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¦ Ministro Barbosa da Silva, que chefiará a Missão que ^¦** ^m9* XT" 9* w» ^-ST II

CARNE: 10 RazõesPei©

AN© I - RIO, SEMANA DE 23 A 29 _>€ OUTUBRO Dt 1959 - N.° 35

INTERVENÇÃO_V»s Frigoríficos

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(Leia na ú.tima página)REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO, N.° 257 - SALAS 171/1712

AcaRdifUluraLottu'Uilião

ntdoail"(Comentário na

3.' página)

INTELECTUAIS E JURACY:

MANIFESTO

DISTORCE A VERDADE

E NÀO SERVE

AO NACIONALISMO(Comentário na 3.a página)

í maaaaaaaamwaaaaaaaaammaimami

Com a UIISS.elarões

A decisão adotada pelo Governo dc enviar umaMissão Econômica à União Soviética, dando assim umpasso decisivo para o restabelecimento das relaçõescomerciais com o grande pais socialista, foi recebidaem todos os círculos com entusiástica-, manifesta-

- ções de apoio. Trabalhadores, representantes da in-. dústria e do comércio, parlamentares de vários par-

tidos, todos se manifestam de acordo com a atitudo'afinal assumida pelo sr. Juscelino Kubitschek.

O feinício do intevoâmbio •oawrcial com a URSS¦" é uma exigência que vem sendo *«lta. há muitos anos,

por todas as forças patrióticas e progressistas de nos-¦ so pais. A posição em que vinha se mantendo o Go-! vérno, de desconhecer a existência da União Soviéti-

ca — pais que, como reconhece o próprio Itamarati,será dentro de poucos anos a maior potência econô-mica do mundo — chocava-se violentamente com osinteresses nacionais, além de contrariar os anseiosde paz do povo brasileiro. A decisão agora anuncia-da pelo ministro Láfer constitui, por isso mesmo, uma

t» vitória dás mais importantes entre as conseguidas___.*• ¦'•UiiHMfl tn-v.r-.At' nnlnl' f A r *"• i-t O n i-tf ! <*\« n\ t C ?/"*/_* A nn.

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nos últimos tempos pelas lôrças nacionalistas e po-pulares de nosso país.

iComo así.-aiuiam as próprias autoridades, em de

clarações prestadas à imprensa, são grandes as pers-pectivas que se abrem com o intercâmbio econômicoentre o nosso país e a União Soviética. Não somentea URSS tem condições de absorver grande parte de

[jj nossa produção e nos fornecer os mai-* modernos eemi.... pamentos para a nossa industrialização, como os trr-

"i mos em que se íará êste intercâmbio serão os mais1 favoráveis aos nossos interesses, uma vez que são| estranhos aos acordos com a União Soviética e outros| países socialistas quaisquer condições ou exiqências1 lesivas à soberania e às conveniências da nação.

Tiui^. .«. . rtanto, de dar às relações comerciais; que agva se reiniciam com a URSS o caráter efetivo

| e conse<\üonte que 03 interesses nacionais reclamam.1 Só assim, naturalmente, poderão converter-se em rea-

| lidade as promissoras perspectiva-* que personalidade1 oficiais como o presidente do Instituto do Café vêem,

| justamente, na normalização das trocas comerciaisipj com - União Soviética.

As ioivjs nacionalistas e populares, apoiando de-I cididamente a atitude agora assumida pelo sr. Jusce-

1 lino Kubitschek, manter-se-ão vigilantes e combati-vas em nua luta pelo progreso independente de nossepois, pela emancipação nacional.

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H0MEM3QUEIRÃO ...AOSESPAÇOS

Us cienvisras soviéticos ao ramo aos roguetes

cósmicos estão realizando treinamentos siste-

mátieos com homens para vôos a grandes aíti-

tudes. Cada piloto de futuros vôos interpla-netários é minuciosamente examinado por mé-

dicos experientes e testadas todas as suasreações numa câmar3, como se estivesse real-mente em grandes altitudes. Nesta fotolAgêneia TASS) vemos um dos pilotos sovié-ticos em câmara de treinamento para vôoscósmicos.

FL -r--^^i^*^mf'^m>^im!sgmm!ivs'w^^s^^^

Estudantes Universitários

Defendem a Escola Pública(N**Hc.ér.o mt 10.» p«-#»«)

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PÀ€*NA 2 NOVOS RUMOS 23 a 29-10-1959

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QUE A MALDIÇÃODE ALLAHCAIA SÔBRE OSIMPERIALISTAS!

Que se passa no Iraque?Há dias, o chefe da re-

volução iraqueana, KarimKassem, íoi alvo de umatentado a bala em plenocentro de Bagdá.

Dias antes, mais de umadezena de oficiais contia-revolucionários tinham si-do fuzilados como implica-dos em conspirações paraa derrocada do govêmo deKassem.

Constantemente as agên-cias telegráficas norte-americanas (UPI, AP) di-vulgam informações, sabi-damente falsas, como es-tas: «Kassem sob o domí-nio dos comunistas». Nasemana seguinte, elas pró-prias se desmentem: «Kas-sem vai «liqüidar» os co-munistas».

Essas agências — quesão sucursais dos trastesdt petróleo e outios — têmum objetivo supremo: man-ter a agitação em torno doIraque, criando um estadode espírito que possa acoi-tar uma reviravolta naque-le pais onde os monopó-lios petrolíferos estrangei-ros dispõem ainda de umagrande forca econômica epietendem restaurar suaantiga força política.

xxx

Relembremos que há pou-co mais de um ano (foi a14 de julho de 19S8) triun-fou naquele país do Orien-te Médio a revolução che-fiada por Karim Kassem,derrubando a monarquiaapodrecida que oprimia opovo, estreitamente ligadaao capital financeiro inter-nacional que explora as ri-cas fontes de petróleo ira-queano.

Desde então, o governode Kassem. com o apoio

irrestrito dos trabalhadorese do povo, vem pondo emprática utna série de me-didas destinadas a trans-formar o Iraque num paísindependente e soberano eproporcionar um nível devida condigno a seu povo,que há séculos vive namais negra miséria Kas-sem vem realizando a re-forma agrária, mediante adesapropriação dos latifun-dios, golpeando assim mor-talmente o piincipal aliadointerno do imperialismo, ossenhores feudais. Contraêle, portanto, se volta aira dos latifundiários, en-quanto os grupos imperia-listas estrangeiros perce-bem que seu principalapoio interno vai sendo mi-nado. Dai o afã com que,aqueles internamente e osúltimos no exterior, pro-curam por todos os meiosderrubar o governo revolu-cionárlo de Karim Kasseme restaurar a anterior or-dem de coisas.

O chefe dos serviços deespionagem dos EstadosUnidos, Alian Dulles, ir-mão do falecido Secretáriode Estado Foster Dulles,fornece periodicamente àimprensa e às agências te-legráficas americaans rela-tórios alarmantes (e fal-sos) sôbre a situação noIraque. O tom dominanteem tais relatórios é de queo «Iraque 30 inclina parao campo socialista».

Em que se baseia a pro-paganda dos imperialistaspara tentar criar um cll-ma que permita a inter-venção estrangeira no Ira-que?

PRIMEIRO — nas medi-das econômicas rte caráterinterno, como a reformaagrária;

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SEGUNDO — nos acór-dos feitos pelo governo ira-queano com a União Sovié-tica para o fornecimento demaquinaria industrial ecréditos, destinados a fo-montar a industrializaçãodo pais, única maneira delibertá-lo da velha depen-dência em relação ao im-perialismo;

TERCEIRO — no temorde que, na medida em quese consolide a revoluçãoiraqueana, sejam tomadasmedidas restritivas em re-lação aos poderosos mono-pólios internacionais dopetróleo.

São estes que fomentamas ondas de agitações in-ternas no Iraque, preparan-do terreno para crimes (co-mo a tentativa de assassi-nato de Karim Kassem) efinalmente a derrubada dogoverno revolucionário e avolta ao Poder de homenscorruotos e serviçais dostrustes. como o finado NuriSaid ou o fantoche rei Fai-çal.

AS LIBERDADES DEMO-CRATICAS

O povo liaqueano jamaisconhecera as liberdades de-mocráticas de que desfru-ta hoje Esta 4 outra pílulaamarga que a reação ln-terna e os imperialistasnão querem engullr. Esta-vam ambos habituados àexistência no pais de go-vemos que não passam decomitês executivos da von-tade soberana dos explora-dores estrangeiros do pe-tróleo iraqueano e dos lati-fundiários.

A revolução de 14 de Ju-lho do ano passado deuforças ao povo, em parti-cular à sua parcela maisconsciente e organizada, àclasse operária, os estudem-tes. a intelectualidade pro-gressista

O governo de Kassemconcedeu a liberdade de as-sociação já em novembrode 1958, quando os estu-dantes fundaram uma or-ganização nacional única epassaram a influir nos des-tinos do pais Mais tarde,em fevereiro deste ano, umdecreto autorizava a liber-dade sindical: imediata-mente foram criadas cercade 30 federações profissio-nais (das quais a mais im-portante é a dos operáriosda indústria petrolífera),reunidas numa Confedera-ção Geral.

O Primeiro de Maio foideclarado festo nacionaldos trabalhadores iraquea-nos.

Os Sindicatos operáriossão hoje um firme apoiodo governo revolucionáriode Karim Kassem. Consti-tuem um centro ativo davida política e social dopais Organizam campa-panhas de âmbito nacio-nal nelo aumento da pro-dução, condição prévia da

elevação do nível de vidado povo.

Começam a organizar-setambém os camponeses doIraque. Antes, viviam elesna mais negra miséria, soba exploração desumana dosgrandes proprietários ter-ritoriais. Em abril desteano, promoveram em Bag-dá um Congresso Nacional,que reuniu 1.800 delegados(árabes e kurdos) repre-sentando milhões de tra-balhadores agrícolas. Opróprio chefe do governo,Kassem, assistiu ao Con-gresso, prometendo colabo-rar com todas as suas fôr-ças para acelerar a refor-ma agrária e reforçar a so-lidariedade da classe ope-rária com os camponenses.Em maio, era constituída aFederação Nacional únicados camponeses, baseadanas uniões provinciais.

A juventude iraqueanatorna-se uma força cadavez mais influente na vidado país. Organizada clan-destinamente em 1951, foilegalizada sob o governode Kassem A 11 de junhoreuniu-se em CongressoNacional com 600 delega-dot. O chefe da revoluçãoesteve também presente aèsse Congresso, saudandocalorosamente seus partici-pautes.

LIBERDADE DE IM-PRENSA

A revolução de 14 de ju-lho também deu ao povoiraqueano um direito queéle Jamais havia desfruta-do: a liberdade de Impren-sa. Antes, circulavam nepais apenas os Jornais queservian aos interesses dasclasses dominantes — osgrandes latifundiários, oscapitalistas ligados ao ca-pitai estiangeiro, oe agen-tes dos trustes. Hoje, Jor-nctls e revistas circulam emqrande número no Iraque,inclusive órgãos da das-se operária que traduzemseus mais sentidos anseios.

KASSEM E OS COMU-NISTAS

Todos sabem que KarimKassem é o chefe da revo-lução iraqueana. Foi êlequem comandou as forçasque a 14 de julho de 1958puseram abaixo o governoreacionário e antipopularde Nuri Said, juntamentecom a apodrecida monar-quia de Faieal.

Mas, qual a origem deKassem? Qual a sua Ideo-logia?

A Abdel Karim Kassema reação mundial atribuidesígnios os mais maquia-vélicos.

Na verdade, Kassem re-presenta uma parcela con-siderável — e crescente —das forças revolucionáriasnacionalistas que fermen-tam todo o Oriente. Origi-nário da pequena burgue-sia, representa sem dúvi-

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AiresGerente — Guttemborg

CavalcantiRedator-chefe - Orlando

Bom fim Jr.Secretário — Fragmon

BorgesBEDATOI.ES

Almir Matos, Rui FacóPaulo Motta Ume, Mnriada üraça, Luis Ghllardini

MATRIZRedação: Av. Rio Bran-

to, 257, 17.' andar, S/1712— Tel: 42-7344

Gerf-nna: Av. Rio Bran-eo, 257, 9' andar, S/905Enderf-rn teloRraflco —

«NOV03RUMOS»ASSINATURAS

Anual .... CrS 250.00Semestral . " 130.00Trimestral . " 70.00

Aérea ou sob repistro des-pesag A parte

M. »vulse .. CrS 1,00*}*rtrp — -*" "°C

O Povo Apoia Kassem

Estará o povo do Iraque com o go-vêrno de Kassem?

Fará responder a esta pergunta basta

citar os seguintes fatos:

1) O govêmo de Kassem está se em-

penhendo em fundar no Iraque uma in-

dústria pe:ac!a própria. Antes da revolu-

ção, havia vo país Cinicamente a indústria

extrativa c'.o petróleo, que na lua maior

parte era levada em bruto peleis compa-

nhias americanas e inglêsrss para o es-

Irangeiro.

2) Kassem leva à prática a reforma

agrária em iodo o país. Seis milhões e

500 mil iraqueanos (nove décimos da po-lação do oaís) viviam na agricultura e a

imensa maioria não possuir terra. De . .

830.000 famílias camponesas, apenas

120 mil posuiam pequenas parcelas que-•¦¦ nf^rV^ij-líraDOíiavam acralmente de ' j de

hectare. Os demais nào tinham qualquerterra e eram obrigaaos a trabalhar nas

terras cos latifundiários. Estes tinham em

suas mãos propriedades de 5.000 até . .

50.000 hectares. O »fellah» (camponêssemi-servo) recebia apenas 30 por cento

da colheita.

3) Estão sendo melhoradas as condi-

ções de habitação. Oitenta por cento dos

iraqueanos eram subalimentados. Apenas6 por cento habitavam casar. de alvena-ria; 26 por cento moravam em choças de

bambu ou em tocas cavadas na argila.

4) Nos oito primeiros meses depois da

revolução de 14-VII-58 mais de 400 no-

vas escolas foram abertas. Foi elaboradoum amplo programa de instrução popular.

Mesmo nas cidades, a percentagem de

analfabetos atingia a 90 por cento, sen-

do de 99 por cento no campo.

da as aspirações das ca-madas médias e da bur-guesia nacional, que, nasatuais condições de lutacontra o imperialismo e an-te a influência poderosado socialismo no mundocontemporâneo, não dei-xam de ter suas tendên-cias «socialistas modera-das».

Não vamos porém tecersuoosi-ões em torno dasIntenções de Kassem e dasprincipais forças sociaisque êle repreesnta? Seja-mos mais objetivos. Veja-mos que tem êle feito, oque pensa e o que pretendefazer.

A 30 de maio deste ano,respondendo ao antigo Mi-nistro britânico Nutting,que o entrevistava, Kassemdisse:

— Os comunistas ira-queanos são patriotas quesempre serviram aos inte-rêsse do país e sempre co-o p e r aram estreitamentecom o conjunto da popula-ção para a defesa da Re-pública.

Kassem decretou a refor-ma agrária e a leva à prá-tica.

Mas a reforma agrárianão é uma medida de ca-ráter socialista; é uma me-dida de revolução demo-crático-burguesa. Foi umadas primeiras e mais radi-cais medidas tomadas pe-Ia burguesia revoluciona-ria na França em 1789, aoderrotar o feudalismo. To-dos os poises capitalistasque progridem industrial-mente não podem deixar derealisar a reforma agrária,que significa fundamental-mente liquidar com as re-manescentes relações teu-dais de produção.

Kassem tem reconhecidona prática as liberaddes de ¦mocráticas fundamentais.Mas estas liberdades exis-tem em qualquer pais ca-pitalista organizado.

Kassem projeta, certa-mente, limitar cada veimais o dominio dos mono-pólios estrangeiros no pe-tróleo do Iraque. Mas, qual-quer pais soberano não po-de deixar de ter êste ob-Jetivo, sob pena de contl-nuar como pais dependen-te, econômica e politica-mente, do capital financel-ro internacional. O Egitode Nasser, por exemplo,que realiza uma politicainterna reacionária, liqui-dando inclusive flsicamen-te seus adversários, expro-priou o Canal de Suez, en-frentando duas potênciasimperialistas — a Ingla-terra e a França. E no en-tanto o governo de Nasserrealiza ao mesmo tempouma politica anticomunis-ta. Portanto, as expropria-ções do capital estrangei-ro não são típicas do so-cialismo.

O Partido Comunista doIraque, naturalmente, dáseu irrestrito apoio à po-litica oue vem sendo se-guida por Karim Kassem.Porque se trata de medidasque interessam à classeoperária e a todo o povo.O Partido Comunista Ira-queano, fêz, ainda há pou-co através de seu secre-tário aeral, a seguinte de-claração:

— Os comunistas ira-queanos sempre salienta-ram a necessidade de for-talocer a unidade das fôr-ças nacionais para serematingidos os objetivos darevolução. Aoesar da dis-criminação de que são ob-je*o, estão dispostos sem-pre a trabalhar pela ira-ternidade entre todas asforcas cmtiimperiallstas eantifeudais (...) A politi-ca nacional democráticatraduz a vontade da grandemaioria da nação, unidaem torno do filho do povo,Kassem.

(A discriminação a quese refere o secretário geraldo PC é a ausência, atéagora, de legalidade deatuação do Partido Comu-nista, o que constitui umatalha na incipiente demo-cracia iraqueana).

E' verdade que as intrl-gas imperíaii^ia; ntlo per-mitem que Kassem amplieainda mais as liberdadesdemocráticas no pais. Ospartidos políticos em geralnão têm existência legal,estando porém previsto quepoderão voltar à atividadea partir de janeiro do prá-ximo ano, a fim de se pre-pararem as forças políticaspara eleições gerais subse-quentes.

Diz-se que Karim Kas-sem prevê para o Iraqueuma espécie de «democra-cia dirigida» (como na In-donésia). Como quer queseja, porém estes 15 mesesde governo revolucionáriooferecem um saldo bastan-te positivo para o povo ira-queano. O principal, natu-ralmente, é a reforma agra-ria, que está organizandoe mobilizando a maioria dopovo do Iraque, o campe-sinato pobre, contra osprincipais aliados internosdoi moeriallsmo, os gran-des proprietários rurais.

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Ante as medidas em fa-vor do povo e da Hberta7conacional do Iraque, os gru-pos imperialistas estran-geiros (nos Estados Uni-dos, Grã-Bretanha e Fran-ça) só podem ter ódio mor-tal a Karim Kassem. Devi-do à sua enorme popular!-

dade, tratam de elimina-lo fisicamente, certos deque assim golpearão séria-mente a rc oi í-üo, de queKassem é o lider mais emi-nente.

Mas, a tentativa infamede assaesínaio do Rasemencontrou a resposta ime-diata por parte do povoiraqueano: ondas de soll-da:icdade a liassem e tíeremidio a03 a-sassinos es-palharam-se por todo opaís. E o novo iraqueanorepetiu uníssono a excia-ma-ão do Abdcl KarimKassem ao ser baleado:

—Que a mald:-ão deAllah caia sôbre os impe-rialistas!

CRÔNICA«NA»_Al

LUNIKS E GELADEIRAS

A 16 de outubro, jornais dnsignificativo telegrama de Moscou:Soviética e o Comitê Central do P;maram medida-s determinando um

RUI FACÓ

Rio divulgaram umo governo da União

irtido Comunista to-espetacular aumen-

to da produçáo de bens de consumo duráveis, como ge-ladeiras, televisores, máquinas de lavar roupa, máquinasde costura, bicicletas, etc. Alguns: destes artigos te-rão sun produção dobrada dentro de dois anos.

A noticia causou sensação no mundo e, natural-mente, grande alegria entre (> povo soviético,

Ü aumento da produção de bens de consumo naURSS é acompanhado de uma redução de preços. A leique rego o comércio interno soviético é inteiramente di-versa da que domina nos paises capitalistas. Como oEstado não tem por objetivo o lucro, mas a satisfaçãoao máximo das necessidades da população, reduz ospreços na medida em que a produção aumenta.

Alguns comentaristas procuram fazer crer que a.nova medida do governo soviético resulta da .impres-são» que teria recebido Kruschiov na sua visita aos Es-tados Unidos, onde viu abundância de bens de con.mi-mo. Comentário tolo se não procurasse principalmenteencobrir a realidade. E a realidade é que u incrementoda produção de bens de consumo da URSS é o primeirogrande reflexo interno da modificação que su inicia nasituação internacional. E' conseqüência dos entendi-mentos já havidos entre a União Soviética c os Esta-dos Unidos para pôr termo ã guerra fria, parn procurarresolver os problemas internacionais pendentes náo atra-vés da guerra e sim de acordos pacíficos.

A URSS jamais negou que em seus planos ecnnômt-cos dava precedência ã indústria pesada, porque destadepende fundamentalmente a manutenção de sua capa-cidade defensiva, como o bem-estar do povo Fo[ estapolitica que tornou possível sua vitória sôbre a Ale-manha du Hitler, E' esta a política seguida com maiorconseqüência ainda depois da morte de Stalin, mobili-zando-se todos os recursos do pais, materiais e huma-nos, alargando a autonomia local e adotando outrasmedidas, que redundaram num enorme avanço da UniãoSoviética em todos os terrenos.

Fruto desta-política, no terreno cientifico e técni-co. foram as realizações da URSS no domínio dos es-paços interplanetários, deixando bem atrás a maior po-téncia capitalista, os Estados Unidos. E agora que suadefesa está assegurada contra qualquer agressão, po-d? a URSS destinar maiores verbas para a produçãode bens de consumo e tomar outras medidas, como arecente redução da jornada de trabalho, já agora, de7 horas e em alguns setores profissionais, de 6.

Aliás, a mais recente medida, do governo soviéli-co e do PCUS sóbre o aumento da produção de bens deconsumo é o melhor testemunho da confiança da URSSde que continuará no mundo o processo iniciado de ali-vio da tensão internacional.

E' uma prova também de que, em condições de pazsólida, os países socialistas terão maiores, possibilidadesde vencer a concorrência com os países capitalistas,oferecer aos trabalhadores e ao povo condições de vida.cada vez melhores.

Esta a verdade que procuram inutilmente ocultaros que buscam falsos motivos para explicar o ato dogoverno soviético.

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23 a 29-10-1959

MANIFESTO DE INTELECTUAISPRÓ-JURACI

NOVOS RUMOS PÁGINA 3

Presidente do IBC sobre o reatamento comercial com a URSS*

DISTORCE A VERDADE "Estamos Diante II** UL lll 2.1

E NÂO SERVE ACAUSA NACIONALISTA

•Os jornais de domingo último divulgaram um mani-

festo assinado pm* alguns intelectuais apelando its forçaspolíticas no sentido do apoio à candidatura rio sr. JuraciMagalhães a Presidência clu República,

Antes de tudo deve ser assinalado o caráter pouco ex-pressivo elipse manifesto. Entre os seus signatários, quenão vão além de algumas dezenas, não há senão um ououtro nome lealmente representativo. O documento estámuito longe cie exprimir a adesão de setores ponderáveis daintelectualidade brasileira ii candidatura do governador daBahia, Muito mai.. representativo , sem nenhuma dúvida, omovimento dc intelectuais nacionalistas e democratas que searticula em tomo du candidatura do marechal Teixeira Lott,

Mas, além dv pouco significar quanto ao número e,rie modo geral, ã expressão dos seus signatários, o manifes-io juracisistn é, do começo ao fim, um exemplo cie distar-ção ria verdade. I.' inteiramente falso, por exemplo afii-mar,como sc faz im manifesto, que a candidatura Lott surgiu ileum -movimento ile cúpula, sem refletir o sentimento popula' ,O que se deu', foi exatamente o oposto: u candidatura Loit.«urgiu como uma imposição do movimento nacionalista,uma exigência rias forças patrióticas e democráticas, a quetiveram rie submeter-se as cúpulas dirigentes tio PSD <- (Insituacionismo, depois <le lhe oferecerem todo tipo de resis*lêneins. ainda não de todo eliminadas,

Não é esta, porém, a única violação da verdade, Pie-tendendo justificar sua adesão ii candidatura Juraci, os au-tores rio manifesto fazem uma exaltação do.**, trinta unos deviria pública do ex-prcsiilonte da L*DN a qual só pode pm-vocar surpresa e espanto. Chegn a ser inacreditável quetentem apresentar o passado dn sr. Juruci Magalhães como

sendo «trinta anos de fidelidade democrática., pessoas quoconhecem muito bem o que foi o longo reinado de arbitra-riedacle e violências as mais Imitais, particularmente con-tra os estudantes e ns jornalistas, que mareou a presençadn sr. Juraci Magalhães'no governo chi Bahia. K como s.*ralar em --ação parlamentar incensurável* .1" ex-presidenteriu UDN, n quem não se pode creditar talvez, uma única nu*ciativa no interesse rio povo, mas de quem podem ser leni-brados os discursos e apartes — tanto na Constituinte comono Senado -- abertamente a favor do imperialismo norte-americano e rins provocudores rie uma nova guerra? Paradar apenas um exemplo, nàn foi precismeiite o sr. JuraciMagalhães que, não há muito tempo, no Senado, em npar-te ao sr Kerginnldo Cavalcanti, afirmava que ,.s generaisnorle-anierieaii..s iú deviam ter ocupado Foi liando de No-ronlui muito ante., de lhes ser cedida esta parte de liosíoterritório '.' ,

Outro Inconcebível absurdo é declarar oue o passadopolítico do sr. Juraci Magalhães é "-*-:l afirmação nacio-niilista... Ignora-se então a conhecida posição do governa-dor da Bahia contra o monopólio estatal (Io petróleo, (lfi-fendida na famosa série de artigos publicados nos «Diários

Associados»? E a atitude'do ex-presidente da UDN emII de novembro de 1955, aliado âs forças golpistas e entre-iruistas ? E as recentes «caravanas da liberdade,., em quo

o governador da Bahia aparecia entre Carlos Lacerda eHerbert Lew fazendo a mais furibunda pregação golpista

.- antinacionnlista 1 Nem se trata tampouco, apenas, decoisas do passado. Ainda agora, no governo da Bahia, o-.r. Juraci sc declarou a favor da «Bond and Share , on-

tra o movimento pela sua encampação.Como se vê, os autores (lo manifesto jurarisista f«>

iam longe demais na exaltação dc seu candidato, E comisto estão drsservindo ã causa nacionalista e democrática,

Era De Grande _!. iiliiif iracao"*

UDN:UM SACO¦DE-GATOS

A fim cte reagrupar as suailo.ç-.u* e tentar aliciar novoselementos nos momentos de-ct.-ivoK que antecedem a con-

da UDN, marcada

Anunciando, cm nota ofi*ciai do Itamarati, o envio,na segunda quinzena dcnovembro próximo, de umaMissão Econômica à UniãoSoviética, o governo brasi-loiro empreendeu, afinal,um passo dp decisiva im-portáncia no sentido dor e s t a b è 1 e c i m ento derelações comerciais c o ma URSS. A medida anun-ciada pelo sr. Horácid Lá-fer alcanço», como é natu.ral, a maior repercussão emtodos os círculos, encon.trando o decidido apoio daopinião piLMica. A norma-lização de nossas relaçõescom a URSS e demais pai-ses socialistas já se con-verteu num.*, exigência prà-ticamente rio toda a na*ç(io. O ato do governo conslitui. pop isso, numa importantissima vitória das fôr-ças nacionalistas e demo*eróticas.

NOTA DO ITAMARATI

E o seguinte o texto docomunicado do Itamaratianunciando o reinicio ciointercâmbio comercial com

a União Soviética:• Na segunda quinzena de

novembro próximo, seguirápara Moscou a Missão Cu.mercial Brasileira que de-verá discutir com a_ autoridades soviéticas os nego-cios de compra e venda,possíveis, dc produtos doBrasil e da União Soviéti-ca,

As negociações para o en-vio dessa Missão Comercialforam conduzidas, pessoal-mente, [rolo chanceler HorAcio Láfer. através rio govêr-no da Polônia. A Missãoescolhida, cujos nomes jáforam comunicados, é com-posta pelos senhores:

— Embaixador EdmundoBarbosa da Silva, chefe rio

Departamento Econômicodo Itamarati; brigadeiroHenrique Fleiuss, presiden.te do Conselho Nacional doPetróleo; coronel Idálio Sar-demberg, presidente da Pe*ti obras; dr. Tosta Filho, di-retor da CACEX; clr. Renaio Costa Lima. prcsidenlcd,i Instituto Brasileiro cioCafé; dr. Ivan de Oliveira,para assuntos cambiais; sr.Euvaldo Mota, para assim*ios bancários; p sr. JoãoMilton Prates, como mem*bro-secretârio.

Os estudos sóbre a pos-sibilidacle de colocação dcprodutos brasileiros. noLeste Europeu, e aquelesque o Brasil porte adquirir.acham.se muito adiantados, e serão apresentadosdentro dc um espirito objelivo e prático .DEFESA DOS INTERÊS

SES NACIONAIS'Afinal, depois de quase

um ano de trabalho por-sistente, vejo prevalecer obom-senso e o respeito aointeresse nacional , decla-rou à imprensa o sr. Rena-to Costa Lima, presidenterio IBC, comentando o en-vio cia Missão Econômica

á URSS.Acrescentou o presidente

.lu Instituto do Café: —-i Keatando.se' as relaçõescomerciais enire os doispaises, tanto lucrará umcomo o outro. As perspee.Uvas que agora se abrempara os setores econômi*cos e financeiros do nossopais são as mais risonhas,uma vez que o Inicio dc muintercâmbio comercial cntre dois países com tãoimensas possibilidades iu-fluirá por certo no merca-rio internacional dc formafavorável para nós.

-- A abertura rie mor-cario tão importante para

o nosso café — disso ain-ria o sr. Kennlo Cosia Linia — vai assegurar me*lhores dias lambem paruos nossos lavradores, umavez que ficarão iihnrtos demaiores preocupações coma colocação dc suas safras,Poderão, inclusive, produ*/ir ainda mais, dentio dascaracterísticas rio prcxluli.viciado que estão sendo estimuladas polo IBC. o cn*mércio cio café, por seu la-do, gozará de mais prospe*rldade, Estamos, portanto,diante de uma era dc gran-do significação para o nus*so país-,PRODUTOS A TROCAR

Em esclarecimentos lmnoeirios n imprensa, umporta-voz oficial riu lta*

murnii. depois de afirmai'que hoje em dia é impo.'*,sivel ignorar a Rússia cuin.i potência o como mer*cario internacional . decla-rou que o reinicio cio inter*câmbio comercia 1 com aUnião Soviética abre a pos*sibilidacle da conquista deum grande mercado para ocafé, cujos excedentes jáatingem a cerca cie 2li mi-ll-ãe.s de sacas. Mas não sc:trata apenas do café. Afirma o porta-voz do Itnmnrali:

— Há. também, que cm-siderar que nesse novo meicario poderá ser colocariaparte substancial dc nossaprodução de cacau, algodão,óleos vegetais, aparelhoselétricos domésticos, que demuito desafogará nossaeconomia .

Em contrapartida, poderemos comprar da URSSmateriais para refinarias cprnspeção do petróleo, maqulnarias pesadas para arenovação do nosso parqueindustrial, visando colocaia manufatura brasileira cm

A Candidatura Lotte a uUnião Naciona

nivel tis- procluç 'iipaz d'*concorrer no mercado intern no'-! mal

REPERCUSSÃO NACÂMARA

(i envio da Missão Kcti"nómici a Moscou reporcutio intensamente na Cá-mara rius Deputados, ondegrande número dc repre*sentaiiles do povo vem In-laudo pelo restabelecimen-io das relações diplomai!cas e comerciais com os pai*ses socialistas.

Nu sessão da última se*gunda-felra, depois de lern nota oficial (lo Itainarali,' o deputado Bocaiúva CunliaiPTB Estado clu Rim cem*gratuliiu.se com o governopela tleci.-no tomada, Emapartes, manifestaram - seuo mesmo sentido muitosmuros deputados, entre os(piais os srs. Seixns DóriniLD.N-Sergipe i e Cremei riuOliveira tPTB-Rio Granderio Sub. Na sessão de lêr.ça-feira, falou sóbre o as-sunto o sr, Fernando San*lana .1TB Bahia I.

APOIO DOS TRA-BALHADORES

O envio da Missão Econú-mica a Moscou foi saudadolambem pelo.-, trabalhadoresbrasileiros, Reunidos lêrçn-feira última, na sede do Sm-dicato cios Gráficos, sob o pa-troehuo rio Conselho Regio-nal cia Confederação Nacio-nal dos Trabalhadores na In-dústria, os dirigentes sindi-cais cariocas resolveram, porunanimidade, enviar umamensagem de congratuluçôe-iao ministro Horáclo Láfer. As-slnalam os trabalhadores, emsua mensagem, a necessidadede serem reiniciadas as rela-cõe.s comerciais do Brasil comoutros países socialistas, es-peclalment. a República Po-pular da China.

que exigedemocráticira Lott, (representai

Nn quiriicâ.l I ll.l*SÍStC elll fisão clus l"atual, s.« ,-do inareehii-.uicliilntui:

hoje a unidade de todas as lòrças patrióticas eis em torno da candidalura do marechal Teixei-

itrn a conspiração entreguista e reacionária,Ia pelu candidatura do sr. Jânio Quadros.

¦ po o fere à intelectualidade comunista, sua po-tante clara quanto ao problema sucessório: con-

dum para que se reforce cada vez mais a coe-mu iuiialistas e populares que, no momento

iipiiihiim ii" sentido de consolidar a candidaturaI Teixe ni Lott a fim de assegurar n derrota daciiiieguista e reacionária de Jânio Quadros.

Os círculos políticos seagitaram, no principio da.semana, com a declaraçãodo marechal Lott de queestava disposto n remiu,ciar á sua candidatura,com o afastamento tam*bém cios outros candidatos,para possibilitar um ni"vi-menlo rie união nacional

Ml Cabot Quer llm TítuloO Embaixador Moors Cabot

fè„ novo 'pronunciamento'sóbre o nacionalismo. Ao queparece, este representante cioGoverno de Washington fazquestão de passar à históriacomo o mais intrometido .Insolcnte embaixador estran-geiro jamais enviado ao nos-so país. É éle o .único Che-le de missão diplomática cre-deliciado no Rio oue tomah liberdade de pronuneiar-.sepiiblicamente sobre questõesinternas brasileiras, . de uti-lizar-sc da imprensa comoinstrumento do pressão sobreo Governo brasi'eiro. F. nãoapenas se atribui essa liber-dade, como não lica a mini-ma importância os criticasque, na imprensa e na Tri-buna ria Câmara, lhe sfto cli-rigidas per essa condita.

Nfto nos interessa absoluta-mente discutir a ouinião pes-soai d0 sr. Cabot sóbre cs

problemas sociais, ele temlodo o direito de pensar se-gundo os princípios ideolo-gleos do imperialismo a que.rieve obediência. Mas 0 Sr,Cnbot é aemi o Embaixadorde um Governo estrangeiro,e tudo o que di.7, e faz apa-rece nos jornais e é acredita-do como sendo fala e iiçáodo Governo a que represen-ta.

Dessa forma, quando o srCabot exerce aberta pressãosóbre o nosso Governo paraque se abstenha de intervirnos frigoríficos americanos

ôle está exercendo uma ati-vidade que um governo sobe-rimo não admite, _ quandofaz acompanhar essa pies-sá0 por declarações públicasc< ntra a política oue inspiraa intervenção — o naciona-lismo — sua interferência emnossos negócios passa a cons-tltuir uma ofensa a dignida-

d,, nacional, O revisor cio•Diário de Notícias" esque-ceu-sc de riscar o nome do"USIS", ao pé da notícia pú-blicacta sobre o último pro-inmciamento do Sr. Cabot. oque constitui uma prova ciecpie o caráter oficial dessa ir.-intromissão ianque cm nossosnegócios internos é aindaformalizado pela atuação rioserviço rie relações públicasda Embaixada. Até quando oGovêiBo brasileiro toleraraessa limitação cie sua sobera-nia?

ASSINE'"NOVOS •RUMOS"

na campanha sucessória.E as mais diversas inter-pretações foram dadas aogesto do ministro ria Gucr*r r.

il" bem conhecida, semnúvida, a atividade cios sc-ores reacionários rio PSDo rio governo, empenhados,desde o inicio ria movi-mentação em torno da su-cessão presidencial, em im.pedir (pie a batalha poli-tica das eleições seja Ira-varia em termos dc lulaentre nacionalismo _ en*treguismo. Defendem eles,sob pretextos os mais vá-rios a fórmula de -uniãonacional . através ria qualconseguiriam o afastamoii-io dn candidatura Loit.considerada nacionalista eextremada Essa fórmulanão pode. evidentemente,ser aceita pelas conciliespopulares, já que procuraevitar nina vitória nacio*iialism no pleito.

Acredita-se, entreta n t o,que, ria parte do marechalLotl e dos círculos que lheestão mais próximos, nogesto rie renúncia, anun.ciado de maneira a provo*car um impacto emocionalexatamente quando chegaao Rio o sr. Juraci Maga-Ihãe.s c se prepara a con-venção nacional da UDN.existe a intenção de en-fraqtiecer a candidaturaJânio Quadros dentro do

CENTRO DE ESTUDOS E

DEFESA DO PETRÓLEO E .

DA ECONOMIA NACIONALCONVOCAÇÃO

Na forma dos Estatutos '! 1' e í '-• rio art. "i" <• art.ini. ii i, convoco os associados para a Assembléia deralExtraordinária qnc se realizará no próximo dia 2R, se-gunria-feirn. na Avenida Nilo Peçrfnha, 12, sala *I2G, em1* r 2v convocações, às Sh .. Sli ,.0m, respectivamente, eem _", âs ü horas, u fim dc deliberarem sóbre a seguinteOrdem do Din:

1* llelalório da Comissão Diretora.*_' —Eleição para renovação da Comissão Diretora et

do conselho Consultivo (art. 4', b.ri)?-,-> Concessão de títulos honoríficos (art, 4», \).Dp acordo com a resolução da Diretoria, as eleições

_r i «ilibarão rins nii âs 19h rios dias 2G, 27, e 28 rio correu-te, no local acinuiItio d" Janeiro. 21 rie outubro rie 1Dã!)

General Felicíssimo CardosoPresidente

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*, elielill

para 1 dc novembro, encon-ini-se no Rio o n\ JuraciMagalhães, o governador daBíilllll Hão revela o menorilial de recuo nas sua-, pre-

tensões ilt*; comparecer :i con-venção ucíenista disposto nexigir do seu partidu que secl"!ina por sun coiidldiitura,considerando que o reu con:-petirior e um e [milho ao.*quadros udeiu ta-,

A presença cio *i. Juracinc-ia capital e sua anuncia-du viagem a Sáo Paulo eMinas Gerais, com o objetivodc conquistar novos apoiosentre os convencionais ciaUDN, c/ão unia maior pró*fundlclade a crise em que ••'debate a "eterna vigilância"E Indisfarçável o ti ,nui- com ,que, as vésperas da COIIVCU-ção, se conduzem os elenien*tos janistas. Isto se nianife .«inclusive na agressividade,cada dia maior, com que o srCarlos Lacerda, *v refere ac-partidário.- dc Juraci.

A crise ucreni. lu agravou-se ultimamente também emface, cia resolução adotada naconvenção do PDC, lançandopara vice de Jãmo o nonado sr, Fernando Ferrari,quando os compromisso doex-governador paulista eramno .sentido de fazer de umiidenista o candidato único cie

. ua chapa ao segundo postoO juracisistus, como e obviovêm procurando tirar locioproveito deste fato, apresen-lando-o como um exemploconcreto da falta de serleda-cie com ipie se conduz o sr.Jânio Quadros em lace rieseus aliados,

Apo.ir iii* tudo. permiuiecfla crença cre, que Janlo vençaa convenção. Nesse sentidoinflui decisivamente o traba-lho sistemático que vem sencioleito pelo presidente da UDN,si Magalhães Pinto, que o sr,Juracj já acusou nbcrlamen-le de tê-lo traído.

Fora De Bumo.

partido oposicionista. Seio-res do udenismo ainda va-eilniites na escolha qtie de-verá ser feita entre Jânioe Juraci, poderiam vir «cinclinar-se ante a muriaii*ç,i de perspectiva, paia oapoi,, ao governador baia-no. E, qualquer que fosse,o resultado da convençãoudenlsta, a candidatura deJânio resultaria enfraque-cida ao mesmo tempo queJuraci receberia coberturapara não aceitar unia de*cisão dos convencionais aéle desfavorável e para de-cidir-se pelo apoio â can-dirialura Lott.

Repelindo, como afirma-mus (le inicio, unia uniãonacional (pie constituíssemero biombo anlinaciona.lista, as forças patrióticasc democráticas, agrupadasem torno ria candidaturado marechal Lott, só pode*riam aceitar outro encami-nhamento para a sucessãopresidencial que tivesse co-mo base um candidato queefetivamente insp ir a ss econfiança ao pov0 e apresentasse uma plataformarie indisfarçável conteúdonacionalista. Qual q ti e runião de forças políticaspara apresentar outra can-clicialura só seria ariinissi-vcl sem a mácula entre-guistn da pretensa uniflonacional <|os reacionáriosrio PSD.

RAIMUNDO NONATO

Citando Mnritain, o sr liustavn (orça,, escreve,num de seus substaneiosiis artigos vastamente rierrn-macios pelas páginas* dos gruiiries jornais, que numa ci-vili/aça.i marcaria pelo impacto do emplrlsmo Iodas iwniiçòi-s lindam Imralhiula. ou subvertidas. Certo, emparle. Só faltou (pie o articulista humildemente se si-tuasse nesse iniuidii marcado \n-i,\ impacto riu empirisino.

* * *

1'mvii de qne as noções undiuri baralhada, n,, mun-rio dos torções'.' \'i«jii-se u grilai dos illiniigus do lisflll-lu, (Ins homens que acuwim a cidade (a pobre Hilárionem carne, sem pfto e sem água | ile atrair pèrfidamen*t« im que vivem a vida bucólica.

Seni ti..i adiil'ávi'1 iLssiiu o bucollsiuo iihcI.iii.iI? Nomesmo niimero riu jornal em cple sai o artigo ilo sr.CiirçAn lemos uma re|mrlugeni sõlire ;i vida às murgeit..du Silo l'*ruiieiseo. líelerinilo-se iVh mulheres e meninasque plantam o urro/, amargo em terreno lamacento, oreporte.» fa/. n apresentaçAo: maltrapilluis, sujas, ves-les eilchnreariiis, freqüeiilenieiite buscam no álcool ener-gla e conforto, mães e íllhiw compartilhanrio dn mes-ma garrafa de aguardente, crianças magras o estarra-padas, trabalhando bêbadas nus iirnizívls de ProprlA.I nia Iragéilia pior que a rio filme de Silvaiia .Mangam».

• *

Mas lia, dr ( nrçíiu, o miiiicli- criado através rioeoinbute ao omplrlsmu, ao baralluunenl. de eoneeituse principallilenle á miséria, KIk porque Kruschióv, re-cebenrio há (lias, em .Moscou, uma rielegiieão de eolco-símios e eolcic/.iaiias, observava: «Km ness,, pais n mu-lher toma parte ativa, eom si*u Irabálho. na edificaçãoda nova sociedade, Hapa/x-n e moca*, trabalham ladoa lado nos eam|Kis, hanuoulosumeute, (« suas canções•*_(» ouvidas onde quer quo ^e vá».

** * *

Knt.retanln, o >r .lâiiio Quadros, nuils pes-ílmistaque o sr (.'urçAo, fala. num flagrante barnlliaineiito ileconceito, da «demoeraeia (pie se f('; procurar em Pis-tola»; chom em plena convenção demoerula-eristã do1'alliclo '1'iraclentes; Inviieaillln em vão o santo llomode Deus, pi«rguiita-lbe pretensinsaiiiejlte por que lhe deu:i missão que está tlesempenluindo. Por fíiti elogiou ilis-eretainente o infiro Ferrari, candidato <( companheiraseu, nu eunclldiilura,

* *

Jânio recorda o eeniileri,, d,- 1'istõia. Nas ações be-rõieas ria FKB sõ viu u morte .. Ferrari, o candidatoa candidato a vice, quando mfiço, entre ítiilo-fascista»da reglâii colonial rio-grandeiise, escreveu, sem extra-vasar os limites de seus recursos, «IO os sinos nâo do-liraram», em resposta no livro de Ileiningway. sobre o»republicanos ria Espanha. Ainda menino, exercia u mis-são antipática de bater "mu sinetn que não dobrava, ado ginásio rios Maristns de Santa Mario, par» avisar otini ilo recreio. Era alcaguete dos padres.

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PAC.NA * NOVOS RUMOS 23 a 29-10- 1959

NOTAS SOBRE LIVROS TEATRO NACIONAL EM NOVO RUMO :4

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O personagem central do romance de Afagou, queestamos comentando aqui, não é o Ki i, não é nenhumpríncipe, nenhum conde, nenhum marechal, nenhum grão-senhor, mas uni jovem tenente «le mosqueteiros a cavaloda Casa do Rei. Chama-se Teodoro (lérieault, nomo vor-diideiro de alguém que existiu nn vida real, o pintorGéricai.lt, que se tornaria famoso como pintor <!e cava-los. Teodoro Gérieault nascera cm 17:'l e estava, poitnn-to, com 24 anos, naqueles dias da seiiiiiun santit dc IM'«.Seus colegas de farda o respeitavam justamente pur suasexímias qualidades do cavaleiro — o cavalo ei a a muipaixão.

Logo às primeiras páginas do romance cie apareço«m meio à confusão e íi expeetu.iva ((.rc reinavam nuquartel dos mosqueteiros, e ai i avessa todo o volume, vi-vendo intensamente, ns mal-aventunis da fuça ignominio-sa, participante e ao mesmo tempo espectador «Ia tragi-comédia. Pode-se dizer, também, que Gérieault represei.tae encarna, no desenrolar da narrativa, a teonsciençi.".»em processo de formação que constitui a medula «lo livroo lhe imprime um claro sentido revolucionário. _

Outros jovens oficiais — e também alguns civis —aparecem no romance, com pronomes familiares, umAlfredo, um Agostinho, quo nada nos dizem de início eque depois descobrimos serem personagens dn realidade,homens que o destino levaria n grande altura nas letrase na politica: Alfredo cie Vigny, Agostinho Tierry. Outrocaso desses é o de um jovem orador de praça pública,um Sr. de 1'rat, mais adiante identificado como sendoAfonso do Prat de Lamnrtine. Estou citando estes per-sonagens para acentuar o quo há de audacioso ua niam i-ra p»la qual o romancista resolveu o problema da roe-xistência no romance de pessoas reais e personagenspuramente imaginárias — e ainda mais, repieseiilando,umas e outras, cenas e episódio.- inventados pelo autor.Este saiu-se brilhantemente da prova, pois tudo se enlru.sulogicamente e harmoniosamente no conjunto da narra-tiva, sem quebra de verossimilhança e tampouco sem ne-nhuma feição de cópia histórica da realidade, ainda quan-do esta é representada por homens de existência históricareal.

Teodoro Gérieault e Agostinho Thierry discute.!, po-litica e arte — e discutem acaloradamente. O jovemAgostinho, discípulo de Saint-Simon, havia publicado umensaio sôbre a reorganização dn .sociedade européia. Teo-cloro está impaciente, irritadiço, desinteressado dos pro-blemas políticos. Teria que partir aquela noite, comooficial da tropa de segurança da Casa Real em fuga, eo que mais lho interessava era saber se o seu cavalo su-portaria a marcha forçada a encetar dentro do algumashoras. Para o diabo a política! Mas Agostinho, se b - ique aparentando timidez, não se dá por vencido e levaa conversa para o terreno dn arte. Aí n pintor fiéii-cault está no sem elemento próprio — e aí êlc se esquci-ede Napoleão, de Luis XVIII, cia confusão reinante emParis, da fuga iminente, da marcha forçada, de tudo,para só ver, sentir, pensar, falar pintura.

Suas idéias sôbre pintura merecem um comentárioà parte, o que furemos da próxima voz.

"FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA"Curso, no ISEB, sôbre neo-tomismo, materialismo

dialético e existencialismo

ASIR0JIIDO PtMIRA

REGISTROStiu muitas as coleta*

u-as de poemas a regis-Irar, e de algumas vol-1;.rei possivelmente acii'u|iar-iiie, uoútrn opor-Umidade,

Murilo Mendes — Poe-.«ias (192Õ-1955), LivrariaJoué Olympio Edltóvu.Tiatn-se da reunião numsó volume de toda a obrapuélica do Murilo Men-des, datada de 11125 a 1955.

Mauro Mota — Os Epi-tá fios (Poesia). LivrariaJosé Olympio Editara.

ReynaVdo Bairin — OTempo de Cansaço (poe-mas de 19-1!> a 19">7). Li-vrarin Martins Editora,

Abelardo Romero — OAlegre Cativo, Poema».Kiütòia Revista Branca.

L, de Paula Lopes —Pequenos Poemas. Tip.Haptista de Sousa (Edi-tülVí), Riu.

Rolando Roque da Sil-va — Roteiro do FilhoPródigo. Im redução dcMário Donato. Clube dePoesia, São Paulo.

Fernandes Mendes Yi.in-na — Marinheiro no Tem-po e Construção no Caos.Poesia. Editor Simões.

Stella Leonardos — Po-ema da Husca e do En-conlro. Livraria S. José.

David Carlos Meiiii.-ke(Juaiiras. lnd. Bel-

Gráfica.Pedi-o Paulo Gava;-/.o!ii

Silva - Madrugada lu-decisa, Gráfica Aiuiig-boia, Niterói.

José Maria CerqueiraRetirantes do Linibu.

Edição Irmãos Pongetti,

V BIENAL - IV

A Associação das Diploma-dos do ISEB (ADISEB) es-ia promovendo um curso fo-bre "Fllofófia contemporà-nea", que abrance: neo-to-mismo, materialiimo dinlclicoe existencialismo.

O curso foi Iniciado no cKalfi filiimo, tendo o padre Wil-sua Lopes cios Santos pronun-

ciado a primeira conferên-cia sobre neo-tomismo.

Dia 30 próximo, inicia-se aparte de materialismo Yií-tie-tico, que abrange quatro em.-ferôirlas e e-tá a cargo deJacob Gorencler.

As conferências e.stâo sendoprenunciadas no nuditóriu cmISEB (rua chi' Palmeiras 55,Er.'r.fo,'-oi. ;':.• te ci - c .ext.is-I irai, às 20.30 horas.

•TC IfÃTRÍfitA TORRE DE MARFIM"

Um dia desses, lidando o rádio na hora de CENASE BASTIDORES, programa tle tea iru criado por Laví-nia Soares e Souto de Almeida, ambos cin viagem cieestudos pelos Estados Unidos, ouvimos uma entrevistadc Bárbara He lindo r.a, c|iie os substitui, rum Maria ClaraMachado. Não é preciso elogiar Maria Clara, como pro*fessôrn, diretora e escritura de peças infantis. Todos aconhecem. Mas ciiusiiu-iios alegria ouvi-la falar de seusplanos, de seu desejo de realizar um teatro que vá ateii povo, realmente, de sen propósito de ir mais além dnspequenos conflitos pessoais, dos dramas carregados deproblemas mais ou menos freudianos, lão ao gosto deuma pequena-hiii-nuesia freqüentadora de teatro, Hesuas palavras nos lembramos enquanto assistíamos a«TrtRKR DE MAlíFI.M . em-eiuirin pela Cia. Tònia-Celi*Autran. no Teatro Mesbla, A peca é de autoria de KlcherFernandes, jovem autor de quem já falamos aqui, aonos referirmos ii sua peca infantil *A ON(,'A E O BODE».«A TORRE DE MARFIM» mereceu o primeiro prêmiopara peça dramática, nu concurso instituído pola citadacompanhia, uo ano passado, No mesmo concurso, Klebcrganhou ainda duas menções honrosas. Não sabemos seesta é sua primeira peça dramática e em três atos Senão é a primeira, será uma diu primeiras, pois se trata deautor muito jovem e, poria..io, com todos os defeitospróprios dos que se iniciam im gênero dilicilimo, Temqualidades, ólinins, Mas ivio escapou ao defeito númeronm nos que começam. Friiecialmenio se anteriormentese dedicavam a mil ro gênero literário, detalhe que ijrno-ramos com referência a Klcher. Em suma: peca por umverbalismo desnecessário. Dia virá em que o jovem autoratinja a situação ideal de apresentar o máximo de ação.com um minimo de palavras, Por enquanto, sentimos quese fosse feito um corte de todo o supérfluo, deixando oessencial, a peca ficaria reduzida a nm nu dois atos. Oassunto tratado é escabroso: o homossexualismo, E foio que nos levou a recordarmos as palavras de MariaClara. Não é lema de nossa preferência, mas nãn pode-mos negar que o problema exista, E mesmo cie maneiraa preocupar educadores e responsáveis pelos destinos dajuventude de hoje, Tratando cie assunto táci delicado, oautor o fêz de maneira a deixar bem clara sua intençãode ajudar a resolvê-lo da maneira mais humana. Nãovisou o escândalo, o êxito fácil. Sente-se que, fiel a seuspropósitos de «incentivar ternuras», êle arena para osque se encontrarem aniquilados pela vivência dc um dra-ma idêntico, com a possibilidade de recuperação, atravésda compreensão, a solidariedade, a confiança da capaci-dade de recuperação do ser humano, quando amparadoe estimulado. E amparo, estímulo, coragem e energia éo que oferece ao fraco e vacilante jovem, n companheiraamadurecida na luta, na solidão e no sofrimento. Claroque tanto o tema como os personagens se ressentem dainexperiência do autor, faltando-lhes ainda uma certaforça, maior consistência. Mus se. Kleber Fernandes con-tlnuar — e estamos certas de que o fará — ainda nospoderá apresentar grandes coisas.

BEATRIZ BANDEIRA

"Eles Nâo Usam Black-Tie"(Reportagem de BEATRIZ BANDEIRA)

' IlanfraiH-esco < luüi nieridefiniu .«ua peça, como

uma tomada de posição .E essa lomada de posiçãoleva-os (ao autor e seus in-têrpretes) a apontai unicaminho novo e (, únicoa c o r t ado, ao movimentoteatral brasileiro. Quero*mos e podemos ter um tea-tro realmente nosso, Queexprima nossa realidade,que exponha nosso*; pro.hlrman, que indique nossassoluçOes, Dramas, eoníli-tos, assuntos alheios à nos*sa realidade estfto supera*dos e não nos interessam,f-.sses jovenR intérpretesque amam, brigam, lutame sofrem, quase misturados com o públicro, não fa-zem teatro para exibir ve-cletismo. Nem para derivarconflitos e fugir aos seus«haminhas pessoais e lntI-mos. Procuram, através daarte dramática — sua f"i-ma de expressão — captaie transmitir aos homens nsproblema* e lutas de ou-tros homens. Aqueles que,em verdade, mais necessitam de solidariedade P decompreensão.UM LABORATÓRIO DE

NOVO TIPOProcuramos O d u v a 1 rio

Viana Filho — 0 Vianinha— para que nos contassealguma coisa sobre as atividades e planos do Teutro de Arena. E emie nósdois se desenrolou o se-guinte diálogo:

— Quero agradecer n vo-ces todos do Teatro de An-na a emoção qitc me pro.poreionaram com a peçadr* Guarnieri — iniciamos.Era interessante rie ver-se

o grande número de subo-ras que. por sua condição

KHHHflH^tt^ ^'M^&^M^m^^S^Smm^mmm

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(>s iimãofii Diice e Fiávio Migiiacio —os adolescentes de «Eles não usam bla-ck-tie» — com I^lia no papel de Romana,

social, jamais s<* preocupa*ram ou se interessarampor uma greve, cliorundo esofrendo com os problemasde uma família proletária.Justamente, o alto valor. digamos, didático dapoça de G, Guarnieri é és-se: leva o espectador a en*carar os problemas sociaissob um ponto de vista jus-to. O operário grevista dei.\;. de ser um indivíduoque age pelo prazer gra-luito de insuflar a lutn declasses e prejudicar ao pa-não botuinho, mas umapessoa humana que lutapela própria sobrevivênciae de sua família.

K que sabe que só

OS DMESSMSrJIS r»EVA FERNANDES

L

A Aleniauha Ocidentalapresenta, ao lado de unia(¦pieçáo de sua produçãoatual, uma exposição especial

c edlcadfi ao Expiea íonlsmo,ou melhor, a quatro destaca-<H's representantes - pioueiiosriesüa tendência, tidos inte-ü rantes da famosa "KGB.uecke" ("Comunidade Ar-indica 'Ponte' "..

Temos trabalho,- de Heckel.Schmltd-Rottluff, Kirclmer.Otto Mueller e Nolde. Narealidade, a pequeno exposi-cão talvez chegue u c/ecepcio-nar o visitante, ávido de en-trar em coníati ,-om obrasoriginais dos famosos ex-presslonlstas alemã es. tanta.-»vê?.e> citados pelos críticos ttpelas Histó ias dn Arte. Sáo(.'tadros pequenos, quandocomparados com a? dimer,-S.Õ0S cia media chis telas ex-liuta-* rm Bienal, o que, alia»,também acontece em relaçãoás obras de Vau Gogh. E, seiíAo tivermos em mente ascondições históricas ri:* suaerigem, nfi-i lhes poderemosapre lar ci valor c o signili-cacio.

O movimento ani-aico quedesignamos por Expresslonis-mo, como antiteíe ao Im-presaionlsmo, é a sranrie con-trlbulç&o alemft no de.senvol-vimento da arte morte, na,ripesar da influencia exercidasobre os e.xpresstcmlstaa porVan Gogh, Gauguln, EdvardMunch, Inicialmente, e. pos-teriorniente, prrlo. Fauves.Não deve a Expressionismoser Interpretado como umrealce do elemento expressivona arte, elemento esse sem-p;e presente nn criação artis-tica de todo-, a? tempos, OsExpresslontsmo, como teu-dòucla artística das duas pri-meiras décadas do século XXprocurava em vez, de repro-ciuzlr os fenômenos exterlo-res da natureza, a expressãoda essência da* coisas e ooHomem, utilizando-se doscontrastes fortes, dos contor-nos duros para aumentar osvalores emoeionaLs. "A ml-nha meta fora, sempre, ex-prlmir :entlmentos e expe-rli-ncias por formas grandese simples e covas limpas",c.-izia Klrchner ein 1937. Emsua busca do Verdadeiro «do Primário, procuravamfontes pa'a a sua Inspiraçãolonge de tudo que pudesselembrar o acadêmico, volta-vam-ie para a arte dos po-vos primitivos da África e daPcilinésia, as xilogravuras gô-tlcas, que Interpretavam co-mo uma confirmação de suacorvrepçáo de arte, a tam-

bém í arte emocional áe umGrticnewald e nm Greeo,ambos redescobertos pela vi-são expresKlonl.ua.

Os e^cpr essIonLstas tlnruimtendências antl-capitaltviu*e um dos seus porta-vozes, opoeta Theodor Daeubler, for-mtiloti o seu aiaque contrao capitalismo da segunda me-t.ide do século XIX que che-kh'..i a degradar a arte,transformando-a em meica-coria: "Ânsia de lucro, vora-i idade sem limite na compe-lição são Css maiores culpa-cia" e Max Peoltótein decla-tav«: "Arie nâo é brinoadei-.a mas unia obrigação paia«rom o povo, e uma causa pú-blica".

Os artistas da "Ponte",mais ligados ao mundo ob-.letivo, a realidade do que,por exemplo, os do grupo'Cavaleiro Azul", deixaram,realmente, um legado daobras Interessantes, fones,cai regada.; de emooSo. Toda-via. fazendo um balanço domovimento e x p ressionista,rliegamos á conchMo que,na realidade, a sua renova-çAo, a sua revolução limitou-se a uma modificação dosmeias formais, deixando dclado a renovação cio conteúdoda obra. Os expre«viont.st&ssofriam as contradições dasreiedntíe, na Alemanha gul-lhermina e na Alemanha queacabaria nos braços do na-üismo, e procuravam opor-se como artistas, procuravammesmo íoluclonav. a im»maneira, tais contradições.E nisto reside a tragédia des-sa "arte revolucionária". Co-mo idealistas subjetivos lu-lavam a favor do irracionalcontra a lógica, em favor cfoprimitivo contra a civilização.Piocuravani a Ingenuidadedo homem primitivo, mas ln-teleetuallzavum-se em refi»namentos de meios formais.A teoria e a prática doi ex-presslonistas nfto constituíamnegação da ordem socialanti-humanlstica; resultaramnuma revolta híbrida e in-con. equente ou, mesmo, nu-ma fuga. Fuga ess» que en-confiou su a expressão maiseloqüente no Abstracldntenio,cujo pai, Kandinsky, * filhocro Expressionlsmo Alemão.

A exposição especial dosexpresslonlstftõ serve, pois, deligação entre o post-impres-sionismo de Van Qogh. • *produção artística coAtempo-ittnea, tal qual * apresenta»da pela Bienal, facilitando-nos a compreensão da gênese

dessa art*. mostrando-nos ,i-suas raízes estéticas e. inevitavelmente, social:.

Na verdade, não foram o;componentes ci-a "Ponte" o*precursores diretos Oa.- atuaiscorrentes nào-flgurativas, Re-presentavani eles a correnteexpi essionlsta ligucia ao sen-i.ido humanistlco da arte. aocontrário do grupo "Cavalhei-ro Azul", de inspiração nleí-/scriieanB. a que pertenciaKandln-ky. O nazismo \eii>interromper o desenvolvi-mento artístico da Alemanha:muitos artistas tiveram cieabandonar sua pátria, outrosdeixaram ce trabalha'.-, Er;i'--colar a rc. peito ae um n..'*-4ivel desenvolvimento cia cor-retire expressionista >ob eon-(lições mais favoráveis seriaocioso. Todavia, e dupla-mente lastimável não podei-mos apreciar, nn Hiena, aprodução da República Dc-mocrática Alemã para podei-mos comparar a evolução, naAlemanha rocialistn eca me.--ma herança cultural

existo unia forr«ia de obteruma vida melhor e maisdigna paia os seuv: lutarorganizaditmciite, cum seuscompanhoiros cie trabalhei,integrado em sua classe...

Kxato.Vocês atingiram um

nivel de interpretação muilo bom, Vianinha. É sur-preendente n amor. a ver.«ladeira paixão com que vi-vem seus personagens,

P1etiltncnte, essa é uos.s,i niaior preocupação: vi-ver, sentir o personagem.Nao creio que <> tenhamosconseguido aindn. Isso não«'• fácil c nos impõe umcuidadoso estudo do per*sonagehi e suas reaçfles,além da constante preo-ctipaçãu d(* apresentarmosuma maneira de represen-tar verdadeiramente mos-sa*, autêntica. Paia iss0 t«'-mos o que chamamos o l-a-boratório de Arte Diamáti-ca, ci ne funciona entrosadocom o Seminário de Dia-niaturgia. Este nos fornece,, material a sei testado:ce.jias das. (HJÇas dc atilo-les novos, cuja montagemjá foi aprovada.

Gostaria que você mecontasse alguma coisa sô-bre u Seminário c- seu fim.cionameiuo,

Bem; paia sei mem-bfo cio Seminário com cii-relto, naturalmente, à dis-cussuo, é necessário ter es-crito pelo menos uma peça.A freqüência, entretanto, èfranca, Atualmente dispo-mos de onze elementosatuantes. Pretendemos or.ganizar o Seminário aquip fazé-lo [uncionar ao mes-mo tempo que o de SanPaulo. As cenas, a compa-súc.-íio dos tiinis. ;;-* falas,tudo e testado no Labora-un io.

Com rssa iniciativavocês estimiilani e favoreccin u aparecimento de no-vos ,'iulores e, conseqüon-leniente. ,, surfilmento (|"unia dramaturgia nacional.Nfto lia dúvida. t> T. A.marca o início dp uma no.va fase no movimento tea-trai brasileiro, Vocês, que

compreenderam a vpi da-deira função social do te.a-tio, precisam atingir tmipílímeo maior. Cortaria devè-los representando ftq;;arUrre,' ou em 'locài«t "niaish mplosrrr

Já temos alguma e\-periéncia nesse sentido, Nointerior de Sfio Paulo rea-li-ram o* espetáculos em cii-co e em praças «rom umaasnslêiiein que chegou afi.000 pessoas em São Josédo Rio Preto.'

Quais as próximas pe-ças a serem apresentadasaqui? K qup planos têmpara o futuro?

Planos ternos muitos.As próximas peças serãowChapetuba F. C, de mi-nha autoria, e '(«ente cn*nio a gente* de RobertoFreire. Gom essas peças fi-earemos no Rio, enquantotivermos público. Ao mes-mo tempo, parte cio grupopermanecerá no Tentro deArena de São Paulo, pie-sentnmente levando a pecade Kdy Lima <A farsa «Iaesposa perfeita-», dirigidaponAugusto Boal. K .o Sc-miiiário incluiu em seuprograma um empreendi-menlo de grande* responsa,hilidade,; estamos fazendoa adaptação d0 livro deGondin da Fonseca «Quesabe \océ s-óbrn petróleo'' •

ótimo. Caria vez maisme convenço de qup o Ten-tro de Arena deveria serconsiderado dp utilidadepública. E receber uma boasubvenção oficial pataprosseguir em sua tarefa,altamente educativa.

fl iliálotjo podia prosseguir, Mas o espaço no i«-i""nal ê limitado...

Sôbre o espetáculo emexibição rio Teatro de Are*na, rua Siqueira Campos.IM, falaremos em nossacoluna de Teatro; Quantoft peça --Eles Não UsamBlack Tíe-, as.*tm comotumba -. de G. Guarnieri,

poderão s*r lidas na revi»-ia clu SBAT — Alui. Barro-so, 97 •,'',." andar.

0 MUNDO QUE EU VIÀ PRAÇA VERMELHA ENEIDA

ATo domingo seguinte ao encer-lamento do Congresso fumos couvi*ciados — os escritores estrangeiros —para visitar o túmulo de Lenin.

Escrevi no meu diário: Lenin eSialin parece que estão dormindo umsono muito calmo. Suas mãos pou-sadas sobre o peito parece que vãofazer um gesto, uma saudação; suasbocas, quem sabe? vão darnos asboas-vindas. Em torno

'deles. nos.jai-

dins que cercam o monumento, sáolembrados, entre flores, os grandesmortos da Revolução dp Outubro.Saudei, comovida, a placa que cem-ta: homenagem aos restos mortaisde John Reed, o repórter americano.Jamais esquecerei seu livro munili-almente traduzido «Dez dia*; que abalaram o mundo*.

Há sempre flores frescas na en-trada do túmulo de Lenin o sempreiima multidão em fila para visita-lo. Pergunte) à inl«*-rpreto:

No inverno também há floresfrescas?

Também. Só que elas ficamcobertas de neve.

E essa gente de onde vem?Das. outras repúblicas soviéti-

cas, dc países socialistas; há tam-bém turistas do mundo todo.

Assisto à mudança da guarda dotúmulo. Perfilados, erectos enluva-dos e de farda Irrepreensível, dois

soldados guardam o túmulo. Sâotáo impassíveis que, olhando-os riecerta distância, parecem estátuas.Lm toque inesperado dc cometa soade quatro em quatro horas. O ritualria mudança ria guarda se processacomo num espetáculo.

Qaundo, na manhã seguinte \"minha chegaria, atravessei a. P.raçaVermelha em direção á grande sala

'rio Kremlim, onde se roajizqu o.Con-.gresso cie Escritores, dezoito garotj-.'.nhos recebiam o lenço vermelho depioneiros e prestavam o juramento.

O que-prometem? Estudar muito,serem cultural e fisicamerlte fortesna defesa do socialismo, cia URSS.

A Praça Vermelha é o coraçãocie Moscou. Ali s;e desenrolaramgrandes e definitivos movimentos. Foiali que, em 1917, travou-se. a lutaarmaria rios operários moscovitas pe.los Sovietes, E' ali que hoje se rea.lixam as grandes manifestações po-pulares. Se a Praça Vermelha é o

coração cie Moscou, o mausoléu deLenin é o coração da URSS.

Enconlrando-a pela primeira vez,uma grande emoção se.apoderou detmim. Afinal, me fora dado o direitode ver aquilo que tanto conhecia ttanto amava.

Jamais esquecerei os dezoito pe-queniuos pioneiros.

Page 5: CARNE: A - Marxists Internet Archive · pectivas que se abrem com o intercâmbio econômico entre o nosso país e a União Soviética. ... Essas agências — que são sucursais dos

23-1 If.íO--'1H9 NOVOS RUMOS PÀ€INA 5 -

A pretexto de cumprir aeérdo salarial

LABORATÓRIOS FARMACÊUTICO!TRAMAMNOVO ASSALTO A ROLSA POPULARUni novo golpe vem sendo

trumado abertamente contraa wonomia popular. Trata-se,agoi», da elevação dos pre-ços rios mediicanieiitos. Osgrandec laborai»: ios rie pio-duto* farmacêuticos i entrooa quais o Parle Davi? Inter-• meiican Corp: o Thp Siri-ney Roa.-; Co., fabricante de•'melhorai"* afirmam que «npagarão o aumento salarialdt «eus empregados rlepoi.-»«qne forem reajustados o*preço* dos medicamentos.

Oa trabalhadores em pro-cintos químicos e faimacéuti-cos ito Distrito Federal, alia-vês do acordo lirmario com<•* representantes patronaisem julho último, conquista-ram uni aumento salarial rie30'r, com um mínimo rie2 200 cruzeiros, a vigorardesde 1 de agó io rir 1».-)».Ja na. época o aumento d*considerado Insuficiente pp-io« ope.ános. que »e mostra-vam dispostos a li A greve,em defesa de um niininio úe3.*>V A proposta conciliatória.

OS TRABALHADORES NÀO CONCORDAMCOM A MANOBRA E EXIGEM O PAGAMENTO

DO AUMENTOentretanto, acabou .sendoaceita por ambas a- partes.

Agora, sob a alegação deque os preços dos produtosnão lorain aumentados, cercade 90!,< dos laboratórios senegam a cumprir o acordoqup viria beneficiar mais deio mil trabalhadores,

O mais grave de tudo iso.segundo denunclarõ >r. Flo-riano Maciel, presidente emexercício rio Sindicato dosTrabalhadores em ProdutosQuímicos e Farmacêuticos, eque muito.» laboratórios já seencontravam coin as fólhnsde pagamento atualizadas,prontos para efetuar o au-nipnio dos salários-, quandoreceberam Instruções óo sr,Ataliba rie Ca.-uo Júnior,presidente rio Sindicato Pa-tronai, para que suspende»-

• em a efetuação da melhoria

salarial, ai* que iõsse COlMí-liiiida a autorização para ele-varem os preço* dos pio-dtltos,

A denúncia dos lidere.»,sindicais, que afirmam, so-bre.Uid'0, estarem o> labo.aio-rios em condições de efetuaro cumprimento do acórrio sa-lanai, sem nenhum aumentode preços, p plenamente cou-Urinada pela» firma» SilvaAraujo Roussel, FranciscoGiffoni, SS. Deniiil e Sarsa,que já e»tào pagando o.**, no-\o.» salários aos seus empre-gados, sem que para tantoipilham elevado o preços dosseus produtos.

A manobra é ela:a. Os la-boratórlos, que gastam somasfabulosa.» em programas pu-blicilários de rádio » televi-sáo, preteiurem se valer ria

reivindicação do.» trabalhado-res para multiplicar os seu»grandes lucros.

Os trabalhadores, encon-iranrio-sp em siiiiação ver-dadpirainpiiie desesperádora,não escondem o seu propósitoi:e optar pela gieve. a fim dtobrigai' os patrões a cumpri-rem o acordo firmado em ju-lho último. Es»a questão serádecidida na a-.-enibléia pro-gramada pa.a esta sexla-fei-ra. dia 23, á» IU horas, naserie co Sindicato dos Téx-leis. onde os empregados emprortiuos químicos resolverãose desencadeia ni a gieve, ou.-e requerem o dissídio cole-tivo. Sabe-se. entretanto, quea tendência ria maioria t paiaa decretação oa greve. Amaioria dos dirigentes sindi-cais da corporação vem semanifestando pela concessãore um prazo de lu dias. apartir do dia 23 do corrente,paia que os patrões cumpramo acordo, Findo Ésse prazo,.-e o aumento não fôr conce-dido, a Rieve será deflagrada.

A BATALHA DOS SALÁRIOS

MARÍTIMOS PREPARAMA GREVE DO DIA 11

¦Ruquanlo as autori-dades competentes nãose decidem a atender asreivindicações apresen-ladas pela FederaçãoNacional dos Marítimos.os trabalhadores do marcontinuam articulando omovimento grevista pm-(¦ramado para o prõxi-mn dlh 11 dp novembro.

A greve será deflngradiise ate aquela (laia nâotiverem sido atendidasa< pretensões da romhaiiva corporação, prin-cipalmenle as que se re-

AeronáutasMobilizados

Adiarama Greve

Os trabalhadores doai. qup desde a semanapassada sc encontrampreparados paru dnr mi.¦in à grese reclamandoumn melhoria salarial,esolverani. em sua iilti-

ma assembléia, aguar-dar o julgamento rioprocesso de dissídio co-letivo que se enconliano Tribunal Superior doTrabalho. O presidentedo TST prometeu julgar,i referido nrocesso até opróximo dia 28. Os aeronáulas esperam queseja confirmaria a pioposta de um aumento ri«>40 por cento que ante-riormenie já lm\ in sidofeita pelo presidente doTST. O Ministro do Trn-I>-hlho. por ouiid lado,prometeu atender a selha aspiração do aero-tiáula, que é a rcgulii-iT/.açào da sua profissão,Se bem que essa não seia a primeira promessa,ntdo indica que os lia-halhadores do ar mar-eham para a conquistari* urna dupla vitória.:• oaumento rio salário e aregulamentação da pm-fissão.

ferem à ituoi poiação doabono de 30 por centoaos seus salários: aextensão dos quinquémos aos trabalhadoresdas empresas parlicula-res: o pagamento do sa-lário-funiilia: o rea.ju.s-lamento das etapas; e acontinuação rio regimerie equiparação salarialentre os marilimos rinsempresas autárquicas eparticulares.MINISTROS DISCUTEM

O temário dc iei\ indi-

Vitoriosos osferroviários

da Leopoldina

11* ferros i n r i u.« ilaI <'«i|iuliiiiia lotado» nos

município* fluminenses

de Campos e Macaé \ol-

lacaio ao Iraliallio na

manha iln ilia 1(>, ajins

a realização vilorio.Mt dcuma jin-ie que iluniii ,'{

dias. V pncali, ação doIraliallio foi niolisaila

pelo falo ile se encon-Irar r-iu Hli-aso o paga-mento dos salário, tiosIralmllinilore». I ma no-\h >ii*r\e poderá ocorrer,

au lon-to ile lõila a cs-Irada. *«• a Kêile Ferro-viária Federal nãn pro-v idciiciar em l«*iii|>o orecolliihiciilo aos cofresda l.enpoldiiia da suli-

veneno destinada ao pa-gninenlo do salário do

pessoal no» provimosniese-s.

OS lllill IIIIIlllScações dv e ni s c o d I- ;ipreciíido há mais de om méspelos ministros do Tra-ha lho. Fazenda e Via-cão: c pelo a Imita nleSilvio Mota, presidente(l,i Comissão dc MarinhaMercante. Sabo-.se' queessas autoridades, atra-vós dc contados com oslideres marilimos, lèmse mostrado favoráveisiio ,'itcudimcnto das rei-v indicações dns liaba -dores, A verdade, ciiiic-tanto, 6 que até. agora

nenhuma comunicaçãooficial fui lena á Fe-deração Nacional dosMarilimos, Fm virtudedisso, a p,ie\e continuasendo preparada, eslan-do cm processo de orga-ll ixnção, em lodo o pn is,•i* comissões de finau-ça, propaganda e os piqueles de paralisação,destinados a asseguraro exilo do mos imento.

PADEIROS ATENDERAMPEDIDO DO TRIBUNAL

(is padeiros cariocas, qne estai ain cum unia Kieveprogramada pnrn quarta-feira passada, resolveram adiar »eclosãn riu movimento, lendo em \is|n o apelo feito pelopresidente dn Tribunal Kegionnl do Trabalho. O premi-dente do TRT, jul/ Celso l.itna, (¦iirantiu ao sr. laaldo Kn-elia. lider doa padeiros, (pie o julgamento final do (li**-«idio uno irá além do (lia "i de novembro Diante disso,foi deliberado o adiamento da ureve. ()« trabalhadores es-perani ipi- n TKT Uns ns«a'i;iire um alimento de 28,4% quecorresponde, secundo a« e»lalistieas do SR PT, k eleincnodo ciihIo ila vida durante u período de janeiro a setembrodu corrente uno

^'èmmw WÊmi£ Correspondência para Rua São Josc,50'¦^ZZKMmm\clmmmm\jNm\kLWr'

EmbriaguesSeuundii lei i Consolidação, art,

•IS'2, lei ia fi. a embriagues habitual ounn serviço constitui .iusia causa paia,i dispensa do empregado, o nio de be-ber, quando fora do emprego, por si só.iifiii ,,ii liíii-H a rescisão dn contrato deIranalho, Todavia, alguns .luize* têmentendido (|iie, se "in conseqüência doiih.iM, do álcool o empregado laMa re-|, lida» vezes no serviço ou n é»ti. »e•i, .«"(iiiii de lal loinia debilitado ques ¦ inriia Incapaz de produzir normal-in iiie, pude êle 'pr punido com n di»-ii'ii ,i. Aigiimentani o» pnrlidário.s des.-a corrente que não liatn de esaini-nar o.» atos da vida piivada dn unha-lliador, ci in os quais nada tema ve, n empregadora, mas ria reper-cussão rios mesmo, no contraio de tia-balliO' K a simples embriagues em sei-viço, sem que seja habitual pode «cconstituir em causa rie demissão dn em-pregado? A principio, os Tribunais, emsua niaioiia. exigiam que. paia tanto,a embriagues fosse reiteraria ma» hojedomina a jurisprudência conirãria, istoé, lio sentido de que d empregado queé encontrado alcoolizado em serviço,seia êle reincidente ou não, riá motivopara ser despedido.

Iência paru fim ücsiaite gran.i,, eniproiielro, ,, chamado enipreiieiio-I :l i;io, aquele que exec llll ohi. - il"vulto, assalariando operários, não •''•

I ode valei do (impuro da legislação lia.Iiyjllisla. I-:~ 1 í* -o protege o pequen i emineiieiro entendido como inl aqueleque, peía modéslin d'- -nn aliv iilnd.uvanrio quase sempre e\oliisivnnionte -.-u

i slórço pessoal, nãn passn, nn reu idade,d,, um operai io .'á nos ciuil ¦ atos desiibenipreitarin, reza n lei. o suli-ciiipreileiiTi responderá nela- obrigações•I"' ivadas riu contraio d trabnllio que' i icbrai. ciiliendn, enlielnnto. an» eu.-1'ii'Kodos " direito d" recInnifleAo cnniriio empieileii o principal pelo nãn eunipri-mento da» obrigações pm pari dr, <iib-

• iiipi eileiro A»»im. nn caso de iiíi.i leré.i,» meios parn ,-nlisfa/er ás ind"tii.:a,,. i s dos trabalhadores piidein diins i«caiaçõ*.* »ei cobradas direlanieuti; non-.|io ria nhin

Equiparação

EmpreiteiroAs questões resultante* Ae contra-

los, de empreitadas, em que n eniprpi-lend »eja operário ou artífice podemn ¦¦ apreciadas e julgadas na .lusliça do'! íuballio, á qual a lei confere compe-

Parn trabalho Igual a lei ninnrin; a'jar salário muni A Oin-tiluiçán pro--.ir, ainda, n diferença (!'¦ salário pormotivo de sono, idade ou esiado civil.sn regulamentação riê»»e principio,

um s,« dennininn isonomia salarial,.- ('oiisoliíiiii.àn dn» l.eis rio Trabalhoeslalvlece váii.i» e.sgiéncias, que, *>i"nverdade, restringem n nniplilude dn noi •ma. Tais restrições sâo ainda maiores,quando se unia rie Interpretar e apli-car. na .lusliça, o; disnosilivns legaisque rege'iii a mntêrin I'" o que iremosexplico em iins-os prõxilllos conieniá-rio*

0 DIREITO DE GREVEEARESPONSABILIDADE DOS LEGISLADORES

Na reiiniÃo sindica' promo-vida pelo Conselho RegionalConsu;;.',o ria CNTI. realiza-da io Siiciicai i dos Banca-rios nu dia 13 ( i mé» co -reme. : «afirmou-se, unãni-meniente, o apoio ao projetode lei na Câmara rios Deiiu-lados qiie completa o arimo138 da Con ui uiçân: "K re-conhecido o direit i - e m ev e,i ujo exer« nio n in legulara".S:islen!i):i .»e, ailld i ;> ''iu».:!-da aprovada nu 1 ' (' mfrêu-cia Sindical Nacional, efetua-(ia nos ('ias '29 e 30 oe uiaiçone 1HÓ8. fio nriieo .1" dés»epro*.ia de lei. que ora tramitano Senado federal.

O ;u!if:u 3." em qiie»'iio e nseguinte: Cabe ao Sindicato,ao grupo profissional Inoiga-nizado ou aos empregadosde uma empresa decidir, emAssembléia dos interessados,ti» coiivenién ia dn greve".Na I.' Conferência SindicalNacional, tendo em coma .;necessidade rie preservar aunidade, condição indispensa-vel para a vitória rio movi-mento grevista e piestigiarr» enlidades sindicais, conio

£ orcàos rie celesn c de agluli-Ú iincáo da dn se irnbalhadoiM,

Empossada a Nova Diretoria

Da Federação Dos Jornalistas

50% PARA OS RADIALISTASOs trabalhadores nas empresas cie radiodifusão

do Rio de Janeiro continuam empenhados na luta

pela conquista de uma melhoria salarial. Os enten-

dimentos entre empregados e empregadores prosse-

guein, estando aprovado, em princípio, a assinatura

d« um acordo pelo qual os radialistas terão um au-

mento de 50% sobre os salários resultantes do úl-

tim» dissídio, com um mínimo de 1.500 cruzeiros t

um máximo de 5 mil.

m 9ÜH«1 Bás9 l/iflh '" ** Mf*m '^m m SUP*-£É WH'-*Wlmr7 Jíif-í.>-'.,/' àmmiJKmK I WmtjàWM ,

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R0BÍR10 M0RIN4

decidiu-se enviar aos senado-res uma emenda a ésse a -tipo 3": "Cabe á categoriaprofissional, aos trabalhado-res rie uma einpiê-a. rie u:ude seus estabelecimento, onde qualquer de Mia» seções.»m assembléia rios Interessa-rio-, p oinovuin obrigatória-men!" pelo seu Sindicato,

ri- cidir da conveniéni ia dagreve". Parágrafo 1": "Nafalia rio Sindi ato n h ,»eni-bicia seiá promovida, no maiscurto prazo, pela Fede acáoa que se vincularia aquele e,ua inexistência desta, pe'..tcorre.-peiidenie Confederaijáo".Parágrafo -.": Quando »eiiatar rie categoria prolisslo-nxl não organizai a em Sm-rinato ou nno repi'e»entadiip. r entidade sindical de grausuperior, a assembléia .eapn'movida pelos próprios in-leressados".

Não procede, poi». a cam-p.mlin lei:a pur alguns sena-dores - que, como einpirgn-limes, ocupam a iribuua rioSenado para rielcnr¦?:' apenn.'.»eu» interesses - e pela- po-riciosas p ricas entidades pa-i onais, procurando fazer crerque o projeto rie lej da Ca-mara rios Deputados e sub-ver ivo * visa estabelecer ocaos e anarquia. A emendaof^ie-iria pelo.» trabalhadores,em sua memorável Conteién-ilia, corrige unia possibilidadeo.» haver movimento grevistasem a direção e deliberarãodas entidades sindicai». Mas,o* empregadores reacionáriose sua.« organizações valem-se de legisladores a «e ) .«er-vic.o para tentar anular o dl-reilo oe ({revê e dar uma roo-págeni nova ' legal" an V 070.Outro não e o inl uiiii (lo nnil-siiKioo substitutivo do sena-dor ,)t-ller.*on rie Aguiar, ela-boiado com requinte rendo-nano. entre emp:ceadores emembros rio chamado Conse-lho de Segurança Nacional,

órgão que e^tA criando • teumentanrio cri e.< e um ma'i~p tar nacional Tal sllbetitu-tivo constitui um acinte, unidesafio ao.» trabalhacroies eao seu movimento sindical e,sobretudo, ao sentimento de-mocrático de toda » nacAobrasileira.

A experièn ia tentada peio-idirigente.- sindicais dn CNTI..oferecendo si bsidin» para unileexame da matéria, que io-niou forma no tiabalho dnsenacor Aiilio Vivacqun, não.surtiu nenhum efei'o. A Co-im - .ao de Coiistiliiiçào e .Ius-iiça do Senado Fedeial man-teve, intransigentemente opropósito dr anular o con.leurio oo artigo lnR ria Con.»tl-tuição

Cube aos liabalhadoies lan-çai seu prole ln e i eoobi arde v i":!anc! i Se o SenadoF deral mutilai' o direito cieü e- e. -I- a piessão nacionaldi s trabalhadores não con-.»e-:,;r demovei os .senadoreadc suas tendências antigreve,e nrces áriu mgaiiixni oesd»já um p ideroso movimentonacioiiiil para derrubar essaaemeudüs nu sttbsliiulivo o«>SciiiHo na Câmara dos Depu-tados, aonde voltará o pro-jeio, e ie labelecer o seu ie\ioante.mr. Nes»e sentido oeslórcn rio.» uabailiadores «para consegun que n SeoaílíT|Feriria1 ;i[i nvP o prO.IPlO Q*)le-, ri,-. Câmara rin« Deputadoflcom a emenda da 1 ' Cnn«teréncia Sindical Narions'.

Cabeia a i¦ !pa f a respon-sabilicade ao» senadores emprimeiro lugar pela violaçãodu l - xi i consl ílm ninai Os;. abiilhad ;t '•• náo abdii nráiide um di ci o i nnqiiiatado rju consagrailu c nem se ii>>i-xiirno explonir impunenieuie.t1.» .i época ia passou, Qu»rellitam os legisladores, qu»foram eleito» |ie'.o povo paia,servi-lo e náo paia roínNi.té-10.

SINDICATO DOS MARINHEIROSCOMEMORA 55 ANOS DE LUÍAS

A solenidade de posse da nova dire-toria da Federação Nacional dos Jornalis-tas na última sexta-feira, nesta capital,constituiu uma autêntica manifestação deunidade dos jornalistas em torno do seuórgão máximo de representação O atofoi presidido pelo representante do vice-presidente da República e contou com apresença do sr Herbert Moses, presiden-te da ABI; Luis Guimarães, presidente doSindicato dos Jornalistas Profissionais doHio de Janeiro; os presidentes dos Sindi-cato» dos Jornalistas de Belo Horizonte.Juiz ri» P-ra e de outras regiõen; repre-

sentantes da CNTI e de inúmeras outrasentidades sindicais sediadas no DistritoFederal. Parlamentares e profissionaisda imprensa confraternizaram com a Di-retoria eleita. O sr. Marcelo Coimbra Ta-vares, presidente da entidade, agradecen-do as manifestações de solidariedade, fêzum apelo à unidade dos profissionais deimprensa, conclamando-os à luta comumem defesa do seu programa de reivindi-cações Foi entregue ao deputado AarãoSteinbruch o anteprojeto de lei, aprovadono VIII Congresso de Fortaleza, que re-gulamenta a profissão de jornalista.

Ui.i J.'i do coneiiir u Smdicalo Nacional dos Contramestres. Marinheiros e Mo¦¦o' em I ; nli-spui les Marii i-mu.» comemora festivamenteôfi ano.» oe existência È unidos mais antigos smdicitlo.»de trabalhadores do Brasil.ü" um luríe esteio da Fede-ração Nacional dos Trabalha-dores, em Transportes Man-timos e Fluviais.

O Sindicato dos Marinheiros sempre eslêvp em lulapelos interesses da corpora-çán que representa p nuncariPtxou rie prestor sua soli-dariedade a todas bs reivln.dicacóes rios trabalhadores,F.m 190R, auxiliou os grevistas ria anima Great Western

ui' !'¦•: nninl.i ivo pm I icipuiidos gi niiiii ¦ iiiovimcnld.s Kie.vi.»i:ii dc nii" n i:)',!i I noupi-i.i upi ov iu .o du l'i Ce 8horas. ;..i lei dc acidentes dotrabalho e i onli ibuiu sim iamente para a organização doInstituto de Aposentadoria, ePensões do.< Marilimos.

Comemorando a data. »Diretoria do Sindicato fazrealizar uma solenidade nasim sede social, din '23. as13.30 horas, inaugurando umagaleria de retratos de asso-ciados lutadores, entrega d»diplomas aos. sócios venv.rio»e aposentados e discursosalusivos a vicia do sindicato«i «-erie dn erilidade p na RuiCamerinii l'J8 ,U.' andar. {

Page 6: CARNE: A - Marxists Internet Archive · pectivas que se abrem com o intercâmbio econômico entre o nosso país e a União Soviética. ... Essas agências — que são sucursais dos

VACINA 6

Borracha SintéticaNOVOS RUÉf 23 a 29-10-1959 =

PETROBRÁS ASSINOUCONTRATO ENTREGUISTA

No problema da produ-ção de borracha no Bro-

sil, um novo capitulo i«raaberto com a produção doborracha sintética. Pelaidiversas • importantes im-

plicações que apresenta, o

problema eslã aliaindo aatenção de diversos setoresligados à indústria extra-tiva, de transformação,bein como ao comércio daborracha. Além dos relle-xos sobre a Petrobrás —

que ganhou a concorreu-cia, no Conselho Nacionaldo Petróleo pata instala-

ção de unia fabrica, —,

há ainda aspectos relacio-nados ac monopólio es-lotai das operações decompra e venda da borra-cho no Brasil, à percenta-gem do produto sintéticonos artefatos de borrachae à economia da Amozó-nia, que continua sendo o

grande celeiro de borto-cha natural do pais.

GOODYEAR E FIRESTONE

EM AÇÃO

Infelizmente, náo se sa-be se a Pelrobrás abriuconcorrência para a cons-t'dção da fabrica de bor-racha sintética adjunta àrefinaria de Duque de Co->ias. Como também nao sesabe — mas se estranha— por que coisas tão sé-lias, relacionadas com umaempresa que é a meninaaos olhos do povo brasilei-ro, seiam mantidas secte-tas. Por quê? A divulga-

ção da ínlegia desse con-trato é uma exigência daconsciência nacionalista.

O fato é que a 24 deobril do corrente ano loiassinado um contrato en-tre a Petrobias e os pode-tosos trustes norle-ameii-

canos Goodyear e Fires-tone, pelo qual êstes ulli-mos se obrigam a construiruma fábrica de borrachasintética para a empresabrasileira.

O contrato prevê duasetapas.- a primeira, de 18

meses, a contar da data

ria assinatuta até a con-clusão da fo bi ica e a suacceitação pela Pelrobios

(o que deverá ocorrer emoutubro de 1960, dentrode um ano, portanto). Asegunda elapa estender-

se á por prazo calculado

em seis anos, islo é, até

que a fábrica lenha pro-du/ielo 2*10 mil toneladas,a uma média anual de 40

mil toneladas. Depois de

GOODYEAR E FIRESTONE INCUMBIDAS DE CONSTRUIR A FÁBRICA DEDUQUE DE CAXIAS — PETROBRÁS CONTRA O MONOPÓLIO ESTATAL,ABRE AS PORTAS AOS DOIS TRUSTES — SUJEITA-SE A PETROBRÁS AOCONTROLE ESTRANGEIRO — GOLPE NA LEI 1.184 — PIORARÁ A QUALI-DADE DOS ARTEFATOS DE BORRACHA PRODUZIDOS NO BRASIL ? — AL-TERNATIVA: OU MANUTENÇÃO DO MONOPÓLIO DO BCA, OU RUÍNA DA

PRObuÇÁO AMAZÓ NICA D* BORRACHA.

citinyidu «>uv meta, porem,o controlo continuara vá-

lido n:..' poiles cabíveis-,mediute prorrogaçòet por

período a'c um ano, a me-nos que qualquer das pai-íes me lanle aviso pré-vio ae iü dias, manifesteJessstènco.

Tais condições contra-tuais significam, pois, queáuiante sete anos e meio(até outubto de I9óô) afabrica estará virtualmentesob controle dus duas em-

presas norte-americanas,ainda que opeiudu pelaPelrobtas.

TRUSTES COM ASMÃOS LIVRES

E , porém, nai clausu-Ias referenies ao licencio-mento da produção que ocontrato encena seus as-

peclos mais graves para aeconomia nacional e par-t'cularmenle para a Petro-brás. Segundo tais clausu-Ias, a Petrobrás nâo pode-ra conceder a terceiros

(exceto com licença dasduas companhias) permii-sáo para fabricar borrachasintética, o que, aparente-mente, significaria que aFetrobrái manteria o mo*nopólio também netse se-tor. Entretanto, bem oulrae a realidode, pois eslipu-Ic o con1 jlo que as com-

pontuas reservam-se o di-relto não exclusivo de fa-bricar, usar • vender bor-racha sintética no Brasil,sob quaisquer processos ou

pnfentet licenciadas pormeio do contrato.

Dessa maneira, a Fires-tone e a Goodyear reser-vam-se o direilo de cons-truir fábricas que concor-reráo com a Pelrobtas.Oue garantia pode existir

para a empresa brasileitade que os dois trustes ame-ricanos náo reservem parasuas próprias fábricas osmétodos e tecnologia maismodernos, que oi colo-

quem em posição de supe-tioridade na concorrênciacom a Petrobrás?

E não é só. Desde queas duas empresas ameri-canas participem também

do produção da borracha,

em aue situação ficará a

indústria nacional de arle'atos, essas centenas de

pequenas fábricas que asimples liquidação do mo-

nopólio estatal para asimportações esta amea-

çando de fechamento imi-nente? Nào é evidente que,em tal caso, os trustesamericanos apressarão o

processo de ruína das fá-biicas nacionais, ganhou-do novas posições no mer-cado interno?

A QUESTÃO DAS

PATENTES

E' espantoso verificar-

se como um brasileiro con-corda como o coronel Sai-denberg, concordou, emassinar um contrato ondefigura uma cláusula désselipo; o que a Pelrobiosvier a descobrir no campo

da borracha sintética, es-tara à disposição das com-

panhiai, SEM ROYALTIES.

paru os Estados Unidos e o

Canado, podendo elas( oFireslone e a Goodyear),inclusive, registrar as pa-lentes, mesmo que a Pe-

dobras nao deseje fazé-

lo. Assim, se os químicose técnicos brasileiros, pes-

quisando na fábrica daPetrobrás, vierem a faxer

qualquer descoberta, obri-

qatóriamenle os dois Irus-

tes americanos divctOo ter

conhecimento dela e pode-rão registrar como tendo

sua própria descoberta. . .

E isso, gratuitamente, icm o

paqamenlo de royaltiei

pelos ttustes à Petrobrás.

SEM RECIPROCIDADE

Se a Petrobrás se obrigaa entregar de groça aostrustes quaisquer descober-tas própnei, os trustes, porseu ic'_'c, cobram e naocobram (.ouço pela auto-i caçoo aada á Pelrobrás

para :.'.'.o, ltus métodosde fa1 i'cciÇão de borracha

sintética. Ftevê o conttatoaue a Piitobiás pagará deroyoitei a Fitestone e áGoodyear para produzir .240 mil toneladas, cercade um milhão de dólares.

O contrato, alias, eslácheio desse espirito de fal-ta de reciprocidade. Na

questão dos técnicos, por

exemplo: os americanosreceberão os salários emdolarti, com viagem deida t volta, inclusive parupessoas da família, tudo

pago pela Pelrobrás. To-davia, sc a Petrobrás qui-ser enviar técnicos pataestagiar nas fábricas dasduai empresas, nos Estadot Unidos, fará tudo porsua conta e responsabilidade e ainda assim em numero limitado, e so depoisde acordo mútuo com osdois trustes. Ora, conve-nhamos que no mundo dehoje cláusulas leoninas e

colonialistas como estas josào francamente anacróni-cas; compare-se, por exem-

pio, o procedimento dos

países socialistas, total-

mente diferente.

CONTROLE SOBRE A

A PRODUÇÃO

Oulra exigência conlia-lual que suscita justo in-

digitação é a que sujeitaa Petrobrás a prestar con-Ias ò Fireslone e à Go-odyear, cada trimestre etambém anualmente da

produção de borracha.

As despesas com a cons-Irução da fábrica previstasno contrato elevam-se acerca de seis milhões dedólares,

VIOLAÇÃO A LEI 1.184

Os termos do contratoossinado pela Petrobráscom a Fireslone c a Go-odyear implicam tambémnuma violação frontal daLei 1.184, de agosto de1950, que atribui ao Go-vêrno Federal, através doBanco de Ctédito da Ama-zonia, a exclusividade dasoperações finais de com-

pra e venda da borracha,inclusive sintética. Como ésabido, por piessâo dosentreguistas do governo, àépoca do ir. Lucas Lopes,foi ilegalmente suspenso omonopólio estatal para asimportações de borracha,de modo que, efetivado o

presente contrato, a lei1.184 acabaria de ser re-duzida a um farrapo de pa-pel. Significaria, cerlamen-

ie, a falência do Banco deCrédito da Amazônia e umnovo golpe contra a eco-nomia da borracha no ex-tiemo norte,

A soluçoo correia, nocaso, é a manutenção domonopólio da produçãopela Petobrás, com a con-sequente suspensão dacláusula que autoriza osdois trustes a fabricar, eao mesmo tempo a manu-tenção do monopólio es-talai das operações finaisdc compra e vendaBonco da Amazônia.

A QUESTÃO DA

PORCENTAGEM

Outro problema damaior importância é o quese refere á porcentagemde borracha sintética naelaboração dos artefatos.A maior ou menor quanti-dade de boiracha sinléli-ca que deve ser juntada áborracha natural para a

produção de pneumalicos,cümaras de ar, e ortefolo>,em geral, depende de doisfotôtes principais: a qua-hdude dc equipamentoutilizado na fabricação do-artefatos e o grau de re-sislencio ao deigaste exi-

gido do peça. Tal perec-n-lagem varia muilo: nos Es-lados Unidos, a compoii-

çao de um arlefato chegaa ser de 70 a'80 por cenioue borracha sintética e 20a 30 poi cento de borro-cha natural. Muitos térni*-cos afirmam que tais a'-lefalos oferecem reduzidaresistência ao desgoste, seiode qualidades inferiores eexplicam que essa alta

percentagem, nos EstadosUnidos, decorre tia escassez de borracha natural.Enlre nós, verifica-se o in-verso: a bonacha natural

entra com 70 a 80 porcento e os artefalos sáo,

por isso, de maiot durabi-Itdade.

Ora, a fabiica da Pe-trobrás é projetada pata40 mil toneladas por ano

(já deverá funcionai a

partir de outubro práxi-mo). Se as industrias na-

cionais nao renovarem ime-

dialamente seu equipamen-lo, terão que continuarmantendo os 30 pot cento

de borracha sintética. Nes

se caso, para utiliizar lo-

da a produção da Peito-

brás, o consumo anual de

borracha no Brasi! teria

que ser elevado para cèt-

ca de 120 mil toneladas

n^vH Hr:S^' '-''3a ^81' &JH B^»" - mfmM mmr

Para muitos leeiiiius, os pneu uaticeis americanos suninli mires .i.i* ii.itiiiu.it- ili-vielo à alta pmrnlaj.-miii- liuii.it lu Miiirtii u. U Hrasil li-ni t'\c'í'lt'ii!i'S condi-L'ô('s liara iirucltr/ir linrraclia iialiiral,Lu i. iiinl.it ui .iiih t ii anos

iii ia li da ile

|'or iiiii'. i'ii-

Liln it-aiidu artelatos eleiiili-iiiir.'

(40 mil de bonacha sinléli-

ca e-80 mil de natural, de

cKÓrcio cu:ii us percenta-

gens). Oia pot menor queie;ci o incremento do con-

sumo previslo, sônieiile

dentro de uns cinco ou seis

unos citlngita aquela cifra.

E alé ia, que fazei com o

uxcesso da produção de

borruciia sintética? Expot-

lar? Elevai a porcentagemcio seu emptêgo, pio:anclo0 dualidade dos artefalos?Tjdo éste raciocínio parteda suposição de que so-

mente a Pet'obrás fabrica-

tá; se os husiei lambem o

fizerem Cl situação seio

cniida mais giave,

PkECO DA BORRACHA

SINTÉTICA

Estimativas feitas hoje

indicam que o pioduio fa-

b'icado pelo Pettcbtas

custará, no inicio da pro-dução, menos de 50 cru-

zeiros o quilo. Putci que se

compreenda o que isto sitj-nificci. tecoidciiemos que o

bonco da Amcizónio esta

pagando, atualmente uus

ptodu'o:es do extremo noi-le de 7(J a 80 cruzeiros o

quilo da bonacha bruta

que, deoois de lavada, erevenc'ida pelo Banco ò in-

dústria ct 140 e 14 2 ctu-zeiros. E' evidente que se

fót destruído o monopólio

estalai dos opetacòes de

compra e venda, a borra-c t, a s i i 11 e 11, a e x e r c e i á s o •

bre a produção amazôni-

c.i uma desastiosa piessãoi i.ixisia, se não levá-la a

uma paralisação completa.

Feio tonlratio, se o mo-

' i,;jati.i fôr mantido, o

Banco da Amazônia terá a

possibili -üe de reduzir os

preços aluais dos forneci-

mentos à indústria e, ain-

do as- im, graças ao bai-

ao custe da borracha sin-

lelica, ¦'tvai os financia-

nien'OS o Amazônia, bem

coi-io pensai nos projetosda racionalização da he-

veacuPtrü, que são o úni-

ro n eio ue solucionar bà-

sicamenie o problema da

prociurco cie borracha na-

tural do bicisil.

Sugestões paraa ReformaAgrária

o problema iia reformaiiütiiiiH Interessa hoje ao.*mai.*, diversos setores da i>o-pt lação tin pais ü jornalista.-.ul no liiundense Ângelo P.Iriilcgui r-*ta anunciando apróxima publicação ile mntrabalho íie Mia autoria —"Sugestões para a ReformaAturaria",

li iletuit que tem outrostrabalho.* publicados relacio-nados i uni a questão da terra.conhece ele perto as condi-veies tin propriedade rural doRio Grande do Sul. bem co-mo aí. lulas dos trabalhado-ii'- <lu campo por uma mu-tlsiiiçti tu* telavóea agrária».

i au1'

NOTA ECONÔMICA ** «nrw»"», »»»»•»*«** *¦**•*#**•*•***'****** ******* ¥*?**.??????-•??????*4*n**t->*.».»t*.-.,.i-.+.^ if.+ 4n.m.y

A contradição entre a política eutre.guist» doConselho N'ae*ional ilu Petróleo e a necessidadeij" expansão ria Pelrobrás aguçou-se ile lal forma,nus últimos meses, que ela forçosamente «e tor-nará, a curto prazo, num problema central da\ .ilu política ilu pais. A IV: ruhias, par.a continuaril-T-f-n*. nl\ 1'iiilu sua produção d** óleo na Bulna,precisa ile uma autorizarão ilu Conselho paia qimseja i-i-tii i :ili'/.;ni;i poi ela toda a inipuUarsni tic-petióleu (* derivados, ii,,i. o CXP se ne^a s dar-Ilu- i-*-a autorização,

.\ questão .-'it i-f- dn latu de que u óleo baia-no, pnr uma rurarleii.itii a i-.*pecial - alio puniu

lificilmeiite aptuveitjhel, pelopróximo.* anos, peisi* refina

rins •• pi-lu i"i--iiii liilni uai iunyií. Knibuia sejaum I pn tlt- petróleo vantajosamente colado nulai-n-aiio Internacional, .v-ii apioveitamento -. piejiulicatlo pelo iiiis.-u clima, e pelii falia ilv in*talações mlequatlas, Stui produção, portanto, •*condicionada pela possibilidade uue tenha a l'e-l rubras ue exportá-lo, Dado o sistema rarlelizadoquo caracti'1 t/.a o mercailu internacional du peito-leo, n Petrobrás só poderá vender o seu petróleoàs grandes empresas monopolista» que dominamésse mercado, e -te dispuser de um jjitínde poderde* barganha,

O podei ii« barganha qur a Petrobrás poueler, no caso, u-m tin fatu de que lambem ela egrande conipradora, no meiraelo internacional.Podendo escolher e impor condições aim «eus for-necPtlores, a Peti ninas porle incluir enlre estascondições a tia aquisição de determinada» quan-tidades de óleo da üahia. Assim, tanto maior se-

,i

lllell

GOVERNO IMPEDE AUMENTODA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

iã" as exptmaçóes oa Petrobrju quanto maior reua sua i-apaciilaile tic iniptirUi .

I niupieeillle-fe, de»U fuinia. pylyue M yu>íibiliilaele ile expanilit a piodtiçáu íie óleu na tíaliiKdepende diretamente de uma «uiuiizaçáo tío l'N'Pi Priiobrúí, ptfr» que eíia centralize teitla impuilaçáo de pelióleo e deiivado*. !•" pràliraiiienteinipoísivel a Pewubi^i «xpotiar petróleo numarelação niyiii favorável do que uni banil vendidopor rada bairil importado pur ela. Ks.ia pan.-, clei sido a relação em vigor, durante a ailiiiiiu.*tração tio (VI, .laiiaiy Nunes. liiTorinjiçÒPs roíitiiiir.-- e iiiiiu-a ileiuiit-uliila», elitretaiitu^Jiidicaiuque o Cel, Sardeiiberg ii.-miaiu coiilratus com o?((ruiule* i-oiisórcios internacionais numa telaçáomiiiiu niaÍJ desfavorável e, ínesmu, humilhaiit*paia o iiu.»so Pau, obiigaiido-ie a eomprai ti<-«barris por cada barril vendido.

Ja »e vê porque, r-oiiiinuaiiiio liniiiaüa a im-portai petróleo apena* paia a sua refinaria ilei 'llbatão I 9(1 mil barris diários |, a Pel rubra,- seiáobrigada não apenas a conter, mas a diminuira sua produção tle óleo na Bahia. F.sta produção,segundo declarações rio Cel. Sarrienberg, pode atin-«ir ainda éste ano a cifra de. 100 mil barri» dia.

A refinaria de Maiaripe consome apenas lti'ideisa produção, Utiiioa lU'í se ilestinaiu a Cubit;Ao e ('apuava. Restariam, portanto, SU mil Imiii- dia para a exportação, Dentro da tvlaçíiuaceita pelo Cel, .Sardenbei u. essa qiiaiiiiilsule .'•óleo apenas pudeiia ser exportada se a Ivtinbi ás coubesse a impoltaçâo de Li4u mil bano ipie representa, aproximadamente, todo ¦Mimo aluai do Pais.

tista situação está claramente expu.*memorial que a Uiieçáo da Pelrobrás iao ('NP, reclamando a autorização paia acação das importações, em li de agosto tle ÕX, Súessa unificação, concluía o memorial, «permitiráà fetrobrá» colocar, em lêriuoa econômico», lódaa produção esperada do Ketumaio baiano, (or-iiaudo poaaível alcançar, Benio ultrapassar, u me-Ia que lhe foi fixada pelo (iovêrno da Kepliblica».

Alas nào ê esta apenas a vantagem, para oPaitf, tia unificação pretendida pela Petrobrás.Xesie mesmo memorial dirigido pela entprésnao CXP, publicado no .Diário tio Congresso dodia 20-6-59, os técnicos tia Petrobrás calculam que

.ha,

utnl i-

a unificação, ae posta em vigor nos anos ile 59 oHO, permitiria ao País uma economia de 288 mi-

****** *\-»»n;**»»-i**-i ****«. »t«>«ff¥tft,fffffftff^1i«*titniti««iLt>«>.i,><..ii««ii.>-.<<>tHVM.,,

Ihòe.- U ilúluivs t Hili liiilllões en, .V' e \H em'¦"i. poi.- este ,. o valor que êh-s calculam para o.•uperfiituiiiiiu-ntii tia.* importaçòes atualmente en-tregues às empresas refinado!as e ilisiribuiiloraapiirtietilnres Segundo o.* bem documentados tée-nicii.* du Ivu-nliiás, portnniii, do.* .'-'u milhões ú<titulare*. t|iie ,- ,, uilal pn-'i.*'o para a.* importa-çoe* di- p,-i ,,,,., ,- ,i,-i wulos du* 11*l'iiiiiruis e dis-

' ¦ iijiiidorn.* paiticulaies '-ii, ,.i . apenas 5I milhõescin i'.'.-pi'iid'-iu ao preço leal da mercadoria nomeiiadii iiiletnaiiõtial; u* restanles l'it. milhões-.:" protl ',, ile ¦ Ipel latuillllieiitii, i|l|e .-.* ,-lnplé-

¦ pai a i '-'I '--.-a- ,!,-••;, i.« dc lucros. Se•-'a iitipo: lai.-it..' lú.-M- etitrejjtie a Pel min ás, es*talili selnl.i i-vitui.il' Um roubo de l*l', do total dalt Itn "luiiia i-utii a, expm lações ln isileirns)t l.-uii :, illiõt*.- de ilõl-m-ji em ;,s i.

lia oitlrii* viiuiaeeii* evidente.-. [iai:i a iinifi*ciiçiiu da.- iili|iol taçõe.* de petróleo p'-!a Pelrobrás,

CXP lte.ua. II n.t --um iiietnoi ia) da Petrobrásassumiu que a tiiiilicaçào permitirá «selecionar asiiicsu lm iiecedora, e, eoiiseqüeuteiiienle, as nioe-i!a.* de iiamimeiiln, «e.eiimln or- melhores interês-se.s nacionais», uu seja, periniiii.á a itnpoitação dc,

.petróleo .-oi iel.eo. piii* ,-.*ll'i clltlO i|l,e H K.-ÍS11 H ilShell não li-in o tiiínilno inleresse nessa provi»ilruria .

Mas. .1 l'utui:tti i-i.tai t- que a negativa dwCXP está aluantlo eoino uma camisa de torça»imposta it Pelrobrás, A atual Direção desta em-presa, por mais omissa e mais conciliadora sei»ela, dificilmente poderá aceitar a derrota doiplanos de pi ndução nu Haliia,

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Afirma o Presidente da República:"As Águas Do Governo No Nordeste*

Pertencem a Todos Os Brasileiros"

T-vo veta., na semanapassada, twn projeto Leiaprovado jielo Congres-so estabelecendo normaspara colonização de ter-ras no Polígono das Sé-cas. o Presidente da Re--pública reafirmou, najustificativa ao v e i o,conceitos justos sobre autilização das terras ir-rigáveis do Nordeste.

A razão principal dovelo, declarada pelo Cio-vérno, é a de que o pro-jeto em questão estabe-lecia critérios para oaproveitamento das ba-cias dos açudes públicosc o n s l r u i d o s pei uDNOCS, matéria que éregulada por um projetoque o próprio Governoenviou recentemente au('ongresso, em Mensa-jj"m Presidencial, qnetomou, na Câmara dosDeputados, o n. X8_ õt).

O projeto veta cl o,afirma o Governo, o foiporque «nãu obstante oselevados propósitos quenortearam a sua apre-senlação, possibilita asôbre-existência de in-dividualismos c o n l r á-rios- à orientação do(Inverno im matéria, queé a «de dar a mais am-pia destinarão social autilização das áreas irri-gáveis do Nordeste. Comêste propósito, conside-rou o Governo que, in-cumbindo-se de todo.s os

ônus para twniM' aíeti-vo o uso das água*, «rbe-lhe o direito oW ori-entar em favor do mie-]'êsse público a explora-ção agrícola n*** Arra-* ir-í-iffadas.»

Diz ainda o vi-t-to Pre-sidencial que «as águasdo Governo a serem usa-das no Nordeste paraaumentar a produtivida-de da terra pertencemoriginàriamente a todosos brasileiros, e em fun-(¦ãu do fortalecimentosocial da sua economiadevem ser empregadas.»

A nota {¦•overnamentalesclareceu também ospontos principais da po-lítica baseada naqueleprincipio social, inclui-dos no projeto de suaautoria, enviado ao Con-gresso:

'a) divisão das .errasirrigáveis, mediante de-.-.apropriação socialmen-le justa, em lotes nãoexcedentes de Jõ ha. ir-rigáveis, (pie poderãoser completados por fai-Na seca.

b) indi visibilidade dolote, de modo a ficar as-segurada a sua explora-cão econômica por agri-cultores genuínos queexerçam diretamente aagricultura como ativi-dade exclusiva ;

c) arrendamento ex-

Radiografia do Egoísmo

perknentai de 3 anos, co-mo etapa antecedente ?aquisição do lote pploagricultor inúgante;

d) imalienabilidade dolote a particular, de for-ma a restabelecer sem-pre o ciclo de exploraçãoagrícola ata-avés da ela-pa. inicial do arrenda-mento pelo Poder Públi-co. que indenizará o pre-ço ao alienante de acôr-do com os critérios cons-'.tantes do projeto de !«i;

e)...exploração dos lo-tes agrícolas nas diver-sas subzonas da região,de conformidade com osprojetos específicos re-sultantes do plano pré-viamente aprovado peloGoverno, de maneiraque a produção agríco-Ia das áreas irrigadasseja realizada no inte-rêsse da economia regio-nal, visando, de fato, aobem-estar das popula-ções nordestinas;

f) instituição em em-presas autônomas paraadministrar as bacias deirrigação e velar pelo seuracional aprovei tamen-to agrícola;

g) exclusão, nos cál-culos das indenizaçõesou desapropriações, da-valorizações decorrentesde obras conslruídas ouprojetadas pelo PoderPúblico.*.

mas Em LeilãoGENNYSQN AZEVEDO

>[,MA*; FM LEILÃO (Room ai ttie Top)conta uniu história dt- amor vista sob

o prisma (los preroncelto.s sociais e da di-ferençn de fortima de seus heróis. Poucasvezes o 1'iiicniH ousa romper »s convençõesusuais e peneini|- nu inliinidiule de doisamantes siu pi uenduinlo confissões comonesta peliciil.i. Mas. antes <'.,- mais irada;Almu.s cin Leilão analisa o egoísmo comol'nil(i rio-j interesses d.- classes sociaisopostas,

,loe Lamptun i Laniein-e lim V!'\ i i u!l1•jovem ambicioso que ao mudai' rie. cida.deo cmpiéKn (píer Lambem ascendei social-

nte, .aliavé.s do casamenlo Titiz em sios pi-econceilos morais, a.- hipocrisias da-.•diii-.-M án convencional. „ desejo de impor-se peninte os afoitunadu.- casanrio-se comíi jovem Siisan Brown illcatliera Sear.si,filha do lodo-puderoso dirigente de uni sn|-

p0 de fábricas. A. oposição da família e sualigação amorosa com a piofrssôra Alue(Simone Signoteti, infeliz no casamento,víin nos poucos colocando-o ciiante de suas

próprias contradições. Pouco a pouco a ra-diografia vai se tornando mais niticlii e o

perfil do egoisnío que asfixia homens e•mulheres - toubando-lhes a felicidade«parece com lõtln clareza, Po,- fim, chega

o momento de defmiçáo e o •"¦"•rói nào sabe.-onio portar-se. O desenlace inesperado epungente não cpiá contado por nós para.não privar o leitor do interesse naturalpelo desfecho,

Al mu» em l-eilàa. a par da magníficahistória de -lolm Braine adaptada por .N>ilPateison, foi dirigida eficientemente por.la.l; Olaylon O diretor, uni estreante, es-merou-ae utilizando funcionalmente a fo-logiafia em prêto-e-braneo »m planos degrande sentido plástico. Também seus ato-res principais Lavrence» Harvey e SimoneSignoiet esta... muito bem dirigidos. AliásSimone Signoret recebeu o prêmio rie in-lerpretação no último Festival de Cannes.Que grande atriz, cheia de dignidade emseu amoi'! Sua interpretação sincera, e enio-

Uva <* um dos pontos alln. do filme,Almns eni «.«'Hão figura entre as me-

Piores histórias já filmadas sobre assumotào delicado e perigoso como a das re-lneõe** amorosas e extraconjugais, Sutilezae ironia, lirismo, drama, realismo, repon-Iam nos diálogos sempre humanos. Pelaexcelente realização cinematográfica Almasem leilão <• uma película que recomenda-mos com pra/.cr.

Com a nova politica anun-ciada pelo Governo, o Acuardo Cedro permitirá aos cam-poneses utilizarem-se de todaa sua capacidade de irrigação,que e para 1.000 ha. e impedi-ra que o fruto ria obra chi Go-ví no e do.s camponenses vabeneficiai' apenas aos latifun-ciiário-s.

ORFEU DA TELEVISÃO,i genern satírico produziu no RáHin d'"- -v'»

lentos autores; Mnx Nunes c Marolflo Barbo?* Nãofósse o preconceito anti-radiofònico. e toses chis pro-dutorps gozariam hojr do morneido cnnr-*|i'- nv-^nioentro ns oscrltoros patrícios que melhor rmxbertmutilizar ossa lonivol hrma, que o a ^á'"-1 ';|- nM'dio ó efêmero. Klèmora é lambem a Tolo xc*. Am-bos se constituem, paia homen'- como Mas o. Harot-do num contiiuio clespevflieio de ia]-?ntn

No Rádio aliás, a sátira revelou-se arma r"^"-i-osisslma, muilo mais doslritirlorn que em qualqueroutro sonoro. K essa perirulosidadft parece ler sidoaumentada com o advenin da Televisão. Porénv seno Rádio vários autores obtiveram ONÜo explora.ide r,

CPiicro na TV. anenas MfiN Ni"ies cot^epmu iP"aIm- sons próprios sucessos radiofônicos. E i.*sn mr«mnsó acontece em um rios seus prof-ramas, Ali Rnna eos ti) (larçõps . lendo o autor que amargar vSnos t'*casses.

Foi 110 Ali-Rahá que vimos, sexta (ei-.i p**-A-da a sátira ao filme «Orfeu do Carnaval*. E pencasvezes a televisão nos fez rir tanto (nem mejmodiiando assistimos Al Netop Max Nunes * 3. Maia«ouhpmm apreender e explorar os momenios ridt-culos do filme, que. em que pce a sua boa qualida-de geral possui instantes de inçrmcobivel unatitn-rlade K Nádia Maria, essa excelente coinedini^e. ea-ricaturando a irriquieta -Mira- do filme de MareeiCamus mostrou, mais uma vez. ser um temneram-r-to artístico que a TV-Tupi náo sabn presiyvar.

TELEMOMICES

Fraquissimo n iiliiino eepetáeulo do .Teatro Moi-nho de Ouro.. A falta absoluta de critério artísticona escolha de originais poi parte dos rflsponsáv.isnor esse leletoatro é lamentável De«-ia vez era umapoça de Mário Brasini, Ma.alv Magaly era umamacaca K dava pena ver Mário Lano. Cilo Costa eAuri Cahel fazendo monvee--. por exieoncia de umoriginal que nfio merece sequer um comentário.

PERO VAZ

Os Bilhões Do Porta-AvíõesDevem Ter Melhor Emprego

Simpática a opinião pública à campatina de oposição à compra da be-lonave —- Não seria reforçada a de-fesa nacional — Desarmamento,

idéia que vai abrindo caminho

TM t*tido " mais sl*M-tica reperciisfAo no seio riaopinião pública a campanhacontrária á compra do porta-aviões Minas Gerais" peloBrasil. A razAo principal daoposição à aquisição t-issabelonave reside no seu eleva-dissimo custo que representa,ao mesmo tempo, um enormedlspéndlo de dinheiro e dedivisas pelo pais. O deputadofjaúcho Paulo Mincarone, que.-e dedicou à análise da tran-shçAo. reunindo vasto matp-rial, estima que. na melhorrias hipóteses, nada menosde 8 mitoi bilhões dc cruzei-ros serão dispendidos peloBrasil somente com a com-pra, e.1 laudo excluídos des.-emontante os gastas posterio-; es reclamados pela manu-tençáo da belonave. Segundoo mesmo (reputado, tais des-pesas consumirão idesde o.ueo navio não se afaste doRrn 11, pois em caso contrárioo< pastos seriam em dòlancerca rie ISO milhões cie cru-

II ConferênciaSindicalNacional

A., quatro Confederaçõese as demais entidades na-cionais representativas úe.todos os trabalhadoresbrasileiros resolve: am con-vocar para o.s primeirosdias de outubro a II Con-ferêncin Sindical Nacio-nal. Ficou estabelecido,em principio, quc o con-clave discutirá o seguinteipinário: li Direito deGreve: 21 Previdência So-ciai; li' O trabalhador e asituação nacional. Essacomunicação foi feila naultima reunião do Conse-lho 1'PRioua i Consultivoda CNTI desta Capital.IiKMcou-se quc a data daConferência tosse fixariaentre os dias 30 do cor-rente e 8 rie novembro.

«Iros por mes. ou 1 bilhãoe 800 milhões por ano.

ARMA OBSOLETA

Algumas pessoas, prim i-palmente militares e. entre,e.-tes. sobretudo oficiais daMarinha de Guerra, procu-iam justificai' a aquisição doporta-aviões com a alegaçãode que é um imperativo doreforçamonio da (Mesa na-cional. Todavia, como a vidaesta mostrando e. de acordocom opiniões de abalisadostécnicos navais, o porta-aviões torna-se mais e maisuma arma inoperante e ob-sulcta. um alvo vulnerávelhu- modernos engenhos bn-licos ifoguetes, aviões stipei-sônico: -i. submarino.- atómi-cos etc. com cuja mobilidadea lentidão rio porta-aviõescontrasta violentamente. Umr'us oficiais que defendem acompra do pantagmólico bar-co. falando pela televisão.Í0| perguntado acerca rie .-oo Brasil não dispensaria oporta-aviões, desde que fosseconstruída uma rede dc aero-dromos ao longo de toda a.-ua costa. Responctendo, disseo oficial que não, pois, se ne-

m&mÊMmÊmmmÊm.

cessário, o porta-íviô»» it.demais unidades qu* inte-Kl,i.n o chamado grupo o?eaça-de.-itmiçfto) poderia irem perseguição ao hipotéticosubmarino inimigo ate a Adi-ca, possibilidade quc não ha-veria para os avióe- deco-xmeio ria cosia brasileira.Oia. e evidente que um ,-nporta-aviões -cria r/r todo In-suficiente t também, q:,"sua missão defensiva -era ainv.ito discutível...

E já que se fala rie .'ile-sa nacional, é o caso rin inú.i-car se a dissonçáo já provo-caria entre a FAB e a Mar-nha em torno ae quem i.i-pulara o navio não acarretamaior mal cio que todas aspossíveis vantagens <xi porta-ic. iòes,

0 QUE PODERIA SERFEITO

Km entrevi tá o "nu :<>¦v.-ia rirsin Capital o rirpx-tncio Mincarone enumerouuma serie cie empreendimen-tos ou providencia- que po-ricriam ser levados á praticacom os bilhões destinados aoMinas Gerais. As.*mi, com o

m»5n*f> dinheiro pueril mse,- f rnecjdof tíuis rmU-óe/d? merendas escolares, dis-rlamenté, ate o ano 2 060, ouconstruídas duas grandes nsinas side: úrgica^-: ou criados13 mil novos leitos hospita-lares, ou abertos 13 mil quilo-metros rie rodovias; ou ppvi-mentados 6 600 quilômetr**.'de rodovias; ou construído'44 navios mercantes de. ara.-.vde lonelagem; ''ou consf-ruída;.s 340 c.-celas rie nível elemen-tar e médio, com capwüldaci*-par*i mais rie 813 mil estudantes ou adquirltías 29 miipequenos trsuires para a. li-v-"ira .

O cojjr.rn.ir-. enrv*' 9 qu»P*-'a sendo gasfe rnm t tífle-nave • o que podem ar feitocm benefício do povo ê flu-Eianíp Tanto mais quant-s a"operação porta-aviòej" com-ndlu com uma epcva em qx»n que vai ganhando rorpo »a ^impeti» popular r>rla pre-po^ta rie rie.-armamento universai r total, aprp.*rntnd,*) hsum més ante a aíf-emblei** oi'ONTJ |iov Kruschiov, |u$fá-men'te e chefe. dp. um dn.'mais poóerof-os Estado» dfmundo.

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AMIGOS DENOVOS RUMOS>

A administração de NOV03RUMOS agradece a 5 amigosrie Olaria a Importância deCrS 200.00 i duzentos cruzei-

rosi que 'he foi enviao*.

ofaj*'" ''¦¦'¦ i- z-jl ç?

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PAGWA S NOVOS RUMOS 23 i 29-10-1959

Cuba De Fidel Castro Por Um American©

COMO O PAÍS DUPLICARÁ

SUA PRODUÇÃO

S3a^S^Sí:^::;- -C». "• ",.>•

II VICTOR PERLO

AGRICULTURA

Jruba tem 50'. mais ter.Ia orável que a Pensilvânia • conta com um nú-mero de pessoas duas vê-sen e meia maior traba.lhando na agriculturaAlém disso, desfruta demais chuva e seu climatropical permite-lhe duascolheitas anuais Contudo,sua produção agricola éapenas um terço maiorQue a da Pensilvánia

Cuba tem a mesma áreaHue a Pensilvánia. masseus 6 milhões e meio dehabitantes representam sòmente tré§ quintos da po-pulaçáo daquele estado.Cuba poderia, sem dúvida,alimentar amplamente tó-da a sua população To-daria, importam-se 30"., doconsumo de alimentos eèsse consumo está abaixodos adequados requisito»dietéticos necessários àsmassas da população

Historicamente, o cultivoda cana-de-açúcar deslocou o de cereais e ou.-tros produtos. No entanto,D problema atual não é

que se dedique terra emdemasia o cana-de-açúcar,imc* sim o lato de haverhiuita terra impiodutivafi proporção de terra ara-Vel em Cuba é considera.tolmente elevada: 75",)Mas cultivam-se apenasfe2% dessa terra, em comporação aos 30% dos Eslados Unidos e percentaqens ainda maiores em ou-tros lugares Menos de 10%da terra cubana sã0 dedi-dos a outras colheitas quenão sejam de cana-deaçú-cai

Onde está a terra nãoutilizada? Como *e p°aeUtilizá-la?

Grande parte dessa ter-ra não utilizada está nasmãos de corporações aeu.careiras e das grandesplantações As rígidas quo-tas de produção limitam ocultivo da cana-de-açúcarAs grandes corporaçõesbianiêm dezenas e centenas de milhares de acresem reserva Dará prováveliuturo. A Francisco SugarCompany só cultiva cananum terço da terra quepossui; a Manati Sugar, emmenos de um décimo Ambas pertencem ao monopó-li0 Rionda

Outra grande parte deterra só é utilizada parcial-mente — um terço da ex-tenção de Cuba — em pas-tos, muitos dos quais per-tencem a grandes intendei->os de gado. Tradicional-mente, esses se mostrammais interessados em co-brar os arrendamentos doque desenvolver a criaçãode gado. O cuidado com opasto é pobre e há pouca

alimentação suplementarA produção de gado poracre torna-se considerávelmente menor que a dosEstados Unidos, na faixaque vai de lowa a Minnesota para o leste, emboraas condições naturais se-jam mais favoráveis.

Além de colocar maisterra em produção, Cubanecessita mais irrigação,utilização extensiva do sis-tema de duas colheitasanuais e mecanização. Oseconomistas cubanos aíir-mam que a irrigação podeser estabelecida mediantea construção de pequenosdepósitos para recolher aágua da chuva e a perlu-ração da faixa aquáticaque existe bem perto dasuperfície Utilizando me-lhorus métodos de cultivo,dizem, podemoj obter aatual produção de açúcarna metade da extensão deterra de que hoje necessitamos As ruas de Havanaaparecem agora decoradas com tratores que repre-sentam a contribuição deoperários e empregados emajuda á mecanização daagricultura

A população rural semterras, asfixiada pela mi.séria, está disoosta e an-siosa para trabalhar tanto quanto preciso a fim d»obter uma produção agri-cola maior Os camponês»»cubanos contribuíram comum número considerável desoldados para o exército re-volucionário de Castro Lu-taram pela terra e agoraaguardam a prometida re-forma agrária (1) Há?.00 000 agricultores e500 000 trabalhadores agricolas Um terço dessescgricultores é de sub-ren.deiros, colhedores e traba-lhadores volantes, cultivan-do pequenas parcelas deterra nas mais desfavorá-veis condições. Assim, aimensa maioria da popula-ção rural cubana tem algoa ganhar com a reformaagrária

OBJETIVOS DA REFOR-MA AGRARIA

A reforma agrária vi-apôr mais terra em produção-De acordo com o que já seestá informando, a lei dereforma agrária, quandose implantar, disporá a ex-propriação das terras nãoaproveitadas nas mãos dosgrandes latifundiários, tanto nacionais como estrangeiros Tais terras serãopegas segundo o valor de.clarado por seus proprietarios para os efeitos dotisco, o que reoresenta umaapileacão da justiça popu-lar não isenta de certa iro-nia

A terra *erá logo entre-gue aos camponeses indi-viduais t às cooperativas.Onde se deseje uma produ-ção mecanizada em gran-de escola, dar se á força àorganização de cooperati-vas. Aos camponeses serãoentregues 66,7 acres, comdireito a comprar mais 100

Tais medidas elevarão opoder competitivo da pro.dução dos camponeses, es-tabeleceráo uma força pro-gressiva rival no cam-po e minarão o gran-de poder das corporaçõesaçucareiras e do* criadoresde gado. Uma débil ten-tativa de semelhante re-forma nas terras improdu-tivas da United Fruit e doslatifundiários locais iot quedesencadeou a contra.re-volução na Guatemala.

Só os ingênuos podemconfiar em que a reformaagrária seja levada adi-ante sem suscitar amargosconflitos. Os termos defi-nitivos em que a lei seráaprovada, que ainda sãodseconhecidos, muito revê-larão nesse sentido. A rapi-dez e a determinação comque se implantem, signifi-catão ainda mais 0$ cubanos se mostram confiantesem que a lei será de gran-de alcance em seu conteú.do e que será posta em vi-gor com toda energia.

INDUSTRIALIZAÇÃO

Cuba marcha atrás dospaises ABC (Argentina, Bra-sil, Chile) da América doSul e do México em denen-

volvimento industrial Con-tudo, Cuba possui recursosde primeira classe • todaa mão-de-obra qualificadade que necessita para umcrescimento industrial ge.ral Cuba precisa de indús-tria para elevar o nível devida, obter independênciaeconômica e abrir fontesde emprego.

TRABALHO E IN-DÚSTRIA

Sindicatos forte-s e tradlções radicais permiti-ram aos operários cubanosganhar'salários mais altose melhores condições detrabalho que as vigentesna maioria dos paises daAmérica Latina Batistaatentou contra esses stan-dards, mas nã0 pôde des.trui-los por completo To-davia, muito ooucos trabes-lhadores desfrutam de taiscondições Além dos de-sempregodos permanentes,há um grande número desemi-empregados, duas vê-zes mais no comércio eserviços públicos que naindústria As ruas de

Havana estão cheias deapregoadores nas portasdas lojas, vendedores de bi-lhetes de loteria « jorna-leiros. Somente uma indus-trialização em grande es.cala proporcionaria suiici-entes empregos, com sala-rios decentes, para resolveressa situação

A mão-de-obra cubana éaltamente qualificada, emvirtude de grandes núcleosse ocuparem em trabalhosartesanais e reparações23% das forças produtivassão qualificadas, o que, deacordo com o que informaa Secretaria de Comérciodos Estados Unidos: «ga-rante um núcleo para a ex-pansão do trabalho indus-trial quando forem leva-das a cabo na ilha novasoperações manufatureiras».

RECURSOS EM MATE-RIAS-PRIMAS

Nesse aspecto, a situaçãoé excelente. Abundam osminerais, « há petróleo •asfalto. A indústria do açopode contar abundante-mente com minério de fer-ro, manganês « sucata,bem como com calcáreo

Nào >« descobriu carvão,mas os engenheiros cuba-nos desenvolveram um mé.todo para fazer coque dobagaço, isto e, o resíduoda cana uma vez estraido oaçúcar O coque de bagaçopreenche os requisitos téc-nicos. Atualmente, traba-lhase para rebaixar seucusto a um nivel comer-cialmente prático

Assim mesmo. Cuba jáestá produzindo, com otsubprodutos do açúcar,

-papelão, painéis de construçáo, alimento animal,fertilizantes, várias substáncias químicas e muitasoutras coisas mais. Tiveoportunidade de comprarem Havana um jornal to-talmente impresso em pa.pei de bagaço, que em tex-tura e legibilidade é sup«-rior à impressão feita empapel de poloa de madeira Desse modo, a produ-çáo de dezenas de milhõesde toneladas de açúcar porano representa um imensopotencial de fornecimentod» matérias-primas para aindústria

Os problemas técnicosenvolvidos no crescimentoindustrial poderão ser re.Bolvidos com toda certeza,mas os problemas de orga-nização, financiameto e po-liticos são os mais difíceise nele tropeçaram nos úl-timos anos, muitos paísessubdesenvolvidos.

O CC 110 PCUS SAI DAVIMOS

XCiUIAM A LBAOS SiOLE ATI

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iM- iTJUiNIJj .M — • .*if // • __ \ • 'VA. L'l v*r. -í

NA ESPANHA DE FRANCO

3.000 l.\JKl IXTtAISlt EC L A JI AM A Ií 1 SUA

As prisões ila Espanha tle Vranço cinitintitiin >>'¦•

iilclas ilr prisioneiros políticos. Ainda hti poucos dias

foi condenado a longa pena dc cárcere o patriota espa-

nliol Sanche: Montem. Milhares dc espanhóis e.tlâo no

eslranceiro. por nào poderem viver na Espanha, pro-cessutfos por Mias ttlil idades políticas contrários tio

fascismo.

Mas. enlre o poço espanhol crescem ai exigências

tU rrdeiiiocialr.arao da rida do pais. I mu expressão

dessa exigência e n apClo tpie puldicamos ti seguir,

assinado "por

mais de Ires mil inlrlectnais espanhóis.

O apelo c dirigido nu Ministro da Justiça.

'Kiiii" Sr.:

NU», iilmi.xii »»*iriado-, n»* iliriciui"- "V. Kxi-in pnra eximi im».*" |i"ii.»iiineiiin s<Mii-e

iiinn quesin.1 que roíidiileriinmi' irnum-eti-rleninl.

.\(1>. es|)iiuliiii», iiimla uno resulvemu!. »

liriiliieiiia de iio^sri i-niVvi-èiifin. Aindu ni"iwiíi.i 1'h-uiemenie estnlieleridns iis bnses qnepfi-uiitinii ii |tiirtii'i|)«i,'Ao de luiluí im rjilnpspiiulml». Il^i ''«"iu» «*nin..lnvfl -t-li-lesiii

cm sen «diliirial >Je I ile aliril f»-ridiis daaluiu inii-iiinal que ailid.-i ruiu i-iriill'iv.ariiiii,linii il.i» mnis prnl iiiuI.i» '¦ h i-iuisiiliiíilii |n-lii«Inilluires de i-iMii|iairi"la» 'i'"'. I"" »'• ein-iinI. Ul',.IU UU» i-jil-i l-|>'» llil llil l'\ill". »'• ilrlllllll

iiii|,.,»»iiiiiiiinli.» ii Inliiiriii ¦ mi"»''ii nu»lnri'fiis i|iii' Mxijti' ii vulii ile iiu»sn piiis.

\. i'pilililliiii.». |nrii-ni. que ii' ii-''" -1' i||Jlili.-ll ('SM' flllll lIllIllIIIMI I ll","ll II lll"lll'-lll"i-iu (|ii,- n» liiiiinri» iV-ridils ilevfiii »'-i' i-«Iiiii-l-lldíl.». "» nlisl ;i'h!"» I|IU' illl|ii'lllMII n i i-iiuiri-liai-ím ii"> espniiliúi» devem ser i-liniiiiiulns.I'i-I,»rillir» l|lll< iiiii |i;l.»»n lllllifii »i'll '

l-ll.ll/ ll.'»».' rlllllilllr" .i'i'i,-i ii ANISTIA lil'!li \l. I' MiA TolUiS "> l'l!KSt(S 1'iU.I IIrus K KXII.AlidS

ViSHIlllil H nS»P "Irjl-I : v ii. |li>l|ill|il|) II V.

l-'.v.'i;i. ImJH |r"i Iii-iii Iriliisiiiilii' ii"»s;i n»priu-flii :i" ''rrii»i-!liir ili' Aliiii»i i¦¦¦'». ii íim de»c oliier unia nnisiia itu^ peruiiia * plena i i|-"|'|l(r|','li;A'r .1 > .llil IlIll-ilUlal 'I" '"ri"» rr» I'»

)iaiihf.i.».'Nl"l" lllll .1,1111"" lil' r|llr- \ K\r:n -i.lr.-rrl

cntM|ir.'tJII(|.,r ii* -il* 111 Ílll-Mll tis M11*' '' ,s ifllilHiilll, i< ile i|i|e ii"»mi pediilii •!.''l'ii aleniliilii

l n i rtiiluiill Meni-iiile/ r-inil. 1'resiileuieilu Ai-adeiiiia dc l.iiiyiiu»: (ii-1'iiíiriii MaiaMoii,iliiiiliu- cm ineil" irui. iirailêliiiiii >¦ esri-iim :li-.ifiiliso Aliin.»". pm'ia. iirinléniii-" : AI¦ >t,-<•ile Lu Pei',-1. tll.ilQgn: \ni-lili' Me\niiill'e, |i"i-

I in. '1'el'ii-o HeniaiHl", ilouioi-: .liiliu rasuro».1 Sei-i-ei li riu da Aeaileiiiia dc l.fusiins. filiiliiaii:

\ ir-enie ilania lie llji-jn. i-aleilnilirn i|n In»iniii" ('isnern.*: Padre l-'elix (lai-i-ia: Sumiui" Miiniei'" Vir/.. iii!ile»»in': Valeiilill Aiiilré.»Alvare/.. lilCi-ailu da l-ai-lllilailc de riéni-ia.»Ki-oiiíuiii,';i» 'In 1'nivei-sidiide i'entraI de \lailriil: .lo»é l.ui» 1'iiiiu. Direi or da revisia lu»ule : Piiilre 1'reilei'ii'ii Sopefia, n-ilii-n iuu»ii n I iiieiiilii'u ilu Araileiiilii ile San Feniiiiulu :

l ,l(i,'i(|iiiui i'al*'u Suielii, ilraiuai iirsn: líinimu! |V'ii>/. A.valn. eM-rilnr: Seliiisiiaii Miraiiila :; Kdjtili' Neville. jin-iiali.»ia. jiuiiii' n-alr.-il: IV-

ilii, l.nfu Knlralai', iiu'iiali>ia i-aiúli.-ii: iliniI /aln I.. I.afiua. ilniiliu': liinlii^" li ia.», eaie-

,1,-i'itii-i,; 1'llíi- d" iMiaiie, liiéilii-o: fniiilln JiisáIVU. asi-l-iliir, ii.;i'l''iiii'" : lítliVí Ki-lipe \ i-

min-Ii, HM-i-iinr; iliiltrinl "'ela.va. pffia: Hio-

im».,, Itidriii*!". pueia: Ali"u-e Snsiro. íiunu'it-nirnl: Atumiiii Kiifiti Valleju, nuior n-auni: .li.».- Maria «'a.-K'llei. e.si-riior: l.ui-»Ciiiiiisnlii. eorritor: .le.»ur l.upes Pariu-'", n»velisla: AHi-ili. Man|iu-i'"'. cfilii-ii n-alial:.lu.-é Miiiin tiuinlii. esrriicr: .Insé Tiilliayo,iliii-K.r iciiu-al: Carlns Vétez, diretor da re(i»U Vre.iil" : Ailieiui l'.!:i IU'111 "ll. ri 11 "''•

ruiisii-al: ArcH l-Vrmuidt»'/ Munli-sino: (.'láii-,|hl ||,. Lu Tii|-|-e. ilii-eliil- ICilll-íll : AII''-I'HI (imi

y.iilw Vi'1'Sfl : i'i »i"li;i! Ilrillliei, i-nmiinsilor :.lei,M,mi" Miura. annu' leairal : Vii-im- l.ui*li-iaie. n 111 nr leairal: l.ui* Ksníliar: MiguelMima. iiiiiiu' leairal: fariiien Muniu «íaii•».

ii"\i-l:»ln ' .liisé Alltel l-:.»'iu'i',-i. ilircl"!' ilu »e-

n,nnin ,,, Ti ui,i" , .1 Aiitiilliii Itili ili-n. di-leiur i-iiieiiialo^l'i'il'ii-ii: Mljíucl tian-ia Moremi, i-nteili-iM ii"' il. Menendez l-'idel, eaie-driiiii-ii: .1 it:.ii Aninniu de Ziiii/une^ui-. nuvelislii; lile-fíetii-ral Killilelflu : .1. l."|ii-/ 'le

ll|-n: lliilmiiii ile l.a Víilpilllil. i-illeill-iltiiii,|,,»li,i iiiiIiii¦; |.ni< lieilmiet. eii.ueiilii'il'0-ililiisirial: Mei-eede.» ile tínilirois de l-iallesierns.e.»eium u : Klnj Terriili, |ji-,il'e».»iu . Aliíel 1'er-run, .l"»i- Mi.niiiiii. i-ríiirii leairal, '•» i-hip-ilrálieiis; .liilin Palliu-io.». .lusé llulella l.lu-»iii. Aiiinni" ii.il-m lielliil", Anluiiiii Halleí-i,.i,,» liiiilii-ui». Viiselinu I! i'n Marin,lleiirinue ri, ini. llalvAii: Manuel l-'ei-iiiiii(le/.I', ui <- N ' "iri» Peii-Z SCI lllll". -I ri. lin- tíllilS|i,.l"ii(|iiiui i'iirrisuei'.. Paulinu 'íaranuri, .1. v.Mill-illiell. Lu./. I '"'/ l»el l'iirri'1, l-!lll'il|lie i.n-din/ ArliuIe.Mi, I'. ,M"iaii SaiiiiinlieKii, li. • U"llii i "!"ii .1.1 ':i»laiilir-il:i I lr"i i"-l. 1'fldl e KI.VMulili-i". .111 st ti dei l!u.»:il. Aliluliiii ile l.iiia,.1 A San Peilru. A N. Niivjirrn. l.ui» (liu-i-la

¦ le \ alden velliiiui, .1. Surda liuxeii. A. I.'rsms,|'i-.sii-iiin Alvare/., I. liiuui-/. Menun. M lioie-iàn. i' Kernaiulez líiulrimie-/,, I'. líodri^nexAilrililuj), S, Vnlenziielii. I. 1'iii'iiinsa. '-'. An-

¦in hi-a. Si\i" (lliniMir, I'. I'.. l-'ij;iieii-ua, S.Alnii-ailu. Maranu Itiihle», I; >n ltoliledn,;i'|viii;iiil.i : Tiniu Maria. e»i-|-ilur; r-illgenii»lleiiii"»". l-!ni-ii|Ue 1 .jiliiciil••. i-rilii-o de ari":P.iililiuieirr Arueille ilel i'a»li!l". i-\ millNt i",er'iiii"nii,»la : .lusé liai""», in-iiiléiiiii-u; .luliitIhiiiii-z. I. (iiiriilf. I ';, I, i-l \;iki|Ui-/ llia»-. |nn-im : 1'nliile.», A P.eneiliin. piuiur: .hilin Mui-sés. [lillllir; K, I.al.iU.Ia. .1IIIin Inlle-lall e liflltlSainin-/..

.Nina: ii apelu iiiiiiia Irnii.-ri-llu leri-beumais ile i ré.» un! n-simil uras de inleleel nais

Ia l-ispnnha (•- lliesi Ie|niis i|e eillreglllirn(il iIIllil lt r-¦»*!--»f*t )|i|i-sn»-jí.

A - de outubro forampublicados em Moscouos tradicionais apelos doComitê Central do V;wtido Comunisla da l'niànSoviética dedicados an-12" aniversário da < íran-de Revolução Socialistade Outubro, a ciimenio"rar-se a 7 dt- no\ embrupróximo,

lm dos primeirosapelos diz:

«0 XXI Congresso doPartido Comunista da"União Soviética assina-lou a passagem de nos-ao país à época da cons-truçáo do comunismo emtoda a linha. Povos daUnião Soviética! Empe-jiliai iodas as forca.» egcerjias pelo cumpri-

mento das grandes 'tare-'Ias da edificação com irnista. ¦

Alguns dos primeirosapelos são dirigido.» aospartido? comunistas eoperários, a lodo» os:rabalhadores, saudando»ua luta pela paz, pelaindependência nacionaldns povos, pela demo-¦ rat ia c o socialismo.

Apelos especiais sãodirigidos aos povos detodos os países para (piereforcem sua abnegadaluta pela paz mundial.

por uma paz .«'ilida e acolaboração de todos ospovos». Conclama-se;

- Povos do mundo! Al-rançai a completa licpii-daçáo da glieiTa fria e o

alívio da tensão interna-cional! Pela rápida liqui-daçáo dos resíduos da Se-gunda Guerr» Mundial!Pela conclusão do Trata-do d* Paz com a Alemã-nha e a liquidaçãn do re-giliU- de oeiipaçào deBerlim Ocidental!-

Nwta serie de apelossão #irígidas calorosassaudações aos povos dospaíses ipie constróem osocialismo, a começarpela República Popular• Ia China. Faz-se unia>audaçáo fraternal aostrabalhadores da Repú-blica Popular Federativada Iugoslávia para -nuese fortaleça a amizadeentre os povos soviéticoe. iugoslavo no interesse

da luta pela paz e o so-cialismo».

Alguns dos apelos do<'^' dn PCUS saúdam ospovos que lutam por suaindependência nacional econ Ira o imperialismo:da Inuone-sia. Birmânia,Ceilâu Carnbod.ja, bemconiu n.» povos do Ori-enle Árabe, que coinba-lem pela liquidação doregime colonial, e os po"vos da África, em lutacontra a opressão impe-rialista e colonial.

Saudação especial éfeita aos povo.» da Amé-rica Latina:

¦ Ardente saudação aosp«vo.» da América Lati-na. qup lutam pela pazp a cotaboraçào entre ows

povos, por sua indepen-déncia nacional, contrao imperialismo!-

Outro apelo diz:«Viva a amizade e a

colaboração entre os po-vos da União Soviética edos Kstados Unidos, nointeresse da liquidaçãoda «guerra fria- e pelaconsolidação da paz emtodo o mundo!*

A maior parte dosapelos do Comitê Cen-trai do Partido Coniunis-ta da União Soviéticasão dirigidos aos povos eaos trabalhadores daURSS. Um apelo espe-ciai é feito aos realiza-dores dos grandiosos fei-tos da astronáutica so-viética. Diz:

•Vivam os cientistassoviéticos, construtores,engenheiros, t é c n i cos,operários, qup giorifica-ram nosso País como oprimeiro na historia dosvôos cósmicos à Lua. ini-ciando unia nova era naconquista dos espaço.-cósmicos pelo homem!

Conclama-se, em mi-tros apelos, ao cumpri-mento antecipado do pia-no septenal de fomentoda economia da URSS,para que seja assegura-da a vitória da UniãoSoviética na competiçãopacifica com o capita-lismo.

K' saudada uma gran-dp conquista do povo so-

vletico: a jornada detrabalho de 7 horas, im-porlante etapa na conse-cução pela URSS damais curta jornada iletrabalho no mundo.

Depois de unia sériede apelos dirigidos á mu-Iher soviética, á juven-tude da URSS, aos mem-bro.s do Partido Comu-nista, o Comitê Centraldo Pt 'US conclui:

"Soh a bandeira domarxismo-leninisnío. soba direção do Partido Co-munisla — avante, paraa vitoria do coniunis-mo!'

-Viva o comunismo— futuro luminoso datoda a humanidade!»

Page 9: CARNE: A - Marxists Internet Archive · pectivas que se abrem com o intercâmbio econômico entre o nosso país e a União Soviética. ... Essas agências — que são sucursais dos

23 a 29 -10 - 1959 NOVOS RUMOS fACINA 9-

O Triunfo Do Marxismo-LeninismoNa China

LIU CHAO-TSI

A| vitórias do povo* chi-

e» no transcurso cios tes

ial anos são vitórias cio•ruirxismo-leninismo, vitó-

ai conseguidas graçar. a'dêção do Partido Comu-

7,1* da China, vitórias _<«,

rha geral do Partido na

»/o!ui*ão democrática, ra¦evolução socialista • na"di-ficação do socialismo.

Durante a revolução oe-¦nocrárica o camarada Mao

I o Tung esclareceu em ra-

peridas ocasiões esra idéia:».... o movimento revolucio-

tvio dirigido pelo Partido

...omunista da China k, em

,6rií' conjunto, um movirnex-

io revolucionário úni-o,

|U« abarca a revolução de-

niocráfica e a revolução -.o-

ífllista..i Só é possível a.-Pqir com acerto a ravo'u-

,oo na China compreen-lendo a diferença entre a

revolução democrática « a

e.oluráo «c-iali^ta e as-

larecendo, ao msimc lem-

no, a relíição e-xsten'e a- •¦re ambas», Na revoluçãohinesa, o-, oportunistas de

rjireira, da mesma forma

iue os mencheviques "a

Rússia, separavam a revo-xição democrática òa re-

Paraibanosquerem

Delegaciada CAPFESP

PARAÍBA (Do Cor-respondem.) — Ossegurados da CAP-FESP neste Estadocontinuam pleiteai.-do das autoridadescompetentes o estu-belecimonto do umaDelegacia autônomana Parnilm. Atual-mente, todo o serviçode benefícios estácentralizado na De-legneia da Ti' Regiiio,sediada em Recife,fi.sse fato vem deter*minando grandes di-ficiildades para a ob-teneao de aposenta-doria, pensão, auxí-lio-dóença, etc.. Aconcessôo dos bane.íieios se torna muitomais demorada,agravando aindamai.-- a situaçilo an-gustinnte d e todosquantos necessitamde recorrer a CAP-FESP. Por essa razão,os trabalhadores con*tlnuam pleiteandouma Delegacia Re-giona] para o Estado.

vo!uc.áo lOciaiisto poi umaimur.ilha chine-a:-., cão

percebiam a íntima cone->.éo enlre estas ouas revo-luções. Na revolução de-mocrática não viam comoroi"a possível a perspecii-'-a de sua transformaçãoem revolução socialista. Is-¦to de um lado. Do outro,os oportunirtas de «e*quer-da», da mesma forma queo> Iro Islãs ias na Rússia,**ão viam a divisória entrea revolução democrática ea revolução socialista e

procuravam, na etapa darevolução democrática, su-

primir a burguesia e levara cabo as tarefas da revo-Lçáo socialista. Estes dc.sçTÔneos desvios causaram,o seu tempo,. um enormedano à revolução chinesa..Em oposição ao oportun.s-mo de «esciuerdd» e de di-reita, o camicho ju;to ra

aireçõo da revolução chi-ne o, oue é repre^entaoooelo camarada Mao T*e

lixq, consistia, de uma

porte, em levar à práPcc.4 teorio maptisla-lenini.Taao desenvolvimento da ra--oiução por fases, de.'iv ¦

'ando com precisão ai Ia*refas das duas etapa* oarevolução — resolução de-mocrática e revolução so-cialista — e, de oulra par-re, em aplicar a teoria mar-¦¦islfl-lenlnista da re\oiüx~o

Vinte e quatrohoras de greve

decidiramSAO PAULO (Da Sucur-

aan ~ o» 35 mil trabalha-dorçs nns empresas de .óni-bus desta Capital votaramao trabalho na manhã do dia14. após a realização rie uma«revê que paralisou comple-lamente todas as 42 fi masque servem a mais de unimilhão de passagleros. Gra-cas a esse movimento, q*'edurou apenas 24 horas, ostrabalhado o* conseguiramum aumente, salarial de2.200 cruzeiros mensais, »partir de 1 de outub o. ¦*o pagamento de importânciaciirrefoondcnte como Abonodp Natal.

O Sindicato das Emprè-asdc T ansporte dP Passarei-ros, «intretaiito, vem ní ir-mando qne só concederá oaumento cie salários dc',o'sque obtiver unia subven-cão da Prefeitura ou,ciwo c o n t r á ri o, depoisque tiver autorização pavaelevar o p'eço das tarifas, Aconduta dos empresários cieônibus vem causando proic-tec da população, que niioconcorda com nenhumr. ele-vação no.s preços dns ta liasOs traba'hadores, por outrolado. pederão volta: à «revêpara obrigar os patrões acump irem o acordo salarial.

permanente, 'gar a-tre.ta-

in-rile estas duas revolu-

ções na .etapa da revolu-

çao democrático e impul-sionar no possível a lu^a

pa'ti preparar as condiçõesàa futura revolução ioda-Ií-í*-a com o objetivo de de-^envolver em todo o p-iisimediatamente depois riavitória da revolução ds-mocrática, sem nenhum in-tervalo, a luta pela revo-lução socialista.

A hegemonia do prole-tariado na revolução de-mocrática, a qual o proleta-riado manteve firmementeem suas mãos através doPartido Comunista, foi achave para assegurar a vi-róría complela da revolu-

ção democrática e a pjs-,aaem desta para a revo-lução socialista. Nenhum

partido burgui-, da Chi''a

podia apre."en'ar um prn-orama consequentem*-"^antiimperialista e a n I i-i-nidül nem levar a revolu-

ção democrática até suasúltimas conseqüência?. A :<-

ii a geral cio no- -o Partido• u direção da revolução'dfimocrárca consistia emunificar o maior número

possível de íórço.x soo acerecão do proletariado e;óbre a base da aliançados op.ráPoi e dos cam-

ponesese, e em lu^r rox->equeniemsnte contra oimperialismo, o feudalismoe o capital burocrático. Ocamarada Mao Tse lunqformulou da sequinte ma-neira esla» linha oerai: <-Arevolução popular de ma -

i. , dirigida pelo prolela-, riad.oi e rá orientada co--

Ira o imperialtòm'" o liix-d.liímo «? o capital burc-i láilCC: ,

No período o«i revolu-

çáo democrática rà China,tanto o- oportue.Ptas ciadireita, que negavam todareiacáo entre aí duar, re-voluções — democrática esocialista, — como osoportunistas dc «esquer-oa», que confundiam e.tosouas revoluções, não cem-o-eenderam a importânciada questão campor.e a

p.ira nos*a revolução «,

por conseguinte, cão pu-deram táo pouco abordar.cm aceito o problema éaburguesia. Or- oportunistascie direita aplicavam urna

política capiluladora emrelação a burguesia e corsideravam que .. revoluçãodemocrática era, fundo-mentalmente, assunto daburguesia, Não -.e ape Vvam na aliança operano-

-.amponesa, mas, principal-mente, 'õ frente únicacom a buigueva. Em re!a

çao a burguesia, faziamfinca-pé unicamente ra ali-«nça cem ela, não desen-adeavam a luta necessária

contra ela. Assim, pois, re-nunciavarn à hegemonia cie.

proletariado. Quando ahuraueria traiu a revo;,j-

çáo, esta sofreu una der-rota, com grave dano a

ausa do proletariado •

das amplas massas popüla-res. Mo indica que, nosmomentos em que já ii-

nham amadurecido as con-dições para a revolução e

era necesfádo aproveitai

essa situação para a pe!e-

ja decisiva, os oportunista*.oe direita não se atreve-iam a lutar pela vitória •inclusive foram um obcia-

culo para- consegui-la. O-

ooortunii+as de «e"querda>não desejavam a aliança

om as diversas camadasdas massa* psqueno-bu'-guesas e da burguesia no-cional. E mais: conc!d*ira-vam erroneamente que o

qclpe principal devifi se'

dirigido con'ra as forças

intermediárias « negavam

que fosse necessário e pos-Pvel unir ou neutralizar ascii-.'er"a! camadas inlerme-

diáriaf no revolução demo-

crálica, A respe;ro da bur-

guesia nacional, se limi-lavam a lutar contra elo..-ão tornavam realidade a

necessário aliança com ela• menos ainda desejavamjtilizar ¦>-. contradiçõe1-oncretas e.ntre os inimi-

qoi, concentrai a- iór;a','.'p-í?| a Juta' £pnija ? ^;l1

. íxiiqa ^rin.ipal, Como.,-^e-íullado lóqico, renunciaram•.imb'im á hegemon;a do

prolef íi riado, devido ao

que ês>e tqve que lutarsòxinho e 9 revolução não

pôde vor-se coroada peia

v rória. Os oportunistas decesciierda» e os oportums-iai de direi'a tinham um•¦aco '.omum: perdiam devista as rsivindicações re-volucienárias • a energiarevolucionária do campasi-•ôio' durante o dominiooa reação no pais não re-conheciam que podíamosmanter-nos tirmemente no- ampo, criar aí bases re-volucionérias e, afinal, con-

quistar as cidades median-te o cA(-:c das me-'m(i' pe-Ic distrito; rurais. Por i --o, mais de uma vez o<-oportunistas de «esquerda'-

passaram a ^«r oportu-e.isras rie direita *m

deteimii adas ei" unslán-

cias, e vice-versa, cite é,

por exemplo, o caso oo ca-

marada Ven Min: durantea segunda guerra civil re-volucionária em nosso paisfoi o prncipa! representan."t» da terceira linha des-viacionista de <erqu9rda>,e, no período da guerra'.ontra os invasores j^po-

•¦ e.es, o representante fun-damental do oporlunisníode direita.

Os marxísfas-leninistaschineses, com o camaradaMao Tre Tura à frente,unificaram i-odo o Partidona luta contra o oportums-mo de «esquerda» e de di-

reita, graças ao aue a re-volução chinesa pode mar.. liar por um caminho cer-to, conseguindo um triuft*Io após outro.

A vitória da revolução

popu'ar, alcançada "ob a

direção do Partido Comu-nisia da China, terminou

p/ira sempre com o domí-r:o reacionário do Kuomi-lang na velha China e der-traiu seu aparelho burocráü-

o • militarista, açoite do

povo. Como co**--:equ3nc:fl,em 1949 foi proclamada e

grande República Popular,oue, em essência, é a di-ladura do proletariado.Portanto, realirou-se comédlo a paccagem da re-volução democrática ã

revolução socia!;:ta. No

p-oblema mais imporlonfeda revolução, isto é, no

p*ob'«ma relativo ao Poder,

a formação da RepúblicaPopular Chinesa foi a cul-

minação do revolução de-mocrática e o começo da

• revolução -sociaÜíto. Alémda dirigir e luta peta vitó-

"ria"na revolução democra-

iica, o proletariado chinosconsolidou firmemente suahegemonia no Poder poli-tico estatal e, por conse-

guinte, não foi necessáriolu»ar de novo pela con-

_quista do Poder em bene-iicio d-*j vitória do sócia-Ií mo, Irto foi possível per-que, no curso da revolu-

ção democrática, nossoPartido não olvidou nem

um instante ?eu objetivolinol: a revolução socialis-ta, «, portanto, na prolon-gada luta pela vitória da

revolução democrá-ica pôstoda a sua atenção na ta-

reta de a--*,egurar e forta-le-"»r a hegemonia do pro-lelariado».

(Trecho de arhqc pu-bli*ado na revista «Pro-

blemas da Paz e do So-

cialiwio» n. 10 dâ ecii-jo de Praga)

_________________________MMMV__ra_Q_*^r_*_% '*i'iMÊM^^fí^m\BnrFa' 1 tT íIJ"''''.fW WWI lfc-K--*'-ffi.fc*ii'-n/ -.'-'i 3í V-í-''.'1'»'_________• BB MrCSz+l _.*^'?'fcjjMfct^ '¦*

¦j liTlTar í M ' *___L^___l_______________É________________r^______f_rín_i^ _J »*M

*'__K'__H _____3__!fi^fl__Fk -?R.Í73'*'-J,V'''"

«Kl' Lt'. Il^_l__H -W'ifÇ**í_»*y^'**:-^"^KmMOMnulS*\SW^f\ '¦*<& - v '-¦-

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Yt*- * *i i ivisaSwÊmWWi !.v.:i>.t.-.;Sj.';v^¦" K C' Á &

l,..|y Wm£•,-"¦;¦' i m-^vi» a - mm

9- fcíi I

mmmitair '"¦'•¦' ' s ¦*!

COEXISTÊMCIA PACÍFICA (mSe o principio dn coexistência pacitira reflete os

anseios de toda a humanidade, na meríida em quoafasta a ameaaç de uma nova guerra, do eíeiloii ter-rivelmento destruidores, correspondo cm particularaos interesses dos povos subdesenvolvidos. A ciuerrafria e a corrida armamentinta reprc;o;t'.cm enormesobstáculos ao progresso das nações atrasadas A sc-guranea da paz e um clima de entendimento int .r-nacional podem, ao contrário, contribuir pere: quemais rapidamente 03 países subdesenvolvidos rem- '

pam as barreiras que entravam ou impedem o »eu javanço em todos os terrenos I

Enumeremos algumas das mais Importantesvantagens que podem resultar para a-, r.a-rn^n atra-¦adai, como o Brasil, da aplicação eletiva da politi-ca áe coexisténcic pacifica:

1. Uma grande parte das colossais despesas hojeabsorvidas pela carreira aos armamentos porlerá sordestinada A ajuda às áreas menos desenvolvidas c'.o

mundo. Para que se tenha uma idéia ao menos apro-xlmada do que isto pode significar, 6 suíiciontelembrar que as despesas realizadas pelo blo-io acres-»ivo ocidental da OTAN elevaram-se ern ISSÍl a 50bilhões de dólares. Quanto aos Estados Unidos, 80%do seu orçamento são canalizados para gastos mili-tares. Em 1957 essas despesas atingiram a 4U bilhõesde dólares,

2 A supressão das barreiras rie desconfiança ode ódio, artificialmente levantadas pelon círculosmais belicosos do imperialismo entre Er.icdos da di-ferente regime social, permitirá que as nações sub-desenvolvidas mantenham relações normais e mú-tuamente benéficas com todos 03 pair-cs, vcürier.da-lhes o que produzem e podendo deles receber outrasmercadorias, sobretudo as que se relacionam com aIndústria pesada, além de créditos em condições van-tajosas. Os prejuízos incalculáveis rjue decorrem pa-ra o Prasil do fato de não mantermos relações oli-ciais com a URSS e outros países indicam guc-nto énociva para nós a política de guerra fria e, por on-tro lado, que amplas perspectivas podem se abrir

graças a uma política de paz, sübre a bane do onton-dimento entre todos os E-tados

3. A eliminação dor, temores e hostilidades ge.-a-doi pela guerra Iria facilitaria, nos países subdosen-volvidos! a vitória das idéias que"exlgefti-fios-çtlver-

• nos a supressão de vultosas despesas militares e oemprego de maiores recursos em obras produtivas,destinadas a impulsionar o progresso nacional, e eminiciativas de assistência social e cultural Agoramesmo, o debate que se realiza no Brasi! em tornoda compra de um porta-aviões — bilhões de cruzeiroslançados ao mar enquanto grundes massas não tèmsequer o que comer — demonstra claramente que otriunfo da coexistência pacífica em escala mundial

permitirá uma melhor utilização dos recursos do

país, no sentido do progresso e do atenclir.icnto ã.; ne-

ceesidades do povo.

4. A adoção da politica da coexistência pacífica,retirando aos Imperialistas uma série de pretextosutilizados contra os povos, como a -deíesa do mundolivre» face a uma suposta agressão, e permitindo umimpetuoso fortalecimento das correntes que se batem

pelo progresso e pela paz, levará a novos avanços nocaminho da emancipação nacional, da lsbortaçf-o donosso povo. e de outros povos subdesenvolvidos, do

jugo imperialista.

Por estes e outros motivos, o princípio da coexls-

tência pacífica — base da politica exterior da URSSe demais pai3es socialistas — encontra a simpatia e

o apoio dos povos dos países subdesenvolvidos, in-clusive o povo brasileiro

Mtro*«T_W'utv»o_j«-B«»*n»

HISTÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO XXXVi

ColarilzftdGs inicialmente_o sul pela Espanha, a pur-lir do século XVI, e ao nonef. a leáte. de.sde o séculoXVII, pela França, a Ho-landa e a Inglaterra, of ler-ritórios que serviram Ue pen-ro de partida para a forma-cão cios atuais Estados Uni-dos da América- fio Norteapresentavam-se, de.sde neu.sol) o domínio exclusivo daInglaterra capitalista.

De mâ a 1782 »s colônia''¦noite americanas — unidassob a bandeira da "Declara-cão dos Direitos do Homem",aprovada pelo seu BeBumU.Congresso em 177G. — empe-nharam-í-e na Guerra da In-dependência do jugo brita-nico. A grande .massa de pccuienos agricultores, os ope-1'áriot* das manufaturas, esarteeflos, a pequena burgue-.«•ia urbana dcsepeniiaram opapel fundamental na con-quista da vitória, como es-pressão mais dinâmica e re-volucionária que eram àépoca, das necessidades dodesenvolvimento capitalistano país.

Assim se formou » Confe-deraçào dos Estados norle-americanos. Mas quem ficoucom o poder foram os bur-gueses -1- Norte c °* f;i<.fi"*

deiros escravistas do Sul. Aimassas trabalhadoras sai-rum da guerra na mi-éria tcomeçaram a revoltav-se,eclodiam aqui e ali ameaça-dures motins de soldados. Foi'nè.-.He clima de descontenta-inenio que surgiram as pri-meiias uniões operárias, em1785, constituídas de proleta-rios manuíamreiros qualifl-cados e de artezàos — car-pintelros, alfaiates, etc. A.sclasses- dirigentes, temerosasante as manifestações de iebélico da.s massas populares,que em vários ponlos do paisassumiam a forma de lutaarmada, trataram logo deprover-se dum aparelho ueEstado centralizado e forte ecom ê.íe flin reformaram aConstituição, em 1786 Assimse criaram os Estados Uni-do.s da América do None,com seu regime presidência-lista, seu Congresso e suaCòrie Suprema.

Naqueles anos começavano pnis a revolução indus-trlal. Unha inicio, com ela, aformação do proletariado in-dustrial norte-americano. Aabolição da escravatura emalguas Estados, o confisco ea venda das terras de 30.000tories' (aristocratas latlfun-

diftrlos' que tinham ficado

0 SURGIMENTO DO MOVIMENTOOPERÁRIO NOS ESTADOS UNIDOS

do lado da In-'latcrra naGuerra da Independência, avenda da.s terras do Oeste,declaradas propriedade na-cional — abriam o caminhoao progresso do capitalismono campo, ao mesmo tempoque criavam amplo mercadopara a industria.

Em 1607 o americano Fui-lon construiu o primeiro iu-vio a vapor e dois anos de-pois era feita a primeira travessia a vapor da Américapara a Europa. Em 1830 Iabricava-se nos Estados Uni-dos a primeira locomotivadando-se início à construçãode estradas de ferro. E' Inte-ressante lembrar aqui queMarx, por volta de 1850, di-r,ia em carta a seu amigoWydemeyr, comunista ale,mão recém-imlgrado para aAmérica depois de ter pepa-do em armas na revolução de1848 em sua pátria; "A so-ciedade burguesa dos Estado**fnidos ainda não se deíen-

volveu o bastante para tor-nar manifesta a lula drclasses". Ma.s já em luto lia-via no pais um milhão e tve-gênios mil operárias indus.triais e. poucos ano» depois.o.s Estados Unidos ocupavamo segundo lugar no mundo,depoú da Inglaterra, quantoao número df fusos.

O proletariado norte-anie-ricano crescia rapidamenteA imigração de operários eu»ropeus, de diversas nacionulidodes, assumiu caráter demassa: em 1854, por exem-pio, o número d* imigran.tes foi de 427.000. A explora-.çáo ria classe operária eracruel, sobretudo a da» mu-lheres e criança». Trabalha-va-se 11, 13, 13 e mais ho-ras por dia. Mae a abundan-cl» das terras disponíveis,onde poderiam ir trabalharcomo donos, facllit*va aosoperárias lutar por «aláríosmais altos nas fábricas. Opodei aquisitivo do operário

norte-americano tor nou-s»,assim, mais elevado do queo do proletário europeu. Onível relativamente elevadodos salários levava os bur-guese* a forçarem mais a in-tiodução de maquinas noprocesso d», produção. "Vcri-ficamos aqui claramente, —diria t-énin mais tarde —uma pecualiaridade QU« Jáhaviamo. notado em diversasocasiões, a peculiaridade cl**os Estados Unidos contaremcom grandes extensões deterras livros, que explica oamplo e rápido desenvolvi-rcrnto do capitalismo nuAmerica".

Esse acelerado deaentolvi.mento capitalista levou empouco tempo ao extremo li-mlte o antagonismo entre oNort» industrial e o Sul agri-cola-M-cravlita, grande fome-cedor de algodão para a in-dústiia de fiação « tecelageminglesa e européia em geral etambém do Nort.» (I05 KM a-

cios" Unidos Começaram u lo-mar corpo as rebeliões cio*-(-.-.cravos, um do.s "maioresacontecimentos da épocaatual do mundo" —- di-iaMarx. Essas lutas tinham nsolidariedade moral e maIcrial dos operários e agricultores do None e cio Oc.su-Aí-sim surgiu o Partido ü.publicano. abolicionista, in-tegracio origlnárlamente porcamponeses, operários e 1"'queno-burgueses cia cidade edo campo, beu vlce-presiden-le r.'n Abraham Lincolni ir,09-18'.í5'. filho dum agri-cultor pobre, e que foi peão,depois lenhador, em seguidapatrão dp lancha nos canaisdo Nort'-, dono dc armazém,advogado c. afinal, polillcude profissão.

O.-, escravocratas, que dominavam o aparelho do Kstado e impunham sim poli-tica desde a Independência,perderam as p,lrlr;ões cm 18C0.Lincoln foi eleito presidentedos Estados Unidos. Em 1861começa a Guerra de Scce; -são, teto é. de separação dosEstados escravistas. Os fu-7endctros rio Sul, derrotado';nas urnaí. tinham dec.iclinuformar um Estado confede-rado á parte, e, com esse fim.passaram ãs ações militares.A burr.ucsta do Norte, cheia

dc iiicc.o de ru. ix!..:ir a.1massas p; :•, n lula e vende.apenas os seus interesses ciecbi^se mais imediato*-,, come-ç .u u vacilrr Lincoln expri-iniu bem ix- u indecisão. Em( msequéncia, .> Sul - apesar<ie contar apenas nove miIhões cir- habitantes (du.-:quais tr..-, e meio milhõc*i rani escravos), contra vini.te dois inilh de habitantesdo Norle. e imeçou a terêxitos inilitan .

Marx colaborava eiuão rio"-"''¦' Vor!' Tribune" e,acompanhando atentatnenladu L.nciix,. coni Engels, odesenrolai' ans iicouteclmen--•'•'¦¦ mostrava qu, ,.,;1 precl.-' tomar mediõns cnér.icas,que sp eoniimin.^em as dein '-i.s riu \i nr ai estalariam»'* revolução tias mas»,»trabalhadoras qi„ „ .-,,,„„., (l«•«¦ia travar.-* po,- pr0C(!i..sos 1'evoliicioiiari ,.<",

l;e futn loco os agrictlltfl->'- f operários iniciaram(¦nuiaiw uiai.ifestnç6es deprole.li* contra us vacllaçòc.*-de Lincoln e seu governo Emprincípios de 1862 o Nortep;i!"';"" à °ta*sivn, chegou b.P^nhar uma batalha Entrp.,am'°' Pl» fui seguida dc „,vvos reveses.

Page 10: CARNE: A - Marxists Internet Archive · pectivas que se abrem com o intercâmbio econômico entre o nosso país e a União Soviética. ... Essas agências — que são sucursais dos

PACfWA ro OVOS RUMOS

POVO APOIA URURAHYJK TEME FRIGORÍFICOS

Promessas do Presidente da COFAP: "Enquanto lu Estiver, Aqui, Nâo Haver* Awmen.o de Preços"

*$$<PWffl$W^WMW&'¦- •í"1',":¦¦"¦'(^

51 a 39-TO-1959

. «-•.•> ¦,."¦ .a, * <f:W"v-.«y." 1

' Enquanto aqui estiver, nnÍOFAP. não haverá illlllicil-tms, custe o que .listai Nenide preço cie carne, nem dn«?nero nlgum" Estas foram\ palavra, finais cln pequenoIj, curso cem qu u generalruraht Magaihãe> agrade

ceu a manifestação cie soli-óàriedacie pronu vida nor en-(idades estudnntis e sindicnlsáp dia IR. De tato, o generalururahy pode lazer esta nlii-tnaçfio umn vez que durantequase dois meses que cmh napresidência ci;i COFAP mioobnceden nenhum aumento,Por btso mesmo os .xplomHnrts. do povo sentem enorm.¦jftiiciaoc dos bons tempo*-do Mindelo",

Disse t.inibem o general queaniborti :i ocupação militardo. frigoríficos e invcnadnstenha sido sustada pelo pa-recer contrário cio procuradordn Republica, isto náo impe-df que Vi nim n «¦<•«• efet.va-d. a desapropriação de serio« estoque.- Por outro lario.¦â/irm, u o general que a "in-t.rvençã. ronl nuarã, amd:*.mais firme" Depois dn comi-cio, o presidente cia COFAPdlss. nos (crnalístits que ha-vio sucer *; « :> . presidenteKtibitsrhei; (."«-, tiaraletamen-te á importação cl„ c.-n ar-gcntina, tomasse meei rinscontra rs frigo: ificos, como o

.congelamento do< empre. ti-mos concedidos a eles pr!oBanco do Brasil e a robran-Qd imediata dos débitos, alemda suspensa-, rieorcsa cia ex-portaçáo. Quanto á i"te«.'ve**i-çfto, disse o general Ururahyque lá estl «-ci.-"':a • > *:i-terventnr em São Paulo,coronel Ov.n-.i Lessa toma-ria providências i-ispara normalizar o abasteci-mento. requisitando o uariose íòr necessário

APOIO POPULAR

Em vista d(, sua oposiç-Sr»¦¦alérgica ás pretensões ai-tistas dos frigorfflcos, en-frentando ate hcje o boico-te que eles promovem, o ee-neral Ururahy vem receber-do. diariamente, manifes'.!-ções do anoio das camnrt-..popuares. Denois ria solida-riedaclp das princinais cntida-cies sindicais e estudantis nu-ctonais. recebeu canas p te.iegramas c!e vários sindi-estos, entre eles n dosTrabalhadores nn Indústriade Papéis e Papelão ri?São Paulo, p cios Trabalhado-res nas Indústrias Metaliirci-cas. Mecânicas p c!,. MaterialElétrico cio Estado cio Rio. OXVT Congresso da Unia. Mi>-tropolitana dos Estudantesaprovou uma resolução emque se condena a a'*:'., dostrustes Intemacionali dn car-(c c sc apoia n Intervenção pnacionalização dos fripnrjfi-cos. O presidente cia COFAPTeceben também imin riele-gação rio comfé preparatório

rln Encontro Uitino-Ameri-cano ne Mulheres, que Ihpfoi levar a, solidariedade dasdonas-de-casa, afligidas pelacontinuação da crise da car-ne

Outro «noio rie grande im-pertencia jinra defender osinteresses cio povo pode ago-im ser dado dentro rio próprioConcebo ria COFAP nelo de-legado dos trabalhadores nocomércio, que ja está ro-presentnndo sua categoria. Ênecessário oue o presidenteda República nomeie imedia-tamente o representant. dost:*abalhadoi'es na indústria,po;s com Isso o povo contarana COFAP com mais um

representante fiel contra osassaltos dos tubarões.

fcsse apoio é tanto maisnecessário porque os frigo-rificos começam a contar comh colnbc ração d. outros gru-pos cie cxnloraclnres í*. assimque as industriais dp produto*, farmacêutico.- já entra-rem n ¦*, coro dos que exigema sairia do general Ururahyporque perceberam que nfioronspcuiráo o aumento dnsriro-ras e remédios enqunn-lo cU estiver na presidênciaria COFAP

GOVERNO CONTRACOFAP

o governo do sr. Kubits-rhe_ de fato parece, dispôs-to a ceder às pressões dostubarões nacionais e estran-geiros que contam com a

c bc-tura eficaz rio ministroda Fazenda, Paes de Almei-da. e rio chefe ria casa civil.Sette Câmara. Tôdas as pro-postas dos frigoríficos rerp-bíam o beneplácito dn govêr-nn. enquanto que as suges-iõps rio general Ururahyeram sempre afastadas.

GRAVURASCHINESA.

. NO RIOíttauguracla n "1 dc ou-

tubro, esta. a aberta ate10 de novembro unia ori-ginal exposição de gravu-ras chine.s*!-. Como seHabe, os chinesej são mes-três neste gênero cie arleptattoguem-se ao mesmotempo pela delicadeza epelo nealismo. Tém tortatíma tradição neste rio-tnlnio, como alia:-* tudo i.aVelha China. Mas a gra-Vura moderna, chinesa foienriquecida por um uande realismo eMreitamen-t-8 ligado a viria do povo.fto «teu trabalho . ás suasítites, sem pen ".* na r ti-fanto nquéie tom poéticotpxe Impregna .sempre aarte chinesa

A mpciMc :ão q ie vemosngorn no Rio ' Rua Renti-blica do Peru 1.3-A. Co-pacabanai reunir traba-lhos rie mestre antigoí emodernos c>a gravura rln-Besa. A iniciativa da ex*-posição c sua organizaçãocoube ao colecionador úpgravuras chinesa-. MauroVinhos de Queiroz, a quemdevemos o convite (de__t__8, a pres en<* a cá"1 w*.rtscebemo*

Foi assim que surgiu aidéia da importação dc car-ne "argentina", que consti-ttii ótimo negocio para osfrigoríficos estrangeiros, umaver que serão eles os torne-redores. O general Ururahy,preocupado com o abasteci-mento da população, entre-gou a questão dn importaçãoao Banco do Brasil, que irácomprar 40 mil toneladas aosfrigortficoi americanos e In-gtís-S instalado^ na Argenti-na.

Mesmo que a impe. taçãovenha a resolver temporária-mente o problema, não se po-rie aceitar essa situação emque tocias os anos nos en-contramos. rie ler de Importarcarne quando o rebanho bra-sileiro é o quarto do mundouiepois da Índia, EstadosUnidos r União Soviética i,_.*ndr. Inclusive maior do queo número cie habitantes, o

que não acontece naquele-países. Mas o Governonáo quer Ir adiante na in-tervenção, fazer o balançocontábil rias empresas fn-gorificas estrangeiras e pro-movendo êle mesmo a nor-malizaçáo do abastecimento.E não tem prestigiado sufi-cientemente n general Uni-rahy no esforço para enfren-tar o boicote dos frigoríficos_ rierre tá-los.

BOICOTE DESCARADO

O sr. Benjamin Marinhode Figueiredo, ex-cheíc rioServiço de fiscalização e che-fe rio departamento rie es-tortos econômicos da secreta-ria das finanças de MinasOerais. declarou a um jor-nal de Bel0 Horizonte que nnzona de criação rio norte da-

quelc Estado há abundânciacie bois. seu preço sendo inie-nor a 350 cruzeiros a arrobaliara o boi magro. O mesmoacontece cm Barretos. segun-rio o órgão dos pecuarista.-!da região. Desse modo, nfio ipode haver dúvidas rie que oque existe é sonegação e es-pcculaçáo contra os Interés-ses do povo.

Basta citar o caso do frigo-ri tico Anglo. normalnien-te responsável por um sextodo consumo do Rio, isto e.cerca de 77 toneladas diárias,para consumo de 470 tonei;.-da*. Enquanto no mês riejulho o Anglo entregou qua-se 2.400 toneladas ii populn-c/áo do Rio, na semana pus-siida, entregou 103 toneladaspnrn o consumo dc cinco dins,isto é, cerca dc _. toneln-rias por dia. ou sem. quaseum quarto da mediu d,, ju-lho. E é esse mesmo frigo-rffíco que acusa, em seu úl-timo balanço publicado, terlucros de 125r. sobre o cam-tal e que já possuiu, em 1956,mais de 100 mil cabeças deveado em pastos spiis ou ar-rendados.

E não se diga que n gover-no não riispôp cie meios parapór fim ao assalto dos trus-tes dn carne. A Lei 15.2. quecriou a COFAP. (ii/. em seuartigo 34 que aquele órgãopode realizar "exumes con-tnbeis oi' dc documentos"para investigar a verdadeirasituação das empresas cujosprodutos estáo sujeitos a ta-belamento. Verificado o abu-so do poder econômico, sórestará intervir efetivamentenas empresas e fazer as dosa-proprinções necessárias paraa normalização do abasteci-mento.

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'^fl VmH"^ íBHfP1^-' #M ' 'wSSÈ£':mm\\. ^1 WÈm f _________ ¦mSmW' W^ •**%Wf\i. wg"mkí:ãmm-..?¦:¦¦¦:.¦ v}rm^%m - _______¦____ ¦ 'má it ¦£" i ni'ITm iliii *imsi' *- H iilinnir" '' ™ *t 1y ^B5fc»^*^im M-'-4ÊF& ^_üfe | ^ ¦¦

O gonerol Ururai Magalhães Ifotol presidente da COFAP, quando falava aos eslu-dantes, operáfios a populares, agradecendo o apoio que tem recebido pela »ua condu-

ta fate ao pr obleme da corne.

C0MCENTDE

Os emeo mil operários na-vais rio Lóide e da Costeira,em greve desde o cha 13 úl-timo, vealisftráo às 17 horasde hoje. quinta-feira, umagrande concentração nas es-caàarias do Ministério daViação. O. greVista. recla-mam a aprovação do quadrofuncional rias duas empresas;o pagamento dos extraordí-narios e cie qüinqüênios atra-saclos; e a uniformização doshorário, para as conduções,Estas reivindicações vêm sen-do pl-cftteírtbta br, mate _. umano.

DEFESA BA ESCOLA PÚBLICAPELOS UNIVERSITÁRIOS CARIOCASAmplamente debatida no XVI Congresso Metropo- litano dos Estudantes a situação do ensino no Brasil— O dinheiro do Estado para as escolas do Estado— Um ano de vitórias — Solução nacionalista para

os problemas nacionais

Entre 12 e 18 do correu-ie, realizou-se nesta Capi-tal, com a participação demais de 200 delegados dasescolas superiores do Dis-irito Federal, o XVI Con-Sresso Metropolitano rie Es-tudantes, Num clima deseriedade o patriotismo, osuniversitários cariocas es-tildaram c debateram im*portantes problemas nacio*nais, dando uma contribuição ponderável ao movi-mento nacionalista.

UM ANO Di REALIZA-ÇÕES VITORIOSAS

No relatório das alividn-des ria diretoria da UME nagestão 1958.1959. foram assin.ladas as expressivasvitórias conquistadas pe-los estudantes cariocas nes-se período. No -me diz res-peito ás atividades diretamenie relacionadas com osuniversitários, destacaram¦se as campanhas pela en*campação da Universida*rie rio Rio de Janeiro (quolevou os estudantes a umagreve rie 6o" dias), final,mento vitoriosa com a leisancionada pelo prefeito;as manifestações de soli-(iaricdarle aos estudantesdas Faculdades de Direitoria «.:RJ e Nacional de Fi-losofia, cln Escola de Enge-narin conira ilegais trans-ferèncias rlc militares paracursos ria Escola, etc.

A diretoria também reali/.ou nesse periodo obrasdo relevo, como a residencia para estudantes na Pra-ça XI, n Colônia cie Fériasna Barra cia Tijuea, a Policlinica Central rios Estu-dantes, que atendeu a16.365 casos, as diversascooperativas mantidas pe-ia entidade, as «'17 ediçõesrio O Metropolitano- etc.

PROBLEMAS NACIONAIS

Entre os movimentos le*vados a efeito pela Direto-ria cia UME, no ano trans-corrido, foram menciona-nadas as campanhas con*tr** 3 politica entreguisnario BNDK. atra***-* rir comi.

lio estalai rio petróleo, contra os aumentos uos preçosda.s passagens dc bondes,das anuidades escolares cquaisquer muros qne im.pliquem no aumento fl"custo rie vida. cie repúdio ádiscriminação racial dc queforam ah'o jogadores brasi-lelros de futebol na UniãoSul-Africnnn e outras,

REFORMA DO ENSINO

Cm lugar destai acln noCongreí.sn Metropolitano deEstudantes foi ocupado pclos debates em torno da rc-forma dn ensino.' ora emapreciação na Câmara do.sDepu ia rios.

Foi promovido um rieba-te sôhre ,, lema com a partlcipação dn ministro riaEducação, sr. Clóvis Salga-do. rios deputados Santia-go Dantas e Aderbn] Jurema. alem rie outras nulo.ridades e estudantes, Ape-sar cie convidado pelos cs*tudantes o sr. Carlos Lu*oerria, autor rie um substi-lutivn profundamente rea-cionário ao projeto rie leirie diretrizes e bases riaeducação, não compareceu,fugindo, assim, ao debate.

Não só a Comissão deToses rio Congresso, comoo plenário repeliram o su-bstituiivo Lacerda, e con*clu iram pela defesa dosfundos destinados à educa-ção e contra o assalto riasempresas privadas cio ensi.no.

SITUAÇÃO DO ENSINONO BRASIL

O relatório apresenta riopela Faculdade Nacionalrie Filosofia, aprovado pc*Ia Comissão de Ensino, tra-ça uni quadro ri,, ensino,em nosso pais. Assim, afir-ma-se nn relatório (pie ape*nas '18.30'/ dentre os bra-sileiros maiores de 10 anossáo alfabetizados; 15*% pos-suem instrução elementarcompleta o somente A porcento dos brasileiros com-pletaram n curso médioEm 1958, num totnl rie 12milhões rie crianças em]rl-.-'^ r----,'-,r ,-..-,-,,-•-, r.Av

(«iicnlav.ini escola. A. ra-/(ie.. riésse falo residem nudébil rede escolar o na po-bre/.a cia nossa população,di/ o relatório. Nem mes-mo " ensino primário par-lieulnr interessa-se pelo au-mento do número de esco*Ias. pois não há condiçãoeconômica para a mat ri*cuia.

O ENSINO MÉDIOIUCRQ

E O

•Ia nii ensino médio, oncie as possibilidades rio lucm são maiores, a inicialiva privada entra com côr-cu de Tu por cento do to.tal. Pode-se faz.er um pa*ralei,, enire o ensino par-liculai ¦• ,, público atravésdos exames vestibularespara as nossas escolas su*periores, mulo o,*-' alunosvindos de estabelecimen*tos oficiais rie ensino iné*dio logram aprovação uosconcursos cm muito maiornúmero cio que os originarios de estabelecimentosparticulares,

CONCLUSÕES SÓBRE OENSINO PRIMÁRIO

Em relação ao ensinoprimário, a Comissão cieEnsino chegou às seguiu-tes conclusões:

li necessidade urgenterie ampliação ria rérie es.colar pública primária, afim de que as crianças pos-sam receber a instruçãoque o Estado tem por obri-gaçáo ministrar, rie acordocom n art, 166 ria Consti-tuição;

2) para êsse fim, iiumen-tar substancialmente "srecursos destinados àquelesetor rio ensino, impediu-ri" sp, outrossim, que asverbas publicas sejam des-viárias:

3) necessidade cie ser in-crementada a formação doprofessurario primário, coma criação rias correspon*donios escolas;

E rias conclusões finaisextraímos as seguintes: 1)não concessão cie siibven-ção para qualquer tipo r|eir.SliUi** •¦•;«.*,-.ri;r riccti

menie ã melhoria e à ainplia.ão rio ensino público;2i não admissão tia arimi-nistração do ensino ti"pais de representantes dnindústria do ensino, A edu*cação lem qtie ser orienta-da por técnicos o não l1"'homens rio negócio; 31 par-ticipação efetiva ri" eslu-riaiile n a administraçãorias Universidades e Faeuld.adcs,

BANDEIRANACIONALISTA

Na discussão do.s problemas cio pai.--, que ocupouurna grande parto dos tiabalhos rio Congresso, os cs-tudantes reafirmaram in-togralmcnip sua posiçãonacionalista, aprovando re.lalório.s. leses, sugestões •_indicações consubstancioucio soluções naciona lislas.

ENERGIA — Manulcn-ção do monopólio estatalria Petrobrás e ene impaçao rias empresas elétricasestrangeiras.

CAPITAL ESTRANGEIRO— Controle da.s remessasrie lucros c apoio ao projeto que tramita na Cama*ra nesse sentido. Evitar nentraria no pais de invés-timentos que venham com-potir com bens uu serviçosproduzidos pela indústrianacional. Proibição dos pri-vilégios cie que goza 0 ca.pitai estrangeiro, relativa'mente ao nacional. Discri*minar rubricas no merca-cio cambial cias transaçõesfinanceiras, rie modo 'I'1 'as remessas de lucro., parao e x te r io r não prejudi-quem as importações demercadorias essenciais aodesenvolvimento oconômico. Pleitear empréstimos riegoverno a governo para cie*senvolver as indústrias debase e proibir os investi-mentos diretos estrangeirosnesse setor, Contra a per-missão para funclonameii-to no Brasil rie empresasestrangeiras que exploremserviços não essenciais,

Foi também sugerido "estudo cios problemas ri"vidro plano e da indústriadn papel, esta última soha mira <'•" ' '"''.c

!«.' •• !**: na li, ivir.ij

ÍTIM0SO si Kirnimo Fernandes,

presidente do Sindicato dosOperários Navai_, tém man-tido constante., conteve toscom a.-* autoridades federaisnotada-mente com o Ministroc!'u Viação. o presidente daComissão de Marinha Mer-cante e com os dirigentes rioLóide e da Costeira. A viió*ria cio movimento grevisUc.-ta sendo erperada para apróxima*, horas, determinando a imediata normahwiçã*.do trabalho.

SOLIDARIEDADE¦

I'loca- as categorias proiis-slonaiB de trabalhadores deNilerói e São Gonçalo decla-raiam-se ¦ solidários com osiperários navais. Na passeatapromovida pelos grevistas naultima segunda-feira, dirigi-ia ao Palácio rio Iiiaá, parti-ciparam delegações dn Fe-deraçáo dos Trabalhadoresnos Indústrias Imobiliárias edos Sindicatos da ConstruçãoCivil, Carris Urbanos, Rodo-viários, e Trabalhadores emEnergia Elétrica.

DA PAZ e mSOCIALISMO

Nas Bancas e Livrariaso n." 8

Esi« i ireulando, achando-se à venda nas bancas rie jor-«Ws e livrarias, o número 8ria revista teórica c cie Infor-moção internacional ' Proble-mas cia Pm c rio Socialismo".

Alem de vario? artigos a-si-nado* por destacados lideresmarxistas, a revista publicalim interessante debate sóbre"Os povos e a guerra", nosquais são esclarecidos proble-mas como a possibilidadeatual de ser evitada a guerra,a política muni.uista das po-Tè-i-ias ocidentais nos anosqu'ç precederam a segundaguerra mundial, a verdade sô-pre o p&cto germ.aiio-soviéti-co, ele. Cm artigo do cientis-ta .soviético A. kuzmln fome-ce -iadoc; impressionantes sô-bre as conseqüências que tra-ria para a humanidade o de-sèncádeamerito rie uniu novahecatombe.

DIVULGUE«NOVOS

RUMOS»

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CaínpanSíaNacional ã®&

tmerciárioso Coivclho de Represen-

t-antés da CNTC (Confer.era-ção Nacional cios Trabalha-dores no Comércio) reunidonc'a Capital, adotou impo.-tantos resoluções, entre a.squais salienta-se a intensifi-caráo da luta cm defesa riodireito de greve, pela apro-vação da Lei Orgânica ciaPrevlc.ncia' Social, in. titui-ção rio salário-familia confor-me estabelece a ConstituiçãoFederal, e entrega da aclmi-nistração cias delegacias doIAPO aos comerciártos indi-cados por seus órgãos rie cia;--se. A reunião rio Coivclhocontou com a participação cierepresentantes dós comer-ciários cie todo o pais.

Sob o patrocínio da Coiv*federação Nacional dos Tra-balhadores nas Empresas deCredito, o Instituto Superiorde Estudos BrasileirosiISEBi realizara um cursoextraordinário sóbre proble-mas brasileiros.

Os temas do curso, com osrespectivos con fercncistos,são us seguintes;

Nacionalismo e desenvol*vimento, pelo prof. CândidoMendes de Almeida; Nacionalízaçâo do.s Bancos, pelodep. José .loffili Capitaisestrangeiros e soberania na-cional, pelo prof. GilbertoPaim; O petróleo boliviano,pelo dep. Gabriel Passos; Rs-trutura e problemas da eco-nomia brasileira, pelo prof.Ênio Távora: Consciência riarealidade e desenvolvimen-to naciona!. pelo prof. Viei-ra Pinto: Cultura e desen-volvimento pelo prof. RolandCorbisier,

O curso será ministrado nnsede do Sindicato dos Bancários á Avenida PresidenteVargas. 502, 21." andar, en-tre 4 cie novembro e lfi riedezembro.

NOVO NUMERO DE"ESTUDOS SOCIAIS"

aiicoiit ra-se lis baa venda nas Danças de jornais n nnvárias livrarias o número li da revista ...Estiulos Sociaisilirirriila por Astrojildo Pereira, Trata-se de um dos nio-lhores números dessa publicação, que já se assegurouuma feição própria c que tem divulgado bonR trabalhossóbre problemas de grande interesse.

O sumário deste último número rie »Estudos Sociais»compreende: «A espoliação do povo brasileiro pela finan-ça internacional», de Jacob (lorendcr; A evolução riopensamento de Euclides da Cunha*, rie Rui Facó; • Algunsaspectos da formação histórica rios engenhos e rias 1'azen-das», rie Alberto Passos Guimarães; «Um livro sobro ahistória e a economia de Pernambuco , de FragníonCario. Borges: -Trechos escolhidos , rie 'Fobias Üarreto;

Josué rie CastrojA vitória da China contra a fomeCrítica de livros e critica cie revistas

Para pedido, dos Estados, damo;rie -Estudos Sociais*- Rua São .losIii,; de .Janeiro - Il I"

o novo oiuieríc.• S0. sala 502 —

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23 a 29-10-1959 NOVOS RUMOS PAGINA n

O Segundo CapítuloDa Novela Do Sacopã

iReportagem de JOSÉ SANTACRUZ

O "Crime do Citroen Ne-gro", como foi denominado oassasslnio do bancário Afrâ-nio Arsénio de Lemos, estánovamente no cartaz, em vir-tude da agitação provocadapelo discutido deputado Te-nórlo Cavalcante. A verda-de 4 que, Iniciado o segun-do capítulo da "Novela Sa-copa" nfto transparecem cia-ramente todos os verdadeiro»objetivos do Irrequieto parla-mentar, tal a confusão porêle próprio criada em tornodo rumoroso processo. Tra-ta-se apenas eiê uma promo-çâo que explora a memória deum morto e a desgraça deum condenado com fins pu-ramente de propaganda elei-toral? Ou está agindo o ho-mem de Caxias sob o impul-so de uma convicção pro-funda quanto à inocência deBandeira?

O tempo dará resposta aestas pevrguntas que, de qual-quer íorma, se colocam ago-ra em segundo plano, pois afzrnnde interrogação é: quemmatou Afrânio?

Hoje. com o ponto de pnr-tida, faremos um ligeiro re-trosoecto do famoso "Crimeda Lagoa", apontando fatos àmargem do processo, basea-des nas Investigações proce-didas por alguns policiais ecujo resultado nunca foi di-vulgado.

O BANCÁRIO AFRÂNIO

Afrftnio Arsênlo de Lemosera funcionário do Banco doBrasil fescriturárlo), lotadona Seçã0 de Cadastro. Oa-nhiva pouco mais de quatromil cruzeiros, mas tinha umavida atp certo ponto naba-besca. Casara-se, mas, emvista de sua vida irregular, aesposa o abandonara, reque-rendo em seguida o desquite.Livre, "Fafá", com oera co-rou-se nlnda mais à vida de.--rou-se ainda mais á vida des-resrada. Ninguém sabia ondeêle — freqüentador de bun-tes e outros meios "elegantes"— obtlnha os recursos paramanter automóvel e presen-tenr suas amantes. Sua mâe,viúva de antigo bancário, re-

sidlam numa modesta casaadquirida d0 Instituto dosBancários, na Rua A'anKardec, no Enuenho Novo.A época do crime, em suacompanhia viviam seu outrofilho, Aluisio, funcionário de

um dos Institutos,filha solteira.

e uma

rt

"DIREITO

DE GREVEUm Trabalho do Prof.

Dante Leonelli

Lançado pela Livrariado Povo, acaba de apare-cer em Curitiba, Paraná,o livro do advogado e pro-fessor Dante Leonelli —"Direito de Greve". Trata-se de Um interessante tra-balho ele pesquisa histó-rica, dc conecituação jurí-dica da greve e áe defesadesse direito fundamentaldos trabalhadores. O au-tor, epoiando-se em vastabibliografia, expóe as ori-gens históricas á% greve,caracte:lzando-a como umfenômeno típico do modode produção capitalista,fruto cia contradição en-tre o capital e o trabalho,expondo em seguida a ma-neira como é encarado odireito de greve em diver-sos países.

O professor Dante Leo-nelli, depois de analisara história da greve noBrasil, acentua a necessi-dade da regulamentaçãodo direito d-e greve, dlscu-tlndo os seus diferentesaspectos e condenando vi-gorosamente, como incons-tltuclonais, o decreto-lei9.070 e o í 2.°, do art. 1.*,da lei n." 1890 de 13 dejunho de 1953. Defendendoa regulamentação parte oautor ôa tese segundo aqual uma vez estabelecido

direito d« greve naConstituição, e vedado aos

e gb-ladores re: tringi-locabendo-lhes apenas re-guiar o seu exercício.

•Direito de Greve", doprof. Dante Leonelli, é emsuma uma valiosa contri-buiçáo para o esclareci-mento das questões, tantode natureza histórica co-mo de ordem jurídica, re-Uclonadas com a greve.

de alguma farra de Mihosde "papais-rlco6".

A outra testemunha é omotorista "Az de Ouro". In-cemtrava-se sentado numdes bancos, distante do localmais ou menos 50 metros,quando ouviu oe tiros t ob-servou a mesma cena. Fa-lou com dois vigilantes mu-nicipaii, numa rua transver-sal, mas esses policiais tam-bém pouca Importância de-ram ao fato, limitando-se alr ao local, de onde o veículojá havia desaparecido.

ENCONTRO DO CADÁVERPassavam de 6 horas da

manha seguinte, segunda-feira, quando um operáriode uma obra da Ladeira deSacopft teve sua atençãodespertada para o Citroen aiestacionado, principalmenteporque o auto estava com osfaróis aceeos. Vendo um ho-mem morto, apressou-se smcomunicar o achado à Rá-dio Patrulha. A polícia en-centrou o corpo do bancáriosôbre o assento da frente, dolado direito. TVês perfura-çóes, produsidas por bala, enada menos do que 43 gol-pes no crânio, causados porinstrumento con tundente,foram a causa da morte.

Só assim as autoridadesdo Primeiro Distrito Polkialdespertaram e iniciaram dl-ligéncias. Acharam mais cô-modo, porém, tcafisferir aocorrência para o SegundoDistrito Policial, porque 11-garam o crime à comunica-çio do engenheiro.MARINA E BANDEIRA

Em breve descobriu-se queAfrftnio, entre outras aven-tura» com senhoras da altasociedade, mantinha um ro-mance com Marina de An-

...» drade, moça leviana, tam-Trabalhadores e povo contra a elevação de tantas- bém freqüentadora do -ao-

ciety". Era ela, ao mesmotempo, cortejada pelo Se-gundo Tenente da FAB, Jor-ge Alberto Frar..0 Bandeira,recém-saido da Academia •que, dois dias depois do cri-me. fora servir no Ceará.

Durante mais de 15 dias,no entanto, a polícia manto-ve-se praticamente marcan-do pasgo, náo desenvolven-do di'lgências para elucidara misteriosa morte do ban-cario.

ANTECEDENTES

Em fins de março daquelean0 (1952), "Fafá", por dl-vergênclas, que nunca fo-

ram esclarecidas, na seçã0 deCadastro do Banco, anteci-

pou suas férias, retlrancío-se para uma fazenda em Bau-ru, Estado de São Paulo, depropriedade de um tio. Re-gressou, no dia 6 de abril,domingo de Ramos, dlrigin-do-se para a residência dagenitora. Chegou cerca das11 horas da manhã, e foicom a família para n casade uma Irmã., na Tijuca,onde almoçaram. A tardevoltou para descansar. Apro-ximadamente às 18 horas dês-se dia, um hemem que nãose identificou telefonou di-

zendo precisa'' falar com êle.Sua irmã Lfdla atendeu aotelefonema e declarou queAfrftnio se achava repousan-do. Uma hora depois, a mes-ma voz fêz nova ligação, per-guntando se o bancário jáhavia despertado, pois pre-cisava tratar com êle umassunto urgente. As V. horas,novo telefonema. Dcrta vez

Afrânio atendeu. E foramrespostas suas: "Está certo.Vou no seu encontro. Queheras? Certo, às 10 horas,em fronte ao Iate Clube daUrca".

Preparou-se para sair,

quando sua mãe o interpe-lou: "Você está cansado, meufilho; e o tempo náo estábom".

Mas êle estava decidido:— Vou resolver ésse "aba-

caxif.E saiu ao encontro da mor-

te.A CENA DO CRIME

Da cena do crime só se temnotícia através de dois depoi-mentos, um tanto vagos. O en-genheiro Taunay que, emcompanhia da esposa, con-dúzia seu carro na Lagoa,em dlreçáo ao Jardim deAlah, declarou que, cercadas 33,40 horas daquele dis,a uma distância aproximada

de S00 metros, divisou o Ci-troen, Junto ao meio fio, emfrente so Clube dos Calça-ras. Em dado momento,quando mais próximo se en-contrava, 0uviu três estam-pidos e um indivíduo cor-reu pela retaguarda do car-ro, entrando pela porta es-querda. Ato contínuo, movi-mentou o veículo, descrevendocom violência Incrível, umacurva para retomar, ocasiãoem que cruzou com seu car-ro. O engenheiro pretendeuentão manobrar seu veiculopara empreender uma per-seguiçfto, mas a esposa oimpediu. Pouco depois com-pareceu ao Primeiro Distri-to Policial e comunicou ofato, mas o comissário, dis-plirentemente. douco se im-portou, admitindo tratar-se

O "Crime da Lagoa", en-tretanto, possuía certo sabornovelesco. Havia um banca-rio morto, um citroen negro,uma bela jovem como "pi-vot" e, para completar, umoficial das Forças Armadas.Em pouco tempo, o caso co-meçou a ter certa repercui-sfto e a crônica policial des-taoava as noticias, apontan-do-o como o crime mais sen-saclonal dos últimos tempos.

POLICIAO delegado Hermes Macha-

do havia sido nomeado pou-co antes para êer cargo. Ti-nha como auxiliar o eomissá-rio Rui Dourado, que acaba-ra de ingressar nos quadrospoliciais. Chefe e auxiliar,ambos de uma vaidade des-controlada, viram na mortede Afrânio um motivo pa-

ra se projetarem.Faltavam poucos dias pa-

ra a conclusão do inquérito,isto é, o praao de M dias pa-ra que os autos fossemenviados à Justiça, estavaprestes a se esgotar. E osdois trataram de desvendarde qualquer maneira a mis-tério. Foi assim que come-çou a "Novela do Sacopft".Na próxima adição publica-remos «Obre o assunto a se-gunda rtportagem: "AFI-NAL, QOBM MATOU OBANCÁRIO?"

A CARNE E OS TRUSTESA carne, tal como o trigo c petróleo, é um produto

nanejado, estrategicamente, pelos truates in..rnnclo-.ais. Aqui, no Rio, 60f,; do comumo da canu deponde.os frigoríficos norte-americanoB. São, poi». ob trustes,ntervindo, diretamente, como em vários outros setoresíundamentais da vida do pais, no setor de alimentação.Nfto é por acaso que, em tempo de guerra, u cume de-saparece como por encanto.

Há alguns anos, ôsses trustes mandarum ao Uras»a mlssílo Klein e Sacies, que, na aparência, tinha o ob-

jetlvo de, tecnicamente, estudar as reservas ai.menti-cias, mas, na realidade, acabou por aconselhar n0 go-vérno brasileiro a exportação de enrne em alta escala.E a exportaçfto mesmo na emergência em que no8 en-contramos, com filas imensas às portas dos açougues,fila» que se iniciam na véspera de uma compra n°msempre realizada, continua a ser feita. Há poucos dias,foi denunciada a passagem, pelo porto tío Rio, de cen-tenas de toneladas de carne, vindaR de S. Paulo, con-signadae ao porto de Hamburgo e destinadas às tropasamericanas de ocupação na Alemanha. Os trustes pre-cisam alimentar bem os soldados para que eles se colo-

quem, sempre, em defesa de seug interesses excusos.E se alimentam bem os soldados têm, também, o ctueia-do de nomear, acertadamente, os seug embaixadores.E' o caao de Mr. Cabot, o embaixador norte-amenca-no cuja maior preocupação é dnr conselhos ao govêr-no'e ao povo brasileiro, recomendando que sejamos sen-satos. Levando a sério a recomendação, seria sensatoque o governo não desafiasse dessa forma a paciênciado povo. Nfto será Importando carne ela Argentina, quevfto ser cumpridas aa promessas feitas em cada 48 ho-ras A soluçfto do problema está mais próxima, ali, nosfrigoríficos, nas invernadas que lhes pertencem, nas fa-zendas do Armour, do Swlft e de outros, que se esten-dem por léguas e léguas, no Interior do pais. Não seique

'providência mais justa, face ao descontentamento

popular, do que a nacionalização elos frigoríficos, em quepesem oe conselhos «sensatos» de Mr. Cabot, porqueImportar carne da Argentina significa, da mesma for-ma depender dos trustes, pois, naquele pais, a maior

parte da produçfto da carne está nas mftos do Armour,Swift • seus sócios menores.

ANA MONTENIGRO

MANOBRA PARA AUMENTODA C.M.T.C. EM SÃO PAULO

pela intervenção nos frigoríficos e por ftijio a pre-ço de tabela

'Reíorminhas'' (Ilegais) BaSUMOC Devem Ser Anuladas

SÀO PAULO (Da Sucur-sal) — As dificuldades detransporte nesta Capital vêmse agravando rapidamente.O dinheiro dos sucessivosaumentos de tarifas não foiempregado no reequipamen-to da concessionária oficial(CMTC), que, aliás, tem en-tregue diversas de suas li-nhas a empresas partícula-res. O governo estadual exi-me-sc de assumir qualquerparcela de responsabilidaeleno caso, enquanto o sr,Adhemar de Barros vai paraos jornais declarar que senão forem tomadas medidasurgentes, a CMTC entraráem liquidação dentro de 30dias, acrescentando que se opovo for para as ruas, emnovo quebra-quebra, tambémestará lá.

MANOBRA AUMENTISTAEm meio a todo esse ba-

nilho, nota-se uma novaconspiração contra a bolsado povo, um novo aumentotle tarifas. Há cerca de dezdias, os trabalhadores dasempresas de ônibus parti-culares — que cobram ta-rifas mais ou menos iguaisàs da CMTC — entraramem greve e conquistaram au-mento de salários. Mas esseaumento ficou conelicionadoà elevação das tarifas. E,como esse aumento está prá-ticamente ligado ao preten-

elido também pela CMTC,então fica bem clara a ma-nobra. As tarifas de 3,00pasMüJam para 5,00 e asde 5.00 pan 8.00 !

O POVO SE DEFENDERAAs declarações do sr. Ade-

mar de Barros estão sendomuito comentadas. O pro-curador do Estado chegou adizer que está decidido aprocessá-lo.., Mas as orga-nizações operárias e popula-res estão preocupadas emimpedir que vingue o pia-no do aumento. Que o go-vêrno estadual e o munici-pai subvencionem a CMTC,mas que o povo não sejaainda mais escorrhado.TRANSPORTE, CARNE E

FEIJÃOO denominador comum

elas lutas operárias e popu-lares se estabelece hoje só-bre êstes pontos básicos: ne-nhum aumento de tarifas det ransportes urbanos, feijãoa preço de tabela_ e inter-venção nos frigoríficos, paraquo o povo possa comer car-ne.

Em torno dessas '-eivindi-rações se estão manifestandoe mobilizando sindicatos, as-sociaçõos estudantis, de bair-ro, femininas, etc, ao mes-mo tempo em que se desen-volve e toma corpo a cam-panha do proletariado poraumento de salários.

Justificando-o com a ne-cessidade de destinarem-se asreceitas obtidas com a expor-tação de mercadorias ao su-prlmento dos bens e serviçosessenciais ao desenvolvimen-to do Pais, e nBo ao favnre-cimento das remessas de lu-croa das empresas estianget-ras, 0'deputado ValérlirCat-das Magalhftes apresentou ãCâmara Federal um projetode lei proibindo a negociaçãono mercado livre das divisasresultantes da exportação eanulando, portanto, a série de

SÃO PAULO

METALÚRGICOS:GREVE DIA 3

Defesa da Escola Pública...(Conclusio da 1*.* pág.)

no, que já se apossou/dasfábricas de Nova Iguaçu eJaboatao.

OUTROS PROBLEMASOs estudantes, após aca-

Iorados debates, resolve-ram que a reforma agráriadeve ser estudada profun-damente pela classe estu-dantil. Quanto ao proble-ma do abastecimento degêneros alimentícios e es-pecialmente o da carne, oscongressistas Ind icaramuma série de sugestões nosentido de que o governointervenha no mercado eassegure a oferta de gene.ros aos consumidores, com-batendo firmemente a es-peculaçáo.

Os estudantes protesta-ram, ainda, contra a intro-missão dos governos ame-ricano e inglês no caso dosfrigoríficos; contra a entrega da borracha sintética à«Goodyear> e à «Firesto-ne»; contra a entrega dosminerais atômicos e contraa compra do porta-aviões«Minas Gerais».

Do mesmo modo que asgrandes nações o fazem,consideram os estudantesqua não existe qualquer

motivo para o Brasil dei.xar de manter relaçõesnormais com a União So-viética e a República Po-pular da China.

A União Metropolitanados Estudantes resolveutambém denunciar eomolesivo aos interesses nadei-nais o acordo de Roboré.

«Dona Benta» naURSS: 115 ntíl

exemplaresO leitor soviético demons-

tra crescente interesse pelaliteratura da América Lati-na. Noventa obras de autoreslatino-americanos estão edi-tadas na União Soviética,com uma tiragem global de4 milhões 731 mil exem-plares.

Um dos maiores sucessosrecentes da literatura latino-americana no pais dc« 8o-vietes foi Monteiro Lobato.Editora de Moscou organi-zou uma seleção das "Histó-rias de Dona Benta". Esgo-tou-se em oito dias. Tiragem:115.000 exemplares.

SAO PAULO (Da Sucursal)— Km assembléia realizadadomingo nltim-i, decidiram ostrabalhadores metalúrgicos de-flagrar a grove gernl ria cn-fpfrnrln, nestn capital, no prri-xlnio dia 3 de novembro. Taldeclsilo, adotada por unani-niidnde, surgiu no momentoem que ii numerosa corpora-ção verificou ser difícil umentendimento com os empre-gaelores, na base de simplesconversações, as quais, atéhoje, têm sido Infrutíferas.

Durante a assembléia, osmetalúrgicos tomaram conhe-cimento da propoRta patronal:aumento apenas sobre os sa-lãrlns do novembro de 11)68;acordo por dois anos, com acompensação de qualquer ma-joração havida, expor.ãnea ounão. Tal proposta foi rejeita-da, pois a categoria desejaaumento de 4. .7% sobre ossalários de novembro de 1058,para os profissionais; majora-ção ele 84,1% sobre os venci-mentos de janeiro riu correnteano, para os operários bene-flelndos com o salário minlmoe abono de Natal ele 240 ho-ras, que deverá Rer concedleloa toda a categoria.

O acordo salarial vigenteterminará no próximo dia 1*de novembro. Nova assem-

hléla deverá ser realizadano dia 30 ele outubro, a fimde ser ratificada a decisãode zrevê.

A decisão dos metalúrgicosmarca o início de uma toma-ela ele posição mais firme dascategorias profissionais qnepleiteiam a elevação dos sa-lárlos atuais. O aumento ve-rifleado no custo de vida, emSão Paulo, de acordo com osestudos feitos pelo Departa-mento Intersindical de Esta-tístlca e Estudos Sóclo-Eco-nftmicos, foi ele 43,7%, nos dl-tlmos onze meses. Emboraexistam setores patronaiscontrários a um reajustamen-to em tais bases, é de ee no*

tar também o fnto ele linver osr. Antônio Devisate, presi-dente dn Federação dns In-ilústrlns do Estado de S. Pau-lo declarado, durante n XConvenção das Indústrias doInterior, realizaria (tominKoúltimo em Taiibaté, qne a in-dústria deve conceder uni au-mento de sslrtrlon ejne corres-ponria íi elevação do custo elevida.

«refominhas» cambiais reu-lizadns pela SUMOC, duramte a gestão do sr. Lucas Lo-pes no Ministério da Fazenda.

Em seus cinco artlgoH, oprojeto estabelece:

que todas as divisas re-sultantee das exportações se-rio vendidas ao Banco doBrasil, ésé^ísHnflr&rt^aTo-

brir ii lgiportáções de mer-cadorlas, com seus respecli-vos fretes e seguros, e ásnecessidades financeiras doGoverno Federal;

com o objetivo rie esti-mular a* exportações, que aSUMOC poderá alterar o nú*mero, nté um máximo rie dez,dns categorias de exportação,bem como a composição riecniln uma deliu* e a corres-pondente bonificação;

que i- expressamenteproibiria a liquidação rie di-visas provenientes dn expor-tnçilo rie produtos no tnercii-rio livre de cflmblo ;

que, até posterior reieu-lamentação peln SUMOC. osprodutos exportados, cujas dl-visas são atualmente liquida-rins no merendo livre, recebe-rão bonificações iguais íi tn*xn rie cftmblo livre cm vigorno dia.

Nn justiflcntiva nue leu pnraos deputados, observou o sr.Vnlérin Caldas que, nos últi-num anos, a receita rniuhliilrio Pnfs elerresco elo ninnetrnconsiderável. Em eonseqliên-cia, tnrnn-sn Imperativa num

política "ln severa poupançarios recursos cambiais, tendoem vista, em primeiro lugar,as necessidades de importa-cão e, em segundo lugar, asnecessidades financeiras da1'nlão, sob pena rie ver com-prometido o desenvolvimentoeconômico do Pais.

Em tnl situação, prosseguiuéle, não se justificam as me-didas tomarias pela SUMOC,transferindo, parn o câmbiolivre, um volume rie divisassuperior a 120 milhões rie dó-lares, nniinliiiente, correspon-dentes á exportação de umasérie rie produtos, entre osqnnls o algodão (- o açúcar. Aargumentação da SUMOC, rieune tnis im-iliilns visavam es-tl-uiulnr a exportação dessesprodutos não procede, ninavez que n mesma SUMOC po-rie aumentar a bonificação nesses produtos, conservando-us dentro rio merendo oficial.

Observou ainda o deputadoViilérlo Caldas que essns me-diiliis rin SUMOC tiveram umliberto caráter ilegal, por !snoque a Lei 1.807, que definiu <>sistema de câmbio elo País,permitiu iipenns n titulo ex-eeiielolr.il ''^''transferência deillvlsns de exportação pnra ocambio livre, e estabeleceu in-clusive um limite máximo de12 meses parn n validade rtes-sa transferência, enquanto aSUMOC nfio fixou prazo nl-num pnra a validade rie nuas«reforminlins».

CARTA DO SERTÃOFavela do «canta galo.Vinte do mês de outubo.Cumpade Luiz Trinchete:Tudo sobe e eu num subo.

Subiu a carne, a farinha,Fejão, rapadura e mio.Percisa sê senadoPá compra pelo valoQu'eles vendem cá no Rio.

A Camila discansô:Dia treze, terça-feira.Naceu mais u'a infilizPra sê ama ou lavadêraE se tive pôca sorteMiritiz ou piniquêra.

Camila foi compra carne,As duas da madrugada.No caminhão da COFAPQui vende carne gelada.As dô aperto na filaVortô pra casa CamilaTrazendo a pobe coitada 1

Nós já se tinha pensadoButá um nome comum:Se fosse muié: COFAPE num macho pô: atum.

ZÉ PRAXÉDI — o poeta vaqueiro

Mas o pude capelãoDixe qui num batizava,Qui '.ii no reino do céuA COFAP num intrava.

Nós vortemos ela ingrêjaCom a minina paga.S'ela morre sem botismoCurpado é o catulicismoQui disprezô a marra.

Carcule se fosse atum.Tinha havido bufetão.Põs quarqué nome de bichoNum fica bem num cristão.Não sei pruquê teve PapaQui se chamava lião

Nas favelas federáA misera cuntinua.Pidinte pelas carçada,Cento fluente na rua.Gabrié de douto Laro,file e a muié s'alistaroPra viaja lá pra Lua.

Aí vai nossas nutiçaJuntas cum o meu abraço.O teu cumpade istimado:Manezin dos Anastaço.

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O Decreto-lei 988? que presarvcM «frigoríficos estrangeiros corri o privilegiode poderem criar gado para abate impt;nha condições insofismáveis aos seus be

[neficiários Comu se tratava i laramente de urricmanobra de proteção desonesta aos frigoríficoestrangeiros, arraigada dois dias ante- de er premulgada a Constituição de 1946, era preciso dduma justificativa para med da que contrariava otensivamente os interesse* dos pecuaristas e riopopulação. Esta justificativa é o parágrafo I u d'.decreto-lei, Neste parágrafo fica estabelecidoque o gado criado pelo- ingoríficos seria conse'vado para abastecimento dc população no penodo dd enrressafra, de l.° de agôs*o a 31 de de-rembro. Mais amda, fixa-se em i OCX) cruzeiropor cabeça de gado abai,cio em excesso a multoque os frigoríficos teriam qne pagar pela desobediència da lei. Fica clare, então, que os frigorífic-os-otrdesobedeceram a lei, não constitu ndo etoque.-, e estão em situação inteiramente irre-

guiar, ou tèm gado em suas pastagens e o estãosonegando, o que constitui crime contra a econo-mia popular.

— i.' inteiramente falsa a alegação de queboi está sendo comprado a preços muitopenores ao fixado pela Portaria 345 da

COFAP, que determinou a requisição do«gado nas mvemadas a 530 cruzeiros a arroba. EmMontes Claros, centro de uma das maiores re-

giões de criação de gado do país, como informouaito funcionário da Secretaria de Finanças de Mi-ria-- Gera'', o boi está sendo vendido rio máximoa 5 OCO cruzeiros, numa med.a de 450 a arrobaEm Barretes, segundo o boletim ria AssociaçãoRural do Vale do Rio Grande, órgão dc-- pecuanstas dessa grande zona de criação, o preço mᦕ.mo da arroba foi de 430 cruzeiro-, em ma cpa--ado f. tanto em Montes Claro- como emiodo o Brasil Centra!, o que náo ía!;a é boi.

i n ioa i

3-

ry uai^ia jj i" ¦: iniCòtlVd fi taUiO

mais tapeação porque cs três frigoríficosamericanos (Arrnour, Swift e Wilson) fa*rem parte de um mesmo grupo industrial

" financeiro nes Estado*, Unido:-, o chamado

grupo de Chicago, àc qual pertencem igualmentea Sears, a International Harvester e numerosa:nutras ernpie-a- e bane,---. O- tre e a Anglo, ::a-balhando em comum acordo, conrrolam do.- ter-,o*- do abate, cia refíigeração. e cio abasreomen-

to de caíoe- oo Brasil Central e SuL Como ês c'>

são os centros decisivos de criação de gado e

produção de carne, oç frigoríficos estrangeiroscontrolam inteiramente os preço- para o produ-lor e pa'a o consumidor, submetendo-os às suascondições. Como vemos, só se pode falar em it-berdade para os frigoríficos monopolistas estran-¦leiros, e nao em ii\ rc- Idll.J.

4-

[¦ acordo com o cue informou 'o dite-tor geral do Departamento Nacional oe

Pi idução Animai, órgão do Ministério daAgricultura aue controla a produção e e\-

por tacão de carne:., no Brasil, foram exportado'.no semestre oeste ano. apenas peles portos aoRio d:: Janeiro, Santos e Porto Alegre (faltandoLivramento e Rio Grande) mais de trinta mil K -peladas cie carne Isto indica que a carne oue aCOFAP vai importar da Argentina vem tapar umburaco cacto pela que os frigoríficos exporia-ram. Per outro lado. rie quem -&rá comprada acarne argentina? Embora d meia não exista infor-

^**************************************************M'********^'********ttB^'jP^ "'

II Hi» iflI N ii i f fi^í ê ilií' i H «I & vÈski$ÊMÍlilHill 4l»l'i i?i 1 v-fJHw

— Os frigoríficos americanos o io-'**"*¦ '•' ' já possuíam em-19: d ma • --¦¦'¦•

Quoie dois meies depois de inicia da a crise da carne, a população dosgrandes contrai continua ainda Mifomet ida a um racionamento dif no dos tem-pos de guerra, sendo abrigada na maioria das veies a paaar o produto fora da ta-belamento a preço* exorbitantes. Apesa r da vontade firme do atual presidenteda COFAP, general Ururahy Magalhães, em não ceder aas frigoríficos, attesainda sa sentam suficientemente fortes e prestigiados para continuar o boicoteimpunemente. Tém para defendê-los, alem de seus agentes e defensores habi-tuais, toda a caterva dos protetores da " livre iniciativa" que procuram desmora-lixar as medidas de proteção do povo c onl-ra os monopólios da carne tachando»as da "comunistas" e "nacionalistas xenófobos". Vejamos, portanto, algunspontos que mostram que a intervenção é necessário e justifiendo e aguardemosos rej.-ostas das defensores da "iniciativa privada".

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WrmmÈÊÊ^Ímlè.* ^XmmK ^^11WmkW&Mimk '"¦¦ ¦ ~™ ^OriPtfe *-^»B

O general Ururai lem manifestado.umn barreira à --ti agora cont-lfuta elevulou a disposição (não »uficiehvt*íriiento appegar o boi pelo chifre, intervindo nosa fim de desfazer a sonegação cfo produtopopulações, Por tudo is-1*-"- PS trabalhadoMindelo olhavam para a COFAP com eetia prestigiar, em movfrnentos dc apoio, oaspecto da mani-fést-ncâo de operários e¦a COFAP, pela sua lula contra os frigor

a frente da COFAP, a Intenção de levantarçíio dos preços. E no caso da carne ifoiada pelo governo tio sr. Itübitschekiuosfrigorífico-* estrangeiros »> nas invernadas

c assegurar o abastecimento normal àsres e o povo, que na época do coronelcismo e mesmo indignação, passam agoraaluai presidente da entidade. (Na foto.estudantes ao general Ururai, cm frenteÍfi('().°'.

moção pracisa sobre a que>tão muito pruvá\e! què ela seia compiaoa¦j..;- mesmíssimos frigorífico1- americanos e ingleses que, graças ao ¦< rron-

d." . |.á controlam inteiramente o mercado argeuuno tm poucas palavras(.-» frigoríficos fizeram ótimo negócio expor tandi d cai ne brasileira e *nagora exportai carne argentina para o Brasil.

Como o própnú Programa cie Me;a- do Ciovetno cçnstal d. o:'-, fl.í-*»\ -jorílicos so utiliram nm queito de sua capacidade .de produção,t 1 ¦*¦. ndo mal "a populaçãc das grande: C'dade ao Centro e Sul dn

B-j-.| Em de-ono an: de i 9-10 a 1957; a produção do1 frigorifi-'o*

prancamente não aumentou, enquanto crescia consideravelmente a

p*ocura do produto Ao- moi-opo as náo interessa aumentar a produçãoi "rrque cio «. cj lazer com que diminuíssem o- pré-. ¦ aa carne no mei--....do uacionai e infernaciona1

tas mil cabeças de gado, tudo indican-

do que ês.»e número íoi multiplicado

oor3'daquela data até hoje. Isto representa uma

arma-poderosa em sua; mãos, porque e uma i-

,.a de impor preços ao* pecuarista1 1{'

.m-têrço do"gadü abatido Pe^í^h'i^^lC^ede suas próprias pastagens, eles podem.semi io,

,or muito l*mpo, deixar de comprai gado aqu^-

es criadores que não aceitaram suas :.ondiçoe-

Mas uma vez se vê que a "livre mioauva tam-

bém e monopólio do, trustes estrangeira u.

carne.

¦ ^ — Os frigoríficos americano-, mesmo nao~7

¦ -onsiderando as falcatruas contábeis que

í iazem para ocultar seus lucros, auferem

no Brasil lucros oito vezes mais elevack

do que nos £itados Unidos. Será que o direito

de explorar mais ferozmente os povos de outios

países faz parte do "sistema da livre iniciativa .

É uma pergunta que certos editorialistas ria nn-

prensa sadia" deveriam responder.

f^ - Os trustes da carne e seus protegidos.O-'* dependentes recebem anualmente do

l I Banco do Brasil e de outras fontes ofici.

vultosos empréstimos em prejuízo dos pe-

qjénos e médios produtores naciona.s que se

vêem obrigados a recorrer à Anglo. Arrnour, Wil-'son

e Swiff para obterem créditos concedidos

com imposições escravizantes.

s^, _ O" frigoríficos estrangeiros jamais va-

| | i ilaram diante do< métodos mais crimmo

7j ¦ o, para estabelecer e consolidar ceu mo

nopóliono Brasil. Sena mu to longa a i

,,. üe crimes cometidos por eles, nas quem du-

v.de da aeu ação poderá, por exemplo, procurar'.ber quais foram as revelações inicia s do inque-

rito para apurar os responsáveis pelo incêndio rio

grande frigorífico da Frimisa em Minas Gerais

Ô inquérito foi imediatamente abafado e desvir-

luàdo por pressão dos trustes internacionais, po;na provar oue foram eles que financiaram o po-bre coitado que pôs fogo às instalações Ou iam

bém não será crime reduzir o fornecimento de

carne a São Paulo e ^o Rio a um quarto dn 10f •'¦.'ii A- >-J - l-"*' ¦—»•¦»- ---

mal para obrigai a COFAP a aumentar o.-¦ D<r>;-2-

1 H—Finalmente, o procurador da P»epÚDi:-

:a dc, em seu parecer contrário ao ped -! " / do de tropas paia ocupação dos frigorm-

i.o: e invemadas, que a le; que criou a

COFAP, ou a legislação brasileira sobre o assun-

to náo permitem essa ocupação. Ao mesmo ten -

po, lembra que a lei aue cria a Superintendência

do Abastecimento dá a ela o poder de infere.

eietivamente no mercado de produção e ocupar

temporariamente empresa". Perguntamo então

porque o governo não se interessa pela rapioj

aprovação do projeto que êle mesmo enviou à Ci-

mara, e, ao me;-nno.tempo, hão toma outra: me-

didas igualmente eficazes, eomo a desapropria-

(áo, ou requisição, levando em conta que a em-

presas estrangeira que dominam o mercado deame desrespeitaram o Decreto-lei 9 88.3 aue'orna obrigatória d con titujçào de t--"----' • •• ¦-.«•-'d essa época cio ano?

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