Upload
jefferson-baptista-macedo
View
46
Download
0
Tags:
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Psicologia do Desenvolvimento
Citation preview
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
O desenvolvimento psicológico
na segunda infânciaquando as crianças começam a compreender
emoções, desejos, intenções e crenças
Prof. Jefferson Baptista MacedoAgosto/2015
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Os estudos sobre o desenvolvimento humano na
área da Psicologia buscam compreender aspectos
relacionados às mudanças quantitativas e
qualitativas que ocorrem nos domínios físico,
cognitivo e psicossocial do ser humano, tendo em
vista descrever, explicar, prever e modificar o
comportamento (Papalia, et al, 2006).
O desenvolvimento psicológico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Contexto
Histórico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Século XIX
• Nascimento da Psicologia Científica...
• Wundt = a mente como objeto e a
introspecção como método...
• Surgem as primeiras propostas teórico-
metodológicas (Schultz & Schultz, 1994).
Contexto histórico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Os primeiros 50 anos do Século XX
• Behaviorismo - o comportamento como objeto de estudo...
• Psicanálise - a mente como objeto e a introspecção como método...
• O confronto metodológico pela busca da supremacia...
• Apresentação de resultados insuficientes...
• Surgimento de uma crise de paradigmática...
• Nascimento das psicologias humanistas e transpessoais
(Schultz & Schultz, 1994).
Contexto histórico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Décadas de 1950/1960
Em reação a esse cenário surge o cognitivismo, que inclui...
• o reconhecimento da insuficiência dos modelos teóricos existentes...
• o aparecimento e a ascensão de áreas como da Inteligência Artificial...
• as ideias inovadoras na área de linguística, de Noam Chomsky...
• um novo paradigma sobre a pesquisa científica,
pelo racionalismo crítico de Karl Popper (Schultz & Schultz, 1994).
Contexto histórico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Contexto
Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
O cognitivismo, buscando compreender a
mente, deu origem à Ciência Cognitiva,
integrando conhecimentos de áreas como...
Contexto Científico
Antropologia Psicologia
Neurociência
Ciências da
Computação
Linguística
Filosofia
da Mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A Ciência Cognitiva se caracteriza pelo estudo
científico da mente, tendo como foco a cognição
humana, como fenômeno que contempla a relação
entre os estados mentais e a produção de
comportamentos inteligentes e orientados a um
objeto ou evento (Schultz & Schultz, 1994).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Em 1956 surgiram as primeiras publicações de
estudos importantes realizados por Jerome Seymour
Bruner (1915-), George Allen Austin (1923-1956) e
Jacqueline Jarrett Goodnow (1924-2014), sendo as
primeiras tentativas de abordar temas tratados na
Psicologia sob uma perspectiva cognitivista e
considerado o nascimento formal da Psicologia
Cognitiva (Schultz & Schultz, 1994).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Um marco reconhecido na área foi a publicação, em
1967, do livro Cognitive Psychology, de Ulric Neisser
(1928-2012). A partir desta publicação, foi definida
assim...
Psicologia Cognitiva é o estudo dos processos de
tratamento de informação pelos quais a mente, por
meio da representação psíquica, assegura a gestão
do comportamento humano (Schultz & Schultz, 1994).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A Psicologia Cognitiva tem como objeto
de estudo os processos simbólicos
e as representações mentais que
subsidiam os fenômenos e atividades
cognitivas (Eysenck & Keane, 1994).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
As representações mentais constituem o processo
pelo qual o ser humano cria na mente um modelo do
mundo real ou um estado mental relacionado a ele...
São códigos, palavras ou imagens criadas para mediar
a relação do sujeito com o meio externo, nomeando os
estados mentais relacionados aos conteúdos recebidos,
estando eles presentes ou ausentes (Eysenck & Keane, 1994).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
O campo de pesquisas que têm como foco as questões
pertinentes às representações mentais e sua relação
com comportamentos externalizados é denominado de
Psicologia Cognitiva Experimental...
Constitui-se como uma das correntes da Psicologia
Cognitiva, dentre outras que existem (Neufeld & Stein, 2011).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A Psicologia Cognitiva Experimental é
influenciada por movimentos teóricos, perspectivas
filosóficas e recursos tecnológicos provenientes de
áreas como a Neuropsicologia Cognitiva, a
Ciência Cognitiva Computacional e a
Neurociência Cognitiva, dentre outras (Neufeld & Stein, 2011).
Contexto Científico
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
As pesquisas
com crianças
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Sob uma perspectiva histórica, a
respeito do conhecimento sobre a
mente das crianças, pode-se
destacar 3 fases principais de
investigação na área da
Psicologia Cognitiva (Flavell, 2004).
As pesquisas com crianças
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A primeira fase, na década de 1950, direta
ou indiretamente, resultou das teorias e
investigações realizadas por Jean Piaget
(1896-1980)...
Piaget a acreditava que quando as crianças
começavam a se desenvolver cognitivamente,
incialmente são egocêntricas, não conhece
domínios conceituais, perceptuais ou afetivos (Flavell, 2004).
As pesquisas com crianças
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A segunda fase, a partir início dos anos de 1970,
incluía teorias e pesquisas sobre o desenvolvimento
da metacognição em crianças, com destaque para o
pesquisador John Flavell (1928-)...
Metacognição é a habilidade de reconhecer os
próprios processos cognitivos e controlá-los, monitorando,
organizando e modificando-os para realizar tarefas
específicas como ler, calcular, raciocinar, dentre outras e,
sozinho, selecionar e usar a melhor estratégia para
executá-las (Flavell, 2004).
As pesquisas com crianças
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A terceira fase começou na década de 1980 e
teve como foco estudar os processos cognitivos
elaborados pelas crianças que a permite interpretar
as informações que recebe do meio e teorizar sobre
as situações sociais, fazendo previsões e
antecipando novos eventos (Flavell, 2004).
As pesquisas com crianças
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A compreensão que crianças desenvolvem, nos
primeiros anos de vida, sobre estados mentais como
desejos, emoções, intenções e crenças, que a
possibilitará criar hipóteses e prever as ações de
outras pessoas em diferentes situações...
Essa habilidade considerada essencial à adaptação da
vida social foi denominada na literatura científica como
teoria da mente (Wimmer & Perner, 1983).
As pesquisas com crianças
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Teoria da
Mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Desde seu surgimento, o termo teoria da mente passou a
ser utilizado para se referir a 3 diferentes fenômenos...
• uma estrutura cognitiva que leva ao desenvolvimento de
certas habilidades...
• uma perspectiva teórica que busca explicar esse
desenvolvimento sociocognitivo...
• uma área de pesquisa e investigação
dessas habilidades.
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Quando a criança desenvolve uma
teoria da mente torna-se capaz de...
• identificar manifestações de emoções...
• interpretar desejos...
• reconhecer intenções...
• formar conceitos sobre crenças
verdadeiras ou falsas (Dunn, et al, 1991).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Mesmo ainda sem ter a
linguagem desenvolvida,
pesquisas revelaram que muito
precocemente crianças entre
15 e 18 meses já conseguem
distinguir emoções simples de
outras pessoas das suas
próprias (Flavell, 1999).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Entre 3 e 6 anos, as crianças percebem
que pensamentos são atividades
internas, não se confundem com ações
físicas ou outros objetos e eventos
externos (Flavell, 1999).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Por volta dos 3 anos, as
crianças demonstram entender
que, assim como os desejos, o
pensamento faz referência a
objetos presentes, ausentes ou
não reais e pode ser
representado por termos que
expressam esses estados
mentais (Flavell, 1999).
A teoria da mente teoria da mente
de 1ª ordem
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Por volta dos 3 anos, as
crianças demonstram entender
que, assim como os desejos, o
pensamento faz referência a
objetos presentes, ausentes ou
não reais e pode ser
representado por termos que
expressam esses estados
mentais (Flavell, 1999).
A teoria da mente teoria da mente
de 1ª ordem
teoria da mente
de 2ª ordem
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Por volta dos 3 anos, as
crianças demonstram entender
que, assim como os desejos, o
pensamento faz referência a
objetos presentes, ausentes ou
não reais e pode ser
representado por termos que
expressam esses estados
mentais (Flavell, 1999).
A teoria da mente teoria da mente
de 1ª ordem
teoria da mente
de 2ª ordem
teoria da mente
de 3ª ordem
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Palavras que representam estados mentais
relacionados a emoções, desejos, intenções
e crenças, são verbos que buscam
expressar estados internos não acessíveis
diretamente à observação, como sentir,
desejar, querer, achar, são denominados
termos mentais (Flavell, 1999).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Os termos mentais compõem a denominada
folk psychology, um paradigma das
ciências psicológicas que se caracteriza pelo
uso de um vocabulário em que conceitos
mentais, como os já citados, são utilizados
de modo que se possa compreendê-los e,
com isso, descrever e prever o
comportamento humano (Dennett, 1997).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Assim, a folk psychology adotando conceitos
provenientes dos estados mentais, possibilita
que os mesmos sejam passíveis de verificação
semântica, ou seja, avaliação de seu conteúdo
proposicional e sua relação com o comporta-
mento, este sim, observável (Dennett, 1997).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A inserção social da criança apoia-se no principal
instrumento de representação e mediação simbólica,
que é linguagem...
É a linguagem, como função executiva, que possibilita
a representação de estados mentais.
Crianças que já possuem desenvolvidas certas
competências linguísticas, comunicam e interpretam
estados mentais como mais facilidade (Astington & Baird, 2005).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A teoria da mente
É no convívio social, por meio das
interações linguísticas, que a
criança aprende a diferenciar situações
que envolvem emoções, desejos,
intenções e crenças de outras pessoas
e interagir com elas frente aos seus
próprios estados mentais (Astington & Baird, 2005).
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
O termo teoria da mente entrou para a
literatura científica pelo menos por duas vias
diferentes. A mais conhecida remete a por David
Premack e Guy Woodrulff (1978), que usaram o
termo nas investigações que realizaram com
cognição em primatas, definindo-o como um
sistema de inferências que podem ser
usados para prever o comportamento de
indivíduos, atribuindo estados mentais a eles (Astington & Baird, 2005).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A pesquisa em
Teoria da Mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Dois procedimentos metodológicos se
destacaram nos meios de pesquisa sobre a
compreensão de estados mentais:
• a abordagem sócio-interpretativa
• a abordagem cognitivo-causal
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Na abordagem sócio-interpretativa
os pesquisadores buscam analisar os fatos
em meio às interações que ocorrem em um
contexto social concreto...
Os dados analisados contemplam
observações de expressões linguísticas e
termos mentais que crianças utilizam
comumente em situações de
brincadeiras de faz-de-conta.
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Na abordagem cognitivo-causal, os
dados são coletados a partir dos resultados
apresentados em atividades controladas
(tarefas) que incidem às crianças a mobilizar
a habilidade a ser analisada de forma mais
pontual e precisa, possibilitando uma
pesquisa de caráter experimental.
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Heinz Wimmer e Joseph Perner (1983), da
Universidade de Salzburg, Áustria, foram os
primeiros a realizar estudos com crianças e,
inspirados nos estudos de Premack e
Woodruff (1878), desenvolveram uma
atividade experimental que foi denominada
de tarefa de crença falsa, inaugurando
assim, um importante paradigma de pesquisa
experimental no campo da cognição social (Astington & Baird, 2005).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A tarefa de crença falsa consiste em um
procedimento no qual conta-se à criança uma história em
que o protagonista possui uma crença que claramente
não condiz com a realidade conhecida por ela...
O objetivo é verificar se a criança consegue distinguir
crença e realidade, ou seja, diferenciar o pensamento de
uma outra pessoa que pode estar enganada em relação
aos fatos da realidade conhecida por ela (Astington & Baird, 2005).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A tarefa da crença falsa original criada por
Wimmer e Perner (1983) é considerada clássica e,
desde os primeiros estudos, variações da tarefa vêm
elaboradas e utilizadas com o intuito de verificar,
com mais precisão, os aspectos relacionados à
compreensão de estados mentais.
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Na tarefa de crença falsa de Wimmer e Perner
(1983) uma história é narrada, na qual, claramente,
o protagonista tem uma crença incompatível com a
realidade...
Pede-se, então, à criança para predizer o que o
protagonista irá fazer naquela situação...
Originalmente, a tarefa de crença falsa criada por
Wimmer e Perner (1983) conta, com o uso de
maquetes e bonecos, a história de Maxi:
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
“Maxi foi fazer compras com a
sua mãe, ao chegar do mercado,
ele a ajudou a guardar o que
tinham comprado...”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
“Maxi guardou o chocolate
no armário verde e saiu
para brincar...”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
“Maxi guardou o chocolate
no armário verde e saiu
para brincar...”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
“Enquanto Maxi estava fora, sua mãe
pegou o chocolate do armário verde e
colocou no armário azul.”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
“Enquanto Maxi estava fora, sua mãe
pegou o chocolate do armário verde e
colocou no armário azul.”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
“Maxi fica com fome e
resolve parar de
brincar para comer um
pedaço do chocolate...”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Após contar a história, pergunta-
se à criança...
“Ao chegar na cozinha onde
ele irá procurar o
chocolate? No armário
verde ou no armário azul?”
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
O esperado é que a criança
responda que Maxi irá procurar o
chocolate no armário verde,
indicando distinguir a sua crença
da crença falsa de Maxi.
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
A Escala de Tarefas em
Teoria da Mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Alguns aos depois, Henry Wellman e David Liu (2004)
realizaram uma meta-análise sobre as tarefas aplicadas
nas pesquisas sobre a compreensão de estados mentais...
Identificaram 7 categorias de tarefas e, com base nelas,
criaram uma Escala de Tarefas em Teoria da Mente,
organizada por ordem de dificuldade apresentada nos
resultados obtidos nas pesquisas.
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
1 – Tarefa de desejos diferentes
Consiste na criança fazer um julgamento para
predizer a ação do outro em uma situação em
que ela própria e esse outro têm desejos
diferentes relacionados aos mesmos objetos(Repacholi & Gopnik, 1997; Wellman & Wooley, 1990).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
2 – Tarefa de crenças diferentes
A criança faz um julgamento da ação do outro,
quando ela apresenta crença diferente do outro
sobre os mesmos objetos, sem que ela própria
saiba se a crença do outro é falsa ou verdadeira (Wellman & Bartsch, 1989; Wellman, et al., 1996).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
3 – Tarefa de acesso ao conhecimento
A criança, sabendo o conteúdo de uma caixa, avalia o que
outra pessoa sabe sobre o conteúdo dessa caixa, tendo
ciência que essa outra pessoa não conhece o conteúdo da
caixa (Pillow, 1989; Pratt & Bryant, 1990).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
4 – Tarefa de crença falsa: conteúdo
A criança sabe o conteúdo de uma caixa e faz um
julgamento sobre a crença falsa de outra pessoa sobre
esse o conteúdo dessa caixa (Perner, Leekam & Wimmer, 1987).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
5 – Tarefa de crenças diferentes
A criança deve responder antecipadamente em que
local a outra pessoa irá procurar um determinado
objeto, depois que este é mudado de local sem que
essa pessoa saiba (Siegal & Beattie, 1991; Wellman & Bartsch, 1988).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
6 – Tarefa de crença e emoção
Consiste na criança julgar a emoção de outra
pessoa quando na situação de uma crença
equivocada (Harris, et al., 1989).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
7 – Tarefa de emoção real-aparente
A criança deve julgar, em uma situação específica,
como uma pessoa se sente e como ela demonstra se
sentir (Harris, et al., 1986).
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
As respostas das crianças nas tarefas de crença falsa são
pontuadas por valores nominais, através do seguinte critério..
(1) = resposta correta ou esperada
(0) = resposta incorreta ou não esperada
Os resultados são computados a fim de se compor um escore
com todas as tarefas da escala, indicando quantitativamente
o nível de desenvolvimento da compreensão de estados
mentais.
A pesquisa em teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Compreendendo melhor a si
mesmo e o outro, a criança regula
boa parte de suas próprias ações
e comportamentos, o que
favorece sua aprendizagem
e ajustamento no mundo das
relações sociais (Dunn, et al, 1991).
A teoria da mente
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
Astington, Janet Wilde & Gopnik, Alisson. (1991). Theoretical explanations of children's understanding of mind. British
Journal of Developmental Psychology, v.9, p.7-31.
Astington, Janet Wilde & Jodie A. Baird. (2005). Why Language Matters for Theory of Mind. New York: Oxford University.
Dennett, Daniel C. (1997). Tipos de mentes: rumo a uma compressão da consciência. Rio de Janeiro: Rocco.
Dunn, J.; Brown, J. & Beardsall, L. Family talk about feeling states and children’s later understanding of others’
emotions. Developmental Psychology, 1991, 27, 448-455.
Eysenck, M. W. & Keane, M. T. (1994). Psicologia Cognitiva: um manual introdutório. Porto Alegre: Artes Médicas.
Flavell, John H. (1999). Cognitive development: children’s knowledge about the mind. Annu. Rev. Psychol. 50:21.45.
Flavell, John H. (2004).Theory-of-Mind Development: Retrospect and Prospect. Merrill-Palmer Quarterly, July, Vol. 50, No. 3,
pp. 274–290.
Neufeld, Carmem Beatriz; Brust, Priscila Goergen & Stein, Lilian Milnitsky. (2011). Bases Epistemológicas da Psicologia
Cognitiva Experimental1. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, Jan-Mar 2011, Vol. 27 n. 1, pp. 103-112.
Papalia, Daiane E.; Olds, Sally Wendkos & Feldman, Ruth Duskin. (2006). Desenvolvimento Humano. 8.ed. Porto Alegre:
ArtMed.
Schultz D. P. & Schultz S. E. (1994). História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix.
Wellman, Henry M. & Liu, D. (2004). Scaling of Theory-of-Mind Tasks. Child Development, n.75, p.523-541.
Wimmer, H. & Perner, J. Beliefs about beliefs: Representation and constraining function of wrong beliefs in young children’s
understanding of deception. Cognition, 1983, n.13, p.103–128.
Referências
© Prof. Jefferson Baptista Macedo / 2015
O desenvolvimento psicológico
na segunda infânciaquando as crianças começam a compreender
emoções, desejos, intenções e crenças
Prof. Jefferson Baptista Macedo
Doutorando em Psicologia da Educação-PUCSP. Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação. Graduado
em Pedagogia e Pós-graduado em Psicopedagogia pela Universidade Braz Cubas e Pós-graduado em Liderança e Gestão
de Pessoas pelo Leadership Training Ministry-LTM (CAN). Membro do CONSU 2010-2012 da Universidade de Mogi das
Cruzes. Coordenador Acadêmico dos Cursos de Pedagogia, Letras e História e Coordenador do Apoio Psicopedagógico da
Universidade de Mogi das Cruzes/Campus Villa-Lobos até 2013. Coordenador Pedagógico do Programa Alfabetização
Solidária na Universidade Braz Cubas até 2009. Coordenador do Projeto África/Moçambique pelo Instituto Shaddai desde
2001. Professor convidado do LTM - Leadership Training Ministry - Alberta/Canadá desde 2001. Professor dos cursos de
Psicologia, Pedagogia e Pós-graduação em Psicopedagogia da Universidade Braz Cubas/SP até 2009. Professor de Pós-
graduação em Metodologias de Trabalho com Famílias e Direito Educacional da Faculdade Bagozzi – Curitiba/PR.
Professor dos cursos de Pedagogia, Psicologia, Direito e Pós-graduação na Universidade de Mogi das Cruzes/SP.
Delegado eleito na CONAE 2010/Brasília para o novo Plano Nacional de Educação PNE 2011-2020. Pesquisador na área
de Políticas Educacionais e Práticas Educativas do Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas da UMC.