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A magazine of communication and regional marketing of the Valley of the Paraiba River, Brasil.
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revistalettering.com.br
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resolucao_1anolettering_20120827.ai 2 30/08/2012 12:26:52
revistalettering.com.brfotografia original: astronaut on Mars - Joshua sMithBanco de iMagens: stockVault
colorização: thiago gustaVo
ilustração: rodrigo aBreu
Ser melhor. Esse é o combustível que move toda a equipe Lettering a cada nova edição. Ser melhor na escolha dos assuntos, ser melhor na qualidade das fotos, ser melhor na diagramação, ser melhor em todas as outras ações que envolvem o projeto de fortalecer o mercado regional, por meio das ferramentas da Comunicação.
Esse desejo de ser melhor foi ainda mais intenso na preparação desta edição, porque ela marca o início de uma nova fase da revista, uma fase de maior contato com o público-leitor – a classe empresarial do Vale do Paraíba –, uma fase de amadurecimento editorial e também do projeto gráfico: tudo pensado para que a Lettering tenha vida longa e possa acompanhar o desenvolvimento de uma região que não para de pulsar.
Sobre o que vamos falar nas próximas páginas? Da venda de produtos por catálogo ou pela internet, das vantagens de se anunciar em mídias tradicionais ou nas chamadas mídias alternativas, de que conteúdo colocar nas redes sociais e também sobre como saber enfrentar uma crise de imagem. Assuntos variados e com a opinião de quem entende do bordado.
Gostou? Comece, então, a folhear a edição que tem em mãos. Enquanto você faz isso, nossa equipe já está a todo o vapor para produzir uma outra revista, ainda melhor.
Você merece.
>
revistalettering.com.br
thiago gustaVo é fotógrafo. fer-nanda guerra é Jornalista. rodri-go aBreu é ilustrador. eluanda andrade é estudante de ProPa-ganda. Julia freire é Jornalista. luziMar goulart gouVêa é reVi-sor. Marina duarte é estudante de ProPaganda. andré leite é Jor-nalista. VÍVian MisaWa é estudante de WeBdesign. Vanessa caMPos é escritora e ilustratora.
editora leticia Maria MtB: 27.773diretora de criação karina r diassecretÁria de redação Maria clara carValho
conselho editorialaislan greca cassio rosas gustaVo goBatto Josué Brazil osWaldo rodrigues
iMPressão resolução grÁfica
editora Papel Brasilrua coronel gomes nogueira 44 - sala 11centro - taubaté-sP12010-120
10 Mil eXeMPlares
distriBuição gratuita e dirigida
PuBlicidade [email protected]
revistalettering.com.br@lettering_facebook.com/revistalettering
é ProiBida a reProdução total ou Parcial de teXtos, fotos e ilustrações Por qualquer Meio seM PréVia autorização dos artistas ou do editor da reVista lettering.os artigos assinados são de resPonsaBilidade dos autores e não refleteM necessariaMente a oPinião da reVista.
34
10
quando a crise chegar
cara de conteúdo
44
18
chiques & faMosos
sua Marca na tela
52
24
reVista
Vitrine MóVelfernanda guerra Júlia freire redação
redação andré leite redação
@mateixeiraHoje é dia de ler a revista @lettering_ de cabo a
rabo :)
@raphasacchi@Lettering_ Parabéns pela revista, temas
super pertinentes sobre comunicação numa abordagem ousada, inusitada e inovadora.
@DiaboliqVioletEu quero, eu quero! RT@Lettering_ Tem
#lettering6 na banca de jornais e revistas Santa Terezinha, em Taubaté.
@alexandrepuppio@Lettering_ A era já permite paixão pela
primeira leitura? Tô amando a revista! Sucesso!
Dione Nègre Amo Lettering...apaixonada eternamente!
Regiane Giangola Parabéns a toda equipe Lettering!!!!!!!!
Leandro Almeida Puro sucesso!!!
a foto da edição 6 foi feita Por thiago gustaVo.
tendo coMo Missão Valorizar a coMunicação soB suas Mais Variadas Vertentes, é Postura da lettering resPeitar as iMagens de suas caPas, não estaMPando nelas Manchetes e outras chaMadas.
Encontre seu exemplar
Taubaté/SP
Amo CaféRua Pedro Costa, 105 – CentroLoja 02
Ao Leite CaféRua Anizio Ortiz Monteiro, 615 – Centro
Café ChicãoRua Jacques Félix, 470 – Centro
Doces VeraRua Francisco de Barros, 148 – Centro
Donna Bella – Casa de DelíciasPraça Félix Guisard, 229
Empório Buena VistaRua Dr. Emilio Winther, 299 – Centro
Padaria do JarbasPraça Barão do Rio Branco, 65 – Centro
Pizzaria e Restaurante PeperoneRua XV de Novembro, 348 – Centro
São José dos Campos/SP
Fran’s CaféAv: Anchieta, 175
Provence – Casa de Chá e CaféAV: Barão do Rio Branco, 646 – Jardim Esplanada II
Quiosque PhilosofyRua Fagundes Varela, 141 – Jardim Maringá
Bibliotecas de faculdades, centros universitários e universidades dos cursos de Comunicação e Negócios
Rotas atualizadas www.revistalettering.com.br
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Senac pos_sjcampos_revistaLettering_21,59x27.94.pdf 1 29/08/12 18:13
Há quem diga que as conversas
nas redes sociais parecem com diálo-
gos de elevador ou de botequim: uma
sucessão de bons-dias, como está o
tempo, lugares comuns, frases feitas,
filosofias baratas e reclamações sobre
a vida. Mas para as empresas que en-
xergam nas mídias sociais uma opor-
tunidade de interação com os clientes,
elas podem se configurar como um
espaço estratégico para a ampliação
da reputação e do alcance das marcas
e produtos.
Mais do que curtições, retuítes ou
visualizações, é a fidelização do clien-
te que está em jogo, e, para isso, todo
o cuidado é pouco no momento de
escolher que tipo de conteúdo gerar
para alcançar os públicos de interesse.
Pesquisadora da área de Comuni-
cação, professora e coordenadora do
curso de pós-graduação em Branding
da FGV São Paulo e diretora da Fox
Branding SP, Berenice Ring acredita
que as redes sociais para as empresas
devem ser vistas como mídias e veícu-
los, em que suas marcas têm a opor-
tunidade de se relacionar com seus
públicos, uma vez que estão lá, muitas
vezes, já conversando sobre suas mar-
cas.
“Oferecer conteúdo que lhes seja
de interesse os trará para perto de suas
marcas, independentemente da forma
como você o faça – veiculando anún-
cios ou oferecendo conteúdo, artigos,
conversas, promoções. E, lembre-se, o
conteúdo deve estar em linha com sua
estratégia de Branding”, afirma.
Ela explica que as marcas são per-
cepções que as pessoas têm de produ-
tos/serviços, empresas, ONGs, gover-
nos, celebridades, outras pessoas ou
mesmo qualquer coisa. Para ela, uma
estratégia de Branding procura gerar
percepções desejáveis de forma orga-
nizada, que interesse à marca e, para
uMa isca chaMada conteúdo
que isto aconteça, é necessário haver
um gerenciamento de todos os pontos
de contato que os stakeholders (públi-
cos de interesse) têm com a marca.
“Isso inclui estabelecer uma lin-
guagem que a marca irá usar sempre,
cores, logotipo, comunicação e tudo
que expresse o DNA desta marca. Uma
estratégia de Branding é holística, 360
graus.”
Para a diretora de Conteúdo e Mí-
dias Sociais da In Press Porter Novel-
li, Renata Santiago, para se pensar no
conteúdo, é preciso ter claro quais os
objetivos da empresa nas redes so-
ciais. “O conteúdo deve ser aderente
ao DNA da empresa, pois, se diferen-
te, as redes acabam revelando, em um
dado momento, qualquer distancia-
mento ou discrepância da realidade
empresarial”, ressalta.
Ela alerta que, como cada platafor-
ma social tem funcionalidades diferen-
tes, é recomendado que as empresas
e marcas tenham clara a missão da
sua presença digital, a partir de uma
estratégia que preveja como as redes
poderão ser utilizadas juntas e para
quais fins. Feito isso, cada plataforma
deve ter seu tom, linguagem e conteú-
do adequados.
“A definição de como falar aconte-
ce na construção do que chamamos
de ‘social voice’, ou voz social. Trata-
-se de um exercício que define as ca-
racterísticas da marca nos canais so-
ciais, como se fosse uma pessoa. Por
exemplo: marca X é jovem, sonhadora,
comenta sobre música, interage com
amigos de 16 a 20 anos, tem recorrente
crise de alta-estima, é dramática, opi-
na sobre beleza, aceita críticas.”
Outra questão importante, se-
gundo a especialista, é a questão da
interação, pois os canais sociais são,
por sua essência, meios de diálogo
incompatíveis com o formato unilate-
thiago gustaVo
revistalettering.com.br
Para se relacionar BeM coM os internautas e reforçar o Valor de suas Marcas, eMPresas deVeM ProVocar interações Por Meio de uM diÁlogo estratégico
11
redes sociais >
Para acertar no conteúdo produzido em suas redes sociais, as
empresas devem fugir dos improvisos. A dica dos especialistas
é não arriscar a entrada nas redes, sem antes fazer uma análise
cuidadosa do público, do canal escolhido, dos objetivos a serem
alcançados e da atuação da própria empresa.
“Acredito que o primeiro passo é planejamento. Antes de criar
qualquer perfil, deve ser analisado qual é a melhor mídia e qual
tipo de conteúdo vai ser o foco das publicações. Afinal, é preci-
so ter coerência”, afirma Stella Veloso, assistente de Marketing do
Villarreal Supermercados.
Designar um responsável dentro da empresa ou contratar
uma agência para gerenciamento de conteúdo periódico, para
garantir uma interação rápida e, principalmente, promover o mo-
nitoramento e a geração de relatórios também são imprescin-
díveis na opinião de Stella. “A empresa não pode pensar só em
lançar as redes. Manter-se ativo e interessante é muito mais difícil
do que o lançamento. E também é preciso medir o impacto das
ações e refletir sobre novas estratégias”, complementa.
Ela acredita que entre os erros mais comuns e que po-
dem comprometer a imagem das empresas nas redes – e fora
delas – é a falta de tato para lidar com as críticas recebidas por
meio das redes sociais. Afinal, uma reclamação mal administrada
pode ser potencializada pela capacidade de viralização das redes.
“Sem dúvida, devem ser evitadas discussões com o cliente.
Caso haja alguma crítica que, mesmo após resposta, não deixou
o cliente satisfeito, é preciso encontrar um caminho ainda mais
próximo de Comunicação, como o telefone ou mesmo o agenda-
mento de uma visita à loja para uma conversa com o responsável.
Já tivemos caso de uma cliente postar uma mensagem de insa-
tisfação e após interação pelo Facebook e telefonema do gerente
da loja, ela se sentir tão bem atendida que se tornou uma das
principais evangelizadoras da marca, sempre curte e compartilha
nossos posts.”
Para Renata Santiago, da In Press Porter Novelli, o principal
erro das empresas nas redes sociais é criar estratégias sem ob-
servar o comportamento do seu público nelas. “Esse erro é uma
herança do modelo tradicional de Marketing e Comunicação das
empresas, que sempre trabalhou uma comunicação unilateral
e não um diálogo com os seus consumidores. Um modelo em
que a empresa emitia uma mensagem e não era questionada. E o
desafio é inserir-se em um cenário de relacionamento em que o
consumidor não só espera uma conversa, como espera contribuir
com o negócio da empresa.”
entrada nas redes deVe ser PlaneJada
Para renata santiago, da in Press Porter noVelli, ao aBrir canais de coMunicação na internet, deVe-se ouVir o consuMidor: “quando ele se Manifesta é Porque quer contriBuir coM o negócio da eMPresa”
cleBer fischer
Para fazer bonito
nas redes sociais
PERGUNTINHAS BÁSICAS PARA AJUDAR SUA EMPRESA A ENCONTRAR O RUMO CERTO
Definição do status socialQual a minha realidade, hoje, nos canais sociais?Quem fala comigo? Como falam comigo? O que
falam comigo? Em que tipode conversa estou inserido?
Arrumar a casaEstou preparado para atuar nas redes sociais?
Sei aonde quero chegar?Como posso chegar? Tenho equipe para isso?
Quem faz o que? Como posso atuar?
Preparar a casaComo serão os canais? Qual será o conteúdo?
Quais as etapas de implementação? Como convido para conversar comigo?
Abrir a casaComo aviso que estou pronto para conversar?
Como consolido relacionamento com influenciadores do meu setor?
Estou no tom certo?Estou rápido o suficiente?
Continuo interessante? Trago insumosrelevantes para o negócio?
Para fazer bonito
nas redes sociais
ral da propaganda, enquanto conteú-
do. “Podem ser utilizados na ativação
de produtos? Sim. Mas não como um
canal de propaganda, meramente. É
uma boa prática identificar as possibi-
lidades de diálogo sobre o mundo dos
consumidores do determinado produ-
to ou serviço, travar esse diálogo via
redes sociais, mas não falar do quanto
esse produto é bom, somente. É como
se um amigo próximo só soubesse
falar do mesmo assunto, entende? E
você cansa de ouvir a mesma história.
Bem como a rede cansa de ouvir e se
relacionar com a marca.”
Pega como gripe
Quarta-feira + frio + feijoada =
sucesso nas mídias sociais. Esse foi o
resultado conquistado por um dos ca-
ses de maior repercussão em 2012 no
Vale do Paraíba, que ganhou as ruas e
as páginas do Facebook no dia 20 de
junho, quando 11 clientes do Villarreal
Supermercados foram surpreendidos
com kits feijoada.
O que poderia ser considerado
apenas uma ação simpática da marca,
revelou-se como uma estratégia bem-
-sucedida de interação entre ações
dos tipos on-line e off-line para gerar
e fazer do conteúdo um aliado na di-
vulgação de um produto e da consoli-
dação de uma marca de forma positiva
nas redes sociais.
Idealizada pela equipe de Marke-
ting do Villarreal Supermercados, a dis-
tribuição dos kits foi cuidadosamente
planejada e executada com o objetivo
de fazer da experiência da degustação
da feijoada um fator de promoção do
produto em um mês tradicionalmente
aliado a comidas substanciosas.
“A data foi escolhida, estrategica-
mente, por ser o dia em que a feijoada
é o prato principal servido em restau-
rantes. A chegada do inverno também
foi fator fundamental para a escolha.
Ao ganhar o presente, o cliente tam-
bém recebeu um cartão incentivando
o compartilhamento dessa experiên-
cia com os amigos do Facebook. Além
disso, ele deveria indicar um amigo
para ganhar um segundo kit, ‘mar-
cando’ o Villarreal Supermercados na
postagem. Para retirar o kit, esse amigo
deveria comparecer em uma loja do
Villarreal mais próxima. Assim, caso
não fosse cliente, poderia conhecer
o ambiente, o mix de produtos e ser-
viços e os diferenciais”, explicou Stel-
la Veloso, assistente de Marketing do
arte: eluanda andrade
revistalettering.com.br
Villarreal.
Deu certo: foram 17 novos fãs no
dia da ação, mais 180 visualizações
da página, mais 220 “curtir” nos posts,
mais 46 compartilhamentos, mais 88
comentários e alcance viral de mais de
6.200 pessoas. A movimentação tam-
bém foi percebida nas lojas físicas da
rede: as vendas do produto dobraram
durante a segunda quinzena de junho.
Para Stella, o sucesso da ação de-
veu-se ao fato de que, mais do que pro-
moção, a rede de supermercados bus-
ca, no ambiente virtual, a construção
de uma estratégia de relacionamento.
“No Villarreal, temos um posiciona-
mento de posts institucionais e infor-
mativos. Nunca divulgamos mensa-
gens de vendas ou preço de produtos,
pois não queremos ser reconhecidos
pelo menor preço e, sim, pela melhor
qualidade e por nossos diferenciais
de produtos e serviços. Além disso,
um dos objetivos é apresentar o know
how na área de atuação, com dicas e
sugestões dos diversos setores das lo-
jas. Procuramos mesclar o conteúdo
das nossas redes com links, vídeos e,
principalmente, fotos. E aí temos uma
grande vantagem, pois as fotos dos
nossos produtos alimentícios e cursos
culinários fazem muito sucesso. Outro
ponto forte da divulgação on-line são
os eventos, concursos e cursos realiza-
dos ao longo de cada campanha, inte-
grando o on-line e o off-line.”
Para garantir a proximidade com
os clientes e internautas, a linguagem
utilizada nas redes também faz parte
da estratégia da empresa, que busca
oferecer, no ambiente virtual, o mes-
mo sentimento de acolhimento que
procura estabelecer nas lojas físicas.
“Por ser uma rede de supermer-
cados regional, a proximidade com o
cliente é muito grande. Uma vez que
o cliente frequenta regularmente o su-
permercado, ele se sente parte dele. E
nas redes sociais, principalmente o fa-
cebook, também é assim. Eles comen-
tam posts e solicitam fotos dos even-
tos. Dessa forma, também recebemos
opiniões e até críticas. E esse canal é
muito bacana porque funciona.”
gerenciar a interação cliente/eMPresa é condição BÁsica Para qualquer ação nas redes: “é Preciso Medir o seu iMPacto Para definir noVas estratégias”, diz stella Veloso, do Villarreal suPerMercados
danilo c Monteiro
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revistalettering.com.br
Quem já reparou nas enormes te-
las de uma das avenidas mais concor-
ridas do mundo, a Times Square, em
Nova York, pode não ter se dado conta
de que presenciava uma forte tendên-
cia da propaganda. Cada vez mais sur-
preendentes, as mídias Out Of Home
(OOH) têm conquistado mais espaço
nas estratégias de Marketing de em-
presas focadas em atingir seu público-
-alvo com agilidade e eficiência.
Explorando a convergência da in-
ternet e dos meios eletrônicos, o OOH
é uma ferramenta de Comunicação de
grande impacto, presente em diversas
cidades brasileiras. O alcance é tama-
nho que elevadores, salas de espera,
supermercados, bancos, prédios co-
merciais, academias e mesmo alguns
banheiros tornaram-se espaços pre-
ciosos no mercado anunciante, que
alia inovação e tecnologia em busca
da maturidade dessa nova mídia.
Líder do segmento na América
Latina, a Rede Elemídia chegou ao
mercado em 2003, com a missão de
transformar elevadores em um novo
veículo de mídia de massa. Hoje, mui-
to além deles, a Elemídia está presen-
te em mais de 2.500 locais no Brasil e
na Argentina, com 9.405 monitores e
operação e audiência de mais de 16
milhões de pessoas por semana.
Os números não impressionam o
diretor de franquias, Douglas Tsuki-
moto, que aponta os motivos desse
crescimento. “As oportunidades de
informar e atingir o consumidor du-
rante o dia são inúmeras e extrapolam
o horário nobre da televisão. A mídia
OOH surgiu em um momento em que
o mundo web possibilita novas formas
de interação com diversos públicos e
veio para somar forças com os demais
canais”, lembra Tsukimoto, que aponta
ainda a flexibilidade do conteúdo e sua
sustentação como elementos decisi-
seJa o centrodas atenções
telas de todos os taManhos, que hoJe encontraMos até eM eleVadores, ViraM aPosta de eMPresas do Vale Para atingir PúBlico-alVo coM agilidade e eficiência
vos na aceitação do OOH.
O mercado de grandes cidades,
como São Paulo e Rio de Janeiro, já
está mais maduro e a mídia Out Of
Home tem feito parte dos planejamen-
tos estratégicos de Marketing como
forma de incrementar a divulgação de
produtos e serviços. No primeiro se-
mestre deste ano, a Rede apresentou
um crescimento de 49% em receita pu-
blicitária. A tendência também é apon-
tada em pesquisa encomendada pela
Associação Brasileira de Mídia Out of
Home (ABDOH), mostrando um cres-
cimento do mercado de 33,4% no pri-
meiro trimestre de 2012, se compara-
do ao mesmo período do ano passado.
Com uma franquia em São José dos
Campos, a Elemídia está investindo no
mercado valeparaibano, com expec-
tativas de expandir os atuais 55 mo-
nitores instalados na região, a maioria
em um canal de uma grande rede de
supermercados. Para Tsukimoto, o tra-
balho de prospecção fora do eixo das
capitais nunca demonstrou tantos in-
teresses mútuos como no último ano.
“Como a mídia OOH é muito flexível
e acessível tanto a pequenos como a
grandes empresários, é possível ma-
pear os locais onde os monitores estão
instalados e se enquadram no perfil
esperado de público. Esse é um dos
motivos do veloz crescimento no in-
terior. Grupos de Comunicação regio-
nais e empresas que desenvolvem ne-
gócios rentáveis em suas cidades têm
nos procurado para inovar suas ofertas
de mídias”, destaca.
Presente no mercado taubateano,
o Guia Taubaté opera a mídia há pou-
co mais de quatro meses e já acumu-
la resultados positivos e 9 monitores
em funcionamento. “Investimos na
OOH porque a procura pela mídia nos
chamou a atenção. Mesmo sendo um
formato relativamente novo, nossos
thia
go g
usta
Vo
19
ooh >
clientes querem uma gestão de con-
teúdo dinâmica, que atenda neces-
sidades específicas. Acredito que o
formato veio para ficar justamente por
permitir a integração entre os meios”,
analisa o diretor Alex Miranda. Tanto a
Elemídia, quanto o Guia Taubaté desta-
cam a relação custo x benefício como
atrativo do OOH, pois, além de evitar
desperdício de material, se enquadra
facilmente no orçamento do empresá-
rio, que desembolsa uma quantia fixa
por monitor para a exibição do con-
teúdo, normalmente com período de
veiculação semanal, podendo ainda
escolher os pontos de maior interesse
para seu negócio.
Dentro da Estratégia
A expansão da mídia OOH é mo-
tivada por uma característica peculiar
às grandes cidades. As pessoas têm
passado cada vez mais tempo fora de
casa e, mesmo ávidas por informação,
dispõem de pouco tempo livre para
selecionar os temas que mais lhe in-
teressam. A mídia OOH assume en-
tão uma postura narrowcast que, ao
contrário dos grandes meios de co-
municação em massa (broadcasting),
prioriza a disseminação de conteúdo
para um público específico. Alinhada
à tecnologia e à internet, a mídia Out
Of Home tem a vantagem de permitir
a personalização de conteúdo, repre-
sentando uma mudança fundamental
no processo de transmissão da infor-
mação.
Para o diretor de franquia da Rede
Elemídia, a vantagem de poder custo-
mizar a mensagem para o local e para
o momento do consumidor aumenta
a afinidade com o meio. “A mensagem
é planejada para atender pontualmen-
te a necessidade do espectador, in-
dependentemente da mensagem ter
conteúdo editorial ou publicitário”, diz
Tsukimoto. Exemplificando, podemos
analisar um canal de uma academia.
Pela manhã, são priorizadas notícias e
atualidades, já que muitas pessoas vão
malhar antes do trabalho e precisam
começar o dia bem informadas. Du-
rante o dia, o conteúdo assume uma
forma mais feminina, enquanto a noi-
te, o assunto é prioritariamente jovem.
O conteúdo deve ser super relevante
para chamar a atenção do espectador.
Não adianta investir em uma mensa-
gem de economia em um momento
de descontração e relaxamento, por
exemplo.
Além dos canais específicos, a mí-
dia OOH costuma concentrar-se em
locais de espera forçada. Daí o suces-
so dos monitores nos elevadores. Não
existe competição por atenção. “Uma
pesquisa do Datafolha apontou que o
índice de atenção na chamada indús-
tria da interrupção (como comerciais
publicitários) é em média de 17%. Com
uma estratégia e conteúdo adequa-
dos, esta nova mídia aproveita a falta
de competição para ajudar a pessoa
a passar o momento. Nestes casos, o
índice de atenção pode chegar a 94%,
segundo a mesma pesquisa”, analisa o
diretor de franquias da Elemídia.
Por ser uma mídia flexível, on-line,
o OOH oferece uma de série possibili-
dades direcionadas. Para o gerente da
Multicoisas de Taubaté, recentemente
inaugurada, Sérgio Landman, essa foi
uma das vantagens do investimento.
“Grande parte dos meios de divulga-
ção pode ser apresentada aos possí-
veis clientes em momentos inoportu-
nos e isso, normalmente, não ocorre
com a mídia OOH, presente onde as
pessoas têm tempo para ler seu con-
teúdo ou perceber a ideia de versati-
lidade que queremos transmitir. Fize-
mos estudos de viabilidade, na cidade,
dos mais diversos tipos de divulgação.
segredo é estar Presente eM locais
e horÁrios eM que o PúBlico-alVo PoderÁ
ser iMPactado Pela MensageM: Índice de
atenção Pode chegar a 94%, segundo a rede
eleMÍdia
revistalettering.com.br
Essa é a palavra-chave no atual relacionamento empresa/público de acordo
com o professor e especialista em mídia, Josué Brazil. “Está cada vez mais difícil
conversar com o público-alvo nas mídias tradicionais, justamente em função
da vida atribulada das pessoas. Não podemos mais, anunciantes e agências de
Comunicação, comprar audiência e/ou circulação. Temos de comprar aten-
ção”, enfatiza.
Dentro desse contexto, o especialista vê a mídia OOH como uma excelente
oportunidade de Comunicação dirigida, ou mesmo como mídia complemen-
tar, em uma ação de Comunicação integrada. Isso porque o OOH tem a capa-
cidade de circular em locais específicos, capturando a atenção do público-alvo
do anunciante. “Um planejamento sério, feito por especialistas, é o primeiro
passo de qualquer ação. É preciso compreender e definir o que realmente cha-
ma a atenção de cada público-alvo com clareza, avaliando a fundo o que cada
mídia e meio de Comunicação consegue fazer”, lembra Brazil. Atenção e plane-
jamento garantem a integração das mídias, otimização de custos e resultado.
danilo c Monteiro
atenção!
Para o gerente da Multicoisas de tauBaté, sérgio landMan, uMa das Vantagens de se inVestir nesse tiPo de MÍdia é Poder se dirigir ao consuMidor seM ser inoPortuno
21
De todos os meios analisados, a Multi-
coisas optou por aqueles que podem
trazer um retorno adequado ao tipo
de negócio, e a mídia OOH superou
diversos meios tradicionais, como TV
e outdoor”, diz Landman. Os anúncios
e mensagens da empresa são veicu-
lados em um ponto gerenciado pelo
Guia Taubaté em uma das padarias
mais tradicionais da cidade, dois mi-
nutos distribuídos em cada hora.
Para atrair o foco
Se a ideia é aproveitar o momento
e a pessoa certa, o conteúdo deve re-
fleti-los objetivamente e estar alinha-
do à estratégia de marketing de cada
negócio. Os profissionais de Comuni-
cação estão atentos às novas mídias e
às mudanças do mercado, que exigem
a produção de conteúdos específicos.
A Elemídia possui uma equipe de jor-
nalistas que publica diariamente, entre
400 e 500 notas informativas, nacio-
nais e regionais, para veiculação nos
canais de OOH distribuídos em 49 ci-
dades brasileiras. O desafio? Cada in-
formação jornalística tem que ter 120
caracteres, menos que um tweet.
Para Alex Miranda, do Guia Tau-
baté, a personalização do conteúdo
veiculado ao público de interesse é a
chave da mídia. “Em nosso formato, os
vídeos têm 30 segundos de duração.
Ao planejá-lo, sentamos com nosso
cliente e trabalhamos uma mensagem
que traduza sua necessidade, defi-
nindo características de seu público-
-alvo e direcionando a mídia OOH.
Imaginem uma empresa de suple-
mentos nutricionais anunciando em
um ponto, como uma churrascaria ou
um fastfood. O resultado certamente
não será satisfatório”, alerta. O diretor
da Elemídia ainda completa. “Levando
em consideração esse fator e prepa-
rando um material que reúna as qua-
lidades de uma boa mensagem insti-
tucional ou publicitária, o OOH pode
até possibilitar o Marketing direto, ta-
manha a possibilidade e a facilidade
do gerenciamento de conteúdo e do
direcionamento da mensagem”.
Com planejamento e assessoria,
o resultado pode chegar na forma de
fortalecimento da imagem institucio-
nal, fidelização de clientes e reflexo
positivo na venda de produtos e ser-
viços. “O enfoque depende muito do
momento do negócio. No início, inves-
timos no institucional, pois queríamos
apresentar a Multicoisas e conquistar
a confiança de nossos clientes. Agora,
já com um certo tempo em operação,
estamos trabalhando na transição des-
sa mensagem. A intenção é focar no
interesse de nosso público pelas ofer-
tas, buscando aumentar nossas opera-
ções”, explica Sérgio Landman.
O OOH pode ser a mídia que falta-
va em seu planejamento e o início do
fim do tédio das longas esperas.
aleX Miranda, do guia tauBaté, diz que
o diferencial é a Personalização do
conteúdo Veiculado: “tudo é discutido
eM conJunto coM o cliente. a MensageM
deVe ser adequada ao aMBiente”
danilo c Monteiro
Me leVe Para aonde Você for
utilizados cada Vez Mais eM feiras e eVentos eMPresariais, catÁlogos aJudaM a sediMentar a iMageM da eMPresa e até a refoçar a decisão de coMPra
danilo c Monteiro
revistalettering.com.br
Tudo começou em 1969. No iní-
cio, existiam apenas um laboratório e
uma pequena loja, em São Paulo. Cin-
co anos mais tarde, a empresa decidiu
apostar na estratégia das vendas dire-
tas. E deu muito certo: assim, surgiu a
maior fabricante brasileira de cosmé-
ticos e produtos de higiene e beleza.
Atualmente, a Natura está presente
em 7 países – Brasil, Argentina, Peru,
Chile, México, Colômbia e França. Em
2011, a empresa teve uma receita lí-
quida de mais de 3 bilhões de dólares,
o que representa aproximadamente 6
bilhões de reais. Com esse faturamen-
to, o grupo ficou em quarto lugar na
pesquisa internacional da DSN Global
100, que lista as marcas que obtiveram
os melhores resultados no segmento
das vendas “porta em porta” ao redor
do mundo.
Para alcançar números tão expres-
sivos, a empresa conta com o apoio
de um enorme exército: 1,5 milhão
de consultoras, sendo 280 mil só no
exterior. “Nosso modelo de negócio
é a venda direta, somos 100% venda
direta. Em um mundo cada vez mais
conectado digitalmente, o tratamento
personalizado para cada consumidor
ganha ainda mais relevância”, comen-
ta Marcus Rissel, diretor comercial da
Natura no Estado de São Paulo.
Mas como fazer com que as con-
sultoras consigam preservar a identi-
dade da marca na hora das vendas? É
simples: tudo é feito com base em um
catálogo de produtos. Ali estão as prin-
cipais novidades em itens de higiene e
beleza. É como se a própria empresa
surgisse diante dos olhos do consu-
midor, se apresentando e oferecendo
seus serviços. “O catálogo é como
um portfólio da empresa. É nele que
a empresa pode se apresentar, contar
sua história e expor seus produtos ou
serviços. Funciona como uma vitrine
móvel”, destaca Liliane Sonnewend,
webdesigner da Agência Bravura, de
São José dos Campos.
Estimular o consumo é um dos
principais benefícios de um catálogo.
Esse tipo de material faz com que o
cliente pense na compra, mesmo es-
tando fora da loja. Além disso, ele abre
um leque enorme de opções, já que
ali estão listados todos os produtos
que a empresa oferece. “O catálogo
se encaixa bem em feiras e eventos
corporativos, quando você tem con-
sumidor perto da empresa, e o catálo-
go vai apresentar todas as soluções da
empresa de uma só vez. Depois, com
calma, o consumidor pode pesquisar
cada detalhe que lhe interessa com
mais cautela. Isso se encaixa bem para
produtos com bastantes detalhes téc-
nicos, opções e configurações”, explica
Rodolfo Bazetto, diretor de criação da
BZ Propaganda e Marketing.
Qualquer empresa – seja pequena,
média ou grande – precisa de um ca-
tálogo. É uma ferramenta fundamental
tanto para o departamento comercial,
25
estratégia >
quanto para clientes e fornecedores.
Ser apenas um bom vendedor não é
garantia de um bom negócio. Os se-
res humanos são muito mais visuais
do que auditivos. Por isso, não basta
ter apenas uma boa lábia. É preciso
traduzir isso num papel, com informa-
ções sobre o produto e suas qualida-
des.
Com esse tipo de material, as em-
presas se fortalecem. Além disso, evi-
tam que alguma venda deixe de ser
fechada por falta de conhecimento
dos produtos e serviços que elas ofe-
recem. “A Natura trabalha com ciclos
que duram em média 21 dias. A cada
ciclo, lançamos uma nova revista,
com promoções e produtos novos. Só
em 2011, lançamos 164 novos produ-
tos”, revela Marcus Rissel.
Simples, porém atraente
Tente imaginar essa cena – prova-
velmente ela deve se repetir todos os
dias por aí: um comprador está tranca-
do em seu escritório, sentado à mesa,
tentando decidir com qual fornecedor
vai fazer negócios. À frente dele estão
diversos catálogos, de inúmeras em-
presas. Todos estão competindo pela
mesma atenção, por isso qualquer de-
talhe pode ser crucial. Nessa hora, dá
o primeiro passo rumo à vitória aquele
que se destacar visualmente. “O visual
é muito importante, porque muitas ve-
zes nós nos convencemos de comprar
coisas e serviços só pela boa apresen-
tação”, salienta Liliane Sonnewend.
Depois disso, um bom catálogo
deve manter uma Comunicação fácil
e direta com o potencial comprador. É
importante que ele não se disperse e
acabe desistindo de ler até o fim. “Um
catálogo, para ser atrativo, deve ter
uma identidade que traduza os valores
da empresa. É necessário também que
os produtos sejam bem apresentados,
junto com informações claras dos be-
nefícios, características e suas vanta-
gens”, comenta Rodolfo Bazetto.
A objetividade é muito importan-
te em um catálogo. As descrições dos
produtos precisam ser bem elabora-
das. Isso porque, muitas vezes, o clien-
te vai consultar o material sozinho, e
não terá ninguém a seu lado para sa-
nar uma eventual dúvida. Por isso, as
informações devem ser passadas de
rodolfo Bazetto, da Bz ProPaganda, de
são José dos caMPos, esclarece que a
qualidade deVe ser o PrinciPal atratiVo: “a
escolha da grÁfica e do Material é
fundaMental Para se ter uM catÁlogo de
sucesso”
Pic iMagens
forma clara.
Um catálogo de qualidade valo-
riza os produtos e serviços de uma
empresa. Mas, por outro lado, caso o
material deixe a desejar, o efeito pode
ser bastante negativo, atrapalhando a
venda e a imagem da marca. “O aca-
bamento não pode faltar, pois ajuda na
apresentação”, afirma Liliane. E o que
deve ser evitado? “A poluição visual. O
exagero de informação. Menos é mais.
Para que seja atrativo, tem de ser agra-
dável de ver, de pegar, de ler e de se
entender rapidamente do que se trata”,
completa.
O catálogo é material do dia a
dia de uma empresa. Ele vai ficar nas
mãos de clientes e fornecedores, que
podem tecer comentários positivos ou
negativos sobre a marca, apenas com
base na publicação. Por isso, nada de
economizar nessa área. Arriscar não
compensa. A dica é procurar profis-
sionais capacitados e com experiência
nesse tipo de Publicidade. “Essa apre-
sentação deve ser feita por agências
com especialização em design gráfi-
co, com visão do mercado corporati-
vo. Quando eu falo dos produtos bem
apresentados, falo de uma produção
fotográfica uniforme de todos os itens
e de uma impressão excelente. A esco-
lha da gráfica e do material utilizado é
fundamental para um catálogo de su-
cesso“, opina Rodolfo.
Se o catálogo é uma forma de con-
solidar produtos e serviços, o empre-
sário não pode deixar que sua marca
seja lembrada por algo que não deu
certo.
E-catálogo
É com uma versão dançante e re-
mixada da famosa canção “Moves Like
Jagger”, da banda californiana Maroon
5, que o internauta é recepcionado.
Aos poucos, a página vai tomando for-
ma. O cenário é Londres. Ao fundo, o
Palácio de Westminster, onde funciona
o parlamento britânico, endereço do
famoso Big Ben. No primeiro plano,
duas belas jovens caminham pela rua.
Elas estão vestidas com as últimas ten-
dências da moda. Essa é a tela inicial
do catálogo “Outono / Inverno 2012”
que a Riachuelo disponibiliza na inter-
net.
Esse é só o começo do passeio. Por
“ele é o Portfólio da eMPresa: ali ela se aPresenta, conta a
sua história e eXPõe seus Pordutos e serViços”, define
liliane sonneWend, da agência BraVura, de
são José dos caMPos
danilo c Monteiro
revistalettering.com.br
“
Tem gente que é da TV, do jornal, da agência, da gráfica, da rádio, da universidade. Tem gente que é cliente. Tem gente que anda com a gente, que fala da gente, que gosta da gente e até que não gosta tanto assim. A gente é do Vale e gosta de fazer bonito. Há um ano, a comunicação regional recebeu uma surpresa. Melhor que presente de aniversário, de debutante ou de formando. Algo que vem em um momento especial, sabe? Se o mercado estava órfão de uma revista de qualidade, conteúdo e relevância, essas necessidades seriam supridas.Nascia a Lettering. E, por obra do destino, a Nova Supera também nascia. Histórias diferentes, mas que se cruzaram e já têm muitas realizações para compartilhar.
A revista premiou os melhores trabalhos da região, movimentando o mercado e fazendo todos esperarem pelas novidades das edições. Também divulgou um manifesto que, além de criar oportunidades, ajudou a abrir a cabeça dos nossos clientes.A Supera continuou fiel aos talentos regionais, ganhou 4 prêmios Lettering e seguiu buscando sempre fazer melhor.Nesta edição, queremos agradecer a essa revista feita para todo tipo de gente.Inclusive, se hoje podemos escrever um anúncio com esta quantidade de texto em um veículo regional, os créditos também vão para ela.
VOCÊ É {O QUE VOCÊ LÊ }
VALEU, REVISTA LETTERING!
NÓS TEMOS FÉ NA COMUNICAÇÃO.www.supe racomun icacao .com.b r
meio de um menu simples, é fácil na-
vegar pelos produtos que a marca vai
oferecer em suas lojas nos próximos
meses. O cliente pode conhecer as no-
vidades sem sair de casa. São diversas
fotos, que podem ser ampliadas com
apenas um clique. Também é possível
assistir aas modelos desfilando na tela
do computador, e até mesmo contro-
lar os movimentos deles, pedindo que
eles deem uma ‘voltinha’. E o principal:
se você tiver uma webcam, pode ver
como aquelas roupas ficariam no seu
corpo. É o provador virtual! Primeira-
mente, o programa auxilia você a tirar
uma foto sua. Depois, basta imaginar
que está em um camarim e simular a
troca das peças.
Num universo cada vez mais digital,
investir nos catálogos virtuais é muito
mais do que apenas uma tendência.
Para marcas de apelo com o grande
público, isso é uma necessidade. Uma
alternativa que, como no exemplo da
Riachuelo, pode vir acompanhada de
bastante criatividade. “A vantagem de
fazer um catálogo em ambiente virtual
é que podemos interagir mais com o
conteúdo, incluindo vídeos, anima-
ções e projetos em 3D”, argumenta
Rodolfo Bazetto. “No mundo virtual, as
coisas podem ter movimento. Então,
ao invés de só terem fotos dos produ-
tos e textos, os catálogos podem ter ví-
deos de demonstração e explicativos.
As pessoas podem ter mais interativi-
dade com o que estão vendo”, comple-
menta Liliane Sonnewend.
Mas, antes de se aventurar no
mundo da internet, o empresário pre-
cisa ponderar se vai conseguir atingir
seu público-alvo com essa ferramen-
ta. “Cada cliente tem uma necessida-
de diferente e nem sempre o virtual
pode ser a melhor solução. E para se
criar um catálogo em ambiente virtual,
o investimento pode ser ainda maior,
pois envolve tecnologia, criação de
aplicativos específicos e mão de obra
ainda mais especializada”, explica Ro-
dolfo. “Também acredito que as pes-
soas ainda gostem de poder apalpar
um objeto, ‘ver com a mão’. Por isso, o
catálogo de papel ainda está na moda”,
finaliza Liliane.
Pelo jeito, a exemplo da ginga do
Jagger, o velho e bom catálogo conti-
nua impressionando...
“eM uM Mundo conectado, a
Personalização é ainda Mais releVante”,
oBserVa Marcus rissel, diretor da
natura no estado de são Paulo
diVulgação natura
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www.facebook.com/RegionalMarketing
Know-howKnowKnowKnowKnow-Know-Knowhowhowhowhow-how-
revistalettering.com.br
Revista Lettering: Há quanto tempo a Uniodonto investe
em Comunicação?
Sérgio Brito: Há cerca de 16 anos.
RL: Como avalia os resultados obtidos com apoio da Co-
municação em seu ramo de atuação?
SB: Acredito que em todos os ramos, ou melhor, em nos-
sos relacionamentos, a Comunicação é fundamental. Já dizia
o “mestre” da Comunicação no Brasil, o Chacrinha, “Quem
não se comunica, se estrumbica”. Os resultados obtidos estão
refletidos na força da nossa marca em nossa região.
RL: Quais são os canais de Comunicação mais utilizados
para atingir o seu consumidor?
SB: Utilizamos, ao longo destes anos, diversos formas de
nos comunicarmos com o nosso público. Mídias de massa
(TV, Rádio, Jornais) e mídias específicas para um público-alvo.
Os nossos canais são muitos diversificados.
RL: A que o senhor atribui o desempenho da marca Unio-
donto?
SB: Além do investimento em Comunicação (mídia), a for-
ça da marca Uniodonto está na qualidade do atendimento dos
nossos dentistas cooperados. Eles são os nossos comunica-
dores mais eficazes.
RL: O que recomendaria para o empresário que começa a
investir em Comunicação?
SB: Primeiramente, uma análise de quem é o seu público-
-alvo e contar com uma assessoria especializada para “dar
o tiro certo”. É muito importante nos cercarmos de pessoas
competentes.
Por que eu inVisto eM coMunicação?
sergio Britodiretor presidente da uniodonto
“é Preciso contar coM uMa assessoria esPecializada Para ‘dar o tiro certo’. é Muito iMPortante nos cercarMos de Pessoas coMPetentes”
33
era de Vidro e se queBrou
Um acidente com mortes numa
empresa de ônibus. Demissões pro-
vocadas pela queda de rentabilidade.
Greve. Um desastre ambiental causado
por uma empresa química.
Nem é preciso fazer esforço para
saber do que se trata essa breve intro-
dução: estamos falando das tão temi-
das (e, muitas vezes, inevitáveis) crises.
Definidas por especialistas como
qualquer acontecimento indesejável,
previsível ou não, que causa danos à
organização, comunidade ou pessoas,
as crises podem afetar o negócio de
forma irreversível, por atingirem um
dos seus principais ativos: a sua repu-
tação.
A má notícia é que ela pode bater
à porta da sua empresa, pelo menos
uma vez na vida. A boa é que, se você
estiver preparado para enfrentá-la,
seus efeitos podem ser minimizados e,
quem sabe, consiga até, como dizem
por aí, fazer do limão uma limonada.
O que os especializas dizem?
“A máxima do ‘prevenir é o melhor
remédio’ faz todo sentido quando tra-
tamos de uma situação de crise. Re-
conhecer que situações podem acon-
tecer é o primeiro passo. A partir daí,
toda uma estratégia deve ser elabora-
da. A natureza da atividade da organi-
zação está diretamente relacionada ao
grau de sofisticação dessa estratégia”,
esclarece o consultor José F. Junior,
da JR Consultoria e Desenvolvimento
Empresarial e Humano, de Taubaté.
Ele está falando de planejamento,
de tentar prever que tipos de situações
negativas se está sujeito a enfrentar,
tendo em vista as características do
negócio.
“As organizações precisam desen-
volver um processo de preparação,
ou seja, fazer uma avaliação de todas
as possíveis crises para poder, numa
eventualidade, enfrentá-las. É preciso
thiago gustaVo
revistalettering.com.br
PreVer PossÍVeis situações de risco é condição BÁsica Para MiniMizar os efeitos de uM aconteciMento indeseJÁVel
35
crise de iMageM >
Na era da informação, todo o cuidado é pouco quando o assunto é reputação.
Uma atitude impensada pode dar início a uma crise de imagem, muitas vezes
irreversível.
Seja pela possibilidade de gerar conteúdo com câmeras de celulares, câme-
ras de circuito interno e até câmeras tradicionais, seja pela disseminação desses
mesmos conteúdos pela internet, o fato é que nunca estivemos tão expostos a
cair em desgraça diante da opinião pública quanto agora.
“Em meio a essa revolução tecnológica, com a interatividade no centro, o
mundo está muito mais próximo de cada um de nós. Com isso, o tamanho do
desgaste causado por uma exposição em grande escala pode ser muito maior
que o tamanho do erro”, avalia o consultor Mário Rosa.
Uma das passagens mais marcantes, que ilustram essa observação, relem-
brada até hoje, é a do episódio conhecido como “a dança da pizza”, protago-
nizado pela vereadora de São José dos Campos, Ângela Guadagnin, na época
deputada federal pelo PT.
Durante a sessão que absolveu o então deputado João Magno (isso, esse
mesmo do mensalão), ela foi flagrada pela TV Câmara, enquanto comemorava o
resultado. “Passei a ser vista, xingada, desprezada como a ‘dançarina da pizza’. Eu
não respondia e não respondo a qualquer processo, seja por falta de decoro, por
improbidade ou qualquer outro desvio de conduta, mas fui condenada pela mídia
sem qualquer julgamento”.
Isso acontece muitas vezes: é que o tribunal da opinião pública acaba sendo
mais implacável que o da Justiça. E é aí que mora o perigo.
taManho neM seMPre é docuMento
o consultor José f. Júnior, da Jr consultoria e
desenVolViMento eMPresarial e
huMano, de tauBaté, chaMa a atenção
Para a criação de uM Manual que auXilie a eMPresa nessas
eVentualidades
danilo c Monteiro
revistalettering.com.br
Lições pós-crise
Seja comunicativo
Seja transparente
Seja rápidoSeja honesto, não minta ou engane ninguém
Esteja preparado
Seja consistente
Seja claro no que você diz ou faz
Seja conservador*
Seja coerente
Seja visível (evite se esconder)
*entende-se aqui o conservadorismo deprecaução, não tentar ser avançado demais
estudar os pontos onde a empresa ou
instituição é mais vulnerável e a partir
daí estabelecer-se o plano de ação”, diz
Junior.
Essas previsões costumam com-
por o que é conhecido como Manual
de Gestão de Crises.
“Ele pode ser comparado aos ins-
trumentos de um avião no caso de
uma pane. Ou seja, quando a visão fica
prejudicada por uma série de inter-
ferências externas, o melhor é deixar
se levar pela técnica, que foi definida
tendo em conta variáveis que podem
passar despercebidas num momento
de crise”, diz o consultor de imagem,
Mário Rosa.
Autor dos livros A Era do Escân-
dalo e A Reputação na Velocidade do
Pensamento e A Síndrome de Aquiles,
o consultor ressalta a importância de
toda empresa tentar refletir, de tempos
em tempos, sobre que situações de
crise pode ter de enfrentar e compara:
“São cuidados básicos, como um pré-
dio que tem uma escada de incêndio,
mesmo que nunca pegue fogo; um
carro que tenha seguro, mas que nun-
ca tenha se envolvido em um acidente;
se ter um plano de saúde e morrer aos
120 anos. Embora pode ser que nun-
ca use, é fundamental que se tenha”,
alerta.
Fora dos portões
A amplitude de uma crise está di-
retamente ligada à repercussão que é
dada a ela pela imprensa.
Por isso, além dos setores de co-
mando da organização, incluindo a
presidência, o financeiro e o jurídico,
o setor de Comunicação tem papel
fundamental no processo de gestão da
crise, mais especificamente o setor de
atendimento à imprensa.
“Informação rápida, uniforme, pre-
cisa, objetiva e humana se faz neces-
sária nesse momento. A adoção de
um porta-voz, seja ele o presidente
da empresa, um diretor ou até mesmo
um jornalista especializado, garante
que essas características citadas sejam
arte eluanda andrade
37
fonte: www.comunicacaoecrise.com/
atendidas”, esclarece José F. Junior.
O assessor de imprensa Pasquarelli
Junior, da Alameda Assessoria de Co-
municação, de São José dos Campos,
chama a atenção para que esse traba-
lho seja feito por profissionais expe-
rientes, que podem, além de promover
um relacionamento amistoso com os
veículos, orientar devidamente quem
irá falar em nome da empresa.
“Um planejamento de administra-
ção de crises depende principalmente
do tipo da organização, da crise, da cir-
cunstância, do ambiente. De qualquer
forma, existe consenso sobre esse ge-
renciamento. Um dos que mais gosto é
uma definição do próprio Mário Rosa:
‘a administração de crises não é uma
fórmula, é uma forma de pensar’. É aí
que entra o jornalista.”
A tal limonada
Uma crise de imagem não é uma
sentença de morte. Muito pelo con-
trário. Os casos de empresas que vi-
veram seus piores momentos – os
dois acidentes da TAM ou o caso do
medicamento Tylenol, da Johnson &
Jonhnson, para citar exemplos mun-
dialmente conhecidos – e ressurgiram
com força total após os episódios, são
inúmeros.
Algumas marcas, por incrível que
pareça, conseguem sair ainda mais
fortalecidas, explorando um outro viés,
desviando o foco da crise que envolve
o seu nome e a sua reputação.
“Um exemplo recente é o Banco
BMG, que estava no centro do escân-
dalo do mensalão. Por mais que o pro-
cesso tenha implicações jurídicas, do
ponto de vista de imagem, eles saíram
mais fortes”, lembra Mário Rosa.
Ele se refere ao patrocínio do ban-
co à, praticamente, metade dos times
de futebol da série A, em 2011. “Mais
um exemplo de que a saída para uma
crise não é se esconder.”
Toda empresa bem planejada jamais passará por uma crise
de imagem, certo? Não, não necessariamente. Por mais que
se prevejam situações inerentes à natureza do negócio, pode
existir um momento em que o imprevisível pode acontecer.
E agora, José? Como sair dessa?
Para o consultor Mario Rosa, uma das principais estratégias
de qualquer organização que pretende minimizar os efeitos de
uma crise, previsível ou não, é cuidar de forma permanente de
sua reputação.
Ele explica que a reputação é uma espécie de poupança,
em que se deve investir diariamente. Como? Por meio do re-
forço de valores positivos existentes na empresa junto aos seus
diferentes públicos: seja junto aos funcionários, investidores,
clientes ou à comunidade. Para ele, ela tem de estar enraizada
na cultura organizacional.
“A reputação é a condição básica de sobrevivência hoje
de qualquer organização. É ela que vai servir de sustentação
quando uma crise colocar o nome da empresa em cheque”,
diz.
E coloca mesmo. Considerada o principal ativo das empre-
sas, ela foi apontada recentemente pelo Economist Intelligen-
ce, instituto da revista The Economist, como sendo detentora
de 65% do valor de mercado das organizações. Isso significa
que qualquer deslize sob o ponto de vista da imagem, gerada
por uma crise, pode trazer sérios danos a todo o restante.
Por isso, ela acaba sendo essencial também para determi-
nar a linha a ser seguida pela organização, no caso do estouro
de uma crise inesperada.
“Nos imprevistos, poderemos questionar: que valores fa-
zem parte da minha empresa? Entender porque trabalhar esses
bons conceitos diariamente é fundamental”, revela.
No mais, só rezando.
faleM BeM de MiM
Idealizadora do “Bate-papo sobre e-commerce” – rede social focada no de-
senvolvimento do comércio eletrônico brasileiro –, Lígia Dutra é referência quan-
do o assunto é negócios pela Internet. Tendo passado pelos renomados BuscaPé,
Flytex, Netshoes, Shoestock e NK Store, Lígia foi procurada pela Lettering para fa-
lar sobre as tendências e perspectivas do setor e indicar alguns caminhos a quem
tem interesse em começar a alavancar os seus negócios com as ferramentas da
Internet. Uma constatação: como tecnologia e negócios acenam como uma par-
ceria inevitável, é necessário estar preparado, de uma vez por todas, para deixar
de ser apenas off e tornar-se off/on.
o seu negócio e a internet
danilo c Monteiro
revistalettering.com.br
Revista Lettering: O e-commerce é
apontado como a principal tendência
de vendas daqui para frente. Na sua
opinião, como esse crescimento se
dará? Que áreas terão mais destaque?
Lígia Dutra: Primeiro, acredito
que é válido definir alguns termos. E-
-commerce, para mim, são negócios
conduzidos exclusivamente em for-
mato eletrônico (isso começou com a
automação comercial, por exemplo) e
i-commerce são negócios conduzidos
em formato eletrônico pela Internet
(daí é fácil identificar que a Internet é
apenas mais um canal entre muitos.
Poderoso, mas apenas um canal e não
o motivo de um negócio existir). As-
sim, o fato de o comércio ser tomado
pela tecnologia (falando de meios ele-
trônicos) já é uma realidade e vai cres-
cer ainda mais. Esse crescimento deve
ocorrer de forma muito natural graças
a nova geração de pessoas e aplicati-
vos. Boto muita fé nas áreas de moda,
qualidade de vida e educação empre-
endedora.
RL: Quando o assunto é comércio
eletrônico, o que é mais importante:
o sistema informacional ou a logística
de entrega?
LD: O sistema. Afinal, logística, para
dar certo, precisa de processos muito
bem elaborados e inseridos num siste-
ma bem feito.
RL: Os consumidores têm confiado
mais nas compras on-line?
LD: Sim, sim. Muito mais! Tanto os
bancos, com sistemas anti-fraude e in-
termediadores de pagamento, como o
Paypal ajudaram muito neste processo
de aumento da confiança do consumi-
dor.
RL: Como você avalia a região do
Vale do Paraíba nesse processo? As
empresas daqui estão investindo mais
nessa área?
LD: Pelas visitas que fiz e pelos
eventos que organizei, em parceria
com a Vincere Comunicação, senti
que as pessoas nesta região são muito
inovadoras e buscam muito a qualida-
de no serviço de entrega e atendimen-
to, principalmente. As empresas estão
investindo mais, afinal nosso evento
estava cheio. Ainda não temos estatís-
ticas da região.
RL: No início do e-commerce, o
comum eram empresas que inves-
tiam no comércio virtual. Hoje, muitas
empresas são criadas para esse fim. É
possível identificar vantagens de pen-
sar uma empresa específica para o co-
mércio eletrônico? Temos exemplos
aqui no Vale?
LD: Para responder a essa pergun-
ta, devemos voltar à primeira respos-
ta, na qual definimos a diferença entre
comércio eletrônico e comércio na
internet. Se você está falando de em-
presas que vendem exclusivamente
pela Internet, no Vale, sabemos de ca-
ses que já possuem um varejo físico e
querem também investir no canal on-
line, como a Gamaia Esportes.
RL: Muitas empresas estão partin-
do para a segmentação, assim como
vemos exemplos de outras áreas no
mundo digital. Na sua opinião, isso é
bom?
LD: Acho ótimo, afinal a Internet é
um canal de nicho. Com a segmenta-
ção, as MPEs possuem mais chance de
crescimento, afinal saem um pouco da
concorrência de grandes magazines.
RL: As compras coletivas pela in-
ternet prejudicaram as atividades de
e-commerce?
LD: Não, apesar do exagero e da
bolha que se formou, acredito que foi
uma onda que trouxe mais internau-
tas interessados em comprar, além de
navegar.
entender coMo as Pessoas consoMeM e interageM eM rede é o PrinciPal desafio. isso eXige uMa queBra de ParadigMas Muito grande e o ser huMano neM seMPre gosta de Mudanças
41
entreVista >
RL: Qual o investimento necessário
para quem quer ingressar nesse uni-
verso?
LD: Não há um padrão para isso.
Depende do planejamento de cada em-
preendedor. O importante é encarar o
canal Internet com a mesma seriedade
com que se encara o canal físico.
RL: Que outras dicas é possível dar
para quem tem interesse em investir
em e-commerce?
LD: Vá além de aprender sobre sis-
temas e negócios. Experimente sobre
o que é trabalhar em rede. Fazer negó-
cios de forma eletrônica para atender
a demanda da Internet vai exigir mais
aspectos humanos do que técnicos
do empreendedor. Afinal, abrir uma
empresa e equipá-la, muitos já sabem
como fazer, aprender sobre novas tec-
nologias também não é nenhum bicho
de 7 cabeças, mas entender como as
pessoas consomem e interagem em
rede, este, sim, é o desafio. Isso exi-
ge uma quebra de paradigmas muito
grande, e o ser humano nem sempre
gosta de mudanças.
RL: Qual qualificação profissional
deve-se ter para trabalhar em e-com-
merce?
LD: Como já expliquei nas outras
questões, o e-commerce é uma evolu-
ção do próprio comércio.
É a mesma essência do varejo, po-
rém, com o advento da tecnologia em
todos os canais (telefone, loja física, loja
virtual, mobile etc.)
Portanto, a exigência seria cobrar
do profissional que já trabalha no co-
mércio uma atualização quanto ao uso
das tecnologias e um entendimento
sobre os aspectos humanos que envol-
vem a interação entre as pessoas, nes-
te formato mais horizontal de se fazer
negócios.
RL: Onde encontrar mão de obra
especializada? Quem precisa contratar?
LD: Há muitas escolas formando
profissionais focados em gerenciar ca-
nais on-line e cursos universitários que
adicionaram esta disciplina em suas
grades.
Além desses locais, vale a pena fre-
quentar eventos, afinal muitas lojas que
foram pioneiras formaram seu próprio
time especializado.
RL: Existem diferenças no que diz
respeito à defesa do consumidor?
Apenas em relação a desistência
da compra, que é permitida dentro do
prazo de 7 dias, e obriga a loja a reem-
bolsar o cliente no valor integral da
compra.
RL: Quais os primeiros passos para
quem quer entrar nesse ramo?
LD: Estudar muito e conhecer o
máximo de pessoas que já trabalham
nisso.
o coMércio ser toMado Pelos Meios
eletrônicos JÁ é uMa realidade que Vai
crescer ainda Mais. esse cresciMento Vai acontecer de forMa
natural Pela noVa geração de Pessoas e Pelo desenVolViMento
de noVos aPlicatiVos
danilo c Monteiro
A atriz bonitona que protagoniza
a novela das oito, o cantor de carreira
meteórica que é dono do hit do mo-
mento, ou, quem sabe, o simpático
apresentador que comanda o pro-
grama líder de audiência na grade
global. Qual é o empresário que nun-
ca cogitou ter um famoso, uma cele-
bridade ou uma personalidade como
garoto(a)-propaganda da sua empresa
ou produto?
O motivo é óbvio. Mais que apre-
sentar novidades, mudanças ou sim-
plesmente estrelar uma campanha
publicitária, figuras já conhecidas do
grande público normalmente têm o
poder de endossar o discurso da mar-
ca a qual estão associadas. E a explica-
ção é simples. Quando o garoto-pro-
paganda é escolhido corretamente,
a publicidade consegue gerar uma
maior identificação e engajamento do
público.
Vale lembrar que uma escolha er-
rada também pode ser problemática e
produzir efeitos contrários, de grande
influência negativa para os negócios
da empresa, como a perda da credi-
bilidade, por exemplo. Por isso, Dimas
Soares, diretor da agência OK Ideias,
de São José dos Campos, afirma que
campanhas bem sucedidas com per-
sonalidades sempre levam em consi-
deração a imagem que esta figura tem
junto ao público que se quer atingir.
“As melhores campanhas com per-
sonalidades medem a capacidade de
Comunicação, a visibilidade e a ima-
gem percebida pelo público que se
quer atingir de algumas pessoas pré-
-selecionadas, que tenham projeção
social, ou econômica, ou artística, ou
política etc. A imagem percebida é o
fator mais importante, porque o públi-
co deve sempre ter um conceito posi-
tivo do personagem proposto”, afirma
Soares.
a Marca Pede carona
É recomendável, sempre antes de
escalar uma celebridade para repre-
sentar uma marca, fazer uma pesqui-
sa junto ao público-alvo e estabelecer
uma lista com os mais “queridos”. Além
disso, é fundamental o discernimento,
tanto da agência, quanto do empre-
sário que está investindo na Comu-
nicação, porque nem sempre o mais
“querido” pelo público se enquadra no
perfil do negócio em questão.
“Temos pessoas famosas e que-
ridas, com perfil inadequado para o
produto proposto. É como colocar o
Renato Aragão falando sobre a serie-
dade de um banco. Ele é conhecido,
tem boa imagem, mas, neste caso, não
é adequado”, explica o diretor da OK
Ideias.
Ainda segundo ele, outra coisa im-
portante a ser considerada é a rejeição,
pois, assim como os políticos, uma
personalidade pode ser conhecida e
querida por uma parte do público e re-
jeitada por outra parte. “Uma rejeição
alta, mesmo com uma parcela de acei-
tação alta, elimina uma personalidade
da lista.”
Cases bem sucedidos
Tudo isso foi levado em conside-
ração quando a OK Ideias produziu o
comercial do residencial Villa Branca,
de São José dos Campos, apostando
na figura do apresentador Vinícius Val-
verde. Neste caso, especificamente, a
agência e o cliente queriam alguém
com ligação com a região e que, ao
mesmo tempo, fosse uma pessoa mui-
to conhecida. Então, não houve dúvida
na escolha.
“Fizemos uma pesquisa qualitativa
com dois grupos de classes sociais e
idades diferentes, apenas para ver a
imagem percebida e a possível rejei-
ção. Acontece que o Vinícius é uma
pessoa muito simpática. Então, não
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quando BeM escolhidas, Personalidades PodeM Valorizar Marcas, Produtos e serViços. Para não errar na escolha, deVe-se oPtar Por queM teM Perfil condizente coM o que estÁ sendo anunciado
gustaVo r dias e danilo c Monteiro
45
celeBridades >
houve rejeição. A grande maioria o
aprovou como um personagem ani-
mado, divertido e batalhador. Foi tão
perfeito que ele anuncia os produtos
do Villa Branca há vários anos, porque
confere credibilidade ao produto”, afir-
ma Dimas Soares, que garante sempre
ter retornos positivos com as campa-
nhas estreladas pelo apresentador.
Outra aposta que deu certo foi a
do Colinas Shopping, também de São
José dos Campos, que é atendida lo-
calmente pela Alameda Comunicação.
Para anunciar o projeto de expansão
do empreendimento, escalaram a atriz
e apresentadora Ana Furtado para rea-
lizar a tarefa.
“O Colinas Shopping tem entre um
de seus públicos mais fiéis as mulheres
da classe A/B, na faixa etária entre 25
e 35 anos. A Ana Furtado se enquadra
neste perfil e transmite muita serieda-
de e credibilidade”, afirma Margarete
Sato, gerente de Marketing do Shop-
ping.
Segundo Margarete, a equipe ti-
nha certeza de que a atriz seria a pes-
soa correta para comunicar as infor-
mações e consolidar, junto ao público
do shopping, a mensagem de inova-
ção, a mudança e as transformações
pelas quais o Shopping irá passar nos
próximos meses. Fora isso, outro argu-
mento usado é que a imagem de Ana
Furtado também repercute muito bem
entre as outras faixas dos clientes do
Shopping e, também por isso, o resul-
tado foi extremamente positivo.
“Além de comunicar a expansão
nas mídias regionais, veiculamos a
versão impressa do anúncio em veí-
culos de circulação nacional. Nosso
departamento de comercialização co-
memora o retorno de grandes marcas
nacionais que entraram em contato,
interessados em participar da expan-
são do shopping”, conta a gerente de
Marketing.
Anteriormente a Ana Furtado, Tony
Ramos já havia anunciado a primeira
fase de expansão do Colinas, o que,
segundo Margarete, também rendeu
ótimos resultados para os negócios da
empresa. Para ela a utilização de cele-
“teMos de ter cuidado coM que iMageM Passar. é coMo
colocar o renato aragão falando
soBre a seriedade de uM Banco”, alerta
diMas soares, da ok ideias, de são José dos
caMPos
Pic iMagens
revistalettering.com.br
bridades para personificar ou identifi-
car um produto, serviço ou marca em
uma campanha é sempre bem-vinda.
Restrições
“Mas o uso desse recurso depende
sempre da estratégia adotada, do im-
pacto que se pretende causar, e logi-
camente, da qualidade e do potencial
do produto. Quando estas caracterís-
ticas não são muito bem analisadas,
a personalidade pouco pode ajudar a
consolidar a campanha e muito me-
nos atingir o público-alvo”, diz a ge-
rente.
Não adianta, por exemplo, atrelar
uma figura conhecida, popular e bem
vista a um produto sem um forte apelo
comercial. Mais problemático que isso
é ter um produto com grande poten-
cial de venda atrelado a uma persona-
lidade sem credibilidade.
“É importante avaliar o grau de
credibilidade da pessoa e a estabilida-
de de sua carreira profissional. Artistas
o Mais iMPortante: o Produto teM de ser BoM. caso contrÁrio, inVestir nuMa Personalidade Para ser a estrela de uM coMercial Pode ser dinheiro Jogado fora
que frequentemente estão envolvidos
em escândalos ou em ‘crises’ com a
imprensa devem ser descartados”, afir-
ma Margarete.
Outra dúvida que pode surgir na
hora de eleger a cara da empresa ou
da marca em uma Publicidade é apos-
tar em celebridades que aparecem
muito, em várias campanhas. Segun-
do a gerente de Marketing do Colinas
Shopping isso não chega a ser um pro-
blema, mas desde que a imagem deste
famoso esteja sempre associada à em-
presas éticas e responsáveis.
Já na opinião de Dimas Soares, da
Ok Ideias, personalidades que apare-
cem muito em campanhas publici-
tárias tendem a diluir sua identidade
e sua imagem pela associação que o
público faz a diversos produtos, servi-
ços e situações.
“Isso é ruim. Sem falar da saturação
da superexposição. Se você vê uma a
pessoa a todo momento, vai acabar
enjoando dela, com raras exceções.”
arte Marina duarte
47
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noVos clientes chegaM à alaMeda coMunicação
trÍadaz fortalece sua equiPe coM Mais contratações
ParaBéns suPera coMunicação!A Supera Comunicação, de São José dos Campos, completou mais um
ano de vida no mês de setembro. São 365 dias de conquistas, aprendizado, união e bastante trabalho para a
equipe. Um ano de vivências marcantes e muita fé na Comunicação, ao lon-go do qual conseguiram evoluir e proporcionar o melhor aos clientes.
clicknoW lança solução interatiVa, utilizando sensor de MoViMento
Foi pensando em ações que despertem a atenção das pessoas que a ClickNow desenvolveu sua mais nova solução em interatividade, o MoveNow. O usuário é quem dá as ordens, não é preciso tocar em telas ou acionar bo-tões para emitir os comandos, basta um gesto.
O MoveNow pode ser usado em aplicações, jogos e apresentações que utilizem funções como: transição de telas ou cenários, ampliação ou redução de objetos, mar-cação ou seleção de itens e, ainda, geração de sons ou tiros (para games).
Mestra coMunicação conquista contas iMPortantes
49
ateliê de letras assina roteiros iMPortantes
A Alameda Assessoria de Comunicação, de São José dos Campos, firmou contrato recentemente com o Hospital Pró-Visão e com a Imobiliária Excel.
No mês de setembro, a Alameda Comunicação também assumiu o traba-lho de assessoria de imprensa da operada de telefonia celular TIM, para todo o interior de São Paulo. Outras novidades da Alameda são as contratações dos jornalistas Camila Garcez e Megui Donadoni.
Rodrigo Abreu e Aline Siane são os novos integrantes da agência Tríadaz Propaganda e Marketing, sediada em Taubaté. Rodrigo entra em jogo para agregar sua vasta experiência de mercado a área de criação; e Aline, formada em Jornalismo com especialização em Marketing, veste a camisa do atendi-mento para alavancar a Comunicação corporativa e integrada.
A Mestra Comunicação, de São José dos Campos, conquistou mais um cliente importante: o CenterVale Shopping. A agência terá por missão acompa-nhá-los nesse momento importante de expansão.
A primeira delas já foi desenvolvida. Trata-se da ação do Lego, para as crianças, e que se encontra disponível no espaço de eventos do Shopping.
E tem mais novidade por aí. A agência ganhou também a conta do World Trade Center Business Club, considerado o maior complexo de negócios da América Latina. A Mestra será responsável por toda a Comunicação do WTC junto com a Agência de Imprensa (empresa do Grupo), que cuidará da parte de assessoria de imprensa.
O Ateliê de Letras Redação Estratégica, de São Jose dos Campos foi contrato para ela-borar os roteiros dos vídeos da Mercedes-Benz para o Salão Internacional do Automóvel 2012. A produção ficou sob responsabilidade do Estúdio WDB.
Outro trabalho do Ateliê de Letras nesse segundo semes-tre é o roteiro para o vídeo institucional da farmacêutica Pfizer para o segmento de saúde animal.
arriBa Passa a atender a rede record de tV no Vale
Os diretores da Arriba Comunicação, de São José dos Campos, Daniele Botelho Rojas e Gustavo Gobbato, comemoram mais um contrato fechado, desta vez com a TV Record Vale do Paraíba. A afiliada regional foi inaugurada em maio de 2012, na cidade de São José dos Campos, e é transmitida para 32 cidades da região do Vale, 3 da Serra da Mantiqueira e mais 4 do Litoral.
Acesse www.mestracomunicacao.com.br e conheça o nosso trabalho.
NASCEU HÁ UM ANO E JÁ É RESPONSÁVEL PELO FIM DO
MUNDO.
Quando surgiu, um ano atrás, a Lettering erauma revista voltada ao mercado publicitário.
Nesse curto espaço de tempo, extrapolouo tradicional, demonstrando que a comunicação,
hoje, tem de ser feita de forma integrada evai muito além do advertising.
Não foi à toa que o Prêmio Lettering já chegou valorizando também o marketing, pesquisas,
eventos, assessoria de imprensa e o jornalismo.
Nós, do Grupo Mestra, acreditamos nesse mesmo formato. Por isso apoiamos e parabenizamos a iniciativa de acabar de vez com o velho mundo.
Publicidade e Propaganda :: Eventos :: Jornalismo Empresarial :: Assessoria de Imprensa :: Pesquisas
revistalettering.com.br
Acesse www.mestracomunicacao.com.br e conheça o nosso trabalho.
NASCEU HÁ UM ANO E JÁ É RESPONSÁVEL PELO FIM DO
MUNDO.
Quando surgiu, um ano atrás, a Lettering erauma revista voltada ao mercado publicitário.
Nesse curto espaço de tempo, extrapolouo tradicional, demonstrando que a comunicação,
hoje, tem de ser feita de forma integrada evai muito além do advertising.
Não foi à toa que o Prêmio Lettering já chegou valorizando também o marketing, pesquisas,
eventos, assessoria de imprensa e o jornalismo.
Nós, do Grupo Mestra, acreditamos nesse mesmo formato. Por isso apoiamos e parabenizamos a iniciativa de acabar de vez com o velho mundo.
Publicidade e Propaganda :: Eventos :: Jornalismo Empresarial :: Assessoria de Imprensa :: Pesquisas
Pode até parecer advogar em cau-
sa própria, mas acredite: anunciar em
revista é considerada uma das formas
mais eficazes de se ter retorno do di-
nheiro investido.
E não é a Lettering que diz isso
sozinha: especialistas em mídia expli-
cam que, como veículo impresso, ela
consegue, além de prender a atenção
do leitor pelo tato – textura mais nobre
do papel, cores e projeto gráfico mais
agradável, o que incide num tempo
maior de exposição –, atrai pela credi-
bilidade das informações, por ser uma
mídia em que é possível aprofundar os
temas abordados.
Ou seja, o anunciante que estiver
compartilhando o mesmo espaço sai-
rá ganhando em quantidade (como se
“perde” mais tempo com uma revista
nas mãos, os anúncios também são
vistos com mais “calma” pelo leitor)
e em qualidade, já que seu produto,
marca ou serviço estarão imbuídos de
outras informações de credibilidade.
Mas os estudos nesse campo vão
além e mostram, por exemplo, no caso
da atenção, que os consumidores, ao
lerem revistas, estão menos propen-
sos a se envolver com outras mídias
ou participar de outras atividades não-
-mídia em comparação com usuários
de TV, rádio ou Internet.
Segundo levantamento feito pela
BIGresearch, instituto americano de
pesquisas, apenas 10% dos leitores de
revistas estão, ao mesmo tempo, aces-
sando a Internet, 16% ouvem rádio e 1
em cada 4 (25%) assistem à TV, ou seja,
a atenção é quase exclusiva.
Com o foco no que está sendo lido,
o maior envolvimento do leitor está
diretamente relacionado ao aumento
no recall de publicidade. Assim, o ín-
dice de memorização da mensagem e,
consequentemente, à tomada de deci-
são, é mais eficiente se comparado a
inforMação de Valor
outros meios.
“Leitores envolvidos têm probabi-
lidade 35% maior de tomar uma ati-
tude em resposta à publicidade em
revistas”, observou Caco Alzugaray,
da Editora Três, durante sua apresen-
tação no Fórum da Aner (Associação
Nacional dos Editores de Revistas).
Para ele, além desse aspecto, a
periodicidade das revistas também
conta mais pontos a favor junto aos
leitores, porque, com assuntos mais
perenes (diferentemente do jornal,
por exemplo), tem mais chances de
que o leitor veja os anúncios mais de
uma vez.
“O público de revista a consome
rapidamente e com impacto dura-
douro: uma revista mensal acumula
aproximadamente 60% de seu consu-
mo por seu público dentro do perío-
do de um mês; e uma revista semanal
acumula quase 80% de seu consumo
por seu público em duas semanas.
Geralmente, os consumidores recor-
rem à mesma revista inúmeras vezes,
até mesmo guardando-a, proporcio-
nando aos anunciantes oportunida-
des de múltipla exposição”, salientou
o empresário.
A publicitária Ana Lucia Junquei-
ra, da Regional Marketing, de São
José dos Campos, considera essa
questão como sendo uma das princi-
pais razões para a revista ser uma mí-
dia de impacto para quem anuncia.
“Ela acaba tendo um número médio
de leitores sempre superior aos ou-
tros meios. É também uma mídia que
confere status ao que é ali anuncia-
do”, diz.
Coadjuvante
Um plano de mídia eficiente, isto
é, decidir em quais veículos você vai
anunciar os seus produtos, sua marca
ou os seus serviços, leva em conside-
thiago gustaVo
revistalettering.com.br
tanto Pela forMa quanto Pelo conteúdo, reVistas PrendeM a atenção de leitores Por uM PerÍodo de teMPo Maior. resultado? Maior Índice de MeMorização das Marcas anunciadas e retorno do inVestiMento
53
MÍdia >
ração, dentre outros aspectos, a verba
disponível, o tipo de negócio e de que
forma o público-alvo será melhor im-
pactado e convencido a consumir o
que o anúncio oferece.
É claro que, quanto maior a verba,
mais chances de que isso aconteça.
Numa situação em que contem-
pla a utilização de outras mídias, a
revista também pode ter um papel
fundamental, uma posição estratégi-
ca, quando se analisa todo o proces-
so de vendas. A combinação de TV e
revistas, por exemplo, dependendo do
caso, pode produzir um aumento mais
significativo do que a TV associada à
mídia on-line.
Outra contribuição ao assunto
dada por Alzugary foi a de que esse
veículo fomenta anúncios em outras
mídias, especialmente as digitais. Se-
gundo ele, pesquisas mostram que a
“publicidade em revistas influencia os
consumidores a iniciar pesquisas por
produtos em websites mais do que
qualquer outra mídia, destacando-se
entre ambos os sexos dos públicos,
bem como diversas faixas etárias. Além
do mais, a Publicidade em revistas au-
menta o tráfego em geral na Internet e
em todo o processo de vendas”.
Convencido? Agora, para saber
mais detalhes sobre quanto investir,
quando investir e em qual revista seu
produto, sua marca ou seu serviço
pode ter um retorno mais garantido,
não tem outro jeito: contrate uma boa
agência de Publicidade que ela cuidará
dos detalhes para você.
Dirigir-se a um público específico, que compartilha dos mesmos de-
sejos e necessidades, é apontado como um dos motivos do índice de cre-
dibilidade alcançado pelas revistas, em comparação com outras mídias.
É só dar uma passada rápida pelas bancas e perceber que cada seg-
mento – seja ele por sexo, cor, religião, profissão, estilo de vida – tem ao
menos um título à sua disposição, com informações e entretenimento
para fazê-lo sentir-se ainda mais próximo de suas escolhas.
A segmentação, explica a publicitária Ana Junqueira, incide também
na regionalização de algumas publicações para se tentar falar, cada vez
mais, a linguagem do público-alvo. Como exemplo, ela cita a aposta de
grandes títulos, como a revista Veja, em tabelas diferenciadas de preço
para os exemplares circulados em determinadas regiões.
“Hoje, anunciar numa revista como a Veja é perfeitamente possível.
Seu anúncio circula entre leitores qualificados, que consomem informa-
ções de repercussão nacional, e com uma tabela de preços adequada ao
mercado local”, observa.
Como existe essa segmentação, com informações jornalísticas mais
direcionadas, os anúncios de revistas também podem ser mais específi-
cos, falando diretamente com o público desejado, que tem a revista em
mãos, ou seja, com inúmeros títulos voltados a diversos perfis, estilos de
vida e interesses, os anunciantes podem atingir com mais eficiência o
público-alvo que atende às suas necessidades. Mais um ponto para ela,
para a revista.
falar a queM se interessa: a força da segMentação
a PuBlicitÁria ana lúcia Junqueira, da regional Marketing, de são José dos caMPos: “aléM do núMero Médio de leitores ser considerÁVel, a reVista confere status ao que ali é anunciado”
Pic iMagens
8-)
:-)
:):
<:o)
Felizes
Nós compreendemos o seu público alvo, eles são:
E conhecemos muito bem nossos clientes, eles são:
Cultos
inteligentes
Festeiros
www.facebook.com/cruzeferreira
revistalettering.com.br
Desde a chegada do cinematógra-
fo que a imagem em movimento tem
um grande papel na rotina do recep-
tor. Lentamente, as pessoas foram se
adaptando a essa nova arte, que, além
de ser novidade, trabalhava com magia,
ilusão e fantasia. Rapidamente, o meio
foi percebido como uma fábrica de so-
nhos e, como consequência, um ótimo
instrumento para implantar ideologias
e satisfazer desejos. Assim, o que era
considerado, no início, uma invenção
científica tornou-se indústria, que se
emancipou com os estúdios hollywoo-
dianos.
A década de 30 trouxe para a Europa
e Estados Unidos o aparelho de televi-
são, nova magia vista como uma janela
para o mundo. A imagem em movi-
mento invade as casas, em tamanho
menor, mas com enorme influência,
pois continua alimentando os sonhos
e desejos do, agora, telespectador. No
Brasil, esse processo começa a acon-
tecer nos anos 50 e tem o seu grande
momento a partir da década de 80. Dé-
cada em que surgem os equipamentos
e dispositivos que possibilitaram o apa-
recimento de uma cultura do disponí-
vel e do transitório, como o aparelho
de videocassete, as fitas de vídeo, as
videolocadoras, os videoclips e os vide-
ogames, possibilitando, cada vez mais,
a disseminação de idéias e fantasias à la
carte. É bom lembrar que, desde o iní-
cio, tivemos, como referência, o triunfo
do modelo norte-americano.
Progressivamente, chegamos à
era digital. A Internet veio fortalecer a
cultura do disponível e nos presentear
com a cultura do acesso. O receptor
continua consumidor, mas, com os
meios digitais, ele pode ter uma busca
mais dispersa, alinear e fragmentada.
Ele lê, ouve, segue e produz conteú-
do. É um sobrevivente que consome
cultura de massa, cultura das mídias e
a cibercultura ao mesmo tempo. Passa
o teMPo Passa... o teMPo Voa... e eu continuo consuMidor nuMa Boa
de emissor passivo a um emissor/ pro-
dutor de conteúdo. O consumo deixa
de ser massivo e passa a ser individuali-
zado, mas continua consumo.
Esse mini flashback da história dos
meios de Comunicação de massa nos
coloca de frente com a transformação,
com a chamada convergência midiáti-
ca – vivenciamos vários momentos e
compramos sempre. Cada vez mais, a
tecnologia propicia a busca do consu-
midor ideal para o seu produto perfeito.
E a imagem em movimento continua
exercendo um grande fascínio nesse
receptor.
A Internet propicia e multiplica o
poder dos meios. Ela acelera esse pro-
cesso de disseminação das imagens e
das marcas e contribui para a produção
e para e circulação desses conteúdos.
Vivemos a era do espetáculo! (Guy
Debord já nos afirma isso desde a dé-
cada de 70). Todos os meios de Comu-
nicação vão nos propiciar o espetáculo.
Cada vez mais, a tecnologia e a pes-
quisa vão auxiliar na busca do consu-
midor perfeito - aquele que consome
SEMPRE. Os meios de Comunicação de
massa valorizam e buscam incessante-
mente a audiência e, para isso, promo-
vem o espetáculo.
Os meios passam a ser, cada vez
mais, máquinas de fabricação de so-
nhos e imagens, que se tornam reais
à medida que posso consumir deter-
minados produtos, pois, para esse es-
petáculo ser real, precisamos de com-
pradores reais. E as marcas desfilam e
se oferecem em uma imensa vitrine,
segundo por segundo.
O que já foi chamado de cultura de
massas, pelos integrados, e indústria
cultural, pelos apocalípticos, hoje tam-
bém pode ser considerado “mainstre-
am”. O tempo passou, a tal hipermoder-
nidade chegou, mas não adianta negar,
ainda estamos todos em busca do “o
que faz você feliz”?edilene MaiaProfessora da universidade de taubaté
57