.

FORNASIERI FILHO, Domingos. Manual da cultura do milho. Jaboticabal: FUNEP, 2007. 576 p.

FRANCO, José Severino. O papel da Embrapa nas transformações do cerrado. 2001. 39p. Disponível em: http://www.ig.ufu.br/revista/volume03/artigo04_vol03.pdf. Acesso em: 22 set. 2018.

FREITAS, Marcella Nunes de. Tratamento de sementes de milho com zinco: avaliação do potencial fisiológico das sementes, do rendimento e do valor nutricional dos grãos. 2016. 219p. Tese (Doutorado em Ciências) – Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’, São Paulo, 2016.

GALVÃO, João Carlos Cardoso; MIRANDA, Glauco Vieira; TROGELLO, Emerson; FRITSCHE-NETO, Roberto. Sete décadas de evolução do sistema produtivo da cultura do milho. Revista Ceres, Viçosa, v. 61, 2014.

GODOY, Leandro José Grava et al. Nutrição, adubação e calagem para a produção de gramas. Botucatu: Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais FEPAF, 2012. 146p.

GUEDES, R. N. C. et al. Características dos principais grupos de inseticidas e acaricidas. In: Zambolim, L. et al. Produtos fitossanitários. Viçosa: UFV/DFP, 2008.

MAIENFISCH, P. et al. Chemistry and biology of thiamethoxam: a second generation neonicotinoid. Pest Management Science, 2001.

MARTINEZ, S. S. O Nim - Azadirachta indica: um inseticida natural. 2005. Disponível em: https://revistacafeicultura.com.br/?mat=3692. Acesso em: 15 maio 2019.

MONSANTO. Milho transgênico (geneticamente modificado) - distâncias mínimas de isolamento (normas para plantio). 2009. Disponível em:

Page 41: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

39

http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/cartilha_distancias_milho.pdf. Acesso em: 22 out. 2018.

MOSSINI, Simone Aparecida Galerani; KEMMELMEIER, Carlos. A árvore Nim (Azadirachia indica A. Juss): múltiplos usos. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, p. 140-141, 2004.

OLIVEIRA, C. M. de. Variação genética entre populações de Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott, 1923) (Hemiptera: Cicadellidae) e mecanismos de sobrevivência na entressafra do milho. Tese (Doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2000.

OLIVEIRA, Charles Martins de; OLIVEIRA, Elizabeth de; CANUTO, Marcus; CRUZ, Ivan. Controle químico da cigarrinha-do-milho e incidência dos enfezamentos causados por molicutes. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n. 3, p. 297-303, 2007.

OLIVEIRA, Charles Martins de; OLIVEIRA, Elizabeth de; CANUTO, Marcus; CRUZ, Ivan. Eficiência de inseticidas em tratamento de sementes de milho no controle de cigarrinha Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae) em viveiro telado. Ciência Rural, Santa Maria, v. 38, n. 1, p. 231-235, 2008.

OLIVEIRA, C. M. de; MOLINA, R. M. S.; ALBRES, R. S.; LOPES, J. R. S. Disseminação de molicutes do milho a longas distâncias por Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae). Fitopatologia Brasileira, v. 27, p. 91-95, 2002.

OLIVEIRA, E. de; OLIVEIRA, C. M. de; SOUZA, I. R. P.; MAGALHÃES, P. C.; CRUZ, I. Enfezamentos em milho: expressão de sintomas foliares, detecção do molicutes e interações com genótipos. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v. 1, 2002.

PAULA, Robson de. Fatores importantes no desenvolvimento do milho para produção de silagem de planta inteira. 2017. Disponível em:http://www.pioneersementes.com.br/blog/164/fatores-importantes-no- desenvolvimento-do-milho-para-producao-de-silagem-de-planta-inteira. Acesso em: 25 set. 2018.

PEREIRA FILHO, Israel Alexandre. Cultivo do milho. Embrapa Milho e Sorgo, Brasília, 9 ed., nov. 2015.

PICANÇO, Marcelo Coutinho; SEMEÃO, Altair Arlindo; GALVÃO, João Carlos Cardoso; SILVA, EzioMarques da; BARROS, Emerson Cristi de. Fatores de perdas em cultivares de milho safrinha. Acta Scientiarum-Agronomy, Maringá, v. 26, n. 2, p. 161-167, 2004.

PINTO, Nicésio; OLIVEIRA, Elizabeth de; FERNANDES, Fernando. Manejo das principais doenças do milho: Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa/Circular técnica, 2007.

Page 42: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

40

RATTES, Jurema F.; JAKOBY, Gilvane Luis. Incidência da cigarrinha-do-milho aumenta rápido. In: REVISTA CULTIVAR – GRANDES CULTURAS, 2017, Goiás. Anais eletrônicos… Portal Syngenta, 2017. Disponível em: https://www.portalsyngenta.com.br/direto-do-campo/especialistas/cigarrinha-do- milho-incidencia-da-praga-tem-aumentado-de-forma-rapida#. Acesso em: 14 abr. 2018.

SABATO, Elizabeth de Oliveira; BARROS, Antônio Claudio da Silva; OLIVEIRA, Ivênio Rubens de. Cenário e manejo de doenças disseminadas pela cigarrinha no milho. 2016. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/152185/1/Cenario-manejo-1.pdf. Acesso em: 24 mar. 2019

SOLOGUREN, Leonardo. Demanda mundial cresce e Brasil tem espaço para expandir produção. Revista Visão Agrícola, Piracicaba, n. 13, v. IXI, p. 8-11, jul./dez. 2015.

VIANNA, Paulo Afonso; CRUZ, Ivan; WAQUIL, José Magid. Cultivo do milho: pragas iniciais. Sete Lagoas: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. EMBRAPA / Circular Técnica, n. 59, 2002.

WAQUIL, José Magid. Cigarrinha-do-milho: vetor de molicutes e virus. Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. EMBRAPA / Circular Técnica, n. 41, 2004.

WEISMANN, M. Fases de desenvolvimento da cultura do milho; Tecnologia e Produção – culturas: safrinha e inverno 2007. Fundação MS, 2007.

Page 43: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

41

APÊNDICES

Page 44: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

42

APÊNDICE A – Local do Experimento

Page 45: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

43

APÊNDICE B – Plantio dos tratamentos e com caçambas diferentes

Page 46: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

44

APÊNDICE C – Ingrediente ativo utilizado para tratamento das sementes

(IMIDACLOPRIDO)

Page 47: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

45

APÊNDICE D – Ingrediente ativo utilizado para tratamento das sementes

(TIAMETOXAM)

Page 48: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

46

APÊNDICE E – Instalação das armadilhas amarelas (BIOTRAP) para análise da

população de cigarrinha

Page 49: MANEJO DA CIGARRINHA-DO-MILHOmil hectares safra 17/18. Utilizado na alimentação humana com o consumo in natura e seus derivados, também é uma fonte de bioenergia, rações para

47

APÊNDICE F – Pulverização do óleo de Nim (AZADIRACTINA) nos tratamentos