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EUROBAROMETER 60.1 PUBLIC OPINION IN THE EUROPEAN UNION
AUTUMN 2003
NATIONAL REPORT
Portugal
The survey was requested and coordinated by the Directorate General Press and Communication. This report was produced for the European Commission’s Representation in Portugal. This document does not represent the point of view of the European Commission. The interpretations and opinions contained in it are solely those of the authors.
2
ÍNDICE
Página
1 Introdução 3
2 Expectativas pessoais e confiança nas instituições 5
2.1 Situação Individual e Expectativas para 2004 5
2.2 Principais Desafios Nacionais 8
2.3 Confiança nas instituições 9
2.4 Estratégias de Comunicação 13
3 Atitudes em Relação à União Europeia 15
3.1 Portugal na União Europeia: atitudes difusas e instrumentais 15
3.2 Identidade Nacional e Europeia 21
3.3 EUA e UE na Política Internacional 23
3.4 Estratégias de Comunicação 25
4 Informação sobre a UE 27
4.1 Percepções sobre a UE e suas instituições 27
4.2 Fontes de Informação 31
4.3 Avaliação dos Meios de Comunicação Social 34
4.4 Estratégias de Comunicação 36
5 Processo de Integração Europeia: Âmbito e Perspectivas de Reforma 38
5.1 O Papel da UE nas Políticas Públicas 38
5.2 Política Externa e de Segurança Comum, Política de Defesa e
Alargamento
40
5.3 A Reforma das Instituições Europeias 43
5.4 Estratégia de Comunicação 48
6 Conclusões 50
7 Anexos: especificações técnicas e questionário 52
3
1. Introdução
Os dados que serviram de base a este relatório foram recolhidos entre o dia
1 de Outubro e 7 de Novembro de 2003, a uma amostra, representativa da
população residente em Portugal, constituída por 1000 indivíduos. O trabalho de
campo, como tem acontecido em relatórios anteriores, foi levado a cabo pela
empresa Metris-Gfk.
Este relatório foi redigido por uma equipa composta por: Manuel Villaverde
Cabral, Pedro Magalhães, Marina Costa Lobo, Filipe Nunes, Ana Espírito Santo e
Carlos Jalali. Com este relatório pretende-se essencialmente comparar as atitudes
dos portugueses com a média dos cidadãos dos Estados membros da UE, em
relação a uma série de temas. Sempre que possível e relevante, são mostrados os
dados longitudinais existentes, de forma a compreender como as atitudes dos
portugueses têm evoluído ao longo do tempo e, sempre que pertinente, é feita uma
análise estatística que permite constatar até que ponto as características detectadas
são comuns a toda a população portuguesa ou se, pelo contrário, podem ser
atribuídas mais a uns grupos sociais específicos do que outros.
No primeiro capítulo, analisa-se a avaliação que os portugueses fazem da
sua vida em geral e da sua situação económica em particular, incluindo as previsões
para o próximo ano. De seguida, analisam-se as previsões que os cidadãos fazem
para o próprio país, bem como os principais problemas que, segundo eles, o país
enfrenta. É também avaliado o grau de confiança que depositam na UE, nas
instituições europeias e nas nacionais.
No segundo capítulo, investigam-se as atitudes difusas e instrumentais
relacionadas com a UE, identidade nacional e Europeia e a avaliação que os
inquiridos fazem do papel dos Estados Unidos da América e da União Europeia na
política internacional. De acordo com os dados disponíveis, estas questões serão
avaliadas numa perspectiva comparada e longitudinal. Teremos ainda em conta o
efeito de variáveis sócio-demográficas e atitudinais nas atitudes dos portugueses
em relação à UE.
O terceiro capítulo aborda a relação dos portugueses com a informação que
têm sobre a União Europeia. Nessa medida, é considerado o seu sentimento de
conhecimento sobre a UE; as suas principais fontes de informação sobre a União
Europeia; e também a sua avaliação dos meios de comunicação em termos de
informação sobre a UE.
4
A última parte debruçar-se-á sobre o processo de integração europeia, seu
âmbito e perspectivas de reforma. Procuraremos analisar o papel da UE nas
políticas públicas e a abertura dos portugueses para maior partilha de soberania em
certas áreas: políticas, económicas, sociais e ambientais. As políticas externa e de
segurança comum e de defesa serão objecto de uma análise separada. Iremos
tentar compreender as atitudes dos portugueses ante um conjunto de matérias que
estão na ordem do dia. Neste ponto, a questão do alargamento também será
abordada: trata-se de conhecer o tipo de alargamento que os portugueses preferem.
O relatório termina com a análise da opinião dos portugueses não só perante
a reforma institucional em geral, mas também em relação às políticas específicas
propostas pela Convenção para o Futuro da Europa: concordância com a existência
de uma constituição europeia, forma preferencial de eleição do Presidente da
Comissão Europeia, alargamento ou não do tempo de mandato do Presidente do
Conselho Europeu e opção pela manutenção ou abandono do direito de veto de que
os estados membros actualmente dispõem.
Todos os capítulos deste relatório terminam com sugestões relativas à
estratégia de comunicação da Comissão Europeia em Portugal. Desta forma
procuramos fornecer alguns dados para a definição desta estratégia numa
perspectiva de aperfeiçoamento da relação entre os cidadãos portugueses e a UE.
5
2. Expectativas pessoais e confiança nas instituições
Este capítulo incide sobre a situação pessoal dos inquiridos, pretendendo-se
entender até que ponto eles estão satisfeitos com a sua vida. Analisam-se
igualmente as previsões que fazem para 2004. Finalmente, procura-se perceber
qual o grau de confiança que os portugueses depositam nas instituições nacionais e
europeias.
2.1 Situação individual e expectativas para 2004
Os portugueses são o povo da UE mais insatisfeito com a vida que leva. 43 por cento dos portugueses sentem-se insatisfeitos com a sua vida,
enquanto 56 por cento partilham o sentimento contrário. Os gregos são o segundo
povo mais insatisfeito, seguidos pelos alemães e franceses. Os países nórdicos
(Dinamarca, Suécia, Finlândia e Holanda) destacam-se pelo facto de quase todos
os seus cidadãos se considerarem satisfeitos com a vida que leva.
Gráfico 2.1 Grau de satisfação com a vida em geral, 2003
63
73
75
76
82
83
83
86
87
90
91
93
96
6
9
10
12
11
11
16
15
15
20
24
23
24
37
43
4
87
56
79
Portugal
Grécia
Alemanha
França
Itália
Média UE
Áustria
Bélgica
Espanha
Irlanda
Luxemburgo
Reino Unido
Holanda
Finlândia
Suécia
Dinamarca
Insatisfeitos Satisfeitos
Em Portugal, observando a mesma questão de um ponto de vista
longitudinal, constata-se que desde 1989 nunca se tinha verificado uma percentagem tão baixa de satisfação com a vida. E, apesar de desde essa data
as percentagens de satisfação estarem abaixo da média da UE (e as percentagens
de insatisfação acima), nunca a diferença entre esta percentagem de insatisfeitos
6
em Portugal e a média europeia tinha sido tão acentuada: se em 1989 ela era de
cerca de 10 por cento, em 2003 superou os 20 por cento.
Gráfico 2.2 Evolução do grau de satisfação com a vida em geral, 1989-2003 (%s de inquiridos)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1989 1990 1991 1992 1994 1995 1996 1998 2000 2001 2002 2003
Portugal ("satisfeitos") Portugal ("insatisfeitos")Média UE ("satifeitos") Média UE ("insatisfeitos")
No que diz respeito às expectativas para 2004, a previsão negativa em
relação à situação financeira pessoal que se verifica em Portugal (26 por cento)
somente é superada na Alemanha (34 por cento), na Holanda (31 por cento) e na
Grécia (27 por cento), como se pode observar pelo gráfico 2.3. Contudo, quer
analisando a opinião face à vida em geral, quer face à situação financeira pessoal, a
opinião dos cidadãos da UE, de forma geral, é bastante optimista. O mesmo não se
poderá dizer quando o tópico de análise deixa de ser o cidadão (ou a família) e
passa a ser o país.
Paira um clima de algum pessimismo entre os cidadãos da UE, em relação à evolução da situação económica dos seus países. Quase metade da
população da UE prevê que a situação económica e do emprego do seu país vá
evoluir em sentido negativo no próximo ano. Tal como se verificou em relação às
expectativas face à situação pessoal em 2004, são os cidadãos holandeses (62 por
cento), alemães (57 por cento) e gregos (56 por cento) que se encontram entre os
mais pessimistas em relação à situação económica do seu país para o próximo ano.
Mais de metade da população portuguesa partilha a mesma opinião.
7
Dentro do grupo geo-cultural de que Portugal faz parte (gráfico 2.3), a
Espanha destaca-se visivelmente como sendo mais optimista nestas quatro
questões analisadas, inclusive comparativamente à média da UE. Este sentimento
pode estar relacionado com o desenvolvimento económico que o país tem vivido
nos últimos anos.
Gráfico 2.3 Expectativas negativas em relação a 2004(% de inquiridos que concordam com a afirmação)
26 26
52
58
2327
56 55
12
20
46 47
5
9
2426
a sua vida em geral vaipiorar
a sua situação financeiravai piorar
a situação económica doseu país vai piorar
a situação do emprego doseu país vai piorar
Portugal Grécia Média UE Espanha
Entre os portugueses existem alguns grupos sociais que se destacam pelo
seu pessimismo. As pessoas com 55 anos ou mais revelam-se as mais pessimistas em relação a 2004, no que diz respeito às quatro questões em
análise. Pelo contrário, maiores recursos educacionais tendem a produzir um efeito
positivo nas expectativas face à vida em geral e à situação financeira do núcleo
familiar1.
1 Estes comentários são resultado de uma análise estatística em que foi controlado o efeito do rendimento e do género.
8
Gráfico 2.4 Expectativas negativas em relação a 2004 em três grupos(%s de inquiridos que concordam com a afirmação)
57
59
36
33
56
61
33
32
53
55
34
31
52
58
26
26
a situação económica do seupaís vai piorar
a situação do emprego do seupaís vai piorar
a sua vida em geral vai piorar
a sua situação financeira vaipiorar
55 anos ou mais anos terminou estudos até aos15 anos escalão de redimento mais baixo Portugal
2.2 Principais desafios nacionais
O questionário do EB60.1 pedia aos inquiridos que mencionassem, de uma
lista de problemas, os dois mais importantes que o seu país enfrenta actualmente.
56 por cento dos portugueses consideram que o desemprego é o principal problema do país. Esta preocupação é partilhada pelos restantes cidadãos da UE,
tendo este sido o item mais referido pela média dos 15. Os cidadãos de França,
Bélgica e Finlândia referiram-no em igual proporção à dos portugueses, proporção
superada pelos alemães (63 por cento) e gregos (65 por cento).
A situação económica (29 por cento) e a subida de preços (28 por cento)
foram os problemas seguintes mais mencionados pelos portugueses, praticamente
em igualdade. Estes resultados são uma evidência da preocupação que as
questões económicas suscitam neste momento em Portugal.
9
Gráfico 2.5 Problemas mais importantes que Portugal enfrenta actualmente(%s; cada inquirido indicou dois problemas)
7
7
11
28
16
19
27
42
5
8
9
23
24
28
29
56
Sistema educativo
Impostos
Reformas/pensões
Insegurança
Sistema de saúde
Subida de preços/inflação
Situação económica
Desemprego
Média UE Portugal
Restantes problemas incluídos no questionário(mencionados por 3% ou menos dos portugueses):- transportes públicos- terrorismo- defesa / negócios estrangeiros- habitação- imigração- protecção do ambiente
O sistema de saúde e a insegurança preocupam ainda uma percentagem
considerável de cidadãos nacionais, 24 e 23 por cento, respectivamente.
2.3 Confiança nas instituições
À semelhança do que se tinha verificado no Eurobarómetro anterior,
Portugal encontra-se entre os países que mais confiam na UE. 61 por cento dos
portugueses têm confiança na UE, valor superado apenas pela Grécia.
Comparando com a confiança no governo nacional constata-se que os
portugueses, tal como a maioria dos cidadãos europeus de resto, confiam
consideravelmente mais na União Europeia do que no seu governo nacional, sendo
Portugal, juntamente com a Irlanda, o país que apresenta a segunda maior
percentagem de diferença entre a confiança nas duas instituições: 22 por cento. A
maior diferença verifica-se em Itália (30 por cento, como também tinha acontecido
no EB 59), onde apenas 27 por cento dos cidadãos tendem a confiar no governo
nacional.
10
Gráfico 2.6 Confiança dos europeus nos Governos nacionias, União Europeia e Orgarnização das Nações Unidas
(% de inquiridos que tende a confiar em cada uma delas)
20
28
33
35
36
37
38
40
41
45
52
53
57
57
61
65
51
73
62
41
50
40
51
74
48
43
51
62
55
50
59
3647
39
27
42
31
60
38
31
53
37
30
40
24
49
42
24Reino Unido
Suécia
Finlândia
Alemanha
Áustria
França
Holanda
Dinamarca
Média UE
Bélgica
Luxemburgo
Irlanda
Espanha
Itália
Portugal
Grécia
Governo nacional União Europeia Organização das Nações Unidas
Comparando agora os resultados da confiança na UE com a confiança na
ONU, verifica-se que os cidadãos dos 15 tendem a confiar mais na segunda (48 por
cento) do que na União (41 por cento). Os dinamarqueses são os que mais nela
confiam (74 por cento), imediatamente seguidos pelos suecos (73 por cento).
Gráfico 2.7 Confiança dos portugueses nas instituições nacionais e europeias
51
52
56
56
46
23
20
21
22
46
55
46
47 47
Conselho de ministros
Tribunal de justiça europeu
Comissão europeia
Parlamento europeu
Governo nacional
Parlamento nacional
Sistema judicial português
não tem confiança tem confiança
39
Não podemos analisar o grau de confiança dos portugueses na UE sem ter
11
em conta o seu grau de confiança nas instituições que a compõem. Mais de um em
cada dois portugueses confia em quatro das principais instituições europeias:
Parlamento, Comissão, Tribunal de justiça e Conselho de Ministros. Portugal coloca-
se assim acima da média dos 15 cujas percentagens são respectivamente: 54, 46,
49 e 38 por cento.
Os portugueses tendem a confiar mais nas instituições europeias do que nas nacionais ou, mais precisamente, desconfiam menos das primeiras. É no
entanto importante salientar o elevado número de não respostas às perguntas sobre
as instituições europeias (uma média de 25 por cento, para as quatro perguntas em
análise), o que indicia menor conhecimento e dificulta a comparação com as
respostas sobre confiança nas instituições nacionais. Entre as pessoas que não
responderam às questões sobre a confiança nas quatro instituições europeias
encontram-se sobretudo as mulheres e as pessoas menos instruídas2.
Os portugueses encontram-se perfeitamente divididos no que diz respeito à
confiança no sistema judicial e no parlamento nacional, enquanto que a maioria (55
por cento) revela não confiar no governo.
Gráfico 2.8 Confiança em duas instituições europeias por grupos(% de inquiridos que não confiam)
24 2424 2424 24
2726
2524
2221
Parlamento europeu Comissão europeia55 anos ou mais terminou estudos até aos15 anos escalão de redimento mais baixonunca discute política mulheres Portugal
2 Este comentário é resultado de uma análise estatística em que foi controlado o efeito do rendimento, da idade e da frequência com que se discute política.
12
Analisemos agora mais profundamente a confiança dos portugueses em
duas instituições europeias, a saber, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia.
Será a confiança nelas significativamente inferior em alguns grupos da sociedade
portuguesa? Tudo parece indicar que sim: a evidência estatística demonstra que as
mulheres, as pessoas mais idosas e as que pouco discutem política tendem a
confiar menos nas duas instituições em causa.
Os resultados que obtivemos para a confiança que os portugueses
depositam nas instituições nacionais e europeias estão em concordância com os
obtidos para as questões sobre a satisfação com a democracia no país e na UE. Os portugueses estão mais satisfeitos com o funcionamento da democracia na UE do que em Portugal. 64 por cento dos portugueses estão insatisfeitos com o
modo como funciona a democracia em Portugal, enquanto 42 por cento têm opinião
idêntica face à democracia europeia. Imediatamente a seguir à Itália, os
portugueses são o povo da UE mais insatisfeito com a democracia no seu país, com
uma diferença face à média dos países membros de mais de 20 pontos percentuais.
Pelo contrário, no que respeita a democracia na união europeia, a opinião pública
portuguesa praticamente não se distingue da média dos Quinze, quer na
percentagem de cidadãos que admitem estar insatisfeitos (42 por cento), como na
percentagem dos que se sentem satisfeitos (41 por cento).
Gráfico 2.9 Evolução da avalição do funcionamento da democracia no próprio país e na UE, 1999-2003 (média - escala de 1: nada satisfeito a 4: muito satisfeito)
2
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
2.8
2.9
3
1999 2000 2001 2002 2003
Portugal ("democracia no país") UE ("democracia no país")Portugal ("democracia na UE") UE ("democracia na UE")
Analisando a mesma questão em termos longitudinais, verifica-se que, desde
13
1999, o grau de satisfação dos portugueses com o funcionamento da democracia
tanto na UE como em Portugal tem vindo a diminuir, sendo contudo a descida muito
mais acentuada no plano doméstico. Será provavelmente importante acompanhar a
evolução da opinião dos portugueses (e até dos cidadãos da UE em geral) a este
respeito nos próximos Eurobarómetros, a fim de se controlar a evolução da
avaliação feita pelos cidadãos acerca das instituições políticas.
Em Portugal, não se verificam quaisquer diferenças significativas na
avaliação que os diferentes grupos sócio-demográficos fazem do funcionamento da
democracia nacional ou europeia. As únicas diferenças significativas registam-se
em termos ideológicos: os indivíduos simpatizantes da direita tendem a ter uma
opinião mais positiva sobre o funcionamento da democracia portuguesa e da UE.
Parece assim haver algum “contágio” entre a satisfação com a democracia nacional
e europeia, como também é sugerido pela tendência apresentada no gráfico 2.9. A
diferença de satisfação em termos do perfil ideológico dos inquiridos é
plausivelmente explicada pelo facto do governo ser neste momento de centro-
direita. Finalmente, verifica-se ainda que a frequência com que se discute política
produz um efeito positivo na avaliação da democracia europeia, mas não na
nacional.
2.4 Estratégias de comunicação
Os portugueses encontram-se entre os cidadãos da UE mais insatisfeitos
com a vida em geral e dos que mais fazem previsões negativas para 2004, quer em
relação à sua vida privada, quer em relação à situação do seu país. Embora as
percentagens de insatisfação da média dos quinze seja inferior em todas as
questões analisadas, é de salientar que paira um clima de alguma preocupação com
a situação económica e no emprego no seio dos países membros. Prova disso é
também o facto do emprego ter sido considerado pelos cidadãos dos 15 como
principal problema do seu país.
Se as expectativas para 2004 não são do âmbito da estratégia de
comunicação da UE, o mesmo não se poderá dizer em relação à confiança que os
portugueses depositam na União, nas suas instituições e na avaliação que fazem do
funcionamento da sua democracia. Vejamos por partes. A confiança na UE
propriamente dita, não levanta quaisquer preocupações, uma vez que os
portugueses são, a seguir aos gregos, os cidadãos da União que mais nela confiam.
14
No que respeita a confiança depositada nas várias instituições da UE é
necessário fazer dois comentários. Por um lado, constata-se que estas gozam da
confiança da maioria dos portugueses, em todos os casos em percentagens
superiores à média dos Quinze e que esta é, em geral, superior à confiança
depositada nas instituições nacionais. Por outro lado, é importante salientar a
elevada percentagem de não-respostas a todas as perguntas sobre a confiança nas
instituições europeias, sobretudo entre as mulheres e as pessoas pouco instruídas.
Estas, para além de revelarem um alto grau de desconhecimento que seria
importante combater, demonstram que há um grupo considerável de indecisos cuja
decisão vai ser determinante para o delinear da tendência do país.
Além disso, não chega aos 50 por cento a percentagem de cidadãos
satisfeitos com a forma como a democracia funciona na UE, havendo somente 4 por
cento que se sentem muito satisfeitos. À falta de informação junta-se pois, uma
certa insatisfação com a forma como funciona a democracia na UE. A disseminação
de informação sobre a UE, bem como a divulgação dos esforços para tornar o
processo de tomada de decisões da UE mais democrático, devem ser uma
preocupação central da estratégia de informação. Esta informação, como veremos
mais adiante, deverá ser veiculada de preferência através da televisão ou dos
jornais, que são os meios de comunicação preferidos dos portugueses para receber
informação sobre a UE.
15
3 – Atitudes em relação à União Europeia
O EB60.1 colocou também uma série de questões relacionadas com atitudes
difusas e instrumentais perante a UE, identidade nacional e europeia e a avaliação
que os inquiridos fazem do papel dos Estados Unidos da América e da União
Europeia na política internacional.
3.1 – Portugal na União Europeia: atitudes difusas e instrumentais
A maioria dos portugueses considera o facto de Portugal fazer parte da UE “uma coisa boa”: essa é a opinião de 55 por cento dos inquiridos no EB60.1. Trata-se de uma percentagem acima da média europeia (48 por cento) e de
algumas opiniões públicas mais “eurocépticas” (como a britânica, na qual apenas 28
por cento acham que pertencer à UE é “uma coisa boa”).
Ainda assim, ao contrário do que sucedia no anterior semestre, é uma
percentagem ligeiramente inferior à registada noutros estados-membros da Europa
do Sul: 62 por cento dos espanhóis e dos gregos inquiridos consideram a pertença
dos seus países à UE “uma coisa boa”. De facto, em matéria de atitudes afectivas favoráveis por parte dos portugueses, há uma queda de 5 por cento em relação ao Eurobarómetro anterior – um dado comum à média Europeia (caiu de
54 para 48 por cento o número de inquiridos que consideram que fazer parte da UE
é “uma coisa boa”).
No entanto, estes dados não podem deixar de ser relativizados. Com efeito,
este fenómeno parece acentuar-se em períodos de crise económica europeia e
(por arrasto) nacional. Em Portugal, entre Abril de 1991 e Novembro de 1993, a
percentagem de inquiridos que consideravam a pertença à UE “uma coisa boa”
também desceu de 79 para 59 por cento (ainda inferior à actual); a média da UE,
para a mesma questão e mesmo período, baixou de 71 para 57 por cento.
Ainda mais favoráveis parecem ser as atitudes instrumentais. Inquiridos sobre se Portugal beneficiou ou não com o facto de ser membro da UE, 65 por cento dos portugueses consideram que o país beneficiou com a adesão à UE (então CEE). Aqui estamos perante uma percentagem em tudo
idêntica à verificada em Espanha (66 por cento), embora inferior à observada na
Grécia (75 por cento). Mais uma vez, o Reino Unido, a par dos países escandinavos
e, nesta questão, dos maiores contribuintes (Alemanha e França), destaca-se pela
avaliação menos favorável do processo de integração. Tanto na Europa em geral
16
(menos 4 pontos) como em Portugal (menos 3 pontos) nota-se também aqui uma
certa descida de atitudes favoráveis.
Importa ainda sublinhar que esta diferença entre atitudes afectivas e
instrumentais em relação à UE não é nova no contexto português: é uma tendência
que se tem registado desde que se começou a aplicar o Eurobarómetro entre nós,
como se pode observar pelo gráfico 3.1. É também neste sentido que vão as
conclusões de um estudo recente3.
Gráfico 3.1 Evolução de atitudes instrumentais e afectivas em relação à UE, 1989-2003 (%s de inquiridos)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1989 1990 1991 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Portugal ("uma coisa boa") UE ("uma coisa boa")Portugal ("beneficiou") UE ("beneficiou")
Estas atitudes difusas e instrumentais parecem essencialmente
condicionadas por variáveis atitudinais, como a satisfação com a democracia
europeia e a confiança na União Europeia. Por outro lado, embora sem o mesmo
valor estatístico, os mais instruídos, os homens, os mais jovens e aqueles que
mostram maior interesse pela política também tendem a revelar atitudes mais
positivas (gráfico 3.2.).
Aliás, de uma maneira geral, os portugueses têm uma imagem positiva ou
muito positiva da UE: é essa a posição de 61 por cento dos inquiridos, apesar de se
3 Como nota Marina Costa Lobo, «the greatest consensus elicited toward the EU is instrumental, with levels of diffuse affective support for the EU being lower, although high in comparative perspective», in Lobo, Marina Costa (2003), «Portuguese Attitudes Towards EU Membership: Social and Political Perspectives», in South European Society & Politics, vol. 8, numbers 1-2, p. 114.
17
ter colocado como hipótese, para além da imagem negativa e muito negativa, a
imagem “neutra”. Note-se que, para a mesma questão, a média da UE é de apenas
44 por cento.
De facto, a opinião pública portuguesa é, a seguir à irlandesa, aquela que tem uma imagem mais positiva da UE. De resto, o “ranking” confirma as
tendências habituais em questões relacionadas com a imagem ou a afectividade
que a UE suscita: a Europa do Sul, a Bélgica e o Luxemburgo destacam-se
normalmente pelas atitudes favoráveis.
Comparando com o EB anterior poder-se-á dizer que, ao nível da imagem, o
que se verifica é, no essencial, um padrão de estabilidade: há seis meses, 63 por
cento dos portugueses manifestavam ter uma imagem positiva ou muito positiva da
UE, enquanto a média da UE era de 47 por cento. Mesmo no contexto regional da
Europa do sul, a única oscilação significativa registada prende-se com o caso
espanhol: aumentou em 5 por cento o número de espanhóis que têm uma imagem
positiva ou muito positiva da UE.
Gráfico 3.2. Atitudes dos portugueses em relação à União Europeia (por grupos), 2003 (%s; pergunta de resposta múltipla)
78
69
89
80
65
55
87
80
94
85
76
65
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Inquiridos muito satisfeitos com a sua vida
Inquiridos que tendem a confiar na União Europeia
Inquiridos muito satisfeitos com democracia na EU
Inquiridos dos 15 aos 24 anos
Homens inquiridos
Portugal
Pertencer à UE é "uma coisa boa" Portugal beneficiou com a adesão à UE
Em ordem a aprofundar de que forma se traduz a imagem que os europeus
têm da UE, o EB60.1 confrontou ainda os inquiridos com um conjunto de questões
que remetem para as representações e os sentimentos que a UE suscita nos
18
cidadãos. Destacando-se, mais uma vez a par do Reino Unido como a opinião
pública que tende a apresentar maior número de não-respostas ou maior
percentagem no campo “não sabe, não responde”, a opinião pública portuguesa
nem sempre acompanha as médias europeias quanto ao que a UE representa.
Em termos comparativos, nas representações que fazem da UE os portugueses parecem privilegiar assuntos relacionados com a sua segurança económica em detrimento de temas culturais ou de questões que remetem para a segurança internacional. De acordo com o gráfico 3.3, a percentagem de
portugueses para quem a UE representa prosperidade económica (23 por cento),
desemprego (19 por cento) e protecção social (13 por cento) é sempre superior à
média europeia. Neste sentido, comparando com a média europeia, são poucos os
portugueses que tendem a olhar para a UE como um espaço de “desperdício de
dinheiro” (9 por cento) ou de “burocracia” (6 por cento).
A moeda única (41 e 48 por cento) e a liberdade de circulação de pessoas (34 e 49 por cento) estão entre os tópicos mais apontados tanto pelos portugueses como pelos europeus no seu conjunto, embora, a nível europeu,
seja de sublinhar o facto de a moeda única, em circulação quotidiana há já quase
dois anos, surgir com uma intensidade maior do que no semestre anterior (situava-
se então nos 43 por cento). Pelo contrário, em média, os portugueses olham
bastante menos que o conjunto dos europeus para a UE enquanto espaço de
“diversidade cultural” (14 contra 28 por cento) ou de “paz” (19 contra 32 por cento),
embora tanto num caso como noutro se verifique um crescimento da associação
destas representações à União Europeia.
19
Gráfico 3.3. O que representa a União Europeia, 2003 (%s; pergunta de resposta múltipla)
41
34
23
19
19
19
14
14
13
12
9
9
6
1
48
49
18
27
15
32
23
28
11
16
15
24
22
2
0 10 20 30 40 50 60
Euro
Liberdade para viajar, estudar e trabalhar na UE
Prosperidade económica
Uma voz mais forte no Mundo
Desemprego
Paz
Falta de controlo nas fronteiras
Diversidade cultural
Protecção social
Mais criminalidade
Perca de identidade nacional
Desperdício de dinheiro
Burocracia
Outra
Portugal Média UE
Finalmente, apresentava-se um conjunto de sete “sentimentos” que,
hipoteticamente, a UE poderia despertar junto dos cidadãos dos Estados-membros:
uns de significado positivo (“esperança”, “confiança” e “entusiasmo”), e outros de
significado tendencialmente negativo (“indiferença”, “desconfiança”, “rejeição” e
“ansiedade”). De uma maneira geral, pode dizer-se que, a nível europeu, os sentimentos positivos são mais frequentemente referidos do que os negativos, sendo esta uma pergunta de resposta múltipla. O sentimento de
esperança aparece à frente bastante destacado, como revela o gráfico 3.4: esse é
o sentimento que a UE desperta para 44 por cento dos portugueses e 38 por cento
no conjunto dos europeus.
20
Gráfico 3.4 . Sentimentos que a União Europeia desperta, 2003 (%s; pergunta de resposta múltipla)
44
21
9
16
15
4
2
38
20
6
21
19
18
6
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Esperança
Confiança
Entusiasmo
Indiferença
Desconfiança
Ansiedade
Rejeição
Portugal Média UE
Nos restantes sentimentos elencados observa-se, mais uma vez, que a
União Europeia desperta nos portugueses um índice de sentimentos positivos acima
da média da UE, tal como já se tinha verificado para as questões anteriores. Os
portugueses sensivelmente os mesmos níveis de confiança e entusiasmo pela UE
do que a média das opiniões públicas europeias: 21 contra 20 e 9 contra 6 por
cento, respectivamente. A grande diferença prende-se com o sentimento de
“ansiedade”: os portugueses estão bem menos ansiosos do que os restantes
europeus em matéria de União Europeia: 4 contra 18 por cento.
E se fosse anunciado amanhã que a União Europeia tinha sido abandonada?
Qual seria o sentimento partilhado pela maioria dos portugueses? Esta foi outra
pergunta lançada no último Eurobarómetro. Uma vez mais, os portugueses
destacam-se pela manifestação de sentimentos favoráveis à continuação do projecto europeu: 49 por cento dos portugueses teria muita pena se isso acontecesse contra 37 por cento na média da UE. Para esta questão, e no
quadro dos países da Europa do sul, os portugueses superam claramente os
espanhóis (36 por cento) e os gregos (43 por cento), sendo ligeiramente
ultrapassados pelos italianos (51 por cento).
Pelo contrário, e confirmando dados anteriores, os britânicos (29 por cento) e
os escandinavos (30 por cento entre os finlandeses) são aqueles que mais
21
frequentemente reconhecem que se sentiriam “aliviados” perante tal cenário. Em
relação ao apoio a uma união política europeia as tendências são semelhantes. No
entanto, aqui os portugueses (65 por cento a favor) são ultrapassados por
espanhóis (67 por cento) e gregos (74 por cento), embora sempre acima da média
da UE (53 por cento).
Directamente relacionada com o aprofundamento do projecto europeu está a
questão da “velocidade” do processo de integração europeia. Sobre este ponto, o
EB60.1 colocou a questão de acordo com duas perspectivas: a perspectiva da
“velocidade” com que o processo tem decorrido e a perspectiva da “velocidade” com
que devia decorrer. Numa escala de 1 a 7, em que o 1 corresponde à situação de
“parada” e 7 a “a avançar o mais rapidamente possível”, os portugueses estão
mais próximos de considerar que a construção Europeia está “parada” do que “a avançar o mais depressa possível”: 42 contra 16 por cento.
Isto é, aliás, perfeitamente coerente com as respostas dadas a propósito da
velocidade que devia pautar o processo de construção Europeia: 67 por cento dos portugueses estão mais inclinados a considerar que o aprofundamento da UE deve avançar o mais rapidamente possível. 27 por cento dos portugueses
autoposicionam-se mesmo nesse extremo da escala, só sendo superados pela
opinião pública da Grécia (41 por cento nessa posição).
É de sublinhar que, tanto em relação à velocidade efectiva como em relação
à que deveria existir, a percentagem de “não sabe” é bastante acima da média
Europeia, o que torna ainda mais expressiva a percentagem de inquiridos que
manifestam atitudes favoráveis a uma aceleração do projecto europeu.
3.2 – Identidade nacional e europeia Para explorar o conceito de cidadania Europeia, é importante perceber como
é que os portugueses se vêem num futuro próximo: se apenas como portugueses,
como portugueses e europeus ou até só como europeus. A percentagem daqueles
que se consideram pelo menos parcial ou totalmente europeus é ligeiramente
inferior à que se consideram apenas portugueses. Mais de metade dos inquiridos
vêem-se unicamente “como portugueses” (51 por cento), 43 por cento “como portugueses e europeus”, 3 cento como “europeus e portugueses” e 2 por cento só “como europeus”. Em média, na União Europeia, há mais inquiridos que
se vêem como cidadãos nacionais e europeus (47 por cento) do que exclusivamente
como cidadãos do seu país (39 por cento).
22
Há, portanto, bastante a fazer em matéria de construção de uma identidade
europeia em Portugal: como se disse atrás, e como se observou noutras ocasiões, a adesão dos portugueses ao projecto europeu parece assentar mais numa base instrumental e material do que afectiva ou cultural. Mas não se pense que
este é uma questão exclusivamente portuguesa. Mesmo sem citar os casos
britânico e finlandês, onde o nacionalismo anti-europeu é muito intenso, podemos
ver, através do gráfico 3.5, que a Grécia, outro país “de coesão” que revela atitudes
tendencialmente favoráveis à ideia de integração europeia, neste ponto revela,
maioritariamente, a mesma opção pela identidade exclusivamente nacional.
Gráfico 3.5. Como se vêem os portugueses e outros europeus num futuro próximo, 2003
51
43
3 2
51
42
42
29
59
64
39
47
73
0
10
20
30
40
50
60
70
Como cidadão do meu país Como cidadão do meu país eeuropeu
Como europeu e cidadão do meupaís
Como europeu
Portugal Grécia Espanha Média UE
Algumas variáveis sócio-demográficas ajudam a explicar as identidades
socio-políticas dos inquiridos: os inquiridos com níveis de escolaridade e rendimento
superiores identificam-se mais facilmente com a União Europeia, mas também aqui
a confiança na UE e o facto de discutir política com mais frequência potenciam
atitudes mais favoráveis à consolidação de uma identidade europeia.
O EB60.1 também nos permite comparar o orgulho que os inquiridos sentem
por serem portugueses e europeus. Tanto no que se refere ao orgulho nacional
como ao orgulho europeu, podemos dizer que os portugueses se situam
perfeitamente na média europeia. 41 por cento dos inquiridos nacionais têm orgulho na sua condição de portugueses (a média da UE é exactamente a mesma), enquanto apenas 11 por cento se orgulham de ser europeus (contra
23
13 por cento de média Europeia). Os portugueses estão abaixo da Espanha (17
por cento) e da Grécia (19 por cento) em matéria de orgulho europeu, mas bastante
acima do Reino Unido (8 por cento) ou da Alemanha (8 por cento).
Contudo, embora com diferenças bem mais pequenas, entre os
portugueses parece haver uma tendência para se sentirem mais ligados a realidades territoriais mais próximas: 62 por cento sentem-se ligados a Portugal,
mas essa percentagem sobe quando se trata da região (63 por cento) e da cidade
ou aldeia (66 por cento).
3.3 - Estados Unidos da América e União Europeia na Política Internacional
Logo a seguir à intervenção militar liderada pelos Estados Unidos no Iraque,
o EB anterior colocou uma questão sobre o papel dos EUA no mundo,
nomeadamente quanto à paz, a luta contra o terrorismo e a pobreza, o crescimento
da economia mundial e a protecção do meio ambiente. O EB60.1 voltou a colocar a
mesma questão, aplicando-a desta vez também à UE. Torna-se assim possível
avaliar comparativamente a forma como as opiniões públicas europeias olham para
o papel que os Estados Unidos e a UE têm desempenhado na política internacional.
Relativamente à acção dos EUA na cena internacional, e tal como já
havíamos sublinhado no EB anterior, os portugueses tendem a ser mais críticos
do que a média dos europeus quanto ao papel desempenhado pelos EUA em questões relacionadas com a segurança internacional (luta contra o terrorismo) e menos críticos quando confrontados com o papel dos EUA nas áreas sociais e ambientais da política internacional.
52 por cento dos portugueses avaliam negativamente o papel dos EUA no
que concerne à paz no mundo, e 24 por cento avaliam-no positivamente (contra 27
por cento na média da UE). Por outro lado, 40 por cento consideram negativa a
acção dos EUA na luta contra o terrorismo, enquanto 37 por cento avaliam
positivamente essa acção (contra 43 por cento na média da UE). No que se refere à
dimensão económica da política internacional, as atitudes dos portugueses
coincidem com a média dos europeus: 33 por cento dos portugueses consideram
que os EUA desempenham um papel positivo para o crescimento da economia
mundial contra 34 por cento na média da UE.
Pelo contrário, em temas como a luta contra a pobreza ou a preservação do
ambiente, os portugueses parecem menos exigentes: 26 por cento acham que os
24
EUA têm tido um papel positivo na luta contra a pobreza (quando a média da UE é
de 17 por cento), e 20 por cento acham que o papel dos EUA é positivo para a
conservação ambiental (quando a média da UE é de 14 por cento). No entanto, não
deixa de ser importante sublinhar que estas diferenças de atitude podem dever-se à
percentagem de inquiridos que dizem “não saber” avaliar estas questões. Por
exemplo, convidados a avaliar o papel dos EUA na protecção ambiental, 13 por
cento dos inquiridos portugueses respondem “não saber” (a média europeia é de 9
por cento).
Neste capítulo, só a opinião pública britânica, sempre mais favorável à acção
dos EUA, é que revela atitudes tão “benevolentes”: em matéria de luta contra a
pobreza as percentagens são iguais, como se pode ver pelo gráfico 3.6, e na
questão ambiental a percentagem de britânicos que avaliam positivamente o papel
dos EUA é mesmo inferior à portuguesa: 19 por cento. Em contraste, é a opinião
pública grega, aquela que menos se destaca pelas atitudes favoráveis, como
também mostra o gráfico.
Bem mais positiva é a forma como os europeus avaliam, de uma maneira geral, o papel desempenhado pela UE no mundo. Em praticamente
todas questões seleccionadas (paz, luta contra o terrorismo, luta contra a pobreza) a
acção da UE é avaliada mais favoravelmente do que a dos EUA (gráfico 3.6). A
excepção é a forma como os britânicos vêem o papel da UE na luta contra o
terrorismo, embora mesmo aí a percentagem de inquiridos que a considera positiva
seja bastante expressiva (43 por cento).
Em todas as questões, a maioria dos portugueses faz uma avaliação positiva da acção da UE: é essa a opinião de 65 por cento quanto à paz no
mundo, de 60 por cento na luta contra o terrorismo, de 59 por cento na protecção do
ambiente e de 56 por cento no combate à pobreza e na economia mundial. O
gráfico mostra que se trata de percentagens bastante acima da média da UE e,
normalmente, iguais ou superiores às registadas na Grécia.
25
Gráfico 3.6. Avaliação do papel dos Estados Unidos e da União Europeia no mundo, 2003
24
37
26
65
6056
40
55
26
44 43
29
5
11
5
66
57
47
27
43
17
60
54
36
0
10
20
30
40
50
60
70
Os EUA têm tido umpapel positivo para a
paz no mundo
Os EUA têm tido umpapel positivo na lutacontra o terrorismo
Os EUA têm tido umpapel positivo nacontra a pobreza
A UE tem tido umpapel positivo para a
paz no mundo
A UE tem tido umpapel positivo na lutacontra o terrorismo
A UE tem tido umpapel positivo na luta
contra a pobreza
Portugal Reino Unido Grécia Média UE
Para finalizar, importa perceber, de forma sintética, o que é que condiciona
estas atitudes perante os EUA e a UE. No que respeita aos Estados Unidos repete-
se o fenómeno verificado no EB anterior: é o autoposicionamento ideológico que
mais determina as atitudes. Tendencialmente, quanto mais à direita se posicionam
no espectro político, mais positivamente os inquiridos avaliam a acção dos EUA.
Relativamente à UE, confiança na União Europeia e no seu funcionamento
democrática volta a ser decisiva.
3.4 – Estratégias de Comunicação
De uma maneira geral, os portugueses continuam a revelar atitudes,
sentimentos e representações favoráveis à UE (com níveis bastante acima da média
dos Quinze).
Aparentemente, as oscilações ao longo do tempo devem-se mais à situação
económica e política interna do que a uma crescente tendência para avaliarem
negativamente o processo de integração europeia. Ao mesmo tempo, também
parecem ter uma imagem positiva do papel desempenhado pela UE no mundo, ao
contrário do que se passa em relação aos EUA.
A questão é que a adesão dos portugueses ao projecto europeu assenta
mais numa base instrumental e material do que cultural ou afectiva. A difusão de
26
uma identidade europeia em Portugal parece um grande desafio para a Comissão
Europeia nos próximos tempos, mas isto deve-se mais às tendências “paroquiais”
da população portuguesa (identificação com a região e/ou localidade) do
propriamente à força da “identidade nacional”.
Para isso é importante perceber a que públicos se deve dirigir
prioritariamente e através de que meios. Eventuais campanhas poderão ser
importantes para atingir os inquiridos com níveis de escolaridade e rendimento
inferiores, chamando nomeadamente a atenção para a necessidade de manter a
coesão europeia ante os desafios da actual situação internacional.
27
4. Informação sobre a UE
Este capítulo aborda a relação dos portugueses com a informação que têm
sobre a União Europeia: o seu sentimento de conhecimento sobre a UE; as suas
principais fontes de informação; e também a sua avaliação dos meios de
comunicação em termos de informação sobre a UE. A análise é, sempre que
possível, não apenas comparativa mas longitudinal. Os resultados são também
apresentados para grupos sócio-demográficos específicos, permitindo assim uma
identificação mais precisa dos alvos para futuras estratégias de comunicação, além
de indicar pistas que tornem essas estratégias cada vez mais eficazes.
4.1 Percepções sobre a UE e suas instituições
Os relatórios anteriores indicaram consistentemente que os portugueses
fazem parte dos cidadãos da União Europeia que menos informados se sentem
acerca dos assuntos europeus. Esta tendência é acentuada nesta mais recente
sondagem. Numa escala de 1 a 10, (em que 1 significa que o inquirido sente que
“não sabe nada” sobre a UE e 10 que “sabe muito”), a posição média dos
portugueses é de 3,6. Este é o nível mais baixo de entre os países da União
Europeia e o valor mais próximo (do Reino Unido) situa-se acima, em 3,9.
O gráfico 4.1 apresenta a evolução deste sentimento em comparação com a
vizinha Espanha; com a Áustria, cujos cidadãos são os que se sentem melhor
informados sobre a UE; com a média da União Europeia; e também com a Suécia,
país que apresenta nesta sondagem um aumento substancial para este indicador. O
gráfico torna evidente que – tal como referido em relatórios anteriores – a falta de
conhecimento dos portugueses acerca da UE não pode ser considerado um
fenómeno conjuntural. Os valores médios para Portugal são relativamente
constantes e consistentemente abaixo da média europeia, bem como dos países
apresentados para comparação.
28
Gráfico 4.1: Evolução dos sentimentos dos inquiridos sobre o seu grau de informação sobre a UE, 1999-2003 (valor médio, escala de 1 a 10)
3,8
3,6
3,93,9
5,0
5,3
4,24,4
4,2
4,44,3
4,4
3,63,7
3,6
3,8
4,0
3,94,0
3,8
4,54,64,4
4,34,4
5,35,3
5,1 5,1
5,3
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
1999 2000 2001 2002 Abr-03 Out-03
Portugal Espanha Suécia Áustria Média UE
O declínio do valor médio em relação à última sondagem não é destituído de
interesse. A sondagem coincidiu com um período de exposição atípica aos assuntos
europeus, tendo dois temas em particular sido alvo de debate público: primeiro, a
discussão à volta de uma constituição europeia e a possibilidade de esta ser
referendada em Portugal; segundo, a aplicação dos critérios do pacto de
estabilidade e crescimento (PEC) da zona Euro e seus aparentes efeitos na
economia.
É possível que a falta de conhecimentos aliada à complexidade de questões em
foco tenham conduzido a um sentimento ainda maior de falta de informação sobre a
UE.. Contudo, este resultado não remete necessariamente para uma leitura
pessimista – o sentimento de desconhecimento da União Europeia, aliado à
percepção da sua crescente importância (vide. a percepção generalizada do efeito
dos critérios do PEC sobre a economia), poderá potenciar um anseio por maior
informação acerca da União Europeia.
Vale a pena ponderar as implicações do significativo aumento da posição
média na Suécia. Na medida em que este aumento está associado ao recente
referendo à adesão ao Euro nesse país, um referendo sobre um assunto europeu
(sendo a questão da constituição europeia a mais provável) poderia, caso fosse
levado a cabo, contribuir para uma melhoria significativa do conhecimento dos
portugueses acerca da União Europeia. Contudo, um tal efeito não deve ser
assumido como automático em Portugal. A recente experiência referendária
confirma esta caução – os baixos níveis de participação nos referendos de 1997 e
29
1998 remetem fortemente para baixos sentimentos de informação dos cidadãos
acerca das questões em causa.4
Relatórios anteriores apontaram a existência de grupos onde o sentimento de
desinformação é mais intenso, e tais resultados são confirmados no Eurobarómetro
60.1. O gráfico 4.2 apresenta o sentimento de informação dos portugueses por
género, idade e grau de escolaridade.
Gráfico 4.2: Sentimentos dos inquiridos sobre o seu grau de informação sobre a UE, Outubro 2003 (valor médio, escala de 1 a 10)
4.1
3.2
4.44.2
3.7
2.7
4.9 4.9
4.3
3.1
3.6
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
Homens Mulheres Idade: 15-24 anos
Idade: 25-39 anos
Idade: 40-54 anos
Idade:Mais de55 anos
Terminouestudoscom 20ou mais
anos
Aindaestudante
Terminouestudoscom 16-19 anos
Terminouestudoscom 15
ou menosanos
MédiaNacional
Estas diferenças tornam-se ainda mais salientes quando se considera a
ocupação dos inquiridos. É a categoria dos “quadros” (que representam 3,1% da
amostra) que apresenta o mais alto sentimento de informação, seguida de “outros
empregados de colarinho branco” (8,4% da amostra), enquanto que as posições
médias mais baixas são as dos reformados (26,2% da amostra) e das domésticas
(9,5% da amostra). Para os quadros a posição média é de 5,3 (um valor comparável
à média austríaca), praticamente o dobro dos valores para os reformados (2,6) e as
domésticas (2,7).
Estes resultados pouco ou nada nos dizem acerca do conhecimento real
destes grupos em relação à União Europeia. Aliás, os portugueses apresentam um
4 Baum, Michael e Freire, André (2001), “Political Parties, Cleavage Structures and Referendum Voting: Electoral Behaviour in the Portuguese Regionalization Referendum of 1998”, South European Society & Politics, vol. 6, n.º 1, pp. 1-26. A falta de conhecimento poderá ter sido um factor explicativo da abstenção no caso do referendo da regionalização, enquanto que no caso do referendo do aborto não terá sido esse um factor tão importante.
30
grau relativamente elevado de reconhecimento das instituições da União Europeia e
claramente superior à média europeia, como pode ser constatado no gráfico 4.3:
Gráfico 4.3: Reconhecimento de instituições da União Europeia, Outubro 2003 (% de inquiridos que "já ouviu falar")
89
85
80
77
70
67
51
49
48
91
81
73
64
72
50
35
28
35
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Parlamento Europeu
Comissão Europeia
Banco Central Europeu
Conselho de Ministros
Tribunal de Justiça da UniãoEuropeia
Tribunal de Contas Europeu
Provedor de Justiça
Comité das Regiões
Comité Económico e Social
Portugal Média UE
Contudo, na medida em que o sentimento de conhecimento de um
instrumento está correlacionado com o seu uso, podemos concluir que existem
grupos substanciais em Portugal cujo sentimento de desconhecimento em relação à
União Europeia estará associado a um sentimento de incapacidade de recorrer às
suas instituições, ou seja de sentimento de falta de eficácia política. Este fenómeno
não é exclusivo das instituições europeias, como confirmam os geralmente baixos
níveis de cidadania política dos portugueses, especialmente das suas populações
menos instruídas5. No entanto, é relevante salientá-lo na medida em que aponta
caminhos para futuras estratégias de comunicação. Em particular, sugere não
apenas estratégias direccionadas a certas populações (como as mulheres,
especialmente as domésticas; os reformados; indivíduos com baixos níveis de
instrução; e indivíduos com baixos níveis de rendimento), mas também que estas
tenham em consideração formas de facilitar o exercício da “cidadania europeia” a
estes grupos potencialmente alienados/distantes.
5 Cabral, Manuel Villaverde (2000), “O exercício da cidadania política em Portugal”, Análise Social, vol. XXXV, n.º 154-155, pp. 85-113
31
4.2 Fontes de informação
O gráfico 4.4 apresenta as fontes de informação sobre a União Europeia dos
portugueses.
Gráfico 4.4 Fontes de informação sobre a União Europeia, 2003 (%s; pergunta de resposta múltipla)
2
8
11
8
16
31
20
17
46
21
66
0
1
3
4
8
15
17
17
23
24
74
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Contacto com Deputado/Deputado Europeu
Sindicatos, associações profissionais, outras organizações, reuniões
Livros, brochuras, panfletos, CD-Roms
Agências de informação, gabinetes de informação, painéis de informação
Internet
Rádio
Outros jornais, revistas
Nunca procura este tipo de informações, não está interessado
Jornais diários
Discussões com a família, amigos, colegas
Televisão
Média UE Portugal
Os resultados são particularmente úteis para clarificar futuras estratégias de
comunicação, ressalvando a necessidade de estratégias diferenciadas e específicas
em Portugal, dadas as diferenças que apresenta em relação à média europeia. Os
portugueses apresentam-se como fracos utilizadores das novas tecnologias, sendo
a percentagem inferior a metade da média europeia. Por sua vez, os valores
apresentados para sindicatos, outras organizações e “reuniões”, bem como as
agências e gabinetes de informação, e mesmo o contacto com representantes
políticos também ficam bastante aquém da média europeia.
Se seria de esperar o importante peso dos mass media como fonte de
informação, a verdade é que os resultados para Portugal clarificam o peso da
televisão dentro do panorama dos meios de comunicação. Os portugueses
dependem fortemente da televisão como fonte de informação sobre a União
Europeia, mais do que a média europeia – um padrão que provavelmente se
estende a outros temas informativos. Por sua vez, a magnitude da diferença em
relação à média europeia no que se refere aos jornais vem confirmar dados
32
estatísticos existentes, que revelam os portugueses como fracos consumidores de
jornais.6
Dois outros resultados merecem atenção. Primeiro, os portugueses obtêm
grande parte da sua informação sobre a União Europeia de discussões com amigos
e familiares. Aliás, esta é a segunda fonte em termos de importância para os
portugueses, quando em termos médios europeus esta categoria é ultrapassada
não apenas pela televisão mas também pelos jornais diários e pela rádio. Surge
assim um potencial risco de propagação de interpretações e informações erróneas
acerca da União Europeia, na medida em que a informação obtida via discussões
pode não ser suficientemente confrontada com outras fontes de informação.
Segundo, o facto de cerca de 17% dos portugueses confessar não estar interessado
em informações sobre a União Europeia. Se este valor é praticamente idêntico à
média europeia, não deixa de revelar a alienação de uma parte substancial dos
inquiridos em relação à UE.
Tendo em conta as enormes variações em termos de conhecimento sobre a
UE acima descritas, consideraram-se também as principais fontes de informação de
grupos onde existe um forte sentimento de desconhecimento: as mulheres,
especialmente as domésticas e os idosos. Estes resultados são apresentados no
gráfico 4.5, em comparação com a média nacional.
Gráfico 4.5: Fontes de informação preferidas sobre a União Europeia, 2003(%s; pergunta de resposta múltipla)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Rádio Outros jornais,revistas
Jornais diários Discussões comfamília, amigos,
colegas
Não está interessado Televisão
Mais de 55 anosMulheresDomésticasMédia Portugal
6 Barreto, António (2000), “Portugal e a Europa: quatro décadas”, in Barreto (org.), A Situação Social em Portugal, 1960-1999, volume II, pp.37-74, Lisboa: Instituto de Ciências Sociais
33
Em geral, os dados confirmam as tendências nacionais, por exemplo no que
se refere à posição da televisão como fonte dominante de informação ou ao peso
reduzido dos outros meios de comunicação. No entanto, vale a pena salientar os
valores particularmente elevados entre estes grupos sociais de inquiridos que
responderam que “nunca procuram este tipo de informações; não estão
interessados”, resultado este que se aplica igualmente aos reformados e aos menos
instruídos. Todos estes grupos apresentam um desinteresse sobre a UE
substancialmente mais elevado do que a média nacional. O pico deste desinteresse
encontra-se entre as domésticas e atinge um nível mais de duas vezes superior à
generalidade dos portugueses.7
Tendo em conta que estes grupos são os que menos informados se sentem
sobre a UE, constituindo assim alvos preferenciais de estratégias de comunicação,
este resultado ganha uma relevância adicional. No entanto, este resultado não
justifica necessariamente conclusões de inutilidade de estratégias de comunicação
dirigidas a estes segmentos específicos, podendo também plausivelmente ser vistos
como reflexo do sentimento destes grupos de distanciamento em relação à UE e de
incapacidade de recorrer às suas instituições. Deste ponto de vista, o desinteresse
manifestado por estes grupos por mais informação sobre a UE reflecte a sua
percepção de que esta informação nenhum benefício lhes poderá trazer. Mais uma
vez, a conclusão a tirar é que a estratégia de comunicação para estes grupos não
pode elidir a questão do exercício da sua “cidadania europeia”.
Aos inquiridos que indicaram uma fonte de informação (que não afirmaram
“nunca procurar este tipo de informações” ou “não estar interessado”) foi-lhes
perguntado também sob que forma prefeririam obter informações sobre a UE em
geral. Os resultados, apresentados no gráfico 4.6, reforçam ainda mais a ideia da
posição dominante da televisão como fonte de informação para os portugueses.
Assim, 74% indica a televisão como meio preferido para obter mais informação
sobre a UE, e o segundo meio mais apontado – a rádio – recolhe menos de um
terço das preferências pela televisão. As diferenças em relação à média europeia
são relevantes: se a televisão é também o meio preferido da generalidade dos
europeus, ela aparece num contexto mais diversificado de fontes de informação.
7 Uma análise de regressão logística confirma que o desinteresse das domésticas é significativamente superior à média nacional mesmo quando controlando para variáveis sócio-demográficas como género, rendimento, níveis educacionais e idade.
34
Gráfico 4.6: Fontes de informação preferidas sobre a União Europeia, 2003 (%s; pergunta de resposta múltipla)
5
5
5
15
21
16
11
28
60
3
4
6
10
11
11
12
21
74
0 10 20 30 40 50 60 70 80
CD-Rom
Cassete de video
Terminal de computador com bases de dados
Internet
Panfleto detalhado
Panfleto breve e geral
Livro com descrição completa
Rádio
Televisão
Média Europeia Portugal
4.3 Avaliação dos meios de comunicação social
A sondagem do EB60.1 pedia aos inquiridos que fizessem uma avaliação
dos meios de comunicação social portugueses em relação às questões europeias,
de acordo com dois parâmetros distintos: primeiro, se os meios de comunicação
falavam “demasiado”, “o suficiente” ou “muito pouco” sobre a UE; segundo, se o
faziam de forma “demasiado positiva”, “objectiva” ou “demasiado negativa”. Os
resultados são apresentados nos gráficos 4.7 e 4.8, respectivamente, apresentando
comparações com a média europeia; com a Espanha, devido à sua proximidade
geográfica e histórica em termos de relacionamento com a UE; e com o Reino
Unido, onde os meios de comunicação (especialmente a imprensa escrita) advogam
de forma relativamente explícita posições a favor ou contra a UE.
35
Gráfico 4.7: Os meios de comunicação falam demasiado, o suficiente ou muito pouco sobre a UE(%s)
8
22
17
11
38
50
35
4441
22
3437
0
10
20
30
40
50
60
Portugal Espanha Reino Unido Média UE
Demasiado A quantidade certa Demasiado pouco
Gráfico 4.8: Os meios de comunicação falam da UE de forma demasiado positiva, objectiva ou demasiado negativa? (%s)
16
40
12
23
46
38
35
41
13
4
27
12
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Portugal Espanha Reino Unido Média UE
Demasiado positiva Objectiva Demasiado negativa
Os resultados em termos do primeiro parâmetro indicam um contraste entre
a opinião pública portuguesa e tanto a média europeia como a da vizinha Espanha
(e até a do Reino Unido), na medida em que a avaliação mais frequente dos
portugueses é de que os seus meios de comunicação não falam suficientemente
sobre a UE. Assim, 41% dos portugueses exprime essa opinião, contra apenas 37%
dos europeus, 34% dos britânicos e 22% dos espanhóis. Se 72% dos espanhóis e
55% dos europeus consideram que os seus meios de comunicação falam
demasiado ou a quantidade certa sobre a UE, em Portugal este valor é
consideravelmente mais baixo, não excedendo sequer a metade dos inquiridos, ou
36
alternativamente, da baixa capacidade crítica dos portugueses. Poder-se-ia
interpretar este resultado como reflexo dos baixos níveis de sentimento de
conhecimento sobre a UE dos portugueses. Contudo, essa conclusão não é
confirmada pelos dados, não havendo uma correlação significativa entre o
sentimento de conhecimento e a avaliação feita aos meios de comunicação. A
necessidade de novas estratégias para atingir os grupos mais alienados do campo
informativo fica novamente patente: os grupos que mais consideram que os meios
de comunicação “falam demasiado” sobre a UE são precisamente as mulheres, os
idosos, os menos instruídos, as domésticas e os reformados.
Em termos da sua avaliação da objectividade dos meios de comunicação, os
portugueses apresentam resultados semelhantes, ainda que menos críticos, à
média europeia. Esta avaliação está correlacionada com a confiança que os
portugueses depositam nos meios de comunicação, normalmente bastante elevada
– os dados indicam correlações significativas entre a avaliação de objectividade e a
confiança quer na imprensa escrita como na rádio. Uma interpretação plausível
deste resultado é que a objectividade atribuída aos meios de comunicação reflecte a
confiança que estes inspiram. Em termos comparativos, o contraste surge em
relação à Espanha e ao Reino Unido. No caso do Reino Unido este resultado pode
reflectir o predomínio da posição “eurocéptica” quer na imprensa popular como na
de referência.
4.4 Estratégias de Comunicação
Os resultados apresentados confirmaram a tendência para diferenças
significativas entre grupos sócio-demográficos no que diz respeito ao seu
sentimento de conhecimento sobre a UE: as mulheres, especialmente as
domésticas; os reformados; os indivíduos com baixos níveis de instrução e com
baixos níveis de rendimento são aqueles que se sentem sistematicamente menos
informados sobre a UE. Estes coexistem com grupos que se sentem relativamente
bem informados sobre a UE, entre os quais se salientam os quadros, que
apresentam médias ao nível da população do país que melhor informado se sente a
nível europeu, a Áustria. Estes resultados sugerem nitidamente a necessidade de
estratégias cuidadosamente delineadas, de modo a atingir os segmentos menos
informados.
37
Ora, são também estes grupos os que mais afirmam não ter interesse ou
nunca procurar informação sobre a UE. A obtenção de informação implica
necessariamente custos – quanto mais não seja, o tempo despendido para obter
essa informação. Nesta óptica, um indivíduo sentir-se-á motivado para procurar
informação caso os proveitos que espera excedam os custos de obtenção. Como
tal, a decisão de obter informação não depende apenas dos custos e proveitos
objectivos dessa acção – ela vai depender também da percepção dos custos e
proveitos. Assim, não procurar informação pode ser interpretado como uma opção
racional, reflectindo uma estimativa do custo de obtenção de informação que excede
a estimativa do seu benefício.
A solução em termos de estratégia de comunicação tem que ser dupla,
portanto: não basta facilitar a obtenção de informação (o que equivale a reduzir o
seu custo). As estratégias de informação devem melhorar na vertente dos
benefícios também. Tendo em conta os baixos níveis de cidadania política dos
portugueses em geral e de certos grupos em especial, é possível que a sua
estimativa do benefício da informação seja virtualmente nula. Neste caso, é preciso
também demonstrar a estes grupos a utilidade concreta da UE para o seu bem-
estar. Na medida em que esta avaliação está correcta, as futuras estratégias de
informação deverão procurar transmitir os benefícios tangíveis que a UE traz,
especialmente para os grupos que se sentem mais alienados. Tais estratégias de
informação terão contra elas o fraco exercício de cidadania política em Portugal.
Alterar hábitos enraizados é um processo complexo e moroso, exigindo um
processo sistemático e continuado de informação, que deverá começar pelas
instituições escolares.
Este processo de informação parece no entanto ser facilitado por dois
aspectos salientados nesta sondagem: primeiro, os portugueses na sua maioria
consideram que os meios de comunicação são objectivos na abordagem da UE;
segundo, acham que estes não falam suficientemente sobre a UE. O uso dos meios
de comunicação surge assim claramente como instrumento privilegiado para
estratégias de informação sobre a UE. Entre os meios de comunicação prevalece a
televisão, que surge como fonte de informação dominante para os portugueses. Tal
tendência é acentuada quando se considera os grupos que menos informados se
sentem, reforçando a conclusão de relatórios anteriores em relação ao papel da
televisão nas estratégias de informação sobre a UE.
38
5 – Processo de Integração Europeia: Âmbito e Perspectivas de Reforma
Esta última parte debruçar-se-á sobre o processo de integração europeia,
seu âmbito e perspectivas de reforma. Procuraremos analisar o papel da UE nas
políticas públicas e a abertura dos portugueses para maior partilha de soberania em
determinadas áreas. A política externa e de segurança comum, a política de defesa
e o alargamento também serão objecto de análise. Finalmente, tendo em conta que
a última cimeira Intergovernamental não foi conclusiva, pensámos que seria
importante dedicar de novo um ponto do relatório à análise das atitudes dos
portugueses em relação às reformas institucionais.
5.1 O Papel da UE nas Políticas Públicas
Relativamente ao papel da UE nas políticas públicas, o EB60.1 começa por
propor aos inquiridos que avaliem (positiva, negativa ou muito negativamente) a
forma como a UE influencia várias áreas da governação: políticas, económicas,
sociais e ambientais.
A percentagem de inquiridos portugueses que considera positiva a acção da
UE na luta contra a criminalidade (36 por cento), na política de transportes públicos
(24 por cento), na fiscalidade (15 por cento), na inflação (16 por cento) ou nas
pensões (15 por cento) é praticamente igual à verificada na média da UE.
As diferenças em relação à média da UE resultam essencialmente do grau de maior ou menor preocupação dos portugueses face a determinados temas. Num momento marcado pela crise económica e pelo desemprego, como é o actual, é compreensível que os portugueses não avaliem tão positivamente o papel desempenhado pela UE na situação económica ou no domínio do emprego: apenas 27 por cento consideram positivo o papel da UE na
situação económica e 47 por cento avaliam negativamente a acção da UE em
matéria de desemprego.
Na luta contra o terrorismo, na política externa, na defesa ou no ambiente a
percepção do papel positivo desempenhado pela União Europeia também não é tão
forte como a média da UE, mas nas três últimas questões isso pode dever-se mais
à indiferença quanto aos temas do que a uma avaliação propriamente negativa.
Note-se que, tal como em Eurobarómetros anteriores, os portugueses são os que
39
mais respondem “não saber” avaliar a influência da UE, com números muito
próximos dos do Reino Unido.
Peguemos, a título de exemplo, numa questão. Inquiridos sobre se a União
Europeia deveria ter uma política de imigração comum, 23 por cento dizem que “não
sabe”. A média da UE de não respostas é de 15 por cento. É evidente que há
diferenças entre grupos: as mulheres e os menos instruídos tendem a responder
com maior frequência que “não sabem”. (Já no Reino Unido é o menor grau de
socialização política, nomeadamente o facto de não se discutir política com amigos,
que potencia este tipo de respostas.)
No entanto, a avaliação negativa feita nas áreas da saúde e da educação
não se deve certamente a um sentimento de indiferença, pois estão há muito
identificados como temas que preocupam os portugueses, mas sim a uma visão
crítica das políticas nacionais nessas áreas. Curiosamente, na habitação e na
imigração, um tema que preocupa crescentemente os portugueses, a comparação
com a média da UE ainda é favorável à acção da União Europeia.
Sendo esta a opinião dos portugueses acerca de áreas das políticas públicas
que, tendencialmente, são responsabilidade dos governos nacionais, o que pensam
os inquiridos da hipótese de certas medidas serem tomadas em conjunto com a
UE? No fundo, trata-se agora de saber até que ponto e em que domínios os
portugueses estão disponíveis para partilhar soberania com a UE.
Em primeiro lugar, é justo frisar que a esmagadora maioria dos
portugueses (60 por cento) são a favor de uma União Europeia responsável por assuntos que não possam ser conduzidos com eficácia pelos governos nacionais, regionais e locais. Em média é também essa a opinião de 60 por cento
dos europeus.
No gráfico 5.1 estão apresentadas as áreas definidas pela Comissão
Europeia como as mais importantes deste Eurobarómetro. Como se pode ver, as diferenças não são significativas em relação à média da UE, nomeadamente no
que se refere à partilha de soberania na política de defesa (50 por cento) e no
combate ao crime organizado (71 por cento, contra 69 no EB anterior). Por outro
lado, em assuntos que implicam solidariedade internacional e chegada de cidadãos
estrangeiros ao território nacional, como a imigração, o asilo ou o acolhimento de
refugiados, os portugueses, mais do que os europeus (em média), preferem que as
respectivas políticas sejam tomadas em conjunto.
40
Gráfico 5.1 . Apoio a tomada de decisões em conjunto no seio da UE, 2003(% de concordância)
50
66
55 57
71
59
50
72
51 53
71
53
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Defesa Política externa Imigração Asilo político Crime organizado Acolhimento derefugiados
Portugal Média UE
No entanto, entre os portugueses inquiridos, as opiniões não são
inteiramente homogéneas. Por exemplo, através de uma análise mais aprofundada
verificou-se que os inquiridos mais satisfeitos com a vida que levam e os que
confiam na UE são aqueles que estão mais abertos à ideia de delegar na União
Europeia funções que não podem ser desempenhadas com eficácia nos planos
nacional e local.
5.2 – Política Externa e de Segurança Comum, Política de Defesa e Alargamento
Como é sabido, a UE já possui uma Política Externa e de Segurança Comum
(PESC) e uma política Europeia de Defesa. No que se refere à partilha de soberania
na política de defesa (50 por cento), as diferenças não são significativas em relação
à média da UE ou em relação aos dados do EB anterior. A partilha de soberania na área da defesa continua a dividir os portugueses. Por outro lado, a política
externa comum não parece motivar da mesma maneira os portugueses (66 por
cento) e o conjunto dos europeus (72 por cento). Ainda assim, é importante
assinalar que a adesão dos portugueses em relação à PESC parece estar a crescer: no semestre anterior a concordância era de 62 por cento.
41
Nos últimos tempos tem-se vindo a debater em que medida essas políticas devem ser aprofundadas. O EB60.1 propôs aos inquiridos que dessem a sua
opinião sobre várias ideias que estão neste momento a ser equacionadas.
O gráfico 5.2 mostra o grau de concordância com cinco afirmações
colocadas pelo último EB sobre estas matérias. Embora com níveis de concordância tendencialmente mais baixos do que os registados para a média da UE, nota-se que a maioria dos portugueses é a favor da integração a vários
níveis, como por exemplo a adopção de “uma posição comum em crises
internacionais” (73 por cento), a “autonomia em relação aos EUA” (69 por cento), a
criação de “uma força militar de reacção rápida” (66 por cento) e “a existência de um
ministro europeu dos Negócios Estrangeiros” (57 por cento) ou, ao contrário do que
sucede no conjunto dos europeus inquiridos, a “possibilidade de os Estados que
optaram pela neutralidade terem uma palavra a dizer na política externa da UE” (55
por cento). Já sobre a possibilidade de a União Europeia vir a estar representada no
Conselho de Segurança das Nações Unidas, trata-se de uma hipótese que reúne
igual consenso entre portugueses (63 por cento) e média dos europeus (64 por
cento).
Gráfico 5.2. Concordância com afirmações relacionadas com Política Externa e de Defesa Europeia, 2003
55
57
66
69
73
47
63
69
73
81
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Os estados membros que optarampela neutralidade deveriam ter uma
palavra a dizer na política externa daUE
A UE deveria ter o seu ministro dosNegócios Estrangeiros
A UE deveria possuir uma forçamilitar de reacção rápida
A política externa da UE deveria serautónoma da política externa
americana
Em crises internacionais, os estadosmembros da UE deveriam ter uma
posição comum
Portugal UE
Contudo, é importante reforçar a ideia de que as diferenças que se observam na comparação com a média da UE não se devem tanto a maiores níveis de discordância por parte da opinião pública portuguesa em relação à
42
política externa e de defesa, como sobretudo à percentagem de inquiridos que, nas diferentes questões, respondeu “não saber”. “Não saber” não
representa evidentemente uma atitude negativa, mas antes desinteresse ou falta de
informação. É um dado persistente nos Eurobarómetros que, ao longo do tempo,
foram sendo aplicados em Portugal. De resto, se analisarmos os dados relativos ao
semestre anterior, podemos facilmente concluir que as atitudes dos portugueses se
mantêm estáveis nos domínios das políticas externa e de defesa europeias (as
percentagens nunca variam acima dos 3 por cento).
Relacionada com esta temática está a questão de saber se as decisões que
dizem respeito à política europeia de defesa devem ser tomadas pelos governos
nacionais ou, numa lógica multilateral, pela NATO ou pela União Europeia. É outra
pergunta recorrente nos últimos Eurobarómetros.
Para 32 por cento dos portugueses, a política de defesa deve ser reservada
ao governo nacional (a média da UE é relativamente mais baixa: 24 por cento).
Apenas 7 por cento apostam na NATO (contra 15 por cento na média da UE) e 46
por cento na partilha de soberania com a União Europeia (a média da UE aqui é
idêntica: 45 por cento). Portanto, a diferença na comparação com as opções médias dos europeus é bastante mais negativa do ponto de vista da aliança atlântica do que propriamente em termos de construção europeia. Em matéria de defesa, o “nacionalismo” dos portugueses só é superado pela Finlândia (46 por cento), Suécia (37 por cento) e Áustria (36 por cento). Se compararmos com
o EB anterior podemos concluir que a opção que mais cresceu foi mesmo a
“nacional” (EB59: 27 por cento) e não a opção Europeia (EB59: 49 por cento) ou
transatlântica (EB59: 8 por cento).
Antes de passarmos para o próximo ponto, devemos ainda debruçar-nos um
pouco sobre a problemática do alargamento da União Europeia. O alargamento é
hoje um dado adquirido. Neste Eurobarómetro não se perguntou aos inquiridos se
eram a favor ou contra, mas sim que tipo de alargamento preferiam: alargar a todos
os países que o desejem, alargar só a alguns países ou não alargar a nenhum país.
Portugal continua a ser dos países cujas opiniões públicas estão mais abertas a um alargamento a todos os países: essa é a opinião de 31 por cento
dos portugueses, enquanto só 25 por cento dos europeus, em média, partilham
dessa opção. Esta opinião nacional é especialmente intensa entre os indivíduos que
confiam na EU, que estão satisfeitos com a democracia e que auferem rendimentos
mais baixos. Mais favoráveis a um alargamento a todos os países são as opiniões
públicas espanhola, italiana e sueca, como revela o gráfico 5.3.
43
O mesmo gráfico indica também que são os países da Europa do Sul e da
coesão os que menos a tendem a revelar atitudes negativas sobre o alargamento.
Mas, curiosamente, nesta questão não são os escandinavos e os britânicos que
mais discordam: são precisamente as opiniões públicas dos países fundadores da
União Europeia – entre eles grandes contribuintes da UE como a França e
Alemanha – que preferem a opção “não alargar a nenhum país”.
Gráfico 5.3. Preferências nacionais quanto ao tipo de alargamento, 2003
41
33 32
27 27
23 23 2321 20
1816
1412 11
6
3538
43 4341 41
26
37
28
50
58
36
32
38
57
34
12
1815
19
15
29
37
2528
23
18
31
37
30
22
38
França Bélgica Luxemburgo Austria Alemanha Finlândia Suécia Média UE Reino Unido Holanda Dinamarca Portugal Itália Irlanda Grécia Espanha
% não alargar % alargar só a alguns países % alargar a todos os países
5.3 A reforma das instituições europeias
Portugal mantém-se entre os países da UE cuja população confere maior prioridade à reforma da UE. 68 por cento dos portugueses é dessa opinião.
Essa percentagem, idêntica à da Irlanda, é superada apenas pela Dinamarca (75
por cento) e pela Grécia (70 por cento).
Considerando a mesma questão de um ponto de vista longitudinal, verifica-
se que, desde 1999, mais de metade dos portugueses tem-se mantido
invariavelmente favorável à mudança da organização e do funcionamento das
instituições europeias. O ano de 2002 marcou o acentuar dessa ideia, com uma
subida de 10 pontos percentuais em cerca de seis meses. Este aumento do
interesse pela reforma das instituições europeias deveu-se provavelmente à
divulgação dos trabalhos da Convenção Europeia sobre o Futuro da Europa que
44
tiveram início nesse ano.
A média da UE, pelo contrário, tem-se mantido estável, rondando os 50 por
cento de concordância com a prioridade.
Gráfico 5.4 Reformar as instituições da UE: uma prioridade?, 1997-2003 (% de inquiridos que considera uma prioridade)
20
30
40
50
60
70
80
1997 1998 1999 2000 2001 2001 2002 2003
Portugal Média UE
Dentro da sociedade portuguesa, as pessoas que tendem a considerar a
reforma como menos prioritária são as que têm uma imagem menos positiva da UE,
as que auferem rendimentos mais elevados e as mulheres.
Nos dias 12 e 13 de Dezembro de 2003, ocorreu em Bruxelas a Conferência
Intergovernamental. Os 25 países que nela participaram (os 15 estados membros,
mais os 10 futuros estados) não chegaram a acordo sobre o tratado que pretendia
estabelecer uma Constituição para a Europa, cujo projecto tinha sido aprovado por
consenso pela Convenção Europeia. A avaliar pelas respostas à pergunta “pensa
que a UE deveria ter uma Constituição”, a maioria dos cidadãos dos Quinze (62 por
cento) está insatisfeita com o insucesso da conferência. Parece portanto ser do seu
agrado que as negociações continuem a partir de Janeiro de 2004, sob a
responsabilidade da futura presidência irlandesa, como está previsto.
Embora com uma percentagem mais modesta (55 por cento), também os
portugueses se manifestam maioritariamente favoráveis à constituição europeia. Entre estes encontram-se sobretudo as pessoas que têm uma imagem
45
positiva da UE e os mais jovens8. De realçar a elevada percentagem de não
respostas a esta questão por parte dos portugueses (36 por cento), superada
somente pela Irlanda (40 por cento) e pelo Reino Unido (38 por cento), o que
dificulta a comparabilidade com os outros países. Estes resultados não são de todo
surpreendentes, uma vez que no Eurobarómetro anterior, a partir da análise
objectiva de questões que mediam o nível de conhecimento dos inquiridos sobre a
Convenção, detectou-se que a maioria dos portugueses (bem como dos restantes
cidadãos da UE) não respondeu ou respondeu incorrectamente ao teste.
Gráfico 5.5 Pensa que a UE deveria ou não ter uma Constituição?
48
49
53
63
63
64
65
67
68
74
74
10
15
16
9
8
6
13
9
10
8
9
6
33
14
33
5
55
62
66
46
60
Dinamarca
Reino Unido
Finlândia
Irlanda
Portugal
França
Média UE
Alemanha
Suécia
Áustria
Espanha
Luxemburgo
Holanda
Bélgica
Grécia
Itália
não deveria deveria
Vejamos agora qual a opinião dos cidadãos da UE relativamente à forma
como o Presidente da Comissão Europeia deve ser escolhido. Apenas 12 por cento
dos cidadãos nacionais e 11 por cento dos da União preferem que este continue a
ser nomeado exclusivamente pelos Chefes de Estado e de governo.
8 Este comentário é resultado de uma análise estatística em que foi controlado o efeito do rendimento, do género e da escolaridade.
46
Gráfico 5.6 Opiniões relativas à presidênica da Comissão Europeia e do Conselho Europeu(% dos que concordam)
49
27
34
18
11
15
41
32
31
17
12
10
ser alargada
manter-se por um período de 6meses
eleito directamente pelos cidadãosda UE
escolhido tanto pelo PE como peloschefes de Estado/Governo
nomeado unicamente pelos chefesde Estado/Governo
eleito unicamente pelo PE
Média da UE Portugal
- O Presidente da CE deveria ser...
- A Presidência do Conselho Europeu deveria...
A proposta da Convenção é a de que, tendo em conta os resultados das
eleições para o Parlamento Europeu, o Conselho Europeu proponha ao PE um
candidato ao cargo. Este é submetido à aprovação do PE, através de eleições, só
podendo ocupar o cargo se obtiver a maioria dos votos. Contudo, a opinião pública
portuguesa não se revela muito aberta a esta opção, já que apenas 17 por cento
dos portugueses a escolheram. Entre estes encontram-se sobretudo as pessoas
que auferem rendimentos mais elevados9.
A opção que acolhe mais simpatia, quer entre portugueses (31 por cento),
como entre os restantes cidadãos da UE (34 por cento), é que o Presidente da CE
seja eleito directamente pelos cidadãos.
Em relação à presidência do Conselho Europeu (ainda no gráfico 5.6), 41 por
cento dos portugueses manifestam-se a favor da proposta da Convenção de alargar
o mandato para mais de seis meses. É importante salientar que, na formulação da
pergunta, não está explícito que esse alargamento será para dois anos e meio e que
(o que é porventura mais importante) implicará a perda da presidência rotativa que
actualmente vigora. O projecto propõe que o presidente passe a ser eleito pelo
Conselho Europeu por maioria qualificada.
Analisemos agora a questão da perda ou manutenção do direito de veto. A população da UE pende para a opinião de que o direito de veto deve ser 9 Este comentário é o resultado de uma análise estatística em que foi controlado o efeito do género, da idade, escolaridade e imagem que tem da UE.
47
mantido a fim de preservar os interesses nacionais essenciais. Uma maioria
relativa da população portuguesa (43 por cento) partilha a mesma opinião, somente
um total de 25 por cento admitindo uma das outras duas alternativas. Também aqui
se verifica um elevado número de não respondentes (33 por cento), o que dita certa
cautela na análise dos dados.
Gráfico 5.7 No futuro, o direito de veto de que os Estados membros da UE dispõem deveria ser... (% de inquiridos)
15
22
25
18
22
15
15
27
25
25
23
28
30
19
20
15
13
17
19
12
13
8
10
9
14
18
15
11
8
7
6
465
61
54
53
48
46
45
45
44
43
42
41
40
34
33
29Espanha
Itália
Bélgica
Reino Unido
Média UE
Irlanda
Portugal
França
Alemanha
Holanda
Suécia
Finlândia
Dinamarca
Luxemburgo
Áustria
Grécia
ser mantido ser limitado a muito poucas áreas ser abandonado para todas as decisões
48
Gráfico 5.8 Opinião relativa ao direito de veto dos Estados membros, por grupos(% dos que consideram que o direito de veto deve ser mantido)
43
50
50
51
53
58
Portugal
escalão de redimento mais alto
homens
15 a 24 anos
terminou estudos com 20 anos oumais
imagem muito positiva da UE
Dentro da sociedade portuguesa, há grupos onde a percentagem de pessoas
que tende a defender a manutenção do direito de veto é superior à verificada para o
total da população (gráfico 5.8). São eles, por ordem decrescente, o grupo das
pessoas que têm uma imagem muito positiva da UE, aqueles com mais estudos, o
sector etário dos 15 aos 24 anos os homens e o escalão de rendimento mais alto.
No entanto, estatisticamente estas diferenças só são significativas para aqueles
com uma imagem positiva da UE. Todas as outras características perdem o seu
efeito estatístico quando inseridas na regressão linear, em que a variável
dependente é a opinião perante o abandono do direito de veto.10
5.4. Estratégia de comunicação
Sendo Portugal um dos países membros da UE cuja população atribui maior
prioridade à reforma institucional e sendo a maioria dos seus cidadãos favoráveis à
existência de uma constituição, pode dizer-se que estão garantidos os pilares que
10 Estes grupos (aqueles com mais estudos, o sector etário dos 15 aos 24 anos os homens e o escalão de rendimento mais alto) também não se destacam com significância estatística por serem contra outras propostas da Convenção analisadas acima, tais como a escolha do Presidente da Comissão e a concordância com a existência de uma Constituição Europeia.
49
garantem o apoio português à evolução do futuro da Europa proposta pela
Convenção.
Quando estão em análise questões mais específicas, tais como a forma
como o Presidente da Comissão Europeia é eleito ou a opção pela manutenção ou
abandono do direito de veto, verifica-se que tanto os portugueses, como os
restantes cidadãos da UE, estão relutantes. Isto é particularmente saliente no que
toca ao direito de veto: poucos são os que estão preparados para abdicar de alguns
interesses nacionais a fim de aumentar a eficácia dos mecanismos de tomada de
decisão da UE.
Neste tema da reforma das instituições existem dois tipos de fenómenos
importantes para uma definição de estratégia de comunicação. Temos por um lado,
mais do que noutras partes da sondagem EB60.1 recorrentes percentagens
elevadas de “não sabe/ não responde”. Estes são os inquiridos que repetidamente
vemos como menos informados sobre a UE. A consequência dessa falta de
informação é naturalmente a falta de opinião. Para estes, o esclarecimento deverá
ser a palavra de ordem de uma estratégia de comunicação orientada para o futuro
da Europa. Pensamos que o principal problema dos portugueses a este respeito é a
falta de conhecimento, como se verifica pela elevada percentagem de não respostas
à maioria das perguntas relacionadas com a reforma.
Por outro lado, existe um grupo com elevados recursos educativos e de
rendimento que, em algumas questões especificas da proposta de Constituição
Europeia se mostra relutante em aceitar as ideias avançadas pela Convenção,
nomeadamente no que respeita à abdicação do direito de veto português num maior
número de questões. Deverá ser feito um esforço para desenvolver estratégias de
comunicação para este grupo mais sofisticado de cidadãos que, no futuro, poderá
tornar-se relativamente descontente com o modo de tomada de decisões no seio da
UE. Essa estratégia deveria passar, essencialmente, pelos órgãos de comunicação
social que informam com maior profundidade, nomeadamente os jornais.
50
6. Conclusões Na primeira parte deste relatório, depreende-se que a maioria da população
portuguesa está a atravessar uma fase difícil, principalmente em termos financeiros.
Esta noção está patente sobretudo na avaliação e previsão tendencialmente
negativas que fazem da sua vida e da situação económica em Portugal. A
preocupação com a situação económica do país está longe de ser uma
característica particular dos portugueses; pelo contrário, parece ser comum aos
cidadãos da UE.
Portugal continua a ser dos estados membros cuja população mais confia na
UE, tendendo inclusivamente a confiar mais nas instituições europeias do que nas
nacionais, como a média dos outros europeus, de resto. Os portugueses estão
menos insatisfeitos com o funcionamento da democracia na UE do que em Portugal.
Comparativamente com os restantes cidadãos da UE, os portugueses distinguem-se
por terem uma opinião bastante negativa face à democracia nacional.
Em relação às atitudes perante a UE, 55 por cento dos portugueses
considera o facto de Portugal fazer parte da UE “uma coisa boa”, o que representa
uma queda de 5 pontos percentuais em relação ao Eurobarómetro anterior – um
dado comum à média Europeia. Este fenómeno parece acentuar-se em períodos de
crise económica europeia e (por arrasto) nacional. Mais favoráveis são as atitudes
instrumentais, nomeadamente sobre os benefícios que a UE trouxe a Portugal.
Importa ainda sublinhar que esta diferença entre atitudes afectivas e instrumentais é
uma tendência que se tem registado desde que se começou a aplicar o
Eurobarómetro entre nós em 1985.
Relativamente à acção dos EUA na cena internacional, e tal como já
havíamos sublinhado no EB anterior, os portugueses tendem a ser mais críticos do
que a média dos europeus quanto ao papel desempenhado pelos EUA em questões
relacionadas com a segurança internacional, e menos críticos quando confrontados
com o papel dos EUA nas áreas sociais e ambientais da política internacional. Bem
mais positiva é a forma como os europeus avaliam, de uma maneira geral, o papel
desempenhado pela UE no mundo. Em todas as questões colocadas, a maioria dos
portugueses faz uma avaliação positiva da acção da UE.
Relacionada com esta temática está a questão de saber se as decisões que
dizem respeito à política europeia de defesa devem ser tomadas pelos governos
nacionais ou, numa lógica multilateral, pela NATO ou pela União Europeia. É outra
pergunta recorrente nos últimos Eurobarómetros. A diferença na comparação com
51
as opções médias dos europeus é bastante mais negativa do ponto de vista da
aliança atlântica do que propriamente em termos de construção europeia. Em
matéria de defesa, o “nacionalismo” dos portugueses só é superado pela Finlândia
(46 por cento), Suécia (37 por cento) e Áustria (36 por cento).
Tal como em relatórios anteriores, Portugal permanece um dos países onde
o sentimento de informação sobre a UE é mais baixo. Não só o valor indicado nesta
sondagem é o mais baixo da UE, como representa também um retrocesso em
relação às tímidas melhorias deste indicador em 2002 e no primeiro semestre de
2003.
A fonte dominante de informação sobre a UE para os portugueses é a
televisão: os portugueses dependem bastante mais da televisão que a média
europeia. Outras fontes de informação importantes na Europa, como a imprensa
escrita, apresentam valores substancialmente inferiores em Portugal, confirmando
outros dados estatísticos existentes que revelam os portugueses como fracos
consumidores de jornais. Contudo, os portugueses avaliam de forma positiva os
meios de comunicação em termos de informação sobre a UE, considerando a
maioria que eles relatam os assuntos europeus de forma “imparcial”. Para além
disso, o facto de a posição mais prevalente ser que os meios de comunicação falam
“muito pouco” sobre a UE sugere a existência de interesse da parte dos
portugueses em conhecer melhor a realidade europeia.
Relativamente ao papel da UE nas políticas públicas, a grande maioria dos
portugueses (60 por cento) é a favor de uma União Europeia responsável por
assuntos que não possam ser conduzidos com eficácia pelos governos nacionais,
regionais e locais.
Após o insucesso da conferência intergovernamental que impossibilitou que
os países membros (e futuros membros) chegassem a um acordo quanto à
constituição europeia, é tempo para reflexão. Os dados disponibilizados por este EB
permitem concluir que os portugueses continuam a considerar a reforma
institucional prioritária e a concordar com a existência de uma constituição europeia.
A opinião pública nacional tende a discordar da Convenção em relação à forma de
eleição do Presidente da Comissão Europeia (uma maioria relativa preferia que
fosse eleita pelos cidadãos da UE) e em relação ao abandono (parcial ou total) do
direito de veto. A opinião portuguesa em face destas duas questões é idêntica à da
média dos Quinze.
52
7. Especificações técnicas e questionário
Between 1st October 2003 and 7th November 2003, the European Opinion Research Group, a consortium of Market and Public Opinion Research agencies, made out of INRA and GfK Worldwide, carried out wave 60.1 of the Standard Eurobarometer, on request of the European Commission, Directorate-General Press and Communication, Public Opinion Analysis Unit. Standard Eurobarometer surveys cover the population of the respective nationalities of the European Union member states, aged 15 years and over, resident in each of the member states. The basic sample design applied in all member states is a multi-stage, random (probability) one. In each EU country, a number of sampling points is drawn with probability proportional to population size (for a total coverage of the country) and to population density. For doing so, points are drawn systematically from each of the ‘administrative regional units’, after stratification by individual unit and type of area. Hence, they represent the whole territory of member states according to EUROSTAT NUTS 2 (or equivalent) and according to the distribution of resident population of the respective EU nationalities in terms of metropolitan, urban and rural areas. In each of the selected sampling points, a starting address is drawn at random. Further addresses are selected as every Nth address by standard random route procedures, from the initial address. In each household, respondent is drawn at random. All interviews are face-to-face in the respondent's home and in the appropriate national language.
53
COUNTRY INSTITUTE
START - END FIELDWORK NET SAMPLE
SIZE
EU POPULATION
AGED 15+ (x 000)
Belgium INRA BELGIUM 07/10 – 07/11 1022 8,458
Denmark GfK DANMARK 09/10 – 05/11 1000 4,355
Germany (East) INRA DEUTSCHLAND 04/10 – 24/10 1023 13,164
Germany (West) INRA DEUTSCHLAND 04/10 – 24/10 1016 56,319
Greece MARKET ANALYSIS 06/10 – 02/11 1001 8,899
Spain INRA ESPAÑA 06/10 – 01/11 1000 34,239
France CSA-TMO 09/10 – 27/10 1015 47,936
Ireland LANSDOWNE Market Research 01/10 – 30/10 1014 3,004
Italy INRA Demoskopea 01/10 – 28/10 1008 49,531
Luxembourg ILReS 03/10 – 07/11 587 357
The Netherlands INTOMART 07/10 – 04/11 1006 13,010
Austria SPECTRA 03/10 – 29/10 1010 6,770
Portugal METRIS 03/10 – 28/10 1000 8,620
Finland MDC MARKETING RESEARCH 09/10 – 05/11 1018 4,245
Sweden GfK SVERIGE 01/10 – 03/11 1000 7,252
Great Britain MARTIN HAMBLIN LTD 01/10 – 05/11 1055 46,370
Northern Ireland ULSTER MARKETING SURVEYS 07/10 – 28/10 307 1,314
Total Number of Interviews 16082 313,843
54
The European Opinion Research Group EEIG Christine Kotarakos
111, rue Colonel Bourg – B-1140 Brussels
Tel : +32 2 724 89 15 – Fax : +32 2 724 89 12 e-mail: [email protected]
INRA in Belgium - International Coordination Office SA/NV
159-165, avenue de la Couronne – B-1050 Brussels Tel : +32 2 642 47 11 – Fax : +32 2 648 34 08
BELGIQUE INRA BELGIUM Mrs. Karin Scheurs tel. ++/32 2 642 47 11 159, avenue de la Couronne [email protected] fax ++/32 2 648 34 08 B-1050 BRUXELLES DANMARK GfK DANMARK Mr. Finn Villemoes tel. ++/45 38 32 20 00 Sylows Allé, 1 [email protected] fax ++/45 38 32 20 01 DK-2000 FREDERIKSBERG DEUTSCHLAND IPSOS GmbH Mr. Uwe Reising tel. ++/49 4542 801 0 Papenkamp, 2-6 [email protected] fax ++/49 4542 801 201 D-23879 MÖLLN ELLAS Market Analysis Mr. Spyros Camileris tel. ++/30 1 75 64 688 190 Hymettus Street markanalysis@ fax. ++/30/1/70 19 355 GR-11635 ATHENA marketanalysis.gr ESPAÑA IPSOS – Eco Consulting Mrs. Victoria MIQUEL tel. ++/34 91 7672199 Avda de Burgos Nº 12, 8ª planta victoria.miquel@ fax ++/34 91 3834254 28036 Madrid consulting.ecoipsos.es SPAIN FRANCE CSA-TMO Mr. Bruno JEANBART tel. ++/33 1 44 94 59 10 30, rue Saint Augustin [email protected] fax ++/33 1 44 94 40 01 F-75002 PARIS IRELAND LANSDOWNE Market Research Mr. Roger JUPP tel. ++/353 1 661 34 83 49, St. Stephen’s Green [email protected] fax ++/353 1 661 34 79 IRL-DUBLIN 2 ITALIA Demoskopea S.p.a. Mrs. Maria-Adelaïde SANTILLI tel. ++/39 06 85 37 521 Via Salaria, 290 [email protected] fax ++/39 06 85 35 01 75 I-00199 ROMA LUXEMBOURG ILReS Mr Charles MARGUE tel. ++/352 49 92 91 46, rue du Cimetière [email protected] fax ++/352 49 92 95 555 L-1338 LUXEMBOURG NEDERLAND Intomart Mr. Dré Koks tel. ++/31/35/625 84 11 Noordse Bosje 13-15 [email protected] fax ++/31/35/625 84 33 NL - 1201 DA HILVERSUM AUSTRIA SPECTRA Mrs. Jitka NEUMANN tel. ++/43/732/6901 Brucknerstrasse, 3-5/4 [email protected] fax ++/43/732/6901-4 A-4020 LINZ PORTUGAL MetrisGFK Mrs. Mafalda BRASIL tel. ++/351 210 000 200 Rua Marquês da Fronteira, 8 – 1° Andar [email protected] fax ++/351 210 000 290 1070 - 296 LISBOA FINLAND MDC MARKETING RESEARCH Ltd Mr. Mika Kiiski tel. ++/358 9 613 500 Itätuulenkuja 10 A [email protected] fax ++/358 9 613 50 423 FIN-02100 ESPOO SWEDEN GfK SVERIGE Mr. Rikard EKDAHL tel. ++/46 46 18 16 00 S:t Lars väg 46 [email protected] fax ++/46 46 18 16 11 S-221 00 LUND GREAT BRITAIN MARTIN HAMBLIN LTD Mr. Ross Williams tel. ++/44 207 222 81 81 Mulberry House, Smith Square 36 ross.williams@ fax ++/44 207 396 90 46 UK-London Swip 3HL martinhamblin.co.
55
60.1 Nº QUESTIONÁRIO ‘____’____’____’____’ ________________________________________________________________________________________________ • A MetrisGfK realiza um estudo a nível nacional e desde já agradece a valiosa colaboração que lhe queiram prestar. Do conjunto das pessoas cá de casa, eu posso falar com a próxima a fazer anos, que tenha mais de 15 anos? • REGISTE OS DADOS DO INDIVIDUO SELECCIONADO: 1) SEXO: 2) IDADE: 3) ENTREVISTA SUBSTITUÍDA MASCULINO...................... 1 ‘___’’___’ SIM..................1 FEMININO ......................... 2 NÃO ................2 4) SPLIT BALLOT: (77) SPLIT BALLOT A............... 1 SPLIT BALLOT B............... 2 ________________________________________________________________________________________________ Q.1 - Qual é a sua nacionalidade? Diga-me por favor, qual é o país (ou países) da sua nacionalidade? (VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) BÉLGICA ...............................................................................................................................(78) 1 DINAMARCA .........................................................................................................................(79) 2 ALEMANHA ...........................................................................................................................(80) 3 GRÉCIA .................................................................................................................................(81) 4 ESPANHA..............................................................................................................................(82) 5 FRANÇA ................................................................................................................................(83) 6 IRLANDA ...............................................................................................................................(84) 7 ITÁLIA ....................................................................................................................................(85) 8 LUXEMBURGO .....................................................................................................................(86) 9 HOLANDA..............................................................................................................................(87) 10 PORTUGAL ...........................................................................................................................(88) 11 REINO UNIDO (Grã-Bretanha, Irlanda do Norte)..................................................................(89) 12 ÁUSTRIA ...............................................................................................................................(90) 13 SUÉCIA..................................................................................................................................(91) 14 FINLÂNDIA ............................................................................................................................(92) 15 OUTROS PAÍSES .................................................................................................................(93) 16 NS/NR....................................................................................................................................(94) 17 ↓
TERMINAR A ENTREVISTA
56
Q.2 Quando está entre pessoas amigas, discute assuntos políticos frequentemente, de vez em quando ou
nunca? (UMA SÓ RESPOSTA)
(95)
Frequentemente.....................................................................................................................1 De vez em quando.................................................................................................................2 Nunca.....................................................................................................................................3 NS/NR....................................................................................................................................4 Q.3 Quando tem uma opinião firme sobre qualquer assunto, tenta convencer os seus amigos, colegas de trabalho e familiares a adoptar essa opinião? Isso acontece ... ? (LER - UMA SÓ RESPOSTA) (96)
Frequentemente.....................................................................................................................1 De vez em quando.................................................................................................................2 Raramente .............................................................................................................................3 Nunca.....................................................................................................................................4 NS/NR....................................................................................................................................5 Q.4 De uma maneira geral, está muito satisfeito, satisfeito, não muito satisfeito ou nada satisfeito com a vida que leva ? Diria que está ... ? (LER) (97) Muito satisfeito .......................................................................................................................1 Satisfeito ................................................................................................................................2 Não muito satisfeito ...............................................................................................................3 Nada satisfeito .......................................................................................................................4 NS/NR....................................................................................................................................5 Q.5 Quais são as suas expectativas em relação ao próximo ano: 2004 será melhor, pior ou igual, no que diz respeito...
LER MELHOR PIOR IGUAL NS/NR
1. ... à sua vida em geral
(98) 1
2
3
4
2. ... à situação económica em Portugal
(99) 1
2
3
4
3. ... à situação financeira na sua casa
(100) 1
2
3
4
4. ... à situação do emprego em Portugal
(101) 1
2
3
4
5. ... à sua situação profissional
(102) 1
2
3
4
57
Q.6 Gostaria de lhe fazer agora uma pergunta sobre a confiança que lhe inspiram certas instituições. Para cada uma delas, diga-me por favor se tem ou não confiança nela?
LER TEM CONFIANÇA NÃO TEM CONFIANÇA NS/NR
1. A imprensa escrita
(103) 1
2
3
2. A rádio
(104) 1
2
3
3. A televisão
(105) 1
2
3
4. A Justiça / o sistema judicial português
(106) 1
2
3
5. A polícia
(107) 1
2
3
6. O exército
(108) 1
2
3
7. As instituições religiosas
(109) 1
2
3
8. Os sindicatos
(110) 1
2
3
9. Os partidos políticos
(111) 1
2
3
10. As grandes empresas
(112) 1
2
3
11. O Governo português
(113) 1
2
3
12. A Assembleia da República
(114) 1
2
3
13. A União Europeia
(115) 1
2
3
14. A Organização das Nações Unidas
(116) 1
2
3
15. As associações de beneficência ou de solidariedade social
(117) 1
2
3
Gostaria agora de lhe fazer algumas perguntas sobre a União Europeia. Q.7 De uma maneira geral, pensa que o facto de Portugal fazer parte da União Europeia é ... ? (118) Uma coisa boa............................................................................................................................... 1 Uma coisa má................................................................................................................................ 2 Uma coisa nem boa nem má......................................................................................................... 3 NS/NR............................................................................................................................................ 4 Q.8 Tendo tudo em consideração, acha que Portugal beneficiou ou não de ser membro da União Europeia ? (119) Beneficiou ...................................................................................................................................... 1 Não beneficiou............................................................................................................................... 2 NS/NR............................................................................................................................................ 3 Q.9 De uma maneira geral, a União Europeia tem para si uma imagem muito positiva, positiva, neutra, negativa ou muito negativa? (120) Muito positiva ................................................................................................................................. 1 Positiva .......................................................................................................................................... 2 Neutra ............................................................................................................................................ 3 Negativa......................................................................................................................................... 4 Muito negativa................................................................................................................................ 5 NS/NR............................................................................................................................................ 6
58
Q.10 O que é que a União Europeia representa para si pessoalmente? (MOSTRAR LISTA 1 – VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS – FAZER ROTAÇÃO DE CIMA PARA BAIXO E DE BAIXO PARA CIMA) A paz........................................................................................................................................(121) 1
A prosperidade económica ......................................................................................................(122) 2
A protecção social ...................................................................................................................(123) 3
A liberdade de viajar, estudar e trabalhar em qualquer lugar da União Europeia ..................(124) 4
A diversidade cultural ..............................................................................................................(125) 5
Uma voz mais forte no Mundo.................................................................................................(126) 6
O Euro......................................................................................................................................(127) 7
O desemprego .........................................................................................................................(128) 8
A burocracia.............................................................................................................................(129) 9
Um desperdício de dinheiro.....................................................................................................(130) 10
A perca da nossa identidade nacional.....................................................................................(131) 11
Mais criminalidade ...................................................................................................................(132) 12
Não existir controlo suficiente nas fronteiras exteriores..........................................................(133) 13
Outra (SE ESPONTÂNEO) .....................................................................................................(134) 14
NS/NR......................................................................................................................................(135) 15
Q.11 A União Europeia dá-lhe um sentimento de… (MOSTRAR LISTA 2 – LER – VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Entusiasmo ...............................................................................................(136) 1 Esperança.................................................................................................(137) 2 Confiança..................................................................................................(138) 3 Indiferença ................................................................................................(139) 4 Ansiedade ................................................................................................(140) 5 Desconfiança ............................................................................................(141) 6 Rejeição ....................................................................................................(142) 7 NS/NR.......................................................................................................(143) 8 Q.12a Na sua opinião, qual é a velocidade actual da construção europeia ? Observe, por favor, estas figuras (MOSTRAR LISTA 3) A Nº1 está parada e a Nº7 avança o mais rapidamente possível. Escolha por favor, a figura que melhor corresponde à opinião que tem sobre a velocidade actual da construção europeia ? (REGISTE A RESPOSTA NO QUADRO EM BAIXO) Q.12b E qual é a figura que corresponde melhor à velocidade que o Sr. (Sra.) gostaria que estivesse a acontecer ? (MOSTRAR DE NOVO A LISTA 3 E REGISTAR A RESPOSTA NO QUADRO EM BAIXO) Q.12a
Velocidade Actual
Q.12b
Velocidade Desejada 1 - Parada (144) 1 (145) 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 - A avançar o mais rapidamente possível 7 7 8 - NS/NR 8 8
59
Q.13 Pessoalmente, está a favor ou contra o desenvolvimento de uma União Politica Europeia? (146) A favor............................................................................................................................................ 1 Contra ............................................................................................................................................ 2 NS/NR............................................................................................................................................ 3 Q.14 Se fosse anunciado amanhã que a União Europeia tinha sido abandonada, sentiria muita pena, indiferença ou muito alívio ? (147) Muita pena ................................................................................................................ 1 Indiferença ................................................................................................................ 2 Muito alívio................................................................................................................ 3 NS/NR....................................................................................................................... 4 Q.15 Utilizando esta escala, em que medida acha que se sente informado(a) acerca da União Europeia, das suas políticas, das suas instituições? (LER - MOSTRAR LISTA 4 COM ESCALA)
LER NÃO
SABE NADA
SABE MUITO
NS/NR
(148)(149)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Q.16 Quando está à procura de informações sobre a União Europeia, as suas políticas e as suas instituições, quais das seguintes fontes de informação utiliza ? E que outras fontes ? (MOSTRAR LISTA 5 – LER - VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS)
Em reuniões........................................................................................................................................ (150) 1
Discussões com a família, amigos, colegas....................................................................................... (151) 2
Jornais diários..................................................................................................................................... (152) 3
Outros jornais, revistas ....................................................................................................................... (153) 4
Televisão............................................................................................................................................. (154) 5
Rádio................................................................................................................................................... (155) 6
Internet................................................................................................................................................ (156) 7
Livros, brochuras, panfletos de informação........................................................................................ (157) 8
CD-Rom.............................................................................................................................................. (158) 9
Painéis de informação sobre a União Europeia nas bibliotecas, câmaras municipais, estações de caminhos de ferro, correios............................................................................................ (159) 10
Gabinetes de informação da União Europeia, pontos de informação europeia, bibliotecas europeias, etc. .................................................................................................................. (160) 11
Agências de informação especializadas das administrações nacionais ou locais............................. (161) 12
Sindicatos ou associações profissionais ............................................................................................ (162) 13
Outras organizações (por exemplo, organizações de consumidores, etc.) ....................................... (163) 14
Contacto com um Membro do Parlamento Europeu ou um Membro da Assembleia da República.. (164) 15
Outros (SE ESPONTÂNEO)............................................................................................................... (165) 16
Nunca procura este tipo de informações, não está interessado (SE ESPONTÂNEO).......................(166) 17⇒ Q.18
NS/NR................................................................................................................................................. (167) 18
60
(NÃO FAZER A Q.17 AOS ENTREVISTADOS QUE RESPONDERAM “Nunca procura este tipo de informações, não
está interessado”, CÓDIGO 17 NA Q.16)
Q.17 Em geral, sob que forma preferiria obter informações relativas à União Europeia? E de que outras formas? (MOSTRAR LISTA 6 – LER - VÁRIAS RESPOSTAS POSSÍVEIS) Um pequeno panfleto dando apenas um resumo ...................................................................(168) 1
Uma brochura mais detalhada.................................................................................................(169) 2
Um livro com uma descrição completa....................................................................................(170) 3
Uma cassete de vídeo .............................................................................................................(171) 4
Na Internet ...............................................................................................................................(172) 5
Um CD-Rom ............................................................................................................................(173) 6
Um terminal de computador que permita consultar bancos de dados....................................(174) 7
Na televisão .............................................................................................................................(175) 8
Na rádio ...................................................................................................................................(176) 9
Nos jornais diários ...................................................................................................................(177) 10
Nos outros jornais, revistas .....................................................................................................(178) 11
Nos anúncios publicitários .......................................................................................................(179) 12
Não quero receber informação sobre a União Europeia (SE ESPONTÂNEO) ......................(180) 13
NENHUMA DESTAS FORMAS (SE ESPONTÂNEO) ............................................................(181) 14
NS/NR......................................................................................................................................(182) 15
A TODOS Q.18 De uma forma geral, pensa que os meios de comunicação social portugueses falam demasiado, falam o suficiente ou falam muito pouco sobre a União Europeia? (183) Demasiado................................................................................................................ 1 O suficiente ............................................................................................................... 2 Muito pouco .............................................................................................................. 3 NS/NR....................................................................................................................... 4 Q.19 E pensa que os meios de comunicação social portugueses falam da União Europeia de uma forma demasiado positiva, de uma forma objectiva ou de uma forma demasiado negativa? (184) De uma forma demasiado positiva ........................................................................... 1 De uma forma objectiva............................................................................................ 2 De uma forma demasiado negativa.......................................................................... 3 NS/NR....................................................................................................................... 4
61
Q.20 Já alguma vez ouviu falar…?
LER SIM NÃO NS/NR
1. Do Parlamento Europeu (185) 1 2 3
2. Da Comissão Europeia (186) 1 2 3
3. Do Conselho de Ministros da União Europeia (187) 1 2 3
4. Do Tribunal de Justiça da União Europeia (188) 1 2 3
5. Do Provedor de Justiça Europeu (189) 1 2 3
6. Do Banco Central Europeu (190) 1 2 3
7. Do Tribunal de Contas Europeu (191) 1 2 3
8. Do Comité das Regiões da União Europeia (192) 1 2 3
9. Do Comité Económico e Social da União Europeia (193) 1 2 3 Q.21 Para cada uma das seguintes instituições europeias, pensa ou não, que ela desempenha um papel importante na vida da União Europeia?
LER IMPORTANTE NÃO IMPORTANTE NS/NR
1. Parlamento Europeu (194) 1 2 3
2. Comissão Europeia (195) 1 2 3
3. Conselho de Ministros da União Europeia (196) 1 2 3
4. Tribunal de Justiça da União Europeia (197) 1 2 3
5. Provedor de Justiça Europeu (198) 1 2 3
6. Banco Central Europeu (199) 1 2 3
7. Tribunal de Contas Europeu (200) 1 2 3
8. Comité das Regiões da União Europeia (201) 1 2 3
9. Comité Económico e Social da União Europeia (202) 1 2 3
Q.22 Para cada uma dessas instituições, importa-se de me dizer se tem ou não confiança nela?
LER
TEM
CONFIANÇA NÃO TEM
CONFIANÇA NS/NR
1. Parlamento Europeu (203) 1 2 3
2. Comissão Europeia (204) 1 2 3
3. Conselho de Ministros da União Europeia (205) 1 2 3
4. Tribunal de Justiça da União Europeia (206) 1 2 3
5. Provedor de Justiça Europeu (207) 1 2 3
6. Banco Central Europeu (208) 1 2 3
7. Tribunal de Contas Europeu (209) 1 2 3
8. Comité das Regiões da União Europeia (210) 1 2 3
9. Comité Económico e Social da União Europeia (211) 1 2 3
62
Q.23a De uma maneira geral, está muito satisfeito, bastante satisfeito, não muito satisfeito ou nada satisfeito com o funcionamento da democracia em Portugal? (MOSTRAR LISTA 7 COM ESCALA) Q.23b E com o funcionamento da democracia na União Europeia? (MOSTRAR DE NOVO LISTA 7)
LER MUITO
SATISFEITO BASTANTE SATISFEITO
NÃO MUITO SATISFEITO
NADA SATISFEITO NS/NR
Q.23a - Em Portugal
(212) 1
2
3
4
5
Q.23b - Na União Europeia
(213) 1
2
3
4
5
Q.24 & Q.25: NÃO EXISTEM EM PORTUGAL Colunas (214) & (215): Blank Q.26 Na sua opinião, quais são os dois problemas mais importantes que Portugal enfrenta actualmente? (MOSTRAR LISTA 8 – LER – MÁXIMO 2 RESPOSTAS POSSÍVEIS)
A insegurança................................................................................................................ (216) 1 Os transportes públicos ................................................................................................. (217) 2 A situação económica.................................................................................................... (218) 3 A subida de preços / a inflação...................................................................................... (219) 4 Os impostos ................................................................................................................... (220) 5 O desemprego ............................................................................................................... (221) 6 O terrorismo................................................................................................................... (222) 7 A defesa / Negócios estrangeiros.................................................................................. (223) 8 A habitação.................................................................................................................... (224) 9 A imigração..................................................................................................................... (225) 10 O sistema de saúde........................................................................................................ (226) 11 O sistema educativo ....................................................................................................... (227) 12 As reformas / pensões....................................................................................................(228) 13 A protecção do meio ambiente ....................................................................................... (229) 14 Outros (SE ESPONTÂNEO)........................................................................................... (230) 15 NS/NR............................................................................................................................. (231) 16
Q.27 Para cada uma das seguintes áreas em Portugal, na sua opinião a União Europeia desempenha um papel positivo, um papel negativo ou um papel nem positivo nem negativo?
LER PAPEL POSITIVO PAPEL NEGATIVO NEM POSITIVO NEM NEGATIVO NS/NR
1. Luta contra a criminalidade (232) 1 2 3 4 2. Transportes públicos (233) 1 2 3 4 3. Situação económica (234) 1 2 3 4 4. Subida de preços / Inflação (235) 1 2 3 4 5. Impostos (236) 1 2 3 4 6. Luta contra o desemprego (237) 1 2 3 4 7. Luta contra o terrorismo (238) 1 2 3 4 8. Defesa (239) 1 2 3 4 9. Negócios estrangeiros (240) 1 2 3 4 10. Habitação (241) 1 2 3 4 11. Imigração (242) 1 2 3 4 12. Sistema de saúde (243) 1 2 3 4 13. Sistema educativo (244) 1 2 3 4 14. Reformas / pensões (245) 1 2 3 4 15. Protecção do ambiente (246) 1 2 3 4
63
Q.28a Para cada uma das seguintes áreas, pensa que as decisões deveriam ser tomadas pelo Governo Português ou que elas deveriam ser tomadas em conjunto no seio da União Europeia? (LER UM ITEM DE CADA VEZ E REGISTAR UMA SÓ RESPOSTA POR LINHA - EM CADA NOVO ENTREVISTADO COMEÇAR COM UM ITEM DIFERENTE)
LER – RODAR AS FRASES GOVERNO PORTUGUÊS
EM CONJUNTO NA UNIÃO EUROPEIA
NS/ NR
1. A defesa (247) 1 2 3
2. A protecção do meio ambiente (248) 1 2 3
3. A moeda (249) 1 2 3
4. A ajuda humanitária (250) 1 2 3
5. A saúde e a segurança social (251) 1 2 3
6. As regras básicas em matéria de rádio, televisão e imprensa (252) 1 2 3
7. A luta contra a pobreza / a exclusão social (253) 1 2 3
8. A luta contra o desemprego (254) 1 2 3
9. A agricultura e a política das pescas (255) 1 2 3
10. A ajuda às regiões que estão com dificuldades económicas (256) 1 2 3
11. O ensino (257) 1 2 3
12. A investigação científica e tecnológica (258) 1 2 3
13. A informação sobre a União Europeia, as suas políticas e as suas instituições
(259) 1 2 3
14. A política externa/estrangeira com os países fora da União Europeia (260) 1 2 3
15. A política cultural (261) 1 2 3
Q.28b E para cada uma das áreas seguintes? (LER UM ITEM DE CADA VEZ E REGISTAR UMA SÓ RESPOSTA POR LINHA - EM CADA NOVO ENTREVISTADO COMEÇAR COM UM ITEM DIFERENTE)
LER – RODAR AS FRASES GOVERNO PORTUGUÊ
S
EM CONJUNTO NA UNIÃO EUROPEIA
NS/NR
1. A política de imigração (262) 1 2 3
2. As regras relativas ao asilo político (263) 1 2 3
3. A luta contra o crime organizado (264) 1 2 3
4. A polícia (265) 1 2 3
5. A justiça (266) 1 2 3
6. O acolhimento de refugiados (267) 1 2 3
7. A prevenção da delinquência juvenil (268) 1 2 3
8. A prevenção da delinquência urbana (269) 1 2 3
9. A luta contra a droga (270) 1 2 3
10. A luta contra o tráfico e a exploração de seres humanos (271) 1 2 3
11. A luta contra o terrorismo internacional (272) 1 2 3
12. Enfrentar os desafios impostos pelo envelhecimento da população (273) 1 2 3
64
Q.29 Qual é a sua opinião sobre cada uma das afirmações seguintes? Diga-me por favor, para cada afirmação, se é a favor ou contra? (LER UM ITEM DE CADA VEZ E REGISTAR UMA SÓ RESPOSTA POR LINHA - EM CADA NOVO ENTREVISTADO COMEÇAR COM UM ITEM DIFERENTE)
LER – RODAR AS FRASES A FAVOR CONTR
A NS/NR
1. Uma União Monetária Europeia com uma moeda única, o Euro. (274) 1 2 3
2. Uma política externa comum aos Estados-Membros da União Europeia em relação aos outros países. (275) 1 2 3
3. Uma política de defesa e segurança comum aos Estados-Membros da União Europeia. (276) 1 2 3
4. O alargamento da União Europeia para incluir novos países. (277) 1 2 3
5. Uma União Europeia responsável por assuntos que não possam ser conduzidos com eficácia pelos governos nacionais, regionais e locais. (278) 1 2 3
6. A demissão do Presidente da Comissão Europeia e dos Comissários Europeus se não tiverem o apoio de uma maioria no Parlamento Europeu. (279) 1 2 3
7. Ensinar às crianças, na escola, como funcionam as instituições da União Europeia. (280) 1 2 3
8. O facto da Comissão Europeia ser composta por comissários provenientes de todos os Estados-Membros. (281) 1 2 3
Q.30 Vou-lhe ler uma lista de acções que a União Europeia poderia empreender. Para cada uma, pode-me dizer se na sua opinião ela deveria ser uma prioridade ou não ?
LER PRIORIDADE NÃO PRIORIDADE
NS/ NR
1. Acolher novos países membros (282) 1 2 3
2. Estar mais próxima dos cidadãos europeus, por exemplo, dando-lhes mais informação sobre a União Europeia, as suas políticas e as suas instituições
(283) 1 2 3
3. Implementar com êxito a moeda única europeia, o Euro (284) 1 2 3
4. Lutar contra a pobreza e a exclusão social (285) 1 2 3
5. Proteger o meio ambiente (286) 1 2 3
6. Garantir a qualidade dos produtos alimentares (287) 1 2 3
7. Proteger os consumidores e garantir a qualidade dos outros produtos (288) 1 2 3
8. Lutar contra o desemprego (289) 1 2 3
9. Reformar as instituições da União Europeia e o seu funcionamento (290) 1 2 3
10. Lutar contra o crime organizado e o tráfico de droga (291) 1 2 3
11. Assegurar a importância política e diplomática da União Europeia no Mundo (292) 1 2 3
12. Manter a paz e a segurança na Europa (293) 1 2 3
13. Garantir os direitos do indivíduo e o respeito dos princípios democráticos na Europa (294) 1 2 3
14. Lutar contra o terrorismo (295) 1 2 3
15. Lutar contra a imigração ilegal (296) 1 2 3
65
Q.31 Para cada uma das seguintes áreas, pensa que a acção da União Europeia é, ou deveria ser, muito eficaz, algo eficaz, não muito eficaz ou nada eficaz? (MOSTRAR LISTA 9 COM ESCALA)
LER MUITO EFICAZ
ALGO EFICAZ
NÃO MUITO EFICAZ
NADA EFICAZ
NS/ NR
1. Acolher novos países membros (297) 1 2 3 4 5
2. Estar mais próxima dos cidadãos europeus, por exemplo, dando-lhes mais informação sobre a União Europeia, as suas políticas e as suas instituições
(298) 1 2 3 4 5
3. Implementar com êxito a moeda única europeia, o Euro (299) 1 2 3 4 5
4. Lutar contra a pobreza e a exclusão social (300) 1 2 3 4 5
5. Proteger o meio ambiente (301) 1 2 3 4 5
6. Garantir a qualidade dos produtos alimentares (302) 1 2 3 4 5
7. Proteger os consumidores e garantir a qualidade dos outros produtos (303) 1 2 3 4 5
8. Lutar contra o desemprego (304) 1 2 3 4 5
9. Reformar as instituições da União Europeia e o seu funcionamento (305) 1 2 3 4 5
10. Lutar contra o crime organizado e o tráfico de droga (306) 1 2 3 4 5
11. Assegurar a importância política e diplomática da União Europeia no Mundo (307) 1 2 3 4 5
12. Manter a paz e a segurança na Europa (308) 1 2 3 4 5
13. Garantir os direitos do indivíduo e o respeito pelos princípios democráticos na Europa
(309) 1 2 3 4 5
14. Lutar contra o terrorismo (310) 1 2 3 4 5
15. Lutar contra a imigração ilegal (311) 1 2 3 4 5
66
Q.32 A União Europeia já possui uma Politica Estrangeira e de Segurança comum e uma Politica Europeia de Segurança e de Defesa na União Europeia. Actualmente tem-se vindo a debater sobre em que medida essas politicas deveriam ser desenvolvidas. Diga-me, por favor, se concorda ou discorda com cada uma das seguintes afirmações? (LER UM ITEM DE CADA VEZ E REGISTAR UMA SÓ RESPOSTA POR LINHA - EM CADA NOVO ENTREVISTADO COMEÇAR COM UM ITEM DIFERENTE)
LER – RODAR AS FRASES A FAVOR CONTRA NS/NR
1. A União Europeia deveria possuir uma força militar de reacção rápida que pudesse ser rapidamente enviada para as zonas de conflito, quando se verificasse uma crise internacional
(312) 1 2 3
2. Quando se verificasse uma crise internacional, os Estados membros da União Europeia deveriam combinar uma posição comum (313) 1 2 3
3. A União Europeia deveria ter o seu próprio Ministro dos Negócios Estrangeiros, que pudesse ser o porta-voz da posição comum da União Europeia (314) 1 2 3
4. A União Europeia deveria ter o seu lugar próprio no Conselho de Segurança das Nações Unidas (315) 1 2 3
5. Os Estados membros que optaram pela neutralidade deveriam ter uma palavra a dizer na política estrangeira da União Europeia (316) 1 2 3
6. Os países que irão aderir à União Europeia em 2004 em resultado do alargamento deveriam já ter uma palavra a dizer na política estrangeira da União Europeia (317) 1 2 3
7. A política estrangeira da União Europeia deveria ser autónoma da política estrangeira americana (318) 1 2 3
8. A União Europeia deveria garantir os Direitos do Homem em cada Estado membro, mesmo que isso seja contrário à vontade de alguns Estados membros (319) 1 2 3
9. A União Europeia deveria trabalhar para garantir os Direitos do Homem no mundo, mesmo que isso seja contrário à vontade de certos países (320) 1 2 3
10. Os Estados membros da União Europeia deveriam ter uma política de imigração comum em relação às pessoas de fora da União Europeia (321) 1 2 3
11. Os Estados membros da União Europeia deveriam ter um política de asilo político comum em relação às pessoas que pedem asilo (322) 1 2 3
Q.33 Na sua opinião, as decisões que dizem respeito à política europeia de defesa deveriam ser tomadas pelos governos nacionais, pela NATO ou pela União Europeia ? (UMA SÓ RESPOSTA) (323) Governos nacionais ....................................................................................................................... 1
NATO ............................................................................................................................................. 2
União Europeia .............................................................................................................................. 3
Outro (SE ESPONTÂNEO) ........................................................................................................... 4
NS/NR............................................................................................................................................ 5
Q.34 Qual destas três opções prefere para o futuro imediato da União Europeia? (MOSTRAR LISTA 10 – LER – UMA SÓ RESPOSTA) (324)
A União Europeia deveria ser alargada a todos os países que desejam fazer parte dela .............................1
A União Europeia deveria ser alargada apenas a alguns dos países que desejam fazer parte dela.............2
A União Europeia não deveria ser alargada a nenhum dos países que desejam fazer parte dela ................3
Nenhuma destas (SE ESPONTÂNEO) ...........................................................................................................4
NS/NR..............................................................................................................................................................5
67
Q.43 Num futuro próximo como é que se vê a si próprio? (MOSTRAR LISTA 18 - LER - UMA SÓ RESPOSTA) (508) Como Português unicamente ......................................................................... 1 Como Português e Europeu ........................................................................... 2 Como Europeu e Português ........................................................................... 3 Como Europeu unicamente ............................................................................ 4 NS/NR............................................................................................................. 5 Q.44 Diria que está muito orgulhoso, orgulhoso, não muito orgulhoso ou nada orgulhoso de ser ... (REFERIR A NACIONALIDADE REFERIDA NA Q.1) ? (UMA SÓ RESPOSTA) (509) Muito orgulhoso .............................................................................................. 1 Orgulhoso ....................................................................................................... 2 Não muito orgulhoso....................................................................................... 3 Nada orgulhoso............................................................................................... 4 NS/NR............................................................................................................. 5 45 Diria que está muito orgulhoso, orgulhoso, não muito orgulhoso ou nada orgulhoso de ser europeu (europeia)? (UMA SÓ RESPOSTA) (510) Muito orgulhoso .............................................................................................. 1 Orgulhoso ....................................................................................................... 2 Não muito orgulhoso....................................................................................... 3 Nada orgulhoso............................................................................................... 4 NS/NR............................................................................................................. 5 Q.46 As pessoas podem sentir-se ligadas de formas diferentes à sua cidade, à sua vila ou à sua aldeia, à sua região, ao seu país ou à União Europeia. Gostaria que me dissesse em que medida se sente ligado(a) … Q.46a … à sua cidade/vila/aldeia? (MOSTRAR LISTA 19 COM ESCALA) Q.46b … à sua região? (MOSTRAR DE NOVO LISTA 19 COM ESCALA) Q.46c … a Portugal ? (MOSTRAR DE NOVO LISTA 19 COM ESCALA) Q.46d … à Europa? (MOSTRAR DE NOVO LISTA 19 COM ESCALA)
LER MUITO
LIGADO(A) LIGADO(A) NÃO MUITO LIGADO(A)
NADA LIGADO(A) NS/NR
a) Sua cidade / vila / aldeia
(511) 1
2
3
4
5
b) Sua região
(512) 1
2
3
4
5
c) Portugal
(513) 1
2
3
4
5
d) Europa
(514) 1
2
3
4
5
Q.47 Na sua opinião, diria que os Estados Unidos desempenham um papel positivo, um papel negativo ou um papel nem positivo nem negativo, no que diz respeito…?
LER POSITIVO NEGATIVO NEM POSITIVO NEM NEGATIVO NS/NR
1. … à paz no mundo
(515) 1
2
3
4
2. … à luta contra o terrorismo
(516) 1
2
3
4
3. … ao crescimento da economia mundial
(517) 1
2
3
4
4. … à luta contra a pobreza no mundo
(518) 1
2
3
4
5. … à protecção do meio ambiente
(519) 1
2
3
4
68
Q.48 Na sua opinião, a União Europeia tem tendência a desempenhar um papel positivo, um papel negativo ou um papel nem positivo nem negativo, no que diz respeito…?
LER POSITIVO NEGATIVO NEM POSITIVO NEM NEGATIVO NS/NR
1. … à paz no mundo
(520) 1
2
3
4
2. … à luta contra o terrorismo
(521) 1
2
3
4
3. … ao crescimento da economia mundial
(522) 1
2
3
4
4. … à luta contra a pobreza no mundo
(523) 1
2
3
4
5. … à protecção do ambiente
(524) 1
2
3
4
Q.49 Pensa que a União Europeia deveria ou não ter uma Constituição ? (525) Deveria............................................................................................................ 1 Não deveria..................................................................................................... 2 NS/NR............................................................................................................. 3 Q.50 Qual das seguintes frases se aproxima mais da sua própria opinião? O Presidente da Comissão Europeia deveria ser… (MOSTRAR LISTA 20 – LER – UMA SÓ RESPOSTA) (526) … nomeado unicamente pelos chefes de Estado ou de Governo da União Europeia ................. 1 … eleito unicamente pelo Parlamento Europeu............................................................................ 2 … escolhido tanto pelo Parlamento Europeu como pelos chefes de Estado ou de Governo da União Europeia ................................................................................................3 … eleito directamente pelos cidadãos da União Europeia............................................................ 4 OUTRA (SE ESPONTÂNEO)........................................................................................................ 5 NS/NR............................................................................................................................................ 6 Q.51 O Conselho Europeu é composto pelos chefes de Estado ou de Governo dos Estados membros da União Europeia e do Presidente da Comissão. A presidência do Conselho Europeu é assegurada por cada país à vez, por um período de 6 meses. Pensa que…? (LER – UMA SÓ RESPOSTA) (527) …uma presidência de 6 meses deveria ser mantida, porque isso proporciona a cada Estado membro a possibilidade de presidir a União Europeia de forma regular .......................... 1 …a presidência deveria ser alargada porque 6 meses é demasiado pouco tempo para obter resultados significativos........................................................................................................ 2 NS/NR............................................................................................................................................ 3 Q.52 Actualmente, cada Estado membro da União Europeia dispõe, em determinadas áreas, do direito de veto. Pensa que, no futuro, esse direito de veto deveria…? (LER – UMA SÓ RESPOSTA) (528) …ser mantido para preservar os interesses nacionais essenciais ............................................... 1 …ser limitado a muito poucas áreas essenciais .......................................................................... 2 …ser abandonado para todas as decisões, para tornar a União Europeia mais eficiente ........... 3 NS/NR............................................................................................................................................ 4
69
DADOS DEMOGRÁFICOS
PARA TODOS
D1. A propósito de política, as pessoas falam de Direita e de Esquerda. O(a) Sr(a). pode situar a sua posição nesta escala? (MOSTRAR LISTA 32 - NÃO SUGERIR NADA. A PESSOA DEVE SITUAR-SE NUM QUADRADO, SE HESITAR POR FAVOR INSISTIR NUMA RESPOSTA)
Esquerda
Direita
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 RECUSA RESPONDER............................11 NÃO SABE ................................................12 ‘______’______’ (654) (655) D2 / D6 EM BRANCO (NÃO EXISTEM) D7. O(a) Sr.(a) é ...? (MOSTRAR LISTA 33 - LER - UMA SÓ RESPOSTA) (656)(657) L - Casado(a), pela primeira vez ........................... 1
V - Casado(a), não pela primeira vez.................... 2
X - Solteiro(a), que vive actualmente em casal..... 3
T - Solteiro(a), nunca viveu em casal .................... 4
P - Solteiro(a), já tendo vivido em
casal no passado, mas actualmente só ................ 5
S - Divorciado(a) ................................................... 6
A - Separado(a) .................................................... 7
R - Viúvo(a) ........................................................... 8
Outro (SE ESPONTÂNEO) .................................. 9
Recusa (SE ESPONTÂNEO) ............................. 10
D8. Que idade tinha quando terminou ou interrompeu os seus estudos a tempo inteiro? (SE ANALFABETO OU NUNCA ESTUDOU CODIFICAR - 01) (SE ESTUDA AINDA CODIFICAR - 00) '______'______' ANOS (658) (659) D9. EM BRANCO (NÃO EXISTE)
D10. SEXO
(660)
MASCULINO....................................1 FEMININO........................................2 D11. Poderia dizer-me a sua idade?
|____| |____| (661)(662)
D12 A D14 EM BRANCO (NÃO EXISTEM)
70
D15a. Qual é a sua ocupação/profissão actual? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:________________________________ D15b. (ENTREVISTADOR: SE NÃO EXERCE ACTIVIDADE ACTUALMENTE - CÓDIGOS 1 A 4 EM D15a: Já exerceu uma actividade profissional remunerada anteriormente? Qual foi a última? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:_________________________________
D15a OCUPAÇÃO
ACTUAL
D15b OCUPAÇÃO ANTERIOR
(663)(664) (665)(666) INACTIVOS - Responsável pelas compras e pelas tarefas domésticas ou não exercendo qualquer actividade profissional
01
---
- Estudantes 02 --- Desempregado/Temporariamente sem emprego
03
---
- Reformado ou incapacitado por doença prolongada
04
---
EMPREGADOS POR CONTA PRÓPRIA:
- Agricultor 05 01 - Pescador 06 02 - Profissional liberal (advogado, médico, economista, arquitecto, contabilista, ...)
07
03
- Comerciante, Artífice ou outro trabalhador independente
08
04
- Industrial, Proprietário (na totalidade ou em parte) de uma empresa
09
05
EMPREGADOS POR CONTA DE OUTRÉM:
- Profissional liberal por conta de outrém (médico, advogado, economista,arquitecto, contabilista ...)
10
06
- Quadro Superior (Administrador, Director Geral, Outros Directores)
11
07
- Quadro Médio (Chefes de Departamento, Gerentes, Professores, Técnicos Especializados ...)
12
08
- Empregados escriturários trabalhando principalmente à secretária, empregados de escritório
13
09
- Empregados não escriturários mas viajando (vendedores, condutores, representantes de vendas ...)
14
10
- Empregados não escriturários mas tendo uma função de serviços em hospitais, restaurantes, policia e bombeiros ...
15
11
- Contramestres/capatazes 16 12 - Trabalhador Manual Qualificado
17
13
- Outros trabalhadores manuais (não qualificados, empregados domésticos)
18
14 NUNCA EXERCEU ACTI- VIDADE PROFISSIONAL REMUNERADA
---
15
D16 / D18 EM BRANCO (NÃO EXISTEM) D19. O(a) Sr.(a) é no seu lar a pessoa que contribui com a maior parte do rendimento familiar ? (667) SIM .............................................................. 1 NÃO............................................................. 2 AMBOS IGUALMENTE............................... 3 NS/NR ......................................................... 4 D20 EM BRANCO (NÃO EXISTE)
71
(SE CÓDIGO 2 NA D19) D21a. Qual é a ocupação actual da pessoa que contribui com a maior parte do rendimento familiar do lar? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:________________________ D21b. (ENTREVISTADOR: SÓ SE NÃO EXERCE ACTIVIDADE ACTUALMENTE - CÓDIGOS 1 A 4 EM D21a): E a pessoa que contribui com a maior parte para o rendimento familiar do lar já exerceu uma actividade profissional remunerada anteriormente? Qual foi a última? (REGISTE DETALHADAMENTE, INCLUSIVE SE POR CONTA PRÓPRIA OU POR CONTA DE OUTRÉM) REGISTE:________________________
D21a OCUPAÇÃO
ACTUAL
D21b OCUPAÇÃO ANTERIOR
(668)(669) (670)(671) INACTIVOS - Responsável pelas compras e pelas tarefas domésticas ou não exercendo qualquer actividade profissional
01 ---
- Estudantes 02 --- Desempregado/Temporariamente sem emprego 03 ---
- Reformado ou incapacitado por doença prolongada 04 ---
EMPREGADOS POR CONTA PRÓPRIA:
- Agricultor 05 01 - Pescador 06 02 - Profissional liberal (advogado, médico, economista, arquitecto, contabilista, ...)
07 03
- Comerciante, Artífice ou outro trabalhador independente
08
04
- Industrial, Proprietário (na totalidade ou em parte) de uma empresa
09 05
EMPREGADOS POR CONTA DE OUTRÉM:
- Profissional liberal por conta de outrém (médico, advogado, economista, arquitecto, contabilista ...)
10 06
- Quadro Superior (Administrador, Director Geral, Outros Directores)
11 07
- Quadro Médio (Chefes de Departamento, Gerentes, Professores, Técnicos Especializados ...)
12 08
- Empregados escriturários trabalhando principalmente à secretária, empregados de escritório
13 09
- Empregados não escriturários mas viajando (vendedores, condutores, representantes de vendas ...)
14 10
- Empregados não escriturários mas tendo uma função de serviços em hospitais, restaurantes, policia e bombeiros
15 11
- Contramestres/capatazes 16 12 - Trabalhador Manual Qualificado 17 13
- Outros trabalhadores manuais (não qualificados, empregados domésticos)
18 14
NUNCA EXERCEU ACTI- VIDADE PROFISSIONAL REMUNERADA
--- 15
D22 A D24 EM BRANCO (NÃO EXISTEM) D25. O(a) Sr.(a) diria que vive numa ...? (LER) (672) ZONA RURAL OU ALDEIA .......... 1 VILA OU MÉDIA LOCALIDADE . 2 GRANDE LOCALIDADE .............. 3 NS/NR ............................................. 4 D26 A D28 EM BRANCO (NÃO EXISTEM)
D29. (PARA TODOS) Nós necessitamos de mais algumas informações acerca dos rendimentos do agregado familiar para analisarmos os resultados deste estudo segundo os diferentes tipos de lares. Eis aqui uma lista de grupos de rendimentos (MOSTRAR LISTA 34) Queira somar o conjunto dos ganhos e salários mensais de todos os membros do seu agregado familiar, todas as pensões e benefícios da segurança social e abono de família bem como todos os outros rendimentos tais como alugueres ... Podemos garantir-lhe que a sua resposta bem como todas as respostas que deu nesta entrevista serão tratadas com carácter absolutamente confidencial e toda a referência ao Sr.(Sra.) ou ao seu agregado será totalmente impossível. Por favor pode indicar-me a letra correspondente ao rendimento total do seu agregado antes de retirados os impostos ou feitas quaisquer deduções. (673)(674) B - Menos de 300 € (menos de 60.000$) ..............1 T – 301 € (60.001$) a 450 € (90.000$) ..................2 P – 451 € (90.001$) a 600 € (120.000$)................3 F – 601 € (120.001$) a 750 € (150.000$) ..............4 E – 751 € (150.001$) a 1000 € (200.000$)............5 H – 1001 € (200.001$) a 1250 € (250.000$)..........6 L – 1251 € (250.001$) a 1500 € (300.000$) ..........7 N – 1501 € (300.001$) a 1750 € (350.000$)..........8 R- 1751 € (350.001$) a 2000 € (400.000$) ...........9 M – 2001 € (400.001$) a 2250 € (450.000$) .......10 S – 2251 (450.001$) a 2500 € (500.000$)...........11 K - Mais de 2500 € (500.000$)...........................12 Não responde.......................................................13 Não sabe ..............................................................14
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PROTOCOLO DA ENTREVISTA P1. DATA DA ENTREVISTA: DIA '_____'_____' MÊS '_____'_____' (675) (676) (677) (678) P2. HORA DE INICIO DA ENTREVISTA (DE 0 A 23h): HORA '_____'_____' MINUTOS '_____'_____' (679) (680) (681) (682) P3. DURAÇÃO DA ENTREVISTA: '_____'_____'_____' MINUTOS (683) (684) (685) P4. NÚMERO DE PESSOAS PRESENTES DURANTE A ENTREVISTA: (686)
DUAS (Entrevistador e entrevistado) ............... 1 TRÊS ................................................................ 2 QUATRO .......................................................... 3 CINCO E MAIS ................................................. 4 P5. GRAU DE COOPERAÇÃO DO(A) ENTREVISTADO(A): (687) EXCELENTE .................................................... 1 BOA .................................................................. 2 MÉDIA .............................................................. 3 MEDIOCRE ...................................................... 4 P6. HABITAT
(688)(689)
ATÉ 100 Habitantes.......................................... 1 101 A 200 Habitantes ....................................... 2 201 A 500 Habitantes ....................................... 3 501 A 1000 Habitantes ..................................... 4 1001 A 2000 Habitantes ................................... 5 2001 A 5000 Habitantes ................................... 6 5001 A10.000 Habitantes ................................. 7 10. 001 A 30.000 Habitantes ............................ 8 30. 001 A 100.000 Habitantes .......................... 9 100. 001 A 500.000 Habitantes ...................... 10 MAIS DE 500.000 Habitantes......................... 11 P7. REGIÕES (NUTS): (690)(691) NORTE ............................................................. 1 CENTRO........................................................... 2 LISBOA............................................................. 3 ALENTEJO ....................................................... 4 ALGARVE......................................................... 5 AÇORES........................................................... 6 MADEIRA ......................................................... 7 P8. CÓDIGO POSTAL:
'______'______'______'______' (692) (693) (694) (695) (696) (697) (698) (699) P9. NÚMERO DO PONTO DE AMOSTRAGEM: '______'______'______'______' (700) (701) (702) (703) (704) (705) (706) (707) P10. NÚMERO DO ENTREVISTADOR: '_____'_____'_____'_____' (708) (709) (710) (711) (712) (713) (714) (715) P11. PONDERAÇÃO: '____'_____'_____'_____'_____'____'_____'_____' (716) (717) (718) (719) (720) (721) (722) (723) P12a. TELEFONE Tem um telefone em sua casa ? (724) SIM.........................................................….... 1 NÃO................................................................ 2 P12b. TELEMÓVEL Tem um telemóvel em sua casa ? (725) SIM.........................................................….... 1 NÃO................................................................ 2 P13 (726) : BRANCA RESERVADO CODIFICAÇÃO MetrisGfK : REVISÃO : |______|______| CODIFICAÇÃO : |______|______| • DECLARO QUE ESTA ENTREVISTA FOI REALIZADA ESTRITAMENTE DE ACORDO COM AS INSTRUÇÕES GERAIS E ESPECÍFICAS QUE ME FORAM DADAS E QUE AS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO SÃO TODAS AUTÊNTICAS, SALVO ESQUECIMENTO, MÁ INTERPRETAÇÃO OU MÁ FÉ POR PARTE DO ENTREVISTADO. ________________________________________ DATA: _____/_____/ 2003 ESTE QUESTIONÁRIO É PROPRIEDADE DA
MetrisGfK.