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SETEMBRO FORTISSIMO Nº 7 — 2015

Fortissimo 2015 | Setembro

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Fabio Mechetti, regente Augustin Hadelich, violino LANNA | Minas: Vertentes, mistério, celebração (encomenda | estreia mundial) SHOSTAKOVICH | Concerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77 LISZT | Procissão Noturna LISZT | Valsa Mefisto nº 1

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SETEMBROFORTISSIMO Nº 7 — 2015

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Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam

SUMÁRIO

PRESTO VELOCEQuinta Sexta

17/09

p. 8

18/09

Fabio Mechetti, regenteAugustin Hadelich, violino

LANNA

SHOSTAKOVICHLISZTLISZT

Minas – Vertentes, Mistério, Celebração encomenda

Concerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77Procissão NoturnaValsa Mefisto nº 1

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Depois de meses de intensas atividades, na Sala Minas Gerais, em outros lugares de Belo Horizonte e no interior do estado, a Filarmônica realiza em setembro apenas um concerto das séries Presto e Veloce. Nele, contaremos com a presença de um dos violinistas favoritos de nossa audiência, Augustin Hadelich, que retorna para executar um dos mais envolventes concertos para o instrumento, o do compositor russo Shostakovich.

Neste mesmo programa, continuaremos a sequência de estreias de obras encomendadas pela Filarmônica para este importante ano de nossa história. Desta vez, apresentaremos em primeira audição mundial a obra Minas: Vertentes, Mistério, Celebração de Oiliam Lanna. Respeitado compositor, professor e regente, Oiliam Lanna vem sendo responsável pela formação de toda uma escola de criação musical no estado de Minas Gerais, além de contribuir sobremaneira para um renascimento da atividade

CAROS AMIGOS E AMIGAS,

FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular

musical em Belo Horizonte. Dono de profundo conhecimento musical, associado a uma paixão em transmitir isso a seus alunos, ouvintes e companheiros da área musical, Oiliam Lanna destaca-se certamente como uma das pessoas mais importantes na música erudita de Minas e do Brasil. E é com grande satisfação e orgulho que a Filarmônica presta uma homenagem especial a esta grande figura humana, ao introduzir sua obra mais recente, composta especialmente para esta ocasião.

Além destes concertos na Sala Minas Gerais, convidamos todos a comparecerem aos nossos concertos de música de câmara no Memorial Vale, a mais uma apresentação dos Concertos para a Juventude, no dia 20 às 11 horas, em um encontro com a música de Bach, além da nossa série Fora de Série, dedicada a Beethoven, no dia 26, às 18 horas. Aproveitem e tenham um bom concerto.

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Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse, da Orquestra Sinfônica de Spokane e da Orquestra Sinfônica de

FABIOMECHETTI

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Jacksonville, sendo, agora, Regente Emérito destas duas últimas. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Peru e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Na Europa regeu a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia e a Orquestra da Radio e TV da Espanha. Dirigiu também a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na

Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2015 dirigirá a Orquestra Sinfônica de Odense, também na Dinamarca. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

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FABIO MECHETTI, regente

AUGUSTIN HADELICH, violino

PRESTO

VELOCE

Quinta

Sexta

17/09

18/09

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PROGRAMA

Oiliam LANNAMinas – Vertentes, Mistério, Celebração

Dmitri SHOSTAKOVICHConcerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77• Nocturne

• Scherzo

• Passacaglia

• Burlesca

– INTERVALO –

Franz LISZTProcissão Noturna

Franz LISZTValsa Mefisto nº 1

AUGUSTIN HADELICH

violino

ESTREIA MUNDIALObra encomendada

pela Filarmônica

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Sempre surpreendendo o público com sua técnica fenomenal, sensibilidade poética e tom deslumbrante, Augustin Hadelich estabeleceu-se como um dos violinistas mais requisitados de sua geração. Sua notável consistência em todo o repertório, de Paganini a Brahms, Bartók ou Adès, é raramente encontrada em um único artista. Estreou com sucesso retumbante, no Carnegie’s Zankel Hall, obra de David Lang composta para ele, com 35 minutos de solo para violino, e teve ótima recepção para o recital multimídia com o violonista Pablo Villegas e a pianista Joyce Yang, no Kennedy Center.

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Na última temporada Hadelich estreou com a Orquestra de Minnesota, Sinfônica Nacional Dinamarquesa e Filarmônica de Londres; retornou à Filarmônica de Nova York e às sinfônicas de Baltimore, Houston, Indianápolis, Liverpool, Saint Louis e Seattle, além dos principais festivais. Fez seu début no Wigmore Hall, foi artista em residência com a Filarmônica da Holanda e realizou turnê com a Sinfônica de Toronto.

O músico também se apresentou com a Badische Staatskapelle, sinfônicas da BBC de Londres, de Bournemouth, da NHK, Nacional RTE e Nacional do México; filarmônicas da BBC de Manchester, da Rádio Alemã de Saarbrücken, de Helsinki, de Strasbourg, de Monte-Carlo, Festspiele MecklenburgVorpommern, Royal Scottish National Orchestra, Orquestra da Rádio de Stuttgart e realizou uma turnê na China com a Sinfônica de San Diego.

Hadelich tem também colaborado com maestros de renome como R. Abbado, T. Abrams, M. Albrecht, M. Alsop, H. Blomstedt, L. Bringuier, J. Brown, J. Conlon, C. von Dohnányi, A. Gilbert, H. Graf, M. Gražinyte-Tyla, G. Guerrero, M. Harth-Bedoya, J. Hrusa, C. König, J. Ling, H. Lintu, A. Litton, C. Macelaru, J. Märkl, N. Marriner, F. Mechetti, J. Mena,

L. Morlot, S. Oramo, A. Orozco-Estrada, P. Oundjian, V. Petrenko, M. Stern, Y. P. Tortelier, G. Varga, E. Waart, K. Yamada e J. van Zweden.

Recitalista igualmente entusiástico, Augustin Hadelich aparece em numerosas apresentações no Carnegie Hall, The Frick Collection, Kennedy Center, Kioi Hall e Louvre, em parceria com excelentes músicos.

Sua primeira grande gravação orquestral (AVIE), com os concertos de Sibelius e Adès e Hannu Lintu conduzindo a Filarmônica Real de Liverpool, foi indicada para o Gramophone Award e listada pela NPR em seu Top 10 de CDs clássicos. No mesmo selo ele possui outros três álbuns.

Hadelich é Medalha de Ouro no Concurso Internacional de Violino de Indianápolis, destinatário de um Avery Fisher Career Grant, de um Borletti-Buitoni Trust Fellowship e do Lincoln Center’s Martin E. Segal Award.

Filho de pais alemães, nascido e criado na Itália, Hadelich tem um Artist Diploma pela Juilliard School, onde foi aluno de Joel Smirnoff. Apresenta-se com o violino Stradivari 1723 “Ex-Kiesewetter”, por empréstimo de Clement e Karen Arrison, da Sociedade Stradivari de Chicago.

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PRESTO E VELOCE12

MINAS: VERTENTES, MISTÉRIO, CELEBRAÇÃO (2015) 10 min

Oiliam Lanna é considerado o principal compositor mineiro da atualidade e um dos maiores do Brasil. É também regente, pianista e pedagogo, além de ser uma dessas pessoas essenciais que multiplicam a cultura e elevam o nível artístico do meio em que vivem, assim como foram para nós, no passado, Sergio Magnani, Arthur Bosmans, Hans-Joachim Koellreutter.

Oiliam Lanna – alma nobre e altruísta – é um músico completo que, como maestro e pianista, conhece a fundo o repertório de todas as épocas e consegue revelar os tesouros de cada obra que executa. Como pedagogo, ele jamais busca fazer seguidores. Seu ensino é do tipo que conduz o aluno, acima de tudo, à independência. Como compositor, dá voz à sua personalidade e cria seu estilo próprio. Sua orquestração refinada tem a escolha apurada do timbre como característica principal.

Minas é a segunda obra encomendada a Oiliam Lanna pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Em 2010 foi a vez de Rituais do tempo. Minas não é

Oiliam Lanna | Brasil, 1953

sobre música mineira, no sentido de música tradicional que passou a ser associada a Minas Gerais. O título fala das lembranças que o compositor tem de sua terra natal – a cidade de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira: as montanhas, as paisagens, a roça. São as suas evocações pessoais que emergem nesta obra. Para Oiliam Lanna, os sons de sinos não são mais importantes que a montanha que se contempla da janela. Sinos, montanhas, janela, tudo faz parte de um único quadro. Nas palavras do compositor:

“Vertentes, mistério, celebração... Minas é atravessada por traços de luzes... cores... morros, vales... água e lua... sons, gostos, aromas... afetos, que se encarregam de transformar, bem à sua maneira, o tempo e a lembrança.”

Os subtítulos não delimitam movimentos ou seções, mas são traços que alimentam a composição de forma recorrente. Aqui, mais uma vez, as palavras ganham significados pessoais. Vertentes tem a ver com vales, com fonte, com verter; Mistério,

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com silêncio, com o insondável, o indizível, o velado; e Celebração, com vida, movimento, natureza, com tudo que envolve a crença.

Oiliam Lanna pensa colorido. Por isso, para ele, os acordes têm cor. É fascinante vê-lo trabalhar com seus inúmeros rascunhos coloridos. Por isso é possível encontrar certo colorido mineiro nesta sua obra, mas, como dito antes, não da música mineira, mas da paisagem mineira. Não há melodias, apenas fragmentos melódicos. Gestos rápidos que

formam acordes, e acordes que se desmembram em curtos fragmentos. Sobreposição de ressonâncias ora afins, ora contrastantes, como numa mudança de paisagem.

Minas é dedicada pelo autor ao maestro Fabio Mechetti e à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 4 flautas, 3 oboés, corne inglês, requinta, 3 clarinetes, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 4 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.

GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em

Música pela Unicamp, professor na Escola de

Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos

floridos não voam e Música menor.

PARA ASSISTIR

Concertos Filarmônica – Orquestra Filarmônica

de Minas Gerais – Fabio Mechetti, regente

Acesse: fil.mg/lrituais

PARA LER

Sérgio Freire, Alice Belém e Rodrigo

Miranda – Do Conservatório à Escola:

80 anos de criação musical em Belo

Horizonte – Editora UFMG – 2006

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PRESTO E VELOCE14

CONCERTO PARA VIOLINO Nº 1 EM LÁ MENOR, OP. 77 (1947/1948)37 min

Ao longo da trajetória que o transformou no músico emblemático da Rússia soviética, Shostakovich estabeleceu relações contraditórias com o Regime – duras advertências, expurgos e condenações alternaram-se com honrarias, títulos e prêmios oficiais. Tal dubiedade manifesta-se em sua obra com a estratificação de dois discursos distintos – há uma voz grandiloquente, exterior, heroica, e outra, íntima, meditativa e austera.

Nos anos de 1920, a política de abertura cultural do governo Lênin permitiu ao jovem Shostakovich filiar-se à Associação para a Música Contemporânea, fascinado pelo atonalismo livre e pelo serialismo. Admirava particularmente Berg, Bartók e Stravinsky.

Com a morte de Lênin, a implacável censura stalinista sinalizaria outros rumos para os artistas soviéticos. Em suas Memórias, Shostakovich revela-nos o drama de um homem submetido a fortes pressões oficiais – o dilema do artista inovador condicionado a um academismo inevitável. As obras compostas no período stalinista traduzem o propósito – sincero ou simulado – de se submeter aos ideais de inteligibilidade e simplicidade

Dmitri Shostakovich | Rússia, 1906 – 1975

neoclássicas preconizados pelo Comitê Central. Porém, mostram a consolidação de uma linguagem extremamente pessoal, pois Shostakovich, ao reler o tradicional cânone musical ocidental, enriquece-o com ousadas aquisições contemporâneas. Atinge assim os limites extremos de um expressionismo ultrarromântico, de caráter frequentemente heroico e de grande apelo socializante.

Em 1948, por ocasião da chamada “purga de Jedanov” (chefe de cultura da burocracia stalinista), Shostakovich foi suspenso temporariamente de sua docência no Conservatório de Moscou, acusado de orientação musical antipopular e formalista. Proibia-se-lhe estrear novas obras orquestrais.

O compositor procurou recuperar o prestígio oficial com o oratório O Canto das Florestas (Prêmio Stalin de 1949) e a trilha encomendada para um filme pretensiosamente patriótico. Porém, em contraste com essa voz exterior, Shostakovich escreveu obras cuja estética inviabilizava qualquer possibilidade imediata de execução – dois quartetos de cordas, o ciclo das Canções judaicas op. 79 e o severo Concerto para violino op. 77 (cuja

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estreia, como op. 99, só aconteceria em 1955). Entre outras inovações, tais obras trazem elementos da música popular judaica – da qual o compositor se aproximara através de seu discípulo Benjamin Fleischmann – e destoavam das campanhas antissemitas oficiais.

O Primeiro Concerto para Violino é a maior das obras concertantes de Shostakovich. Possui quatro movimentos, cujos títulos característicos lembram os de uma suíte. O Noturno inicial, essencialmente cantabile, explora a escrita para cordas duplas e os vários registros do instrumento solista. O Scherzo, movimento em que as

inflexões judaicas são mais perceptíveis, traz a animação unida à irônica causticidade própria do compositor. O tema da Passacaglia aparece nas cordas graves com um contraponto das trompas. A seguir o violino dialoga com diversos blocos instrumentais. Uma grande cadência faz a ligação com a Burlesca final, movimento coreográfico que retrata a vivacidade irresistível de uma festa popular.

INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 3 flautas, 3 oboés, corne inglês, 3 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS Pianista,

Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos

livros Músico, doce músico e O grão perfumado –

Mário de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

PARA OUVIR

CD Shostakovich – Violin Concert op. 77 –

Münchner Philharmoniker – Mikko Frank,

regente – Baiba Skride, violino – Sony

Classic, Brasil – 2007

PARA ASSISTIR

Orquestra Estatal de Berlim – Heinz

Fricke, regente – David Oistrakh, violino

Acesse: fil.mg/sviolino1

PARA LER

Lauro Machado Coelho – Shostakovitch,

vida, música, tempo – Editora Perspectiva –

Coleção Signus – 2006

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PRESTO E VELOCE16

Foram traçadas por Liszt as diretrizes fundamentais do poema sinfônico. Esse gênero orquestral, que nasce do espírito musical romântico, encerra pelo menos dois aspectos muito importantes: em primeiro lugar representa um meio para escapar às regras formais e às estruturas musicais rigidamente estabelecidas e cristalizadas no século XVIII. Sem forma ou estrutura preestabelecida, o poema sinfônico pode dar vazão à liberdade criativa do compositor.

Em segundo lugar estabelece, no seio do Romantismo, uma relação bastante original entre a Música e a Literatura. Está na base do poema sinfônico um roteiro (ou programa) literário, que norteia o desenrolar dos episódios musicais. Nesse sentido, pode-se dizer que o poema sinfônico tem realmente uma dimensão narrativa. No entanto, é ingênuo pensar que essa relação se resume a isso: ela é bem mais complexa.

O poema sinfônico não se reduz à mera representação musical de um roteiro literário. Ele é uma construção musical gerada pelas impressões psicológicas

ou emocionais que determinada obra literária deixa marcadas no compositor; é a representação musical dessas impressões, elas mesmas uma espécie de interpretação da obra literária original. Dessa forma, o poema sinfônico é a primeira grande tentativa, ao menos na música, de transcodificação, no sentido mais radical do termo. Ora, em tal processo de tradução o compositor é, ao mesmo tempo, leitor e criador. Transcodifica as marcas que deixam nele determinadas obras literárias, transformando-as em objeto sonoro, traçando uma narrativa musical que nem sempre é linear.

Se é em Liszt que esse procedimento encontra seu primeiro grande agente, seria mesmo de se esperar que isso também transparecesse, em maior ou menor grau, em outras obras suas, além dos poemas sinfônicos. Exemplos emblemáticos disso são os vários Sonetos de Petrarca, dentre muitas das outras obras que constituem os três cadernos dos Années de Pélérinage, compostos para piano. Na sua música orquestral, as sinfonias Dante e Fausto. Mencionem-se à parte, porém, as quatro Valsas Mefisto, compostas entre 1859 e 1885.

Franz Liszt | Hungria, atual Áustria, 1811 – Alemanha, 1886

PROCISSÃO NOTURNA (1858/1859)15 min

VALSA MEFISTO Nº 1 (1858/1859)11 min

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Na base dessas quatro obras está o Fausto, trama literária que se incorporou de pronto ao imaginário romântico. O poema mais importante sobre o mito do Fausto é, sem dúvida, o de Goethe. Essa obra, talvez mais que o Werther, parece ter impressionado vigorosamente o romantismo musical. Nikolaus Lenau (1802-1850), porém, escreve em 1836 o seu próprio Fausto, trinta anos após a primeira publicação da obra de Goethe. De Schubert a Liszt (e mesmo depois, direta ou indiretamente) a angústia de Fausto, o drama de Margarida e a personificação de uma e do outro, em Mefistófeles, desvelam uma humanidade conflituosa que foi terreno fértil para a criação musical do século XIX.

Das quatro Valsas Mefisto, as duas primeiras foram compostas originalmente para orquestra, porém mais tarde transcritas, pelo compositor, para piano solo, piano a quatro mãos ou para dois pianos. As duas outras foram compostas para piano solo e, delas, Liszt não fez nenhuma versão orquestral.

A primeira Valsa Mefisto tem três versões. Depois do original para orquestra, Liszt faz uma versão para dois pianos, mera transcrição para o teclado da obra orquestral. Há uma versão para piano solo, porém, que contém acréscimos e alterações, constituindo, assim, uma obra independente.

A versão orquestral, no entanto, é a segunda de duas pequenas obras para orquestra baseadas no Fausto, intituladas Dois Episódios do Fausto, de Lenau, compostas entre 1856 e 1861. Note-se, portanto, que o Fausto em que se baseiam essas obras não é o de Goethe, mas o de Nikolaus Lenau. Elas descrevem, dele, duas cenas.

Na primeira, Fausto cavalga à noite pela floresta, alheio à beleza que o cerca. Então se apercebe de um luzir vermelho e de um canto longínquo que se aproxima. Trata-se de uma procissão de monges. Fausto se esconde, mas os observa. Sente crescer em si um sentimento de angústia, pelo contraste entre a sua felicidade

INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

INSTRUMENTAÇÃO 3 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

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pessoal, superficial e ilegítima, e a felicidade plena dos monges. Ele chora amargamente ao passar da procissão, contemplando seu próprio destino e abraçando seu fiel corcel.

Na segunda, Fausto e Mefistófeles chegam a uma estalagem onde se festeja um casamento. Induzindo Fausto a tomar parte na festa e achando que o violinista tocava sem muito entusiasmo, Mefistófeles arrebata dele o instrumento e dá à dança um ritmo delirante. Sentindo-se remoçado, Fausto toma nos braços uma aldeã com quem dança loucamente horas a fio, afastando-se depois, com ela, em direção à floresta, enquanto se ouve o canto de um rouxinol.

Era expectativa de Liszt que a Procissão Noturna e a Valsa Mefisto fossem publicadas juntas, o que não aconteceu. Assim, a primeira peça caiu em relativo esquecimento, e a Valsa passou a ser frequentemente executada como peça isolada.

Estreada em 1861 pela Orquestra da Corte de Weimar, sob a batuta do próprio Liszt, a primeira Valsa Mefisto, junto com seu par, constituem um belo exemplo musical desses contrastes tão humanos que o mito do Fausto representa.

PARA OUVIR

CD Liszt – Orchestral Works; Works for piano

and orchestra – Orquestra do Gewandhaus

de Leipizig – Kurt Masur, regente –

Michel Béroff, piano – EMI – 2003

PARA ASSISTIR

Orquestra Sinfônica da Savaria – Matei Pop,

regente | Acesse: fil.mg/lprocissao

Orquestra Sinfônica McGill de Montreal –

Alexis Hauser, regente | Acesse: fil.mg/lmefisto1

PARA LER

Ernst Burger – Franz Liszt: A chronicle

of his life in pictures and documents –

Princeton University Press – 1989

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista,

Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa,

professor da Universidade do Estado de Minas

Gerais e da Fundação de Educação Artística.

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20 ALLEGRO E VIVACE

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CONCERTOS PARA A JUVENTUDE

Realizados em manhãs de domingo,

são concertos dedicados aos jovens

e às famílias, buscando ampliar

e formar público para a música

clássica. As apresentações têm

ingressos a preços populares.

CLÁSSICOS NA PRAÇA

Realizados em praças da Região

Metropolitana de Belo Horizonte, os

concertos proporcionam momentos

de descontração e entretenimento,

buscando democratizar o acesso da

população em geral à música clássica.

CONCERTOS DIDÁTICOS

Concertos destinados a grupos de

crianças e jovens da rede escolar

e a instituições sociais, mediante

inscrição prévia. Seu formato busca

apoiar o público em seus primeiros

passos na música clássica.

FESTIVAL TINTA FRESCA

Com o objetivo de fomentar a criação

musical entre compositores brasileiros e

gerar oportunidade para que suas obras

sejam apresentadas em concerto, este

Festival é sempre uma aventura musical

inédita. Como prêmio, o vencedor recebe

a encomenda de outra obra sinfônica

a ser estreada pela Filarmônica no

ano seguinte, realimentando o ciclo da

produção musical nos dias de hoje.

ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM OUTRAS SÉRIES DE CONCERTO

LABORATÓRIO DE REGÊNCIA

Atividade pioneira no Brasil, este

laboratório é uma oportunidade

para que jovens regentes brasileiros

possam praticar com uma orquestra

profissional. A cada ano, quinze

maestros, quatro efetivos e onze

ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e

ensaios com o regente Fabio Mechetti.

O concerto final é aberto ao público.

TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Com essas turnês, a Orquestra

Filarmônica de Minas Gerais

busca colocar o estado de Minas

dentro do circuito nacional e

internacional da música clássica.

TURNÊS ESTADUAIS

As turnês estaduais levam a música de

concerto a diferentes cidades e regiões de

Minas Gerais, possibilitando que o público

do interior do Estado tenha contato direto

com música sinfônica de excelência.

CONCERTOS DE CÂMARA

Realizados para estimular músicos

e público na apreciação da música

erudita para pequenos grupos. A

Filarmônica conta com grupos de

Metais, Cordas, Sopros e Percussão.

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PRÓXIMOSCONCERTOS

SetembroDIA 20, CONCERTOS PARA A JUVENTUDE 5

ENCONTRO COM BACH

domingo, 11h, Sala Minas GeraisMarcos Arakaki, regente

Cássia Lima, flauta

Carolina Faria, contralto

BACH

DIA 24, CONCERTOS DE CÂMARA

GRUPO DE PERCUSSÃO

quinta, 19h e 20h30,Memorial Minas Gerais ValeGUARNIERI / ZAMPRONHA / IAZZETTA /

ALUOTTO / GOROSITO & ALBERTO

DIA 26, FORA DE SÉRIE 6

sábado, 18h, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente

Teo Gheorghiu, piano

BEETHOVEN

OutubroDIAS 1 E 2, ALLEGRO 9, VIVACE 9

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente

Benedetto Lupo, piano

RAVEL / SCRIABIN / TCHAIKOVSKY

DIAS 8 E 9, PRESTO 9, VELOCE 9

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas GeraisChristoph König, regente convidado

Alexandre Barros, oboé

Marcus Julius Lander, clarinete

Catherine Carignan, fagote

Alma Maria Liebrecht, trompa

MOZART / BRUCKNER

DIAS 15 E 16, ALLEGRO 10, VIVACE 10

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente

Baiba Skride, violino

SIBELIUS / NIELSEN / GRIEG

DIA 18, CONCERTOS DE CÂMARA

QUINTETO DE SOPROS

domingo, 11h, Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, ItabiraROSSINI / NIELSEN / BARBER

DIA 24, FORA DE SÉRIE 7

sábado, 18h, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente

Rommel Fernandes, violino

Ara Harutyunyan, violino

BEETHOVEN

DIAS 27 E 28, CONCERTOS DIDÁTICOS

terça e quarta, 9h30 e 14h, Sala Minas GeraisCONCERTOS FECHADOS

Marcos Arakaki, regente

TCHAIKOVSKY / PROKOFIEV

DIA 29, CONCERTOS DE CÂMARA

QUARTETO DE CORDAS

quinta, 19h e 20h30, Memorial Minas Gerais ValeLACERDA / BORODIN

Aqui estão todas as apresentações da Filarmônica no mês corrente, a partir do segundo concerto das séries de quinta e sexta, depois que o Fortissimo começa a circular. Havendo espaço, divulgaremos também os concertos do mês seguinte. Para programação completa, visite www.filarmonica.art.br.

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DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti

REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** músico convidado

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes –

Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna Zivkovic

Arthur Vieira Terto

Bojana Pantovic

Dante Bertolino

Hyu-Kyung Jung

Joanna Carolina Bello

Marcio Cecconello

Roberta Arruda

Rodrigo Monteiro

Rodrigo de Oliveira

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer *

Leonidas Cáceres ***

Gideôni Loamir

Jovana Trifunovic

Luka Milanovic

Martha de Moura Pacífico

Mateus Freire

Radmila Bocev

Rodolfo Toffolo

Rodrigo Bustamante

Tiago Ellwanger

Valentina Gostilovitch

Edgar Leite *****

Rudá Alves *****

VIOLAS

João Carlos Ferreira *

Roberto Papi ***

Flávia Motta

Gerry Varona

Gilberto Paganini

Juan Castillo

Katarzyna Druzd

Luciano Gatelli

Marcelo Nébias

Nathan Medina

VIOLONCELOS

Philip Hansen *

Robson Fonseca ****

Camila Pacífico

Camilla Ribeiro

Eduardo Swerts

Emilia Neves

Eneko Aizpurua Pablo

Lina Radovanovic

CONTRABAIXOS

Colin Chatfield *

Nilson Bellotto ***

Brian Fountain

Marcelo Cunha

Pablo Guiñez

Wallace Mariano

William Brichetto

FLAUTAS

Cássia Lima *

Renata Xavier ***

Alexandre Braga

Elena Suchkova

OBOÉS

Alexandre Barros *

Ravi Shankar ***

Israel Muniz

Moisés Pena

CLARINETES

Marcus Julius Lander *

Jonatas Bueno ***

Ney Franco

Alexandre Silva

FAGOTES

Catherine Carignan *

Victor Morais ***

Andrew Huntriss

Francisco Wellington

da Silva

TROMPAS

Alma Maria Liebrecht *

Evgueni Gerassimov ***

Gustavo Garcia Trindade

José Francisco dos Santos

Lucas Filho

Fabio Ogata

TROMPETES

Marlon Humphreys *

Érico Fonseca **

Daniel Leal ***

Tássio Furtado

TROMBONES

Mark John Mulley *

Diego Ribeiro **

Wagner Mayer ***

Renato Lisboa

TUBA

Eleilton Cruz *

TÍMPANOS

Patricio Hernández

Pradenas *

PERCUSSÃO

Rafael Alberto *

Daniel Lemos ***

Sérgio Aluotto

Werner Silveira

HARPA

Giselle Boeters *

TECLADOS

Ayumi Shigeta *

GERENTE

Jussan Fernandes

INSPETORA

Karolina Lima

ASSISTENTE

ADMINISTRATIVA

Débora Vieira

ARQUIVISTA

Sergio Almeida

ASSISTENTES

Ana Lúcia Kobayashi

Claudio Starlino

Jônatas Reis

SUPERVISOR DE

MONTAGEM

Rodrigo Castro

MONTADORES

André Barbosa

Hélio Sardinha

Jeferson Silva

Klênio Carvalho

Risbleiz Aguiar

Page 27: Fortissimo 2015 | Setembro

25

Conselho Administrativo

PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman

PRESIDENTE

Roberto Mário Soares

CONSELHEIROS

Angela Gutierrez

Berenice Menegale

Bruno Volpini

Celina Szrvinsk

Fernando de Almeida

Ítalo Gaetani

Marco Antônio Pepino

Marcus Vinícius Salum

Mauricio Freire

Mauro Borges

Octávio Elísio

Paulo Brant

Sérgio Pena

Diretoria Executiva

DIRETOR PRESIDENTE

Diomar Silveira

DIRETOR

ADMINISTRATIVO-

FINANCEIRO

Estêvão Fiuza

DIRETORA DE

COMUNICAÇÃO

Jacqueline Guimarães

Ferreira

DIRETORA DE

MARKETING E

PROJETOS

Zilka Caribé

DIRETOR DE OPERAÇÕES

Ivar Siewers

DIRETOR DE

PRODUÇÃO MUSICAL

Kiko Ferreira

Equipe Técnica

GERENTE DE

COMUNICAÇÃO

Merrina Godinho Delgado

GERENTE DE

PRODUÇÃO MUSICAL

Claudia da Silva

Guimarães

ASSESSORA DE

PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Carolina Debrot

PRODUTORES

Geisa Andrade

Luis Otávio Rezende

Narren Felipe

ANALISTAS DE

COMUNICAÇÃO

Andréa Mendes

(Imprensa)

Marciana Toledo

(Publicidade)

Mariana Garcia

(Multimídia)

Renata Gibson

Renata Romeiro

(Design gráfico)

ANALISTA DE

MARKETING DE

RELACIONAMENTO

Mônica Moreira

ANALISTAS DE

MARKETING E

PROJETOS

Itamara Kelly

Mariana Theodorica

ASSISTENTE DE

MARKETING DE

RELACIONAMENTO

Eularino Pereira

ASSISTENTE DE

PRODUÇÃO

Rildo Lopez

Equipe Administrativa

GERENTE

ADMINISTRATIVO-

FINANCEIRA

Ana Lúcia Carvalho

GERENTE DE

RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva

ANALISTAS

ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira

Paulo Baraldi

ANALISTA CONTÁBIL

Graziela Coelho

SECRETÁRIA EXECUTIVA

Flaviana Mendes

ASSISTENTE

ADMINISTRATIVA

Cristiane Reis

ASSISTENTE DE

RECURSOS HUMANOS

Vivian Figueiredo

RECEPCIONISTA

Lizonete Prates

Siqueira

AUXILIAR

ADMINISTRATIVO

Pedro Almeida

AUXILIARES DE

SERVIÇOS GERAIS

Ailda Conceição

Márcia Barbosa

MENSAGEIROS Lucas Lima

Serlon Souza

MENOR APRENDIZ

Diego Soares

Sala Minas Gerais

GERENTE DE

INFRAESTRUTURA

Renato Bretas

GERENTE DE OPERAÇÕES

Jorge Correia

TÉCNICO DE

ILUMINAÇÃO E ÁUDIO

Rafael Franca

ASSISTENTE

OPERACIONAL

Rodrigo Brandão

Instituto Cultural Filarmônica

FORTISSIMO

setembro nº 7 / 2015

ISSN 2357-7258

EDITORA Merrina

Godinho Delgado

EDIÇÃO DE TEXTO

Berenice Menegale

FOTO DA CAPA: EUGÊNIO SÁVIO ILUSTRAÇÕES: MARIANA SIMÕES

GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Antônio Andrade

(OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE

MINAS GERAIS

Bernardo Mata Machado

Page 28: Fortissimo 2015 | Setembro

26

COMIDAS E BEBIDAS

Seu consumo não é permitido no

interior da sala de concertos.

PARA APRECIAR UM CONCERTO

PONTUALIDADE

Uma vez iniciado um concerto, qualquer

movimentação perturba a execução

da obra. Seja pontual e respeite o

fechamento das portas após o terceiro

sinal. Se tiver que trocar de lugar ou

sair antes do final da apresentação,

aguarde o término de uma peça.

CONVERSA

A experiência do concerto inclui o

encontro com outras pessoas. Aproveite

essa troca antes da apresentação e

no seu intervalo, mas nunca converse

ou faça comentários durante a

execução das obras. Lembre-se de

que o silêncio é o espaço da música.APARELHOS CELULARES

Confira e não se esqueça, por

favor, de desligar o seu celular ou

qualquer outro aparelho sonoro.

FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO

Não são permitidas na sala de concertos.

CUMPRIMENTOS

Após a apresentação, caso queira

cumprimentar os músicos e convidados,

dirija-se à Sala de Recepções, à

esquerda do foyer principal.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos

e da plateia. Tente controlá-la com

a ajuda de um lenço ou pastilha.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras.

Veja no programa o número de

movimentos de cada uma e fique de

olho na atitude e gestos do regente.

CRIANÇAS

Caso esteja acompanhado por

criança, escolha assentos próximos

aos corredores. Assim, você

consegue sair rapidamente se

ela se sentir desconfortável.

CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS

Fortissimo, além de seu programa mensal de concertos, é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Para evitar o desperdício, pegue apenas um exemplar ao mês. Caso não precise dele após o concerto, devolva-o nas caixas receptoras.

O programa se encontra também disponível em nosso site, na agenda de concertos. www.filarmonica.art.br

Page 29: Fortissimo 2015 | Setembro

27

OLÁ, ASSINANTE

ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO

[email protected]

3219-9009 (segunda a sexta, 9h a 18h)

www.filarmonica.art.br

FOT

O:

RA

FAEL

MO

TTA

ESCUTE O SINAL! Você notou que, agora, uma fanfarra

anuncia a hora do concerto?

Essa Fanfarra, em três movimentos, é

um sinal exclusivo da Sala Minas Gerais,

composta pelo maestro Fabio Mechetti e

inspirada na canção Oh! Minas Gerais.

É importantíssimo estar atento ao sinal de uma

sala de concertos. Ele nos ajuda no processo

final de preparação para o encontro com a Música.

Ao ouvir o PRIMEIRO, sinta-se convidado a entrar

na Sala e ocupar seu assento. O SEGUNDO informa a

todos, músicos e público, que devemos nos concentrar

para melhor vivenciarmos o concerto. Por fim, o

TERCEIRO marca a entrada da Orquestra no palco.

DAQUI PRA FRENTE, É HORA DE ESCUTAR SOMENTE A MÚSICA.

Page 30: Fortissimo 2015 | Setembro

28

Você já deve ter reparado que, dentro

da sala de concertos e embaixo dos

assentos, há uma série de peças

negras que lembram cogumelos. Esses

cogumelos têm dupla função: durante

o funcionamento normal da Sala,

eles sugam o ar do ambiente. O ar

sugado percorre dutos, passa por um

resfriamento e volta à Sala por meio

das bocas de insuflação localizadas

nas veias do teto. Mas, caso sejam

detectados sinais de incêndio, o

sistema de refrigeração imediatamente

se transforma em sistema de exaustão

e passa a insuflar ar pelo piso, de modo

a impedir a intoxicação por fumaça

e gases tóxicos. Os detectores de

incêndio, fechos infravermelhos, estão

localizados nas extremidades das veias e cruzam a Sala no sentido lateral.

A Sala Minas Gerais dispõe de mais dois

mecanismos de combate a incêndios:

uma rede de sprinklers – uma espécie

de chuveiro automático dotado

de dispositivo que, a determinada

temperatura, é acionado a fim de

espargir água sobre o recinto atingido

pelo fogo – e a rede de hidrantes.

Nos foyers, o sistema de ar

condicionado é facilmente

reconhecido pelas bocas em forma

de escotilha náutica vistas tanto no

volume vermelho quanto nas demais

estruturas. Afinal, conforto e segurança

devem sempre estar juntos.

Sistema de proteção e combate a incêndio

SALA MINAS GERAIS

BOCAS DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO

COGUMELO SUGADOR /

INSUFLADOR

Page 31: Fortissimo 2015 | Setembro

FOT

O:

EUG

ÊNIO

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O:

EUG

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BOCAS DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO

DETECTOR DE INCÊNDIO

VEIA

SPRINKLER

BOCA DE AR

Page 32: Fortissimo 2015 | Setembro

SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG

(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030

WWW.FILARMONICA.ART.BR

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DIVULGAÇÃO

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