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Revista do Movimento Encontrão - Serviço cristão no mundo - Edição 03 - Ano 2012 movimento Serviço cristão no mundo Vocação, intimidade com Deus! Quais os caminhos da missão?

Edição 3 da Revista do Movimento Encontrão

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Revista com notícias do Movimetno Encontrão com tema principal em Serviço Cristão no Mundo.

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movimento

Serviço cristãono mundo

Vocação,intimidadecom Deus!

Quais oscaminhos

da missão?

Revista MovimentoRevista de circulação interna do MEEdição 3Ano 2012Tiragem: 3.000 exemplaresDistribuição gratuita

EDITORIAL

12 a 15 de agostoEncontro de Obreiros15 e 16 de agostoEncontro Espírito Santo & Missão24 e 25 de agostoEncontro de Profissionais Liberais e Empresários Crsitãos14 e 15 de setembroEncontro de Líderes do Ministério Infantil21 a 25 de outubroII Congresso Nordestino de Missões

Acompanhe a agenda atualizada em www.me.org.br

201303 a 06 de janeiroEscola de Missões Jovem - Joinville/SC07 a 31 de janeiroProjeto Equador - Missão Zero09 a 12 de fevereiroEncontrões Regionais de Carnaval18 a 22 de fevereiroSemana Acadêmica - FATEV23 e 24 de marçoAssembléia Geral do ME - Curitiba/PR22 e 23 de junhoEncontro de Lideranças

AGEN

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Diretor Executivo ME: Airton Härter PalmEditorial: Joana Bauer WulffColaboração Editorial: Rodrigo RobinsonProjeto Gráfico: Vagner MartinsDiagramação: Vagner Martins

Movimento EncontrãoRua Francisco Caron, 630CEP 82120-200 - PilarzinhoCuritiba/PR|41| 3302-5100 - [email protected]

PED

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TE

Uma das passagens bíblicas que me chamam atenção no relato da crucificação de Cristo, está em Mateus 27.55. As mulheres que seguiram a Jesus e o observavam, estavam ali por um motivo: para o servir. Isto me faz lembrar que seguimos a Jesus não só pela salvação, que só encontramos nele, bem como seu senhorio em nossas vidas. O seguimos para servi-lo. Nesta edição da revista Movimento, você lerá textos que nos inspiram e encorajam a colocar nossos dons à serviço do Reino de Deus. Fazer parte do corpo de Cristo implica em encontrarmos a nossa função nele, e a exercitarmos enquanto seguimos a Jesus. O caminho que percorremos em nossa vida, sem dúvida, será cheio de obstáculos. No entanto, devemos lembrar o que diz em Lucas 12: a vida é mais importante que as nossas preocupações. Estar de prontidão para o serviço ao Senhor é um exercício diário de tirar os olhos de nós mesmos e os erguermos para o horizonte, onde podemos vislumbrar o caminho que decidimos seguir. Com esta revista, também queremos que você erga seus olhos e siga com perseverança o caminho que Jesus lhe propôs (Hb 12.1). Desejamos que segui-lo para servi-lo, seja sua escolha diária.Deus te abençoe.

Joana Bauer Wulff

PERSPECTIVA

SERVIÇO NA PERSPECTIVA DE FILHOS E NÃO DE ESCRAVOS!Pela graça de Deus a escravidão no Brasil faz anos que foi abolida. Contudo, muitas vezes as pessoas tornam-se escravas do seu trabalho, pois a competitividade no mundo capitalista é muito grande. No serviço a Deus há esse risco também, não para obter lucro, ou apenas o sustento, mas no sentido do “dever”, como se tivéssemos uma dívida com Deus, a qual pudéssemos pagar.Pela misericórdia de Deus, Ele mesmo pagou a nossa dívida, enviando seu único Filho, Jesus Cristo, que morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para nos dar a vida eterna. A palavra de Deus enfatiza: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” (Efésios 2.8-10)Sendo assim, por meio da fé somos salvos, tornando-nos filhos de Deus (João 1.12) e

como expressão da nossa fé, como demonstração do nosso amor ao Pai, somos impelidos à prática das boas obras. Servir a Deus deveria ser algo natural e não um constrangimento. Observemos o texto a seguir: “Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e falaram a respeito dela a Jesus. Então ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre a deixou, e ela começou a servi-los.” (Marcos 1.29-31). O texto nos diz que assim que Jesus a curou, a sogra de Pedro se dispôs a servir o Mestre e os discípulos que lá estavam. Creio que ela estava tão feliz que não hesitou, mas logo se colocou a disposição de colaborar da maneira que lhe era possível.A Igreja de Jesus é como um corpo que possui vários membros, onde cada qual tem sua tarefa, seu serviço. Entretanto, algumas vezes convidamos algumas pessoas para assumirem determinada tarefa, e essas nos dizem: “se ninguém pegar esse pepino eu pego”. Mas se alguém muito importante o convidasse para algum cargo no meio secular, será que a resposta seria assim também? Jesus nos salvou do poder do Diabo, do poder do pecado e do

poder da morte. Que a partir do seu amor sejamos impulsionados a servi-lo a cada dia com alegria!

Sendo assim, por meio da fé somos salvos, tornando-nos filhos de Deus

(João 1.12)

Lilian PatzlaffPastora em Ituporanga/SC

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Uma das marcas do mundo atual é a superficialidade. As pessoas não buscam mais um aprofundamento nos conhecimentos e se satisfazem com

respostas rápidas. Querem obter resultados imediatos com pouco trabalho. Passa a reinar a lei do menor esforço. Fazer ou investir pouco e ganhar bastante. Isto resulta no desejo de ser servido. Esta mesma mentalidade está muito presente nas igrejas. Como diz o cantor João Alexandre “É proibido pensar.” Outros pensam por nós e nós apenas repetimos o que já está pronto! Usa-se sempre mais o “ctrl C” e o “ctrl V” nos trabalhos acadêmicos e até na preparação de mensagens bíblicas. Parece-me que este ditado se torna sempre mais atual: nada se cria tudo se copia! Nas provas é mais fácil assinalar do que escrever. Os jovens não gostam mais de pesquisar ou fazer trabalhos escritos.Muitos cristãos também querem receber tudo pronto sem buscar um aprofundamento bíblico. Vivem uma fé sem comunhão e sem oração. Podemos chamá-los de crentes tipo “Kodak”, só vivem de revelação. Não querem serviço, mas querem ser vistos! Quando Jesus disse que veio para servir e não para ser servido (Mt 20.20-28) desafiou os discípulos a seguir o seu exemplo de abnegação e entrega. Não é possível servir na obra de Deus sem participar

ativamente na comunidade na qual se congrega ou além dela. É preciso sair do comodismo. É vir para ter comunhão uns com outros. Também é ir ao encontro de quem precisa ser transformado

pela ação do Espírito Santo. Enfim, é ser alguém que serve, confiando que o Senhor

supre todas as necessidades. Apenas quem se dispõe a encarar novos desafios

é que aprende a servir. Quem espera receber tudo pronto é um crente

preguiçoso. Só aprendemos a servir depois de passarmos por desafios ou sofrimentos. Exemplos bíblicos não faltam, basta lembrar-se de Daniel, Jonas, Pedro, Estevão,

Paulo e tantos outros. Todos aprenderam a servir a Deus de forma mais concreta depois de passar por grandes provas. Jesus é o maior exemplo e com Ele aprendemos o que realmente é servir.Em minha caminhada de fé os maiores aprendizados aconteceram quando passei por grandes provações. Nestes momentos aprendi a servir sem esperar que alguém viesse me servir. Talvez a sua experiência seja semelhante. Se não for o caso, então não espere que alguém faça por você. Vá e sirva ao Senhor com

alegria como diz o Salmo 100.

SE JESuS VEIO PARA SERVIR, PORQuE TEmtANtO CRENTE QuERENDO SER SERVIDO?

Nestor Nath Pastor em Londrina/PR

“”

Podemos chamá-los de crentes

tipo “Kodak”, só vivem de revelação

SERVIÇO4

?TERCEIRIZAÇÃO

Esta é mais uma das perguntas, que são feitas por cristãos brasileiros, em nossos dias, em função de mudanças, que acontecem na organização e na administração das igrejas. É legítimo terceirizar serviços na igreja? Isto não seria uma “profanação” da realidade espiritual?De tempos em tempos, as igrejas precisam adequar o seu funcionamento organizacional. Não existe um modelo eterno, de direito divino, como dizem os católicos, quando se trata de organização de igreja. Na verdade, as igrejas evangélicas, desde sua origem na Reforma no século XVI, afirmam a “condição passageira e limitada” de sua forma externa.Disto resulta que, perante novos desafios e temores de seu tempo, os cristãos são chamados a encontrar caminhos, na organização e funcionamento da igreja, que respondam melhor a tarefa de serem testemunhas do Evangelho. É dentro deste cenário, que precisamos nos perguntar pela legitimidade ou não de “terceirizar serviços” na igreja.A terceirização é uma prática administrativa, cujo objetivo é a redução de custo e o aumento da qualidade. Diminuir custos e aumentar qualidade, quando se pensa no bom funcionamento da igreja, não são coisas ruins. Antes, pelo contrário. Contudo, uma norma básica, para quem aplica a terceirização de serviços, é que a atividade-fim, não seja terceirizada. No caso da igreja, podemos terceirizar os serviços de acampamentos, casas de retiro, contabilidade da igreja local, lancheria, segurança e outros. Estas não são atividades-fins da igreja. A atividade-fim da igreja, dos cristãos, é a pregação e o testemunho do Evangelho. Onde esta é questionada, em prol da terceirização – até com um bom propósito de maior eficência - ali nossa resposta deve ser um claro não.

Com outras palavras, a prática dos dons não pode ser “substituída” por pessoas contratas, por mais que isto dinamize uma igreja. Entretanto, aqui precisamos ser bem honestos: não existe igreja sem uma equipe de pessoas que trabalham de tempo integral. Por isto, o critério é verificar localmente, caso a caso, o que cabe ou não ser terceirizado, observando como regra fundamental o exercício mais amplo possível dos dons dos membros

do Corpo de Cristo. Que Deus nos conceda o indispensável discernimento no trato deste assunto.

NA IGREJAESTAmOStERcEIRIzANDO

Mário Francisco TessmannProfessor na FATEV

“”

De tempos em tempos, as igrejas

precisam adequar o seu funcionamento

organizacional.

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Participe sendo parceiro de doações

da FATEV

BradescoAgência 1808-2

c. c 1989-5

TESTEmuNHOS

“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo” Fp 1.27

Bino, Servo do Senhor Jesus, a todos os amados, em Cristo Jesus nosso Salvador. Lembro de uma pescaria onde o banhado é muito falso, e só era possível caminhar de joelhos, aumentando a base do nosso corpo para não afundar. Como pescadores de homens, assim é a nossa caminhada, de joelhos para termos base no nosso trabalho.Com muita gratidão no meu coração, me lembro do meu pai espiritual, o Pr. Nelson Pereira, que foi e é meu discipulador. Quando adolescente, ajudava-o carregando a sua pasta da entrada do templo até o altar. Ele me chamava de o “pastor sem pasta” Após me confirmar, comecei a conduzir os confirmandos, e também participar da Juventude Evangélica.Na minha caminhada com Jesus fui muito abençoado, uma dessas bençãos foi uma linda jovem com quem me casei e tivemos três frutos: Timóteo, Lucas e Matheus. Agora com uma quarta filha, Mayla, esposa de Timóteo. Não foi possível completar o grupo dos doze discípulos, “por enquanto”.Hoje, com alguns cabelos e barbas brancos, quero continuar sendo uma benção na vida das pessoas (Gn 12.2) assim como eu fui abençoado um dia. Um versículo que muito me fala é Jo 3.30 “Convém que Ele (Jesus) cresça e eu diminua”Um “pastor sem pasta”, que procuro conduzir mais “pastas” (vidas) junto ao altar do Senhor. Esse Jesus que tanto nos ama a ponto de dar a sua vida por todos nós, e conta conosco, irmãos, para concretizar o Seu plano de salvação. Que a Graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus Pai, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.

Albino Paulo BierhalsAgricultor, Ministro de Louvor

e Pregador em Camaquã/RS

Minha conversão aconteceu um pouco antes dos 13 anos. Receber a Jesus fez toda a diferença em minha vida. Sabendo que escolher uma profissão, seria também uma das decisões mais importantes, comecei a colocar esta questão diante de Deus. Pensei em ser pastor, médico ou jogador de futebol. Isso tinha a ver com querer servir a Deus, com meus pais serem médicos e com gostar muito de esportes, especialmente futebol. Mas o que era forte em meu coração era o desejo de trabalhar numa profissão em que pudesse ajudar as pessoas. Então, Deus encaminhou de tal forma que fui fazer Medicina. Logo estava claro que minha profissão devia estar a serviço de Deus e consequentemente do meu próximo. Sempre procurei enxergar o ser humano como um todo, por isso acabei me especializando em Clínica Geral e, na seqüência, em Geriatria. Em 1991, sentimos Márcia e eu, o chamado para a Missão, no caso a Missão Zero em Araçatuba/SP. E aqui estamos há 20 anos.Com a profissão de médico Deus tem suprido abundantemente o nosso sustento; no trabalho missionário propriamente dito, ajudamos a formar e firmar uma comunidade nesta cidade. Tenho me colocado a serviço da comunidade, ajudando os irmãos na fé naquilo que tem sido possível, orientando, consultando, conseguindo medicações, etc.Na área da geriatria, tenho procurado trazer uma contribuição para uma melhor qualidade de vida dos idosos. Faço os atendimentos em nossa clínica, consultas domiciliares e também presto assistência médica geriátrica em dois asilos. Junto com a Márcia, fundamos, há mais de 15 anos, uma sub-regional da Associação Brasileira da Doença de Alzheimer, onde auxilio com encontros mensais informativos para familiares e cuidadores de idosos dependentes, além de palestras. Na Univ. Estadual Paulista, trabalho como clínico geral, colaboro em um Projeto de Extensão para a terceira idade onde formei grupos para um curso de 3 meses, baseado num livro, com um programa de qualidade de vida. O curso é quase uma psicoterapia de grupo e cada capítulo aborda também sobre Jesus como modelo de qualidade de vida e de saúde mental e emocional. O que mais eu poderia desejar em minha vida sobre tantas chances de servir a Deus através da profissão?

Ricardo WayhsMédico em Araçatuba/SP

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Meu nome é Marilia, em fevereiro de 2008 me tornei cristã, minha conversão veio fortemente acompanhada da certeza do chamado missionário e no mesmo mês comecei meus estudos na FATEV. O curso foi muito importante, as pessoas e os desafios me incentivaram a crescer no Senhor. Como estudante sempre senti meu coração bater muito forte por missões transculturais, e felizmente por meio de uma parceria da Sociedade Missionária Norueguesa com o Movimento Encontrão, em 2011, pude participar do intercâmbio na Inglaterra. O ano que passei lá foi surpreendente, porque quando nos dispomos a ir Deus age através de nós! Eu pude criar amizades que ultrapassam fronteira e idiomas, e ao servir no reino, fui grandemente abençoada. Como fruto deste intercâmbio, depois de um “estágio” em Araçatuba/SP e com o aval da Missão Zero, vou para mais um ano na minha querida comunidade St. James em Carlisle/Inglaterra, agora com responsabilidades e desafios diferentes, mas com a certeza de que é isso o que Deus tem para mim! Meu desejo é ser o amor Dele aonde Ele me levar!

Marilia Pfeiffer

Missionária na Inglaterra

Projeto Inglaterra

REDE mINISTERIAL

Vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa...

Êxodo 19.6

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

1 Pedro 2.9

Meu filho de 2 anos andava com medo de Reis. Nós contávamos as histórias do pequeno Davi, de Daniel, e outras com reis malvados e quando aparecia figura de um rei ele rapidamente pedia pra trocar de página. Ele não queria nem ver o rei. Minha esposa e eu ficamos preocupados com isso e começamos uma brincadeira aqui em casa de que eu era o rei da casa, minha esposa a rainha e ele o “ímpce” (príncipe, nas palavras dele). Pois Deus nos chama a ser Sacerdotes do seu Reino.Os Sacerdotes tinham a função de fazer a mediação entre os homens e Deus. Eram responsáveis pelos sacrifícios, oferendas para aplacar os pecados do povo e os seus próprios. No antigo testamento os Sacerdotes tinham papel central na relação do povo com o seu Deus.Mas o desejo de Deus nunca foi de ter mediadores entre nós e Ele. Desde a criação o propósito de Deus é de se relacionar com sua criação. Os passeios no Éden e o esforço de encontrar as pessoas durante toda a história do antigo testamento culminando com o sacrifício de seu primogênito na Cruz mostram esse propósito.Mesmo no antigo testamento Deus deixa claro, nessa passagem de Êxodo, o que ele faria. Ele quer um Reino de Sacerdotes, um reino de pessoas que o procurem e se relacionem diretamente com ele.Parece que uma das mais arraigadas marcas da queda no ser humano é fugir do compromisso que a relação próxima e pessoal nos traz. Quando nos envolvemos com alguém, de verdade, não conseguimos ficar alheios aos acontecimentos da vida dessa pessoa, e isso dá trabalho. E mais trabalho é o que realmente não queremos. Já corremos muito para dar conta das demandas da nossa vida, por isso transferimos para Eva a responsabilidade de ter comido a fruta, para os professores a responsabilidade da educação de nossos filhos, para os governos o cuidado com as cidades, para os pastores o sacerdócio espiritual...

e assim vamos nos esquivando de nos relacionarmos uns com os outros, de nos envolvermos. Só que isso é um tremendo engano! Assim como a serpente enganou a Eva, estamos sendo enganados de que fugindo do relacionamento real com Deus e com as pessoas viveremos de maneira mais fácil. De que se fugirmos da função de sacerdote real viveremos mais tranqüilos.A grande questão que nos faz fugir dessas responsabilidades é uma só: “E se errarmos, quem vamos culpar?”O medo, a culpa e a vergonha tem nos feito ter uma relação torta com Deus e com o mundo que nos cerca. Medo de errar, culpa por ter cometido erros e a vergonha de não ser o que gostaríamos nos levam para fora dessa relação. E isso é um tremendo engano. São as raízes profundas do pecado nos maltratando. Fazendo-nos enxergar as palavras responsabilidade e compromisso com um peso tão grande que não conseguimos suportar.Mas Deus nos chama para sermos Sacerdotes e não Reis. O grande e misericordioso Rei é que tem o peso sobre ele. Chega de querermos assumir o lugar de Deus, de ter que acertar sempre, de se culpar eternamente por erros. Deus escolheu o amor e a misericórdia e o seu perdão nos coloca de pé, “nos tira das trevas para a sua maravilhosa luz”.Acorda povo de Deus para a maravilha do compromisso com o Pai. Para a leveza de agir como embaixadores desse amor. Para a graça de viver o perdão. Precisamos viver mais leves e isso nos tornará mais abertos para o relacionamento com o próprio Deus e com as pessoas. Nos tornará mais solícitos às necessidades dos irmãos e daqueles que nem conhecem a Deus, nos deixará menos burocráticos e acabará com os departamentos na igreja e na vida. Todos assumiremos o sacerdócio real, o relacionamento real, a vida real, de uma forma mais livre, solta, saudável e atrativa, exatamente como é o verdadeiro evangelho.

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Rodrigo RobinsonPublicitário em Curitiba/PR

Reino de Sacerdotes!

O tempo não pode ser desperdiçado. Nem o dos outros e nem o nosso. É preciso entender o preço de cada minuto, cada segundo, cada dia de nossa vida. O tempo passa e nós, por mais que gostemos de pensar no contrário, não tempos poder para parar, frear ou colocar o tempo em slow motion. O tempo é uma dádiva de Deus e, uma hora, ele acaba. A pergunta inicial tem a ver com isto: “o que você está fazendo com o seu tempo?”. A maneira como gastamos nosso tempo reflete diretamente aquilo que nós consideramos prioridade. É aí que entra a questão da vocação. Ela é a diferença entre decisões arbitrárias e justificadas (por melhores que sejam as justificativas) e a liberdade da obediência a Cristo. É justamente nesta intersecção que está a vocação: Deus manda, nós obedecemos. Vocação é algo maior que ocupação ou carreira. Não compete pelo mesmo lugar no espaço de nossa vida, assim como as raízes não competem com o tronco por espaço na vida da planta. Um nasce do outro, e a planta cresce e floresce quando as partes do corpo estão alinhadas e quando as raízes estão profundamente arraigadas e firmadas no solo. Vocação é o que confere coerência à nossa vida como um conjunto de decisões. Invertendo esta frase: o conjunto de nossas decisões, coisas acumuladas e estilo de vida é um reflexo daquilo que está no mais profundo centro de nosso ser. Deus chama à parceria, e nós respondemos com nossa vocação. A nossa cultura nos quer fazer acreditar que quem nós somos é, ou está baseado em, aquilo que a gente faz. As ferramentas

de propaganda não levam em conta a questão do ser – somente a questão do estar. Numa propaganda de margarina, as pessoas sempre parecem estar felizes. Mas é impossível retratar o “ser”! Isto se vive, se experimenta, se desfruta. Neste contexto o sentido de “qualidade de vida” não tem a ver primariamente com fatores externos e circundantes, mas nasce de dentro, da alma.Nossa cultura nos indica que os elementos que completariam nossa existência estão fora de nós, nas lojas, esperando para serem comprados e levados para casa, onde eles poderão inundar nossa vida de uma felicidade mágica e intangível. Isto não é verdade. Em Cristo, que é Deus de libertação, a completude do ser nasce de dentro, de nossa relação com ele. Isto muda completamente a maneira como e n c a r a m o s

“”

Nossa vida é uma peça teatral que não tem es-

paço para ensaios(Charles Chaplin)

“”

Eu sempre disse que queria seralguém. Hoje eu vejo que deveria

ter sido mais específico(Lilly Tomlin, comediante americana)

VOcAÇÃOINTImIDADE COm

DEuS

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Marcell Silva SteuernagelMúsico em Curitiba/PR

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qualquer aquisição, qualquer investimento de energia, tempo ou talento. Percebam o absurdo entre aprender a desfrutar daquilo que somos ou passar o resto da vida correndo atrás de algo que uma sociedade consumista de individualismo nos diz que precisamos aprender a ser! O que é escravidão e o que é liberdade? Satanás quer nos privar de desfrutarmos de nossa verdadeira identidade, atraindo nossa atenção para estas coisas externas que nos escravizariam. Precisamos perceber que, mais do que qualquer outra coisa, aquilo que você entende sobre si mesmo como cristão,

determina sua identidade própria e sua auto-estima. Existe, portanto, uma

sequencia lógica no processo de descoberta vocacional:

- Descobrir quem Deus é;- Descobrir quem eu sou em Cristo (identidade);- Descobrir o que devo fazer, e isto nasce de quem eu sou em Cristo.

Precisamos nos relacionar com Deus para entender quem verdadeiramente somos. Tomemos o exemplo de Pedro, discípulo de Jesus, conforme aparece no livro de Mateus 16.13-19: Pedro só pôde entender quem ele realmente era depois de declarar com clareza quem Jesus realmente era. Jesus pergunta várias vezes a Pedro se ele entende verdadeiramente “com quem está falando”. Ele não faz isso para irritar Pedro mas sim para ajudá-lo a entender que o cerne de sua identidade está na compreensão verdadeira de quem Cristo é.Conhecer e apropriar-se de nossa identidade em Cristo nos liberta para poder viver fora das “falsas obrigatoriedades” da nossa cultura de consumo. Minhas escolhas e decisões, estejam elas dentro ou fora do âmbito de nossa cultura, se pautam por quem eu sou em Cristo e não pela pressão de ter, de comprar, de competir, de aparentar. Jesus, ao encarnar, nos oferece um exemplo de vivência integral de identidade frente a Deus. Neste sentido, o convite para sermos “iguais a Jesus” é um convite para sermos cada vez mais nós mesmos.Uma pergunta básica que precisa ser feita, que vai além de “quem sou eu?” é “quem fui criado para ser?”. Precisamos encontrar o nosso centro em Cristo e a partir disto permitir que este centro “vaze” para fora, para todos os aspectos da nossa vida, sejam eles públicos ou privados. É nesta dinâmica que descobrimos nossa vocação, nossas prioridades, e tomamos nossas decisões. E aí se cristaliza externamente este relacionamento entre Criador e criatura.Você pode dizer com segurança: “eu sei quem sou e o que devo fazer!”? Esta é a pergunta final. Muitas vezes podemos achar que esta é uma pergunta exclusiva de jovens que estão para enfrentar o vestibular. Mas a verdade é que há muita gente de meia idade que nunca parou para resolver este quebra-cabeça. A Igreja de Cristo, e nós como cristãos, só podemos viver de maneira bíblica quando entendemos quem somos. A partir deste momento, tudo muda. É como se num instante tudo se alinhasse em torno da pessoa de Cristo. Isto dá um senso sólido de propósito, um amor profundo pelo mundo e pelas pessoas que não nasce em nós e sim em Cristo, e vaza para aqueles ao redor de nós. Aí sim, estamos vivendo nossa identidade em Cristo, conforme ele nos criou para viver.

DONS

FuRADEIRA Ou ARcO DE PuA:

quAL é A TuA?

O exercício dos dons espirituais na edificação da Igreja.

A furadeira elétrica e o arco de pua são duas ferramentas utilizadas para fazer furos na madeira. O Arco de pua é uma antiga ferramenta manual que consiste numa armação de aço de formato característico, com local apropriado para prender a broca. Exercendo pressão com uma das mãos e girando o arco com outra, a broca remove o material e produz o furo. Já a furadeira possui um sistema elétrico e um motor que aplica uma rotação a uma broca que é responsável pela remoção do material.Com ambas as ferramentas é possível fazer furos na madeira. A diferença é que com a furadeira elétrica o trabalho é mais leve, mais rápido e mais eficiente. Por quê? Pelo fato de que a energia para execução do serviço vem de uma fonte externa, a eletricidade, enquanto que com o arco de pua, toda a força necessária para a execução do serviço vem da pessoa que o maneja.O exemplo acima nos ajuda a pensar a edificação da Igreja de Cristo. Podemos fazê-lo com a nossa própria força. Isso certamente demandará recursos financeiros, humanos e institucionais que deixarão muitos trabalhadores cansados e sobrecarregados, caídos pelo caminho e com resultados insignificantes. Por outro lado, podemos fazer a obra de Deus no poder do Espírito Santo, fazendo uso das ferramentas que o próprio Senhor da Igreja disponibiliza, os dons espirituais. Uma pesquisa realizada pelo Instituto do Desenvolvimento Natural

da Igreja (DNI) concluiu que 80% dos entrevistados não conhecem os seus dons espirituais e que a ampla maioria dos crentes que exerce algum tipo de ministério na igreja o faz fora da área do seu dom. Isso é lamentável, pois o apóstolo Paulo afirma em 1Corintios 12.1 e 31: “Quanto aos dons Espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes... Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons”.Dom Espiritual é esta habilidade especial que o Espírito Santo dá a cada membro do Corpo de Cristo, de acordo com a graça de Deus, para ser usado na edificação da Igreja. Por isso, os dons devem ser buscados, descobertos, desenvolvidos e usados. Quando uma igreja local amadurece na área dos dons, geralmente cresce. Quando o Corpo de Cristo está funcionando bem e há uma “justa cooperação de cada parte”, verifica-se “o seu próprio aumento (Ef 4.16). Há uma ligação clara entre os dons espirituais e o crescimento da igreja local. Nenhuma igreja será o que deveria ser, aquilo que Jesus orou que fosse ou aquela que o Espírito Santo preparou, enquanto ela não compreender os dons espirituais. Assim sendo, busque com zelo os dons do Espírito e os coloque à serviço da edificação da Igreja.

Leonir Arno LohmannPastor em Criciúma/SC

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André Rodrigo KohlrauschCoordenador do Ministério Jovem/ME

Já parou para pensar em quantas possibilidades existem nos dias de hoje para empenhar nossos esforços? Eu tenho 28 anos. Quando era adolescente, pelos meus 14 anos de idade, não via muitas opções de vida a seguir. Por isso, o que me importava de verdade era curtir a vida, sem pensar muito no futuro. Queria aproveitar os amigos, as brincadeiras, os tempos livres, as meninas (!) - enquanto dava um jeito de me virar na escola, passar de ano, até, pelo menos, acabar o ensino médio - (fazer curso superior era algo difícil ainda naquela época) e ganhar algum dinheiro para poder gastar com coisas que gostava, trabalhando em uma fábrica de calçados. Não parecia ruim, era apenas simples.Hoje isso mudou. Será? As possibilidades de carreira profissional aumentaram (é só ser um pouco esforçado). Até mesmo o leque de diversão aumentou. Entre esportes, vídeo games, filmes, internet, TV, amigos, baladas, festas, namoros, viagens, etc (coisas boas e coisas “não boas”), a gente nota que dizer “não tem nada para fazer” é para aqueles que já estão entediados com TUDO. Pode não ser tão simples quanto à realidade que eu vivi na minha adolescência, mas no fundo a idéia parece ser a mesma ainda: “Vamos curtir a vida! Enquanto tentamos ‘ser alguém na vida’ (estudando e trabalhando)”. Parece ser essa a maneira mais comum de se gastar a juventude. Há ainda aqueles “cabeças”, que vêem que

o melhor mesmo é se empenhar em estudar e trabalhar para conseguir um grande sucesso profissional.Paremos para analisar isso a luz de Cristo: será que não é muito egoísmo de nossa parte viver para nossa curtição ou para um futuro bem sucedido? Galera, eu não sou contra aproveitar momentos de lazer, entre amigos e família; aliás, eu sou muito bagunceiro e topo qualquer loucura; nem mesmo em se empenhar por um futuro melhor, mas será que resumir a juventude a curtir ou não (na moda do facebook) ou a perseguir sucesso, não é no

mínimo fazer um desvio do caminho que Jesus propôs para nós, para não dizer “andar na contra mão”? Leia Mc 10.43-45 - Jesus falou como é ser importante no reino de Deus. E importante não é aquele que tem mais dinheiro, status, poder, sucesso

ou influência. Importante no reino de Deus é a pessoa cuja vida importa, faz falta, que faz diferença se está ou não ali (queremos chegar ao final da vida

e perceber que, para as pessoas a nossa volta, não fez diferença alguma termos vivido ou não?). Ele disse que a única maneira de ser assim, é tornando-se servo dos outros por amor a Ele (seguindo o seu próprio exemplo). Isso mesmo: a única maneira de ser importante de verdade é servindo! Servir a Deus servindo aos outros. Se for assim, o pensamento que norteia o modo como gasto minha juventude muda de “Vamos curtir a vida! Enquanto tentamos ‘‘ser alguém na vida’’ (estudando e trabalhando)”; para: “Vamos servir aos outros por amor a Jesus! Enquanto curtimos as coisas boas de Deus nesta vida e somos pessoas que estudam e trabalham” – e buscam crescer na profissão, formar família e viver tranqüilos (essas coisas de gente grande). Isso tenho aprendido nos últimos 10 anos, depois que me encontrei com Jesus e fui salvo por ele.

As possibilidades de gastar os dias de sua juventude são muitas, mas a questão a se perguntar é: Como gastá-los de maneira que sua vida tenha importância? Jesus mostrou o caminho.

A decisão é sua!

quAL é A mELHOR

mANEIRA DE “gAStAR”

SuA JuVENtuDE?

Ouça a música “Depois de tudo” da banda Resgate.

JuVENTuDE 11

PROJETO mISSIONÁRIO12

“Nas palavras de Roland Allen – a obrigação de pregar o evangelho não depende da letra, mas do Espírito de Cristo; não do que ele ordena, mas sim do que ele é, e o Espírito de Cristo é o Espírito do amor e do anelo de Deus por aqueles que estão afastados dele.” René Padilla; O que é Missão Integral?; pag 32; Ed: Ultimato – MG, 2009. O Equador, igual ao Brasil, é um país cristianizado. Contém em suas ruas uma diversidade de igrejas e denominações. Mas lá, como em nosso país, há locais em que a missão tem também a oportunidade de ser “Missão Zero”. Como por exemplo, no bairro Totorocha de oitenta mil habitantes na cidade de Cuenca, onde na carência de comunidades cristãs. É a nossa chance de compartilhar com as pessoas que ali vivem, o Cristo, e desenvolver junto a elas um evangelismo coerente, relacional e transformador; por ser feito na consciência da gramática do Reino e na ação do Espírito, convidando-as a viver junto conosco a experiência consciente de ser parte da comunidade de Deus.Há ambientes, no entanto, em que o “Zero” muda de natureza. Em bairros como La Colmena, na cidade de Quito, que estão lotados de igreja, mas que em sua realidade permanecem vazios de transformação, a Missão Zero busca outros significados para sua ação, já que ainda fica claro que esta não deixa de ser necessária. Em Cuenca, projetistas terão a oportunidade de implantar uma nova comunidade, oferecendo a possibilidade de as pessoas desfrutarem concretamente do evangelho no seu verdadeiro sentido. O trabalho missionário hoje, espalhado pelo mundo, deve ter olhos para estes dois aspectos, onde a consciência do Cristo não se faz presente, e onde já se faz presente, mas de maneira truncada. A Missão

Zero teve contato com as necessidades dos irmãos luteranos do Equador nestas duas frentes e tem a possibilidade de em ambas trabalhar. Na primeira, utilizando sua experiência com projetos missionários de implantação de igrejas, que em Janeiro de 2013 ocorrerá em Cuenca, no bairro já citado. A segunda, enviando missionários com visão para o discipulado, missão integral e educação cristã. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Equador-IECLE tem apontado-nos através de seu presidente suas gritantes necessidades nesta área, e seu desejo de nela crescer. Além do projeto, portanto, buscarei trabalhar junto a eles especificamente na área de educação cristã, que pode ocorrer de diversas maneiras como: relacionamentos interpessoais e estudos bíblicos, com vistas à formação de liderança e em alguns aspectos renovação de visão. A IECLE aponta, ainda, bastante necessidade de desenvolver encontros nacionais e ter materiais de literatura cristã para o ensino infantil, profissão de fé e discipulado na igreja. O suprimento dessas necessidades é bastante importante para a comunhão, formação de identidade e crescimento espiritual da IECLE. Espero poder trabalhar com eles também nessas áreas.Partirei para viver no Equador como missionário em Janeiro de 2013, onde vou participar também do projeto missionário, que ocorrerá entre os dias 07 à 31 de Janeiro. Meu real desejo é que na caminhada conjunta com os irmãos equatorianos, Cristo renove sua face para conosco, e assim possamos ser transformados como igreja. Integre-se a nós nesse projeto, venha junto a Cuenca e faça parte da caminhada em resposta ao amor de Cristo. Deus nos abençoe!

Weslley RodriguesAluno da FATEV

PROJEtOEquADOR

COmuNICAÇÃO

QuEm NÃO SE cOMuNIcA...

Vivemos nos comunicando, em todo lugar, em todo tempo, até mesmo nos momentos em que nada dizemos. Comunicar é tornar público o que,

antes, pertencia apenas ao nosso íntimo.A comunicação não acontece somente por

meio das palavras. Ela acontece nos gestos, na fisionomia, no tom de voz enfim, todo corpo comunica.Estudo feito pelo Dr Albert Mehrabian, psicólogo da Universidade da Califórnia, diz que numa comunicação face a face as palavras têm 7% de importância, o tom de voz 38% e a linguagem corporal 55%. Diz ele, ainda, que numa comunicação telefônica as palavras utilizadas têm 18% de influência no interlocutor, enquanto o tom da voz é de 82%. Estes dados são, no mínimo, assustadores, afinal o que menos informa é o que dizemos, mas o que mais impacta alguém é o que mostramos. Isto nos remete àquelas falas entre pais e filhos ou entre cônjuges: “eu já falei isto!” Pode ter falado, mas é bem provável que não tenha comunicado, afinal as palavras foram meros 7% do processo de comunicação.

Num culto, enquanto canções de louvor são entoadas, contendo palavras

profundamente maravilhosas, com afirmações bombásticas do tipo: “

minha alegria...”, “todo o meu ser...,

Vilnei Roberto VarzimPsicólogo e Comunicador Cristão

Pelotas/RS

“transformou meu ser...”. Se olharmos, atentamente, durante estas canções para as linguagens corporais veremos que, em muitas vezes, os 55% da comunicação não são compatíveis com as palavras.

Quando o rei Artaxerxes perguntou a Neemias: “Por que o seu rosto parece tão triste, se você não está doente?”, estava dizendo que a linguagem corporal dizia algo que as palavras não expressavam.Especialistas dizem que lemos, inconscientemente, estas linguagens não verbais contidas no tom da voz e na linguagem corporal e é nelas que acreditamos.Atentemos às múltiplas formas de linguagem contida nos silêncios, nos olhares que fogem do olho do outro, nos movimentos involuntários do corpo que expressam ansiedades e inseguranças, nos tons de voz que trazem informações importantes.Não há quem não se comunique. A questão é o que e por quais meios está comunicando. O que estão lendo do que comunicamos?

Tom de voz

Palavras

O que fica do telefonema,

e de uma conversa pessoal.

Ligue as emoções com as figuras:

a b

c d

( )Cansado

( )Assustado

( )Alegre

( )Triste

13Ilu

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mISSÃO

“”

Como cumprir hoje a grande comissão? Como ir a todas as nações, fazendo discípulos, batizando-os e ensinando-os a obedecer a tudo o que o Senhor nos ordenou?“Ir a todas as nações” e “até os confins da terra” poderá ser cumprido por cada discípulo do Senhor Jesus. Alguns são chamados a ir a outros países, mas para a maioria de nós os confins da terra são o vizinho do outro lado da rua ou o colega da mesa em frente, no escritório. Talvez o tamanho da tarefa nos deixe perplexos e paralisados. Sabemos que não temos força em nós mesmos, e nossos melhores esforços são pouco eficazes para transformar a realidade.Mas as palavras de Jesus são: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão... E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.18,19 e 20). Ou seja: Ele tem os recursos necessários. Ele é quem vai nos capacitar. Sua promessa é de estar conosco!

Irmgard BlumVice-Presidente da Missão Zero

quAIS OS cAMINHOS

DA MISSÃO?A nós cabe investirmos esforço e disciplina para nos alinharmos com sua vontade e direcionamento. Cultivar o hábito da leitura bíblica diária, da oração, do silêncio para ouvir a Deus, são disciplinas que nos ajudam a voltar os

olhos para o Pai Celestial. Sem esquecer a vida comunitária, com irmãos que professam a mesma fé!E então, vivendo com toda piedade e respeito, com alegria, com honra e integridade, com honestidade, colocando-nos à disposição das pessoas (primeiramente nossa própria família, mas também de outros), visitando doentes e encarcerados, fazendo o bem, dando atenção aos marginalizados, orando pela salvação das pessoas, sendo generosos e hospitaleiros, cumprindo zelosamente nossas obrigações

civis e profissionais... assim seremos embaixadores de Cristo, a quem foi confiada a mensagem da reconciliação e da paz com Deus.

Que o Senhor nos dê direção, coragem e fé.

“Portanto, vão... E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”

(mt 28.18,19 e 20)

14

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XVII.

Em chegaram ao Brasil missionários americanos. Junto com

pastores pietistas¹ alemães, priorizaram a evangelização no sul do

país e, centenas de pessoas decidiram seguir a Jesus. A partir disto

resolveram se reunir nas casas das pessoas, surgindo assim os grupos

EcO – Estudar, compartilhar e Orar. com o crescimento desse

movimento de grupos, resolveram juntá-los em um grande encontro, que se

chamou Encontrão . Lá eles louvaram, oraram, estudaram

e compartilharam da fé, com irmãos vindos de várias cidades.

com o crescimento destes Encontrões, eles já estavam diante de um

Movimento maior, com base num “tripé” : evangelizar, discipular

e edificar a igreja. Diante disto surgiram também demandas de

formação , literatura e anúncio do evangelho, até os

confins da terra . Desta forma, ainda como um broto , foi

ganhando mais galhos : Missão zero (agência missionária), FAtEV

(Faculdade de teologia), Encontro Publicações (editora de livros), Ministério

Jovem, Encontros de capacitação, entre outros, que Deus fez e continua a

fazer brotar nesta agora grande árvore chamada Movimento Encontrão.

Diante desta, que é a nossa história, lhe convidamos a regar esta árvore para que continue dando, cada vez mais, lindos frutos. Você pode ajudar, pagando o boleto que está avulso nesta página. Além disto, você também pode:

www.me.org.br41 | 3302-5100

Seu envolvimento, comprometimento e serviço são fundamentais até que todos alcancemosa unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindoa medida da plenitude de Cristo. Ef 4.13

| Orar por este movimento | Participar e convidar outas pessoas para nossos encontros || Estar atento, se você ou alguém ao seu lado está sendo vocacionado para estudar teologia || Adquirir nossos livros | Dispor das suas férias para ir a um projeto missionário || Enviar dinheiro esporádica ou mensalmente para o mE e seus ministérios |

Movimento Encontrão | CNPJ 40.388.647/0001-57Banco do Brasil Ag. 1622-5 CC. 209878-4 | Bradesco Ag. 1808-2 CC. 2006-0