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_______________________________________________________________________________________ Digby Wells and Associates (South Africa) (Pty) Ltd (Subsidiary of Digby Wells & Associates (Pty) Ltd). Co. Reg. No. 2010/008577/07. Fern Isle, Section 10, 359 Pretoria Ave Rand burg Private Bag X10046, Randburg, 2125, South Africa Tel: +27 11 789 9495, Fax: +27 11 789 9498, [email protected], www.digbywells.com _______________________________________________________________________________________ Directors: AR Wilke, DJ Otto, GB Beringer, LF Koeslag, AJ Reynolds (Chairman) (British)*, J Leaver*, GE Trusler (C.E.O) *Non-Executive _______________________________________________________________________________________ Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia Relatório sobre a Água Subterrânea Número do Projecto: COA2029 Elaborado para: SYRAH RESOURCES LTD Janeiro de 2015

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_______________________________________________________________________________________ Digby Wells and Associates (South Africa) (Pty) Ltd (Subsidiary of Digby Wells & Associates (Pty) Ltd). Co. Reg. No. 2010/008577/07. Fern Isle, Section 10, 359 Pretoria Ave Rand burg Private Bag X10046, Randburg, 2125, South Africa Tel: +27 11 789 9495, Fax: +27 11 789 9498, [email protected], www.digbywells.com _______________________________________________________________________________________ Directors: AR Wilke, DJ Otto, GB Beringer, LF Koeslag, AJ Reynolds (Chairman) (British)*, J Leaver*, GE Trusler (C.E.O) *Non-Executive

_______________________________________________________________________________________

Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia

Relatório sobre a Água Subterrânea

Número do Projecto:

COA2029

Elaborado para:

SYRAH RESOURCES LTD

Janeiro de 2015

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Projecto de Grafite de Balama - Hidrogeologia

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O presente documento foi elaborado pela Digby Wells Environmental.

Tipo de Relatório: Relatório sobre a Água Subterrânea

Nome do Projecto: Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia

Código do Projecto: COA2029

Data Assinatura Responsabilidade Nome

Agosto de 2013 Hidrocenso e

Geofísica Francis Kom

26 de Janeiro de 2015

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Modelagem Água

Subterrânea/

Relatório

Stephen Fonkem

9 de Outubro de 2014 1ª Revisão Lucas Smith

26 de Janeiro de 2015 2ª Revisão Robel Gebrekristos

O presente relatório destina-se exclusivamente aos fins nele contidos, sendo proibido o eu uso, no todo ou em parte, para

quaisquer outros fins sem o prévio consentimento por escrito da Digby Wells Environmental.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

A Digby Wells Ambiental (doravante designada por Digby Wells) foi contratada pela Coastal and Environmental Services (Pty) Ltd (CES) para realizar um estudo especialista Sobre a Hidrogeologia, como parte da Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde (AIASS) para a Mina de Grafite de Balama (BGM) da Syrah Resources. O projecto da mina de Balama adquiriu uma licença de prospecção de 106 km², localizada na Província de Cabo Delgado, no distrito de Balama a Norte de Moçambique. O objectivo do estudo hidrogeológico foi fornecer um ponto de referência (condições de referência actuais) com relação às quais se pode fazer uma comparação com os potenciais impactos da mineração no sistema de águas subterrâneas que podem ser identificados e medidos no futuro. O âmbito do estudo incluiu:

■ Uma descrição do sistema de águas subterrâneas e os principais processos que influenciam o comportamento do sistema;

■ Uma avaliação dos potenciais impactos (tipo, grau, extensão) relacionados com as várias componentes do projecto (por ex. drenagem da água da mina a céu aberto; potencial redução no nível das águas subterrâneas locais e degradação da qualidade de água subterrânea durante e após a mineração); e

■ Uma avaliação dos potenciais efeitos e opções de mitigação relacionadas a utilização de águas subterrâneas, captação ou contaminação.

Condições Actuais das Águas Subterrâneas

As condições iniciais foram investigadas após um estudo de gabinete, hidrocenso, levantamento geofísico, perfuração de percussão, teste de aquífero, contabilidade ácido-base e modelação numérica.

Geologia do Local e Hidrogeologia A geologia local específica é constituída pelo Complexo Xixano de xisto grafítico, pelítico e psamítico com uma acentuada intrusão granítica no nordeste. Uma série de montanhas orienta-se na direcção nordeste-sudoeste praticamente em linha com a direcção de folheação de xisto. As montanhas de Balama fazem parte da cadeia do Monte Nassilala que são fontes dos sistemas de fluviais locais na área do projecto. A descarga de água subterrânea da encosta suporta fluxos de base perenes em rios originados na cadeia. O Rio Mualipue drena a área de estudo para o oeste e se junta ao noroeste caudaloso do Rio Naconha no sul. A ocorrência de águas subterrâneas na área do projecto está associada a xistos grafíticos desgastados e fracturados, granitos e pegmatitos. O aquífero associado com a rocha desgastada varia em termos de espessura em toda a área, mas pode se estender a profundidades de aproximadamente de 40 mbgl. Cinquenta e um por cento das fracturas na área de estudo ocorrem nos 60 m superiores da sucessão geológica. Até 27% das fracturas ocorrem entre 140 e 180 mbgl. No entanto a maior parte das fracturas mais profundas não são desgastadas. As fracturas nos 60 m superiores são na sua maioria moderada a altamente desgastadas. Portanto a fractura é relativamente comum a 20 m superiores do aquífero fracturado e o fluxo de águas subterrâneas é bem interligado. A grandes profundidades, as águas subterrâneas podem estar associadas com água em fracturas desconectadas individuais. Todos as principais feixes de água interceptados durante a perfuração tinham entre 40 e 60 mbgl. Os principais feixes de água registaram rendimentos entre 0,78 e 9 L / s. Para além da cavidade da falha em Balama Leste, todos os principais feixes de água foram associados com zonas de contacto fracturadas e intrusivas. Os níveis das águas subterrâneas na área do projecto situam-se entre 2 mbgl em Pirrira BH3 (Balama Oeste) a 33 mbgl em BH8 (Balama Leste). A análise de pressão hidráulica e

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testes dos aquíferos mostram que o Rio Mualipue faz a recarrega do sistema do aquífero fracturado. A recarga do sistema do aquífero desgastado é feita directamente pela chuva. No furo BBH3 foi estimado um Valor-T de 7,7 m2/d para o sistema do aquífero fracturado. Os rendimentos relativamente elevados de granito fracturados em Maulia têm um Valor-T entre 5 e 6 m2/d como analisado a partir do BBH6.

Utilização de águas subterrâneas Durante o hidrocenso foi feito o levantamento de um total de dez furos:

■ Existem dois furos de abastecimento de água no acampamento de Balama; Acampamento BH1 e no acampamento BH2;

■ Os furos BM-DD-001, BM-DD-005, 003 e BMRC 005 são furos de prospecção antigos situados em Balama Oeste;

■ Os furos Pirira BH1, Pirira BH3, e Maulia BH1, estão equipados com bombas manuais. A bomba manual de Maulia BH1 não se encontra mais em uso. Pirira BH1 e Pirira BH3 são usados pelos moradores locais para o abastecimento de água para uso doméstico; e

■ Pirira BH2 é um furo recentemente perfurado. Será usado para aumentar o abastecimento de água de Balama.

Qualidade de base das águas subterrâneas

Foi feita uma amostra de 11 furos para a avaliação inicial e foram comparadas com as directrizes de água potável da OMS. Os resultados indicaram o seguinte:

■ As águas subterrâneas dos poços de abastecimento de água Pirira BH2 e BH3 não são próprias para consumo devido aos elevados valores de Cálcio (153 mg/L) e subsequentemente de TDS (1100 mg/L);

■ O processo de Drenagem Ácida da Mina (DAM) irá potencialmente ocorrer nos furos BMRC 005 e BBH7 - Baixo pH e alta concentração de metais.

■ Os únicos metais pesados comuns que foram mobilizados de forma significativa são o ferro, manganés, níquel e zinco;

■ Apesar de todos os iões maiores e menores em BBH1 se situarem dentro dos valores de referência, a sua alcalinidade foi esgotada.

■ Os furos BBH6, BBH8, o furo do Acampamento BH1 e Pirira BH1 são água potável (com base nas concentrações medidas) com vestígios de cálcio-magnésio-bicarbonato; e

■ O enriquecimento de cloreto em Pirira BH2 está associado a infiltração da rede de esgotos na vila Pirira.

Potenciais Furos de Abastecimento de Água

Durante o recente programa de perfuração de furos foram instalados 8 furos. Seis destes furos estão ainda abertos e acessíveis para a captação de água. Os 6 furos poderiam ser utilizados como poços de abastecimento de água. A qualidade da água medida para os furos BBH1, BBH6 e BBH8 indicou que esta é apropriada para consumo humano. O furo BBH2 indicou concentrações elevadas de Sulfato e Cálcio e os furos BBH3 e BBH7 não são próprios para consumo humano, devido a uma gama de concentrações elevadas. Os furos BBH2, BBH3 e BBH7 podem ser usados para água potável, se tratados.

MODELO NUMÉRICO O código do software escolhido para o trabalho de modelação numérica foi o modular 3D de diferenças finitas modelo de fluxo de águas subterrâneas MODFLOW. Processamento MODFLOW Pro (v8.0) foi usado como uma interface de utilizador. O modelo abrange uma área de 24.3 km (este - oeste) por 22.5 km (norte - sul) (aproximadamente 546 km2), e é delimitado pelas elevações topográficas a norte, este,

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oeste e sul. O tamanho individual das células varia de 25m por 25m nas imediações da mina de Balama, até um máximo de 100m por 100m nos extremos exteriores da área do modelo, onde é requerida menos precisão. Levando em consideração o aquífero desgastado e as fracturas que contêm água na área de estudo, foram atribuídas no modelo, um total de três camadas. Os dados de elevaçãoatraibuídos às camadas do modelo são os seguinte:

■ Camada 1 – o aquífero superior de material desgastado (com uma espessura de 20 m com elevações topográficas obtidas a partir da base de dados SRTM);

■ O Aquífero fractura. A Camada 2 tem uma espessura de 30 m; e ■ O leito rochoso firme. A Camada 3 foi digitalizada para 370 mamsl (100 m abaixo do

nível do solo da cava da mina); O modelo estável foi calibrado usando um método de “tentativa e erro”. Os valores de transmissibilidade obtidos do teste ao aquífero foram utilizados para limitar a não singularidade durante a calibração do modelo. Após a calibração do modelo, foi obtaida uma correlação aceitável de 96.5% e um erro normalizado de média de raiz quadrada (NRMSE) de 6.2% entre a elevação simulada e a observada. O modelo transitório foi calibrado através da simulação do teste ao aquífero realizado em BBH3. As resistências modeladas são em média 0.6 m mais elevadas do que as medidas. O modelo preditivo foi estabelecido de acordo com o plano da mina a fim de fazer uma estimativa das taxas de fluxo de entrada, fazer a previsão do cone de drenagem e da pluma de contaminação que têm origem na mina e nas infra-struturas. O nível do detalhe providenciado no plano da mina foi modelada com a maior exactidão possível através da divisão do modelo em 164 períodos de estress, representando cada trimestre entre 2016 e 2056. As actividades de mineração e de desidrataão foram represntadas usando células de dreangem dentro da área das cavas da mina. A elevação de drenagem modelada foi estabelecida e avanço através dos aumetnos trimestrais em conformidade com o plano da mina. A migração da contamização derivad das instalações de armazenamento de estéries (TSF- tailings storage facility) e os depósitos de resíduos rochosos (WRD - waste rock dumps) foram simulados atribuindo-se uma recarga de 0.16 % de MAP (10 % da recarga natural do aquífero) para modelar o revistimento interno de argila por baixo destas estruturas. Presume-se que na altura em que terminarem as actividades de mineração na mina de Balama Oeste, a cava final da mina se torne uma fonte de poluição. A migração da poluição a partir da cava da mina de Balama Oeste foi simulada a partir do ponto de estresse 47 enquanto a de Balama Este se encontra operacinal. A simulação da pluma de polulção após o encerramento incorpoou o transporte da massa de Balama Este.

IMPACTOS NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Fase de Construção ■ As escavações iniciais não irão interceptar grandes características de rendimentos

da água subterrânea. Todas as principais quedas de água interceptadas durante o recente programa de perfuração estavam entre 40 e 60 mbgl. Portanto, espera-se que a escavação terá um impacto negligenciável sobre a drenagem dos aquíferos desgastados desgastado dentro de poucos metros da área das caixas e poluição das águas subterrâneas durante a fase de construção seja pouco provável.

Fase de Operação

■ As escavações do poço da mina de Balama Este e Oeste mudarão a topografia, criando um cone de depressão com um gradiente hidráulico em direcção aos poços.

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Como resultado, as águas subterrâneas das colinas de Balama fluirão no sentido do poço, em resposta ao gradiente hidráulico;

■ Em Balama Este, é pouco provável que o processo de drenagem venha a reduzir os níveis de água em qualqure dos furos de abastecimento de água na Vila de Mualipue. Para além disso, não se prevê que os furos de água Pirira BH1, Pirira BH2 e Pirira BH3 sejam impactados eplo processo de drenagem drenagem da mina. Também não se prevê que o Rio Mualipue River seja afectado pela drenagem drenagem da mina;

■ Prevê-se que a zona de influência se estenda em cerca de 1.3 km numa idrecção nordeste-sudoeste a partir do centro da cava da mina. Também não se prevê que Os furos de abastecimento de água ao acampamento de alojamento (Acampamneot BH1 e Acampamento BH2) sofram impacto devido à desidrataão da mina. Segundo as previsões o nível de água no furo de motorização BBH2 sofrerá um reabaixamento até um máximo de 10 m durante a mineração de Balama Oeste. Não se prevê que o furo BBH3 sofra impacto; como tal este pode ser usado como um furo de monitorizção para aviso precoce relativamente aos furos de ávua na Vila de Mualipue Town na altua em que estierem a decorrer as operaç~eos de mineração em Balama West;

■ Prevê-se que a zona de influência no final das operações de mineração em Balama Este seja constituída por uma combinação de um cone de rebaixamento devido ao emchimento da cava de mina em Balama Oeste e ao cone devido à desidrataão em Balama Este; Os níveis de água nos furos Pirira BH2 e Pirira BH3 estão previstos para serem rebaixados em cerca de 2 e 1 metros respectivamente durante o último trimestre de 2056. Prevê-se que os níveis d eágua nos Acampamentos BH1 e BH2 reduzam em cerca de 3 metros, equanto os do acampamento BBH3 reduzirão em 2 metros. Não se prevê que os furos de água em Pirira BH1, da Bomba de Extracção Manual de Maulia e do furo BBH6 sofram impacto. Prevê-se que o nível de água em BBH2 será alvo de uma recuperação de 4 metros (druante a mineração em Balama West) enquanto o Lago da cava da mina em Balama Oeste terá 7 m abaixo dos níveis de água da fase de pré-mineração

■ Existe um potencial moderado para formação de DAM desde o depósito de resíduos de rochas e TSF, devido ao alto teor de enxofre e potencial de geração de ácido. Como resultado da DAM, o potencial existe para baixo pH da água, tendo altas concentrações de Al, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U a infiltrarem-se em aquíferos sob estas facilidades durante a fase operacional, se o TSF e o depósito de resíduos de rochas não estiver revestido. Não é provável que os contaminantes das TSF e dos resíudos rochosos se venham a infiltrar no aquífero desgastado por baixo destas estrtuturas.

■ Caso ocorra infiltração, menos de 1% da concentração inicial da fonte alcançará o aquífero subjacente. Portanto, a migração da pluma a partir do aquífero desgastado da WRD e das TSF irá provavelmente ser insignificante.

■ Na cava da Mina em Balama Oeste, a pluma será limitada à área da cava da mina devido à direcçãodominatne do fluxo ser em diração à cava à medida que esta se enche com água; e

■ Por último, não se prevê que qualquer furo de abastecimetno de água sofra impacto devido a infiltração de AMD.

Fase de Encerramento ■ Os níveis freáticos irão se recuperar durante a fase de desactivação e pós-

encerramento, devido à cessação da drenagem da mina. Os níveis das águas subterrâneas irão inicialmente recuperar a um ritmo mais rápido, devido a gradientes

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de fluxo mais elevado. O nível do lençol freático no poço vai subir rapidamente durante os anos a seguir a cessação da drenagem devido à forma da concha do poço e depois estabilizar em torno de 533-536 mamsl;

■ As reacções químicas, inevitavelmente, ocorrem entre a água do lago do poço e as rochas recém expostas das paredes do poço. Isto pode aumentar significativamente a massa de acidez produzida por processos de ADM;

■ Os resultados da migração da pluma indicam que os contaminatnes derivados da cava da mina irão, preferencialmente, migrar num sentido sudeste em direcção à Vila de Maulia. No entanto, não se antecipa que esta vila seja alcançada por uma concentração de mais de 1% da concentração inicial da fonte;

■ As simulações do modelo ilustra que os níveis de água nas cavas da mina irão estabelecer-se entre 533 e 536 mamsl, 100 anos após o encerramento. A elevação mais baixa onde a cava da mina de Balama Oeste cruza a superfície é de 548 mamsl. Em Balama Este, a elevação de decantação é de 545 mamsl. Portanto, não se antecipa a decantação nas cavas da mina. Tal só acontece no caso de chuvas excessivas e de escoamento superficial da água de sueperfície alagar as cavas de mina até ao seu nível de decantação; e

■ Não se prevê que as TSF e os WRD constituam uma ameaça grave ao ambiente de pós-encerrametno dado estas estrturuas estrem revestidas com argila.

RECOMMENDAÇOES

Planos de mitigação

Fase de construção

Não são propostas nenhumas medidas de mitigação uma vez que é pouco provável que as escavações iniciais rompam o lençol freático nas montanhas de Balama.

Fase de Operação ■ Recomenda-se que a mina deva fornecer água de igual ou melhor quantidade para

as comunidades afectadas que dependem de águas subterrâneas no meio receptor, se comprovado que não há impacto sobre usuários específicos. A qualidade da água da linha de base de poços particulares e em torno de Balama foi analisada como discutido na Secção 3.6. Estes resultados podem ser usados para futuras comparações para avaliar se a proposta mina tem impactado as águas subterrâneas;

■ O gasóleo e outros produtos químicos sejam tratados adequadamente e não derramados. Se uma quantidade considerável de líquido for derramada acidentalmente, o solo contaminado deve ser raspado e eliminado em uma instalação de despejo aceitável;

■ As águas pluviais e gestão de escoamento através de canais de desvio e lagoas de sedimentação devem ser construídos em torno e a jusante do depósito de resíduos e TSF;

■ Furos de intercepção a jusante da TSF devem ser perfurados para interceptar e capturar qualquer infiltração que pode entrar no sistema de águas subterrâneas. Qualquer água contaminada capturada deve ser bombeada de volta para a TSF;

■ O controlo dos níveis de qualidade de água e de águas subterrâneas é recomendado até ao gradiente e para baixo gradiente da TSF, depósito de resíduos de rocha e particularmente gradiente para baixo do local da mina com contínuo refinamento e actualização da rede de monitorização com base nos resultados obtidos;

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■ Os modelos conceptuais e numéricos devem ser refinados a cada seis meses, nos primeiros quatro anos e, posteriormente, de cinco em cinco anos, com base nos resultados de monitorização das águas subterrâneas; e

■ As auditorias anuais de sistemas de monitorização e gestão devem ser conduzidas por consultores ambientais independentes.

Fase de Encerramento

■ Todos os métodos de mitigação propostos durante a fase de operacionalização são

também aplicáveis aqui;

■ Não é necessária mitigação de decantação, uma vez que não se espera a ocorrência

de decantação. Caso a decantação ocorra, devem ser considerados planos de

tratamento passivos ou activos para o tratamento antes de a decantação juntar-se

aos rios;

■ Uma vez que é inevitável a oxidação considerável de sulfureto no ambiente pós

encerramento em Balama, o maior controlo de custo-eficácia seria ter revestimento

de barro em baixo do WRD, com drenos de corte que conduzem à ensecadeira.

■ O estabelecimento de uma zona húmida permanente na TSF pode ser utilizada para

cobrir os materiais reactivos no ambiente pós-fecho da mina. Uma vez que o

oxigénio disponível na água é consumido, a taxa de reacção é reduzida e a taxa de

substituição de oxigénio será relativamente lenta. A resultante disponibilidade

reduzida de oxigénio é o único inibidor mais eficaz para a oxidação de sulfureto; e

■ Para o encerramento, os poços serão deixados para inundar resultando em um lago

do poço.. Este fornecerá os materiais reactivos quimicamente inertes pela redução

do oxigénio disponível.

Programa de Monitorização

A monitorização das águas subterrâneas tem de continuar durante todas as fases de

operação da mina para identificar o impacto nas águas subterrâneas ao longo do tempo, e

podem ser tomadas medidas efectivas num estágio inicial antes da ocorrência de graves

danos ao meio ambiente. Os principais objectivos no posicionamento dos poços de

monitorização são:

■ Monitorar o movimento das águas subterrâneas poluídas que migram para fora do

TSF, do depósito de resíduos de rochas e área geral da mina;

■ Monitorar o rebaixamento do lençol freático e do raio de influência; e

■ Monitorar as taxas de recuperação das águas subterrâneas pós-encerramento e a

possibilidade de decantação.

Recomenda-se que se façam seis conjuntos de furos de monitorização em torno da TSF

com base nos resultados de modelação numérica. Recomenda-se que cada conjunto

contenha:

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■ Um furo perfurado com uma profundidade máxima de 40 mbgl para monitorar o nível

e a qualidade da água no aquífero desgastado; e

■ Um poço fundo perfurado entre 60 e 70m para monitorar as condições da água

subterrânea no aquífero fracturado superior.

Recomenda-se o estabelecimento de um furo de monitorização entre cada depóstio ou

aterro de resíduos recohosos e as cavas da mina. Os seis furos de percussão perfurados

com sucesso durante este estudo foram principalmente para a caracterização do aquífero e

foram devidamente construídos para monitorização a longo prazo. Todos os seis furos de

percussão são recomendados para o monitorização a longo prazo. No total, são

recomendados 22 pontos de monitorização para a monitorização da água subterrânea

proposta.

Parâmetros a serem monitorizados

São recomendadas análises dos constituintes que se seguem para os primeiros anos até

que se demonstre que alguns elementos não mudaram. O número e a selecção de

parâmetros devem ser revistos anualmente para optimizar o programa de monitorização:

■ EC, pH, TDS;

■ Macro-análise, isto é, Ca, Mg, Na, K, SO4, NO3, F, Cl;

■ Metais pesados, Al, Co, Cr, Zn, Cd, Cu, Fe, Ni, V, Mn; e

■ Radioactividade, isto é, U, Se, Sr e Rb.

Armazenamento de Dados

Em qualquer projecto, boas decisões hidrogeológicas requerem boa informação

desenvolvida a partir de dados brutos. A produção de boa informação, relevante e oportuna

é a chave para alcançar a longo e a curto prazo, planos qualificados. Para a minimização da

contaminação das águas subterrâneas é necessário utilizar todos os dados relevantes de

água subterrânea.

A geração e recolha de dados é muito cara, pois requer investigações hidrogeológicas

intensivas e, portanto, tem de ser gerida numa base de dados centralizada que os fundos

possam ser utilizados da forma mais eficiente. A Digby Wells elaborou um banco de dados

no formato “WISH” durante o curso do inquérito e é altamente recomendável que Syrah

Resources utilize esse banco de dados e continuamente o actualize e faça a gestão a

medida que novos dados estiverem disponíveis.

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO 1.1 DESCRIÇÃO DO PROJECTO 1.2 OBJECTIVOS E ESCOPO DO TRABALHO 1.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO

2 CENÁRIO AMBIENTAL 2.1 CLIMA 2.2 TOPOGRAFIA E DRENAGEM 2.3 GEOLOGIA

2.3.1 Geologia Regional 2.3.2 Geologia Local

3 AVALIAÇÃO DE BASE 3.1 HIDROCENSO 3.2 LEVANTAMENTO GEOFÍSICO

3.2.1 Metodologia 3.2.2 Resultados Geofísicos do Terreno 3.2.3 Alvos de Perfuração

3.3 PERFURAÇÃO 3.3.1 BBH1 3.3.2 BBH2 3.3.3 BBH3 3.3.4 BBH4 3.3.5 BBH5 3.3.6 BBH6 3.3.7 BBH7 3.3.8 BBH8

3.4 OCORRÊNCIA E NÍVEIS DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 3.5 PROPRIEDADES HIDRÁULICAS 3.6 QUALIDADE DA ÁGUA

3.6.1 Groundwater characterisation 3.6.2 Resultados bacteriológios

4 MODELO NUMÉRICO 4.1 MODELO DE DOMÍNIO E CONDIÇÕES LIMÍTROFES 4.2 SIMULAÇÃO DO ESTADO ESTACIONÁRIO

4.2.1 Calibração do Estado Estacionário 4.3 SIMULAÇÃO DO FLUXO TRANSIENTE 4.4 SIMULAÇÃO DE TRANSPORTE DE MASSA

5 AVALIAÇÃO DE IMPACTO 5.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO 5.2 AVALIAÇÃO DE IMPACTO DA FASE DE CONSTRUÇÃO

5.2.1 Impacto da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina 5.2.2 Mitigação da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina 5.2.3 Impacto da Actividade 2: Contaminação da água da mina

5.3 FASE DE OPERAÇÃO 5.3.1 Impacto da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina 5.3.2 Mitigação da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina 5.3.3 Impacto da Actividade 2: Contaminação da água da mina 5.3.4 Mitigação da Actividade 2: Contaminação da água da mina 5.3.5 Impacto da Actividade 3: Derrame de hidrocabornetos 5.3.6 Mitigação da Actividade 3: Derrame de Hidrocarbonetos

5.4 FASE DE ENCERRAMENTO

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5.4.1 Impacto da Actividade 1: Contaminação da água da mina 5.4.2 Mitigação da Actividade 1: Contaminação das águas da mina 5.4.3 Impacto da Actividade 2: Decantação da Mina 5.4.4 Mitigação da Actividade 2: Decantação da Mina

6 PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO 6.1 FUROS DE MONITORIZAÇÃO PROPOSTOS 6.2 NÍVEL DE ÁGUA 6.3 AMOSTRAGEM DA ÀGUA E PRESERVAÇÃO 6.4 FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM 6.5 PARÂMETROS A SEREM MONITORADOS 6.6 ARMAZENAMENTO DE DADOS

7 CONCLUSÕES 7.1 CONDIÇÕES ACTUAIS DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

7.1.1 Geologia e Hidrologia do Local 7.1.2 Utilização das Águas Subterrâneas 7.1.3 Qualidade de Base das Águas Subterrâneas

7.2 MODELO NUMÉRICO 7.3 IMPACTOS NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

7.3.1 Fase de Construção 7.3.2 Fase de Operação 7.3.3 Fase de Encerramento

8 RECOMENDAÇÕES 8.1 PLANOS DE MITIGAÇÃO

8.1.1 Fase de Construção 8.1.2 Fase de Operação 8.1.3 Fase de Encerramento

8.2 PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO 8.2.1 Parâmetros a serem monitorados 8.2.2 Armazenamento de Dados

9 REFERÊNCIAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Precipitação Média Mensal derivada dos dados modelados de Balama (2010-2012)

Figura 2: Acampamento BH1 (1), Acampamento BH2 (2), Pirrira BH1 (3), Pirrira BH3 (4)

Figura 3: Mualia BH1 (5), Pirrira BH2 (6), Rio Nachonia (7), Rio Mualipue (8)

Figura 4: Rio Namitucu (9), Rio Mehucua (10), Nascente Mihapui (11), Riacho Mihapui (12)

Figura 5: Barragem de Chipembe

Figura 6: Linha Magnética 2

Figura 7: Linha magnética 3

Figura 8: Linha magnética 4

Figura 9: Linha magnética 5

Figure 10: Furo BBH8

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Figura 11: Nível da água vs Topografia

Figura 12: Correlação entre as quedas de água, densidade da fractura e intemperismo da

fractura

Figura 13:Nível e fluxo das águas subterrâneas no aquífero desgastado

Figura 14: Curva de diagnóstico do BBH3

Figura 15: Concentração de sulfato nas águas subterrâneas em Balama Oeste

Figura 16: Concentração de sulfato nas águas subterrâneas em Balama Este

Figura 17: O Diagrama de Piper forma amostras de águas subterrâneas em Balama

Figura 18: Modelo conceptual de linha de base

Figura 19: Cenário de Referência das condições da água subterrânea durante as operações

Figura 20: Cenário 1 condições da água subterrânea durante as operações de mineração

Figura 21: Configuração do Modelo

Figure 22: Correlação entre os níveis máximos observados e simulados

Figura 23: Histograma dos níveis máximos de água subeterrânea calculado vs. medido

Figura 24: Nível superior das águas subterrâneas no estado estacionário

Figura 25: Taxas de influxo de água subterrânea previstas

Figura 26: Recuperação de águas subterrâneas prevista após o encerramento da mina

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Precipitação Média Mensal derivada dos dados modelados de Balama (2010-

2012)

Tabela 2: Resumo dos Resultados do Hidrocenso

Tabela 3: Potenciais Alvos de Perfuração

Tabela 4: Resumo da perfuração dos furos

Tabela 5: Resultados dos testes de aquífero

Tabela 6: Maiores e menores iões nas águas superficial e subterrânea

Tabela 7: Metais pesados na superfície e água subterrânea

Tabela 8: Resultados da qualidade microbiológica da água

Tabela 9: Parâmetros de entrada Calibrado

Tabela 10: Classificação do Impacto

Tabela 11: Significância dos limitesdos valores de base

Tabela 12: Avaliação de impacto durante a fase de construção, devido à drenagem de mina

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Tabela 13: Avaliação de impacto durante a fase de construção, devido à pluma de

contaminação

Tabela 14: Taxas de influxo de água subterrânea estimadas para o Cenário de Referência e

Cenário 1

Tabela 15: Avaliação de impacto durante a fase de operação devido à drenagem da mina

Tabela 16: Avaliação de impacto durante a fase de operação devido à contaminaçã da

pluma

Tabela 17: Avaliação de impacto na fase operacional devido a derrames de hidrocarbonetos

Tabela 18: Avaliação de impacto após o encerramento devido a pluma de contaminação da

mina

Tabela 19: Avaliação de impacto após o encerramento devido à decantação da mina

Tabela 20: Lista de furos de monitorização propostos

LISTA DE APÊNDICES

Apêndice A: Registo de Furos

Apêndice B: Dados do Teste de Aquífero

Apêndice C: Certificados de Laboratório

Appêndice D: Relatório Geoquímico de Balama

LISTA DE PLANOS

Plano 1: Cenário Regional

Plano 2: Topografia e Drenagem

Plano 3: Geologia Regional

Plano 4: Mapa da Área do Hidrocenso

Plano 5: Poligonais geofísicos terrestres

Plano 6: Alvos de Perfuração

Plano 7: Mapa de Localização do Furo

Plano 8: Cone de drenagem previsto no final das operações do Cenário de Referência no

aquífero fracturado superior

Plano 9: Cone de drenagem previsto no final das operações do Cenário de Referência no

aquífero desgastado

Plano 11: Cone de drenagem previsto no final das operações do Cenário de 1 no aquífero

fracturado superior

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Plano 12: Pluma de contaminação prevista no final das operações do Cenário de Referência

no aquífero desgastado.

Plano 13: Pluma de contaminação prevista no final das operações do Cenário de Referência

no aquífero fracturado superior

Plano 14: Pluma de contaminação prevista no final das operações do Cenário 1 no aquífero

desgastado

Plano 15: Pluma de contaminação prevista no final das operações do Cenário 1 no aquífero

fracturado superior

Plano 16: Cabeças hidráulicas do aquífero desgastado 100 anos após operações do

Cenário de Referência

Plano 17: Cabeças hidráulicas do aquífero desgastado 100 anos após operações do

Cenário 1

Plano 18: Pluma de contaminação prevista no aquífero desgastado 100 anos após

operações do Cenário de Referência

Plano 19: Pluma de contaminação prevista no aquífero fracturado superior 100 anos após

operações do Cenário de Referência

Plano 20: Pluma de contaminação prevista no aquífero desgastado 100 anos após

operações do Cenário 1

Plano 21: Pluma de contaminação prevista no aquífero fracturado superior 100 anos após

operações do Cenário 1

Plano 22: Posição dos poços de monitorização propostos

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TABELA DE ACRÓNIMOS

Descrição Abreviatura

Balanço Ácido-Base ABA

Geração de Ácidos AG

Drenagem Ácida de Mina DAM

Drenagem Ácida de Rochas ARD

Furo BH

Coeficiente de Variânçia Coeff. Var.

Conductividade Eléctrica EC

Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde AIASS

Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global GPS

Hectares He

Condutividade Hidráulica K

Quilómetros Km

Litro por segundo L/s

Litro por hora L/h

Evaporação Média Anual MAE

Metros acima do nível médio do mar Mamsl

Precipitação Média Anual MAP

Metros abaixo do nível do solo Mbgl

Miligrama por litro mg/L

milímetro Mm

Milímetro por ano mm/a

Mili Siemens por metro mS/m

Milhões de toneladas por ano Mtpa

Metro cúbico m

3

Geração Líquida de Ácido NAG

Potencial Neutralizante Líquido NNP

Potencial Proporção Líquida NPR

Nano Tesla nT

Potencial de Geração de Acidez PAG

Barragem de Controle de Poluição PCD

Armazenabilidade S

Total de Sólidos Dissolvidos TDS

Transmissibilidade T

Organização Mundial de Saúde WHO

Difracção de Raio-X XRD

Fluoriscência de Raio-X XRF

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1 INTRODUÇÃO

A Digby Wells Environmental (doravante designada por Digby Wells) foi contratada pela

Coastal and Environmental Services (Pty) Ltd (CES) para realizar um estudo de

especialidade hidrogeológico como parte de uma Avaliação de Impacto Ambiental, Social e

de Saúde (AIASS) para a Mina de Grafite de Balama (BGM) da Syrah Resources. Balama é

uma área de 106 km² de licença de prospecção localizado na Província de Cabo Delgado,

no distrito de Namuno no Norte de Moçambique (Plano 1).

A área do projecto encontra-se a aproximadamente200 km a oeste da cidade portuária de

Pemba e a 7 km a este da pequena vila de Balama. Na área os assentamentos (com

contagem da população) ao redor incluem:

■ Ntete (5,250);

■ Piriri (285);

■ Maualia (3,600); e

■ Nquide (2,500).

1.1 Descrição do Projecto

Foi mapeada a mineralização de Grafite-vanádio numa linha de orientação maior que 7 km

na área do projecto. Historicamente a BGM foi objecto de prospecção limitada, com a única

evidência de actividade de exploração anterior sendo de algumas trincheiras no nordeste da

área de prospecção. Portanto, este é um projecto completamente novo (na referência

equivalente em Inglês “Projecto Greenfield”) para o qual não existem avaliações técnicas

anteriores. A vida útil da mina pode ser entre 50 e 100 anos. Os principais aspectos do

projecto nesta fase incluem:

■ Extracção de recursos por meio de mineração convencional a céu aberto;

■ Recuperação e venda de ambas grafites (e potencialmente vanádio) como produtos

concentrados;

■ Processamento de flotação convencional para recuperar a grafite, (com a

recuperação do potencial subproduto de vanádio em uma fase posterior, mas

excluída deste estudo);

■ Estima-se que seja necessário 1 m3 de água por tonelada de minério processado

como água de processo;

■ Instalações de armazenamento de resíduos estéreis revistos a argila (TSF) para a

deposição de estéreis processados na planta; e

■ Um processo estimado de taxa de alimentação (minério bruto) de 2 Mtpa.

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1.2 Objectivos e âmbito do trabalho

Os objectivos do estudo hidrogeológico são fornecer um ponto de referência (condições de

base actuais) contra os potenciais impactos da mineração no sistema de águas

subterrâneas que podem ser identificados e medidos no futuro. O âmbito incluiu:

■ Uma descrição do sistema de fluxo de águas subterrâneas e os principais processos

que influenciam o comportamento do sistema;

■ Uma avaliação de potenciais impactos (tipo, grau, extensão) relacionados com as

várias componentes do projecto (por ex. drenagem drenagem da mina a céu aberto

proposta; potencial redução do nível de água subterrânea local e degradação da

qualidade da água subterrânea durante e após a exploração); e

■ Uma avaliação dos potenciais efeitos e das opções de mitigação relacionada a

utilização das águas subterrâneas, captação ou contaminação.

As fases específicas e tarefas dentro do âmbito de trabalho incluem:

Fase 1 – Referencial teórico e estudo documental

■ Tarefa 1: Estudo documental;

■ Tarefa 2: Visita ao local, hidrocenso e amostragem de águas subterrâneas;

■ Tarefa 3: Levantamento geofísico da terra;

■ Tarefa 4: Perfuração da caracterização das águas subterrâneas e furos de

monitorização; e

■ Tarefa 5: testagem e amostragem do Aquífero.

Fase 2 - Relatório:

■ Tarefa 1: Descrição hidrogeológica inicial;

■ Tarefa 2: Modelação numérica;

■ Tarefa 3: identificação de impacto e avaliação de risco;

■ Tarefa 4: Propor medidas de gestão de águas subterrâneas; e

■ Tarefa 5: Propor um programa de monitorização de águas subterrâneas.

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_______________________________________________________________________________________ Digby Wells and Associates (South Africa) (Pty) Ltd (Subsidiary of Digby Wells & Associates (Pty) Ltd). Co. Reg. No. 2010/008577/07. Fern Isle, Section 10, 359 Pretoria Ave Rand burg Private Bag X10046, Randburg, 2125, South Africa Tel: +27 11 789 9495, Fax: +27 11 789 9498, [email protected], www.digbywells.com _______________________________________________________________________________________ Directors: AR Wilke, DJ Otto, GB Beringer, LF Koeslag, AJ Reynolds (Chairman) (British)*, J Leaver*, GE Trusler (C.E.O) *Non-Executive

_______________________________________________________________________________________

Plano 1: Cenário Regional

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2 CENÁRIO AMBIENTAL 2.1 Clima Moçambique é influenciado por correntes de ar marítimo dos oceanos, geralmente com Verões quentes e húmidos e Invernos suaves, com pequena variação de temperatura anual. As variações sazonais de temperatura são em torno de 5˚ C entre os meses mais frios (Junho, Julho e Agosto) e os meses mais quentes (Dezembro, Janeiro e Fevereiro). As temperaturas são mais quentes perto da costa, no sul e nas regiões de planícies em comparação com as regiões do interior com maior elevação. As temperaturas médias nestas partes de planícies do país estão em torno de 25º e 27° C no Verão e de 20º a 25ºC no Inverno. O interior e as regiões de grandes altitudes no norte de Moçambique observam temperaturas médias mais baixas, entre 20°- 25ºC no Verão e 15º- 20ºC no Inverno (Digby Wells, 2013). A estação chuvosa é de Novembro a Abril, quando ocorre aproximadamente 80% pluviosidade anual, coincidindo com os meses mais quentes do ano. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) localiza-se mais a norte do país durante o Verão, trazendo 150 a 300 mm de chuva por mês, enquanto o sul recebe 50-150mm por mês. Contudo, influências topográficas causam variações locais para este gradiente de chuvas norte-sul com as regiões de maior altitude a receberem maior quantidade de chuva. A localização costeira de Moçambique significa que este país está situado numa região de furacões e ciclones altamente destrutivos que ocorrem durante a estação chuvosa. As chuvas intensas associadas a estes eventos contribuem com uma percentagem significativa de chuvas na estação chuvosa por um período de alguns dias (Digby Wells, 2013). Como mostra a Tabela 1, a precipitação média, mínima e máxima mensal dos 3 anos para o local da Balama são 112 mm, 27 mm e 53 mm, respectivamente. A maior precipitação máxima mensal (392 mm) foi observada em Janeiro. A taxa diminui até 6 mm em Junho. A precipitação mínima mensal varia entre 1 mm de Agosto e 76 mm em Fevereiro. Os valores mensais observados na precipitação para o período de três anos em estudo estão descritos na Figura 1 (Digby Wells, 2013). Tabela 1: Precipitação Média Mensal derivada dos dados modelados de Balama (2010-2012) Precipitação

(mm) Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Média

Anual

Máxima mensal

392 140 232 38 16 6 23 8 103 96 84 203 112

Mínima Mensal

61 76 55 11 13 2 2 1 8 3 35 60 27

Média Mensal

196 100 14 26 14 5 11 5 52 37 52 127 53

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Figura 1: Precipitação Média Mensal derivada dos dados modelados de Balama (2010-2012)

2.2 Topografia e Drenagem As montanhas de Balama fazem parte da cadeia de montanhas do Monte Nassilala que são nascentes dos sistemas fluviais locais na área do projecto. Os domínios das águas superficiais e subterrâneas também estão intimamente conectados as regiões montanhosas. A descarga de água subterrânea a partir da encosta suporta fluxos de base perenes até aos rios. A topografia regional da área mais ampla do projecto de Balama mostra elevações de 200 até 1.440 m acima do nível médio do mar (mamsl) como descrito no Plano 2. A elevação da superfície local varia de aproximadamente 470 à 678 mamsl, com um cume com tendência NE-SO. A elevação declina gradualmente para o noroeste e sudeste do cume. O Rio Mualipue drena a área de estudo para o oeste e se junta ao caudal a noroeste do Rio Naconha no sul.

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Plano 2: Topografia e Drenagem

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2.3 Geologia

A informação utilizada para elaborar a secção de geologia foi extraída de: ■ Geology Report Balama West Target Zone, Twigg Exploration and Mining,

Dezembro, 2012.

2.3.1 Geologia Regional O Projecto de Balama está subjacente a rochas metamórficas do Complexo Xixano (Terreno) datados de 735 Ma. Estes são constituídos por de ultra metamórfitos de granulito a anfibolito superior intrusivas fácies (paragneisse) intrusiva pelo ortognaisse de grau elevada (Plano 3). O Complexo Xixano é caracterizado por uma assinatura radiométrica distinta observada a partir de dados geofísicos aéreos recentes de alta resolução que facilitaram o seu reconhecimento como uma nova unidade tectonostratigráfica. Estende-se desde a zona sul-sudoeste na fronteira da Tanzânia, a Este, o Rio Lugenda, a Sul o Cinturão Lúrio. O Complexo Xixano recobre o Complexo Marrupa e o contacto entre os dois, no oeste, é a maior zona de cisalhamento, interpretada como um impulso que foi posteriormente dobrado contra o Cinturão Lúrio, no sul. A zona de contacto de cisalhamento com o Complexo Montepuez, no Este, também é fortemente dobrada. A maior zona de cisalhamento também separa o Complexo Xixano do Complexo Nairoto no Este. O Complexo Xixano inclui uma variedade de rochas metasupracrustal envolvendo predominantemente rochas ígneas máficas e granulitos que formam o núcleo de um sinforme com tendência regional norte-nordeste a sul-sudoeste. A geocronologia disponível demonstra que a maior parte do complexo Xixano é composto de litologias Neoproterozóicas formadas entre 820 e 740 Ma. Os paragneisses incluem gnaisse mica e xisto (incluindo o xisto grafite que compreende o Recurso Mineral de Balama), gnaisse quartzo-feldspato, meta-arenito, quartzito e mármore. Ortognaisses félsicos ocorrem com os paragnaisses, principalmente nas áreas do norte e do Este. A grade metamórfica nos paragneisses é dominantemente de fácies anfibolito, apesar das rochas de fácies granulito rochas serem localmente preservadas dentro das lentes tectónicas. O Complexo Xixano é composto principalmente por rochas de magnésio máfica a félsicas de baixo-K com muito poucas amostras de composição intermédia. Os tipos de rochas predominantes são cálcico, gabro máfico e diorito e tonalite de baixo-K. As rochas evoluídas são principalmente granito de alto-K cálcio-alcalina e granodiorite. Algumas amostras de rochas metavulcânicas são de composição similar às rochas intrusivas e são, presumivelmente, equivalentes as rochas extrusivas. Além de uma amostra de rochas monzodiorite, monzoníticas e sieníticas, estas são notavelmente ausentes no Complexo Xixano.

2.3.2 Geologia Local

A geologia específica do local é composta por grafite, pelíticas e xistos psamito com uma grande intrusão granítica no nordeste. Uma série de montanhas orienta-se no sentido NE-SO praticamente em linha com a direcção da folheação de xisto. Além do interesse na grafite e no vanádio, os garimpeiros locais periodicamente extraem pegmatitos na propriedade e produzem turmalina verde de baixa qualidade. Reportou-se também a cassiterita e columbita-tantalita em alguns dos pegmatitos, embora não seja conhecida nenhuma produção. As áreas de camadas planas a norte e a sul das montanhas estão cobertas por um solo solto de grafite castanho sem afloramento. O horizonte do solo pode atingir um máximo de

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espessura de 7m . Os primeiros metros do perfil de rocha meteorizada foram lateritizados e, posteriormente, os xistos grafíticos exibiram intemperismo por serem friáveis. O intemperismo na área é profundamente registrada a um máximo de 40 mbgl. Tal é parte de Moçambique tem sido sujeita a peneplanície. Em geral, pode-se afirmar que o horizonte de grafite é uma sequência de carbonáceo metamorfoseado e, em partes, pelítico calcário e sedimentos de psamito. O grau de metamorfismo é considerado como tendo sido originalmente uma grade anfibolito com uma fase subsequente de metamórfica e metassomática regressiva. Os sedimentos foram metamorfoseados em xistos grafíticos (pelitos) e arenitos de grafite (psamitos). A área de licenciamento de prospecção tem afloramento de granito a nordeste da parte ocidental do projecto e ocorrem pegmatitos associados na sequência grafítica. Os granitos e pegmatitos relacionados parecem ser intrusivos aos xistos. Considera-se possível que o metassomatismo introduziu o vanádio e o cromo na composição do mineral. A orientação e ângulo de folheação e estratificação parecem ser uma e a mesma (ou seja, N 50° orientação e ângulo 50°- 60° N).

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Plano 3: Geologia Regional

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3 AVALIAÇÃO DE REFERÊNCIA

3.1 Hidrocenso A primeira tarefa foi realizar um hidrocenso o qual se realizou nos dias 19 e 20 de Fevereiro de 2013. O objectivo do hidrocenso era obter informação sobre as águas subterrânea e superficiais na área do projecto de Balama e arredores. A fim de localizar e ter acesso a todos os furos conhecidos, nascentes, riachos e rios na área, a Digby Wells contactou e visitou os proprietários e/ou ocupantes das propriedades. A seguinte informação foi colhida em toda área:

■ Foram registadas em um GPS Garmin portátil, num sistema de coordenadas geográficas (latitude/longitude) WGS 84 as coordenadas dos furos e os locais de amostragem das águas superficiais;

■ O estado do ambiente das águas de superfície ou furo e equipamento instalado; ■ Acessar em cada furo o medidor de ângulo que foi determinado e o nível do lençol

freático que foi medido, se possível; e ■ Utilização do furo.

No total foram identificadas dez furos, uma nascente, um riacho e quatro rios na área de estudo. Seis amostras de água subterrânea e seis amostras de águas superficiais foram submetidas para um laboratório credenciado (Laboratório SGS) para análises química e de metal. As restantes seis amostras de água superficial foram enviadas para análise microbiológica. As amostras foram feitas usando válvula simples, baldes descontaminados e água de bombas ou torneiras, para o caso dos furos que estavam equipados e em uso. Foram utilizadas amostras de garrafas convencionais de 500ml, enchidas até ao topo. As amostras foram mantidas frescas em uma caixa térmica. A informação listada acima foi utilizada para definir a base inicial da água subterrânea e para ser usada como referência para futuras avaliações de monitorização de água e impacto. São apresentados na Tabela 2 o resumo dos resultados do hidrocenso. As posições dos furos são apresentadas no Plano 4 e as fotos dos pontos do hidrocenso são mostradas da Figura 2 à Figura 5. As seguintes conclusões são extraídas com base na informação do hidrocenso:

■ Existem dois furos de abastecimento de água no acampamento de Balama; Acampamento BH1 e Acampamento BH2. O furo do Acampamento BH1 está equipado com uma bomba submersível;

■ Os furos BM-DD-001, BM-DD-005, 003 e BMRC BMRC 005 são furos de prospecção antigos. Apenas o furo BMRC 005 está acessível. Todos os demais furos de prospecção foram bloqueados potencialmente devido ao desmoronamento do furo . O BMRC 005 tem um nível de água de 3,3 metros abaixo do nível do solo (mbgl). Apenas o furo BM-DD-001 e a nascente de Mihapui estão situados na proposta área do poço de Balama Oeste (Plano 4)

■ Os furos Pirira BH1, Pirira BH3, e Maulia BH1, estão equipados com bombas manuais. A bomba manual de Maulia BH1 não está mais em uso. Pirira BH1 e Pirira BH3 (aproximadamente a 1 km de Balama Oeste) são utilizados pelos moradores locais para o abastecimento de água para uso doméstico;

■ Pirira BH2 é um furo recentemente perfurado. Será utilizado para aumentar a

capacidade de abastecimento de água para Balama. O nível do lençol freático em

Pirira BH2 é de 3 mbgl; e

■ Existem na área do projecto de Balama quatro Rios, uma barragem, um riacho e uma

nascente:

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Todos os quatro rios, Nachonia, Mualipue, Namitucu e Mehucua servem como

fonte de abastecimento de água para fins domésticos. Estes rios costumam

inundar os seus bancos e danificam as estradas locais durante a ocorrência de

chuvas intensas; e

A nascente Mihapui e o riacho são conhecidos por serem sazonais e atraem

animais selvagens (babuínos e cobras) quando começam a fluir (início da

estação chuvosa).

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Tabela 2: Resumo dos Resultados do Hidrocenso

Identificador do Local

Coordenada Tipo Equipamento Uso / Comentário

Resto do Nível de

Água (mbgl)

Amostragem Método de

Amostragem

Coord. Y Coord. X Coord. Z

BM-DD-001 38.6510 -13.3308 572 Furo Nenhum Bloqueado a 4m Nenhuma Não Nenhum

BMRC 005 38.6510 -13.3308 585 Furo Nenhum Exploração 3.3 Sim Balde

BM-DD-005 38.6529 -13.3289 587 Furo Nenhum Bloqueado Nenhuma Não Nenhum

BMRC 003 38.6529 -13.3289 587 Furo Nenhum Bloqueado

Nenhuma Não Nenhum

MAULIA HAND PUMP

38.6649 -13.3454 587 Furo Bomba Manual Bloqueado

Nenhuma Não Nenhum

PIRIRA BH 2 38.6353 -13.3374 552 Furo Nenhum Doméstico 3 Sim Balde

PIRIRA BH 1 38.6325 -13.3365 551 Furo Bomba Manual Doméstico Nenhuma Sim Bomba manual

PIRIRA BH 3 38.6344 -13.3382 537 Furo Bomba Manual Doméstico 2 Sim Bomba manual

CAMP BH 1 38.6409 -13.3201 538 Furo Bomba

submersível Abastecimento do

Acampamento Nenhuma Sim

Torneira

CAMP BH 2 38.6407 -13.3195 525 Furo Nenhum Abastecimento do

Acampamento 6.8 Sim

Balde

MIHAPUI SPRING 38.6504 -13.3301 575 Fonte Nenhum Fonte de água

sazonal – límpida Nenhuma Sim

Amostra recolhida

MIHAPUI STREAM 38.6521 -13.3304 583 Fonte Nenhum Fonte de água

sazonal – límpida Nenhuma Sim

Amostra recolhida

MUALIPUE RIVER 38.6311 -13.3377 543 Rio Nenhum A fluir Nenhuma Sim Balde

NACONHA RIVER 38.6771 -13.3451 587 Rio Nenhum A fluir Nenhuma Sim Amostra recolhida

MEHUCUA RIVER 38.6654 -13.3616 512 Rio Nenhum A fluir Nenhuma Sim Balde

NAMITUCU RIVER 38.6465 -13.3620 516 Rio Nenhum A fluir Nenhuma Sim Balde

CHIPEMBE DAM 38.6173 -13.1967 488 Barragem Nenhum

Estagnada Nenhuma Sim

Amostra recolhida

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Plano 4: Mapa da Área do Hidrocenso

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Figura 2: Acampamento BH1 (1), Acampamento BH2 (2), Pirrira BH1 (3), Pirrira BH3 (4)

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Figura 3: Mualia BH1 (5), Pirrira BH2 (6), Rio Nachonia (7), Rio Mualipue (8)

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Figura 4: Rio Namitucu (9), Rio Mehucua (10), Nascente Mihapui (11), Riacho Mihapui (12)

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Figura 5: Barragem de Chipembe

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3.2 Levantamento Geofísico

Foi realizado um levantamento geofísico no terreno após a conclusão do hidrocenso. O

propósito do levantamento geofísico foi identificar potenciais locais de perfuração de furos

para caracterização e monitorização do ambiente de água subterrânea, onde existe muito

pouca informação sobre as águas subterrâneas.

A investigação geofísica tinha como alvo as características geológicas que potencialmente

poderiam influenciar o ambiente de águas subterrânea pela formação de caminhos ou

barreiras preferenciais para o fluxo de águas subterrâneas e de transporte de

contaminantes. Tais características podem incluir corpos magmáticos intrusivos. Devido às

altas pressões e temperaturas geradas quando o magma faz a intrusão da rocha

hospedeira, muitas vezes ocorrem fracturas extensas e desgaste da rocha hospedeira nas

proximidades dos corpos intrusivos. Estas zonas fracturadas e desgastadas geralmente têm

reforçado a permeabilidade e podem formar caminhos preferenciais para as águas

subterrâneas fluírem em direcções paralelas às inclinações dos corpos intrusivos. Os

próprios corpos intrusivos podem ainda ser densos o suficiente para formar barreiras às

águas subterrâneas fluírem em direcções perpendiculares a esses corpos,

compartimentando, assim, os sistemas de aquíferos intersectados.

3.2.1 Metodologia

O levantamento geofísico no terreno foi realizado nos dias 27 e 28 de Fevereiro de 2013 Foi

utilizado o método magnético, como este é normalmente o método adequado em termos de

custo-eficácia para levantamentos rápidos para identificar as zonas desgastadas ou

estruturas geológicas verticais a sub-verticais. A principal limitação em termos do

levantamento geofísico foi a grande área coberta por vegetação muito densa. Tal limitou o

tempo e o espaço disponível para o levantamento (Plano 6)

Durante a investigação geofísica, foram tomadas as seguintes acções:

■ Obteve-se e estudou-se relatórios anteriores sobre investigações geológicas e geo-

hidrológicas realizadas na área de interesse para permitir uma melhor visão sobre as

condições geológicas que poderiam ser esperadas durante o levantamento;

■ Estudou-se um mapa topográfico e de drenagem e local para investigar áreas a

jusante e a montante das áreas propostas de mineração;

■ O hidrocenso permitiu o reconhecimento da disposição e orientação do local;

■ Os dados magnéticos do terreno foram gravados com o Magnetómetro G5 Proton

nas áreas identificadas durante o estudo de gabinete;

■ Os dados geofísicos registados durante a pesquisa foram interpretados tendo em

consideração a geologia local e as condições geo-hidrológicas; e

■ Com base na interpretação dos dados geofísicos, foram identificadas metas para a

perfuração de poços de monitorização e caracterização.

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3.2.1.1 Recolha de Dados

Os dados geofísicos foram registados em quatro poligonais, ou seja, Linha 2, Linha 3, Linha

4 e Linha 5, como descrito no Plano 5. Foram propostos cinco poligonais, mas apenas

quatro puderam ser estudados dada à vegetação densa e ao ambiente montanhoso,

tornando-as inacessíveis.

Um GPS portátil foi usado para registar a localização de cada estação de dados. O

levantamento abrangeu uma área total de 3 quilómetros. O levantamento magnético teve um

conjunto de espaçamento de estação de dez metros para garantir que possíveis

características verticais sub-verticais pudessem ser detectadas. As direcções poligonais

foram escolhidas para intersectarem possíveis estruturas em um ângulo perpendicular.

3.2.2 Resultados Geofísicos do Terreno

3.2.2.1 Poligonal 2

A Linha 2 serviu para estudar uma falha com tendência N-S perto do Riacho Mihapui. Foi

identificado o alvo do furo na estação 440 m, no meio do caminho entre a nascente Mihapui

e o riacho. Assume-se que as águas subterrâneas que fluem ao longo da descarga da falha

na nascente Mihapui.

Figura 6: Linha Magnética 2

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35

3.2.2.2 Poligonal 3

A Linha 3 foi estudada para caracterizar a falha com tendência SE-NO transversal a base da

montanha de Balama a Sudoeste. A linha correu perpendicularmente à falha e o alvo do furo

foi identificado na estação de 260 m.

Figura 7: Linha magnética 3

3.2.2.3 Poligonal 4

A Linha 4 foi pesquisada para colocar um furo de monitorização a jusante, e a sudoeste da

proposta área de mineração de Balama Oeste. Foram identificados dois alvos de furos na

Linha 4, na estação de 400m e na estação de 20m. Ambos os alvos estavam colocados para

investigarem anomalias locais.

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Figura 8: Linha magnética 4

3.2.2.4 Poligonal 5

Fez-se o levantamento da Linha 5 para colocar um furo de monitorização a jusante e a sul

da proposta área de mineração de Balama Oeste. Foram identificados dois alvos de furos na

Linha 5, na estação de 580m e na estação de 350m. Ambos alvos estavam colocados para

estudar anomalias locais.

Figura 9: Linha magnética 5

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3.2.3 Alvos de Perfuração

Os resultados das investigações geofísicas indicam seis potenciais alvos de perfuração

(BBH1, BBH2, BBH3, BBH4, BBH5 e BBH6) como caracterização de aquífero e futuros furos

de monitorização (Tabela 3 e Plano 7). Não foi realizado nenhum levantamento geofísico em

Balama Este. Porém, dois alvos (BH7 e BH8) foram posicionados com base nos dados da

geologia estrutural obtidos a partir dos geólogos de exploração. Os alvos dos furos

seleccionados poderiam servir para:

■ Obter informação sobre a qualidade inicial das águas subterrâneas;

■ Investigar as propriedades hidráulicas da geologia com intersecção e sistemas de

aquíferos associados por meio de diferentes testes hidráulicos; e

■ Para actuarem como furos de monitorização o desenvolvimento deve prosseguir no

local proposto.

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Plano 5: Poligonais geofísicos terrestres

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Tabela 3: Potenciais Alvos de Perfuração

Nome do Furo

Poligonal Estação (m)

Coord. Y Coord. X Elevação Objectivo

BBH1 Linha 2 440 8526326.00 462268.00 581.00 Propriedades do aquífero, influência dos poços de Balama oeste no nível e qualidade das águas subterrâneas no sentido da nascente Mihapui.

BBH2 Linha 3 260 8525777.00 461651.00 559.00 Propriedades do aquífero, qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem de Balama oeste

BBH3 Linha 4 400 8525609.00 460636.00 539.00 Propriedades do aquífero, nível da água subterrânea e monitorização da qualidade em Mualipue

BBH4 Linha 4 20 8525925.00 460491.00 547.00 Propriedades do aquífero, nível da água subterrânea e monitorização da qualidade em Mualipue

BBH5 Linha 5 580 8524963.00 463109.00 524.00 Propriedades do aquífero, nível da água subterrânea e monitorização da qualidade em Maulia

BBH6 Linha 5 350 8524767.00 463380.00 515.00 Propriedades do aquífero, nível da água subterrânea e monitorização da qualidade em Maulia

BH7 8528099.00 464892.00 546.00 Propriedades do aquífero, nível e qualidade da água subterrânea em Balama Este

BH8 8528736.00 464962.00 568.00 Propriedades do aquífero, nível e qualidade da água subterrânea em Balama Este

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Plano 6: Alvos de Perfuração

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3.3 Perfuração

O programa de perfuração foi realizado de 27 de Junho de 2013 à 7 de Agosto de 2013.

Foram perfurados oito furos, nomeadamente BBH1 à BBH8 pela Aqua Terra Drilling

utilizando o método de perfuração rotativa de ar (comprimido a) percussão. Foi usado um

martelo de 203 mm de diâmetro (exterior) de 0 à 60 m e um martelo de 165 mm de diâmetro

(Exterior) de 60 à 100m. Durante a perfuração, foram registadas as seguintes informações:

■ Posição do furo – GPS portátil;

■ Sucessão de geologia vertical e grau de desgaste em intervalos de 1m;

■ Taxas de penetração;

■ Profundidade do furo e detalhes de construção; e

■ Profundidade das quedas de água, rendimento do golpe final e nível da restante

água após a conclusão.

O plano 6 mostra posição dos furos. É apresentado um resumo do programa de perfuração

na Tabela 4. Os registos geológicos são apresentados no Apêndice A. As profundezas dos

oito furos variam entre 60 e 100m.

Os primeiros metros (normalmente de 6 a 12 m, dependendo da profundidade do desgaste)

de cada furo foram perfurados utilizando perfuração convencional com percussão de 203

mm de diâmetro externo. Foi instalada uma caixa de arranque de 203 mm de diâmetro

exterior em toda esta zona até ao ponto em que a perfuração continuou com um diâmetro de

165 mm até a profundidade final dos poços. Foi instalado uma caixa de aço de 165 mm (de

diâmetro interno) em toda a parte superior do furo (secções não consolidadas e instáveis da

geologia) para evitar o desabamento do poço.

Os furos foram fechados com tampas trancáveis para impedir acessos não autorizados. Isso

preserva os furos em boas condições para a monitorização. Colocou-se um poste de aço

com 1 metro (1 m) de altura, pintada de amarelo de modo a estar visível, foi colocado

adjacente a cada poço, como mostra a Figura 10.

3.3.1 BBH1 – Poço Oeste

O BBH1 consiste de 8 m de solo seco, castanho amarelado. Por debaixo encontram-se 17 m

de xistos grafíticos cinzento-escuro altamente desgastados, que são subjacentes a 2 m de

pegmatite moderadamente desgastada. Foi encontrada uma pequena infiltração no contacto

do xisto-pegmatitos grafítico. Abaixo da pegmatite encontram-se veios de quartzo com 2m

de espessura, cobertos por 21 m xisto grafite moderada a ligeiramente meteorizada. O xisto

grafite se sobrepõe a 6 m de pegmatite intrusiva ligeiramente meteorizada. Foram

interceptadas águas subterrâneas a um golpe de rendimento, com um rendimento de 0,78

L/s, a 51 mbgl entre os xistos grafíticos e os pegmatitos. Os xistos grafíticos estão

subjacentes às pegmatitos até a profundidade final (100mbgl) do BBH1.

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3.3.2 BBH2 – Poço Oeste

A geologia do BBH2 consiste de 6 m de solo argiloso castanho, quês estão subjacentes a 34

m de xisto grafítico completamente desgastado. O xisto grafítico recobre 5 m de pegmatitos

completamente desgastados. Tal como em BBH1, as águas subterrâneas em BBH2 também

foram interceptadas no contacto xisto-pegmatitos grafítico. A queda de água foi 41 mbgl,

com um golpe de rendimento de 1,5 L/s. O pegmatito está maioritariamente subjacente ao

xisto grafítico até a profundidade final (100mbgl) de BBH2. Existem xistos quartzo menores

entre os 55 e 60 mbgl.

3.3.3 BBH3 – Vila de Malipui

O furo BBH3 indica que 14 m de solo superficial castanho-escuro estão subjacentes a 2 m

de quartzitos altamente desgastados. Foi encontrada uma infiltração menor na zona de

transição entre o quartzito e xisto grafítico. Os 26m de espessura de xisto grafítico estão

completamente desgastados, e estes estão também subjacentes a 2 m de quartzitos. A

maior queda de água em BBH3 (com um rendimento de 4,63 L/s) foi interceptada a 41 mbgl,

que também é a zona de transição entre os quartzitos mais profundos posteriores e xistos

grafíticos. Debaixo dos quartzitos encontram-se outros 30 m de xisto grafítico, intrusivos por

granitos entre 58 e 62 mbgl. Os granitos também foram encontrados a partir dos 78 mbgl até

a profundidade final (100mbgl) do BBH3. O nível do lençol freático em BBH3 situa-se nos

5,16 mbgl.

Este furo poderia potencialmente ser aplicado como uma fonte de abastecimento de água da

comunidade, devido ao seu elevado rendimento, mas a água não é de qualidade aceitável

devido às concentrações elevadas de sulfato (1661 mg/L) (Tabela 6) e terá que ser primeiro

tratada, antes de colocar disponível para o consumo humano.

3.3.4 BBH4 – Povoado de Malipui

O furo BBH4 consiste de 10 m de solo superficial arenoso cinzento-escuro que está

subjacente a 5 m de argila húmida cinzento-escura e areia. Existem 7 m de lama húmida por

debaixo de areia e argila. A lama está subjacente a pegmatitos completamente desgastados

a 31 mbgl. O furo BBH4 continuamente desabou aos 31 m durante a perfuração. A

perfuração de BBH4 parou a uma profundidade de 31 mbgl para evitar que o equipamento

de perfuração ficasse preso.

3.3.5 BBH5 – Vila de Mualia

O furo BBH5 consiste de 15 m de solo seco por debaixo de 2m de pegmatitos

completamente desgastados. O pegmatito está por debaixo de granito altamente

desgastado. Tal como no furo BBH4, o furo BBH5 desmoronou e a perfuração foi

interrompida a uma profundidade de 60 mbgl.

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3.3.6 BBH6 – Vila de Mualia

A geologia da BBH6 consiste de 10 m de solo superficial seco e amarelo, que está

subjacente por granitos completamente desgastados a 23 mbgl. Os granitos entre 23 e 50

mbgl são moderadamente desgastados. Foi encontrada infiltração mínima a 27 mbgl. Além

dos 50 mbgl encontram-se granitos frescos. Foram interceptadas águas subterrâneas com

golpe de rendimento de 2,73 L/s em uma fractura contendo água no granito fresco, a 56

mbgl. A perfuração de BBH6 foi interrompida a 100 mbgl. O nível das águas subterrâneas no

BBH6 situa-se nos 6,91 mbgl.

Este furo poderia, potencialmente, ser aplicado como um poço de abastecimento de água da

comunidade e a qualidade da água deste é própria para consumo humano (com base nos

parâmetros analisados).

3.3.7 BBH7 – Cava da Mina a Este

O furo BBH7 consiste de 8 m de solo superficial seco, subjacente a 34 m de xistos grafíticos

alta a moderadamente desgastados. Foi encontrada uma infiltração mínima a 31 mbgl.

Debaixo do xisto grafítico encontra-se o granito. A zona de transição entre o xisto granítico e

o granito é de aproximadamente 3m de espessura de sulco de falha. O sulco de falha

contém os maiores volumes de água encontrada em toda a área estudada. Foi interceptado

o recorde de golpe de rendimento de 9,6 L/s no sulco da falha entre 42 e 45 mbgl. Esta é

composta de materiais não consolidados; Como resultado, as amostras foram lavadas pelo

elevado fluxo de água. A perfuração do furo BBH7 foi interrompida aos 60 mbgl. O nível das

águas subterrâneas no BBH7 situa-se em 12,27 mbgl.

Este furo poderia, potencialmente, ser usado como uma fonte de abastecimento de água da

mina, devido ao seu elevado rendimento, mas a água não é de qualidade aceitável devido

as concentrações elevadas de sulfato, fluoreto, ferro, manganés, níquel e zinco (Tabela 6) e

terá de ser tratada antes de colocá-la disponível para o consumo humano. Esta também

tinha um valor de pH muito baixo (4,07).

3.3.8 BBH8 – Cava da Mina a Este

O furo BBH8 (Figura 10) é composto de 10 m de solo superficial seco adjacente a granitos

altamente desgastados a granitos frescos. O granito sofreu intrusão em várias

profundidades. Há intrusão de 3 m de veios de quartzo no granito entre 29 e 32 mbgl. O

Pegmatito sofreu intrusão de granitos entre 60 e 62 mbgl, e novamente entre 76 e 79 mbgl.

A zona de transição entre os antigos pegmatitos e os granitos armazena água. Esta zona de

transição (60 e 62 mbgl) tem um rendimento de águas subterrâneas, a uma taxa de 1,25 L

/s. A perfuração do BBH8 foi interrompida aos 100 mbgl. O nível das águas subterrâneas no

BBH8 encontra-se nos 32,95 mbgl.

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Figura 10: Furo BBH8

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Tabela 4: Resumo da perfuração dos furos

ID do furo de água

BBH1 BBH2 BBH3 BBH4 BBH5 BBH6 BBH7 BBH8

Lo

ca

l

do

fu

ro

de

ág

ua

(UT

M)

37

L X 462268 461651 460636 460491 463109 463380 464892 464962

Y 8526326 8525777 8525609 8525925 8524963 8524767 8528099 8528736

Z 581 559 539 547 524 515 546 568

Dad

os

so

bre

o f

uro

de

ág

ua

Profundidade do furo (m)

100 100 100 31 60 100 60 100

Rendimento do fluxo (L/s)

0.78 1.5 4.63

Fu

ro d

esm

oro

na

do

Fu

ro d

esm

oro

na

do

2.73 9.6 1.25

Profundidade de alcance da água (m)

26, 51 41 16, 43 27, 56 31, 43 61

Nível estático da água (m bgl)

6.75 23.73 5.16 6.91 12.28 32.95

Co

ns

tru

çã

o d

o r

eve

sti

me

nto

Revestimento sólido PVC (Diâmetro -

interno mm) 150 150 150 150 150 150

Profundidade de, a (m)

0-42, 58-60 0-42, 58-60 0-39, 58-60 0-21, 28-45,

58-60 0-33, 58-60 0-22, 32-34

Revestimento perfurado (Diâmetro

- interno mm) 150 150 150 150 150 150

Profundidade de, a (m)

43-57 43-57 40-57 22-27, 46-57 34-57 23-31

Base/subsolo da rocha na profundidade final

Grafite mica xisto

Grafite xisto

cinzento-escuro

20% Grafite mica xisto & 80% Granito.

Solo arenoso

lamacento

Granito desgastado

Rocha granítica fresca

Granito fresco

Anortosita

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3.4 Ocorrência e níveis das águas subterrâneas

O sistema de águas subterrâneas associado a cadeia do Monte Nassilala desempenha um

papel importante nos sistemas de água de superfície regional, uma vez que as drenagem de

águas subterrâneas advindas das montanhas suportam os fluxos perenes nos riachos

originários das montanhas.

Os níveis das águas subterrâneas na área de abrangência do projecto variam entre 2 mbgl

em Pirrira BH3 (Balama Oeste) à 33 mbgl em BH8 (Balama Este), como indicado na Tabela

2 e na Tabela 4. Um gráfico de todos os níveis de água subterrânea disponíveis contra a

elevação da superfície dos furos mostra que a inclusão do BBH2, BBH7 e BBH8 distorce a

correlação de 99% para uma correlação de 81% (Figura 11). Isso é indicativo de dois

conjuntos de sistemas aquíferos na área do projecto: um aquífero desgastado e um sistema

de aquífero fracturado.

Assim, a ocorrência de águas subterrâneas na área do projecto está assim associado xistos

grafíticos, granito e pegmatito desgastados e fracturados. O aquífero associado com o leito

rochoso desgastado varia de espessura em toda a área, mas pode-se estender a

profundidades de aproximadamente 40 mbgl. O aquífero desgastado é bastante permeável

e apenas infiltrações mínimas foram registadas no material desgastado durante a

perfuração. Bolsões de intemperismo mais profundos podem assistir a infiltração a migrar

para o aquífero da zona fracturada.

Quando o xisto grafítico, granitos e pegmatitos, não estão desgastados, são impermeáveis e

não possuem capacidade de armazenamento. A permeabilidade e a armazenabilidade

dessas rochas dependem exclusivamente de características estruturais secundárias, tais

como fissuras e fracturas. No geral, as fracturas fecham quando a pressão litostática

aumenta com a profundidade. No entanto, o fluxo de águas subterrâneas importantes pode

ocorrer em fracturas que acompanham as zonas de falhas. O aquífero desgastado também

parece estar incrustado conforme ilustrado na Error! Reference source not found..

Dados de exploração da geologia indicam que 51% das fracturas na área de estudo ocorrem

acima dos 60 m da sucessão geológica (Figura 12). Até 27% das fracturas ocorrem entre

140 e 180 mbgl. No entanto, a maioria das fracturas mais profundos não estão desgastadas.

As fracturas acima dos 60 m são moderadas a altamente desgastadas. Portanto, o nível de

fracturas é relativamente comum acima dos 20 m do aquífero fracturado e o fluxo de águas

subterrâneas é bem interligado. Em maiores profundidades o fluxo de águas subterrâneas

pode ser associado com fracturas individuais que armazenam água.

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47

Todas as principais quedas de água interceptadas durante a perfuração estavam entre os 40

e 60 mbgl. As maiores quedas de água tinham um golpe de rendimento entre 0,78 e 9 L/s.

Além do sulco da falha em Balama Este, todos as grandes quedas de água estavam

associadas com formações de intrusão fracturadas nas zonas de contacto.

Figura 11: Nível da água vs Topografia

Posiçao do aquifero na

montanha

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Figura 12: Correlação entre as quedas de água, densidade da fractura e intemperismo

da fractura

Legenda (de cima para baixo):

Fracturas moderadas a altamente desgastadas;

Fracturas não desgastadas.

Fracturas ligeiramente desgastadas;

Distribuição das Fracturas

Queda de água

A pressão hidráulica nos furos BBH2, BBH7, BBH8, Pirira BH3 e BBH3 cai entre os 533 e

535 mamsl. No entanto, o nível de água em Pirira BH3 e BBH3 está bem correlacionado

com a topografia, devido à sua proximidade com o Rio Mualipue.

O nível de água no Rio Mualipue é de 535 mamsl. Há, portanto, potencial ligação entre o Rio

Mualipue e o sistema de aquífero fracturado nestes furos. Assume-se que o Rio Mualipue

recarrega o sistema de aquífero fracturado, enquanto o sistema de aquífero desgastado é

recarregado directamente pela chuva.

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49

O nível de águas subterrâneas no sistema de aquífero desgastado varia entre 400 e 950

mamsl conforme descrito na Figura 13. O nível de água no aquífero desgastado geralmente

segue a topografia local, reflectindo o padrão de drenagem da superfície local. No sistema

local de água subterrânea, as montanhas de Balama actuam como os divisores das águas

subterrâneas. As águas subterrâneas das montanhas de Balama fluem, no geral, na

direcção Nordeste à Sudoeste.

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Figura 13: Nível e fluxo das águas subterrâneas no aquífero desgastado

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3.5 Propriedades Hidráulicas

Após a conclusão do programa de perfuração, foram realizados testes de aquíferos em seis

dos oito novos furos. Os testes de aquífero foram realizados de 19 à 26 de Setembro de

2013. O equipamento utilizado pelos subcontratados (Mega Construções & Serviços) só

podia captar um máximo de 3 L/s de água. Foram realizados testes constantes de descarga

e recuperação em cada poço. Os dados do teste de aquífero são apresentados no Apêndice

B onde foram analisados com os métodos FC e Cooper-Jacob. Os resultados são

apresentados e discutidos na Tabela 5 abaixo.

Tabela 5: Resultados dos testes de aquífero

ID do BH

Teste de Taxa Constante

Métodos

Método FC Método Cooper-

Jacob Taxa de Extracçã

o por bomba (L/s)

Rebaixamento disponível

(m)

Rebaixamento máximo durante o teste (m)

Períodos constantes de teste

(horas)

Primeiras horas do dia T (m

2/d)

Últimas horas do dia

T (m

2/d)

Primeiras horas do dia T (m

2/d)

Últimas horas do dia T T (m2/d)

BBH1* 0.65 27.67 2.37 12 - - - -

BBH2* 1.25 16.38 1.08 12 - - - -

BBH3 1.04 34.57 4.9 12 8 9 7.7 7.7

BBH6 1.08 33.09 10.01 12 6 5.2 5 5.6

BBH7* 2.89 27.67 0.11 12 - - - -

BBH8 1 21.64 2.02 12 4 4 3.6

* Não poderia obter o rebaixamento suficiente do nível da água.

O aquífero entre os propostos poços de Balama Oeste e a nascente Mihapue (BBH1) foram

testados a uma taxa constante de 0,65 L/s, com um rebaixamento de nível definitivo de

2,37m após 12 horas de bombeamento.

O aquífero na base da montanha de Balama (BBH2) foi testado durante 12 horas, a uma

taxa de 1,25 L/s, com um rebaixamento final 1,08 m. Ambos poços não poderiam ser

suficientemente explorados pelas taxas de captação aplicada.

A razão para a ausência de rebaixamento no BBH7 está ligada à limitação da bomba

utilizada durante o teste. Recomenda-se que se utilize uma bomba com capacidade de pelo

menos 10 L/s (a uma linha de 50 m) para realizar o teste no aquífero no sulco da falha.

Os furos, BBH3, BBH6 e BBH8, foram testados com sucesso durante 12 horas. O

abaixamento final obtido no final do teste de aquífero foi suficiente para estimar a

transmissibilidade dos aquíferos representados por esses furos.

O diagrama de diagnóstico de rebaixamento ao longo do tempo para o furo BBH3 mostra um

aquífero de porosidade dupla que tem um fluxo de fractura linear no início do tempo (Figura

14). A grande tendência de rebaixamento do gráfico de derivação é indicativa de um limite

de recarga que abastece água continuamente para o sistema de aquífero fracturado. O Rio

Mualipue é o provável limite de recarga que se reflecte na curva de rebaixamento do BBH3.

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Estima-se um valor de transmissibilidade (Valor T) de 7,7 m2/d para o sistema de aquífero

fracturado em BBH3. A transmissibilidade é uma medida da capacidade que um aquífero

tem para transmitir água subterrânea e é igual ao produto da condutividade hidráulica e a

espessura saturada do aquífero. O granito fracturado de relativamente elevada quantidade

em Maulia teve um valor-T entre 5 e 6 m2/ d como analisado a partir de BBH6.

Figura 14: Curva de diagnóstico do BBH3

A zona de falhas com tendência N-S em Balama Oeste, representado por BBH8, não tem

assim tanto rendimento como no sulco da falha no BBH7. O valor de transmissibilidade

desta zona de falha varia entre 3,6 e 4 m2/d.

3.6 Qualidade da Água

Foram colhidas amostras de água subterrânea e de superfície conforme descrito na Secção

3.1. Os resultados da avaliação da qualidade da água subterrânea estão em anexo no

Apêndice C. É apresentado um resumo dos resultados na Tabela 6 e Tabela 7, e

referenciados tendo em conta as directrizes de água potável da Organização Mundial de

Saúde (OMS) 2011.

A qualidade da água na barragem de Chipembe, e em todos os rios e riachos, excepto o

riacho Mihapui, é muito boa tanto quanto segura para o consumo humano (com base nos

BBH3

log derivative = 0.13 good fracture network

0.1

1

10

1 10 100 1000

Time (min)

data (s)

s '

Main

Data Sust_

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53

parâmetros medidos). Com concentrações de nitrato de 97 mg/L, o riacho Mihapui é visto

como contaminado . Os elevados nitratos podem ser atribuídos ao uso de adubos e

fertilizantes durante o cultivo nas áreas aráveis mais altas que eventualmente deságuam no

riacho.

Os resultados mostram altas concentrações de sulfato na água subterrânea nos furos BBH2

(poço Oeste), BBH3 (Malipui), BBH7 (poço Este) e BMRC 005 (poço Oeste). O BMRC 005

está localizado a aproximadamente 10 m ao norte da vala (aproximadamente 4 m de

profundidade) (Linha 5). A elevada quantidade de sulfato no BMRC 005 (726 mg/L) está

associada com o baixo valor de pH (3.6) nas amostras de água subterrânea. A alcalinidade

no BMRC 005 foi esgotada. Pode-se concluir que os processos de Drenagem Ácida da Mina

(DAM) são potencialmente activos nos furos BMRC 005 e BBH7 – baixo pH e elevadas

concentrações de metal, BBH2, BBH3 e BBH7 têm vestígios de DAM devido à sua

proximidade às valas (Figura 15 e Figura 16). A caracterização geoquímica dos resíduos de

rocha e material de minério é apresentada no Apêndice D.

A elevada quantidade de sulfato no BBH2 e BBH3 não está associada aos baixos valores de

pH ácido como em BBH7 e BMRC 005. Os furos BBH2 e BBH3 têm quase pH neutro e

concentrações relativamente elevadas de cálcio. O cálcio é, principalmente, derivado de

reacções de neutralização entre o lixiviado ácido e calcita dentro das rochas.

Os únicos metais pesados comuns que foram significativamente mobilizados no ambiente

das água subterrâneas são ferro, manganês, níquel e zinco. Estas elevadas concentrações

foram medidas durante a análise das amostras de águas subterrâneas. Durante os testes

geoquímicos tirou-se amostras de lixiviados e enviadas para análises de uma gama muito

maior de elementos. Foi durante a análise dos lixiviados que foi identificado Urânio em

concentrações que excedem os Valores de Referência de Água Potável da OMS. Apesar de

todos os maiores e menores iões no BBH1 estarem dentro de valores de referência, a sua

alcalinidade foi esgotada. As águas subterrâneas dos furos de abastecimento de água de

Pirira BH2 e BH3 Pirira não são de boa qualidade para consumo devido ao Sódio, Cloro e

Cálcio elevados e subsequentemente dos valores TDS.

3.6.1 Caracterização das águas subterrâneas

Um diagrama de Piper é apresentado na Figura 17. A posição das amostras de água

subterrânea no gráfico baseia-se na proporção dos vários componentes medidos em

equivalência e não é uma indicação de qualidade da água absoluta ou de adequação para

consumo humano. Com base no diagrama de Piper, a água subterrânea para a área de

estudo pode ser classificada como se segue:

■ As comparações das proporções equivalentes indicam que os furos BBH6, BBH8,

Acampamento BH1, Pirira BH1 e Pirira BH3 são águas relativamente limpas com a

presença de cálcio-magnésio-bicarbonato;

■ As águas subterrâneas nos furos BMRC 005, BBH1, BBH2, BBH3 e BBH7 indicam

elevadas concentrações de sulfatos que potencialmente estão relacionadas com a

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oxidação do corpo de minério; o baixo valor de pH nos furos BRMC 05 e BBH7

resultaram também em um aumento em algumas das concentrações de metais; e

A qualidade da água subterrânea do furo de Pirira BH2 é um indicativo de

enriquecimento de cloreto. O enriquecimento de cloreto em Pirira BH2 está

associado a infiltração da rede de esgotos na vila Pirira.

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Tabela 6: Maiores e menores iões nas águas superficial e subterrânea

ID da Amostra

Valo

r pH

– a

25°

C

Cond

utivid

ad

e

elé

ctr

ica m

S/m

Tota

l de s

ólid

os

dis

solv

idos e

m

mg/L

Alc

alin

idade

com

o C

aC

O3

Cálc

io c

om

o C

a

em

mg/L

Magn

érs

io c

om

o

Mg e

m m

g/L

Sód

io c

om

o N

a

em

mg/L

Potá

ssio

com

o K

em

mg/L

Clo

reto

s c

om

o C

l

m m

g/L

Sulfato

com

o

SO

4 e

m m

g/L

Nitra

to N

O3 c

om

o

N e

m m

g/L

Flu

ore

to c

om

o F

e, M

g/l

Directrizes 2011 da OMS

6.5-8.5

11 1.5

BBH1 6.40 18.7 91 <2.48 12.5 4.4 5.51 2.4 2.71 62.6 0.24 0.369

BBH2 7.15 109.0 846 233 165 28.5 63.1 2.73 56 389 0.167 0.714

BBH3 6.63 276.0 2726 157 345 111 330 7.95 175 1661 0.135 0.35

BBH6 7.05 47.0 263 203 41.1 13.8 33.2 3.89 24.8 23.1 0.159 0.787

BBH7 4.07 142.0 1185 <2.48 150 66.2 88.2 6.66 58.3 814 0.226 1.74

BBH8 7.63 37.7 195 188 52.7 3.5 16.5 5.47 <0.423 3.81 0.134 0.418

BMRC 005 3.60 51.0 320 <12 28 9.8 23 10 55 726 13 0.4

PIRIRA BH 2 7.60 335.0 2500 99.9 285 55 215 20 233 67 <0.03 0.3

PIRIRA BH 1 7.40 155.0 990 270.25 96 22 79 5 14 132 <0.03 0.27

PIRIRA BH 3 7.50 161.0 1100 159.45 153 34 82 7.6 5.3 51 <0.03 0.85

CAMP BH 1 7.50 132.0 870 291.87 76 15 46 6.4 19 137 <0.03 0.32

Fonte MIHAPUI 6.90 46.0 310 31 9.8 20 9.2 <0.05 <0.03 0.67

Riacho MIHAPUI 6.40 21.0 170 18 4.4 6 15 <0.05 97 0.6

Rio MUALIPUE 6.80 17.0 <21 6.9 3.6 11 44 8.1 <0.03 0.05

Rio NACONHA 7.00 17.0 150 4.5 3.3 15 36 18 <0.03 0.1

Rio MEHUCUA 7.20 21.0 130 5.7 4.4 20 <0.05 55 <0.03 0.11

Rio NAMITUCU 7.30 39.0 130 13 9.9 28 <0.05 54 <0.03 0.14

Barragem do CHIPEMBE 7.10 30.0 170

11 8 19

25 12 <0.03 0.07

Não é estabelecido nenhum baseado na saúde, mas por causa dos efeitos gastrointestinais associados ao consumo de água contendo elevado sulfato, as autoridades sanitárias devem ser

notificadas de fontes que contêm sulfato que excede os 500 mg/L (WHO, 2008).

*Os números a vermelho indicam elementos com concentrações que excedem os Valores de Referência de Água Potável da OMS.

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Tabela 7: Metais pesados na superfície e água subterrânea

ID da Amostra

Ferr

o c

om

o

Fe e

m m

g/L

Mang

an

és

com

o M

n

Ars

énic

o c

om

o

mg/L

Cró

mio

com

o

Cr

em

mg/L

Cádm

io c

om

o

Cd

em

mg/L

Chum

bo c

om

o

Pb e

m m

g/L

Níq

ue

l co

mo

Ni e

m m

g/L

Zin

c o

co

mo

Zn e

m m

g/L

Alu

mín

io c

om

o

Al em

mg/L

Co

bre

C

u e

m

Mg/L

Coba

lto c

om

o

Co e

m m

g/L

Boro

co

mo B

em

Mg/L

Directrizes de 2011 da OMS

0.1 0.4 0.01 0.05 0.003 0.01 0.07 1.5 0.5

0.5

BBH1 <0.003 0.142 <0.007 <0.001 <0.001 <0.004 0.188 1.02 <0.003 <0.001 <0.001 <0.003

BBH2 <0.003 0.177 <0.007 <0.001 <0.001 <0.004 <0.001 <0.002 <0.003 <0.001 <0.001 <0.003

BBH3 <0.003 0.335 <0.007 <0.001 <0.001 <0.004 0.034 0.34 <0.003 <0.001 <0.001 <0.003

BBH6 2.08 0.054 <0.007 <0.001 <0.001 <0.004 <0.001 <0.002 <0.003 <0.001 <0.001 <0.003

BBH7 1.74 1.50 <0.007 <0.001 <0.001 <0.004 0.810 3.860 <0.003 <0.001 <0.001 <0.003

BBH8 <0.003 <0.001 <0.007 <0.001 <0.001 <0.004 <0.001 <0.002 <0.003 <0.001 <0.001 <0.003

BMRC 005 <0.05 0.63 <0.0005 <0.002 0.0028 <0.0005 0.400 2.900 0.13 0.016 0.0053 0.003

PIRIRA BH 2 <0.05 0.076 0.0024 0.007 0.0044 <0.0005 0.160 0.07 <0.02 0.0026 0.0014 <0.002

PIRIRA BH 1 <0.05 0.008 0.0015 0.012 <0.0001 <0.0005 0.016 <0.01 <0.02 <0.0009 0.0006 0.007

PIRIRA BH 3 <0.05 <0.002 0.0011 0.011 0.0006 <0.0005 0.020 <0.01 <0.02 0.0014 0.0009 0.085

CAMP BH 1 <0.05 0.015 0.002 0.012 <0.0001 <0.0005 0.015 <0.01 <0.02 <0.0009 0.0007 0.005

Fonte MIHAPUI <0.05 0.31 <0.0005 0.004 <0.0001 <0.0005 <0.0009 0.013 <0.02 <0.0009 <0.0004 0.006

Riacho MIHAPUI <0.05 0.083 <0.0005 0.002 0.028 <0.0005 0.025 0.490 <0.02 0.025 0.004 0.014

Rio MUALIPUE 0.13 0.009 <0.0005 0.007 <0.0001 0.0005 0.0019 0.005 0.26 0.0019 0.0007 0.01

Rio NACONHA 0.12 0.009 <0.0005 0.007 <0.0001 <0.0005 0.0022 0.003 0.14 0.0022 0.0006 0.014

Rio MEHUCUA 0.09 0.004 0.0005 0.007 <0.0001 <0.0005 0.0016 0.003 0.09 0.0016 0.0005 0.012

Rio NAMITUCU <0.05 <0.002 0.0006 0.008 <0.0001 <0.0005 0.0012 0.003 <0.02 0.0012 <0.0004 0.011

Barragem do CHIPEMBE <0.05 <0.002 0.0006 0.005 <0.0001 <0.0005 <0.0009 0.002 <0.02 <0.0009 <0.0004 0.016

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Figura 15: Concentração de sulfato (entre parêntesis) nas águas subterrâneas em

Balama Oeste

*Os pontos amarelos indicam concentrações de sulfato que excedem os Valores de Referência de

Água Potável da OMS. Os pontos verdes estão dentro dos limites aceitáveis.

Figura 16: Concentração de sulfato (entre parêntesis) nas águas subterrâneas em

Balama Este

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Figura 17: O Diagrama de Piper forma amostras de águas subterrâneas em Balama

20%

40%

60%

80%

20%40%60%80%

20%

40%

60%

80%

20%

40%

60%

80%

20% 40% 60% 80%

20%

40%

60%

80%

20%

40%

60%

80%

20%

40%

60%

80%

BBH1

BBH2

BBH3

BBH6

BBH7

BBH8

BMRC 005

CAMP BH 1

PIRIRA BH 1

PIRIRA BH 2

PIRIRA BH 3

Chloride

Sulp

hate

Tota

l Alk

alin

ity

Sodiu

m &

Pota

ssium

Magnesi

um

Calcium

AnionsCations

Piper Diagram

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3.6.2 Resultados bacteriológios

Os padrões Sul-Africanos de qualidade de água doméstica foram utilizadas como referência

para a avaliação microbiológica . Os resultados laboratoriais das amostras microbiológicas

encontram-se resumidos na Tabela 8.

Tabela 8: Resultados da qualidade microbiológica da água

Data da Amostra

ID da Amostra Total de Bactéria Coli ml*

F coli ml*

E coli ml*

Contagem de Placas Heterotróficas ml*

Limites recomendados pela OMS

- - - -

Classe I

(Recomendado) 10 0 0 5000

25/06/2013 Fonte MIHAPUI 5 3 3 15000

25/06/2013 Riacho MIHAPUI 1 0 0 15400

25/06/2013 Rio MUALIPUE 18 12 0 780

25/06/2013 Rio NACONHA 220 29 29 840

25/06/2013 Rio MEHUCUA 460 13 13 860

25/06/2013 Rio NAMITUCU 450 23 23 1470

25/06/2013 Barragem CHIPEMBE 90 18 18 1580

Com base nos resultados dos testes , podem ser feitas as seguintes observações quanto ao

cumprimento dos padrões Sul-Africanos de qualidade de água doméstica:

■ Resultados bacteriológicos indicam a presença de coliformes totais altos, contagem

de F-coli e E-coli em todas as amostras, excepto para Rio Mihapui; e

■ A contagem de placas heterotróficas está acima dos padrões recomendados para

Nascente e Rio Mihapui.

3.6.3 Geoquímica

Com base nas interpretações e no resumo dos resultados geoquímicos de Balama pode-se

concluir o seguinte:

■ A mineralogia do depósito Balama é dominada por minerais metamórficos com

conteúdo alto de mineral de argila, anfibólio e granada dentro de uma matriz de

silicato;

■ As formações enriquecidas são altas em Au, Ag, As, Ba, Fe, Cu, Cr, Zn, L, Co, Cs,

Mo, Ni, V, W, Y e Pb, com estes elementos bem acima das médias da crosta

terrestre observadas em todo mundo. Tal não é, contudo, uma indicação de se estes

representam um risco ambiental com a bio-disponibilidade determinada por meio dos

testes de lixiviados;

■ Os resultados de ABA e NAG mostram que o resíduo rochoso de Balama e o

material mineralizado são geradores de ácido e um potencial para a DAM e existe

alta contaminação de metais por infiltração; e

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COA2029

60

■ Os parâmetros com concentrações superiores aos limites recomendados de água

doméstica são alumínio (Al), cádmio (Cd), ferro (Fe), cobre (Cu), níquel (Ni), vanádio

(V) e urânio (U) e estas concentrações aumentarão se ocorrer a formação de DAM.

Estas concentrações irão, contudo, ser diluídas em concentrações mais baixas,

assim que se misturarem e reagirem com os volumes que recebem águas

subterrâneas e superficiais.

Foram identificados os seguintes principais impactos ambientais a partir da avaliação

geoquímica:

■ Resíduos do Material Rochoso:

■ Potencial moderado para formação DAM de depósitos de estéreis (WRD) devido ao

alto teor de S e a potencial geração de ácido em 4 das 6 amostras de resíduos

rochosos;

■ Potencial contaminação do minério com altos vestígios de concentrações de

elementos como U e Se; e

■ Potencial de vestígios de contaminação de elementos de infiltração de WRD no

ambiente receptor com altas concentrações de Mn, Fe, Ni e U.

Material Mineral

■ Alto potencial de formação DAM com altas concentrações de S e menor pasta de

valores de pH que conduz a lixiviação da água com baixos valores de pH e alto teor

de metais; e

■ Vestígios de contaminação de elemento a partir das reservas e zonas de minério

expostas com alto potencial de contaminação por metais com concentrações de Al,

Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U que entram no ambiente receptor; e

■ Potencial contaminação de minério com altos vestígios de concentrações de

elementos como U e Se.

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Projecto de Grafite de Balama - Hidrogeologia

COA2029

61

4 Modelo Numérico

Os modelos numéricos de fluxo de água subterrânea e de transporte de contaminantes

foram instalados usando o modelo conceptual como base. Um modelo conceptual é uma

representação simplificada das características essenciais do sistema hidrogeológico físico e

seu comportamento hidráulico conforme discutido na Secção 3. O modelo conceptual está

representado na Figura 18.

Pretende-se que o modelo numérico reflicta as condições específicas do local com a maior

precisão possível, a fim de alcançar o mais alto nível de confiança nos impactos simulados.

PMWIN Pro 8, que é um pacote de software de modelação baseado no MODFLOW, foi

usado para as simulações. MODFLOW e PMWIN Pro são pacotes de modelação

internacionalmente reconhecidos que foram provados capazes de simular esses tipos de

fluxo de águas subterrâneas e de avaliações de transporte de contaminantes a um alto nível

de precisão.

4.1 Limitações do Modelo e Pressupostos

Os modelos numéricos são comummente usados para desenvolver soluções de gestão

hidrogeológicas que incluem a previsão de migração da pluma contaminante e a alteração

do nível das águas subterrâneas ao longo do tempo. No entanto, os sistemas de águas

subterrâneas são muitas vezes complexos e a necessidade de entrada de dados está além

da nossa capacidade para avaliar em detalhe. Um modelo, não importa o quão sofisticado,

jamais descreverá o sistema de águas subterrâneas investigado sem desvio das simulações

do modelo do processo físico real (Spitz, 1996). Portanto, é necessário fazer várias

hipóteses simplificadoras para simplificar as condições complexas, hidrogeológicas do

mundo real em um modelo simplificado e passível de ser gerido.

Todas as simulações da modelação numérica requerem premissas a serem feitas durante a

tradução do código numérico em um modelo específico ao local. Estes pressupostos, que

reflectem as lacunas de dados no modelo conceitual sobre a distribuição de aquífero e dos

parâmetros de aquífero, podem resultar em áreas de incerteza nas saídas e previsões do

modelo, São as seguintes as limitações do modelo:

■ O modelo é desenvolvido numa escala regional e abrange uma área vasta em redor

da Mina de Balama, a fim de determinar a interacção hidrogeológica entre o local da

mina e o sistema regional de água subterrânea circundante;

■ A actual informação geológica é insuficente para descrever o nível dos diferentes

aquferos;

■ Ós dados de testes ao aquífero só se encontram dispossíveis a nível de 10% do

domínio do modelo, cobrindo uma pequena fracção da área modelada. Não se

encontram disponíveis quaisquer dados extraídos no terreno para proporcionar fazer-

se uma estimativa dos parâmetros do aquífero da matriz da rocha e das fractura a

uma escala regional;

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COA2029

62

■ Numa área montanhosa como é a área do projecto de Balama, ocorrem elevações

localizadas a nível de águas substerrâneas elevadas devido às condições de

encrustação na montnha. Este sistema de água subterrânea isolado encrustrado não

se encontra incorporado no modelo;

■ As falhas e fracturas não se encontram modeladas de forma explícita. A suposição

de que o aquífero se irá comportar como um meio poroso homogéneo pode induzir

em erro. No entanto, a uma escala regional (superior do que o Volume Elementar

Representativo (REV - Representative Elemental Volume) esta suposição deve ser

aceitável;

■ A distribuição espacial e quantidade da recarga natural e artificial é incerta; portanto

foi usada uma recarga uniforme a fim de evitar complicar demasiadamente o

modelo; e

■ As complexidades dos aquíferos rochosos fracturados implicam que o modelo só

pode ser usado como uma orientação para detemrinar a ordem de magnitude da

drenagem e do transporte de contaminantes.

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4.2 Modelo de Domínio e Condições limítrofes

A área do modelo e as condições limítrofes foram definidas tomando em consideração a posição das cavas de Balama, armazenamento de

estéreis e pilha de resíduos de estéril, bem como os limites de fluxo naturais de águas subterrâneas, como rios e elevações topográficas. O

modelo abrange uma área de 24.3 km (leste - oeste) por 22.5 km (norte - sul), e é delimitado por elevações topográficas ao norte, leste, oeste

e sul (Figura 19). Os limites de fluxo natural utilizados, não foram considerados suficientes para influenciar o fluxo de água subterrânea e

transporte de contaminantes através dos limites.

Os tamanhos de células individuais variam de 5 m por 5 m nas imediações da Mina de Balama, até um máximo de 100 m por 100 m nos

extremos exteriores da área do modelo em que é aceitável uma precisão inferior. Levando em consideração o aquífero desgastado e as

fracturas que contêm água na área de estudo, foram atraibuídas ao modelo três camadas. O aquífero desgastado (topo do domínio do

modelo) foi designado como um aquífero semi-confinado. O aquífero fracturado e leito rochoso firme (Camadas 2 e 3) foram designados como

sendo aquíferos confinados.

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64

Figura 18: Modelo conceptual de linha d e base

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Os dados de elevação designados para as camadas do modelo são os seguintes:

■ Camada 1, o aquífero superior de material desgastado (espessura de 30 m com

elevações topográficas obtidas a partir da base de dados SRTM);

■ O aquífero fracturado. Camada 2 tem uma espessura de camada de 30 m; e

■ O leito rochoso firme. Camada 3 foi definido como 370 mamsl (100 m abaixo do nível

do solo da cava da mina).

O modelo numérico incorpora características de interacção rio/aquífero para permitir a

representação do escoamento de base e a recarga a partir dos rios para as águas

subterrâneas. Os rios e córregos dentro do limite do modelo estão representados utilizando

o pacote de rio. Isso permite recarga e descarga entre o sistema de águas superficiais e

subterrâneas.

4.3 Calibração do Modelo

4.3.1 Calibração do Estado Estacionário

O modelo estacionário foi calibrado usando o método de “tentativa e erro” onde os

parâmetros do aquífero são variados dentro de âmbitos realistas até que o modelo possa

produzir condições especificamente relacionadas com o local. Os valores de

trasmissibilidade obtidos a partir do teste ao aquífero foram usados para limitar a natuareza

não singular duarnte a calibração do modelo. Os parâmetros para os quais o modelo foi

calibrado são apresentados na Tabela 9. No total foram utilizaods 8 furos de observação

para efectuar a calibração do estado estacionário.

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Figura 2: Configuração do Modelo

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67

Após a calibração do modelo, foi obtida uma correlação aceitável de 96.5% e um erro

normalizado de média de raiz quadrada (NRMSE) de 6.2% entre a elevação simulada e a

observada. (Error! Reference source not found.). O residual máximo (diferença entre o

nível de água subterrânea calculado e o observado) é de 2.8 m no furo de água BBH6. O

residual mínimo é de 3.3 m no furo no acampamento BH2. Os máximos gerais simulados

coincidem muito bem com os máximos reais (Figura 3), o que confirma que o modelo

constitui uma boa ferramenta de previsão para simular o sistema aquífero na área do

projecto.

Figure 20: Correlação entre os níveis máximos observados e simulados

Tabela 2: parâmetros de entrada calibrados

Parâmetro Camada / Aquífero Valor

Transmissibilidade Aquífero Desgatado 3.8 m2/d

Transmissibilidade Aquífero fracturado superior 7 m2/d

Transmissibilidade Leito rochoso firme 0.01 m2/d

Condutividade Hidráulica Vertical

Aquífero Desgastado 0.09 m/d

Recarga Célula Activa mais Elevada 2.8x10-5

m/d(1.6 % of MAP)

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68

Figura 3: Histograma do nível superior calculado vs o nível superior medido

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Figura 4: condição estavel do aquifero subterrâneo

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71

4.4 Calibração Transitoria

■ O armazenamento do aquífero tem impacto sobre o volume de água que deve ser

removido e influencia o rebaixamento relativo devido à descarga. A fim de se fazer

uma estimativa do armazenamento específico, o modelo foi usado para fazer a

simulação do teste de de extração por bomba realizado no furo BBH3. Os

rebaixamentos modelados são em média 0.6 m mais elevados do que os

rebaixamentos medidos (Figura 23). Os valores específicos de armazenamento

indicados a seguir foram usados para alcançar a calibração transitorioCamada 1: 10-4

■ Camada 2: 5x10-5; e

■ Camada 3: 10-6.

Figura 5: Rebaixamento modelado versus rebaixamento medido no BBH3

4.5 Modelo Preditivo

O modelo preditivo foi estabelecido de acordo com as estimativas dos níveis de influxo para

a planta da mina, para estimar o cone de descarga e pluma de contaminadrenagem ção que

tem origem na mina e nas infra-estrutura. O indicado a seguir constui os componentes do

modelo preditivo.

4.5.1 Drenagem Drenagem da mina

A mineração está planeada para iniciar no poço Balama Oeste, que será explorado em

quatro fases. A exploração inicial para as fases 1, 2 e 3 serao efectuados no primeiro

trimestre de 2016. A Fase 3 constitui a Fase de avanço. A cava da mina para as Fases 1 e

2 encontra-se na Figura 24. As cavas das minas para as fases 3 e 4 encontram-se na

Figura 25 e 26, respectivamente.

A profundidade do piso do poço abaixo do nível do lençol freático regional, terá um impacto

sobre o levantamento vertical no nível do lençol freático, o que, por sua vez impacta sobre a

extensão aérea do cone de rebaixamento. Em geral, quanto mais fundo o nível do lençol

freático maior a extensão aérea do cone de abaixamento.

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A Fase 1 será minerada até o final de 2019, abaixo de 518 mamsl. A Fase 2 sera

exploradas até o primeiro trimestre de 2021, abaixo de 493 mamsl. A fase 3 irá ser extraído

até o primeiro trimestre de 2027, abaixo de 468 mamsl, e a fase 4 até o terceiro trimestre

de 2027, também abaixo de 468 mamsl. Isto implica que a mineração em Balama Oeste

terminará no terceiro trimestre de 2027, e a elevação do poço final será de 468 mamsl,

durante o qual os bancos iniciais das fases 5 e 6 em Balama Leste serao realizados.

Em Balama Oeste, a Fase 6 sera a fase 5 retrocedida e a fase 8 é a fase 7 retrocedida. Os

poços para as fases de Balama Leste são ilustrados na Figura 27 e Figura 30.

A Fase 5 será extraída até o primeiro trimestre de 2032, até 523 mamsl. Fase 6 será

extraído até o terceiro trimestre de 2044, até 468 mamsl. Fase 7 será extraído até o primeiro

trimestre de 2049, até 518 mamsl, e Estágio 4 até o final de 2056, também abaixo de 468

mamsl. A semelhança de Balama Oeste, o último poço em Balama Leste será 468 mamsl.

Figura 6: A Cava da Mina de Balama Oeste (Fases 1 e 2)

Figure 7: Cava da Mina de Balama Oeste – Fase 3

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Figura 8: Cava da Mina de Balama Oeste - Fase 4

Figura 9: Cava da Mina de Balama Este – Fase 5

Figura 10: Cava da Mina de Balama Este – Fase 6

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Figura 11: Cava da Mina de Balama Este - Fase 7

Figura 12: Cava da Mina de Balama Este – Fase 8

O nível de detalhes fornecidos no plano da mina foi modelado com a maior precisão

possível, dividindo-se o modelo em 164 períodos de pressão, o que representa cada

trimestre 2016-2056 (Tabela 10). Mineração e atividades de drenagem foram representadas

utilizando células de drenagem dentro davas do poço. As modelagem da elevação da

drenagem foram criados e melhoradas através de incrementos trimestrais de acordo com o

plano da mina, tal como consta na Tabela 10. O valor de condutância de drenagem refletem

a resistência ao fluxo entre os aquíferos circundantes e do poço da mina. Este é um

parâmetro crítico que afecta o influxo simulado nos poços de minas. A condutância de

drenagem aplicado para simular a mineração foi calculada multiplicando os tamanhos de

células (5 m), com a condutividade hidráulica de cada camada. Foram utilizados os

seguintes valores:

■ Layer 1: 0.6 m2/d;

■ Layer 2: 1.2 m2/d; and

■ Layer 3: 0.0045 m2/d.

Como os poços são de multiplas camadas, uma condutividade hidráulica vertical, muito alta

(10 m/d) foi definida para todas as células dentro das áreas de poço para simular a livre

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circulação das águas subterrâneas. O poço modelado final como representado com células

de drenagem estão representados na Figura 31 e Figura 32.

Tabela 3: Plano do chão da Cava da Mina e períodos de pressão

Year Quarter Stress Period

Balama West (Stages/Schedule Pit

Floor mRL)

Balama East (Stages/Schedule Pit Floor

mamsl)

1 3 2 4 5 6 7 8

578 583 568

FY2016 Q1 1 563 571 567 FY2016 Q2 2 559 568 567 FY2016 Q3 3 556 567 562 FY2016 Q4 4 552 566 562 FY2017 Q1 5 549 565 562 FY2017 Q2 6 549 564 550 FY2017 Q3 7 547 564 547 FY2017 Q4 8 545 562 545 FY2018 Q1 9 543 560 543 FY2018 Q2 10 541 558 541 563

FY2018 Q3 11 539 557 539 557 FY2018 Q4 12 537 556 537 557 FY2019 Q1 13 535 555 535 555 FY2019 Q2 14 532 553 532 553 FY2019 Q3 15 530 553 530 553 FY2019 Q4 16 518 553 530 553 FY2020 Q1 17

550 525 552

FY2020 Q2 18

546 520 552 FY2020 Q3 19

543 515 552

FY2020 Q4 20

539 508 552 FY2021 Q1 21

537 493 547

FY2021 Q2 22

532

547 FY2021 Q3 23

528

547

FY2021 Q4 24

524

546 FY2022 Q1 25

520

545

FY2022 Q2 26 1.1 517

542 FY2022 Q3 27

513

538

FY2022 Q4 28

511

533 FY2023 Q1 29

508

527

FY2023 Q2 30

506

521 FY2023 Q3 31

504

513

FY2023 Q4 32

503

503 FY2024 Q1 33

501

501

FY2024 Q2 34

498

499 FY2024 Q3 35

495

498

FY2024 Q4 36

493

495 FY2025 Q1 37

491

493

FY2025 Q2 38

489

490 FY2025 Q3 39

488

488

FY2025 Q4 40

485

486 FY2026 Q1 41

483

483

FY2026 Q2 42

480

482 FY2026 Q3 43

476

481

FY2026 Q4 44

469

481 FY2027 Q1 45

468

478

FY2027 Q2 46

469 604 604 FY2027 Q3 47

468 595 597

FY2027 Q4 48

590 590 FY2028 Q1 49

582 587

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Year Quarter Stress Period

Balama West (Stages/Schedule Pit

Floor mRL)

Balama East (Stages/Schedule Pit Floor

mamsl)

1 3 2 4 5 6 7 8

FY2028 Q2 50

576 586 FY2028 Q3 51

570 584

FY2028 Q4 52

565 582 FY2029 Q1 53

558 582

FY2029 Q2 54

553 582 FY2029 Q3 55

550 582

FY2029 Q4 56

546 582 FY2030 Q1 57

543 581

FY2030 Q2 58

538 581 FY2030 Q3 59

537 577

FY2030 Q4 60

536 574 FY2031 Q1 61

536 571

FY2031 Q2 62

535 569 FY2031 Q3 63

535 566

FY2031 Q4 64

527 566 FY2032 Q1 65

523 563

FY2032 Q2 66

560 FY2032 Q3 67

557

FY2032 Q4 68

554 588 583

FY2033 Q1 69

551 578 583

FY2033 Q2 70

549 577 578

FY2033 Q3 71

546 576 577

FY2033 Q4 72

544 576 577

FY2034 Q1 73

542 575 577

FY2034 Q2 74

540 574 577

FY2034 Q3 75

538 574 577

FY2034 Q4 76

536 574 575

FY2035 Q1 77

534 573 573

FY2035 Q2 78

532 573 573

FY2035 Q3 79

531 572 572

FY2035 Q4 80

529 572 572

FY2036 Q1 81

527 572 572

FY2036 Q2 82

525 572 572

FY2036 Q3 83

524 572 572

FY2036 Q4 84

522 572 572

FY2037 Q1 85

520 572 572

FY2037 Q2 86

519 572 572

FY2037 Q3 87

517 572 572

FY2037 Q4 88

516 572 572

FY2038 Q1 89

514 572 572

FY2038 Q2 90

512 572 572

FY2038 Q3 91

511 572 572

FY2038 Q4 92

509 572 572

FY2039 Q1 93

508 571 571

FY2039 Q2 94

506 571 571

FY2039 Q3 95

505 571 571

FY2039 Q4 96

503 571 571

FY2040 Q1 97

501 571 571

FY2040 Q2 98

499 571 571

FY2040 Q3 99

497 571 571

FY2040 Q4 100

495 571 571

FY2041 Q1 101

494 571 571

FY2041 Q2 102

492 570 570

FY2041 Q3 103

492 568 568

FY2041 Q4 104

491 567 568

FY2042 Q1 105

489 567 568

FY2042 Q2 106

487 567 568

FY2042 Q3 107

485 567 568

FY2042 Q4 108

482 567 568

FY2043 Q1 109

480 567 568

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Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia COA2029

77

Year Quarter Stress Period

Balama West (Stages/Schedule Pit

Floor mRL)

Balama East (Stages/Schedule Pit Floor

mamsl)

1 3 2 4 5 6 7 8

FY2043 Q2 110

478 567 567

FY2043 Q3 111

476 566 567

FY2043 Q4 112

473 566 567

FY2044 Q1 113

470 566 567

FY2044 Q2 114

470 565 565

FY2044 Q3 115

468 564 565

FY2044 Q4 116

562 563

FY2045 Q1 117

560 561

FY2045 Q2 118

559 559

FY2045 Q3 119

557 557

FY2045 Q4 120

555 555

FY2046 Q1 121

554 554

FY2046 Q2 122

551 553

FY2046 Q3 123

547 553

FY2046 Q4 124

546 550

FY2047 Q1 125

545 547

FY2047 Q2 126

545 545

FY2047 Q3 127

542 544

FY2047 Q4 128

541 542

FY2048 Q1 129

538 540

FY2048 Q2 130

536 539

FY2048 Q3 131

527 538

FY2048 Q4 132

519 536

FY2049 Q1 133

518 534

FY2049 Q2 134

532

FY2049 Q3 135

530

FY2049 Q4 136

528

FY2050 Q1 137

526

FY2050 Q2 138

524

FY2050 Q3 139

522

FY2050 Q4 140

521

FY2051 Q1 141

519

FY2051 Q2 142

517

FY2051 Q3 143

515

FY2051 Q4 144

513

FY2052 Q1 145

511

FY2052 Q2 146

509

FY2052 Q3 147

507

FY2052 Q4 148

505

FY2053 Q1 149

503

FY2053 Q2 150

502

FY2053 Q3 151

500

FY2053 Q4 152

498

FY2054 Q1 153

495

FY2054 Q2 154

493

FY2054 Q3 155

491

FY2054 Q4 156

489

FY2055 Q1 157

487

FY2055 Q2 158

484

FY2055 Q3 159

482

FY2055 Q4 160

479

FY2056 Q1 161

476

FY2056 Q2 162

474

FY2056 Q3 163

471

FY2056 Q4 164

468

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Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia COA2029

78

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Figura 31: Modelagem final para o poço Balama Oeste representado com células de drenagem (Período de pressão 47)

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Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia COA2029

80

Figura 32: Modelagem para o poço Balama Leste representado com células de drenagem (período de pressão 164)

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4.7 Simulação de Transporte de Massa Na maioria dos casos, o transporte de contaminantes é impulsionado por advecção, ou seja, o fluxo de águas subterrâneas é o principal mecanismo de controlar o movimento de solutos na água subterrânea. Advenção implica migração de contaminantes a uma velocidade semelhante à velocidade do fluxo das águas subterrâneas e na mesma direcção que o gradiente hidráulico. Portanto, o conhecimento dos padrões de fluxo das águas subterrâneas e parâmetros hidráulicos pode ser usado para estimar o transporte de soluto sob advecção. Outros parâmetros a serem considerados incluem dispersão, difusão, porosidade efetiva e o rendimento específico. Dispersão de contaminantes nas águas subterrâneas também é importante em termos de transporte de contaminantes. Transporte dispersivo é causada pela natureza tortuosa de poros ou aberturas de fractura que resultam em distribuições de velocidade de fluxo variável dentro de um aquífero e movimento dos contaminantes devido à diferença em gradiente de concentração. A dispersão tem dois componentes; dispersivities longitudinais e transversais. A dispersividade longitudinal depende da escala e é geralmente cerca de 10% da distância do curso da pluma (Fetter, 1993). A dispersividade transversal é aproximadamente 10% da dispersividade longitudinal. Quanto maior for a dispersividade, quanto menor for a concentração máxima do contaminante, como provoca uma dispersão da pluma de espalhamento sobre uma área maior. Considerando-se a distância de córregos e poços nas proximidades da proposta mina de Balama é estimado uma dispersividade longitudinal de 5 m. A percentagem de volume vazio que contribui para as águas subterrâneas fluxo é expressa pelo termo porosidade. Nem todos os poros estão interligados e, portanto, não podem igualmente contribuir para o fluxo de água subterrânea, levando à derivação da porosidade efetiva termo, usado para expressar o volume de vazios interconectados que contribui efetivamente para o fluxo de águas subterrâneas e de transporte, portanto, contaminante

Uma média de 30% de porosidade efetiva é assumido para o aqüífero resistido, e 10% para o aqüífero fraturado superior.

A instalação de armazenamento de rejeitos (TSF) e dois depósitos de baixo grau / resíduos de rocha vao ser parte da infraestrutura da mina.. A TSF, bem como os depósitos de resíduos de rocha serao forrados de argila.. Os residos de rocha assim a TSF foram utilizados como fontes de poluição durante a fase operacional. Para simular o revestimento de argila, uma recarga de 0,16% do MAP (10 por cento do aqüífero recarga natural do aqüífero) foi aplicado para as áreas de superfície da TSF e do WRD. O modelo também incorpora a linha do tempo, quando o WRD tornar-se ativo. O WRD de Balama Oeste e a TSF são ativos para toda a extensão das operações na mina e depois de encerradas. O WRD de Balama Leste só se torna ativo de período de pressão 47, quando começa a mineração em Balama Médio.

Supõe-se que quando a mineração encerrar em Balama Oeste, o poço final pode se tornar

uma fonte de poluição. Migração de Poluição do poço Balama Oeste foi simulado para um

período de pressão 47 enquanto Balama Leste estiver operacional. simulação da pluma de

Poluição após o fechamento incorporou transporte de massa de Balama Médio.

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Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia COA2029

82

Na TSF e DRT, um period de recarga de pluma foi simulado. Nos poços uma variação no

tempo, simulação de pluma com concentração especifica foi feito. Um valor inicial de 100 foi

atribuído a cada uma das fontes de poluição. Este valor representa 100% da concentração

inicial real para qualquer contaminante na fonte de poluição. Por conseguinte, o

desenvolvimento da pluma resultante mostra a concentração do elemento em percentagem

da concentração inicial. Por exemplo, a pluma deve mostrar um valor de 30% e um ponto de

tempo específico, e sabe-se que a concentração inicial foi de 1000 mg / L, pode ser

calculado que a concentração do elemento real no ponto de 300 mg / L.

O modelo de transporte de massa na fase operacional correu para 303 minutos (5 horas),

devido detalhes da fase do tempo incorporados no plano da mina. Os resultados do modelo

são apresentados e discutidos na Secção 5.

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Projecto de Grafite de Balam - Hidrogeologia COA2029

83

5 AVALIAÇÃO DE IMPACTO

5.1 Metodologia de Avaliação de Impacto

O processo de categorização de impacto foi concebido para fornecer uma classificação

numérica dos vários impactos ambientais identificados para as várias actividades do

projecto. O processo de classificação da significância segue a fórmula estabelecida de

avaliação de impacto/risco:

O peso alocado aos vários parâmetros para os impactos positivos e negativos na fórmula é

apresentado na Error! Reference source not found..

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Tabela 10: Classificação do Impacto

Classificação

Gravidade

Escala espacial Duração

Probabilidade

Gravidade Sociais, Culturais e Património

Legal

7

Impacto muito significativo sobre o meio ambiente. Danos irreparáveis sobre espécies, habitat ou ecossistema de alto valor. Dano grave persistente.

Danos irreparáveis para itens de alto valor de grande significado cultural ou colapso total da ordem social.

Potenciais penas de prisão para executivos e/ou multas muito altas para a empresa. Contencioso Prolongado, múltiplo. Retirada da licença/encerramento.

Internacional Permanente, Sem Mitigação

Certa/definitiva

6 Impacto significativo sobre espécies, habitat ou ecossistema de alto valor.

Danos irreparáveis em itens de alto valor cultural ou quebra da ordem social.

Multas e processos jurídicos muito significativos. Litígios Múltiplos.

Nacional Permanente Mitigado

Quase certo/Alta Probabilidade

5

Comprometimento ambiental muito sério e de longo prazo do funcionamento do ecossistema que pode levar vários anos para reabilitar

Impactos sociais muito sérios e generalizados. Danos irreparáveis para itens de grande valor.

Processos judiciais e multas significativas. Contencioso muito grave, incluindo acções de classe.

Província/Região Tempo de vida do projecto

Provável

4

Efeitos ambientais graves a médio prazo. O dano ambiental pode ser revertido em menos de um ano

Questões sociais graves em curso. Danos significativos às estruturas/itens de importância cultural.

Violação grave de regulação. Grandes litígios.

Área Municipal A longo prazo Provável

3

Efeitos moderados, de curto prazo, mas que não afectam as funções dos ecossistemas. Reabilitação requer a intervenção de especialistas externos e pode ser feita em menos de um mês.

Questões sociais em curso. Danos em itens de importância cultural.

Violação grave da legislação com investigação ou relatório à autoridade com possível processo judicial e/ou multa moderada.

Local Médio Prazo Pouco provável/baixa probabilidade

2

Efeitos menores no ambiente biológico ou físico. O dano ambiental pode ser reabilitado internamente com/sem a ajuda de consultores externos.

Impactos sociais menores de médio prazo sobre a população local. Principalmente reparável. Funções culturais e processos

Questões legais, não-conformidades e falhas de regulação menores

Limitada curto prazo Raro/Pouco provável

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85

não afectados.

1

Danos limitados à área mínima de pouca significância, (por exemplo, derrames pontuais dentro da área de planta). Não terão impacto sobre o meio ambiente.

Dano reparável às estruturas comuns de baixo nível

Questão jurídica de baixo nível. muito limitado imediato Altamente improvável/ Nenhuma

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Os impactos são qualificados antes a mitigação e, novamente, após análise da medida de

mitigação proposta no Programa de Gestão Ambiental (PGA). A significância de um impacto

é então determinada e categorizada em uma das quatro categorias, conforme indicado na

Tabela 12. A metodologia de avaliação de impacto é aplicada às quatro fases da mineração

(construção, operação de desmantelamento e encerramento) para as actividades de mineração identificadas.

Tabela 12: Significância dos limites dos valores de base

Pontuação

Descrição Avaliação

< 35

Um impacto aceitável cuja mitigação é desejável, mas não essencial. O impacto por si só é insuficiente, mesmo em combinação com outros impactos para baixar evitar que o projecto seja aprovado. Esses impactos resultarão tanto em efeitos positivos ou negativos de curto prazo sobre o ambiente social e/ou natural.

Insignificante

36 – 72

Um impacto importante, que requer mitigação. O impacto não é suficiente por si só para impedir a execução do projecto, mas que em conjunto com outros impactos podem impedir a sua execução. Esses impactos normalmente irão resultar num efeito positivo ou negativo de médio a longo-prazo no ambiente social e/ou natural.

Menor

73 – 108

Um impacto sério, se não mitigado, pode impedir a implementação do projecto (se for um impacto negativo). Esses impactos seriam considerados pela sociedade como constituindo uma mudança importante e, geralmente, a longo prazo ao meio ambiente (natural e/ou social) e resultar em efeitos graves ou efeitos benéficos.

Moderado

> 108

Um sério impacto, que se for negativo, poderá ser suficiente por si só para impedir a execução do projecto. O impacto pode resultar em mudança permanente. Muitas vezes, esses impactos não são mitigáveis e geralmente resultam em efeitos muito graves ou efeitos muito benéficos.

Maior

5.2 Avaliação de Impacto da Fase de Construção

5.2.1 Impacto da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina

As escavações iniciais não irão interceptar estruturas com caudais elevados de água

subterrânea. Portanto, espera-se que a escavação tenha um impacto insignificante na

drenagem dos aquíferos desgastados na proximidade imediata da área da cava, como

mostrado na Tabela 13.

Tabela 13: Avaliação de impacto durante a fase de construção, devido à drenagem de

mina

Parâmetro Pré-Mitigação de Impacto Parâmetro

Duração Curto prazo 2 Não Aplicável

Extensão Limitada 2

Gravidade Limitada 1

Probabilidade Raro 2

Significância Insignificante 10

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87

5.2.2 Mitigação da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina

Não são propostas medidas de mitigação pois é pouco provável que a escavação inicial

atravesse o lençol freático nas montanhas de Balama.

5.2.3 Impacto da Actividade 2: Contaminação da água da mina

Não se esperam influxos de águas subterrâneas na escavação inicial. A deterioração da

qualidade das águas subterrâneas devido ao aumento dos sólidos em suspensão e

oxidação de minerais durante a fase de construção é pouco provável, e o impacto é

avaliado como insignificante (Tabela 14).

Table 44: Impact assessment during construction phase due to contamination plume

Parametro Impacto Pre-Mitigaçao Impact Pos-Mitigaçao

Duraçao Curto prazo 2 Nao se aplica

Extençao Limitado 3

Severidade Limitado 1

Probabilidade Improvavel 3

Significancia Negligenciavel 18

5.3 Fase de Operação

5.3.1 Impacto da Actividade 1: Drenagem da Mina

A escavação das cavas da mina de Balama mudará a topografia, criando um cone de

depressão com um gradiente hidráulico em direcção à cava. Como resultado a água

subterrânea nas montanhas de Balama irá fluir para as cavas Oriental e Ocidental, em

resposta ao gradiente hidráulico.

Quando a água subterrânea flui em direcção a cava (durante a mineração) ela

inevitavelmente desidrata e reduz os níveis das águas subterrâneas na área circundante.

Com o desenvolvimento da cava, a zona de influência de cone de depressão da água

subterrânea migra e expande-se uma vez que o sistema de águas subterrâneas tenta

manter um estado de equilíbrio.

drenagem

O poço Balama Oeste está previsto iníciar interceptando o influxo de água subterrânea a partir do quarto trimestre de 2018, a uma taxa de 84 m3/d. A taxa de fluxo deverá aumentar para 2.275 m3/d para o final de 2019, quando a mineração na Fase 1 se aproxima da conclusão. No final da Fase 2 extracção (Q1 de 2021), a taxa de entrada é predita para ser 3440 m3 /d. Durante o primeiro trimestre de 2027, quando a mineração em Fase 3 se aproxima da conclusão, a taxa de fluxo deverá aumentar para 5443 m3/d. No final da extracção em Balama Oeste (Q3 de 2027), uma taxa de fluxo de 5065 m3/d é previsto.

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88

A partir do quarto trimestre de 2027, as taxas de fluxo de entrada no poço Balama Oeste estao previstas para cone abaixo após o desaparecimento de drenagem do poço. Um lago irá desenvolver em Balama Oeste Pit enquanto as operações de mineração ativos continuar em Balama Leste Pit. Influxos para Balama Oeste pit estão previstas para reduzir gradualmente a 124 m3 / d até que as operações terminam em Balama Médio.

.

O poço Balama Leste está previsto para começar a interceptar as águas subterrâneas começando a partir do quarto trimestre de 2030, a uma velocidade inicial de 58 m3/d. A taxa de fluxo deverá aumentar para 1.375 m3 /d quando a fase 5 da mineração atinge o seu pico (Q1 de 2032). As taxas de influxo deverão aumentar para 3929 m3/d, no final da Fase 6 extracção (Q3 de 2044). No terceiro trimestre de 2049, quando a mineração no Stage 7 se aproxima da conclusão, as taxas de vazões estão previstas para diminuir a 2.862 m3 / d. No final da extracção em Balama Leste (Q4 2056), as taxas de influxo são previsíveis a subir para 4706 m3 /d.

Tabela 14: Taxas de influxo de água subterrânea estimadas

Ano trimestre Period de pressão

Taxa de Afluxo de água Balama Oeste

(m3/d)

Taxa de Afluxo de água Balama Este

(m3/d)

FY2016 Q1 1 0 0

FY2016 Q2 2 0 0

FY2016 Q3 3 0 0

FY2016 Q4 4 0 0

FY2017 Q1 5 0 0

FY2017 Q2 6 0 0

FY2017 Q3 7 0 0

FY2017 Q4 8 0 0

FY2018 Q1 9 0 0

FY2018 Q2 10 0 0

FY2018 Q3 11 0 0

FY2018 Q4 12 84 0

FY2019 Q1 13 1102 0

FY2019 Q2 14 2542 0

FY2019 Q3 15 2495 0

FY2019 Q4 16 2275 0

FY2020 Q1 17 3005 0

FY2020 Q2 18 2816 0

FY2020 Q3 19 3141 0

FY2020 Q4 20 3001 0

FY2021 Q1 21 3440 0

FY2021 Q2 22 2751 0

FY2021 Q3 23 3143 0

FY2021 Q4 24 4185 0

FY2022 Q1 25 4939 0

FY2022 Q2 26 4397 0

FY2022 Q3 27 5378 0

FY2022 Q4 28 4601 0

FY2023 Q1 29 4493 0

FY2023 Q2 30 4319 0

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Ano trimestre Period de pressão

Taxa de Afluxo de água Balama Oeste

(m3/d)

Taxa de Afluxo de água Balama Este

(m3/d)

FY2023 Q3 31 4968 0

FY2023 Q4 32 5570 0

FY2024 Q1 33 5464 0

FY2024 Q2 34 5199 0

FY2024 Q3 35 5271 0

FY2024 Q4 36 5483 0

FY2025 Q1 37 5552 0

FY2025 Q2 38 5341 0

FY2025 Q3 39 4971 0

FY2025 Q4 40 5628 0

FY2026 Q1 41 5893 0

FY2026 Q2 42 6014 0

FY2026 Q3 43 5872 0

FY2026 Q4 44 5718 0

FY2027 Q1 45 5433 0

FY2027 Q2 46 5625 0

FY2027 Q3 47 5065 0

FY2027 Q4 48 3826 0

FY2028 Q1 49 3349 0

FY2028 Q2 50 2903 0

FY2028 Q3 51 2529 0

FY2028 Q4 52 2224 0

FY2029 Q1 53 1976 0

FY2029 Q2 54 1772 0

FY2029 Q3 55 1603 0

FY2029 Q4 56 1462 0

FY2030 Q1 57 1342 0

FY2030 Q2 58 1239 0

FY2030 Q3 59 1149 0

FY2030 Q4 60 1070 58

FY2031 Q1 61 1000 35

FY2031 Q2 62 938 165

FY2031 Q3 63 882 98

FY2031 Q4 64 832 1556

FY2032 Q1 65 787 1375

FY2032 Q2 66 746 1010

FY2032 Q3 67 708 885

FY2032 Q4 68 673 811

FY2033 Q1 69 641 759

FY2033 Q2 70 612 720

FY2033 Q3 71 585 690

FY2033 Q4 72 560 665

FY2034 Q1 73 536 644

FY2034 Q2 74 514 626

FY2034 Q3 75 494 610

vFY2034 Q4 76 475 603

FY2035 Q1 77 457 796

FY2035 Q2 78 440 1087

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90

Ano trimestre Period de pressão

Taxa de Afluxo de água Balama Oeste

(m3/d)

Taxa de Afluxo de água Balama Este

(m3/d)

FY2035 Q3 79 425 1058

FY2035 Q4 80 410 1310

FY2036 Q1 81 396 1671

FY2036 Q2 82 383 2168

FY2036 Q3 83 371 1905

FY2036 Q4 84 359 2742

FY2037 Q1 85 348 2562

FY2037 Q2 86 338 2132

FY2037 Q3 87 328 2840

FY2037 Q4 88 319 2429

FY2038 Q1 89 310 3116

FY2038 Q2 90 302 3343

FY2038 Q3 91 294 2854

FY2038 Q4 92 286 3082

FY2039 Q1 93 279 2692

FY2039 Q2 94 272 3259

FY2039 Q3 95 265 2896

FY2039 Q4 96 259 3503

FY2040 Q1 97 253 3714

FY2040 Q2 98 247 3441

FY2040 Q3 99 241 3477

FY2040 Q4 100 236 3638

FY2041 Q1 101 231 3320

FY2041 Q2 102 226 3841

FY2041 Q3 103 222 2994

FY2041 Q4 104 217 3339

FY2042 Q1 105 213 3522

FY2042 Q2 106 209 3604

FY2042 Q3 107 205 3759

FY2042 Q4 108 201 4379

FY2043 Q1 109 198 3861

FY2043 Q2 110 194 3827

FY2043 Q3 111 191 3909

FY2043 Q4 112 188 4392

FY2044 Q1 113 185 4241

FY2044 Q2 114 182 3558

FY2044 Q3 115 180 3929

FY2044 Q4 116 177 3473

FY2045 Q1 117 175 3358

FY2045 Q2 118 173 3283

FY2045 Q3 119 171 3222

FY2045 Q4 120 169 3171

FY2046 Q1 121 167 3126

FY2046 Q2 122 165 3085

FY2046 Q3 123 163 3049

FY2046 Q4 124 161 3015

FY2047 Q1 125 160 2984

FY2047 Q2 126 158 2956

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91

Ano trimestre Period de pressão

Taxa de Afluxo de água Balama Oeste

(m3/d)

Taxa de Afluxo de água Balama Este

(m3/d)

FY2047 Q3 127 157 2928

FY2047 Q4 128 155 2903

FY2048 Q1 129 153 2879

FY2048 Q2 130 152 2856

FY2048 Q3 131 151 2835

FY2048 Q4 132 149 2974

FY2049 Q1 133 148 2944

FY2049 Q2 134 147 2896

FY2049 Q3 135 146 2862

FY2049 Q4 136 144 2832

FY2050 Q1 137 143 2806

FY2050 Q2 138 142 2841

FY2050 Q3 139 141 2925

FY2050 Q4 140 140 2926

FY2051 Q1 141 139 3069

FY2051 Q2 142 138 3039

FY2051 Q3 143 137 3207

FY2051 Q4 144 137 3346

FY2052 Q1 145 136 3454

FY2052 Q2 146 135 3420

FY2052 Q3 147 134 3506

FY2052 Q4 148 133 3631

FY2053 Q1 149 133 3755

FY2053 Q2 150 132 3601

FY2053 Q3 151 131 3674

FY2053 Q4 152 130 3768

FY2054 Q1 153 130 4173

FY2054 Q2 154 129 4120

FY2054 Q3 155 128 4168

FY2054 Q4 156 128 4069

FY2055 Q1 157 127 4073

FY2055 Q2 158 127 4443

FY2055 Q3 159 126 4328

FY2055 Q4 160 126 4431

FY2056 Q1 161 125 4605

FY2056 Q2 162 125 4484

FY2056 Q3 163 124 4891

FY2056 Q4 164 124 4706

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Figura 33: Previsão de taxas de influxo de água subterrânea

A remoção de água da Mina é fundamental para manter os poços secos para condições

seguras de trabalho. As consequências da remoção de água são conceptualmente as

mesmas que aquelas causadas por bombagem das águas subterrâneas para outros fins e

podem, por conseguinte, em geral, ser analisadas de uma maneira análoga. Os princípios

básicos de Theis (1940) mostram claramente que a abstracção de qualquer aquífero

acabará por ser acompanhada por alguma combinação das três respostas seguintes:

■ Diminuição do volume das águas subterrâneas no armazenamento natural;

■ Aumento na taxa de influxo de águas subterrâneas; e

■ Diminuição da taxa de descarga de água subterrânea natural.

A peculiaridade dos sistemas de remoção de água da mina está na maximização deliberada

da primeira dessas três respostas , que manifesta principalmente na redução do lençol

freático. A diminuição do lençol freático na vizinhança do furo/fonte de abastecimento água,

como resultado da drenagem drenagem da mina pode levar a um aumento da altura de

bombeamento (e, por conseguinte, custos de bombagem), se não houver secagem

completa de furos e uma diminuição no rendimento de furo ou de fluxo.

Os cones de drenagem drenagem nos aquíferos desgastado e fracturado superior no final

da operação são para ambos os cenários de mineração e são mostrados a partir do Plano

7. O cone de descarga para o fim das operaçoes é dapresentada nos Planos de 7 e 8 .no

processo de drenagem é pouco provável que haja reduçãor nos níveis de água nos poços

que forneçem água as aldeias de Mualipe e Pirira HB1, Pirira BH2 e Pirira BH3, nao se

Prevê impactos nestes poços devido as actividades de descarga da mina.para o rio Mualipe

tambvem nao se Prevê aque seje impactado pelo processo de drenagem da mina.

Espera se que a zona de influência no tenha uma extenção de 1.3 km na direção nordeste-

sudoeste apartir do poço central. Assim, os poços de abastecimento de água do

acampamento (Acampamento BH1 e acampamento BH2) também não se Prevê que sejam

impactados. pela drenagem de mina. O nível da água no poço de monitoramento BBH2

Prevê-se que reduza r até um máximo de 10 m durante a mineração em Balama Oeste.

Para o poço BBH3 não está previsto que seje afetado; como tal, pode ser usado como um

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poço de monitoramento de alerta precoce para os poços de abastecimento de água em

Mualipue quando a mina estiver operacional em Balama Oeste.

A zona de influência no final das operações de mineração em Balama Este está previsto

que consista da combinação do cone de rebaixamento devido ao enchimento de poço em

Balama Oeste e pelo cone devido a drenagem em Balama Este.

Os níveis de água nos poços Pirira BH2 e Pirira BH3 estão previstos que reduzam por 2 e 1

m respectivamente durante o ultimo trimestre de 2056.

Para os níveis de água nos acampamentos BH1 e BH2 Prevê-se um decreescimo de 3 m,

enquanto que para BBH3 está previsto um decrescimo de 2 m. Para os poços Pirira

BH1, fontenario de Mualia e BBH6 não se Prevê que sejam afectados. Para o nível

de água no poço BBH2 prevê-se recuperação de 4 m, enquanto que o poço Balama

Oeste estará 7 m abaixo dos níveis de água pré-mineração. A significância

ambiental da drenagem de mina é classificado como menor (Tabela 16).

Tabela 16: Avaliação de

impacto durante a fase

de operação devido à

drenagem da

minaParametro

Impacot Pre-Mitigação Impacto Pos-

Mitigação

Duração Vida do

projecto

5 Vida do projecto 5

Extenção Local 3 Local 3

Severidade Severo 4 Moderado 3

Probabilidade Provavel 5 provavel 3

Significancia baixa 60 Negligenciavel 33

5.3.2Mitigação da Actividade 1: Drenagem Drenagem da mina

■ A mina irá providenciar uma qualidade de água igual / melhor às comunidades

afectadas que dependem da águas subterrânea no meio receptor, caso a

monitorização comprove que existe impacto para utilizadores específicos;

■ A monitorização dos níveis e da qualidade de água subterrânea através de uma rede

de monitorização melhorada e actualizada numa base contínua deve ser

monitorização baseada nos resultados obtidos. Uma vez que a fase de operação irá

ocorrer durante um período de tempo prolongado quando comparado com a fase de

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construção, serão necessários mais furos de monitorização. A localiza ção dos furos

de monitoria esta ilustrada na tabela 13; e

com a implementação dos planos de mitigação acima mencionados, o impactp

da drenagem sera baixo a negligenciavel. (Tabela 16).

.

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Plano 7: previsão de drenagem do cone no final da mineração do poço Balama Oeste

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Plano 8: previsão de drenagem do cone no final da mineração do poço Balama Este

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5.3.3 Impacto da Actividade 2: Contaminação da água da mina

As infra-estruturas da mina de Balama incluirão instalações de armazenamento de estéreis

(na sigla correspondente em Inglês – Tailings Storage Facility – TSF) e um depósito de

resíduos rochosos / resíduos de baixa qualidade. A função das TSF é o armazenamento

seguro e a longo prazo de resíduos derivados dos processos com um impacto ambiental ou

social mínimo. As TSF, bem como os depósitos de resíduos rochosos serão revestidos com

argila.

determinou-se existir um potencial moderado para a formação de drenagem ácida da mina

(DAM) no depósitos de resíduos rochosos e na TSF devido ao elevado conteudo de enxofre

e grande potencialde geração de de ácido. Como resultado da AMD, existe a possibilidade

de existencia de infilçtração água com um teor baixo de pH, contendo concentrações

elevadas de Al, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U nos aquíferos que estão localizados

por baixo destas instalações durante a fase de operação.Os impactos da qualidade de água

serão, contudo, reduzidos devido à construção de um revestimento de argila por baixo das

TSF e dos depósito de resíduos.

Conforme apresentado nos Planos 9 e 10, os resultados da migração da pluma ilustram que

os contaminantes das TSF e dos depósitos de resíduos rochosos is são pouco provaveis a

infiltrar para no aquífero que se encontra por baixo destas instalações. No entanto, caso

ocorra infiltração, menos de 1% da concentração inicial ira atingir o aquifero inferior. Deste

ponto, a migração da pluma no aquifero abaixo da WRD e as TSFl será negligenciavel.

No poço Balama Oeste, a pluma será restrita à área do poço, porque a direção do fluxo

dominante ficará proximo ao poço a medida que o poço se enche de água. Finalmente,

preve se que nguinte o impacto enhum furo de abastecimento de água sofra impacto devido

à infiltração de metais ou de DAM e, portanto, o impacto foi classificado como

negligenciavel. (Tabela 17).para o impacto devido

Tabela 17: Avaliação de impacto durante a fase de operação devido à contaminação

da pluma

Parametro Impacto Pre-Mitigação Impacto Post-Mitigação

Duração Vida do

Projecto

5 Vida do Projecto 5

Extenção Limitedo 2 Muito limitado 1

Severidade Menor 2 Limitado 1

Probabilidade baixa 3 Baixa 3

Significancia Negligenciave

l

27 Negligenciavel 21

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5.3.4 Mitigação da Actividade 2: Contaminação da água da mina

■ Deve ser evitada a captação de água em poços que estão próximo das obras da

mina de forma que os contaminantes não migrem para longe da mina, em direcção

aos furos de captação;

■ A mina deve fornecer água com uma qualidade igual/melhor às comunidades

afectadas que dependem da água subterrânea no meio receptor, caso seja

comprovado que existe impacto sobre utilizadores específicos. A qualidade da água

de referência extraída de poços particulares e em Balama e áreas circundantes deve

ser usada para comparações futuras a fim de se avaliar se a mina proposta tem

impacto sobre a água subterrânea;

■ As TSF e o depósito de resíduos rochosos devem ser revestidos de forma a

reduzirem a infiltração de forma significativa;

■ Construir canais de desvio e lagoas de sedimentação em redor e a jusante do

depósito de resíduos rochosos e das TSF a fim de desviar as águas pluviais e o

escoamento;

■ Perfurar furos de intercepção de infiltração a jusante das TSF para interceptar e

captar qualquer possível infiltração que possa entrar no sistema de água

subterrânea. A água contaminada captada deve ser extraída por bomba e devolvida

para as TSF;

■ Fazer a monitorização da qualidade e dos níveis de água num sentido ascendente e

descendente do declive das TSF, do depósito de rochas residuais e em particular

num sentido descendente do gradiente do local da mina.

■ Efectuar o melhoramento e modernização da rede de monitorização.

■ A fase operacional terá lugar durante um período de tempo prolongado em

comparação com a fase de construção e devem ser estabelecidos mais furos de

monitorização. As posições dos poços de monitorização encontram-se ilustrados no

Error! Reference source not found.;

■ Os modelos conceptuais e numéricos devem ser actualizados de seis em seis

meses, nos primeiros quatro anos e, após esse período, de cinco em cinco anos

com base nos resultados de monitorização da água subterrânea;

■ Consultores ambientais independentes devem realizar auditorias anuais dos

sistemas de monitorização e de gestão;

■ Fazer o planeamento da mina de forma a alcançar minério oxidado com baixo teor

de enxofre;

■ A mina irá fornecer água com uma qualidade igual/melhor aos sistemas,

fornecimento este que será efectuado por consultores ambientais independentes.

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Plano 9: Pluma de contaminação prevista no final das operações em Balama Este

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Plano 12: Pluma de contaminação prevista no final das operações

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3.5 Impacto da Actividade 3: Derrame de hidrocarbonetos

Solventes orgânicos, gasóleo ou outros fluidos orgânicos podem ser derramados ou vazar

de tanques de armazenamento durante a operação da mina. Isso poderia ter um impacto

negativo sobre a qualidade da água subterrânea. Como o lençol freático de Balama é

bastante estreito, é possível que os compostos orgânicos derramados possam atingir o

lençol das águas subterrâneas. Ao contrário da fase de construção, isto poderia ocorrer

durante um longo período de tempo e pode ter o potencial de causar impacto no ambiente;

classificado como Menor (Tabela 18)

Tabela 18: Avaliação de impacto na fase operacional devido a derrames de

hidrocarbonetos

Parametro Impacto Pre-Mitigação Impacto Post-Mitigação

Duração Vida do projecto 5 Vida do projecto 5

Extenção Local 3 Limitado 2

Severidade Moderado 3 Menor 2

Probabilidade Probabilidade 4 Improvavel 3

Significancia Baixa 44 Negligenciavel 27

5.3.6 Mitigação da Actividade 3: Derrame de Hidrocarbonetos

■ Armazenar o diesel e os hidrocarbonetos em áreas de armazenamento

adequadamente desenhadas e impermeabilizadas de tal forma que caso ocorra

alguma fuga esta seria contida nos recipientes de armazenamento;

■ Manusear o diesel e outros produtos químicos com cuidado de forma a evitar

derrames;

■ Caso tenha sido derramada acidentalmente uma quantidade considerável de fluido,

o solo contaminado deve ser removido e eliminado depositando num aterro sanitário

apropriado e a escavação deve ser reenchida com terra de boa qualidade; e

■ Fazer a monitorização tanto do nível como da qualidade de água subterrânea a fim

de detectar quaisquer mudanças na água durante a fase de construção e de

operações de monitorização. A posição dos poços de monitoramento estao

ilustrados no plano 13; e

Com a aplicação dos planos de mitigação acima mencionados, o impacto dos

derrames de hidrocarbonetos pode ser reduzido para Negligenciável (Tabela 18).

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103

5.4 Fase de Encerramento

5.4.1 Impacto da Actividade 1: Contaminação da água da mina

Os níveis freáticos irão se recuperar durante a fase de desactivação e pós-encerramento,

devido à cessação da drenagem drenagem da mina (Figura 34). Isto levará ao

restabelecimento de níveis de águas subterrâneas, direcções de fluxo e gradientes de fluxo

perto dos níveis pré-mineração e a água irá acumular nos poços. Irão se desenvolver

lagoas de poços. Os níveis das águas subterrâneas irão inicialmente recuperar a um ritmo

mais rápido, devido a gradientes de fluxo mais elevado e o nível no poço vai subir

rapidamente durante os anos seguintes de cessação da drenagem devido à forma da

concha do poço. Este irá depois estabilizar em torno de 533-536 mamsl (Plano

11).fracturado.

Partindo do princípio de que o revestimento de argila debaixo do WRD e da TSF será

eficaz, a migração de contaminantes dessas instalações para o aqüífero será muito limitado,

a semelhança da fase operacional.

O resultado da migração da pluma (Plano 12) mostram que contaminantes dos poços irão

migrar preferencialmente na direcção sudoeste proximo a aldeia de Mualia. No entanto, não

se espera concentrações acima de 1% da fonte inicial atinjam Maulia, e a significancia do

impacto é classificado como Menor.Não se prevê que a TSF e a WRD representem

qualquer ameaça importante para na fase pós-encerramento uma vez que esta será

revestida de argila.

Figura 34: Recuperação de águas subterrâneas prevista após o encerramento da

mina

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Tabela 19: Avaliação de impacto após o encerramento devido a pluma de

contaminação da mina

Parametro Impacto Pre-Mitigação Impacto Post-Mitigação

Duração Permanente 6 Permanente 6

Extenção Local 3 Limitado 2

Severidade Moderado 3 Moderado 3

Probabilidade Probavel 4 Improvavel 3

Significancia Menor 48 Negligenciavel 33

5.4.2 Mitigação da Actividade 1: Contaminação das águas da mina

Todos os métodos de mitigação propostos durante a fase de operação são

aplicáveis à fase de desactivação;

Visto que é inevitável a ocorrencia de oxidação significativa de sulfetos na fase pós

encerramento em Balama, o maior custo efetivo de controle sera revestimento de

argila abaixo do WRD, com drenos de corte que conduzem a uma ensacadeira;

O estabelecimento de uma zona de terras húmidas permanente nas TSF pode ser

usado como uma cobertura eficaz para o ambiente pós-desactivação. Logo que o

oxigénio disponível na água é consumido, o nível de reacção é reduzido e a taxa de

substituição de oxigénio será relativamente lenta. A resultante redução na

disponibilidade de oxigénio constitui o inibidor mais eficaz para a oxidação de

sulfureto;

Durante a desactivação da mina os poços serão deixados para inundar, resultando em uma

lagoa do poço que irá processar os materiais reativos quimicamente inertes, diminuindo o

oxigênio disponível; eA monitorização da água deve continuar após o encerramento, como

mostrado no Plano 13.

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Plano 11: Cabeças hidráulicas 100 anos após encerramento

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Plano 12: Pluma de contaminação prevista no aquífero desgastado 100 anos após encerramento

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5.4.3 Impacto da Actividade 2: Decantação da Mina

A Decantação ocorre quando um vazio na mina é preencenchido por água subterrânea a

uma altutude tal que as águas subterrâneas descarregão sobre a superfície. Numa

mineração a céu aberto, a decantação na superfície ocorrerá na zona inferior da elevação

que está localizada no entorno da área minerada. A mais baixa altitude em que o poço

Balama Oeste intercepta a superfície é 548 mamsl. Em Balama Este, a elevação da

decantação é de 545 mamsl.

Os modelos de decantação mostram que é pouco provavel que a mina decante, visto que

os niveis de água no poço irao persistir entre 533 and 536 mamsl, 100 anos apos o

encerramento visto que nao se pre a decantação dos poços,

Só no caso de excesso de chuvas e do escoamento das águas de superfície da área

circundante inunda as pitpits para sua elevação decant que decantar iria ocorrer. No

momento em que o menor elevação do shell pit não é conhecida, como compensação site

irá alterar elevações ao redor do poço. Devido a esta incerteza, o impacto potencial devido

à decantação foi avaliado

A decantação pode ocorrer somente se chuvas excessivas e do escoamento das águas

superficiais da área inundassem a aquela altitude . evido a esta incerteza, o impacto

potencial devido à decantação foi classificado como Menor

Tabela 20: Avaliação de impacto após o encerramento devido à decantação da mina

Parametro Impacto Pre-Mitigação Impacto Pos-Mitigação

Duração Permanente 6 Vida do projecto 5

Extenção Local 3 Local 3

Severidade Muito severo 5 Moderado 3

Probabilidade Provavel 5 Improvavel 3

Significancia Menor 70 Negligenciavel 33

5.4.4 Mitigação da Actividade 2: Decantação da Mina

Caso a decantação ocorra, então devem ser considerados planos de tratamento passivo ou

active antes do fluxo da decantação se juntar aos riachos. Com a implementação dessas

medidas de mitigação preventivas, os impactos ambientais de quaisquer potenciais

decantações (caso ocorram) pode ser reduzidos para Insignificantes.

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6 PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO

O monitorização das águas subterrâneas tem de continuar durante todas as fases da

operação da mina para identificar o impacto nos recursos de águas subterrâneas ao longo

do tempo, e medidas efectivas podem ser tomadas em um estágio inicial antes de sérios

danos ao meio ambiente ocorrerem.

6.1 Furos de Monitorização Propostos

Os principais objectivos no posicionamento dos poços de monitorização são:

■ Monitorar o movimento das águas subterrâneas poluídas migrando para longe das

potenciais fontes de contaminação, tais como a TSF, o depósito de resíduos

rochosos e área da mina em geral;

■ Monitorar o rebaixamento do lençol freático e do raio de influência; e

■ Monitorar as taxas subterrâneas de recuperação e possibilidade de decantação pós

de fechamento.

Seis conjuntos de furos de monitorização são recomendados em torno da TSF com base

nos resultados numéricos de modelação. Cada conjunto é recomendado para conter:

■ Um furo perfurado até uma profundidade máxima de 40 mbgl para monitorar o nível

e a qualidade da água no aquífero desgastado; e

■ Um furo profundo perfurado entre 60 e 70 m para monitorar as condições de água

subterrânea no aquífero fracturado superior.

Recomenda se um furo de monitoria entre cada deposito de residuo de rocha e o poço. Os

seis furos de percussão perfurados com sucesso durante este estudo foram principalmente

para caracterização do aquífero e foram devidamente construídos para monitorização de

longo prazo. todos seis furos de percussão são recomendados para monitorização de longo

prazo, conforme listado na Tabela 21. No total, 22 pontos de monitorização são

recomendados para o proposto programa de monitorização das águas subterrâneas em

Balama como descrito no Plano 13.

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Tabela 21: Lista de furos de monitorização propostos

BHID Coordenada X

Coordenada Y

Finalidade

BGW1a and b 464022 8529428 Canto sudeste da TSF

BGW2a and b 463411 8529189 Canto sudoeste da TSF

BGW3a and b 462889 8529856 Oeste da TSF

BGW4a and b 462455 8530844 Canto norte ocidental da TSF

BGW5a and b 463116 8531177 Canto nordeste da TSF

BGW6a and b 463682 8530309 Leste da TSF

BGW7a and b 462431 8527315 Central norte do depósito de resíduos rochosos

BGW8a and b 462393 8526730 Sudoeste entre o depósito de resíduos rochosos e poço

BGW9 462512 8525366 Migração da pluma no aquífero fracturado em direcção a Maulia após o encerramento

BGW10 464451 8526382 Cone de drenagem no aquífero desgastado e fracturado na zona de influência em forma de L

BGW11 461924 8523897 Qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem no aquífero fracturado no sentido do Rio Namitucu

BGW12 459418 8524831 Qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem no aquífero fracturado através do rio Mualipue na em Malipue

BGW13 458930 8527358 Qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem no aquífero fracturado atravessando o rio Mualipue no noroeste de Malipue

BGW14 460799 8527826 Qualidade das águas subterrâneas e de cone de drenagem no aquífero desgastado e fracturado a norte do poço oeste de Balama em direcção a Ntete

BGW15 465322 8529354 Qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem no fracturado para Nquide

BBH1 462268 8526326 Qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem no poço Oeste de Balama

BBH2 461651 8525777 Qualidade das águas subterrâneas e cone de drenagem a sul do poço Oeste de Balama

BBH3 460636 8525609 Alteração nos níveis de qualidade de água e de águas subterrâneas a partir da linha de base em Mualipue

BBH6 463380 8524767 Alteração nos níveis de qualidade de água e de águas subterrâneas a partir da linha de base em Maulia

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Plano 20: Posição dos poços de monitorização propostos

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6.2 Nível de Água

Níveis de águas subterrâneas devem ser registados em uma base mensal usando uma fita

de contacto ou transdutor de pressão eléctrica, para detectar quaisquer alterações ou

tendências no sentido do fluxo da água subterrânea.

6.3 Amostragem da água e Preservação

Quando se fizer a amostragem são propostos os seguintes procedimentos:

■ Garrafas de plástico com tampa 1 (um) litro são necessárias para os exercícios de

amostragem - fornecidos pelo laboratório de água;

■ As garrafas de vidro são necessárias se constituintes orgânicos tiverem que ser

testados; e

■ Os frascos devem ser marcados claramente com o nome de poço, data da

amostragem, profundidade de amostragem e o nome do amostrador e submetidos a

um laboratório reputado.

6.4 Frequência de Amostragem

A água subterrânea é um meio de movimento lento e mudanças drásticas na composição

das águas subterrâneas não são normalmente encontradas dentro de dias. Devido à

proximidade dos poços de abastecimento de água e riachos à mina proposta, o

monitorização deve ser realizado trimestralmente. As amostras de águas subterrâneas

devem ser colectadas por um consultor independente, utilizando as directrizes de melhores

práticas e devem ser analisadas por um laboratório reputado.

Sugere-se que sejam recolhidas amostras trimestrais, incluindo dois anos pós

encerramento e com base nos resultados que podem ser ajustados em conformidade. O

monitorização deve continuar até que uma situação sustentável seja alcançada.

6.5 Parâmetros a serem monitorizados

São recomendadas análises dos seguintes constituintes para os primeiros anos até que se

demonstre que alguns elementos não terão mudado. O número e a selecção de parâmetros

devem ser revistos anualmente para optimizar o programa de monitorização:

■ EC, pH, TDS;

■ Análise Macro ou seja, Ca, Mg, Na, K, SO4, NO3, F, Cl;

■ Metais pesados, Al, Co, Cr, Zn, Cd, Cu, Fe, Ni, V, Mn; e

■ Radioactividade isto é U, Se, Sr e Rb.

6.6 Armazenamento de Dados

Em qualquer projecto, boas decisões hidrogeológicas requerem boa informação

desenvolvida a partir de dados brutos. A produção de boa informação, relevante e oportuna

é a chave para alcançar planos qualificados a longo prazo e curto prazo. Para a

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minimização da contaminação das águas subterrâneas é necessário utilizar todos os dados

relevantes de água subterrânea.

A geração e colecta de dados é muito cara, pois requer investigações hidrogeológicas

intensivas e, portanto, tem de ser gerida numa base de dados centralizada que os fundos

possam ser utilizados da forma mais eficiente. A Digby Wells elaborou um banco de dados

de formato “WISH” durante o curso do inquérito. É altamente recomendável que a Syrah

Resources utilize esse banco de dados e continuamente actualize e efectue a gestão à

medida que novos dados estiverem disponíveis.

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7 CONCLUSÕES

7.1 Condições Actuais das Águas Subterrâneas

As condições iniciais foram investigadas após um estudo de gabinete, hidrocenso,

levantamento geofísico, perfuração de percussão, teste de aquífero, contabilidade ácido-

base e modelação numérica.

7.1.1 Geologia e Hidrologia do Local

A geologia local específica compreende os Complexos Xixano, grafitico pelítico e xistos

psamito com uma grande intrusão granítica no nordeste. A séria de montanhas orienta-se

na direcção nordeste-sudoeste praticamente em linha com a direcção de folheação de xisto.

As montanhas de Balama fazem parte da gama de montanhas do Monte Nassilala que são

nascentes dos sistemas fluviais locais na área do projecto. Descarga de água subterrânea

da encosta suporta fluxos de base perenes em fluxos originários do intervalo. O Rio

Mualipue drena a área de estudo para o oeste e se junta ao noroeste caudaloso do Rio

Naconha no sul.

A ocorrência de águas subterrâneas na área do projecto está associada a xistos grafiticos

desgastados e fracturados, granitos e pegmatitos. O aquífero associado com a rocha

meteorizada varia de espessura em toda a área, mas pode se estender a profundidades de

aproximadamente de 40 mbgl. Cinquenta e um por cento das fracturas na área de estudo

ocorrem nos 60 m superiores da sucessão geológica. Até 27% das fracturas ocorrem entre

140 e 180 mbgl. No entanto a maior parte das fracturas mais profundas não estão

meteorizadas. As fracturas nos 60 m superiores são na sua maioria moderada a altamente

meteorizadas. Portanto a fractura é relativamente comum a 20 m superiores do aquífero

fracturado e o fluxo de águas subterrâneas é bem interligado. A grande profundidade, as

águas subterrâneas podem estar associadas com água em fracturas individuais.

Todas as quedas de água principais interceptadas durante a perfuração tinham entre 40 e

60 mbgl. As principais quedas de água tiveram rendimentos entre 0,78 e 9 L / s. Para além

da uma cavidade da falha em Balama Leste, todos os principais feixes de água de água

foram associados com fracturas intrusivas em zonas de contacto. Níveis das águas

subterrâneas na área de abrangência do projecto entre 2 mbgl em Pirrira BH3 (Balama

Oeste) a 33 mbgl em BH8 (Balama Leste ). A análise de pressão hidráulica e testes dos

aquíferos mostram que o Rio Mualipue a recarrega o sistema do aquífero fracturado. O

sistema do aquífero desgastado é recarregado directamente da chuva. Um valor de

transmissibilidade (T-value) de 7,7 m2/d é estimado para o sistema do aquífero fracturado

no furo BBH3. Os rendimentos relativamente elevados de granitos fracturados em Maulia

têm um valor-T entre 5 e 6 m2/d como analisado a partir do BBH6.

7.1.2 Utilização das Águas Subterrâneas

Um total de dez furos de sondagem foram pesquisados durante o hidrocenso:

■ Há dois furos de abastecimento de água no acampamento de Balama; Acampamento

BH1 e Acampamento BH2;

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114

■ Furos BM-DD-001, BM-DD-005, 003 e BMRC 005 (Balama Oeste) são furos de

prospecção antigos;

■ Furos de Pirira BH1, Pirira BH3, e Maulia BH1, estão equipados com bombas

manuais. A bomba de mão BH1 de Maulia não está mais em uso. Pirira BH1 e Pirira

BH3 são usadas pelos moradores para o abastecimento de água para uso doméstico;

e

■ Pirira BH2 é um furo perfurado recentemente. Será usado para aumentar o

abastecimento de água de Balama.

7.1.3 Qualidade de Base das Águas Subterrâneas

Foram amostrados onze furos para avaliação inicial e comparados com as directrizes de

água potável da OMS. Os resultados indicaram o seguinte:

■ As águas subterrâneas de furos de abastecimento de água de Pirira BH2 e Pirira BH3

não são classificadas como próprias para consumo devido as valores elevados de

Cálcio, Sódio, Cloro e TDS;

■ Potenciais reacções de oxidação da rocha hospedeira e do corpo de minério podem

ter aumentado as concentrações de sulfato na água subterrânea da amostrada a

partir dos furos BMRC 005, BBH2, BBH3 e BBH7.

■ Os únicos metais pesados comuns que foram mobilizados de forma significativa e

que foram medidos nas amostras de água subterrânea são o ferro, manganés, níquel

e zinco. A análise de lixiviados resultante dos testes de lixiviação geoquímica também

renderam altas concentrações de urânio;

■ Apesar de todos os maiores e menores íons em BBH1 estarem dentro dos valores de

referência, a sua alcalinidade foi esgotada.;

■ Os furos BBH6, BBH8, Acampamento BH1, e Pirira BH1 são águas relativamente

não poluídas com sinais de cálcio e magnésio bicarbonato; e

■ O enriquecimento de cloreto em Pirira BH2 está associado com o escoamento da

rede de esgotos na Comunidade de Pirira.

7.1.4 Potenciais Furos de Abastecimento de Água

■ Durante o recente programa de perfuração foram instalados oito furos. Seis destes

poços ainda estão abertos e acessíveis para a captação de água. Os seis furos

poderiam potencialmente ser utilizados como poços de abastecimento de água. A

qualidade da água medida para os furos BBH1, BBH6 e BBH8 indicou que esta é

adequada para consumo humano. O furo BBH2 indicou elevada concentração de

sulfato e cálcio e os furos BBH3 e BBH7 não eram adequados para consumo

humano, devido a uma variedade de concentrações elevadas. Os furos BBH2, BBH3

e BBH7 podem ser usados para água potável, se tratados.

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115

7.2 Impactos nas Águas Subterrâneas

7.2.2 Fase de Construção

■ As escavações iniciais não irão interceptar grandes características de rendimentos

da água subterrânea. Todas as principais quedas de água interceptadas durante o

recente programa de perfuração foram entre 40 e 60 mbg/L. Portanto, espera-se que

a escavação terá um impacto negligenciável sobre a drenagem do aquífero

desgastado dentro das imediações, da área a poucos metros das caixas e poluição

das águas subterrâneas durante a fase de construção seja pouco provável.

7.2.2 Fase de Operação

■ A escavação dos poços de Balama (Leste e Oeste) mudará a topografia, criando um

cone de depressão com um gradiente hidráulico em direcção ao poço. Como

resultado, as águas subterrâneas das montanhas de Balama fluirão no sentido do

poço, em resposta ao gradiente hidráulico;

■ em Balama Oeste é pouco provável que o processo de drenagem reduza os níveis

de água de qualquer dos poços de abastecimento de água em Mualipue. Assim, os

poços Pirira BH1, Pirira BH2 e Pirira BH3 nao se preve que sofram impacto pela

drenagem da mina. Para o rio Mualipue tambem nao se preve que sofra impacto da

drenagem;

■ preve se que a zona de influência atinja 1,3 km na direção nordeste-sudoeste apartir

do centro do poço. Os furos de abastecimento de água do acampamento (Acampamento

BH1 e acampamento BH2) também não são previstos para ser impactado pela

drenagem de mina. O nível da água no poço de monitoramento BBH2 está previsto que

reduza até um máximo de 10 m durante a mineração em Balama Oeste. não se preve

que BBH3 seja afetado; como tal, este podera ser utilizado como um furo de alerta

precoce para os poços de abastecimento de água em Mualipue quando a mineração

esticer em curso em Balama Oeste;

■ A zona de influência no fianl das operações de mineração em Balama Este está

previsto que consista em uma combinação do cone de rebaixamento devido ao

enchimento do poço em Balama Oeste e do cone devido a drenagem em Balama

Este;

Os niveis de água nos furos Pirira BH2 e Pirira BH3 preve se que reduzamd em 2 e

1 m respectivamente durante o ultimo trimestre de 2056. Os niveis de água nos

acampamento BH2 e BH1 preve se que reduzam para 2m. Furos Pirira BH1,

fontenarios de Mualia e BBH6 nao se preve que sofram impacto. O nivel de água

para BBH2 preve se que recupere para 4 m ( apos inicio de actividades em Balama

Oeste) enquanto que, o lago no poço Balama Oeste estara 7 m abaixo do nivel de

água da fase pre mineração.

■ Existe um potencial moderado para formação de AMD no depósito de resíduos

rochosos e na TSF, devido ao alto teor de enxofre e potencial de geração de

ácido. Como resultado da AMD, o potencial existe para baixo pH da água, tendo

altas concentrações de l, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U para infiltrarem-se

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116

em aquíferos sob estas facilidades durante a fase operacional, caso a TSF e o

deposito de residuos nao estejam revestidos.

Contaminantes da TSF e do depósito de resíduos de rocha provavelmente não irao

infiltar para o aquífero estas instalaçõescaso ocorra uma infiltração, menos de 1%

1% da concentração da fonte inicial ira atingir o aquifero abaixo. Assim, a migração

da pluma do aquífero abaixo da TSF provavelmente será negligenciável.

■ Por ultimo, nenhum poço de abastecimento de água sofrera impacto devido a

infiltração da AMD.

7.2.3 Fase de Encerramento

■ Os níveis freáticos irão se recuperar durante a fase de desactivação e pós-

encerramento, devido à cessação da drenagem da mina. Os níveis das águas

subterrâneas irão inicialmente recuperar a um ritmo mais rápido, devido a gradientes

de fluxo mais elevado. O nível do lençol freático no poço vai subir rapidamente

durante os anos a seguir a cessação da drenagem devido à forma da concha do

poço e depois estabilizar em torno de 533-536 mamsl;

■ As reacções químicas, inevitavelmente, ocorrem entre a água do lago poço e

rochas recém-expostas das paredes do poço. Isto pode aumentar significativamente

a massa de acidez produzida por processos de DAM;

■ Os resultados demostraram que a migração da pluma de contaminantes

provenientes dos poços vai migram preferencialmente em uma direção sudeste para

Maulia. No entanto, não se espera uma concentração acima de 1% da concentração

inicial atinga Maulia;

Os modelos de simulação mostram que o nivel das águas no poço irão residir entre

533 e 535 mamsl, 100 anos após o encerramento. A mais baixa altitude em que o

poço Balama Oeste intercepta a superfície é 548 mamsl. No Balama Este, a

elevação da decantação sera de 545 mamsl. Por isso, não se preve decantação de

poços.

decantação iria ocorrer somente se chuvas excessivas e escoamento das águas

superficiais da área circundante inundassem o poço ate sua altitude de decantação.

■ Nao se preve que a TSF e a WRD causem alguma ameaça no ambiente pos

encerramento na medida em que estes serao revestidos de argilo.

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117

8 RECOMENDAÇÕES

8.1 Planos de Mitigação

8.1.1 Fase de Construção

Não há medidas de mitigação propostas, uma vez que é pouco provável que a escavação

inicial atinja o lençol freático nas montanhas de Balama.

8.1.2 Fase de Operação

Recomenda-se que a mina deverá fornecer água de igual ou melhor quantidade

para as comunidades afectadas que dependem de águas subterrâneas no meio

receptor, se comprovado que não há impacto sobre usuários específicos. A

qualidade da água da linha de base de poços particulares e em torno de Balama foi

analisada como discutido na Secção 3.6. Estes resultados podem ser usados para

futuras comparações para avaliar se a proposta mina tem impactado as águas

subterrâneas;

O gasóleo e outros produtos químicos devem ser tratados adequadamente e não

derramados. Se uma quantidade considerável de líquido for derramada

acidentalmente, o solo contaminado deve ser raspado e eliminado em uma

instalação de despejo aceitável;

As águas pluviais e gestão de escoamento através de canais de desvio e lagoas de

sedimentação devem ser construídos em torno e a jusante do depósito de resíduos

rochosos e TSF;

Furos de intercepção a jusante da TSF devem ser perfurados para interceptar e

capturar qualquer possível infiltração que pode entrar no sistema de águas

subterrâneas. Qualquer água contaminada capturada deve ser bombeada de volta

para a TSF;

O controlo dos níveis de qualidade de água e de águas subterrâneas é

recomendado até ao gradiente e para baixo gradiente das TSF e do depósito de

resíduos rochosos e particularmente gradiente para baixo do local da mina com

contínuo refinamento e actualização da rede de monitorização com base nos

resultados obtidos;

Os modelos conceptuais e numéricos devem ser refinados a cada seis meses, nos

primeiros quatro anos e, posteriormente, de cinco em cinco anos, com base nos

resultados de monitorização das águas subterrâneas; e

As auditorias anuais de sistemas de monitorização e gestão devem ser conduzidas

por consultores ambientais independentes

8.1.3 Fase de Encerramento

Todos os métodos de mitigação propostos durante a fase de operação também são

aplicáveis na fase de encerramento;

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118

Nenhuma mitigação de decantação é necessária, uma vez que não se espera a

ocorrência de decantação, o fluxo da superfície deve ser interceptado e. Caso a

decantação ocorra, planos de tratamento passivos ou activos devem ser

considerados para o tratamento antes da decantação se juntar aos córregos;

Uma vez que a oxidação significativa de sulfuretos no ambiente pós encerramento

em Balama é inevitável, o controlo mais efectivo de oxidação seria reduzir a

disponibilidade de oxigénio do depósito de resíduos rochosos e das TSF. Uma

cobertura de argila (difusão) com baixa permeabilidade de oxigénio seria o ideal

para conter o depósito de resíduos rochosos e das TSF a fim de inibir a entrada de

água e de oxigénio e reduzindo, dessa forma, tanto a taxa de oxidação como o

transporte do produto.

O estabelecimento de uma zona húmida permanente na TSF pode ser utilizado para

cobrir os materiais reactivos no ambiente pós encerramento. Uma vez que o

oxigénio disponível em que a água é consumida, a velocidade da reacção é reduzida

e a taxa de substituição de oxigénio irá ser relativamente lenta. A disponibilidade

reduzida resultante de oxigénio é o único inibidor mais eficaz na oxidação de

sulfureto; e

O enchimento das cavas da mina com materiais reactivos pode constituir a melhor

opção disponível para gerir a oxidação do sulfureto no ambiente pós-desactivação.

As cavas assim enchidas devem ser completamente alagadas com água até uma

profundidade de pelo menos 15 metros. O resultante lago nas cavas da mina tornará

os materiais reactivos inertes através da diminuição do oxigénio disponível.

8.2 Programa de Monitorização

O monitorização das águas subterrâneas tem de continuar durante todas as fases da

operação da mina para identificar o impacto sobre o ambiente das águas subterrâneas ao

longo do tempo, e medidas efectivas que podem ser tomadas em um estágio inicial antes

de sérios danos ao meio ambiente ocorrerem. Os principais objectivos no posicionamento

dos poços de monitorização são:

Monitorar o movimento das águas subterrâneas poluídas migrando para longe da

TSF, depósito de resíduos rochosos área da mina em geral;

Monitorar o rebaixamento do lençol freático e do raio de influência; e

Monitorar as taxas de recuperação de águas subterrâneas pós encerramento e

possibilidade de decantação..

Seis conjuntos de furos de monitorização são recomendados em torno da TSF com base

nos resultados numéricos de modelação. Dois conjuntos de poços de monitorização são

recomendados em torno do depósito de resíduos rochosos. Cada conjunto é recomendado

a conter:

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Um poço perfurado até uma profundidade máxima de 40 mbgl para monitorar o nível

e a qualidade da água no aquífero desgastado; e

Um poço profundo perfurado entre 60 e 70 m para monitorar as condições de água

subterrânea no aquífero fracturado superior.

Os seis poços de percussão perfurados com sucesso durante este estudo foram

principalmente para caracterização do aquífero e foram devidamente construídos para

monitorização de longo prazo. Nesta fase, quatro dos seis furos de percussão são

recomendadas para o monitorização de longo prazo. No total, 27 pontos de monitorização

são recomendados para a monitorização das águas subterrâneas.

8.2.1 Parâmetros a serem monitorizados

A análise dos constituintes que se seguem é recomendada para os primeiros anos até que

se demonstre que alguns elementos não terão mudado. O número e a selecção dos

parâmetros deve ser revista em uma base anual para optimizar o programa de

Monitorização:

EC, pH, TDS;

Análise Macro isto é, Ca, Mg, Na, K, SO4, NO3, F, Cl;

Metais pesados, Al, Co, Cr, Zn, Cd, Cu, Fe, Ni, V, Mn; e

Radioactividade isto é, U, Se, Sr e Rb

8.2.2 Armazenamento de Dados

Em qualquer projecto, boas decisões hidrogeológicos requerem boa informação

desenvolvida a partir de dados brutos. A produção de boa informação, relevante e oportuna

é a chave para alcançar a longo prazo e de curto prazo planos qualificados. Para a

minimização da contaminação das águas subterrâneas é necessário utilizar todos os dados

relevantes de água subterrânea.

A geração e colecta de dados é muito cara, pois requer investigações hidrogeológicas

intensivas e, portanto, tem de ser gerida numa base de dados centralizada que os fundos

possam ser utilizados da forma mais eficiente. A Digby Wells elaborou um banco de dados

no formato “WISH” durante o curso do inquérito e é altamente recomendável que Syrah

Resources utilize esse banco de dados e continuamente actualize e efectue a gestão à

medida que novos dados estiverem disponíveis

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9 REFERÊNCIAS

Environmental Business Strategies, 2012. BFS Scoping Study: Environmental and Social

Balama Graphite Project. Prepared for Syrah Resources LTD.

Digby Wells, 2013. Balama Graphite Air Quality Impact Assessment Report

Digby Wells, 2013. Balama Graphite Environmental Geochemistry.

Knight Piesold, 2012. Summary of Current Status of Tailings Management for the Balama

Graphite Project.

Knight Piesold, 2012. Balama Site Visit Findings.

Twigg Exploration and Mining, 2012. Geological Report Balama West Target Zone.

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Apêndice A: Registo de Furos

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Apêndice B: Dados de Teste do Aquífero

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Relatorio de Ensaio de Caudal

Client: DIGBY WELLS Borehole Cod 1

Province: C. Delgado Borehole Depth 100m Coordenadas District Balama Stat water Level 12.33 S: Posto Administ Dyn water Level 13.10 E:

Villag Boreh Yied(l/hr) Depth pump inst 60m

Data: 25/09/2013 Recomend Yied (l/hr)

Max Head to Top of tank

Time (min) Yied (l/s)

Lower Recover

Level (m) S (m) Level (m) S (m)

0.0 6.63 -

1.0 8.26 1.63 - #VALUE!

2.0 9.35 1.09 - #VALUE!

3.0 10.23 0.88 - #VALUE!

4.0 10.95 0.72 - #VALUE!

5.0 11.38 0.43 - #VALUE!

6.0 - #VALUE! - #VALUE!

7.0 12.70 #VALUE! - #VALUE!

8.0 13.56 0.86 - #VALUE!

9.0 14.30 0.74 - #VALUE!

10 15.00 0.70 - #VALUE!

12 16.40 1.40 - #VALUE!

15 18.13 1.73 - #VALUE!

20 200/195 20.90 2.77 24.30 #VALUE!

25 23.36 2.46 23.26 -1.04

30 24.40 1.04 21.03 -2.23

35 26.77 2.37 19.94 -1.09

40 - #VALUE! 18.10 -1.84

45 200/300 31.23 #VALUE! 17.05 -1.05

50 - #VALUE! - #VALUE!

55 - #VALUE! 15.60 #VALUE!

60 - #VALUE! 14.90 -0.70

70 - #VALUE! 14.04 -0.86

80 - #VALUE! - #VALUE!

90 200/309 - #VALUE! - #VALUE!

100 - #VALUE! - #VALUE!

110 - #VALUE! - #VALUE!

120 #VALUE! 10.92 #VALUE!

150 - #VALUE! - #VALUE!

180 - #VALUE! - #VALUE!

210 - #VALUE! - #VALUE!

240 - #VALUE! 8.09 #VALUE!

300 - #VALUE! - #VALUE!

360 - #VALUE! - #VALUE!

420 - #VALUE! 7.60 #VALUE!

480 - #VALUE! 7.54 -0.06

540 - #VALUE! 7.48 -0.06

600 - #VALUE! 7.44 -0.04

660 - #VALUE! 7.40 -0.04

720 - #VALUE! 7.37 -0.03

780

Realizado por:___________________________

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132

MEGACONSTRUÇÕES & SERVIÇOSS.U.R.L

Relatorio de Ensaio de Caudal

Client: DIGBY WELLS Borehole Cod 2

Province: C. Delgado Borehole Depth 100m Coordenadas District Balama Stat water Level 23.62 S: Posto Administ Dyn water Level E: Villag Boreh Yied(l/hr) Depth pump inst 60m

Data: 25-26/09/2013 Recomend Yied (l/hr)

Max Head to Top of tank

Time (min) Yied (l/s)

Lower Recover

Level (m) S (m) Level (m) S (m)

0.0 23.62 26.30

1.0 24.70 1.08 25.27 -1.03

2.0 25.09 0.39 24.90 -0.37

3.0 25.33 0.24 24.72 -0.18

4.0 25.46 0.13 24.60 -0.12

5.0 25.56 0.10 24.53 -0.07

6.0 25.61 0.05 24.47 -0.06

7.0 25.64 0.03 24.43 -0.04

8.0 25.67 0.03 24.40 -0.03

9.0 25.70 0.03 24.37 -0.03

10 200/160 25.72 0.02 24.34 -0.03

12 25.74 0.02 24.30 -0.04

15 25.77 0.03 24.26 -0.04

20 25.80 0.03 24.20 -0.06

25 25.84 0.04 24.17 -0.03

30 25.88 0.04 24.14 -0.03

35 25.90 0.02 24.12 -0.02

40 25.92 0.02 24.10 -0.02

45 25.94 0.02 24.08 -0.02

50 25.95 0.01 24.06 -0.02

55 25.97 0.02 24.03 -0.03

60 25.99 0.02 24.01 -0.02

70 26.00 0.01 23.99 -0.02

80 26.01 0.01 23.97 -0.02

90 26.01 0.00 23.95 -0.02

100 26.02 0.01 23.93 -0.02

110 26.02 0.00 23.91 -0.02

120 26.03 0.01 23.89 -0.02

150 26.05 0.02 23.85 -0.04

180 26.07 0.02 23.82 -0.03

210 26.08 0.01 23.80 -0.02

240 26.09 0.01 23.79 -0.01

300 26.10 0.01 23.79 0.00

360 26.15 0.05 23.78 -0.01

420 26.20 0.05 23.78 0.00

480 26.25 0.05 23.77 -0.01

540 26.30 0.05 23.77 0.00

600 26.30 0.00 23.77 0.00

660 26.30 0.00 23.76 -0.01

720 26.30 0.00 23.76 0.00

780

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General Information Test Started

Project No:

COA2029

Date: 19/09/2013

Borehole No:

BBH3

Time: 16:30

Site Name:

Balama (Northern Mozambique) Test Ended

Farm Name:

Date: 20/09/2013

Latitude:

8525609

Time:

Longitude: 460636 Duration (min): 720

Pumping Borehole Information Planned Yield: 1.04

Depth of Pump (m):

60 mbgl

Collor Height (m):

0,33m

Observation BH 1 Observation BH 2

BH diameter (m):

150 mm (inner diameter) Number: Number:

Depth of BH (m):

100 m

Distance: Distance:

Static W/L (m): 5.43 mbgl Static W/L (m): Static W/L (m):

Time Depth to SWL Drawdown Yield Time Depth to SWL Recovery Time Drawdown Time Drawdown

(min) m gbl s (m) (l/s) (min) m bgl s' (m) (min) (m) (min) (m)

1 6.27 0.84 1 8.3 2.87 1 1

2 6.74 1.31 2 8.02 2.59 2 2

3 7.1 1.67 3 7.86 2.43 3 3

4 7.37 1.94 4 7.69 2.26 4 4

5 7.6 2.17 5 7.55 2.12 5 5

6 7.78 2.35 6 7.43 2 6 6

7 7.93 2.5 7 7.31 1.88 7 7

8 8.07 2.64 8 7.23 1.8 8 8

9 8.2 2.77 9 7.14 1.71 9 9

10 8.3 2.87 10 7.06 1.63 10 10

12 8.5 3.07 12 6.93 1.5 11 11

15 8.66 3.23 1.04 15 6.8 1.37 12 12

20 8.9 3.47 20 6.6 1.17 13 13

25 9.1 3.67 25 6.46 1.03 14 14

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134

30 9.2 3.77 30 6.36 0.93 15 15

35 9.3 3.87 35 6.28 0.85 17 17

40 9.4 3.97 40 6.22 0.79 18 18

45 9.5 4.07 45 6.17 0.74 19 19

50 9.5 4.07 50 6.11 0.68 20 20

60 9.6 4.17 60 6.04 0.61 25 25

70 70 6 0.57 30 30

80 9.72 4.29 80 5.97 0.54 40 40

90 9.79 4.36 180 5.69 0.26 50 50

100 9.8 4.37 240 60 60

120 9.88 4.45 300 75 75

150 9.96 4.53 360 90 90

180 10 4.57 420 120 120

240 10.09 4.66 480 150 150

300 10.13 4.7 540 180 180

360 10.17 4.74 600 240 240

420 10.22 4.79 660 300 300

480 10.26 4.83 720 360 360

540 10.28 4.85 420 420

600 10.31 4.88 480 480

660 10.32 4.89 600 600

720 10.33 4.9 720 720

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135

General Information Test Started

Project No:

COA2029

Date: 21/09/2013

Borehole No:

BBH6

Time: 17:15

Site Name:

Balama (Northern Mozambique) Test Ended

Farm Name:

Date: 20/09/2013

Latitude:

8524767

Time:

Longitude: 463380

Duration (min): 720

Pumping Borehole Information Planned Yield: 1.08

Depth of Pump (m):

40 mbgl

Collor Height (m):

0,33m

Observation BH 1 Observation BH 2

BH diameter (m):

150 mm (inner diameter) Number: Number:

Depth of BH (m):

100 m

Distance: Distance:

Static W/L (m): 6.91 mbgl Static W/L (m): Static W/L (m):

Time Depth to SWL Drawdown Yield Time Depth to SWL Recovery Time Drawdown Time Drawdown

(min) m gbl s (m) (l/s) (min) m bgl s' (m) (min) (m) (min) (m)

1 8.5 1.59 1 14.4 2.52 1 1

2 10.69 3.78 2 12.89 4.03 2 2

3 11.47 4.56 3 12.02 4.9 3 3

4 11.8 4.89 4 11.66 5.26 4 4

5 12.1 5.19 5 11.33 5.59 5 5

6 12.26 5.35 6 11.15 5.77 6 6

7 12.58 5.67 7 11.01 5.91 7 7

8 12.94 6.03 9 10.85 6.07 8 8

9 13.06 6.15 10 10.79 6.13 9 9

10 13.23 6.32 12 10.66 6.26 10 10

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136

12 13.34 6.43 15 10.53 6.39 11 11

15 13.44 6.53 1.08 20 10.38 6.54 12 12

20 13.64 6.73 25 10.27 6.65 13 13

25 13.87 6.96 30 10.18 6.74 14 14

30 14 7.09 35 10.09 6.83 15 15

35 14.14 7.23 40 10 6.92 17 17

40 14.26 7.35 45 9.94 6.98 18 18

45 14.42 7.51 50 9.88 7.04 19 19

60 14.14 7.23 60 9.78 7.14 20 20

75 14.2 7.29 70 9.67 7.25 25 25

80 14.25 7.34 80 9.57 7.35 30 30

90 14.35 7.44 90 9.49 7.43 40 40

100 14.48 7.57 120 9.29 7.63 50 50

120 14.74 7.83 150 9.11 7.81 60 60

150 14.98 8.07 180 9.04 7.88 75 75

180 15.19 8.28 10h00 300 8.5 8.42 90 90

240 15.56 8.65 14h00 540 8.08 8.84 120 120

300 16.01 9.1 17h00 720 7.94 8.98 150 150

360 16.22 9.31 180 180

420 16.36 9.45 240 240

480 16.53 9.62 300 300

540 16.64 9.73 360 360

600 16.77 9.86 420 420

660 16.85 9.94 480 480

720 16.92 10.01 600 600

720 720

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137

MEGACONSTRUÇÕES & SERVIÇOSS.U.R.L

Relatorio de Ensaio de Caudal

Client: DIGBY WELLS Borehole Cod 7 Province: C. Delgado Borehole Depth 100m Coordenadas District Balama Stat water Level 12.33 S: Posto Administ Dyn water Level 13.10 E: Villag Boreh Yied(l/hr) Depth pump inst 40m

Data: Recomend Yied (l/hr) Max Head to Top of tank

Time (min) Yied (l/s)

Lower Recover

Level (m) S (m) Level (m) S (m)

0.0 12.33 13.10

1.0 12.44 0.11 13.00 -0.10

2.0 12.49 0.05 12.94 -0.06

3.0 12.53 0.04 12.90 -0.04

4.0 12.55 0.02 12.87 -0.03

5.0 12.57 0.02 12.86 -0.01

6.0 12.59 0.02 12.83 -0.03

7.0 12.61 0.02 12.81 -0.02

8.0 12.63 0.02 12.79 -0.02

9.0 12.65 0.02 12.78 -0.01

10 12.66 0.01 12.77 -0.01

12 12.69 0.03 12.76 -0.01

15 12.72 0.03 12.71 -0.05

20 200/69 12.77 0.05 12.67 -0.04

25 12.80 0.03 12.63 -0.04

30 12.82 0.02 12.61 -0.02

35 12.85 0.03 12.59 -0.02

40 12.88 0.03 12.56 -0.03

45 12.89 0.01 12.55 -0.01

50 12.90 0.01 12.54 -0.01

55 12.91 0.01 12.53 -0.01

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138

60 200/69 12.92 0.01 12.52 -0.01

70 12.94 0.02 12.54 0.02

80 12.97 0.03 12.48 -0.06

90 12.98 0.01 12.47 -0.01

100 12.99 0.01 12.46 -0.01

110 12.99 0.00 12.45 -0.01

120 13.00 0.01 12.44 -0.01

150 13.01 0.01 12.44 0.00

180 200/69 13.02 0.01 12.43 -0.01

210 13.03 0.01 12.43 0.00

240 13.04 0.01 12.42 -0.01

300 13.05 0.01 12.42 0.00

360 13.06 0.01 12.41 -0.01

420 13.07 0.01 12.41 0.00

480 13.08 0.01 12.40 -0.01

540 13.09 0.01 12.40 0.00

600 13.09 0.00 12.39 -0.01

660 13.10 0.01 12.39 0.00

720 13.10 0.00 12.38 -0.01

780

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139

MEGACONSTRUÇÕES & SERVIÇOSS.U.R.L

Relatorio de Ensaio de Caudal

Client: DIGBY WELLS Borehole Cod 8 Province: C. Delgado Borehole Depth 100m Coordenadas District Balama Stat water Level 18.36 S: Posto Administ Dyn water Level 46.60 E: Villag Boreh Yied(l/hr) Depth pump inst 60m

Data: Recomend Yied (l/hr) Max Head to Top of tank

Time (min) Yied (L/Hr)

Lower Recover

Level (m) S (m) Level (m) S (m)

0.0 18.36 46.60

1.0 19.56 1.20 - #VALUE!

2.0 20.19 0.63 46.42 #VALUE!

3.0 20.84 0.65 46.34 -0.08

4.0 21.39 0.55 46.26 -0.08

5.0 21.82 0.43 46.19 -0.07

6.0 22.32 0.50 46.11 -0.08

7.0 22.84 0.52 46.05 -0.06

8.0 23.28 0.44 46.00 -0.05

9.0 23.77 0.49 45.91 -0.09

10 24.30 0.53 45.84 -0.07

12 25.36 1.06 45.70 -0.14

15 26.71 1.35 45.44 -0.26

20 28.75 2.04 45.06 -0.38

25 30.77 2.02 44.78 -0.28

30 200/200 - #VALUE! 44.44 -0.34

35 34.30 #VALUE! 44.15 -0.29

40 35.50 1.20 43.87 -0.28

45 36.90 1.40 43.55 -0.32

50 - #VALUE! - #VALUE!

55 - #VALUE! - #VALUE!

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140

60 200/660 45.90 #VALUE! 42.61 #VALUE!

70 - #VALUE! 42.00 -0.61

80 45.91 #VALUE! 41.38 -0.62

90 45.91 0.00 40.80 -0.58

100 45.91 0.00 40.16 -0.64

110 45.91 0.00 - #VALUE!

120 45.91 0.00 39.52 #VALUE!

150 45.92 0.01 - #VALUE!

180 45.92 0.00 - #VALUE!

210 - #VALUE! - #VALUE!

240 200/1080 - #VALUE! 37.62 #VALUE!

300 46.60 #VALUE! - #VALUE!

360 46.60 0.00 - #VALUE!

420 46.60 0.00 - #VALUE!

480 46.60 0.00 37.62 #VALUE!

540 46.60 0.00 - #VALUE!

600 46.60 0.00 - #VALUE!

660 46.60 0.00 - #VALUE!

720 46.60 0.00 32.28 #VALUE!

780