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     UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

    PAULO HENRIQUE DE ANDRADE

    EVOLUÇÃO DO CONCRETO ARMADO

    SÃO PAULO2006

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     PAULO HENRIQUE DE ANDRADE 

    EVOLUÇÃO DO CONCRETO ARMADO

    Trabalho de Conclusão de Curso

    apresentado como exigência parcial paraa obtenção do título de Graduação doCurso de Engenharia civil da Universidade Anhembi Morumbi

    Orientador: Professor Eng. Fernando José Relvas

    SÃO PAULO2006

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    PAULO HENRIQUE DE ANDRADE 

    EVOLUÇÃO DO CONCRETO ARMADO

    Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado como exigência parcial para

    a obtenção do título de Graduação doCurso de Engenharia civil da Universidade Anhembi Morumbi

    Trabalho em: de de 2006.

    Fernando José RelvasNome do Orientador

     _______________________________Nome do professor da banca

    Comentários: ____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________

     __________________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  

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    DEDICATÓRIA

    Dedico este aos meus pais, José Roberto de Andrade e Marly Perandré, queforam os principais responsáveis pela minha formação pessoal e

    acadêmica.Jamais poderia esquecer da minha grande família, minha esposa

    Priscila e meus filhos, Gabriel e Maria Luiza.Todos eles são minha inspiração de

    cada dia.

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    AGRADECIMENTOS

     Agradeço a todos os professores que contribuíram e fizeram parte da minha

    educação acadêmica e pessoal.Em especial ao meu orientador Fernando José

    Relvas.

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    RESUMO

    Este trabalho apresenta a evolução histórica do concreto armado no Brasil e no

    mundo. Na verdade não temos nenhuma evidência concreta da data dosurgimento do concreto armado. Temos algumas em alguns países da Europa eno Brasil. No início foi um grande problema a aceitação deste material e foisomente anos mais tarde, devido alguns experimentos realizados e casos desucesso que este quadro se inverteu. A aceitação veio devido a suascaracterísticas, principalmente a de vencer esforços de tração.Os materiaisconstituintes são encontrados em grande quantidade na natureza e o concretoarmado se molda a qualquer forma e por ser fácil de aplicar. Para se ter umaidéia, o concreto armado é o segundo recurso natural mais consumido no mundoperdendo somente para a água. Foi também através do concreto armado quetivemos evolução e melhorais nas áreas sociais de habitações, saúde, educação,saneamento básico, desenvolvimento urbano etc...Para chegarmos neste patamar, muitos nomes ficaram na história comoparticipantes efetivos no seu desenvolvimento, desde os primórdios até os diasatuais.

    Palavras chave : concreto armado

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     ABSTRACT

    This report presents the historical evolution of reinforced concrete in Brazil and in theentire world. As a matter of fact, we have no strong evidences about the beginning ofreinforced concrete, but we have evidences in some countries of Europe and also inBrazil. At the first, it was a big trouble the acceptation of this material and only someyears later, because of experiences done and cases of success, that this situationwas inverted. The acception came because of their characteristics, mainly, theendurance about traction, also because this is a material founded in big amount inthe environment and presents easy application and moulding. The reinforcedconcrete has the second biggest consumption in the world, only loosing only forwater. By means of reinforced concrete that we’d evolution and increases in social

    areas of habitation, health, education, basic sanitation, urban development etc. A lot of names have stayed in the history how effectives participants of thisdevelopment, since the beginning until the actual days.

    Key words : reinforced concrete

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      LISTA DE FIGURAS

    Figura 5.1 - Propylaea Atenas – Barra de ferro inserida na viga sobre os pilares................18

    Figura 5.2 – Pantheon de Paris 1770.....................................................................................19

    Figura 5.3 - Forno em forma de garrafa para produção de cimento Portland........................20

    Figura 5.4 - Remanescente de uma das canoas de Lambot..................................................21

    Figura 5.5 - Esqueleto para armação de ferro para um barco................................................21

    Figura 5.6 - Vagas de ensaio de Hyatt com indicação das armaduras e trincas...................23

    Figura 5.7 - Primeiro prédio em cimento armado em São Paulo .......................................... 27

    Figura 6.1 – Implantação do empreendimento Ciragan.........................................................36

    Figura 6.2 – Ilustração artística Ciragan................................................................................36Figura 6.3 – Gráfico de retração térmica...............................................................................39

    Figura 6.4 – Gráfico de retração térmica...............................................................................39

    Figura 6.5 – Região de encontro viga e laje com CAD pigmentado......................................42

    Figura 6.6 – Região de encontro viga e laje com CAD pigmentado......................................43

    Figura 6.7 – 1º dia de ciclo....................................................................................................46

    Figura 6.8 – 2º dia de ciclo.....................................................................................................46

    Figura 6.9 – 4º dia de ciclo.....................................................................................................47

    Figura 6.10 – Grua utilizada para transporte vertical.............................................................48

    Figura 6.11 – Ancoragem ativa..............................................................................................50

    Figura 6.12 – Ancoragem passiva..........................................................................................50

    Figura 6.13 - Colocação das placas de ancoragem............................................................. 51

    Figura 6.14 - Colocação das cunhas.....................................................................................51

    Figura 6.15 – Montagem do macaco de protenção...............................................................52

    Figura 6.16 – Término da montagem do macaco de protenção............................................52

    Figura 6.17 – Protensão dos cabos.......................................................................................53

    Figura 6.18 – Ilustração das cunhas após protensão............................................................56

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 5.1 - Elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre..................31

    Quadro 6.1 – Materiais utilizados e fornecedores.....................................................40

    Quadro 6.2 - Materiais utilizados e fornecedores......................................................41

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

     ABC Associação Brasileira de Concreto

     ABCP Associação Brasileira do Cimento Portland

     ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

    CAD Concreto de alto desempenho

    DER Departamento de Estradas de Rodagens

    DOP Departamento de Obras Públicas

    EPUSP Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

    IBRACON Instituto Brasileiro de Concreto

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    LISTA DE SÍMBOLOS

    Fck – Resistência característica de tensão do concreto

    Pa - Unidade de tensão em Pascal

    kg - Unidade de massa em quilograma

    m³ - Unidade de volume em metros cúbicos

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    SUMÁRIO

    1  INTRODUÇÃO....................................................................................................14 

    2 OBJETIVOS........................................................................................................15 

    2.1 OBJETIVO GERAL ...............................................................................................152.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................................15

    3 MÉTODO DE TRABALHO..................................................................................16 

    4  JUSTIFICATIVA..................................................................................................17  

    5.1  CONCRETO ARMADO .................................................................................185.2  HISTÓRIA DO CONCRETO ARMADO NO MUNDO.....................................18

    5.2.1 437 a.C. – ATENAS.................................................................................18  5.2.2   PRIMEIRA ASSOCIAÇÃO DO AÇO COM A PEDRA .............................19 5.2.3  1824 – CIMENTO PORTLAND................................................................20  5.2.4  O INÍCIO DO CIMENTO ARMADO .........................................................21 5.2.5   JOSEPH MONIER “ INVENTOR DO CONCRETO ARMADO “...............23 5.2.6 THADDEUS HYATT E SUAS CONCLUSÕES..........................................24 

    (VASCOLELOS 1998) ................................................................................................255.3  O CONCRETO ARMADO NA ALEMANHA ..................................................255.4  O INÍCIO DO CONCRETO ARMADO NO BRASIL .......................................26

    5.4.1   ALGUNS RECORDES NO BRASIL ........................................................28  5.4.2 EMÍLIO BAUNMGART ...............................................................................30  

    5.4.3  NORMALIZAÇÃO....................................................................................30   5.4.4  O ENSINO...............................................................................................31 5.4.5    AS PESQUISAS......................................................................................31 

    5.5  O INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO..............................................325.6  A ACEITAÇÃO DO CONCRETO ..................................................................335.7  O CONCRETO ATUAL .................................................................................34

    6  ESTUDO DE CASO............................................................................................35 

    6.1  APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...............................................366.2  VIABILIZAÇÃO DO PROJETO DE ESTRUTURA ........................................376.3  CONCRETO RESFRIADO ............................................................................38

    6.3.1  TECNOLOGIA.........................................................................................38  6.3.3  EVITANDO A RETRAÇÃO TÉRMICA....................................................38  6.3.4  TRAÇO DO CONCRETO RESFRIADO ..................................................40  6.3.5   CONTROLE TECNOLÓGICO.................................................................41 

    6.4 CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO...........................................................416.4.1  TRAÇO DO CAD.....................................................................................43 6.4.2   VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO ..............................................................45  6.4.3  QUESTIONAMENTOS............................................................................45  6.4.4  CICLO DE CONCRETAGEM ..................................................................45  6.4.5   TRANSPORTE VERTICAL .....................................................................47  6.4.6   CUIDADOS PÓS CONCRETAGEM........................................................48  

    6.4.7   CONTROLE DE RESISTÊNCIA DO CONCRETO..................................49 6.5  VIGAS PROTENDIDAS  – PROTENSÃO ADERENTE..................................49

    6.5.1  MATERIAIS UTILIZADOS .......................................................................50  

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    6.5.2   ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO.........................................................50  6.5.3   ANCORAGENS UTILIZADAS .................................................................50  6.5.4  SEQUÊNCIA DE PROTENSÃO..............................................................51 

    8  CONCLUSÕES...................................................................................................55 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................56 

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    2 OBJETIVOS

    Estudar a evolução histórica do concreto armado desde seus primórdios até os dias

    atuais.

    2.1 Objetivo Geral

    Mostrar a evolução do concreto armado abordando seus principais personagens,

    marcos, primeiras utilizações, quais materiais eram empregados, sua funcionalidade,

    locais de aplicação, enfim mostrar sequencialmente todas as passagens etransformações ocorridas durante anos.

    2.2 Objetivo Específico

     Apresentar a história do concreto armado desde seu surgimento até os dias de hoje,

    relatando todas as principais mudanças no decorrer dos anos, o seu naturaldesenvolvimento no que se refere a materiais utilizados, normas de aplicação,

    controle tecnológico, cálculo das estruturas de concreto armado alcançando toda

    tecnologia existente nos dias atuais.

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    3 MÉTODO DE TRABALHO

    Este trabalho será elaborado com base em referências bibliográficas, publicações,

    sites de Internet, jornais e revistas. Também foram feitas consultas a profissionais da

    área.

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    4 JUSTIFICATIVA

    No curso de engenharia civil, se tratando de aspectos históricos e evolução do

    concreto, não existe nenhuma disciplina que enfatize este tema. É de fundamental

    importância cultural este assunto já que na engenharia civil dificilmente se executa

    uma obra sem a utilização deste material. É importante para o universitário de

    engenharia civil e engenheiros formados, obter este conhecimento.

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    5 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCRETO ARMADO

    Este capítulo contempla a evolução histórica do concreto armado desde a.C até os

    dias atuais.

    5.1 CONCRETO ARMADO

    Definição: Material de construção composto, no qual a ligação entre o concreto e aarmadura de aço é devida à aderência do cimento e a efeitos de natureza mecânica.

     As barras de armadura absorvem esforços de tração nos elementos submetidos a

    flexão ou a tração, já que o concreto tem grande resistência à compressão.

    5.2 HISTÓRIA DO CONCRETO ARMADO NO MUNDO

    Primeira utilização do aço em concreto.

    5.2.1 437 a.C. – ATENAS

    Uma técnica usando ferro para aumentar a confiabilidade das peças estruturais depedra é encontrada no Propylaea em Atenas fig(5.1), construído entre 437 e 432

    a.C. pelo arquiteto Mnesikles. A cobertura de mármore é suportada por uma série de

    vigas que se apoiam sobre arquitraves jônicas. As vigas que coincidem com colunas

    que sustentam as arquitraves, transmitem seu carregamento diretamente aos

    pilares, por compressão. As vigas localizadas na metade do vão das arquitraves

    produzem uma flexão significante e originam esforços de tração . Para reduzir esta

    flexão, transferindo a carga do meio do vão para um ponto mais próximo das

    colunas, barras de ferro foram inseridas na face superior das arquitraves, deixando-

    se abaixo delas uma fenda com 2,5cm de altura para permitir a deflexão das barras

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    de ferro sem que estas entrem em contato com as arquitraves. As barras de ferro

    agem como vigas independentes de alívio.

    Não podemos associar esta armadura de ferro com a utilizada no concreto armado

    atual, no entanto podemos considerar outra maneira de se associar um material

    dúctil a um material frágil, de modo a permitir o uso do material frágil sob tração.

    Figura 5.1 - Barra de ferro inserida na viga sobre os pilares Propylaea, Atenas(KAEFER, 2006)

    5.2.2 PRIMEIRA ASSOCIAÇÃO DO AÇO COM A PEDRA

    Segundo (KAEFER, 2006) a idéia de associar barras metálicas à pedra ou

    argamassa com a finalidade de aumentar a resistência às solicitações de serviçoremonta ao tempo dos romanos.

    Durante a recuperação das ruínas das termas de Caracalla em Roma, notou-se a

    existência de barras de bronze dentro da argamassa de pozolana, em pontos onde o

    vão a vencer era maior do que o normal na época. A associação do aço com a pedra

    natural aparece peça primeira vez na estrutura da igreja de Santa Genoveva, hoje

    Pantheon Paris, fig(5.2). Segundo o arquiteto Jacques Germain Soufflot, a intençãoera reunir nesta obra a leveza do gótico com a pureza da arquitetura grega. Com

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    poucas colunas na fachada, fez-se necessário a construção de grandes vigas

    capazes de efetuar a transferência de elevadas cargas da superestrutura as

    fundações. As vigas forma executadas em pedra lavada, verdadeiras vigas em

    concreto armado, com barras longitudinais retas na zonas de tração e barras

    transversais de cisalhamento. As barras longitudinais eram enfiadas em furos

    executados artesanalmente nas pedras, uns em seguida aos outros e os espaços

    vazios eram preenchidos com uma argamassa de cal. Nota-se que neste caso a

    pedra foi executada antes ( corte,prepara das superfícies, furos ) e a armadura veio

    em seguida.

    Figura 5.2 – Pantheon Paris 1770 (KAEFER, 2006)

    5.2.3 1824 – CIMENTO PORTLAND 

    De acordo (KAEFER, 2006) Joseph Aspdin inventa o cimento Portland, queimando

    calcário e argila finamente moídos e misturados a altas temperaturas até que o gás

    carbônico (CO2) fosse retirado. O material obtido era então moído. Aspdin denominaeste cimento como cimento Portland em menção às jazidas de excelente pedra para

    construção existentes em Portland, Inglaterra. A definição moderna de cimento

    Portland não poderia ser aplicável ao produto que Aspdin patenteou. O cimento

    Portland hoje em dia é "feito a partir da queima a altas temperaturas – até a fusão

    incipiente do material – de uma mistura definida de rocha calcária e argila finamente

    moídas resultando no clínquer. É duvidoso que o cimento produzido sob a patente

    de Aspdin de 1824 tenha sido queimado a uma temperatura suficiente para produzir

    clínquer e além disso, sua patente não define as proporções dos ingredientes

    empregados.

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    Desta forma, Aspdin não produziu cimento portland como conhecemos atualmente.

    Segundo (KAEFER, 2006) em 1825 Aspdin estabeleceu uma fábrica de cimento em

    um subúrbio de Leeds . Os fornos fig.(5.3) utilizados para queimar o material cru

    foram construídos em alvenaria com a forma de uma garrafa, com aproximadamente

    12m de altura e 5,6m de diâmetro próximo à base. Entretanto, estes fornos eram

    bastante precários, pois havia um grande desperdício de combustível (cada fornada

    necessitava que a massa inteira de tijolos fosse reaquecida e certas velocidades e

    direção do vento podiam resultar num consumo de coque acima da metade do peso

    de clínquer produzido) e uma grande percentagem do produto era queimado

    imperfeitamente, o que requeria um tedioso e custoso trabalho de inspeção eclassificação manual.

    Figura 5.3 - Forno em forma de garrafa para produção decimento Portland (KAEFER, 2006)

    5.2.4 O INÍCIO DO CIMENTO ARMADO

    Cimento Armado (denominação usada até meados de 1920). Em 1850,segundo

    (KAEFER, 2006) o engenheiro Francês Joseph Louis Lambot efetuou as primeiras

    experiências práticas da introdução de ferragens numa massa de concreto. É desta

    data a construção de uma parede de argamassa nas Forjarias Carcês, departamento

    do Var, sul da França, parede essa armada com grande número de finas barras de

    ferro. Imerso em estudos sobre o concreto armado e motivado por problemas com a

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    manutenção de canoas de madeira utilizadas para lazer em um pequeno lago

    existente em sua propriedade em Miraval, no Var, sul da França, Lambot tem a idéia

    de construir um barco de concreto. Nada mais lógico, pois o concreto é durável,

    requer pouca manutenção e resistente bem em meios aquáticos. Lambot empregou

    para a construção de sua canoa uma malha fina de barras finas de ferro (ou arame),

    entrelaçadas, entremeadas com barras mais grossas, usando essa malha fina ao

    mesmo tempo como gabarito para se obter o formato adequado do barco , para

    segurar a argamassa, dispensando a confecção de moldes e para evitar problemas

    com fissuras.

    Em 1855 Lambot expõe seu barco na Exposição Mundial de Paris e solicita apatente de seu projeto. No documento representativo do pedido de patente existe

    além da placa que corresponde à armação do barco também o desenho de algo

    parecido com um pilar de seção retangular com quatro barras longitudinais de ferro.

    O barco exposto figura(5.4 e 5.5) media aproximadamente 4m de comprimento por

    1,30m de largura com paredes de aproximadamente 4cm de espessura.Apesar de

    ser considerado por muitos como o pai do concreto armado, os experimentos de

    Lambot não tiveram muita repercussão por si só, mas segundo alguns autores,serviu de inspiração para Joseph Monier difundir sua utilização.

    Figura 5.4 - Remanescente de uma das canoas de Lambot (KAEFER, 2006) 

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    Figura 5.5 - Esqueleto para armação de ferro para um barco (VASCONCELOS, 2006)

    5.2.5 JOSEPH MONIER “ INVENTOR DO CONCRETO ARMADO “

    Na exposição Universal de Paris Lambot não obteve êxito, visto que não conseguiu

    convencer ninguém a fazer o uso deste material e os funcionários da Administração

    da Marinha em Toulon se recusaram a aceitar o novo material por considerarem o

    concreto armado não apropriado para a execução de navios. Entre os visitantes da

    feira estava Joseph Monier. Este não era engenheiro e não se preocupava com

    regulamentos : era um comerciante de plantas ornamentais, paisagista e horticultor,

    muito prático e ótimo negociante. Monier tinha problemas com seus vasos cerâmicos

    e de madeira, problemas como umidade e durabilidade eram os principais. Foi então

    que ao se deparar na feira com a invenção de Lambot, veio a idéia de fabricar caixas

    e vasos de concreto armado. Monier era prático e para ele o concreto armado era

    muito útil para dar forma a qualquer peça onde a argamassa é envolvida nas malhas

    de ferro. Foi com esse pensamento que durante muitos anos comercializou caixas e

    vasos de formas variáveis. Seu rendimento foi tal que desistiu da sua profissão e

    partiu a dedicação total a nova atividade, porém pensava sempre na utilização do

    material com algo que estivesse em contato com a água. É por isso que suas

    primeiras realizações forma peças como : bacias, caixas d`água, tubos para

    encanamentos. Foi sempre ampliando seu campo de ações quando por volta de

    1868 a 1873 construiu três grandes reservatórios, o primeiro com 25m³, outro com120m³ e por último um de 200m³, suportado por colunas, em Nogentsur-Marne.

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    Começou então a patentear tudo que fazia em foi em 1875 quando construiu uma

    ponte de 16,5m de vão e 4m de largura nas propriedades do Marquês de Tilliers.

    Joseph Monier foi portanto o grande realizador, o criador.

    5.2.6 THADDEUS HYATT E SUAS CONCLUSÕES

     Advogado nascido em New Jersey,segundo (KAEFER, 2006) Thaddeus Hyatt fez

    uma série de ensaios fig(5.6) nos anos 50 e só deu a conhecer os resultados a um

    grupo reduzido de amigos, publicando apenas em 1877 sob o complicado título : “ An

     Account of Some Experiments with Portland Cement - Concrete Combined with Ironas a Building , material with reference to economy of construction and for security

    against fire in the making of roofs, floors nd walking surfaces” . Por não ser

    engenheiro, Hyatt pode raciocinar de maneira pura e isenta de preconceitos, não se

    deixando influenciar por normas ou postulados. Dessa maneira Hyatt conseguiu

    descobrir o verdadeiro papel da armadura no trabalho com o concreto como peça

    composta, compreendendo a necessidade de uma armadura transversal muito bem

    ancorada, exatamente como o atual estado do conhecimento do concreto armado

    recomenda. Entre as conclusões temos :

    •  Material de construção resistente ao fogo.

    •  Garantir a resistência ao fogo envolvendo toda a armadura com concreto.

    •  O funcionamento do aço com o concreto é perfeito.

    •  O coeficiente de dilatação térmica dos materiais é suficientemente igual.

    •  A relação do módulo de elasticidade deve ser adotado igual a 20.

    •  Concreto com ferro do lado tracionado não serve somente para construções

    de edifícios, mas também de abrigos.

    Hyatt foi efetivamente o grande percursor do concreto armado e possivelmente o

    primeiro a compreender profundamente a necessidade de uma boa aderência

    entre os materiais e o posicionamento correto das barras de ferro para que este

    material pudesse colaborar eficientemente na resistência.Muito tempo depois

    sem conhecimento de publicações de Hyatt, Hennebique na França e Koenen na

     Alemanha chegaram a conclusões idênticas.

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    Figura 5.6 - Vigas de ensaio de Hyatt com indicação das armaduras e trincas  

    (KAEFER, 2006) 

    5.3 O CONCRETO ARMADO NA ALEMANHA

    Segundo (KAEFER, 2006) o início se deu com a compra da patente Monier pela

    Firma Freytag & Heidschuch de Neustadt sobre o Haardt, para o norte da Alemanha

    e por Martentein & Josseaux de Offenbach sobre o Meno para a região de Frankfurt.Essas duas firmas garantiram o direito de preferência de compra da patente para o

    resto da Alemanha.

    Em 1886 essas duas firmas cederam o direito para o engenheiro alemão Gustavo

     Adolpho Wayss. Este fundou em Berlin uma firma “ Aktiengesellschaft Für beton –

    und Monier bau “. O novo processo construtivo gerou diversas suspeitas e

    desconfianças. Foi então que Wayss decidiu investir em ensaios para provar, pormeio de provas de carga, que existiam vantagens econômicas ao se colocar

    armaduras de ferro dentro do concreto. O engenheiro encarregado de conduzir os

    trabalhos das provas de cargas foi Mathias Koenen. Este concluiu que a função do

    ferro deveria consistir, na absorção das tensões de tração enquanto que o concreto

    se encarregaria de resistir as compressões.

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    5.4 O INÍCIO DO CONCRETO ARMADO NO BRASIL

    Segundo (VASCONCELOS, 2006), pouco se conhece sobre o início efetivo doconcreto armado no Brasil. A mais antiga noticia sobre a utilização do concreto

    armado data de 1904, documentada no curso do professor Antonio de Paula Freitas

    na "Escola Polytechnica do Rio de Janeiro ". Em sua publicação "Construções de

    Cimento Armado" menciona que as primeiras aplicações de concreto armado no

    Brasil foram em casas de habitação em Copacabana. A execução foi do Engenheiro

    Carlos Poma que obtivera em 1892 a patente, que não passava de uma variante do

    sistema de Monier. Poma chegou a executar várias obras em concreto armadocomo: prédios, sobrados, escadas, fundações, soalhos e muros. 

    Entre as realizações do Engº F. S Saturino de Brito estão as obras de saneamento

    executados em Santos. Foram nessas obras onde se começou a pensar em

    normalização, especificações, cadernetas de instruções de esgoto sanitário.

    Conforme (VASCONCELOS, 2006) no Rio de Janeiro, segundo informações

    contidas em "A arquitetura moderna e suas raízes" de Paulo F. Santos, em 1908,

    Echevarria teria construído uma ponte de 9m de comprimento com cálculos feitos na

    França por Hennebique. Nada resta desta ponto, nem mesmo o construtor.

    Segundo (VASCONCELOS, 2006) as primeiras estruturas de concreto armado

    calculados no Brasil foram de Carlos Euller e de seu auxiliar Mario de Andrade

    Martins Costa que projetaram a ponte em arco de concreto armado sobre o Rio

    Maracanã, anterior a 1908. Segundo (VASCONCELOS, 2006) a revista Brazil-Ferro

    Carril de 1940 ao publicar a biografia de Carlos Euller cita como a grande aplicação

    do concreto armado, pela primeira vez no Brasil a obra do viaduto entre São

    Cristóvão e São Diogo, sem especificar detalhes sobre a obra. Tratando de Pontes,

    a primeira obra em São Paulo, devidamente documentada é descrita na revista

    Polytechnica nº 31/32 de 1910, em artigo intitulado "Concreto Armado em Socorro".

    O autor deste projeto foi o engenheiro Guilherme E. Winter junto com Ernesto

    Chagas. Por ser uma obra pioneira todos os cuidados foram tomados seguindo

    rigorosamente as mais recentes especificações e recomendações estrangeiras na

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    •  1914 - Muros de arrimo laterais em dois trechos das obras de retificação e

    canalização do Rio Tamanduateí, São Paulo (Revista "Brazil Fero- Carril"

    nº80 de outubro de 1914)

    Nesta época supõe-se que as estruturas de concreto eram calculadas no exterior. O

    que nos leva a crer nisto é a existência de anúncios no almanaque Laemmert de

    1914, onde Hennebique oferece plantas e orçamentos gratuitos para obras do Rio

    de Janeiro, feitos pelo seu escritório em Paris, á rua Danton 1.

    Segundo (VASCONCELOS, 2006) o francês Françóis Hennebique, foi o primeiro a

    compreender na Europa a necessidade das armaduras no concreto. Percebeu anecessidade de dispor outras armaduras além das de tração. Imaginou armaduras

    dobradas, prolongadas em diagonal e ancoradas na zona de compressão. Foi o

    primeiro a colocar estribos da viga T, considerando a colaboração da laje como

    mesa de compressão.

    Com a chegada da empresa alemã Wayss & Freytah, Hennebique perdeu seu

    espaço, e com a chegada desta empresa no Brasil, ocorreu o grandedesenvolvimento do concreto armado e de formação de engenheiros brasileiros

    nesta especialização. A partir de 1924 com a formação de engenheiros brasileiros

    quase todos os cálculos de concreto armado são feitos no Brasil. Devemos destacar

    o nome de Emilio Henrique Baungart como primeiro brasileiro de destaque

    internacional nessa atividade. Não podemos deixar de citar o nome de willian

    Filinger, veio para o Brasil em 1912 e trabalhou em diversas firmas do ramo. Como

    destaque o projetista do Prédio Martinelli em São Paulo.

    5.4.1 ALGUNS RECORDES NO BRASIL

    Segundo (VASCONCELOS e CECHELLA, 2006)

    •  Jockey Club do Rio de Janeiro, fundações em estaca de concreto armado,

    cravadas até uma profundidade máxima de 24m, perfazendo em 01924 um

    total de 8 km, recorde sul-americano. 

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    •  Jockey Club do Rio de Janeiro, marquise da tribuna de sócios com balanço de

    22,4m recorde mundial em 1926 (projeto e construção de Christiani & Nielsen)

    •  Prédio Martinelli, construído em São Paulo entre 1925 e 1929, com área

    construída de 40.000 m2, o maior do mundo (superado em 1933 pelo

    Cavanagh de Buenos Aires com 120,35 m de altura)

    •  Ponte Presidente Sodré (antiga Itajurú) em Cabo Frio, arco de 10,5m de altura

    vão de flecha de 67m

    •  Estátua do Cristo Redentor no Corcovado, a mais alta estátua de concreto

    armado no mundo com 30m em 1930

    •  Museu de Arte de São Paulo, com laje de 30x70m livres, recorde mundial de

    vão em 1969

    •  Edifício Itália, o maior edifício em concreto armado no mundo, por alguns

    meses sendo ultrapassado logo após pelo Marina City em Chicago

    •  Primeiro prédio em cimento armado na Rua São Bento em São Paulo

    Figura(6.7)

    Figura 5.7 - Primeiro prédio em cimento armado em

    São Paulo na Rua São Bento (Vascocelos 1992)

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      30

    5.4.2 EMÍLIO BAUNMGART

    Segundo (VASCONCELOS, 2006)

    Este foi o responsável pelo desenvolvimento do concreto armado no Brasil. Foi dele

    o primeiro escritório de cálculo de concreto armado no Brasil na cidade do Rio de

    Janeiro em 1925. Foi passando todo seu conhecimento e genialidade a seus

    colaboradores que chegamos num patamar elevado no que se trata de concreto

    armado.

    5.4.3 NORMALIZAÇÃO

     A primeira regulamentação de concreto armado que temos notícia data de 1929,

    abrangendo todos os tipos de construções.O código Saboya (Código de Obras Artur

    Saboya) foi a alavanca para a normalização do concreto armado no Brasil.Logo em

    seguida veio a revista Cimento armado, de José Furtado Simas, Mário Cabral e

    Humberto Menescal. Os primeiro resultado foi a criação da ABC (AssociaçãoBrasileira de Concreto) que reunia todos os profissionais ligados ao meio.A função

    principal da associação era padronizar todas as construções de concreto armado no

    Brasil.

    Em 1936 já havia sido fundada no Rio de Janeiro a ABCP ( Associação Brasileira de

    Cimento Portland), que tinha como objetivo unificar todos os regulamentos

    existentes no Brasil e acabar com as diversidades e em 1937 foi criada a primeiranorma que por sua vez foi muito bem recebida pelo DER (Departamento de Estradas

    e Rodagens) e pelo DOP (Departamento de obras Públicas) do Rio de Janeiro.

    O estabelecimento definitivo se deu a partir de 1938 com as reuniões feitas pelos

    Laboratórios Nacionais de Ensaios de Materiais que surgiu a idéia da unificação de

    um regulamento que visava a padronização da execução e projeto de obras em

    concreto armado.Depois de diversas reuniões, em maio de 1940 foi criado o primeiro

    projeto, a NB-1. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), foi fundada

    em 24 de setembro de 1940, tendo como principal personagem Paulo de Sá.Desde

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    Entre os pesquisadores separando por áreas temos :

    •  em São Paulo : Antonio Figueiredo e Maria Alba Cincotto , Simão Priskunick ,

    Vladimir Antonio Paulon , Jefferson Libório , Maryangela Lima

    •  no Rio de Janeiro : Ivan Ramalho e Lidia Shehata

    •  no Paraná : Giberto Carbonari e Berenice Torrales Carbonari

    •  em Santa Catarina : Luiz Roberto Prudêncio Jr, Janaíde C. Rocha, Wellington

    Repette

    •  no Rio Grande do Sul : Denide Dal Molin , Claudio Kazmierckzack , Geraldo

    C.Isaia , Anfré Guimarães

    •  no Espírito Santo : Moema Ribas Silva, Maristela G. Silva e Fernado L. Souza

    •  em Goiás : Enio Pazzini e Osvaldo Cascudo

    •  em Brasília : Antonio Nepomuceno e Elton Bauer

    •  em Pernambuco : Arnaldo P. Carneiro, Eliana B. Monteiro

    •  na Paraíba : Normando P. Barbosa

    Na maioria dos estados Brasileiros temos profissionais conceituados que

    contribuem significativamente para o avanço tecnológico do concreto armado em

    todas as partes do Brasil.

    5.5 O INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO

    No dia 23 de Julho de 1972 ocorreu a assembléia de fundação do IBRACON quetem como objetivo proporcionar conhecimentos a todos os interessados em concreto

    armado, principalmente os profissionais do meio e as empresas, investigando,

    pesquisando e divulgando todo o conteúdo adquirido.

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    5.6 A ACEITAÇÃO DO CONCRETO

    O uso conjunto do concreto com o aço garantiu que o concreto antes utilizado pelosromanos que não resistia a tensões de tração ganhasse esta propriedade.É um

    material que adquiri qualquer forma, os materiais constituintes são encontrados em

    abundância na natureza e de custo baixo.

    É utilizado para construção de habitações, hospitais, redes de esgoto, postes,

    barragens, pontes, viadutos, vasos, escolas, plataformas marítimas, contribuindo

    significativamente para o bem social.Difundiu-se principalmente a partir da segunda guerra mundial e podemos citar como

    suas grandes vantagens :

    •  Matérias primas com custo baixo e encontrado com abundância em vários

    locais de aplicação pois na sua composição estão presentes os cinco

    elementos químicos mais abundantes do planeta, que totalizam 89% da

    massa da crosta terrestre como mostra o quadro(1).

    Quadro 5.1 Elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre

    (VASCONCELOS e CECHELLA, 2006).

      Por se apresentar na forma plástica é moldado em diversas formas,podendo unir os traços arquitetônicos com os esforços solicitantes.

    •  Os materiais do concreto armado se solidarizam entre si formando grande

    rigidez por meio do monolitísmo nos entrecruzamentos, que outros

    sistemas dificilmente possuem.

    •  Quando da sua boa execução e bem projetado alcança boa durabilidade

    com grandes resistências aos meio externos agressivos.

    •  O consumo de materiais cresce na razão inversa do seu custo

    Elemento Oxigênio Silício Alumínio Ferro Cálcio Total

    % massa 46,6 25,7 8,1 5,7 3,6 89,0

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     As qualidades apresentadas aliadas ao seu baixo custo fazem deste um material de

    utilização em larga escala, com vantagens técnicas, econômicas e sociais difíceis de

    serem superadas, o que justifica o seu uso em todo o mundo.

    5.7 O CONCRETO ATUAL

    Hoje o concreto armado é o segundo material no mundo mais utilizado perdendo

    somente para a água. Com o avanço tecnológico e social encontrou-se neste

    material propriedades intrínsecas as quais se tornam incontestáveis. A facilidade

    alcançar formas plásticas, suas propriedades mecânicas que permitem a construçãode obras de grande porte e de diversos tipos, e o melhor custo nos dias de hoje.Em

    qualquer lugar que estejamos encontramos estruturas em concreto armado, dos

    mais variados tipos e fins.

    É um material que quando utilizado de acordo com os procedimentos executivos e

    quando bem projetado consegue uma longa vida útil, um dos pontos contestáveis

    até hoje neste meio. Já tivemos diversas experiências ruins da execução de obras

    mau executadas onde o meio externo afetou a estrutura e por fim deu-se a obra uma

    vida útil pequena, é o caso de uma ponte que veio a ruína em Santos no ano de

    1991, onde o laudo apontou como causa a falta de cobrimento necessário

    acarretando na corrosão da armadura. A NBR 6118 é a norma regulamentadora de

    Projeto e Execução de Estruturas de Concreto armado. A produção e a qualidade

    são os principais ganhos oferecidos pela norma além da padronização em todo

    território nacional.

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    6 ESTUDO DE CASO

    O presente estudo de caso refere-se a obra do Edifício Ciragan, empreendimentoda Construtora Cyrela Brazil Realty S/A. A obra está localizada na região da Avenida

    Paulista, na Rua Ministro Rocha de Azevedo.

    O empreendimento foi escolhido por se tratar de um projeto complexo, com pilares

    esbeltos, arquitetura diferenciada.A obra foi batizada com o nome de Antigo Castelo

    da Turquia.

    O estudo pretende mostrar toda a tecnologia usada em concreto armado,

    concentrando informações no que se refere a tipos de concreto utilizado, materiais,

    fornecedores, controles tecnológicos, controle e processos de execução, enfim, a

    tecnologia empregada na estrutura da obra, da fundação ao seu término.

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    6.1 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

    Com o nome de um palácio de Instambul na Turquia (figura 6.2), Ciragan é umempreendimento (figura 6.1) que tem uma arquitetura fantástica, onde a estrutura

    projetada para receber o projeto é bastante complexa. O Ciragan é composto por

    duas torres, uma delas é composta por 36 andares residenciais e outra composta

    por 12 andares comerciais.O terreno tem uma área aproximada de 6.000,00m².

    Figura 6.1 Implantação do empreendimento Ciragan (CYERLA, 2006)

    Figura 6.2 ilustração artística

    Ciragan (CYRELA 2006)

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    6.2 VIABILIZAÇÃO DO PROJETO DE ESTRUTURA

    Em princípio, o projeto de estrutura da obra Ciragan era do tipo convencional comlajes maciças, e o concreto especificado era de 30MPa para as vigas e lajes do

    edifício.

    Na fase de coordenação de projetos, foi verificado que as dimensões impostas pela

    arquitetura eram, porém, incompatíveis com uma taxa de armadura de aço muito

    elevada na região de transpasse entre os pilares, nos reforços laterais e na ligação

    com as vigas.Também foi feita uma verificação de taxa de armadura a qual tambémse encontrava muito elevada e inviabilizava a parte financeira do negócio. No lugar

    do transpasse convencional poderia utilizar-se método de luvas ou soldas, o que

    dificultaria ao máximo a execução destas lajes no prazo e ciclo determinado de 05

    dias .Isto significaria um dia a mais no ciclo de laje, mão de obra especializada e

    custo adicional. A partir deste momento, aconteceram diversas reuniões entre a

    fornecedora de concreto, construtora, incorporadora e projetistas, afim de solucionar

    os problemas encontrados na viabilização do projeto. Foi então que em comum

    acordo foi especificado para a obra o CAD (Concreto de alto  desempenho) 

    pigmentado para os pilares do edifício, com resistência característica de projeto

    maior ou igual a 45MPa. Dessa maneira foi possível deixar o transpasse mais leve

    na região dos pilares, explica o Engenheiro Fernando Augusto Corrêa da Costa,

    responsável pela obra.

    Também houve uma adequação do projeto de estruturas com o de arquitetura onde

    foram viabilizadas vigas protendidas para vencer grandes vãos e contribuir com os

    espaços e a arquitetura interior do empreendimento.

    Para a fundação, o projetista de estrutura observou a utilização de concreto resfriado

    para blocos com grandes volumes de concreto.

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    6.3 CONCRETO RESFRIADO

    Utilização do concreto com gelo.

    6.3.1 TECNOLOGIA 

    Os grandes blocos da fundação do edifício Ciragan foram projetados com Fck 

    (resistência característica do concreto) maior ou igual a 30MPa e por motivo de

    precaução foi implementada uma nova tecnologia. Segundo o engenheiro Fernando

     Augusto Corrêa da Costa, para evitar o aquecimento do concreto, processo natural

    de pega principalmente no interior da peça utilizou-se então o concreto com gelo,

    este último ainda adicionado na usina.O objetivo era que o concreto chegasse na

    obra com temperaturas próximas a 15º.cabe ressaltar que este tipo de concreto é

    mais utilizado em obras de grande porte como barragens e grandes blocos de

    fundação.

    Desta maneira, no período normal de oito horas o concreto chegaria a apenas 25º e

    com 72 horas a no máximo 30º.O controle da temperatura era feito na chegada das

    betoneiras na obra e durante a concretagem.O controle de temperatura é de

    fundamental importância e evita a concentração de calor no interior do bloco e, por

    conseqüência a retração, que ocorre no processo de resfriamento e é a principal

    responsável por fissuras no concreto, provocando a perda de resistência e

    patologias futuras.

    6.3.3 EVITANDO A RETRAÇÃO TÉRMICA

     Atualmente, com as práticas desenvolvidas utilizando bombas, a concretagem é

    executada muito rapidamente. Desta forma, o aquecimento pelo calor de hidratação

    pode ser muito alto e da mesma maneira a queda de temperatura. É de fundamental

    importância mantermos o controle da temperatura para evitar a retração.Oaparecimento de trincas surge quando os esforços de tração vencem resistência a

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    tração do concreto conforme (figuras 6.3 e 6.4).Conforme figura 2,os esforços de

    tração vencem a resistência de tração, e é neste momento que acontece a fissura ou

    trinca no concreto.

    O que devemos realmente nos preocupar é com o controle das temperaturas quando

    do aquecimento e também no controle de estabilização das temperaturas.

    Retração térmica

    0

    50

    100

    150

    1 3 7 14 28 60

    Dias

         P    o    r    c    e    n     t    a    g    e    m

    Resistência a

    tração

    Esforços de

    tração

     

    Figura 6.3 – Gráfico de retração térmica

    (Revista Similx Maio/Junho/Julho 2005) 

    Retração térmica

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    1 3 7 14 28 60

    Dias

         P    o    r    c    e    n     t    a    g    e    m Resistência de

    tração

    Esforços detração

     Figura 6.4 – Gráfico de retração térmica

    (Revista Similx Maio/Junho/Julho 2005) 

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      40

    6.3.4 TRAÇO DO CONCRETO RESFRIADO

    O traço para 1m³ de concreto ,com as especificações, dosagens, componentes e

    fornecedores da matéria prima (quadro 6.1) é apresentado a seguir :

    Traço para Fck 30 MPa britas1 e 2 com slump 80 10+/- 10mm

    •  Aglomerantes Cimento Portland CPIIE : 334kg

    •  Brita 0 : 232kg

    •  Brita 1 : 544kg

    •  Brita 2 : 331kg

    •  Areia de quartzo : 494kg

      Areia artificial : 269kg

    •  Aditivos plastificantes : 1,67kg

    •  Gelo : 110kg

    •  Água : 52kg

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    Quadro 6.1 Materiais utilizados e fornecedores

    Componentes Tipo Fornecedor

     Aglomerantes CPII-E IJACI – Camargo Corrêa Cimentos

    Brita Brita 0 Pedreiras Basalto

    Brita Brita 1 Pedreiras Basalto

     Areia Quartzo Concresand Mineração

     Areia Areia artificial Pedreiras Basalto

     Aditivos Plastificante Rheotec Ind e com de Aditivos

     Água Água Água

    Brita Brita 2 Pedreiras Basalto

     Aditivos Gelo Supergelo Ind e com. Gelo

    6.3.5 CONTROLE TECNOLÓGICO

    Para o controle tecnológico de concreto e aço apresento a seguir :

    •  Verificação do traço do concreto

    •  Recebimento de concreto na obra conforme a norma

    •  Ensaios de compressão e módulo de elasticidade conforme a norma brasileira

    e projeto

    •  Conferência das resistências alcançadas a 7 e 28 dias

    •  Rastreabilidade do concerto através de mapeamento em planta

    •  Conferência de dosagens na usina•  Módulos de deformação , tração e escoamento do aço

    6.4 CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO

    No edifício Ciragan foi especificado o CAD (Concreto de Alto Desempenho) para os

    pilares do edifício.Conforme visto anteriormente ao ser viabilizado este tipo de

    concreto a Construtora Cyrela Brazil Realty S/A obteve muitos ganhos.No conjunto

    dos trabalhos, a empresa economizou 55 toneladas de aço.A economia é maior

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    ainda levando em consideração os custos de beneficiamento, de carga, descarga e

    também armazenamento, este último ajudando muito na logística de

    armazenamento do aço no canteiro de obras, bem como o tempo e pessoas

    envolvidas nestes serviços.

     Apesar de ser um concreto 9% mais caro em relação ao concreto convencional,

    acabou saindo mais barato para a obra.Segundo o engenheiro Fernando Augusto

    Correa Costa, além dos ganhos técnicos tiveram ganhos no custo dos processos.

    Outra novidade que a obra traz é a pigmentação na cor vermelha do concreto de alto

    desempenho na região de encontro de vigas e lajes como mostra (figura 6.5 e6.6).Para as lajes e vigas, o projeto especificou um concreto com resistência

    característica de 30MPa e para os pilares 45MPa.Esta técnica ajuda na identificação

    do tipo de concreto e auxilia no controle tecnológico executado na obra.

    Figura 6.5 Região de encontro viga e laje

    com CAD pigmentado (Cyrela 2005)

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    Figura 6.6 Regiao de encontro viga e laje

    com CAD pigmentado(Cyrela 2005)

    6.4.1 TRAÇO DO CAD

    Traço Fck  45MPa Brita 1 e 2 slump 80 10+/- 10mm com sílica

    •  Aglomerantes CPV-ARI-RS : 327kg

    •  Aglomerantes Sílica : 16kg

    •  Brita 0 : 229kg

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      44

     

    •  Brita 1 : 538kg

    •  Brita 2 : 327kg

    •  Areia de quartzo : 591kg

    •  Areia artificial : 149kg

    •  Aditivos plastificantes : 1,20kg

    •  Pigmento: 0,65kg

    •  Água : 172kg

    Quadro 6.2 Materiais utilizados e fornecedores

    Componentes Tipo Fornecedor

     Aglomerantes CPV-ARI-RS Camargo Corrêa Cimentos

    Brita Brita 0 Pedreiras Basalto

    Brita Brita 1 Pedreiras Basalto

     Areia Quartzo Concresand Mineração

     Areia Areia artificial Pedreiras Basalto

     Aditivos Plastificante Rheotec Ind e com de Aditivos

     Água Água Água

    Brita Brita 2 Pedreiras Basalto

     Aglomerantes Sílica IJACI – Camargo Corrêa Cimentos

     Aditivos Pigmentos MBT Brasil Ind e com Ltda

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    6.4.2 VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO

    •  Aumento da durabilidade e vida útil das obras

    •  Redução de custos da obra

    •  Melhor aproveitamento dos espaços disponíveis na construção

    6.4.3 QUESTIONAMENTOS

    Um dos grandes questionamentos quando da utilização de concreto de alto

    desempenho é o problema em relação a aderência do revestimento neste

    concreto.Para sanar essa dúvida foi pedido a empresa TESTE que faz todo o

    controle tecnológico da obra que realizasse ensaios de tração.Então foi feito um

    pano de massa sobre este concreto e depois de 14 dias da sua execução foi

    realizado o ensaio que foi satisfatório.

    6.4.4 CICLO DE CONCRETAGEM

    1º dia – Transferência de eixos

    Conferência do esquadro dos eixosMontagem de gastalhos dos pilares

    Elevação dos Painéis dos pilares (figura 6.7)

     Armação dos pilares

    Fechamento dos pilares

    2º dia - Montagem do cimbramento

    Montagem dos painéis laterais e fundo de vigas (figura 6.8) Assoalho de laje

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      46

     

    3º dia - Prumo dos pilares

    Concretagem de pilares até fundo da viga

    4º dia -  Armação de laje (figura 6.9)

    Instalações embutidas

    Nivelamento de lajes e vigas

    5º dia - Concretagem de vigas e lajes

    Figura 6.7 - 1º dia ciclo (CYRELA, 2006)

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      47

     

    Figura 6.8 – 2º dia ciclo (CYRELA, 2006)

    Figura 6.9 – 4º dia ciclo (CYRELA, 2006)

    6.4.5 TRANSPORTE VERTICAL

     Atualmente dispõe-se de equipamentos de última tecnologia que proporciona

    diversos ganhos de produtividade, segurança e desempenho. Nesta obra utilizou-se

    elevadores cremalheiras e uma grua. Para a concretagem dos pilares das Torres foi

    utilizado a grua (figura 6.10), enquanto nas lajes e vigas este concreto é lançado

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    através de bombas estacionárias.A viabilidade do equipamento foi possível graças

    as condições favoráveis do canteiro de obras.

    Figura 6.10 Grua utilizada para transporte vertical (CYRELA, 2006)

    6.4.6 CUIDADOS PÓS CONCRETAGEM

     Após a concretagem de cada pavimento é feito um rigoroso controle de qualidade doserviço.O processo de cura da laje é feito através lâminas d’ água que ficam

    represadas em torno de uma argamassa feita logo após as concretagens.Para a

    região de encontro entre vigas e lajes que chamamos na obra de “ cabeça de pilar “,

    este recebe um tratamento especial onde é rolado sobre ele uma misturano traço 1:

    6 de água com um produto impermeabilizante, no caso especial “Baucryl”.A cura da

    laje é feita no mínimo 03 dias.

     Após toda a desforma, é feito uma vistoria para avaliar os problemas de

    concretagem, as famosas “bicheiras”ou qualquer outra não conformidade.Quando de

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    sua ocorrência são tomadas aços corretivas e corrigidas sempre que possível na

    mesma hora.Quando não é possível fazer o reparo no momento, este erro será

    corrigido em outra etapa da obra.

    6.4.7 CONTROLE DE RESISTÊNCIA DO CONCRETO

    Para os pilares e vigas do empreendimento forma moldados corpos de prova

    cilíndrico para realização de ensaios de compressão.Foram moldados em série de

    04, onde 02 corpos de prova eram rompidos aos 7 dias e os outros dois aos 28

    dias.Também foi consultado o projetista de estrutura que recomendou fazer o ensaiode módulo de elasticidade a cada 03 lajes.Todo este controle era feito pela empresa

    TESTE e também registrado nos formulários de controle da Construtora.

    6.5 VIGAS PROTENDIDAS – PROTENSÃO ADERENTE

     A protensão aderente foi uma técnica vantajosa utilizada neste empreendimento.

    Para vencer os grandes vãos e adequar o projeto de estrutura ao de arquitetura foi

    usada esta modalidade de protensão. Nesta modalidade de concreto protendido, o

    cabo fica isolado do concreto por meio da bainha metálica; após a protensão há

    necessidade de injetar nata de cimento para o completo preenchimento da bainha.

    Esta injeção reestabelece a aderência concreto/aço.

     As cordoalhas ficam aderidas à pasta de injeção que, por meio das bainhas

    corrugadas, aderem ao concreto da peça estrutural, impedindo o movimento relativo

    entre as cordoalhas e o concreto. As cordoalhas dividem espaço dentro de uma

    mesma bainha e de uma só ancoragem multicordoalha.Foram protendidas

    simultaneamente por um só macaco de protensão.

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    6.5.1 MATERIAIS UTILIZADOS

    •  Macaco hidráulico

    •  Cabos de 15,2mm

    •  Nata de cimento

    •  Bainha metálica

    6.5.2 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO

    •  Aço CP.190 RB # 15,2mm

    •  Força de protensão para o cabo de 15,2mm = 20,5kn

    6.5.3 ANCORAGENS UTILIZADAS

     As ancoragens utilizadas forma do tipo ativa e passiva conforme(figuras 6.11 e 6.12)

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    Figura 6.11 Ancoragem ativa(PROTENDE, 2006)

    Figura 6.12 – Ancoragem passiva

    (PROTENDE, 2006)

    6.5.4 SEQUÊNCIA DE PROTENSÃO

    Na( figura 6.13) podemos ver a colocação das placas de ancoragem para protensão

    e na (figura 6.14) são colocadas as cunhas.Depois a colocação das cunhas dá-se

    início a montagem do macaco para protensão como mostra (figura 6.15) e

    nota-se na (figura 6.16) o término da montagem do macaco.Em seguida é

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    feita a protensão dos cabos (figura 6.17) e a ilustração das cunhas após esta

    protensão (figura 6.18). 

    Figura 6.13 – Colocação de placas (Protende 2006)

    Figura 6.14 – Colocação das cunhas (Protende 2006)

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     Figura 6.15 – Montagem do macaco de protensão (Protende 2006) 

    Figura 6.16 – Término da montegem do macaco (Protende2006)

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    Figura 6.17 – Protensão dos cabos (Protende 2006)

    Figura 6.18 –Ilustração das cunhas após protensão

    (Protende 2006)

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     8  CONCLUSÕES

    Com os avanços da ciência e da tecnologia e com as transformações sócio-

    econômicas podemos desfrutar hoje de toda esta conquista que se obteve por meio

    dos séculos no desenvolvimento do concreto armado.Conquista esta que nos

    permite realizar projetos de construções dos mais variados tipos de arquitetura,

    estruturas esbeltas, complexas, com o melhor custo benefício e em um curto espaço

    de tempo.Este é o caso da obra Ciragan, um projeto de arquitetura complexo, mas

    que com o envolvimento de engenheiros capacitados e a tecnologia existente, foi

    possível adaptar e viabilizar o projeto de estrutura da melhor forma possível, com

    menor custo e melhores técnicas de trabalho.

    O concreto armado trouxe melhorias em todos os setores da sociedade, na área de

    habitação, saneamento básico, saúde, lazer, conforto entre outras. Acompanhando

    sua evolução, constatei que a maioria dos materiais que o compõe são naturais, ou

    seja, ecologicamente correto.No entanto as areias que no passado eram extraídas

    dos rios, hoje são extraídas de rochas, pois estavam assoriando suasmargens.Contudo sua utilização traz benefícios imensos para a sociedade, e ainda

    não temos nenhum outro material utilizado na construção civil com melhor custo

    benefício.

    Com a tecnologia existente, profissionais capacitados, normatização e

    conhecimentos adquiridos através de ensaios e não mais empíricos, posso dizer

    com muita certeza que hoje temos nas nossas mãos, uma das maiores tecnologias eprocessos construtivos em concreto armado.

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    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    LEONHARDT, Fritz. MONNING, Eduard. Construções de concreto. Tradução: DavidFridman, revisão técnica João Luis Escosteguy Merino e Pedro Paulo Sayão Barreto.

    Rio de Janeiro: Interciência, 1977. 366 p.

    PASSUELO, Alexandre et al, Concreto Ensino, Pesquisas e Realizações ed.

    Geraldo C. Isaia v2. IBRACON/São Paulo,2005

    VASCONCELOS, Augusto Carlos de. O Concreto no Brasil. São Paulo: Pini, 1992. 1.

    ed. V. 2. 277p.

    VASCONCELOS, Augusto Carlos de. O Concreto no Brasil. São Paulo: Pini,

    1992.2.ed.V.2.213p.

    KAEFER,  A Evolução do concreto armado Disponível em:  http://www.cimento.org 

     Acesso em maio/junho/julho de 2006

    Site de busca concreto protendido encontrado em :

    http://www.protende;com.br. Acesso em agosto de 2006

    Site de busca do empreendimento da Cyrela encontrado em :

    http://www.cyrela;com.br. Acesso em agosto de 2006

    CYRELA (Construtora São Paulo). Obras e andamento em:

    http://www cyrela;com br Acesso em agosto de 2006