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MAR de IDEIAS navegação cultural tel.: (21) 3681-6550 www.mardeideias.com.br | [email protected] FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA Uma nova primavera na Igreja Leonardo Boff ISBN 978-8560458400 9 7 8 8 5 6 0 4 5 8 4 0 0 Leonardo Boff FRANCISCO DE ASSIS FRANCISCO DE ROMA Uma nova primavera na Igreja Leonardo Boff FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROM Uma nova primavera na Igreja 2ª edição • revista e ampliada

Francisco de Assis e Francisco de Roma [release]

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Release do livro "Francisco de Assis e Francisco de Roma: uma nova primavera na Igreja"

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Page 1: Francisco de Assis e Francisco de Roma [release]

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ISBN 978-8560458400

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Ser Francisco de Assis corres-ponde à Tradição de Jesus Cristo e à exigência evangélica. É a opção pela simplicidade e confraterniza-ção entre todos os povos, a nature-za e o planeta Terra.

Quando um papa, o primeiro vindo da América Latina, escolhe o nome de Francisco tem como intenção passar uma importante mensagem ao mundo sobre sua missão – o que, possivelmente, será uma nova primavera na Igreja.

Ao fazer esta analogia entre Fran-cisco de Assis e Francisco de Roma, Leonardo Boff aproxima essas figuras simbólicas. Não se trata de simples comparação, mas sim da constatação de uma inspira-ção divina.

São Francisco iniciou uma Igreja que caminhava com os pobres, pela palavra do evangelho, que se revela ecológica ao chamar todos os seres de irmãos e irmãs.

Esse é o modelo de Igreja que ins-pira Francisco de Roma: simples, evangélica, destituída de todo o aparato, e que também inclui a éti-ca do cuidado com a vida humana e planetária.

Este livro também é uma mensa-gem de amor, esperança e fé. E vai ao encontro dos anseios de todos que queremos uma Igreja mais próxima e acolhedora.

Mas também é destinado aos jovens, que têm a responsabilidade de promover, hoje, mudanças para garantir o futuro: ter gentileza para com o outro, pensar na injustiça social como um problema univer-sal a ser combatido, ser ecológico nas pequenas e grandes atitudes, assumir um consumo responsável, viver, verdadeiramente, Jesus em sua simplicidade, e incluir Deus em seus projetos.

Leonardo Boff

FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA

Uma nova primavera na Igreja

Leonardo Boff

FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA

Uma nova primavera na Igreja

2ª edição • revista e ampliada

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FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA: uma nova primavera na igreja | 2º edição revista e ampliada

Ao fazer uma analogia entre Francisco de Assis e Francisco de Roma, Leonardo Boff aproxima estas figuras simbólicas. Não se trata de simples comparação, mas da constatação de uma inspiração divina.

São Francisco iniciou uma Igreja que caminhava com os pobres, pela palavra do evangelho, que se revela ecológica ao chamar todos os seres de irmãos e irmãs.

Esse é o modelo de Igreja que inspira Francisco de Roma: simples, evangélica, destituída de todo o aparato, e que também inclui a ética do cuidado com a vida humana e planetária.

Esse livro também é uma mensagem de amor, esperança e fé. E acolhe aos anseios de todos que queremos uma Igreja mais próxima e acolhedora.

Mas também é destinado aos jovens, que têm a responsabilidade de promover hoje uma mudança para garantir o futuro: ter gentileza pelo outro, pensar na injustiça social como um problema universal a ser combatido, ser ecológico nas pequenas e grandes atitudes, assumir um consumo responsável, e, verdadei-ramente, viver Jesus em sua simplicidade e misturar Deus em seus projetos.

Nessa segunda edição, o autor aprofunda ainda mais esse debate após um ano de significativas mudanças e atitudes inovadoras que vem surpreendendo a todos.

TEOLOGIA E ESPIRITUALIDADE14 x 21 cm / 184 páginasbrochura em 1 cor em pólen bold 90 gPreço de capa: R$ 38,00ISBN: 978-85-60458-40-0

FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA: uma nova primavera na igreja

leonardo boffedição revista e ampliada

Page 3: Francisco de Assis e Francisco de Roma [release]

Leonardo Boff

FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA

Uma nova primavera na Igreja

2ª edição • revista e ampliadaRio de Janeiro • 2014

Sumário

Prefácio • 9

Primeira Parte – o PaPa franciSco: ruPturaS e inauguração do novo

A Igreja: de fortaleza à casa aberta • 16Que tipo de Igreja estava em crise? • 18A formação do poder monárquico-absolutista dos papas • 23A Igreja como “casta meretrix” • 26A Igreja tem salvação? • 33Dois modelos de Igreja: testemunho versus diálogo • 36Que tipo de Igreja queremos e seu futuro? • 40

Segunda Parte – franciSco de aSSiS e franciSco de roma: afinidadeS e analogiaS

Francisco de Assis e Francisco de Roma • 46Os dois Franciscos chamados a restaurar a Igreja • 50O espírito de São Francisco, inspiração para o Papa Francisco • 54Um papa que presidirá na caridade • 58O papa que paga as próprias contas • 62Francisco de Assis se desnuda para cobrir a nudez do Papa Inocêncio III • 66A Ecologia de Francisco de Assis • 70Promotor da consciência ecológica? • 73O Papa Francisco inaugura a Igreja do terceiro milênio? • 77A “tentação” de Francisco de Assis e a “tentação” de Francisco de Roma • 80Ser radicalmente pobre para ser plenamente irmão • 84A teologia da libertação e a teologia do povo • 88Uma fé engajada e sem medo • 93

O papa da liberdade de espírito e da razão cordial • 97O que trouxe de novo o Papa Francisco • 101O legado que nos deixou o Papa Francisco • 104Mensagem de São Francisco aos jovens de hoje • 107O Cântico das Criaturas • 116Oração de São Francisco pela Paz • 118O amor total de São Francisco • 119

terceira Parte – a reforma do PaPado Por franciSco, biSPo de roma e PaPa da igreja univerSal

A volta à prática de Jesus salvará a Igreja • 122O que o Papa Francisco não é • 126O que o Papa Francisco é • 131Um desafio para o Papa Francisco: assumir plenamente a humanidade • 139A Tradição de Jesus e a Religião Cristã • 142A despaganização do papado • 145O Terceiro Mundo entrou no Vaticano • 148A economia política da exclusão • 151Papa Francisco fala com um não crente de homem para homem • 154A Cúria Romana é reformável? • 158O Papa Francisco e a refundação da Igreja • 161Uma Assembleia ou Concílio de toda a cristandade? • 173O papa da Igreja como lar espiritual • 179

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Prefácio

O Papa Francisco tem se revelado uma das figuras mais carismáticas do momento atual da história: inspiradora de humanismo terno e fraterno, que vai além dos limites do cristianismo e dos povos. A primeira edição deste livro, escrito por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, recebeu grande acolhida nos mais diferentes setores da sociedade. Tal fato justificou esta nova edição ampliada e enriquecida com reflexões, suscitadas por sua surpreendente prática de pastor que evita ser chamado de papa para ser bispo de Roma, irmão de outros bispos do mundo inteiro. Disse, claramente, que quer presidir na caridade. Renunciou à prática tradicional dos papas que, pelo direito canônico, eram apresentados como monarcas com poder absoluto, imediato e direto sobre toda a cristandade. Francisco de Roma quer imitar o Francisco de Assis: o irmão universal, irmão dos mais pobres dos pobres, mas também, o irmão do Sol, da Lua, de todos os seres vivos, da morte e até do feroz lobo de Gubbio. Nenhum papa na história da Igreja escolheu para si o nome de Francisco. Houve muitos com o nome de Leão, Gregório, Bento e Pio, entre outros. Escolher o nome de Francisco, pensando em São Francisco de Assis, seria para os papas anteriores uma grande contradição. Pois os papas viviam em palácios, carregavam muitos títulos honoríficos, concentravam em suas mãos todo o poder religioso e, por muito tempo, também o poder secular. Possuíam territórios (estados pontifícios), exércitos, muitos tesouros e bancos. Uniam em sua pessoa o Imperium e o Sacerdotium. Ora, era tudo o que São Francisco não queria para si e nem para seus seguidores. Todos deviam ser freis (fratres, corruptela de frater, irmão, em latim medieval). Chamavam-se “menores” (os sem poder) em contraposição aos maiores (os nobres, os grandes senhores feudais e os ricos comerciantes). São Francisco e estes freis optaram por viver no chão da vida (in plano subsistere) junto com o povo, os pobres e os rejeitados socialmente, como os hansenianos. Se um papa, vindo da periferia do mundo, fora da velha cristandade europeia, para surpresa de todos, escolhe o nome de Francisco quer dar um só recado: de agora em diante deve-se tentar um modo novo de exercer o papado, despojado de títulos e de símbolos de poder e procurar dar ênfase a uma Igreja inspirada na vida e no exemplo de São Francisco de Assis – na pobreza, simplicidade, humildade, confraternização entre todos, incluídos os seres da natureza e a própria “irmã e Mãe Terra”. É um projeto ousado mas necessário, pois corresponde melhor à Tradição de Jesus e às exigências evangélicas e responde sobretudo às demandas de um mundo globalizado dentro no qual a Igreja deverá encontrar, humildemente e sem exclusividade, o seu lugar ao lado e junto com outras Igrejas, religiões e caminhos espirituais. As reflexões deste ensaio procuram aproximar as duas figuras que se revelam extraordinárias: Francisco de Assis e Francisco de Roma. Seguramente, a Igreja romano-católica nunca mais será a mesma. O Papa Francisco vai, com grande probabilidade, inaugurar uma nova dinastia de papas procedentes das novas Igrejas da África, Ásia e América Latina. [...] Aqui está dito o essencial de seu nome e da missão que assumiu em seu ofício de coordenar e animar a fé e a esperan-ça de mais de um bilhão de católicos. Pelo que tem falado e mostrado, por gestos, neste início de seu pontificado – por ocasião da visita aos imigrantes africanos na ilha da Lampedusa, no sul da Itália; à casa de acolhimento dos jesuítas a estrangeiros em Roma; aos desempregados da Córsega e, especialmente, de sua vinda à Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro (23-28 de julho de 2013) – o papa sinaliza profundas transformações que poderão inaugurar o terceiro milênio da Igreja Católica. Na primeira parte – O Papa Francisco, rupturas e inauguração do novo – faço algumas reflexões sobre como era a situa-ção da Igreja antes do advento do Papa Francisco. O contraste revela a novidade que ele significa para a Igreja e para o mundo. Na segunda parte – Francisco de Assis e Francisco de Roma: afinidades e analogias – analiso sua figura, sempre em referência a São Francisco, chamando a restaurar a Igreja, missão imposta também ao atual papa. Na terceira parte – A reforma do papado por Francisco, bispo de Roma e papa da Igreja universal – abordo os principais eixos de sua ação pastoral que encarna “a revolução da ternura”, centrada nos pobres e sofredores deste mundo e numa Igreja que se entende como “um hospital de campanha”, pronta para socorrer a todos com compaixão, cuidado, misericórdia e amor. Pois, todos, independente de sua inscrição religiosa ou política, devem ser vistos e amados como irmãos e irmãs, todos filhas e filhos do Pai de bondade. Com o Papa Francisco tudo indica que o inverno eclesial de muitos anos chegou ao seu fim, para dar lugar a uma ridente e esperançada primavera.

Leonardo BoffPetrópolis, 2014