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Grupoterapias Insight, Elaboração e Cura Cesar A. F. Rathke Instituto Abuchaim 2009

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GrupoterapiasInsight, Elaboração e Cura

Cesar A. F. Rathke

Instituto Abuchaim

2009

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Insight

In (dentro de) + sight (visão) Aquisição de uma visão interna →

atividade interpretativa do terapeuta Descobrimento Propicia novas criações (memórias) Processa-se em 5 níveis distintos

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Insight

Insight intelectivo: inócuo para a compreensão dos conflitos e potencialmente acentuador de defesas

Insight cognitivo: percepção clara de características e atitudes antes egossintônicas. Promove uma egodistonia

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Insight Insight afetivo: início do insight

propriamente dito – cognição começa a se acompanhar de vivências afetivas, possibilitando as correlações

Insight reflexivo: decorre das inquietações do insight afetivo, que geram reflexões sobre sentimentos, pensamentos, atitudes e valores. Natureza binocular

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Insight Insight pragmático: uma boa

elaboração do processo do insight leva a mudanças psíquicas que se traduzem na vida real, controlada pelo Ego consciente.

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Elaboração Consiste na aquisição de insight total

e definitivo, pela integração de insights parciais.

Vida psíquica: estrutura de pares antitéticos dissociados e projetados, fundidos e confundidos

Elaborar é promover a integração e síntese desses elementos

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ElaboraçãoFundamental considerar o modo de

aquisição e uso do insight: intelectivo/harmônico/afetivo harmônico ou confusional identidade autêntica ou imitativa mudanças construtivas ou defensivas cura verdadeira ou cosmética

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ElaboraçãoResultado deve ser mudanças

significativas e duradouras

Causas de elaborações defeituosas Insight falso (intelectivo?) Resistências inconscientes

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Elaboração em grupoterapias

Tem características específicas Ritmos individuais diferentes Quanto mais sadio o indivíduo num

contexto grupal, maior o leque de papéis evolutivos no grupo

Num grupo coeso o crescimento costuma ser uniforme

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Elaboração em grupoterapias

As rupturas de esterótipos costumam ser acompanhadas de certa confusão individual e grupal.

Tal processo é natural e necessário

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Elaboração em grupoterapias

Um aspecto importante é a entrada ou saída de elementos do grupo.

Gera ansiedades e fantasias A saída do integrante e as

características da mesma, bem como sua elaboração “ao vivo” são singulares no tto grupal

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Mecanismos da ação terapêutica do grupo, critérios de cura

Cura é um conceito relativo e impreciso Em grupo: existe uma psicanálise

verdadeira num contexto grupal? O autor defende que o fundamental é a

qualificação do terapeuta, e não o método Salienta, contudo, que não está igualando

métodos

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Cura: benefícios terapêuticos X resultados analíticos

Benefícios terapêuticos: 3 níveisResolução de crises emocionais agudasRemoção de sintomasMelhoras adaptativas (instáveis) Resultados analíticos:Mudanças estruturais reais, com

modificações na conduta do indivíduo

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Cura: significados semânticos

Medicina: resolução completa Prestação de cuidados Curiosidades (curios) Amadurecimento

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Cura No que consistem os resultados?

Evolução do conceito de cura analítica

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Cura analítica: Freud Teoria do trauma psíquico (neurótico

sofre de reminiscências e a cura consiste em rememorá-las)

Teoria topográfica (tornar consciente o que é inconsciente)

Teoria estrutural (onde houver Id (e Superego) deve estar o Ego

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Cura analítica: Melanie Klein

Posição esquizoparanóide: predomina o instinto de morte – representado pela inveja – com dissociação do Ego e dos objetos e a projeção destes

Deve ser substituída pela Posição depressiva: o indivíduo integra

os objetos parciais em totais, assume a culpa pelos ataques destrutivos e faz as devidas reparações

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Cura analítica: Bion Múltiplas abordagens sobre os

mecanismos curativos “Onde houver onipotência, deve ficar

a capacidade de pensar e o aprendizado pela experiência”

“Onde houver a função '-K' (negação do conhecimento das penosas realidades internas e externas), deve ficar a função 'K' (knowledge)”

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Cura analítica: Bion “Onde houver ansiedade de

aniquilamento ('terror sem nome'), deve haver um nome para a mesma”

“Onde houver a parte psicótica da personalidade, deve estar a não-psicótica”, que equivale, em termos de grupoterapia, ao postulado

“Onde houver supostos básicos inconscientes, deve ficar o grupo de trabalho”

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Cura analítica: Winnicott “Onde houver um falso self, deve

ficar o verdadeiro self”

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Cura analítica: Kohut Criador da escola da Psicologia do Self

Enfatizou o conceito de cura (especialmente nos muito regressivos) no seguinte ponto:

“Onde houver sérios prejuízos da formação do self deve haver uma 'internalização transmutadora'”

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Cura analítica: Lacan Maior figura da Escola Estruturalista “Onde houver significações patológicas,

deve haver novas ressignificações” “Onde houver uma sujeição (ser o

objeto do desejo de outro) deve ficar liberdade e autonomia”

“Onde houver Narciso (díade fusional com a mãe), deve ficar Édipo (entra a 'Lei do Pai' para desfazer o monopólio da mãe)”

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Cura analítica: M. Mahler Importante na escola da Psicologia do Ego “Onde houver simbiotização e

indiferenciação, deve haver individuação, com constância objetal e coesão do self”

Antes dela: “Onde houver um prejuízo na capacidade

das funções do Ego, devem ser resgatadas essas áreas que, inicialmente, eram autônomas e livres de conflito”

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Cura analítica: Teoria Geral dos Sistemas

“Onde houver uma radicalização e estereotipia na distribuição de papéis de um sistema (familiar), deve haver flexibilização, intercâmbio e mudanças”

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Critérios de cura Talvez a expressão mais adequada

seja crescimento mental

A conceitualização sobre finalidade e o mecanismo da ação terapêutica analítica é bastante complexa

Em grupos, um processo terapêutico exitoso deve ser extensivo às seguintes mudanças psíquicas:

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Critérios de cura Diminuição das ansiedades paranóide e

depressiva Desenvolvimento de um bom “espírito

de grupo” Capacidade de comunicação e

interação com os demais, respeitando os limites

Modificação na qualidade das relações objetais (internas → externas)

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Critérios de cura Recuperação e integração de partes

suas

Capacidade de suportar frustrações, perdas e fazer um luto

Consideração pelo outro e capacidade de reparação de possíveis danos inflingidos

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Critérios de cura Diminuição das expectativas impossíveis

Abrandamento do superego

Libertação das áreas autônomas do ego

Aceitação da condição de dependência

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Critérios de cura Utilização da linguagem verbal em

substituição à não-verbal

Aquisição de um sentimento de identidade consistente e estável

Obtenção de uma autenticidade e de uma autonomia

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Critérios de cura Capacidade de experimentar relações

afetivas com outrem, reconhecendo-os como livres, inteiras, diferentes e separadas dele

Uso adequado das identificações projetivas

Ruptura da esterotipia de papéis, aceitação das diferenças

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Critérios de cura Em pacientes muito regressivos, a

passagem do imaginário para o simbólico, o que permitirá a passagem da posição de narcisismo para a de socialismo

Senso de identidades individual e grupal, com harmonia entre elas

Capacidade de elaborar situações novas

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Critérios de cura Capacidade de fazer discriminações

entre os aspectos dissociados

Capacidade de se permitir uma boa dependência, com uma independência relativa

Aquisição de novos modelos de identificação, com a desidentificação com os modelos arcaicos e patológicos

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Critérios de cura Desenvolvimento da capacidade de ser

“continente” de ansiedades para si e para os outros

Desenvolvimento de uma “função psicanalítica da personalidade” - Termo de Bion – boa introjeção do terapeuta e, portanto, uma identificação com a capacidade para fazer insights e interpretações

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Dificuldades CID correto Preenchimento das tabelas do programa Aprazamento das consultas do programa Verificação dos sinais como rotina Agendamento

fazer como o dos ambulatórios ?restringir aos pacientes

descompensados ou mais graves ?

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Sugestões Folha de fluxograma de exames CID de verificação anormal de PA/glicemia Facultar preenchimento dos campos de

doença controlada Pesagem e medição da PA em todas as

consultas do programa Agendamento das consultas no mês das

mesmas Controle freqüente dos boletins de

atendimento Rotina de apresentação dos programas

aos ddos