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1 revista do interior | outubro 2012 |

Revista do Interior - 1ª edição

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O principal hoje ainda continua sendo o conteúdo!

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Índice

RelacionamentoFamiliar VS Televisão8

Bruschetta32

Polpettone34

Torta de Mandioca com Coco36

18CapaÊxodo Urbano

06 - Carta ao LeitorPor que viver aqui é tão bom?

08 - Alexandre R. FonsecaRelacionamento Familiar VS Televisão

09 - George Luis O. NicolosiA “Alquimia Vegetal” e a disponibilidade de alimentos no planeta

10 - CuriosidadesUm drive thru diferente

12 - CampoCamponeses do Século XXI

14 - AnimaisO método terapêutico da Equoterapia

16 - CasaHora de construir!

18 - CapaÊxodo Urbano: o processo está se invertendo

24 - EsporteEntrevista Hortência

26 - CidadesPolítica simplificada

27 - CidadesAlimente-se bem na nossa região

28 - CarrosÁlcool ou gasolina?

31 - CidadãoProfissão professor

32 - CulináriaBruschetta, Polpetone e Torta de Mandioca com Coco

28CarrosÁlcool ou gasolina?

31CidadãoProfissão professor

Colunistas

Culinária

A “Alquimia Vegetal” e a disponibilidade de alimentos no planeta9

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6 | outubro 2012 | revista do interior

Por que viver aqui é tão bom?O interior oferece muito mais do que

um escape para o aperto da capital. Geralmente descrito como um lugar bucólico, acolhedor e com jeitinho

simples, o interior tem muitos mais do que tran-quilidade a oferecer.

Em quesitos como segurança, educação e longevidade somos líderes no estado de São Paulo, obtendo os melhores índices de qualida-de de vida. Contudo a sensação de que o tempo não está passando, de que a cidade está sempre do mesmo jeito e o ar está sempre leve vem se modificando, tais qualidades estão atraindo cada vez mais famílias em busca do sonho de se viver

pacificamente.Ao passear nas ruas durante a tarde é possível

entender o porquê de todos procurarem a vida interiorana: os vizinhos se reúnem debaixo das árvores para trocar uma conversa agradável, as crianças brincam tranquilas e os pássaros adivi-nham o fim do dia numa bela cantoria. Morar no interior tem suas desvantagens, mas nada supera suas qualidades.

É com essa proposta que a Revista do Interior se apresenta a você, leitor. Sempre preocupada em trazer assuntos relevantes para nossa rotina - nem tão agitada, mas nunca monótona - como saúde, agronegócios, arquitetura, curiosidades, responsabilidade social e muito mais. Nosso compromisso é mantê-lo em dia com as novida-des, sempre respeitando e trabalhando para que você tenha o melhor conteúdo.

Seja bem vindo à Revista do Interior, a revista que é para todos, todo mês.

Carta ao Leitor

ExpedienteArte e diagramaçãoDanilo H. Assis [email protected]

Comercial e financeiroLucas C. [email protected]

RedaçãoBruna Pires e Mariana Spezzoto

Correção ortográficaRosângela Morelli

ColaboradoresAlexandre Rezende Fonseca, Ari Honório Jr., George Luis O. Nicolosi, Marcela Canatelli Sanson e Ricardo Cancian Butignoli

Rua do Comércio, 364, Sala 02, Centro, Tietê-SP. 15 3285.2628 - 9118.1542 - 9655.7033contato@revistadointerior.com.brwww.revistadointerior.com.br

Gráfica: Gráfica MundoTiragem: 6.000Distribuição: Boituva, Capivari, Cerquilho, Jumirim, Laranjal Paulista, Porto Feliz e Tietê.

A Revista do Interior não se responsabiliza pelos produtos e promoções divulgados em seu conteú-do. Não é permitida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da revista. Os artigos não refletem necessariamente a opinião da revista.

DANCASEditora

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8 | outubro 2012 | revista do interior

RELACIONAMENTOFamiliar VS Televisão

Lançada na década de 20, a televisão (do grego tele – distância, ou seja, visão à distância), também chama-da de TV, é um sistema eletrônico

capaz de transmitir imagens e sons de uma forma instantânea para os telespectadores.

Anos depois, a partir do ano de 1951, co-meça-se a transmitirem programas de entre-tenimento, com a finalidade de alcançar pes-

soas de diferentes idades e gostos, tais como: esporte, notícias, música, filmes, culinária, desenhos infantis, documentários e etc.

Tempos mais tarde, exatamente nos anos 70, a Copa do Mundo já estava sendo trans-mitida. Quem possuía o aparelho era alguém de sorte, pois poderia assistir aos jogos, sem falar que era muito caro comprar um exem-plar na época. Mas isso não importava para quem tivesse algum parente com tal benefí-cio, pois quem tinha o televisor chamava toda a família para sua casa, com o intuito de as-sistirem juntos, mesmo que numa sala bem

apertada, à transmissão do tão amado esporte.Atualmente, segundo o IBGE, 89% da po-

pulação brasileira possui TV em suas casas, sendo 83% em cores e 6% em preto e branco. Pode-se observar que a televisão tornou-se um aparelho comum na casa dos brasileiros.

Em contrapartida, a TV começou a tomar um tempo precioso em muitos lares, no qual os membros da família passavam momentos

juntos, conversando, rindo, en-sinando e se relacionando. Fato hoje que, ao invés de estarem todos juntos (reunidos) ao redor da mesa de jantar, “papeando” e contando como foi o dia de cada um, estão sentados no sofá assis-tindo a algum programa na tele-visão ou separados em diferentes cômodos da casa. E o mais preo-cupante em lares onde isso acon-tece, é que ocorrem brigas pela escolha de canais.

Percebe-se, portanto, que a televisão acabou exercendo um

papel contrário ao qual ela inicialmente te-ria. Ela ainda continua reunindo os integran-tes da família, mas em compensação, pouco se conversa enquanto o aparelho está ligado. E quando há um diálogo, apenas se comenta algo sobre o programa e nada mais.

Quanto tempo vai continuar desse modo não se sabe, mas o que o brasileiro pode fa-zer para ter uma família mais estruturada e com um ótimo relacionamento é a principal discussão. Basta discernir, até que ponto a televisão tem influenciado negativamente o relacionamento familiar.

Alexandre Rezende FonsecaEstudante de jornalismo

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A “ALQUIMIA VEGETAL” e a disponibilidadede alimentos no planeta

O Brasil desponta como a 6ª maior economia no planeta e referência mundial como potência agrícola, sendo que constantemente bate-

mos recordes na produção de grãos, carnes e frutas. Parte desses alimentos são direciona-dos ao abastecimento da população local e a outra destinada à exportação.

O cenário parece animador, mas a reali-dade não condiz com as notícias, senão ve-jamos.

Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU - mais de 60 milhões de pes-soas passam fome, sendo 60% mulheres e 24 mil morrem diariamente por fatores ligados à fome e desnutrição crônica.

De acordo com o Fundo para Agricultura e Alimentação - FAO - são produzidos ali-mentos para 12 bilhões de habitantes, ou seja, o dobro da população mundial, mas a outra metade não tem acesso a eles. Devemos re-lembrar as notícias constantes sobre a fome na África.

Plantas como milho, soja, cana de açúcar se tornaram “coringas” no contexto quími-co, uma verdadeira “Alquimia Vegetal”, pois com o uso de tecnologias, são desenvolvidos inúmeros produtos, como, plásticos, combus-tíveis, resinas, aditivos, aminoácidos, enzi-mas, aromas, ceras, entre outros, que muda-ram sua atribuição de um alimento comum, fornecido à pessoas e aos animais e se trans-formaram em substâncias diferenciadas, para atuarem em diversos segmentos da química moderna, ou ligados à alimentação.

Da cana, do milho e da soja são produzidos bio-combustíveis e numa sociedade mundial

globalizada, onde a necessidade de combustí-veis para movimentar as frotas de veículos é cada vez maior, seguramente a demanda por esses vegetais irá aumentar. Então, estaremos convivendo com uma disputa de interesses, onde o governo tem a obrigação primordial de estabelecer planos e metas para adminis-trar e direcionar esses recursos para não faltar alimentos à população.

Curiosamente, no mesmo momento que falamos sobre a falta de alimentos no mun-do, dados que indicam que 2,6 milhões de pessoas morrem ao ano devido a problemas de obesidade ou excesso de peso, o que vem a confirmar que a distribuição de alimentos ocorre de maneira irregular e está relacionada com renda e salários da população.

Em países desenvolvidos o plano de sa-fra agrícola é um assunto tão importante, que está relacionado à segurança nacional, pois trata-se de alimentar a população de um país.

O conceito de bio-combustíveis e prote-ção do meio ambiente é extremamente váli-do, importante e atual, entretanto os governos devem dispender esforços, pesquisas e criar leis para equilibrar a balança da produção de alimentos para a população e para uso nas indústrias químicas, sob pena de aumentar a demanda em patamares de quantidades e preços que afetarão negativamente a disponi-bilidade alimentar.

Novas tecnologias, como carros movidos a motores elétricos e a hidrogênio, energias eólicas são alternativas que devem ser utiliza-das para diminuir as pressões sobre a disponi-bilidade de alimentos à população mundial e garantir a sobrevivência da humanidade.

George Luis Orsolini NicolosiZootecnista, profissional de mídia e gerente comercial

10 | outubro 2012 | revista do interior

No congestionamento das 18hr da rua Domingos de Morais, na Vila Mariana, zona sul de

São Paulo, os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus pro-metem dar jeito em tudo na vida dos motoristas. Menos no trânsito. Na porta do templo foi montado um drive-thru de oração e oferta. O sistema de atendimento rápido tem um recuo e, sem descer dos carros, quem passa por ali ouve passagens bíblicas e promessas de melhorar de vida. A ideia, dizem eles, é atrair quem esteja para-do no trânsito e necessite de um apoio espiritual de emergência. Para convencer os motoristas, 14 voluntários da igreja pulam, agitam as mãos, empunham fai-xas e cartazes e distribuem pan-fletos nos sinais.

A oração e um pedido de oferta duram aproximadamente três minu-tos, e a pergunta é: “Em que área gostaria de receber essa oração? Financeira, familiar, sentimental, saúde?”. Qual precisar de mais apoio, o pastor rezará, de acordo com a necessidade mais instantâ-nea, àquela carente de mais apoio e, para complementar, ora pelo carro a fim de evitar acidentes, sequestros e

roubos, e unge com óleo, que repre-senta o Espírito Santo. À vista dos gravadores e das câmeras, aos fiéis não pede dinheiro, mas quem pas-sou por ali diz que eram cobrados R$ 50 de oferta. “Já ofereceram, mas não é o propósito”, diz o pastor Casuo.

Hoje em dia, as pessoas não ouvem mais falar em religião sem associar ao pagamento pressuposto por ela. Antigamente lucros comer-ciais não eram tão escancarados, mas até onde um suporta o outro na questão de dependência? Roberto

Grecci (paulis-ta, mecânico, 31 anos), diz que não concorda com essa abor-dagem da igreja, acha um absurdo pagar por uma oração mesmo que seja em um drive-thru, pois a oração não será de coração. Ele

ainda complementa: as pessoas que freqüentam não acreditam em si próprias e precisam de alguém que faça alguma coisa por elas. Crecci argumenta ainda que essa relação de troca envolvendo dinheiro não funciona com a fé, sendo mais certo fazer jantares beneficentes e coisas do gênero.

Enquanto que Wagner (paulis-ta, voluntário, 30 anos) frequenta-dor três vezes por semana da Igreja

Universal, diz que é uma maneira de as pessoas receberem a oração na correria e principalmente no trânsito das grandes cidades. Tudo fica mais prático, atraindo religio-sos a conhecer mais sobre esse tra-balho, e afirma também que grande parte da sua família frequenta, prin-cipalmente às quartas e sextas, dias de maior movimento.

A ideia do drive-thru da oração surgiu em Nova York , segundo o pastor Rodrigo, em um trabalho evangelístico para salvar vidas e ganhar almas. “Grupos de 10 a 12 componentes chamam as pessoas no trânsito e oram por elas, pois principalmente no tráfego intenso, as pessoas perdem a cabeça e po-dem até cometer suicídio”, relata ele. O reconhecimento vem a partir de pessoas que se juntaram ao gru-po e novamente segundo ele, dez pessoas entraram para ajudar na propagação.

Sem fins lucrativos e nenhu-ma reclamação, inclusive da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o funcionamento não exi-ge pagamento, mas as portas estão sempre abertas para aqele que dese-ja pagar.●

Drive Thrus Inusitados:

Em casa de Strip-Tease: PensilvâniaPara exames de emergência: CalifóriniaPara casamentos: Las VegasPara galeria de arte: CanadáPara passeio na natureza: Califórinia

Curiosidades

Um drive thru diferenteFé e dúvidas caminham juntas desde o princípio, e agora, mais um assunto que vai dar o que falar.

“Não concordo com essa aborda-gem da igreja, é

um absurdo pagar por uma oração, mesmo que seja

em um drive thru, pois não será de

coração”Roberto Grecci - Paulista, 31 anos

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12 | outubro 2012 | revista do interior

Hoje a maioria dos ali-mentos que consumi-mos vem de grandes indústrias alimentícias

carregados de agrotóxicos, adubos e anti pragas altamente perigosos para a saúde. Uma alternativa a esses ali-mentos prejudiciais são os orgâni-cos, produzidos pelos camponeses. Mas, quem são eles? Por que defen-dem a prática de uma colheita redu-zida, investindo mais na saúde de suas plantas do que no lucro final?

Camponeses são pequenos agri-

cultores preocupados com a quali-dade de sua produção. Geralmente não utilizam nenhum aditivo de origem industrial, cultivando sua plantas com técnicas milenares, ob-tendo um produto final de extrema qualidade e 100% orgânico. Esses produtores, na maioria das vezes, plantam para sobreviver e alimentar sua família, vendendo o excedente a mercados e mercearias locais e tro-cando o dinheiro por ferramentas, produtos de uso essencial e até para manter os filhos estudando.

O MCP, sigla para Movimento Camponês Popular, nasceu em Goiás, região onde o cultivo exten-

sivo de soja e laranja por parte de grandes conglomerados industriais exportadores quase determinou na extinção de famílias produtoras. Os pequenos cultivadores concentram suas vendas para a população bra-sileira, sendo eles responsáveis pela maior parte do abastecimento de nossos mercados no quesito “hor-tifruti”, produção de sementes sau-dáveis, flores e plantas ornamentais.

Apesar do bem que as grandes empresas exportadoras fazem para o Brasil, os pequenos produtores

refutam-nas afirmando que a rique-za se concentra na mão de poucos e que os grandes conglomerados não abastecem o mercado interno, elevando o preço de produtos antes baratos como muitas leguminosas e verduras. Quando invadem o cami-nho do camponês, as grandes produ-toras são implacáveis, não há como competir pois o produto industrial é muito mais barato, devido a maior produção à custa do uso de agrotó-xicos.

O MCP ainda defende a biodi-versidade e a convivência pacífica entre homem e natureza. O movi-mento diz ainda que com pequenos

plantios e alternância de subprodu-tos, a natureza pode se recuperar so-zinha, nunca deixando o solo infér-til ou assoreado. Porém, nem tudo são flores na vida dos camponeses brasileiros, eles têm organizado pas-seatas até o Planalto Central reivin-dicando reformas agrárias e incen-tivos governamentais. Segundo o MCP, 40% dos pequenos produtores brasileiros vivem na extrema pobre-za, pois não possuem terreno fértil nem capital para investir em boas sementes e instrumentos de arado.

Mesmo desconhecidos e até re-negados pela população urbana, os camponeses construíram uma rica cultura, mantendo tradições, tanto no modo de trabalhar quanto em suas comemorações. Seus cantos, festas e poemas enaltecem a vida no campo, o prazer de ver brotar as pri-meiras folhinhas verdes de uma se-mente que foi germinada, da tristeza dos períodos de estiagem bem como as encantadoras camponesas e suas roupas características. Os campone-ses possuem uma cultura rica, exu-berante e tradicional em sua história que mostra o tamanho e a diversida-de brasileira.●

Campo

Camponeses do Século XXIEles plantam e você consome: conheça agora um pouco sobre o MCP, movimento nascido em Goiás que defende os camponeses brasileiros.

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14 | outubro 2012 | revista do interior

Animais

Buscando o desenvolvimento de pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais.

O método terapêutico da

EQUOTERAPIAA equoterapia é um mé-

todo terapêutico e edu-cacional o qual utiliza o cavalo na reabilitação,

em uma abordagem interdiscipli-nar, buscando um desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com ne-cessidades especiais. Segundo rela-tos, as primeiras praticas terapêuti-cas com a utilização de cavalos foi em 1901, no Hospital Ortopédico da Inglaterra, durante a Guerra de Boers na África, para onde uma dama inglesa resolveu levar seus ca-valos a fim de quebrar a monotonia

dos tratamentos dos mutilados e fe-ridos em combate.

No Brasil começou a ser divul-gada a partir dos anos 60, e em 1989 foi criada a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil). A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e Fisioterapia, como um método te-rapêutico (Parecer 06/97, aprovado em sessão plenária de 09/04/97 e Resolução “COFFITO” nº 348 de 27/03/2008).

No decorrer dos anos, o número de adeptos só vem aumentando de-

vido aos bons resultados que seus praticantes têm conseguido. A tera-pia é sempre acompanhada por pro-fissionais qualificados, sendo eles, fisioterapeutas, terapeutas ocupa-cionais, psicólogos e instrutores de equitação.

O praticante cria um vínculo com o cavalo e os exercícios a serem re-alizados acabam sendo feitos de maneira divertida. A interação com o cavalo é muito importante, pois possibilita que o praticante estabe-leça novas formas de socialização, autoconfiança e eleva sua autoesti-

Para cima e para baixo

Para frente e para trás

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ma. Além dos exercícios propostos, o próprio movimento do cavalo es-timula o praticante: a primeira ma-nifestação quando um ser humano está em cima do cavalo é o ajuste tônico, porque, na verdade, o cavalo nunca esta parado. A troca de patas, a flexão da coluna, o abaixar e alon-gar do pescoço impõem ao pratican-te um ajuste no seu comportamento muscular. O cavalo proporciona um movimento tridimensional, para cima e para baixo, para frente e para trás e para um lado e para o outro, movimento esse parecido com o de andar do ser humano.

Toda essa movimentação es-timula o sistema nervoso, que é responsável pelo equilíbrio, latera-lidade e distância. Os sistemas res-piratório e cardiovascular também são estimulados, contribuindo para a melhor oxigenação do organismo. O andar do cavalo ajuda o corpo do praticante a trabalhar músculos e articulações. Com a equoterapia crianças e adultos com algum tipo de deficiência melhoram muito o controle da cabeça e do tronco, con-sequentemente melhorando o equi-líbrio. O trotar do cavalo melhora a postura, fortalece o tônus muscular e a atenção.

A equoterapia vem sendo tam-bém indicada em tratamentos como a depressão, ansiedade, estresse pós traumático, nervosismo e fobias, para pessoas que apresentam dificul-dades de aprendizagem escolar, para pessoas com necessidades especiais (paralisia cerebral, hemiplegia ou hemiparisia, paraplegia, síndrome de down, autismo, etc). Lembrando que sempre é recomendado consul-tar primeiramente um especialista que irá avaliar as condições de cada paciente e recomendar o melhor tra-tamento a ser realizado. ●

Cérebro

Impulsos

MedulaEspinhal

As informações sensoriais recebidas caminham pela medula espinhal até o sistema nervoso central, gerando estímulos no cérebro para a realização de novas sinapses.

As correções corporaisautomáticas que o prati-cante faz para se adaptar a cada movimento do cavalo geram impulsos nervosos que percorrem a coluna.

OS IMPULSOS

SINAPSES

Para um lado e para o outro

Os movimentos que o ca-valo faz a cada passo são semelhantes aos que o ser humano faz ao caminhar.

O BALANÇO

16 | outubro 2012 | revista do interior

Construção: sinônimo de dor de cabeça para qual-quer pessoa, seja por causa da mão-de-obra ou

o preço exorbitante dos materiais. Porém, nada é mais recompensador do que morar numa casa que foi construída segundo suas próprias necessidades.

Para isso, é necessário criar um plano antes do início da obra: pro-curar um bom engenheiro ou arqui-teto (para que sua obra esteja den-tro dos parâmetros de segurança e qualidade); fazer uma pesquisa lon-ga e atenta dos preços dos materiais (a diferença de preços de uma loja para outra é enorme e esse pequeno esforço pode resultar numa grande economia) e contratar mão-de-obra especializada.

Munido do projeto aprovado,

de bons construtores e certa quan-tia de dinheiro, o início da cons-trução será tranquilo. É importan-te acompanhar todos os passos da empreitada, caso não seja possível, é interessante contratar o serviço de “acompanhamento de obras” que muitos engenheiros e arquitetos oferecem durante a fase do projeto.

Segundo o mestre de obras, Celso Aparecido Borges da Silva, que atua há 18 anos no ramo, é importante ter um mestre de obras para dar segmento à execução de um projeto desenvolvido por um profissional competente (enge-nheiro), afinal, é ele que oferecerá a mão de obra. Ainda sobre cons-truções, Celso afirma que é muito importante investir na fundação: “É toda estrutura da construção em questão. Evita danos futuros como

trincas e recalques.”Pagando um pouco a mais, você

se livra de alguns problemas como: ser encarregado por comprar ma-teriais que faltem e visitar a obra todos os dias para verificar o anda-mento do trabalho e assim, não per-derá noites de sono com problemas pequenos. Algumas questões não podem ser deixadas para o mestre de obras, como, por exemplo, a escolha do material usado para a construção do telhado.

Madeiramento? Estrutura me-tálica? Telhas cimentícias ou cerâ-micas? Nada melhor que consultar seu engenheiro; apenas ele terá condições de lhe dizer qual é a me-lhor opção. É claro que as estrutu-ras metálicas têm ganhado grande atenção por serem mais baratas, contribuírem para a diminuição da

Casa

Hora de construir!Ter um lugar aconchegante e com sua cara pode ser mais fácil do que você imagina.

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devastação florestal, serem mais le-ves e duráveis, contudo o madeira-mento é a técnica mais tradicional. É necessário pensar muito no resul-tado final, pois nem sempre o que custa menos é a melhor ideia.

Após sobreviver à fase inicial, chega a parte mais assustadora: Acabamento.

Sim, essa é a fase mais cara, que requer o dobro de atenção e paciên-cia. Pisos, azulejos, janelas, portas e reboque custam quase 50% da obra, todavia é importante ressal-tar que economizar demais nesses quesitos pode trazer problemas fu-turos. Porém, também é o período que permite economias. “O acaba-mento é onde você necessita mais das suas economias. E você pode encontrar produtos bons e mais ba-ratos “ diz Celso.

Por exemplo: durante a fase de assentamento contrate pessoal es-pecializado, por mais que saia mais caro, a garantia de um serviço bem feito garante menos probabilidade de problemas futuros. As casas de materiais para construção sempre ofertam pisos e azulejos mais em

conta e mesmo assim, muito boni-tos, vale a pena pesquisar.

Portas e janelas devem ser pen-sadas junto ao orçamento, mate-riais como alumínio e aço têm vida útil longa, e ao contrário da madei-ra, não necessitam de fungicidas e aplicação de verniz, pois algu-mas vêm com proteção de fábrica. Algumas empresas ainda oferecem serviço de janelas e portas perso-nalizadas, mas todo luxo tem seu preço.

A verdade é que é difícil cons-truir barato e rápido se não houver uma quantidade de dinheiro guar-dado. O preço do m² não pára de subir devido à escassez de profis-sionais. Por exemplo, o padrão simples (sobrado com tijolos de ce-râmica e estrutura de concreto) na região sudeste sai por R$1.208,15. O padrão médio (mais comumente usado, seguindo a linha simples, mas com materiais de melhor quali-dade), custa R$1.442,23 o m². O pa-drão luxo, que engloba o uso de ti-jolos maciços e acabamentos de alto nível, sai por R$1.951, 55 segundo o Índice A&C Agosto de 2012.●

18 | outubro 2012 | revista do interior

Capa

A migração de pessoas que ocorria da zona ru-ral (interior) para a ca-pital (São Paulo) desde

a década de 30 está se invertendo lentamente desde 1987, quando se extinguiu o êxodo rural e as cida-des começaram a ser abandona-das. Atraídos pela hospitalidade, segurança e uma vida mais pacata, paulistanos e outros habitantes de grandes metrópoles paulistas têm buscado no interior um sossego inexistente em grandes centros ur-banos. “Aqui no interior é sem dú-vida mais tranquilo. Você pode sair e ter um pouco mais de certeza que irá voltar para casa” afirma Jéssica Fernandes, estudante e moradora de Tietê a cinco anos. Vinda de São Paulo.

E não é apenas pelo sossego e calmaria que muitas pessoas se voltam ao interior como uma pos-sibilidade para se mudar e construir um lar. As grandes empresas, sufo-cadas pelo pouco espaço em volta da capital resolveram se mudar para o interior. No ano de 2011, o cresci-

mento da indústria no inte-rior foi de 7,7% enquan-to houve um decai-mento na capital de 1,4%, segundo o SEBRAE.

O “boom” industrial e imobiliá-rio pode ser notado com facilidade em cidades às margens da rodovia Castelo Branco, como Sorocaba e Boituva. Nesses centros urbanos é possível observar uma mudança significativa na população. Devido ao aumento do preço do m² em São Paulo, muitos paulistanos têm mi-grado para esses municípios, mes-clando-se à população natal.

É perceptível essa mudança quando observado o censo das ci-dades interioranas próximas à ca-pital. A população de Sorocaba por exemplo, cresceu 1,21% no ano de 2010, cerca de 596 novos morado-res por mês, para uma cidade que

nos dias de hoje, abriga cerca de 593 mil pessoas.

“São cidades que estão às mar-gens da capital paulista”, afirma o sociólogo e professor Jair Motta. “Não foram só as indústrias que ficaram sufocadas e fugiram para essa região, a população também, em busca de empregos e bem-es-tar”.

SegurançaA região tem um diferencial,

que conta muito: estar seguro den-tro e fora de casa. Quem já foi pra capital sabe como o burburinho de pessoas e a confusão de carros são atrativos para assaltantes. Aqui não é bem assim. A maioria das cidades interioranas contam com o serviço da Guarda Municipal, que aten-de o público e a ocorrências. Em Cerquilho, desde 2009 até os dias de hoje, houve 18.847 ocorrências, uma média de 12 ocorrências por dia, sendo a maioria dessas ocor-rências apoio à população.

Segundo o diretor da GCM cerquilhense, Roseval Batista dos

Por que tantas pessoas estão se mudando para o interior paulista?

ÊXODO URBANOO processo está se invertendo

‘‘Aqui no interior é sem dúvida

mais tranquilo. Você pode sair e ter um pouco mais de certeza

que irá voltar para casa”

Jéssica Fernandes - Estudante

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Santos, esse número descresceu em com-paração aos anos pas-sados. É essa combi-nação de proteção que faz o interior ser uma opção para a maioria das pessoas que vem de cidades grandes.

Apesar do núme-ro de pessoas aumentar em nos-sas cidades, as unidades de pa-trulha crescem juntos. Tomando por base a cidade de Cerquilho, existem 70 guardas municipais divididos em várias modalidades de ação, como o GOC (Grupo de Operações com Cães, que reali-zam patrulhas e apreensões de en-torpecentes), a ROMAR (Ronda Ostensiva Municipal Ambiental Rural), a ROMO (Ronda ostensiva com Motocicletas), a Base Móvel, a Ronda Escolar, Policiamente a pé e localizado, ALFA (Socorristas com Ambulâncias), entre outras opera-ções, levando sensação de seguran-ça a toda população. Batista ainda afirma que a proteção do município

se dá pela patrulha os-tensiva e a colabora-ção da população, que vigia e denúncia qual-quer irregularidade.

SaúdeEm quesito de qua-

lidade de vida e saúde, o interior não passa

tão longe para as grandes cidades. A maioria dos municípios conta com suas próprias instituições de saúde como a Santa Casa ou hospi-tais convêniados particulares, além de oferecer o serviço de Unidades Básicas de Saúde em diversos bair-ros, facilitando o atendimento da população, vacinação de crianças, consultas agendadas, recolhimento de material para análises clínicas, etc.

O diferencial é o acompanha-mento de perto que as instituições de saúde fazem, seja com pesquisas em seus centros ou com agentes de saúde, que saem as ruas cadastran-do as famílias e vistoriando suas ne-cessidades, como receitas médicas,

deficientes e a situação de higiene e convivência da residência.

Pessoas que sofrem de doenças respiratórias crônicas como asma e rinite também são privilegiadas aqui no interior pela qualidade ele-vada do ar, diferente das grandes cidades, onde a camadas atmosfé-rica concentram monóxido, dióxi-do de carbono, chumbo, fluoretos, amônia, enxofre, entre outras subs-tâncias altamente perigosas para o ser humano, deixando a população dessas cidades mais sensíveis ao desenvolvimento de doenças car-diovasculares e ao câncer.

Segundo a CETESB (Com-panhia Ambiental do Estado de São Paulo), na região da cidade de Sorocaba houve uma queda da po-luição por fumaça desde 1997. O órgão também aponta que a região está bem abaixo das concentrações diárias de poluição do ar (150 MP10 μg/m³ é a média diária estabelecida pela CETESB e 90 MP10 μg/m³ é a média da cidade mais próxima, Tatuí, onde a aferição é feita) e, apesar das queimadas esporádicas,

Por que tantas pessoas estão se mudando para o interior paulista?

ÊXODO URBANOO processo está se invertendo

“Não foram só as indústrias que ficaram sufocadas e fugiram para essa região, a população

também.”Jair Motta - Sociólogo

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Tabela FIRJAN 2011 com base em 2009

Boituva

Laranjal Paulista

São Félix de Balsas

Tietê

Porto Feliz

Jumirim

Capivari

São Paulo

BarueriCerquilho

Capivari

IFDM Educação Saúde Empregoe Renda

0,7756

0,9155 0,9054

0,5058

Boituva

IFDM Educação Saúde Empregoe Renda

0,8354

0,91020,8996

0,6964

Jumirim

IFDM

0,8112

Educação

0,9649

Saúde

0,8803

Empregoe Renda

0,5883

Índice FIRJAN de Desen volvimento Municipal

IFDM

Laranjal Pta.

Educação Saúde Empregoe Renda

Porto Feliz

Empregoe Renda

IFDM Educação Saúde

0,7679

0,8761 0,8819

0,5457

0,7279

0,83930,8663

0,478

Tietê

IFDM Educação Saúde Empregoe Renda

0,8045

0,9046 0,8983

0,6106

Cerquilho

SaúdeIFDM Educação Empregoe Renda

0,8838

0,95480,904

0,7925

Alto desenvolvimento (superiores a 0,8 pontos) Desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8 pontos) Desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6 pontos) Baixo desenvolvimento (inferiores a 0,4 pontos)

Situação relativa do municípo

Resultado MáximoBarueri - SP0.9303

Resultado MínimoSão Félix de Balsas - MA0.3413

São Paulo0.8797

Máximo, Mínimoe Mediana

Crescimento da População

Boituva - 0.8354

Capivari - 0.7756

Cerquilho - 0.8838

Jumirim - 0.8112

Laranjal Paulista - 0.7279

Porto Feliz - 0.7679

Tietê - 0.8045

Boituva:

1991 - 23.140

1996 - 28.184

2000 - 34.368

2007 - 40.783

2010 - 47.346

2015 - 54.138 *

*Projeção para o ano de 2015. Dados do IBGE** Não consta no CENSO

Capivari:

1991 - 34.220

1996 - 37.943

2000 - 41.468

2007 - 43.779

2010 - 48.373

2015 - 50.333*

Cerquilho:

1991 - 20.048

1996 - 24.900

2000 - 29.508

2007 - 34.769

2010 - 39.649

2015 - 45.105*

Laranjal Pta:

1991 - 19.144

1996 - 20.634

2000 - 22.145

2007 - 24.454

2010 - 25.119

2015 - 27.091*

Porto Feliz:

1991 - 36.936

1996 - 42.456

2000 - 45.514

2007 - 46.054

2010 - 48.675

2015 - 55.059*

Tietê:

1991 - 26.446

1996 - 29.435

2000 - 31.710

2007 - 34.018

2010 - 35.796

2015 - 41.725*

Jumirim:

1991 - 000**

1996 - 000**

2000 - 2.196

2007 - 2.205

2010 - 2.755

2015 - 2.888*

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um estudo anual do Sistema FIRJAN que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas: Emprego e Renda, Educação e Saúde. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.Dados FIRJAN.

Capa

21revista do interior | outubro 2012 |

0

0,1

0,4

0,3

0,2

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

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1

Tabela FIRJAN 2011 com base em 2009

Boituva

Laranjal Paulista

São Félix de Balsas

Tietê

Porto Feliz

Jumirim

Capivari

São Paulo

BarueriCerquilho

Capivari

IFDM Educação Saúde Empregoe Renda

0,7756

0,9155 0,9054

0,5058

Boituva

IFDM Educação Saúde Empregoe Renda

0,8354

0,91020,8996

0,6964

Jumirim

IFDM

0,8112

Educação

0,9649

Saúde

0,8803

Empregoe Renda

0,5883

Índice FIRJAN de Desen volvimento Municipal

IFDM

Laranjal Pta.

Educação Saúde Empregoe Renda

Porto Feliz

Empregoe Renda

IFDM Educação Saúde

0,7679

0,8761 0,8819

0,5457

0,7279

0,83930,8663

0,478

Tietê

IFDM Educação Saúde Empregoe Renda

0,8045

0,9046 0,8983

0,6106

Cerquilho

SaúdeIFDM Educação Empregoe Renda

0,8838

0,95480,904

0,7925

Alto desenvolvimento (superiores a 0,8 pontos) Desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8 pontos) Desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6 pontos) Baixo desenvolvimento (inferiores a 0,4 pontos)

Situação relativa do municípo

Resultado MáximoBarueri - SP0.9303

Resultado MínimoSão Félix de Balsas - MA0.3413

São Paulo0.8797

Máximo, Mínimoe Mediana

Crescimento da População

Boituva - 0.8354

Capivari - 0.7756

Cerquilho - 0.8838

Jumirim - 0.8112

Laranjal Paulista - 0.7279

Porto Feliz - 0.7679

Tietê - 0.8045

Boituva:

1991 - 23.140

1996 - 28.184

2000 - 34.368

2007 - 40.783

2010 - 47.346

2015 - 54.138 *

*Projeção para o ano de 2015. Dados do IBGE** Não consta no CENSO

Capivari:

1991 - 34.220

1996 - 37.943

2000 - 41.468

2007 - 43.779

2010 - 48.373

2015 - 50.333*

Cerquilho:

1991 - 20.048

1996 - 24.900

2000 - 29.508

2007 - 34.769

2010 - 39.649

2015 - 45.105*

Laranjal Pta:

1991 - 19.144

1996 - 20.634

2000 - 22.145

2007 - 24.454

2010 - 25.119

2015 - 27.091*

Porto Feliz:

1991 - 36.936

1996 - 42.456

2000 - 45.514

2007 - 46.054

2010 - 48.675

2015 - 55.059*

Tietê:

1991 - 26.446

1996 - 29.435

2000 - 31.710

2007 - 34.018

2010 - 35.796

2015 - 41.725*

Jumirim:

1991 - 000**

1996 - 000**

2000 - 2.196

2007 - 2.205

2010 - 2.755

2015 - 2.888*

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um estudo anual do Sistema FIRJAN que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas: Emprego e Renda, Educação e Saúde. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.Dados FIRJAN.

22 | outubro 2012 | revista do interior

ainda é um dos melhores lugares para se viver em qualidade de ar.

Custo de vida e empregoA indústria está ganhando cada

vez mais força em nossa região, o que a acarreta maior oferta de em-prego, elevando a competitividade regional, a qualidade dos produtos e a vida dos operários a um patamar nunca antes visto. Entre os setores que mais empregam aqui na região estão o secundário (indústria) e o terciário (comércio) em geral.

Como sabemos, o setor mais

forte da economia brasileira, o co-mércio, é o maior empregador de pessoas no Brasil e também é res-ponsável por grande parcela do PIB nacional.

É natural que o salários não atin-jam o nível da capital, porém, é ne-cessário ressaltar que aqui é muito mais barato de viver. Em São Paulo, o m² chega a custar uma média de R$ 3.600 (fonte: Lopes Inteligência de Mercado), enquanto aqui na região, a média entre três cidade (Tietê, Boituva e Capivari) gira em torno de R$ 1.190, uma diferença

de aproximadamente 33%, que con-ta, e muito, na hora de decidir onde vale a pena morar.

Educação e tecnologiaÉ também aqui no interior de

São Paulo que se concentram mui-tas universidades e centro de forma-ções técnicos com reconhecimento nacional pela qualidade, além de ter um ensino básico consolida-de e reconhecido dentro do estado como um dos melhores. Na cidade de Capivari, por exemplo, o índi-ce de alfabetização chega a ser de 98,96%, acima da taxa estadual e da cidade de São Paulo, que chega a 96,1% e 95,4% respectivamente, segundo o IBGE.

Para se ter uma ideia, um dos maiores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) educa-cionais do estado pertencem a ci-dades como Cerquilho e Jumirim, onde os números chegam a 0,9548 e 0,9649 respectivamente, numa contagem que vai de 0,1 à 1,0.

As escolas de formação básica como as de ensino fundamental tem uma atenção especial das prefeitu-ras, pois elas são a base de qualquer

aprendizagem de qualidade e prepa-ram a criança para o ensino médio. Tanto que, as cidades interioranas sempre contaram com o apoio de docentes formados e foram uma das primeiras regiões paulistas que adotaram o um ano a mais de ensino fundamental.

Porém, não é apenas a educa-ção infantil que recebe atenção, os adolescentes que estão entrando no ensino médio tem a oportunidade de estudar em escolas técnicas es-taduais e federais, aumentando suas chances de contratação logo após o término dos cursos e facilitando a escolha de uma futura profissão. Escolas como os Centros Paula Souza e ETECs oferecem diversos cursos em todas as áreas de conhe-cimento (humanas, exatas e biológi-cas). Alguns deles são: agricultura, produção e automação industrial, comunicação visual, agente de saú-de, contabilidade, dança, construção civil, elétrica, farmácia, informática e muitas outras opções, sujeitas a disponibilidade das escolas.

E há quem se engane quando pensam que é necessário abandonar o interior e ir até a capital para se aprofundar nos estudos universitá-rios. Nos dias de hoje, a região me-tropolitana de Campinas e cidades adjacentes são conhecidas como o Vale do Silício brasileiro, fazendo alusão a região estaduniense locali-zada na Califórnia que agrega rique-zas fundamentadas na tecnologia informática. Lá, pólos educacionais como a UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e as FATECs (Faculdade de Tecnologia), possibi-litam aos estudantes a oportunidade de atuar em conjunto a indústria re-gional, criando novas tecnologias e vivenciando o futuro mercado de trabalho.●

Preço do M² com base em(Tietê, Boituva e Capivari)

em

São PauloR$ 3.600,00

no InteriorR$ 1.190,00

198542,4%

51,3%

6,3%

1998 58,9% 37%

4,2%

Composição Setorialdo PIB estadual

Primário Secundário Terciário

Capa

23revista do interior | outubro 2012 |

24 | outubro 2012 | revista do interior

Esporte

O basquete feminino bra-sileiro tem um histórico limitado de medalhas douradas, uma delas

veio em 1994 na Copa do Mundo de Basquete Feminino da Austrália. Hoje uma das responsáveis por essa conquista é a diretora do pro-jeto que acrescenta uma nova estru-tura para a modalidade no Brasil, a ex-jogadora de basquete Hortência.

Nesse ano, com a preparação para o campeonato mundial sub-19, o time ficou junto por 6 meses treinando e viajando pelo Brasil e pelo mundo, como comenta o téc-nico Luiz Cláudio Tarallo dizendo ser uma experiência nova, porque pela primeira vez ficaram por um tempo maior nessa fase de trei-

namento, iniciado em Jundiaí no começo de fevereiro. O campeo-nato foi no mês de Julho, apenas fazendo jogos preparatórios e jogos amistosos contra equipes adultas no Brasil. Complementa ainda dizendo que tiveram a oportu-nidade de jogar contra outras equipes em torneios interna-cionais, fato muito positivo para o time, pois, a experiên-cia deu certo e os resultados foram excelentes e considera-dos históricos.

Nessa competição uma brasi-leira foi eleita a melhor jogadora, a jovem Damires. “Isso foi trabalho praticamente integral das jogadoras na quadra”, diz ela. As jogadoras procuraram exercer uma porcenta-gem física bastante rígida, mesmo porque conheciam o nível do cam-peonato e trabalharam dois perío-dos em Cotia.

Um dos objetivos principais da seleção de desenvolvimento é fazer com que as jogadoras tenham ex-periência internacional e estejam

preparadas para as Olimpíadas de 2016. Hortência, que foi

um dos principais nomes do Mundial de 1994, é

quem direciona esse projeto. Ela diz

ter jogadoras de 20, 21 e 22 anos sem experiência profissional. “Nós temos jogadoras no adulto que não têm experiência fora do Brasil. Então se você pegar uma jogado-ra de vôlei hoje dentro dessa faixa etária, ela tem mais de 100 jogos internacionais, mas uma jogadora de basquete não tem nem 10. Qual é a minha defesa para o Ministério? Que algumas jogadoras de 17, 18, e essa de 21 anos vão estar em 2016 e eu preciso de um número maior de opções, se eu pegar essas meninas e prepará-las até a próxima olimpí-adas em 2016, elas podem ser uma escolha pra mim”, diz Hortência.

Os preparatórios das meninas já começaram com muita responsabilidade. Confira o anda-mento e as entrevistas do mundo do basquete.

Seleções dedesenvolvimento

Luiz Cláudio Tarallo

Hortência,ex-jogadora eagora diretora deSeleções deDesenvolvimento

25revista do interior | outubro 2012 |

Zé Boquinha, um dos nomes mais respeitados do basquete bra-sileiro e comentarista esportivo, acredita que as seleções de desen-volvimento são um trampolim para a evolução desse esporte no Brasil. Ele elogia principalmente a escolha de Hortência como diretora: “Foi um tiro certeiro da nova confede-ração da Liga. Ela sabe todas as dificuldades existentes desde lá em baixo até lá em cima, desde o início até o topo. Ela passou essa fase de transição do basquete”.

Não há dúvida de que o projeto tem tudo para ser um sucesso, mas para que ele favoreça tanto os clubes quanto a seleção, Ricardo Molina, o presidente da ACDF Unimed, clu-be gestor da equipe de Americana, diz que precisa haver um ajuste de calendário entre todas as partes: “A gente tem a oportunidade agora e eu entendo que deu certo, nós pre-cisamos fazer de forma planejada. Se a gente não conseguir apertar o calendário, nós vamos ser muito

prejudicados. A minha melhor jo-gadora até hoje nunca conseguiu fazer nenhuma partida pela equipe dela”.

Hortência comentou sobre o combinado: as jogadoras isentas da participação da Liga de Basquete Feminino ficam com a seleção en-tre os meses de dezembro e julho: “A gente combinou com o Instituto que de dezembro a julho até a com-petição elas são minhas, depois eu devolvo pra eles. Nas catego-rias sub-20 e sub-21 tem algumas atletas que jogam na Liga, não são todas, mas as que jogam estão li-

beradas”.Com o bom resultado desse pro-

grama em 2011, já existem três se-leções de desenvolvimento sendo negociadas com o Ministério dos Esportes em 2012: as sub-17, sub-18 e sub-20.

As Seleções de desenvolvi-mento é projeto do Ministério dos Esportes dirigido por Hortência Marcari, visando preparar atletas para o cenário mundial, principal-mente para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.●

Chuca, pronta para marcar sua cesta em Londres

26 | outubro 2012 | revista do interior

Este mês tem eleição e a maioria das pessoas nem gosta de falar. Só de pen-sar em pegar o título, fi-

car numa fila e ouvir propaganda eleitoral, alguns chegam a chorar. Esquecemo-nos, porém, que o voto é um direito, antes de ser uma obri-gação e muitas classes brasileiras, antes impedidas – mulheres, ne-gros, homens da lavoura, analfabe-tos – lutaram para obter o poder da escolha.

Por que o voto é obrigatório?Instituído no Código Eleitoral

de 1932, o voto obrigatório foi a saída vista pelos políticos como meio para que não retornássemos a um estado monárquico. Naquela época, apenas 10% dos brasileiros votavam e só alguns anos mais tar-de - com a luta pela liberdade de voto - é que a situação se inverteu. Ainda hoje a lei resiste, pois o povo precisa saber quem são seus candi-datos. Caso a obrigatoriedade não existisse, apenas um pequeno grupo votaria e decidiria sozinho o futuro do país.

O que é Impeachment? Qual-quer político pode sofrê-lo?

O Impeachment é a interrup-ção do mandato Executivo e pode ser pedido por diversos motivos. O único caso de Impeachment co-nhecido no Brasil foi o de Fernando

Collor de Melo. Apenas políticos nos cargos executivos podem sofrer Impeachment, todavia, na prática, o que acontece com outros que des-cumprem suas funções é a “cassa-ção” do mandato, que envolve ou-tra legislação.

O que é a corrupção? Quais modalidades existem?

A pergunta pode parecer boba, mas a maioria dos brasileiros não entende que ela acontece em qual-quer estado ou cidade. A corrup-ção política, por definição, é o uso das competências governamentais para fins pessoais e ilegítimos. As formas de corrupção variam, mas incluem suborno, extorsão, desvio de verba, fisiologismo, nepotismo, clientelismo e peculato. Embora ela possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lava-gem de dinheiro e tráfico de seres humanos, não se restrin-ge apenas a essas atividades.

O que fazem o prefeito e os vereadores? Para que

serve a Câmara Municipal?O prefeito é o representante do

poder executivo da cidade, seu de-ver é garantir o funcionamento cor-reto dos serviços públicos, realizar obras de interesse da população e administrar o capital do município. Porém, não faz isso sozinho, con-tando com a ajuda dos vereadores que representam a legislação, tra-balhando como fiscalizadores dos atos do prefeito, para que tudo este-ja de acordo com a lei, apresentan-do projetos de leis que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos e atendendo às reinvindicações das comunidades que os elegeram.

Na Câmara Municipal, os verea-dores discutem, sugerem, aprovam ou reprovam leis de acordo com o interesse populacional. As leis que

lá tramitam podem ser fei-tas tanto pelos moradores da cidade quanto pelo pre-feito, porém, carecem de aprovação de todo corpo legislativo da câmara para vigorar.●

Cidades

Políticasimplificada

Um rápido tira-dúvidas que pode ajudar na hora de votar.

27revista do interior | outubro 2012 |

Apreciado pela grande maioria da população brasileira, os conhe-cidos “arroz e feijão”

ganham uma repaginada nas chur-rascarias da região, onde você pode fazer uma refeição balance-ada curtindo ambientes despoja-dos e tranquilos com sua família. Geralmente, esses lugares têm es-trutura que comporta crianças e são excelente opção para aquele almo-ço ou jantar familiar. Para pessoas que não gostam de carne, saladas e legumes cozidos são ótimos acom-panhamentos e saciam - o que ajuda numa possível dieta.

Lembrando: para ter uma ali-mentação saudável, esta deve ser equilibrada com nutrientes como: carboidratos (pão, arroz, bolacha), proteínas (leite e derivados, carnes em geral, ovos e feijões), gorduras (óleos , margarina), fibras, vitami-nas e minerais (vegetais e frutas), segundo a nutricionista Daniela Ferrari.

Já que o assunto é saúde, porque não aproveitar um sábado à noite e curtir uma deliciosa comida asiáti-ca? Em especial, a culinária japo-nesa com seus sushis e sashimis ricos em ômega 3 (por serem crus e não receberem nenhum preparo anterior, têm uma quantidade muito maior do óleo benéfico à saúde) são

excelentes para quem procura equi-librar sabor e qualidade de vida, além de criarem uma sensação de satisfação muito maior.

Nessa mesma linha, a gastro-nomia chinesa é interessante para quem busca desintoxicar seu orga-nismo. Para vegetarianos: a culiná-ria chinesa tem por base verduras, frutas, tofu, azeite vegetal, ervilhas, milho, espigas de bambu, feijões, cogumelos e outros tipos de fungos. Porém, o preço de um jantar num restaurante desses pode sair muito mais caro, devido aos ingredientes inusitados.

Para os mais jovens e com um orçamento curto, os barzinhos são a escolha certa. O Happy Hour fica mais animado com o insubstituível chopp e para acompanhar, nada me-lhor que uma porção. E as opções são variadas, como picanha acebo-lada, mandioca, a famosa batata fri-ta com suas derivações (com bacon e cheddar, batata bolinha, etc), isca de peixe e provolone à milanesa. Para quem não gosta de chopp, há ainda os coquetéis, batidas e sucos naturais.

Mas se a fome apertar, a melhor opção são as lanchonetes. Aqui no interior, muitos barzinhos têm sua capacidade aumentada virando lan-chonetes onde você encontrar piz- zas de diversos sabores, lanches em

geral e saladas para os vegetarianos, sem perder, porém, a característica confortável de boteco. Alguns esta-belecimentos ainda oferecem o ser-viço de “delivery”, bom para quem não gosta de movimento mas, con-tudo, não abre mão de comer algo diferente.

Comer bem e barato é possível, mas como sempre desde que se te-nha bom senso. Uma alimentação saudável pode até sair mais caro, mas futuramente será muito mais benéfica à sua saúde. Esteja sem-pre atualizado sobre as promoções oferecidas pelos sites “Save Me” ou “Peixe Urbano”. Nestes endereços encontram-se ótimos restaurantes por um preço bem amigo. Vale a pena investir um tempo nessa pesquisa de dar água na boca!●

Cidades

Alimente-se bem na nossa regiãoHá vários restaurantes que oferecem uma boa refeição, ambientes despojados e bom aten-dimento a um preço convidativo.

28 | outubro 2012 | revista do interior

A tecnologia flex já comple-tou nove anos no Brasil. Desde sua estréia com o Gol Total Flex, lançado

em 24 de março de 2003, o sistema decolou e já faz parte da maioria dos veículos vendidos no país, represen-tando mais de 80 % do mercado.

O famoso “carro flex” surgiu por aqui como uma espécie de cartada para salvar o Proálcool - programa governamental criado em 1975 que instituía a oferta de álcool combustí-vel em substituição a gasolina - mas que acabou fracassando com varia-ções constantes no preço e sua de-corrente falta nas bombas, o que fez do carro movido a álcool um verda-deiro pesadelo para seus donos.

Nesse contexto, a aposta nessa tecnologia inovadora foi bem suce-dida, ganhando a rápida preferência do consumidor que via com grande vantagem a liberdade plena na esco-lha entre os dois tipos de combus-tível de acordo com o preço e sua necessidade na hora de abastecer. O sucesso desses veículos conjun-tamente com a obrigatoriedade ao nível nacional de usar de 20 a 25% do álcool misturado com gasolina convencional permitiu ao etanol combustível superar o consumo de gasolina em abril de 2008.

Mas, embora tenha se torna-do quase uma unanimidade entre os brasileiros, tecnicamente ainda restam muitas dúvidas e polêmicas quanto a sua eficiência.

Com a ajuda de PhDs em Automobilística da EESC-USP (Escola de Engenharia de São Carlos - USP), esclarecemos aqui alguns pontos importantes e dúvidas frequentes desse sistema, a fim de ajudá-lo a descobrir o melhor fun-cionamento e ajuste de seu veículo.

Carros

ÁLCOOL OU GASOLINA?

Após 9 anos, você aindafaz essa pergunta?

Veja o que mudou edescubra alguns segredos.

Reportagem de Ari Honório Jr.

29revista do interior | outubro 2012 |

Rodagem mínima ao se mistu-rar combustível

Após o abastecimento, a injeção é ajustada segundo a mistura detec-tada por sensores eletrônicos, feito com software automotivo desenvol-vido no país, por conta disto, os car-ros destinados ao mercado brasileiro necessitam rodar pelo menos 5 km ou 10 min para que seja identificado corretamente qual combustível (ou mistura deles) está sendo queima-do. Caso este procedimento não seja cumprido, podem acontecer falhas no motor e dificuldade de partida a frio.

Diferença para os motores mono combustível

Além do software do módulo de controle eletrônico para maior capa-cidade de processamento e de parâ-metros diferenciados para atender a cada combustível, o motor recebe alterações nos materiais das válvulas e de suas sedes, uma vez que o álco-ol não tem as mesmas propriedades lubrificantes da gasolina.

Não há necessidade de se alter-nar os combustíveis regularmente

Os motores são desenvolvidos para funcionar com qualquer um dos combustíveis ou suas misturas, independentemente da proporção ou freqüência no abastecimento.

O flex é a evolução do carro a ál-cool e, por isso, é dotado de todas as proteções necessárias para suportar a agressividade deste ou da gasolina. Todos os componentes que tenham contato com o álcool são projetados para resistir por toda sua vida útil, sem precisar de uma maior manu-tenção.

Partida a frioDevido à menor evaporação do

álcool em relação à gasolina, a par-tida do motor frio, com álcool no tanque, em temperatura ambiente inferior a 14° C, é difícil ou mes-mo impossível. Por esse motivo, a exemplo dos carros só a álcool que existiam antes, há um sistema para tornar possível ligar o motor nessas condições. Ele consiste num peque-no reservatório de gasolina no com-partimento do motor e uma bom-ba elétrica. Quando a temperatura baixa de 14° C e o motor está frio, uma pequena quantidade de gasoli-na é introduzida automaticamente no coletor de admissão, e o motor pode ser posto em funcionamento normalmente.

Importância da gasolina do re-

servatório de partida a frio para a bateria

Às vezes pode acontecer de o reservatório estar vazio e o motor ter dificuldade de partida, pois nem todo automóvel tem um sistema de aviso. No entanto, se essa gasolina acabar, não significa que o carro possa sofrer algum tipo de quebra, como muitos acham. No máximo a bateria vai sofrer. A utilização constante dessa prática pode ocasio-nar uma grande demanda de carga, principalmente nos dias frios, acar-retando diminuição da vida útil da bateria.

Melhor adaptação a combustí-veis adulterados

Se alguém lhe disser que o carro flex sofre menos com o combustível adulterado, pode acreditar.

A razão é a maior capacidade de processamento da centralina (siste-ma de controle) e a proteção extra que as peças internas recebem. Se precisar parar num posto desconhe-cido, prefira sempre o álcool, que se

30 | outubro 2012 | revista do interior

for batizado causará menos danos ao motor. Isso acontece porque a fraude mais comum no álcool é a adição de água, que é menos prejudicial que a adulteração da gasolina, que é bati-zada com solventes.

Álcool ou Gasolina ?Potência x AutonomiaEm situações de exigência do

motor como ultrapassagem, arran-que e ladeira, o álcool é um pouco mais eficiente que a gasolina por conferir mais força ao motor e dar mais agilidade ao carro. Testes mos-tram que o álcool é a melhor escolha para enfrentar as situações mais co-muns do tráfego urbano, pois ofere-ce melhor desempenho e potência. Já a vantagem da gasolina, é a auto-nomia de rodagem, poupando o mo-torista de ir frequentemente ao posto e permitindo-o percorrer longas dis-tâncias sem abastecer.

Consumo: Cidade, Estrada, Clima e Geografia

Em situações limitantes como relevo montanhoso, clima frio, ou mudanças constantes na rotação do motor(cidade), o menor poder calo-rífico do álcool tende a se potencia-lizar, ou seja, o consumo aumenta significativamente. Desse modo, na cidade, onde geralmente rodamos com trânsito pesado, lombadas, cru-zamentos, semáforos, subidas, ou

em regiões de clima frio, a gasolina responde melhor, gastando menos. Por outro lado, em viagens longas, retas ou em regiões com clima quen-te sem constantes alterações na ro-tação do motor, o álcool se mostra como a melhor opção.

Consumo EconômicoO proprietário de carro flex, de-

pendendo da época do ano (o preço do álcool costuma variar bastante entre a safra e a entressafra de cana--de-açúcar), pode abastecer com álcool e obter economia para rodar, mesmo que o consumo seja maior. Já que o preço por litro na bomba é sempre bem menor do que o da ga-solina e isso muitas vezes mais do que compensa o maior volume gas-to.

Por exemplo, em São Paulo ga-solina e o álcool custam, na maior diferença entre postos, R$ 2,80 e R$ 1,68 respectivamente. A quilome-tragem percorrida usando álcool é em média 30% menor do que com gasolina por conta do seu menor po-der calorífico em relação à gasolina (26,8 megajoules/kg contra 42,7 MJ por kg). Se o consumo médio com gasolina é de 10 km/l, com álcool será de 7 km/l, em geral (desconsi-derando alterações de clima e geo-grafia).

Com base nesses números, o cus-to por quilômetro rodado com gaso-

lina será de 2,80 / 10 = R$ 0,28/km. Com álcool, 1,68 / 7 = R$ 0,24/km. Portanto, a economia por rodar com álcool será de R$ 0,04/km. Quem roda 15.000 km/ano (média brasilei-ra), terá economizado R$ 600,00 ao fim de um ano, mantidos inalteráveis os preços da gasolina e do álcool.

Por isso, quem quiser economi-zar, pode fazer um pequeno cálculo antes de escolher o combustível no posto. Multiplica-se o preço do li-tro da gasolina por 0,7. Esse seria o preço equivalente da gasolina em comparação com o álcool, qual for menor, maior economia. No exem-plo acima, com a gasolina custando R$ 2,80, a multiplicação 2,80 x 0,7 daria R$ 1,96 por litro e a escolha mais econômica seria o álcool. Por outro lado, se a gasolina custasse R$ 2,40, o preço equivalente seria R$ 1,68 por litro e os preços seriam equivalentes. Desse modo, outros fatores como citados anteriormente (autonomia, rodagem em estrada ou cidade, clima e geografia), se torna-riam determinantes na escolha de quem procura o melhor para o seu carro e para o seu bolso.●

Carros

Comparativo de consumo Quando vale a pena

Como fazer a conta

ExemploDistancia percorrida: diferença de 30%.Exemplo:

Para os donos de carros bicombustíveis, abastecer com álcool é mais vantajoso eco-nomicamente quando o preço não ultrapassar 70% do preço da gasolina.

Gasolina: 2,89 x 0,7 = 2,02Com esse resultado, o álcool é mais vantajoso

Deve-se multiplicar o valor da gasolina por 0,7, o resultado seria o preço equivalente da gasolina em comparação com o álcool, qual for menor, maior economia.Em média, um carro percorre 30% a menos

usando álcool

Gasolina: 10km/l

Álcool: 7km/l

R$ 2,02

G A

R$ 1,94

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Profissão ProfessorSer professor no Brasil não é moleza,

ainda mais carregando o título de profissional mais desvalorizado, com a pior faixa salarial dentre as profis-

sões que necessitam de graduação e coman-dando até 60 pessoas dentro de uma sala de aula apenas com um livro e um giz em mão.

Durante décadas a categoria se revoltou e originou greves, porém, sem nunca ter rece-bido uma resposta satisfatória a suas reivin-dicações. O censo do IBGE revelou que em

2000, um professor recebia cerca de 49% do valor dos outros profissionais, dez anos de-pois, a variação foi de mais 10%, totalizando 59% do salário de outras categorias. Os que lecionam no Ensino Médio mantém uma mé-dia de 60 a 72%.

O fator dinheiro parece prevalecer na es-colha dos jovens, que vem deixando carreiras da ciência da educação para trás devido ao pouco caso da sociedade. Índices sugerem que os que optam por cursos de licenciatu-ra são os alunos de desempenho médio/baixo durante a vida escolar.

Ainda no caminho do mestre estão os alu-

nos. Alguns deles são especiais, ficam para sempre na memória de seus tutores, porém, há outros que fazem seus professores reféns, tornando-os vítimas de sua má educação e falta de vontade de aprender, desestimulan-do o profissional e outros alunos dentro da sala de aula. Por isso, muitos procuram a rede particular de ensino para trabalhar, onde os salários são melhores e supõe-se que os alu-nos sejam mais educados, atentos e dedica-dos. Contudo, mesmo nas escolas particula-

res, apesar de salários um pouco melhores, também imperam o desrespeito, a indisciplina, o de-sinteresse.

Sobre alguns aspectos da profissão, a estudante de peda-gogia Bianca Cunha afirma com muita convicção “Eu escolhi Pedagogia pela paixão antiga de estar numa sala de aula, nunca me imaginei em outro ambiente de trabalho[...]Ser professor é ser condutor de caminhos, formador de opiniões”. Quanto à desvalo-rização, Bianca é enfática “Essa

desvalorização ao professor no Brasil só me instiga a estudar mais, buscar mais conheci-mentos e querer ser a melhor para contribuir para uma mudança”.

Assim como em qualquer carreira, você precisa amar o que faz para ser o melhor na-quilo que escolheu. A infelicidade profissio-nal independe do quanto você ganha por mês ou se seus alunos o levam à loucura: a maio-ria deles na verdade ama seus professores e se lembra dos mestres anos depois de terem deixado a escola, reafirmando que tais profis-sionais são construtores de ideias, personali-dades e vontades.●

Cidadão

“Ser professor é ser condutor de caminhos, formador de opiniões”

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Em uma frigideira unte com azeite de boa qualidade, de uma leve fritada no cogumelo para liberar o seu aro-ma natural, em seguida adicione as azeitonas picadas em pequenos pedaços e o tomate picado sem semente, tempere com sal e a pimenta a seu gosto, reserve.

Fatie o Pão Italiano amanhecido com a espessura de

dois dedos, passe o alho sobre as fatias. Em uma for-ma coloque as fatias, adicione o queijo parmesão e em seguida o restante dos ingredientes que você reservou.

Leve ao forno a 180°c só até derreter o queijo. Sirva em seguida.

Bon appétit!●

Receita deRicardo Cancian

O termo Bruschetta (pronuncia-se brusqueta) é originário das regiões do Lazio e de Abru-zzo, derivada da palavra “bruscato” que sig-nifica tostado ou torrado, quer seja no forno

ou na grelha. Há também outros nomes para bruschetta, como “Fetunta”, na região da Toscana, aí derivado das palavras “fetta unta”, isto é, fatia untada, no caso, com

azeite de oliva.Esta saborosa iguaria italiana, pouco conhecida no

Brasil, saboreada em todo território italiano, nas mais diversas formas, tem sua origem na antigüidade entre os trabalhadores rurais, quando o pão era seu principal alimento e se constitui numa forma gostosa de se apro-veitar o “pão velho”, que sobra de um dia para outro.

• 4 fatias de pão italiano amanhecido;

• 3 tomates picados sem semente;

• 2 dentes de alho descascados;

• 200g de parmesão ralado;

• 75g de azeitonas pretas (sem caroço);

• 75g de azeitonas verdes (sem caroço);

• 100g Cogumelo (Champignon);

• Sal e pimenta do reino a gosto.Dica: utilize uma frigideira com antia-derente para não grudar os ingredientes

Dica: cortar o pão amanhecido com a espessura de dois dedos e passe alho sobre as fatias

Dica do alho: Para remover o cheiro de alho da sua mão você pode coloca-la em água corrente, mas sem esfregálas. Quando você as esfrega, o aroma do alho penetra nos poros das mãos.

Dica: Para comer a bruschetta use o azeite Virgem, pois o Extra Virgem é usado para temperar alimentos frios e é mais refinado ao contrário do Virgem, que é o puro Azeite de Oliva.

Ingredientes

Modo de preparo

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Em uma tigela coloque a carne, adicione o pão ume-decido no leite, a cebola ralada, a gema, a salsinha e o parmesão ralado. Misture bem.

Abra a massa na sua mão em forma de concha, colo-que o requeijão cremoso, e com mais massa faça a tampa do seu Polpettone. Reserve.

Em uma tigela, bata ligeiramente os ovos;Em outra tigela, misture todas as farinhas;Em seguida, passe no ovo e empane-os na mistura

das farinhas; frite em óleo numa quantidade que cubra metade do Polpettone em fogo moderado para não quei-

mar por fora e ficar cru por dentro.Para fazer o molho, em uma panela coloque o

azeite, o alho, a cebola e o tomate picado. Deixe o tomate derreter, em seguida adicione o sache de molho de tomate pronto.

Coloque o açúcar para quebrar a acidez do tomate.No final, salgue e adicione o queijo parmesão.Sirva o Polpettone com o molho e salpique quei-

jo parmesão.Bon appétit!●

O Polpettone surgiu na Itália por volta do sé-culo XIV como um prato bem popular. Mas com o tempo ele foi conquistando espaço nas mesas mais sofisticadas. Em 1557, ele foi ci-

tado e prescrito pelo italiano Cristoforo Messinburgo,

considerado o maior entendedor da culinária italiana.Use o Polpettone para ter um prato principal de ele-

gância e sabor. Sirva o Polpettone junto com arroz branco e uma

simples salada de verduras verdes frescas.

Massa:• 1 kg de coxão mole moído;• 1 cebola média ralada;• 1 gema• ½ xícara de leite;• ½ xícara de salsinha picada;• 1 pão amanhecido;• 50g de parmesão ralado;• Sal e pimenta a gosto.

Recheio:• 1 colher de (sopa) de Requeijão cremoso para cada Polpettone. • 4 ovos batidos;• 1 xícara de farinha de mandioca;• 1 xícara de farinha de rosca;• ½ xícara de farinha de trigo;• Óleo para fritar.

Molho:• 4 colheres (sopa) de azeite;• 1 tomate picado sem semente;• Alho, cebola picada a gosto;• 1 sachê de molho de tomate pronto;• Queijo parmesão ralado a gosto;• ½ colher de sopa de açúcar;• Sal a gosto.

Ingredientes

Modo de preparo

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Você deseja participar da seção Culinária da Revista do Interior?Envie sua receita para o e-mail: [email protected]

TortaNuma tigela misture a mandioca, o açúcar, a margari-

na, o leite, os ovos, o coco ralado, o queijo e o fermento em pó.

Em uma forma média retangular de 20cmx30cm, ou em uma forma pequena de sua preferência, untada com margarina, adicione a mistura.

Leve ao forno preaquecido a 180°c por cerca de 45 minutos ou até dourar.

Depois de assada, faça furinhos com um garfo e espa-

lhe a calda ainda quente para servir.É importante você preparar a calda depois da torta

pronta, para que você não corra o risco de sua calda es-friar e endurecer sem seu bolo estar pronto.

Calda:Numa panela em fogo médio,coloque o açúcar e a

água juntos, e deixe ferver até ficar uma calda carame-lada.

Bon appétit!●

A torta de mandioca com coco é uma receita muito conhecida no norte do Brasil, inventada pelos escravos da época, que reutilizavam as mandiocas cultivadas como fruto de alimento

e de energia.

A sobremesa sobrecai perfeitamente combinando com sua entrada e o prato principal, existindo a combinação com o Pão Italiano, uma saborosa carne, e uma sobremesa típica Brasileira / Italiana.

Massa:• 1kg de mandioca crua ralada;• 2 1/2 xícaras (chá) de açúcar;• 2 colheres (sopa) de margarina;• 300 ml de leite;

• 2 ovos inteiros;• 100g de coco ralado em flocos;• 50g de queijo parmesão ralado;• 1 colher de (sopa) cheia de fer-mento em pó.

Calda:• 1 xícara (chá) de açúcar;• 1 xícara (chá) de água.

Ingredientes

Modo de preparo

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