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1 OS BENEFÍCIOS DAS MASSAGENS FACIAIS: BAMBU, CONCHAS, MODELADORA, RELAXANTE Daniane Denize Hannibal 1 Mariane Aparecida Corrêa 2 Fabiane Dell Antônio 3 Resumo: A pele é o maior órgão do corpo humano, por ser o envoltório do mesmo, apresenta os principais sinais do envelhecimento. O envelhecimento humano pode ser influenciado por dois fatores: intrínsecos, que seriam aqueles já esperado, chamado também de envelhecimento cronológico, e fatores extrínsecos que ocorrem devido aos hábitos alimentares e fatores ambientais. As alterações principais do envelhecimento intrínseco variam de desidratação até rugas e flacidez, já as alterações do envelhecimento extrínseco variam de acordo com a exposição solar, faixa etária e susceptibilidade individual. Essas alterações são inevitáveis com o passar dos anos, pois o envelhecimento faz parte de um ciclo vital, que todo o ser vivo está sujeito com o avançar da idade, podendo ser somente desacelerado. Uma das terapias alternativas para o antienvelhecimento é a massagem facial que visa a recuperação epidérmica, a renovação do extrato córneo e a estimulação da circulação superficial. Desta forma foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de apresentar os benefícios das massagens faciais realizada com bambu, conchas, modeladora e relaxante. Conclui-se com este estudo, que em geral todas as massagens faciais abordadas apresentam efeitos benéficos contra os sinais do envelhecimento cutâneo. Palavras-chaves: Envelhecimento. Estética. Massagem. Facial. 1 INTRODUÇÃO Envelhecer é um processo natural e inevitável. Afirmam Gilchrest e Krutmann (2007), que na medida em que a expectativa de vida aumenta, cresce também a preocupação das pessoas com a aparência. 1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. graduada em Fisioterapia pela Associação Catarinense de Ensino (1996), mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do Contestado - UnC/SC (2003). Tem especialização em Fisioterapia em Uroginecológica - CBES/PR e especialização em andamento em Sexualidade Humana - USP/SP. E-mail: [email protected]

Daniane Hannibal, Mariane Correa

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livro sobre estetica

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    OS BENEFCIOS DAS MASSAGENS FACIAIS: BAMBU, CONCHAS, MODELADORA, RELAXANTE

    Daniane Denize Hannibal 1 Mariane Aparecida Corra 2

    Fabiane Dell Antnio 3

    Resumo: A pele o maior rgo do corpo humano, por ser o envoltrio do mesmo, apresenta os principais sinais do envelhecimento. O envelhecimento humano pode ser influenciado por dois fatores: intrnsecos, que seriam aqueles j esperado, chamado tambm de envelhecimento cronolgico, e fatores extrnsecos que ocorrem devido aos hbitos alimentares e fatores ambientais. As alteraes principais do envelhecimento intrnseco variam de desidratao at rugas e flacidez, j as alteraes do envelhecimento extrnseco variam de acordo com a exposio solar, faixa etria e susceptibilidade individual. Essas alteraes so inevitveis com o passar dos anos, pois o envelhecimento faz parte de um ciclo vital, que todo o ser vivo est sujeito com o avanar da idade, podendo ser somente desacelerado. Uma das terapias alternativas para o antienvelhecimento a massagem facial que visa a recuperao epidrmica, a renovao do extrato crneo e a estimulao da circulao superficial. Desta forma foi realizada uma pesquisa bibliogrfica com o objetivo de apresentar os benefcios das massagens faciais realizada com bambu, conchas, modeladora e relaxante. Conclui-se com este estudo, que em geral todas as massagens faciais abordadas apresentam efeitos benficos contra os sinais do envelhecimento cutneo. Palavras-chaves: Envelhecimento. Esttica. Massagem. Facial.

    1 INTRODUO

    Envelhecer um processo natural e inevitvel. Afirmam Gilchrest e Krutmann

    (2007), que na medida em que a expectativa de vida aumenta, cresce tambm a

    preocupao das pessoas com a aparncia.

    1 Acadmica do Curso de Cosmetologia e Esttica da Universidade do Vale do Itaja UNIVALI, Balnerio Cambori, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2 Acadmica do Curso de Cosmetologia e Esttica da Universidade do Vale do Itaja UNIVALI, Balnerio Cambori, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Esttica da Universidade do Vale do Itaja UNIVALI, Balnerio Cambori, Santa Catarina. graduada em Fisioterapia pela Associao Catarinense de Ensino (1996), mestrado em Cincias da Sade Humana pela Universidade do Contestado - UnC/SC (2003). Tem especializao em Fisioterapia em Uroginecolgica - CBES/PR e especializao em andamento em Sexualidade Humana - USP/SP. E-mail: [email protected]

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    Scotti e Velasco (2003), relatam que com o envelhecimento ocorrem alteraes na

    elasticidade, brilho, textura e cor da pele, e essas alteraes interferem na

    autoestima. A sociedade procura na rea da esttica mais uma forma de buscar

    meios que possam melhorar a autoestima e a qualidade de vida.

    Uma das terapias alternativas descrita por Guirro e Guirro (2004), para o

    antienvelhecimento a massagem facial. Segundo Dias (2005), a massagem facial

    aumenta o metabolismo celular, desintoxica, aumenta a permeabilidade cutnea e

    promove o relaxamento e bem estar.

    Analisando essas informaes este trabalho tem como objetivo apresentar os

    benefcios das massagens faciais realizada com bambu, concha, massagem

    modeladora e relaxante.

    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Pele

    A pele o maior rgo do corpo humano por estar distribuda por toda a superfcie

    do organismo, tornando-se assim uma defesa do mesmo (SCOTTI e VELASCO,

    2003). A pele possui varias funes. Alm de ser o envoltrio do corpo, a mesma

    protege contra o ambiente externo, impermevel gua, possui funes

    sensoriais, preserva os fluidos corporais, extremamente importante na absoro

    da radiao ultravioleta e na produo da vitamina D (DU VIVIER, 2004).

    A estrutura bsica da pele, segundo Souza e Vargas (2004), formada por tecidos

    de origem ectodrmica e mesodrmica que se arranjam em trs camadas distintas:

    epiderme, derme e hipoderme, cada qual com estruturas e funes diferentes.

    Na concepo de Harris (2009), a epiderme possui uma espessura que varia de 1,3

    mm na palma das mos e 0,06 mm na face. Esta no possui circulao sangunea

    direta, os nutrientes so absorvidos atravs de capilaridade. A funo da epiderme

    proteger o organismo do ambiente externo, evitando que substncias estranhas

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    entrem no mesmo e reter o contedo interno, preservando a gua, eletrlitos e

    nutrientes. A epiderme constituda por quatro camadas: estrato crneo, estrato

    granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. As clulas que formam esses estratos,

    os queratincitos, alteram-se durante o processo de maturao at o momento de

    serem renovadas.

    A derme, dentro do raciocnio de Scotti e Velasco (2003), composta por duas

    camadas de limites no muito distintos: a papilar superficial e a reticular mais

    profunda. Na superfcie externa da derme, existem salincias (papilas drmicas) que

    do um aspecto irregular ao tecido e que acompanham as reentrncias da epiderme.

    A camada papilar formada por tecido conjuntivo frouxo cujo o qual possui fibrilas

    especiais de colgeno que se inserem na membrana basal e penetram

    profundamente na derme. A funo destas fibrilas prender a derme na epiderme. A

    camada reticular mais espessa e constituda de tecido conjuntivo denso, esta

    apresenta maior quantidade de fibras colgenas do que a camada papilar. Tanto a

    camada papilar quanto a camada reticular apresentam muitas fibras elsticas,

    nervos, vasos sanguneos e linfticos. na derme que tambm so encontrados os

    anexos cutneos: pelos, unhas, glndulas sebceas e sudorparas.

    Segundo Guirro e Guirro (2004), a hipoderme formada por clulas denominadas

    adipcitos, e fica localizada abaixo da derme. A funo desta servir de suporte e

    juno da derme com os rgos subjacentes, proporcionar a pele uma considervel

    amplitude de movimento, regular a temperatura do organismo e metabolizar e

    armazenar a gordura do corpo.

    2.2 Envelhecimento

    A preocupao com o envelhecimento cresce constantemente e atinge homens e

    mulheres, advoga Dias (2005). Salienta Borelli (2004), que existem vrias teorias

    que tentam explicar o processo do envelhecimento, mas nenhuma delas sozinha

    capaz de esclarecer este mistrio que leva a morte celular.

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    No entendimento de Scotti e Velasco (2003), o envelhecimento gera alteraes

    fisiolgicas, que fazem parte de um ciclo vital, ao qual todos os seres vivos esto

    sujeitos com o avanar da idade. Essas alteraes iro depender da qualidade de

    vida que cada indivduo teve durante sua existncia, e tambm aos fatores

    intrnsecos e extrnsecos. Para Weineck (2005), resumidamente h duas maneiras

    de se explicar o envelhecimento. A primeira se d pela somao de danos

    genticos, e a segunda diz que a clula est programada geneticamente para

    deteriorar-se ou morrer. Na linha de pensamento de Silva, Vieira e Motta, (2010) o

    envelhecimento um processo natural, progressivo, gradual e irreversvel, podendo

    ser somente desacelerado. Juntamente por fatores genticos e acmulo de diversas

    agresses ambientais.

    Para Gomes e Gabriel (2006) os fatores intrnsecos seriam aqueles j esperados,

    previsveis ao longo da vida, chamado tambm de envelhecimento cronolgico, que

    possui tambm base hereditria. J o envelhecimento extrnseco, causado por

    fatores ambientais como: poluio, tabagismo, bebida alcolica e principalmente a

    ao dos raios ultravioleta, por esse motivo tambm conhecido como foto

    envelhecimento.

    Na compreenso de Matos et al (2008), as principais alteraes do envelhecimento

    intrnseco variam de desidratao at rugas e flacidez. J as alteraes do

    envelhecimento extrnseco variam de acordo com a exposio solar, faixa etria e

    susceptibilidade individual. Os aspectos histolgicos manifestado na pele

    envelhecida podem ser visualizados no quadro 1.

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    Quadro 1 Aspectos histolgico da pele envelhecida

    Fonte: Harris (2009).

    2.3 Rugas

    Para o entendimento de Kede e Pontes (2009) a idade da pele de uma pessoa pode

    se determinar pela presena de algumas alteraes como, por exemplo, as rugas.

    As rugas so resultados das mudanas estruturais que ocorrem em reas

    especficas, em consequncia ao processo de envelhecimento. O mecanismo exato

    da formao da ruga no totalmente elucidado.

    Para Montebello (2000) diariamente franzimos a pele at formar as rugas de

    expresso, contramos os nossos msculos at o limite mximo deixando-os

    congestionados. Os msculos e a pele refletem o nosso estado emocional, o nosso

    estresse. Complementa Siqueira (2008) que quando o msculo perde a elasticidade

    ele perde a capacidade de voltar ao seu tamanho normal, pois quando contramos

    os msculos eles ficam encurtados e tensos formando as rugas.

    J na concepo de Oliveira e Perez (2008), as rugas so formadas por alguns

    fatores, como: diminuio das fibras elsticas, rigidez das fibras colgenas, declnio

    do tecido conjuntivo, diminuio da oxigenao dos tecidos e desidratao

    Envelhecimento intrnseco Envelhecimento extrnseco

    Pele atrfica, fina Padro irregular de espessamento

    Degenerao de colgeno e elastina Degenerao de colgeno e elastina

    Possvel desenvolvimento de tumores Possvel desenvolvimento de tumores

    caractersticos

    Clareamento e acromias Hipercromias

    Ressecamento Teliangectasias

    Alteraes nos pelos Expresso acentuada de metaloproteinases

    Aumento das glndulas sebceas

    Dificuldades na reposio do manto

    hidrolipdico

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    excessiva da pele. As rugas so consequncia do envelhecimento e variam de um

    indivduo para o outro. Esto divididas em:

    Dinmicas: ocorrem pelo excesso de mmica facial

    Estticas: ocorrem pela fadiga das estruturas da pele, pelos movimentos

    repetitivos.

    Profundas: Ocorrem pelos danos causados pela exposio solar, quando

    esticadas no sofrem modificaes.

    Superficiais: ocorrem devido ao envelhecimento cronolgico, quando esticadas se

    modificam.

    Na concepo de Lapierri Pierard as rugas classifica-se em:

    Grau I: Linhas de expresso, formadas pela contrao dos msculos faciais.

    Grau II: Rugas finas ou ondulaes com alterao dermoepidrmica.

    Grau III: Dobras, pregas ou rugas gravitacionais, com alterao derme

    epidrmicas e do subcutneo (PSENDZIUK, 2008).

    2.4 Esttica

    Descreve Nogare (2008), que de acordo com a organizao Mundial da Sade

    (OMS), sade no somente ausncia de doena, mas tambm quer dizer bem

    estar fsico, mental e social. Levando em considerao esta definio no se pode

    pensar em sade sem pensar em esttica, pois ambas so responsveis pela

    promoo da sade e da qualidade de vida. A esttica preocupa-se tanto com a

    beleza exterior do ser humano, quanto com o seu bem estar mental. Atualmente, a

    esttica dispe de tratamentos que beneficiam o ser humano por inteiro. Estes

    tratamentos promovem um bem estar fsico e mental, proporcionando o aumento da

    autoestima e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

  • 7

    2.5 Massagem

    A massagem utilizada pelo ser humano como forma de terapia desde a pr-

    histria. Por volta de 460 a.C , Hipcrates descreveu o uso da massagem pelos

    mdicos, e Homero fez esse relato por volta de 1200 a.C. A massagem era utilizada

    pelos gregos e romanos em banhos, com o objetivo de preservar a sade e a beleza

    do corpo (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

    A massagem definida por Faanha (2003), como uma frico deslizante que utiliza

    presso sobre o tecido e tem o objetivo de descongestionar e eliminar as toxinas do

    organismo, melhorar a circulao sangunea e acalmar o sistema nervoso. J na

    viso de Fritz (2002), a massagem a arte cientfica de avaliar e aplicar tcnicas de

    massagem aos tecidos do corpo, como por exemplo: pele, msculos, tendes,

    ligamentos e fscias.

    2.5.1 Efeitos Fisiolgicos da Massagem

    Na concepo de Fritz (2002), os efeitos fisiolgicos fundamentais da massagem

    esto divididos em duas categorias: mtodos reflexos e mtodos mecnicos. Os

    efeitos reflexos esto ligados ao sistema nervoso, endcrino e as substncias

    qumicas do organismo. J os efeitos mecnicos de acordo com Guirro e Guirro

    (2004); so consequncia da presso exercida sobre o tecido massageado e

    tambm uma ao reflexa indireta ocasionada pela liberao de substncias

    vasoativas.

    Os efeitos mecnicos da massagem de acordo com Cassar (2001), consistem em:

    alongamento e relaxamento dos msculos e melhora da circulao venosa e

    linftica. J os efeitos reflexos na concepo de Fritz (2002), consistem na

    estimulao do sistema nervoso, do sistema endcrino e nas substncias qumicas

    do corpo. O reflexo a resposta natural de um estmulo, e proporcionado pela

    massagem.

  • 8

    De acordo com a linha de pensamento de Cassar (2001), difcil denominar

    exatamente quais so os efeitos mecnicos e reflexos da massagem, devido ao fato

    desses efeitos estarem ligados entre si. Dizer que uma manobra de massagem gera

    um efeito somente mecnico ou reflexo complicado, porque o simples contato da

    mo do terapeuta com a pele do indivduo ocasiona um reflexo neural.

    Os efeitos, que a massagem facial proporciona pele, na compreenso de Faanha

    (2003), so: a eliminao das clulas mortas do extrato crneo, fortalecimento da

    musculatura facial, melhora na penetrao dos cosmticos, preveno de rugas e

    melhora no aspecto e na firmeza da pele.

    2.5.2 Indicaes

    As indicaes da massagem devem ser feitas de acordo com os benefcios que esta

    trar a sade do indivduo afirma Fritz (2002). A massagem deve ser aplicada em

    um indivduo quando houver necessidade, ou seja, quando o cliente apresentar

    situaes onde a massagem indicada, como, por exemplo: edemas, hematomas,

    cicatrizes aderentes e tenso muscular (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

    Na concepo de Botsaris e Addor (2007), a massagem indicada para tratar rugas

    e melhorar o aspecto da pele, pois a massagem estimula a sntese de colgeno e

    elastina. Uma das terapias alternativas descrita por Guirro e Guirro (2004), para o

    antienvelhecimento a massagem facial que visa recuperao epidrmica, a

    renovao do extrato crneo e a estimulao da circulao superficial.

    A massagem exerce um importante trabalho na revitalizao facial. Hoje nenhum

    tratamento cosmtico consegue sozinho resolver os problemas de envelhecimento

    (RANUZIA, 2000).

    2.5.3 Contra indicaes

    Brown (2001), afirma que apesar da massagem ser uma terapia segura e relaxante,

    s vezes necessrio ter alguns cuidados com a aplicao da mesma. A massagem

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    tambm tem suas contra indicaes. Algumas delas so: doenas infecciosas, reas

    purulentas, cicatrizes recentes, leses recentes, inflamaes, e ndulos.

    2.5.4 Tipos de Massagem

    Calvi, Rodrigues e Gelsi (2010), relatam que a massagem facial com bambus tem

    origem na Frana, e vem sendo utilizada no mundo todo pelo fato de ser uma

    tcnica eficiente e prtica. O principal objetivo da tcnica promover o

    rejuvenescimento facial, melhorando a elasticidade da pele e a tonificao muscular.

    A massagem realizada atravs das manobras de drenagem linftica manual, que

    promovem, melhora da circulao venosa e a melhora do funcionamento do

    sistema linftico, acelerando a mobilizao da linfa at os gnglios linfticos.

    Primeiramente necessrio estimular os principais gnglios linfticos manualmente,

    e em seguida realiza-se as manobras no sentido e direo do sistema linftico. O kit

    de bambu geralmente composto por sete dez varetas com tamanhos diferentes,

    que agem como se fossem o prolongamento dos dedos, e se adaptam aos

    contornos da face, facilitando a aplicao da tcnica. A tcnica tambm permite que

    seja associado a estimulao de alguns pontos de acupuntura que iro promover

    bem estar fsico e equilbrio energtico capaz de integrar corpo, mente e esprito. Os

    pontos de acupuntura podem ser estimulados atravs da ponta dos dedos e com a

    extremidade do bambu, fazendo uma presso nestes pontos por alguns segundos,

    visando a harmonizao destes. A assepsia do bambu deve ser feita com lcool

    70%, porm no se deve utilizar o lcool na parte interna do bambu.

    Na concepo de Psendziuk (2007), a massagem facial com bambus utilizada

    para tratamentos faciais de envelhecimento visto que, a tcnica promete aliviar as

    tenses musculares, ativar a circulao, a desintoxicao, estimula a renovao

    celular, promove modelagem facial e tonifica os msculos. Meyer (2006), descreve

    que possvel realizar um lifting no rosto com a massagem usando as varetas de

    bambu.

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    A massagem relaxante se d pela mobilizao dos tecidos atravs das mos ou de

    objetos especficos, a fim de oferecer ao cliente mais conforto e bem estar,

    proporcionando um relaxamento muscular, fsico e mental. As manobras utilizadas

    na massagem so as manobras de: deslizamento, amassamento, pinamento e

    tamburilamento. A massagem indicada para em casos de estresse fsico e mental,

    e contraindicada em casos de inflamaes, infeces e leses na pele. Os efeitos

    fisiolgicos que a massagem relaxante promove so: melhora da circulao venosa

    e linftica, melhora da nutrio do tecido, melhora da oxigenao do tecido e a

    desintoxicao. (VASCONSELOS, ARANTES, SOUZA, 2008)

    A massagem modeladora descrita por Montebello (2008) previne e conserva a

    beleza cutnea, com o objetivo de recompor e harmonizar. A massagem realizada

    manualmente com movimentos de leque, pinamento, estiramento em tesoura,

    amassamento e movimentos de vibrao, agindo de forma direta sobre a pele e nos

    tecidos subjacentes, estimula a circulao sangunea e linftica, melhora a

    elasticidade da pele, a estrutura muscular e tambm a tonificao muscular.

    Complementam Vasconselos, Arantes, Souza (2008), que as manobras so as

    mesma da massagem relaxante, porm efetuadas com uma presso um pouco

    maior, promovendo a vasodilatao, melhorando a oxigenao, melhorando o

    sistema linftico e a nutrio tecidual.

    As conchas desde a antiguidade possuem uma ligao com mitos e lendas e

    despertam a ateno e o fascnio do homem e por este motivo continuam sendo

    procuradas atualmente por seu valor, beleza e por motivos sagrados e msticos.

    Pensando nisto eis que surge a massagem com cochas. Esta uma tcnica

    inovadora que originaria da Alemanha e teve suas manobras inspiradas nos

    movimentos das ondas do mar. A tcnica pode ser aplicada em qualquer tratamento

    esttico facial, devido ao fato de ter propriedades drenantes, oxigenantes,

    revitalizantes e devolver a harmonia do contorno facial. As conchas tem tamanho

    aproximado entre 6 cm e 11cm, e se adaptam as mos do profissional. Pelo fato de

    serem lisas e delicadas , as conchas facilitam o deslizamento e auxiliam a

    permeao dos princpios ativos dos cosmticos utilizados na massagem. A

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    massagem aplicada, com manobras de frico, deslizamento e rolamento e os

    benefcios que a tcnica proporciona so: a ativao da circulao perifrica, facilita

    a desintoxicao, descongestiona a pele, atenua as linhas de expresso e a flacidez

    da pele e estimula o metabolismo cutneo, lembrando sempre, que a cada cliente

    necessrio fazer a limpeza e assepsia das conchas ( MATTA ,2007).

    3 METODOLOGIA

    De acordo com Cruz e Ribeiro (2003), a pesquisa bibliogrfica pode ser definida

    como um levantamento de trabalhos realizados anteriormente sobre o mesmo

    assunto estudado no momento, que iro auxiliar na definio dos mtodos e

    tcnicas a serem utilizados na pesquisa, alm disso, tambm fornecem bases para

    elaborao da introduo e reviso da literatura da pesquisa. Resumindo a pesquisa

    bibliogrfica leva ao aprendizado de uma determinada rea.

    Este trabalho foi desenvolvido atravs de uma pesquisa bibliogrfica sobre as

    alteraes do envelhecimento, esttica facial e as massagens utilizadas para

    minimizar estas alteraes. A pesquisa bibliogrfica foi realizada atravs de livros

    das reas de esttica, fisioterapia e dermatologia que esto disponveis na biblioteca

    da UNIVALI, em lngua portuguesa, em sites de contedo cientfico, revistas

    cientficas impressas e artigos cientficos online.

    Inicialmente foi definido o tema a ser pesquisado, em seqncia a fundamentao

    terica, decorrente das palavras chaves, em seguida o resumo e a introduo do

    trabalho, e para finalizar a metodologia, as consideraes finais, as referncias

    bibliogrfica foram includas conforme o desenvolvimento da fundamentao terica.

    4 CONSIDERAES FINAIS

    As massagens faciais proporcionam muito mais do que apenas relaxamento fsico e

    mental aos indivduos que as recebem. Os efeitos que as massagens faciais

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    pesquisadas neste trabalho apresentam, proporcionam os seguintes benefcios:

    melhoram a circulao venosa e linftica do organismo, melhoram a nutrio

    tecidual, eliminam as toxinas, estimulam a sntese de colgeno e elastina, tonificam

    a musculatura e amenizam o aspecto das rugas e linhas de expresso.

    Levando em considerao estes benefcios, podemos concluir que as massagens

    faciais sejam elas realizadas com bambu, conchas, modeladora e relaxante, so

    excelentes complementos dos tratamentos faciais realizados em cabine, tanto para a

    preveno do envelhecimento quanto para revitalizao da pele. Portanto este

    estudo contribuiu muito para ns como profissionais tecnlogas em cosmetologia e

    esttica. A massagem facial ser uma grande aliada na nossa profisso, poderemos

    utilizar deste recurso para potencializar os tratamentos estticos faciais, tendo a

    certeza de que o resultado ser satisfatrio tanto para o profissional quanto para o

    cliente.

    Apesar do tema abordado neste trabalho ser amplo, houve dificuldades em pesquisa

    nacional, tornando insuficiente o material cientfico sobre massagem facial.

    Recomenda-se novos estudos para contribuir com os profissionais da rea da

    esttica e com a comunidade acadmica e cientfica.

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