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Anno IV Rio WJaneiro Quinta-feira, 9 de Abril de N. 833 HOJB> TEMPO Um dia bonito, mas urri :o quente. Máxima, _t>,4; rninima, 20,6. _sf4flEIB_h_ * HOJB r. OS MERCADOS - Café, 7$40(J. 'C0 bio, 15 25I32. ASSIGNflTURflS - mino..... 22"000 br semestre I2$ooo NUMERO UVUÜ50 100 R5. ¦'MWBHI Redaeção, Largo da Cariocai* 14, sobrado Qfticinas, rua Julio César (Carmo), 31 TELEPHONES: REDAÇÃO, 523, 5285 e official-OFFICINAS, &52 e 5284 j*j_P__Bg_ggH__ A NOITE é composta em machinas TYPOGRAPH, da casa BROMBERG, HflCKER S COMP.- RIO B^y^_rojlf f_w»-^CTjmajii_n wm» j^f_^P*^Ba_vTO__^fim___«wi M tS famosas explorações do Sr. Savage Landor A" AVIAÇÃO -tf- Victimas e triumpha- dores -•*•- 'Os brasllolrôü preterem não conhecer o seu paiz a vel-o explorado por nm estrangeiro" Os nomes do dia avage Landor, o explorador inglez que cttltar os auxílios pecuniários com que ti- nha soecorrido fartamente o explorador. Tiremos agora da sua narrativa alguns tópicos, para que os leitores da "A Noite" avaliem a qualidade de propaganda que foi para o Brasil a famosa conferência de Landor. vett com o desígnio de explorar o in or do Brasil, em zonas e caminhos des- íecidos, e que começou por explorar na do Sacramento os cofres do nosso The- ro, realisou em Paris uma conferência re o "Brasil desconhecido". lessa conferência, que é já' de si uma these de um livro em dous volumes edi- sob o titulo de "Across Unknown ith-Ámerica", escreveu elle para a "II- ration", de Paris, um resumo, precedido uma espécie dc summario tão fértil em itiras quanto em conceitos desabonado- para as cousas e homens do Brasil. tal fertilidade não é difficil conhecer ledo do próprio Savage Landor. :efcriiidó-Se á viagem, diz o summario: Foi nina rude caminhada cm zig-zags através a nica do Sul, que, do Rio de Janeiro, por ca- hos sabiamente combinados para lhe permittir o que lhe importava conhecer, conduziu o expio- jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.» )ra, pelo niapp.i cm que o coníerencista igualou o seu itinerário vê-se bem que «Chegando a Goyaz, encontrei de todos os lados uma evidente hostilidade. Ninguém queria vir com- híigo nem por amizade, nem por dinheiro. Aspes- soas da terra pareciam espantadas á simples idéa de se afastar algumas milhas de seu campanário. Per- di vários dias a procurar companheiros. Então, por intermédio do governador e de um coronel muito estimado na cidade, tentei alugar por quatro dias uma embarcação para navegar no Ara guava. «Não ha sinão um batelão no rio, disse-nos o governador.e o senhornão pódc nem pensar siquer em construir uma jangada, porque a madeira aqui é muito pesada, uão fluctua.» O coronel approvou:.«O ba- telão ou nada!» 1" accrcscentarain que elles se ti- nham arranjado de modo a «üc fazei- alugar esse batelão por quatro dias.o que me custaria apeuas Soo libras (sete contos e quinhentos). Meus distinetos amigos tinham levado lo dias a fazer essa combinação. Bastaram-me dez minutos paradesfazcl-a.» Então o explorador conta que tendo ,.-.A,». ¦"' ¦¦_ ' " "' Ps—^ÍTK»—I">T3S *""__* ___5_gB_"_BBIBI T * r o"vv^_ ti c"^-—~>*. ) i \ 7 I Pv, f\f *l»>tr33E?SM2fàk 4vt<^vTM:£#%sT^_^ x_^;-!í!_rna__«_vírK>i A__ü ^__M^w^*"• 1#^'1jÍ• N^~v •' jc ". xT'M—-Jf-••J^vv^J'"* _HB8í#* ^i_w?M'K# a_____I™Si'ii_^'A\ ví®^?¦^H,'0" * t z^y- s \\\ !S_VI--i A ,\ _af__B_?^'__^^\r'íx?^s_^ \isju^-^^.-^ Cv r- jr"^"A^ < > «BiR3|_aM_í^iWT^w "i m xoSucn8."Wtrájv>r "^^i^/^sívúov Sto«1v ^/p5 v ' T?^ v \k\^<= t>_ Mc_nrailffiMi™_____«ffiffi*ÍH^ __T ? _?-' <**_*-«_.(r~"^ .\ > Vy*^\ s. ^_. ">-.^^'I* ^k*~ __al_S^H_»liw^"??' T""l \\ v ll-^sH -'^í^S-^-i' í I.j Xi-Aj/Att»—n mmmtttMt-aâk&am. Bravura reproduzida da «Illusfrafion», que tinha esta legenda: Ifi- nerario da viagem de M. R.ftenry Savage Landor do Atlântico ao Pacifico, através o Brasil, o Peru, a &olivia e o Chile lie não .percorreu no Brasil zona alguma esconhecicla, ¦nem siquer "combinou cami- hos sabiamente" visto que seu percurso é onhecidissimo e freqüentemente perlustra- pelos boiadeiròs do sertão de Matto Irosso c Goyaz. Não ficam, .porém, ahi a mentira e o xaggcro do.explorador Landor. Diz ainda summario em questão: «Na opinião do próprio Sr. Landor esta viagem ai uma das mais penosas que elle fez. As difli- «Idades que nella encontrou fizeram-no quasi es- úccer as misérias que outr'ora elle conheceu no ibet e que foram, no entanto, bem cruéis. Porque veidilde é que não se sabe que o Brasil, no interior cio menos, é uma das regiões mais desconhecidas io mundo. A civilisação está limitada ao httqral, mma facha muito pouco profunda. O interior con- inúa desconhecido e selvagem, povoado por indi- enas timoratos ou mestiços degenerados.» «Desde os primeiros preparativos cm terra ame- icanas, o Sr. Savage Landor encontrou mil ob- taculos inesperados, inverosimeis, porquanto, em- im, õflicialmente, o governo federal brasileiro faz irotestos de disposições as mais benevolas. Tantas ão, porém, as objecções que suscitam ao expio- aclor que dir-se-ia em jogo o amor-próprio nacional íreferindo os brasileiros não conhecerem jamais o miz, a que não tinham tido tempo de descobrir, a 'el-o explorado por um estrangeiro! Prometteram, por exemplo, uma escolta militar ao . Lãndòr, Klla seria necessária, quasi indispen- vel, Pois bem : não se encontra nem um sol- lado, nem um oflicial siquer que consinta cmacccitar missão. «Ali I exclamava o Sr. Savage Landor, ih, si isto fosse em França !...» Mesmo os civis se recusam, apezar da promessa íe vantajosa remuneração: por toda a parte_ se uanilesta um terrível receio da floresta brasileira, lensa e terrível entre todas, pelas suas feras, seus feptis, seus antropophagos e uma cômica aversão pelas grandes viagens. Até o governo pareceu afrouxarem certo momento, fazendo publicar uma nota oflicial declarando que a «expedição do Sr. Sa- rage Landor através o Brasil era uma empresa de sua própria iniciativa e a seus próprios riscos.» Esqueceu-se certamente o summario de dizer que essa nota official do governo foi uma gentil peneira com que procurou oc- â o rio Araguaya sido percorrido por um allemão, o Dr. Krause, um indígena, e um brasileiro, o Dr. Pimentel «que tinha permanecido sws mezes em Goyaz a preparar uma viagem pelo Araguaya abaixo...» sistiti da via fluvial e escolheu o caminho a terra. Depois conta que novas difficuldades so- brevieram. Para arranjar 18 mullas foi um trabalho horrível t quanto a homens, sem obtel-os de forma alguma, lembrou-se de telegraphar ao governo federal pedindo soldados, que eile pagaria do seu bolso, e o governo respondeu não poder dispor de um homem. Afinal o governador arranjou- lhe seis detentos. Mas, dous desapparece- ram: um, carregando algumas libras ester- unas que lhe tinham sido adeantadas e ou- tro levando 20 kilos de café, assuear e ai- gtins utensílios. «Afinal chegou o dia cm que, meus animaes car- regados, tudo íicou prompto e eu ia partir com os quatro detentos que me restavam e os dous homens de Araguary quando um agents de policia, mandado a toda pressa, veiu pedir-me que fosse ao palácio. Fui e ahi encontrei o governador e toda a sua encan- tadora família numa grande agitação, porquanto acabava dc saber, e me chamavam para m o commu- nicar, que alguns dos meus homens tinham na noi- te anterior percorrido a cidade proclamando a todo o mundo que elles não me acompanhavam sinão na intenção deme matarem na primeira oceasião afim de tomarem o que eu levasse, pois suppunham, com ra- zão, que eu levava uma somma considerável. O senhor não pôde partir cm taes condições, Ora, é-me impossível dar-lhe outros homens, nin- guein quer ir com o senhor, Agradeci-lhe a extrema gentileza, e alguns minutos depois tomava a direcção de O. N. O. com meus animaes e meus seis homens.» E partiu de Goyaz. Partiu de Goyaz para o que elle chama o desconhecido, que, como é de prever, pro- porcionou ao nosso extraordinário explora- dor não menos extraordinárias referencias, srentilissimas para o nosso paiz. Em cima, o capitão Hervé, chefe'âo centro dc aviação militar dc Casablan- ca. Em baixo, Brindejonc des Mouli- naiíj o vencedor do concurso dc Mônaco Telegrammas que acabam de chegar da Europa, dão informações do maior in- teresse sobre a aviação e os aviadores. P primeiro faeto refere-se á scena de barbaria passada em Marrocos, onde os in-. digenas capturaram dous aviadores que ti- veram de aterrar devido a um desarranjo do motor, torturaram-n'os e os trucidaram. E para completar a sua selvagcria des- truiram o apparelho, de-que era um dos tri- pulanteso capitão Hervé, do exercito fran- ccz. A gravura, que mostra os marroqui- nos apreciando, maravilhados, as evoluções do primeiro acroplano europeu no céo da sua pátria, offerece todo o interesse, agora que acabam de assassinar o capitão Hervé. Outro nome do dia é o do aviador fran- jJoiis seminaristas relirau- do-se fatigados, da Cathedral ¦'¦¦ '¦¦ ';'¦ - - •""»¦¦':''• I AS SOLEMNIDADES DO. DIA| O que era a semana santa dos nossqs avós As cerimonias de hoje, da semana santa, são um pallido reflexo das que se éfiectua- vam antigamente e nas quaes tomavam parte clero, nobreza e povo. Ainda nos últimos tempos do.Império, a semana que vae do domingo de Ramos ao da resu r rei ção, era com- memorada com' grau d e brilho e cs- iplendor, e aín- da ha muita gente, na actual gera- 'ção, que açor- ria á capella imperial para ver oi Sr. D. Pedro II to,- mar parte na tocante ceri imonia do lava- pés. No intuito de darmos á ge- ração moder- iria uma idéa do que eram os ' principaes actos da se- mana santa 110 Rio de Janei- ro, nos tempos""5] , , , de antanho, fomos procurar o «lustrado nis- toriador da cidade, Dr. Vieira Fazenda, va- lioso livro de informações, sempre aberto á curiosidade dos jornalistas. Foi, pois, S. S. quem. nos contou, numa agradável palestra, que das cerímo- mas antigas cia semana santa nenhuma era mais solemne e commovcnte do que a Pro- cissão do Enterro, que saia da igreja do Carmo e na qual figuravam o andor de Nossa Senhora das Dores e o esquife ido Senhor Morto, fabricado de prata massiça. Da egreja de S. Francisco de Paula saia uma outra procissão, com o mesmo fim religioso, mas não tinha a solemnidade da do Carmo; entretanto, a meninada mani- festava predilecção pela de S. Francisco, pois tinha a sua attenção attraida para a parte pittoresca da ecremonia os «judeus) que a acompanhavam, capitaneados por um «centurião», que caminhava com ar arro- gante,' batendo de quando em vez com a ponta da lança no chão para arrancar fais- cas das pedras das ruas. .Como a annunciar a sua approximação, csSa procissão levava á frdnte a indefectível «matraca», manejada por mãos' experimen- tadas, que lhe arrancavam sons estridentes; de vez em quando o cortejo parava para ser ouvido o anjo cantor, que expunha á multidão o santo sudario e entoava um cântico que começava assim: «O! vós om- nes ¦quiVansitis per viam...d Ao recolher a procissão, tinha Togar o sermão de lagrimas.| Como cm todas as grandes festas da egre- ja, a procissão do enterro dava losrar a des- ordens provocadas pelos celebres ca- pocirSs que á por- ta do templo exhi- biam as suas per- versas habili d a - des. Em1 tempos mais antigos saia tam- bem da egreja da Misericórdia a pra cissão do Senhor Morto; subia o morro do Castel- Io e ia até á (hoje egreja dos Barbadinhos) on- de se incorporava á outra, percorreu- do juntas as ruas da cidade. Outra procissão OS NOVOS EDIFÍCIOS es®¦—-- O novo palácio bispado do arce- Está pasi prompto o ediaclo levantado na praça da Gloria;, esquina da rua Benjamin teasfani Está quas prompto o novo palácio do ar- cebispado. E- na Gloria, á esquina da rua Benjamin Constant. E* um amplo edifico com duas taces principaes, obedecendo o estylo da época de Luiz XV. Sua construcção foi feita por administração. Não houve propriamente um mestre de obras. A planta é do architecto brasileiro Heitor de Mello. O palácio, comquanto tenha uma eviden- te imponência, não é luxuoso. Mas é ele- gante. sóbrio e de effeito. A1 frente abrem- se tres entradas, duas para carruagens, uma para pedestres, ficando o edifício dentro de um pequeno jardim, circumdado por grade e muro. A parte mais saliente é a galeria da esquina, encimada por colttmnás. Sobre a porta principat ha em bronze o brazão do arcebispaao. E--- um bello trabalho do eseul- pfor Mtstuzzi, de Roma. Logo á entrada 'do vestibulo, vê-se a es- cada nobre que conduz ao corpo do edifício, onde existem uma capella e todas as com- modidades necessárias a uma morada dessa ordem.I festa da.N. S. da Gloria, nos tempos áureos* dessa festividade religiosa. Depois passou a ser o Ministério dos Ne-i gocios Estrangeiros, até Manoel Victorino comorar o Cattete. Installou-se, ali, então, um hotel. Maia tarde foi a fiasfa publica. ¦ Pertencia a ps.-> phãos.¦ ' , ! ' Foi nessa-oceasião que o' arcebispa.do; jcí comprou., ' , ²Por otianto? ²Por 265 contos. .'.' ²E quanto vae custar o paiacio.3 ²Ah! ainda não se sabe.., .— Mais ou menos... ²Não passará dc mil contos. ' Aquelle sumptuoso palácio da Gloria mon-i tara, ,ao todo, em 1.200 contos, mais ou me-i nos. E toi* feito com economias. Ainda as^ sim é caso üe'indagar: o arcebispado (ti rico? Deve ser; Mas esse negocio "dó palácio do arcebis-* pado não deixa de ter a sua historia interesi sante. CJuanao o governo abriu a avenida O trabalho da escada, que e magnífico,' Centrai" aoou: entre outros dous grandes; NOS DOMÍNIOS DA ARTE mm rk u&\\TYdcâo tas sWVvueVas ^111-1» _¦___——¦¦¦ »¦¦¦¦¦ 1111 æ¦__a_B«M_a_p^i^rw-«*r^__'_-W_»g<_~___-"*~< 1 ^^j_S8__ A_ffl5->K i"/dJ_.X-V" ^y^-*V í <*_B^WnM-?M'^_!__B--i _»_____r "v.'-^^S_s6ByB8^ €_*»___ Um aspecto do campo marroquino por oceasião das primeiras'provas dc avia- cão ali effectuadas. Os indígenas, cs* tupefactos, apreciam as evoluções dos passaros-fantasmas cez Brindcjonc,.que acaba dc sair victorio- so no concurso de aviação realisado hon- tem em Mônaco e ao qual se apresentaram aviadores de diversas nacionalidades. Esse concurso despertou uma emocionada curiosidade nos círculos de aviação. As manobras militares na Argentina BUENOS AIRES, Q (A. A.)' - Partiu a primeira divisão do Exercito, que vae "tomar parte .nas manobras militares que sc rea- lisam na província de Entrc-Rios, para onde também seguiu o general Gregorio' ,Velez, ministro Guerra.| &!__-_»j*w¦_-!--" _«-^-__~J5--3 Orna beata authentica di- rigindo-se á igreja do Bom Jesus '-^^^^•-¦ii-íiiiiiiii Mimiimiiiii—wnwn" iiiin 11 iiii.i. ' ^'^¦^1 O palácio do arcebispado foi executado pór José Navoni, também ita- fiano, de Gênova.I Na capeha ha um rico altar, que foi doado por uma senhora brasileira, residente iem Paris, doncTe veiu.j Os vitraes da capella também foram doa- dos. São presentes do senador índio do Brasil. Todos os estuques são verdadeira- mente artísticos. As pinturas vão ser executa- das depois, mais tarde, A. illuminação é. toda electrica.í Depois de nos dar todas estas notas, o .Sr. administrador palestra. E conta-nos >quc o logar é por assim dizer um logar histórico. Foi ali a residência do cornmendador Ba- hia e onde o imperador ia, para assistir â terrenos::um ao bispado, outroi aci i-xcefl de Artes e Officios. Ò bispado foi mais fe* Iiz do que o Lyceu. Principiou fogo a edificar o seu palácio, mas S. E. o cardeal, achou depois (que não ficava bem o palácio do arcebispado errt plena avenida e vendeu as obras, porque 01 terreno fora dado, em adiantado estado/, ao governo por SOO contos. Ei hoje o Supremo Tribunal Federal.- E o terreno doado ao Lyceu tem @i"ddi' tudo: cale-cántante, theatro por sessões,cir- co, tendo passado ás mãos do Sr. Paschoal Segreto,. que de locatário virou a dono* muito embora decisão em contrario daquelle tribunal.I Rs suffpagisías continuam sua obra de destruição -t§- Mais um attentado contra uma egreja Uma das silhoiiefes do álbum de I{. VPilhelm Diefeubach, que está caw ssndo grande suecesseê Também nos domínios da arte, «on revient foujours à ses premifcres amours». A «si- liioueílci", que durante largos annos. perma.- neceu cin abandono, volta outra vez a voga, Bendo actualinente apreeiadissima nos meios artísticas europeus. Aiiliquissimt- trabalhos, de artistas esquecide», eao ictocados, vendi- 'dos poi _tos p.reços, reproduzidos, Nas d*- fcoraçõesd c grandes salões é que a «si- lhcuette» tem sido mais empregada, resur- gindo em bellissimas frisas. A silhueta que reproduzimos é de Wilhelm Diefenbach, um dos artistas que mais se estão cclcbrisando nesse gênero. A 6ua série, denominada «Per áspera ad astra», goza na Allemanha, seu pai? natal, a maior vulgarização. Os príncipes da Prússia BUENO.. AIRES, 9 (A. A.) - 'Os ai- lemães aoiii residentes reunem-se hoje, á meia noite, no cáes do norte, para sc despedi- rem do príncipe' Henrique da Prússia, que, em companhia do tenente Tissa, seu aju- dante de ordens, c do Dr. 'Brauiriuller, aTi embarcará a bordo do destroycr argentino «Cat;jinarca:>, que o conduzirá a Montevi- déo, onde passará o dia de amanhã, em- barcando á noite no «Cap Trafalgar», de re- gresso á Alicmanha, com escaía pelo Rio de Janeiro.j A Convenção Sanitária de Montevidéo BUENOS AIRES, 9 (A. A.) - A Repu- blica Argentina será representada na Con- venção Sanitária que se deve reunir dentro cie alguns dias na cidade dc Montevidéo pelos Sr.s. Dr. Wcnccsláo Acevedo, chefe da secção cie prophylaxia marítima c flu- via! da Repartição Nacional de Hygiene Le Dr. Nicoláo Lozano, secretario secção technica da mesma repartição, ' t que também saia da Misericórdia era a dos Fogaréos, na quinta-feira santa; era acom- panhada por muitos penitentes que publica- mente se flagellavam com correias. O bispo D. Antônio do Desterro prolubiu posteriormente essa pratica. Celebrava-se a cerimonia do Iava-pés em todas as egrejas, sendo na Cathedral o acto exerciao pessoalmente pelo bispo, dio- cesano.! O rei D. João VI e os imperadores D. f edi\y 1 e D. Pedro II tomavam annualmente parte no iava-pés que sc fazia no palácio. Essa cerimonia é até hoje realisada na Misericórdia, por conta da verba testamerita- ria para esse fim instituída por Ignacio da Silva Meueiia. O sabbado dc AUcüuia era sempre anciosa- mente esperado, e, mal os sinos da cidade davam o sig.nai dc que acabara a comptin- cção obrigatória, o rapazio caia dc páo sobre os míseros «judasp grosseiramente fei- tos de roupas velhas e palha recheiada "cie bombas e não raro trazendo mascaras ou ca- racteristicos ae pessoas conhecidas nas zo- nas cm que eram executados. Após a sova, depois de serem arrastados c «malhados;, os «judas» pagavam a sua «traição» na fogueira.;. Ainda são lembrados, como os mais ceie- bres e atamaaos, os «judas» da praça ido Mercado, que davam sempre pretexto a ba- ruihos e pancadarias. No domingo de Paschoa, quasi todas as freguezias punham na rua a procissão da Resurreição, que tinha logar aos primeiros alborcs da madrugada, conduzindo sob o pallio o Santíssimo Sacramento; mais taide, ás dez ou onze horas, eclebrava-sc a missa solemne, bastante concorrida. Isso o que sc fazia antigamente na semana santa; hoje taz-se apenas o strictamente necessário para que não morra de todo a tradição... A semana santa dos dias que correm pas- sou da egreja para os cinemas, onde, com grande suecesso de bilheteria, se cxliibem fitas do Nasciínemo, Vida, Paixão e Morte de N. S. Jesus Christo, com musica sacra e coros.1 '- " ¦—™"—" \-'"¦æ"— æ——'"™ ¦"-¦ ¦"—¦¦¦¦¦-_,"—'.—¦!...IIllll¦¦I—— Jjs luxuosas archibancadas da egreja de S. João, em Londres,arruu nadas por uma bomba dae suffragisfas Partiu para Cambuquira, onde se acha actualmentc, o tenente Feliciano Sodré, can- didatodo P. R. C. Fluminense; á futura pre- sidencia do Estado do Rio, o Dr. Villanova Machado, prefeito de Nictheroy. Palácios, templos, casas de campo, famo- sas obras de arte, simples e inoffcnsivas «vitrines» dc casas commerciaes tudo ser- ve para que essas encarniçadas propagan- distas iiiglezas preguem, pela bomba sinistra dos libertários 011 com um martello dissi- mulado em de meia, a sua theoria dc que também ás mulheres cabe o direito do voto, que muitos barbados, em outros paizes, teimam em não querer exercer, por inútil * até contraproducente. Os telcgrammas de hoje falam em novo at- tentado a dynamitc, commcttido desta vez contra a egreja de S. Martim. O petardo cs- tourou quando o femplo se achava repleto de fieis, que soffrcram um grande susto, mas não soffrcram mais nada. Por certo quem ficou avariado foi a clássica egreja, o que os despachos não elucidam. O ultimo attentado desse gênero foi le- vado a effeito pelas suffragisfas contra a velha egreja de São João, cm Smith Sqttare, Westmiüstcr, ai de março ultimo. E' um dos mais antigos templos da Inglaterra, um dos cincoenla templos construídos, ha mais dc dous séculos, no governo da rainha Anua. A bomba das suífragistas não destruiu St, John's Churcli, mas causou-lhe estragos oorl« sideraveis, arruinando-lhe a preciosa archi- bancada, partindo caríssimos vidros das ja- nellas, partindo-lhe peças da custosa cornija. Incêndio em Buenos Aires BUENOS AIRES, 9 (A. A.) - Declarou* se esta madrugada, um incêndio na fabrica dc moveis ;-.La Social», situada na rua Jn-< clán.1 O fogo tomou logo grandes proporções, devido á grande quantidade de madeiras sec- cas, pannos, óleos, vernizes, estopas. e ou- trás matérias de fácil combustão *que se achavam accumuladas na vasta fabrica. Não oostanfe, os bombeiros, tendo ícom- parecido com grande rapidez e trabalhando activamente, conseguiram salvar grande parte do edifício c materiacs da fabrica, sendo ainda assim importantes os prejuízos sof-> fridos pcia firma proprietária, porque a água causou grandes estragos. A Bolsa de Fundos Públicos- não realisou hoie negócios, por falta de numero de cor- reteres, 1 n ¦< ¦ _^H

HB8í#* ^i w?M'K#memoria.bn.br/pdf/348970/per348970_1914_00833.pdf · o que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.»)ra,

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Anno IV Rio WJaneiro — Quinta-feira, 9 de Abril de 1§ N. 833

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A" AVIAÇÃO-tf-

Victimas e triumpha-dores

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explorado por nm estrangeiro"Os nomes do dia

avage Landor, o explorador inglez que cttltar os auxílios pecuniários com que ti-nha soecorrido fartamente o explorador.

Tiremos agora da sua narrativa algunstópicos, para que os leitores da "A Noite"avaliem a qualidade de propaganda que foipara o Brasil a famosa conferência deLandor.

vett com o desígnio de explorar o inor do Brasil, em zonas e caminhos des-íecidos, e que começou por explorar nado Sacramento os cofres do nosso The-

ro, realisou em Paris uma conferênciare o "Brasil desconhecido".lessa conferência, que é já' de si umathese de um livro em dous volumes edi-

sob o titulo de "Across Unknownith-Ámerica", escreveu elle para a "II-ration", de Paris, um resumo, precedidouma espécie dc summario tão fértil emitiras quanto em conceitos desabonado-

para as cousas e homens do Brasil.tal fertilidade não é difficil conhecer

ledo do próprio Savage Landor.:efcriiidó-Se á viagem, diz o summario:

Foi nina rude caminhada cm zig-zags através anica do Sul, que, do Rio de Janeiro, por ca-hos sabiamente combinados para lhe permittiro que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percursoK.lüS kilometroi.»

)ra, pelo niapp.i cm que o coníerencistaigualou o seu itinerário vê-se bem que

«Chegando a Goyaz, encontrei de todos os ladosuma evidente hostilidade. Ninguém queria vir com-híigo nem por amizade, nem por dinheiro. Aspes-soas da terra pareciam espantadas á simples idéa dese afastar algumas milhas de seu campanário. Per-di vários dias a procurar companheiros.

Então, por intermédio do governador e de umcoronel muito estimado na cidade, tentei alugar porquatro dias uma embarcação para navegar no Araguava.

«Não ha sinão um batelão no rio, disse-nos ogovernador.e o senhornão pódc nem pensar siquer emconstruir uma jangada, porque a madeira aqui é muitopesada, uão fluctua.» O coronel approvou:.«O ba-telão ou nada!» 1" accrcscentarain que elles se ti-nham arranjado de modo a «üc fazei- alugaresse batelão por quatro dias.o que me custaria apeuasSoo libras (sete contos e quinhentos).

Meus distinetos amigos tinham levado lo dias afazer essa combinação. Bastaram-me dez minutosparadesfazcl-a.»

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Xi-Aj/Att »—n mmmtttMt-aâk&am.

Bravura reproduzida da «Illusfrafion», que tinha esta legenda: — Ifi-nerario da viagem de M. R.ftenry Savage Landor do Atlântico ao

• • Pacifico, através o Brasil, o Peru, a &olivia e o Chile

lie não .percorreu no Brasil zona algumaesconhecicla, ¦nem siquer "combinou cami-hos sabiamente" visto que seu percurso éonhecidissimo e freqüentemente perlustra-

pelos boiadeiròs do sertão de MattoIrosso c Goyaz.

Não ficam, .porém, ahi a mentira e oxaggcro do.explorador Landor. Diz aindasummario em questão:«Na opinião do próprio Sr. Landor esta viagem

ai uma das mais penosas que elle fez. As difli-«Idades que nella encontrou fizeram-no quasi es-úccer as misérias que outr'ora elle conheceu noibet e que foram, no entanto, bem cruéis. Porqueveidilde é que não se sabe que o Brasil, no interior

cio menos, é uma das regiões mais desconhecidasio mundo. A civilisação está limitada ao httqral,mma facha muito pouco profunda. O interior con-inúa desconhecido e selvagem, povoado por indi-enas timoratos ou mestiços degenerados.»«Desde os primeiros preparativos cm terra ame-

icanas, o Sr. Savage Landor encontrou mil ob-taculos inesperados, inverosimeis, porquanto, em-im, õflicialmente, o governo federal brasileiro fazirotestos de disposições as mais benevolas. Tantasão, porém, as objecções que suscitam ao expio-aclor que dir-se-ia em jogo o amor-próprio nacionalíreferindo os brasileiros não conhecerem jamais omiz, a que não tinham tido tempo de descobrir, a'el-o explorado por um estrangeiro!

Prometteram, por exemplo, uma escolta militar ao. Lãndòr, Klla seria necessária, quasi indispen-

vel, Pois bem : não se encontra nem um sol-lado, nem um oflicial siquer que consinta cmacccitar

missão. «Ali I exclamava o Sr. Savage Landor,ih, si isto fosse em França !...»

Mesmo os civis se recusam, apezar da promessaíe vantajosa remuneração: por toda a parte_ seuanilesta um terrível receio da floresta brasileira,lensa e terrível entre todas, pelas suas feras, seusfeptis, seus antropophagos — e uma cômica aversãopelas grandes viagens. Até o governo pareceuafrouxarem certo momento, fazendo publicar umanota oflicial declarando que a «expedição do Sr. Sa-rage Landor através o Brasil era uma empresa desua própria iniciativa e a seus próprios riscos.»

Esqueceu-se certamente o summario dedizer que essa nota official do governo foiuma gentil peneira com que procurou oc-

â

o rio Araguaya sido percorrido por umallemão, o Dr. Krause, um indígena, e umbrasileiro, o Dr. Pimentel

«que tinha permanecido sws mezes em Goyaz apreparar uma viagem pelo Araguaya abaixo...»

sistiti da via fluvial e escolheu o caminhoa terra.Depois conta que novas difficuldades so-

brevieram. Para arranjar 18 mullas foi umtrabalho horrível t quanto a homens, semobtel-os de forma alguma, lembrou-se detelegraphar ao governo federal pedindosoldados, que eile pagaria do seu bolso, e ogoverno respondeu não poder dispor de umsó homem. Afinal o governador arranjou-lhe seis detentos. Mas, dous desapparece-ram: um, carregando algumas libras ester-unas que lhe tinham sido adeantadas e ou-tro levando 20 kilos de café, assuear e ai-gtins utensílios.

«Afinal chegou o dia cm que, meus animaes car-regados, tudo íicou prompto e eu ia partir com osquatro detentos que me restavam e os dous homensde Araguary quando um agents de policia, mandadoa toda pressa, veiu pedir-me que fosse ao palácio.Fui e ahi encontrei o governador e toda a sua encan-tadora família numa grande agitação, porquantoacabava dc saber, e me chamavam para m o commu-nicar, que alguns dos meus homens tinham na noi-te anterior percorrido a cidade proclamando a todo omundo que elles não me acompanhavam sinão naintenção deme matarem na primeira oceasião afim detomarem o que eu levasse, pois suppunham, com ra-zão, que eu levava uma somma considerável.

— O senhor não pôde partir cm taes condições,Ora, é-me impossível dar-lhe outros homens, nin-guein quer ir com o senhor,

Agradeci-lhe a extrema gentileza, e alguns minutosdepois tomava a direcção de O. N. O. com meusanimaes e meus seis homens.»

E partiu de Goyaz.Partiu de Goyaz para o que elle chama

o desconhecido, que, como é de prever, pro-porcionou ao nosso extraordinário explora-dor não menos extraordinárias referencias,srentilissimas para o nosso paiz.

Em cima, o capitão Hervé, chefe'âocentro dc aviação militar dc Casablan-ca. Em baixo, Brindejonc des Mouli-naiíj o vencedor do concurso dc

MônacoTelegrammas que acabam de chegar da

Europa, dão informações do maior in-teresse sobre a aviação e os aviadores.

P primeiro faeto refere-se á scena debarbaria passada em Marrocos, onde os in-.digenas capturaram dous aviadores que ti-veram de aterrar devido a um desarranjodo motor, torturaram-n'os e os trucidaram.

E para completar a sua selvagcria des-truiram o apparelho, de-que era um dos tri-pulanteso capitão Hervé, do exercito fran-ccz. A gravura, que mostra os marroqui-nos apreciando, maravilhados, as evoluçõesdo primeiro acroplano europeu no céo dasua pátria, offerece todo o interesse, agoraque acabam de assassinar o capitão Hervé.

Outro nome do dia é o do aviador fran-

jJoiis seminaristas relirau-do-se fatigados, da Cathedral

¦'¦¦ '¦¦ ';'¦ - - •""»¦ ¦':''•

I

AS SOLEMNIDADES DO. DIA |

O que era a semanasanta dos nossqs

avósAs cerimonias de hoje, da semana santa,

são um pallido reflexo das que se éfiectua-vam antigamente e nas quaes tomavam parteclero, nobreza e povo.

Ainda nos últimos tempos do.Império, asemana que vae do domingo de Ramos aoda resu r reição, era com-

memoradacom' grau d ebrilho e cs-iplendor, e aín-da ha muitagente, naactual gera-'ção, que açor-ria á capellaimperial paraver oi Sr. D.Pedro II to,-mar parte natocante ceri •imonia do lava-pés. •

No intuito dedarmos á ge-ração moder-iria uma idéado que eramos '

principaesactos da se-mana santa 110Rio de Janei-ro, nos tempos""5] , , ,de antanho, fomos procurar o «lustrado nis-toriador da cidade, Dr. Vieira Fazenda, va-lioso livro de informações, sempre abertoá curiosidade dos jornalistas.

Foi, pois, S. S. quem. nos contou, numaagradável palestra, que das cerímo-mas antigas cia semana santa nenhuma eramais solemne e commovcnte do que a Pro-cissão do Enterro, que saia da igreja doCarmo e na qual figuravam o andor deNossa Senhora das Dores e o esquife idoSenhor Morto, fabricado de prata massiça.

Da egreja de S. Francisco de Paula saiauma outra procissão, com o mesmo fimreligioso, mas não tinha a solemnidade dado Carmo; entretanto, a meninada mani-festava predilecção pela de S. Francisco,pois tinha a sua attenção attraida para aparte pittoresca da ecremonia — os «judeus)que a acompanhavam, capitaneados por um«centurião», que caminhava com ar arro-gante,' batendo de quando em vez com aponta da lança no chão para arrancar fais-cas das pedras das ruas.

.Como a annunciar a sua approximação,csSa procissão levava á frdnte a indefectível«matraca», manejada por mãos' experimen-tadas, que lhe arrancavam sons estridentes;de vez em quando o cortejo parava paraser ouvido o anjo cantor, que expunha ámultidão o santo sudario e entoava umcântico que começava assim: «O! vós om-nes ¦quiVansitis per viam...d

Ao recolher a procissão, tinha Togar osermão de lagrimas. |

Como cm todas as grandes festas da egre-ja, a procissão do enterro dava losrar a des-ordens provocadaspelos celebres ca-pocirSs que á por-ta do templo exhi-biam as suas per-versas habili d a -des.

Em1 tempos maisantigos saia tam-bem da egreja daMisericórdia a pracissão do SenhorMorto; subia omorro do Castel-Io e ia até á Sé(hoje egreja dosBarbadinhos) on-de se incorporavaá outra, percorreu-do juntas as ruasda cidade.

Outra procissão

OS NOVOS EDIFÍCIOSes® ¦—--

O novo paláciobispado

do arce-

Está pasi prompto o ediaclo levantado napraça da Gloria;, esquina da rua

Benjamin teasfaniEstá quas prompto o novo palácio do ar-

cebispado. E- na Gloria, á esquina da ruaBenjamin Constant. E* um amplo edifico comduas taces principaes, obedecendo o estyloda época de Luiz XV.

Sua construcção foi feita por administração.Não houve propriamente um mestre de obras.A planta é do architecto brasileiro Heitorde Mello.

O palácio, comquanto tenha uma eviden-te imponência, não é luxuoso. Mas é ele-gante. sóbrio e de effeito. A1 frente abrem-se tres entradas, duas para carruagens, umapara pedestres, ficando o edifício dentro deum pequeno jardim, circumdado por grade emuro. A parte mais saliente é a galeria daesquina, encimada por colttmnás. Sobre aporta principat ha em bronze o brazão doarcebispaao. E--- um bello trabalho do eseul-pfor Mtstuzzi, de Roma.

Logo á entrada 'do vestibulo, vê-se a es-cada nobre que conduz ao corpo do edifício,onde existem uma capella e todas as com-modidades necessárias a uma morada dessaordem. I

festa da.N. S. da Gloria, nos tempos áureos*dessa festividade religiosa.

Depois passou a ser o Ministério dos Ne-igocios Estrangeiros, até Manoel Victorinocomorar o Cattete.

Installou-se, ali, então, um hotel. Maiatarde foi a fiasfa publica. ¦ Pertencia a ps.->phãos. ¦ ' , !

' Foi nessa-oceasião que o' arcebispa.do; jcícomprou. , ' ,

Por otianto?Por 265 contos. .'. 'E quanto vae custar o paiacio.3Ah! ainda não se sabe..,

.— Mais ou menos...Não passará dc mil contos. '

Aquelle sumptuoso palácio da Gloria mon-itara, ,ao todo, em 1.200 contos, mais ou me-inos. E toi* feito com economias. Ainda as^sim é caso üe'indagar: o arcebispado (tirico? Deve ser;

Mas esse negocio "dó

palácio do arcebis-*pado não deixa de ter a sua historia interesisante. CJuanao o governo abriu a avenida

O trabalho da escada, que e magnífico,' Centrai" aoou: entre outros dous grandes;

NOS DOMÍNIOS DA ARTEmm

rk u&\\TYdcâo tas sWVvueVas^111-1» _¦___——¦¦¦ »¦¦¦¦¦ 1111 ¦__a_B«M_a_p^i^rw-«*r^__'_-W_»g<_~___-"*~<

1 ^^j_S8__ A_ffl5->K i" /dJ_.X-V" ^y^-*Ví <*_B^WnM-?M'^_!__B--i _»_____r "v.'-^^S_s6ByB8^ €_*»___

Um aspecto do campo marroquino poroceasião das primeiras'provas dc avia-cão ali effectuadas. Os indígenas, cs*tupefactos, apreciam as evoluções dos

passaros-fantasmascez Brindcjonc,.que acaba dc sair victorio-so no concurso de aviação realisado hon-tem em Mônaco e ao qual se apresentaramaviadores de diversas nacionalidades.

Esse concurso despertou uma emocionadacuriosidade nos círculos de aviação.

As manobras militares na ArgentinaBUENOS AIRES, Q (A. A.)' - Partiu a

primeira divisão do Exercito, que vae "tomar

parte .nas manobras militares que sc rea-lisam na província de Entrc-Rios, para ondetambém seguiu o general Gregorio' ,Velez,ministro dá Guerra. |

&!__-_»j*w¦_-!--" _«-^-__~J5--3

Orna beata authentica di-rigindo-se á igreja do

Bom Jesus

'-^^^^•-¦ii-íiiiiiiii Mimiimiiiii—wnw n" iiiin 11 iiii.i. ' ^'^¦^1

O palácio do arcebispadofoi executado pór José Navoni, também ita-fiano, de Gênova. I

Na capeha ha um rico altar, que foi doadopor uma senhora brasileira, residente iemParis, doncTe veiu. j

Os vitraes da capella também foram doa-dos. São presentes do senador índio doBrasil. Todos os estuques são verdadeira-mente artísticos. As pinturas vão ser executa-das depois, mais tarde, A. illuminação é.toda electrica. í

Depois de nos dar todas estas notas, o .Sr.administrador palestra. E conta-nos >quc ologar é por assim dizer um logar histórico.Foi ali a residência do cornmendador Ba-hia e onde o imperador ia, para assistir â

terrenos::um ao bispado, outroi aci i-xceflde Artes e Officios. Ò bispado foi mais fe*Iiz do que o Lyceu.

Principiou fogo a edificar o seu palácio,mas S. E. o cardeal, achou depois (quenão ficava bem o palácio do arcebispado errtplena avenida e vendeu as obras, porque 01terreno fora dado, já em adiantado estado/,ao governo por SOO contos.

Ei hoje o Supremo Tribunal Federal.-E o terreno doado ao Lyceu tem @i"ddi'

tudo: cale-cántante, theatro por sessões,cir-co, tendo passado ás mãos do Sr. PaschoalSegreto,. que de locatário virou a dono*muito embora decisão em contrario daquelletribunal. I

Rs suffpagisías continuam sua obrade destruição

-t§-

Mais um attentado contra uma egreja

Uma das silhoiiefes do álbum de I{. VPilhelm Diefeubach, que está cawssndo grande suecesseê

Também nos domínios da arte, «on revientfoujours à ses premifcres amours». A «si-liioueílci", que durante largos annos. perma.-neceu cin abandono, volta outra vez a voga,Bendo actualinente apreeiadissima nos meiosartísticas europeus. Aiiliquissimt- trabalhos,de artistas esquecide», eao ictocados, vendi-'dos

poi _tos p.reços, reproduzidos, Nas d*-

fcoraçõesd c grandes salões é que a «si-lhcuette» tem sido mais empregada, resur-gindo em bellissimas frisas. A silhueta quereproduzimos é de Wilhelm Diefenbach, umdos artistas que mais se estão cclcbrisandonesse gênero. A 6ua série, denominada «Peráspera ad astra», goza na Allemanha, seupai? natal, a maior vulgarização.

Os príncipes da PrússiaBUENO.. AIRES, 9 (A. A.) - 'Os ai-

lemães aoiii residentes reunem-se hoje, ámeia noite, no cáes do norte, para sc despedi-rem do príncipe' Henrique da Prússia, que,em companhia do tenente Tissa, seu aju-dante de ordens, c do Dr. 'Brauiriuller, aTiembarcará a bordo do destroycr argentino«Cat;jinarca:>, que o conduzirá a Montevi-déo, onde passará o dia de amanhã, em-barcando á noite no «Cap Trafalgar», de re-gresso á Alicmanha, com escaía pelo Riode Janeiro. j

A Convenção Sanitária de MontevidéoBUENOS AIRES, 9 (A. A.) - A Repu-

blica Argentina será representada na Con-venção Sanitária que se deve reunir dentrocie alguns dias na cidade dc Montevidéopelos Sr.s. Dr. Wcnccsláo Acevedo, chefeda secção cie prophylaxia marítima c flu-via! da Repartição Nacional de Hygiene LeDr. Nicoláo Lozano, secretario dã secçãotechnica da mesma repartição,

' t

que também saia da Misericórdia era a dosFogaréos, na quinta-feira santa; era acom-panhada por muitos penitentes que publica-mente se flagellavam com correias.

O bispo D. Antônio do Desterro prolubiuposteriormente essa pratica.

Celebrava-se a cerimonia do Iava-pés emtodas as egrejas, sendo na Cathedral oacto exerciao pessoalmente pelo bispo, dio-cesano. !

O rei D. João VI e os imperadores D.f edi\y 1 e D. Pedro II tomavam annualmenteparte no iava-pés que sc fazia no palácio.

Essa cerimonia é até hoje realisada naMisericórdia, por conta da verba testamerita-ria para esse fim instituída por Ignacio daSilva Meueiia.

O sabbado dc AUcüuia era sempre anciosa-mente esperado, e, mal os sinos da cidadedavam o sig.nai dc que acabara a comptin-cção obrigatória, o rapazio caia dc páosobre os míseros «judasp grosseiramente fei-tos de roupas velhas e palha recheiada "cie

bombas e não raro trazendo mascaras ou ca-racteristicos ae pessoas conhecidas nas zo-nas cm que eram executados.

Após a sova, depois de serem arrastados c«malhados;, os «judas» pagavam a sua«traição» na fogueira.;.

Ainda são lembrados, como os mais ceie-bres e atamaaos, os «judas» da praça idoMercado, que davam sempre pretexto a ba-ruihos e pancadarias.

No domingo de Paschoa, quasi todas asfreguezias punham na rua a procissão daResurreição, que tinha logar aos primeirosalborcs da madrugada, conduzindo sob opallio o Santíssimo Sacramento; mais taide,ás dez ou onze horas, eclebrava-sc a missasolemne, bastante concorrida.

Isso o que sc fazia antigamente na semanasanta; hoje taz-se apenas o strictamentenecessário para que não morra de todo atradição...

A semana santa dos dias que correm pas-sou da egreja para os cinemas, onde, comgrande suecesso de bilheteria, se cxliibemfitas do Nasciínemo, Vida, Paixão e Mortede N. S. Jesus Christo, com musica sacra ecoros. • 1

'- " ¦—™ "— ™ " \- '"¦ "— ——' "™ ¦"-¦ ¦" —¦¦¦¦¦-_, "—' .—¦!... II llll ¦¦ I——

Jjs luxuosas archibancadas da egreja de S. João, em Londres,arruunadas por uma bomba dae suffragisfas

Partiu para Cambuquira, onde se achaactualmentc, o tenente Feliciano Sodré, can-didatodo P. R. C. Fluminense; á futura pre-sidencia do Estado do Rio, o Dr. VillanovaMachado, prefeito de Nictheroy.

Palácios, templos, casas de campo, famo-sas obras de arte, simples e inoffcnsivas«vitrines» dc casas commerciaes — tudo ser-ve para que essas encarniçadas propagan-distas iiiglezas preguem, pela bomba sinistrados libertários 011 com um martello dissi-mulado em pé de meia, a sua theoria dcque também ás mulheres cabe o direito dovoto, que muitos barbados, em outros paizes,teimam em não querer exercer, por inútil *até contraproducente.

Os telcgrammas de hoje falam em novo at-tentado a dynamitc, commcttido desta vezcontra a egreja de S. Martim. O petardo cs-tourou quando o femplo se achava repleto defieis, que soffrcram um grande susto, masnão soffrcram mais nada. Por certo quemficou avariado foi a clássica egreja, o queos despachos não elucidam.

O ultimo attentado desse gênero foi le-vado a effeito pelas suffragisfas contra avelha egreja de São João, cm Smith Sqttare,Westmiüstcr, ai de março ultimo. E' umdos mais antigos templos da Inglaterra, umdos cincoenla templos construídos, ha maisdc dous séculos, no governo da rainha Anua.A bomba das suífragistas não destruiu St,

John's Churcli, mas causou-lhe estragos oorl«sideraveis, arruinando-lhe a preciosa archi-bancada, partindo caríssimos vidros das ja-nellas, partindo-lhe peças da custosa cornija.

Incêndio em Buenos AiresBUENOS AIRES, 9 (A. A.) - Declarou*

se esta madrugada, um incêndio na fabricadc moveis ;-.La Social», situada na rua Jn-<clán. 1

O fogo tomou logo grandes proporções,devido á grande quantidade de madeiras sec-cas, pannos, óleos, vernizes, estopas. e ou-trás matérias de fácil combustão *que seachavam accumuladas na vasta fabrica.

Não oostanfe, os bombeiros, tendo ícom-parecido com grande rapidez e trabalhandoactivamente, conseguiram salvar grande partedo edifício c materiacs da fabrica, sendoainda assim importantes os prejuízos sof->fridos pcia firma proprietária, porque aágua causou grandes estragos.

A Bolsa de Fundos Públicos- não realisouhoie negócios, por falta de numero de cor-reteres,

1 n ¦<

¦ _^H

Page 2: HB8í#* ^i w?M'K#memoria.bn.br/pdf/348970/per348970_1914_00833.pdf · o que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.»)ra,

Écüs e¦ Apezar de ainda faltar cerca dc um au-

no para a renovação da Gamara dos Depu-tados, nas rudas políticas já lia quem scpreoccttpe com as futuras eleições. Nestestempos de crise e de carestiã da vida, omandato popular é cada vez mais visto comprofunda sympathia.

Todas as probabilidades, porém, são paraque desta vez, ainda mais que das outras,predomine o critério da reeleição. Km todoo caso, nem todos os actuaes representantestío povo conseguirão manter as suas cadeiras-1e uma ou outra vaga ha de apparecer paragáudio dos políticos que se sacrificam pelointeresse publico e que tanto almejam umacadeira na Camara ou no Senado, oijdc pos-sam abnegadamente continuar a servir aPalria.

.Por emquanlo, porém, ha poucos cândida-itos novos. Os Srs. Es.tacjp Coimbra, Julioide Mello, Domingos Gonçalves e otitros an-tigos deputados rosistas, Xo Ceará, os Srs.Floro Bartholomeu e Hernilnio Barroso.Em Sergipe, o Sr. Gilberto Amado. Na

¦Bahia, os Srs. Aurelino Leal e Propicio daFontoura. Em Goyaz, o Sr. Iiermcnegil-do dc Moraes. No Pará, o Sr. Passos cieMiranda. No Estado do Rio, os Srs. Pau-lino de Souza. Henrique Borges, Baptista daMotta, etc. Em Minas, os Srs. JoaquimSalles, Auto clc Sá, Francisco Valladares,ÍRandolpho Chagas, etc. E assim pelos de-mais Estados.. Como vêm*, como sempre, etalvez agora mais que nunca, não faltamcandidatos aos cem diários,

Desejamos a todos o mais feliz êxito nastuas aspirações,

A noticia dc haver o Sr. presidente daRepublica sanecionado hpnlcni a licençaconcedida pelo Congresso ao Dl*. Weuces-láo Braz, para se ausentar do paiz, trouxede novo á baila a viagem do presidenteeleito.

O interesse que essa viagem ofíerece é fa-cil de imaginar. Basta lembrar-se. o numerode pessoas que tomaram passagem no Blu-cher, quando se aiinuiiciou que S. Ex. irianesle transatlântico e que desistiram destepropósito, para se fazer b.em o calculo dovalor que ella assume para muita gente.

Mas lia ao lado destes interesses indivi-duaes uma série de outros interesses, gra-vitanrlo cm torno deste facto.

De sorte que a viagem do actual vice-presidente da Republica tem dado ensejo auma série de conjecturas., de l>v>r'fheses caté de apostas.

Uns juram que S. Ex. não se privará doprazer de percorrer algumas das capitãesrio Velho Mundo; outros af firmam que oDr. Wcncesláo não arredará pé daqui.

Com a noticia da saneção da licença subi-ram muito de cotação os títulos de que sãoportadores os primeiros conjecttiristas. Maso facto é que não é possivel dar uma in for-mação segura a este respeito, dada a reser-va do presidente eleito.

E si S. Ex. está dc facto tle passagemtomada, a companhia de navegação, paraevitar que se repr.ocktza o facto do Blueher,ainda se mostra mais empenhada talvez queS. Ex., nesta prudente discreção.

Os faes doutoresde 720$ a dúzia'

ã audácia de umcharlatão

Até efri Petropolis elleannunciava as suas

habilidades*r*.—,'. ..'."*-"'fii'.-'." "' ' • ""' " "' '

O tal "doutor"

O lal «Cr.» Oliveira Bastos, qtie actual-mente esta ajustando velhas contas com apolicia, ainoa mesmo depois de processadoe dc se ver em apuros, não diminuiu a suaextraordinária audácia. ;

Provado ficou, vjesde que a policia abriuinquérito; que elle não passava de um relescharlatão. í

Entretanto, mesmo depois de estar euvol-vido em um inquérito, o espertalhão não reintimidou e contiiiu'a a explorar a sua igno-mimosa industria de explorar uni diplomade 608-0.00 pondo cm perigo a vida 'dospapalvos que acreditavam nas suas babu-seiras. i

Ainda terça-feira ultima na quarta paginada «Tribuna oc Petropolis» lia-se o seguinteaiinuncio:

«Dr. Oliveira Bastos, especialista em par-los, moléstias das senhoras, vias urinadas.

MÉDICOS E.MICRÓBIOS

Uma entrevista como 7)r. Silveira

A's <; horas o Hospital de S. joão Ba-ptista eslava em plena actividade. Os me-dicos daquelle hospital passavam a visitada manhã nas respectivas enfermarias.

O Dr. Silveira, director daquelle im-portante estabelecimento dc cura, estava jáa seu posto.—A's 7 horas eu saio de casa c até 13,14 horas estou aqui, onde me vê.

S. S. recebeu com um amável sorriso onosso representante:

—Não me zanguei com a "A Noite",disse S. S., quer acredite, quer não acre-dite cm micróbios eu nado prejudico aosdoentes. Todo o mundo sabe'que quemopera, aqui, não sou eu. Os médicos destacasa têm a mais ampla liberdade nas respe-ctivas enfermarias. Eu não tenho enfer-maria: sou apenas o director.

Rapidamente percorremos o hospital deS.joão Baptista e fomos apresentado aorespectivo corpo clinico: Dr. César daFonseca, um cios mais cotados médicos davisinha cidade; Dr. Edesio da Silveira, jo-ven que acaba de voltar de sua viagem áEuropa, e mais dous de cujos nomes nãonos é dado lembrar neste momento.

—"A Noite" fez injustiça ao Hospitalclc S. João Baptista — disse-nos o.Dr.Edesio — porquanto este é um dos bonsestabelecimentos nosocomiaes que possue oBrasil. '

Com effeito, esse estabelecimento é dosmelhores. Possue uma instalação electri-ca, que é das melhores da America do Sul.As enfermarias são cuidadas com grandeesmero.

Ha, anncxo ao hospital, o asylo dos vc-llios, que é uma cousa qwe honraria qual-quer cidade, ettropéa. Os recolhidos, sãovelhinhos de ambos os sexos. Ha, alli,actualmente 26 velhos.

O Dr. Silveira declarou que jamais, dissea quem quer que fosse que não acreditavaem micróbios; mas, mesmo que isso fosseverdade, em nada prejudicaria suas fim-cções administrativas.

Médicos e micróbios hoje em dia estão.muito misturados!

EM BOMSUCCESSQ

um-se a

tiros de revolverO dentista João Evangelista Fialho, mora-

dor á avenida Mem de Sá 62, de ha muitoapresentava symptomas dc mania de per-segtiição.

Um de seus mais Íntimos amigos, o Sr.João Damasceno,residente á ruaCacilda nu-mero 15, vendo o resvalar evidente de seuamigo, para o sorvedouro do suicídio, re-soíveu atr.parál-o. Ha alguns dias, após nãopequeno custo, conseguiu lr:msporta|-a paraa sua residência, não o abandonando um in-slaute, prodigalisando-lhe com todas as di-versões possíveis ao seu restabelecimento.

Evangelista já mostrava melhor apparen-cia. Acordava cedo, passeava, lia; pareciaemfim estar em vias de proximo restabele-cimento. :

Hoje pela manhã, porém, a sua apparen-cia não era satisfatória, comtudo, duranteo café, conversou c riu.

Ao sair da mesa tomou dc uni Iivroy e,abancando-se na sala, poz-se a folheal-o.

E, momentos depois, vendo-se só, comosi acordasse dc um sonho, levanta-se, vaeao quarto, arma-se dc um revólver, e voltau-do novamente á sala, detona dous tiros 110ouvido direito.

Apesar de soecorrido pelas pessoas idacasa e pe|a poíicia do 2'2.o districto, queteve immediato conhecimento do caso, Evan-gclisla veiti a fallecer momentos depois.

A pedido da familia do morto:, o seu corpo,depois do exame, será transferido para suaresidência, na avenida Mem de Sá 62, de on-de sairá o enterro.

Evangelista era brasileiro, branco e con-lava apenas 32 annos de edade.

UMA QUESTÃO DE LIMITES 1

Espíríto-Santo e MinasUma palestra com o Dr,

Jeronymo Monteiro

IKifluLr '**JEjSpç|Kf m

nsm Dr.

Bom café, chocolate e bonbons, só Moinhode Ouro.—lliiidiido com as imitnçõea.

bebamTEUTONIA

íspecifil cerveja clara

Elixir de Rtoífiieira Para Impurezado Sangue.

flNTIMIGRflNINflCura azias, dyspepsias e enxaquecas

Peçam as cervejas VlIiMiXA e SERRANAcm Ioda a parle.

i

Nada menos de duas aposentadorias najustiça Jocal se annuuciam para breve: asdos desembargadores ¦ Saraiva.- Júnior eNcstor Meira.

1 O desembargador Saraiva é um dos maisjovens da Córte de Appellação, não couta,talvez, cincoenta annos c, além disso, gosa• de optima apparcncia de robustez, excellen-•tes cores, etc. Essas apparencias impressio-naram mal aos médicos incumbidos da in-specção de saude que, contra todos os pre-cedentes, declararam perfeitamente válidopara o serviço da justiça o candidato áaposentadoria.

Esse atlcstaçlo de saude, que a qualquernorlal, em outras circumstaiicias, deveriamche.r dc alegria, fez adoecer o sympathiconagislndo que. desde então começou a em-Vtllidccer. perdendo as apparencias de ro-vusíez que afinal, do ponto de vista da sua

tispiração, constituíam o seu (mico mal...E assim, carregando já uma boa dose de

icurastlienia, foi submetter-se a nova in-¦peceão, de saude que, desta vez, lhe foi fa-/nravel.

A junta medica aiisciíltoi-1-0 demorada-mente e deu-lhe o suspirado atleslado: —o senhor está realmente invalido para o ser-viço publico !

Sabedores disto, os cavadores moveram-se. Estava ahi uma série de vagas cm per-spectiva, porque a aposentadoria de um des-embargadorabre caminho a diversas pro-moções de juizes e uma ctibiçacla vaga dejuiz de direito, para a qual deverá ir ummembro do ministério publico.

Mas essa illusão durou pouco.O desembargador -Saraiva declarou quenão pensa em aposentar-se por emquanto.

Queria apenas o attestado de invalide.*?...Emquanto isso se passa, ns interessados

murmuram: — como pódc um juiz, depoisde declarado invalido, continuar a distribuirjustiça ?

Jt não iH'i*-m dc ter razão.

Remelteram-nos um pedaço de um jornalde S. Fidelis, listado cio Rio, onde sé lê oseguinte trecho:"Caixa do Partido — Acaba de ser crea-da uma caixa do partido que neste munici-pio obedece á orientação do coronel JoãoSanches.

Essa caixa tem por fim oceorrer a todasas despezas eleitoraes e todas aquellasse relacionarem com a poiitica local.

Para a caixa deverão contribuir todos osamigos políticos e bem assim todos os íunc-cionarjos federaes, estaduaes e municipaes.

Em todos os districtos haverá um arreca-dador das contribuições, que serão dc 1$ a2? mcnsaes.a contar de 1 de abril corrente.

Em egualdade de condições serão semprepreferidos par-a os cargos públicos aquellesqtie houverem concorrido com maior con-tribuicão para o fundo da caixa.

E' thesourciro da caixa o nosso amigo ca-pitão Fidelis Pontes, a quem o.-rlcrãn cí-iioiitaneniiiente djrisrir-í

nervosas, sypfiilis e operações, etc.Evita gravidez e taz conceber sem opera-

ções e sem dôr, nos casos indicados. Ap-plica o 000, 914, as reaceões de Waser-inaiin e dc Noguchi (soro diagnostico ciasyphilis). Tratamento da epil.eps.ia, hvste-ria, neurasthenia, impotência (ambos os sc-xos). i

Chamados a qualquer hora.Oilo annos 'de nratica nos hospifaes üe

Berlim, Brcnien, Paris, Londres, clc.Consultas grátis aos pobres, de 1 ás 5, no'

consultório, Assembléa 35, sobrado. Das 9 ás11 da manl-íj e.da-3 0 úi,9 da noite, na re-Isiclencia, á rua da Cario:a 11. 10, 2Ò ariidàr.-»^Si^l.ss,^I^0#'''#!ife_É_^|cl3tal «doutor» é cítectiváincnle uma capaci-'dade medica, um homem dc valor.

_ Quando esse annuncio saiu, já a policiatinha apurado todas as aceusações feitas con-Ira o charlatão.

Felizmente o inquérito foi encerrado je otal «.do.titoni não ha de ter gostado em nadado resultado doleitores.

inquérito, como verão os

que

que

amigos po-

O melhor para a pelle.Sigmo-GremeEspinhas, eezemas, hienas

" ¦¦ ¦—

Está esplendido o numero de hoje da in-teressante revista Figuras e Figurões, quenos chegou ás mãos. Ha bellas chàrgcs dcAmaro, que já estavam sendo lembradascom saudades, c uma brilhante collaboraçãoliterária.

Figuras e Figurões, embora o seu de.sr.pparecimento forçado de uns poucos de dias.nao perdeu a sua primitiva graça.

Affonso GostoMo quer outro az»ite que não •..¦ja o /¦/¦/,-/,,, pt.i;,sua qualidade e ijiiamidudc que c-/,iu:m cadalni.i,

Suas i .'intime ras façanhas levaram a SaudePublica a tf enunciai-d á policia, como expio,radar da medicina e pliarmacologia, sem110 entanto possuir os devidos títulosa isso o auíorisassem.

Fci aberto então, como dissemos, na pri-.meira delegacia auxiliar um inquérito paraapurar a veracidade dessa denuncia, 110 qualdepuzeram algumas viclnnas do «doutor», ío-das unanimes em accusal-o intitula-se me-dico formado pela Faculdade de Medicina00 Rio dc Janeiro c Universidade ue Ber-l.Vn.

Depois das necessárias pesquizas, foi hon-tem encerrado o .inquérito .polit-inl e envia-cFs os autos .com o respectivo relatório aojuiz da 3:i vara criminal, para proseguiro processo contra o refinado charlatão.5'

No relatório o Dr. Raul de Magalhães,ln delegado auxiliar, prova, com o apurado•no inquérito o procedimento da denuncia,íiermiiiaiido por pedir os rigores da lei para0 íalsp e perigoso medico.

Ne-inquérito policial ficou lambem provadaa responsabilidade do '.doutor.) Oliveira Bas-tos na morte da menor Nair, filhinha, doSr. Arlindo Martins, fatio esse que os lei-tores não devem ainda ter esquecido.

Oliveira Bastos não vaeillava em tomara seu cargo unia doente de moléstia gravee, sem o menor escrúpulo, receitava as dro-gas que (entendia muitas vezes verdadei-res venenos para as aííeccõcs que deviatratar.

A menor Nair era um caso dessa natureza.Atacada de uma moléstia grave, foi entre-guea os cuidados do «doutor» Oliveira Bas-tos, que se incumbiu de matal-á*.

Prestou depoimento ainda no inquérito po-licial a penhora Ismenia dos Santos, elien-te .lesse cavalheiro cie industria, a qual emmeio da sua enfermidade foi obrigada achamar um medico de verdade, que a poztora de perigo. Esse facultativo prestou tam-bem declarações.

Eslá, emfim, entregue ao juiz competente,com todos os elementos precisos para quese taça justiça, o caso do «doutor» Oli-veira Bastes.

Resta agora que a Saude Publica volteas vistas para <jj seus collegas. Hahi tanto «doutor» de 60S000...

no sonuuo cansa a

quentes, frias, escossesas, circulares,- etc!—banhos qtient;s, frios e medica-

mentos.os. Largo da Carioca, 3.

assassinato na es-íagio ú® Sertão

Ao Dr. 2° delegado auxiliar foi coinmu-nicado, pelo agente da estação Centrai daEslrada de Ferro Central do Brasil, um as-isassinato oceorrido na estação de Sertão,na linha _a-ux.iliár.

( Como íião se tratasse de um local tia-Districto Federal c sim do Estado do Rio,,0 Dr. delegado indicou o caminho a seguir.

O assassino foi preso em flagrante "pelo

agente dá referida estação.

O motorneiro João Martins Coelho deSouza, não é homem que resista ficar açor-dado depois das 24 horas.

Por isso, apesar de ir dirigindo, cerca de13 horas de hoje, um bonde da Praça Onze,pela rua de SaiiCAnna, entregou-se o lio-niemsinho, tranqtiiílameiite, aos influxos deMorphe.u..., . . ;„ ........... Em Certa "altura, um tremendo choque fez¦despertar o dorminhoco.s

•() Souza, ainda cstrcmunhado, viu uma car-rocinha da Limpeza Publica, completamcii-te espatifada, e um burro morto.

«Será sonho?» -- pensou o Souza; c con-linou a dormir...Foi preciso -que um gnar.da-eivii o agar-

rasse pelo braço e o aoiiduzisdc' a delegacia,do 1.4.0 districto, para que o homemslnhotivesse uma noção vaga do que acontecera.

A carrócinha' espatifada pelo Souza, oti.efoi acabar-de dormir 110 xadrez, temi o nu-mero 1.

Syphilis em Geral—Cura o!V<>!£BIÍ'ÍJ'Í>.

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iaaTomada a domicilio e collocada nos ca-

marotes dos Srs. passageiros. A laxas redu-zidas só na Agencia Pestana, rua do Car-mo 65—Telephone 342 Central.

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an-nos afop-$e em nm

oPassava hoje Julião Martins pela rua doc-attete, ga Piedade, quando foi provocado

per José tle tal.Homem Uos taes que não gostam de le-var desaforos para ea?a, atirou-se Juliãocernira ;> provoeador, travando com eile lutacorporal.Quando estavam os dous empenhados cmver quem beijaria a poeira, em primeiro lo-

gar, appareceram diversos indivíduos naraapartal-os.Separados os lutadores, íomou cada um0. céu destino, verificando, então, Julião tersido .-cubado em 508000.Julião queixou-se á policia do 20° dis-íricto.

Peçam tis cervejas VIliNiNAcm toda a parle.

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Não comprem jóias, peiogios bri-£haníes cperolíj?

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138, Ouvidor, 138Em companhia do engenheiro da Commis-

são de Saneamento da Baixada Flumiiiüti-se, Sr. Dr. Francisco Boulitreau, visitaramhontem os trabalhos de drenagem e regula-risação do rio Estrella e seus affluentcs, osSrs. .\';i|)oleão Levei, conde Modesto l.eal eDrs. \ irgilio Brjgido e Joaquim Catram-by, que de lancha percorreram vários riosjá saneados pela commissão.

Os visitantes tiveramserviços que viram.

lioa impressão dos

As cervejns dn

Dr. Osório Mascarenhas J'Vmadp o,,.,,,,„. laureado pe-Ia lac. Aletl. de Paris, interno tios hosp. tle Paris.Cirurgia em geral, vias urinarias,moléstias desenho-ras.eiruriria inlantil, cirurgia tia garganta, nariz eouvidos. Cons. tias 3 ás 5 da tarde. Av. Rio Branco•i37, esq. Sta.Lu/.ia. Tel. tj.|o,Cen.

Consulíorío MedicoSr. A. \V. C. — Pôde usar de 23-3

vezes por dia, durante oito dias—a seguintereceita:

lodó-meíallico, 3 grammas.Álcool a 90", 50 grammas.Água distillada, 1.000 grammas.E' necessário, porém, o conhecimento deduas cousas:Tem o habito de comer depressa? Julga-se indernnç de syphilis? " ftTem ini|ioS;ancia, principalmente, estasegunda pergunta.Sr. 1,'Obscure — E' no seu interesse queo aconselhamos a procurar um especialista

em otho-rhino-laryngologia.A facilidade que lia em propagar-se a in-fecção liara o lado das nieniiig.es faz desua moléstia, apparcntcmente benigna, 11111caso serio.Senhorita D. Olga Wilson R. _ Deve

tomar as cápsulas nos mesmos diascrise. Xão obtendo resultado, pódlimiar, sem inconveniente,dias.

Dlt. NiCOI.ÁO CtANCIO.

Na 'Estrada cio Oetaviano, em Traja, hamuito que residem muna modesta vivenda,situada ao centro de um grande terreno, oSr. Leocadio Teixeira da Cunha, sua esposae um liiniuho de dous annos, de nome Nes-ter.

Nesse terreno existe um poço de grandeproí.imdicia.cle.

Acohicce, porém, que hoje pela manhã, omenor Ncstor saiu a brincar.

Desviou-se uni pouco «Ja casa, c, assimsó, encaminhou-se para o poço e debru-çando-se sobre a sua borda

'contemplava

admirado na água o reflexo da sua imagem.Subilo Ncstor tombou para dentro

° do

poço.Até ahi ninguém se havia apercebido Ua

falta do pequeno. tMomentos depois, Leocadio notou a atiscn-

cia do filho, ó ique não era comnuim. Saiuafim de o procurar.

Pcvpçj-reii lodo o terreno, não o iencon-tranclo, ,

De volta á Casa, ao passar junto do poço,olhou para o seu interior, desinteressado,pois não lhe cabia na mente ter o menor alica ido.

Com grande espaiito seu, viu ali boiando odesventurauo pequeno, já morto e qtie seconservava dc bruços. i

liicoiitinenti correu á delegacia do 23o dis-(rido, onde icz a sua narrativa.

O fcomniissario de serviço, acompanhadopor

"dous solciados, seguiu para o locai e

depois 'cie haver rCÜrado do poço o menortomou as providencias que o caso exigia.

O cadáver Ue Nestor ficou na residência dcseus pães, com permissão das autoridade-;do local. '¦ i

.

íh\ 'Niibuco do. Goiivca f,í^rlivre de gynecnlogia da Faculdade de Medicina,chefe do serviço cirúrgico do Hospital da Gamboa.Moléstias de senhora;-,, operações, vias urinaria»'

Rua 1; tle março, 10. Das 4 ás 6 da tarde.

Jerõftywo Monteiro $_$p3.«"'Â'

questão de limites entre Espirito San-to e Minas está na ordem do dia. O as-sumpto redobra de interesse em se volven-do os olhos para o sul do paiz, onde sedesenham as sombras de uma luta fratrici-da.

Procurámos ouvir sobre elle o Dr. Jero-nymo Monteiro. Mas o ex-presidente doEspirito Santo não era encontrado. Estavapara S. Paulo, onde fora visitar pessoa desua familia. Soubemos por fim que o seuescriptorio era na rua do Hospício. Aco-lheu-ii.os ali o seu auxiliar, Dr. LuizOítoni :

O Dr; Jeronymo Monteiro ?Chegou esta manhã de S. Paulo. Não

deve tardar por ahi.O escriptorio do ex-presidente do Espi-

rito Santo está installado com a maior sim-plicidade. As paredes têm apenas a ornai-as tres phótographias dc grande formato.Uma apresenta o Dr. Jeronymo Monteiroao lado do Sr. Bueno Brandão, presidentedc Minas. Foi tirada por oceasião da visitaque o ex-presidente do Espirito Santo fezao Sr. Bueno Brandão, em Bello Horizon-te, para assentar com elle as bases de umarbitramento como solução á velha questãode limites. Num outro extremo vê.-se a piio-tographia do Sr. Nilo Pcçanha, jior ocea-sião da sua visita á cidade da Victoria,como presidente da Republica. Ao centrofica um retrato do general Pinheiro Ma-chado_. E' uma linda photographia, de gran-des dimensões e com rica moldura. O Sr.Jeronymo Monteiro pertence ao numerodos que não sc contentam cm admirar o ori-ginal.. em carne c osso, nas anunciadas visi-tas que fazem ao Morro da Graça. Conser-va, além disso, aeffigie do "cbefão", comum carinho especial, em frente á sua mesade trabalho ! Pelo chão ha pequenos saccoscom cereaes, garrafas com líquidos vários,madeiras, mineraes...

E, como isso nos causasse espécie, o Dr.Luiz Ottoni explicou :

São'amostras de produetos que os la-vradores do Espirito Santo mandam ao Dr.Jeronymo para que elle os faça analysar noLaboratório e informe sobre o seu valor e

(respectiva -collocação no mercado. 'São''p>clidòs dos pequenos eleitores..!

Mas o Dr. Jeronymo Monteiro chegava.Abordámos logo o assumpto :A questão de limites... :-' "''

E elle nos diz então alguma cousa sobreisso :f—A historia vem desde a doação da ca-

pitania do Espirito Sanlo. Mas o que maisinteressa no momento é o que sc fez e o quese está fazendo. Antes dc mim, vários go-vçrnos procuraram resolver essa pendênciaentre o Espirito Santo e Minas. Todo otrabalho, porém, foi infrutífero. Ao séyeleito presidente do Espirito Santo- fui lo-'go a Bello Horizonte falar com o Dr. ToãoPinheiro sobre o assumpto e a propostaque apresentei para solucionar a questãopor meio de arbitragem foi bem acolhida.Mas João Pinheiro morreu. Nova tentativafiz perante o Sr. Bueno Brandão, que, ver-dade seja dita, me acolheu com muito boadisposição. Como não ser assim ? Era in-comprehensivel que Minas, o grande Esta-do de Minas, mantivesse esse "statti

quo"com o minúsculo Espirito Santo ! Escolhe-ram-sc então os árbitros. As indicações ro-cairam cm Rio Branco e Paranaguá. Masa morte implacável, que já nos^ roubaraJoão Pinheiro, levou-noi os dous grandesestadistas.

Mais tarde fez-se nova escolha e assimse organisoti o tribunal arbitrai, que ahiesta e que agora acaba dc receber dos ad-vogados dos dous Estados ns razões e osdocumentos que cada um apresentou.

Desta feita parece que chegaremos aofim dc uma comenda que já devia ter sidoliquidada ha muito tempo. E. acredite omeu amigo, que é esse o grande desejo clc

Uma antiga pen-deiida resolvida

a-as—

Zííw,da

A victimatado desespè*«

rador mSeriam 1 horas de hoje quando nJSilva Porto teve a infelicida.l,. ,i 1-'idade (|econtrai- o seu peor inimigo, o creoul

gclino Borges dos Santos, morador'Santo Amaro 11. 176. a:

Entre os dous tinha havido, ha h ]uma desavença por questões' ,\e «n 1importância. "Il::"

Apezar disso, nasceu entre ambnprofunda divergência, qtie teve nm j 1cho violento esta madrugada

"' "':;Subia Angelino a rua Benjamin fíl

iniijjj

i4

stant quando' se lhe deparou o senque vinha em sentido contrario

Homem de instinclos máos, cm1, _.lino aproveitar-se daquelle momeritá^uma desforra, tirando partido do í-Jse achar armado de navalha e não f'1ninguém pelas immediações. ' La,f

Por isso, .tomou, a'frente de 0m, Idepois de lhe dirigir alguns insultos 'f.

i;io ú ca-J

cott da sua navalha e deu-lhe umdo golpe 110 pescoço, cm direcçãttida direita!

Embora gravemente feridoOrnar em perseguição de seu üS3Mque, commettido o delicio, tentou ClfFaltando-lhe, porém, as forcas <•'•Ornar sem sentidos, dentro de uma „Lde sangue. ' ' "'?'=,

O guarda nocturno 11. 22, cio 6o ,|,-.;cto, que havia presenciado o comeroílluta, dá esquina do largo da GloVcria,ver que um caia e o outro procurava Jgir, correu em perseguição do tói]conseguindo prendel-o pouco adeantètticom a arma na mão, uma navalha sem clc tinta de sangue, entregando-o ao J„da civil 11. 291, que o apresentou ao colmissano Baptista, de serviço uo n« IItriçto policial. ^

'

Ahi foi o criminoso autuadogrante e recolhido ao xadrez.

Ornar, depois dc rcc«jer"os primei»curativos da Assistência, foi internadohospital da Misericórdia, em estado ilesperador. " J:'

Angelino, apezar de ser preso cm Ngrante c estar todo sujo do sangue de'victima. nega cvnicamente o delicto

cm

Peçam as cervejas VIENNA e SERÍJàem toda a parte.

0 incêndio da rua |Commefdo, em

Santa CruzA' policia do 27o dislricto eúí de posse ^ ^Qllicertos elementos que põem em Íím4,' Mude

casualidade do 'incêndio que devorou dómK fflpnts

go ultimo o armazém da rua Commercii) «õès dCominerci'propriedade de Joj,

n. 85, cm Santa Cruzquim Benio da Silva.

Ficou averiguado, por exemplo, niic »armazém eslava quasi vasio, sendo Vmas as condições financeiras de sen nm

O:0()0,S000.Ajuda ha pouco tempo', Joaquim Renlohavia sido chamado á policia para dar cs-

plicaçoes sobre uma pendência que vinhalmantendo com o Sr. Frederico Soares,se ter recusado a pagar-lhe 1008 que nediriemprestados. ¦

Comquarito não se tratasse de um o4de policia, aconselhou-o o delegado dn 27|districto a oue procurasse saldar a tlivkpara evitar qualquer facto "desagradável.

Bento, entretanto, recusou-se a'(omar eslílconselho, deixando clc sc quitar com ogseu credor.Os prédios devorados pelas cliammaserMlde propriedade do Sr. Arlindo Coelho tòlSantos, que os não tinha no seguro.Durante 03 trabalhos de extineção do lo-

go, prestou serviços de toda a relevância mprimeiro tenente Francisco Monteiro Ciu-Tves, commandante do destacamento do Cura-to de Santa Cruz.

Só devido aos seus esforços n,*o foi dei-rindo todo o quarteirão de que fazia par-o armazém sinistrado.

todos o.s mineiros c cspirito-saptenses.

te

BRAHMAA rainha, afamada cerveja

t<'1

Ainda as flores docemitério de

MaruhyJlSOt

Usae lilixir ,le .\ogueiva.-.Paiaoangue.

O ür. Bopmann abriu rigorosoinquepifo adminisfpaHvo

Caiiscu indignação, principalmente nHVÍ'Bu ^sinha cidade de Nictheroy, a noticia publi'«mácada pela A NOITE, sobre o torpe nieUliádo

flNTIMIGRANINACura azias, dyspepsias e enxaquecas

noJacob.8: David, estabelecidos á rua Vis-conde de ltauna 11. 1S5 com armarinho, fo-ram queixar-se hoje á policia do 14o dis-tneto de que o russo Leão Zeigelboim, a

quciii haviam entregados mercadorias 110 va-Ior dc 1:000S, havia desapparecido, nãoten-do prestado as suas contas.Accrescentaram os queixosos quetrás rasas egualmente lesadas peloindivíduo. 1F,ot aberto inquérito, estando aá procura de Zeigelboim.

lia ou-referido

policia

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Voai mo.lioiMí Í50 (3QNTOS!c??,c-íMB1l9•^ ¦ OonçalvesOias n. 10

ratos de hotelTheophilo Ribeiro, actualmente hospedado

na «pensão Garccz», na rua Visconde deltauna, esquina da praça da Republica, quaii-do voltava hoje dn banho, encontrou aporta clc seu quarto arrombada, dando porlalta de uma carteira com 1008000.

Deante disto I1608000.

oi elle procurar a ppjieindo )¦!.'¦ di;tncto, a qual apresentou queixa.

íi )) cigarros deliciososponta de cortiça

para 200 réis com valiosos brindes.

nao qrcerer entrarsis "Sarra" ioi aggre-

a remoO pescador Bonifácio dos Santos c Sil-va, de 63 annos dc edade c morador naEngenhoca, ilha do Governador, passouesta noite pescando com Joaquim Tose deOb veria, morador 110 mesmo logar e filhode um seu compadre.Pela manhã vieram os dous para a ram-

pa do Mercado Velho afim de vender oprodueto da pescaria.

Ahi chegados encontrou' Joaquim umseu camarada, Pedro de tal, que o convi-dou para uma troça.Opponclo-se a isso Bonifácio, que queriaa todo o transe voltar para a ilha aWre-ctu-o a remo Joaquim dc Oliveira! fazen-do-lhc um ferimento na cabeça e outro uo

pulso esquerdo.Preso cm flagrante pela policia do r"districto, fo. o aggresstir autuado e reco-Iludo ao xadrez.Bonifácio foi medicado pela Assisten-

Cozinha italiana dei'ordem — Kspeçlaíj-dade em tngllarlni nravióll.—Rim S. Jo^éOSK' GALLO.

que, ao que parece, ainda se faz com ;»¦tlcres arrancadas aos túmulos cio cemitério Ide Maruhy.

O Dr Bormaini Borges, direcíor de Hv-giene de Nictheroy, abriu rigoroso inque-rito para colubir o uso desse infame mer-çado.

O cemitério de Maruhy, como se sa<ne, osta seb a dependência, immediata, <&Directoria de Hygiene.

tivemos. -.-,-— ... que dous rneno-1

res (um dos quaes tendo o rosto com vestigias; de varíola), levaram á travessa Fló-ra, IJores que disseram procedentes daquel-Ic.cemitério e que, por isso, as «vendiammais barato».

i; silício.P

[evs

""'¦'-ru.nr uc nygiene.Quanto ao facto, em si, ainda hoje tiiitcrinaçoes fidedignas de que dous

si

pi|.lRõfIo''',

éu.:

lico.iãd

famvendj

a 1P

No elegante bairro do Haddock Loh» W&!%existe uma travessa cujo calçamento esú . ^{™peciindo uma solução immediata. WÈçãO eiitpreíeiro que estava executando ^V*1''aquelle serviço, falliu ha cerca de cinco me- ívt^zes, depois dc ter atravancado a referida 1!^

travessa com montes de pedra britada, ter- l^!fe'ras revolvidas, etc. "rainarj

CAFE <¦! (iltík Chocolate, bonbon»V , . ,,"^'U^ finos efantasiai»chocolate, so de Bheriilg & Comp. rua Sete <J«oetempro 11. io.s.

—1

Com a Prefeitura

LlTSSfflâ•— .Pi-oprietarin .1n. Ss

Ora, tle tudo isso resultou que algunsdos moradores da travessa S. Vicente de1 atilo e adjacências, comprehciuleudo queo local nao estava-mais sendo consideradocomo via publica, estão a transformandonuma '-Sapucaia''

do bairro...Naturalmente as autoridades municipaestomarão providencias tendentes á conclusãodas obras interrompidas pela fallencia do

empreleiro.

sentai

ANTARCTICAi«««0, garrara,»:,, toda M,.v,í o | MOURA BRASIL

cura as inflammaçüestIMolhos

Rua Uruguayana, 3?

Page 3: HB8í#* ^i w?M'K#memoria.bn.br/pdf/348970/per348970_1914_00833.pdf · o que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.»)ra,

I

A NOITE-*-^inta*«feirãr9 de^ Abril de 1914' 3

limites d® BrasilAS paixões_^svairadas os grandes "cavadores" °ULTIW0 BBANDE R0UBO COMMüMCADOS&m © ürugnay ¦¦- "~ ' ¦ ~~~*

? tj

O general Botafogochega e diz-nos ai-

guma cousa1 tc,%H falta pana a conclu-

So"ic-_tMão dos trabalhos

tí _n* vmK^vrmm

üllífvl" "r Ti**. ' '" " I

Sw^w"**1^ S S*Í^'"S_ítoB_m5<n £\l^ "j^-vá ^^'^^__^^Ç^wá)W'l

'0 SV. general Botafogo

bendo que a bordo do vapor Italingava o Sr. general Gabriel Botafogo,

da fronteira do Uruguay, onde foii chefe da commissão de limites do Bra-

Om aquelle paiz, resolvemos ir entrevis-afim de colhermos algumas informa-

sobre o andamento dos trabalhos danissão.Itatinga fundeou ás 15 horas. Imme-mente subimos a seu bordo, á procuraeneral. Encontrámos S. Ex. debruçadotombadilho, á espera que atracasse aia quec onduzia sua Exma. família,ilicitámbs-llíe algumas informações so-

assumpto que nos levava até ali.Ís'Sé-nos S. Ex. que, quanto á parle re-¦a aos trabalhos de campo está termina-restando, porém, a parte que diz respei-o serviço de escriptorio, cálculos, orga-ção dc plantas, etc.

E V. Ex. voltará para terminar estesalhos ?

Quanto a isto não lhe posso dizer na-tudo depende do .Sr. ministro. Vim

isentar-lhe o meu relatório dando satis-es do que fiz. E\ porém, provável que

Ir.

ministro resolva a minha volta, afim!presenciar alguma solemnidade que seá quando os serviços estiverem totalmen-erminados....

listava nestas palavras- S:. Ex.,-- quandoincha que ednduzia sua Exma. família enais pessoas que o foram receber, cucos-'

á escada do Italinga. Achámos de nos-dever retirarmo-nos, agradecidos á suaitileza.

0 marido ó con-denrnado a morte

A mulher foge como amante

Está descoberta uma emissãode passes falsos da Central

Os que morrem lá foraELEAÍ. fl( A. A.) — Falleceu .0 meninoilidio, filho do advogado Virgílio Mello,iiaiihentc nessa capital. Compareceram ao

ro muitas familias c amigos.Falleceu na cidade dc Lisboa, o Sr.

rnardo Barbosa, visconde de Seinelhe, querante longos annos foi commerciantc nestalital c que possuía ajiultadissima fortuna;rande numero de prédios aqui.

FESTAS DA PASCHOA

íisou-se o sor-teio para as duasoperárias que de-viam ser dotadas

com o prêmio dedouscontosde réis

Por iniciativa do Club dos Fenianos,ilisou-se hoje. á maneira do que, se fezanno passado por oceasião da Paschoa, o

leio dos prêmios ás co-*currcntes aoincurso dc Honestidade. Estavam inseri-as quarenta e oito candidatas, todas ope-rias dc casas de modas, "ateliers" desturas, fabricas, etc.A's 15 horas, conforme fora annuncia-

teve inicio, na sala de redacção doornai do Brasil", o sorteio, que foi pre-lido pelos representantes da imprensa aoto presentes.Levantou-se então, entre a mesa julga-ira e as pessoas presentes a questão so-e si, a vista do grande numero de con-rrentes, maior que o do anno passado evando em consideração a pequena quantia'tida (quatro contos de réis), não seriauitativo, em vez dc dous prêmios dc dousntos a cada um, conforme íôra delibe-do, a doação de quatro prêmios de uminto cada um.Apresentados vários argumentos, preva-

ceu a opinião de se proceder tal comoira publicado, visto como as partes queincorreram pecuniariamente para a for-ação da lista, de ãssignaturas. disto é queiram scientifiçadas.Dentre a commissão de moças presentes,ii designada a senhoriía Elisa Sarmentoira retirar da urna as espheras.A primeira retirada foi a dc n. 12, refe-«te á scnhorita Elvira Stamilc, da casaModelo Luiz XV", á rua do Ouvidor, e agunda foi a de 11. 33, relativo á senhori-

Maria de Barros Aratijo, da Fabricaohfiança do Brasil, á rua da Carioca.Esteve também assistindo á solemnidadecommissão promotora do concurso, per-

ncente ao Club dos Fentanos, a qual, ter-inados os trabalhos, agradeceu aos repre-infantes da imprensa que compareceram

Io.

Agora ó coma políciaO desvario das paixões é ainda o principal

autor das tragédias que mais emocionama sociedade.

A esta hora talvez já tenha sido presaa mulher ae um funecionario da Armadasobre a qual recaem, as culpas de um horri-vel crime, que teve o seu inicio, sendo òb-sfado, independentemente da vontade da au-tora e de seu cúmplice, que ê seu amante.

Verifica-se pelo que a policia já apurou,uma séne de circumstancias formidavelmenteesmagadoras contra a esposa, que, apanhadapelo seu marido na mais falsa das situa-çoes, deante da verdade dura e fria que aaceusava, não teve outro alvitre sinão fu-gir espavorida e talvez acompanhada pe-Ios remorsos. 1

O que mais revolta e indigna nessa es-cabrosa historia, é a hediondez manifesta-da pela protagonista da tragédia, compa-nheirá dc infância daquelle que depois foiseu marido e que devia pagar com a vidaa liberdade que ella julgava poder assegu-rar a sua felicidade nos braços do amante.

Evaristo e Adalgisa, primos, foram quasique creados juntos, pela tia, uma virtuosasenhora, que os tomara aos paes, talvezsonhando cin completar-lhes a felicidade pa-ra o futuro. ;

Era natural que os companheiros dc in-fancia sc affeiçoassem e assim aconteceu.

jovens, comprchenderaiii que não mais de-viam separar-se e, para tcMcidadc cios tres,porque era isso também a 1'e'icidade da tia,casaram-se e ficaram a morar com esta,numa das casas que a boa senhora pos,-sitia, e que, como todas as de sua pro-priedade, havia destinado como que ao dotedos dous sobrinhos... I

A vida corria assim, cheia de encantos atéha bem pouco tempo.

Os filhos do casal povoavam agora o larda família Soares de Almeida, de mais en-cantos.

Foi quando a fatalidade a condemnou aogolpe' cruel. i

liii Um homem que caiu da camai ; ,ou da escada?

Na madrugada do dia 22 de março ultimo,mais ou menos ás 3 horas, um guarda no-cturno que rondava a rua Barão de lguate-my, foi chamado por uma senhora, que seencontrava na casa n. 22 daquclia rua.

Esta ,pediu-lhe para chamar a 'Assistência,

pois que uma pessoa dc sua família haviacaido dc uma escada.

O guarda a altendcu.Pouco depois chegava ao local uma am-

bulaiicia com o respectivo medico.Este foi conduzido a um quarto em que

se encontrava um homem bastante ferida csem. sentidos............. .... .,....,,

:Trathvá-se do escrevente da Armada, Eva-risto Soares dc Almeida.

Tinha a cabeça em pandarecos e peios fe-rimciitos expellia grande quantidade de san-gue.'

Junto se encontravam a sua velha .lia! c ísuaesposa.

A primeira, interrogada a respeito da cau-sa dos ferimentos, declarou nada poder in-formar a esse respeito, porque dormia áhora em que oceorreu io accidente.

Adalgisa, _ porem, disse ao medico queseu esposo *avia caldo da cama.

Ojfactiltativo admirou-se porquanto a «n»maWra baixa c os ferimentos se apresenta-ram em direcções diversas c de naturezacontundente.

Mas, nada ouvindo do ferido a respeito,deixou-o em sua residência, retirando-se logo.

A policia não leve sciencia disso na diac o tempo passou-se.

Somente no dia 0 do corrente foi .qtte,sc fez ' ' '

-»»•-OS QUE FORAM APPREHENDIDOS

_l'ir__."T:

" *ESTRADaWfERRo1:ENTRÂL DO BRA2IL

j-fí'

' 'Assignatura mensal .1763 ^;

I-'"?«? k;i¥1,, /*- .d* e 25 b.fhutes & vete preço 10SCCO ¦''';'| 1

Entre Central B.: Clara ou Deodoro ' y *

, , ! 1 I J .. |..„;j.ijtèi . -';' _ • '¦-,-! 1 1" ¦

„ü _

Pieproducção do passe falso vendido no Encantado ao Sr. EduardoPaiva

E' verdade! já se falsificam até os pas-ses da Estrada de Ferro Central do Bra-sil!

Ha algum tempo, a administração dessavia férrea resolveu attgmcntar o preço desuas passagens c inaugurou ao mesmo tem-po os chamados "passes mensaes" de Iaclasse e que têm sido vendidos a io$ooo,correspondendo cada qual a 25 viagens, deida c volta, D. Clara-Central e vice-versa.

Pois estes passes foram as victimas dosfalsificadores que, na febre de explorar,de enganar, nada ha que não descubram.

Fíoje, o Sr. Eduardo Paiva tomou umdos trens do subúrbio na estação do En-cantado e, quando appareceu o conduetora cobrar-lhe a passagem,, esse cavalheiro,entregou-lhe, muito serenamente, o seupasse mensal, de 1" classe e sob o 11. 1.763,série B.

O conduetor olhou-o, de alto a baixo, cconvidou o Sr. Paiva a comparecer naagencia,pois o passe apresentado era falso!E o Sr. Paiva veiu até a Central, onde,apresentado ao respectivo agente, este con-firmara: o passe era positivamente falso.A côr mais clara do papel, por sua vez mui-to menos encorpado que o do verdadeiro;as dimensões também muito menores e atéos typos dos seus dizeres differentes, me-nos carregados — tudo ali era patente: opasse.era falso, bem falso c, interrogado,o Sr. Paiva declarou, cheio de surpreza,havel-o comprado, logo 110 principio domez, na estação do Encantado, pelos com-petentes io$ooo.

Não sc jiassavam 20 minutos quando,acomôanhado por outro chefe de trem, che-

ga á mesma agencia outro passageiro, de-tido, em viagem, com outvo passe falso, damesma emissão, pois cm tudo era perfeita-mente egual ao primeiro apprehcndido.Também íôra adquirido na estação do En-cantado. Um terceiro appareceu, poucotempo depois, nas mesmas condições, com-prado 110 Encantado também, sendo entãojá tres os passes falsos descobertos. Evi-cientemente a emissão falsa foi grande.

O agente commimicou á administraçãoda Estrada, fazendo resaltar que os taespasses, falsificados absolutamente sem pe-ricia, porquanto á primeira vista se perce-be a differcnça que existe entre elles e osverdadeiros — estão até carimbados pelaContadoria, da Central.—E quaes são os autores da original fal-si fi cação?

Todos tres passes apprehendidos fo-ram comprados na estação do Encantado c,certamente, a administração da Central vaecomeçar o inquérito sobre o caso poraquella estação, ouvindo em primeiro lo-gar o respectivo agente que os vendeu.

O Sr. director da Estrada de FerroCentral do Brasil logo que teve communi-cação do grave facto mandou abrir rigo-roso inquérito afim de apurar qual o au-tor ou autores da falsificação.

Como, porém, naquella repartição não te-nha havido expediente, só no próximo sab-bado começarão as pesqiv?zas, sendo ouvi-dos, cm primeiro logar, os tres passageiroscm cujo poder foram encontrados os pas-ses e o agente da estação do Encantado-me os vendeu.

110 contos emjóias

A pedido da polícia carioca,foram feitas diligencias

em Buenos Aires, que não sur-tiram resultado

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em tratamento, viu sua senhora á janella.Nessa oceasião por ali passou Antônio

Silvaa^e^''cípntoltf•-,',' "^«-WiW -*W"' — Então i

E ella respondeu:— Parece que ainda não vae desta vez..-.A policia tem acompanhado todos os pas-

sos dos dous amantes c conta prcndcl-osainda hoje.

Por todos os logares por onde elles têmpassado a policia tem sabido.

O testamento da tiaA veneranda tia do casal Soares cie Ali

meida já tinha feito seu testamento Ie-gando-lhe duas casas, em uso e frucío, sen-do uma a em que mor,am c a outra a vi-sinlia.

Por morte do casal, esses prédios deviamficar para os filhos. ,

rei da

Os procurados salíaram na RepublicaArgentina, mas seguiram talvez

para o UruguayComo noticiámos'ha dias, o Dr. Francis-

cb Valladares, chefe" de policia, sob a orien-tação de quem estão correndo as diligenciaspara descoberta dos autores do roubo darelojoaria do rua da Alfândega n. 6S, of fi-ciou á policia de Buenos Aires, pedindo quenessa cidade fossem' feitas diligencias afimde ser effectuada- a .prisão de alguns indi-viduos suspeitos, pára lá embarcados logodepois do roubo.

O Dr. Francisco Valladares remetteuuma lista fornecida pela Policia Marítima,mencionando os nomes desses indivíduos eoutras indicações indispensáveis em casostaes.

Nessa cidade foram-fei-fii algumas dili-gencias, que não deram resultado.

A policia carioca está iníormafíi, porém,de que os typos suspeitos procurados desem-baixaram cm Buenos "Aires, seguindo depoispara a Republica do Uruguuay.

Nesse sentido o Dr. Francis*.? Vallada-res telcgraphou ás autoridades policiaes deMontevidéo.

A policia continua também as diligenciasnesta cidade, já havendo prendido algunsladrões do mar, que são, quasi sempre, cum-plices nos roubos cujo resultado sáe via-ma-ritima, para ser negociado fora daqui, comoparece aue aconteceu com o da relojoariaem questão.

Os dous agentes encarregados dessas dili-gencias não têm poupado esforços, já ten-do prendido, entre outros, alguns componen-tes da celebre quadrilha "Bacaiháo", muitoconhecida nas rodas dc estivadores, c os co-nhecidos larápios Custodio ou João Santosc Derino.

Tem acompanhado o andamento do inque-rito, como advogado da firma lesada, o Dr.Rubens Braga, nosso antigo collega dc im-prensa, que hoje confcrcnciou demorada-mente com o Dr. Raul dc Magalhães, poiso inquérito corre pela 1* delegacia auxiliar.

Sejatão exi

te em dar-a prefer

cia como nós

¦nos

o somos emdar-lhe as

9a

tagensMIS BOTAI

___________ _m_B__B____t___B _____

Guarda-chuva perdido domingo num au-tomovel. Pede-se entregar na rua da Al-fandega 11, onde será gratificado.

Casa SucenaAttendendo á solemnidade do dia, os

seus armazéns conservar-se-ão fechados ama-nhã.

A varíola em BelémBELÉM, 9 (A. A.) — A varíola continua

fazendo aqui numerosas victimas.

O «JOSE' BONIFÁCIO* JA' ESTA' AHI

vicie

0 principe herdeiro assnmiuo governo

Morre no Japão aimperatriz mãe

Linda as accumulaçces remu-neradas

O Sr. ministro da Viação indeferiu o re-Uerimento cm que o capitão de mar euerra Carino dc Souza Franco pedia pa-amento de gratificação por serviços presta-03 como fiscal.do governo junto ;í Compa-hia de Navegação do Amazonas, visto não

por lei permittidas as accumul açõesauneradas.

i j ! f ' A coimmunicação,! *k.

ao 15." districto policial.Ali compareceu a própria victima,- tendo

a cabeça envolta em ga;_: e o globo ocularesquerdo ainda com .grande suffusão san-guir.ea.

O Sr. Evaristo dirigiu-se ao delegado Dr.Victor da Cunha, e narrou-lhe a sua desdita.

Não havia sido victima de um desastre esim de uma aggrcssão covarde.

Na madrugada de 22 dormia quando foiaggredido a páo.

O quarto devia estar fechado, rielle apenasse encontrando sua esposa.

Era extraordinária aquella historia.O delegado; e o escrivão fizeram sentir ao

queixoso que sua esposa deveria nesse casosaber de tudo.

O Sr. Evaristo esteve por algum1 temposilencioso, e terminou dizendo tudo que sen-tia.

De ha muito que suspeitava da fidelidadede sua esposa.

Suspeitava que ella se houvesse apaixo-nado por um typo ruim, um vagabundo.

Presumia que ella de commum accordo como amante, Antônio Camill.o da Silva, hou-vesse tramado o seu assassinato.

Era triste dizer isso, mas de ha muito queguardava aquella magua "ho

peito.Nada dissera antes"porque tinha cinco fi-

lhos e temia que qualquer escândalo fossereflectir sobre estes.

Depois de ferido quiz procurar a policiamas a conselho de sua tia e pedidos dc suaesposa ficara em tratamento na própria re-sidència, esperando apenas melhorar para lo-mar uma altitude definitiva.

A' vista disso, o delegado mandou sub-metter a victima a corpo de delicio, etratou de abrir

O inquérito

sobre o fado.A primeira pessoa que devia ser ouvida

era a senhora da victima.O delegado mandou intimal-a c com sur-

presa soube que ella não se encontrava maisem casa.

Investigou a respeito e apurou que ella,na oceasião em que o marido se resolveraa procurar a policia, fugira em companhiado amante!

Sua fuga veiu em parte confirmar as ac-centuadas suspeitas que ja existiam contra

Davi o motivo dc ter a policia tratadode ouvir

Outras testemunhas'que fizeram declarações importantíssimas.Uma dellas, uma senhora, fora procurada

per Adalgisa, que lhe pediu para ensinar-lhe um bom veneno, com o qual pudesseimitar uma pessoa sem se comprometter.

Uma outra testemunha, que a policia ain-da vae ouvir, é um padeiro.

Este, quando o Sr. Evaristo ainda estava

»____M—M_—————— ii-ml—'!¦ 1—"<__

PARIS, 9 — (Do correspondente) —Os jornaes affixam boletins noticiando amorte, em Toldo, da imperatriz-mãe.

A imperatriz Haruko contava 63 annosdc cdade incompletos, tendo nascido emiCioto, a 28 de maio de 1S50.

E' a terceira filha do principe TadakaItchidjo, da corte imperial de Kioto.

Ha um anno e nove mezes approximada-mente, passou pela dôr dc perder seu mari-Io o chefe supremo do império Celeste,Moutsou-Hito.

Era de espirito cultivado, tendo deixadoum certo numero dc poesias e obras de va-¦or, não conhecidas, devido á sua extremamodéstia.

A imperatriz tinha grande devotamentoicla caridade, que praticava com grandeardor.

Isso valeu-lhe a veneração do povo japo-nez.

Era ainda dama de honra da Ordem daP.aviera, de Santa Thereza, etc.

¦111» 1

Gustavo V, rei da Succia, c seu filho,o duque dc Scania, principe herdeiro

STOCKOLMO, 0 (A. A.- ) — Em vistado estado melindroso em que se acua o reiOscar, assumiu a regência o principe her-deiro. 1

A SEMANA SANTA-

âlpsis asp-setos da

EBidoengasUma impressão da cidade

á tardeCom as Endoenças, a cidade, á tarde, na-

da mudou quasi. O seu aspecto foi comodos dias communs.

A Avenida era como a de todas as tardesdas quintas, o dia da moda: muita concor-rencia e não predominava a côr negra nas"toilettes" como a tradicional manifestaçãodo sentimento catholico.

As igrejas tiveram escasso numero defieis. Algumas fechadas, como as do Car-mo, de Santa Luzia, de Santo Antônio, daCruz dos Militares, etc.; outras abertas, parem par, mas pelo interior pouco movimento.Apenas a Cathedral c a da Lapa diziam queestamos na semana santa. Ahi notava-seum numero considerável de fieis, em pre-ces cheias de fé.

Até nos cinemas, onde se exhibiam fitassacras, a concorrência era a mesma das tar-des das quintas...

E foi o que vimos numa ligeira inspecçãoautomobilística pela cidade.

O NOVO «RIO DE JANEIRO»

®s plaMs vão ser estii

¦ Ao Sr. ministro da Marinha já loram en-freguês pelas casas construetoras inglezasdiversos planos para um novo possante cou-raçado, caso queira o nosso governo fazersubstituir o «Rio de Janeiro», que íoi cedidoá Turquia.

Oj modelos que estão em poder da In-spectoria dc Engenharia Naval vão ser, aoque ouvimos, remettidos aoConsciho do Al-mirantado, que sobre e'iles terá de prole-rir o seu v_to. 1

Mas úb peixeEntrou á tarde cm nosso porto o hiate

"José Bonifácio", da Inspectoria de Pescae que daqui sairá segunda-feira passadanar fora, em viagem inicial de pescaria ele estudos scientificos.

—O que fez o "José Bonifácio" em treslias fora da barra?

Hoje mesmo falámos com o Dr. Gomes:le Faria, chefe do gabinete de zoologia dainspectoria e que acompanhou o "José Bo-nifacio" em sua excursão.

—Tivemos um êxito animador — disse-nos elle. Apanhámos em certa altura umpouco de mar, mas, fora lisso, a viagemfoi excellenté.

—Muito peixe, trouxeram?—Perto dc quatro toneladas e si mais

não trouxemos comprchende-se bem, por-que ha de facto escassez de peixe e, alémdisso, porque as accommodações do hiatenão comportavam maior carga. Os nossosfrigoríficos devem ser mais extensos, demaior capacidade.

—Para o Museu trouxe muito peixe?—Alguns "specimens" aproveitáveis,pois são curiosos e servirão para os estu-dos que aqui. pretendemos fazer.

—Os outros...—Vão para o mercado, já se vê, E'

pouco, relativamente, mas serve para nosanimar. Esta viagem, como sendo a pri-meira, satisfez-nos bastante. Esperemos aseguinte, em que provavelmente iremos atéo Maranhão, onde inauguraremos a nossaestação á semelhança da que temos no RioGrande do Sul.

—E até onde chegaram agora na pesca-ri ar

-Até an norte das ilhas SanPAnna.

ASSASSINATO

Uma antiga pendeu-cia resolvida a

navalha

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0 assassino Rngelino Borges dosSanfos

Não resistindo ao ferimento que receberahoje pela manhã de seu desaffecto An-gelino Borges dos Santos, conforme no-ticiamos em outro local, falleceu logoapós ter entrado na Santa Casa Osmarda Silva Porto.

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Page 4: HB8í#* ^i w?M'K#memoria.bn.br/pdf/348970/per348970_1914_00833.pdf · o que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.»)ra,

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O abuso de serem levadascreanças ao theatro

• Jnsupportavel, na verdade, é o hahifoquc

têm os nossos patrícios chefes de familia'tíe .levar ao theatro, com as suas esposas, osseus indefectíveis pimpolhos.

Na maior parle das vezes, são creançasainda de eoilo que, sobre os braços dcsuas mamas, são carregadas ao theatro.

I:, por essa irreflexão dos pães, soffremos espectadores, quasi sempre victimas dpsiiimiris dos bébés.

Os píinpcllios, quando.de col Io ainda, pa-rece (jiiercrein mostrar ao puhlico a leviau- 3dade do-; seus progcnitores.

Assim, quando maior deve ser o silencio,.da tala dc espectaculos. na representação,por exemplo, dum drama ou de unia ope-rela, cujas palavras dos protagonistas ouos .'iccórdes da orchestra demandam a at-tenção dos espectadores, sáe dum camaroteou duma cadeira um estridente choro deCreança.

Descontentamento geral da assistência. Des-concerto as vezes mesmo dos artistas.

Psitts accititosos, embora justos, dc grandenumero dos espectadores iiicommodados.E, emquanto isso, os pães movem-se nas

cadeiras, fazendo ainda mais barulho, ceou-tiriuam a assistir ao cspectaculo, acalentam-do a creança como si estivessem na suaalcova. i

E', pois, um caso que, si bem quc já hamuito reclamado, merece de uma vez porteclas uma providencia immediata da po-

, licia, a quem cabe velar pelo soeego dosque assistem aos espectaculos. emites deali encontrar a distracção que procuram.

Essa questão já em muitos paizes curo-peiis item sido ventilada e já obtido as pro-videncias necessárias, pelas autoridades fis-causadoras das casas de espectaculos.' E lorna-sc aqui. também, necessário sel-o.

As primeiras«Os milagres de Santo Antônio-*, no São

Pedro»Hontem, quarta-feira de Trevas, dia guar-

dado peia egreja, as empresas theatraes, nasua grande maioria, retiraram as peças pro-íaiias que se representavam para siinstiiuü-aspor dramas sacros.

No iheatro S. Pedro, por exemplo, íoilevado o grama «Os milagres de Santo An-toiiio».

As virtudes do boníssimo frade padtia-no foram bastante evidenciadas peia repre-sentação correcta que lhes deram os artis-tas incumbidos de íazercm-11'as rcsaltar.

Abigail Maia, encarnando o milagrento Ira-de, saiu-se acímiraveltnente bem.

'

Embora tivesse, por duas vezes, trocado osexo de Irei-Antônio, o que foi talvez to-macio por um milagre do mesmo, a ititel-ligente actriz patrícia foi, pelo seu trabalho,muito ajjplaudida.

O anjo Gabriel íel-o bem a actriz IsabelFerreira.

Antherp Vieira representou o papel icpu-giiantc do ambicioso frei Leonardo, aluado.ao Demônio, em virtude de promessa sua deaizcl-o papa.

Foi um bcllissimo trabalho o seu. A scena(Ia loucura, então, cm que, pelas ruas dcPadua, amiimciava elle, aos gritos e ás gar-galhadas, a sua promoção a papa toi niuiíobem feita.

Alberto Ghira tez, 110 pequeno panei fiosacrislão mór de ordem, um trabalho con-scieiicioso

Os outros artistas podiam estar melhores..«Os milagres dç Santo Aimnío* teve gdc cuidado da empresa do S. Pedro,

o montou com muito apuro.' Por isso mesmo a peça agradou, iPelos theatros

São Jo._ iHoje, o theatro S. jose, em virtude tiasemana santa, transforma-se cm ciuemato-

g.rapl.0.Será cxhibicia em sessões continuas uma

grande lira «A vida ç paixão de Christo»,cm que todos os siippücios do Crcador ^ãolieliiientc representado:.

A fita é colorida e cantada.Os versos são da lavra do escriptor thea-trai Alvarenga Fonlseea e a musica do niacs-tro _osta Júnior, que acompanlianf ao bar-inonitim a orchestra, que, considcravolmcn-

le iiugmeniaci.a, será regida pelo maestroJose Nunes.Rio Branco

No theatro Rio Branco lambem o espeeta-culo dc hoie consta de uma fita sacra.Será '.A paixão de Christo», acompanhada«e eanios e musica, exhibida

continuas.

«De.infécfa o bceco» é uma revista cheiade situações cômicas e trues bem feitos.

— No theatro Maison Moderne, que, comonoticiámos, deve inaugurar-se no próximosabbado, haverá nesse dia e 110 domingodous grandes bailes carnavalescos.

Varias«A Bella Alme. Vargas», por Lucilia Peres ,

Annuncia-se a representação próxima, noRio Grande, para on-

!} de lia dias partiu, pelacoinpaiihi 1 do Sr.Eduardo Victorino, da«Bella Mme. Vargas»,a brilhante peça deJoão do Rio. ¦

Para isso, já ohte-ve Eduardo Victorinoa sua necessária au-torisação .

O papel dc Hoiten-tia será feito peladistineta actriz patri-cia Sra. Lucilia Pe-res, que deve desem-

pcnhal-o bii lhantc-mente

A peca de João uoRio será quasi qucrepresentada p c 1 osmesmos artistas quca fizeram 110 Munici-

A NOITE - Quinta-feira, 9 cje Abril de 1914

A PREFEITURA E O BAIRRO DA SAUDE••et-

Um melhoramento que ficou patente nãoser necessário

A Sra. Lucilia Percs pai. ,Um phbiòcito ;-"

" ' \ ¦

Continuamos a receber os votos para aescolha do nome quc deve ter o' novo thea-tro dos Srs. Oliveira & Marques, em constrticção á avenida Gomes Freire.

Hoje recebemos o voto do Sr. Tito Ri-beiro, quc, como o dc hontéiw, é pela acío-peão do dc «Arthur Azevedo»,

Assim já tem o saudoso comediographo osdous primeiros votos recebidos.

Peioròu bastante o estado de saudedo conhecido actor Augusto Campos, quesc acha hospedado no Hotel Nacional.A companhia hespanhola da Sra. Mer-cedes Tressol., que esteve em «tournée.>pelos Estados, acaba de ser dissolvida.

Ao que parece, os artistas dessa compa-nina foram illudidos pelos seus directores,que, embarcando para a Europa, os deixaram.10 abandono.

Para seu auxilio, pensam esses artistas empromover um cspectaculo aqui em seu be-neíicio.

Consta que a companhia que trabalhavano theatro Recreio ultimamente, vae 'uma «tourn.c» pelos Estados.

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Corridas

ü tnercajJo 'da praça Municipal ao abandono

A Prefeitura gastou um 'dinheirão, comotoda a gente sabe, para dotar o bairro daSaude de um mercado modelo.

Toda a população do logar bateu palmasá generosa idéa c esperou que se iniciassemas obras anciosamente, quasi com frenesi

Os pequenos lavradores e os vendedoresambulantes também bateram palmas, com-montaram a cousa com toda a s.vmpathin, csó não atacaram foguetes porque ha tunapostura municipal que prohibc este moclode se expandir o enthusiasmo na zona ur-bana. .i . .. O local escolhido para ccIIcto do poptt-loso bairro foi a praça Municipal.

Ao fim cie certo tempo, já íi praça alar-gad.i, principiou a surgir o edifício do novomercado. ,

Quando já cm condições (\c abrigar osprimeiros mercadores, todo o inundo espe-rou que os logarcs fossem ali disputados apeso de ouro, taes eram os qiieixumes quese levantaram antes de ser resolvido o me-Ihoramento

Mas qual, ninguém ali appareceu comopretendente a tim unico logar

A obra continuou... iPouco tempo depois, já quasi prompto

o pavilhão, verificou-se que era o mesmoabandono, a mesma desolação!

A Prercftura, então, parece, compre-ll.endcu :ittc o bairro da Saude ainda .nãoestava cm condições de gosar dc tal me-Ihoraniento; e vae dahi, foi esfriando tam-bem, diminuindo o afan com quc iniciaraa obra, e acabou por'deixar que a íiririca, ocapim mçilado c os concomitantes mosqiu-tos tomassem conta da praça... ii

Actualmcnte, o que se ve ali na praçaMunicipal é apenas um pavilhão pqr aça-bar, como a emergir de um monte cie des-troços e detrictos, entregue ao abandono,á desolação e ás moscas.

De quem a culpa? '-,"' .'.A culpa e da própria população tio bairro

da Saude, que deixou patente'a inutilidadedo esforço da Prefeitura, querendo doíal-ode tal melhoramento.

Pelo menos dos mercadores que ali fazemvida... |

azer

Espectaculos para hoje:

,S. Pedro, «Os milagres de Santo Auto-lixào de Christo.)nio»; 5. jose, «Vicia e Fi

Rio Branco, «A Paixão de Christo'».

felftM _!___,J?4M_L-__y_________p^i^^

Um puto. jm[®?íú®~mi®

em sessões

São PedroRepete-se a representação do drama sacro«Us milagres dc Santo Antônio»

por parle, da companhia um exe o

s vagabundos

que -iemente des-

extra-

empenho.Palace

Hoje e amanhã, o c'egaine «musiclta'tia rua uo Passeio estará fechadoSabbado, porém, reabrir-se-ã comordinário programma.Haverá uni numero sensacional, que

'<• a•cxhibiçaonopalco, livres, ape.ia/nt,, c.Vcocpeeiai de lèrro para garantia dos espec .-dores, das feras do domador R. Havcmann.

Pelos cinemasPhenix

O confortável cmemaiograpJio Phenix levalioje um programma extraordinário

cní cinTli™ "°í ' -'" bc!li53i,l,° drain;i

ParisienseNo cineinatqgraplio Parisiense será hoie'=vado un.

programma tle suecessoi»ora exhibida na nítida tela do eletranteSS» íi!sr:mtiios:i íita tirada d0 SíOLiaiiçc ce aventuras de Pau! D.von» >Avolta do mundo por Lavaredc»Iri?

Na avenida Rfo Branco, esquina da ruaSao Geraldo, costumam reunir-;-,e cliariamen-le vários vagabundos e desordeiros que, fa-zendo daquelíe ponto quartel-general das suastaçfyilias, estão a pedir a intervençãocnsr-gica da policia.

Caso curioso: sendo aquelle ponto situadopr-vAimo a praça Mana, não se vê por alinem mesmej a sombra de um guarcla-civilíAs famílias.ai. resi.entes pedo'm'pòr nos-sa intermédio uma providencia no sentidode ser saneado aquelle ponto com a retiradade tao importimos hospedes.

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n-.ixio ínrif "Scimcnl°! !níancia' milagres,p. X..0, cnvrtc e resurreição de M. s. Jesusv-Ji i 1*1*7 >, *

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preparado para o grande baile cia Alleluiacpie será a fantasia. ,J'

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NovidadesUma nova rcvitlo no São PedroPedro mÍJr j:i cm cnsaios no ^'eatro Sãocur, ".ova rensja de Carlos Bitteu-I. n. . e£_' l$mmW> S que, a.inunci -' i.iKiu.-iienic com o titulo de «Sitio

c-m .: de «Dcsinfccta o becco!»O novo trabalho desses conhecidos escri-piores

feetWe^Sor^vee {^

fèjmji ¦hüBK

«^esf capi J'í»... do. ccoaiperess da rcyi.t., .-, Iear-r typo tiüdonaí, quc ess

cio

w multo li i;-..(

eme

i"er;ío de

mteiü-entc actor

Dos Srs. Andradele e _:.:ríiu;, proprietanos da "A Mobiliadora", re 'moso tango ''Tudo na ru;Manoel Silveira

A carta do Dr. Gomes de Paiva, pro-motor privativo do jury, que deixámos depublicar hontem por. ter chegado tarde, rc-fere-se á palestra do Sr. desembargadorNabuco de Abreu sobre o seu juizo ex-ternado ente o Jury não funecioria- e istoé devido aos officiaes de justiça na faze-rem as intimaçõés dos jurados ou só faze-rem daqtielles cjúc lhes são designados pelade fcsa.

O promotor acredita que aquelle magis-trado esteja mal in formado acerca do Jury,e por isso houvesse avançado uma propo-sição injusta.

Si o Jtjry apenas julgou uo mez passa.doquatro processos — diz o nosso missivista— facto isolado na vida do Tribunal nes-tes últimos dous annos c que pódc ser at-tt-ibüido....talvez ao estado dc sitio digadoao curso das férias do foro indfzijll. osjurados ú supposiçãp dc não deverem com-parecer, não é isto bastante para justificaro asserto dc que a vida normal do juryseja de inacção. A estatística revela queo Tribunal julgou, durante o anno passado,[62 indivíduos, numa média de 14 por cadamez de sessão.

Também não é justa — accrescénta oSr. promotor — a explicação de provir asupposta vadiaçãò dc não serem correctosos officiaes dc justiça, pois quc os jura-dos por officio do juiz ás suas respectivas

os officio do juiz ás suas respectivas re-repartições, com a precisa antecedenciaá caquelles modestos serventuários ficam dis-tribuidas as intimaçõés dos poucos juradosque não sejam funecionarios públicos, 110quc sc desempenham regularmente.

Si os jurados só servissem pela designa-7ão dos defensores, as absolvições consli-tuiriam regra, c não haveria, como ha to-dos os inezes, grande numero dc réos pe-diudo adiamento, receiosos dc co.ndem.na-ção. Entretanto, a condemnação é hojea regra, como se mostra ainda'nessa ulti-ma sessão, em que todos os réos foramcondemnados e seis outros pediram adia-mento.

No resultado do anno passado -— conti-ni'1.1 o_ Dr. Gomes de Paiva — a porcenta-gem foi de 73 y de conclemnaçõcs sobre27 "I" de absolvições, isto é, dos 162 indi-duos foram condemnados 11S e apenas 44absolvidos; aliás as penas applicadas nãoocecaram pela moderação, pois, dc 4 annos:1c prisão houve 10 coudcmnações, de 6 an-nos outras tantas, de 10 annos idem, de 15annos houve 9, de 24 annos 1 çondemna-:ão, c de 30 annos (pena máxima) houvei condemnações! Raro não é, ao contra-rio é freqüente o julgamento entrar pelanoite até o dia seguinte!

Um tribunal que offerece semelhantecontingente do seu esforço cm beneficio dacausa publica é um tribunal que muitotrabalha, c o faz com proveito da Tustiça,cia qual dcve merecer reconhecimento c cs-timulo e não doestos, pois é um facto queelle só tem trabalhado m_is do que os doustrihunacs reunidos, quc anteriormente exis-liam.

Termina o Dr. Gomes dc Paiva quc. avista da demonstração feita, muito confiadas tradições de imparcialidade do liou-radq presidente da Corte de Appellacão edo seu acendrado preito á verdade na cs-pçrança de que modifique o seu errôneomizo sobre o serviço do Jury e sobre osfunecionarios que o dirigem,'os quaes sa-beriam corrigir os serventuários porven-tura relapsos 110 cumprimento de deveres...

A MODA FEMININA

Estão em uso em Parisas cabelleiras de cor

As nossas patrícias asacceiíarão?

A modfl tem caprichos verdadeiramenteinteressantes.

_ Cada clia que se passa mais unia exigeu-cia ella requer e, como com muitos vássa-los conta, são seus caprichos sempre satis-feitos.

_ A moda feminina, então, essa dá. todo odia o que falar de sua pessoa.

Paris, o .¦centro cia elegância, de onde ai-fajates.^.perittniista-S; e cabelttn'rei|osx,fclÍ!.àite.ao inundo ó quc deve elle tfsarf conisoafficraos seus interesses dc negociantes, acaba,agora, dc lançar outra moda, c esta para obello sexo.

E' a das cabelleiras de côr.Não brancas, como no reinado de Luiz XV-

nem alouradas á custa dc água oxygenada,como fazem agora as nossas gciiúç. patri-cias, mas devariegacias cores.

Essa moda, que Paris via apenas 110 thea-tro c nas "soirécs" do Dancing-Palacc,acaba, porém, de ser lançada nos' grandessalões-mundanos de sua alta sociedade.

Embora já apparccida ultimamente em ai-gtuis salões parisiense^, coube a primicia doseu verdadeiro lançamento "

_ dtiquezad'Uzés, que, abrindo os seus vastos- salõesda rua Murillo, exigia das suas convidadaso uso das cabelleiras de côr.

E todas as clamas elegantes da Cidacle-Euzaccorreram ao palacete da duqueza d'üzés,consoante os seus desejos.

Assim, embora a obstinação dc alguns cs-pjritos conservadores, a moda firmou-se,para gáudio das elegantes que necessitamde encobrir a côr dos seus cabcllos cregosijo também dos "coiífettrs"sienses.

DERBYCLUBPelos commentarios que já veiu sendo

feitos sobre a corrida de domingo no Pra-do Itamaraty, póde-se perfeitamente angu-rar o mais completo suecesso para essa festa.

O programma, completado hontem, en-cerra verdadeiros enigmas, já pelo reappa-reciniento de antigos parellieirós de classeem competição com os novos,. ( ja nelaestréii que se niuiimcia de animaes nacio-uaes é estrangeiros.

O pareô «2 de A_oslO'> reuiie os esta-antes de domingo ultimo, Freemaii, hu-glaud e Peaciiicic, e os já conhecidos En-Coursc, Eldorado e Arlanza. Qs novos pa-relheiros devem levar de vencida os seusadversários.

A segunda corrida será feita pelo valo-roso Argentino, que dominou a sua turma110 Jockey Club, contra junina, Rowena emais tres inéditos.

O prêmio <;Kósmos» proporciona o enconlrodc Engcitada, Blatk-Sea, que vem de ob-ter uma bella victoria em São Paulo, eIWhallion c dc mais outros parellieirós. Te-rá um lindo final.

O íürande Prêmio Inaugural» marcaráuma hita emocionante entre Ornatus, que,no entender dc muitos, decac desde o finalda passada temporada, Higuá, em exccl-lente lorma, c Amazou, com 4'9 kilos ag:-nas.

.Vcrmotifii e Lord Bclvoir, que nunca cor-respondeu ao seu elevado preço, estão emsegundo plano.

Não menos interessante .será a disputa en-tre os dous annos nacionac.-. Livres da pre-.iença de Dictadura, que domingo passadosc lhes mostrou superior, o; pPlfjros nacio-haes terão quc cavar a victoria dos 1.000metros.

O prêmio «Progresso:) 'é a repetição doultimo corrido domingo nn Prado Fluminen-se. Gilin e Togo ajustarão novamente con-tas, sendo què Diamant, apezar das suascondições acíuaes, não estará íóra do pa-feo.

As duas ultimas carreira- devem tambémoiferecer interesse, Goljátii é Cangusni', nu-ma, Dcja/et e mais tres competidores nou-tra, proporcionarão bonilas lutas.

E ahi está, cm rápidas linhas, o quevae ser a reunião de domingo, próximo.

JQCKEY-CLUBNa sédc desía sociedade encerraram-se hon-

tem as inscripções dos doze grande; pre-mios desle anno.O' resultado não podia (cr sido mais ani-

mador.O «Grande Jockey Club» reuniu 30 ani-

mães eo «Grande Imprensa Fluminense;., pa-ra os dous annos, 3'3 parellieirós'; o cGran-de Guarabara.), para 03 nacionaes, 22.Foi, realmente brilhante o resultado.

Water-PcloNão sc realjsará o «maícli» promefido en-

ire o 1» !-:team> campeão do club Nataçãoc Regatas c o «scratch* que eslava sciidoorgani.sado.

Ao fjtie nos af firmaram, o «tearir.» íio Na-taçãociado.

niosíiütt-se contrario ao jogo proje

Fooí-BaüEM S. PAULO

Iniciou-se domingo ultimo cm S. Paulo| cgmjicojKito ídè ÍÜl-.l;. da A. & S. Milelíaos."¦'-'Quer -no cn.oiT'ti_...'dot. ..t"í!<;"te«p:>, quer110 dos 2oo, o Club Ypiranga

"derrotou o

Scpltish Wandèrcrs.) composto de ingl-vcspelos «sçores > de 3 X1 ç 6 X 2.

WEBER E O ATHLETISMOTranscrevemos aqiui palavras dc Wcbcr

çsçtiptas cm defesa dos sports athlcticos.Elias devem ser lidas e meditadas.

Diz Weber:«Mcns sana in corpore sano:». Alma sã

num corpo são, tornou-se uma formula cor-

rente, quasi um axioma- eexercícios physicos têm ainda',tfHffl

Um estudo do desenvolvia'^1mem constilue uma obra t=i_ Wgna de interesse, quanto adada cirurgia, obras dc rcnarHcftie se trata aqui da preservai'5decadência e a moléstia. !?

Não sc deve considerar 0 LU;um meio de adquirir nòyas a ¦%mesmo de aperíeiçoar as "riati'-1condição esine qua

'íídji. d0 l'?

fo integral dessas aptidões; -. §O corpo liumanp é q «,.•„

das machinas, e, como ififja jV|_se estraga mais tapidámenlc 'nn JP' '¦ ¦'¦

que n;i inacçâq. ^\¦.^í| cn;,ln ,;,',1'jmr, que esforços s,e |I0(jL.'n Bque cuidados liie são ncces.ar •?medico poderá dar, após lln['

*¦•'cioso, urna indicação precisa- j^Bdos exercícios pliysicos deveria b»'_Tdada não por literatos, negocTanPlitas.mas por médicos aptos pura1;:.as inodiíícações necessária; \\[:-ção physiologica, psycljojogic''!gogica; como relativamente a toVcia 'humana — pois deve ser hma__lcumpre que a educação plivsica"'''marcha ascendente. ' • ' %

E porque desejo considerar aphysica sob o ponto de vista „1lidade hygienica ç uão proefig.Iczas da força muscular, deploro"sejam mais indicados os sem «l,feitos. ' í511

Quantos, dentre os- que pratica»cicic muscular, conhecem §.5 Vúas _icias? Elles sc preoccupaiu', m%£o augmento de volume de seu;'*sem' conceder attençãó ás «nlao melhor funccioiiamento dos seufOs athletas são innuteis, mas

~cu_.haja liomens capazes dc comnrtSobjectivo d.03 movimentos e npto;'-das as necessidades da vida, passai]¦cipalmente, órgãos solidòl e beintados, afim de resistirem vicíorlosa»embates idas enfermidades.. Qna [J.de haver em'carregai- vinfe"kil>-í.com o braço estendido liarijoniljos pulmões funeeioiiarcm mal, sj•»ções não forcin flexíveis?

O fim que se deve ter em i4desenvolvimeiiio perfeito dos jjrôfodetermina/aliás, uma iiarmonia cW;fiornias. '' ' f.

No íiomem que executa rnovlMpetido-s e siiffieientemcitte eiternico;piração se torna mais a-ctivã. í'n|rásc 110 sangue um siippleinento cot;'1'de oxygenío, ao mesmo tempo que oprecipita íis pulsações e envia „maior quantidade cíe sangue.

Todos o-s órgãos da economia *,banhador por um sangue majs rico cr!gênio ç mais frequentemeníe renmque resulta essa excitaçà.5 beneíbfffaz sair da at.nia. Poi- uni pro;;:solutamentc ideutieo, o ar livre, í.ia timeção respiratória, a-íiva as ícidigestivas, ç, ao mesmo tempo, srwo ,-tppetile.

E' um dever social aperfeiçoar ohumano, iieparando o trabalho ià—dos flagellos sociaes: tubcrc(ilo3Ç,.'r™alcoolismo.

Quando »:s-sc objectivo ç alcinçá,sc considerar a educação physica {dc uni ponto artístico.

Si nós nos extasiamos perantecCartc, porque nos clesintcrcssárijréd.maravilhosa obra prima cie es:if//i/_ramecânica, qi^j c . çbrpo humw.':

Eniquanto se melhora, com i.ilinilidado., a raça cavallar, sendo pro:iwsolicitude a perfeição das espccia a'o homem é desdenhado. As iiiuliiáreúnem no intuito de assistir a comàihorríveis jockeys montados cm belhvalle:,.

E' uma homenagem rendida á Mltentativa de elevar o nível pliysiío,se conseguiu elevar o nível infelicitaseguir). - JOSÉ JUSTO.

-¦ i

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O dia de hoje c o de amanhã, 03 dousmais santificados da semana santa, são, tal-vez, por isso, também dous dias em quc avida elegante do Rio, arrefece e sc conecn-tra nas suaves meditações dos assumptojbibhcos. Mas, como ha, muitos séculos atrásainda agora, esses dias são todos dc aliciaiimpacientes... Otitr'ora. esperou-sc que pas-sassem céleres a quinta e a sexta-feira, uaanciã da resurreição do Senhor... Hoje, es-pera-se pelo sabbado da Alleluia, na espe-ctativa de um dia em que se esquecem nova-mente as cousas gratamente tristes, cm quea alegria vae restirgir num sabbado de «111','-çareme», com batalhas de «confetti:> c aí-gazarras carnavalescas!.., «Le monde mar-ehe>>.„ — I.

IS dc corrente, na Associação dosgados .no Commercio, um concerto,cpügramma será em breve publicado.

Tomarão parte no concerto, aiéitíijjjIa professora, 03 artistas Dr. Fraiçal Fernandes, Antônio Rocha, wMLydia dc Albuquerque Salgado, Sn..iitia Passos, Friedman, Sra. Saint-BriiiS;\ Enrico Costa.VERANISTAS

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Recebemos o primeiro "meros dc 1914. dn

o segundo nu-, ¦ magnífica revista «Itáliac Brasilea, que se publica em Roma, sob acompetente direccão do Dr. Filmo Ranzo-m e que c um dos jornaes curopius maisamigos cio Brasil.

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IMPRENSA CARIOCARecebemos o numero de anniversario do«Commercio-,, orgãe dos interesses da zo-na do ramal de Santa Cruz e município deítagiialiy.Esse numero, de oilo paginas, está muito!>cm impresso c contem nítidas gravuras,cnlrc os qiiacsuma do seu director, o SrPedro do Nascimento Júnior, e varias doseu escripbrio e officinas typòtjraplijcas.

DlV. (ÍOIiOV _v.nr.s-.:i'.o;,io: na seten ., «.o oeie-.nuiu 1: tí. da;«4. Kci... ni*Mwh*dodo Awi, 3J,CaiL_...

ASSISTÊNCIA Á INFÂNCIADurante o anno dc 1913 foi o seguinte omovmienlo do Instituto de Protecçào e As-sistencia á Infância do Rio de janeiro-Numero total dos indivíduos soecorriuo-

4.423, dos quaes. 418 pensionistas de soe-cprros cm vestes, calcado, etc, e 61 p-n-sionistas da «Creche 'Sra.

Alfredo Pinfo».Consultas, 24.644; receitas, 0.062; curati-vos, cirúrgicos, 10.287; operações, SS; ap-!>.icaçoes dc apparefhos, 9J; sessões de Cie-etncidade, massagem etc., 1.192; examesde amas de leite. 2S5; analyses c examesmicroscópicos, 1.081; obturações dentárias267; extraccões dentárias, 606; curativosdentários, S.252.

851 creanças receberam 761 soecorros emroupas, etc.. 110 \alor de 3:318*000.Foram distribuídos na «Oolta de lc;le> ena «Creche;- 1S.084 litros de leite «sf

nlisado.Foram fornecidos aos indigentesmentos no valor de 11:359.-1,00.

_ Elevou-se a 42 o numero dos partosistidos cm- domicilio.Além disso, loram prestados serviços cx-traorclinarios, comprchendcnclo opurac-Ões

rll-''nrnLvL' v'3Íias a domicilio, no valor de5:ob0S000.Nas íesias de Natal, Anno Bom c Reisloram distribuídos benefícios no valor dc6:5&5S607.A avaliação da totalidade cios serviços

prestados a população do Rio de Janeiropelo Instituto de Proteccão e Assistência áInfância durante o anno de 1013, elevou-senum calculo minimo, á importância de..

'317:325.070.

ANIVERSÁRIOSPassa amanhã o anniversario natâlicio dobr. almirante -Adelino Martins.- Faz (annos hoje o Sr. João TavaresCosta, guarda-livros deda

estet-

incíiea-

as-

,- ¦¦ , — nossa praça.- Faz annos hoje Alme. Pedro Qracie.-Por motivo de seu anniversario natâliciorecebeu -.ontem iiinumeros cumprimentos asenhorita Afaria de Brito Pontes.~ Fnv Wws boje a senhorita 'stella

tiaRife

°' Dr" J°3° Cla Cü3t''!CASAMENTOS

O Sr. Mauro dc Pereira Rego, filho do Sr.Dl. Jose Pereira Rego Filho, contratou ca-samenio com a seuho:ita Ernilia de MelloLeilão, filha do Sr. Cândido dc Melb Lei-

íy~v. £# contratado o casamento do SrWaldemar Puma, industrial nesta praça, coma scnhpnta Cehna Antonietta de Mello, fi-m do Sr. Manoel Francisco de Mello, nego-cianlc nesta capital. ' "

^IVQIJETES

i..e?, pffereee no próximo sabbado. em suarcsidenca na rjuça, um banquete ao S-?% Roí!' T0lCd0' mi;:is,r° d0 Mi

Tomará parte 110 banquete o mundo oííi-ÇI d 1 #

RECEPÇÕES :

-.,r;C5tt;|aI1r0.c,c',ois ;,c amai'l'3 o anuiver-sano ,-iatabcio cio Sr. Dr Luh ít -hl-lprofessor cia nossa Faculdade dc^S. c-iganiisaram eni Petropo 13, onde «tá vhSãfoi.S.^

LU?2 *.rbSE um :cejiça-o, çegiuda de concerto e da isas

D-:sc:em de PetrCM.olià dctiois dc oonde estão passando a estação califátóiuior e ueiiiiora Santos Lobo, a!»Francisco GuimarâJ* c o -Dr. Fraiici»1linho.

Os Srs. Francisco. Guimarães c Sasbo partem para a Europa 110 tlia 8corrente, a bordo do «Àraazoi».VIAJANTES

O Sr. temente da Armada, OastSo

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7» que, é tido o adversa" an° pffi?•lescleja prever p brilhanji.mo 3a reSl..,..- ...« at111 oiiviua uma nota ,i.> .1..- \,tacitio ioe:il ni i;-„i , "1". ¦ ¦ tlL t,(-;:'" IV1,- ."vt.ai na linda cr. ade serrana mm

Dosa as lomeiino-pno „„., 11... .»_ , .':¦ d-'r'

nhos do Rio Branco, é esperado tieslítal, vindo do Ceará, 110 próximo sabp

A bordo do «Itatinga , chega «fa esta capitai, vindo do sul, o i?r.£0bii.I Boíaloao.

-- O Sr. Petrus Verdie, professor dicola Nacional de Bellas Artes, regrei"!.!nhâ da Europa, onde se achava em .Wferias.

Amigos, discípulos c admiradores flcultor francez, epie vem a bordo d?,::Nevada:-, preparam-lhe festiva reç#,

Pelo «Cap Finistcrre , regresso" ¦do velho mundo, o Sr. Dr. Herbeil Çadvogado no nosso íôro, e que f<" rsjgniticativa recepção Ue seus amiyos ílegas.

--- Regressa amanhã a esla capita»cnníorn patrícia D. Julia Lopes de A«-cie volta dc sua viagem á Europa

D. Julia Lopee, em cuja çoinpan«l»jtanihom seus íiliius. viaja a bordo u'."1ra Nevada».

-Para Minas Geraes partiu liortçíicç Sr. Dr. Cario. Veiga, quc mle Estado, em serviço de sua pi*;'

—Pelo nocturr.o de luxo chegou PSS. Pauloi, a e.ta capital, o Sr. )-.ilir0>funccicnariQ da Alfândega de Sam*;

-Pelo«Cap trafalgar», parle ,n Wfrente para a Europa o Sr. A>c:;a:lfrreira, soeio da firma Presta & C, llclprata.-- A bordo do «Cap Trafalgar* VWÂa Europa no dia 14 do corrente o si«Leonardos Júnior, cônsul geral "0no^ Brasil.

S. S. deslina-se a Londres, aParis, -em viagem dc recreio.

leceu Pará, ante-Iiontcin. bü

Ber'*1'' Í

jio líará, umt-iiv»'..-!.-,», .1,1no Cláudio, filho do Sr. Dr. VirgiflO •"'|sobrinho do Sr. senador Arlluir i-c,n0

lomenagens que lhe suo devidasCONCERTOS

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Page 5: HB8í#* ^i w?M'K#memoria.bn.br/pdf/348970/per348970_1914_00833.pdf · o que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.»)ra,

A NOITE - Quinta-feira, 9"de~AbriíTe1914

grave questão dotango

.ndese dansa e onde não se dansaPARIS, j<\yoi-h

Os senhores não pedem ignorar, nào igno-raia certamente, quc na Europa inteira, aulado dos problemas de equilíbrio armado,cias ameaças sempre constantes de umaguerra geral, das surpresas aterradoras quereservam os Balkans, dos perigos resultan-tes da luta cada vez mais renhida das cias-ses sociaes, ao lado disso tudo e de outrossymptomas não menos sérios e ameaçadores,c-xisie uma questão palpitante e grave: "A

questão do Tango". '••*A tout sêignéiir tout lioniiêiir" — dei-

xem-me escrever este nome com uma grau-de' niaiusciila.

Ií nào creiam que gracejo, nem que exa-gero. Disse'e repito: em meio de todas aslireoccupaçõ**,"? interiiaciouacs éur.opéas, aquestão do tango é palpitante e grave.

Não assistimos, ba algumas semanas, aunia calorosissfina defesa do tango, feita empleno Instituto de França, por um dos qua-j-c-nta contemporâneos francezes nomeadosofficialmenle "homens de gênio*' ? Quero'referir-me á defesa ruidosa que o pocta-aca-dernico jean Richepin fez do tango, peran-

ite os immortaes, seus collegas./ Não vimos o mesmo homem de letras cs-crever uma peça de sensação, representada,lia pouco, no Athenée, com o titulo "Le

Tango" ?Não assistimos, de alguns mezes a esta

data, a uma verdadeira e geral epidemia de"thés-tangos", de "ínatinécs-tangos"', de"espectàculos-tangos" de toda a espécie, deacademias de tangos de todo o gênero ?

Não vimos a própria moda, essa corisa-guam

gradora por excellencia de todas as refor-irias, e de todas as iniiovaçõcs, laiu^ar o "es-par.tilho-t.angp", òbjectó de recente iiivdu-ção cpte. deixando livres os quadris e osventres femininos, facilitam os movimentosçiidc.nciados e langúidos da dança sul-amc-ricana, que c* uma mescla deliciosa do nossosensual maxixe e do não menos sensualtango argentino ?

Não lemos todos os dias os anuuneios dctheatros parisienses, que organisam publica-mente "matchs" de tango, distribuindo aosdançarinos prêmios consideráveis ?

Não assistimos- ao espectaculo inauditodo clero declarando guerra ao tango e ex-comnutngando os dançarinos, cònd.einnadosem vida ás labaredas eternas ?

Não soubemos do caso .desse professorparisiense de tango, que pretende arrastarperante os tribunaes o , próprio cardealAmette, arcebispo de Paris, para exigir-lheuma indemuisaçâo pelas perdas que a suaexcommunhão dos '"tanguislas"' lhe ocea-sionou ?

Não tivemos conhecimento de que o irre-quieto imperador Guilherme, abundando nas.idéas do clero, e achando o tango uma dan-ça immoral, tambeni a prohjbiu aos officiaesdo exercito allemão, o que não impede qucem Berlim, como nas outras capitães curo-péas sc rçalisem "matchs" sensacionaes detango ?

Não acabamos cie ver, neste solemne mo-mento histórico, o próprio Santo PadrePio X, para melhor combater o tango, acon-selhar os seus íntimos a dançar a íurlana,uma graciosa, dança dos pescadores vene-zianos, que immcdiatamcute tomou o sug-gestivo nome de "Dança do Papa", e queestá sendo introduzida em todos os salões daEuropa ?

Quando se consideram tocios estes phe-

nomenos — e eu não quero abusar ila pa-ciência dos meus leitores alinhando aqui aph.enomenologia completa e contemporâneado tango — é impossível negar quc haja, defacto, na Europa, tuna questão palpitante egrave: "A questão do Tango" !

Dous partidos oppostos tomaram franca-mente, abertamente, posição no debate : ostanguislas c os anti-tanguistas. Cada qualdiz positivamente do outro o que Mafomanão disse do toucinho.

E os indiíferentes á luta, ou os que, comoeu, por dever profissional, sc limitam a con-tar os golpes que se applicam mutuamenteos • adversários para narral-os depois: os¦que, na nossa phrase pittoresca, se cónten-tam com "espiar como é, para contar comofoi", esses mesmos obsorvapi com uma ar-ta sympathia a invasão• viçtoriosa da lasciva*•c p.cl.ulan.t.c dança exótica', não estando mu-.-to longe de pensar, como je.au Richepin, queo tango — é cria, uo'fundo, a t li esc du ceie-bre acadêmico -•— talvez soja o melhor ineiode.-..-combater a diminuição da populaçãofranceza. A lescivia dá dança trppical ¦ dizpor outras palavras Richepin —¦ acorda noshomens do norte desejos tão irresistível mon.-te stiisuaes, epie a rcpoptilação da Erançanão 'pódc sinão lucrar com a divulgação dotango.

Eis certamente um factor de desenvolvi-mento nacional que os mais audazes e clari-videntes soci.ologistas não tinham previsto.

E a grave questão do tango continua evo-luindo: dia interessa uma a uma todas asclasses sociaes: incita o commercio, estimu-l;t a industria, ataca a religião, desperta apliilosophia do seu torpor, inspira apoesia...

Quem será capaz dc prevcr-lhc todas asconsecitiencias ?... —D. T.

'ROS NOVOS

«O CYSNE BRANCO)), DE THOMAZLOPES

A morte de Thomaz Lopes tão sentida portocios e muito mais por, quantos vivem avida árdua cias'letras, agora que recebemos¦sO Cysne Branco», seu ultimo trabalho, aindamais nos confrange ch; tristeza e saudade.' Nenhum talvez dos nossos escriptor.es pro-gredia mais rapidamente a cada nova pro-d.ucção cio que o fulgurante «contem*> (ias«Historia- cia Vida e da 'Morte*.

¦ Nenhum ciava aos seus trabalhos liícra-rios um ícicvo mais agradável de forma etinha tuna concepção mais suave.

Suave, porque, lendo-se o que eiic fazia,.o que'Jog.o se percebia era 'que tudo aquiilplhe tinha acudido á penna sem esforço, natu-ralméiitè como a aguá epie br.òta das fontesou a luz quc jorra dos astros.• Produzir, escrever .belos contos; recortarem cstylo palpitante figuras vivas era paraThomuz I.opes uma funeção noriii.al, qucelle rèalisáva serenamente cotii o seu bellóson-jso de bondade.nos lábios finos e comoque gastos üòs 'beijos quentes

'do ideai tan-las vezes procurado nas suas ancias dc es-theta.

«O Cysne Branco» evoca aos olhos (Jetodos o seu perfil inconfundível de artista;c todos sentem que neste livro, iuíeliz-mente o ultimo, vão encontrar, aprimora-dos, todos os encantos cios anteriores traba-lhos com que affirmou definitivamente asua personalidade'literária.

Estes contos, como os de «Um 'CoraçãoSensível», como a sua meraltira de artistaiíiiierante, por força cias suas funeções di-plomaticas, revelam em toda a sua plenitudeas exccpcionaes qualidades clc esci iptor quefazem da obra cie Thomaz Lopes uma das

mexsaBamsmsstsmaBBtt

mais .perfeitas- das mais harmônicas,- dasmais .verdadeiramente humanas da lilera-tura naciotuii.

O publico quc lê vae procurar nas paginasdeste livro, que a casa Chardron enfeixounum ol/ilo volume, os traços luminosos peum espirito ente se afuu3ou na eternidadecm um oceaso dc sol — espadanando Juznos Iavòrcs da sua arte.

<;A CÇÕES PQSSESSORIAS», PELO DR.ASTOLPHO REZENDE

O livro que acaba de» publicar o Sr. Dr.Astolpho Vieira de Rezende, sob o titulo —<.As acções possessorias e a Jurisprudênciados tribunaes:) veiu, (pódc-se dizer semamor á velha chapa) preencher uma lacunana nossa literatura jurídica.

A matéria da posse, no. nosso Direito, scresente do arcnaisnjó e deficiência nas bo-lorcnlas Ords. do Reino quo circiunsianciasvarias não deixaram ainda subsiiiuir peloanhelado Código. Civil •

O processo das acções que protegem aposse está, por sua vez, irag.iientado notexlo dos praxislas, na Consolidação de Ri-bas e cm algumas leis e decretos, sem anecessária coiicatenação c indispensável nar-inoitia de conjtmcío.

A' árdua e difficil tarefa de reunir essasnoções cofnidas cm terreno movediço e ostextos esparsos, emprestando ao desenvol-viniènto da matéria o descortinio da suacultura de jurisconsulto moderno, cnirego.u-se com a proficiência quc era clc esperar oDr. Astolpho Rezende. Não pretendendo es-crever um tratado e muito menos uma obrade doutrina, mas somente dotar as biblio-thecas jurídicas clc mn manual pratico, ulilaos estudantes ,como indispensável aos quese dedicam á partica do íôro. o erudito ad-vogado fez, na verdade, um livro aftr.ah.enteonde as noções são expostas e conunenfadas

CPil ... _-_—__—— —_¦ _«»— ¦___¦!—»i ¦ "'-¦ ' '¦¦ mi li—» li mim ___—. i =™ m™™.»™—™™ «_ - ... «ora. >«n__n_^.«__«««_ ™a__»

sem se iiifileirarern tediosamehíc .como farái.receiar a naturesa do assumpto. '

(Menos do que um compêndio; mais dd-que um repositório» — diz o autor no pre-i'iacio, definindo os limites da sua obra. \

Abre o livro uma intelligenté collccta dos,textos.lega.es que regem a matéria, poupando!'assim ao leitor o trabalho de consultar aílegislação. Os capítulos que se seguem es-iclarcccm perfeitamente todos os aspectospor que sc apresenta a posse e a sua pro-ilecção jurídica. j

Um dos capítulos mais interessantes doilivro e o quc concerne» á posse dos dHreitos pessoaes e cousas incorporeas. O usodos remédios possessorios, em se tratando,de direitos pessoaes, é ainda entre nós uma!qu.éstão controvertida, embora tenha a senfavor um ou outro acçordão do Supremo)Tribunal. Não é temerário affirmar, po-:réin, que é uma doutrina em m.arciia que-jdentro em breves annos será lei e júris-!prudência. Nesse capitulo vêm reproduzi-!cias as opiniões de Ruy Barbosa, o ornato daiidéa nova, de .Lafayette e Lúcio de Mendon-.;ça, a jurisprudência italiana c a opinião dojautor favorável á applicação dos interdjecos*.como meio dc protejer certas lezões de di**jreito individual. Um complemento deste é oicapitulo que se segue. Õs direitos indivii'dttacs lesados por decisões' administrativas!!tem na acção siuninaria da Lei '221 o seulmeio cie defesa. Alas, sustenta o Dr. As*>,tolpho, reproduzindo sua opinião já tnagis-_ Itralmente exp.endida na Revista de Direito,!que, cm certos casos, a lczão do direito, jindividual só tardiamente enconlra na acção. jsummatia a reparação que o interdicto lhe;daria de prompto. 1

Na impossibilidade dc um exame mais.completo sobre os demais capítulos do cx->,ccllcnte livro, aqui tica registrada, com: 05'nossos agradecimentos pela remessa do ex->emplar que nos íoi enviado,- a presente no-t.'ticia. :(

O MEE-BOS MMlBIi MM O ESTÔMAGO IFacilita a digestão

ipepsias e enxaquecas-ese-

Receitada pelos abaüsados clinicos Drs. Miguel Couto, A. Ausfregesilo,Miguel Pereira, Aloysio de Castro, Oswaldo de Oliveira, Juliano Mor.eira e muitosoutros. !

r|lu!iS ."• v'-*.': '.*' '_) '> .;-.* !¦(,'( ¦|r,||,,

Campos do Jordão-Estado de Sm _ _ "

âGiliiâ fe# Sianulo

Clima -esta ***i'!..<s')i'"

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#as Campos á& Jm^áãm cura.se a tubereulese pulmènáír1 — sem e amxill^ á© remetíims mm iiã*e§^.s -1 ¦ 1 '^t

PENSÃO ' ¦-.."¦ -.-•'-•' •'• V- *,.¦¦¦¦• -a '"-•. ¦¦•¦ :- - -¦ .-.•¦¦¦ y y^-bÉi.ê b _._ _ - » *• * j y-iy(:j">, r*i:'w $y-,:'-

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FOLHETIM 46

" PAUbO DAÍGKEMONT

FIEL AODEIfERe à h®sir»-a

(Versão de A. Tvreisler y Aránagua)

2- PARTE

O juraííi-Biifo de Ma-

«VIIIAS MANCHAS PARDAS

.•'*•_ Xeni razão, meu amigo, objectou ella;si minha mãe me tivesse consultado, eulhe teria talvez dito muitas cousas; por ex-cinp-lo, quc toda a minha vida eu lhe se-ria reconhecida por guardar a memória demeu pae intacta, conservando a sua recorda-cão com uni cuidado cioso. Mas já que chanão qui/. licar só, não era então melhorque antes casasse com aquelle do que comqualquer outro'-'

.0 Sr. de Boutin beijou a creança na tes.a.— E's uni anjo, Margarida, disse che

.com proíuiida emoção.Nesse momento, Branca e o marido vol-

tavam das visitas. _Este ultimo compreiiendja a sua pos:;ao

ambígua; elle estava ainda mais embara-çado t ridículo que de ordinário.

A Sra. Larroche também não estava maisa seu gosto.

Ignorava de que gênero haviam sidoas conlideticias da filha, e, cmvez de soe-•orrer Jorge, hesitava, não sabendo si de-

.via sorrir ou fugir. "Tocios se calavam; Margarida, séria, pa-

recia reflcctjr; mas, como o silencio se tor-íia\a-sc muito embaraçoso, a moça sacri-íicou-ue.

Levantou-se e, dirií>indo.se a Branca:— Minha mãe. disse cila, esquece de

apresentar o Sr. Larroche a meu tutor c aonosso cNielleute amigo, Sr. dc Boutin,

A Sra. Larroche balbttciou algumas des-culpas; estas palavras dc Margarida não ineexplicavam nada c seu terror n:io passava..

Mas Mlle. de Sanvetat voltou-se oaraJorge:Quer fazer alguma cousa por mim?disse-lhe ella com siia voz profunda c liar-moniosa; ame muito a esles dou; amigos;elles merecem; c obtenha que nada altereas visitas quotidianas que faziam antes.

O recem-casiído ensaiou iun sorriso, ecom grande ditficuldade adiantou-se paraJacques0 e o Sr. de Boutin.

O primeiro inclinou-se sorrindo, e fingiunão ver a mão que o Sr. Larroche lhe es-tendia,

O Sr. de Boutin, pelo contrario, aonuas suas, e saenudiu a de Jorge por variasvezes.

Sua physionomia austera illumiiiou-se su-bitamente, e foi com um accentó cheio dcbonhomia que não se poderia descrever, queexclamou:

Pois bem! mil milhões de raios! osenhor tem coragem, de sc tomar o ma-rido desta senhora!...

Dizendo estas palavras, deitou um oiliaroblíquo para Branca. A moça, aterrorisada,cem'estas palavras, pre-a de um medo im-possivel de dissimular, não tinha mais for-ças para perguntar ao }u'u o que elie qui-zera dizer.

jacques, immovcl, com um relâmpago nosoll.os,' esperava, prompto para entrar nalula.

A ingênua estupidez de Jorge salvou Bran-ca da sua suprema angustia.

Por que e que preciso clc coragem? per-•¦Union elie; não comprehendo,"

Seu rosto tinha, de facto, a expressãoidiota das pessoas que ouvem, mas nãocomprchendem, apezar de todos o*, seus cs-lorços.

O juiz olhou iun instante para o Sr. Lano-cite e para a mulher, cómparando-os porassim dizer, analysando-os a ambos tiro-curando ler o que poderia existir de ctun-plicidade ou dc engano nclles; depois, suavoz tornando-se novamente grave e severa:

Por que? disse ele. Porqu: o Sr. deSanvetat linha uma natureza excepcional-mente nobre c elevada, que, como intelli-écneia e caracter era superionnen-le dotado.

e que, para substituil-o aqui, terá muitoque fazer o senhor.

Margarida abafou um soluço. Jorge teu-teu dizer qualquer banalidade. Branca, poucoiranquillisadá, deitou ao juiz um oihar as-tucioso c desconfiado.

No dia seguinte, parliram para o campo.O castello cl'Attvrav, pouco afastado de

Roqueberre, era esplendido como construcção,belleza de logar é divertimentos dc todaespécie.

O Sr. de Sanvetat restaurara-o cuidado-samente c conservava-o bem.

Branca começou por convidar para gra.i-des caçadas o elemento masculino da socic-dade. Depois vieram os iantares, para osquaes convidou os íntimos do inverno pre-cedente; depois, como todos se disputavamos seus convites, as suas ultimas hesita-ções desappareceram, ella começou a orga-nisar grandes e verdadeiras festas que sesuecederam rápidas c brilhantes.

Só se falava delia, do seu trato, da suadignidade, ella era a 'cv.a cio momento.

As pessoas mais honradas, as mulheresmais consideradas chegavam eni multidãoa Anvay.

Margarida, nessa amosphera de prazer ede ruído, não parecia feliz.

Em vez de sorrir á felicidade, de respirar,de viver, dé cantar, clc se alegrar, enlfini,como o fazia alguns mezes antes, tornava-, ecada dia mais peasatira e mais concentrada.

Como si riso e a alegria fàe üespeda-cassem o coração, e/ia fugia cios '.iospc.'escía mãe.

Sósiuha, passeava nas áleas desertas, naschainecas silenciosa;, e !;í, dias inieYos, te-riam podido vcl-a sentada perto da; plan-tas floridas, ou na beira cios fossos.

A chuva molhava-a, o sol queimava-a :cila não sentia.

Mãos cruzadas nos joelho-, uma pregaamarga no-canto de sua bocea delicada,parecia ver e ouvir fantasma; visíveis sópara ella.

Jorge eslava repleto de attençjes e tíeinteresse pela enteada.

Q.uiuJo ela cíc.-appa:ecia subitamcnlc, caclic o primeVo a notar.

Si ciía esquecia o agasalho ou o chapéocorria atrás delia para

eníiegar; dc noite, elle forçava-ri

i-i-ir

liara casa, logo que via o tempo refrescar,Via-se que elle tentava o possivel e o

impossivel para se fazer perdoar a sua in-trusão no lar pela fiiha que elle julgava rc-voltada.

Mas ella, tão doce, tão terna com todos,não supportava nenhuma das suas attençõés.

Logo que elle se approxiuiava, tornava-sesubitamente altiva, glacial c qtia-:i insolente.

N:"o acecitava nenhum dos seus serviçose não consentira nunca em tocar a extre-midacle dos seus dedos.

No entanto, ue vcz ern quando, tinha sin-gularcs crises de syncopes.

Durante espaços mais ou menos longos,perdia completamente o entendimento.

Mas,c orno conservava habitualmente a suatez ciara c rosada, não emmagrccia, .-.iãose queixava de nada. Branca dizia baixinhoque ella representava uma comedia.

Um dia, Margarida passeava com Mlle.Gaste, ouvia a amiga falar de amor c de cn-feiten, quando ao dobrar uma monta, cilasacharam-se em presença de Jorge.

A physionomia clc Mlle. de Sanvetat seconlrahiu:

-- O senhor ainda? disse ella com altivez.Ha muito tempo que deixou o castello,

Margarida, disse Jorge quasi humildemen-lc: quiz saber o que era feito dc si...

Que lhe importa isso? Deve afinal ciecontas saber quc estas inquirições me sãomuito desagradáveis.

—- Inquirições? repetiu Jorge dolorosamen-te....

Mas o tom dc Margarida desconcertara asua pouca audácia, e elle afastou-se triste-mente.

Não linha ainda dado vinte passos queMargarida cambaleou.

Que teus? exclamou Mlle. Gaste; estásbranca como uma morta.

Margarida poz-ihe a mão na boca.Nada, disse cila, cala-te.

Sua voz estava rápida, imperiosa.No mesmo instante, Jorge desapparccia

na dobra '.'o caminho. Mlle. de Sanvctat,atirou-r.e nos braços da amiga.

Isaura, minha querida, disse-lhe ella,desatando eni soluços, perdôa-mc, soffrotanto!

A outra, assustada, cobriti-a de beijos.Soffrcs, pobresinha, de ipic? Miserícor-

t humidade das grande: arvo.-cj c .-. voltarJdia! Estás gelada, vou chamar

Não faças isso, não; não, peço-te; as-sttstarás minha mãe; é o VJcração que me 'sttf-foca, de vez em quando. Olha, creio queestá passando.

E /Margarida, de facto, menos pallida, ten-lava sorrir, cniqtianto que com suas peque-nas mãos ardentes comprimia o coração queestalava uo seu peito.

Jorge exigiu que a mulher pedisse ao Sr.Delorme o seu parecer a respeito das syn-copes de Margarida.

Este auscultou a moça, e, com o seu sor-riso habitual, aquelle sorriso idiota que ellejulgava tão espirituoso, declarou a Bran-ca que Margarida não tinha absolutamentenada.

Ora! disse elle como conclusão, comoremédio, ordeno... um marido.

A Sra .Larroche, que se tranquillisava fa-cilmente, sempre que a sua encantadora pes-soasinha não estava em jogo, nâo tratoude saber mais nada. Ella repetiu a Jorge odiagnostico e voltou com mais anciã aindaa suas festas e aos seus hospedes.

Pelo, fim de outubro, a municiou a suavolta para Roqueberre, e convidou uma ul-tima veza os amigos celebrar em Attvraya fuga cios bellos dias.

O Sr. de Boutin, Orpbeu Labarthe e Ja-cques assistiam a festa.

Todo ciia houve risos, passeios loucospelas alêas cheias de sol e vegeração. A[natureza tinha essa graça infinita e pun-gente que roçleia tudo o epie vae morrer.

As yideirás, despidas cios seus fruetos, masainda cobertas de folhas avermelhadas pe-les primeiros frios, marcavam com largaspaslas mais vivas o verde escuro do restocia folhagem; as cestas de flores cuidado-.samente tratadas estavam cheias dessas bel-las plantas do outono, esses chrysanthemoselegantes, de folhagem delicada," cie perfil-me acre. No campo, os lavradores mexiama terra que iam semear.

Seus appellcs monótonos c melancólicosdavam cenio que tuna nota de tristeza rialegria barulhenta 'dos hospedes de Branca.

De facto, ouvia-se do lado do castelloruidosas gargalhadas: as moças tocavam edausavam. A hora do jantar e o baile quedevia .seguir-se eram impacientemente espe-rados.

Branca, só nn meio dos seus hospedes,carecia jv/eoecupada.

Comprehendia-sc o seu aborrecimento ven-do muitas manchas grandes de um pardo;avermelhado, irregulares de forma mas qua-si fodas redondas e de aspecto singular,que tinhama pparecido nas suas faces.

A espessa camada de pó de arroz com queella as cobrira, não as oceultava absoluta-mente 'jiaffa;

per isso, desde pela manhã,a Sra. Larrcche não deixava o Dr. De-lorme senão para ir olhar-se nos espelhospara vêr si as horríveis estigmas não teu--d iam a desapparecer. \ ;—¦ Um insecto picou-me hontem na char*-,neca, diziae lia, ,a:s convidados, uma hor**rível aranha; não será nada. ijEstá bem certa que não é outra cousa?.'Perguntou a Sra. Drieux. i

Oh! certamente. Eu tinha adormccidoidebaixo de um carvalho, a dor acordou-me^e vi muito bem o medonho animal fugir. , „Que d;iz o Dr. Delorme? i

Que daqui a alguns- dias terá pas**sado.Talvez fizesse bem cm mandar cauteiá**

sar essas pequenas feridas, aconselhou umamoça. .

O Dr. Delorme interveiu. 'Por causa de uma aranha, disse elle, se-ria estúpido. Tanto mais que reconheci logo,o veneno particular desses animaes. E' per-íeiiamenle insignificante, dous dias quandolimitei c não sc verá mais nada.

A explicação do doutor não parecia soce-gar Branca, emquanto que, cada vez commais empenho, as senhoras davam-lhe o con-selno de experimentar as cauterisações, porprudência, diziam ellas; na realidade para au-gmentar as cicatrizes e tomai-as indelc-veis.

Não havia uma que n2o se sentisse profun-damenle contente por ver um defeito nessabelleza que lhes causava tanta inveja.

De noile, depois do jantar, e antes dc dan-sar, locou-se um pouco dc musica. Jorge to-cou violonceile, coin um amigo. Mlle. Gasteexecutou de modo muito notável a «Prece deMoysés**, de Uralberg.

Já os pequenos pés das dansaiinas se impa-dentavam e estremeciam, quando algumaspessoas reclamaram unia fantasia para pia-'no c* violoncello, que Jorge, acompanhadopor Margarida, interpretava' como verdadeiroartista. . ,

(Continua)* .

_Js

Page 6: HB8í#* ^i w?M'K#memoria.bn.br/pdf/348970/per348970_1914_00833.pdf · o que lhe importava conhecer, conduziu o expio-jr ás margens do fadiíçb, depois de um percurso K.lüS kilometroi.»)ra,

.í*« w

A NOITE- Quinta-feira, 9 de Abril de 1914

PEITORALBE

coqueluche, bronchites, etc., do que ox mn mais efficaz contra tosses, resfriados. influenza, coqueluche, bronchites, etc., do que o PCUUKAL ul.-«¦£ied.camento ma elhcazcon peitoral

do mundo. Fabrica-se' no Rio Grande do Sul. Vende-

na campanhnão se estraga

Não ha em todo o mundo miPELOTENSE, verdadeiro especificotodas as pharmacias, drogarias e casas de commercio

grandes, o preço é barato e o remédio não fermenta e

xaropes claros como destituídos de angico e do seu etreitoDepósitos no Rio: Drogarias J.

Granado & Comp., J. Rodrigues &'Comp., ^ outras. De

ç-^.,,. Figueirec!o & Comp., Laves & Ribeiro, eícEm S. Paulo :_ DrogariasJiaruel & V-omp., _»" rS S.»™ C„„p«S Sailisla de Dro8as « oulr» caS05

PEITORAL DE ANGICOse em

ros sãoE' muito denso. Rejeitar os

M. Pac

Não tem resguardo nem dieta. E' um xarope quasi preto,

heco, Silva Gomes & Comp., Araujo Freitas & Comp., Rodolpho Hess, Silva Araujo & Comp.,

Oe pçarmaceuncoa pharrnaazuíko

pessoa de

ilha

O illustre Dharmaceutico Sr. Herculano Ribeiro,

X farmacêutico Eduardo C. Sequeira - Os beneficies colhidos pela minha tí

com o vosso Peitoral de Angico Pelotense contra as mo est.as das vias respiratórias, mormente

Xam« fazei vi por meio deste testemunhar a minha gratidão por alguns vidros de que ^uufese Sbf tante aproveitamento. Soffrendo ha 30 annos, são'passados-dous sem que Jcesso algum tenha tido. urDPI..

Agradecendo-vos, assigno-me como amigo o collega obrigado - HLRLULANO R[,BEIRO-3 de maio de 1909."

Pedir sempre o verdadeiro&» venda eo folias as pharmacias e drogarias

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Hoje—Quinta-feira, 9 de abril de1914—« Soirée » da moda

Só hoje e amanhã—Novo pro-gramma m

Enorme film de uma concatenaçãoartística e de um variado enredoaventureiro, com scenas e panonmasmundiaes. Chamamos a attenção es-pecial paia este grande trabalho.

Só hoje (quinta) e amanhã (sexta-feira)A volta d© mimda

p_r ItavarèúcExhibição animada do celebre ro-

mance de M. Paul d'Ivoi, quc tãoruidoso suecesso fez em lodo o mundo,que alcançou iunumems edições,cinco longos actos e '.I73 quadros.

Horário das14:12,10,17112,

entradas: 13 horas,19, 20 lj! c 22 horas.

Theatro Bio BrasacoAvenida Gomes Freire 19 a

Empresa A. QUINTELLA

Companhia popular de operetas, ma-gicas e revistas, dirigida pelo com-petente ensaiador Alfredo Miranda.Orchestra sob a regência do maestroPaulino Sacramento.

HOJE V HOJEQuinta-feira, 9 de abril de 1ÍJ14

Imponente espectaculo

A Paixão de ChristoFilm admiravelmente cantado por

toda .1 companhia.Musica sublime do maestro Agos-

linho de Oouvêa.Evocação de todas as scenas da

grandiosa historia de Jesus Chislo.

Sabbado, 11 e domingo, 12—For-inidavel suecesso—Novo programrna

Obra ícnebrsoaTres actos e 471 quadros—ítala-

Film na poma!

NOTA—O Theatro ttio Branco é aunica casa que apresenta, todos osannos, cantado por toda a companhia,o magestoso film da Paixão com aesplendida niusjca do maestro Agos-Unho do Gouvèa.

Primeira sessão ás 7 horas.

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O BATUTA

PALAGE THEATREEmpresa Moraes & C—South

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Uma familia residente na casan. 46 da rua Visconde de RioBranco, 2" andar, apezar debal-dade recursos, recolheuhatempoem sua companhia uma infelicissi-ma moça paralytica. Não podendomais arcar com as despesas demanutenção e tratamento da des-venturada moça, a familia emquestão se presta a ser intermedi-ária entre ella e a caridade pu-blica, de que espera um olharpiedoso para áquella victima delão cruel infortúnio.

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o cmpol-dividido

> Piíxão d ciifisiflcânticosPontuado do ,;ll,ucos sacos peloapplaudido corpo coral deste theatroVerses de Alvarenga Fonseca, ,' u-s ca de Costa Junior. Vinte íígu a3 dcambos os sexos. b u<-

s. PEDRO

Companhia deDirecção

operetas e revistt'José Loureiro

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Espectacúlos por sessões — Pf<<ços de cinema

HOJE V HOJEA's 19 314 e 2l3[4

Penúltimas representações da Pes*sacra

0s milagres de

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Protagonista Abigail ^Ia:ílA njo Isabel FerreiraOs outros papeis por toda a cora-

patihia.Luxo, riqueza e esplendor!

Amanhã-Ultimas do SANTO A*TONIO.

Sabbado—O grande succcsso-NA0rií RALES.

¦ Na próxima semana «• O TESTA*MENTO DA VELHA.