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Além dos textos e imagens, o livrotrará um CD com um banco de da-dos que dará acesso à imagem esca-neada da íntegra dos cerca de 300 do-cumentos do Dossiê AGB do AcervoCaio Prado. A obra foi organizada porPaulo Iumatti, Manuel Seabra eHeinz-Dieter Heidemann, e finan-ciada pela Fapesp.
Marta KanashiroFrida Kahlo começou a pintar paraaliviar a dor. O ano era 1925 e ela que-ria se distrair durante a longa recupe-ração de um grave acidente de ônibusque sofrera aos 18 anos de idade. Amais importante pintora mexicanado século XX viveu entre 1907 e1954, uma existência breve mas in-tensa. Sua notoriedade extravasou dapintura também para sua vida pes-soal, marcada por um forte ideáriopolítico. Símbolo do feminismo e daliberdade, ela militou no partido co-munista mexicano e viveu um tumul-tuado casamento de 25 anos com otambém artista Diego Rivera. Foiuma trajetória de grande sofrimentofísico: Frida passou por mais de 15 ci-rurgias, algumas experimentais, abor-tos, mutilações, traumatismos. ParaLúcia Helena Vianna, pesquisadorada Universidade Federal Fluminense(UFF), que estudou o diário da pinto-ra, Frida Kahlo inscreve esse corpofragilizado em seus escritos e dese-nhos, mas a dor é sublimada com hu-mor. “Ela tece um elo indestrutívelentre vida e obra, com a explícita co-nexão de tinta e sangue”, diz.No ano em que completaria cemanos Frida Kahlo é homenageada emvários países do mundo com exposi-ções, mostras de fotografia, concur-sos, oficinas de criação e espetáculosteatrais. No México foram organiza-das as duas mais importantes exposi-
ções para comemorar o centenárioda artista. O Palácio de Belas Artes,na capital do país, abrigou uma ex-posição gigantesca com mais de 350obras. Segundo a diretora do Museu,Roxana Velásquez, um dos objetivosda mostra foi diminuir a distânciaentre Frida Kahlo e o povo mexica-no. Já na Casa Azul, antiga residênciada artista e que, depois de sua morte,foi transformada em museu, estãomateriais inéditos: fotos, documen-tos e objetos pessoais de Frida e Die-go Rivera. A companhia aérea Aero-méxico batizou dois de seus aviõescom os nomes de Frida e Diego.Na verdade, o país natal da pintorademorou a reconhecer o seu traba-lho. A primeira exposição de FridaKahlo no México aconteceu em1953, um ano antes de sua morte.Quatorze anos antes ela já tinha ex-posto em Nova York e Paris onde foia primeira artista mexicana a exporno Museu de Louvre.Vários museus norte-americanosexpõem obras da artista ao longo de2007, incluindo, por exemplo, o
OBRAS DE CAIO PRADO JR.
Evolução política do Brasil (1933)
Manuscritos econômicos e
filosóficos (1938)
Formação do Brasil
contemporâneo (1942)
História econômica no Brasil (1945)
Dialética do conhecimento (1952)
Diretrizes para uma política
econômica brasileira (1954)
Introdução à lógica dialética
(Notas introdutórias) (1959)
O mundo do socialismo (1962)
A revolução brasileira (1966)
A questão agrária no Brasil (1979)
OBRAS SOBRE CAIO PRADO JR.
Caio Prado Jr.: história (1982)
organização Francisco Iglesias –
coordenação Florestan Fernandes
História e ideal: ensaios sobre Caio
Prado Jr. (1989)
organização Maria Angela D’Incao.
Caio Prado Jr.: uma interpretação
do seu pensamento (1993)
João Alberto da Costa Pinto
Diários políticos de Caio Prado Jr.
1945 (1998) Paulo Iumatti
CENTENÁRIO
FRIDA KAHLOÉ LEMBRADA EMDIVERSOS PAÍSES
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A questão do público eprivado se coloca deimediato nesse emba-te. Brigas judiciais eprocessos abertos porbiografados ilustres re-cheiam o noticiário.As obras citadas sãobiografias não autori-zadas que, de algummodo, desagradaramos biografados a pontode impetrarem man-dados judiciais paraque fossem tiradas domercado.
O que incomodou Roberto Carlosnão foi uma possível calúnia conti-da no livro, mas ver relatados certosacontecimentos de sua vida que, emsua opinião, pertence à sua privaci-dade.O impasse foi resolvido dia 27de abril quando um acordo judicialfoi fechado no 20a Fórum Criminalda Barra Funda, em São Paulo. Aeditora se comprometeu a recolheros 11 mil exemplares que estavam àvenda e entregá-los ao cantor quedesistiria do pedido de indenização.O autor não gostou do acordo e irácontestá-lo. “O livro não fala ape-nas do Roberto, mas conta parte dahistória da MPB brasileira. Passei15 anos debruçado sobre ele e que-ro vê-lo circular novamente”, justi-fica o historiador.Este não é o primeiro caso de bio-grafia que chega aos tribunais. Ruy
Milhares de livros têm sido retiradosdas prateleiras e jogados num depó-sito para que seja decidido seu desti-no e não cheguem às mãos de ávidosleitores: serão armazenados, recicla-dos ou incinerados. Esta é a cena de-senhada pelo recente processo, degrande repercussão na mídia, envol-vendo o o historiador Paulo Césarde Araújo e o cantor Roberto Car-los. Araújo e a Editora Planeta lança-ram em novembro de 2006 a biogra-fia Roberto Carlos em detalhes, quenão agradou o biografado pois nãose insere no selo “autorizada”. Em2007, o cantor entrou com dois pro-cessos judiciais, um civil e um crimi-nal, acusando autor e editora de in-vasão de privacidade, ofensa à honrae uso indevido de imagem. Exigiu,ainda, indenização por danos mo-rais e materiais.
National Museum of Women in theArts, em Washington, onde estãodez cartas manuscritas da pintora,fotos inéditas e afrescos de sua vidacotidiana com Rivera e seus amigos.Cuba, Filipinas e Canadá tambémhomenageiam Frida com mostras depinturas e fotografias. Dois espetá-culos teatrais foram montados em-São Paulo: Frida – uma mulher depedra dá luz à noite da companhiaTaanteatro e Yo soy o que a água medeu ou Frida, criada pela atriz e bai-larina Maura Baiocchi.
EXTENSA BIBLIOGRAFIA Frida é umadas pintoras mais prestigiadas domercado internacional de arte. Maisde cem livros foram escritos sobreela, muitos sobre seus auto-retratosque compõe um terço de toda a suaobra: “Eu pinto-me porque sou o as-sunto que conheço melhor”, diz elaem seu diário. A personalidade sin-gular de Frida foi levada para as telasdo cinema. O mais conhecido, masnão necessariamente melhor, é Fri-da ( 2002) da diretora Julie Taymor.Os pontos fortes do filme, entretan-to, são as narrativas visuais, a trilhasonora e a fotografia que conseguemostrar um pouco das cores e daenergia presentes na obra de Frida.Para Lucia Vianna, Frida é umexemplo de artista que atingiu aconsagração pelo mérito excepcio-nal de sua obra, mas também por suapersonalidade: “com marcas de exo-tismo, ambigüidades e excentricida-de, Kahlo se destacou por sua vidaincomum e pela capacidade de ser aartífice da imagem que queria per-petuar de si mesma”.
Patrícia Mariuzzo
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BIOGRAFIAS
PROBLEMAS COM OS BIOGRAFADOSE COM SUAS FAMÍLIAS
Paulo CésarAraújo teve seu livro sobreo cantorRoberto Carlosrecolhido porordem judicial
Reprodução
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