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PRTICAS EDUCATIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR E AS MANIFESTAES DOS PRINCPIOS DA EDUCAO AMBIENTAL

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PRTICAS EDUCATIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR E AS MANIFESTAES DOS PRINCPIOS DA EDUCAO AMBIENTALGonalves, Ana do Carmo Goulart FURGDias, Cleuza Maria Sobral FURGGT: Educao Ambiental / n.22Agncia Financiadora: No contou com financiamento

Contextualizando o estudoAo apresentar o estudo descrito neste texto fundamental registrar que a inteno do mesmo olhar a Educao Ambiental (EA) no contexto escolar, para alm das prticas que privilegiam aspectos pontuais como separao do lixo, construo de hortas, etc. No obstante a validade dessas aes, pretende-se olhar como os sujeitos do processo educativo, nas relaes cotidianas, expressam princpios do pensamento ecolgico como dilogo, cooperao, solidariedade, entre outros, apontados por Barcelos (2003). Com esta inteno dialoga-se com a experincia vivida por uma professora de uma Escola de Ensino Fundamental, a fim de compreender quais os princpios de Educao Ambiental esto presentes na prtica educativa desta profissional. Na amplitude deste problema algumas outras questes auxiliaram na delimitao do foco de estudo e constituram-se como norteadoras deste trabalho: quais princpios de Educao Ambiental emergem da prtica educativa analisada? Quais os possveis significados que a professora d a estes princpios? O estudo fundamenta-se em autores como Barcelos (2003), Carvalho (2002), Leff (2001), Reigota (2002), Taglieber (2004), entre outros, que tm discutido questes relativas EA nas suas mais diversas dimenses e nos mais diversos espaos educativos.

A Educao Ambiental, traando perspectivas: a construo de pontes com a escolaNa ltima dcada, a EA tem sido pauta de diversas pesquisas, muitas, questionando as identidades que vm sendo construdas e outras problematizando sua perspectiva em diferentes reas, pois, ao pretender um fazer interdisciplinar, oportuniza o dilogo com diferentes reas do conhecimento, abrindo um leque de interaes sociais.A educao, entendida aqui como o espao formal, tem sido um campo privilegiado por tais pesquisas, as quais atentam para as contribuies pretendidas pela EA. Tal movimento oportuniza educao a possibilidade de (re)avaliar seu cotidiano na busca por mais qualidade nas interaes educativas.A escola vem sendo, ao longo dos anos, convidada a (re)pensar seu papel na sociedade, visto que esta, longe de ser esttica, est em constante transformao. preciso estar atento s ansiedades de uma sociedade em crise. A lgica capitalista, que hoje sustenta a sociedade na qual estamos inseridos, prima, acima de tudo, pelo desenvolvimento econmico.Alencar (2001, p.103) atenta:A ordem capitalista vigente cria uma lgica, uma dinmica de vida, que se afirma como natural, definitiva e eterna. Penetra fundo em cada um de ns, moldando nossa maneira de sentir, de pensar, de agir, de ser. Nunca o controle foi to intenso e to territorialmente espalhado. A escola, entendida como instituio privilegiada para o repasse de informaes, assume, nesse contexto, o papel de salvadora, uma vez que ela dever dar conta do treinamento dos sujeitos a serem inseridos no mercado de trabalho. Cabe lembrar que os sujeitos, ao serem treinados para a insero no mercado de trabalho, tm suas necessidades e expectativas moldadas de acordo com as normas vigentes. Assim, nega-se o direito a sua histria, forjando-se uma nova certa identidade ao longo desse processo.Seguindo essa perspectiva, encontram espao os sujeitos ditos mais capacitados, que recebem os melhores treinamentos, capazes de dar conta das demandas do mercado. Assmann e Sung (2000, p. 20) fazem uso do termo Sndrome de Atlas Assmann e Sung ( 2000, p. 17-18), ao se referirem Sndrome de Atlas, recorrem Mitologia grega que inventou os Tits, sobretudo a figura de Atlas. Atlas, como sabemos, foi castigado por Zeus e obrigado a carregar o mundo s costas. para se referirem ao peso que dado escola pela sociedade. Estaria ela fadada a realizar os tais treinamentos? Dizem os autores: admirvel que haja um nmero de professores/as que se sentem responsveis por ideais gigantescos. Em si no h nada de mal em sentir uma responsabilidade grande, uma urgncia de relacionar-se com tarefas amplas. Mas que passa quando no podemos transformar em prticas significativas? Pode-se acumular, nesse caso, a sensao de um peso insuportvel, no qual a responsabilidade se confronta com a impotncia, sem sabermos como balancear os dois elementos. As transformaes so necessrias e a escola, acredita-se, deve exercer o seu papel, o que no significa eximir outras esferas da sociedade de cumpri-lo tambm. nesse contexto que a EA constitui-se em possibilidades de contribuir para uma educao de qualidade, garantindo o respeito singularidade de seus sujeitos. Nas palavras de Reigota (2002, p.82), a partir da educao ambiental, a escola, os contedos, e o papel do professor e dos alunos so colocados em uma nova situao, no apenas relacionada com o conhecimento, mas sim com o uso que fazemos dele e a sua importncia para a nossa participao poltica cotidiana. O espao escolar pode oferecer, aos sujeitos envolvidos no fazer pedaggico dirio, a interlocuo com os pressupostos da EA, como forma de contribuir para a reflexo do modo de vida na sociedade contempornea.Barcelos (2003, p.30) acredita que:Vrias so as possibilidades de interveno sobre os problemas ecolgicos que afetam nossa sociedade. Elas vo desde uma viso tecnicista tipicamente moderna, que acredita na capacidade ilimitada da cincia de resolver todos os problemas, at outra que procura entender esses problemas como intrnsecos ao modo de vida de homens e mulheres e que, em funo disso, obriga-nos a reavaliar nossos modelos de pensar e agir em um mundo cada vez mais interligado.Dentro dessa perspectiva pensa-se que uma das possibilidades de interveno sobre os problemas ecolgicos, como aponta Barcelos acima, oportunizar o dilogo acerca de tais questes na escola, visto que esta um importante meio para a difuso e a construo de informaes. A escola estaria, assim, oportunizando um (re)pensar acerca de suas aes, a fim de viabilizar mudanas que convirjam para um modo de vida pautado pelos princpios ambientais.Convm lembrar que a escola tem um papel fundamental no contexto ecolgico local e planetrio contemporneo Ver REIGOTA, Marcos. O que Educao Ambiental? Tatuap, Ed. Brasiliense S/A, 1994., uma vez que considerada, por excelncia, o locus central para as interaes sociais.Nesse estudo, conforme Reigota (2002, p.58), entende-se educao ambiental como uma proposta filosfica e pedaggica que considera a escola um centro de questionamentos e produo de alternativas sociais, polticas e culturais mais sintonizadas com o seu tempo. Nesse sentido, acredita-se que a EA uma proposta na qual possvel vivenciar o dilogo na busca da compreenso de como ocorrem as interaes nos diversos ambientes com que temos contato. Tal fato ocorre no momento em que os sujeitos envolvidos, problematizam situaes vividas no cotidiano com o intuito de compreend-las na sua complexidade.A EA pode, enquanto prtica pedaggica cotidiana, trazer grandes contribuies no sentido de oportunizar uma sociedade planetria mais justa, menos violenta e economicamente sustentvel, possibilitando uma prtica de vida que respeite a singularidade e as dimenses afetivas, social e tica do ser humano.

O Despertar da Educao Ambiental nas escolasA Educao Ambiental nas escolas ganhou visibilidade a partir da realizao da Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992, a qual props um novo padro de desenvolvimento, conciliando mtodos de prticas ambientais, justia social e eficincia econmica.Os recm-chegados Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs), elaborados pelo MEC (Ministrio da Educao e Cultura), trazem para o debate a discusso acerca de uma nova proposta pedaggica para a construo de currculos com nfase nas questes ambientais, tratadas de forma interdisciplinar e como temas transversais De acordo com as orientaes do MEC, 1992: Temas transversais so eixos, linhas... Constituem-se de temas recorrentes no currculo, no paralelos s reas, porm transversais.. A idia, romper com o paradigma positivista, na tentativa de caminhar para uma prtica ambiental sem a fragmentao temtica. A mudana de paradigma sugerida provoca, reflexes sobre sua aplicabilidade, uma vez que tais Parmetros foram pensados e elaborados sem a participao ativa dos professores. Alm disso, viabilizar novas aes implica um (re)pensar acerca das aes educativas que at ento vm sendo efetuadas. Duvoisin (2003, p.95), baseada nas leituras de Ramos (1997), alerta para:[...] a enorme defasagem existente entre os princpios e fins educacionais, bem como os objetivos da rea e os contedos necessrios a atingir tais finalidades, atribuindo essa defasagem tenso existente entre esses princpios e fins e a inadequao da estrutura curricular compartimentalizada em disciplinas.Acredita-se que no basta mudar a forma de conduo das aulas, inserir ou retirar contedos contidos no currculo escolar, para mudar a prtica pedaggica. Romper com velhos paradigmas implica rever um conjunto de conceitos, concepes e atitudes que, em conjunto, aliceram o cotidiano das interaes educativas. Logo aps a insero das questes ambientais no contexto escolar, inmeras aes vm sendo pensadas e implementadas. A escola, portanto, percebida como um solo frtil para difuso das referidas questes.Atualmente, a necessidade de discutir e analisar as questes ambientais no contexto escolar tem levado pesquisadores a inserirem-se nas prticas educativas. Entre essas pesquisas, tem-se como referncia o estudo realizado por Duvoisin (2003), intitulado A Educao Ambiental na Rede Telemtica, o qual objetivou identificar e compreender o desenvolvimento dos projetos de aprendizagem com temticas ambientais em uma rede de informaes. O foco de pesquisa foram as interaes estabelecidas em grupos de formao continuada em Educao Ambiental na rede telemtica, que teve como resultado a importncia e a viabilidade de um trabalho interdisciplinar embasado na construo coletiva dos sujeitos envolvidos e a necessidade de investirmos na construo coletiva e na capacitao permanente dos professores.Outra pesquisa que diz respeito ao contexto escolar foi a realizada por Silva (2004, p. 124). Tal estudo teve como propsito avaliar a conscincia ambiental manifestada na comunidade escolar do Instituto Santa Luzia, em Porto Alegre/RS, aps a implantao do projeto Educao Ambiental e Cidadania. Ao trmino da investigao, a pesquisadora traz a pblico a seguinte considerao:O desenvolvimento da conscincia ambiental foi identificado, a participao no mais restrita ao ambiente escolar, est sendo levada de uma maneira ampla para o cotidiano dos participantes da pesquisa. Estes demonstram, em muitos momentos, ter despertado para a solidariedade, a preocupao com o bem-estar do prximo e o compromisso de querer atuar de maneira crtica na realidade.As contribuies de tais estudos so de ordem filosfica e epistemolgica, visto que oportunizam aos sujeitos um constante pensar e (re)pensar suas aes enquanto cidados e, assim, criar possibilidades de romper com crenas, mitos e atitudes que antes eram entendidos como naturais.Muitos pesquisadores, ao conclurem seus estudos, percebem a existncia de prticas voltadas para um fazer ambiental de cunho antropocntrico, estando a natureza a sua disposio. As aes educativas, nesse sentido, tm seu olhar voltado para um fazer ambiental, no qual a preservao e a conservao se apresentam como centrais. Acredita-se que tais prticas eximem a escola da discusso poltica e tica sugerida pela EA. Da forma como esto postas, estas aes encontram-se isoladas, apartadas da rede complexa que pressupe as inter-relaes pretendidas pela EA.A escola, detentora de um importante papel na sociedade, no poder se ausentar na execuo de suas responsabilidades. Haver de promover a discusso das questes ambientais em seu cotidiano, oportunizando em suas interaes educativas a vivncia de valores que levem a um pensar coletivo, na tentativa de distanciar-se de temticas que privilegiam o espao para a competitividade, espao este j to arraigado perspectiva tradicional de educao.Neste sentido, Barcelos (2003, p. 03):Assim como a palavra competio no rima com educao, embora formem uma rima pobre, as palavras vencer/subir no rimam com felicidade nem na vida nem na classificao lxica. A competio traz em si anulao do outro. A derrota do outro. Fica muito difcil pensar em um mundo solidrio, fraterno e mais justo onde a competio seja tomada como um princpio educativo.O antagonismo entre essas duas palavras constri uma idia de oposio. A educao busca, enquanto um processo de humanizao, no outro e com o outro uma relao de dilogo, assim como nos diz Freire (1987). A competio, no entanto, supe uma anulao do outro. Assim, h de se pensar a educao como um lugar para vivenciar a cooperao, o amor, a no-disputa.

As trilhas terico-metodolgicas da pesquisa: apontando os caminhosAps uma breve discusso acerca da temtica da educao ambiental e suas relaes com o espao da escola, importa apresentar os fundamentos terico-metodolgicos que orientaram este estudo. O mesmo toma como referncia as concepes da pesquisa qualitativa do tipo Estudo de Caso Etnogrfico. Segundo Andr, para uma pesquisa caracterizar-se como tal, faz-se necessrio que um tema seja bem delimitado e seja associado, tambm, com os requisitos da etnografia. A autora manifesta-se dizendo que O interesse do pesquisador ao selecionar uma determinada unidade, compreend-la como uma unidade. Isso no impede, no entanto, que ele esteja atento ao seu contexto e a suas inter-relaes como um todo orgnico, e a sua dimenso como um processo, uma unidade em ao (1995, p.31).Levando em considerao as especficas caractersticas do Estudo de Caso Etnogrfico, optou-se por olhar a prtica educativa de uma professora atuante no 3 ano do Ensino Fundamental. Justifica-se tal escolha considerando a maneira como ela estabelece as interaes no contexto escolar, tendo o dilogo, a cooperao e o cuidado como princpios educativos.Para o desenvolvimento da pesquisa, toma-se como material de anlise: os elementos da entrevista realizada junto professora sujeito da pesquisa; das anotaes feitas no dirio de campo, no momento das observaes; do memorial construdo pela professora, como resposta a um projeto de educao continuada, proposto pela escola; e tambm dos registros reflexivos feitos pela professora em seu caderno de planejamento.As observaes foram registradas em um dirio de campo, o qual foi construdo durante os anos de 2003 e 2004 com o objetivo de registrar o cotidiano dos fazeres pedaggicos da professora. A anlise dos planejamentos dirios possibilitou uma aproximao da forma como educadora acredita que a sistemtica da sala de aula pode ser organizada, bem como a compreenso sobre suas opes em trabalhar este ou aquele aspecto do ensino e da aprendizagem. No que se refere anlise dos registros feitos, aps cada aula, pode-se salientar que a importncia dos mesmos encontra-se no fato de tornarem transparentes os pensamentos e as teorias implcitas da professora, possibilitando compreender o que, para ela, constitui-se como essencial a ser dito e registrado. Quanto entrevista, enfatiza-se no somente a emergncia de questes que, no cotidiano da sala de aula aparecem em uma linguagem no oral, mas tambm pelo fato de possibilitar um contato mais direto com a professora.Um aspecto que merece ser destacado a importncia do registro do pesquisador no processo de compreenso do objeto de estudo. Ao escrever suas observaes sobre a realidade investigada, ao anotar comentrios, fazer inferncias, enfim, materializar pensamentos, o pesquisador coloca a sua disposio um rico material.As informaes produzidas foram analisadas tendo como orientao os princpios da metodologia de Anlise Textual, segundo Moraes (2003). De acordo com o autor, essa proposta metodolgica utilizada para descrever e interpretar o contedo de toda a classe de documentos e textos, o que possibilita atingir, de uma forma mais complexa, a compreenso dos significados do material analisado. Nesta metodologia, o primeiro momento caracterizado por uma leitura atenta dos materiais coletados, para que o pesquisador opte por aqueles que possam ser significativos em sua pesquisa. Tal momento foi vivenciado ao organizar-se o material coletado. A anlise deste material pretendeu a busca por uma compreenso sobre os conhecimentos, os valores e as concepes privilegiadas pela professora, que permeiam, explcita ou implicitamente, o seu fazer pedaggico.Numa segunda etapa, ao reler todos os materiais, o pesquisador busca, de acordo com esta proposta metodolgica, a identificao das unidades de anlise, tambm chamadas de unidades de significados, as quais caracterizam por uma maior ampliao, demarcando-se, assim, os limites contextuais para a interpretao. Desse modo, as unidades de contexto so compostas por vrias unidades de anlise, o que possibilita no se perder de vista a unidade e a procedncia contextual dos dados.Vivenciar esta etapa significou a emergncia de alguns aspectos pontuais no que se refere ao modo de ser da professora, bem como a relao entre tal modo com a forma como opta em organizar sua prtica docente. Destacaram-se, nos materiais de anlise, questes que possibilitaram a proximidade com o problema de pesquisa.Dentro da proposta de anlise defendida por Moraes, uma outra etapa, a da categorizao, prev um agrupamento dos dados anteriormente unitarizados, atravs de uma aproximao por semelhana ou analogia de seus contedos. No se processa, de acordo com o autor, de forma seqencial e linear, mas sim de modo cclico e circular, o que significa dizer que os dados no falam por si, sendo necessrio que o pesquisador extraia de tais dados os seus significados. Caracterizando-a como uma das etapas mais criativas da Anlise Textual, o autor refere-se necessidade das categorias serem vlidas, pertinentes e adequadas, independente de serem escolhidas a priori ou de se constiturem como emergentes a partir dos dados unitarizados.Neste estudo, ainda que se tenha apontado os princpios da Educao Ambiental, como categorias de anlise, atentou-se de forma especial s emergncias advindas da anlise dos dados. neste sentido que foram emergindo aqueles princpios que se mostraram como significativos na constituio do modo de ser da professora. Tendo construdo as categorias do trabalho, o pesquisar passa, ento, chamada descrio das informaes produzidas. Tal descrio constitui-se na quarta etapa do processo de Anlise Textual, referindo-se ao primeiro momento de comunicao dos resultados que esto sendo encontrados na investigao.Em se tratando de uma pesquisa respaldada pelo paradigma qualitativo, a descrio constituda de um texto sntese das unidades de anlise presentes em cada categoria, podendo-se, nesse instante, fazer citaes que remetam aos dados originais. Na quinta etapa, interpretao e inferncias do pesquisador so solicitadas para que uma anlise mais profunda do contedo seja alcanada. uma busca pela compreenso dos dados para alm de uma mera descrio, que se inicia no momento de um estudo terico a priori e prolonga-se para os momentos em que teorias emergentes das prprias categorias insinuam-se ao pesquisador.O trabalho construdo a partir desta proposta de anlise, possibilitou a construo de alguns mapas sem, no entanto, constituir-se em amarras.

O olhar professora: percorrendo caminhos... conhecendo histrias...Enquanto se definia o objeto de investigao, o modo de ser e de fazer a docncia da referida educadora saltava aos olhos. Chamou ateno, entre outros aspectos, suas interaes sociais com as crianas, com as famlias e, de modo geral, com toda a comunidade escolar. Interaes que, de uma maneira especial, expressam a vivncia de princpios como dilogo, cuidado, cooperao, entre outros. Tais princpios so apontados por Barcelos (2003, p.04), como pressupostos do pensamento ecologista. Diz o autor que o que se espera da escola que contribua para que as crianas cresam na vivncia de valores e no apenas na sua aceitao e/ou aprendizagem, at porque no se ensinam valores. H que viv-los e, de preferncia em comunidade.A (re)visitao de pessoas, de espaos e de contextos que contriburam na constituio do modo de ser da professora, possibilitou que memrias emergissem, convidadas pela vontade de falar em si. No raras vezes, pode-se perceber em sua voz tons emotivos ao narrar suas experincias. Linguagem e emoo entrelaavam-se intimamente, reservadas a expressar, assim, uma peculiaridade humana (MATURANA, 1998).Assim foi-se conhecendo a trajetria da professora. Ao narr-la, privilegia-se momentos que se referem constituio de sua histria enquanto docente dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Considera-se importante deixar claro que, nesta anlise, conjugam-se elementos dos dados coletados, juntamente com os interlocutores tericos que so convidados a fundamentar este estudo.Para situar o contexto escolar onde a professora vivencia a prtica educativa que foi analisada neste estudo, comea-se a narrar um fragmento da entrevista no qual ela, conta o significado do convite que recebeu para trabalhar na, em suas palavras, escola de seus sonhos. Emocionada, fala:O meu sonho era ir [trabalhar] para a escola. Eu via a minha irm falar das coisas que elas faziam l. Me chamava a ateno a roda, que minha irm chamava de assemblia onde os alunos podiam participar, dar sua contribuio. Essas coisas me encantavam e me deixavam com mais vontade de trabalhar num lugar assim[...].Nesta escola, a professora conta que aprendeu muito e que teve seu trabalho incentivado e valorizado. O importante a valorizao que recebemos na escola, isto que faz um profissional ter vontade de querer mais, diz ela. Esse modo de ver o professor faz parte da proposta pedaggica da escola, percebendo o educador como tambm um pesquisador que reflete, continuamente, sobre a ao educativa. O conhecimento, de acordo com tal proposta, um processo construdo coletivamente e aperfeioado a partir das vivncias de educandos e de educadores. Interessante pensar uma proposta pedaggica como um espao para ser vivido e, por que no dizer, construdo democraticamente. Acredita-se que esta vivncia oportuniza a construo de um mundo mais justo e ecologicamente correto, visto que as interaes sociais acontecem atravs da vivncia de princpios como o dilogo, o respeito, a autonomia, o cuidado, a cooperao e a solidariedade. Arroyo (2000) refere-se escola como espao de humanizao feita atravs da relao dialgica, a qual fundamental na busca pela convivncia da/na diversidade dos sujeitos envolvidos. Este espao de convivncia da/na diversidade expresso na fala da professora, quando diz:A escola favoreceu para meu crescimento profissional! Essas coisas de quando a gente fazia reunio [...] eu me sentia um pouco inibida porque todo mundo falava [...] e eu, no, porque eu no estava sabendo do assunto. Eu sabia, mas eu achava que eu tinha que me expressar com as mesma palavras que tu usas e eu no tenho vergonha de dizer que eu acho muito bonito quanto tu falas, sabe? Eu tambm quero falar dessa maneira, mas ela uma[...] Eu sou outra. Eu vou chegar a me expressar de outra maneira, quando eu estudar mais [...] Sem reforar os aspectos que poderiam ser considerados como negativos, a professora continua, destacando o quanto as interaes na escola so relevantes para a construo de seu modo de ser e de fazer a docncia. Ao dialogar com sua histria, a professora vai resgatando sua trajetria profissional e faz comparaes com as experincias vividas em um contexto do passado:No momento que eu estava na outra escola e dava outro contedo [...] meu Deus, que coisa medocre que eu fazia! Que coisa horrvel a maneira como eu dava aula! Mas ser que eles no iam aprender melhor dessa outra maneira que eu estou dando aula? Ser que eles no iam ter muito mais prazer? Os meus alunos, hoje, [...] tm prazer em ir aula, em estar na aula, em aprender as coisas.Ao dizer isso, atribui o seu crescimento profissional escola. Fala da importncia do dilogo, da cooperao dos colegas nos encontros para estudo e, principalmente, das reflexes feitas a partir da prtica, o que, para a professora, constituiu-se como fator influente nas novas aprendizagens construdas. Segundo Maturana (2003, p.31): A reflexo um ato na emoo na qual se abandona uma certeza e se admite o que se pensa, o que se tem, o que se deseja, o que se opina ou o que se faz pode ser olhado, analisado, e aceito ou rejeitado como resultado desse olhar reflexivo.A professora conta que a vivncia no contexto da escola possibilitou que pensasse a educao de forma diferente. Passou a ter interesse por leituras alusivas ao tema educacional. Hoje, diz que a educao no transmisso de conhecimento, mas sim um ato de amor que exige coragem para pensar o novo. Admite que ao pensar a educao de forma diferente a que estava habituada, percebe a necessidade de trabalhar com as questes sociais, as quais devem fazer parte do cotidiano das crianas. Constata-se, no seu pensamento, um dos princpios expressos no projeto pedaggico da escola, em que encontro a seguinte inscrio: o aluno visto como um sujeito do processo, capaz de construir seu conhecimento atravs das associaes feitas entre as vivncias anteriores e as novas interaes (Proposta Pedaggica da Escola, 2002, p.20). Este pensamento vem ao encontro das palavras de Barcelos (2003, p.87):A educao que se pretende construtora de cidadania precisa ir alm de uma viso utilitarista e instrumental do conhecimento. O processo educativo tem como uma de suas principais funes, seno a mais importante, preparar, principalmente as crianas, para viverem uma vida mais feliz, menos mercantil, mais saudvel ecologicamente.Dentro desta perspectiva, parte-se da premissa de que, se os espaos destinados educao de crianas forem permeados pelos princpios da EA, aqui expressos como cooperao, cuidado, solidariedade, dilogo, entre outros, teremos crianas mais felizes, integradas com a sociedade e capazes de construir o seu viver de forma plena.Retomando a histria da professora, entende-se que sua ao pedaggica um espao de/para convivncias. Existe, no cotidiano de suas interaes, um espao para o dilogo; pautado pela confiana e pelo respeito, em que meninos e meninas, acompanhados(as) de suas expectativas e ansiedades, peculiares da infncia, apropriam-se do ambiente escolar para vivenciarem suas escolhas. Essa idia encontra eco nas palavras de Freire (1987, p. 79) quando afirma que os homens se fazem no no silncio, mas nas palavras, fato este que torna o dilogo em uma exigncia existencial. Diz o autor:E, se ele o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereados ao mundo transformado e humanizado, no pode reduzir-se a um ato de depositar idias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idias a serem consumidas pelos permutantes. O fragmento das observaes realizadas, descrito a seguir, mostra a ao dialgica como um dos pressupostos da prtica pedaggica da professora:Ao chegar sala de aula as crianas em roda, conversando com a professora. Uma menina mostra uma reportagem [...]. Trata-se de um caderno com informaes da Campanha O amor a melhor herana. Junto, estava o Agasalho, bonequinho utilizado na Campanha do agasalho 2004, o qual chamou a ateno da turma. Um menino diz: - ah, esse a o Agasalho. da Campanha do Agasalho.... Em seguida, a professora fala: so campanhas. Essa campanha do Estado, [...]. Uma menina afirma, logo em seguida: so campanhas para crianas e at adultos que no tm condies de ter um agasalho mais quentinho. A professora intervm: que pena que a gente pode ajudar e, s vezes, no sabe como. Imediatamente, surge uma idia: ah, e se a gente trouxer alguma roupa, alguma coisa?. A professora fala: ah, pode at ser, mas a prof. vai ter que conversar com algum para ver como que a gente pode ajudar. Um menino perguntou: tu no podes falar com a 1 dama? [...], continuaram dialogando.... Uma menina sugeriu que fizessem bilhetes e passassem nas turmas para realizar os convites e, depois poderiam disponibilizar uma caixa grande para arrecadao dos agasalhos.

No s a observao leva a constatar esse espao de dilogo, mas tambm o depoimento da professora ao relatar sua prtica, expressando que o segredo do meu trabalho a construo de laos afetivos com as crianas e com as famlias.Ela ressalta o dilogo e a afetividade como um dos alicerces de seu trabalho docente e deixa evidente o quanto procura, em um primeiro momento, conhecer cada criana a fim de respeit-la na sua singularidade. Eu no consigo trabalhar sem saber quem a ... (e a professora segue nomeando um a um cada aluno).A prtica da professora pode ser entendida como uma prtica de solidariedade que, segundo Barcelos (2003, p.79), est vinculada, entre outros fatores, ao reconhecimento, aceitao e defesa do direito do outro ao exerccio de seus desejos e vontades. Para o autor, a construo de um espao que privilegia a prtica da solidariedade , sem dvida, fundamental para que as crianas tenham um viver com base no respeito e na aceitao das diferenas.Reiterando a idia de respeito s singularidades de cada criana trazida pela professora, referencia-se as palavras de Alarco e S-Chaves(2000, p.103):Sendo o aluno o elemento central da aco educativa, imprescindvel que o professor detenha conhecimento acerca do aluno e de suas caractersticas, isto , compreenda seu passado e seu presente, sua histria de aprendizagem, seu nvel de desenvolvimento e seu contexto sociocultural.A dimenso afetiva e o respeito s crianas, assumidos na fala da professora podem ser percebidos pelo fato dela escolher narrar trajetrias significativas de sua histria, onde vivenciou o afeto e o respeito. Conta que, diariamente, dedica espao para que a turma possa compartilhar expectativas, anseios, novidades e reivindicaes que surgem como avaliaes do dia a dia, por exemplo. Assim, o dilogo uma constante. Diz a professora: s vezes as coisas acontecem na roda, l na nossa roda, e quando a gente v, ela est de um tamanho que a gente no sabe onde comeou aquele fiozinho.Em um registro das observaes, expressa-se a abertura para o dilogo acerca dos anseios e das expectativas das crianas; neste caso, ligadas aos contedos estudados.A professora l para as crianas um texto que trata sobre a classificao das palavras quanto slaba tnica. Logo no incio, algumas delas percebem do que se trata o texto; outras, porm, atentam leitura, parecendo no entender o sentido do que escutam. Ao finalizar, a professora, propositalmente, abre espao para o debate. Um menino diz: Profe, eu j entendi, a slaba forte no incio, meio e fim. Outro argumenta: Eu tambm entendi. Mas para que estudar isto?. Em seguida, so lanados mais questionamentos: Por qu existe isso, essa tal de oxtona? Quem inventou isto?. A professora, calmamente, responde as perguntas s crianas que, neste momento, agitam-se. O dilogo segue e as crianas aproveitam para falar de seus anseios. Contam sobre o que consideram importante na escola, e discutem sobre o que esperam estudar.A professora demonstra uma ateno especial ao bem-estar dos alunos, querendo que eles construam seus conhecimentos em um espao de tranqilidade. Possibilita que questionamentos a respeito da legitimidade dos saberes exigidos pela escola sejam feitos, construindo, assim, um ambiente onde os alunos argumentam a respeito de suas opinies.As interaes sociais vividas pela professora no so apenas marcadas pelos afetos e pelo cuidado, mas tambm pela cooperao, elemento valorizado no modo de ser e de fazer a docncia da professora. Maturana (2003, p. 60), ao referir-se sobre cooperao, enfatiza que ela acontece nas relaes sociais e que no ocorre nas relaes de dominao e de sujeio. As relaes sociais implicam em confiana mtua e ausncia de manipulao ou instrumentalizao das relaes. Portanto, as relaes sociais quebram a manipulao quando esta aparece. Esse senso de cooperao demonstrado pelo envolvimento da professora com as atividades extra-classe, as quais buscavam, naquele especfico contexto, atender a uma necessidade da escola.[...] uma escola que eu me envolvi muito. [...] Lembro que organizvamos discotecas noite para angariar fundos para a banda, por exemplo.[...] Tambm me envolvi afetivamente com as pessoas. Acho que porque eu gosto de estar com as pessoas, de estar ajudando, de me sentir til, sabe?Tal cooperao tambm carrega a expresso do cuidado, do zelo pelo seu espao de trabalho; um cuidado com o meio ambiente, um certo engajamento e, quem sabe at, um senso de militncia, como aponta Taglieber (2004), no sentido de comprometimento pela busca do trabalho coletivo.A partir da anlise, percebe-se que as interaes sociais da professora so pautadas por princpios da EA anteriormente citados. Esta educadora, ao conviver, transforma-se, o que faz lembrar as palavras de Maturana (1998, p. 29):O educar se constitui no processo em que a criana ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espao de convivncia. O educar ocorre, portanto, todo o tempo e de maneira recproca.

O dilogo com os caminhos percorridos: achados e descobertasA concluso ainda que provisria do estudo, demonstra que o mesmo se constituiu em processo de escuta da prtica da professora, sujeito da pesquisa escutar aos outros, cultivar a arte do encontro (LARROSA, 2002). Um encontro com o propsito de compreender como se expressam os princpios de Educao Ambiental na prtica educativa de uma professora do 3 ano do Ensino Fundamental. Ao final do encontro a anlise permitiu destacar, em tal prtica, a presena de trs princpios fundamentais da EA: o cuidado, a cooperao e, em especial o dilogo, valorizado sobremaneira pela professora.O dilogo um dos princpios emergentes na prtica educativa da professora. evidente a forma como se desenvolve o processo dialgico, no qual os alunos podem opinar, sugerir, criticar e discutir temticas referentes proposta pedaggica. Em algumas situaes, inclusive, esse processo permite a tomada de decises a partir do discutido no grupo, alterando as atividades do dia, o que no incomoda a professora, ao contrrio, valorizado por ela como uma possibilidade de aprendizagens no coletivo. evidente tambm a forma como a professora valoriza, a voz das famlias dos alunos, fazendo um constante chamado participao das mesmas no contexto das atividades escolares. Tal valorizao expressa no seu modo de planejar o cotidiano de suas interaes sociais.O dilogo tambm evidente na proposta metodolgica da professora quando ela opta pela metodologia de projetos de trabalho para organizar o ensino. Ao buscar temticas a serem estudadas, oportuniza o dilogo com outras fontes de conhecimento, sejam estas expressas pela utilizao da pesquisa bibliogrfica ou por membros da comunidade escolar.A cooperao tambm valorizada pela professora desde suas primeiras experincias como docente, a qual expressa como uma preocupao com o lugar de trabalho, ressaltando-se o fato de disponibilizar-se a sempre ajudar o outro. A cooperao neste sentido, manifesta-se como uma espcie de zelo, engajamento e comprometimento com o trabalho coletivo.Assume-se que, neste estudo, destacam-se alguns elementos em detrimento de outros, em funo dos objetivos que o delimitam. Foram, tais elementos, selecionados e analisados de acordo com a viso de mundo que se tem no momento da pesquisa. Portanto, no so estas anlises e consideraes, verdades absolutas, mas provisrias.Este estudo muito contribuiu para que se pudesse direcionar um olhar mais inteiro para a professora-sujeito desta investigao. Um olhar no limitante, mas que instiga realizao de novos processos investigativos.

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