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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA …...O Projeto PROINFO foi lançado em 1997, através dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) que analisam e desenvolvem projetos educacionais

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDEUNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

UENP – CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO___________________________________________________________________

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

2010/2011Título: O uso dos computadores na educação: desafios e possibilidades

Autor Maria Alice Feriato

Escola de Atuação Escola Estadual do Bairro Raul Marinho – Ensino Fundamental

Município da escola Itambaracá - PR

Núcleo Regional de Educação Cornélio Procópio - PR

Orientador Profª Ms. Juliana Telles Faria Suzuki

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP- Campus de Cornélio Procópio - PR

Disciplina/Área Pedagogia

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Direção, Equipe Pedagógica e Professores

Localização Escola Estadual do Bairro Raul Marinho – Ensino Fundamental - Rua Sebastião Baldino s/n - Bairro Raul Marinho - Itambaracá - Paraná

CEP: 86.375 – 000

Apresentação: A unidade didática com tema de estudo O uso dos computadores em Educação: desafios e possibilidades justificam-se pela necessidade de transformações em todos os setores da sociedade, sobretudo no espaço escolar, já que nos últimos anos as tecnologias têm despontado dentro de diversos discursos acadêmicos como ferramenta fundamental para transformação da escola e

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necessária para a qualidade da educação. No entanto, especialmente quanto à prática docente, o uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) são pouco utilizadas, pois o professor encontra dificuldades no domínio das novas tecnologias e pouco tem usufruído delas, apesar dos investimentos do governo estadual em tecnologias nas escolas com intuito de melhorar a qualidade da educação. Neste sentido, objetiva-se discutir sobre o uso dos computadores no processo educativo e suas possibilidades como ferramenta de ensino e aprendizagem. A metodologia será a pesquisa participativa e bibliográfica, com participação direta do público alvo, ou seja, a equipe pedagógica e professores do Ensino Fundamental.

Palavras-chave Tecnologia da Informação e Comunicação; Escola; Qualidade da educação.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDEUNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

UENP – CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO___________________________________________________________________

MARIA ALICE FERIATO

UNIDADE DIDÁTICA

O USO DOS COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

ITAMBARACÁ - PR2010/2011

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MARIA ALICE FERIATO

UNIDADE DIDÁTICA

O USO DOS COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Unidade Didática proposta como forma de Apoio Pedagógico, apresentada à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como solicitação necessária à formação de professores PDE. Este trabalho foi elaborado sob a orientação do Profª Ms. Juliana Telles Faria Suzuki

ITAMBARACÁ - PR2010/2011

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1. APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática desenvolvida pela professora PDE, tem como

tema de estudo as tecnologias em Educação: um estudo sobre o uso dos

computadores e justifica-se pela importância de que nos últimos anos observa-se

que as tecnologias têm despontado dentro de diversos discursos acadêmicos como

ferramenta fundamental para transformação da escola e necessária para a

qualidade da educação, de uma emancipação do indivíduo. No entanto,

especialmente quanto à prática docente, o uso das TICs (Tecnologias da Informação

e Comunicação) têm se consolidado numa relação de confronto, de desencontros,

de tentativas mal sucedidas, gerando um profundo sentimento de impotência e

descrédito.

Somando a isto, nos últimos anos o governo estadual tem investido

de forma significativa em tecnologias nas escolas com intuito de melhorar a

qualidade da educação. Porém, o que se verifica é que estes recursos são pouco

utilizados, pois o professor encontra dificuldades no domínio das novas tecnologias

e pouco tem usufruído delas devido à ausência de formação continuada adequada.

Diante deste quadro a unidade didática foca a formação de

professores para compreensão das TICs (Tecnologias da Informação e

Comunicação), no processo educativo e suas reais possibilidades.

Como complementação de tais estudos, optou-se como proposta, o

método de pesquisa para o desenvolvimento das ações, assim como a participação

ativa dos interessados em leituras, debates e no uso dos computadores, em aulas

práticas.

As ações serão desenvolvidas com dez profissionais da educação

que façam parte da equipe pedagógica e professores que se interessem pelo tema,

durante os meses do 2º semestre de 2011, na Escola Estadual do Bairro Raul

Marinho – Ensino Fundamental, no terceiro período do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE.

Este trabalho tem como objetivo discutir sobre o uso dos

computadores no processo educativo e suas possibilidades como ferramenta de

ensino e aprendizagem.

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2. BREVE HISTÓRICO SOBRE INSERÇÃO DOS COMPUTADORES EM EDUCAÇÃO

O mundo está cercado por um mar de informações que a cada

momento se atualizam, se transformam e influenciam as pessoas na maneira de

agir, pensar e de se comunicar, devido ao avanço cada vez mais rápido das

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Estas transformações podem

facilmente ser identificadas nas empresas que trabalham com máquinas e

sistemas tecnológicos de última geração.

É necessário observar que as inovações tecnológicas sempre

existiram, pois o homem sucessivamente buscou transformar os elementos da

natureza em equipamentos e armas com intuito de proporcionar o prolongamento

da sobrevivência humana. Mas, foi após a Segunda Guerra Mundial, que houve

de fato um grande aceleramento nas inovações tecnológicas, com a busca da

corrida armamentista. A partir de então o mundo passou por rápidas mudanças,

com rompimento de vários paradigmas.

No Brasil, Sampaio e Leite (1999, p.20) acentuam que:

A presença da tecnologia educacional e a discussão mais sistematizada sobre o assunto nas instituições educacionais foi a partir dos anos 60. A sua utilização naquele momento era fundada no tecnicismo, teoria pedagógica que, segundo Libâneo (1984), tinha como um dos principais objetivos formar mão de obra especializada para atender às demandas do mercado de trabalho.

A base principal da Pedagogia Tecnicista era de que a educação

seria centrada no ensino das técnicas e procurou-se reestruturar o método

educacional para torná-lo prático e funcional. Houve então a propagação do auto-

ensino como forma de saber programado. Na Pedagogia Tecnicista tanto o aluno,

quanto professor ocuparia uma posição secundária, pois a ênfase voltou-se para

o sistema técnico na elaboração e organização de uma aula ou curso.

Com o intuito de desenvolver equipamentos e softwares

nacionais, o Brasil através de políticas públicas passa a desenvolver e a oferecer

projetos com a finalidade de atender todos os núcleos educacionais como:

EDUCOM, FORMAR e PROINFO.

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O projeto EDUCOM, surgiu em 1981, a partir do 1º Seminário

Nacional de Informática na Educação, em Brasília. No inicio, os estabelecimentos

educacionais que participaram de pesquisas acerca do uso do computador na

educação foram as UFRJ, UNICAMP e UFRGS. Este Projeto tinha como objetivo

observar a aprendizagem do aluno frente aos recursos de informática e também

disseminar o uso dos computadores nas escolas, permitindo assim que os alunos

tivessem as mesmas oportunidades oferecidas aos das escolas particulares. Porém,

devido às mudanças de governo o projeto EDUCOM não obteve o sucesso

desejado.

Com o propósito de induzir os professores a repensar sua atuação

em sala de aula e que pudessem modificar sua prática pedagógica através do uso

da informática, em 1987 o projeto FORMAR veio com a finalidade de aperfeiçoar

profissionais (das secretarias estaduais, municipais, de escolas técnicas, educação

especial e professores universitários) para que atuassem em CIEd - Centro de

Informática Educativa, dos sistemas públicos de educação. Com o subsídio

financeiro e aporte técnico do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais

de Educação, os profissionais habilitados implantaram os CIEd para atender,

inicialmente, as escolas de 1º e 2º graus, depois nas escolas técnicas federais.

Também estabeleceu jornadas de trabalho para desenvolvimento de uma política

educacional, e daí surgiram os concursos anuais de softwares. Os CIEd também

deveriam atender alunos, comunidade, e ter uma preocupação com a formação de

professores, porém passou a ser, na maioria dos estados, um núcleo central de

coordenação pedagógica, a partir da criação de centros de laboratórios.

O Projeto PROINFO foi lançado em 1997, através dos Núcleos de

Tecnologia Educacional (NTE) que analisam e desenvolvem projetos educacionais

que utilizam as novas tecnologias da informática e da comunicação, além de

capacitar educadores a trabalhar com os computadores e internet, nas escolas

públicas estaduais e municipais.

No princípio, o projeto PROINFO teve como alvo o financiamento

das TIC no ensino fundamental e médio, dando inicio ao uso dessas tecnologias

com o objetivo de dar mais qualidade ao processo de ensino e aprendizagem, além

de proporcionar uma educação voltada ao desenvolvimento científico e tecnológico,

no sistema público de ensino.

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Todavia, no final da década de 90, o impacto decorrente do

surgimento da informática na educação e na sociedade foi superado pela

necessidade em dar condições de acesso à tecnologia à população menos

beneficiada economicamente.

O governo federal demonstra sua preocupação em atender toda a

população brasileira de forma igualitária, quando mantém na Carta Magna o

seguinte artigo:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, art.205)

Através da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96

(Art.80) a educação é oferecida a todos os cidadãos que tenham interesse em se

capacitar em todos os níveis e modalidades de ensino e formação continuada

através da veiculação de programas de ensino a distância, oferecidas por

instituições credenciadas pela União.

Somando-se a isso, em 2009 foi realizado a Conae - Conferência

Nacional da Educação, o qual foi concluído em um documento final em 2010,

constituído em seis eixos, com a finalidade de estabelecer metas para solucionar os

atuais problemas na Educação. Um dos eixos da Conae – Documento Final trata

exclusivamente da formação e valorização dos profissionais da educação

principalmente na formação tecnológica:

Garantia do desenvolvimento de competências e habilidades para o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na formação inicial e continuada dos/das profissionais da educação, na perspectiva de transformação da prática pedagógica e da ampliação do capital cultural dos/das professores/as e estudantes;Promoção, na formação inicial e continuada, de espaços para reflexão crítica sobre as diferentes linguagens midiáticas, incorporando-as ao processo pedagógico, com a intenção de possibilitar o desenvolvimento da criticidade e criatividade (2010, p. 81).

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Desta forma o governo federal estabelece metas para os próximos

anos no intuito de aperfeiçoar e aprimorar o ensino no Brasil.

Esse breve relato demonstra a intenção da sociedade como um todo

(entidade pública ou privada) em introduzir as tecnologias no processo educativo.

Entretanto, a entrada de tais recursos requer um olhar mais amplo, não voltado

apenas para as vantagens que ela traz, mas voltado para a compreensão de outros

fenômenos que ela desencadeia. A introdução das tecnologias não constitui uma

ação neutra, pelo contrário, traz consigo uma série de impactos que precisam ser

discutidos, sobretudo, no cenário educacional.

Santos (2008) retrata essas transformações a partir da década de 50

por ocasião do período pós moderno. Segundo o autor este foi o período em que as

tecnologias surgiram e se infiltraram na sociedade trazendo uma série de mudanças.

O autor afirma não saber se essas modificações podem ser consideradas

decadência, pois muitos críticos dizem que não tem força intelectual, ou

renascimento, pois é pluralista e propõe a convivência com diferentes estilos de

vida, abalando preconceitos e atenuando a muralha entre arte culta e a popular.

Para o autor a pós-modernidade é feita de contradições. O pós-

modernismo é o niilismo, isto é, ausência de valores, é a entrega ao presente e ao

deleite, ao consumismo e ao individualismo exagerado. O fantasma do pós-

modernismo pode ser invocado por palavras como: chip, saturação, sedução,

niilismo, simulacro (a reprodução técnica), hiper-real (fora do real – ex: flutuar),

desreferencialização (do real), etc.

No mundo pós-moderno há uma grande ausência de valores e

ordem, entretanto, a vida se torna mais simplificada, pois a produção e o consumo

passam a ser programadas com a utilização de tecnologias no dia a dia, acarretando

efeitos na política e na cultura.

3. DISCUTINDO O USO DOS COMPUTADORES NA SALA DE AULA

A relação entre a tecnologia e a escola ainda causa confusão quanto

a como e quando empregá-la em sala de aula, uma vez que o educador sente-se às

vezes, despreparado para utilizar esses recursos. A vida digital é uma realidade

incontestável e irreversível, mas trazer os recursos tecnológicos para o ensino só

será interessante se a mesma estiver a serviço da aprendizagem. Entretanto, para

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que isto aconteça de fato, é preciso primeiro ter conhecimento e domínio da técnica

para somente depois incorpora-la ao processo ensino e aprendizagem.

Neste sentido, o professor precisa de uma alfabetização tecnológica.

Segundo Sampaio e Leite (1999, p.59):

A alfabetização tecnológica, assim como a alfabetização da escrita e da leitura, também deve ser encarada como um processo que conjuga duas habilidades indissociáveis: na lecto-escrita estas habilidades referem-se à decodificação de signos escritos e à interpretação ou atribuição de sentido ao texto. No caso da alfabetização tecnológica do professor, uma habilidade relaciona-se à compreensão do mundo, à interpretação da linguagem (vista como forma) tecnológica e de suas mensagens e sua posição na configuração atual do mundo (vistas como conteúdo); e outra, à manipulação técnica das tecnologias.

Para que o aluno se torne atuante, capaz de transformar e de intervir

na sociedade, a educação precisa estar voltada à construção do conhecimento

edificada por ele próprio. Para isso, é preciso que conteúdos significantes sejam

sugeridos pela instituição educacional, com metodologias variadas e recursos

tecnológicos capazes de transformar a prática docente, atendendo a sociedade e o

perfil de alunos atendidos pelo ensino público, na atualidade.

Ao se trabalhar com recursos tecnológicos como meio de

aperfeiçoar a sua ação pedagógica, com atividades diferenciadas, o professor estará

renovando as esperanças dos alunos em permanecer na escola, todavia, com

sucesso. Desta maneira, recomenda-se que a preleção por ensino de qualidade seja

imediata para se concretizar o que se prega.

A educação precisa se apoiar no princípio fundamental da

comunicação entre o professor e aluno, em que há uma escuta recíproca e também

de si mesmo. A mensagem volta a ele na sua grandeza e o diálogo se estabelece

quando ambos recebem a própria mensagem de forma inversa.

Para a prática cotidiana, cabe ao professor, ao organizar suas aulas

com imagens, apreender, mediar e orientar o aluno para que este não permaneça

excepcionalmente deslumbrado diante da tela, mas ir além da edificação de

significação e da reflexão para dar lugar às atividades reais, para prosseguir no

processo de simbolização da imagem que, gerando um movimento entre sujeitos,

desestruture conhecimentos anteriores.

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Educar em espaço virtual demanda mais dedicação do professor,

mais tempo de elaboração e de acompanhamento. Em relação à função do

professor há uma mudança quanto ao espaço, tempo e comunicação com os alunos.

O espaço de troca se estende da sala de aula para o virtual, como afirma Perrenoud

(2000, p, 128):

Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação.

Com certeza a criação da rede virtual facilitou muito a vida do

homem, especialmente a do educador, porque hoje é possível realizar pesquisas

sobre os mais variados temas sem sair de casa, pois há teses e artigos publicados e

disponíveis na internet. E, com auxilio das tecnologias o professor pode organizar

com renovada confiabilidade os conteúdos propostos nas Diretrizes Curriculares

(DCEs) e consequentemente suas aulas. Mas, segundo Moran (2007) além de

dominar essas ferramentas de busca, o educador precisa aquilatar as informações

colhidas, interpretando-as e adaptando-as ao contexto regional e colocando o

conhecimento dentro do universo de referências pessoais. O papel do professor

continua a ser importante na escola, porém, enquanto pesquisador e articulador da

aprendizagem, com a árdua tarefa de mediar e organizar o processo de ensino e

aprendizagem.

De acordo com Moran (2007, p.103) ao utilizar apropriadamente as

novas tecnologias os professores:

Podem focar mais a pesquisa do que dar respostas prontas; propor temas interessantes e caminhar dos níveis mais simples de investigação para os mais complexos, das páginas mais coloridas e estimulantes para as mais abstratas, dos vídeos e narrativas impactantes para os contextos mais abrangentes e, assim, ajudar a desenvolver um pensamento arborescente, com rupturas sucessivas, e uma reorganização semântica contínua.

Segundo as Diretrizes para o Uso de Tecnologias Educacionais

(2010) para a pesquisa ter um caráter científico, é necessário que as investigações

sejam realizadas com o objetivo de obter conhecimento específico e estruturado

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sobre um assunto preciso, sendo esta uma atividade complexa, que deve seguir

uma metodologia específica. Desta forma, para Moran (2007), ao sugerir esse tipo

de atividade é necessário que antes de se iniciar o processo, o professor discuta a

respeito da pesquisa a ser realizada para que o aluno perceba a importância desta

tarefa e o grau de profundidade desejado, além de sugerir fontes confiáveis para a

pesquisa. O professor deve orientar o aluno adequadamente quanto à forma de

apresentar as informações pesquisadas, as fontes nas referências bibliográficas e

também tomar cuidado ao avaliar a pesquisa para que não haja plágio.

O uso dos recursos tecnológicos de forma apropriada pode romper

com aulas teóricas, abandonar metodologias excludentes e valorizar o educando

numa atuação onde haja cumplicidade entre aluno e professor gerando então uma

ação incessante de formação e influência mútua. Dessa maneira as aulas serão

mais dinâmicas e promoverão as indispensáveis transformações na educação,

gerando qualidade no ensino. Quando isso acontecer de fato o professor terá

autonomia para desenvolver seu trabalho com diferentes inovações, tirando a

evidência do particular e transferindo-a para o grupo.

A escola é constituída pela sociedade na qual está arraigada e deve

estar comprometida politicamente com ela no intuito de apontar para um novo

repensar e atuar pedagogicamente, contextualizando os conteúdos indicados aos

alunos.

Segundo Moran (2007), “as tecnologias evoluem muito mais

rapidamente do que a cultura”, deixando evidente que transformações essenciais

precisam ocorrer em sala de aula para que os avanços científicos e tecnológicos

promovam o conhecimento.

De acordo com Ivani Policarpo, professora PDE de 2008 (2008 p.5)

Atualmente o papel do professor é o de facilitador, incentivador e motivador da aprendizagem, desta forma, colabora para que o aluno atinja aos objetivos e conseqüentemente se cumpra os fins da educação, no entanto, depende também da forma de como o professor encaminha metodologicamente os conteúdos e discute as temáticas propostas em sala, a fim de instrumentalizar o aluno para a coleta de informações, relacioná-las com as hipóteses levantadas, organizá-las em categorias, manipulá-las, discuti-las, debatê-las, com seus colegas, com o professor e com outras pessoas, até chegar a produzir um conhecimento que seja significativo para ele, conhecimento que se incorporado ao seu mundo intelectual e vivencial, ajudará a compreender sua realidade humana e social, e mesmo a interferir nela.

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É preciso enfatizar que uma aula bem preparada deve ser criativa e

flexível, capaz de instigar o interesse do aluno no processo educativo. E, o uso dos

recursos tecnológicos servirá de apoio ao professor e ao aluno de forma expressiva

no processo de ensino e aprendizagem, dinamizando a participação do aluno no

processo. Os recursos tecnológicos ao ser empregados como tática e/ou método de

ensino, podem viabilizar a concretização de uma aprendizagem ativa, interativa,

dialógica e significativa, com capacidade de enriquecer e dar vida à aula, além de

permitir a efetivação de atividades sugeridas no processo de ensino e

aprendizagem, capaz de acordar o espírito crítico, permitindo a interação do aluno

com o elemento de estudo.

4. SUGESTÕES PARA O USO DOS COMPUTADORES NA SALA DE AULA

O uso dos computadores em educação não deve acontecer sem

um planejamento prévio, pois incorreria no espontaneísmo sem objetivo educativo.

Ivanice Carvalho Dias Pimenta apresenta em seu Caderno Temático, do Programa

de Desenvolvimento Educacional (2008) algumas sugestões e sites que poderão

auxiliar o professor a desenvolver um ensino com metodologias variadas e de

qualidade. Para a autora antes de efetivar um trabalho com o uso dos computadores

é necessário:

1. selecionar o conteúdo que irá ser trabalhado no laboratório, com intuito de

produzir conhecimentos;2. selecionar programas: sites, softwares, jogos virtuais e CDs apropriados;3. prever o roteiro da aula com momento de pesquisa;4. incentivar a interação, criar blogs e e-mails;5. permitir que o aluno crie textos, apresente slides, etc.;6. evitar a desatenção: bloquear o acesso a sites de relacionamento e sala de bate

papo;7. criar um ambiente de troca de experiências, comprometido com a qualidade;8. organizar o tempo;9. preparar-se para utilização do equipamento;10. elaborar regras de convivência para a utilização dos equipamentos e utilização

do laboratório.

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Segue abaixo a indicação de referências on-line nas diversas áreas

do conhecimento.

ARTE

http://www.artes.seed.pr.gov.br/

CIÊNCIAS

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/

http://www.feiradeciencias.com.br/

EDUCAÇÃO FÍSICA

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/

http://www.cdof.com.br/escola.htm

ENSINO RELIGIOSO

http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov

.br/GEOGRAFIA

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.htm

HISTÓRIA

http://www.historia.seed.pr.gov.br/

www.ceveh.com.br/biblioteca/artigos/in

dex.htmPORTUGUËS

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/lingua

portuguesa/index.htm

MATEMÁTICA

http://www.matematica.seed.pr.gov.br/

http://www.tvcultura.com.br/artematem

atica/home.html

LÍNGUA ESTRANGEIRA – INGLÊS

http://exchanges.state.gov/forum

http://www.onestopenglish.com

http://www.bbc.co.uk

http://www.britishcouncil.org.br/etp

www.1000ways.com.br

LITERATURA

http://www.bn.br/portal/

http://www.unicamp.br/iel/memoria/link

s.html

REFERÊNCIAS

BRASIL, DOCUMENTO FINAL CONAE. Disponível em: <http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/documetos/documento_final_sl.pdf 04/12/10> Acesso em: 04/04/2011. BRASIL, LDB9394/96. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em: 05/04/2011. BRITO, Glaucia da Silva; PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. Educação e novas tecnologias: um repensar. Curitiba: Ibpex, 2006.

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COX, Kenia Kodel. Informática na educação escolar. Campinas: Autores Associados, 2003 GUEVARA, Arnoldo José de Hoyos; Alessandro Marco Rosini. Tecnologias Emergentes: Organização e Educação. São Paulo: Cengage Learning, 2008. LIBÂNEO, Jose Carlos. Adeus professor, adeus professora? novas exigências educacionais e profissão docente. – 7º ed. São Paulo: Cortez, 2003. MORAN, José Manuel. A Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus, 2007.- (Papirus Educação) SAMPAIO, Marisa Narcizo; Ligia Silva Leite. Alfabetização Tecnológica do Professor. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. SANCHO, Juana María et. al. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.

PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. Capítulo 8, Utilizar novas tecnologias.

MONTEIRO, Eduardo. Inclusão Digital. Pátio Revista Pedagógica. Ano XIII Novembro de 2009/ Janeiro 2010, Nº52. Ministério da Educação – FNDE

POLICARPO, Ivani. As Contribuições Dos Recursos Alternativos Na Prática Pedagógica (http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2345-6.pdf?PHPSESSID=2010011208094052 ) Acesso em: 08/07/11 às 16:32h

SAMPAIO, Marisa Narciso; Ligia Silva Leite – Alfabetização Tecnológica do Professor. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

PIMENTA, Ivanice Carvalho Dias - TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: CADERNO TEMÁTICO - PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL 2008http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1449-6.pdf?PHPSESSID=2010011108145452 Acesso em: 24/07/11