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    CEFET/RJ - CENTRO FEDERAL DE EDUCAOTECNOLGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

    Neste caderno voc encontrar 16 (dezesseis) pginas numeradas

    sequencialmente, contendo 40 (quarenta) questes correspondentess seguintes disciplinas: Lngua Portuguesa (10 questes),Matemtica (10 questes), Cincias (10 questes) e Estudos Sociais(10 questes).

    INSTRUES(LEIA COM ATENO!)

    1. NO ABRA ESTE CADERNO ANTES DE RECEBER AUTORIZAO.

    2. Verifique se seu nome e nmero de inscrio esto corretos no carto derespostas. Se houver erro, notifique o fiscal.

    3. Assine o carto de respostas, no espao destinado a esse fim, que se encontrano verso do mesmo, com caneta azul ou preta.

    4. Ao receber autorizao para abrir este caderno, verifique se a impresso, apaginao e a numerao das questes esto corretas. Caso ocorra qualquererro, notifique o fiscal.

    5. Leia atentamente as questes e escolha a alternativa que mais adequadamenteresponde a cada uma delas.

    6. Voc dispe de 4 (quatro) horas para fazer esta prova. Faa-a comtranquilidade, mas controle o seu tempo. Reserve os 20 (vinte) minutos finaispara marcar o carto de respostas.

    7. O candidato s poder retirar-se do setor de prova 1 (uma) hora aps o incioda mesma.

    8. Marque o carto de respostas cobrindo fortemente o espao correspondente letra a ser assinalada, conforme o exemplo na parte superior do prprio carto derespostas.

    Utilize caneta azul ou preta.A leitora tica no registrar as respostas em que houver falta de nitidez e/

    ou marcao de mais de uma letra.

    9. O carto de respostas no pode ser dobrado, amassado, rasurado oumanchado. Exceto sua assinatura, nada deve ser escrito ou registrado fora doslocais destinados s respostas.

    10. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal o carto de respostas e este caderno.As observaes ou marcaes registradas no caderno no sero levadas em

    considerao.

    11. terminantemente proibido o uso de telefone celular,pagerou similares.

    BOA PROVA!

    PR

    OCESSO

    SE

    LETIVO

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    0

    EDU

    CAO

    PROFISSIONAL

    DEN

    VEL

    TCNICO

    E

    ENSINO

    M

    DIO

    1 FASE

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    LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Leia os textos com ateno e, em seguida, responda s questes.

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    TEXTO 1Os nmeros no mentem

    Os nmeros tm o dom de intimidar as pessoas. Se algum disser, por exemplo, que a maioria das mulherescasadas infiel, haver mesma mesa quem o conteste imediatamente. Mas, se a afirmao for que 57,8 por centodas mulheres casadas so infiis, a respeitabilidade da informao rapidamente estabelecida, embora, claro,tanto uma assertiva quanto a outra possam no passar, como no caso, de chutes sem o menor respaldo na realidade.Dizem que um matemtico uma vez confrontou Diderot, o enciclopedista, que era ateu, com a sentena a + b = x,logo Deus existe. Diderot teria embatucado, vencido pelo aparente rigor cientfico da afirmativa, que, naturalmente,quer dizer apenas que a soma de dois nmeros determinados igual a um terceiro e preciso ser bastante pantestapara acreditar que Deus est envolvido no assunto.

    Alm disso, fomos acostumados a ouvir e repetir que os nmeros no mentem. Mentiriam, neste caso, aspalavras, enquanto os nmeros, com toda a exatido que sugerem, seriam sempre confiveis. Mas bvio que nemnmeros nem palavras mentem. Quem mente so as pessoas que usam esses nmeros e palavras. E mentem comtamanha desfaatez que trazem uma pssima reputao pobre cincia estatstica, que j foi e continua vtima detoda sorte de vilipndio, tais como o que a descreve como a arte de mentir com preciso ou aquela que leva umsujeito a afogar-se num rio com a mdia de 50 centmetros de profundidade. No bem assim, mas s vezes pareceser.

    No dia a dia das notcias, as estatsticas nos perseguem, at porque, jogadas a torto e a direito, entramem frequente contradio umas com as outras, ou, o que ainda mais aflitivo, com a realidade que defrontamos.Estaro mentindo, ou o que vemos e ouvimos no passa de uma impresso paranoica? Que estaro querendo dizercom o brasileiro mdio, a dona de casa de classe mdia ou os ricos ou qualquer outra das centenas de categoriasem que nos dividem o tempo todo?

    Bem... no vou dar aula de estatstica aqui, at porque me falta qualificao e o que sei dela j l se vaiem aulas longnquas, nunca mais rememoradas. Mas encontrei, esquecidas num dos socaves do computador,algumas notas que tomei para mostrar o uso sem-vergonha das estatsticas, que nos pega todo santo dia. No seide onde tirei originalmente essas notas e, se so trabalho alheio, me apresso em agradecer, embora no saiba a

    quem. O objeto escolhido para a pesquisa o po e o objetivo provar que ele faz mal. Os percentuais citados noso reais nem tm importncia. com truques como esses que nos empulham e aterrorizam todo santo dia. A estoos resultados estatsticos para a pesquisa sobre o po. Os nmeros no mentem.

    1. 100% dos consumidores de po acabam mortos.2. 98,3% dos presidirios que cumprem pena por crimes violentos so usurios de po.3. 85,2% de todos os alunos do ensino mdio que obtm resultados insatisfatrios nas provas consomem po

    diariamente.4. No sculo XVIII, quando todo o po era preparado nas prprias residncias dos consumidores, a expectativa

    de vida mdia era de menos de 50 anos. As taxas de mortalidade infantil eram absurdamente elevadas, muitasmulheres morriam de parto e doenas tais como as febres tifoide e amarela dizimavam cidades inteiras.

    5. 92,7% dos crimes violentos so cometidos dentro de 24 horas depois da ingesto de po.6. O po feito basicamente de farinha de trigo. Est provado que menos de 500 gramas de farinha de trigo so

    suficientes para sufocar um rato. O indivduo mdio, que consome dois pes de cinquenta gramas por dia, teringerido, no fim do ms, farinha suficiente para matar seis ratos.7. Sociedades tribais primitivas que no fazem uso do po apresentam baixa incidncia de cncer, do Mal de

    Alzheimer, de Parkinson e de osteoporose.8. Est provado estatstica e cientificamente que o uso do po causa dependncia fsica e mental. Pesquisa

    feita em voluntrios revelou que 99,8% daqueles que foram submetidos a uma dieta forada, somente base degua, imploraram por po, em trs dias ou menos.

    9. O po um alimento frequentemente utilizado em conjunto com outros alimentos pesados e prejudiciais sade, tais como a manteiga, queijo, geleia e embutidos, todos ricos em gorduras e colesterol.

    10. Testes cientficos comprovaram que o po absorve a gua. Partindo da premissa de que mais de dois terosdo corpo humano so gua, todo aquele que ingere po corre o risco de sofrer desidratao grave.

    11. O po assado em fornos cujas temperaturas so mantidas acima de 200 Celsius. Essa temperatura podematar um ser humano adulto em menos de um minuto.

    12. 58% dos indivduos que consomem po so totalmente incapazes de distinguir entre fatos cientficoscomprovadamente significativos e baboseiras pseudoestatsticas sem sentido e manipuladas, como esta.

    Claro ns no estamos nesses 58% (ou 58,4 ou 46,9), ns somos prevenidos contra esse tipo de coisa. verdade. E assim me despeo, congratulando-me com todos vocs, pois 97,6% dos que leram esta coluna nodomingo passado se mantiveram a semana inteira com a sade estvel e sem problemas no trabalho.

    (RIBEIRO, Joo Ubaldo. Os nmeros no mentem. In: O Globo, 09 ago. 2009, p.07)

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    QUESTO N 1

    Pode-se afirmar que, para sustentar a ideia apresentada no incio do texto 1, o escritor argumenta com base em

    a) dados histricos.b) comparaes.c) exemplificaes.d) falcias.

    QUESTO N 2

    O uso das aspas em O objeto escolhido para a pesquisa (...) e A esto os resultados estatsticos (...) (t.1;l.23-26) justifica-se porque atribui ao trecho um tom

    a) humorstico.b) crtico.c) fictcio.d) irnico.

    QUESTO N 3

    As marcaes lingusticas observadas no texto de Joo Ubaldo Ribeiro, tais como at porque, jogadosa torto e a direito, (...)(t.1; l.15), exemplificam um dos tipos de registros lingusticos. Assinale o item que o identifica.

    a) Formal.b) Coloquial.c) Regional.d) Vulgar.

    QUESTO N 4

    Em No dia a dia das notcias, as estatsticas nos perseguem, at porque, jogadas a torto e a direito, entram em

    frequente contradio umas com as outras, ou, o que ainda mais aflitivo, com a realidade que defrontamos. Estaromentindo, ou o que vemos e ouvimos no passa de uma impresso paranoica? (t.1; l.15-17), o termo grifado se refere a

    a) estatsticas.b) umas.c) outras.d) notcias.

    QUESTO N 5

    O texto 1 apresenta uma reflexo acerca da referncia a percentuais em pesquisas, ttica utilizada parainduzir pessoas. Ao dizer que os nmeros no mentem, o narrador

    a) tenta legitimar as pesquisas que utilizam nmeros como critrio.b) usa de ironia, pois revela a manipulao feita a partir dos nmeros utilizados em pesquisas.c) demonstra gostar do raciocnio matemtico.d) mostra a importncia das pesquisas sobre o po.

    QUESTO N 6

    A funo expressiva ou emotiva da linguagem reflete o estado de nimo do emissor, os seus sentimentos eemoes, resultando em textos subjetivos.

    Verifica-se o predomnio da funo emotiva da linguagem, nas oraes abaixo, exceto em:

    a) Bem... no vou dar aula de estatstica. (t.1; l.20)b) Se me atrapalho contando nos dedos (t.2; v.5)c) Muito cuidado para no bailar na pista. (t.2; v.12)d) Ando procura de espao. (t.3; v.1)

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    QUESTO N 7

    Em Os nmeros no mentem (t. 1; ttulo e l.26), Se me atrapalho contando nos dedos (t.2; v.5) e Emnmeros me embarao (t.3; v.3), ocorre

    a) uma comunho de ideias, nos textos 2 e 3, decorrente da exatido dos nmeros, j explicitada no texto 1.b) uma contradio, uma vez que o texto de Ceclia Meireles atribui aos nmeros o fator desencadeador de umconflito interno.

    c) uma ironia do texto 3 em relao ao 1 e ao 2, pois a perda da medida sugere que os nmeros no so algo exato.d) uma relao de intertextualidade, em que o texto de Ceclia Meireles retoma o de Joo Ubaldo e o de LeudoCarvalho para criticar o uso de estatsticas.

    QUESTO N 8

    Pois se contrario a matemtica da multiplicao/ Encontro o avesso, a diviso. (t.2; v.15-16) e Se pensoencontrar sada/ em vez de abrir um compasso/ Projeto-me num abrao/ e gero uma despedida (t.3; v.5-8), percebe-se uma associao entre os sentimentos do eu lrico e os clculos matemticos. Assinale o item em que tal aproximaoNO ocorre.

    a) Na multiplicao a mente se intensifica (t.2; v.11)

    b) A magia de duplicar e de permitir de uma s vez muito somar. (t.2; v.13)c) O plano da mesa contm a base da geometria: (t.2; v.20)d) J por exausta e descrida/ No me animo a um breve trao (t.3; v.15-16)

    QUESTO N 9

    De acordo com os textos, assinale o item que substitui corretamente, os termos sublinhados, nas frasesabaixo, sem lhes alterar o sentido.

    I E mentem com tamanha desfaatez... (t.1; l.11-12);II ...continua vtima de toda sorte de vilipndio, ... (t.1; l. 12-13)III ...que nos empulham e aterrorizam... (t.1; l.25);IV J por exausta e descrida (t.3; v.15)

    a) falta de pudor / desprezo / iludem/ esgotada.b) deslealdade / desgosto / amedrontam / cansada.c) malcia / descaso / impem / gasta.d) vergonha / expectativa / ludibriam / enganada.

    QUESTO N 10

    Os trs textos abordam uma temtica em comum. Aponte a alternativa que resume adequadamente a ideiacentral dos trs.

    a) Expem as dificuldades ao lidar com os clculos matemticos.

    b) Demonstram a exatido contida nos nmeros.c) Valorizam as medidas geomtricas na diviso dos espaos.d) Evidenciam a polmica insero dos nmeros no cotidiano das pessoas.

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    CINCIAS DA NATUREZA, MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO N 11

    Trs apostadores Fulano, Beltrano e Ciclano, flamenguistas fanticos, fizeram as seguintes apostas em

    relao aos prximos cinco jogos que o Flamengo vai disputar. Os resultados foram esses:

    Ao final dos cinco jogos, perceberam que Fulano acertou 3 palpites, Beltrano, trs palpites e Ciclano, doispalpites. Quantas vitrias o Flamengo obteve nesses cinco jogos?

    a) 1b) 2c) 3d) 4

    QUESTO N 12

    Sendo x um nmero real positivo, a =( )21

    2

    +xe b =

    2

    111

    +

    xx , ento

    ba vale:

    a)( )1+xx

    x

    b)x

    x

    c) ( )1+x

    x

    d)( )1

    2

    +xx

    x

    FULANO BELTRANO CICLANOV E D V E D V E D

    1 X 1 X 1 X2 X 2 X 2 X3 X 3 X 3 X4 X 4 X 4 X5 X 5 X 5 X

    (Onde:V: vitria; E: empate; D: derrota)

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    QUESTO N 14

    Caio aplicou, por dois meses, uma certa quantia taxa de 10% ao ms, num sistema de juros simples. Suairm Lusa aplicou a mesma quantia, com a mesma taxa e durante o mesmo perodo de tempo, porm num sistemade juros compostos. Em relao ao juro recebido por Caio, o juro recebido por Lusa foi:

    a) 5% menorb) 5% maiorc) 10% menor

    d) 10% maior

    QUESTO N 15

    As formas polidricas so encontradas na natureza. Os alvolos que compem o favo de mel das abelhas

    lembram prismas hexagonais que se encaixam perfeitamente compondo o favo de mel. Com eles, as abelhas obtm,

    para uma certa quantidade de cera, um mximo espao

    (TRECHO RETIRADO DO ARTIGO Poliedros, abelhas, arquitetura e... futebol, DO PROFESSOR LUIZ IMENES)

    Considere que um favo de comprimento 3,8 dm e 8,5 cm de largura constitudo de alvolos organizados como afigura a seguir e que a distncia entre dois vrtices opostos de cada alvolo 5 mm. Desprezando as sobras de espao

    entre alvolos e as paredes do favo, quantos alvolos completos constituem esse favo? (aproxime 3 para 1,7).

    a) 1970b) 1950c) 2870d) 3920

    QUESTO N 13

    Se x + y = 1 e x 2 + y 2 = 2, ento x3 + y3 igual a:

    a) 3,5b) 3c) 2,5d) 2