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Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

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ÂRMÀNDO DA SILVA PAIS

BARREIROC ONTEMPORAÌ.{ EO

A GRANDE E PROGRES S IVAVILA INDUSTRIAL

II VOLUME

EDIçÃODÀ

CÂMARÀ MUNICÌPÀI DO EARREIRO

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O BARREIRO

CONTEMPORÂNEO

I I

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DO AUTOR

Bü.rei,ro Histórìco - Curiôsds Noticius e Vütrtos do Pa$ada * er|,

<O BâÌïelro), de 14-Ì-1943 â 14-III-1946 (131 folhetins)'

O Barreì'Ío e o seu Conú€r,4o-Edições ROTEP N' 214-Porto, 1951'

No Primei,ro CenÍenáÍi.o d,o MitListério drLs Obmit Púbüus - Fontes

Pereàìa d.e MeIIo (A sus'Vitl$ e a .sud' Obrd) - Dd Regeneração ao Estado

Nooo - ConJerência - Edição dâ C. M. B. - 1952'

B,otei.ro da VikL do B(t1'reiro (Publicaçáo ilustrâda) - Com o latro-

cínio do <Jolnal ilo Bâ.rì"eiro> (de colaboÌação de João Inácio Nunes Jr') -

BârreiÌo, 1963-64.

MoN0GBÀFIÀ Do BÀRREIRo, constituída pelos B seguintes voìumes:

O Bãn'eiÍo Antigo e Mo(7erno - As outras terras d'o Concetrko' -

Edição dâ C. M. B.-Lisboâ, 1963,

o Ban'efuo Contenx'porâneo - a graní\e e progressil)a vild Ind'us-

triatr. _7." vol. -Edição da C. M' B. - Lisboa, 1965'

O B(ftrci'ro ColLteÌworô"neo - A gtl;nde e pl'ogressirrd ViÌa Indas'

tü(tt.-z." vot.-Edigão da C M' B. -Lisboa' 1961t'

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ARMANDO DA SILVA PAIS

O BARREIRO

CONTEMPORANEO

GRANDE E PROGRESSIVA

VILA INDUSTRIAL

I I VOLUME

EDIÇÃO DA

CÀMARA MUNICIPAL DO BARREIRO19 68

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Ao âgente técnico de elìgenhaì'raVICTOR RODRIGAES ADRAGÃO,peÌos tons Ferviços que !Ìestou a este

concelho, como vice pÌesidentê dâ Câhâra

MunicipâI do Balrêiro, no pdíodo de 1955

a 1967, b@ como @ outtas úâis funçõês

què teD desempenhadÒ em pÌot do

bàioÌ pÌogÌesso deste concelho.

Á MINHA MULHER MARIA DE ],OUIìDES E A

MEUS FIJ,HOS CARLOS ALBERTO E SEBTÀ

MARIÀ, PEDINDO.LHXS PXIÌDÃO DAS INÚMERAS

HORAS QUE RETIIìEI AO CONVÍVIO I'AMÌ]-IAR._

PÀRA ESCRXVER NSTA AINDA IMPÌ]RIEITA OBRA

QUX IICA SENDO À I\IONOGRAFI.{ DO BÀRREIRO,

O AUTOÊ

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ALTO TESTEMUNHO DE RECONHECIMENTOl

ACTUÁIS CIDADÃOS HONORÁRIOSDO BÂRREIRO

Date d,0, DelíbaraçãoCamarória

22-y 1934

In(Ìi1)iduúüdades

PROI'ìSSOR DOÜTOIi ANTÓNIO DEOLIVEIRA SÀLAZAÌ, pÌesideniè iloOonseÌho de trIinistro6 dè portusal.

3,VII-1963 PROFìSSOÀ DOUTOR JOÃO D] 'MÁTOS ANTUNES VARELA, {jnistÌo

DR. I{IGUXL PÁDUA RODRIGUIS3ASTOS, Gove{adôr Ci!i1 do Dishitode SetúìÈl, de 2-U,1955 a t6-vl 1966_

1 VI-1966

NOTA. - Foi também Cidadão Honoúrio do BalÌeiro, pordeÌiberação camarária de 19-XII,1956, e, poÌtânto, o segunalo,cÌonoÌògicamente, D. Mânuel ÂugLtsto José de MeÌÌo (CaÌtâ_ro),Presidente do ConseÌho de Adminishação da CoÌrpânhia UniãoFâbriÌ, fâ1. a 15-X-1966.

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APRESENTAÇ ÃO

t ; , Í o .sppr1,1a r . t rn l t Ì t1, , dê U BqRÌ[ ] ìO í-uNTENìPOR\NEO.

O Ban'eiro das Cole(tiüid&des Rea.eati.T)as, a B.ffreiro dãs Organì-zo.ções Cülturaís ftlgumas ãas qnís ìá, de rename lìtmodo ,no esl:ran-geiro-o Bti:rreiro alas Calectì,-idad"es Despartü)ai (englobdndo umpouco d,a kistóríu, de todos os cl.ubes que, entre nós, .se deil,icúÌn à pr'i,tict7e üÍu9ão cla$ acti,t)ül,ades dessl, ndturez&), o Bafteiro da Tr.tb@Iha, colkincahtestú,l)el pasiçã,a il,e ïelelta no q .ddïo das ralores indiBLri(xis da Pus,o Bar'Ì eiro clns Orgdni?açõës Sinücats e das OrgutknLos Palronúis, oBarrcira dãs Instituições H'ünúnìtárÌas (e outraÃ), a Barreíro htüen-turi(uÌo, eníim, sab a dspecto colecLi,t)istd e úe gralLde Centra de Tr.Lbatha,e'noìs um escarço, ainila, da lntprensd, barreirense cantemporAneo, -Ld,a desfilaÍ dfuníe al,o l,eitor, crffiosa itre @nhe@Í nellLor, sob tad.as oudlguns d,*ses a,spectas, est& grande yrLA-CrD!.DE, que, otl'l|és d,el.es edfls Figütas e das Futtas aos mesmau ligad,os - tlltì& rerdúd.eb.L po,ratlu(le L-alores t.Lhto tem cotutribui,.l,a p(rra a seü próprio ergruuLecilnentoe a d.t Nação PartuguescL,

As c()nsiderações d,e ordem ge,ral,, tlue atd&zi1tús na oprese,ntecï),o d,oslì()l&mes anteriafes, cansidereno las dqìri tra! scyíL1"s, pot ìnteiru,menteú,IitÌas e opa rt1n.o,s.

'l'udo o que u(i Ler-se, em despreterl.ciasa naflatíNa, nulrL estila sìm-'ptres e trurú(L rebuscatlo, clue: de,re seÍ-paLrece-1las-o que netrha/r se.oo"d,na colrL a natutezq. da abro, e a obiecLbo que presí(Lìr'ark a suaelaboraçd,o, nío etcl:trì, porém,, u possibilid,ad,e d.e aíg.únla e'oentuuL inpre-cÉíh, afril,uí1ìel a cdusas Nd.rius. Ista é que Noltúìw)s u repetiï, agofa.telT) e?, po! ouh,as .pallalrras.

Ì

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O autor nii,o neg& que, erltÌe mo' montonhd d.e &pontalltetutos' des(I'

li.únil,o & pdciência do mots prec@idt) lnortí|, e mesmo dlnLl,és íIas 'p1'ó-

Ì)rfus itrì.pressões peÃsaais, @ma resutrt&clo rJe ulìna longa seümentaçõo

rte tlurlos recolhid'os rl,e t:á.rit origem ou aãquírídos em Lo'nttLcto conL pes-

soue das mnts ül)er:as co.tegorio's, olguns lapsos ou Ídlhas PossctlÌL ter()caftí,(lo. Deles p?lLírnos antecipdd| desculpd' e rLãa da|itl,Irnos que na'\ú

conud4,m, se tuaoàrelmente quisel'e'm ora\ar d.d' tvel&, enÍNent(Lcld' 'parquem, não 't)i,1)e ila pena e a ela se trançol! nas lLor(r's r)agas das suas ÍunçõesoÍiciuís.

Alurgó,ma-nos 1on pouca m(ìs na p1/rte.l'este'üoltrme íIedic&da ao

BârueiÌo DespoÌtivo, em, púmeÌïo lugar en homenagem at's desportút(Ls

ba,rreirenses, enL geral, os qnis, atraliós d,e ïó"rit1s mo.Jai.lades dquí

p1'cLtic0,íh1,s, têIk sido os obteiras de um intenso e ca11stu1Íe meiÔ il'e ptra-,palürd,tr .lest.r úIo', Ie1)aniLo o \eu nome não só a todos os recantos da

teftaL po1'[uguesa, ni,as túmbém a muitos '[)antas da estÍo;lweiro' tornanda

iguahneníe bem @nhecid'os e respeitatl,cs os pú||úas clubes o' qLa per'

teÍcem; e, d,?,'pois, pela raaão de que... nI(Ìa se en@n,tru(t publür7do, &té

lLaje, sabre @ 1)iila despol'tbI' lacal, 't1um úspecta de .oftìulLto'

Escrereu, em 1925 estí.s pahTuras, um üstinto e iâ' fAkcido des-

portisto" b&rreírense (MaturcI RlJiler d,a Casttt):<Quando um día se fizer a históÌia do spoÌt em Poltugâl, esta viÌa

tem clireito a figurar entre âs pÌimeiÌâs $re mâis batâÌhâràm em seu

Cotn a qúe oíereaemos Qqrì oas leltorcs sobre a lt1atérí&, não 'pre-

tend,emos mais que aoreselLtar ús bases, svli'cíenl:emênte reÍerenciadag,

em. que hó)-(te asselLt@r a reconllecirnento d.dquele ÍIix'eito.

Esta ettenso pdúe desportira, paÍ reuessid(rde de marcarmos um

XII

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Limite à recalha da$ dddos respectitos, encerránlo-Ia err Bl de Dezembrcde 1961, embora, &quí e aÌén, LlÌe ti1)ëssemas intradazido ainút alguÍLosn.oto,s, tÌur.m.te o perío.lo da sü.r passaqem. à letÍú (Le fotma..

E, qora, ú lÌnalizer esta intrad. çã,o, 11.rn pe.tueko escluecìmen.to:Vtl,í stxi.r este nol: .me a públíco canl a o,trasa d,e mais d.e uhL .nÌa etL

rekLçã,a à data,Ireústa, que era a 3." t mestre (le 19aj7. O frcto r.srÌtou.to.la,ria, de, a.m. tdnta iiesperod,omente, r.oa ter sid,a calLÍíaí1.a, em.Na?)emL)ro d.e 196t;, a ürecçíj.o do JorÌ1aÌ do Bà:IÌe:ro, que ussumimas utíFe"Leïeiro da cafreLte ana, íorçan.ilo-nas (ó benl o tenko) a suspender,pot' (bsaluta fal,td, de LeTNpa, í!, eÌabor(rçalo (1,e atguns ctrpítutos ìô esq.ue-nlfttizatLos e d conclüsãa (Ìe outros mais,.J,etJen(l,ehtes tte pe::quìEe. e or(Le-núgão de elementos, a que só ü.ltimamente nos Íoi possfuel la,zer, d,epoisie atrbiúíIos drLquelas Í.unções. E níio estãriün os [eitores - aÌ.g1ms (losqu

^ pessaalmente ou poï escrit.:) nas únhúm pergunlnnd.o coltL d,es1)ay.c-

ced,or intere$e qu.rndo se p blícaLÍìa este DolxüyLe -nlenos interessadosn.6se Íucto do qrlc, nós...beln d,esejo:ios, cam o nen)osa inquíetaçíio dtrres,pansabilìdede, tle concl:uirmos aqú"lo ú que nos tbrhafnos d,balax1.çado,arltes We 0, Ditin,a Prouitl,ênciu qui-\esse, por\enlurcq to,üteÍrnas .LIrode qualquer pa,rtidú... NAa eflr,tessimismo, que a. tal, não samos ulreito,,nas (Lpenas ú iÌW1'essão de que - co17ìo túntas rezes sucede (quantomâis tarde, pior maré..->

BaÌrei Ìo,28 de Maio de 1968

rXIII

ARMÀNDo DA SILVÀ PÁIS

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.l

I PARTE

VIDA CUL'TURAL E RECREATIVA

SERVIÇOS E COLECTIVIDADF-S

FIGURÂS E FACTOS

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CÀPÍTULO I

A NOVA BIBLIOTECA MUNICIPAL DO BARREIRO(1964)

(RET'EÌÌEM,SE OS SUCESSOS QUE "RECEDEIìAX]I

A SUA INSTA],ÀCíOEM CASA ADÁPTADA A XSSE T'IM)

Emborâ â cÌiação da Ribliotecâ Municipal já datâsse de 1912, comoem outro lúgar recoÌdámos (1), só em poucas ocâsiões e pojr breves períodos(no decurso de meio século) pudeÌaÌn algumâs pessoas recorrer âos seuspréstimos. No início da sua instaÌâçáo, rccebeu a Câmara Municipal oferüasde vários livÌos e algumas colecções de jomais. Reomdamc.ÌÌois, ainda, deela possuir uma Ìàzoável porqão de obrâs dê CâmiÌo e outrâs de lIercÌrla.ÌÌo,Castilho, Rebelo da Silvã, Garïett e Campos Júnior e tamÌÉm volumes d€periódicos, alguns hrmoústicos, coÍn impagáveis ú11619?, políticas (bonsiempos!...) saídâs da náo menos impâgável pena de Bordalo Pinheiro,além de mâis uns tantos volumes, alguns muito antigos, sobre mâtériââdÌninistrativa, e reguÌamentos municipâisj que a CâmaÍa já possuÍâ.

Instalada â BibÌiot€{â ÌÌumâ das m€lhoÌeÉ salas do 1." andar dos Paçosdo ConceÌho, todas essas obrâs cabiam num só aÍn-iârio e aindã sobejava

(') \,1. O Bútuiro An6go e Môdemo -Cap. x!-(O BaÌrcirD na tÌansição dâMoìâ.qui. para s Rêpútrrc, ê breeê sple.ia(âo do peÍiodo sêsaúLer.

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

espaço, tendo sido preenehidos (x Ìestantes, que assentâvam nâ"s outrâspâredes da sâÌâ e êÌum màis quâtÍo orrÌ cinco, com col€cções da Dúi,ri.o tÌ.oGoúl.ru. EÉtes erâm <arquivo> dà foÌha oficiâÌ.

Múitos ârÌos esteve fechadâ a Biblioteca, cujà saÌa ià sen'indo pârâváÍíos fins (gabinete do presidente do Senado MunicipâÌ e da ComissãoEÍecutrvâ, depors aÍerì€l de desenho! eïc.), mâs, ceÌtâ época, uma vereaçãopêrhitiu a sâída de lir'1os, do que resuÌtou, poÌém, âÌgunB não ÌegressaÌ€m(velha pecha!) e ortÌbs voltâr:em a ser devolvidos em estâatro Ìaslimoso(domalomenos...). O sistenu, àlém de não sê Íevelar prátic{}, erâ ruinoso,e foi posto de pârte.

De âno,s â ânos, fazia-se um inventárdo, arotavam-se âs faltas, dâl?-senovâ numeÍação aos livro,s que existiâm e tudo ficavâ por âj. Em Outubrode 1935, o vereado,r João da Luz (1874-1055) proÌús que o 1." andar doedifício dâ ãntigâ CâmaÌâ (nâ Prâçà de Santà CÌuz), emborâ neste conti-mrãsse o Posto Policial, fosse âdãptado a Bibliotecâ Públicà, e se acâbâssecom as enxovias no Ì"es-do-cháo, A Ì]Íopostâ foi aprwâda, mas Ììãopâssou dãj.

Entretànto à châmâda BibÌioteca Municipâl raro era enriquecicla deEovâs espécjes; os pedidos de âquisiçào que aulorês oú editoÌes de lì \ fosdiÌigiam à Câmâ-rã Ìecebiaìn norÌnaÌmente a respostâ alê qu€ não hâ"iâverba para a compÌ€ ou ela já êsêva esgotada, tão frâquinha er4 comefeito...

Na presidência de Joâquim José FeÌ"Ììândes (no peÌíodo de 19Bg a1950), já a CâÌnarâ Municipèl compÌou diversos voÌumes que o chefe aloMunicípio mandava depor, pÌecâtâdamente, numa est:ult€ do sêu gâbinetê,e, dâí eÌn diante, as CâmâÌâs qüe se the seguiram forâm âdquirindo obrasma;is impoúântes (enciclotÉdiâs, etc.) qüe iam sendo aeunidãs e cuidâ-dosârnentê conseÌvâdàs.

Foi nesse ledoaio que se fez uma tentahva séria pârà reconstituir aBibliotecâ MunicipaÌ e pôla em actividade, endquecida arnda co,rn umasecçáo de müseu. Como fazíamos paxte do gÌupo de indivíduos que paxâtal fim se of*ecerâ e âindâ dâ pÌóprià vereação, aqui â mencionàmos, comaÌguÌìs dâdos quê Ìnais ninguém, aliás, possúi. Fundarâ-se nesta vila,a 10 de Maio de 1944, num cimpâÌtimento do <Café Bar-reiro>, umatedúiia aÌtístico-liteÌária deDoxÌinadâ Cená.culo Barbosd' Aú Boca|e. Potproposta de dois dos seus membros (Américo Mârinho, pintoÌ de aÌte eprofessor do ensino técnico, e João dos Sântos Prates (empregâdo deescritóris dà C. P. e professor alo ensino palticuÌar), apresentada eÌì

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A NOVA BIBL1OTECA }IUNICIPA],

Ìeunião de 30 de Agosto de 1945, foi eìaborada e enviad.L à CâmaÌaMünicipal do BaÌTeiro uma exposição no sentido de âjudâr â Câmarâ Ìacria4áo d.e nm Mugeu-BiÕlioÍ€drr, oferecendo, pârâ taÌ, os préstimos dâqueÌegrupo que se traduziriam na obt€nção de várias dádivãs de volumes eobras de ârte e na pesquisa e âquisição de objectos váÌios Ìrarâ o pretendidomüseu, fossem de origem Ìoca1 ou regionaÌ ('), que o gr"upo se esforçâÌiapor obter t{Ìmbém gïaciosâmeütê ou, quândo muitoi nas melhores con-

Em 1? de Setembro ile 19:!5, âo apreciâr, em sessão púbÌica, a ditaexposição (âssinâda por doze membros do Õenáculo), ÌesoÌveü a C. M. B.concoÌ'd:Lr com â sugeslão e aceilàr o auxílio do grupo, deÌiberândo alimesmo incumbir â Repârtição Técnicâ dà eÌaboÌâqão do projectg s or'ça-mento dà modificâção e obÍâs a ef€ctuâr nâ sâlà à que a exposiqão sereferiâ, e pôÌ mais Lrma ou drlÌs sâÌâs àqÌreÌa contíguâs à sua disposição.No ano seguinte, 1bi, eíectivâmente, eÌabofâdo o pÌojecto er calcuÌàdo ocusto da obrâ (o iÌÌdispensáveÌ) em 6 mil escucÌos, tendo sido pÌevistâ asuà execução para 1947 o que não se verificoLt, afinal, por entretânto,se haveÌ dissolvido âquêÌe âgrupãmeÌÌto. Forâ mais umà teÌìtativa goÌâdâde :rcçãc! cuÌturul do Münicípio, visando, como se pretendiã. e em comple-meÌrto de uma Íâzoável bibÌiotecà, a criâção de ünan seccão de Ìnuseu, ideiâesta não já inéditâ.

Por essa época - em Màìo de 1946 - suÌgiu *r,'nbém .r ideia de seÌÌonLàr -o Pr]"ouê Mrrr ic ip. ì una bibl iorprr mórel . A plooo"tc aprcscr-tàdâ nesse sentido peÌo vereâdor José de OÌiveira Raposo, foÌa âpïovâdâe, dertro de pouco tempo, erâ colocâdo nâqüele Ì€cinto, sob um pâviÌhão defipado, sombreàdo de arvoredo, um armário-bibÌiotecâ, constituído por umcorpo centÌâÌ e dois ÌâJerâis, qüe sobre aquele se fechâvâm. AÌgïÌrs Ìil'Ìosque !âÌa Iá foràm erâm da lÌib1io'teca MüÌÌicipal, constituindo, a mêiorÌrâÌte, Ìít€Íatum de ficção, a que se juÌìtârâm \.olumes de ÌiteÌatura infàlì-tiÌ, âdquiridos peÌâ C. M. B. A ÌeituÌa no Ìocâl erâ gràtuita, soÌicjtadà porrequisição, podendo tâmbém levâr-se livrrcs para leitüra domiciÌiária,mediante pag.Ìmerto de uma peqüenâ impoltância. Lhâ eÌnpregnda zelavâpor esse serviço.

(') Coho erêm!]Õ de ãctividades e do sosto de t€npos !âssâdos ou âctuâis,oìédecêndo a sna escolhâ e â!ïesentâção a uo criiério â sesun, com ristâ à cultnÌa

5

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O BARRXIRO CON?EMPORÂNEO

Essa pequena biblioteca - de feiçáo populâr- aindâ ali funcioÌìou(apeÌìâs nos mese€ de Verão) cerca de cinco a.ìos, seÍldo d€pois extintâ,quâ.nalo so pensou -segundo cremos - nulnâ bibÌioteca itiÍeraÌÌte, quepercorÌesse todas âs povoadoes do concelh,o, âptâ a fâcilitar abunda.Ìite evariacla leiturâ-o que não passou, todavia, de pÌ"ojecto.

EntÌ€ta.ÌÌfo, coÌìtinuâvâ a Biblioüeca Municipâl (e Mr6ar) com exis-tênciâ legal nos relatóriog câÌnâÍáÌios, mas sútetizada ruma porçáo d€livÌos sem arruma6o metrjdica, que âcabaràm poÌ ser guaÌdados no sótã.oalos Pàços do Concelhq junto do Arquivo dâ Câmarâ, quâ.Ì1do â sala, ondeestavam, foi trânsforÌÌìâda e âdâptâdâ parã o'utros fins. Do seú q râse to'talabaìalono resúltou, entÌe outÍâs fâlhas, â iìexistênci4 âctualÌnente, decoÌecções ale jomãis e r-evistas Ìocais, âpeBâr de, desale 1912, o seu túmeroter atingido mais de duas dezenas, isso poÌque o exemplâr, que nor"nla.Ì-meÌÌte seguia para ã Câmâra, ficâvà peÌas secÌetárias e desàpâreciâ depois.Deploïà-se êssa fa.ltâ, poÌque umâ colecção de órgáos ale imprênsa dê umâlocalidâde (tâl como várias bibliotecas municipais do País possuem), aìémde constituir um índice clo graü cle desenvolvimento intelectuâl dos seushâbita.Ìrtes, é um impoÌ"tante meio de consulta, no âs})ecto alê infor'Ìnâçáoe investigaÉo âo nível concelhio e regioÌ1âl (r).

A paÌtfu de 1960, começou a adlquiriÌ mâior vulto a ideiâ da estru.turação de uma BibÌiotecâ Municipal em condiqões de servir convmiente-rnente o público, asseÌÌtândo-se em que teria ale sor, nessas condições, ins-talada forã do edifício dos Paços do Coìcelho. Decorreu, no entanto,

C) SéÌá dìfícil (e já en Duitos casôs iapossívêl) Ìèunir coÌecçõês cohlletâsdês8as public8çõêf poÌiódicâs bâr}êlÌênseq dè quê na !ú!Ìia Sibliôtecâ Nacion.Ì deLi$oâ exiÊt€m aÌ[email protected] falhãs. trfaà êÌi dê tentâr uD âlelo nô sentido dê que ospâlticuÌarcs que as possuíssen, desÍâlcadú o1r nãq as cedessea à BibÌiotea MDicipâ],agora em conügões de zelar convmienìenentè pela sua conseleação e de fâcuÌtaÌ essasantigâs JoÌhas à leitum pública.

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A NOVA BIBLIOTECÀ MUN1CIPAL

algum tempo âinda, antes que fosse tomada essa deliberaçãq até que,em 1962, a Câmara Municipal assinou o amendamento, com início em 1 deAgosto desse ano, da casa destinada à futura Biblioteca, situada na Ave-nida Alfredo da SiÌva n"" 36, junto ao Parque Municipal. Demorou ainda

Perspectitd, inter,ío,t d,a Bibliotecú MunicópaL d,o Bat c.etro

(trotosÌafia dè Aúsüsto CabÌita-Estúdio)

o estudo sobre a sua adaptação à instalação projectada, num estiÌo modernoe o mais possível funcional, mandando-se executar, em seguida, o mobi-liário, no quâl se gâstararn, em L963, cerca de 100 mil escudos (,). Dotou-se,ainda, a casa de equipamento de ar condicionado. Entretanto, comprou-secerto número de obras de valor (enciclopédias gerais e outras) e tudo seprepârou para a inauguragão, que se efectuou a 6 de Janeiro de 1964.As largas montras de que é dotad4 franqueadas a exposições de artistas(amadores ou pÍofissionâis) e de coleccionadores, foram estreadas com

(") Xsse estudo, bem como o fomecimento do mobiliário foram entregues à fi|ma(Àmbiente)), de Lisboa, didgidâ pelo arquitecto João Manuel Alves de Sousa.

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O BARRNIIìO CONTEMPOÌ'ÁNEO

babâlhos d€ fotogrâÍià de Augusto Cabrita e xilogràvuras de ManueÌ

Cabànâs.No relatório câmãÍário de 1963 (pubÌicâdo Ìro 1' tlimestre do âno

seguiÌÌte), tomou-se conhecimento tlos propósitos dà C M B àcercâ -da

BibÌioteca MüÌÌicipat: <Esta send"o il'ì'rirJida 114 sentìílô 'Ie

ser uma bibl'ío-

tecc!, essencíalnLente té.nica ou rlxelhor rla bib\ioteca que ãìude aq Ples

bctrreirenEes que quel'erÌL fitaÍ os seús dlrsos (le EngenlLorid, Econó'kic(Ã'

Matem'átieaÃ, Di\eito, AÌqLitectuta' et(.), Pontla à sLLd' d posição nõ'o-so

u,m local aproprüúa, toma tdmbéttu os lirras necessúnos' Em contrap1'rttillt,

pens(r-se újud'ot ds socied"(ldes Íea'eI7ti7ì173 e clútar'(üs, lornccanilo'l'ltes'am,ahnenti (em l)ez de tubsüJiôs lrun'etàúanente) os l''Dras de cultura

geNal netessó"rios e aat1lít'k2.J!l o,9 slta's hihlìotecc'9'>

(A üm ponto alesta proposição se mtende por bem objectax: é que

parece p,referíve1 trataÌ-se ale uÌ1aa Biblioteca pretlaminQntenrekte e t1âo

ì"**"r'rÃ*"rtt., técnica, pela faÌta que ela lode fazer aos estudantes de

outros Íamos ale ensino, e trât:rÌ-se de umà bibliotêca pública, sem prejuízo'

no entà:ÌÌto, do seú carácter clominâÌÌte e corÍespon'lente, jüstamente, à

feição indu;tdal desta localidade JuÌgamos, ãÌiás, estâÌ sendo estâ a Ìinha

cle -rumo até agrra seguialà nâ práticà, como se infeÌe do que' ma'rs âdiànte'

registamos. Mâs náo é de màis focâr este poÌúo )E, a seguir, naqueÌe mesmo documento, ss çxpunha o plâno dâquele

corpo admiiistrativo sobre o desenvoÌvimenlo da sua àcção cuÌtuÍal:

uPiru*se, rw entanto, ser nece:]sArio criat uns <Settiças Cultutúis> que

geríntaln a coníìnuidarle tln ncção th C&maro' nesse senlüo' qurll4uer que"ni"

i un"oao, ao pelouro cuitural'. Esse semiça tetá' & seu cco'ga nd'o só

a" ad:mi'nistraso lla Bibliateca MurNiciqal, caltlo l'he caberú fonLentot e

cLcd,rinhdr o,s ürersd^s inicurtilos tle c\1'íLctet cúl'tuTal', tttls cama: as Íestaspwuloru, o, conte:rtos 'Ìv,úbü@s' os espectácuhs cultüt'oì's, as'bibho-tecaÊ^àï

*olnúau recre(Ltil)ds e cu|txlroxs, etc , paÍa a que se deuerõ'o dispar

as 1) erbas o'rçaxmeLtsis nec$sá,rías'>

Registemos, agora, em breves linhas, âlgo do primeiro ÌeÌatóÍio dâ

.iÌrao'frïÌn ;ouÁ aifrrioteca MuÌÌicipãÌ do BüfÌeiIo, Íespeitântê âo pedodo

ã"-ã-a" lun"i"o de 1964 a 30 ale Setembrc de 1965, documento publicàdo

co"Ì o:r la de 29 dê Outubïo de 1965

Page 25: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

A NOVA BÌA]-IOTECÁ MUNICÌPÀT,

it

t

D]I DEFESí DA LIVEA

CONSELHOS ÚTEISDm JúL(tro d.e 19!L rn gtúto.]e roAa.es ÍIír'ìgentes ÍId Bilj^otecú daS. I. R. R. (<PctLiclL.iral,) pedì, o. r:n aúì.lto it)malista búr.irens. e Nek,,loão AìetuÍIo .Ia C@na, qk ]ÌaçoÃse uns .anselh4s em. nerya, pMú etesMnLtMm in.WiÍnb e q,ar Lo l.E. bteÍìar dd cu:pa da$ Iítros, te.^ftMla osteitoreg ú tecortl@ Eq rrn batu. Lírro,ú urL bM onúgo e qúe, .oma taL se.lcNe darcciú e cstinü. La4úk|r a susesrõa e a obie.th\o ú qlle ...'[email protected] @nscllLos, Azaüdo .Io Carmo esl:rexeu entã. a ?o.sit qu.e n st1sp.i..JìtltLs .leiran6 or|úNnú, can o .tes.io .la úte se íorne justumenÍ.caìÌhzçila .las núís lríbhot.cas par 4Be País atëht (Ìir6 or itìwrantps),tut .aés Lla suo apo6íçã4 nos rolLnes hdís aliljwÈ tL serem úida.],os.Pot ceÌ to O LMO úlJrddecer ia. . .

Prara que és círíkzado,tÌatmioae .om arü.tdo.

Jare,tu, cÌiúÌçrl, FLi, mõ,P,:

íaço beÈ tÌ.Lta.'nte b..tL-

Põe un Ttaael a Íonq'n,e,nã.o ú, a úì.aBú 3LìM1E.

Não ne abr.6 .l,e mab- Faà mal.ì mitulLú $rìhha dúsa\...

Se cr)iw.reÈ ou to$ír.s,é J@at ÌLaio tu dtìnsir^,

FoUNìa-ne 4 se.a... Prina.A .ïeda à bocd ,! utu crime-

Qú ú t1n mão @ fechqrtLe,tedúL .uitkltlo en, íMtln-mc.,,

í'iruldste a leitÚa? Entdanãa me retenh6 ..n. riía...

Nã,o TjcrLença a ti sònekte,sau lirro de ,úita sente-..

O LIVR'

Page 26: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

DeÌa consta que, nâ sêgunda dâquelas datâs, a Bib,lioteca poÊsuíà já4048 volumes, Ì€pa.rtidos pelâs seguintes secções: 0 - Generalidàdes;1- Fiio,sofia; 2- Religiáo; 3 -Ciências Sociais; 4 - FiÌoÌogia e Lin-guística; 5-Ciência"s Purâs; 6 - Ciênciâs ApÌicâcÌas; 7 - BeÌâs-Artes;8 - Literâtuu; I - Geografiâ, Biografia e Histriria.

As obrâ,s tócnicâ"s coÌìstiíuiàm 28 por cento do totaÌ (â mêior percen-tàgem das rubricas acima, âbÌangendo as dos n.'" 5 e 6), sendo â Litera-turà, em relâção ao mesmo tota], 19 Êor cento aproximadâÌÌlente.

Finalmentê, o número de coÍìsultas:

Ano de 1964Aro de 1965Ano de 1966

6 44212 97219 911

Dâs âctividades exeÍcidas peÌos Ìeitores! âvult€, a dos estudânies.Com ÌefeÌ'êneia a 31 ale D€zembro aie 1966, o recheio da BibÌioteca erâ

já constituído por 5 91? voÌumes, eÌr que as Ciências Aplicadas e Ciênciâ,sPurâs estavâm ÌepreseÌÌi,adâs, resÌ)€ctivarneÌrïei pl 1360 e 1136 obtâs(ocupândo, ãssim, o 1." e 2.' ÌugâÌes, em impoÌ'tânciâ). Possui tambémficheiro dê âltigos de rêvistì,s sobÌe os mais '"'aÌi:Ldos âssuntos.

Está u&.r inteÌ€ssante obra em marchã no BaÌ'rerl'o, com a Ìestaú-ràção da BibÌioteca Municipâ-I nqs moldes em qug há muito ternpo, seimpunhã,"n, e, com eÌa, à maior acessibilidàde às fontes de cultuÍa de quetodos os estudantes e práticÒs tenhàm prccisão, com vista â uÌnâ formâçãoe â uma decuüentàção proÍissionâl especiaÌizâdâ. Tâl como, há- anos, seesboqou no Baneiro, pàra ü1Ì1 mesmo fim, torÌÌâ-se Ìrecessário que estarBibliotecà sejà acaúnhada por uma Sociedade de Amigos. da Culturâ, queâ amparem, a auxiliem e a foÌ'tàÌeçam, até poÌ intelrnédio dos seus conhe-cimentos pessoais e profissionais,

10

Page 27: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

.{ NOVA BIBLIOTECA XIUNÌCIPAL

A suà instaÌação é entendida coÌ'ÌÌo provisóÌ.ia, âté à suâ fixâção emediÍício mâis alnpÌo, mâs tudo quanto pârâ ela se Dossâ, entÌetânto, enc:l-mirhâr, não se peÌ:derá, sendo de desejar que se aprov€item todâs asopoÌtunidades coÌÌì esse objectivo. E só então, naqueÌa altura, se poderáencaràa a cjriàção dâ há muito desejàd,à, Bi,blioteca-M11s€l, ('), com esteúÌlimo consagÌâcÌo à Árte, em gcral, e onde não aleverá fàÌtar uma secçãode trabaÌhos de artesâÌÌâto (tantos clêÌes sempre int@ess!ìntes peÌâ suaoriginalidâde habilidosâ, inspiração e dom de sÌ€cução), â opoÌem-se,emborâ :Ì um nível modàsto, ao ânoÌÌimato da máquinâ.

Mas paÌemos aqui âs nossas previsões..,

Dois nomes Íicâm Ìigàdos, desde o início do funcionamento alestâllibÌiotecâ, ao singula;r pÌ'ogTesso qu€ patenteia no cutto períoalo, aiÌrtlâ, alàsua er.istênciâ: o de João Elisiário HerÌon Cavâcq baÌreirense, seu pri-meiro Íuncionárìo, encà[egâdo de executar a montalgeÌÈ alo serïiço, alâcataÌogação das espéaies e sua conservâ4ãq além dâ investigâção sobrepreferênciàs e necessidâdes dos leitoïes; e o do €listinto Eng.. José MiguetI-eal da Silva, da C. U. F., naturâl de Vilà Nova de Gaja, que se temÌeveÌâdo um d€sinteressado âmigo do BaÌ-reirq e que, por suà iniciâtiva,possibilitou às condições que Ìevâram já esta Biblioteca a Ìeceber obrâstécnicas e várias pubücâções generoszlÌnente ofeÌecidâs potr institutosestrangeiros, no valoÌ de cercâ de ceÌÌtenâ e meiâ de contos,

NOTA.-AS consulLÌs registadâs nesta Biblioteca, em 196?, atin-girârìÌ o númeÌ-o de 32 921, trâduzindo, assim, um aümeÌìto de 65 % sobreiìs do âno ânterio'.. O número de espéci€s êxistentes em 31-XII-196? suì]iua 6239.

(') Entènde sê optar pór estâ desisnâção, e não Ìreta inve8â, êm fâce .te onúcleo pÌincilal dêver seÌ sempre â tsiblioteca, e a *ta âgÌesadâ a secção de Mrseu.Não ta6Â4, po!én, dâ n6sâ opilião !€ssoàÌ,

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Page 29: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CAPÍTUI,O II

ORGANISMOS E ACTIVIDADES CULTURAIS

ASSOCÌAçÃO ACADÉMICÀ DO BAR,REIR,O

Foi fundâdâ no dia 1.. de llâio de 1938, }ror um gÌupo de estudantesque, reunidos no ïeÌho jardim do LâÌgo Luís de Camões, destà viÌâ,ÌesoÌveram criâr ümâ colectividade de genuínâs câÌâcterísticas acâdé-micas, a quaÌ agÌupâsse todos os escolares interessâdos na púticâ deactividades despoÌtivas (especiâlmente o futeboÌ), devendo iguãlmentêdese[volver ãs àctividàdes cuÌturais que viessem a ser âprovâdãs. Dessegrupo de r:Lpâzes, fizerâm pàItq entre outros, João ManueÌ dâ CosiaFiguein (que ioi a alma dâ jovem âssociação de 1938 â 1941 e seuprimeiro pÌesidente), Agostinho Maúins Nunes, Ja.1me Luciano Gouveiâ(a quem foi atdbuído o n.. 1de sócio e que faleceÌia âlguns anos depois-em 2-IX-1956 poÌ desastre de viâção), António Lourenço AntunesReâl, M:rnü€l da Sih-â Fernàndes, Inácio l{endes TeÌeso, Hipácio DiâsAÌves, Aìnândo CoÌreia Pires, Alberto Morais, Jorge Fmncisco GÌantRibeiro Gonça.lves, MânueÌ da Costâ Figueira, Augusto José de Vascon-celos da. Costâ Mano, Manuel Pedros:r., FlorivaÌdo, Cavalheiro. Ant'5nìoFÌórido, Luis da SiÌva Abreu, Eduardo José da Costâ Figueira, FralÌ-cisco Pereira Mendes, Joaquim Cabega Pãdrão, AÌmando FeÌix Fereira,José Fnrncisco de Vasconcelos Almeidâ, L€nine dâ Sitva. Fernando Sil-vério Ferreirâ do Nascimento, Graciano Pereìrâ Ma.ìques e EdúaÌdoRodrigues Xâvier. I)o sexo feminino, a 1." âssociâda foi: Felismìna Gon-dim Mâdêirâ.

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O BÀRREIRO CONTEIIPORÂNEO

Em 1939, foi-Ìhe outorgada a filiâcão nâ Associação Acâdémicà deCoimbrà, tonìâììdo-se à 4." fiÌiâl da velha (BÌiosâ>.

Os seus â,tletâs prâticàràm, durânte anos, o futebol, toma,râm pâúeno Câmpeonâto RegionaÌ de Basqueteboi e tâmbém de Ténis ale Mesn(modalidade esta em que chegaÌan â ser campeões regionais). Tendoapenas esca,ssâs dezenas de sócios no início das suas âctividàdes, aA. A. B. contavâ já em 1946 com o número de 250.

A partir de 1960, esta coÌectivídâde, dêpois de vencer algumâsprofundas cÌises associativas, imprimiu mâis vigoÌ às suas actividades,desenvolverdo âs de carácter cultural, embora com visível diminuiçãodâs de índole desportivà. Vive, !orém, aindâ, em regime oficioso, a quenão nos parece já compreênsível. DisfNtâ, actualmente, de relâtivaprospeÌidade, estândo instâlàdâ â sua sede, providâ de bibliotecà, desala de estudo e pâlestrâs, de sala de jogos e bufete, além, é claro, ilosgabinetes dâ di{ecção e secr€taúâ, ìa Rua D. Manuel I, 11." 24, 1." dt.".Não só tem promovido séries de coÌìferências sobrê teÌnâs cultunÌrs eealucativos por âl$rG dos seus àssociados, mâs tàmbém saÌaus e expo-siçõês de âúe e bãrÌes, no Clube 22 de Novembro desta vilâ. Notáveisvultos do lensamento e da cultÌrrâ nâcioÌÌars têm também, â seu convite,proferido conferências ro mesmo Clube, leÌante assistências as mâisselectas.

Nas suas bortd.s de praú., (1938-1963), è A. A, B. editon uma revrstacorÌÌemoÍàtiva, I,|ECTOR, à quâl no€ refeÌimos no capítulo respeitârtêà Impren.a do BlLÌrciro, no periodo de 1927 a 1967.

Tudo parece indicar qüe esta colectiúdadE de índole um tanto di-veÌsâ ala,s demâis que existem Ììo BarreiÌo, se desenvolvâ, como émistêÌ, pelo maior dinamismo mâÌìifestâdo iá pelos seus mâis recenteBaliÌectoÌes - considerados os da (Nova Vâgâ) - ao nível compatíYel como de umâ locaÌidade como o Barreiro, que hoje coÌlta uma imloúantemassâ estudântil em folïÌÌa4ão, ao lado de um não menos elevâdo númerode diplomadG e mesmo sem o seÌemr de muitos esiudiosos. Estes, comoprot€ctoÌres, e aqueÌes como obreiras, serão a base aluma AssociâçãcAcadémica mâioÌ.

. CINE.CLUBE DO BARREIRO

Com o obiectivo ale desenvolver o inteÌessê dos seus associados pelaaÌ-te cinemàtográfica, por meiÒ de exibiÉo de filmes escolhidos, âcoÌn-parhados de comentário oral ou feito em progïàmâ impÌesso, € de outros

1!+

Page 31: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANISMOS E ACTÌVIDADES CULTURAIS

processos de estudo e divulgação dos aspectos técnicos, históricos, cultu-r-ais e artísticos do Cinema (segundo uma circuÌar distribuída à popu-ìagão desta vila em Novembro de 1958 à qual se seguiu a apïovâçãodos seus Estatutos pelo S. N. I., em 25 desse mês e ano), entrou emactividade o Cine-Clube do Barreiro, com a realização de uma palestrapeìo escritor José Cardoso Pires e a exibição do filme <Humberto D.>,de Vitorio de Sica, no Cinema-Teatro (actual Cinema Ferroviários), nodia 29 de Janeiro de 1960.

Courissão Organizadora e sócios fundadores (por ordem alfabéticado primeiro nome): Alfredo António de Sousa Bolina, Amândio dosSantos Gomes Gautier, Amíìcar Joaquim Martins Mota, Augusto Antó-nio do Carrno Cabrita, Carlos da Silva Pinho, Eduardo Alfredo Har-rington Sena, Eugénio RonaÌdo Dias Gabriel, Hipácio Dias Alves, JoséCândldo, Miguel Eusébio Lopes de Sousa, Vicentq Augusto BoÌina eVítor Manuel Correia Cardoso.

Até Junho de 1964, promoveu esta colectividade 49 sessões de cinemaem programacão livre ou integradas em temas de estudo, dedicados àComédia, Baìlet, Literatura, Justiça, Guerra, etc. e de homenagem a

Alpecto de um@ sessão i,nÍuttil do Cine-Ctabe do Barteiro

1C

Page 32: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARBEIRO CONTXITPORÂNEO

WiÌÌiâm Shakespeare (no cicio das comemoÌâções do 4." centenáÌio do

nâscimento (1564-1964) do genial drâmatuÌgo ingÌês); sessões de cínema

infàntil; sessões de retrospectivãs em colâboÌação com a Cinemateca

Nacional; sessões de divuÌgação cinematográfica em colàboÌâção com

sociedàdes de recÌeio e despoltivâs locâis;sàrau de âúe, com a coÌabo-

mção do Coro da Academia dos Amadores de Música de Lisboâ (nà

S. I . R. B.) , etc.A divulgação cta ?.' AÌte peÌrl palavÌ'a escdtâ tem sido tâmbém uma

alâs não menos irteressaìÌtes fâcetâs dâ operosa âctividâde deste Cine-

-Clube. Após a edição de pÌogramas, nos quâis âos ensaios cÌíticos sobie

os filmes exibidos eÌâ normalmeníe dado especial reÌevo, pâssou o

C. C. B. a editar 'rrll Baletìn Informdtí"ra, excÌusivament€ patà os seus

associâalos, cujo 1." número sâiu em 1962 (datãdo de Março-Abril).

A âctiviilâale dos seus díÌigentes iguaÌmente se revelou ÌÌâ púbÌicâção de

páginas de Cinema, em Jarnal (1'o Bal"reiÍa, sob o títuÌo <MâniveÌa', em

1960, com a coÌabotãção de Vítor Câr€toso, Vicente Bolinã e Miguel Eu-

sébio de Soüsâ.O C. C. B. tem actuaÌmente c€Ì'ca de 500 âssociados, fuÌ1cionânalo

â sua sede nâ Rua do Conselheiro SeÌrâ e Mourâ, n.' 111_4.

I CURSO DE CINEMA -Pol- iniciativa do Cine Clube do BãÌ-reiroe concr€tizâdo pela Secção de Cinema ExpeÌimentaÌ, efectüou-se eslecurso, de 2-XIT-1966:r 3-V-1967, com o fim de Ìevar a toda a popuÌação

barreirense elementos váÌialos. que lhe possibiÌitàssem revór e actuâlizâros concêitos, âs cãrâcterísticas e o modo de inteÌpretâÌ ã.7" Arte' e âomesmo tempo, atÌavés de âlguls trabàlhos púticos, Ìeunir os conheci_mentos indisp€nsáveis à valodzâqão dos filmes da citâdâ Secqão Cors_tituírâm a Comissão Orgâ.Ìrizadora: HeÌder Madeira, AÌìtónio Poúirio,

(') Mefeeu êÊte c!Ì6o váÌiâ puìÌjcidâdê otÌavós dè boìetin-inquéÌito de

inscúçÃo e caÌtâzes, aÌéh de váüâs refeÉncias no semaráÌio locaÌ ÁÉ inFcriçõês

somâram 104 (51 sócios e 53 não-sócio6). As sessôes totãÌizârâm 10, Fndo 21 sessões

teóÌicas e I pláticâs" A nédia de frequência PoÌ sessão foi de 42.

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Page 33: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OÊGÀNISMOS E ACïIYIDADES CÜLTUIIAlS

Vítor CaÌdoso, José Nazário, Eugénio Bento, CarÌos Mendes e AÌexândÌeViegàs. CoÌaborâram a Câmarâ MunicipaÌ do Bàrreiro e o Luso FuteLÌoÌClube.

Alguns temas dâs sessões e piìl€strantes: Cínena português, potLauÌo António e Prâdo CoeÌho; Dstruhtrft do, Ind1iEtfia, poÍ l[r\nt,elMâchado da Lüzt Cinem(L e líteraturã, (lc erpressão grâÍÍi&, pot Ernestode Sousâ; O Desporto no Cinema, pot FeÌnândo Lopes; O Ensìtlo naCineua, pot Nuno Poúâs e LiÌlìan€ Simões; Problemas da Cntic(\ porÕarlos MoÌâis; A Fatografür no Cine,nu,, por Augusto CabÌita; O ácro]",poÌ Artur Ramos; Como se faz utlL fiíne, por Cunhâ TeÌÌes; CÍnema, deAúm,o,çii,o nú Edacryãa, por Vasco Granja; QültLiül cìnem.ltogrdïito.poÌ Lisette Sàrltos e Cinema Motlerno, pot Pãulo Rocha.

Este curso, o terceiro efectuado no géneÌo, no nosso Pâís, iâcìrÌtouao espectador comum mujtos conhecimentos que o vâÌodzrÌÌam cinemâ,togràficâmente.

SECÇÕES DE ÕINEMA EM ÕOLECTIVÌDADES DESPORTIVASE DE RECREIO DO BÁRRETRO

GRUPO DESPORTM DA CUF-Como mencionamos no segui-mento deste câpítuÌo (Y. rubicã ÕINEMA DE AMADORES), vem esiacoÌectividâde reâlizândo, desde 1962, os s€us ceÌtames de cinema ileamadores, com o maior êxito. Outras actiúdarLes. Em 22, 27 e29-III-1063, exibiaão de umâ séÌie de documentários ÌÌolândeses, que in,cÌuiâ 14 fiÌmes, produzidos entÌe 1929 e 1960. Em ? de Outubro tìolÌesmo âno, em coÌaboÌação com â págrna <Cine 63>, do Jonn[, (]o Barreilo, e âssociando-se à homenâgêm nâcionâl lrestâda â Mânuel de Oli-veira, projectâm-se, no Cinema Ginásio, os filmes <Dquro, Faina Flu-víaÌ) è (Anìki-Bóbó>, peÌânte üm púbÌico jovem e entusiâsta, que a!Ìâu-diu câÌorosameÌÌte esta iniciâtivã. Pktn.os Íuhnos. - A Secção ale Cinem:Ìdo G. D. da Cuf, além de ltassâÌ a efectuâr todos os anos o FestivalInt€Ìnacionâl de Cinemâ de Amadores, tencionn efectuâr colóquios sobretécnicâ cinemâtogïáfica e Ìançâr outras inici:itir-âs âfirìs, IaÌà màiorexpansão da Secção.

SOCIDDADE DE INSTRUÇÁO F: RECREIO BARRI'IRENSE(<PENICHEIROS>) -A sua Secção de Cinema inicioü-se em Feve-reiro de 1964, ÌeaÌizando-se a sessão inàuguraÌ â 20, com a projecção alosfiÌmes <PeÌtsonâlidâdes do Desporto, e <Louisianâ Story,. Até ao ano

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Page 34: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

Da nalm can:pleta : Vttar MawLeI Corrcì.ICaÌd.oso. NasciLa .nSetíbftt, ú 1t-VI II-193ti, tesìde no Ì1.*rairo lraí tr.ze dtus,É tm ÍIos Ínwta.Iarese dnLi.sa .Líriganí. .laCiÌc Club. lo.al. Cìnt-

filo d,isl,ir.Io e ctÌa$raama.Lor, ren se de.lt-..1Ìo, an csPe!ìal, àcrítíco, ionalbti.a. ì)aúíoÍ, .les.Le d súd P,i'tucìra LnbLi.qçãa, da

Ì)áltìaI <Citu 63>, ntJoúaÌ do Bârrc j ro, .0_lúboradaÌ do Noticiasdà AnzÍloú, da rerìsídA116eLethse.ot-tus?onlank, na Bar-Eiïô, d" Noüíciâs deSeríbàL D.te esÚ.Ne1ro Ìe?i s ld PÌâtêiah-" 158 - 1A-vI I I --1963): <,,.i1n,td à súadccã.o de joÍnatbtd essdtõo í.üaarídnL. Ía.eta.1. sat rn, espíritÒ Ntr1t;,.a, púa qú.m m.Lis.Ia qae @ ?alartas;rtport@tu tLi obr6>.1í ÌúúiaÌLá,ia .la A.L-úi fuìstrdçãa-GètúL.LPorto .le Lbbaa, n$t.t

O BÀRRIIIRO CONTI]I,IÌORÂNDO

dê 1966, efectuorl mais de viìrte sessões de cinemà,orâ em colaboïação com o Cine-Clube do BàrÌeiro,orâ com outrâs âssociâções. Outro,s dutitìdfld,8, -A 24-I-1965 e integrando-se nas comemorâções doaniveÌsário dâ Biblioteca dâ S. Ì. R.8., promovêum colóquio com o escdtoÌ Feüeirâ de Castro;â l9- l l -1965, ouÍ, o colóquio, dpsl : r vêz íom ' , êscÌ ' i -tor Assis Esperânça; à 19-V-1965, com o econo-mistà Dr. SéÌgio Ribeiro; a 5-VI-1965, com o âctorAlÌnando CoÌtez e, finaÌmente, de 1 de Setembroa 30 de NovemÌrro de 1965, um <Curso de EÌec-túcidade Prática>, dirigido por Teodósio Páscoâ"demonstlando, assim, uma actividade constante,em prol de outros ramos culiutâis. Promoveü,aiÌÌda, esta Secç:ìo concursos dê Desenho Infântil.ActuâÌmente não tem quaÌquõr actividâde, o quesinceramente se Ìãmenta, pois a suâ acção cuÌtulaÌfoi pÌestigjânte parâ a colectividade e pârâ o povo

LüSO FATEB}L CLUBE e GRUPO DES-PORTIVo OPIIRÁRIO Em Junho de 1966, houveváriàs tentâtiYas para o àpârccimento de secçõesde cirema nestas duâs colectividâdes, confoÌÌnenoticiou Vítor Cardoso, na sua !ágina <Cine 63>do Jorn d,o Bírr€i,i,o, desse mesmo mês, âs quâísnão se concretizaraü inteiràmente, limitando-sequaÌquer deles a promover, sem umâ âcti\ddadecontínua, uma ou outra sessão dê cinemâ,

CINEMA DE AMADORES

Prosseguimos a abundânte màtéria deste câ_pítulo refedndo i\gota os Concursos ile Cìnema deA.m.r.J.a,res, efectut\d,os pelo GÌupo Despoì'1iivo daCUF.

1.' ColttÌrïso Nacional de Ciúema de Amú-rJurps. NovêÌnb'o Lle 1962. Sês.ões dê proiêcção.para o público, de aÌgu s dos fiÌmes premiâdos:

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Page 35: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANïSì4OS N âCTIVIDADIS CU],TURAIS

em 24 de Jâ.neiro e 1 de FeveÌeiro de 1963, no Cinema Ginásio. Estatís-ticài 25 filmes e 17 concorrentes. Júlii Augusto Câbdta, António CÌaroe HâÌrüìgtor Senâ. 1,* prémios - ENREDO: IIma Hi.stóría do Mar, d,eJosé Diogo Branco, de Benguela (Angola). DOCUMENTÁRIO: O Zspe-Iho d,a Cidade, de Va,sco Brânco, de Aveiro. FANTASÍA| Circo e etc.. deVâsco BÌanco, de Aveiro.

2,a Concurso de Cinema de Amada,rcs. I Festbal Intetuúôianal. -Ncvembro de 1963. Sessão de projecção, pãra o público! de âlguns ilosfilmes premiâdos: em 14 de Janeiro de 1964, no Cinema Ginásio. Esta-tística: 22 filmes e 12 concoÌ.reÌÌtes. Júri: António Claro, HarÌ.ingtonSenâ e VítoÌ CaÌdoso. 1."" pÉmios ENBEDOi Prcnda d,e Nr,tal,, de SétgioGuerrâ, de Beirâ (Moçàmbique). DOCUMENTÁRIO: Ribateia em Festa,de Francisco SâaÌfeÌd, de Lisboa. FÀNTASTA: Morí.e a1,...60. de Renzode Fazio, de Roma (ItáIia). Não foràm atribuíalos os prémios que sedestinavam âo melhor filme tendo poÌ temas o TRABÁLHO INDUS-TRIAL e o DESPORTO.

3.Ò Concu$o d,e Cinema iÌe Am.Ldores. II Festírat Intenmcional. _-lÌâÌço de 1965. Sessão de !Ìojecção, pàra o público, de algun5 dos fiÌmr:spremiâdosi em 23 de Abril, no Cinema Ginásio, integ"adâ nas comemo-Ìações do 1." Centenário da Õompanhia, União FâbriÌ. Júri: AntónioCÌaro, AÌÌtónio Podírio, ÌIauingtoÌì Sena e Vítor C:Ìrdoso. 1.* prémios --ENREDO: In.al,edsão, do àrquitecto Vieirâ da Fonseca (poÌtugâl). DO-CüMENTÁRÌO: Domel.dc.L R,ma,na,, de Renzo de Fagio (ItáÌia). FAN-TASIA: Não foi atribuído. PRÉMIO ESPECIAL DO JírRIi Suìuezl:oeuÍ, d.e Pi.eÌr:e Robin (França). Prémio par.a o melhoÌ filme ale temaindustÌiàli á Cer,ejd,, de Sérgio GueÌÌa (poÌtugâl - Moçàmbiquê).PÌémio parà o meÌhor filme de temâ despoÌtil,-o i não foi atÌ:ibuído.

.1.ò Concurso d,e Cinem1, d.a Amadores, III Festito;|, IlLtem&cional _Dezembro de 1967. Sessões de projecção: em Z de FeverciÌo ale 1968,no Cinema Ginásio e em 3 de FevereiÌrc, em Lisboâ, na Sâla ale Cinemado S. N. I. Estatísticâ:46 fiÌmes e 23 concorrentes. Júri: António Ciaro,Augusto CabÌita e Vítor Cardoso. 1.* prémios-ENREDO: Moúemaniú.dp Francisco Saal têld íPoÌ1 ugat). DOcttM ENTà R I O: ? r-op,lt t o - | | o ü, -d,raaíeL, de lÌenk Otto (Holâ.nda) e DeÚti,, de Rolf Mandolesi (ItáÌia),FANTASIA: Fúntasiscópio, de Pedro Mathia"g (podugal). prémio pârâo meÌhor filme irrd|.rstúali Meüc.nnezúoso, de FÌederico Marques (por-tugâl). Prémío para o meÌhor fiÌme desportivo: não foi atÌibuído.

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O SAR,REIRO CONTEMPORÂNEO

Dâda a recoÈheciala capâcidade de orgânizâÉo da Secção de Cinemado Gmpo DespoÌtivo dà CUF, Êeriedade de pÌocessos de classificâçãodos côncorÌeÌÌtes a,os seus ceÌtâmes, cumprimento de prazos e bom nívelde iÌìformação, para a expansão de corcursos deste géneÌo, é de louvâro êxito â.lcaiÌçado e de esperâT uma projecção internacioral ainda maior,ale que o aumento de 40 Ea rros filmes lecebidos, verificàdo em 196? emrelaqão âo âÌlo de 1965, é bastânte sintDmático.

UM DISTINTO ÕINEASTA BARREIR,ENSE

AUGUSTO CABR,ITA

Augusto António do Càrmo Câbrit4 de seu nome compÌeto, nâFceüno BaÌrei{o, a 16-III-1928. Fez a suâ estÌeiâ, como opeÌador de citemâ(paxa a R T P), filmâ.ÌÌdo uma película de 16 m/m, em Fevereiro de 1957:a dà visita a Poïtugal d,e Isabel II de Ing:ÌateÌïa e de seu mârido, oDuquê ale EalimbuÌgo. Continuando as 6uas repofiagens filmadas, AugustoCabr:ita Jez paÌa a TV lul1 novo tÌabalho, É?oco, d,e Eìcames, inteiramentefilmado e reâlizado no BâEeiro. focmdo a actividâde dos ãlunos daElscolâ Técnica Alfredo dâ Silvà, no decuno dos exâmes finais do âtoescolar de 195?/58, reportâgem essà de que foram extraídas cópiaspaÌa 25 pâíses, larâ o prograrna jnt€macional Jw)entud,e no Mxmú).

O Centetuí,rio d,e Lourcl,es (1958) e o Terr(Lmoto dp Agad,ir (1960,forâm outrâs das suâs Ìepoúagens de gmìde êxito.

Como justo reconheciÍÌlento dos seus triunfos, no inquérito sobrê osmeÌhores do <Espectáculo-62>, promovìclo pelâ revistà .Êddio e Tetre1)isãoCabdtâ foi distinguido com o GÌande Prémio da Cútica, pelo seudocumentário Mo"c@u, Elr\ 1964, foÌ o director de fotog$fia de umalonga metrâgem: Beldrmino, r€aÌizâção de Fernândo Lopes, cujaante-estreiâ t€ve lÌrgar em 18 de Novembro ilo mesmo ano, no CinemâAvis, em Lisboa. Pelâ quâ-lidâde do seu trabalho neste filme, foi-]heàtritluído o (Prémio Naciorìâl de Cinema> (Fotogrâ.fiâ) de 1964. Aindaneste ano foi o opera.dor de As llhas Encantadd^s e de CotemI)e (Mo-

çanbique).Em 1966 colheu outro êxito. Realizando (com carlos ViÌardebó) e

como autor da fotogrâfiâ, Os Caminhas do SoL o seu trâbâlho é consi-demdo o primeiro documentário português de nível internâcional (pro-

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ORGANISMOS E ACTIVÌDADES CULTURAIS

A'Ltgusto Cabri.ta em lnornento d.e atençã'o concetutrailo' duralxte a t'odd,genl de uúr Íibne

-,1

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O BAR,IìEIRO CONTEMPOÌìÂNEO

dução de AntóniÒ da Cunha Teles). Apresertado à cÌítica em 1?-V-1966e estreado no alia sêguinte, no Cinema Império, de Lisboa, desse fiÌmese á,Íirmoü: <tudo leva a cler qÌrq efectivamente, a[guma cojsír de novosurge no difícil ter'reno da curtâ-metragem'. O filme -22 minutos decinemâ - com legendagem em português, fràncês, alemão, inglês e sueco,é uma pequeÍa obÌ.â-Ìlrima no género, â çrê Augusto Câbritâ deu vidae beleza com o seu absoluto domínio da fotogrâfia. Foi apÌesentado noBarÌeiro, no Cinema-Teâtro (actual Õinema Ferroviáúos). em sessãoespeciaÌ, a 6-III-1967.

Na fotogra;fiã de ar.te, Âugusto Cabdta já conquistou numerosostÌiunfos em eompetições internacionais, têndo gânho prémios e medaìhasem vários pâíses, sendo digïos ale especiâl menÉo o 1.. PÌémio ale Figurâe Prémio de Honrâ em Igraladâ - Bârcelona, o 2.o prémio Ììo ConcursoFoto-Cinemâ, em PaÌis, e a medâÌha coÌlquistad^ em 1986. ra photoqlLina,de CôÌóÌÌiâ.

Em 1960, a coÌÌvite do respectivo GoveÌnâdor-Geral, Augusto Cabritavisitou a Índia Poúuguesa, oDdê rodou cerca dê 40 repoltagens cinê-màtogúfica"s parâ â B,TP, bem como outrâs mâis em Mâcâu, que visitouâ Êeguir, tendo feito depois, to âno seguinte, umâ exposição de AÌteFotográficà no Centro ale Infonnação e Tulisúo de Goa, quê foi âltè-mente apreciada e que, ampliadâ com novos aspectos aÌi coÌhidos, repetiuem Lisboa, no Museu de Arte AÌìtiga, a convitê do respectivo director,DÍ. João ÕoÌrto.

No Cinemã, um dos seÌrs mâis recentes irãbâlhos foi o documentáÌioO Cerco, deetr:e'lendo âspectos dâ curiosa fainâ deste género dê pescâ,pelos pescadores do Barreirq nâ orla fibeirinha do rio, no inten alode duas mar'és consecutivas. O âliciante do documentário residiú noineditismo de colocaÌ como narÌador um típico pescâdor: desta vilâ(Joaquim António) na descrição dos trâbalhos do cerco. Foí consideÌadopela crítica um dos oelhores documentários do ãno. oferecidos Delà TV.

Augusto Cãbrita, vincadamente (bâiEista>, defensor entusiàsttr dâvaÌoÌização das belezas naturais dâ faixa ribeirinhâ do BarÌeiro, dotadodum talento multifornre (foi ainda, nâ juventüde, um hábil pianistà

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Page 39: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANISX{OS E ACTIVIDADES CULTLÍ3AIS

de orquestlã ds música ligeira, em conjuntos Ìocais e ÌÌâ Emissorâ Nà-cionai), tem pronunciado váriàs pâleshã,s sobre técnica ciÌÌematográficâ,sempre ouvidâs com elevado âgrado, âtÌ.âvés duma dissedâção alesDÌe-lFrciosà. vìsrndo os moldes pÌáLi.os da.l ixâcáo e vê oÌizrrào ãa ;mage.,na aÌte em que se sente pedeitamente à vontade.

Possui no Bârrciro um Estúdio de Fotogrâfiã. É coiâborâalor aleO Sécu.l.o e O Século llustro.(ío, parâ os quais tem feito aliversas Ì.eDor_tageDs.

ARTE FOTOGRÁFTCA

Já ântes de 1910 vários fotógràfos amâdores baÌreireffes batiaÌnchàpas (de vidÌo...) com hàbiìidadê e prazet fixando imàgens pârâ âposteÌidade, quê erâm, geÌâÌmente, â visita de vuÌtos políticos ao Bar_reiro, trânsitândo a pé (que é um óptimo exercício físico que ta.Ììta falta'ìz ho e i ì cF11r, gênrel) pol13 1||r" cl: ì \ ì lã, âcpê.to" de rcuniòos tcomiciose ourrosì. âspê(los de cerla. activit lâdes rleqponiras (cici ismo. DoÌexemplo). ouLros rque òeriam os deÌ| ' l Ìdêir"os) clas corr"iclas de toìro"ÌÌâ belâ Praça dest:r vila, outros, àinda dâ ântigâ pÌaiâ, e, fatalne[t€,as fotos do. fêmìl i ires ê arnigos... O barreiren.ê Anlónio Luís clos SantosCostâ (.) foi üm dos entusiastâs da fotografiâ que âinda muito bemconhecemos, EÌe próprio reveÌava âs châpas em casa e clelâs extraía ospositivos. Possuia centenâs de (vidrâçâs) que, bem conservadlas. sedispunha'n â dìrrar LÌÌa. etemidàde. eu:r do, um diâ, iá hom.nzinlìo.ioubrmoc dicso. frocuïár.ìo. ver asse vcl ioòo arquivo foiográfico, emquê ta.ÌÌto inteïessê dêpositávâmos. Màs, ài! todo ele já tinhâ desaDarecido.lei lo em câ.os. conl"êes:Lndo-no< Anlónio Luís tque ere projeccioni"Ícno então Teatro República, actual Cinemà Ferro\riários, desta viÌâ)que n:ìo sâb:iL como /aouilo ludo. ce pàrt jrê.., Dêloh(ào.

Dn. tológra"o. profiss:orâjs registànoj â j i{a(ão no Bâ_rreiïo, o"dêcadâ um deles teve o seu estúdio (du{ante largo peúodo da 1., metâde

(') Fárecidq coú 65 ânôs (eü 16-X 195r) nesta Íila. nra filho ile tuí6 ilo6Sântos Cósta (Lús .ta Bbdcd) que foi uú dos lriheiros roÈsuidoÌes de châÌaìãe tÌens (cono dêÌrois Af?èdo José ]Azoiâno e João AÌ1€s), que tÌansloxtavsD lassa_geiros da_ Estu€ãô do CMinho de \.eno parã & úIú 1e vice_vam), pua * quintasdos ãÌredoÌes, pêrtencentes â gênte de âÌso, etc. Eram os <ráxi$ ;e há sêrenta e

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Page 40: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARRDIIiO CONTE}IPORÂNNO

deste século) dos irmãos Resendes, João e Aúuï, nâtuÌars dâ Ì'eg1áoale Aveiro, o primeiro (já fâlecido) e o segundo quê, mais tâÌde entroìÌpaÌa um orgânismo do Ministério da Economia, resident€, desde há ânos,em Ovar. Fizerâm, quàlquer deles, exposiqões de fotografiâs em colec-tividades de Ìecreio locâis. Foram bons aÌtistâs tiveràm, ambos, muitâclientela. Quando da I Expo6içáo Reg:ionaÌ do Distrito de Setúbâ1 (eÌn1930), expuserâm, em Ìeplesentâção do BàrÌeiro, váÌ'ios trâb:Llhos:

-João Resenale (tâmbéú cenógÌafo e decorador) expôs 12 traba-Ìhos fotoÊTáficos, <destâcâÌìdo-se de todos - reproduzimos dâ nota des-cdtivâ-a alta fotogrâfià aÌtísticà colorida do Governador Civil doDistrito ('), repÌesentândo-o em tamanho nâtural e úcâmentè emol-durado, tendo merecido elogios do Senhor Presidentê da RepúbÌica (')e de todas as pessoâs>;

- Artur Resendê expôs, por sua vez, 10 trâbâihos fotográficos,<executados com aÌte, destacâÌrdo-se de èntÌe os mesmos o esplêndidoinstantâneo O cdn egamento do mi'Iho q,rle já foi premiado num concutsonacionaÌ).

Em Abdl de 1944 e iguàl mês de 1945 promoveu o Futeboi ClubeBarreirense os seus I ê ÌÌ Salões de FotogÍâfiâ, respectil'âmente, ondese pâtenteârâm vários trabaÌhos que ÌeveÌâvarn habiÌidade e bom gosto'

Em 1950, a âúe fotográfica contavâ já no Bârreiro com uma no\Ìae prometedorâ câmâala dê prâticantes. O Jonwl ilo Barreiro, que em }Iaioalesse âno Íora lançâdo âo público, encoxtündo ambiente propício à ini-ciativâ, orgaÌÌiza e fàz inaugurâr em 10 de Novembro o I Sâião de AÌteFotogúfica, que teve lugar rlas salâs do Ciube 22 de Novembro, eenceÌÌrcu a 1? alesse mês. 143 babâlhos forâm os recebidos, dos quais

forâm admitidos 63, de 16 concoÌrentes.Mod,e'kdLdes eÍpastas e 7.0' prér?:ios; - CategoÌiâ Retrato: 1'pré-

il1io- Cliché 12? - <Sonhâ.Ìldo>, de Eduaüo HarÌington Senâ; Catego-ria Panorâmica: 1." prémio - Cliché 95 - <Ruinâs>, de Augusto 0â_brita; Categoria Instantâneo: 1.'plémio - Cliché ?8 - <Rua em Fest{ì-n,de A. Lyon de Castro. - Grânde Prémio do ./ort2ítl (1o Bo'teira: Cüché?? - <Vâgabundos>, de A. Lyon de CâstÌo

EÌa o cap. Anionino Raúl da Matâ GomeÉ PeÌeiÌ4.

ceneral Attónio óscaÌ de FÌasoso Câmonac)C)

2lt

Page 41: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANISMOS E ACTIVÌDADES CULTURAIS

(;Ioriosos lestígìos d,e uma. Dpopei@ que essa' rci'rLguém nos (oreb&to,: una das oelhaspe1ús portlLluesús do lo,rt(:Lleza.le DhL, iu,nto tla qual, a pollco rÌLenos de dois Ìn'6esda infeLme oatpaçã,o inàiana (l,os terrì.tórios portugueses d'o I'rulustã'o (1961), o cineast1'

Attittsto Cabrìta fo,z algumas tomoÃas de listas'pafl, o' TV

O certame constituira um êxito tal, que levara âÌguns dos seus maisdestacados concortentes, ligados ao Grupo Desportivo da CUF, a pensarsèriamente na organização de salões de arte fotográfica nessa colectividade.Do projecto à realização não demorou muito.

SALõES DE ARTE FOTOGRÁFICADO GRUPO DESPORTIVO DA CUF

Iniciados em 1951 e para os quais deram excepcional contributo edecisivo impulso o agente-técnico de eng." Eduardo Harrìngton Senae o eng.o Vítor ManueÌ Chagas dos Santos, em breve obtiveram estessalões grande êxito. De carâclev interrro o primeiro salão, passou-se, noano seguinte, a SaÌão Nacional e, quatro anos depois (1955), a fnterna-cionaÌ. A categoria que atingiu pode, sem sobra de dúvida, considerar-se

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O SARBEIi,O CONTXMPORÂNEO

excepcionâI, âo ponto de ao cel+âmê seÌ conferido o título de (SaÌão

Esirelà> ((Star Sâlon> - distinção concedida pela PhotogÌãphic Societïof Ámeïica, âos sâlões de nível relevante). Holra para a indnstrial vilaalo Bâneiro, onde o eertâme tem vinalo a ser carinhosaìnente oÌgânizâdo,âÌÌualmente.

ESTATÍSTICA - Áfl.os erl que se electtktram, EvÌntid'ade de tra-bal,has r ebitl,as, pú mod,.tlì(J,aíles, núme:ro de txutotes e nítmero de fatoseipoal;&s:

19,51-I Sa'lão (Itutel'no) -LLa fotogr'úias â preto e bÌanco, 113âuiores e 11 fotos er?Gstâs.

1g52-fi Sa,mo (Nacì'onatr) -34L fotogrâfias a lreto ê brânco, 64âÌrtores e 190 fotos expostas.

1g53-I Salã,o (Nacional') -292 fotogrâÍias È preto e bÌanco'73 autores e 161 fotos expostas.

f iSr' - Matã,o (Ndciandl) -35? fotogaàfiàs â preto e brânco,99 autores e 120 fotos expostâs.

1g55-V SaIão (1.' Intenndolxlt'L) - 1537 fotogÌafias â pÌeto ebraÌ1co, 403 àutores ê 294 fotos expostâs.

1956 *VI S&mo (2.0 Intel'n&ciux1.I) -7546 fotogrãfias â lreto ebranco,404 autores e 264 fotos expostâs; 77 fotografiâs â cores, 23

autorês e 30 expostas; 304 diapositivos, 76 autoÌes e 124 expostos.

195ï -VII Salão (3." Internwianal) -1758 fotogaafias â preto

e braÌìcq 482 autoÌes e 270 fotos expos*Ìs; 441 diapositivos, 111 autorese 138 e.Ypostos.

1958 -VIn SaIã.o (I.' I 'tenroci,onul) -164 folos â pÌeto e brâ:ÌÌco,205 autorcs,206 Jotos expostas; 14 fotos a cores, 6 €LútoÌes e 12 fotosexpostas; não houve diàlo'sitivos,

1g5g -IX Satõ"o (5.' Intem1'ciatuLl) -2318 fotos a pÌeto e brânco,6?2 autoÌes,258 fotos enpostas;148 fotos a cores! 55 àutores e 48 fotos

expostâs; 584 diap$itivos, 141 âutores e 158 expostos (')

(r) Entiê 1959 e 1960, &srstaúôs a inâugüação, a 4-XI-1959, de um Sâláo

InüeDo de DivuÌsação Fotosráficâ, no hesmo G1'upo Desportivd dâ CUI' oïsãnizadopoÌ uúa .omissáo constituída pÌ Joâquia BencâteÌ' ens.' OÌiveilt 3eúâ1Ì]o e Sil'estrè

Côneia, o qüâl Ìeuniü üD totâÌ de 39 foto$afiâs ê de 25 spositorês. Foi bâstante

âcihs d. nédia noÌmd, o ríveÌ dos irâlâÌhos álrsentados e lremiados

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Page 43: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANISX{OS E ACTIVIDADDS CUI,TURAIS

196() -X Saliio (0., Interuraio al) - 1958 fotos a preto e brânco,536 âutores e 201 fotos expostas; 88 fotos a cores, 26 autores e B0 fotosexpostas; 482 dièpositivos, 127 âutoÌes e 120 expostos.

1961 - XI SaIãa (f ," InteÍnt7cíondí) - l61a fotos a preto e branco,482 ãutores e 192 fotos expostas; 107 fotos â cores, B0 autores e 89 fotosexpostâs; 403 diâpositiÍoB, 101 âutoÌes e 115 expostos.

1962 - XII S&l.do (8," IntemacioluíI) - 2029 fotos à preto e brânco,583 autores e 204 fotos expostas; 124 fotos a cores, B? autorcs e 86 fotosexpostâs; 586 diapositivos, 147 rÌutores e 150 expostos.

1969 -XII Salã,a (9." InteflúLcì,onal.) - 2468 fotos a prcto e brancD,686 autores e 204 fotos expostâs; 232 fotos a coÌ'es, 68 autores ê 86 fotosexpostas; 126? diãltositivos, 319 autores e 210 expostos.

1964-l i5 - XMaluo (1A." Iuternaaíanúl), integ.rado rÌàs comemo-rações do 1.o Centenádo dã CUF-2420 fotos à preto e branco, ?05âutoÌes e 205 fotos expostâs; 181 fotos â cores, b4 autorcs e 38 fotosexpostas; 1329 diâpositiÌos, 33{i âutores e 204 expostos.

1966 - XV SalAo (11." Internúcion.!1,.) - 2284 Íotos a l?reto e bÌanco,6.11 autores ê 202 fotos expostâs; 206 fotos a cores, 66 autores e 46 fotosexpostas; 1432 diàpo,ritivos, 364 âutoÌ€s e 228 expostos.

1967-XVI Satão (12." IntenúLcional,) -2012 foto5 a preto ebrânco,572 autores e 202 fotos expostas;20I fotos a cores, b4 autoÌ€se 45 fotos expostàs; 1210 diapositivos, 310 autores ê 220 expostos.

AÌguns pÌémios e respectivos júris:

No 11." Intenwciana, - 3 medaÌhas de ouro destinaclas âos exposi-toÌes com meÌhores coÌÌjuntos em cada secção: Fotografia a preto ebrànco: não foi atdbuída; tr.o ogra-fiâ a cores: Edmond }lennes (Lu-xemburgo); Diapositivos â coÌes: Ìlil NoeÌ Kluman (Nova ZeÌândia).Júri: Chagâs dos Santos, NoÌberto Sih-â e António paixão.

No 12." ÍLternaciane.l - 3 medâlhas de ouro destinadas aos exposi_tores com meÌhoÌes conjuntos em cada secção: Fotografiâ a pÌeto ebranco: não lbi âtdbuida; Fotografia a cores: Henry A. ShuÌÌ (8. U. A.) :Diapositivos a cores: PâuÌ Weitmann (E. U. A.); Júri:t Chagâs alosSantos, NoÌbeÌto Silva ê Antório ClâÌo.

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Page 44: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BÀRREIRO CONTEMPORÂNEO

JOGOS FLORAIS

Outra não menos búlhante iniciativa do sector das Actividades

Culturais do Grupo Desportivo da CUF tem sido os Jogos FÌorais'

Iniciadoãm 1g56 pelo então director claquele departamento, agente-técnÍco

de eng.' Pauìo Roclrigues Figueira, em boa hora conquistaram posição

de ilestaque no nosso meio cultural'

De âmbito ao nível da Companhia e Empresas associadas' e sócios

da citada colectivitlatle (anos de 1956/60), ascendem ao nível nacional

(1961) e ao de luso-brasileiros (em 1966)'

E sta,tísti'ca - Anos e'ÍL que se ef ectuarom, quanti'd"o'tle de t'rabalhos

a,tlmitidos e mod'altid,o'd'es :

ir956/57 -I Jogos FÌorais - 4? trabalhos : Quadra obrigada a mote'

soneto, reportagem e conto.

I Jocos FÍ,oRAIs Do GRUPo DEsPoRflvo DÂ CUF (1956/1957) -

b it,i gã i í p, a *i " s. P o út o F i s u e tu a, l,

0,.,1,! iiÏf ' o! " rí!,i"' :'; ;,;1;tregd o pr'émio (Lo uenc.e-dor no I

t**:;):"^:rÌ:l'#"trrtil:-':0,;:""",!:1ff ol::ã"i'i;;

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Page 45: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O RCA N IS]\ ' I OS E ACTÌVÌDADES CULTURAIS

'1557 /58 -II Jogos FÌorais - 84 trabalhos: Quadra obrigada a mote,

soneto, reportagem e conto.1958/59-III Jogos Florais - 102 trabalhos: Quadra popular,

soneto, poesia lírica, poesia obrigada a mote, reportagem e conto.1959/60 - IV Jogos Florais - 36 traba-

lhos: Quadra popular, soneto, poesia lírica, poe-sÍa obrigada a mote, reportagem e conto.

1961 - V Jogos Florais - (I Nacionais)--320 trabalhos: Letra para o hino do CÌube,quadra popular, soneto, poesia Ìírica e conto ounoveÌa.

1962 -VI Jogos FÌorais (II Nacionais) -537 trabalhos: Poesia obrigada a mote, poesialírica, soneto, quadra popular e conto ou novela.

1963-VII Jogos FÌorais (III Nacio-nais) -1220 trabaÌhos: Poesia obrigada amote, poesia líricâ, soneto, quadra popular, contoou novela, peqa de teatro.

1964-VIII Jogos Florais (IV Nacio-nais) -1301 trabalhos: Poesia obrigada amote, poesia lírica, soneto, quadra popuÌar econto ou novela.

1965 - IX Jogos Fìorais (V Nacionais) -1388 trabalhos: Poesia obrigada a mote, poesialírica, soneto, quadra e conto.

1966-X Jogos FÌorais (VI Nacionais eI Luso-Brasileiros ) - 1616 trabalhos: Poesiaobrigada a mote, poesia ìírica, soneto, quadrae conto,

1967-XI Jogos Florais (VII Nacionaise II Luso-Brasiìeiros) - 1438 trabalhos: Poesiaobrigada a mote, poesia lírica, soneto, quadrae conto.

AÌguns primeiros prémios, e respectivos

júris :

I Luso-Brasiìeiros - Poesia obrigada amote: Isabel de Oliveira Pulquério (Moura);Poesia lírica: <<Poema Rampa>, ds Irene RosaCortes (Lisboa); Soneto: <Estendendo as mãos

MÀRIA HELËNÁ B0TAG!-ERRETRo

Poetisa, nasciiÌa no Bar-re'Lro, tLuhLa ads(tr com on,' 28 do Pá,teo Atbers (àEu6 D. X,Ianuel I), a 23-I--1921!. Galard.o&íí(L cam de-zenas tle pré.mios (entreas quaìs 1lt 1." prém.ios)em. liirìos torneìos de Jo-gos Florab. EscrcreTt asseus primeiros Tteraos &os70 anos. É lLnL talento poó-ti,co de e[.e,-at].a sensib il.i-clo.le, 1)ibÌan!l,o num(L pes-sacl mode9tíssinÌo., qüe Í&aú suct, 1tídd úe don& ile c&sa,como qualquer aenlú,ì.e, qrLetem necessidade de zeí(rrpelas lmbitzr,tr,k taref&s í1opróprio Lar. Apenas drL-rante algumas lLoras d.odia se dedica, cerinlLoÊ(t-mente, ú nLinistrair eÍ.plica-ções de ensino primá.rio. -PnbLícou, a 23-X-1967, oseu, p,t".ímei:r6 littro de poe-sias, Brisag e Nortadas,elo g io sdmente r ecebido pe la

crítica

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Page 46: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BÀRREIRO COÌI1IEMPORÂNEO

buscando>, de Maria Manuela Freire Graça (S.' da Hora - Porto) ; Quadra:Manuel António Rodrigues da Silva (Portimão) ; Conto: <Uma LouraCheirando a Morena>, de Colbeú Rangel Coelho (Rio de Janeiro - Bra-siÌ). Júú: António dg Sousa Freitas, Gastão Cruz e Harrington Sena(para poesia) e Álvaro Salema, Eduardo Prado Coelho e Leonel Viana(para prosâ).

II Luso-Erasüeiros - Poesia obrigada a mote: Maria Manuela Bar-ros Freire Graça (S.' da Hora, Porto); Poesia lírica: <ex-aequo> -

<Enquanto o Cesário pãsseava>, de RogérioManuel N. Vidigal (Lisboa) e <A outra Alice>,de Cícero Brás de Acaíba Vieira (Copacabana--Brasil); Soneto: <Amor>, de Fausto CorreiaLeite (Lisboa).; Quadra: Manuel Abrantes(Queluz); Conto: <Festival dos Bonifrates>,de Mário Peixoto (Rio de Janeiro - Brasil).Júri: António de Sousa Freitas, Mário Castrime Hanington Sena (para poesia), e ÁlvaroSalema, Eduardo Prado Coelho e Leonel Viana(para prosa).

A pa^r"tir de 1962, vem a Comissão Diree-tiva de Certames Literários e Artísticos daSecção de Cultura, Recreio e Propaganda doGrupo Desportivo da CUF editando, tanto ascolectâneas de fotos distinguidas nos seus Sa-lões de Arte Fotográfica, como os trabaìhospremiados nos Jogos Florais, em volumes deeÌegante e cuidada apresentagão, que muitohonram quantos têm tomado partê na sua ôrga-nizagáo,

Integrada nas actividades de caráctercultural e recreativo do Grupo Desportivo daCUF, merece-nos aqui uma referência especiaÌa sua banda de música.

JoÃo LIBERAL C0RREIA

Nasc;do no Barrewo, a28-V-1922. Desde iotem,niostt'ou trxui.to blteressepelas actfuidades Utel'á'rià s,tenÃ,o cola,boroão em' pros6(género prei et i ,do : oConto) e enl tel'so em oú-'t'ios io'rnai,s, em especóalrcgi,onais, É g alottd,oorlo, em,oó,ríos ce,t'ta'rtues da JogosFíorq,i,s, na rnodd'Iidd'íJe daPoesì,a. - EnL JúrLILo da1963, d,eu q, lunLe o seup.ri,mebo l'h;ro cle poemq's,Ãnsia de Limile, enL que,inclinod,o à nwdemuídatledâ, er.pressão poéti,ccl, sereaela, maís que unld ea-perançú, 1L1rLo certezú dearcaboi4o espitt"ihnl paramais lqrgos ttoos. É em-pregarlo de esa'òtóri,o d,aC. U. F. d,esde 191t7, tra-balhanclo actualmente na

Tinco

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ORGANISMOS E ÀCTIV1DADES CULTURAÌS

BANDA DE MÚSICA

(DO GRUPO DESPORTIVO DA CUF)

Registámos já, em lugar competente ('), a história da fundaçãodesta banda, que, há mais de vinte anos, se tornou a única sobreviventedas cinco filarmónicas que ainda no início da terceira década deste sécuÌoexisliam no conceÌho do Barreiro.

Surgida (ainda que noutros moÌdes) com a fundação, em 1911, daAcadnmia Recreati,ra e Musical do Pessoal da Companhia União Fabriltransformada, depois, na Li.ga de Instruçã,o e Recreio C.[/.F'., veio estaa fundir-se, em 2l-f-\941, com o Grupo Desportivo privativo desta

:L-Èè-Ê3q1

- - - l

A banda d,e músìca rla Grupo Despoc'tito da CUF desfitanLlo m :betitla tlaLibard.ad.e. em, List,oa, ra dia 23 de SetenLbro de 7960 (c.ancerto n.a Praça Jo9é

lr'olLtancL) epós o' linol clo 7.o Conatrso Nacional r|e BantLas Cì,-ìs

(') V. O Bamei:ro Anti,go e XIoclerno -I Parte - Cap. xxxvrr-.l Instalegãotto Barreiro das princ'ipois fá,bricas cla Componhia União labri'L - Eealizaçõas Sociais.

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Page 48: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O RÁRREIRO CONTEMPORÂNEO

empresa, passando então a denominaï-se <Banda do Grupo Desportivoda CUF> e fazendo parte integrante do mesmo, como uma das secçõesdas suas Actividades Culturais.

Constituída por músicos exclusivaments amadores, todos empregadosda Companhia União Fabril, conta actualmente (1967) 42 executantes,

sob a regência de Domingos Canhão, que aconduziu a um níveÌ artístico de relevo,comprovado, por exempÌo, em 1960, quando,

no 1." Concurso NacionaÌ de Bandas Civis,organizado peÌa F. N. A. T., e após ter'vencido, ccm inteiro merecimento, as duaseÌiminatórias do Concurso, foi apurada para

disputar a final da 1.' categoria (realizad:r

a 22 de Setembro do referido ano, nc Pavi-Ihão dos Desportos, em Lisboa), conquis-tando o honroso 3." Ìugar, o meìÌror, por-

tanto, dentre as bandas do SuÌ e do Centrodo País, já que os dois primeiros foramatribuídos a filarmónicas do Nolte (Pejã.o

e Fafe, respectivamente).

Frequentemente chamada a abriÌÌrantarmanifestações de carácter colectivo (várias

festas, sessões sÕlenes, homenagens, cortejcsde oferendas procissões, recepções, etc.)onde é considerada indispensável, tem estabanda executado frequentemente vários con-ceïtos, tanto no distrito de SetúbaÌ, comoem outros pontos do País, brindando ainda

a população do Barueiro com audições que

executa nas festas locais, no Parque Muni-

c ipal , no Cinema-Gínásio. etc.

Da parte dos directores das A.cti-

vidades Culturâis do Grupo Desportivo

da CUF tem recebido o melhor apoiopossível.

TEN. DoMINGoS FERNANDESCÀNHÃo

Nasc'íílo a 26-XII-1907, e1fuMoLLI'ã.o. ApÌ'eMleu os primei-ros rudimentos da arte mnsicaleÌ'Ìr lllolltemol'-o-Noao, no Cír-cTllo Montemorense. Músìco deantiga batula, clo Bata,Ll1.ão deSapaclores d,e Cam-inlLo de Fel'ro(os <<Senpre Eite>>), loì d,epoíssubchefa dos baruIa,s de Caça-d,ores 1 (Po1'talegre), Iníontd-rirú 16 (Éwra) e InÍarLtarid 1(Lisboa). ClLrsou, d.e 1929 ú1936, o Conserratório Nacionalcl,e Llúsi.ca e é regente dú band&do Grupo Desportiuo da, CUÍ'descle 16-VI-1939. (Esta datarecti.Í ict1, qüarlto d,o 1rlês, apa-nr7a, a que inse,Ì'imos em O Ba!-reiro Antigo e Moderno, pd.gina 301, e qüe, cotlÍi,addnxente,Iwniamos r epr oiluzíilo dum@pubíi.caçã.o d.e G. D. da CUF)

ao

Page 49: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O&GANIS OS N -A.CTÌYIDADES CU],TUIìAIS

É subchefe desta banda de música c deÌa executante há iá tÌintaarÌos um tão modesto qu ìto distinto músico Ìoc.ÌÌ e tâmbém compositor:ÁntóÌÌio Luís dos Santos TeixeiÌa, nascido no BâÌleiro, a 1-I-1920.CursoÌr o ConseÌvatório Nacional de Lisboa e lossui carteira ÌrrofissionâÌ,

FILÀTELIA

o DARRXIÌrO Í, DEPOIS DE LISBOA, A LOCAÌ-TDADE CO1I M-{ÌS

. EXPOSIÇÕES I']LATÉLICAS ÌìEÀLIZADAS

A FiÌabeÌia, um óptimo pâssâtempo educâtìvo e culturâl recomen-dado especiâÌmente à juventude, tem no BâÌ'Ieito muitos âpreciãdorese cuitivadoÌes de câtegoriâ, aÌguns dos quais já distìnguidos com Ìâliososprémios em exposições nacionais, com coÌecções cÌássicas de nuito vâÌore aÌgumàs t€mirticas.

O Barreiro não podiâ, pois, ser indife{eÌlte ã esse moderno meio(Le propagàndâ dos povos, no sentido de tomar conhecidas às própÌi:lsn:Ìções, as su:Ìs beÌezas, âs suâs figurâs mãis saÌientes e até os ideaìspolíticos ou moÌais que as noÌteiam.

O gosto peÌa FiÌateÌia, que tinha desde há ânos, os seus cuÌtir,âdoresDesta vilà (já lela década de 40 se expunhâm nâs montrrÌs de estabcÌeci,mentos Ìocais coÌecções de seÌo e vário mâteÌiaÌ fiÌâtéÌico), começorr.ì teÍ aqui mais expaÌÌsão â paìtir da 1.'exposìção efectuadâ (1955).que tal como â 2.. no ano seguinte, teve precisamente o objectivo drdivuÌgação do gosto pelâs coÌecções de selos Ìrostais. Só a partir da 3.,exposição é que se estabeleceu já o cârácter de competência.

Foì âssim que - atingido cefto grau de inteÌesse Íânto novos comoântigos fjÌàtelistàs começàràm nos CÌubes e Câfés a contacLÌr ìra trocade peças, em tÌânsâcções e nâ consuÌta de catáÌogos. pâssando em bÌeveiÌ coÌÌstituir-se um impoïtânte núcleo filatélico no Luso FuteboÌ Clubee depois uma sedção /il,.Ltél,ice, l],o Clube 22 de Novembro. Neste, com maissossego, tr"alâvàÌÍi do qüe lhes interessava, {eunindo em di.rs certos, edeÌâ pàrtiu a otganizâção dâ 3.1 ExposiÉo Filatélica, que mâjs àdiânteìÌencionâmos. X{uito embora não tenha prosseguido â actividade daquela

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Page 50: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO

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Page 51: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANISìiOS E ICIIViDA]]DS CUI,TUIA1S

secção, â \.erdade é que a maioriâ dos fìlatelistas mant€\re entre si osmeÌhores contactos que loderão pÌolorcion:Lr, em oportünidâde âssâdiì,a constitüiclo orÌde um clubc fiÌâtéÌìco no Bâneiì'o.

Segue uÌnâ resenha dâs cxDosições reaÌizadas nesta vilà:

A 1.. Itxposição Filaté1ica ro Bar-reiro foi in:ìugurnda ern 18 de

-Uâio de 1955, no saÌão da BibÌiotecâ do Luso FlrteboÌ CÌube, procedendoà sÌìâ iraugulâQão o Presidente da CâmaÌâ llunicipaÌ do BaÌÌ'eiro, quecra então o eng." António Àugusto Pessoa l{onteiÌo, âcomÌrâììhado dê.iorrÌâÌistâs e ouíras entidades. Os eÌÌ)ositores foÌâÌn os próprìos organizedores: António Boryes de Brito, coÌr 100 foÌhàs de áÌbum e 1565 seÌoscÌifercntes, e FraÌcisco Hortâ Raposo, coÌn 67 foÌhas de álbum e 694 sek,sdiferentes, oÌÌdc pÌ€domiÌrâvâm exempÌaÌes de Ìindo efeito, oferecerdoCoÌìjuntos de grande beleza e coloÌido. Esteve pâtente até 22 desse n]ês,terdo tído mrdta concorÌênciâ de público por ser a Ìrrimeirâ exposiçãofeãÌiz:rda no BârÌeiro e no Dist to de Setúbàl.

2.,, Exposição - Em 1965, de 12 à 20 de Maio, nu saÌão do 1.,'andardâ Sociedâde DemocÌática União RaÌreirense, <Frârceses), ìnauguÌâdâpeÌo eng.'José Altuedo caÌcie, President€ da C. }L B.

3." llxposìqão Em 1958, de 25 de Outubro a 2 de NovembÌD,plomovida peÌa Secção Filâtélior do CÌube 22 d€ NovembÌo, no SaÌãode Festas da Sociedade de InstÌução e RecÌeìo Bâneirense, <Peniclleirosr,sendo â 1.' cxposição de c,i|tcler ílìstrítu\. PÌesidiu à comissão organizadorâ do ceÌtame o DÌ. CarÌos FrâÌìça e pÌocedeu à sua inaugüÌação oCovernâdor CiviÌ de SetíÌbrÌ, Dr. MigueÌ Bâstos.

DIA DO SELO PORTAGUÊS. - Desde 1955 que â FedemçãoPortuguesa de FilateÌja vem comemorando o Die. d.o,Ssto.. 1 de DezembÌo.À primeir:r vez ( e únicâ ató agou) que as fiÌateÌistras barreirensescomemoÌaÌâm estã data foi no ano de 1959 (V DIA). No 1.. de Dezem-bro desse âno, foi inaugurada em Lisboâ no edifício da União dos Grémiosdos Loiistãs, a 1.,. Exposição NacioÌàÌ de FilâteÌiâ Temática, na qualpâÌ'ticipou o distinto filàtelista José ì[àtos SeÌ:Ìàs (há muìtos ânosÌâdicxdo no BarÌeiro), com uma execelente coÌecção especiâlizâda sobrernotivos de Camirrhos de FeÌÌo em todo o mundo. Nestâ viÌâ, em cercìde três dezenas de morrtras dos prillcipàis estabeÌecimentüs conìerciais,íorâm expostos quâdÌos com Ìindos e Ìaliosos seÌos e sobrescdtos.

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Page 52: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O tsAÌTREIÌÌO CONTE}ÍP']RÀNEO

Em 1961, sendo vice lresidente dâs secções Ìecreâtivas, cuÌtuÌâise de proplrgândà, o agênte-técnico de eng.'Eduardo HâflingtoÌÌ Seni,o Grupo DespoÌtivo dâ CUF, crjâ r Secqão de FiÌâteÌia.

4.'ExÌrosiéo Em 1962, de 4 â 20 dc Jàneiro, Do /r.rll do CiÌìemaGinásio do Grupo DêspoÌtivo dà CUlì ÌeaÌìza-se a 1.'Ilxposição Ìntemrde FilâteÌia, !aÌ:L comemorar o xxv :Ìniyersário da íuÌìdàqão do Glupo.

5." Exposiaão-Em 1962, de 1â I de Dezembro, Ì ìo mesmo Ìocâldâ antelior (2." Exposição InteÌna de FilateÌia), tÌmbém pÌomo\rìdrÌ

Ì)elâ Secção CuÌtural do G. D. dâ CUF

6.' Exposição - EÌÌ 1963, de 11 a 1ll de .{gosto, integrâd:L rìas 1èstasem hoÌìra de N.. Senhorâ do Rosário e patente no ginásio dâ EscolaIndustú:r1 e ComerciâÌ Alfredo dâ Silvâ. Denominad:ì. <BARREIRO-63,c II do Distrito de SetúbâÌ, teve o âÌto patrocíÌìio dos C. T. T. e do ClubeFiÌâtóÌico de PoúugaÌ e o apoio dâ Câmara MunicipaÌ do Barreiro.Õomissão Ex€cutiva: Eng." AdÌiâno Duque Monteiro Leite, Armândo dâSilvà Pâis, Abílio Joequìm SiÌ\'à e Soüsa e AntóDio Borges d€ Brito.PeÌa 1.'vcz os C. T. T., aÌém do vâlioso subsídio que concedeÌãm pâÌâ âexposiqão, executâÌam um câÌimbo especiiìÌ, em lÌomenâgem â estâ vila,que foi âpÌicâdo â todà â correspondênciâ ìâ Estação local dâqueles Ser-viços e no Posto que funcionou junto dâ Exposição, no diâ 15 de Àgosto.PaÌà cima de 15 mi1 lessoâs visitâram esta VI Exposição FiÌàtéÌicà, :ìqüe concoüerâm, na Clâsse de ComÌletiÉo, 16 exposÌtoÌ'es, â mâiofirÌdo BaÌreiÌo, e em que aparec€tàm tâÌlto nà Secgão Clássictr., como ìâ deespeciaÌizâções (Temáticas, Càrtâs Pré-FiÌatéÌicas, etc.), colecçõ€s muito\''aliosas. Pela 1." vez se editârãm tâmbém soblescritos especìais (azuis e

7.' Exposiqão - Enì 1963, de 1 à 16 de Dezembro, também no ltalldo Cìnemà Ginásio, promovida pela Secção Culturâl do Grupo Despor-tivo dÈ CUF (3.' Exposição Interna, que, peÌâ pdmeira \ez, loi lacal.isto é, extensiva à todos os fiÌâtelistâs do Baüeiro). Destâcou-se não sópeÌo eÌe\ado número de expositores que the delam o concurso, mastâmbém pelâs suâs vaÌiosas par"ticipâções, em que sobressàírâm âs coÌec-

ções clássicas.

8." Exposiqão - Em 1965, de 30 de JaÌÌeiro a ? de Fevereìro, !âtenteÌÌo íírrl do balcão do Cinem:r-Ginásjo. 4.' exposição interna e 2.' local,foi orgânizâdâ pelo Grupo DespoÌtivo da CUF e intêgrada nas comemo-

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Page 53: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORG.4.NÌSI,TOS E .{CTIVIDADES CLTLTURAIS

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b . . ' .

fi'tÌt aspecto (I(í 1.' EüN)siçAo FilatéLìca do B(Lrreiro, no salã,o d(L Biblüttecod.o L. F. C., em llaio de 1955

rações do 28." aniversário da mesma coÌectividade. De bom nível, acusougraÌrde melhoria em relação às anteriores ali ïeâÌizâdâs.

9." Exposição-Em 1965, inaugurada a 16 de Outubro, no /zall doCinema-Ginásio, e encerrada a 23 do mesmo mês. Foi a I Exposi,gãoFilatéLica JuaeúL. Dedicada a jovens até 14 anos, constituiu outra orga-nização do Grupo Desportivo da CUF. A propósito da abertura destaexposição, escreveu Y. C. (Dr. A. J. de VasconceÌos Car-valho) no <Diáricde Lisboa> de 17-X-1965: <É notável a muito5 títulos. Seja um, a des-tacar, o de se tratar de uma exposição filatélica juvenil, num aspectoimportantíssimo, alnda, infelizrnente, muito mal cuidado no nosso País.Sabem todos os dirigentes que, desde há cercà de quinze zlnos a estaparte, têm passado pelo Clube FiÌatélico de Portugal, do nosso desejoveemente de promover uma exposição filatélica modelo, que, primeiroatravés de Lisboa, depois peìo País inteiro, percorresse todos os centrosjuvenis, quer os escoÌares, quer os operários. Mas esta é obra grandiosade mais, impossível de realizar sem a colaboração rtre entidades ofi-

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O BARRDIRO CONI'I]XIPORÂNEO

ciais (...). Oütro título de notabiÌidâde destâ referenciada exposição éque ela, com o títuÌo modesto de <1.'Exposição Juvenii> é a sétimâ ouôitâva exposiçáo filatélica alo BaÌÌeiro, viÌa quase eidâde (foi a mma ex-,posiqõô - reëtificmnos ?rós), quê, âssim, se colocâ logo â seguir a Lisboaentre âs têÌras portuguesàs que mais exposições filatélicâs têm reaÌizador.

Ésta €xposiçáo teve cârimbo comemorzrtivo âÌusivo, concedido peÌosÕ. T. T., e sobrescrito comemorativo.

10.' Exposiçáo - Em 1966, integradà nâs Actividades CultuÌais dosTII Jogos Juvenis do Barreiro, rea.lizada no SaÌão de Festâs da S. I. R. B(<Penicheiros>) e patente âo púbiico de 9 à 16 de Novembro. 19 coÌìcor_-rentes (dos 10 âos 18 ânos) e 3 expositores especiais (de ? e 8 anos), queapÌesenta,ràm 40 quàdros, pÌedomiÌÌando os assuntos temáticos.

11." Exposição-Em 196?, integrâda nas Actividades CuÌturais dosMogos Juyenis do Barreiro, rcâlizada na sede do Cine-Clube do Baï-reiro e pàtente âo público de 18 a 26 de Novembro. Teve 27 expositores,classificados poÌ cinco escâlões (idâdes coÌnpÌeendidas entre os 8 ê os18 anos), dos quàis 24 em representâção de 11 clubes e os Ìestântes3 expositores em nome individuaÌ. PÌ'edominâÌam âs colecções temáticâs,constanalo também da exposiqão coÌecções de sobÌ:escritos comemoÌâtivos.

Primp)iro granile êx;i.to de urn ÍiLltelista barrcirenÃe mnütr" e$pasiqõ.o

Íi,latélìco, [xtso-bro,sNtreifl]. Na <LubÌapex-66>, exposição filatélica come-morativa clo 85." aniveÌsáúo do Clube Filâtélico do Brâsil (C. F. B.),reaìizada no Rio de JaneiÌ"o, de 3 a 11 de Dezembro de 1966, FÌoÌeìtinoAlves Rodrigues, destàcâdo fitâteÌista, nâscido no Bâreiro (oÌìde rcside)â 11-VII-1911, obteve a sempre desejadâ MedaÌhâ de Ouro, âlém de umpréÌnio especial do C. F.8., com â apresentâção da suâ importante temá-tica Ìeligiosa Histórì,cL da Cri,stionismo, exibida :Ìtrâvés de 30 qú:rdÌos,(numa impressionâ.ntê sequência descÌitivâ, aÌém de sobeúa apresen-ta4ão filatélicâ ê dâ presença de <seÌos clássicos) do mesmo temà. Serndúvida uma das melholes temáticâs que 1á estavâm> -:Ìssim se escleveutio Did,ri.o PoeukLr. de São PauÌo.

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Page 55: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ORGANISMOS I! ACTIVIDADES CULTUÌAIS

Possui o BarÌ,eiro cerca de 200 filatelistas, dos quais umâ vintenada mais destâcada categoria. Os cer-tames fiÌatélicos integrados nasActiúdade6 Culturâis dos Jogos Juvenis, têm provocâdo interessantenúmero de coÌeccionadores, de tal forrna que se pode afiÌmar ser actual-mente o Barreiro o maior centro iuveniÌ filatéÌico.

OUTR,O POETA BARREIRENSE

COM LIVRO PÜBLÌCADO

Po\co @tp,s de estas pú.gínB sesuiren F@d ú múquinú, chog@m4os,dè Atusotú, noríeíús que hlL nesès búscóirdmos sobrc M poéta, Íúais, trnBÚreiro j cw Litiro rtubuca.l,a: -NORBDRTO TEÈÇA, Mcüq @sta liLa,nú Eu, .la Pú\,ícía .1o Coinbd, 9, a 29-II lppt. EstÌ@u.se am ptaÈd\ @stA @os, ú jotnais dú lletrópolel cüÌtbando loso .l,epo.is ú poeÊia, EnLretdhto,em 1912, ìwressat nú For.cú Aëree, samir.Ìú nú llha Tetceìrd, .le lpt| ú lsio,peÍíodo csse cm @e ,uliÊ colabor& fla Inpr.hsa\ De 1s57 ú 1stj1 esteúnd Í1Ì.Iia Portultuesa, tus T. A. I. P., tendn sün èn 1gic, .tu Lí-boa, otul.a acatuselttúítú ú rtubEcv uma série .Ie pÒM6 e delbís dq as t r .ta.ta aúprecí@ ao ProÍ- Dr. Vitorbtu Nemés:tú, cujú l.iÈansetrú úpiniãa a e@rujau,que ektìio rqabeú toír a píbíco con o seu. LíÌro <AMPULHETA OBS-TITUIDA>, daürlo do mühb otrú. Poesia úa ihcont.s.ütuat mereainenta,Llatuho .tas ÌóúÌü1ds calLsasrúLas, ítuíatistueìs, .an proÌuanera de i.teí8, asqLeis, aWí e nli, Nssfun h@nfomtistuos, .!üe o Aútor níío Í)attc, en.obrir,

putat à .an^a|; a, s i , t . to,

O ten. Núberta Tefçd êkctutraae w Negage, d,esd,e 1965, an serri4o iü:t:ittu.

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Page 57: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

c {rÍTlÌLo rII

DO ARTESANA?O LOCAL ÀS ARTES APLICADASE À PINTURA ARTÍSTICA

A industÌiâlização progressivâ e absorveÌìte que tunsfonnou ãsantigas câÌâcterísticâs de fida dã populâção do Bàueiro, pe1â implãD-i.ìção do reinâdo âbsoluto da. máquina, \''eio ÌeduziÌ o aÌ'tesânâto local,já pouco diferenciado, aÌiás, â escâssâs modâlìdâdes, quc aindâ subsistem.

A feüària foi, antigâÌneÌÌte, umâ âÌte que teve âqui certo desenvol-rimento Ìigado à âctividâde dos estaÌeiros, tanto no habâlho de diveÌsâieÌÌâgem p:üâ âs embarcaçõcs, como nâ f:Ìbrìcação de fateixâs (âlgumasde 180 e 200 quilogrrmâs), pâÌâ os barcos do BàrÌ'eiro, de SetúbaÌ e:té do AÌgâì\'e.

As alfaiàs âgrícolâs eÌÌxós, enxâdas, ancinhos, etc. - eÌâm ins-:r'umentos de tÌabâÌho qüe tâmbém no Bârreiro se exe€utavam comleÌfeição, em oficinâs dâ famiÌìâ MâÌinho (bâÌ'reirense), fundâdas em1886, na Rua Miguel Pâis. Apenâs hoje um ferreiro prossesrre â trâdiFo.ìeste artesàrìâto Benìàrdino Lobo, nâtural desta viÌa.

A cordoaïiâ, a caixotarià (pÌiÌrcipâlmente para exportação de batàta). a tânoâÌiã tãrnbém tinhâm seus hábeis aúífices. Dà primeiru destas.:cti\ idâdes apenas até há pouco tempo Ìestâl'â üma fábÌicà, junto do.]F.r'dim Luís de Õàmões: a que peltencerâ a Alexandre Màrtins. Trabâ-

-.ou durante cercâ de oitentà anos, sende peúença, ültimâmenle, de Má-1r dos Sàntos Cândido, que a encerrou em OutubÌo de 1965. (A mais:.rÌiga co(doâ â manuaÌ - a Cordoa a NicoÌa - já meca.nizara por

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O RÀ]ìÌDIÌO CONTEI]IPOÌìÁNEO

completo, e a eÌa nos referimos em oütro lugar), A caixotâriâ, que haviâpaÌâ os lãdos da ântigâ praia norte dâ vilâ, acâbou há muito. Quânto àiânoâÌia, eÌa é repÌesentada âinda, e apenâs, por um ârtífice, EmídioCardoso, bem mais bâraeiÌ'ense que beiÌão (nasceü em Mâüguàlde, dondeveio pâra o BâJreiro com quâtro ânos de idade), o quâÌ se êspeciâÌizou,âqui, nessa profissão, que oútrorâ erâ distinguidâ com regimento própÌiônâ càpitâi do Ieino... Tem a sua oficina nâ Rua Miguel Pâis.

Os hâbalhos maÌÌuais em coltica iguaÌmente âqui tiverâm habilís-simos artistâs, dois dos quâis - justo é destãcàr-forãm João FerÌeira(18?5-1966) e seÌÌ cunhado Jorge Sobrai, nâtuÌâis do B:LrÌeiro. esteúltimo um dos fundâdores do Corpo de BornbeiÌos de Salva_cão Pública,que chegou a expôr, com muito êxito! na ExposiQão Regionat de Setúbaj,em 1930, quadros históricos, com caravelas e bustos de personagens céÌe-bres nâcionais, vâsos de plâ-ntàs, r'âmos de fÌores, etc. ('). Esta âÌte nãoiem, â-ctuâlmenj., continuadorec no Barrêiro,

Por molte de João FeÌreirâ (V/Aditamento no finâl deste volume),foram entregues em 21-IX-1966, na BibÌiotecâ Municipal do BâÌ.1€i1,o,â fim de seÌem integÌados numa secção de museu, 5 quãdros poÌ eÌeexecutados em cortiQa, sendo:

2 - represe!ÌtiüÌdo paisâg€ns, em caixas de forma cir.cuÌâr, com0,20 m de raio, envidmçâdâs;

1'_ representândo A Perur de Sintra no Século XÍ11, âssente emplaca triânguÌar;

1- rcpÌesentârdo três caràvelâs dà viagem do descobrimento docaminho mârítimo pa.râ:Ì Índiâ (1497/98). Mar ondulâ.Ììte, feito em póde cortiça. Encimando aE embârcâções, o retrato de Vâsco da Gamà,com a legenda Na,regando conL bom tempa. TrâbaÌhò emoldurâdo comrcndilha.dos de coÌ'tiça, de umâ gÌânde perfeição e o conjunto encaixiihâdo,com tâ.Ìnpa de vidÌo, teÌn âs dimensões de 0,80 X 0,65 m. Feito em 1909:

(') Jorye SobÌal vive, lá já Ânos, no Porto. Àlrês€ntou nâ ditã exposicão21 tuãbaÌhos úauajs eh corticâ, dotÌe os quais se destacou, ÌJeÌâ sua pèÌÍeiçãoumâ rèpbdução da ntu.m qM, ?èd,o Álrves Cabrol apúLalt do Brasil, Íaze dc ãsua descobedâ oficiâl eo 1500. Outro quadrô, muito apreciado, toi, cago Coúítnrne Au.ddloú Ctuhral. tu ttirl N)ba o BfrLsíl 11922). Onde estarão âciuálDent€ est.stÌâhalhc, disnG de sereD reoÌhidc num nos6o í!tu!o museuÌ

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l )O AIìTIìSANATO.ì I ' INTI iRÁ . \RT IS' I ICA

1 rcpresentaÌìdo a M eta de Pesc\, do BdÍftìra (Séca,Ìo XVIII ílNïl,e do SécLln XIX). Também emoÌduÌâdo com rcndithàdos dê cortiqo,em càìxa iguaÌ à a.ÌÌtedoÌ e das mesmas dimensões. Tem â dàta de 190?.

Sabe-se da existência de outros artísticos trabalhos em coÌtiçâ, exe-cutados por ântigos operáÌios baÌrcircnses e que bom serià tenhü ïeunifâ estes, Dor foÌmâ â constituirem um vâlioso conjunto dum antigo nÌ'te-sanâto ÌocàÌ, que ficâriâ â docum€ntâr umâ épocâ.

Uma modâÌidade de artesànàto em que âs mulheÌ-es do BarÌeiÌ-oforam e são aindâ muito perfeitos, constituindo paÌa muitâs deÌas uÌÌÌafonte de leceitâ na economìa domésticâ, é i1 dos bordrdos, - oü não 1ìsscnaturâÌ desta viÌa uma dàs màis e:.imiâs boÌdadorâs de que nos faÌamântigãs clónicâs: MaÌiâ Tereza da Coneeição norges ('). Vem, pois, deÌecuados tempos, essa habiÌidade das müÌheres bârÌ.eirenses.

QuaÌÌdo, em DezembÌo de 1931, :L Sociedâde de Instrucão e RecÌeioBàrÌeir€ìse (<Pcnicheiros,). por iniciâtjvâ dâ suâ Comissão Ìlibliotccá-üa, oÌieÌìtâdà por João IÌrácio M:Ìrtins, abÌ:iu, no seü saÌão de festâs,umâ exposição de pintuÌa e làvoÌ€s, foi uma autêntica reveÌâçâo paÌ^:ì maioÌi:L alos visitântes, principâlmente â ãpresentação de umà extraor-dinária quântidâde de Ììndíssimos bordados e rendâs, executados poÌsenhora,s e meDinâs destâ \.i1â,

Mâis tarde, à Grdnde Iltpasíção de LaNares qu€ â ligâ de ÌnstÌuçãoe Recrcio CUF sbÌiu, peÌa pÌimciÌâ vcz, no seu SaÌão de Festas, pâtenteao púbÌico de 12 ã 18 de Maio de 1940, foi rnâis umâ confiÌmâção dànotáveÌ âÌrtidão dâs muÌhet€s do BârÌeiro pârn taÌ géneìro de tübaÌhos.

Pode a-fiÌ"Ìnar-se que foi a pârtir dessa época que em váÌiâs coÌecti-vidâdes Ìocàis (uma das quais na sede do Luso FuteboÌ CÌube) tomarâmincremento os cursos de bordâdos e Ìendas (acÌescidos conr os de cortce costur?) pâÌâ :Ìs muÌheres e fiÌhas dos seus âssociaÌdos, em espêciâÌpâÌa estâs, cujàs fàmíliàs, na suâ m:LioIia, não tinham possibiÌidades paraas lnandâÌ frequentar esses cuÌsos nâs escoÌas industÌiâis d€ Lisboa.

l') y. O |ìaúeiro Anüso e Molerno I Paú€-Ca!. tL1\ ALlrtrr' e,tìt].s..lrlto a b a,r.ir.nÈe s na ttia eb.

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

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DO ÁRTIJSÁNATO .ì PIN'fUiìÀ .\RTÍSTIC-1.

Àssim começou esse apÌendizâdo com o meÌhor êxito nos sindìcàtos nàcjo-nais (dos feÌroviáÌios), nas coÌectividâdes de recreio Ìocâis e Ì1as sedesdos principais clubes despoÌtrvos do Barreiro, dirigidos por mestrascompetentês. Os cursos que funcioÌÌavam Ì1o Ginásio-Sede do F. C. B.tiverâm, âté, o patrocínio dn revista da especiâÌidade Mod"as e Borda(Los,de Lisboã. FÌequentâdos, ânuâlmente, pol 30 âssocjâdàs, tiveram (i âpro-\'-eitâmento (médio) de 25. Tem-se mântido sempre o interesse por estâsiniciativâs.

Relativâmente a doçâ a, nuÌlcâ o BàÌreiÌ"o teve qualquer esleíiiolòi,a!l,e ftgìonú|, embor.r aqui hâiâ muitàs e excelentes doceirâs. D não dei-xâmos de registâr qúe, por influêncìâ de grânde número de âÌentej.Ìnosque nes r vilâ se fixâÌàm e de Ìá trouxeram as Ìeceitas, um certo ÌÌúmeÌode especiâÌidades da província <celeiro de PoÌ"tugai> são muito bemfàbdcâdas por fàmíliâs barÌeiÌenses, coÌìo poÌ' excmplo o Õírlo ,odj"e.

O artesarìâto locàl conta 4indâ com alg:Lrmas têcedeiras, e tâmbémcom um âÌtífiee em trabaÌhos de couÌo. Cestàríâ náo coÌìstâ que lìou\Ìesscà base de vime, a mais:rntiga. Cestos ou cestas (que se f:ìbÌicâvâm a$li)erãm {eitos de cana, gramínea que, por estâ região, nascia espontâneâ,

 encâdeÌnâção é âquj exclusivâmeDte um tràbâ1ho càseiÌ-o, que

tem, poÌém, poucos indivíduos qúe .ì e1â se dedicâm, apesâx de as nume-r-os:B bibÌiotecas locais e os particulares podêÌen gâràní1r trabaÌÌro anuienl icâ. n l ic : -àc.

Contâ, todaviâ, o tsarreiro com um encadernador artístico dc leconhecido üerecimento, citâdo por XIâtiÍÌs de Limâ, rìo seu 1iv1o (Encâder-

Ììâdores PoÌtugueses> (Poúo, 19ã6), como <encadernâdor' ^mâdoÌ

e,nesta qualidâde, dos mais distintos>: ManueÌ clos Santos Câbâüâs, biblió-fiÌo e coleccionãdor de ex-líbris, aÌém de valoroso xilógrafo.

Mânuel Cabanas, nascido €m Vilà Nova de C:ìceÌa, a 11-iÌ-1902.Ìesidente no BaÌreiÌo desde 1922 e ãctualme[te empÌegâdo de escdtório.âposentâdo, dâ Câmpâ1ìhiâ dos Caminhos de FeÌÌo Poúugueses, iniciorn

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Page 62: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BÁBIìEIRO CONTXIÍPORÂNI]O

âs suãs encadeì-nações nesta vìÌa, por voÌta de 1938, tendo exposto jáos seus tÌabâlhos em FaÌo (no Círculo CuÌturâÌ do AÌgârve, em 1950),em Lisboâ (nâ Liv." CÌássica Editorâ, em 1951), no Porto (no SaìãoSiÌva PoÌto, em 1951) e no Bârreiro (no Ginásio do F. Õ. BâÌ-reiÌense,em 1956).

De acàbâmento muito perfeito, as suâs encadernações são, na maio-Ìia, vaÌorizâdâs pela gravação na carneiÌa da capa do ÌetÌato executadoem mãdeira, do autor dà obrâ ou de um motivo respeitànte âo assuntode que eÌa tÌata, gr{Ìvação essa retocâda depois, à penà, com ácido.Dourados bem distribuídos, tornam-nâs um verdâdeiro mimo nos domi-nios de arte âplicâdâ. Câbânas tem-se dedicado, üÌtimamentê à encader-nâção ârtísticâ de obÌas de Aquilino Ribeirc! de quem foi âmigo pessoâÌ,e de Fen€irà de Câstro, gerâlmentp das tiragens espe€iais. Estâs encà-deÌrìações aÌtísticas são âssi[âdâs, como qualquer quadro.

A CRAVURA EM I{ÀDEIR,A É HÀBILMENTE EXECUTÁDAE MUITO -{PRECTADA NO BARREIRO

A grâvurâ em madeiÌâ (xiÌogrâ\'urâ) teve já no SécuÌo xlx ummuito competerÌG executor no bârreirense Rafael ldézio Mariâ Pimenta(1850-1931), por rós já citado em outro voÌúmc desta MonogÌafià (').

Em 1953, na 1." G'tatuI,e EryBição d.e Arte r)ar Amorlores, q,re àSociedade de InstÌução e Recreio BâÌTeirense (<PenicheiÌos>) organizou,poÌ ocâsião do seu IlB." aniveNário e esteve abeìta ão público de 26 deJulho a 2 de Agosto, foram expostos ÌÌumerosos trabalhos (gravuras edesenhos) identificâdos deste ârtistâ, retiÌados de um aÌbum ])or eÌe pÌó-prio oÌgânizâdo, que é âctualmentê propdedade do escdtor e inl'estigadoïhistórico coroÌÌeÌ BeÌisáÌio Pimentâ, seu sobÌ'inho, que sobre Râ{âel Idéziopronúnciou, nessa ocasiio, uma confeÌêÌÌcia ouvidâ com muito agrado,onde afiÌrÌ1ou: <Rafâel foi, sem dúvidà n:Ì casa pâr:r onde entrârâ em1877 (a oficinâ do espanhoÌ Francisco Pâstor) o mâis operoso artistâ equeto cÌer que o meÌhor. Em competência com a oficina do iÌustreCâetâno Albelto, â de FÌ?ncisco Pâstor, tdÌvez com intençáo mâis indus-triaÌ, Ìânçou ÌìumeÌ-osa produção nem semtre dê boâ quaÌidâde; as exi-

\') y. O BÚreìÌa Artiso e Modenn-I ?arte-Ca!. xLIy - Alsu6 atrüu.srúlto 3 búreìre" Be 6 tlotát èiÃ.

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Page 63: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

DO An'fESANAtO I -ÈI- \Tl Ì Ì ìA - \nr iSf l ( -{

gênciâs dos pedódicos, â ììecessidàde de âpreseniàr', em ceÌtos morìu-mentos, obÌ:r rápidâ prra â!ârecer em teüpo Ìrrópr.io, lez muitâ ïez der-crer o vâloÌ' dos trabaÌhos que ainda hoje se recollÌeceÌÌÌ com lclxti\)xfãciÌidâde. Mas RafaeÌ Pimentâ não dejxava de seÌ'sempre o mesnìoâÌtista coÌÍecto; e quando o pouco teÌnpo não o obÌigâv:L à pf€ssâs, nchâpa de mâdeirà saíã de boa quâÌid:ìde, com o t|âço fiì'Ìne, e bem grâ-duado, com todâ a compreensão do desenLo ori dã imâgem que Êe ÌençâsscsobÌe o âÌvâiâde. E assim se consumiram ceÌcâ de 30 anos dc trabaÌhoquâse nír àÌìonimàto. No coneço da vidâ, aind:Ì {r Ììome de Ãílr{.?l âpâÌ€cirem um dos ânguÌos inferiores dâ grâruïa, pãrâ identificàr o âutor; denlÌo em pouco, porém, a regr:r dà oficiÌìâ, com intuitos mais industriâisque de justiçâ, fez desapareccr o norne dos colaboladores, lara só s€gLâÍar o ÌÌome do dono da câsâ qüe cobÌiu, deste modo, o lÌabâÌho cÌosârtistas que ÌÌÌe deram ÌustÌ'e e reÌrome (...). RâfaeÌ Pime ta, iÌonÌâdrtrnente, sem protestos nem irútações, só $sinàvâ o seu nonÌe ou lubricavncom um R especiâl as obïãs que ÌÌÌe erâm oncnmendâdas directamentcc que fâziâ em casar nas Ìroras {eriadas da oficina. TÌintâ aÌos correrâÌÌìinglòriamente (..-) Ì{.rs os pÌocessos químicos mâis âperleiqoâdos come-qâÌâm e deslronâr:Ì mâdeir'â; iL Ìrouco e ÌroÌlco ilÌ .ÌesaLD:Ìrecendo nlÌfluênciâ de lÌâbaÌhos; € Râfael Pimerrtâ crÌcrion, de ccÌto, que emfuturo mâis ou meros próximo a suâ ârte des:Lpâreceria e tetia quemodifi&rÌ :r vida. D inteligeÌte como era, coÌnpreêndeu as modifìcaçõesque o tempo ia operândo, PÌepârotì-se, pois, para nova fonna de acçãoe, em 1908, com 58 ânos já feitos, cntrorÌ pâr'a â oficina de fotogÌârur:ìdo joru.ÌÌ O Sécrlo, onde foi um grande e seguro âuxiii:r e onde depcisde cercâ de 23 ânos de coolerâgão e de chefia, o cansaço cardíaco obrigouâ suâ robustâ organizâQão â repouso e â ceÌt,Ì inâctividade, até quo i1moÌte o surpreendeu em 1931, com 81 ânos bem chejos de âpìicâção €honesto ÌâboÌ,.

A gravuÌà em mâdeiÌa, €om o adÌento d:r grarÌde imprcnsà e:ldescoberta d:r grâvuïâ à base de lrocessos químicos, deïicÌr âo prcìí,

José JúÌio RodÌigues (íâÌecido em 1893), tente da DscoÌ:ì PoÌitécniQÌde Lisboâ, pode dízeÌ'-se que morreu entÌe nós. Os àrtistâs que â cuÌtivâ-\'âm àÌrumãram os seus buÌis e aÌguìÌs deles-coÌno RâfaêÌ, por exenlpÌo-

Ìrassaram â exerceÌ sua actividade ras ÌÌoviÌs técnicils dâ gr?ìvuÌâ,

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O BAR]iEÌRO CONTE}IPOÌÌÂNEO

Todavia em vários países mais evoluÍdos, a gravura cm tnadeiracontinuou a ser produzida, como gr(IturcL urtisticct.

Entretanto decorreram largas d-czenas dc anos, aparecendo já noprimeiro quartel deste sécuÌo tentativas de renor':rção do gosto por estadeÌicada arte, até que, iá mais dentro da nossa ópoca, (nos úÌtimos trintaanos) surgiu a trabalhar Ììâ gravura em madeira, no Barreiro, ManueÌ

dos Santos Cabanas, já por nós citado no princípio deste capítulo. Escre-veu dele o prof. Ernesto Soares: uE um exempÌo de autodidatismo; o

artista não podia fugir à regra, por isso mesÌno que é do povo g que

trabalha para o sentimento popuÌar, oprendend'o à sua custu, coÌÌìo reza

o veÌho ditado. O seu mestre foi a sua inspiraqão, o seu talento c o seu

engenho, que se patenteiam claramente lessa admirável li@,.o que começa

com o primeiro eusaio de 1938 e se estende até à actualidade, perfeita-

rnente metodizada, desde a sua simplicidadg d6 traço até ao claro-escuro

obtido pela frequência e vigor dos suÌcos abertos na madeirr) (').

Utilizando, geralmente, pÌacas de buxo, cortadas Ìongitudinalmente,

tlabalhadas a canivete ou Ìlequena faca, Santos Cabanas colncçou pro-

cÌuzindo gravuras para :Ì imprensa nos primeiros anos de 40, a nossopedido e sempre graciosamente, para ilus-trar o Barreiro Históríco (Curí6as Notí-cias e Vultos clo Pnssatlo), que escrevemose publicámos, de 1943 a 1946, no extintosemanário O Barreíro.

Lança-se, entretanto, à execnção deretratos de numerosas personalidades, espe-ciaÌmente Ì)ortuguesas, das Artes, da Lite-ratura, da Política, etc., revelando-se'lhe,gradualmente, a maior perfeição e gradua-qão do traço, a maior técnica dos contrastesclo branco puro com os negros profundos.

Stta obra é traduzida, actuaÌmente, por vá-rias centenag de gravuras, das quais con-sideramos dignas de maior destaque a re-produção dos famosos painéis denominadoscle S. Vicente e atribuídos a Nuno Gonçal-

(') De (A Xilogr,lvura ModeÌnaD (Nov, 1952).

SANToS CABANAS

Graranclo tta nutleiro

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Page 65: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

DO AElE5-L\-LTO À I '1N1LrÌ Ì - \ - {nTiSf l t , , \

\.es. íJutro dos seus numerosos trâbàÌhos é o do grupo dos uVencidos daVida,. Umâ série de gràvuÌâs de âspectos de Ì,jsboâ também executoÌÌpâÌa a câpâ da guia turísticâ do S. N. L

Sântos Cabanas é distinguido com uma 2.. e un]a 1.,, medalhâs peÌ3S. N. B. 4., respectir'âmente em 1946 e 1951, contândo se, entrc a!pdncilais exposições dos seus tÌâbaÌhos, as quc efectüou em FaÌo, noajÍrculo CultuÌâÌ do AÌgar-r'e, em Outublo de 1950; em Lisboâ, no átrioda Estação do Rossio (orgânizâção do <BoÌetim dâ C. P.r), em l{aÌcode 1951; no Porto, no <SâÌão Silv: Porio>, em JÌÌlho de 1951; e nosPâços do ConceÌho de ViÌa Re.ÌÌ dc Sânto António (oÌganizaç:ìo dâ Comis-são Municipâl de Turismo locaÌ), em Janeiro de 1954.

Na viÌa do Barreilo, expôs os seus trabâÌhos no Ginásio-Sede doF. C. BâÌreirense, em Março de 1956, e niì Sociedâde Democútica UniãolÌârÌeircnse ((FrâÌÌceses>), êm Setembro de 1950 (DipÌomâ de HonÌâ) ( ).

Na intloducão que trâçámos p:ÌÌ.Ì o catálogo dâ enposìção dexilogÌa\Ìuras de Sântos Oabânâs {e.lizâdâ em Faro (1950), escrevemoscstas paÌãvras que aqui ficam â retratar uma frlceta cuÌiosa da suilâctividâde: <Com uma persistência notáveÌ, um esforço constarte, apr..!veita todos os momentos livres, foÌâ dâs suâs ocüpações pÌoÍissionâis,p.Ìrâ âDafeiço:Ìr â técnica dos seus <bonecos>, como eÌe thes chama.É fÌequente veÌ o aÌtista, à mesà do seu hâbiluâl <caÍé>, recoïtmdc,um pedaço de mâdeirà, avivando ou aperleiçoando um tràço do desenho,oÌ1 estudando a técnicâ dos antjgos xiÌogrâvâdores, trÌÌrto dos estÌ'ângeiroscomo dos nâcionais, que, enbe nós, se destãcâÌam ìo Século rü. TeÌÌÌÍeito criâr, âssim, à suâ \'oltâ, o gosto e o iÌÌteresse por estas obras depaciêncja, de delicâdos pormeÌÌores, quê, rìos úÌtìmos anos, se Ìevelârúcom tendênciâ a expandir-se em algumâs das mais cultas nações daEuÌopâ (principâÌmente na AÌêmanha, IngÌatenà e Frânqâ) oüde impor-tântes câsâs editoras estão àplicândo a xìÌogÌiÌ\'ura nâ iÌrÌstÌação deedjqões \'âliosas>.

C) Xn 196?, r€slondendÕ âo cônlile {eito pela Obrâ Socìal doÊ CâmnÌnosde FeÌro Fcderajs (Alèhânha Ocidenlãl), Sântos Calanas pâftÌcipou na 8.. E\posiçãoInteÌnacionâi dê BeÌãs--,Lìtes, m KarÌsÌuhe, da FedeÌatioÍ IntehatjoraÌe des Sociétésr\.riisiìques des ClìcÌiüol,s (llSAIC), coDÌ trâbàÌhos escolhidos !ôÌ unÌ júrì inter-McionâÌ, reeberdo êDÌ 3'VI-6? docurìcìto traduzindo o èxiio rlcarçàdo l)ela sÌra

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Page 66: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREiRO CONTEMPORÂNEO

INTERPRETAÇÃO XILOGRÁFICA DE P.A.INÉISATRIBÜÍDOS AO PINTOR NUNO GONÇALVXS - 2.'

DE S. VICENTEMETADE SÉC. XV

PAINEL DOS ERADES

(Por rvrnu€l

PAINEL DÀ RELiQUIA

dos Srntos Cabrnas)

50

Page 67: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

DO ARTES.A.N.qTO À PlNTURA ARTfSTIC.\

Por essa época, dois jovens balreirenses, contagiados pelo entu-siasmo de Santos Cabanas e por ele guiados na técnica do trabaÌho,chegaram a praticar a xilogravura com relativo êxito, mas não lhederam continuidade. Foram eles: Hernâni Lopes (distinguido com Men-

ção Honrosa numa exposição da S. N. B. A.) e António Freire, que exe-cutou tâmbém vários trabaÌhos entre os quais uma gravura do indus-trial Alfredo da SiÌva, por nós pubÌicada na imprensa locaÌ (').

PINTORES DE ARTE

Américo Mo,ünlto - De nome completo : Américo da Silva Malinho.N:rsceu no Barreiro, a 28-I-1913, filho de HercuÌano Marinho e deD. Albertina Gualdino da SiÌva Marinho. -Possui o Curso Especial dePintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboà,tendo tido como professores, na pintura, mestre JoséVeloso SaÌgado, no desenho, mestre Luciano Freiree na escultura, mestre Simões de Almeida (Sobrinho).Expôs pintura e desenho (no que é extraordináriona delic:rdeza do traço) em Lisboa, no Funchal, emFaro, em Guimarães, em Santarém e também no Ricde Janeiro, tendo sído distinguido com os prémiosLupi e Ferreira Chaves e, no Salãe da Primaverada S. N. de Belas-Artes, com 2." e 3." medaìhas emenções honrosas.

Marinho foi também director de cursos de arte na aMÉR?cí"ïiïïrNHoIlha da Madeira e director do 1." SaÌão de Educação iAuto-relraiol

Estética da Mocidade Portuguesa, no Funchal e emSantarém, e tem sido professor d6 Ensino Técnico com várias escolasdo País (presentemente na de Santarém). Tem pinturas suas nos PaçosEpiscopais de Faro e do FunchaÌ e no Museu Albert6 Sampaio, de Gui-

( ' ) Essa grâvuÌa foi uma dâs que i ÌustÌaraml\Llado. Reco,t'do,-se A|fretlo da Silaa- A szta obra e(JonLdL do Barreiro t ' 118, de 21-VIÌI-1952). TemOândido Lopes.

um extenso artigo nosso, inti-alguns rlos seus co[,o,bof qio,Ì'pa

19,5 X 15 cnl, com desenho de

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Page 68: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ARMAND0 DA SILVA PÀIS

Nu.m d,esenho de AméticoMarinh,o, en l9lrl*

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

marães. Já ilustrou várias obras, entïe âs

quais a Monografia de Guimarães, tendopintaclo retratos de várias individuali-

dades portuguesas, do meio intelectual,políticas e outïas. A Câmara MunicipaÌ

d6 Barreiro é detentora de alguns quadros

de Marinho, pintados na altura em que ia

terminar o seu cutso e iogo após este

concluído.

É também pintor de arte e ilustradorde mérito José Cândido, nascido no Bar-reiro a 1-X-1932. Tem o Curso Superiorde Belas-Artes, sendo actualmente assis-tente desta Escola. Em certames de arteorganìzados no Barreiro, expôs algunstrabalhos na S. D. U. B. e na S. I. R' B'

Nesses certames (assim eomo numâ exposição de arte realizada no

Clube 22 tle Novembro, desta vila, em 21-IX-1941), figurâram tambémvários óleos tle Cândido Lopes, nascido nesta vila, z 26-t{T-1925' qte

frequentou a úcoÌa Inclustrìal Antonio Arroio (Arte Aplicada), em Lis-

boa, e tem pintaclo vários aspectos do Barreiro, especialmente do Barreiro

antígo, e aÈuns retratos' A sua maior propensão parecê-nos ser, todavia'pr"i o a"."ttfto artístico e pintura decorativa em que, aliás, tem traba-ifr"ao ja, profissionalmente. Foi este um dos quatro rapazes (os outros

eram: Aibero tle Sousa, IÌídio Marques, já falecido, e OÌímpio Mira Coe-Iho) nos quais Américo Màrinho, n4 época de 1940-41, descobrira e pro-

curara tleÀenvolver a sua vocação para o desenho a cawã6 e a lápis e para

a pintura a aguarela e a óleo, tendo todos eles exposto interessantes tra-balhos na aludida exposição do Clube 22 de Novembro'

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CTOLIA RAPOSO CALDAS-De nome completo: Célia de Matos

Raposo Marques Caldas, nascida no lugar de Santo António da Char-

neca (freguesia tle Palhais) a 26-VI-1939, consorciada com o Dr' Fran-

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DO ARTESANATO À PÌNTURA .A.RTISTÌCA

cisco Sílvio Marques CaÌdas e filha do casal José de Oliveira Raposo -Teresa Mende5 de Matos Raposo, professores do Ensino Primário ofi-cial, há muito radicados no Barïeiïo, ó outro vaÌor que à Arte ModeÌ'nâse tem dedicado, com reais qualidades para triunfar'.

Célia Caldas, que possui o Curso de Pintura pela Escola Superiorde Belas-Artes de Lisboa, dedica-se ao Ensino Liceal; no entanto, nãodeixa de pintar os seus quadros e, üÌtimamente, tem confeccionadocuriosos trabalhos de tapeçaïia, que pretende expor.

U tte t ( l )cçar i tL í t l t r t t l

deCúLr-{ RÁPoso C-{LDAS

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C-,1.PÍTULO IV

ÀS GRANDES COLECTIVÌDADESDE CULTURA E RECREIO

vERDADEIROS (SUCESSOS "EL-A.

VONTADn>

QuâÌldo as duâs mâis importântes agremiâções recreâtivâs da vilâdo BaÌreiro a Sociedade de Instrução e Recreio tsaneirense (S I. R. B.)e â Sociedàde Democráticà Ìlnião BuÌreircnse (S. D. U. B.) (') - resol-veram, na década de 1921-1980, âmpliaÌ, a primeiÌ'a, â sua sede, e cons-tÌuir, a segunda, umã sede própriâ, àmbas estâvam num bÌilhânte períododâ suâ vidâ associativâ, bâseado no elevâdo nível alrtístico a que chegarèmas suas bândas de músicâ, eÌogiâdas e aplâudidas em todos os pontos doPâís onde se apresentâvâm, e foÌam muitos, desde Lisboa e Poúo e outÌascidades e vilas de PortügaÌ, até à Espanha (Isìâ Cristinâ, Outubro de1924), onde â baìda da S. D. U B abrilhantou as tradicionais festivi-dades em honra d€ Ntr.'SÌ.'del Rosario, â co[vite de alcatrde daqvelâcidâde andaluza.

É ceÌto que ambâs âs colectividâdes âlimentavam âindâ â sua riva-Ìidade vindâ dê há meio sécuìo; ê14, poÌém rÌáo se revelâvâ já à escaÌâdãs suâs masaas associâtivàs Ìelâtivamente âmoÌfas, manobrâdâs por

(', v.O Búebo Antilto e MÒ.Ietuo -I Parte- Cap. xxxlx-43 ?zdir drrtsasSocieda.l4 ReqÚtirúÊ .Io Búreiro.

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i

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o ts-L1ìRljltìo coNTlt\IÌ,o1t-Â\uo

despiques pessoâis dos seus diÌ?ctores e iúÌuentes e suâs preferênciâspoÌíticâs, mâs sim âo eÌe\'âdo níveÌ d:ìs süâs bandas musicais, crÌjos exe-cutântes se observavàm, pretendendo que o respeclivo conjunto, peÌ.ÌquàÌidâde dos âÌtistâs, peÌo mâior ïaÌor das DaÌtjturâs, pclo núm€ro enoridâde dos üìtÌumentos, supÌantãsse o conjunto Ìi\'âÌ. Daí, o âprimo-râmeÌrto:Ì que âs suâs bândâs chegârâm, d.!í o desejo de dâÌ câtegorillàs suas sedes, de Ìì1ostrálâs digrì:Ìs dâ Íâmâ que, por seus púpÌios méri-tos, havi:Ìm coÌlquistâdo, e de prcpoÌcioÌâr âos respectjvos sócios íestâsÌecÌeâtiv:Ìs de maìoÌ or.gânizâção, de mâìor ïüÌto, que couespoìdêssemà (idâde d€ ouÌo, que estaïâm ïivendo. E, com tâl folçâ iÌnpuÌsionadoÌãpolque forâm essâs bârdirs musicâis que fundarìentalmerte contribuírampâÌa o desenvoÌvimento mateÌiâÌ e recreativo das suas rcspectivâs coÌec-tividades - tudo foi possíveÌ f.Ìz€r. Nìm conjunto de cercâ de cem êxe-cutantes, não se encontrarâ entÌe eÌes um único profissional. Todos, emregra, empr€gâvam a súa âctividâde nâs êmpresâs iÌÌdust ais do BaÌ_ïeiÌo, ìa srÌa mâioria nos selvicos dtx caminhos de fel'Io, Depois do tÌa-baÌho executado nâ oficina, no escÌ.itório ou no comboio, esses lerdâdeiÌosâ.r-tistas àmììdorcs contiÌìuavam à noite o seu esfoÌço físico e üìteÌectuâÌnos ensâios dâs pa*ituÌâs 1Ìlusicàis que os seus mestÌes Ìhes distÌìbuíaÌÌr.(Pôr em âctividade os sentidos mais delicâdos, exigirìdoìhes um equiÌíbIio de emoções afinâdâs, emocões nà suà mâioÌia de ordem psíquicâ,momentos depois de csses sentidos tercü suporlado duÌantc oito ou dezhorâs de trabâÌho coisecutivo, o mâis desordenado e vioÌento embâtede sons, impressões e emoqões, é reâÌizât um esÍbrço que não poale têroutra cIâssificacão s€não a de sorrilíci",: - €stas pâÌâvÌâs, escÌitâs em1926 (sobre à bandâ de música dos uPenicheirosr, mâs que à suâ congé-nere dos <Frânceses) se âdàptavam trÌmbém pedeitàmeÌÌte), encenavamâ màis jústâ apreciàqão que se thes podi.ì fazeÌ.

Todo o B:rrreiro âinda Ììoje tem vivas sììudades dessâ época, quetànto râdicou o gosto e o pràzer d:r Músicâ nas suas gentes,4Ìtc que, soboutl'os âspectos por que mais moderÌÌsmente se repâde e difunde, teD.rcontinuâdo a reveÌâÌ.ÌÌuitos dos seus filhos, loÌÌìâdos iÌÌtistàs, Ììa regêÌìciâ,nâ composiçãoJ orÌ como inst mentistâs ou vocaÌistâs de todo o Paísconhecidos c apÌecìados,

Com o Drogresso nÌusicâÌ e recÌeâtjvo, surgiu o pÌogresso dâ edrÌcaçãoliteráriâ: a fundâqão dãs primeiras bibÌiotecas associâtivas dignàs dessenome, poÌ Íììciativa, tão de dipÌomados, màs de simples empÌegâdos ee de eÌementos do operarìado local, cüjo tubaÌho desenvolvido com esselouváveÌ objcctivo é digno de seÌ encâÌ-ecido.

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COLECTIVIDÀDES DE CULTURA E TìECREÌO

Segue-se uma resenhã dos factos que mais notàvelmente assinalarama blilhante existência das duas ïefeÌidas colectividade5 b:rrreirenses edos associativistas que :r eìas deixarâm ôs seus nomes honrosamentelisados.

A) Socìetl,ade de Instruçõ,o e Recreio Bo,rceirense <Penich.eiros>

No período de 1918/19, quando Alfredo Reis de CarvaÌho exercia aregência da banda dos ..Penicheiros>, começou a operâr-se a sua graduâlmelhoria, que prosseguiu com o mâestro tenente Francisco Vila Nova ehavia de atingir, a partir de 1925, com o regente que lhe seguiu, capitãoManueì Ribeiro, um destacado níveÌ artístico. Este foi, aÌém dum com-

l[anrLel AtLtórLìo Ribeìro, c&pitã,o clleíecle banda míIitar era trarLsmorltaTLo, delI iran(Ì eI&, oìkle reBceu no 1," de flaio.1, 188.; , lê, o fn l , , i ln, ,n s, , t ts;-tÌêtu:ia en Lisboa, cotrt 65 ortos, irt - I I -19' ,9, Rp,r t ' udrìns bn", lns ,p,Jì-mentais de inlantarid e foì lutl co,mpt)-sítor de,DuLìto m.éri to. En 1921, começotle reger & balLd(L da Sacie(ldtÌe le lrts-truCalo e Recreio Barreirense, que el,:cottrlttzhL a unt eletoclo nl1)el artí.stit:o.Foì o uLtoì cle <<Alclte>>, óperú cantodtrto Coliseú clos Recreios, em Lishoct,,tlei'.r rLtttÌ.o uttnter o sa s par tilura| de sut].ftutoria, p ra bo,ttcÌa e orquestro, dasqtLais forcrnt. eÌ.etlLta(las pela banrlrt das<Peniclteiros> : << D t ìt.? I :j Porhrguaso,$,n."" 1 e 2; <(Erpressões d.e Portug(rl.r,mt '2; l ; , , : <<Brìsrr , Ìnn t Ì l ,o; <<Bttrr t ; f , --Eh:as>, mo.rcln; <<I1L DiesD, fantasüLtnilitar ; <<Tejo>t, ÌÌtarcha; <<Sill.folLit'tL,' lt, e alttras nais. QzLantlo pro)no'Ì)e1t, '

"7,1,,çr i , t . 1,cln tuado LJt S. I . R. 8.,do K1812)r, fútnos& o7L"-erture de Tcluti-houjska repLet& de forfus e sü.ge:tt i rosefeìtos nttsicais (n 1.' (rìLdiçã,o no Bar-reiro tlecorren no Teatro Cine Boftal-fense), Ma1tuel Eibeiro foi mlLìto elo-giaio por esse Í&cto, bem conLo todos

os serts eJ:ecu,tantes.MüLuel Ribeìro Íoi, tamb'óm, escrìtor,dei:r,ando algwnas obras li.terário-mtt-sicais, entt'e elalj oB <<Q1t&dl'as Hìstóri-

MAEsrRo MÀNUEL RÌBErEo

cos da. Vicla Music&L PortrLgÌLesan(19J9), enl cu.ìo cu.pít\LLo II Í.raça elo-gío.u r , I r . , .a:r is ] , 'n" ! rorJ ' : soa) ' .dtulet de ,ì'eo eìo clo Barreiro, <Peni-thcirost> e <<Francesea>, obru, que, ent-b"ta .or t1 , . f tos lnfsos t , : , , ,Jtòl ;cas. ttle túi.Litlode para todos as lt:JìcóIogos

ot

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

A setXe da Socie<lad,e de Instrttção e Recreio Bac'reirense, nttRua d,o Consethei'ro Sen'r e Mou,ra, n.o 66. - O ed'iÍicio Limit&,& aul, uxn& pequena ?rítceta, cle fot"ma ,rectangulal', deno.nina<la,e1n 1922, Largo Gago Coutinho e SaLc(LdM'a Cúbra[., &nteriornelLtc(er-La,rgo tla Ategria)), mas, desde recü,a{los tempos, popular-mente desigwtTo Ìtor Latgo do Casal.-Á Ïoto é de pouco alltcsde 1950, qüarLd,o este largo possltí& aindfl, LLmú pktcd centr&l'colcetaíI,& e õrboriâad,o, e ífotatXd de bancos nn orla da placa.Foi o minúsaulo <<Rocior> Ioc&L dura te muito tempo, coìn lugard.e relet;o m, lListório, popular d,a oiía. Nas noi.tes de ensaio gerdldú &ltLtigcL Íilarmónica d,os <<Penich,eiros>, no 1.' andar deste ed,i-fício, sócios .La S. I. R. B. e outros powl&t'ry entretinluLm-se úoubír as suas músicas p,red,ilectae, espúlhados, em grupos, pelopequetw Largo, que etd' então, bent da alegú,a... - A 2." íasecla,remodelação d.a S. I. Ê. B. implica a demoliqã'o totel d.elteediÍieio, pc!,rct dar luga.r e outt'o, d.e l'i11,ll&s 'modet'na s e maig

funcional

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COLECTI\ i IDADES Ì] !J CULTT]RA N R]ìCRÌIIO

petentíssimo r€gente, um dedicâdo professor de muìtos jovens execut:ÌÌìtes, que hâviàm de renoraÌ a bandâ, âlém de um âvisado conseÌheirc dâdirecção dâ Sociedâde em \,ários assuntos írlâ sua competência.

No Verão de 1925, começâ a S. I. R. B. :r âmpÌiâção da suâ âcanhadrlede DàÌâ os seus já 800 sócios, Ìe\'.ÌÌltandolhe uÌn 1." ândâÌ e dotandoo edifício dumâ Írontaria de Ìinhas mâis ÌnodeÌnâs (para â épocâ) ede celto gosto ârtístico. No Ììovo pa\Ìimento e âblàngendo tírdo o comprimento do pÌédio, foj constr"uído o s:ìÌáo de bâile, de sâtâus, de conceúose enslrios. Com !ìs aÌteÌâções íìtroduzidâs no rés-do-chão, ÏoÌ-âm Ì€no\:adosos gâbinetes dâ Direcção e outÌos destinâdos âo serriqo dà bandâ, âtéao dos biÌhâres, sàlã de bufete, etc., tendo-se desliÌÌâdo uma outra salâpâÌâ â futura BibÌioteca. Tudo feito peÌo esforço associâti1,o e comân-drLdo por umâ Comissão Pró-CLs.1,, constituída por João da Luz, pÌesi-dente dâ Dirccção (uma excepcionâÌ dedicâção peìa S. T. R. B. cujos des-tìnos dirigiu durante vários períodos qüe somàÌàÌ1ì um quâÌto de século l),FrÌncisco \rieir.Ì e José Augusto dos Santos (Alcorruz\, todos elementosferÌoviários, já fâÌecidos (o úÌtimo, ÌeceÌÌtemente, a 7-lIÌ 1967). A essâcomissão forâm âgregâdos vários associardos que âuxiÌialàm às obrâs eaiÌÌda umà comissão constituída por dezoito senhoÌâs, que tomâÌa:ì seucargo â angâriaqão de donativos.

A inâuguÌâção da âmpÌiâda sede rc:rÌizou-se, com um lârgo prograÌnâfestivo, no dia 31 de Jâxeiro de 1926, com â presenqà de váríâs âutoÌi-dades Ìocâjs e de âlgumâs individuãÌidâdes de Lisboâ, entïe âs quais oeng.'PÌínio SiÌ\'a, director dos Camìnhos de l'eÌro do SuÌ e Su€ste.No decuÌso dà sessão soleìÌe reaÌizâdâ, 1brum descerÌados um busto, degesso, de Joaquim NIigueÌ dos Sântos, o màioÌ benemétilo dâ S. L B,. R.(foì o própÌìo quem o descerÌ'íru), feito poÌ- João Resende e Jorge SobrâÌ.e um retrâto do mâestto MãnueÌ RibeiÌo.

A BibÌioteca da S. Ì. R. 8., que em 6 de lIârço de 1926 âbÌiu aosen'iço dos seus asso{iâdos, com peúo de 300 voÌumes, estava destiÌÌâdxiÌ ser uma das mãis feÌizes reâlizàgões destà colectividàde ('), mercê não

(') ConstituíÌan a sun comissÃo fúddadou YitoÌiÌo lren€iÌa Loirâio 0iâi!Ìn1do BaneiÌo, então empÌcgado dos Càmiúos de Ferro e a úllr( dô êrì!rcendimentô'xÌérì de ter Êido um deroiado c c6roÌçâdo dirìgenl€ dè S. i. R. B.), João FóÌix C.Gâìclà, João Bèptista Jâneiro JúnioÌ, ÀÌcÌândÌe tleÌo de Alm€idâ c An1,ónjo Jolados Sànios, com êstes ifêbâlhándo Ìrarr a mesmâ câusà, e.ntÌe oulÌos, o joreh tJârÌeiÌense Josó PeÌ€irâ, reÌÌoiáÌio, fàÌêcido àos 21 anos, em 1M92? e desde €ntio

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O BÀRRDIIìO CONTEÌ1ÍPOIìÂNIO

só do gÌande incÌemento que ìhe deram as suâs comissões, mas tâmbéÌÌìdâs vâli{xas iniciativas de caÌácter culturai e ârtistico em que eÌâs selançaÌam, promovendo conferênciàs Ìiteráriàs e científicàs na sua sedee outrâs mâis ÌeaÌizações, como aulàs de música, de desenho e de âÌitmé'ticà pàrâ os seus sócios e fàmiliues e exposições diveÌsas, dâs quais nosrecordâmos, desse tempo, da 7." Erposição ArtbtictL do Búrreíra (16 a18-VIIÌ-1931) e ò.^ EW6ição de Pintura e LuJores (de 6 a 8-XII-1931),que reuniÌam numeÌrc,sos tràbâlhos de pintuÌ4 e bordâdos de vários géne-Ì'os, num conjunto sobremân€irâ honÌ"oso parâ o BaÌreiro.

Em 1932, à dedicâçáo de MânueÌ Ribeìro pelâ S. L R. ll. levou-o âoÌganizâr entre a <fâmilia> dos <Penicheiros>, um or4eão, com ?0 voz6,que sê estreou em 8 de Ágosto dêsse Ìeferido ano, mâs cuja continuidadenão póde ser:ÌsseguÌàda, como gerâÌmente sucede com esses coÌÌjuntos.

Menos de um âno depois (Junho de 1933) - era já à dãta pÌesidentedà Direcçã.o da S. I. R. B. José Augusto dos Sântos Júnior - começaÌamà esboçâr-se atritos dâs diÌ€cções da S. I. R. B. e da S. D. Ü. B. com aOomissão Administrativâ da Câmara MunicipaÌ do Barreiro, por virtudede ambas não teaem acedido aos corÌvites qüe thes foïam diÌigidos pàrâefeito de as suâs bandas de música (já finâÌmente reconciliadas, conÍoÌmemais àdiânte ÌefeÌimos nas nossas notâs sobrc a S. D. U. Barueirense)âbÌilhantârem deteminâdã"s cerimóniâs oficiais nesta vila ('). O Destinopositivamente não quis que tal reconciÌiação perdurasse, por desfeitearà tradição... e começou a ser abeÌto o fosso por onde ambas ãs bandâs sesumiriàm, decorridos escassos três anos, passàndo paÌâ sempre à históriaâs Ì:ivaÌidâdes de outrcrâ...

rècoldâdo no ÌetÌato que dêle dsccDarân € nnm sôneld eÌocatiÌo (dâ àutotiâ dèV. !.. Lobato), no Salão de Honra dâ S. I. R. D. ìIenos de quatÌô Sros delois drsua fundaçáo, tinhâ já esta Biblioteca lerto de 600 voÌumeF (coh úm moejmentonÌensaÌ de lèituÌâ de 150), lossuiÌdo actudmente 4000 obÌâs, muiias delas vàÌi6as,tànLo de âtrtoÌes nacionais como tìâduções de bon! àutoÌes estÌangeiÌos.

(') Como desdevemG em <O Boìreho .antenrariltuo, (1.' voÌ!he), esta viÌâ

recebeì en 19ì3, pâÌa f6tejã! meÌhorah€ntos concluíd6 e o início de oltrcs }áNÌito reclâmâdos pèÌâ topuÌã{úo, duâs inportani6 visitas dficiâis: cm Jurho, o

XhìistÌo do InterioÌ e 1rpÌesentânt6 de tÌês oulros mjnistÌo6, e .-, No&nbÌo, oEPresidentes dâ Iìèpúìlica e do Conseìho e mais membÌos do Goveho. Dè ambas as

vezes, ìeôÌveu ã CâmaÌr Municipal desta viÌâ convidd as s@iedadês de Hreio

do conceÌho do BaneiÌo â dèrem a festjvâ preseqa das suÈs bând$ de músca n essâs

Ìeêpçõ6, como pÌova de Ìecorhecimento do lovo do Bârreib ÌreÌos ben€ÍícioË rece_bidos. As Ìes!óstâs desÉa6 coÌectiüdãdes fôrsm então, em rêsuho, âs seguintes:

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Page 77: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

COI,]iCTIVII]ÁD!]S DD CULTUÌA ]' IiECRNIO

1) Ail JLTNEO:

dl Da S. D. U. B. (( ! ' Ìatrceses)) : (estãÌ â brndi .m oÌsãdìzação, (?l) ;à, Da S. L n. B. f .pp1,hp"o. . , : .J Lp ãrru-â" ndi d. .

ilâd.É rcpÌeseìta, âÌén dumâ lonÌa ÌraÌa à lena) uma manjjestâção politicr â que

â coÌectividâde nÁo lode ássóciar-s€, poÌ oF s€ts estàtutos não 0erniliÌem imiscun's.lem âssurtos loliticos e }€ljÂiosoD;

.) Da S. L A. l-. (Lã!râdio): oão acede ao convite roÌ esses nreÌhoÌàmerlo,qseren no llarreiro e existiÌerì a{lui très coÌecljvidâdês côngéneres a q!€m couletealÌjllãntar âclos d. tajs inausuracõê$'

d) Dâ S. !-. U. A. 1.'de DezernbÌo {St. Anl.'dâ Charneca): (q!e rèsolvcrâ.oopersr Éó eh recetções ofjciâis, quândo reâliz.d.s n. frèguêsià de Pâlìâjst;

r) Da Liga I. e ì. da C. U. !-,: <que aceitavâ o convitet.l6uÌiÈdo: ãbrìÌhantarâm ! Ìecet(ão ministeÌiàl â bând^ dr C, U, 1.. e â bândn

da Sociedâde Filâmónica Humújtárir de Palmelr, coÌtÌâtada !eÌâ C. ]I ú.

2) EM NOVEiVBRO:

o) Da S. D. U. B. kFÌãn.èsesr: <que deliberâÌa em pÌinciÌriô dar o seu acord.à fèstà do Ìânçàm€nto da 1.' redÌa dâs Novas Ofjcjnrs, sêndo as despcsas â fàzétcon a ìaÌda de conLa da C. , B) o que estã agrad.ceu € aceitou (dèsrle que âsrlespesâs sê Ìefedss€n! como era de srÌpoÌ, à fâltâ dê um on outÌo eÍecuiant. qu.fosse necessárjo s(lstituir>i

Ò) Dâ S. I. R. B. {<Penicheno$)): <quê â bâìda ìio pode compárêcer, !oÌdesejâr conservâÌ-se âlheia a âctos quc, pela formà como são comemor.dos! não sehaÌmonizãm com â sua lei orsâ!icâ,, mas oferecjâ, no entario, (o scu concurso tèr.urì coÌceto ìo j$din nuricjlal, à noiie, êh snìaÌ de regozijo Ìror tão impoÌlânleineÌhoÌâm€nto, (6 Nrr6 Ot'ítiltús tlos Cúútúnro\.1. FNrÌo aa EstutÌo), o{erecihentoèsse qtre ã C, , B. ãgÌadecêu üas inïormou DÌ€scürdir', (!âra que à coìectitida{ìenão seísse dâ sua Ìei orgânicaD;

.) Dr S. li. -{. Ì,. (LavÌadjo): (que Ìrodia a C. 1Ì. B. contàr com â suâ hndrde música !âÌa abÌiìhán!Èr o ac|o oficiâl da 1,' pêdra dâs Notâs Oficiìâ6t;

d.) S. F- À. 1.'de D€zembro (St." Ànt. dâ Chárnecâ): iderì, om idènticos

p) f ra l .Ea l . R. da.. U. f , r a. i rJ\a is dÌ_"IntÌetanto, nas Ìéslerâs ds visiiâ pÌesidenciaÌ, a Sociedade dos (rÌânces€r)

inforha a C. M. B. de què a sua bandÈ dè núsica foÌa snspensâ poÌ rehÌro indet€rmiÌâdo <em viÌtude de não estÀr conesÌronderdo àos seus ÍiN ariisticos ís.r4 b-{likrentôNl NÍa un colLiltlÌt) iilú,rónio qú. n63a alllr4 .ro. aì."d.L .trLsitL.rdnrnns meuúrcs do nasso Pais, sti túl dest\lìn l8s. rer.lúbìrq a qt. d@ anos) etal!!sor!er a úrior tarte dâs receitrs),

neslltado: ãlÌilhaÌtaram a ìece!çáo lresjd€n.ial ápenâs tÌês b.ndâs do corceÌhor do LavÌadio, de St. 'Ânt. 'dâ Chêfnêcâ € dâ C. U. I .

Estes Jàctos cÌiàÌân sÌtxàções e levaÌtaÌâm pÌonl€Ìnas delicados qu. condudìziÌan, roucos .ìos decorútos, à djssoÌnção d€Íirjijva, mas vo\Ìrtíria, rÌimeiro,da bânda de músicn dos r(lÌanceseÊr, e, Iogo a sêsniÌ, dâ dos (PenicleiÌosr. Qu. càdtquaÌ foÌmuÌe o Êe! juízo, se já ô não Jez há mnito. O mal slcedeu è {lele ÌestÌtoro que não mais !ôd€ ser rè!âr.do,

l

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O ts.,l.RRXtRO CONTE]'IPORÂN]i]O

Pelos àìos de 40, â Sociedade dos (Penìcheiros>, emborâ €xtint.Ìâ sr.lâ fiÌâÌnìónicâ, mantiììha uma ïidã ÌecÌeativa e cuÌtuìàÌ iÌrtensâ,podemos dizeÌ, dando Ìhe muita vida os conjuntos musÍcâis que dentÌodeÌa s€ formavam, os seus grülos cénicos e tàmbém €xposições € confe-ïênciâs que â Secção da BibÌiotecâ promoviâ, com o meÌhor àpoio dasdirecções actividade esta que tem sido, atÌavés dâs úÌtimas décâdâs,peÌâs ìumerosâs iniciaJivâs desse género, tâÌ\'ez a que mais vem hoì-Ìosamente sobressaìndo no historiâl desta coÌectividade.

O auments da mâssa âssociâtivà \úÌtâïâ, de novo, a impÌimir:rurgente n€c,3ssidâde dâ âmpÌiação dâs suas instâlâções, e os olhos dosseus dedicados âmigos ïoÌveÌam-se pârâ o ÌogràdouÌo, o gÌânde quintàl

onde se ÌeâÌizâvàm, todos os ânos, os:Ìrr;Ìiaìs, com (bâiles campestresr,em honÌâ dos SaÌÌtos popuÌâres (com â sun esplânâdâ, ao fundo, â níveÌmais elevàdo, pàrã os âmantes dos npetiscos, e das <cÌìldeiradasr umirsaudâde...) O rpÌoveitâmento de todo âqueÌe espaço, pâÌa neÌe se edificârum gÌande sâlão de festâs, com gaÌeÌia, pâÌco e âÌÌexos é íinâlmentedecidido e coÌÌ1eqâ-se â ânecâdàr fundos excÌusivamente pariì êsse lìm,âo cuidaalo dumâ Comissão Pró-Sede, encarregando-se o ârquitecto Joà-quim Cãbeçâ Pâdrão do projecto e os engnÌìheiros ÂngeÌo dà Grâga Ramà-Ìheir$ e OÌívio de Sousâ Bento de câÌculaÌem e dirigirem os pÌanos dìconstrução, trâbâÌhos qu€ todos fizemm grâciosâmente.

Em 6 de Junho de 1948, iìiciâm-se as oblas, sob â ÌesponsabiÌidadede um mestre dâ coÌrstÌução ci.,,iÌ, António PedÌo, Ìimitando-se, desdeÌogo estâs â uma pÌ-imeira f.Ìse o refelido Salão -, em vìrtude denão se pírder dispor de fundos sulicientes para a execução total do pro-jecto, que também abrâügià o pÌóprio edifício dâ sed€, rcmodelândo-ointeirâmente.

PÌ'esidindo à Comissão PÌé-Sede estâvâ o bàrreirense llânuel deAssünção Júìior, <que se evidenciou como um vâloÌ à âlturâ do ÌugâÌ,usândo de tâcto e decisão precìsos e semprê â bem dos iÌìtcÌesses sociais,a !âÌ de ter sido o lutàdoÌ mâis lorte châmâdo a teÌÌriÌo nos moÌnentosmais difíceis'.

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Page 79: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

COLECTIVIDÁDES DE CUÌ,TURA E RECREII)

EltL 19118, pol'o.asião dí cerinúnìa do langdlnento d& 1.' peilre ?a,rdo tLoL-o êdi.lício dos <Peniclleiros>, foi cal irLhos&m ente snudado d tlLtìgoI)l'esül,.nte d& DiíecQAo da S. I. R. 8., João da LrG, qTLe se rê eaterLttt) do, fotografia. À sua esquertla, s&udaluÌo coÌn p&lÌnas, 1)ô-sett arquttecto Cclbeça Padrõ,o, auto,r clo projecto cla obra. À rlìrei,ta,lLo 7.' pla'ìLo, o entAo conaTLdünte da. S?.cçíio d.L GÌtdrd.n Fiscal do

Barreiro, t.ne 'te

Boa.-eìLtüra rTos SazLtos llartins

Já iniciadas as obras, pôde a S. I. R. B. adquiïir (por l3 mil eb00 escudos), não sem que tivesse de solicitar influêncÍas que venceramrenitentes teimosias, uma faixa de terreno à retaguarda do seu logftr-douro, que pertencia à .,Casa dos Ferloviários> (já dos sindicatos nacio-nâis respectivos), a qual era uma saída do entáo Cinema-Teatro parsa Rua Dr. Eusébio Leão. Possibilitou-se, desta forma, o alargament6 dopaÌco projectado, passando o grande salão a fazer esquina com â RutìSalvador Correia de SÉ..

Contraíu a S. I. R. B. para esta edificaçáo um empréstimo de350 mil escudos na C. G. de Depósitos, Crédito e Previdência, recebendo,também, como comparticipação do Estado, pelo Ministério das ObrasPúbÌicas, através do Fundo de Desemprego, a verba de 80 mil escudos.Muito trabalho de construçáo civil, especiaÌmente o levantzrmento de

63

Page 80: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O RÀRREÌRO CONTEMPORÂNEO

paredes, foi graclosamente feito por associados, cm turnos, depois das17 horas dos dias úteis e em rruitos domingos, dzr nanhã ao fim dir tarde.Já perto da concÌusão da obra, entrarâm em actividade as comissõesPró-Telha e Pró-Mobiliário, que iguaìmente cumpriram a sua tnissão,tendo o edifício, depoig ds concluído, sido avaÌiado em cerca de 750 milescudos (incluindo a mão-de-obra gratuita). Prcsidia à Dilecção, noperíodo das obras, o então ferroviário João Costa.

A inauguraçã6 teve festivamente lugar no dia 8 de Janciro dc 1950,presidida pelo Governador CiviÌ de Sctúrbal, Dr. Correia Figueira. Paraesse dia fora reconstituída a banda d:l S. I. R. Il., cujos couponentes,trajando civilmente, peÌ'correÌam, toczrncìo várias marchas, ls plincipais

O ed.ifício rlo SaIã,o de FestúltkL S. I. R. 8., ìnuLgìúulo eDL f95o.-UnL aspectoda facluulo, Nolta e, à RrLú Dr. E .sébio Leão, esquinando, ìt. direìta, para, a Rua

Salaulot' Cort'eia rle S(t.. Cohre u)na á.rea. de ll+5,5a metros

ruas da vila, cumprimentaram coÌectividades congéneres e abrilhantaram:r cerimónia, sob :r direcçáo do sarg.-aj ud.-músico José Pinto Rodrigues.Seria esta :,r úrltima vez que tal facto sucederia.

O salão, adaptado a pÌateia (quando necessária), dispõe de espaçopara 1000 lugares sentados, possuíndo a galeria (balcão) 144 Ìugaresf ixos.

No 1." aniversário da inauguração destea 8-I-19õ1 - abriu a S. L R. B. uma Sala de

espÌêndido melhoramento -Honra, espécie de <arquivo

o4

Page 81: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

COI,IJCTIVIDADES DE CULTÜIÌ.4. !] RECREÌO

históÌico) dos <PenìcheiÌos,, onde reuniu os Ìetratos e outÌâs diversasrecordações dos vultos e fâctos que mais contribuíram pârà o engrârÌde-cìmento destâ coÌectilidàde bâÌÌ'eiÌense

No ano de 1960 teÌminârâ â S. L R. B. o pagamento do empréstimocontnrído com ã Câixa GêÌaÌ, têndo já dado os primeiros passos noc:ìminho que há de levâr à 2., íase da remod.ekl.çAo Lotal d,u, Eu.- sed,c,com â nomeâqáo, em 6 de llaio de 1966, de umà comissão ângâÌiâdorâde Íundos (,) .

Ìnspiradas nas gÌandes dedicações que nestâs úÌtimâs três ou quatrodezenas de anos se têm revela"do ao seÌïiço destâ colecti\'ìdâde, regista-mos, Ììo seguimento dâs que precedentemente mencionámos (1) âs de:Miguel AìÌtónio Lopes, industriâÌ corticeiÌo, nâtural de EstÌemoz. fâÌecidocom 63 ânos, nesta vilâ, â 6-I-1931, que foi presidente da ÁssembÌeiiGeÌâl dâ S. Ì. R. 8., legândo 10 miÌ escudos aos seus <PenicheiÌos): JoãoResende, íotógrafo e ârtista decoradoÌ, nâturàÌ de O\'âÌ, faÌec;do ìoBâIÌeiro, .r ?-ÌI-1936; Frâncisco VieiÌa, feDoviáÌio, nâturâl de MoÌà,fâleciclo no Bâüeiro, â 16-VI-1949; Eduardo Josó da Costa., ferÌoviáÌio,ÌìaturâÌ do Bârreilo e âqui fàlecido â 15-XII-195?; João Luís. op€ÌáÌjo

(!) Esta ìóva t:ortìssão Pr'i S.dc fìcou, entãú, coìstituidâ pelos seglint.sl4 ass(iados: Raúl António Nunes xlalacão, ltârlcl Balseitu l'Ìâsatú (prêsideniede S. L R. È. em 19(j6), Raúl IeÌreiÌâ (Vice-PÌesjdeÌte dã Direcçáó de 1966), EmidiiFenândo leÌnâìdes EsteÌes, Ricrdo Coraeia Júnior, Afonso Francis.o Janeüo,NeÌsor Fernândès ?iÌe, José Ìlaltista Rosa, Cândido XlãÌtins GÌàça, ÌÌidio da SiìvnxrlatoÉ, Râfêeì ÁuÊnsto XarièÌ Júnior, Armàndo dos Sântos Nun€s Eârreto, DuÌi.oC .AÌcân[aÌa, c Dohinsos dos Sântos Costa QuaÌesna. Emirin.]o erÌ Junho d€ 196duhâ CiÌ.llar âos sócios, tloDondo ìles uhà qüota ãuxiìiaÌ, a Cohjssão ìnfoÌmnvaque do seu progràmâ de tÌalaÌhos os iriá pondo âo coÌrêntc, à n&Ình que se foÉÉehiorrando ÌeãÌizáv€is.

(') y. O Bantbo ^rtì.!a.

Ma.J..tua IPàrte- Câp. lxxlÌ -4s,Ìdts a,rrqd"aitouiclkklcs Rc.rcat;1jo s .Io BaÌr.ira.

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Page 82: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIIìO CONTEXIPORÂN!]O

fãbril, ììâtuÌaÌ do Bârreiro e fâÌecido nesta \'ì1:Ì, a 31-x-1952; LeorÌeÌ

de Atmeida Gúiomâr dos Sântos, feÌm\.ìárÌo, ncltÌe de oÍiciÌÌâ. naturâÌ

de Lisbo:Ì c fâÌ€cido ÌÌo BaïÌeiÌ'o, â 21 ÌX-196,1; Celestino B,ÌptisLa, ântìgo

director destâ Sociedade, fen or,iário rÌ!oseììiâcì0, ÌrâturâÌ do BüÌ'eiÌo,

e actu:LÌ Sócìo n. '1 dâ S. I . R. 8. , Jo:rqÌ] i Ìn Ícr]âncio, IeÌ Ì 'oï i í -1io, ânt igo

iilâI!óÌrico dâ S. I. R. 8., nâtturÌ do Bâr rejì o . ltqlli irìÌecido :. l]i T)i 1966;

José AÌÌtónio Ì{aÌques, f€Ìroviárì{r ãrroserti'Ìdo, nrìtuÌ'.ÌÌ do RrÌrreiroi

Eduârdo FlsDírito Sànto, {eïroyiário r Ì)osêntâcio, âìligo PÌc:id€ilte dâ

S. I . R. l l . , nâturâÌ do BârÌ 'e iro;José Joâquiì l . Ì d.r t Nevcs, eìpicg.rdo de

esci ióï io e:Ìnt igo director dN. S. T. R. B., nrr tuÌ do BâÌ ' roÌ lo; l leÌ ' Ì Ì l ( ]

Ì1egiì . Ìo l , 'erÌeirâ e,{ lexandre UcÌo de Àlmeidâ, nmbos tâmbé:ìr ic:r 'oviá_

rios o nâtür.Ìis dest:r vil4; Joiìo de Jesus CrtâÌão. {üncional]io púbÌico,

âposcnt;Ìdo, ântigo Prosidente dâ S. L n. B., nâtLrÌâÌ de Ì,isbo:Ì; GuiÌÌÌeÌme

ltorito CirtâcicÌì, industdâÌ bâr'|eìrense; e AÌtur Au$Ìstr d..ì Sântos

Lopcs, eüpÌegâdo de escritório, nâturâÌ de Lisboa e fâlecido l:c:it!. vilà,

.r 6lÌ 1966, Lrrs com o iLoÌÌe já grâïado em plâos de Ìxnì:crÌâgenr

||t)si rDoitem ou âindâ enl suâ vidü), ou irírs :Ìrìsentes dcÌâs ainci1. rJm qrìe

taÌ f^Ìtâ iÌrpÌique, todrvi), lnenos âpÌ..o peÌo esÍoÌço de câdir rlÌrì, que,

se nio ó recoÌd.Ìdo no mármolc, tàmbém se tÌàìsmìtc c Ì)erdfril oÌâÌ

mente coÌn não Ìnenos Ìespejto e seguÌitttç:t,

E Ì Ìoïâs gerâções de âssociados da S. L R. B. se:r Ìr Ìestâm rr tomâÌ:

r:Ìs rìaÌoj o .f:ÌcÌÌci> dos fomentâdoÌes e (ontìÌìu:ìLÌoìes do desen'/ ol " inento

d:r srÌr CoÌectÌvìcìâde, Ìrrepârârdo-se, :ìssim, nlilis eneÌgins pâr:t gixrlÌâÌenì

novâ etâpa tr:Lqâalà ììesse scntido e aqui por nós registad:ì. Outr'lÌs geÌa-

cões digniÍicrÌrão, lror sua \'cz. or mâis csfoïçados de âgoÌ:1, em prol d:ì

Rege-se âctrÌaÌmenlê â Sociodâde de lnstÌução e RecÌcb tsârìeiÌense

peÌos Eslâtuos aprorados em Assembleia GerâÌ de 17_IX-1980 e consti-

tuídos por 99;Ìdigos, cujâ eÌâboÌ'âção estel'e à câÌgo de tlÌiì:t comissão

constituídâ por José Augusto dos Santos JúÌrior, Eduirldo da l,uz e João

R,amâÌho Gasptr, todos ÌÌatuÌâis do BâÌ'Ìeiro, tendo sido àproïâdos poÌ

Aìvará do Governo Civil de SetúbâÌ de 3-XÌ11932

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Page 83: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

Aos lados do paÌco do seuseguintes Ìápides:

À INSIGNE ACïRIZ /

COLICTI\1! , \DXS DE cuI-'l'Ütì_{ li REcÌEIo

Sal;n d" feJk., ostc tr r S. Ì . R, B. a"

AURA ABRANCHES / 16-9-t950

À / I{ARÌA DE LOURDES REZENDE / 6-7-1954

À / BANDA DO R, I. N., 1 / E AO SDU CHEFE / TENENTEJOSÉ / PINTO RODRIGUES,/ 29-XI-60

No ântigo saÌão do 1.' ândãr está fixada também a seguinte lápide:

À S. I. R. BARREIRENSE ,/ OFERECE AGRADECÌDA /A / ACADEMÌA R. DD LISBOA /i PELO SEU XXX

ANÌV.. / LX. 23-Ì-1927

Ostenta aindâ, no mesmo saIão a Ìápid€ oferecida pela S. D. U. E.(uFrànceses,) idêntica à que pela S. I. R. B. foi oferecida à sua con-génere, que mais âdiânte Ìeproduzimlx, âo trâfuìÌ-rnos desta colectividade.

B) Sociedade Democró"ticd. Uaíão BurreiÌen.se <Frunceses>

A ÍiÌme àscenção âo âpogeu âÌtístico dâ banda de música daS, D. U, B. começou â ÌeveÌâÌ-se uns s€t€ ou oito ânos antes de estâcolectividade piÌssar a ocupâr â suâ impoìente sede no LaÌgo Luís deLlamões, à que mâis adiânte nos Ìeferimos. Não erÌâÌemos, portânto,sitúando-a, no temlo, em 1022/23, sob a distinta regêncià de ViriatoLusitâÌìo de Oliveirâ, tmnsmontano, subchefe de músicii, aposentâdo, dâG. N. R., homem de bem, bondoso e muito estimâdo no B:LÌreiro.(<Foi âo câloÌ do entusiasm6 geÌado peÌos sucessos da sua banda que,em 1921ì, se pensou nâ corstrução de umâ sede própria> - declâÌouem 23-II-1945, em entr€vistâ ao Jornd,l, d.e Notáci.ús, do Porto, o seuantigo filarmónico Aníbâl PereiÌa Femândes, desde há muitos ânospÌesident€ da AssembÌeia GeraÌ da S. D. U. B.).

it

ti7

Page 84: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTENIPORÂNEO

Apesar de ter sido posteriormente regida por vários maestros, a

banda dos <<Ftanceses> não sofreu, por isso, quebra de nível artístico,

pois todos eles contribuíram para lhe aperfeiçoar a categoria e apre-

senhá-la corn dignidatte e gerâl agrado aonde quer que fosse' Recor-

demo-1os.

Tendo deixado Lusitano de OÌiveira a regência da banda em Fevc-

reiro de 1924, por motivo de doença (sucumbiu aos estragos da tuber'-

culose em Maio desse ano, em Lisboa), assumiu a regência de filarmónica,

durante aìguns meses, o maestro Raúl Portela (1889-1942), ao qu:rÌ se

Nasciilo ern Lõsboa, freguesia do' Enca,rnaçã'o,enL 5-V-1872, e falecido em Alcócet'do Sal, onde

Íoi seprltoílo, em 11-XI-1949- Foi 1,9 SargclLto--Músico d.o Co'rpo de Iilarinheiros, de 1900 s1913, tend.o d,i,rigid,o a charanga do natio <<D.' Ant'á-Iid.tr, enL 1908, cont a qu.o't tocolt' 11o Brosil. Pag-sand.o à úda cít il, claclicott-se à regência cle

fil.armónì.cas, que, úIiíLs, iti tinha ec:etcendo, pelomenos ilesde 1905, ano enL (IxLe sabemos le'Ì'diri'

.qid.o a banda da Sociedade Filartnónica JoãoRodrì.gues CoTdeiiro, de Làsboa. Em 1907, Íaita LbénL regente dcL bQxtdo, da Sociedaile Fil,ar-m.ónica Alttttos cle Ayto\o, iguaímente de LisbattTewlo úndo íxvro o Bametro, foi aqtú regented.a bantta cla Lìgt tle IrBttlLQõ'o e Recreì.o laC- IJ. F. (por d.uas tezes). De(licatulo-se iá, àcotnposipõ,o musical, esct'er:eu paro. c,tt& harul& ohiro que ele tuloptolt e o'itula ustt. Em 1913'Reis tle CarraLlto e'ì'a trest't'e It7 bandT (Ìos

<Peniclteiros> e, rto lint dcsse ano, João da LLLZ,

lr.esiilente do S, L R. 8., orraniolL-IlLe coloaacãotúL Sec,ì'etariú tla CâtncLrrt, últoticipaL tlo Barreiro.Fo; tambértu mestre tla banda do' Sor:ietlade Filatr-mónica AtJricola Latrad'iense e, em, 1921, regenta

NIAESTRO ALFREDO REISDE C:!RV-{LHO

da <<Incrí.^el Alntad,ense>>.Em Abrit da 1g2t, Reis de Ca,rtaLho to'r olL-ae regente da bantla dos <<Ftuttr:escs't>,

Íunções que etereáu ató 30 de J nlLo de 1926, Encotutrando já es.ta ,f ilarmóniza- ant'borì

apiro.*"nto artístico, Rei's d'e Carlrd'lho, traballLüor intansúval, ma'is aincla. o..üiou, io*rornlo esse período ale 2 anos e 2 meses o ntttis famoso do longo h"istorialrlessa,'banda, de músi,ia, o^ssinalrdo por memoraoeìs colxce't"tos qtte ?Ia eüecutorL (em

Espallh@, erL Liaboa - iÍardim da Estrela>> e <<Día'rio de Nutócias>' Vita liçosa, elc')'

Coít, a íes*].ência fixada no Barreiro, Reís de Carutlho ch rytou - ú-'l esempenlTat', inte

nnmenle (em 1gi2). o carqo de Chefe da S".retarkl do C. nl. B. totuJo-s' nPosê)' '

Ia.do, a sc& peclido, plm l%í. Regiú:ití a banda rÌa Socipdadc F.ílotrnón:ea Prog'essoAàtí" e"wit", dá Al,có,cer do Sã,t, que f oí a última que tu suú d.i'stint& bdttttú ditíg'í1l"nellaou mui,to,s e i,nspbado,s compósiça"i Trúsic&is, ektre ds- qu{lis os n'arclms 'Llevtalã Sá"áuçáo a Viìa Viçosa, a rncrrchà miLitat 8983, tl,s (sz.i,'s)) Reco-rdação de Tunes; D;; É;;-;", Du Và e'De la Viande, ?lr?a Râpsódiâ^ de Cantos PopulaÌes Portu-guêses, 2r?lríú polca Enfant Gàlê, deücada a seu lálho Carlos, ete,

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Page 85: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

COLECÌTÏID.{DDS DX CULTURA !] IDCIìEIC)

seguiu, ainalà em 1924, o Ìnâêstro Alfrealo Reis de CâÌvaÌho (a este nos

reìerimos, mais de espaço, em outro Ìugâr); depois, Armaldo Fernândes(18S9-196ij), que erà então âlferes chefe da bânda do RegiÌnento de

Sàpâdorcs de Câmjnhos ale Ferro (mais tàÌde, cÌ1efe da banda dà P S P ,de Lisboa); â segtir, o capitão Maximiliano Fontoura RebeÌo (ântìgo

chefe da bandâ alo RegimeÌìto de Caçâdores 5, de Lisboà) que elâ o mestrê

eÌ| 1930; e aindâ Domingos Mària Fer"Ì'eira, que era' à dàta, contrâ-

-mestre da banila cle Sapadores de Câminhos de Ferr-o, ao quàÌ se segui_

ram JúÌio Meniles Canhão e José LouÌençcì, âté à suspensão dâ bandâ

da S. D. U. B. em 1933.Luís FerÌeirâ, Raimundo FeÌÌeira e ainda Júlio Guilhenne ToÌrão

erâm os iÌÌcânsáaeis leccioÌlâdores dos apÌendizes' âlguns dos quais sè

tornâìram alistintos filãÌmónicos, - e com tão fiÌ-rÌìes e desinteressâdas

{:Ìec,licâcões. a Sociedarle dos uFraÌÌceses>, impulsionadà peÌo entüsiâsmo

ilos seus associailos, ia lançar_se â uÌnâ notável obÌa colêctiva no BâÌTeiro'

ObÌâ ale vuÌto e de àudácia, como àÌ!!ém bem a cÌassificou, a grân-

cliosâ secÌe alesta colectividaile, situâdâ ro Lârgo Lüís de Càmões n'49'

foi comeqâalâ â ealifical a 1 de AbÌil de 1928, com a tmdicionâl celimó_

nia da coÌocação de 1." pedrâ, sendo pÌesidente da Assembleia Geral,

Vicente ilos Santos BoÌina, e cla Dirccção, seu iln]áo, Alfredo António

tsolina. José Pedro Õâmps desêÌÌhâÌir graciosâmente o pÌolecto e nem

por instantes âÌgúém pensou que' âpesàr de à Cowissão Pró-CaBa, o'-ga-

nizada em 1923 (') e encaÌregàda de promorrer a sua constÌução, dispor

(') EÌa constituída leÌos seguintês associàdos: ÀUredo ÂnióhiÔ EoÌinà' como

Ì,resiiÌenüe, 'feo.loro d. Siìtâ Câriâ, Frâncisco I'eueim, Vicentè do6 Súntos Boljna'

ioao Êorlrigues Lindìú, ArtóDio Vi€g$, ÀntónÌÔ GeÌmànÔ BoÌina, JÔsé Pedlo CamPs'

José rlos Sartos, Josó SoaÌes, Inácio Jôsó ToÌres, Manuel '{ntónìo Capelâ ÌoÌjnâ'

JúÌio GuilheÌne ïoÌráo, JoaquinÌ dos Setos Penim e Joaquiú Rodngües GonçaÌves'

què à Âssehblèià GeràÌ ila S D. U B, reâlizadâ èm 22-XI 1930, eÌevou à câtegoriâ

àè BeÚenéúros .ta Soci.aLdale, isuàÌ ilistinção concedida tâmbém âo âssÔcjado Ì{snuel

{ìâ SiÌva SÌntÌício, ì dâtn nêgociânte loc.l e lulto politicÔ ÌeÌDbÌicâno, o qual pro

morèn g.DeÌoso emÌrréstino.te dinheiÌo à S D. U ÌJ, numâ alt!Ìâ em que âs oDus

do cdifíciô teÌiaÌÍ de paÌár, poì fâÌta de numeÌário paÌa compra de aâteÌiais e pasÂ-

meìto de oulras .lespesas-

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Page 86: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÀNEO

A sede da Socóedade Deraoc't'úti'cti' União B(Lrre'irense(<<Franceses>>) situarla no Largo Luís de Co'mões, n'" ltg

àqueÌa clata, apenas de 3? mil escudos, a obra concebida pudesse ir alérn

das possibilidatles financeiras tla Sociedade... Tudo começou, pois, peÌa

compra duma propriedade constituídâ por casa térrea situada no extÏemc')

dum vasto quintal a eÌa peúencente, localizada entre a Rua do Conse-

theiro Joaquim António de Aguiar g o Largo Luís de Camões (onde, nos

pÌimeiros anos da sua organização, estivera a sede do Sindicato do

Pessoal tlos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste). Comprada essâ casa,

com o seu logradouro, peìa S. D. U. B., por 45 mi1 escudos, e enquanto

não se iniciava a construção da sua sede própria, nesse quintal se reali-

zaram várias festas para os seus sócios, cujo produto ia revertendo

para aqueÌe fim. Passou então a ser designado por <Parque dos

Franceses>.

Log6 que em Abril ale 1928 as obras corneçâram' eÌas não iriam

mais parar. Todas as tlificultlades de dinheiro fola.rn vencidas, por emis-

sões de acções aos sócios e amigos, por cotas extraordinárias, por

70

Page 87: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

COLI]CTÌVIDADES DI' CLÌÌ-1'URÀ E RXCÌEIO

dádiv.ìs, por âÌgulÌs empréstimos pârticulares e por muito e muito tÌa-baÌho grâcioso, pàÌa se erguer umâ constÌução que cobre 800 metrosquâdrâdos e cujo coÌ'po pÌincipàÌ dispõe de um:Ì fãchâda com 23 metrosde comprimento por 11 de fundo. l{ais outros trêB corpos conslìtuiamainda o edifício: um. lâterâl medindo 20 metros por 14 de largo e o pédireito de ? metros, sâ1ão de festas, pcrsteÌiormente âmpÌiâdo; o ttÌo, afâchadâ posteÌior (para a Ruâ do CoÌÌseÌheiro Aguiar), com 15 metrosde freìte })or ? de fundo, com duas dependênci4s para ãulàs dê música,e ainda um quâúo cor'!o, com instâlações de qüartos de (toiÌette>, sâìi_táÌ'los, bengâÌeiÌos, etc. Dimensões do rccínto âo âr livre: 81 metÌos decoÌnprimento por 20 de larguÌâ, destinado às festãs de Verão

29 meses depois, em 7 de SetembÌo de 1930, este ediïício 1bí inâu-gumdo, tendo como presidentes dâ AssembÌeia Gerâl e drì. Direcção,respectivâmerìte, lricente dos Santos Bolina e José Pedro Gomes. O selÌcüsto. incluíndo o do terreno, foi de 365 miÌ escudos.

<Dizer o que tem sido o Ìabor dos heróís que táo dedicâdâmenteÌevaram a cabo este trâbaÌho gigantesco em tão cuÌ'to espaço de tempo -escleveu, por essa aÌtúra, lIânuel António dos Santos, do Eca do B(Lr-teì,ïa -\ã.o é missáo qüe càiba nâ minha minguâda câÌràcidadê. DiÌei,poÌtânto, sòmente que num edifício que possui salas duma vasiidãoeÌìoÌ1]le pâÌa a realização de festâs, ensâio de música, arquivo destâ,bibliotecâ, biihâÌes e outros iogos lícitos, bufete, gabinete para a Direcção,tbr- . ioì lêr ÍF de.enhora. r oul |os. cum i ' ì - là lâ. io eléclr ìcr . c: ìnr l izâçáoda águâs, etc., e com um \'âÌoÌ muito superior â 500 contos, há trabâlhosreâÌizados gntuitamente, que vão aÌém de 200 ! ! I - Desenhâdores, pe-dl'eiros, câryinteiros, maÌceneiros, sen'alheiros, toÌneiros, vidrâceircs,electricistâs e mesmo aqueÌes que nãdà disto eïâm, aÌi trabaÌharam desin-teressadamente. helòicãmente, como verdãdeiros âmigos da Sociedadee dâ terrà em que elà se fundou e têm prosperâdo. -Este ediÍício é único,no seu género no ÌÌosso Pãis>.

Nesse mesmo diâ ?-ÌX-1930, a S. D. U. B. inàuguràva ijàmbém âsua BibÌiotecà, iniciada por uÌna outrà comissão de sócios ('), que, emdois meses, conseguiu Ì-euniÌ 320 obÌâs (mais de 400 volumes) de autores

(') ConstitrÌíam ssa comissÃo: Antóriô Nâúa n]Ìiãs,Ilenrique José Sôâ]es, Januário !'èuêúâ, MjsueÌ Eüídjonândes ê Manüel Portusàl

Henriquê Côetho TavaÌes,IeÌro, Pâulo xÍariâ Fe!-

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Page 88: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BAHRÉÌRO CONTE MPORjN EO

JoSí PEDeo GoMEs

F oi,'L!,ra cooperailo|inÍdtigfu)el, d,llrcLnte cerü7 deq1ra1,entí anos, da S. D. U. B. <<Franceses>>, Nus-ceu em Lisboa, freguesía d.e Santq, Ca,tarinq. a1ï-VIII-1379 e 1)eio mzLìto noro parú o Bamebo,onde loi em.pt'egado de es(ritót io, (Em O Bal-reiro Antjgo e Moderno, co?r. xxxrx, Íoi José P.-d.ro Gom.es por nós citad,o como natu,rol deatariía, o rpr,e dau.os aqtti por' reatificrTdo, e.nboraele arnasse o Búrreìro tallto coi,.o te lLela ho7!.u-ess?,nascido). Desd.e (L presidônciú da Câmata, noalror do regtme t'eplLblicarLo, à direcção rle ins-tìtttições rle beneficôncia, lrunanitá,rias e de ins-trrLçõo e ,ì'ecr?io (co|n e^:cepQão dpenas e ao queju[gamos, iÌ&s colectiltídades d,esportú;as ), etttodas ele preatotl rele'!^atutea serako' e de todí& l|elLte fai. e'tim(rdo, Para t(Lnto, mllito colttf i-btLitt, alítt rlas srms óoas qtLalitlades pessoais, aseu etrceleìrte l tunor. ObserracÌor atì Iado e dotddo

' lrnn nt,reri t i , , I u' f .?, plp ?s.rpt '"rL ut ir ì trs r"-

1)istas de costlmrcs locais (V. Cap. s/Amndoris oTeútraL), taüts reptesenta(lÍts corn agrado t.tv So-ciedacle rlos (<Franceses>> e em qI@ tMtLbénL a.-tllou como actor-tu 1dor. F(Lle@IL de rloenca, nutt

Irospitat d.e Lisboa, a 18-Il-1glt3, tewlo sido sepu.Itado nèstfl t:ila. A S, D, fl, B, IeúLn efeito na sua, sede, etL 1-XII-1943, umd aes:jão d,e ltontettagem à sun nrentória, na

qltal loi descetralo o retÌ'tLto deste "e11

nlLtìgo presiãcnte è grande altLigo.

Ììâcionàis e estrangeiros. TaÌ'ìto a comissão instaladora como âs que lheseguirâm desenvolveram uma âctividade igualmente digna de todo oÌouvor, aumenta-ndo bastante o número de espécies, tanto por solicitaçãode ofertas, como peÌos próprios fundos das comissões; âbriÌ'ìdo cursos de

càrâctet cuÌtural e promoveÌldo ainda, com o patrocínio da <Alliance

Française>, cursos de Ìíngua francesa, que foïam frequentados por

mais duma centena de alunos. Adiante nos referiremos a duas outïasimportantes iniciativas das comissões bibÌiotecárias da S. D. U. B. (as

I e II Exposições Industdais do Barreiro), passando agora a regist:rrmais uma interessantg e honrosâ efeméride dos <Franceses>. Foi :r suabanda de música a primeira do País (entre bandas militares e civis) que

radiodifundiu um concerto. ReaÌizou-se essa trzÌnsmissão a 16 de Janeircde 1932, no Posto C. T. 1 A A, de Lisboa (Arm:rzéns do Chiado), per-

tencente a AbíÌio Nunes dos Santos. Durante o concerto, recebeu a balda,composta de 46 executantes e sob regênciâ de Domingos Maria Ferreira,muitos teÌefonemas de felicitaeões de diversos artistas e âmadores mtÌ-

ryó)

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COI,ECII.IVI!ÁIJUS DI] C]''L1'UÌìA E R]i]CÌEIO

sicâis, e foÌâm recebidas pelà Direcção da Sociedade muitas cartas de

feÌicitâções de dive.Isos pontos do Pàís e das Ìlhas Adjacentes (').

Ainda nesse ãno sucedeu um fâcto que, peÌo seu signifícâdo, ficou

lâzendo pâÌte da história dàs aluas gÌandes coiectividàdes de cuÌtura

e recreio Ìocâis. Foi a ? de Setembro, no 2." aniYersário da iÌÌaugurâção

da sede dos (Franceses>. CoÌÌ1o consequêncià de várias diÌigências pàcieÌì'

temeÌlte leÌadâs a câbo <com hoÌrra para âmbas as paÌtes>, â banda dâ

S. D. U. B. sai. à noit€, da sua sede, dirrge-se ao Laryo ílo Casal (.sede

alos <Penicheiroso) e, âpós os cumprimentos do estilo, rccebe as sâudâ_

ções dâ sua coÌrgéÌÌeÌe que já ali â espeÌava e, em seglrida, a âcompanha,

cìesfiÌarìalo as duâs bandas e seus diÌigentes, pÌ'ecedidos e ladeados de

centenas de âssociados dâs duas colectividaales, â câminho dâ Sociedãdeêm festâ, onde são recebidos com largas mâìifestâções de alegÌiâ, â que

um {PoÌto de HoÌÌÌa) mais ca-lor tÌansmitiu. Nesse ano, fechou â bandados <Penicheiros, a série de coacertos ÌÌo coreto ilo LàÌgo Luis de Camões,

em homen:Ìgem aos <Franceses>,Tanbém por essà ocasião â S. D. U. B, generosâ de âtitudes recon-

ciÌiatórias que os momentos de euforia lhe despeÌ-tâvam, reâtou âs relâ-

ções - durânte cinquerìtâ e cinco ãnos cortâdàs - com à Sociedade FiÌât_mónic:ì Agaícola Là\'r'âdieììse, por câusa dâ retorcida <Peça) (e há

n]ui to peçâ de mus€ü.. .) do mâ€stÍo Escazena, no àno dê 1877 . ( : ) .

Quando, em 19-x-1933 - ÌÌâ Direcção pÌesididâ por Vicentê dogSânto,c BoiirÌâ - a AssembÌeia Gerâ1 da S. D. U. B. resolÌe a susllensãoda suâ bândâ de música por tempo jndeteÌ-Ìninado e nomeia uma comissão

{') O lrogrânâ dess€ concêr|o que, !o seu séneÌo, constìtuiu uhâ autêntica

nÒinklalc, Íai o seguintê: Ìlotdla I'ortLtu%a., de S. Liteiloj Dí.: Lautttut.t

ï/dil)a - OuveÌture - de lvindson; ãta';a,ú-R8!sódia-dê Sousa {orais; tior-Íro, drd. .i.., - Fantasia - de Sân Mig1ìel; Ã.rtaz, - Faítâsiâ dè Ó!èra de

AÌfÌedo Keii; NanouM,-Ia t^si,^ - d-" C. CaÌljno; Súte Port14t1rêso, le Tlri

Coelhoj Amz@ito Àodd,-Pâsso doble-de J. TexjdoÌr ãà, tl( S. lJ. U. 8., de J.Ì,ourènco; e ãINO NICIANAL. de Alfredo KêjÌ.

\') Y.O Baítuira AlLtìlo a ittademo -\I PaÌte O I-AViADIO-Cap XI -A hâls ântjga coÌectividade de Íecrcio ]aúadiènsê.

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O BÀRREIRO CONTEMPOR.ÂNEO

AS0oIEDÁDEEoCoRETo

Outro aspecto da sede da S. D. U, B. (<<Franceses>),'L,ist@ do JardinL Público .lo Largo Ltri,s rle Camões.À esquerda, o Coreto que recorda a época en qtLe lú!Ìa5 bútLdds de míLsicú neste concelllo. líarLalodo constÌ'7Lir'pelo, Comi,ssã,o Erecutiul, da C. M- B. cla 192a-22, à, basede tm& subscrição yítblica, foi inauguratl.o a 5-XI-1922,tenrlo si,rlo tbuala ìL sorte a indicacã,o ila band.a quedaai& estrealr. Coube essa tnnra à SocícclaLle dos <Ìvrarr-cesesr> que, oito anos clepois, iria inaugztrar & s\rd, se(Lcprópria precisamente clefronte do Coreto. D Iá. continu,ameÌâ € ele, nllnl númoro d8de lui mui.to seìL Íinalid,atle,dpenas platónico e saudos'ista... l[ais um& nota cu,ì'ioja:(úa coltaurs de feno qtte susLentaÌn o, cíLpula do Coretoe?'(L L de candeeìros (de pé) do tempo d.a ihtminaqãopetróteo- Nã,o se pode Liz.er qlle Ìosgem mal aprol)eitados,. .

parâ a sua teorgànizaçáo, mal se imagiÌìava que tal medida seria oprincípio do fim desse vaìoroso agrupamento filarmónico, que em JúlioCanhão e José Lourenço, ambos músicos distintos, teve os seus últimosmestres antes daqueÌa deliberação. Passam-se alguns meses e, acaÌmadoo ambiente da crise que se havia âberto, é levantada à suspensão dabanda :r,8 de Fevereiro de 1934 e reconstituída graças à tenacidade deCarlos da Conceição Saraiva (antÍgo e muito distiÌìto aprendiz de músicada Sociedade e actuaÌ tenente chefe de Música), que lhe tomou a regênciaainda durante dois anos. Mas algumas das suas mais genero,sas e sacrifi-cadas dedicações já não estavam presentes e a manutenção da bandaimplicava âgora outros encargos, e as maiores despesas com a nova sede

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COLECTÌVIDAD]'S D]ì CUÌ.'ILÍR.q. ]] RECIDIO

já pesavam bâstaÌìte. Assim, com o conceÌ'to que dell eÌn 6 de SetembÌode 1936, ro coreto do Largo Luís de Clâmões (que sería o Beu der-Ìadeiroconcerto, pol sinâl iniciâdo com a mârchâ <Nlâìechel Gomes dâ Costâr)â b:ìndà dos <FÌaÌÌceses) suspendeu de vez, Destino iguâl ao dà bàndâdos <Penicheiros,. Hoje pode dizeÌ-se: 2rmhàs dcabarem ÌÌesse ano. X[ase vidâ dâs su.ìs sedes contirìuâriâ. No entãnto, eÌâ incontestável que oBâüeiro Íicâr& mais pobre de valores, de ãmbiente espirituâl e cuÌturâl.

Em 193? pensou-se nâ crjâção duma banda municipà1. TâÌ foi:ìintenção que frisou umà propostâ apresentâda poÌ JúÌio CâetâÌÌo Vefis-simo, \'ic€-presidente cla Comissão Administrâtivâ da CâmâÌa Municípal do Bar"reiro, em sessão de 4 de Màio, no sentido de se fàzer u]Ìestudo sobre tâ1 possibilidade, (para que a popuÌação possa ouvir mú-sica,, tendo sido apÌovado qüe Be pedisse, com esse Íim, à CâmaraMunicípaÌ de Tavira uma cópia do regulàmento dâ sua bândâ municipâÌ.O assunto ÌÌão teve, porém, seguimento,

f)esde o início dos anos de 40, notârâ-se que as instaÌações da. sede,em face do crescente rúmero de sócíos, não sâtisfâziâm já irs necessidadesda colectividâde, impondo-se uma remode-Ìâção que visâsse, em esp€ciâI,o s:ÌÌão de festâs, ampÌiando o âté à fachãda posteÌior do edifício, do-tardo-o de esplanadas Ìaterâis âo níveÌ do pavimento e âindâ de umpâlco, balcões e gâleriâs superioÌes. Fez o projecto Ezêquiel d:r CostâCa\':Ìco. Aprovado eÌe, foi êm 1946 constituídâ umâ <Comissão de X{elho-ramentos> ('). Os sócios da S. D. U. B. iÌi:L,'n, por certo, coÌ'respondeÌ,ilê ÌÌovo, às responsàbiÌidàdes que se âssumiàm !âra esse efeito. Avà-Ìiados os trabalhos em cercâ de meio miÌhâÌ de contos, â S. D. U. B.

(') Foi.stâ conÈsão asÉúr constituída: "residente,

ytddltd drr Sa.1tú Botint;tesouÌ€iÌo, Áfrod, AntótLia Bolìtút; s€cretário, EzequleÌ dâ Cosiâ Càvàcoi Íog.i,<,Trotlorr.la Sílaa Cdrin, José.trs.s,,Ìtos, Joàqüih Ìeheirâ, ,roãr RanÌìlu.s Lindih,,Joâqúm José Guillrermc, Josó llâxlues Feneirâ, tsenjâmin Áfonso AÌves e José Pd'ü(.a,r_. (Destes 11 eÌementos, sêis, cljos nones yão snbÌjÌìhâdôs, haviân já, €u19211, empunhâdô !êÌã ïèz prjmeirâ, o (Iacho, dâ dedicação to[âl ì càuFâ dr Socic-dade dos (lÌânceses). E todos, rellÌos e novôs eÌ€mentÀs, hariam de o coÌfirnrÌcoDo simbolo de mais outr:a vitóÌia!

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O BARREIRO CONI'EM?ORÂNTO

contraíu, sem dificuldâde, peÌo eÌevâdo valoÌ do sêu edifício, um cmpÌés-timo de 480 contos nâ Caix:r Gerâl de Depósitos, Crédito e PÌevidência,e nesse me,smo ano de 1946 tiverãm iÌÌício os novos trabâÌhos, :ìssistidosgrâciosàmente peÌo mestre a1e obrâs Luís Râimundo dos Santos. Ocupâvaa presidência dâ AssembÌeià GeraÌ da colectividàde Aníbal PereiÌâ For-nandes e da Direcção, Ezequiel ila Costa Cà\'àco. Foi bem este, agorâ,a ol?ra. do importante meÌhoramento, para o quaÌ \'áÌiâs entidâdes pâÌ-ticuÌaïes (com destaque pârà â gerência dâ C. U. F. e âÌguns dos seustécnico€s) e ainda a CâmâÌa MunicipaÌ do BaüeiÌo, Ìro defeÌiment.)de váÌias fàcilidâdes, se dignaÌam coÌàborar. O Salão de Festâs ficoìrâ compoÌtar ceÌcâ de 1300 pessoas, construincÌo-se os bâlcões pârâ 2101ugâres.

Estâs úÌtimas obÌâs de trâììsfoÌmaÉo e ampliâção da sede dàS. D. U. B. forâm iÌÌauguradâs â 13 de JuÌho de 1947, dia esse em que oBâÌreiÌo viu, com coÌ1ìoção que fez bÌotaÌ iágrimas de sàudade e depâixão em muitos olhos de gente idosa umâ banda de músicâ dos <Fran-ceses>, constituídâ, e diÌigidà poÌ CâÌlos Sàru;vâ com seus componentestmjàndo à pâisâÌ1â, percoÌrer, tocãndo mârchas festivâs, âs pÌ'incipaisruâs desta vi1â: mânifestâqão de júbilo e âgrâdecimento â todos quantosâjudâÍam àquelâ colectividade a vercer mais uma impoÌtànte etapa dâsuâ vid:Ì dedicâdã âo desênvolvimento drì cultura e recreio popr-Ìâres.

O eÌevâdo empréstimo contÌâído peÌos <Frênceses) ficou totàlmenteliquidâdo, sêm outrâs àjudâs exteÌnâs, em Maio de 1962.

O vâÌoÌ do edifício foi estimado, em 1964, em 2 mil e 200 contos.

Consta de uma coÌectânea d€ efemérides desta coleftividade, coÌì]â dâta de 1-VII-1954 e feita com a colàborâção de Alfredo A. Bolina, nal.nh'"rc^ A:.p,ìra,ções, o s€guinte: <Modificagões e âÌaÌ'gâmeÌÌto do actuaÌedificio, com apÌ'oveitamento do terreno ânexo pârâ üÌrà saÌa de espec-táculos>. Nadã se decidiu, conludo, àindâ, sobre o íutuÍo destino desselêrÌeno, onde os <bàiles câmpestres> fàleceram... por faÌta de âmbiente.Tem-se pÌetendido inteÌessâÌ a S. D. U. ts., Ììão em tâl sâlâ de espectá-cuÌos (que nos pârece, àliás, bem dispensável actuâlmente), mâs sim ÌàconstÌução de umil Piscinâ cobeltâ, nesse ÌocaÌ, idei:r que julgamos dign:ìde ser estudâdâ.

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Não há edifício, no BârreiÌo, com màis Ìápides evocâti\:âs do queo desta colectividâde. O esquecimento e â ingrâtidão rão têm aÌi lugar,paÌece demonstrar-se, o que só milita em abono da sua màssa âssocí:rti\.2.No amplo vestíbuÌo qüe prccede o Sâlão de Festâs estão afixâdàs, entÌeoÌntrâs âs segrÌntes:

HOMENAGEM / ÀOS / 34 SóCIOS FÜNDADORES /4-8-1944 ( ')

S. D. U. B. i/ ESTE EDIFÍCIO FOI CONSTRUÍDO / COM OESFORqO E DEDÌCAqÃO / DOS SóCIOS i/ INICIADO EM1 DE ARRÌL DE 1928 ,/ INAUGURADO EM ? DE SETEMBRO

DE 1930

Outrâ nâis:

18?0-1945 / À / S. D, U. B. OS FRANCESES / OFERECE /S. I, R. B. OS PDNICHEIR,OS / PELO SEU LXXV ANIVERSÁRIO /

BAR'4-8-1945

Com referência a esta úÌtima, obseÌn'amos que, da mesma foÍnae na mesmâ ocasião, foi oferecidâ pelos <Fr:ìnceses, à (S. L R. B. OsPENICEÌROS>, peÌo seu iguaÌ aniveÌsário (que está tàcitiÌmente âceite)uma pÌâcâ idêntica.

vejaÌnos agora âs 1ápides colocadas aos lados do palco, que recordâmnotáveis efemérides de figuÌâ"s e fâctos teatrais dos <Frânceses> (em

difercnte lügar nos referÌremos a outÌos axtistâs), mas, àntêst umâ brevecitâção a esse respeito: Actuàrâm no pàÌco destâ coÌectividade numeÌososeÌtistas pÌofissionais de Teatro, sempre com satisfâçáo das !Ìateias, taiscomo: AÌves dà Cunhà, l{âriâ Mâtos, João Vilâret, Assis Pacheco, Laura

COI,EfTIVIDÀD!S DÊ CUÌ.TLTÌ-A. I] R!]CREÌO

l') y. O BÚreìÌo Antìlto . Mo.lcrna -7 Parte-Câp. xxxlx.

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Page 94: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARHEIRO CONTIIIVIPORÂNnO

Ah.es, ÌÌene Ìsidro (que viveu pârte dà suâ iÌìfânciâ no BâÌ'reiro),llâdâlenâ Sotto, MaÌia LâÌànde, HoÌtense Luz, EmíÌiâ de OÌil-eira, VâscoSântana, Ântónio SiÌvâ e outros mais.

Eis o que foi nelas gr:Ìvàdo:

VIRGINIA SOLER / 21-6-1941 / HON,ÍENAGEI{

HO}IENAGE}I / À COMPÂNHIA , i MADALENA SOTTO-ASSISPÀCHECO / 19-3-50

HOX]IENAGEM / AO / EMINENTE ACTOR / JOSÉ ALVESDA CüNHA ,/ 3-5-950

HOMENAGEM / AOS EMINENTES ACTORES / MARIA IÍATOS ,/IRENE ÌSIDRO / ANTóNIO SILVA / VASCO SANTANA / 15-5-950

IfO}IENAGEX{ À COIIPANHIA / LAURA ALVES / ÀSSTS PACHECO1ti-3-959

Também â dois âÌ-tistas têâtràis amadores, baDeiÌenses e <Frânce-ses>, aos quais nos refeÌ:iremos no c:ipítuÌo dedicado ao amadorismo teâ-tr.âl ÌÌesta ÌiÌâ, foi prestada homenâgem leÌa S. D. U. B. com o descerra-mento da seguinte lápide i

A/HERCULANO }TARINHO ÍJ VIRÌATO DE AL}IEIDA / DISTINTOS.{I 'TADOR,ES DRAMÁTICOS / A SOCÌEDADE RECONHECIDA //

14-7 -1947

Aiìda à cantoÌâ barreirense Mariâ EmíÌiâ Guinot€ (1), que tãoâpÌeciàdâ foi âhàvés dâ Rádio e que neste salão dos <FrâDceses> encetouâ sua carreirâ, bÌeve e voluntàdamente eÌìceÌrad:L, qltando, peÌo cãsa-mento, se retirou paÌâ o UÌtrâmâr, âÌi constâ â homenâgem da suâCoÌectividade:

.i ,i NOSSA QUERIDA ARTISTA / X'IT\R,IA E}IÍLIA GUINOTA DTRECqÃO / B-XÌ-1951

7B

( ) Crp. \rr (IisuÌâs € trctos !id. artisticc e recreativa úo BaÌreiÌoD,

Page 95: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

COLNCTIYID-{DES DE CULTUIiA E ÌECIìNTO

Ao seu àssociâdo Joàquim FeÌTeira (nâscido no Bârreiro, a 2-VIÌt--1893), carpinteiÌo de profissão, muitíssimo habilidoso, que, duÌântcdezeÌras de ano.s, ideâÌizou e execÌrtou numelolqàs ornâment.Ìções no saÌãod& S. D. U. B. (Fim de âno, CaÌnâvâl, Bâiles dà Pinhâtâ, etc.), tâmbémesta CoÌectividâde muito justâmente distinguiu em 1963, qu,ìndo, depo:sde eÌe fãzer o engâlan:ìmento do Salão de Festas paÌ:ì o BaíÌe d:r PinÌrâtàe, de seguidâ, íer oferecido, de novo, os seus pÌéstimos pâÌ"â o BaíÌe d:lPÌimâ\'era, num esforço notáve1 pârà fazeÌ rcviveÌ Âs lraÌld€s festãsde outÌos tempos, não pâÌâ seu proveito pessoâì, está bem de ver, mãssim dos outros, dos novos, a mâiolia dos quâis ê1e nem sequer conheceou sabe quem são, descelloü, numâ cerimónia que mâÌcou pÌecisamentepeÌa sua simpÌicidade bem de àcordo, âÌiás, com o feitio do homenageado,â següiÌÌle placà:

HOIIENAGEI{ AO / CONSóCIO / JOAQUIM FERRETRA /PELOS BONS SER\TIçOS,/ PRESTADOS À COLECTIVIDADD /

25-5-1963 / A DÌRDCqÃO

Possui està colectìvidâde de recreio um ARQUIVO MUSICAL queÌeputâmos vâlioso, o quàl desde há :rnos foi orgànizâdo e vem sendocuidàdo por AÌfredo António Bolina, ântigo Dresidente dâ Direcção eectuâÌ sócio n." 1 da S. D. U. B. Segundo nota que pelo pÌóprio 11os foifornecida, esse arquivo é constituído pcìr 1408 partiturxs, de que fâzempaÌte muitâs dâs meÌhoÌes obrãg de âutores consagrados, nacionais eestrângeiÌix. Ele é, aliás, uma larte do ârquivo geÌaÌ destà coÌectividede,doÌÌde cons*ìÌnÌivros e documentos desde â suâ Íundâção, que atestana su.r intensa âctividadê culturâÌ e recïeatil,ir. ÂÌi estão, ainda, depo-sitadâs váÌiâs moeda"s dos reinados de D. João IV, D. José e D. X{âriâ lI,e outÌas náo identificadas, que foÌàm âchadas nas escâvações da cas:Ìdemolida pala a construção dâ suã âctuâÌ sede.

As âÌudidas peças musicàis €stão âssim cÌàssificailâs: Sinfoniãs, 24;Ouveúures, 25; SeÌecções e Fântàsjas de óperâs, 28; Diversos trechosde óperàs,28; Fântâsiâs,3?; Poem.rs Sinfónicos,2; Operctrs e Reldstâs,17; Rapsódias e Fados,36; ZàÌzueiâs, 36; l lâÌ 'châs Tr iunÍãis, 20; Sui-tes,8;Trêchos di ! 'ersos,47; Suites de vaÌsâs, Hinos e MaÌchas grav€s

e fúnebÌes, 135;Valsas, 106; Mâzurcàs, 83; PoÌcâs, 131; Trechos de mú-

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O BARRETRO CONTEMPORÂNEO

sicà sacra, 15; Músicas para fanfarras e orques-tras, 100; Passo-Dobles, 396; Outros númerosligeiros, 130. Total: 1408. É neste arquivo quese encontra a Fantasia para banda miìitar, domaestro EscazeÌÌa, que foi tocada, a concurso,em Lisboa, com a banda do Lavradio, em 1877,episódio já por nós ïecÕrdado em uO BarreiroAntigo e Moderno>, e ainda um ordinário ofe-recido em l2-lV-1874, a José Pedro da Costa,do Barreiro, um dos fundadores desta colectivi-dade, por Francisco de Freitas GazuÌ, que dili-gia a Banda dos Franceses> nessâ datâ. Tam-bém os instrumentos musicais da sua extintabanda estão derridamente guardados.

DUAS NOTÁVE IS INICIATIVASDA S. D. U. B.

( Pelu Comissã,o Bibl;iot ecó,ria)

1. - EXPOSIÇÃO DAS ACTIVIDADESLOCAIS

Na passagem do 20.. aniversário da inau-guracão da sua Biblioteca e do edifício-sededesta Colectividade, promoveu â sua Comissão Bibliotecária (') umâexposição nos salões do mesmo edifício de várias activídades locâis, aque se chamou, se bem que um tanto impròpriamente, Exytosi,ção Indas-trtal tlo Baneiro. Inaugurada a 7-IX-1950 pelo Chefe do Distrito deSetúbal, esteve patente ao púbìico, que alì acorreu em elevado número,durante quinzg dias, encerrando a 21.

Embora a maioria dos produtos expostos fosse oriunda das indús-trias locais, por elas fabricados ou trabaìhados, também se pâtenteâvamváriog artigos de comércio (de representações locais) e, em saìa espe-

(') Constituíam essa Comissão: Àrtur Râmos, Joaquim José Portugal, Joáode Oiiveira Pimentel e Silva, Manuel Inácio, Manuel Vitorino Feio, HenÌique Soarese José tr'erreira Bota.

ALFREDo ÁNTÓNIo BoLINA

Nascido no B arr ei.ro, a,15-11L 330. E l tnl dos ele-'n.entoa ( act "úInlenta omnis l)elh.o) da antiga, u-'nteroa& e colLceiürade, Ía-míLia B oLina, ba,t ' reirenscrlc origent, no qual pet'so-nalizamos a d.eiÌicaQã,o muísp,t'o Í unala ao engrandec;-mento da Soci.edade Demo-cr á,t'ica Uniã,o B ar r eir ens e.F erro "-i,ó.rìo aposentad.o, é,desde hú, dn.oB, o Sócio

n," 1 da S. D. U. B.

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COLECTIV1DADES DE CULTURA E RECREIO

92."TELEFONE 223237

n̂ n rvePso Pto

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Ícleíone 22 34 O9

92." AniversárioE?'ll 7 -8'962

loilsiaüg l0$1ruü0 e [0mlÍ0 [andnntg tos !ilrünm)

Por ocúsìã,o do seu 92." atuirel só'rio, tr S' I" R. B. e &S, D. Il. B. distribuíram 'program& coTÚun, corno Ír't|to doente11.dìmento eïtÌ'emdmente cordìal das ürecções desse&no de 1982, A g,t'&rúra rep.ocluz o rosto do progrdltlar' daS. D. U. B. (ao da S. I R. B. semel'llante ). Foi d púmeir&,uez, e único, o!ó agor&, qlLc ttLL illiciatita Íoi tomadd. As di-recções foc'atn ao poTrto (le clecültrem que as resPectil)(La'm(Ls-sas o,saociati'üaa ti essem ellfuada no Salíi'o de Festas tÌrr.congérLere. (Se oìt:os Íossem üníIa os relllos <<Penicheit'o$)e <<Fratceses>> cle ltó, quatro dóctLdús e clos <qTLatro costados)r,diria.tìL eles:-E parú <<istot, andámos nós, 7rm ror de ahos,

sempl"e ìls tnrras, lLein?t,

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O ts-\RRIUIRO CONTEIIPOR.ÀNEO

ciâln]ente âdâptâda, trabâlhos de âÌte, tàis como quadros â óleo dc ãrtistâsÌ]Ìásticos :ìmadoïes, desenhos de outros mais, xilogràvuriÌs, encâdeÌnilções ã'tísticas, composições de mâteriâÌ gÌáfico, etc.

Dos mostruários expostos sobressâíâm, dentrê os mais completos,os da Compànhiâ União FâbriÌ, ComÌranhia dos Câminhos de FeÌroPoÌ-tuglleses e CoÌdoâÌia Mecânícâ de Jâcinto Nicola Covacich.

Teve esta exposição o mérito de seÌ â primeila iniciâtiv:Ì desliegénero â eÍectuàr-se entre nós, revelândo âos oÌhos mesmo de muitosbarreirenses a confortânte reàlicl:rde duma Ìrrogressi\Ìâì vâÌorização doRâÌ'Íêiro no vasto campo das iÌÌdústriâs, exempÌificìda no que já muitoaqÌii se produzia, se tlansfoÌana\'â e moìtavâ, avuÌtâìldo no primeiro câsoos produtos químicos e, no sêgundo, rs ÌreQas e os engenhos sãídos dàssuàs oficiÌlas metâÌúrgicâs. PàteÌìteâvâ-se o progresso da. téclic:r e, comele, o âyâÌìço dos opeúrios desta viÌa no caminho proÍissionaÌ.

2. Já coÌn o tituÌo de EXPOSIçÃO ÌNDUSTRÌAL DO RAR-REIRO, segundo ceúllme deste género foi oÌganizâdo em 1958, tend')eslàdo pâtente âo púbÌico dlr 14 â 21 de Setembro desse ano. Ocupav:1,como o anteÌioÌ o gÌande sâlão de lestas da S. D. U. 8., tendo sido tam-Ltém aberta peÌa mesm:ì ocâsião uma EXPOSIÇÃO DE ARTOS PLÁS,IL'ÌCAS, qu€ funcionou no s"1lão do 1." ârìdar do edifícìo. Nestâ destac^-l-âm se vários quàdÌos a óÌeo de lintores de aúe locais, e numerosasencâdeÌnações artísticàs e xilogravuras de llânueÌ Cabanãs.

A e-xposição industÌiâl pròpriâmente ditâ não supeÌou :L primeiÌâ,Ììotândo-se, mesmo, nesta últimâ, â âusência da ildústria corticeira.As Ìimitadas dimensões ã que a exposição se tinha de cingir não ofeÌeciam,todavia, possibiÌid:rdes de mâioÌ \.uÌto. Dâvâr1 umà ídeiâ do que se poderiàuÌn diâ reaÌiz:1Ì, eÌn Iecinto âmplo, edequâdo e em !âvilhões lrópÌios.Então, sim. Mâs Ìouvem se estãs inici:ìtivãs de simpÌes propósitos, lomâ-dâs lor homeÌìs simpÌes.

Nâ sâÌâ da S. D. U. B. que àntecede o seu SâÌão de Festâs foi des-cenâda â seguinte Ìápide, recordândo este certame:

AQÌ]I SE R,EALÌZOU / A 2. 'UXPOSIIJÃO ÌNDUSTRIAI /DO CONCELHO DO BARREIRO ,/ 14.9-1958

Não consta, porém, por motivo que ignoramo.s, Ìápide que Ìecordc.ìrÌi, â 1." Exposição.

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CÀPÍTULO \.

OUTRAS MAÌS COLECTIVIDADESDE CULTURA E RECREIO

() \. O Aweiro Antiso é Modew II Pâite-Lan2dio-Câ!. xI-A ,úA n,", to .otèfli itlú.lè de t".t?;a lduÌod;.rF..

(') PèÌâ juncÃo da suâ freguesia ao BaDeim, em 1967.

No presente capítulo refeÌimo-nos às mâis coÌectividâdes de cuÌturae re€Ìeio deste conceÌho que, aigumas também ântigâs (uma das quaismodernamente rejuvenescida), outras ma.rs recentemente fundadas, são,de igual modo, dignâs do devido apreço-todas facultâÌ1do a Ìargascamadâs dâ populâção do BâÌreiro, :Ì par de momentos de elevadophlzer espírituaÌ e Ìecreativo, o ensejo de desenvolver no seu seio un].lrfÌateÌ-nidade colectiva de benefícios inestimáveis.

SOCIEDADE FILARMÓNICAAGRÍCOLA LAVRADIENSE

(1OO ANOS DE EXISTÊNCIA)

Esta colectividade de recreio, fundadâ a 24 de Dezembro de 186? (1),é a mais antigâ (consideÌâalo o Lavradio dentÌo dos limites da vila--sede (1) não só do Bârreiro, como do resto do concelho.

Logo após o início do pÌogresso urbanístico da freguesia (que indi-cámos como ve ficado no ano de 1948), principiou a S. F. A. L- â suâ

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o B-\RR}]lÌio CONTllt{POriÂNEO

fâse de ressurgimeÌÌto, buscando mais diÌatados hoÌizoÌÌtes do que àquelesque mâÌ podià abarcar da acanÌrada sede que ocupâvâ (mas que aindâIhe coniinua aÌugada) Ì,a Praçà de 5 de Outubro, n.' 6. E o esperânçosoinício de um:Ì vida ÌÌova ficou a mârcáìo o dia 13 de Mâio de 1951,festejâclo com legítimâs manifestàções de âlegriâ dos seus sócios eàmigos, peÌa compra e losse de uma parcelâ de terreno (625m') dàQuinta dos Morgàdos, destinadâ - finâlmeÌìte Ì - à edifica4ão de ins-taÌações l?rópdas. BeÌchioI MadiÌÌs Galego, dono da refeÌidâ lropÌie-dade, também entendeu contribuir pã!Ì'a a obra em pïoiecto, oferecendo(embora indirectamente) paÌte do terreno, poÌ desconto de alguns mi-thares cle escuclos no valor dâ transacção ('). Nesse di:r de Maio fÌoÌido sêimpÌovisou a banda de músicâ da S. F. A. L., que saiu a festejâr oacontecimento, peÌas ruas do LavÌâdio. última vez que foi possíveÌ veú-iÌcâr-se esse fâcto, desde â dissolução dâ filarmónica, motivâda lorintÌansponíveis dificuldâdes ÍinânceiÌâs, em 1939.

A Comissão Pró-Terrcno, como foi denominadà â que dera os pri-meiros pâssos, como <pÌeÌúdio de objectivos mais:Lm!los>, cunìpriü, DmelhoÌ Ìrossível, â sua mlssão, Elâ contiÌruariâ âinda, pâÌà construiÌsobre o teDeno adquiÌido, â espÌanada, âdâptadâ a festas e espectácuÌospopuÌâres, dos quais se obteÌiâÌn receitâs pâÌâ fâzer face à desejadaobra. CoÍn muito tràbâlho gratuito e outrâs boas vontâdes em acQão,inaugurou-se a espÌanàdâ a 20 de JuÌho de 1952.

No:rno següinte cotneç:L-se a trabaÌhar com vistâ ao edifícìo a coÌrc-truiÌ'. Em Assembl€ia Gerâi reâÌizadâ â 2 de JuÌho de 1953, é nomeadaâ Comissão Pró-Sede (').

Projecto da construção: entÌegue â -A.ntónio José Pereira Samoj:â,desenhâdoÌ dâ C. P., Ìavradiense, que logo contou com â boâ colâborâçãodos seus conteÌrâneds Õândido Tomás de AÌmeidâ e Ezequiel da CostâCâvàco,

(') A qubtiâ a satisíÂzer licâÌa redúzida â ìsc. 31250$00. Àquele teÌlelo(un quadÌâdo de 25 mètros dê Ìrdo), foi mais taÌ'de acÌescentâda, tanném !oÌcôhprâ, uhã fâìtâ dè mâis 8?m'. lt'oiâ] da árèâ colerLar ?12h'.

(') Coìstitnjrãrn nâ os segljntes 1? €lementos: Áususto Riheim I'IaÌtjns, Jerórjmo Rodrisues Alves, J6é ]-opès, üàteús Francisco da SiÌra, ItâìueÌ JôâquidCâttetê, IduâÌ'do Nicodemus, IÌancisco Mâryues, AntónÌô da SiIvâ, Joâquim deSousa, Aütóniô José Belisâ Ii, José dè AÌneida, Joaquim de Àlueid. Râmos,Arhândo Porsadâs, João de Olivena I'ètinsâ, João Eusénjo do Coito, EduardoSoârês lodri8lcs e Uârueì do Couto.

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OUTRAS COLECTIVID.{DES DE CULTÜRA E RECRE]O

M a Obra começou por aqui... -7J da f,Iaìo dc 1951: A Canissiio P,t'ó-'l'errcrtrL ctssi:ttttToa Dosse lo talllão do QlLitLkr dos ll[orgallos destinado (ì. edificaçíio da nara sede daS. F. A. L. I)a esquerda [)atuL a ibeit&: Marcelino PereíÌo, ]loteus FrrmciscrL úo Siltu,Armanrlo Pousrulas, Attibrtt Catnrtriío, lItlnuel FertLaÌules Ventut&, Jodqvì:Ì1r Este.-esI'o1to,,Iosó Bacallnu, llarinlto, El11Írdo Sooïes Ro.lri,lllle$, Afonso cle SolLsr Eusóbio,Ho,t'ício dos Santos Praia e,Ierónimo Roclrì,gu,es Altes. Onze elenettos: tLÍLa equíÌx!

A S. F. A. L. possuìa, nesszÌ altuÌa, pouco mais, talvez, que duascentenas e meia de associados. E dizemos t&laez, poÍc$e, em Agosto de1956, sabemos que o seu número de sócios era 270 (1) e as obras játinham tido início há mais de dois anos, logo que aprovado foi o pro-jecto, o que sucedeu num curto período de tempo, devido a boas influên-cias movidas nesse sentido, por Augusto Ribeiro Martins ("), dedica-díssimo associado da S. F. A. L.

(') De uma entrevista do então pÌesidente da Direcção da S. F. -A.. L., Antó-rio José tsexiga, para o JornaL do Bemeiro, em 9-VIII-1956.

(') Uma vontade câlmâ, mas forte, na suprema diÌecçáo da Obra, sabendolidaÌ com os outÌos homens e enfrentar as dificuldâdes para as veDcet, Nasceu noLavÌadio, â 30-IV-1928.

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O BARBEIX,O CONTN}IPORÃNNO

Era então a quotà mensâl da Colectividade 3$00, da quâl 1 escudopassava a reveÌteÌ para a Comissão Pró-Sede.

Cálculo do custo da obrai 900 contoslIfouve quem desmerecesse e ficasse pelo caminho, mas houve tâm-

bém os que ateimarâÌn, âfinnàndo que o que se torÌ'Ìâvâ necessário erainicidr a Obtal (Aí está elâ pràticameÌÌte coÌÌcluída - como prémio dapeÌsistênci4 doÊ que ateimavam !). Ìsto tüdo é muito pouco vuÌgâr, mâsnáo já êxtÌâordiÍário no Bar"reito, onde oÌrtros exempÌos do mesmogéneÌo exalçâm as suas rea.lizàçôes colectivistâs.

Começâram, entãq à orgânizar-se os primeiÌos <comboios> de pedra,a$ancada das pedreiras do Zambujâl (Sesimbra). Camionetâs à dispo-sição. Tr4bâlho gratuito, total, alesde os motoristas aos <cârregâdorèlt(trâbalho mâsculino e feminino). E ainda pagavam pâra Ììelê pa*ici-pârem. Em vários domiÌÌgos, peÌto de 40 pedreiros e serv€ntes lá se âplicavam à voÌtà da pedra, da cal e do cimento (retribuiçãor uma saboroszrcaldeimdâ, âo almoqo, oferecialâ pelo comércio locâI...).

Agorâ, cluralrte â.Ììos (com excepção das épocâs de Verão), 3S. F. A. L. àpenas poderia facultâr, na suâ antiga sede, como distrac-ções aos seus sócios e fâmiliares, algus jogos de saÌa (biÌhar e ping-pong)e ainda o escasso recheio da suâ Bibliotecâ, instalâda numa divisão, queum dia visit4mos, insüficiente pârâ âcolher todos os leitores. FoÌ:a inau-guràdâ 8 de Ag{xto de 193? ('), com o pÌecioso auxílio de ManueÌ Pi}ÌtoI,opes, moÌâdoÌ e proprietário no PoÌ'to e graìlde amigo desta colectividâde ìâ\ rrdiense.

Em 1956, o corpo pdncipal dô edifício erguia-se já até âo 1.o andar,com bâIcão e ha,ll, mluit{ adiântâdos. Um sub€idio de alcumâs dezenâsde contos do Fundo de DesempÌego, e alguns outros da Câmara Muni-

(1) Cônstitui8ú â sua co8issão fundâdoÌâ: Eêúândo Roddsues CaÌd6o,Dayid de AÌneida Baptista, António de OÌiveiÌâ, António ?aiva e Allelto Msqúes.

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OUTRAS COLECTIVIDADES DE CULTURA E RECREIO

cipal do Barreiro e do Governo Civil de Setúbal (quaisquer deles modestospara a envergadura da obra) constituíram, mesmo assim, preciosa ajuda.Decorreram mais anos; aÌgo se foi fazendo sempre, embora pouco, Maso produto de festas, donativos, etc., ia sendo arrecadado e o melhorpossíveÌ aplicado.

O projecto inicial da obra já sofrera algumas alterações. O conjuntodo edifício compoúará, em resumo:

No 1.' piso-Salão de festas ( adaptáveÌ a salão-ginásio), com18X13,5m., dotado de palco; salão de café, com bilhares; saaitários, etc.

A nora sed,e da Sociedade Filarmónìca Aqrícola La,r:rculiense

(Foto de José Joâquiml

No 2." piso - Gabinete da Direcção, sala da Biblioteca, outras depen-dências ligadas a estas, sala de estar e balcão ànexos ao salão principaÌ.(Este tem capacidade para 400 lugares sentados), Em 3." pavimento:cabine para projecção de fiÌmes e bobinagem.

No lado oposto ao Café e sobressaindo a toda a altura do edifício,uma torre com 14 metros de altura. A fase final dos acabamentos avizi-nha-se.

A nova sede da S. F. A. L. -Avenidan." 41, após concluída, valerá perto de 1500

Joaquim José Fernandes,contos. No ano do Cente.

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

nário dâ Colectividade, para solenizar a data aniversarÌante, ligando-aà obra encetada em 1951, a sua Direcqão inaugurou o espaçoso Salãode Café. Importou este (incluindo o mobiliário) em 358 contos. Instalaçãomagnífica, enriquecida com uma ampla frente para a Rua Carvalho deAraújo.

Na sessão solene, na véspera do Natal de 1967 (início do 100." anoda S. F. A. L.), a que pïesidiu o Chefe do Distrito de Setúbal, engenheiroagrónomo Francisco Pereira Beija, estando a Câmara Municipal do

Á aÌ:,ísticú ?tac& a.)men1.)t'at.k\a .lo Cen{,cÌúi,rio deS o cìed,ftde llilarmónico À g rí cola. Latratlíense, clescerraila pclo Gotetnodor CbiI de Setúbal, em 2.1de Dezembro .Ìe 196ï, lLo Salão t le Cnfé ? Bìl l tares

desta colectiL-idade

Barreiro representada pelo Vice-Presidente (que estas linhas escreve),foi com inteira justiqa, elogiado o esforço de todos quantos contribuíramparâ assegurâr vma noD( r'ido à Sociedade <Velhinha>, como caïinhos:Ì-mente pàssarà a ser designàdâ, dotando-a de um vaÌioso patrimóniosociaÌ, um verdadeiro corâção ììovo... Presentes, com os seus Cotpos

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OUTIìAS COLECTIVIDADXS DE CULTURA E RECREIO

Directilos. os denodados obÌeiÌos da Comissão Pró-Casa ('). Destâcadoscolectivistas do Bàlreiro, X{anue1 Joâquim Vàz e Anibâl Percirâ Fet-n:Ìndes, nesse domingo festivo em que âlguts <veÌhos) filârmónicos da

S, F. À. L. peÌcoÌreram as r-uas do Làvradio, fazendo ecoar, em miì,rchaïestivâ, os instrumentos musicâis, lhes le\tàÌrâm os seus meÌhores pãra-

béns, em nome respectivâmente, dâs duâs maioÌ-es coÌectividâdes derecreio locais - <Penicheiros" e <FÌânceses, - pÌestes, ambàs, a dobraro resDeitáveÌ Dromontório dos 100 anos de existêncià.

Rege-se a S. F. A. L, poÌ Estâtutos âprovados e]1Ì sua AssembleiaGeÌal de 13 de JaneiÌo de 1927. A sua remodelâção impõe-se em face doque nela dcixou de existíÌ e do qúe passou à hâver. Contâ âctuàÌmenteperto de 1000 associitdos. Vistoriado e àpro\'àdo o seu Sâlão de FestârpaÌà rcalizâção de espectáculos de ciÌlemâ em 30-I-1963, espeÌ-â breve-mente a S. F. Â. L. iaiciar', com Ìegulâridâde, â suà expÌorâção.

Possui hoje a sua Bibliotecâ màis de 2000 voÌumes devidamenteinventaÌiados, e à testa da quâÌ se encontrâ Mário de Jesus Saraiva.

é. 6 de Dezemblo de 1967, a Câmarâ Municipâl do Barr.eiro, poÌpÌ'opostâ do vereadoÌ Joâo Frâncisco Sâbino, deÌibeÌrcu, por unarimidade,âtribuir à Sociedâde tr'iÌânnónicâ Agricolà Lâvrâdiense a À{EDALHAde OURO DE BONS SERVÌciOS.

PRESIDENTES DA S, F. A. L. NO ANODO CENTENÁRIO

Pr*íiente d,a Assernbleia, Gersl: Mãtio de Jesus SaÌaiva.Presid,ente d.a Direcçõ,0: Jetônimo RodÌigues Alves.Pr^id,ente da Canselho Fiscal,: Afonso de Sousâ Eusébio.P:residen.te d,d, Com,ì.,ssão Pt'ó-Casa: Augusto RibeiÌo Maúins.

(') À actuaÌ Comissão PÌó-Sede qls cnt&tanto, foE sendô aÌterada pelâsaída dè âÌerns eÌeentG e â entl€dâ de ontrcs, em âssim constituída em 196?:Àususto Ribeiro Mâitins, António J6é Bexiga II, lIariinho Augasto Coelhq ADtó-nio da Sileã, João de OÌiveirn Petirsa, Antóhio xnidio Banza, M@uel ÂnseloFisuêiÌedq I'xâncisco Amindo Caaallo, lduârdo DáÌio Nicodêmu6 ê Joaqujo

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O BARREIRO CONTDMPORÂNEO

O FUNDADOR DA SOCIEDADE FILARMóNICA AGRÍCOLA LAVRADIENSE

D. JosÉ MaRrÁ DE CÁRcoMo LoBo E FrcuErRoA

Fid4,lgo q,ba.sta.d.o e genet oao, D. José rle Ba,rra_e_Ba,rrd (como er@ m(w canhecido ?íocon'etlLo do Bo'r*bo) Mnaut a música, o teatro e t.nlbéÌn ,Loitclda. no boémio.. Fo.iem'pÍesá,rio' úlgwLs anos, do dntigo Teatc o d.o príncipe Rea,L (o já demotìdo TeattoApolo)), em Lisboú, e alLtor de peç@s teatrais, crtegando a tra.d,uzír outtas, que le.,^otLà ceno. EÌÌL poucog dnos cotuaumiú uÌÌLCt, loÌ.tuna, p&ssatLdo í sua, qu:ìnta tlo Ltorarlìca o1,ttr&s ndos. (V. ((O Barr.eiÌo Antigo e Mod€rnoD II paúe _ Cap. X _ Mais algumasantigas Quintâs do Lavradio). EnL 1898, D. José falecia ern L;sbia, À S. F. A. L., sueficara <<órÍã, ale pcLìt mTrito cedo talerann, net, i.d.a.d.e critica de sur- infLn;i,l, trã'b:o;;lan,,aüenaes: Cô,wLüo Mantel Peteira, abastado aitúinictLltor, António Rodrigltes (lolrSdntos e Süra, n1,eatÌe-eacol& Iocal, e António pedro Soares, ogricultor e fìlormónicod,o8 mo,is d,edico.rlos. E d colectil'ìtl.ade nõ,0 Ìnorreu.,. Muit(Ls orLtras d,ed,icuções iaÌts'tl,t'gin.f,o na esteira desse| h.ometts, am.patantl,o a hoje <VELHINHAD que (conLo afaoa, que tÌeltois tle ulfui,, é tíca), dispoe, lirr.&lmente, ao cabo d,e 700 anos, de unuL

raliosa secle próptía. I:lais tale tarde.,,

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OUTRÀS COLECTIVIDADES DE CULTUÊA E RÈCRÊIO

CLUBE 22 DE NOVEMBRO

O CÌube 22 de Novembro, fundado por um grupo de amadoresdramáticos locais em 1909 e instalado, pouco tempo depois ('), no edifícioda Rua Marquês de Pombal, n." 115 - continuando simbolizado peÌa suabandeira com a Cruz de Cristo legendada pelo formoso verso de <OsLusíadas>: E se muís mnnrlo houuera lá, chegara - tem um largo e, mâisdo que isso, briÌhante historial de carácter recreativo e culturaÌ ligadoao Barreiro.

Cornerciantes, industriais, empregados dos Caminhos de Ferro ede outras empïesas aqui instaladas, funcionários municipais, estudantese indivíduos dg várias profissões Ìiberais constituíram sempre predomi-nantemente, a sua população associativã, que nunca passou, aliás, depoucas centenas de associados. A sua seÌecção processâva-se, então, natu-ralmente, e essâ era a sua maior viftude. Desde há anos, poïém (peÌomenos desde 1956), <condiciona-se a admissão de associados, em primeiÌ'oÌugar porqug as instalações já não comportam grandes massas associa-tivag e, depois, por uma questão de princípios observada através da já

C) V. O Bam.e,iro Antige e Mod,erno - Cap- xxxu Os f.rrimeiros Tea,ttos -Pgs. 25? e 258, e Notâ 1 no início do CâpítuÌo O Bo,r,reiro e o Amaìlo,ri.vno Teatral,do pÌesente volume.

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O NÁBÌEIRO CONTÌ]}TPORÂNEO

longã existênciâ do clube, ('). Càbe, contudo, âqui, obseryar que a tâÌquestão de pÌjncipios (sempre pÌesente, :ìliás) mâÌ havia necessidad,:de itvocàr, noutlos tempos, c€ftâmente poÌ bem mais respeitàdores..das distânciâs do que os de ÌÌoje, o que terão conduzido âs. hodìemâsdirecções do <22 de NovembÌo,

^ Íorçar I seÌecção. E, âssim, toÌrìâ-sc

esta compree síveÌ.

Um numeÌoso e âctivo núcleo de âssociados mânteve sempre o bomní\'eÌ desta Colectividade que teve períodos brilhaÌìtes, como mâis adiantêhaÌemos de r€coÌdaÌ, não fiquem julgândo muitôs dos novos de agoraque há t Ììtâ ou quârentâ ânos quâìdo todâ â popuÌâção do Rarreiroâjndâ se conÌ1ecia... não havia, poÌ\ÌentuÌâ, iniciativa e bom gosto...D erâmos muito meÌÌosÌ

Pâ1'a a históriâ do <22 de Novembro), começamos por ÌegisiaÌ que:l pfimeirâ dâs suâs gÌandes festâs se realizou a 24 de Mãrço de 1917,{ÌiÌigidâ por umâ grânde comissão de sócios, nos quais se irÌcluiâm âlguÌrsdos mâioÌes impulsionadores dâ vidà Ì€cÌeati\'â e cultumÌ (em especirÌì:r difusão dâ afte dÌâmáticã) do mesmo Clube. Aqui rccoÌdâmos os seuscomponentes (a m.rior lârte já faÌecidos) que então fizerâm o chamado.baile dos homens licos) (respeit.ìmos â ortogralìa da época) i LuizMâthiâs, Adri:1no llangâs, José Malìno, MáÌio Varândâs, Migteì Pantojà,GuiÌhenne RydeÌ, Joaquim Quintino, Jo,qé Esteves, J(\sé CerqueiÌâ,Augusto Monis, AÌÌthero PeÌeira, António Nâscimento, MigueÌ CâpeÌâ,Nârciso Percirâ, Amândjo FerÌeirâ, Filipe Pantoja, Joàquim Pàntojâ eViÌsíÌio Costa).

O primeiro baile d.e car que nà viÌa do Baueiro se orgâIÌizou, (nãopr€cisamos bem se ântecedido poÌ uma noite de eÌeganle bàile abriÌhan-tàdo peÌa Oïquestra de Cegos do AsiÌo-EscoÌâ António Feliciuo de Câs-tiÌho) deconeu no <22 de Novembro> e foi a suâ 2." e grande lestârecÌeâtiv:l, denominadà Bdl Rouge. Datâ: 29 de [IàÌqo de 1924. Dele foiincârìsávcl organizâdor Joâquim Pântoja (empregado de escÌitório dâCIIF, há muito âposentâdo) e nele decorreram Jogos FÌorais (Poesia-qrÌâdrâ obrigâda a mote), os pÌìmeiÌ'os que no Bârreiro se organizaÌârn

(') De uma entrevistâ com luis AlbqÌe1que de Cârvâlho, !Ìesidenle d.DirecçAo do CÌube, eh <donaÌ do BãÌreiro> dê 28-VI-1956-

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OUTRAS COLECTIVIDADES DE CULTURA E RECREIO

*V{,es\ã$e€}r \q&S

ReDroddc.io .1o posl l ur l is l ìco - Ìuscl , crnte-lha -onun.iodor dos Joltos h' lora. is Jo Clubp22 de No'üembro, a 29 d,e MaÌ'ço de 1921r. (Com-posição cle Apeúe Ílido ao 'íwés: Pirezcl)

ALexand. e )

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O BANRTIRO CONTEIÍPOR.ÂNNO

e que <mobilizârâm) os poetãs locàis, vindo o 1." pÉmio â ser âtribuídoâo Dr. FràÌìcisco Diâs NogueiÌa, fãcuÌtãtivo municipaÌ, ÌepÌ€sentaílonâ ïestà por Luís Mâtiàs. Recorda-se â quàdrà premiada:

As ÍollLas que o rento tutra.sta / SerL pesar por esse chão / Síi.o so'nltostÌ.711ossa (LImo / Nasdúos íIo car(Lçãa.

Outrâ ìindíssima festà foi, a seguir, o Bínl? Á?Í1. Nà esteirâ dosbailes de coÌ (decoÌacão dâ salâ, vestidos de baile das damas e bem assima gÌâvata dos cavalheiros obúgados a detenììinada coÌ) seguiràm depoisâs colectivid:rdes locais dos (Penicheiros, e dos <Franceses>.

No período de 1921 â 1930 rcgistou este CÌube, por iniciativâ taÌìt'rdas suas diÌecções como de aÌguns sócios('), um bom número de espectáculos de Músjca, de Teàtro e do Belo Cânto, que ficâram memorá\'eis,demonstÌândo com cÌareza que estâ vila continuava dispondo de um eÌe-vado núcÌeo de pessoãs apreciadoras das Àrtes SupeÌìoÌrs. Recordamos,poÌ exemplot o êxito âqui obtido peia OÌquestra de Câmàrâ de FernàndoCabÌal, e â Ìepfesentação, em 3 de IIâio de 1925, da ópeÌa <Rosâs detodo o ano", composta sobre a peça deste títuÌo, em veno, do Dr. JúÌioDântâs (18?6-1962), com âs cantorâs BeÌa Dyson GoÌÌÌes, Ìro papel de<Ìnês>, e de Fenandà Õôde-ReâÌ no de <Suzânâ), com pârtitura musicâÌde Ruy CoeÌho (tinha estê os seus 36 anos de idade...) ,<O Barreiropode regktú,ï LorìL orgulto decÌârou, por essa ocâsião, o lâureâdo maes-tro de ter Eiú) .L prinêira tetra da Prorincia, e.rce,ptuat.do o Porto,que auDiu ópera cantadíL em Po:rtuguis>.

Cassilda Ortigão, (O RouxinoÌ de PortugaÌ), c:ÌxtoLì iíÌicâ, e CoÌinâFreiÌe, como cânçoÌretistâ, âmbas possuidorâs de vozes excepcionais(que dispensaÌiam micÌofones...) foram aftistas que também hoÌÌrarâmo Bârêiro e a pÌât€ia do <22 de Novembro, com :Ìs suâs âudições, bem

(') DentÌe eles destacamoÊ o baÌrcircnse Jú1io de -A.lheidâ Vâtadâres, JeD.-

'jário â!6entado, fâÌecidÕ em Lisboâ, onde tÌaìallou !ar4 o Institüto Pâsteur,

a 1?-VII-196?.

Page 111: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

Àí poÌ 1930, â cdâqão de úmà outrâ coÌectividâde o ì'iol:o Clube -oÌiginadâ poÌ uma decisão, corâjosâmente fundamentâdâ, de suâ Direc-cão, de que se sentiu melindrada ceÌta conceituada famíÌia de sócios comà qual âlgumâs oütlas se soÌidã zàrâm (essâ colectividade deliberouextinguir-se pouco âÌÌos d€pois: â 10-X-1934), não conseguiu afectâr âvida Ìecreâtiva do <22 de Novembroo. Boas oÌquestras de Lisboa (recor-dâmo-nos, tâmbém, da" Trou.pe Gaunad ('\ em músicâ de concerto e depoisem músicà de bãile, umâ dâs vezes em 1932, com esse extraordinárioexecutante e compositor que foi o Prof. Carlos Braga), bons cântorese bom teatÌo, e outras reaÌizâções de natureza cuÌturrÌ e espiritual, tudoìsso pisou o sauìo e o ÌraÌco do cÌube dà Rua ltarquês d€ PombàÌ, oÌìdetantos àmadores dramáticos do Bârreiro (com predomiÌrâncja parâ c)grupo de HercuÌâno Mârinho) ofeÌ€ceram ao púbÌico â representâçãode âgrâdáveis peças, sobre âÌgumâs dâs quâis mâis Ìârga Ì-eferênciâdei:crmos no câpítuÌo dedicâdo âo âmâdofismo teàtrâl nestâ vilâ.

Outrâ épocã de briÌhantes realizações do <22 de Novembr'o, foi rìdas mctinées a1tísticàs, dominicais, da iniciativa da Direcção a que pre-sidia João Àzevedo do Carmo e dâ quâÌ ïaziam pârte: Manuel dos Sãntos

OUTI'ÁS COL]i]CTIVIDÁDOS IJN CULTUI.\ E RECR,IÌO

como ManueÌa Pinto Bâsto, nâ Sociedãde Insllução e Recreìo B:úÌeiÌense,ãqui trazida (em 1926), pelo mâestro M:ÌnucÌ Ribeiro, com o distinlovioÌonceÌista Flafiano Rodì:igues, e José Bonet, âo piano (').

(') Ehbofa eltejarìos trâtadô de coÌe.üÌvìdâdes de cuÌtuu e recÌeio ÌocâÌs,leÌmltâ-sè-nos què intemÌenÕs hâis uhâ nôta (resleiiànte ao Teatb Clne lânei-Ìênse) ainda Êoìle outro espectáculo de arte: ïoi nest€ TeâtÌo, â 4 d€ JullÌo dê 1914,que, nuh r€citâl de Cantô prcmo\ido poÌ ünâ cômissão de sennoÌâs do Ban€iÌo,em len.Íício daÊ câs€s de caÌidâde desiâ ailà, ícz a tlLo prúneìrd d.t)rèsenLa4õÒ a,lrnÕlt.o, acoh!ànhâdâ âo pìanú Ìrelo nÌaestÌo lremardo AUros, â soprâno ÌíÌi.o Naiáljatsârhosâ de AndÌade, que é actuaÌh€nle uma fjguh dè gÌãndê Ìelero aÌ.tíÉtjco

(") Esle cônjuÌto Dusical tambón se €riiiu ìo SaÌão de Festas doÉ <!recesês).

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O BARREIRO CONTEM PORÁNEU

Cabanzrs. Francisco Horta Raposo, José Fráguas Lucas e Tomág CoÌaço.Foi no ano de 1941. Consistiam essas tardes de arte e cultuta em: um:ìligeira paìestra; poesias com breves notas biográficas dos poetas recita-dos; canto, por cantores de méritos consagrados; exibição de um grupo

musical de Lisboa (organização de Carlos Saraiva) e exibi@o de umquintets barreirense de música clássica (').

Os espectráculos eram gratuitos o que, hoje, à distância, parece ummilagre, que não foi... O Clube tinha então muitos e bons amigos deinfluêncía nos meios artísticos e grandes amadotes e a música, essa<arte d,o sentir ínti,mo>, era muito mais cultivada do que actualmente.Aqui vão ficando, no entanto, estes apontamentos, que estimaríamospudessem despeúar estímuÌo para realizações semeÌhantes, a tentar...

(') Recoïdamos os seus componentes: Piano, EteÌvina Mar.inho (filha de Her-culano Marinho); 1." üolino, Fernando Gil; 2." violinq FeÌaer Trindade; violoncelo,Artur Couto: contÌabâixo. Jâime Gouveia.

JoÃo AzEvEDo Do CÁRMo. - No.scido no Barreito, a2 d,e lIai.o d.e 1899- (Filho d,e Joã,o Antónín d,o Catmn,qüe Íoi, tLítN rlos ftnrlodo'res da Assocì,14ã,o Hra/ì,o/t1,i,-tária dos Bombeìros Voluntá,ríos d,o Súl e Süeste).Azeuetl,o clo Ca'rmo tc'aballntt, dltr&nte anos, n&ìnq erLse, do Barrei,r'o, tendo sid.o red.actor dos clntigosiorn@is Acaã,o e Eco do Bârreilo e coloÀoúíd,or deO BâÌreiÌo, No segund,o, t specia[mente, cle'iaou muítasTtrocluções l)oéticos, sobra motil)os gdl&ntes e de s0.1)orromô,nti.co, que penu, Íoi, nã,o ter clregdão a reunir ern'Ì)ol1me . E sDirito libe,ral e d,e íirme sensibi|üodeante ds te(ris man'íÍestaçõe| da ATte e ìht's Letras,Íoi por aó,r'í@s ocasiões, o (r'pte'entú7o't' - sempra bri-Iho,nte - rle mllito-s f iglod.s notâreis da Vid.a Ar-tísti,ca e Li.teró'rin po't'txLgues4, artte o Pítblico do

Ba'treiro. Pertenceu, nu mocidorJe, ao grupo rlt'amó.tìco cle Hcrculanw Mac'i'nlto,tetud,o presìrlid,o, mais tataLe, à Dírpcçito do Clube 22 de Noüeìnbro, onile,etnbot'a por breae período, mdlcoú lma êpoca, com a esptên'rlfula colaboro4ãotlos seus colegas. Na flresidêncid, aintlú, d.o Clnbe NandL Ba,rreirense, dura&tedois anos, a sua cLctTL(tçõ,o marcou, aLt, um período assi.nalad.o po't' bnportaíntesbenelícios pata os sócios. Ntr, stttt, ttìdo, profìssionnl, como elemento let'rooi,ôrio,trabe,Lhoü na r1:írecçã,o-geral cla C.P,,-onÃe ilesempenhou o.s lrnções de sub-seü,etó,rio da Direcção. É ch,efe d,e esc'ritó,rio, d.poleÌLto.l7o, do"reÍet'ida Cornpa-nhio, lenrlo resídido epnpre no B0Ìr?iro.

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OUTRAS COLECTIVIDADES DE CULTURA E RECREJO

Já depois da segunda Grande Guerra, veioao CÌube 22 de Novembro, de passagempor Lisboa, uma extraordinária OrquestraZigara, a de Ramon Jacowlew, que deuaqui um, ainda para nós inesquecívelconcerto de música de salão. Foi a 6 deMarço de 1948. Eram umas quinze ceÌe-bridades ! O entusiasmo do público queenchia literalmente o <22 de Novembro>,foi transbordante. Jocowlew, no fim daaudição, correu o risco de ser asfixiadopelos <caçadores> de autógrafos que delequeriam ficar com a sua assinatura noPrograma do Conceúo. A custo, tambémfomos um dos contemplados.. .

Efemérides do <22 de Novembro>...Bem numerosas são elas. Mas é forçosoabreviar.

,!+ :ir

O <22 de Novembro> tem sofrido,interiormente algumas alterações. Tem-seprocurado o <milagre> de o tornar maisfuncionaì, menos complicado e apertadopelas divisões que lhe puseram. Frisas ebaÌcões de primeira desapareceram. O nú-mero de camarotes aumentou de algumasunidades. Melhorou o sistema de ilumina-

ção eléctríca. No palco, também se operou transforrnação. Melhor? Pior?- Diferente. . .

A um dos lados do palco alveja uma placa de mármore que recordaum dos grandes e saudosos aúistas que por ali passou: JOÀO VILLA,F"ET / 27 -X-t549.

Com a supressão de algumas categorias de lugares, também foramdesaparecendo os velhos abencerragens da casa, lídimos representantesduma época, a bem ou a mal, ultrapassada, mas certamente de maiorintimidade social, menos dispersa e menos egoísta. No entanto, parece

Em 15 de Junho de 191t1, no <<22ile Noaembro>>, d.u,,na&te o, efre-cução do Septimilto íle BeetlÚwen(177a - 1827), o píntor Amér'ícoMq,rinh.o , tendo-lhe sìd.o posto àdisposiçõ,o, por Manuel Cabamas,um pedaço d,e tela tuxon. cqrúlete,0, meio d,o sa\ão d,o Clube, ao somrla ínconfuulíael ntí.s'ic@ d,o <<di.-1Ji:to sllrdot, e conlo qüe conta-gia.<lo pekt, energ'ía e pod.er ìxLs-piradoc' e dramó,tico que do" m$-ma se desprende, traçoxl esta<<m,1,scqÍútt clo Graule Mastra deBonn, qu,e esta colectil)idad,e b&r-reirense conserad encúíeilhada,numa das su,tt-s saL@s, Ma,r'inhodesenhdlra-(L erL eacaaaoa milrutos,po/rti,nÃo, o.t) concluí-üt, nentoso,o reeto ilo ctim)Ao que amw-

nh@oq,.. .

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O BAIìREÌRO CONTEXTPOIÂNITO

que â1guns novos eÌemeÌÌtos estão ali ÌeveÌando vontade de manter o

cÌube nas Ìinhâs dâ sua boâ trâdição. Dâdâ a configurâ.qão Ìeduzidâ e,poï isso, :Ìconchegadâ, âcoÌhedoÌa, do seu Sâ1ão (de TêãtÌo, que foi), o

<22 de Novembroo é no seu género, das poucas câsâs do RârrciÌo, quc

melhores condições dispõe pâÌa â audição nítidà de uma conlerêlcia ou

de um conceÌto, e, por isso, aÌgumàs vezes soÌicitadâ palâ esse fiÌn,

como tâmbém, mâís recentemente, Ì)aÌa reuniões eÌegântes de llssàgensde modeÌos.

A agÌemiàção dispõe de uma pequenâ bibÌioteca, com ceÌca de 400

volumes, que todos càbem numâ cstâÌÌte, quâse excÌusivâmente foÌmâdàpelo contributo dos associados, situâda ìo Sâlão de Jogos, compâÌtimeDto

da ïrente ilo 1." âÌrd:Ìr, quâsê esqúecido e d€serto, caÌecendo de grande

melhoria.Os âctuâis Estâtutos destà coleclividade dâtam de 1916 c sofreÌânÌ

postedoÌmente váriÂs aÌteÌ:Lções. (Registàdos em FeveÌeiro de 1930 no

Govemo Civj l de S€túbâÌ).

GRUPO DRAMÁTICO Iì] R!]CREATÌVO

<OS LEÇAS,

Foi esta colectividâde de cuÌtuÌa e ìecreìo fundadâ a 7 de FeveÌeiro

de 1926, numa casâ âbaÌracâda (âinda e:ristente) dâ âctuaÌ Rua do

Làvrâdio, quando esta eÌà então uma simpÌes âzinhagâ, Ìâdeâdã por

troços de vaÌâdos.-. Iìm 1935, comprou, em boâs condições, um Ìote deteÌreno, numã tralsversaÌ, :r curta distância da sui| sede e, nesse mesmo

ãno, Ìânçou ã 1.' pedÌa do ediÍício oude está hoje instaÌad.r desde 1939,

na Rua do RrasiÌ, n." 19. Possui Estatutos aprovados em AssembÌeia

cerâl de 27-ÌIÌ-1934 e sancionaalos pelo Gove1"no CivìÌ de SetúbaÌ, a 24

de Agosto do mesnÌo aÌro,Tendo-se dedicado, màis iÌìteDs:ÌmeÌÌte, às actividades recÌeativas

esta coÌectividade tàmbém dispôs de grupos cénicos pdvativos que, tânto

no pâÌco do seu Selão de Festâs como em saÌâs de outras coÌectividades

coÌÌgéneres, se exibiram cÔm âgrâdo. ActuâÌmentc (196?) não dispõe d€gÌupo cénico. A1ém do seü Sãlão de Festâs, lossui umã Ì.Lzoá\'eÌ esplâ_

ìad:r., utiÌizada para bailes Ìì:ì épocâ esti\'âl, um bâr recentemerte me-

ÌhoÌado, e umà SâÌa de RibÌiotecâ, fundâda poÌ José da Silri_â, com ceì:ca

de 350 voÌumes dispostos em duâs boâs estaÌÌtes. Nestà salâ encontÌâ-se,

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OUTRAS COLECTIVIDADES DE CULTURA E RECREIO

A secle clo Grupo Dramâtìco e Rect'eal:i1)o <Os Leças>>, na RtLctÌ.o Brd,sil (Baírro rlo ALto d.o Seì$ãlinlrÍl

,*u ,*n",-,

pendente de uma parede, o retrato da falecida escritorã e pïofessora de

instrução primária Irene Lisboa (1892-1958), que foi patrona desta

Biblioteca.Peìo Salão de Festas de <Os Leças> tem passadg eÌevado número

dos mais conhecidos e consagrados cançonetistas portugueses.

A CoÌectividade orguÌha-se de ter contado com grandes e dedicadosassociados, como por exemplo, Joaquim de Matos, muito conhecido ebenquisto âgente de seguros no Barreiro, ManueÌ Torrãs Vaz e António

Justino Lopes, todos estes já falecidos, bem como João de Campos, LeoneÌde Oliveira e Manueì Antunes, homens da funda@o de <Os Leças> ( entreoutros) que estes recordam peÌa memória dos mais novos ou atravésde retratos que deles descerraram.

Contando mais de 300 associados, na sua maioria com famíliasnumerosas, a Direcção desta popular colectividade do Alto do Seixa-Ìinho, entende, e justamente, já acanhado o dito salão para acolher asua mâssa associativa, pelo que espera poder proceder, em breve tempo,ao aÌargamento do mesmo, sacrificando uma parte da Esplanada, e

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, O BÂRREIRO CONTEMPORÂNEO

dotálo de todas as instalações complementa.res. De certo, o patrimóniode <Os Leças> é hoje valioso. Em bom tempo o adquiriram. É umacolectividade para prosseguir, sem intransponíveis dificuldades.

GRUP. DRAM^ï.'"ï Jil:;iy"tÃo

E RE.REI.

Fundado a 31 de Janeiro de 1932, tem a sua sede na Rua Brás, n." 1?,desta vila, e possui Estatutos aprovados em 4-XI-1935. Iniciado compouco mais de trinta associados, tendo como núcleo um grupo musical,conheceu instalações provisórias 4ntes de ir ocupar a actual sede cons-truída propositadâmente para o entÍio Grémio Instrução e Recreio 31 deJaneiro (nome com que fora fundado), por António Brás, negociante

A sede do Grupo Drâmático InstÌuçãoe Recreio 31 de Janeiro (Os CeltasD, na

Rua Brás

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OUTNAS COLDCTTVIDÁDES DN CUI,TLTBÁ E RECR]IIO

e !ïopdetário, nâturàÌ de Cabàços (Alvâiázerc), fàlecido em 193? emLisbo.r, ao qual se deveÌa a abeúura dâ ma do seu nome, pelâs primeiÌâscoüstruqões (cãsâs de habitâqão) que, ao longo de1â, mandaÌa edificaì,do Ìado suÌ ( ' ) .

Anos depois, tendo de retiÌar do títuÌo o nome de crlrrio e aindapelâ fusão que com eÌa fez o GÌ"upo DespoÌtivo <Os CeÌtas,, pâssou estacoÌectividâde à denominàção âctuâI.

Dedicâdos, especiâlmeDte, às actividad€s recÌeativas e cultuÌais,tiverâm já <Os Celtâs> grupos de teatro âmadorês, que actuâram no seupâÌco desmontáveÌ (já inexistente) e gÌupos musicais diveÌsos, conti-nuando, porém, à mânter â Biblioteca, que dâta de 1935, à quâl dispõede cercâ de 300 voÌumes,

Do seu histoÌiaÌ constrm também âctividâdes desportivâs, tâis comoBâsqueteboÌ, cujo recinto inâugurou em 1942, Nãtâção e ChiÌÌquilho (').

InstâÌações - Além do gabinete cÌa DiÌecção, da sâÌa da BiblioteeÌe do SaÌão de Festas, o edifício (de que só â fâchada é modestâ eÍÌdemâsia) dispõe de uma ampÌ:r câve, com TV e buÍete, e de uma espla-nâda, â ÌÌâsc€nte (antigo recinto de basqueteboÌ), onde s€ efectuam festaspopuÌares na época estiva-Ì.

Contâm <Os Celtâs, nos seus fundadores e dedicados associàdos,entÌe outros, Joâquim Domingues, feÌÌ-oviário aposentado, natuÌa,l deAveÌâr (PombaÌ) aÌrtigo presidênte da Direcção, de que o Clube descerroüo retrato; Mànuel Matiâs, Fràncisco Ramos Rodrigues e AÌtur dâs NevesMo{gado (âctual sócio n.'1). Ainda dentÌe os que presidiÌâm aos seüsdestinos € que esta colectividade também homenâgeou, gr:âvândo-lhe onome em placa de márÌnore no átrio do seu SaÌão de Festâs, figuÌa o já

-f:ÌÌecido l{ânuel António Fernàndes, ântigo PÌ'esidente do Ìnstituto dosFerroviários do Sul € Sueste ("),pelas sluts rcús quali(íades d,e di|'igented,e 19:Jr a 19!1. IguaÌmente de um outro dedicado associâdo, JoàquimRemígio, também falecido, (Os Celtàs> descerrarâm o retrâto, agradecidose saudosos.

(') A constÌugãÕ da sedê dê <Os Cèlta$ foi iniciada a 11 de Julho de 19i15,cotu ã fêstira cerinóniâ do lãnç.mento da 1." pedÌa n6Êa datâ.

(') Vcr refeÌôìcias sobÌe estas no.lâlid.des nos câlifuÌos do pÌesèrtê voÌuhèdedicados à VIDA DESPOR1M.

l') \Ì. O Burr.ia ( onícÌLwriìa.ao 1.' volnme Câp. \\r O Orf@ara ltlItutìtuía .las Íenorì.irÍos .l,o Srl d ,Srerlc, Pás. 233.

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Page 118: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

O Clube não vive em desafogada situação financeira, bem Ìonge disso,nem, como outros entre nós, foi aJguma vez beneficiado com subsídiosoficiais. Tem cerca de 400 associados e uma vontade grand,e d.e uid,ano1)ú em sed,e noaa, já que, aquela de que paga aluguer aos herdeirosde quem a mandou construir, tem sido por estes votada ao esquecimento(menos da renda), até chegar as mau estado de conservaqão que patenteia.

GRUPO R,ECREATIVO DA QUINTA DA LOMBA

Fundado a 12-VI-1953 (data da aprovação dos seus Estatutos, assi-nados em 27-IV-1953). Tem a sua sede na Estrada Nacional 10-8, n." 25(freguesia do Lavradio). Dispõe de amplo salão de festas, com palco ede vários gabinetes.

Secção Cultural: tem a seu cargo a Biblioteca (em preparação),Colóquios, Grupo Cénico e Marcha Popuìar.

A <<ttuarche,r> iM)errí,I do Gru,po Eecreatú)o da Quìnta d,a Lomba, que en| 7967 see$'ibi,u no Ba.'rreì,,t'o e cujo d,esfile pelas principaie Mtérias &ntrai* do, lila motco?r

u1nlt notq, d,e gro,ca, a a\acriddrle

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OUTRAS COLECTIVIDADES DD CUI,TURA X RNCREIO

Possui tâmbém Secção de Iniciâgão Desportivà (CuÌsos de Ginás-ticâ ÌnfântiÌ, BasqueteboÌ, Andebol de Sete e Ténis-de-Mesâ).

Em 1967 oÌganizou uma Mârcha Populâr que pÌetende continuâÌâ mànter e servir de bâse parà um futuÌo R:Ìncho FolcÌórico.

Plojectos quânto à sede: aquisição do edifício e concÌusão do Sâlãode Festàs. OútÌâs âctividades: criãção de uma secção encâÌregada demon ìr curÊos de ginásticâ (cÌâsses infantis, de princípio).

Tem cerca de 400 âssociàdos, quâse exclusivamente quintalombionaÌ.

FREGUESIA DE PALIIAIS

GRUPO RECREATIVO UNIÃO DE PALHAIS1." DE OUTUBRO

Fundàdo a l de Outubro d€ 192ã, possui Estâtutos aprovados em21 de Novembro de 1930. A sede (tomâda de renda) fica situadâ 11oLaÌgo de N.. Senhora dâ PM, n.* 3 e 4, em PaÌhais. Dedicâ-se, quaseexclusivâmente, â âctividades recreativas, dispondo de um tr|equeno Salãode Festas, com paÌco, onde um gTupo cénÌco da Colectividade se exibiucom âgÌâdo, Dos seus pdmeil.os ânos de existôncia (') orgànizâção esiaquê constâvâ (e consta ainda,.,) dos seus Estatutos, bem como umaâuÌa de música e uma tuna. Vários altistas })Iofissionâis de renome passa-r'âm já pelo seu paÌco, como atestâm âs seguintes Ìápides neÌe coÌocadâs:

À / ADMIRÁVEL ACORDEONISTA ,/ EUGÉNIA

LÌMA // 22-10-950

À / ÌNSÍGNE AR,TISTA i/ I{ERMÍNTA SILVA /PÂLHAÌS 17-12-950

BADARó / 7-10-61

LEóNIA MENDES / 1?.2-62

(') V. Câp. r'r-O Bvreiro e o AmadarÌsmo Teúbú|, Fresuesía d.e pd.Ihaìs,no Ìrresente volume.

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Page 120: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O IIAX,RDIRO CONTE]Ì?ORÂN1]O

O União de Pâlhais, que teve no falecido proprietário locâl JoséMonteiro Vinhâis um dos seus sócios fundadoÌes e protectorcs (cujolêtrâto foi descerrado no seu sãlão de re€reio), possui tâmMm umâpequenâ secção bibliotecáriâ e conta cerca de 250 associâdos.

Nâs suâs festas de aniversário, reâÌiza sempÌ? este Grupo Recreâti\ras caraÌhedas da biciclelà. já 1Ìâdi. ionâi(.

SOCIEDADE I'ILARMóNICA UNIÃO AGRÍCOLA1." DE DEZEMBRO

Fundada em 1898 (t), tem estâ colectivìdâde sede própliâ, sitúad^na Ruà Manuel Màrtins Gomes Júnior, n." 41. O nome da r-ua r-ecordapÌecisamente um dos seus mâioÌ-es protectoÌes, dufânte cerca de quâ-tenta anos ("). O edifício, de um só piso, âlto, ocupa têÌÌ€no oferecidopeìo referido benemédto, em que se erguià â modesta câsa ond€ elenâsceu. Para a ajuda da suâ construção deÌa, âinda, um donativo de10 miÌ escudos.

Em 7 de Maio de 1938, :r fiiâÌïÌónicâ desta colectividâde inãugurarâo Coreto, que, mais tarde, ficaúa enquadrado em jârdim púbÌico Ìegulaì-mente cuidàdo (3), coÌeto onde, de resto, já poucos conceúos eÌâ haviacle oferecêr aos sântoantonienses admiÌadores da aúe dos sons. Cornefeito, a bâ.ÌÌda de músicà (de que foi último mestre António Pedro,natural de Sâ.ÌÌto António da Chàrneca, àÌrtigo sârgento-músico dâG. N. R,.) suspendeu â sua normaÌ âctividade em 1939. PoÌ essa âltulâ,os melhoÌes esfoÌços dos âssociâdos dirigiam-se pâra â g?ande remode-lâÉo da sede-pràticamente umâ obrâ novâ pedindo-se e juntàÌÌdo-se osdonativos parà essê fim. Todos os santantonienses para eÌa concorrcràm,M€Lnuêl Maltins Gomes Júnior (que ])ouco tempo ÌÌiàis viveria) voltouâ pÌestar o seu âuxíÌio e, como fruto dâ iniciatil'â e do tràbà]ho de todos,a novà sede foi inaugur:rda con sessão soÌene e bâile no dià 1.' de Janeiro

(') \,1. O BÚt.ba ,lnt'ìea e MoÍtemo -11 PãÌte-CâÌr. \I Sdqto Ahtóniadd CkMcú ,a Lenla e nd E.istór.ia.

(') F!Ìecèu em 1943. V. nota ânterio!.(') A inaugunção oficial do JâÌdih FíbÌico desia Ìocalidadê, hãndado fâzeÌ

peÌá Jünt. de FÌegu€sia de Palbâii, côm à coÌaboaâção da C. M. ts., ocoìren â tJ

10/,

Page 121: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OUTIìAS CO]-XCTIVIDADES DX CULTUÌÀ I] RECIìEIO

de 1941, reconstituindo-se a bâì1dâ de músicâ, que sãiu â sâudàr a popu'1âção da suâ locâÌidade. Nesse mesmo diâ, em homenagem àquele benê-mérito e amigo ala colectividade em festâ, foi dado o seu nome à Ìuaondê estavã localizadâ e oÌÌde o lâvadouro púbÌico se encontÌâvâ eÌttãoem construção,

Logo em 1941 se constituiu, e durànte algum tempo funcionou, uÍìlaComissão CuÌturâl (Albed,o Pinto, Augusto dos Sântos e Manuel BragâLeal), que abriu à coÌectividade novos rumosJ nos seus objectivos decultura, educação e recÌeio.

Anos mais tâÌde, a 29 de AbriÌ de 1945, â bândâ dâ S. F. U, A.1.. de DezeÌnbro seriâ umâ vez mâis Ìeconstituída (o que se YerificoupeÌa úÌtiÌnâ vez e àqui o Ìegistâmos por nâturâl curiosidàde): pârâ âbd-Ìha.ntar as cerimónias dâ inaugúÌação dâ água canalizâda e da luz eÌéc-trica à suà teÌ'râ. Foi, parâ esse efeito, ensâiada paÌa â execução doÍIino d,o, Maria d,a Folxte e de ümâ màÌcha festiva, leÌo alistinto músicoJosé Augusto Feneira, t€ndo sido âos rìcordes dâquele hino popuÌar queos santoârtorienses receberam, nesse diâ, na suâ povoação, o GoverÌlâdorCivil de Setúbài. Dr. Melo e Castro, as àutoÌidâdes alo conceÌho e váriosconvidados. (EÌa presidente dà CâmaÌa Municipal do BâÌrêiro JoaquinÌJosé Fernandes). A àntigâ fiiârmónica, reâgrupâdà nos seus pr-rncipaiseÌementos, despeúàrâ :r saudade, ao mesmo tempo que aqueles meÌhorè-mentos provocavam a aiegria dâ população. Foi mâis um belo diâ que,â válios títulos, ficou grâvâdo nâ memória de todos.

Como quàse não se entende uma colectividade de ÌecÌeio ou dedesporto do concelho do BaÌreiro, sem umâ secção bibliotecáriâ, tambéma UÌrião ÁgÌícoÌa 1.. de DezembÌo constituiu (após outrâs tentativasmenos felizes) à suà Biblioteca, mercê do bom trabalho dos seus dedicadosassociados Manuel Simões PereiÌa, Augusto dâ Costâ Pinto e AugustoCàrdoso dos Santos. Inâugurou-a â I de Agosto de 1953 o presidentedâ Câmâra MunicipaÌ do Bar-reiro, que eÌlì então Mânue1 dâ CostâFigueira.

O edifício desta sociedade recreàtiva é dotado de um ÌegüÌâÌ Sã1ãode Festas, com palco, onde se exibirâm, âté há poucos ânos, gÌupos ile

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O BÁRREIRO CONTEfT?ORÂNNO

teatÌo amâdoÌ dâ própria coÌectividade e outros (r). Eslâ foi autorìzadàâ eJectuâr em 195?, após tÌâbaÌhos de âdâltação, eslectáculos de cinemr,euja expÌoração se iniciou rÌo mesmo àno. Tem âgora, em execuqão,aÌguns meÌhoramentos, que conslâm de umà càve, àm!ln, sob o ditosaláo, dotâdâ de camarirs e outÌ'ãs depeìdências (tudo trabaÌho dosâssociados), projectândo ainda a alteração dâ pÌ:úeia com ânguÌo deir cr inàc5o pàrc o Dâì.o c rFlc de prúiêr lnu.

Contâ àctuaÌmente estâ Colectividâde cerca de 400 âssociados, re-gendo-se poÌ Estâtutos aprovados em ÁssembÌeia Ceral de 17 de Marçode 1929. PÌetende a sua Direcção criar um sector de Actividades Des,portivas, Ì)ara o que tem em vista o âpÌo1'eitâmento de uma fâix:r deterreno (pÌopriedade dâ Juntã de Freguesià de Palhâis) situada namesma Ì'uâ e â cêrc:L de uma óenteÌìâ de metros dâ sua sede, onde atéhá pouco se erguia o já demoÌido LavadouÌo da povoação, pâra Ììe1econstruir um recinto pâÌâ â. práticâ de pâtinâgem e outÌàs modâÌidâdesdespottivâs c igü:ÌÌmente âdâptável a festi:Ls e espectácuÌos âo âr ÌirÌrc.

GRUPO RECREATIVO UNIÃO PENALVENSD

Fündâdo a 11-XI-1932, numa dependência d:ì Quinta de LibertinoSimões ToÉtão, que Joi um dos fundadoÌes. EncoÌÌtrâ-se instâlâdo, desdehá anos em edifício situado na Estrada dà PenaÌva, leÌ-tencette a Câsi-miÌo Ribeiro, onde estê tinÌ1â umâ gàragem, t€ndGo mârdado âdâDtaÌ'a sede da colectividade, da quâl iem sido desveÌâdo proteclor.

Dispõe de sâÌão de festas, de razoáveis dimensões, alotado de umpequeno pâlco e pnssüi um grupo de Jazz. Tem-se dedicado excÌusivâ.me7ìte a âctividades recreàtivas, Dossujndo Estâtutos àpÌoÌâdos po'iÀlvaÌá de 26-IV-1955.

Conta ceÌcâ de 200 associâdos,

( . ' ) Y. Cnp.\r-A R@tìat) ! Õ

IiÌes€nte Yolnm..antútorís'no teatral Fre.Ju%ia ü P(lhúis, no

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Page 123: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OÁPÍTULO VI

O TEATRO DE AMADORES TEM JÁUMA TRADIÇÃO NO BARREIRO

(ALGUNS ACTORES PROFÌSSÌONAIS BARR,EIRENSES)

O âmâdorismo teatràl que, no Bârreiro, contou muitos e dedicaaloseÌementos, cujâ maioria era constituídâ poÌ natuÌais destà viÌa, gràvitou,desde 1909, com a cÌiâção do Gtupo DramtLtit:o 22 (l.e No,üembro (., àvoÌta desse grânde amâdor que Ììão quis ser actor profissionàl e sechâmou Hercrlâno da Silva Marinho (1891-1958). euando o seu grupo

(') \. O Boheíro Aníìso e ]Iadehlo -r padê_Câp. tx\Íl Os lnim.ì/Òsrdahos e, em especial, o <crupo DÌâmátlco 12 de NovembÌo) (pâs. ZbS)_ Isie gÌu!o,que 1.eve n slâ !Ìimr'tivâ sede rüm 1. àndaÌ: d. TÌàvesse de Sâniâ CÌuz (onde íoidelois o CentÌo lìelubÌicãro E!ôÌlcjonìsta), á sesuÌdâ, nun e.Ìjficio, coh 6alãodotado de pâlco, nâ Rua Dr. Xusótio Leão, o q!âì é, desde há anos, totâhìelj,etraÌsÍ:ormàdo, o Câfé CentÌal, e . terceìra sede no ântigo eÌénio Bârreji?nse, àRnr do Uârquês de Pohbâ1, nasceu do ânbjenre crjado neÌâ <Troule Rècrea;va1. de ltajo), fundâdâ no 1.. dê ]tâio de t9o?, coD â suâ 6ed€ nun résdo_cnão doÌrÌédjo de José SiÌvestre, do lâdo d. Trâvessa dâ lisueir.â, hujto refto dn srrisasede dâ (âinda) Socìedade xlaÌclal câpdcho laneiÌense G{rmneset, È culâcolectiyidade leÌtenciâh, âliás, tôdôs os comlorenres da trouDe, os qrâis inglessâÌâu depois resse grupo dÌâhÁtico. (Noia bàseada eh irformâções que Ìecolhem*,em 1966, de José Goìçalves Cêquejrâ, bàrÌrjrcnse, comtonente dà referidâ TrouÌre1.' .le X{ajo e âctualuenfe o único sobreriÍerte dos que a cmÌrNrhrm, o qüaÌ tamìrórììnar.ssou no c. D. 22 de NorembÌo)_

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Page 124: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O ]]ARREÌIÌO CONTE}IPORÁNÈO

pôde dislor do ^I]|iga

Gtí)mìo Boffeite\Ae - o âctuaÌ CÌube 22 de No-

vembÌo - eÌe tomou feição no\,â, peÌo iÌrgÌesso de eÌêmentos de mais

àsseguÌadâ p1€sençâ.O povo do BâÌÌeiro enchiã gerâ}meÌÌte o teàtro O pagamento dâs

clespesas mostrava-se âssegurâdo e as ïécitâs, dâs mâis .rpetecjdas dis

tràcções dâ populâção, sucediâm-se com gïande ìnteresse, que €raÌ

extensi\.o iguâlmente, às representâções que r'inham aqüi r€âÌÍzâr âs

companhias teâtÌais de Lisboa.Esse núcleo de amadores de Mârinbo 1bi então o mlìis importânte

do BâÌÌeiÌo, durânte anos. Nos priÌìcípios dâ década de 20 esta\'â Jáesse gÌupo privado de âÌguns dos seüs primeiÌ'os €lementos, mais foi,

em cürto prâzo, Ìeconstituído pekl entÌ'âdâ de not:a camanla de amâdores.Dâqueles âÌguns trânsìtàrâm âindâ, como Viriàlo Joaquim de Almeida(nascido no Bâüeiro, â 15-XII-1892), constituiÌÌdo-se então o GÌupo

I)ramátíco HeÌcuÌano Mârinho, no quâÌ Ìepresentâram, entre outÌos,

Filipe de Lemos Pantojà, Luís António RibeiÌo, Joaquim Pâ tojâ, Se-

bãstião Montes Gomes, Jorge dâ Conceiqão Soar'es, António Gomes

JúnioÌ e AlexâÌìdÌe Lobato, com José EÌiâs LigoÌ'ne Júnior qüâse sempÌe

como <poÌìto), Predominiìvâm o.s eÌementos ferroviáÌios.

Duas Causas, notáveÌ peçâ, em 3 actos, âdâptâção dos Dr. Albertode X{orâir e MáÌio Duârte, foi dos maiores êxitos do grupo de HercuÌanoMarinho, A sua r€presentaÉo por estes amâdores barreirenses ia dando,toilâviâ. um confÌito com o àctor José À1ves da Cunha, gÌól"ra do nossoTeatro.

Foi o caso de um:r cópi:r da peçâ teÌ sido Íacultada peÌos autores(mercê da infÌuênciâ de pessoas Ìigadas ao râmo dâ fâmília PâÌrtoja, d€Fâro) âo grupo de Mânnho, quãndo Alves dà CuÌÌhà contava com omãis rigoroso exclusivo dã r€presentação da peçâ para a sua compânhia.Foi necessário gâxàntir àqueÌe âctor pÌofissioÌìài que !Ì p€çâ não passâÌiade ser ÌepÌeseÌÌtâdâ por uÌn grupo de amadores em sâlões e t€atros desociealãdes Ìecrcativas, e que não Ìhe faria, por isso, conconêncià sériâ ..

Por fim, AÌves dâ Cunha tornou-se mâis compreensivo' e, quândotevê conhecimento de que HercuÌâDo MâríÌho, no papeÌ principal, o de<Bento Câstânho>. o desempenhava com invuÌgar brìlho, consciente e

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O TEATRO DE A}fADORES TEM JÁ UMÀ TRADICÃO

sabedor duma técnica segura de teatro (de que se confirmara quando,uma ocasião, o viu representar no Clube Estefânia, de Lisboa), foi oprimeiro a felicitálo, tornando-se, daí em diante, um grandg amigo seu.

Duas Causas foi representada, pela pïimeira vez, peÌo grupo deMarinho, em Faro, em 1918, seguindo-se representações em OÌhão, Lagos,Silves, Moura, Setúbal, Moita, Almada, etc.como o referido Clube Estefânia e o Belém--CÌube (neste com a assistência do então Pre-sidente da RepúbÌica, Dr. Manuel TeixeiraGomes). Atingiu perto de 30 o número dassuas representações.

No Barueiro, foi Ìevada à cena, peÌa pri-meira vez, em 1922, interpretando os papéisfemininos actrizes de Lisboa, porque o eÌencodo belo sexo é que nunca fora fáciÌ recrutarentre nós. Por isso, com estes amadores, tra-balharam, em várias peças, Militina Neves,Eìvira Costa, Emília Berardi, EÌvira Guedes,Leopoldina Nilo, Dina Tavares, Belmira Serrae Moura e Emília Ferreira (estas últimasamadoras, e a primeira, irmã do maestro Lau-rentino Serra e Moura) e ainda Laura Santos.Não julgamos, porém, ter índicado todas.

A úl t ima vez que Marinho ìevou à cenaDuas Causas foi em 1947, nâs noites de 14e 15 de Julho (1), no grande salão da sede

e em clubes de Lisboa,

do5 <Franceses>, por ocasião das festas da inauguração de lmportantesmelhoramentos no edifício desta colectividade, - precisamente a mesmaonde este grande âmador teatral se iniciara, com a idade de 14 anos,recitando monóÌogos e cançonetas...

(') A peça teve entáo a seguinte distribuiçáo: Ad,riana - Maria L.oisa; Emí-ho-EmíÌia Cotdeiroì Marie-Malia Adelaide Antunes Costa; BerLto Castarho -HeÌculaúo Maúnho; RaúL - Luís AlbuqueÌque de Cawalho; íacinto Viriato de,Llmeída; Luí,s cle Albuquerque - Àntónio R. BaÌbado.

Nâqueìe dia 14 de Junho, a S. D. U. Barreirense âproveitou o ensejo paraprestar homenagem a Herculano Madnho e Viriato de Almeida, peÌos âltos seïviços

HEBCULÀN0 MÀRINHo

Aos 5ï axLos de ìd,ad,a, aonta enpressão risonha quetant&s 1)ezes reuelana en-tre a, sTra c'oda ile antígos( otnini lo-Lh,e uma boa

pitul,a,.. )

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Page 126: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O SARREIRO CONTEMPORÂNNO

Outràs peças cujâs ÌepÌ€sentâgões derâm pâÌticuÌâr notoÌiedadeâ este grupo âmâdor forâm âindâ: I|€i Lui,s de So,u.sa; Rendscer; Per-luma; a Marga(Linh.a de Va|lar; Mód,ico ò, Íorça (que subiu à cena noantigo Teatro Repúb1ica, desta Í1la), Aü,o e t1.'o (originâÌ do Dr. JâimeCoïtêzão), e CrÌui., Mes1, e Raüpft Latd{Ìlt, comédià de AmâÌdo Leitee CàI\,âlho BâÌbosâ.

A actividâde deste grupo, desenvolvida poÌ lârgos âÌÌos, fez expândiro iÌÌteresse local pelo amadorismo teatrã1, âparcceDdo, âinda em 1922,â fàzer a sua estrcia â 11 de Margo, um Gr-ulo Dmmático BàrreiÍense(Luz e Liberdad€>, composto de fe[oviárìos do SuÌ e Sueste, com ââctriz Ìisbonense Ma â Augusta e depois Isméniâ Costa. Peça apre-senlaÍla: LúíIrões de l.urd Brancú, tâmbém originâÌ de outlo feÌmviáÌio,JoÌge TeixeiÌ'â, com encen:qão do amador da <veÌha guarda) (e, t.lmbém,ainda autoÌ teatraÌ) Augusto de Vâsconcelos. Actores: Joaquim Venân-cio, Sebâstião Gomes, CarÌos de Azevedo, Tomás FeÌÌÌâÌÌdes e o àutor (1),

Proliferâvâm màis gÌupos tâmbém, por esse temlo dedicâdos àìobre causa do têâtro àmador. O bâneirense António José Cord€iÌo,(Àntónio FíÌip€) fer-roviário, vioÌistã e cultivâdor do Fado, suÌgia comum outÌo grupo que António Stichini ensâial'â e que se dedicâv:r, pÌin-cilâÌmente, à Ìepresentàção de driÌmâs sociiris, sendo um dos primejrcsque levou à cenâ (em 5-XI-1921) Os FìIhos .h1, Cano,Iha. Em 1923, t€mosnotà âindâ de que existiu outro âgÌup:Ìmento teatrâl denominado cÌ'upoDramático <LeàÌdàde RârreiÌense,.

Entretãnto o gì'üIo de MâÌinho continuâva â creditar-se do dcsem,penho de bom teàtlo, repÌesentando, em 1923, a foÌmosâ peça em 1 âcto,

lor àmìos uestados à djfusão dâ cuiLúa drânâtica no BaDeiÌo, q!è AníhaÌ Per€iÌâFemandes exâltou, €m home da r:cíeÌjda Sociedadè e ra q!âÌidâdê de !ftsident. dàsla AssènbÌèiâ G€Ìã1, pedindo Ìicençâ lan s€r ìèsceuèd. lha lápide Ìêcordandoo hoDento em qu. Hercllano e Vjriâio hâ\.iàn ÌoÌtado â trabãlhar j!Ìtos (e seriâa úÌtina v.z) Ìaquele cônjunto de âüado4s_ Essa lápide, qle es1.á colôcadâ nos1.ìde s5Ìãô de f€stas, diz ìa suâ sjh!Ìicidâder  / HDRCULANO IIARINIIO /E / VIRIÁTO D'AI,]VIDIDA / DÌSTINTOS A]ÍADORDS DR.{X]IÁTICOS / -A ,/soclEDADI RDCONIÌECÌÌ IÀ 7 14-ï-194ï.

(') AiÌds ên 1921 (14 de SetenbÌo), slbnÌ à c.na pelo rneÊ o CÌrloDrâr!áiico ã ]]eçà Ló,srìmtus, de JoÌge Teixeira, qne tahbém represdtoü, Joìse!èrnàndes TeixeiÌa, de sêu nohe cohpÌ€tô, êscdtor de alicìàntes tenas íeÌroÌjários,rasceu nô BârÌêiro, â 2?-II-1898, Vive em Lisìroa ná mâis de tÌìntr anos

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Page 127: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

o IEATRO DE Àìr_A.DOR!jS TEi\t JÁ tiÌIA ?IìADÌÇÃO

do DÌ. JírÌio D'àntàs, A Ceia das CtryJeais, com â seguintê distribuição:Cartlee,L Ganz(Lga - Sebastião Gomes; C.Lrd.eol, Rulo FiÌipe PaDtojâ;Cartl,ea[ Mantelno.Ìencar - HeÌcu]âno llarinho.

Nesse mesmo àno de 1923, a 15 d€ Julho, o grupo de MâÌinho vaireprcsentâr à viìa de lloura, em festa de beneficência, acompanhândoa Sociedâde dos <!'Ìânceses), e a sua âctuação obtém aÌi os mâis erâÌ-tecedores eÌogios, que muito IÌonrârâm o BârÌeiro, e qüe ig-úâÌmentecolheu em Lagos, no Teâtro LâcobÌigense, por ocâsião da festi\,â iÌÌâr1-guração do trcço Íinàl do ramaÌ de TuÌìcs àÍlueÌa cjdâdê, âonde tâmbémse deslocou âli peÌa mesmâ aÌturâ, â bânda da Sociedâde dos <Peniclìei-tos>. A propósito, âcentuamos que foi notràvelmente fÌequente a deslo-caqão:Ì \.áÌios pontos do Pâís, de geìte do BaÌreiro, atrâvés dâs suâsorganizações de cuÌtura e recÌeio (e outrâs), no decuÌso d:Ì 2,,, décadâdeste sécuÌo, â quâÌ foi, sob esse àspecto, .uma éU)qL de oara

Recordâmos ainda que, por e,Bse tempo, duas 161'sa. senhoras destâviÌa, Àugusta Gomq e Arminda Coelho (esta última naturâÌ do tsâlïeíroe futuÌa dipÌomâda em Fârmáciâ) Ìeprasentarâm no <22 de NovembÌo>,ens:Ìiâdas poÌ M8Ìinho, â deÌiciosâ pegâzinhâ Roso.s de tod,o o Ano, em1:rcto, que têve depois várias récitas.

Quãntâs das nossâs senhorinhas de hojê conhecerão esta enc:rÌÌtà-dorà obra do autoÌ dâ <Pátri:ì Portuguesa)?

VoÌtando a citãr llercuÌâno Mârinho, diÌemos qúe, àÌém de terditgido o seu pÌóÌrrio grupo drâmático, este destacado amador deu-setàmbém a fomentâr entre os jovens o gosto leÌas Ìepresenlãções teâtrâis,ensâìândo (pelos anos de 192?/28), o Glupo Dmmático IÌÌïàntiÌ íhoiemelhoÌ diríâmos Juvenil) do BaIIeiÌo, do quâl também foi eDcen:Lalo1.Nâ continuação, esse conjunto creditou-se de interessântes ÌepreseÌl-tâções, aÌgumâs das quais dg beÌo âpârâto. Recordàmos como de muitoêxìto a da deliciosa operetâ (que havia já sido levad:Ì à cenâ em outÌaêpoca, com outros âmadotês e voÌtaÌjâ à cexâ por oulros mais) O ,Uú-leilo de Al&lit, de Eduârdo GâÌ.rido, qÌ1e cxige o concurso de Bu fiquÌâs.

l l l

Page 128: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

Na sua representação, no Teatro Cine Barreirense, deitacaram-se' então'

nos pÌincipais papéis, quatro barteirenses: Maria Lisete Vidal' Alda

l,op". (lSlf-rgO7), Artur Baeta (futuro e categorizado treinador de

futebol) e Eduardo Varanda (hoje membro de empresa comerciaÌ) '

Continuou Marinho com os seus joven5 amadores, despertandoJhes

o gosto pela arte cénica e, assim, recorda-nos prosseguirem os já citados

(com Maria HeÌena Pessanha de Mendonça, tam-

bém distinta pianista, Ernestina Teixeira, Berta

Torres, Artur Duarte Neto, António Neves' Júlio

Cordejro e outros) na represenlação de outras mais

peças, como Casa com Escritos e o episódio finaÌ

de Mi.ss Di'abo, em Abril de 1930, no saláo da nova

sede dos <<Franceses> (a inaugurar). Nos fins desse

mesmo aÌÌo, em Novembro, Marinho Ìeva à cena,

desta vez no Ciube 22 tle Novembro, a feliz comédia

Cond,e Barõ.o, de Félix Bermudes e João Bastos,

interptetando ele a impagável figura de <José Ma-

ria>, de Bragança. Entravam no eÌenco Maria Ana

Bravo, CesaÌtina de CarvaÌho, sua irmã, Angelina de

Carvalho, Lisete Vidal e Berta Torres. Foram casas

cheias no velho cìube da Rua Marquês de Pombal I

Tempo depois, Marinho volta â actuar no re-

ferido clube com novos elementos, dos quais é dever

destacarmos mais dois barreirenses com muita

vocaeão e de excelente presença, que foram Armando

VrRrÀTo JoÀeurMDE ÂLMEIDA

Distinto amddoÌ' dr@-ntâti ,co barrei. ense,ao longo de quaseqxLútentd !7nos. Éïerrorìârio, aposer'-todo, d&s OÏìcinasGeraís cla C. P.'

riasta a'ila

da Silva Torres (actual capitão da G. F.) e Luís

Albuquerque de Carvaiho (futuro dirigente náutico local e empregado

de escritório da C. U. F.), ensaiando ainda grupos cénicos na S' D' U'

Barreìrense ( <Franceses>), a colectividade de recreio sua predilecta,

ontle também entroü em váriag representações, com o seu inseparável

amigo Viriato de Almeida, outro <francês> efe raiz. '

Não devemos tleixar de referir agora, em Ìargo parêntesis, que' a

par da actuação dos amadores locais, houve também, entre os barreÍ-

ïenses, quem se interessasse por escrever revistas de carácter local, para

cuios números a maior dificultlade não seria a falta de intérpretes'

112

Page 129: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

a

o T!ÀÏno DE .\xI.{DORmS .fI]l JÀ Ui\tl.\ Tti_\DlC-ÀO

Não sâbemos de reïista de costumes baÌreiÌeÌ1ses anteÌ'ior à 1!110, peÌoque a mâìs ântig:L de que t€mos notâ foi A Pie.d.a, original de DomingosAugusto de Vasconcelos, com música do maestro FeÌnândo ÌsidÌ.o e doamâdor Jâcìnto Isidro. Do eÌenco faziam pâÌte váriâs actrizes de Lisboae, entre outros ãmadores locâis (âÌém de Luís Ryder), Felnando de \'às-conceÌos (irmão do àutor') e Vitorüìo Lob:ìto. A Ìevistâ (') tinhâ 3 actose I quadros, com 40 Ììúmeros de música, e subiu à ccìra €m 1,2 €3-V-1919, ÌÌo pÌimilivo TeàtÌo Cine Bârreirense.

Domingos VascoìceÌos erà o filho mâis velho de GuiÌherme ArÌgustode VàsconceÌos, fundâdoÌ. do ânljgo TeâtÌo IndeÌrendente, destâ viÌ:Ì.e peÌec€Ìia, por aÍogâmeÌÌto âcideotà1, no Tejo, em freÌìte do BârÌeiro.â 1-V[-1922, coÌn à idâde de 40 anos.

Anos mais taÌde, Ìeve1â-se-nos José Pedro Gomes (") um âutênticoespírito de Ìe\tsteiro, um aÌegre comentedor dâs vulÌÌerahiÌidades sociâi-cdo BâÌreiro, com boà dose de <Ìrimentâ,, escrevendo e f:úeÌìdo repÌ€-sentàÌ, em estreia, üo pâÌco do salão de festâs dà S. D. ll. R. ((Frânceses,)revistas de costumes Ìocilis, de que interprctou rÌÌguns ÌlílmeÌos, comamÀdores dâquelâ coÌectividade, dos quaÍs sc destâcâÌ.am YiÌieto deAÌmeidâ e Augusto Quintiìo. FoÌam essâs revistas: Nu Tetra ia Cer-..enhol (1933, e Hora e Meifl, na Barïeiro, com núsiciÌ do compositorAquiÌes Eugénio Lopes de AÌmeidâ (r), e âs fantàsìâs-revistâs Ní Zzíe no, 1'errc, (19341 e A LluL ú.sito, o Terra" estas últimâs com músicà deCarÌos Sârâivâ e MáÌio Lopes, mais Ruy BâÌlâÌ nrÌ pÌimeiÌâ c DomjngosSoâÌ-es na úÌtima.

(') 1'ìnlrâ como lrincjlajs p€rsotrâgens: a aìt@n, .om o actor ensâjado1José XIoìeirâ e a Xlol@r".la, leÌo àmâdoÌ !âÌrn.ensê ]-ujs R-Íder dâ CosCâ.

(') Já o cjrános en o Bnrrtiro Anti.ljo . ]Iotlcfno Ì Ì,âÌ'Le câp. ÌxxÌri,u itualidade de Íosal srllenLc à 1.. Conjssão A.thinjsilatn-a da C. tÍ. !. âfós ant!Ì.ntâção dà Ìe!úb1ica, e de !Ìesidenie da snâ 2." Comissão Administratila,

C) Xm 1926 já ÌevÀla à cena, €ìn !8 e 29 de xIâÌco, no Cinenà TêâtÌo.l.stà Ìilà, rmâ râudeviÌle de sua antoriâ. Át1... a)h|..., em 2 actos, des€mpenhrdaleÌo Erlpo de HeruÌâro Mârinho. Aquil.s dc Almeìda foi tàúhén o altor d! teírae da húBicâ do Itttu da l,'utttrn Cüthe narreir.t6..IÌâ l,esonreiro da lìãzenda PúUicâdo Concelho do tsàrÌeiro. Nâscnìo êìn FÌsueiÌó doÉ Vinhos. â 25-lll-18s0, fâlc..nem (laninh., a 28 YI 1960, Viyen no Barrciro de 1909 a 1935.

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RcfeÌênciâ especiàÌ meÌece, contudo, uÌ1Ìâ outra Ìe\.ìstâ barreirense,O OIho dL, Cltco, €m 2 actos e 22 quâdros, de que alguns números âpâre-ceraÌÌ'Ì adâptâdos, em teàtros de revistà lisboeftÌs, EscÌe1''eu-a e musicou atâmbém Aquiles de AÌmeidà (') com :Ì coÌâborugão de seu Íi1ho António\ritorino de LâceÌ'drl Fernandes e ÀÌÌneidâ. (Este, Ìrâscido no BarÌeiro,é, desde há anos, distilto advogado em Lìsboâ, onde Ìeside).

Subiu à cenâ està revìstâ Ìro Teâtro Cine BârÌeiÌ'ense, â 4 e 5 deAbriÌ de 1934, tendo revertido âs ì'eceitas Ìíquidâs dos espectáculos âfavor das instituições de benêficência Ìocais. Foi, no género dê revista desaboÌ ÌocaÌ, a de meÌhoÌ recoúe, âté hoje repÌesentàdâ entÌe nós. O DoetâAcácío de P.riva (1863-1944) escÌeveÌâ o prólogo, em verso, c1âÌo está,e os pâpéis feminjnos lorâm confiâdos â âctdzes de Lisboa: MàÌy Lâurrl,Judite de Sousâ e Deolindâ de Mâcedo. Todos os consâgrâdos âmàdoreslocais entraÌarn nâ represenlâção - aaì apeio dumâ chamâda geràl o...Dor bem ! Um gÌupo de <girls> dos teâtros da capitaÌ compÌetaïa o elencoíeminino,

ÁiÌlda estreà.Ììte no jonalismo ÌocâÌ, entrevjstámos ÌÌós, por essâocasião, üma das actdzes Ìisboetâs, Deoìind:r ale lIâcêdo, piÌra üm sem:Ìnário bâüêiÌense ( ' ) .

A criâdorâ do célebÌe dueto <As Cartolinhas,, da Ìevistâ (O Dia doJuízo', ào pediÌmos-ÌÌÌe impïessões da Ìevistâ de AquiÌes de Álmeidr,considêÌoú â muito bem feitâ € foi-nos dizendo também qtre <este Lúblicod.o Ba'rreìra é mlito eiigen.te e seber (pre.íar,. Pârâ nós isso ìãocrâ novidàde.. ,

Tâmbém, em 1935, escÌev€u Arlu.- IJâeta a re\islâ Ldbias PintdíÌos,em 2 âctos e 18 quâdros, baseâda em titos e costumes locais, que subiuà cena Ìro pâÌco da S. D. U. Barreirense ((Frânceses>) nas noites de

O EÀÀREIRo ('ON'IEMf OÌ-4r\!u

(') RêcoÌdehos os nú€rleni€ntês ìa plrle musjcâl: OÌquestrâ sob a Ìegêìciâ

de Auredo Reis de Càrvâlho, úomposta rela lianjstâ Ma â de Lourdes Nütes dê

VâsconceÌos CostÈ ìIâlo i vioÌinista Frrnclsco Cost. (Iê1o); vioÌoìce1o c râb€cão,

Itduardo Couto ê AriüÌ Coutoi conceÌtinistà, tr{árjo Lopesi mâÌs lromretè e saxoroÌe,

lor dois uúsicos dos <Irânceses,.(') <O Polo do DarrciÌo> n. 11, de l5-1\L193'1

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o TÀ-LfRO DE -\X{ADOÀÌìS T!-1r ,rÁ UXrA TlÌ-{l[CÃO

2'1,28 e 29 de Outubro desse ano. Viriâto de Álmeida, t-to co1tupèrc <ZéMâÌâíeitiìs) e Augusto Quintino foram os <reis do riso). O conjuntodos am:rdores não desrlgÌâdoü. A baiÌarina Noémia Bar-raÌ, de Ljsboa,foi uma âtràcção valiosà da revistà, fér"til em <piadas pessoâis> bebidasxâ fontê de desentendimentos de c:rrácter poÌítico que enliÌo ocorriamxo BaÌ'reiro. A paÌte musicada, a cârgo de José Pinto RodÌigues, CârÌosSarâivà e ÌIário Lopes, ssteve à aÌtuÌa dos méritos destes distintos mú-sicos. Como estreânte, no meio rcvisteiro, AÌtur Bàehì, inteÌigente eârguto, não podirì. espeÌaÌ melhoÌ.

Vejamos agoÌn o que se p:ìssâva por outros 1âdos, nesta âgradáveÌdjgressão etucadoirâ:

Lá peÌo lJâiÌro Operário d:Ì CoÌnpânhia. União Fablil t.rmbém aaÌte de TaÌmà não andava desprezâdâ. Em 1925, acâÌinhâl'a â entãoLigâ Ìnstrug:Ìo e Recreio C. LÌ. F. o seu (Gr"upo Dramátieo Boa Harmo-niâ>, cujo título era ÌüÌlirL esperançiÌ de cottiÌÌuídade que, no entânto,Ìrão foi muito duÌàdoura, màs onde iá sobÌ€ssaíâ um bom amâdor ecómico d€ râ9â, quc cra Augusto Quintjno (,).

ìtÌais taÌde, em 1931 34. dispõe a Liga de novo grupo dramático,denominado <Os Pontuais) (que confessâmos Dão nos recordâr já secofespond€ranì sempÌe à denoÌniÌÌaçáo. . . ) , onde sobressâíâm os âmâdo-res FÌodndâ da SiÌvâ, Augusto Caì-\'aÌho Sântânâ e Josefinâ Sântanâ,e âiÌrdà Porfírio Madâ Ferreira. LÌma peça, €m 3 actos, que entaÌo Ìe1'a-râm à cena no palco dâ Ìeferidã coÌectividàde (â 26-XII-1931), loí A Pennd,e M(]rte, àe forte inteÌÌsid.Lde dramática, em quê este úÌtimo amâdor,operário cufistâ, que voÌtaÌemos â citar, tinhâ um dos pÌjmeiros pâDóis.

PeÌos meâdos dã décâdâ de 30, voltàm os àmàdores cufislâs à âcti-vidâde. Um constânte entusiâstâ da âÌte cénica, Artur Duâïte Neto (quejá 1br:ì um bon] :unâdor juvenil), ensâiâ um GÌupo Drumático IDfântiÌde Liga cÌe lnstÌução e RecÌeio C. U. F., dirigido por Pàulino Ah'cs.

(') De norne com!Ì€to: Aususlo QuÌniino dos Santos. Erâ rjrror ìa C. U. F.N-âsceÌ. no BarÌeÌÌo, lendo ãqui fàlecido, conì 52 anos d€ idade, a 28-IV-1957.

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O I]{RR!]IIiO CONT!]MPOIìÂNDO

Nâ bâse da organizâção desse grupo esleve Ayres FÌeire, empregaalodaquelâ empresâ, que, com João Silvâ, muito faciÌitaram âs sua; âctua-ções, propolcionândo-lhes também excursões váriâs. A Gatl, BaffoLh.eira,Cor&ção de Alíahìn, A Cig.ttÌra e a |-ornú!)a, l.l.oï do Mont1,e11o, etc.foram âÌguns dos êxitos desses jovens a.madoles.

Nâ S. Ì. R. B. (<Penìcheiros>), em 19:J1-92 âpâÌece-nos outÌo grupodÌamático, <Os Lisos>, que tinh:Ì em António llaÌâcão, naturâl de MoÌà,um bom amâdor, cuja âctividâde se t ÌoÌongou nestâ coÌectivialade alu_rãnte murto tempo, - tomando mais tàÌde, âqueÌe coniunto o nome deGlupo Drâmático <Os Penicheiros>.

Em 1936, eslleiâ sê â B e 4 de Outubro, nâ sua sede, o <Grupo Drâ._mátìco 31 de Jâxeiro), sob â direcção e com encenação do jí citadoPodírio Ferrcira. NêÌe actuou um bom amâdoÌ, JoÌge BueÌo, que per_tenceì'a âo eÌenco de <Os Pontuàis> e também reprcsentou nos <FÌân_cesesr, o quâl já â morte âÌrebatou, aindâ novo. Em 1941, era alirectore encenador deste gr"upo o :ìmadoÌ MânueÌ Joâquim Vaz, que, mâisadiante, nos mereceú umâ refeÌência especiàÌ. Umâ alàs peças que estefez ali representâr foi à engr:ìçadíssima comédiì. Un" Am.ill() rlos l'ti,nbos,com Femândà Ribeiro, António Rodrigues, Joaquim pinâ e Silva e Antó-Ììio Gârcês, entre outros. Foi depois encetâdor do mesmo grupo AntónioJosé Cordeiro (António FiÌipe), que com ele rcIresentou aindâ emâÌgumas locâlidades deste distdto.

Em 1938, prosse$Ìiâ o cÌupo DÌâmático e R,ecreativo do AÌto dosSiÌ\'ejtos com uÌn gruDo cénico, de cujo eÌenco fâzia pârte um ou outroàmâdoÌ que âctuara no (31 de JaneiÌ.o', seu quase vizinho.

Mais târde, nos <Leçâs>, em 1943, António José Cordeiro dirigee ensâìa outro conjunto de âmâdoÌ€s, o Grupo Cénico Amizâde Barrei-rense, privâÍivo dÍÌquelà coÌectividâde. Com os seus pupiÌos, este tãoprestânte como modesto bârreirense, estãvâ sempre à disposição dascâsâs de âssistênciâ locaìs para levar à cena representâções em benefíciodns mesmas. Uma peçà eÌegera suâ fâ\'oÌìta, a Moïte Cilìil, (que íoi doreportóÌio de Alves da Cunh:L - ReÌ.ta de Bjvar (r) ), a qual levou à cena

(') RepÌesentâd. no Cinenâ TeâlÌo, d€sia vilâ, leh rcterldâ CoÌnraìhjâ,a 4 de JuÌho dê 192?,

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O T]'ATRO DE AIÍADORXS TEM JÁ UMA TÌADICÃO

Ì}or diversâs vezes tendo sido uma deÌãs em AbÌiÌ de 1946, (âindà como gmpo cénico do Alto dos SiÌveiros), no Cinemâ Teatro, em benefícioda San*r Casa da Miseúcórdiâ locâI. âctuando com Lucília de Oliveira(tâmbém fâdistâ), seu irmáo JGsé CârÌias de Sousâ, ÂngeÌâ Pâulo eoutros,

Na décâda de 30 e início da de 40, positivamente mais de umà centenâde jovens e adultos (de ambos os sexos) pruticâÌâm nestà viÌà o teatrode amadores, que, aliás, só lhes fez bem, desembârâçàndo-os na dicçãoe no coÌrecto gesto, fazendo-ìhes perder âcànhamentos e tomâr tocãode rêsponsabi l idâde re o públ ico. l \ ' lâ. nênhum se ten,ou pplo DÌof isaio-nâl ismo, IonandGo por uma o,)?ntúru que nào val ja

" p"n" t io"n|" po.

umâ profissão mâis estáveÌ, E foi pena que âl$tÌìs desses amadores onão tentassem.

Cumpre-nos iÌ âbreviando estâs notas g impressões, com pena denão thes podeÌ'mos dar maior explânação, como âlgumâs mere€iâm, mâsa extensão do volume a que se destiìam tem um necessário limite,..O que terá ficado poÌ ÌecordâÌ e rêâÌqar um dos novos barreirensestomârâ a seu cârgo, pa1.â daqui â uns anos prosseguir.., p/o?roefoque sim.

E voÌtèmos â citâÌ às veteranas colectividades recreativas aloBarreiro.

Enquanto na S. D. U. B. (uFrànceses>) perdurava â Ìêmbrancâdê Hêr.ulàro Mârinho. in. irândo eo proòsêguiÌnenro do amadorismoteatmÌ, sucedendo-se os gÌ'upos cénicos (âlguns de ocâsião, é celto...)no desempenho de peçag ligeiras no pâÌco da diLl coÌectiüdâde. Drinci-pàl 'nenre nas tradicjonais darâq fêqrìvaò, umâ dâs quâis o Cemaval (quoreveÌou aproveitáveis cómicos...),-nâ S. I. R. B. ((penicheiÌos>) oamadorismo teâtÌâÌ também não ârÌefeciâ. António MaÌâcão, dirige eensaiâ um gÌÌrpo cénico onde ele tâmbém se inclui como actor, com boapresença e bons recursos, lí o seu grupo que levâ à cenâ. numa séÌiede represenLlções, no pâlco dâ referida Sociedâde. de B0 de JaneiÌoa 4 dè FevereiÌo de 1950, a revista-fantasia 1s"-o é PerìItaso, em 2 actose 20 quâdÌos, oÌiginâÌ de AÌtur dos Santos Lopes ('), com música ale

(') NaturâÌ defàleceu, com 50 anos

Alcôntâra (Lisboa), viveu desde â infância nô BaÌÌeiÌo, ondede jdâde, a 6-Il-1966. ErÈ ehlrèsâdo dè esdi!ório da C. U. I.

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O BÁRRXIRO CONTtrMPOR.ÂNEO

Carlos SâÌail'a e José Caetano. Com António Mã7acã.a como umpère,repìreseìtavàm, entÌe outÌos amâdoÌes (em números de 30) cujâ evid€nteboa vorÌtade foi reconhecida, Maria de Lourdes Vaz Pena, Mària ÁdeÌaide,âúistâ dâ Rádio, Odete dos Santos, Lucinda cândaxâ, Maria LuísâMâlacão, VitãÌiìa Rodrigues e Zâida Rosa Bento, e no eÌenco mâscuiinoAugusto Quìntino, Arnaldo Lopes, CâÌìdido Bâptista, Domingoi dos Reis,Lâvínio V:ì,z e João Dias.

I)sta revista voltou à cena no paÌco da S. l. R. ts., remodeÌada comÌrovos números e com mâis a coÌâòorâção rÌe António Teixeira,, na partenìusicaÌ, nâs noites de 3 e 4 de Ab 1 do mesmo :uro, subindo depois àopâÌco do Teâfuo MâÌiã Vitória, em Lisboa, nos diâs 18 e l4 de Maioseguìnte ( 1).

Ainda nos <Penicheiros), na décadâ de 50, orgârìiza e dilige o jáaqui mencioÌìâdo AÌtuì: DuãÌte Neto um GÌupo Cénico Infantil, queobteve muito sucesso, mercê da grande dedicâcão e da lâxa paciênciàde que este entusiâsta âmâdoÌ deu sempÌ€ pÌovâs. Desse gÌupo de jovens,âÌguns elementos já moços e moças desenvoÌvidos, €nsâiâdos por LâvínioVâ2, ('), ÌevâÌam à cena, em Junho de 1960, â opeÌ.eta Os Pescatlnres,de MáÌio Andrade Gonçâh'es, e, pouco tempo depois, rìesse meamo anoainda, passaÌ:rm quas€ todos esses €Ìementos â constituiÌ um novo iÌgru-pâÌÌìento aÌnador que Manuel Joãquim Vaz se incuÌnbiu de dirigir eoÌientàr, o quaÌ teve âctuàção meritória, âté à sua extinção em 1966.

Fez esse grupo (de 1? amadores) â suâ estreia em ?, 8 e 9-l-1961,no palco da. sua coÌectividade, com a (sempre) deÌiciosâ comédia O a€d,íIa Ds{reld,, do trio Féiix Bennudes, Emesto RodÌigues, e João Bâstos.

Dias Feíìzes, uma deliciosa comédiâ fÌâncesâ, de CÌaude-André

(') Aí a qiticâ Ìisboetâ afiou a penâ Ìrârã âpôntâÌ fraquezàs de montas€mda peçâ, dó süâÌda roupâ, etc. è do valor gÌoìÈÌ dà representação, ÉâÌ!ândo sè dógnpô <àÌgumas Íozitas agÌadáveis e zJiradas e âlguns laÌmos de câÌa, qre saÌârtemânt€ci!ãdâmente a6 pâÌhâ$... Enfìm, â reeìstâ não tinhâ dr2.rvallkra lara aqu€leteatro. Ai dôs Irâcos e desan!ârados...

(') Já citadó ànieÌiouente. De nohe cohpÌeto: LaviÌrio Antóniô Nunes Vaz.Nascido no BaDeirq a 28 XI,192?. ÌndustÍiai.

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O TEAïRO IJIJ A]]IÁDOIìE.q TET]I JÁ L]\I-\ TNADÌÇÃO

Pnget, A C&íleira ííd Verílade, comédiâ em 3 àctos, de Râmâdã Curto;LIaqos e Velhas, outra comédià em 3 :ìctos, de RaÌÌgèÌ de Limb.; Falarrertll.(Ìe & men.tír, fârçà em 1 a.cto, de AÌmeida Gãrretl; Casamento eMartullLú, comédià em 2 âctos, de D. João dÀ Câmâra; e A RãinlL(L doFerrc \telha, comédiâ em 3 âctos, de càÌsorì KàÌìin, foranl peçâs Ìepre-sentadâs peÌos âmadoÌes desse gÌupo, dentre os quâis mâis âssiduâ-mente àctuâÌâm: lla â HeÌenà PeÌêirâ, (sobïiìrha do gÌande actorArtónio Pinheiro) pequenin.r de físico, mãs de âÌmâ e dedicação grândes;Lígià ViÌeÌâ, outra eÌevâdâ d€dicaqão e umà utiÌidâde bem dotâdâ, emespeciâÌ, paÌ'â a comédia; e, do chsmado sexo fofte, o primeiro, semdúvida, Eugénio SiÌva, estudioso, dedicado, distinguido com uma MençãoHonrosâ do S. N. I. e, depois dele, FeÌnando Saììtos, rmâ âgrâdáveÌpÌesença, uma vontàde âo seniço do grupo.

Outros ainda: Lâvínio Vâ2, âÌr1âdor de müitos r€cursos, em des-tàque no tealro ligeiro; António BâÌdaia, um estudioso tâmbém cheiode aptidões e de vontade, e José FeIIeiIâ, veìho amador sempre prontopârà servíÌ o Teatro.

UÌna rcfeÌência sobÌe MânüeÌ Joâquim Vâ2, nâscido no BâÌreiro,a 28-I-1902. Râpâzote aiÌ1dà, tomâdo do gosto pelo teâtro, recebeu desteos primeiÌos ensinâmentos por José Maria Dupont. de Sousâ, em 1911.Fez paúe, depois, de diversos gruÌros Ìocâis de iìmadores e, em 1911ì,frequentoü o cuÌso noctuÌÌo de têâtÌo que AÌâúio Pereira dirigiâ ÌìoConservâtório Nâcionâl de Lisboa, Desse cüÌso fâziam parte entre outro,s,ÌÌene Isidro e Luís FiÌipe. Dada â suâ profissão de feÌToviário, foi, poucot€mpo depois, colocàdo no AlgâÌve, têndo, poi. isso, abândonâdo âs licões.Nâ câpitâl algâÌvià dedicou-se, â pedido, a ensaiar grupos dÌâmáticos,tendo sido numeÌosàs âs leças que ensàiou e Ìevou à cenâ na mâioriados pàÌcos faÌenses,

De regresso âo Barreiro, Manuel J. Vaz reâctivou o <fogo sagràdo'do:rmãdorismo dÌâmático ìlo Clube Dramático e RecÌeativo 31 de Ja-neiro (tâÌvez peÌâ sua :ìfiridâde- contou-nos eÌe uma ocasiã, - comum cÌube que organizoü em Fâro e juÌgâmos que âìÌìda 1á existe: o ClubeRecrcàtivo 20 de Janeiro). Anos depois, mais poÌ râzões de oÌdempârticulâr, reforçadas ajnda por motivo de â refeddà coÌectividade bar-reiÌense deixar de teÌ pàlco, veio â dâr o seu concutso, com mais esta-

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ï

O EÁBREIRO CONTEXPORÂN'O

biÌidâde do que em outrâs anteriores ocasiões, âos (PênicheiÌos>, reno,vando a su:Ì âctividade de ensajàdoÌ em 1960. É um dos mâis denodâdosdefensoÌes do coÌectivismo € dâ âctividâde cuÌtuÌãÌ e Ìecreativa dasinstituições popüÌares. TeÌn coÌaboÌado àssìduâmeÌÌte ìâ impÌensa doBarreiro, sendo aindâ corÌespondente, nestâ viÌa de aÌguns órgãos dâínfoÌrnação (de Lisboa e SetúbâÌ). É pâi da actriz Átinâ Vaz.

No inicio do ano de 1960, um gÌupo de joveìÌs, â maioÌ pàrteestudantes, do BaÌTeiÌo, inteirâmente inexpeÌientes dos segredos daâfte teâtÌaÌ, mâs confiântes nos seus recursos e possibilidâdes, fundâo que eÌes denominâtam Teutro íl,e Bolso rÌ.o BaJ.rzilo, ÌeâÌizândo umâsérie de espectácuÌos teâtÌâis no veÌhinho patco do Clube 22 de Noïembro.Foi um aÌvoroçâdo bater de asas da júventude. Peças (todas em 1 âcto)Ìepresentâdas: O Túnel,, ò,e LageÌkvist, O Lrïso, de Anton Tchekov eO Dia Segúinle, de Lüís Francisco Rebelo.

Foram seÌìsacionais momentos de âÌte os que esse gÌupo (sob aorieDtâção de um profissionâ1 de Lisboa) proporcionou ao púbÌico, queos lou\:ou e incitou a prosseguir, o que, infeÌìzmente, não se veÌificoupor muito tempo (peÌto de um âno depois àindâ re.ìÌìzâÌãm novo espec-tácuÌo), IoÌquânto os diíeÌ'entes rumos de vida de cada um dessesrâpâzes e rapâÌigâs ÌevaÌâm, em breve, à sua sepâÌâ{ão. Ficou, noentanto, a ceÌteza de um triunfo pelâ exteÌiorizâção da sensibiÌidadeaïtística quê existe âdormecida em tâDtos jovens..- DÌes for?m exemplodisso. Registemos aqui os seus nomes: Maria Ìsabel do CaÌmo (futuÌamédicâ, bàreircnse), EÌisabeth SiÌvã (outrâ estudante, bâÌreirense),Miguel Eusébio de Sousà e AmíÌcâr Motâ (também futuros médicos,tendo sido este último o àutor dos cenários das peças), Luís Sarâivâ,Joaquim CaÌapez, Nelson Neto e Walter BâÌreìroB.

Mas o âmâdorismo teâtraÌ não cessava por outÌos lados... Em Fevê-Ìeiro de 1963, üâs festas câr[âvàÌescas, à S. D. U. B. í<Franceses>)estreÌ:ì. um ÌÌovo cÌupú Cénico JuveniÌ, em ÌaÌgo âcto de variedades.

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o r'ÌjATRo Dll Arr-A.DoÌrxs TllM J-L uMA TnAr)IÇÃO

No ano de 1964, em Janeiro, coube âo Luso FuteboÌ Clube âpÌe-sentaÌ'um grupo cénico que o veteÌ-ano AntóDio José Cordeiro, já commâis de meio século de armadorismo teâtÌaÌ, ensâiou com a caÌoÌice e aousâdiâ do costume (fâúÌhâs de um Ìume aindâ trepitânte...), relrc-sentândo pequeìâs comédias e correspondeÌìdo o púbÌico corn a suâpresença e simlaüa em ÌazoáveÌ nÍÌmero de espectácuÌos,

(AO NiV]'I NACIONAL)

Após à foÌmação e o malogro de âlguns âgÌupàmentos que tendiâma cÌiaÌ, no seu sector de Cultura, Recreio € Propagând:Ì, um GruÌroExperimentâl de Teatro, o Crupo D€spoÌtili da CUF, não desistindode venceÌ âs dificuÌdades com que, nos anos de 1961 e 1962, depâÌouparâ esse objectivo, estÌuturà, ìos fins daqueÌe últímo ârÌo, novo agm-pâmento que !õe em ensaios com umâ peça do genial MoÌièrc, .4s Vellro-cvia.s de Scapin, comédia, em 3 âctos. Em 1963 <e1ltrâ-se, pâsso â passo,par'â um futuÌo pÌomissor no campo teatÍâ1> - escreve, lor essa aÌtura,o decidido impuÌsionàdoÌì destâ modalidade âÌtística no seio do GrupoDespodivo da CUF, GIaciâno Joãquim de AÌmeídâ Símões ('), que hâvjâde tÌiunfãÌ dâ peÌtinácia e do âceúo que pôs ìla suâ âcção. <llesistirâgorâ âcrescentàvà - seÌia neg4r à própnâ existência dâ ârte !eÌàquâÌ temos pugnàdo (e lugnaremos), peÌo ideaÌ que nos tem levadoâté ão sâcrifício, num espílito de boâ vontade, isento de quaÌquer ideiamenos edificânte>.

O êxito acolhe à reprcseÌìtação d.r dita peça, estÌeâdâ em Fevereirode 1963 e levàdâ âo paÌco de váÌios sàÌões Ìocâis. X{as o câminho rìseguiÌ âinda não está totaÌmente desimpedido. Graciano Simões Ìamentâo que já vinhâ à seÌ, desde outfâs épocâs, veÌhâ contrâxiedàde locâÌ-âdificuldâdes de recÌutâr elementos feüiniÌìos: (As nossâs ralaÌigas,aÌgumas com bâsíante geito, não se interessam por esta âctividade.

O TEATRO AMADOR DO BÀRREIRO NOS CONCURSOSDE ARTE DRAMÁTICA

(') Nâscido no BâÌreiro, a 4ìx-1938. Iniciou-se no !âÌco âôs 14 ânos, numaÌeljstà dâ S. I. R. B. ((Penjch.iros)), tendo Ée dedicado depois dos 2t anos aoteâtrô de ahadores â sério, É emÌrregado bancário,

121

Page 138: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARIIEIRO CONTIìMPORÂNEO

Diremos mais: os pais e os namorados das noss:rs raparigas nào queremque eÌas façam Teatro. Como se o Teatro fosse uma porta aberta aovício e à depravação ! Pobrs Teatro, que tão mal o ìuÌgais ! Não obstantetodos os dissabores, continuaremos â tentaÌ'>.

Aspecto de uma cena tlo 2." acto ie <<A Rdt.).,ìrat, (le Águtha Cttristíe), ütterpreTruktpor tmad,ores do g1'rLpo c.iLico aL(, DesÌ)ortíto dd CLIF. Da esqlteÌdo paro. a diteittt:Rc!.queL Ma,ri@, Leonel CoeLL(t, José Bríto, FíLúrc Cardosa (ert parte e cobetto TleI.)

solíL), Piedtde ' l 'ones e João Soruítu

Insiste-se, agora, na propaganda. Em 1g64, duas conferências sobreTeatro uma por Luís Sttau Monteiro e outrâ po1. Rogério paulo (res-pectivàmente em 15 de Maio e 26 de Junho) são lealizadas no Cinema--Ginásio daquela co ectividade. Procura-se comunicar esperanqa e en-tusiasmo, não deixar estériÌ o teueno, mas semear pârâ âÌgo de bomrecolher.

Em Fevereiro de 1965 (estava-se no ânÕ do Centenário da C. U. F.).Graciano Simões estrutura em novas bases o Grupo Cénico cufista.Selecciona os seus eÌementos, pede melhores facilidades de trabaÌho einicia os ensâios de A Ratoeira, peça poÌÌcial da famosa Ágatha Christie,

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O TEATRO D]i] AIÌÂDORES TEI]I JÁ UX'IA TRÂ}ÌÇÃO

que é estÌeâdâ, â 8 de JuÌho, no dito Cinemâ-Ginásio, no 1." Festivaide TeatÌo Amador, integrâdo ndE comemoÌâções da âÌudidâ empresà (').

AÌto sucesso, mais quê suficiente p.ÌriÌ que o gÌ-upo de teàtro cuÍistabàrreirense se âbâlãÌÌçâsse â fiÌÌnâÌ â sua inscÌição, nesse ano, no Con-curso NacioÌÌal de AÌt€ Dr.Ìmáticâ do S. N. I. cm coÌâboração'com aFNAT(') , em compctêncià com nâda menos de outros 43 gÌuposcénicos..- Integrado nâ modâlidade <Drâma ou Tràgédia>, dâ âctuaçãodo grupo diz-nos eloquentemente o fâcto de ter: sido âpumdo pârâ asïiÌÌais (') com mâis três outros àgÌupâmentos, âo fim dâs quais alcânçoumuito justâmeìte o 2. ' ÌugaÌ-. PÌémios:

2. ' prémio de grupo (EduaÌdo BÌâsão>: 7500 escudos;

2.' púmio de encenação (Arâújcì PereiÌa): 3500 escudos, â Grâ-ciano Simões;

2." pÉmio de interpÌetâção màscuÌina <José Ricârdo>: 200 escudos,â Fi l ipe CaÌdoso;

2.'pÉmio de inteÌpÌetação femirrirra uÂngeÌ.r Pinto>: 2000 escudos,a RâqneÌ Mâria CabÌita.

Mâis dipÌomas de honrã de ilrterpretâção: â João Saràivâ e âJosé Brito.

Em 5-I-1966, o Grupo Õénico cufista oferece à }etizadâ dos seusassociados a interprctação da peça ìnfa.tttil O Segredo d/1 AI)eIlLa, d.eRicãÌdo AÌberty e, entretânto, pÌosseg:Lre â ÌelÌesentâção ile A Ratoeira

f) OÌgârizado peÌo G. D. da CUI em see:uimento a lna ideia slscrjda poÌA TâbaqueiÌa. Eomm paÌticÌpânt€s, aÌén do G. D. da CUF, os grulos cénicos doGruÌJo CuÌtumÌ ê Dêspôftivo da C. N. de Navesâção (com â leça,4 Supúteìra Pro-.ltaì!sa, dc lederico GâÌcia roÌca, en 10-VI-1965) e o GÌlllo Cónjco de A Tana-qnejra (con â leqr Caed dc Pols, de Francìsco VentuÌa, en 3 VÌI-1966).

(') Etu boâ âliura, quando jÁ pâÌeciâ pÌêstês â sogoìÌâÌ Ìrôr qúàse todo o ?âisà aclividade do anador:ismo teatral, na esteiÌa do tÌistè fih d. mâior paÌte daÉ antisasbandâs ci1ìs, cohêcârâh estes dois ôrs$lsüos â rmno\er ânuâ.Ìhenlè os menciorados concusos, leÌo r.connccimerto da necessidàde dâ eÌistènciã de tais asrupâ-mentos (quer pertencentes â coÌectiridade6, qlcr nÌdependentes), cono fonte deeducâção, culiurâ e Ìecrejo do povo. Umâ iniciatìrâ altanertê feÌiz I

(r) ReaÌizadas €xcelcìonalmente ÉÌoÌã. no TeatÌo GaÌciâ deBesende, em âiènçáo às Cohehoraçõ€s do 8.' Cent€náúo ila IÌecoìquistâ Crisiã da

1t2 3

Page 140: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

em outros salões e parâ outros públicos, sendo ainda levada à cena emLisboa, a 30 de AbriÌ (1966) (').

Novamente nesse ano de 1966, a 7 de Outubro, no Teatro Tivolida capital, nas finais de outro Concurso de Arts Dramática do S. N. I.e com mais 11 seÌeccionados de várias regiões do País, apresenta oGrupo Cénico do Desportivo da CUF a peça Ca'tranz do Céu Três Anjos,de Alberto Husson (tradução de Manuel Fragoso), obtendo as seguintesdistinções:

2" nrórnin r ìp orrnn.

1." prémio de interpretação mascuÌina, conferido a Manuel Alpa-thão Costa;

2.'' prémio de encenação, conferido a Graciano Simões.

Uma ceno, d& peçq, Caítarrl' do Céu Três Anios, peto GrwoCénico do G. D. da CUF. Sentarlo poile

"-er-se ManuelAlpalhã,o Cost@ (1.' p,rénia de interp,retdção masculina).De pé, da esquenl,a para a d,ireita: José de Brito, Jodo

Sarahta, Raquel Maria e FíLìpe Cardoso

(') No I Ciclo do Teatro Amador da C. U. F., incÌuído úâ (Campanha dos

10 tostões pata uma casa>>, a favot da Cruz Vermelha PoÌtuguesa. PeÌo elevadoagrado que alcançou, recebeu o GÌupo Cénico do G. D. da CUF a (Medâlhâ deLouvorD desta humanitária inst i tuicão.

121+

Page 141: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

A este bÌilhânte cicÌo do teâtro âmâdoÌ do G. D. dâ CUF ficâmÌigadós os seguintes ÌÌomes, em conjunto:

Dnaenação, üreccão de cena e cenárÌos: Grâcìâno Simões.Ficha turtístüa: António Pedro, José de Brito, RaqueÌ Maria C.r-

bdtâ, MaÌia Rosâ, Zóliâ Coüeiâ, Filipe Cardoso, João Sâxâivà, ManuelAlpaÌhão Costâ, Vítor Ban€to, Leonel CoeÌho, Romeu do Rosário, NêÌsonSoâres e João Cãbâço.

Ficha.. técnice; Edmundo PineÌâ, ArÌindo de tsÌìto, CâÌlos LouçãMeÍdes, RâúÌ Gonçi.tves, José NàzáÌio, UÌisses Coüeiâ, António Noïã,EÌisabete Sàntos, Zéliâ Sântos e Irene Maríâ.

O TEATRO DX AìÍADOIìES TE}Ì JÁ L'ìIÀ TITADICãO

Aos concursos de Aì-te Dràmática do S. N. L a que acabámos defâzer referênciâ tâmbém coÌcoÌreu o BaÌreiÌo com outÌo gÌupo cénicode amâdoÌes, o dâ S. l. R. ts., que, emboÌa não houvess€ conseguidocÌâssificar-se parã as finais, não deixou de reveÌâr quaÌidades, se bemque sem prémio aÌém daqueÌe que rcsuÌtâ do consoÌo e do desvaneci-mento que tràz o esforço reãlizado alrâ\'és de calseiras e dificuldâdesde toda a oÌdem.

A actividade deste agrupamento dq amadores dos (PenicheiÌos,cessou em 1966, com a representação da revista tslíi La Horo!, eln2 actos e 22 quadros, de Mário Cdstino da SiÌva, com músicâ dcì baÌ-Ì€ircnse António TeixeiÌa. d€ José Alberto e de FeÌiciano Tonicher.

O TEATRO AMADOR DO Ì]ARREIRONOVAMENTE DIST]NGUIDO EM 1967

Em 1967, coube a v€z â outro gÌupo dÌâmático àmàd.oÍ madë ìnBãÌreiÌo, de ser dìstinguido no anuaÌ ConcuÌso de AÌte Drâmáticâpromovido pelo S. N. L com â coÌaboÌação da F. N. A. T. Foi o CÌupoCénico OpeÌáÌio do Despoúivo Operárìo, â popuÌü coÌectividade doBâiÌÌo dâs P:ÌÌmeirâs, desta viÌâ.

Constituído por tÌeze àmâdoües (onze dos quâis :rÌi toÌnaram oprimeiro contacto com o paÌco), compâÌeceu este gÌüpo :ìo rcferidocertàme, com à Ìrepresentâção, no Teâtro diì TÌindâde, em Lisboâ, no

Page 142: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONT I ÌMPONÁ N EO

('eta ïíntvl dct <<Auto rlo ConqndecitÌa>, rcrreserttado pelo Gntl)o Cénicodo <<Deslo/ti7)o Ope,t'á,rio>>, aÌo Barreiro.- Mai.o -1967

dia 3 de Outubro daqueìe ano, d.o Auto du CompatlecüLa, farsa em 3 actos,de Ariano Suassuna, com que atingiu â fase final, sendo distinguido como 2." Ìugâr-pÌémio <Joâquim de Almeida>, na categoriâ A (gruposde amadores, dirigidos poï amâdores). óptimo gaÌardão, que premiaraescâssos meses de presenças nem sempre assíduas aos ensaios... (').

A Fernando Maia, peìo seu valioso trabaìho de encenaçáo foi atri-buído o 2. 'prémio <Lucinda Simõesu, bem como o 1. 'prémio <Nasci-

(') Fi,clm &rtísti,a7: Fit:rr-lno Maia, Fernando Maia, Francisco Ferreira, Mar-tinho Oliveirâ, AÌnaldo l{arques, José FiaÌho, Manuel Nazaró, Maria Manuela,Rogério Gomes, Camiìo Oliveira, António José Diogo Bâptista, Maria de Fátima.Fìclta técnica: encenação: Fernando Ìllaia; cenografia e montagem: António Mestre;sonopÌâstia e luÌninotecnia: Nelson Barreiros; contra-teg1'a: Manuel Fernandes eJoaquim Carraceno; caracteÌ izãção: Luís Pereiral ponto: Má1io Monteiro; eÌectr i-cistâi Joaquim Ribeiro; e mâquinistai FÌancisco PaQo.

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Page 143: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

mento FeÌnandes', peÌa suâ notável interpretâgáo; e a seü irmão !-i1'

úino Maiâ, um diplomà de rnér'ito, iguaÌmente peÌo seü tâÌelìto iÌrt€r'

Um notável sentimento de equipa, tânto dos eÌementos dâ ficha

aÌdísticà, como dos (iguâlmcnte vaÌiosos) eÌemeÌÌtos d:Ì fichâ técnicâ'

ilescie o cenógÌafo âté âo màquinistâ, umâ voììt:Ìda firrne de vencer'

umâ boa coordenâç:Ìo de l'ontâdes, - eis o segÌedo do triunfo, como

foi o aleste grupo, actuando nüm mcio modesto, nÌas' efecti\'âmeÌÌte,

com possibiÌid.rcles de fâzer Aïte, peÌa qurÌidade do elenento hurtttno'

Qüe não deixe ile prosseguü Ìo ürmìnÌÌo duma trâdição do BtÌÌÌ'eiro-

O grüpo ànrador reatraÌ diÌigìdo por Grâci.Ìno Sjmõcs, que se

LràDsferiu pârr o CiÌube 22 de NovembÌo, cm 1967, onde se cÌonstituirÌ

em Te.Ltro d.e unsoio tla fio rreíto (TEB), teÌrdo coÌrcorrido (xo Ì'efe d(l

âno) âo certâme do S. N. Ì. com a peç:Ì (ln llolnem Só, de Oostâ l'€Ì'

Ìeirât pross€gue a suâ âctividade dïâmátìc?Ì rìâ cÌitâ colectjvid:rde 1e_

creativa, âgregândo novos eÌementos dos quais müito há a espeÌâr do

scu âm0Ì âo 'fe:rtro,

No Lavradio, o âmadoÌismo teâtr:J t;rmMm loj pÌ'âticado por !á-

dos gÌupos de sócios e infÌuentes dâ Sociedâde ÌrilaÌmónicâ AgrícoÌa

Lavradiense. Oomo â sede desta coÌectividàde Ìrão dispunhâ de sâlão

sulicientemente âmpÌo pâra montrgem dos cenários, às récitâs renÌi-

ziìvâÌn-se Ììum bar'Ìâcão peÌto da Pr!ça 5 de OutubÌo, centro da àn-

tigâ r jl:t.

Nos fiÌÌs do século pâssâdo e princípios do actuaÌ, Ìrouve um glupo

cénico ensàiâdo poÌ unì iÌÌréu, de âpeÌìdo Castelo Brânco, que elâ escÌr-

tuúrio clos Câmìnhos de FeÌìo, :ì que sucedeu outÌo grupo ensaiâdo poÌ

Pàula Bastos (que foi pÌoprietário dâ ântigã Quinta d{s Pâlmeiras),

no qu.ÌÌ esle tâmbém ÌepÌes€ntàvâ, coÌn Rui GãÌv:ìo X[exiâ e airìda ]{âÌ'-

tiniâno PereiÌa, Ester Pe1€irà, JúÌi:Ì CoÌâzzi Costâ e IloÌes PÌ:Ìiâ.

Apareceu depois outro gruÌro dÌâmático dirigjdo por ArtuÌ Couto,

em que este actuala conl Eduardo Pereirâ, JeÌ'ónimo Antóni{r dos SârÌtos,

o TI i tATRO DIt AXÌ-{DORLiS' fE1Ì JÁ UnÍÁ TR^ALriÇÃO

12i

Page 144: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

I

O BATIìRIÌO CONTEì{PORÂNEO

Joâquim ÕigârÌito, ItaluaÌdà Coüto, CÌaÌisse PereiÌa, Lucinda Mâriâ

RoalÌìgues e llâÌiâ Gomes, entre outros eÌementos. Quase todos Ìâvm-

alienses e a maioÌ pârte dos eÌement s masculinos, feÌroviários Artur

CoutíJ eÌâ uma vocàção. N:L comédiâ O AlkÌga de Pezill€, umâ das peqâs

ale miìis agÌailo que o grupo Ìevou à cenâ, te\:e desemÌìenho não infeÌìoÌ

âo de um profìssio aÌ.Mais moaleÌnameÌÌte, na alécadâ ale 40, suÌgiu um novo grupo cénico

diÌigiclo poÌ Mário de OÌiveira ('), amador de bons ÌecuÌsos e tâmbéÌÌ

âutoÌ' teatÌâÌ que, tãnto no Lâvrâdio, como no BaÌ-reiro e âinda no

conceÌho da \[oita, ïepresentou com âgrado No ano de 1962 (no Ì]âIco

ala ÌÌova sêde dâ S. F. A. L.), voÌtou a actuâr com novos eÌemeÌìtos Ìâvrâ_

alienses, ao laaio ale outÌos, dos antigos. A dedicàção lelo amâdorismo

teâtra1 está ali hoje âdoÌÌnecidâ, mas não extintâ É muito possíïeÌ

que, com a conciusão dâs obras ilo novo edifício dàqueÌâ colectividade,

essa <châmâ) voÌte a surgir Ìlas novas c:Ìmâdâs'

NA FREGUDSÌA DE PALHAIS

A ÍÌeguesiâ ruÌ'âl aie Pãlhais tâmbém possìliu grupos de âmadoÌes

teatrais, que atirgiÌam reguÌaÌ crãïeiÌa. Na sede dâ freguesiâ pelos

anos de 20, Ìepresentâva o conjunto cénico do Cïupo RecÌeâtivo União

de Pàihais, fundaalo ÌroÌ Frâncisco Monteiro JúnioÌ, 1' sàrgento dâ

Armaalâ, que diÌigiâ â enceÌÌâqaÌo llais tarde encenou esse grupo MânueÌ

Lopes ile CarvaÌho tâmbém 1.' sargento da ArÌnadã Em 3-Ìx-192?'

apresentou-se no Cinema Teatro, desta vilâ, leÍando à ceÌ.a Ílosd' d()

ÃiÌrt,9 e a coméiliâ em 1 àcto Choro o?i ri?, ? - AgÌadârâm à !Ìâteia'Monteiro Júnior', que àcàbámos de citâr, nâscido nâ Foz do Douro

(PoÌ-to), a 1á-ÌIÌ-1894, foi um bom anador dÌamático, tendo cultivâdo

(') -{ntjgo lresitlente d. Assehbleiâ ç€raÌ dn s- F Á L Nâscido eh Lisboa'

a rr irr-rorr, vei" para o LâlFdio côn 1 anos de jdade É emlrèsado de escdtóÌio

(') R€ÌrresentaÌám: CaÌtos dos Sanios Ìosa, AntóÌio P€reir' Diâs, l!Étefâni3

xlonteiìo, rtáhel de OÌiveirâ, ManÌel de OÌiÍeiu lonies, UânueÌ LoÌres de CarÌaÌho,

(que ensâiou â nì€sma rreça), ?onpeü dà Silvã, Irarcisco llârto Costâ, João xÍâleus

ê José M. dâ Silta. O poìto erâ Tiâso dâ Silt., e o conta-regra Mârceliro P de

Linâ. NÁo fâlt.âvan, na ficlà ârlistlcâ, elêm€ntos da ÀÌmâdâ do tizinho Vale d€

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Page 145: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O TEÁTRO DE ÁXIIADOÌtES TE]I J-{ UÌ1.1. TTÌ-{DIÇÃO

a ãrte de ÌepÌesentar desde os 14 anos. Foi eÌe qu€m oÌ'ganizou, depoisem 1943, o gÌ-upo cénico pri\''ativo da Sociedade FilaÌmónieì UniãoAgrícoÌâ 1." d€ Dezembro, de Santo António dâ Chamecâ. Depoìs deter perconido boa parte do mundo embârcado em vâsos de guerrâ,vieta prestâr sen'iço pâra os Estabelecjmentos da llarirrha de VaÌede Zebro.

Tendo chegâdo à ser convidado peÌo graÌÌde âctor CarÌos Sântos(1871-1949) pâÌâ ingÌessâÌ na coÌnpânÌrÍâ que eÌe dirigi:Ì, FÌ'ânciscoMonteìro JúnioÌ preferiu não trocar â srÌa câÌreir:ì de mâÌiìrheiro peÌãvidâ de teatro, com receio de que â famíiÌâ viesse a softer âs contin-gônci:ìs de que eÌâ é susceptí\'el.

Quândo l\{onteiro Júnior (que faÌec€ria â 31-VII-1960, em PaÌhâis)deixou de fâzeÌ perte do gNpo cénico da S. F. U. A. 1." de DezembÌo.tomou a suâ diÌeção Albedo Pinto, também sargento da Anì:Ldâ e,por fim, V€ntuÌâ Diâs dâ SiÌvâ Cunha, que tâmbém Ìepresentava, com.rmadoÌes locâis de muita \'ocâção. Actuâlment€ não há gruÌ)o cónico.

Em Coina, tâmbém houve unr glupo dramático, denominâdo u.luveÌr-tude CoiÌìense), recheâdo de guapos ralâzes e de interessaÌÌtes meninâsresidentes n:ìqueÌa povoÌqão, e que hoje são respeitáveis seìhoras ecoÌÌceituados vâÌões, já tâh'ez sofrendo de âchaques e rodeâdos denetos.. . ó juventude, que não ïol tâs1.. . Não nos recorda se âlgumavez vierâm representâÌ ao BaÌ-reiÌo. Em 30 de Outubro de 192?, sabemosque lorâm representâr a St.' AntóÌÌio da Chânìeca o Jaãa Corta-Mar.que eÌâ peçã üìÍâlível (um dÌâma em 3 âctos, e fâltâ acentuâÌ: emocio-n.rÌìte) no r€poÌtólio de parece que todos os grupos dc âm:Ìdores deteâlro dos pritcípios deste sécuÌo. Do gÌupo coinense eriÌ €nsaiâdoÌ(e também âctor) DomiÌìgos Soêres, naturâÌ de Covâ d:Ì Piedâde.que eú técÌÌico de r.inhos da Sociedade de AgricuÌtura de PortugaÌ,em Coina.

Não temos ÌÌota de, posteriormente, o interesse peÌâ Aïte de TâÌÌÌla teÌpoÌ âÌi Ìevâdo à formâgão de no1'o gÌupo.

C) nepÌeÉertnranr Domirsos SoaÌes, João doscisco Pé Le!€, Iâriâ Martinsj CéÉar e RaúÌ llaÌtirs,Clâro e Leonor de MeÌo, Lázâro D. Mol€iro e Múrd

Saníos CÈiieiro, João !'rân-Jôãô -{Ìves, uâriâna tesÌE

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Page 146: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEIVIPORÂNEO

ACTORES PROFiSSIONAIS

MÁRIO PEREIRA - Actor de teatro e de cinema. Nascido numa

casa da Rua 1.' de Maio, do popular Bairro das Palmeiras, desta vila,

a 12-V-1933, filho de António Pereira, ferroviário, naturaì de Riachos(Torres Novas) e de AÌbeúina Milheiro Pereira, natural do concelho

de Idanha-a-Nova. Tem o curso de Teatro do Conservatório Nacional,

MÁRÌO PEREÌRA

A.tor

de Lisboa, tendo chegado a representar em grupo amador do Barreiro.

Estreou-se, como profissional, em 1955 em Lisboa, no Teatro Monu-

mental, na peça A Seuera, de Júlio Dantas. Em 1959, foi galardoado

com o Prémio NacionaÌ de Cinema (Interpretação) para o melhor actor

de cinema desse ano, pela sua actuação no fiÌme A Luz rem do AIto,

atribuído peÌo S. N. I. Posteriormente entrou também no tilme Um Diu

cle Virl,a.Em Dezembro de 1961 foi justamente louvado pela crítica, que

considerou brilhante a sua actuaçáo na peça de Henrique Kleist (1777-

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O TEATRO DE AMADORES TEM JÁ UI,IA TRADÌÇÃO

1811), O Príncipe d.e Homburgo que subiu à cena no Teatro da Trindade.Estava então integrado na Companhia Nacional de Teatro.

Tem representado Shakespeare, Goldoni, Carlo Gozzi, etc., actuandotambém no Teatro da TV.

Considerado actor de grande futuro, é casado com a actriz Fer-nanda Janeira de Sobral Pereira ( Femtamd,a de Morttemor).

ALINA VAZ - Artista dramática. De nome completo: AÌina deXiloura Guerreiro Vaz. Nascida em Fâro, a 19-I-1938, veio para o Bar-reiro com a idade de 6 meses. Filha de Manueì Joaquim Vaz, antigoamador dramático barreirense e até hâ pouco ensaiador de grupos

cénicos, g de Emília de Moura GuerreiroVaz, natural de Tavira. - Com tendênciapara a arte teatral desde menina e moça.AÌina Vaz fez o curso de teatro do Conser-vatório NacionaÌ de 1955 a 1957 e possuio Curso GeraÌ do Comércio. Ainda aÌunado Conservatório, inicÍou a sua carreiraart íst ica em digressão à província, comA. M. Couto Viana, em teatro da M. P.,e também no Teatro do Povo, com Ribel-rinho. A sua estreia, como profissional,registou-se em Março de 1958, no TeatroNacional D. Maria II, com a pega Come-di{rnres. Nesse ano também actuou na TVe, a seguir, entrou no elenco do fiÌmeA Costure'irinha rÌa Sé, participando em1959 no de As Pupilas d.o Senhor Reito,r.Tem feito parte das companhias de Orìando

Vitorino e de Guiusepe Bastos, bem como da de Vasco Morgado. Em 1961,forrnou o grupo <<A Carroça de Ouror, que terminou no ano seguinte.Em 1965, entrou para o Teatro ExperimentaÌ do Porto, onde represen-tou Gil Vicente, Molière, Camiìo, Max Frisch, etc. Em conjunto tamtÉmjá representou Shakespeare e Garcia Lorca. Percorreu em digressãoartística AngoÌa e Moçambique, em 1960, voltando a estas provinciass visitando a África do SuÌ (1964). Durante todos estes anos representoucom reguÌâddade na TV e na Rádio. Seus êxitos mais representativos:os que obteve nâs peças Ele, EIít e os Men'inos, A MaIa de Bernartlettee Com geito tai, Virgínia.

ALINÀ VÀz

Actr íz

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FACTOS E FIGURAS DA VIDA ARTÍSTIOAE RECREATIVA DO BARREIRO

Duas foÌâm, 1üÌldâmentâÌmente, as actìvidàdes aúísticas e cultuÌâisherdâdas dos baÌreirenses do SécuÌo XIX peÌos barÌeiÌ€nses do Sé-culo xX: a Art€ MusicaÌ e â Afte TeatÌaÌ. Já descÌevemos como ertão

Ìrasceram e se desenvoh'eÌâm ('),

SobÌe âs antigas bândàs de música (que foram ciÌìco neste conc€lhotão lequeno), só poÌ pouco é que o pÌetérito não se confiÌmâ na toftÌ-Ìidâder Ì'estâ umâ-â bândâ de música pÌìrâti\'â do Grupo Desportivodâ CUF que bem cãtegoÌiz:Ìd.1 se mântém, como represeÌÌtante deurì1 temÌro em que todas elàs, coÌn c Ìuzimento e o cÌangor dos metais,eÌâm a aÌegda e o orgülho dos seus admiÌ-!1dores, despeïtando não poucâs

vezes eni;Ì'e estes tânto entusiasmo e espírito de competição, como hojese obseÌvâ em certas pugÌlâs desportivas...

SimpÌesmente a tendôrcìa para .L pÌáticà e o estudo da Músicaé que Ììão moÌreu no Raüeiro. Aprendizes dâs ãÌrtigas bàndâs extintaspr"oss€guiÌam nrì suâ àrte e aÌguns são hoje mestres distintos, como,

CÀFÍTUÌ-O VII

t. nla.l.arnÒ - C^p. I{l)i--Ls ,(tr úLt:,itat s(ci.rCâp. xxxÍ Or tri:meír's tcdLros.

133

l') \,1. O B.rreÍra AftilJotla.les reúartbas .Io Búrtira; .

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O BARREÌRO CONTEMPORÂNEO

por exempÌo, o câpitão José Pinto Rodrigues (r) chefe de Banda MiÌitar(que foi aprendiz de música e, depois, executante s subchefe da bandados <Penicheiros>); e o tenente Carlos da Conceição Saraiva (:), mes-

(') Nascido no Barreiro, a 2-VII-1909. Aprendiz de requinta âos 18 anos,saiü à estante na bandã dos <Penicheiros> a 26-VI-1928. Em 1927, ingressou navidâ ltofissional como soÌdado-apt endiz de música na banda da G. N. R., onde asua cârreira se pÌocessou ràpidamente, tendo sido aindâ componente de orquestrada E. N, Em 1947 passou ao Ministério do EÌército, concolrendo depoìs a regènciade bandas militares, por concÌrlso que venceu bÌilhantemente. É câpitão-chefe demúsica,

(') Nâscido em AÌandroal, a 24,I-1970. Começou a sua actividade como clari-

FÊÁNcrsco FEREER TRINDÁDE (Maestro)- Nos-cell t1.o B&,ìreiro a 9-XII-19l,i. É ?"Lttor dec(Lnçíies que correln mutl(Lo, como, por eremnlo,a !(Cenção tlo llar>>, gl.ftNnal,o enl ll poísespekts m,a'íores t:alores ,nuwliais Ia música,Ligeíra. Aos ];J cLrlos (Írm.eça,Ìt a tocac" bonclolinte baujo erL conjuntos locais, e a,os 1l io, com-punlut Com ErÌuartLo Crtuto, do Latrad.io,eple ìÌeu. a tocar ',-io[ino e com. Luis Ferreìro,do Ba.tre.íro, aprewleu, .Iarinate e requinkr.Tocott aindt na banulrt tlos <<FyuLccses>> entbÌp. . t ,pì :udÒ . , . t , t . . t4 [a; r .orgnt l ; :o, ta.Q ct , ' , tu ptnt ' lagualo , ,a ( ' . U F.. , r tn,ç" , tfreq1rcì1tft |" o C o1t.s er ,-atório de Lisboa, comoa|urLo eïterno. Aos 79 ã]Las itlgressa La Ar-mada, é com.po,Ìk1tte lct respectira bo.,trltt, cou,-tbnn a aDerÍeìçoar se trc Consert,ató,yìo e. , 'n 'ê(n .L l ,ntãf tnf l , .11, , ' rqt , ! t ras l ìsbo"tnttü.tLa cI&. qúaìs n ufantt,Ia <<.Tosclbr. Mais krc|e, cohto clLefe de orquestra,(làrìge grupos orqTrest,taìs, üuito dscendentlo à. popu.Iariclade tzas suas'cligres_sões.t 'or.torlo o Po;$, ì) t telJ1u(to zcs Companhéirõ5 da Alegria, r:crn. IgíejnsLectro, Aìrto1" de ünerosas canções t le gronde stLcesso e d,a música r le tó,r iasreL"?ate,a, enl conlurLto co.ìrì, outr.rs co rotitoì.e', teÌL tambétuL rÌi,rigirh.t tL O,r-quPs,trn,L;9. ; rc / j , Á.

^. . qrpl ú Lst id;o. qtpr nas t , . t ,utores uÉ,r ; . " p"1"

L rabolh0(lore*D. l eug roü q Tclerisã,o E.:tpel ihlelLtt l ern 1956 e no r lesrnoano a.TV oficíal. Ja f ez.musíca paro alglLl;s ïilmes e tem 1)ó,rias desl,ocaçõese0 _es_Lro,tugexro, cotìÌ. artistÍs nacionaìs, coLlLerLl.o dístìnções tã,o só ox s.uu-sht.elodias cano t&tìtbóm as sÌ!.(s orquestracões. I'osstLi, eittre oútros prémios:3-, '@ F.esti"^al cla Figueira ia Foz, i i . . clo Festí."-al ( l .e T&x)iro, j . ; ,2., e 6. 'clo Festi.ral tJe LualLdtu (19$S) e Di.plolnu da Casa ia Innretua. Jí, ,An;giucerce ie 500 a.rtistds, e rlo:t naiores urLa ïA, (ÌelLtre os qtt.ais atgurts rlos mais

consag t acÌ o s ca1ú:olLetì:ttas m1t,tìdiais

13+

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VlD-{ ARTÍSTICA X RECÌIEATIVA

tre-adjunto da Bàndà da G. N. R. (que foi âprendiz de músicâ dos<FHÌÌceses> e, por Íim, seú derrâdeiÌ-o mestre) -ambos tâÌentos musi-câjs que nestâ YiÌâ se foÌ'ÌnàÌâm.

MáÌio Lopes, nâturâl do Baüeiro, componente dâ bandâ dâ G. N. R.,

e saxofonista de grande méÌ'ito, que vem coÌâboÌãndo em câtegodzâdosconiuntos orquestrâis de Lisboâ, foi tambóm um dos aprendizes dâ

band:r dos nFrânceses>,

Como ÌioÌinistâ e chefe dumâ dâs oÌquestras âmâdoras Ìocais, tâm-

bém se destâcol1 um oulÌo filho do BarÌeiro, que traziâ melodiâs dentrodo peito: o actual mâestro e inspiÌâdo compositor Ferreï Trindade, paÌâ

o quâÌ só um âmbiente como o de Lisboâ lhe podia ofereceÌ condiçõesde ÌeveÌàï todo o seu tâlento,

Já em épocâ antedor à destes musicistâs, José Simão do Couto,outlo distinto vioÌjnista, aÌuno dilecto de Jú1io CãrdoÌìa, e seu iÌmão,Aúur Eduârdo do Couto, ambos nãscidos no Lavrâdio, brilhâÌam iguaÌ-r Ì ,êÌ . tê êm \ i r ' i r " o 'quesir i . dâ .àpì i .â. .

O Jazz, essâ ÌÌova mâneirà de tocar músicâ oriunda dos EstadosUnidos da Américâ do Norte, tâmbém eÌÌtusiâsmou numerosos jovensbàÌ?eirenseÉ, quãndo do seu apârecimento em PoÌtugâl, E logo váriosconjuntos se folmâlâm nâs sociedades de recreio, com gente que só poÌesse meio tinÌrã oportunidâde de pÌâticâr üm instÌumento, de dar ex-pansão às (câ!âÌgâdàs> desse fitmo que deixava para tÌás (vencidâ,mâs não coÌÌvencídâ... - quânto â nós) a música melódica, compâssadâ,tranquiÌa.

E veio â onda do Jazz... No decuìso dos ânos de 30, logo dois con-

netista, aôÉ 1? ânoê. É actuaÌmente tenênüe-chefe

de 4ser!-â, continlando a ser o cÌâÌinelìÉiâ-solrstaÌusâÌ on.le se fúou, poÌ concurso, em 1945,

de bandâ de música, na situácáôda OÌquestra Sinfónicâ da E. N.,

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O IIARR,NIR,O CONTEMI'OÌi.iNËO

juntos de jazz, eÌìtre os mâis (') se de,stâcarârn. Foramr o (Penicheiro-

-Jazzr, dâ Sociedâde Instrução e Recreio BâïreiÌense, e o <Fr:Lncês-Jâzz)(luldado a 2?-VII-1930), da Sociedãde DemocÌáticâ UÌÌião BâfÌeirense.

Pri\,âtiÏos dâs respectivas coÌecti\'ídâdes, dispuìhâm de todas as con'dições pâÌa se torÌìarem boÌ]s àgÌup:mentos musicâis, como Ì'eaÌmenlefoÌâm. Em 1934, dirigi:r o <Fràncês-Jazz) Mário Lopes.

Nâs freguesias do BaÌreiro, outros gÌupos se formârâm tàmbém,dos quais reãl!âmos o Jazz do GÌüpo Recleâtivo União de Palhais, que,em 1930, chego ] :r dispor de 15 executantes. Uma pequenâ banda.-. queveio, poÌ ïárias vezes, à sede do conceÌho, abÌilhântâÌ bâiles e â1gursesp€ctácuÌos culturais ( ").

Em 1932 existia Làmhêm o Jazz nsuÌ e Sueste), sob à dilecçãode Jâcinto IsidÌo.

Em 1035, hâvi:r ainda, nesta viÌâ, a <TÌoupe-Jazz Os Sempre Fi:res>,do GÌ'émio DÌâmático Instruqão e Recreio 31 de Janeiïo, conjunto queperdurou poucos anos, nâ sua fase iniciaÌ, pois esta mesma coÌectividâdejá em 193iì apresentrÌvâ uma (OÌquestrâ-Jâzz), dirigidà pol F1âDciscoAÌves RodÌ'igues, um boÌr1 e:recutânte. No âno de 1936, formãra-se tam-bém, no BalreiÌo, umà <OÌquestrâ Típicà BâueireNe>, em quo predo-minâvam irÌstÌum€ntos de coÌda, mãs que não ì,iingou muito temlo.A Ligâ de InstÌuçáo e RecÌeìo dâ C. U. F. também possuia jâzz pÌiÌâ-tivo. A seguiÌ', €m 1938, um dos muitos habiÌidosos músicos que:Ìquidespontavam - GiÌbeÌto Bravo, bom saxofonistâ, já fâÌêcido orgânizâe diÌige outfo conjunto de jàzz: :Ì uoÌquesfuâ-Jazz PopuÌaÌ).

Algumàs dezenâs de jovens músicos, repârtidos peÌâs mais destacadas colectividades rccÌeâtivâs do BâÌÌeiÌo, movimentâvam e âlegravâmas süâs festâs, âs suâs reuniões sociâis. E Ìá peÌos <Leças) (por 1940/41)era a buliçosâ Troupe Jazzo (Os Lusitânos) que aiegrava os seus bâiÌes.

Cr€mos ter sido, poÌém, em 1940 que no\:â lâse se começou a pro-

(') Por dsa é!oca, trrrja, relo menos, mâis os sesuintes gÌulos de jâzz:

<Os Túr!ànhas), (Os Càipna$), (The MêÌody Bând Os l-co$) e (oÊ AlcsÌlsr.(") Lrrtàdio possnir o jâzz lrir'.iito da Sociedâde !ilErmóni.â ÁgÌícola

Lavi2diense e em 1!11, loi Êornado tâmbéú, ali, o <DâDcirs-tã22,, diÌjgido por

Dotuirgos Vârg.s. Em 19116, lìrri. um (lor-Jazz). De Sânio -{ìtóìjo dâ (lharne.â,

tenoÉ noticia il. dois jâzzes, neD nenos, da Sociedâdc liÌ!Ìhónjca Urião Aslícolâ1. 'de l lez.mbro,. de Coina, a (TÌôupe Jazz r t€ lody Os Càscâ$ (uh l í iu lô. ìê á.

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13ti

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YIDÀ ARTÍSTICA E RECÊXATIVA

cessâr no sertido de reunir os melhoÌes eÌementos então dispeÌsos, emorqüestras de maioÌ fÌrndo e âlresentàção. O màis âcentuâdo movimentonesse sentido operou-se râ S. Ì. R. B ( < Penicheiros> ) , com à âpÌ'eseÌ1-taqão dâ <Royâl Orquestu Jâzz>, ao lâdo do seu mâis àntigo <Peni-cheiÍo'Jàzzr, que, enì Jâneiro de 1942, s€ âpïesenta com o títuÌo deuPenicheiro Orquestra Jazz>, Em 1942, aindâ, a 8 de Agosto, um terceiroconjunto musicaÌ surge na mesma coÌecti\'idâde: é o nConjunto SIRB>,que se estreiâ com mârchinhas brâsiÌeirâs, sâmbâs, rumbâs e cânçõestirolesàs e espanholâs. Principais vocaÌistasi Henrique Bravo e MonizTrindâde. Pleno êxito. Ìâm reveÌar-se, em vários géneros musicãis, jovens

conço el i( Ìâs bsrreirF'òFs. O en_us'cs'no pelos rovoj âgluoâmenlosâlastraviì... PeÌa mesma alturâ, na Sociedade DemocÌáticà União Bâr-rei-rense, com o seu antigo <Francês-Jazz), âparecia, mârcando êxito' a(Orquestra Ritmo>, a quâ1 foi, de início e bàsicâmente, umâ outÌa quejá existiâ e ensâiâvâ no Clube 22 de Novembrq a <OÌquestra FerreÌTrindãdeo. do nome do seu fundadoÌ e director, o qua1, tendo de seÌetiÌ'aÌ dâ mesmâ, deu origem ao apârecimento dâ que âcabámos de

referiÌ. ÀtreÌado à <Ritmo> surgia o Conjunto Musical <Os Diabos do

R,itmo) (Sambâs, rumbas, maÌchinhas, slows e até o tr'âdo de Coimbrà),grupo musicaÌ este que aÌcançou muito agrâdo e bem festejâdo foi em

âÌgumâs aleslocações â váÌias teüas do País (uma dàs quais ão Fundão,em festâ de beneficênciâ), sob a direcção aÌtística de António SântànaGuerueiro, qÌre também erâ ensâiadot e componente.

Mâs não paravàm por âqui os gl'upos: nâ Sociedâale de Instru€oe R,ecreio BarÌeirense (<Os PeÌìicheiros)) apresentâvâm-se, em 1944,

a^s <EstreÌas da SIRB> (juniores) e na Sociedade dos <Frârceses),<Os Jovens do Ritmo), também juniorcs, com ceÌtezâ .

A cÌiâqão destes conjuntoÉ musicâis nâs duâs pdncipais coÌectiviclades Ìecreâtivas do BaÌ-reito chegou a reacendeÌ poÌ: essâ época - épocã

difícil pârâ todos, como foi a da 2.' GuerÌâ Mundial e anos seguintes,pelas restrições e inibições â que ob gâ\'â - uma rivalidâde bem seme_lhante à dos tempos dâs suâs filarmónÍcâs, voÌtard;se â uma extràor-

diÌrária ànimação dâs mâssas associati\'âs-â vida continuâvà e opedgo pioÌ já passara... Os vâstos sâlõ€s enchiam-se nâs festàs â qu€

esses colÌjuntos, aÌguns dos quãis dúïarãm ânos, sabiãÌn transmitir vibÌâ-

cão e comunicaÌ entusiâsmo

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O I3.{RRNIRO CONl'UXÌPOR.ÂNEO

Outro méÌ'ito tiveÌâm eles, âindâ: o de reveÌârcm muìtos valoÌesna Canção, âÌguns dos quàis se tomariam distintos proíissionâis, â qüemâis adiante nos Ìefeúmos,

Aí por 1944-45, despontava já no IlaÌreiro um gracioso coniuntode menirras e rapàzes com màgníficâs quaÌidadês ãÌtísticâs, do quáÌiriam saiÌ:, deÌìtro de pouco Íempo, d.estecad,os 'Ì)o,Lores ò,e Cânqão, nâRádio, nâ EmissoÌâ oficiâl, depois, nâ TV, entre eÌes umâ futuÌa <Râi-ìha,, de categoÌia interDàcionaÌ.

A apÌesentação, em púbÌico, desse conjunto de vâÌoÌes locais, comiÌÌterpretações de cad:r um d€Ìes, constituida, for si só um aÌiciânteespectácuÌo. Assim se Ì)ensou e se levou â efeito ìo p:ìÌco do CinemâTeatÌo do BaÌreiÌo, nas noites de 9, 10 e 16 de MârEo de 1945, teDdoos seus oÌ'ganizadoÌes denominado  apresentâqão de <Paruda de Artis-tds BaïreÌrenses> (i). AbÌiÌhantando-â, a nRoyãÌ OrquestÌa Jazz,, qnese encontrev:r em ele\'-âdo ÌÌí\'eÌ âÌtistico ('). (Já ãnteriormente, sob âdiÌecção de António T€ixeirx, (umprira contrâto pãra várìos conceÌtosde uma hoftÌ de músicâ de dança, tÌânsmìtidos dos estúdios do R. C. P.).

Recordemos os nomes e idâdes dos que fi,zeralll esBes espectáculos,começândo peÌos mâis veÌhos, que também deÌam a sua coÌâborâção IEg{rs Moniz TriÌdàde, de 28 ânos, cantâdor de íâdo e cânqonetistã;Albi o dà SiÌva, de 22 :ììos, cançonetistâ; OrÌàÌìdo dâ Costâ Nunes,cançonetista; Augusto CâbÌita, liânista (e futuro distinto fotógr.ìfode aÌte e cinea.stiì); MâÌia Suzânâ Esteves Pereira, de ? anos, piârìistâ;Mârià EmíÌià TÍindàde Guinole, de 11 anos, cânçonetistâ € futurâ <es-trela> dâ cànção; Mâriâ PâÌmiïã (PaÌmirinÌrâ), de 13 ànos, cànçonetist:t;Eva Pinto, de 14 anols, cançonetistâ; Lisete PiÌes, de 16 ânos, caÌrço-netista; e Maria de Lourdes Resende, de 18 â.os, cançonetista e â \'ozde ouro desse conjunto, pàrâ a quâÌ se pÌevia já Ì:Ltgo sucesso.

(') A Ì€ceìiâ desses especlácuÌos rcverteu a fâyor do F. C. BarÌ€iÌeìse,âtìâvós da Comissão de Ì'&Ìrâsânda e de Fesiàs deúe clule, qle tiììa lor onjec|ivoâ ârgaÌlação dè fuìdoÊ !ârà o íutrÌro Ginásio-Se{te,

(:) En conÉtituida poÌr lloÌácio sâ!tân., dn€ctor ar:tisticoì Teodó6io Sâmivâ, sâxofonei Joihe Gouvèjâ, \'ioloncelisto; Josó da Silvâ, bâtêrisiâ, ! râncilcoAntónio dà Costr (Cnico Ftia), ÌioÌinisiaj HoÌácio Praiâ, tÌombone de varaj Ántónio BÌavo, tÌonpetej Idalino Calecinha, lianistâ; AÌbèrto PiÌIto, srxôfone tenoÌ;MáÌio de OliÌeira, ÌioÌidsta; Joaqlin GâÌciq sâf,ofone è dir€ctoï âdújnìstrãtivodâ oÌ_qnestÌa, e -A.ntónio XâvieÌ P€rejrâ, tromrete.

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O NABRIìI Ì tO CONT!IÍ?ORÂNEO

Nem todos, porém, aÌi desfiÌãram, poÌ essa ocasião, pois não deve-mos esquecer outÌa jovem cànçonetista b:ÌÌÌeiÌense, ouvida tâmbóm sem_pre com âgrâdo: Mâriâ Adelâide Antunes dâ Costa, e ainda o Duo VocalBorges e Lino.

Os gr-upos oÌqlrestrâis baÌreirenses contimraram âinda a surgiïpelos âìos seguintes, com apreciâdos vocâlistas, e âté clubes pÌedomi-nântemente d€sportivos chegârâm a Èossuir o seu conjnnto pfivâtivo.Recordâmos â <Orquestra lJârrcirense>, privâtivâ do Futebol CÌubetsârreirense (no ano de 1946) e â (ImpeÌiaÌ Otquestra Jazz>, pïivativado GÌupo DespoÌ-tivo dà CUF (em 19d6-4?), em concolrência com os.or, ju '1os n,rs icai . des sociedades de recreio.

O Duo VocaÌ Borges e Lito, que acabámos de citar, erâ cons-tituído poÌ'CâÌlos Borges La.vado, nascido no Bàrreiro, a 2 de Outubrode 1926, e por João Rodrigues Lino, também bârÌeireÌìse, nestâ viìaÌlascido a 12 de FeveÌeiro de 1928. Ambos làziâm pâÌte do Con_iuntoMusicaÌ (Os Diâbos do Ritmo>, tendo Íeito a su:1 estreia ! 18 de Feve-Ìeiro de 1944, nâ S. D. U. Bârreirense (<FraÌìceses)). ActuâÌam eml,ários espectáculos e na Rádio durante cercâ de nove anos, mâis assì-duamente na Rádio Renascençâ (no seu pÌogrâmâ <euinzena Recrea-tiva)), Ììos úÌtimos três anos desse período, e no úÌtimo destes, nosespectácuÌos pubÌicitários dâ A. P. -{., ro Eden Teatro, e âindâ âo micÌo-foüe dâ E. N., no <PÌogramâ da Manhã>. Borges é industdàÌ de âlfaia-târiâ e Lino é técnico de câldeiraÌiâ c um fervoroso campistà.

LisêÌe Pireò tdF norne (oÌìplelo. crÌ solteirr: Li.Fle dâ S;lvâf i".sì, , , ; sridr r o Rrrreiro. â ì dp [ l3rço dF t929. que foi apreciadacançonetistâ do Rádio Clube pol|uguês, e Eva pìnto (de nome comDletí]IalìbêÌr .n qoìrei"|1: E\a Pinlo FerreiÌâ), igualmpríe nrs.idr no Brr-t€iÌo, esta úìtjma no ântigo Alto de Sânta Bárbârâ, â 20 de Setembrode 1930, e âctuaÌmente na Áfricâ do SüÌ, Íoram aletentoÌâs cle vozesmuito âgradáveis, nos seus géneros preferidos, que eÌâ.Ìn diferentes, âliás.miìs pouco tempo ss dedicarâm à Canção. Depuseram voÌunlàdamenteâs suas âptidões pârâ outros rumos de vidà.

Outr:L âuseDte, há muito, do rìosso meio e que nos cumpre Ìecorclârtâmbém, é Mâriâ Emília Trindade cuinote, rìàscída no B:LrÌ.eiÌo, à 3de JaneiÌo de 1934. Com conjuntos orquestrãis da S. D. U. Bar-

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VID,A AÌìTiS1'IC-A. I' ÌECRDATI\i{

reiÌense (<FÌànceses)), eÌÌsãiou âs suàs pÌimeiras canções. Frequen-tou o 3.' àno de piâno do ConseÌ1'âtório de Lisboâ e estudou cantocom professorâ pâ*icu1âr, Em diveÌsâs sociedfldes de recl?io, em sâlõespafticuÌâÌês e nà Rádio, Mârià EmíÌiâ, lmssuidorâ de umâ voz irnpreg-nâda de suâvidâde e doçuÌâ, a que nàtuÌ-âjs dotes de beÌezâ dâvâmreâÌce, ã todos encântâvà, como sücedeu, poÌ exempÌo, em 1949, emque â FigueiÌâ da Foz, no SaÌão de lnl'elno do seu Câsino PeninsüÌâÌ,à âplaudiu durânte muitas noites.

Actuou €m teâtro, nà operetâ A Leiteìru le Entte AïmíB (ra

<Variedades,, em Lisboà) âo Ìado de AÌbeÌto Rib€iro. Ìnte4retou, pre-

dominântemente, músicâ cÌássicâ, teÌÌdo sido conÌÌecidâ como a <DêânnaÌ)urbin> portuguesâ, que, âliás, eÌâ a suâ ârtistâ prefedda.

Após o seu casameÌrto, em 1952, e ao deixaÌ a MetÌópole, com seumarído, par:r. se fixar em AngoÌâ, MâÌiâ EmíÌia apênâs se tem exibido,

?ì pedido, em festas de beneÏicêÌÌciâ.Em 1951, a Direcçáo da Sociedâde dos <FÌânceses) descerrava,

em süâ homenagem, iurìto ao pâÌco do seu Sâìão de Festâs, a Ìápideque deixámos tÌ:ìrìscritt, em câpítuÌo pÌec€dente, nas nossas Ìe1eïênciâs

a est:i coÌectividâde.

Apr,oximamo-nos do finà1 dest-r rêsenha dos màis destiÌcados e

conhecidos ÂgrupâmeDtos musicâis, vivos câÌlazes dâ terra bârreirense,mencionando o Conjunto <José da Silva>, que não precisou de muitotempo de âctividade aÌtísticâ, parâ gozà1 de pÌestígio e fama no nossoPàís, em especiaÌ no SuÌ. Foi eÌe fundado com eÌementos dâ oïquestrâdo seü organìzadot, dâ ântigâ <RoyaÌ> e dâ (Ritmo>, pelo bsÌreirenseJosé dâ Silvà (José Rstala), â 2? de Màrqo de 1954, todos bons elemen-tos, que imprimirâm ão novo âgÌupamento uma feição vincadameÌÌtemodeÌnistâ, integrâÌ1do'se, como então foi afiÌmâdo e reconhecido, <nosroÌos útmos e executando todà à garnâ de músicã sincopada vindâ dospâíses dâ suâ oÌ igem' ( ' ) .

(') -A. conlosjção do àgruÌrâmentô: e.à Josó dâ silvà, chefe do c.njunto,

âcoÌdeonista e contm laixoi Anióniô BÌato, rhnpertisra; AÌbeúo SeÌucâ, ljânistâ;Josó nÌâvo, suitârÌà-êléctlicâ; José l'eÌèira, lateÌista c Josó Vieira, Íocalist..

I r!l

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O BAÌREIÌO CONTI]I Í }ORÂNNO

Substitrìidos, colì] o decoÌÌer dos anos aÌguns dos seus elenÌentosc pril':Ìdo, nos últimos teììpos, por forç:Ìdâ âusôncì.Ì, por noti\,o: profissior:..ìs, do selÌ fundâdor e director, este Conjunto mantém Ì1o erÌtanto,com \'á as leno\Ìàções de ieportório, âs Ìegítim.rs câractcrísticâs que oâfiÌmârâm com rÌm valor âprcciá1'el e umâ cartezâ de ôxitô oDdo querque se âpresente â :ìctuar. Seu âctu.ìÌ geÌ€Ììte âÌtíslico é José AÌbeÌto,um hábil tfompetista e tâÌnbém compositoÌ.

Em 1960, formou-se na S. Ì. R. ts. (<PenicÌrciÌos,) um outÌ'o con-junto music;ÌÌ (de 6 figuras), dirigido poÌ um dístinto piâÌ1istâ bar-reirense, AÌbâno AÌves í,41òaro Cru)eiro) qtte, porteÌioÌ'mente, te sidoeÌemelto d€ Ìelevo em outÌ'âs orqucstras nâcionâis. Nascido nestà viÌa,â 2{i de Outubro de 1935, AÌbâno Craveiro ('), târa o quaÌ o pirno foia stla grâ-Ììde \iocação desde os 7 ãnos, possui o Ìespeclivo culso leloConseÌ'vâtódo NacionaÌ de Música, de Lisboâ, iÌìcÌuiÌìdo o de Alt:r Com-posição. Fâz âcluaimente pâÌte de <Os 5 de PoÌ'tugaÌ,, actuando nor-mâÌmente nâ Póvoà de Vârzim e llspinho. CoüeÌn, grâvadas, aÌgumàsdas suâs interpÌetâções. Um \:âlor mâis, do p.ìtrimónio humâno, ârtís-tico e cultuÌâl do BâÌÌeiro, surgidot como tântos outros, do seio de famí-lias de condiqão modestâ, que tôÌ1t sido estâs, Ìro fnìâÌ d€ cont:]"s, as quemâis vêm cont buindo pàrã vâÌoÌizaÌ o meio sociâl destâ ÌocaÌidâde.

Continuâ o Bâüeiro nâ épocâ dos corqrltlos musi.ír"is (a designâçãode orquestra tìerá pâssâdo â indicaÌ um esc4Ìáo superior-o que nãoachamos ÌnâÌ..-), contando actuâlmeìte esta vila diveÌsos conjuntos dehabilidosos âmâdoÌes. A músicà modeÌnâ cÌiou aqui boês râízes.

CÀ,NQ.q.O NACTONAL

Possui à viÌn do BaÌÌ'eiro ceÌtà trâdição fàdistà, sobÌe â qüâÌ hájá anos publicámos na im!Ìensâ loc:Ìl umã séÌie de cróüicas (ÌecoÌdâdâsàindâ de muitos baÌÌeirenses), que gostâúamos, um dia, cle integraÌ em

(') É tânbóì! filho de lÌâreirerses, sèndó Ê€!s Ìrãis Cósâr Auslsto (('rsar('/{r.trr), câryintêío, âpos€ìtado dâ C. U. F., àntigo fìlarmónico dos (lraices€s}(ê um caso de ei1'âoÌdinário so6to pela Música, tocândo váÌios inútumentos de so!Ìoe de coÌda6) e sur mulher, IdâÌinÈ dâ Silva AÌves, domésiicâ.

1lrg

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VIDA -{RTíS1'ÌC.\ E ÌECREATÌ\ 'À

1,oÌume, excÌusivâmente dedicado âos ãsÌrêctos tìpicâmente populaÌes dasua vida sociâ1, muitos deles cheios de pitôresco e €ivados de òoirt?smú,coisa que tanto vâi poÌ aí €scâsseàndo.., - e que seitia um cudoso repo-sitóÌio dos episódios da peqt,ena lrbtóriu do RaÌ'reiÌo. Pois o Fâdo teÌìaâí câbimento Ìegítimo.

Aqui, tod:Ìvià, âo falaÌmos dos nossos valores âctuâis do muÌìdodâ Cânção, êntendemos não deixâr no oÌr'ido os bâÌÌeirerÌses que, naconsâgrâdâ Cânção NacionâI, se destâcâlam nos úÌtìmos tempos.

Comecemos, âssim, por recordâr um deles, já retirado, há lerlouma vintenâ de ânos, do profìssìoÌÌâlismo que tão ÌÌonestâmente serviu:DomiÌÌgos Sil.,'ã (de nomc completo: Domingos António da SiÌvâ JúnioÌ-).Nâscìdo no BârÌeiro, à 29 de Fevereiro de 190s, é feÌloÌÍário, escdtu_Ìário dã C. P. Possuidor dumà beÌa \'ü o RaÌri:inal dú Sul, Ìhe cha-mavam os íntìmos - âos 16 ânos já se Íâzia ouvir ìos teâtros e saÌõesbârreirenses. A suâ eÌrtradâ nas Ìidcs fadistas foj desde Ìogo âüspicíosa.Em 1937, a 25 de NovembÌo, à rc\tlst:à Gu.i.to.rrfl, de Partu{tal, d.o recei-temente fâÌecido João Linhâres Bârbosâ (que pâlâ Domingos Silvâescreïeu a Ìetrâ de várjos fados, bem como os bâÌreiÌenses António Au-güsto dos Sântos e José Joaquim dâs Neves), promovc, em sua Ììomenâgem, rÌestâ viÌa, no Teatro Cìne BaÌ-Ìeìrense, uma grande lestà de fadose cânções regioÌrâis, que foi bem :L provâ dâ eÌevàdâ estima que o meiofâdistà dc Lísboà, ãlÌâvés de :LÌguns dos seus mais reprcseÌrtatil'osïâlores, ÌÌÌe dedicâv:Ì. ÌnirmeÌas foÌãm âs suâs âctuações nâ câpit.ÌÌ eem muitâs outrâs terÌas do sul do País, em especiaÌ. Bom cidadão elìomem modesto, Domirgos Silvâ foi sempr€ prestá\:el ã quântos se Ìheacercâvâm pâÌâ rogàr os seus préstimos, com Íins beneijcentes, tânto noBarreiro, como Doulrâs ÌocaÌidâdes.

Pela stÌâ mão, digâmos assim, estreoü-se no Fâdo - foi em 19d3,nâ já extìnta Esplânâda dos <PenicheiÌos) - outro bàr:Ìeirense e, comL)eÌe, feroviário: Fernando Coneia, tomeiro dâs Oficinas Gerâís da C. P.,nesta \ÌiÌâ, onde nãsceu ã 4-ÌX-1926.

Femândo CoÌï€i:l, com tràdjçaÌo fÀdistã ra fâmíÌià, e que entruiâÌÌo profissionaÌismo em 1949, tem âctuado em váÌias cãs:Ìs típicâs dêLìsboâ, bem como, hequentemente, no Bâ.ÌÌeiro € outrâs Ìocalidâdes donosso distrito e mâis pontos do Pâís. PossuidoÌ' duma ïoz bem timbradâe vigorosa, tem condições pãrâ podeÌ pÌosseguir, poÌ bons âÌros, â slÌiÌ

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O NARREIRO CON'TEìIIPORÀNEO

OUTROS INTÉRPRETES DA CANÇÃO NACIONAL

MONÌZ TRINDADE - De nome completo :Egas Moniz Féìix da Trindade. Nasceu no Bar-reiro, a 20-III-1917. Principiou como músico(banjo e cavaquinho) na oPenicheiro Orquestra--J azz>> s actuou, depois, como vocalista em gÌu-pos musicais desta vila, em especial no Conjunto

"Estrelas do Sul- . composto, na sua maior ia,por elementos da S. I. R. B. (<Penicheiros> ).

Na suzr canção <Eu nasci à beira-Tejo>,criação e música de sua autofia, Egas Moniz,:rtravés da letra de Raúl Dibini, presta home-nagem à sua terra natal: <ú'tr, tenllo certú 'Ì)ai-dad.e / Ent clizer que nãet nasci / Em ca,pital

ou cidatl,e, / Mas sim, cltte ttuscì uk; / AIí, uo latlo rlo Tejo / Numa rilaencuntarlora / Que de Lisbcta eu uejo / Qutn.tlo quero e ú totla a horct./ : Meu Bo,rreíro, Ontle entre risos e d,ores / Vìuem teus trabalh.arlores,/ Orgullto de Portugal. / Meu Bameiro, / Neste meu ltumikÌe fad,o, /()trero que sejns ccttztaclo, / Porque és meu torud,o nutaL

Popular intérprete do fado e dâ canção, tem gravado numerosos discos.trm 1962 esteve no Brasil, onde, tanto nâ TV brasiìeira, como em

restaurantes típicos, as suas actuações se tornaram sucessos, grangeandomui l a popuÌer idrde no p;r ís i rmào.

FERNANDO FARINHA-De Ììomo coÌ.ìr-pÌeto: Fernando Tavares Farinha. Nasceu noBarreiro, a 5 de Maio de 1929 ( ') , nÌrma casada Rua Miguel Pais, com o n." 142, onde seupai, André António Capa Farinha, naturaÌ deÉvora, tinha um estabelecimento de barbearia.Em Lisbor, para onde. aindu em peqrreno, fo i

( ' ) Esta é a data of iciaÌmente registadâ, nãocorespondendo, poÌém, à r'erdadeila (20 de Dezem-bÌo de 1928) segundo FaÌinha, há tempos, decìaroua un1 lepì 'esentante da Ìmplensa - pois fora legistadofoÌa do prâzo legal.

1/t.lt.

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V1DA ABTÍSTICA X R]i]CBI].{'IIYÁ

yiver, tornou-se popuÌaÌment€ conhecido, ÌÌo bniÌÌo em que resjdi:Ì,

atrâvés dâs canções ïadistâs que com tânto geito interuÌ-etava, peÌ{r

Miúí14 dú 81,(0,.Exibiu-se, Ìrelâ pÌimeira vez, Ììa suâ terra Ì1âta], â 31-v-1940, no

Teatro Cine BàrÌeirense, com umà d:Ìs mâìoÌes <embâixâdas) do Fâdoque âté âgora actuarâú no Éârreiro, sendo distinguido com vibrantesmânifestações de àpreço. Aqui tem voltado a caDtar r'árirs vezes,honÌândo â tràdição <Íadistâ> dâ suã teuâ. <Rei dâ Rádìo Portuguesâ)em 1962 (foi o segundo com este honÌoso títu1o depois de António

CaÌvário, em 1961-em eleição eÌaborìrda poÌ votos dâ Ìevista PlíterlÌ),tem umâ centenâ de discos grav.rdos, sendo unì dos ídoÌos da CançãoNacional.

No TeâtÌo, onde, com 13 ânos, actuaÌ-a üumâ revista, no (lIâÌià

\ritóÌia>, ÌeapaÌeceu em 1962, nâ revistâ <Trunfo é Espadâsr, no TeâtroABC. No ano anterìor festejâra as .Bodas de Pràtâ, da suâ âctividade,em festivâÌ renÌizado üo CoÌiseu dos Recreios, dâ c:ìpítaÌ.

No Cinema, interpretou o Mi:úrÌo drL Biúo, bãseãdo nâ suâautobiogÌ:Ìfiâ.

Tem viajado e actuâdo no BÌ:Ìsil (onde esteve, pelâ pÌimeira vez,

em 1951, âno em que se consorciou coÌn Lucinda Mâria, guit Ìistâ evjoÌistâ, por vezes suâ ir.companhânte ) , nos AçoÌes, nâ Mâdeirã, eÌnAngoÌa, Moçnmbique, em FÌânçâ, Espanhâ, E. U. A. e Canadá, e ainda,peÌâ segúnda vez, no BÌâsiÌ, em 196?. É detentor de umâ medàÌha deÌroÌìra da cidàde do Pofto, grânde burg:o do tÌâbãÌho, como a \dÌâ emque eÌe nâsceu, do uDisco de Ouro, (1962) e de um <ósc:rÌ) dâ Imprensâ(1963), ])aÌa o meÌhor fadista.

FeÌnàndo Fâdnha tossui outÌâ ürteÌessante fâcetâ do seu taÌento:escreve muitos dos 1,e6os que ser"vem d€ temâ às su.Ìs próprias cânqõ€s.

A prcpósito destâ úÌtimâ nota do esboçoFârinhã, registâmos que, pârâ à músjca deinterpretados poÌ ârtistas dâs câsàs típicas elr Ì ìhef f .^r Ì ,posÌo . pì lo-2. lê l r rq. b l ì r r . i rn.nnândes, lisboetâ de ÌÌâturâÌidade (1:i-XÌ-1930).xamos meÌcionados no decuho d€stas Ììotas.

biográfico de FerÌÌândovários Íados e cânçõesboates de Lisboft, tem

Armândo Ferfeirâ FêÌ-Outros mâis, âl iás, de;

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O BARREIRO CONTDMPORÂNEO

CANÇONETISTAS

MARIA DE LOURDES RESENDE- De nome completo : Maria de LourdesResende Dias Vidal ('). Cançonetista.Nascida no Barreiro, no Páteo José Bento,à Rua Miguel Bombarda (actual RuaD. Manuel I), a 8-III-1927 ('), fi lha deAugusto dos Santog Resende, há muitofaÌecido, natural de Alquerubim (Aìber-garia-a-VeÌha) e de Maria José DiasGonçaÌves, naturaÌ de Janeiro de Cima(Fundão). - Maria ds Lourdes, começoua cantar, com o pai, na Igreja Matriz deSanta Cruz do Barreiro, revelando-se,logo de pequenita, possuidora duma bemtimbrada voz. Não tardou qus fosse no-tada por isso, e não constituiu suÌ?resaque, algum tempo depois, apaÌecesse acantar no <Conjunto S. L R. B.> dos<Penicheiros>, afirmando então uma in-teressants gama de qualidades para intérprete da canção e com o quaÌse entreou ao microfone, em Lisboâ, na <Rádio Graça>. Em fins de 1945,prestando provas na Emissora NacionaÌ, agradou plenamente (3). Abria--se-lhe a carreira de cançonetista profissional. Muito viva, inteÌigente,não cessando de alcançar por si própria um certo grau de conhecimentosapreciáveÌ, Maria de Lourdes tinha à sua frente um assegurado futuro.

Eis aìgumas notas qug possuímos, respeitantes à sua brilhante car-reira artística: Logo em 1948 aÌcança o 1." Prémio de Cançonetista daE. N. Em 1950, foi a primeira artista portuguesa a actuar nàs r<câmaras,>da T.V. Francesa, a convite da E. C. A. (Plano MarshaÌl). Em 1952-53,actua com raro êxito em algumas das principais estações de Rádio do

(') Peìo seu casamênto, em LiÊboa, a 5-II-1958, com Dár'io de Oliveira FarinhaVidal .

(r) Data que consta do registo oficial. Segundo a artista declaÌou, há anos,a uma tevista lisboeta, ela telia, efectivamónte, nascido a 29-I-I921, data esta âlte-rada pelos pâis, para se eximirem à nulta por registo fora do prazo legal.

(") Á sua estreia oficial aos microfones da n. N. foi a um sábado, 10-Xï-1945.

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VID-{ AIìTÍSTÌC,{ '

RECÌÌEATIVÁ

ÊrâsìÌ. Atrâvés de um concurso oÌganizado pelâ revista Flama, con-quista, em 1955, o título de <Rainha da Rádio Portuguesa>. Tâmbémem 1955 representa PoÌtugâl no Festivàl dà Canção Latina, em Génovâ,ondc obtém o 1." prémio, com a canção Alcobaqa (1r.

No 2.'semestÌe de 1956, foi uma ilas primeiras câÌÌçoneíistãs acolàborâl nos programas de Variedades, no período e-xpeÌimental dàR. T. P. (.), tendo, depois, tomâdo pârte ìâ festiva inâuguÌ'âção dasemissões (7-III-195?), no progsamâ <Cancões a granel>, com RÌri deMâscâÌenhâs e o Conjunto de Domìngos Vilaçur.

Em 1961 gànhou o título de <A MelhoÌ do Disco> e, em 1062, Íbieieita, peÌa segundâ vez, <Râinha dâ Rádio Poltuguesâ>. Ainda nomesmo ano, a convite dos MinistéÌios do Exército e do UltrâmaÌ,âctuâ em AngoÌn e Moçambique tendo já cantâdo na MadeiÍa e ÌìosÀçores,

Em Novembro/DezembÌo de 1966, no Festivâl InterÌrâcionâl dâCânção, em Toronto (Canadá), inteqpretando cânções em itaÌiàno, viuâ süa ectuâção ser distinguida com o 1." e 2." pïémios de inteFpÌ€tação,

Em Outubro de 196?, Mar:ia de Lourdes Resende vencg pelã 2." Íezconsecutivâ, o Concurso Internâcional de Toronto, cântãndo em itaÌiâno(1." pÌémio de inteÌ?retação). Nesse ânq â aÌtis r actuarâ tâmbémem Angolâ, l{oçambique e África do SuÌ.

ú possuidora de üm <óscâr> da ImÌtrensa Poftuguesâ, por votâçáodos cÌíticos dã especiâlidâde e detentora do títu1o de <a mâioÌ cançone-tistà poÌtuguesa>, pelâ Imprensà de Angola (1967).

Com dezenas dè discos gravados, MâÌiâ de Lourdes já interpÌetou,até agora, mais de oitocentâB cânções: portugúesas, bÌasiÌeirâs, frâncesase ìtalianas.

(1E91,1964).

(") I'oi a a

do maestro BeÌo ]Iârqles è Ìetra do ÊaudosÕ poeta Silva l'à!âÌes

de Setemlro de 1956 que a Iì. T. P. efectuou no nôsso Paí6 ade teÌ€Ìisão (ensaios).

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

PLÍNIO SÉRGIO - De Ììome com-pleto: Pìínio Sérgio da SìÌva Soares. Nas-ceu no Barreiro, a 4-Y-I932, e foi nestavila que cantou em público, pela primeiravez, aos 17 ânos, nÕ Clube 22 de Novembro,nas festas do 40." aniversário desta coÌec-tividade. É cançonetista profissionaÌ desde1951, tendo-se estreado em Lisboa, nosantigos Passatempos APA. Seguiu-seìheo <Comboio das Seis e Meia>. Ainda em1951, mediante coÌtcuÌso, passou a fazerparte do quadre artístico da Emissora Na-cional. Já actuou na R. T. P. em diversosprogramas.

Plínio Sérgio cumpriu contratos nailha da Madeira em 1958 e 1959 e visitou,em 1964, Angola e depois, Moçambique,onde trabalhou no teatro musicado, inte-grado numa companhia internacional. Tem

várias gravações comerciais, continuando a grâvar discos para marcasportuguesas e alguns para a América do Norte. Nestes últimos anostem-se dedicado mais à interTretação do Fado de Coimbra (a instigaçãode Paradela de OÌiveira), fazendo parte de um conjunto de antigos estu-dantes da Lusa-Antenas, cultivadores da sempre famosa canção coimbrã,dÌrigidos pelo Dr. Luís Goes, que vem actuando em diversos Ìocais, semprogramas deterrninados.

É empregado de escritório da Profabril, em Lisboa. Por diversasvezes tem-se exibido no Barreiro. onde residem seus nais

MAIS OUTROS ARTISTAS DA CANÇÃO

Mari,a Acleluirle Antunes rJa Costa-Nascida no Barreiro, numacasa do antigo Bairro da PraÍa, desta vila, a 1T de Maio de 1925. Es-treou-se na Sociedade dos <Franceses>, em canções ligeiras, frequentando,depois, uma escola de canto, em Lisboa, onde lhe foi fácil atingir aper-feiçoamento. Actuou na Rádio e tomou parte, por diversas vezes, emactividades recreativas e cuÌturais locais. Tem ültimamente feito partedog Coros do Teatro de São Carlos. Também já actuou no teatro derevista,

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VIDA ARTiSTICÀ E RECRÍATIVA

Ma,rio Palmíra (Pal'tttírìnlta) -De nome completo: Ì{aria PaÌmirâ

CâÌhâ BândeiÌ'â. Nasciala no BâÌ:Íeiro, a 5 de Junho de 1931 Comeqou

â cântâr com o conjunto <Os Diabos do Ritmo>, também na Sociedade

dos u!'raÌlceses>, tor-Ììanalo_se especiâÌmente apÌâudida nà intêryretação

alo sambâ- Tem actuado em diversos pÌogramâs da Rádio Casou em 195?

fulttrìette Pessmhú-De noÍne completo: x{âÌiettê da Conceição

Gomes Pessânhâ Nabâis. N:ìsceu Ío BârÌeiro, â 5 de Maio dê 1935'

Estreou-se em 1960 lÌa Emissorà NacionâÌ e tem uosseguido uma car_

reirâ assinalaala lor muitos êxitos, em diversos festivâis e retiros' Casou

em 1960. Tem discos gravâdos.

Ziro Mo?'?.(Ì.- Nome artístico de ÁÌice do R'osário Castânheira

PÌoença. Nasceü no Bârreiro (Atto do Seixaìinho), â 13 de Novembro

de 19t2. Estleou-se nestâ vila, numâ festa dedicâda âo sêu conteÌrâneo

l[oniz TriÌìclâde. Acluou em dil'eÌsos progrâmâs da Rádio e na TV

Casou e resiale em França. CÌemos teÌ-se retirado dãs actividâdes aÌ'

tísticas.

nin.a RoíIri.gues _Nome artístico de Bernardino Rodrigues Diâs,

nâscido no LâvÌadio, a 20 de Dezembr-o de 1938. Começou â cântar, em

!úbÌicn, aos 12 àÌìos, numa oÌqúestrâ ÌavÍâdiense. -A paÌ-tir de 1956,

pessou â actuar regulârmente na Rádio, tendo tomâdo pâÌ'te, enfi€

outÌos pÌogramâs, 11o populâÌ: <Comboio das Seis ê Meia>' Em 1964pÌestou provas, em concursro, p:ìrà a Emissola NâcionaÌ, on'lê foi

âlrovâilo, passândo ílepois â âctuâr nos <SeÌões pâÌâ Trabâ'lhâdores>'

Câsou em 1961. É empregado da C. U. F, 1Ìo BaÌÌeiro.

Joiio L'?ris - Nome aúístico de Joío Luís MaÌtins Avelino, nàscido

nüma câs:L da Rua Miguel Pais, do Baúeiro, a 6 de Julho de 1942'

Estrcou-se em público, aos 13 ânos, num gmpo cénico infantil, nâ

Sociealâde dos <Pellicheiros>. Pouco depois, comegoÌÌ a cultivâr a cânção,€ntrânilo no profissionàlismo. Actuoll ÌÌà E. N., nos <Serões parâ Trâ-

bâlhâdores) e várias vezes nâ R,. T. P Em Angolà, onde serviu naÊ

forças armadas, assinou, depois, váÌ'ros contrâtos, âctuândo em dive$ospontq da província. É detentor do 1.' p{émio da Cançáo de Luândâ,àidade onde ültimaÌÌ1ente tem perïnânecido. Possui já discos grâvados

e tuilo indica continuaf a dispor de quaÌidades que lhe âug:rrrâm auspl-

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O BARREIRO CONTEMPORÀNEO

Mari* da, Nazat'é -De nome compÌeto: Maria da Nazaré MartinsAljustrel. Nova cançonetista e apreciada intérprete do Fado, nascida noBarreíro, em 1945 e onde viveu até aos 13 anos. Cantou, pela primeiravez, em público, em Santarém, aos 14 anos, quando fazin parte doConjunto Coral da F. N. A. T. Apareceu, em tempos, nos prograrnâsjuvenis da R. T. P. Tem trabaÌhado na Emissora Nacional e fez parte doprogramã dos <Serões para Trabalhadores>, Gravou já vários discos,um dos quais especialmente destinado à difusão das 'interpretações por-tuguesas, pela Televisão ltaliana, Tem últimamente actuado no Casinodo Estoril.

É empregada de escritório numa casâ editora, em Lisboa.

UMA CANTôRA

DULCE CABRITA - De nome completo: Dulce Isabel do CarmoCabrita. Nascida no Barreiro, a 17-XI-1928. É formada em CiênciasEconómicas e Financeiras. Fez estudos de canto sob a direcção ds Ana

A canlorcL DULCE CABRTTÁ

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VIDÀ AÌi1'ÍSTICA X RNCN'ATIV-À

Blãnch, em Lisboa e de Paul Schilharvsky em Lisboa e em Sàlzburgo'Solistâ alo Coro FemiÌlino cle CâmàÌà (Hànnonia,, alâ Emissora Naciolâl

de Lisboâ, exibiu-se em ÌÌumelosos concertos, seÌnpÌ-e com elogios:ÌsrefeÌênci:rs, até das mais exigentes cúticas Sob a direceão do maestro

FriedÌich VerneÌ, a sua actuâçáo no refeÌido ConjuÌÌto, coÌno me.zzo-so-prâno, foi especiâlmente distinguicÌâ nos conceúos em que se exibiu em

\'áÌias cidâdes âlemãs, em 1958.Em 1962, è em colaboração col1ì a soprâÌÌo X{aiuelâ Cannas, Dulce

Cabdtà fundou um Duo Vocal de Câmàra, que deu váÌios conceÌtos nâ

Rádio, apresentâÌlalo obràs tànto de comlositores nacionais, como cle

estrang€1ros.Em Lisboa, a 21-XII-1962, num concerto de homeÌlâgem a Marcos

Portugal (no 2.' centeÌÌário do nascimento deste g:rande coml)osÍtor mu_

sica.t- 1?62-1830), DuÌcê CabÌita foi entusiàsticâmente qp1âudidâ no

canto â soÌo dê fxL Dúd.úo, umâ dâs mais notáveis co[Ìposições do grânde

músico. Tem dailo vários recitàis Ììa R. T. P', na Academiâ dos Amãdores

de Música, etc., ê tem sialo, várias vezes, â intérprcte de Femàndo Lop€s

Graçà, clo quaÌ já aprcsentou aÌgumas obrâs em lrimeiÏa àudição, sendo

consideÌaclâ uma das suàs iÌÌtélpretes màis quâlificâdas. - É inÌã do

fotógrafo de ârte e cineasta AÌrgusto Cabdta.

UMA MAESTRINA

NATÉRCTA COUTO-Dê nome comllleto: Nâtércia Mâdalena Belâ

de Almeidâ Couto. Nâscidâ no LâvÌâdio, à 1?-IÌ-1924. DiÌectora ale or-qusstrà, intenìâcionaÌmente fanìosâ, é â primciÌâ senhora poÌtuguesâ

aliplomâalâ na arte de regência .le grandes conjuntos ntusicais. É neta

de Eduârdo José do Couto, grande músíco ãmâdor, fiiha de Àúur

ndüaralo do Couto, violoncelista de Ìâra sensibilidâde e iÌmã de AúuÌ

Rafâel de AlÌnêidâ Couto, distinto violiÌÌista dà E. N., todos tâmbémlàvrâdienses. Tem regido váÌiâs gÌànales orquestÌas em algumas das

mâis rmportaÌÌtes câpitais dâ Europa, sendo detentorâ alo <1" Prémio

de Regência>, no fiÌÌal do seu curso, no Conservató o de Pâris Em Roma

constituiu uma Oquestra Sinfónica ItâÌiana, com â quâ1 percoÌÌeu

vários paises, sendo considerada uma notável intérTÌ'ete de Schumânne WagneÌ. Já.,'isitou o Btasil, onde também Ìegeü. É aindâ aütorâ de

obrâs musica,ls pâÌa violino e piano.

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

Cultìvando ainda a literatura, é autora de váriog romances e ensaÍosfilosóficos, bem como poetisa, sendo diplomada pela Faculdade de Filo-sofia e Letras de Madrid.

Em 11-IV-1958, em espectáculo patrocinado pela Câmara Munici-pal do Barreiro em colaboração com a Emissora Nacional, regeu a ilustremaestrina no Ginásio-Sede do F. C. Barreirense a Orquestra de Con-certos da E. N., sendo nesse dia descerrada no átrio daquele edifíciouma placa comemorativa da sua passagem pelo referido ginásio.

Natércia Couto possui várias condecorações, uma das quais dograu de Comendador, é membro da Academia Heráldica de São paulo,e franciscana da Arquiconfraria do Cordão de S. Francisco de Assis.

Em 1967, regendo a Orquestra Filarmónica de Lisboa, emconcerto n:r Estufa Fria, estreou uma nova composição sna: Sul,teLusíarla n..' 5 .

1qo

Page 169: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

VIDA ÁRTÍSTICA E RECREATÌVA

NunL ;,nteressante desaLobranlento das suus lacuklodesinteíectud'i's, Nytércilt Collto, ;'nte'rulldndo o astudo e

a composi4ã,o d,as pautas tnusicai's eom q, titera'kqa'

tam-se rarelclilo to,mbém' 'ìtnú' escrito. d' de nì'é't'i,to, -

Ei-la, à secretóritt', troballlhtdo e L m&rs wtua daa

si.ids oórds en PPP(L't'o(ão

153

Page 170: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

E TAMBÉM NA TAUROMAOUIA

O BARREIRO TEM

O SEU REPRESENTANTE.. ,

Armalulo Soares, nascido no BarÌeiro, a7-XI-1931.- Tomou a alternativa dematador nâ (Reâl Maestranzâ)), deSeviÌha, a,30 de Setembro de 1962,durante a Feira de S. Miguel . -Padrinho: MigueÌ Mâteo (Miglin>. Tes-temunha: Curro Montes. Touro: (MaioFlorido>, da ganadaria Concha y Sierra

Prí.aatlo rl,e ,praç& d,e touros lzá, jd, mei,o século, s Buyysly6 -não nxuito tlistanciad,o dos campos ond,e eles se crimn e, portcoxtod,o casti,ço ambíente d,a festa brara - continua o, ser umd, terrúd,e muitos afici,onad,os. E quis o Destino que, ernbora sem, a suúsaurlosa Praça, houaesss dqui na.scì.d,o, em 1991, rnrma casa claefr-Aüenid,a da BéIgica, no seio d,0. Di,lú, unL bameirense que sey,i,ao nono portugaês o, to'mür ú alternatì,1)ú d,e matad,or d,e tr.ruros:Armanrlo Rodrigues Soares, d,e se% nonxe completo.

Ele é j,ii, um real ualor d,a Tauromaquia Portuguesa, Dotatlode apuraclu, técnica, apLicand,o-a com inteligâttcia às situações,ualente até à temerídad,e, Soo,res conta os tri,unfos alcançad,os pelonúmero tlas sÌtús o,ctuüções, no no:ro Pcns e no Estrongeiro.

O Barreiro orgulha-se d,o seu conterrâneo, espec.íalments (Jesdeo seu famoso <doutorumento>, par utmú tard,e outonal d,e 1g6p,na <Maestranza,> spyilllsnü - a6nfirmad,o ú 15 de Agosto de 1965,nn iMr 'nu mcnl ' t l - de Madrid.

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

15 /+

Page 171: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

II PARTE

.A VIDA DESPORTIVA

A OONTRIBI]IÇÃO DO POVO DO BAR'REIR,O PARA A PRÁT{CA

E DIVULGÀQÃO DO DESPORÍO É ÜM LEGÍTÌMO ORGULHO

DA GRANDE VILA INDUSTRTAL

Page 172: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1
Page 173: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CAPÍTULO I

O <DESPORTO-REI> NO BARREIROE OS ANTIGOS CLUBES POPULARES

As Ìealizâções desportivas têm sido e sem fâvor-as que maiscoDstante pÌopagândâ \'êm desenvolvendo sobre estâ laboriosâ vila qüe

é, entÌe as dê mâior importâncil do Pâís, âqueÌa em que o espídtodesportivo se €ncontra mâis ârÌeigâdo e com maiores reâÌizaqões ])Ìá_ticas. Vasta aura dê populãridâde Ìiu âumentar, por isso, à suâ voÌtâ.

Com os primeiros clubes de futebol surgidos antes de 1910 (') -quando na m:Lioria das cidades e vilàs de PoÌtugaÌ aitda esse jogo eraquâse clescoÌlhecialo -, com â fundâção, Ìogo em 1911, do Futebol ClubeBarÌ-eiïense, mâis o à!âÌecim€Ìrto, em 1920, do Luso Futebol Clube e,com estes, outros grupos popuÌâres, a juY€ntude do Bar"reiro entrcgou_se,desale o pnncípio destê século <das luzes> (aÌgumâs das quâis bemtÌágicãs, como todos sabemos), às pÌáticas despofliivâs, com entusiãsmoe âÌegriâ, nelàs sentiÌìdo um sâlutar deÌivativo pârâ as hoÌâs iiÍres dotÌabâÌho quotialiàno, constituindo, âÌém disso, um vaÌioso meio de desen-volvimento e destÌeza do físico.

TRABALHO e DESPORTO deràm-se às mãos, desde ertão, noBârÌeiro. Isto quer dìzer que foi especjâlmente eìtre o operâÌiâdo, nas

e Modqtn-I ?âde-Ca!. \L-O BQ!. ì ro naÈeptLbU.a. PAgs. 2Bl e 234.

157

Page 174: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BAIìREIÌÌO CONTXIIPORÂN!]O

suâs camadãs poprÌÌâres, que às :lctifidades desportir':r's coÌÌÌeÌân màis

âdeptos e praticântes. E, tâÌ como nâs oficinãs, onde, com fÌequência,

o fiÌho suoedià :ìo pâi oü ao irmão mâis ÌeÌho, Ìrume modâlidade de

ínbâlho, tambóm em âlgumas modalidâdes desporti\'âs (pÌincipâÌmente

no futeboÌ, no bãsquetebol e, mâis taÌ'de, no hóquei em pâtins) se suce_

deÌâm, emboïâ já hoje em meÌÌor escâÌâ, os plâticântes dentÌ'o do m€smoïínculo {àmiÌiar.

No faotbú,ll, .lssociation tem siaio o Bârreiro, desde há muitos ânos,

Mn adsa à parte, no panorâma g:eÌâÌ da modalidâde, no nosso Pàís, mãn-

tendo nonnalmente Ììâda menos de três clubes (o Futebol Clube Barrei-

rense, o Luso Fútêbol Clube e o Grupo Desportivo da CUF-este aqui

fundâdo em 193?) nâ Ì e II Divisões Nscionais, câmpeoniìtos máximos,

caso úÌÌico e extraoldinário üum concelho tão pequeno e onde tantas

uulfr" n od: l idhdFs sê pïr t : . j ì . ì1, (omo irêmnr \ 'êr.À situàção mais brilhante dos futebolistâs do BarreiÌo foi, todavia,

aÌcànqâdâ, nâ épocà do o,ma(Lof iskro, enì que as suâs equipãs não râro

bâtiâm-e mâis vezes do que se possrì imaginàr hoje os gÌupos Ìe-presentativos dos mais afamados clubes de Lisboâ, até nos seus pÌópÌios

campos, em toÌneios máximos e outras impoÌtaltes competições, cÌubes

esses infinitamente meÌhor àpetÌechados e âmÌlaÌàdos pelâs suas grândes

màssâs ãssociâtivàs, do que os cla vilà do Bâ[eiro, âqui mantidos à

bâse duma vontade e dedicação sem Ìimites.Mâs quândo o ÍuteboÌ perdeu esse tão simpático cârácter, pâr:Ì se

torÌâr num espectáculo, como quiì.ÌqüeÌ outro, em que os paÌticipantes

sáo tanírítúd,os e pogos, a câtegoriâ dos clubes locais diminuiu de vâlor,por Ìlão poderem coÌÌtlataÌ e pâgàr em cofipetição com ãs colectividades

congéneÌ-es de mâioÌes recursos finarceiros. Como o dinheiÌ'o foi semple

a mais :rliciaÌrte das tentàQões e se, por si só, não llomove t\' felicidúde 'náo devem rcstar dúvidâg de que uito concorre laÌa e1à, sucedeu o

inevitável: a Bâídâ de àlguÌrs (ÌÌão todos) alos meÌhores jogadoÌes locâís,

made N'n. Bàr:reito, pâÌâ os mâiores clubes de Lisboa e pâra os de outrospontos do País, desde o }Iinho ao AÌgaÌ-ve.

Para maÌÌtercm a maioÌiâ dos que ficâram entrou-se, então, peÌo

cãminho da coÌÌcessão de subsídios mensâís fixos, a.Ìém de pÉmios dejogos, com os quais eles pâssâÌam a contar, parâ àlém dos s:LÌários ou

ordenados âuf€ddos nos seus empregosSe nessa tÌansição, qúe tão profundamente modilicou a éticâ do

futebol e dos própúos jogâdores, os clubes do Barreiro (BaÌÌeirense e

Page 175: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

o Dr'sPoRTo rìÌil No r!ÀRltlllÌto

Luso, já que o G. D. da CUtr' sè tratâ de um câso esì)eciâÌ) não se atÏn-daÌâm, Ioi pr incipal ' ÌP' lê porque o .n a : Ì Ì

' ia l de . io\êr ' ouê surgiàm

aqui todos ;s ânos-<um dos màis €xttâoÌdiÌìários ui?eilos dc futebol

ilo nosso País>-se mostroü pràticamente inesgotáveÌ. Criâram mesmo

fama- que ainda conseNam, âliás - âs EscoÌàs de JogâdoÌes do FüteboÌ

CÌube Barreirense, na Ìnodâlidâde de futebol (deserl'oÌvida peÌo Ììotável

l f . inrdor ponugu;s Augu'Lo Srbbo. que lorntnt umà 's 'olr . bârrei* . . " . f

" ì " br"qÌrplebol . os Ì Ì1ai- r l ic i r r 'ês iogos dr iu\êr ludê lors l '

escolrr esrac quF, nc la l rd ' -"F cr1 h. l ; \ ;dàdê _aì5 ou Ì 'p l 'o" Io ' l i 'ür '

urrstÌâm a -èr D'nr l Lli."o de"sê 'ìub' í ì'A époc.L qLe sê 'cgl l iu à l . Cmndè Guêr'rr" r l ; l9 i lÚ ê |r ìnda i

déc,ür d;193i 40, vìrâm suÌgir numeruFo' grLpos dÂ'n^rr i 'os no Ì iâr '

rêi ìo, oue ênsâia\ar. ê ! ï r l ica\am \ár irs nodâl idedet maò semDrP

com m;is Írequênciâ, o futebol acàbava por suplãÌÌtâr âs outras - tr:Ì-

vandio-se entrã eles ânimâdos jogos de competição. Foi âssim que' em

1926, chegou a eristir nestâ viÌa, um:Ì aigí, íle F?/'i€óol (que tinhà divisão

nromocjonáf ia) agr-upardo clubes equi exisLenlês. c quP outroi sê lun-iuam dos cur.elhìs dp Seixsl , Nlu' b e Aldeia G!legr rr" uâl l lonl i . ioì

Se em um ou outro âspecto de conjunto dâs equipas desses clubes

baÌreireÌrses mais modestos se obsen'avam algumâs fâlhâs, o celto é

que estas erâm vàntajosamente supÌidâs p€làs q Ìâlidades ìndigiduàis

clos seus jovens jogâdores. Quândo o clube âcabavz\ por Íalta dê maiores

recürsosJ os seus elementos mâis €ÌÌtusiastãs e evoluídos iâm juntâÌ-se

às fileirâs alos cÌubes Ìocâis de maior estabilidade, pÌimeiro, o Futebol

Clube Bàueirense, aleÌrois o Luso e, ânos màis tarde, os <Unidos do Bar-

reiro>, actllâÌ GÌupo DesloÌliro da CUF.

Aqüi Ìecordâmos, em seguida, uma laÌ'ga série desses pequenos

âg?upamentos jú desapateci(los, qtÌe <âlimentaÌam) as fiÌeiras dos mâio-

r€s, dos que conseguirâm subsistil, Ì'efo{àndo o número dos feitos <em

(') As sctividâdq âté 1945 desenÍoÌÍidas, mas incohpÌ€tas e dispêrÊas' Ìrara

a fouaçâo de futelolistâs, Íoran imÌrulsionâdâs è coodenadas,

inausuïÀçáo, a 16 de Nov€úbÌo, pêlo F. C. Bar€iÌêns€, de uhâ <Escola paÌâ

formação Íìe JosadoÌes de lutehôL), diYididà eÌr vârias ruÌas: dc sinástica, atÌetismo,

fntebôÌ teórico e Ìrrático, ãssjstêrcia úédicâ e T€gÌaÉ de futebol' nâ qual se jdciaraú

desde 1ogo, leÌto .ìe meia centeDa de jovers O âcLo inâusurâl foi celelrado 'on

uma

DalestÌa ilo já Jaleado jornaÌisla Albeltc altrtâs.

159

Page 176: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ê3.' flli,âl dô Sgôrt lisboa ê

Alltí.g.as .Liga:t de (Ì,esparto e a[gürLs .Ios pe(!úenos c[ubes. barreircnses, que mlLitorrnttrìbuitatn, aan os oLd,'roa clrLbes lt)cct.ís (le Ìnúiar projec(õLo,d.Ds ,1.r1àis yoratnío,tlLecedares cle laliosa <<m,atória prrhratt - pa'ra a tlifusito do Despoyto no Bdrreiroa í ler!/ft pra'p(Lgand,& .lesta rilú, q.tralés d,as ró,rias moclal,ícktclas f]roticí1dtls

Page 177: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O DXSPORTO-IÌIJI NO B-\RR!]IHO

casâ>. ArÌtes, todavia, deseiâmos acentuâÌ: que o BâÌ-Ìeìro erà então umâ

ter-cã pârte da qüe é hoje. Pois ÌÌão errâlemos mrÌito se disseÌmos que,

quâse por câda ruâ, havia um cÌube! Erà no ântigo Lârgo de N" S.'' do

Rosário que â ?/rdiorio deles jogav.r (imlrimirâm-se plogramas, em 1922,

indicâüdo os jogos Lo Co,nrpo tLt Setuh.ora ilo Eosdvio ..) Todos os diâs Ìá

se praticava futêbol. E aos doÌningos erâ dâ manhã à noile!

Esses úl?òes 'popu.l,.r-res eraÍ\ os seguintes: o <llrììão FuteboÌ Bãr-

reilense>, (o 1.' deste títuto) o <EstÌela ]rootbàÌl Olub>, fürÌdàdo em

1920; o <hdepeÌrdente FootbaÌÌ Club BaI1 eirense > ( estes dois clubes fun_

diram-se em 1921, com o títuÌo <EstÌeÌà-Independente F C. Barrei-

rense>);o <ÍnteÌÌ Ìâcionâl CÌub BâÌrei Ìense> (os uNovos-Ricos)) quc

existia em 1921; o ]3rânco e Negro FootbâIl OÌub'; o <Avenida F C. Bâr-Ìeirense>, fundàdo a 15-IV-1921 ; o <Operário Footbâll CÌub,, íundàdo

tâmbém em 1921; o <RestauradoÌes FootbalÌ CÌub>; o (UÌÌião SpoÌting

BaÌreiÌeÌrse>; o <Unidos FootbalÌ Club tsâÌreirense>, fuÌdadct em

24-IÌI-1S21; o nclub FootbâIl Os BàrÌeir-eÌìses', fuxdâdo em 1925, 4.'

filiàl do CÌub de Football Os BeÌenenses, de Lisboa; o nÌnrpeÌiâÌ FootbaÌl

CÌub); o <Lusitano Sporting CÌub,, que exisliâ em 1924; o <UÌriveÌsâl

FootbnÌÌ Club do Barreiro>, que existiâ em 1924; o <Casâ Pjâ FooibalÌCÌub do Barteiro,; o .9 de Marqo Footh:tÌÌ CÌub), que foi iíÌiàl do Luso

FootbalÌ CÌüb; o <lIâÌàviÌhâ FootbaÌÌ Cllub,; o (Spo|t Cruz QuebÌâdâ do

BaÌreiro,, de 1922, fiÌiaÌ do Sport Cruz Quebrudâ, de Lìsboe; os (l,eõês

FootbâÌÌ Club BaÌÌeircnse>, fundado em 1925, 5.'Delegâção do SlortiÌrgClub de PortugaÌ, de Lisboa; <Os Onz€ BaÌrciÌeÌseso; o <GÌóriâ FootbaÌl

CÌub RareiÌerìse>; o ucÌub AtÌético do Bârreiro,, que existjÌ em 192i1;

o <Vasco da Gama Footbell CÌub BârÌeirense>; o <Vitóliâ FootbâlÌ Cluh

BâÌ-1eirense>, fundado em 8-I-1925; o <Estrelâ Sporting C1ub,, do

BaiÌTo das Pâlmeiras, fundâdo em 5-V-1927; o uGrupo de FootbaÌl dâ

C. U. F..>, que existiâ em 1928; o <X{âútimo FootbaÌ1 Club,, que tâ1Ìróm

existiâ em 1928; tendo havido outro grupo com o mesmo nome em

1948; o <União FootbaÌÌ Bàüeirense), fundado em 21-IÌI-1928; o <Es-perânçâ FootbalÌ Club>, que tâmbém existiâ em 1928; o (Europa Spolt-

ing Clubo, âinda de 1928; o <lmpério FuleboÌ Club BaÌ-rêirense>, fuì

dado €m 1930, que foi filiâl (N-' 4) do FuteboÌ Club Barreirense; o

<Fiânense Futcbol Club IlaÌreirense,, fündado em 1930; o (Nâcionâl

Futebol Club), fundâdo em 1932; o (SpoÌ-t Lisboâ e BâÌÌeiro>, que foi

sequônciâ do antedor, Íundado em 29-XIt-1932, 43' fi1jr1 do SportLisboâ e Benficã; o <Lusitâno FuteboÌ CÌub>, que exjstia em 1936; o

161

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O DESPOIìTO-IEI NO B,{RREIIIO

<Boàvistâ Fut€bol Olub tsarreirense> (anterioÌment€ <TigÌe FuteboÌCIub),) 1.'filial do Boavista FootbalÌ CÌub, do PoÌto; o <crupo DespoÌ-tivo <Os CeÌtas,; o <Juventude IruteboÌ CÌube BarÌeircÌs€>, do Alto dosSilveiros, fundâdo e-Ìn 25-IV-19:16; o <UÌÌidos FüteboÌ CÌube) (que eÌn1936 jndicavà ser à 5. ' Í i l jà l do Ì jn ião de Lisboâ).

Nâ câsa que Ìhe seÌviu sede (na Rua do ConseÌheiro JoàquìÌl Àntó-nio de Aguiar), h:Ìstcia aindâ a baÌ1deiÌà o <União FootbalÌ BaÌÌei-ïense> (ïecordâdìo de 1928...) Legalizado, âindâ, sobrevive (emborasem âctividâde), como umâ record:ìção entre o ÌoÌ dos desâ.pârccidos.

No LavÌadio hâviâ tâmbóm, em 1922, o <Lavradio Football CÌub>.Em 1124 fundou-se o Sporting Olub Làvrâdiense, que chegou a

disputãr q 1.. Divisão Regionàl da Associâção de Futebol de SetúbâÌ.Mântém :Lindâ a suâ sede, com íins Ìecreativos, mâs já não praticâ des-poúo desde há bastantes anos. ÌIoüve âindâ, màís tàÌ'de, nestâ freguesià,um grupo de ïutebol denomíÌÌâdo <O EscoÌâr,. que teve existência efé-meÌâ, mâs onde eÌ1sâiou os primeiros portapés na boÌâ um lâpâz queseriâ futuro < i nternâcioÌlâÌ, : AÌtur Vâ2.

Por voÌtà de 1930 existìu, âindâ, em Coinâ, o Uridos Futeboi CÌubCoinense (a que sucedeu o Câscâ Viâna) que tinha â suâ sede numabârbeariâ. . .

EstaÌá compÌete â Ìesenha dos que forâm ficândo lelo câminho,mais os que suspenderâm a pÌáticà de despor"to ? Não vestimos gnlâs

}]âÌâ o âfirmâÌ, pois é âiÌÌdâ lossível que faÌt€m aÌguns. Mas descuÌpem--Ì Ìos., . Eles eÌâm tàntos,, .

Erâm frequentes os encoÌÌtros de futebol entre vádos destes grüpos.E até toÌneios, já de certo reÌevo. Registamos, poÌ exempÌo, aquele que,em MaÍço e Àbrit de 1937, reuniu, com â presençâ e :Ì coÌâborâção doLuso FuteboÌ CÌub, no Campo dâ QuiÌìtâ Pequenà, o <Fiânense,, o<SpoÌt Lisboâ e Barreiro>, o <CÌub de IfuteboÌ Os BaÌreireìses>, osnT,eões F. C. BàrÌeiÌense>, os nüridos F. C.> e o (Ìmpério F. C. Bàr-

(') O SroÌt Listìoa ê 3âÌreiro teÌe âuma âuÌã dê instrüção prjtuáriq pâÌticnÌar,fabetos âpendiam os ÌldnnentG dâ leitúrà.

sin!ática iniciãtir'â de criaÌ, em 1940,nâ suâ sede, oìdè 06 se!É sócjos anâì-

162

Page 179: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O DESPORTO-ÌEI NO NAIìIiEI]ìO

Ìeirense> ._ o lnúíoraí dos clubes popuÌâres do seu Ìempo - torneio esse(alestinado (como se ârunciou pïofüsamente) a pro,Ìnover um màiordesenvolvimeÌÌto do alespoÌto Ìocal> e que taÌÌto intêÌesse despertou, emváÌios domingos seguidoB, na juventude do BàÌ?eirol

Assim se mantinha e avivâvà à chama futebolísticà. . -Em capítuÌo própÌio nos {efeÌirêmos aos cÌubes âctualmente exis-

tenteg e às modâlidades desportivàs que pràticâm.

163

Page 180: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

II.

Oa,nt i ,goeos,atut t lemblema d,o FutebolClube Barrei'c'ense

Page 181: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CAPÍTU]-O II

A FASE INÌCIAL DOS JOGOS E TORNEIOSPARTICULARES DE FUTEBOL

Já em outÌo Ìugar (1) referimos a época cÌâ íurÌdâção dos pÌimeirosglupos de futeboÌ do Rarreiro, desporto de que António Maria de Oli-veìra, cas:rpiaao, foi aqui, sem dúvida, o introdutol

Tendo sabido Ìeunir à sua voÌtâ âs simpàliâs de uma boa parteda gente nova do BarreiIo, atmindo elementos disperBos dos p meiÌ'osgrupos Ìocâis Bur-gidos até 1910, e impuÌsìol:rdo por âlguns oütìos ele-mentos mâis evoluídos e tenàzes nos seus objectivos, o Futebol CÌubeBâlÌ€ÍÌense dâtando â suâ fuÌrclâção de 11-IV-1911 pôde singraresperançâd:Ìmente, sem competidores, nà â1turà, que lÌ1e dimirìuíssemâ infÌuênciâ, embora sustentâd{r dcntïo da màior modéstia, de que o 1.'tìaÌâncete de Câixâ, âqui reproduzido, nos pâÌece um cudoso elementoassaz demonstrâtivo ('). Mâs DraticaÌtes não fxltàvâm, felizmente...E breve iniciâ\'a os seus jogos pâÌticuÌâres (,), porque aiÌrcla estavaÌonge â épocâ em que mârcarie â,!ruâ presenQâ nos torneios oficiais.

{.') v. O Buìtrira ArLtisa e ad.rlÒ Câ!. r-(já eitâdo).(') À dài,â dâ snâ fundàqão, o !'. C. Bârreir€nse teriâ à loìtâ de úns 50 sócios.

Eh 1918, este clubc tinha 160 sócios e, dez anos delojs da fundação (nais precisa-meìtc em Àsosto dè 1921), o númen d-" sócios eÌâ de 26r.

(r) Fundâdo há pouco DÌâh d! um âno, o F. 0. BarìeiÌense dislntou (eganìrou) !eÌâ Ì-' vez !m troìóu nm& Camptairo eü jogo orgaìizàdo pêltÁssocjação dos BohLêiros Volunl,ários Heroìd, em 4 VIII-1913, d€frcntârdo o VitóÌia.le Setúnâ1, Ìo caDto dè Josó A]Íes, ncsta vilâ, tendo triunfado dog setlì!ãienses l orõ . nn 1913, ganha oütÌo tr:ofóu instituido têÌâ hèshâ AssociaçÃo, DÌâs êm toÌnêiÕcoÌn outÌâs €quilãs representàtivàs de côlêctiüdades Ìócâis.

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Page 183: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

TOÌNIIOS PÁIiTICL-L-\RES DE IUTEBOL

Foi no b.o dê 1914 quê " F. C. Bà)reìrPnsê c ' t r Ìê 'ou r u l i l izrr o

campo do Rossio, o primeiro rectângulo de futeboÌ, desta Ìi1a' mâis Iró-pÌi;já desse nome. Era então teÌrâ Ìav1âda, cujo piso foi preparâdo com

barro e joüa. Em 1915, o jovem clube inscreveu_se nà Associâção de

Fulpool dF Li"boiì, ' ìào diqnu{!ndo lodir i Ì quÂlquer lo' eio dc compe-

tição. Limitava_se, àindâ à oÌ-gânizãçáo de torneios laÌticulaÌes - ê nesse

aspecto foi pioneiro - comeqanclo por orgàniz:ìl, em 1916, um tomeio

ertre equilas alo próprio clube (dà 1.' à 4'categoÌiâ), que disputàrâm

a Ta4a nBarreitenser. Nesse âÌlo' em Agosto, gânha ã Taçà <CÌuz VeF

1xelh;, (instituída peÌâ DeÌegação local da Õ' V)' em competição com

um nUnìão do Barreiro, e um <Grupo DespoÌ-tivo da União Fabril>'

Depois, em 1918-de SetembÌo â Outrìbro - o F C B oÌEaniza âqu1

um oui.o torn"l,r, ilesta vez com ãlguns cÌubes lisboetas, com o fim de

preparàr uma equipà para participar nas provâs oficiais da Á" F L (')'

ò Br."";."rrs" pãgiva -.tade

alâ alespesâ de transporte dos clubes foras-

teiros... A taçalso- o nome ile <Barreito> - foi gânhâ lelo cÌube

oÌgânizãalor, mas o objectivo visado não atingira ãinda o âlmejado Íìm

Palssa.-se mais um tempo, funalâm-se, entretanto, nest'r úla o <EstreÌâ>

e o <Inaleleralente>, cÌubes com lretensões, âté qüe, em Mârço de 1921'

o jornaÌ bâueirense ,4cçõo institui umâ \'âÌiosa tâçà com o seu nome'

para ser disputada. em toÌneio entre clubes do BâÌÌeiro e do Seixâl' e

tomam nele parte, â1ém alàqueÌes ilois novos grupos, o F C BâÌreirense'

o Urriao FuteboÌ BàrÌeirense, o Slpú Lisboa e Seixal e o Seixâl SloÌt

CÌub. Despertou este torneio muito entusiasmo, têndo a taçâ sido ganha'

meÌecidâmente, pelo Baüeirense (r ).Õonsequêncà dà iniciâti\'â dà Ácç{í0, dirigidâ por Tomé Vìeirà:

1921 ar'o !êrlil em fundações de cÌubes populares no Bar-reiro' como

vimos no ca!ítuÌo Precedente.O <EstÌeÌa> e o <Independente> fundeÌÌÌ-se, entretanto' Ììesse ano'

e, em Dezemblo, o recém-foÌmailo (EstreÌ8-lndependente F' C Balïei-

(') Con o r'. C. Bârêircnsê laìticila!âm nessê toÌ!êio o Ünião I'uteboÌ

,r."""1àá, "

i-pa"; Ì,isìoâ Club, o GÌuro I'utehoÌ IeÌrficâ, o Gnlo DeslortiYo

Nu ÁlÌsÌes, o PoúúsaÌ !úiebol CÌub e o Lisboa SÌJoi1jlg CÌul'

(') Aqui registâmos â equipa do clube tencêdor: \ÍàrcoÌinoj Joâquim Sil!êil2

. ri^gJ t"o'ie-".; Joãô RebêÌo, Joâquim Sapâieiro e António de oliveim; VaÌentin

l"r"rã, -qtgt.t irartins, neuardino de cantÌho, ânuel TrtaÌes RodÌigres e

-1"À"i" ni"r". o joeo ïìnd íoi ilisputailo ertÌe o BaÌreiuse (5) ê o EstÌ'eÌa (2)'

Page 184: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O ÈAX,REIRO CONI'E1I?ORÂNTO

Ìcnse> l)t€ en jogo a. süDÍem'rci.. íuteboÌístic:Ì locaÌ com o BârÌeilense,que o deÌrctâ, coÌrfelindo-se o título de c(, Ueaio íLo Btoreiro. P"aõ,ic,eÌrtão, maioÌ confianca rìas srÌas possibiÌìdâdcs.

Dm 1023, conforme Ìegistâmos noulÌo Ìug:rr, o F. C. ts. enÍl€ntâÌìo CâÌÌlpo do Rossio, que entÌetaìto scfrcfâ di\,.eÌ"sâs meÌhoÌ'iâs, os espâ-rhóis do ReâÌ Union rÌe HueÌv.Ì. No.,'o êxito.

No âno seguirtc, àìguÌìs cÌubes de Lisboa, perânt€ â insistônciâdo Bârreir.ense, põem enlrâ\.es ào ingrcsso deste na Divisão da Promoçãoda A. F. L., e teriam Ìeceios pãÌâ isso, poÌque a 5 de Fevereiro dessem€smo ano de 1924, o EarÌeireNe esparìtavâ o País deüotando no Câmpodo Rossio o <grande> da câÌr i tàÌ o Càsiì I ' iâ-poÌ 4-0!

Segue-se umâ cüriosa efeméride:

A primeiÌ:ì. <embài:ràdâ> despírrtil.â com que o Bâueiro se fezrepfesentâf numâ festivicìâde oficiâÌ foj â que se deslocou a Setúbâl,no diâ 27 de JuÌÌro LÌe 1930, integÌâcÌa Ììâ grande pârâdâ de:Ltletasde todos os cìubes do dístrito, que desfiÌou cm contirrênciâ oÌÍmpica pe-Ì-ànte o Presidentc dâ RepúÌrlica, geneÌiÌ óscàr' Cârmonâ, Ìror ocãsiãoda inaugurâçiÌo dâ I E:rlosição RegionâÌ e da Ìuz eÌéctÌica nâqrÌe1a cidade.triïam 1200 âtÌelâs d€ 46 cÌub€s dos 13 conceÌhos do Distrito, formândoumâ coluna de Ìnais de um quiÌómetIo de extensão, âo longo dâ lormosãAvenidâ Todi. Á rcÌ)rcsentação do RaüeiÌo eÌa constituídâ poÌ 234àtÌeÍâs (coìstituindo quâse rÌmâ quintâ pàrte do desfile), não indo,poróÌn todos os clubes ìocâis reDrcsentados, como, por exemplo, o CÌubeNâvâl Bâneìronse, que, nesse diâ, disputou pÌo\'ãs náuticiÌs, nâ pràiãdestâ viÌà, já mâÌcâdâs com antecedência parâ essâ dâLâ, com â coadju-\'âção do Clube Náutico dc PortugãÌ.

Recortleraos ejrsâ ÌeltÌesentâqão do BâÌÌeiÌo Desportivo, que marcouÌugài. dc,-eÌe1'o pelâ homogenejdãde na forrnâ e no equipamento. O BâÌ-ieiro abria o cortêjo, com os seus cÌubes p€Ìa ordcm seg'LriÌrte:

l7\í.ehÒI Clìú). tl.ttrcirehse, como cânp€ão distrital, com 76 aUetas,cÌìeíirdos por RrúÌ Jorgc dâ SìÌvâ (que foi o seu l rimeiro jogâdor <in-

Na tágììa .o 1..1o. ú-n erbsí.lh.Mn rtúd q h,ìsti'rìa. d. ltrar.ïe .l)t.bcdúj <i!tL.lus,: t'ïatrurrlL ta 1. 1:isin! .lo StorL Lìst)otL e R.nlìcd ooBÌrr.íro, c,t 2t VII-1916- liais jú a nastj tìsìtarLlc, L.sse tehryo, crtL o(slolt"s,)./ a(Nihjl sÌì! soÌ€ rorb) I Õe,, .ctb). (D^ Cole.ção do Ántor).

168

Page 185: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

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Page 186: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

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Page 187: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

TORNEIOS PARTICULARXS DE T'UTX3O]-

teÌÌÌacionaÌ> de fÌÌtebol - 1929 -). Camisola veÌaneÌhâ - brancà e calçãobranco. Secções: futeboÌ, hóqüei em campo, basquetebol, atletismo enatâção.

Luso Fütebal Chlbe, com 72 atletàs, chefiâdos por Augusto GamaReis, orientador de hóquei €m câÌnpo. CàmisoÌa roxa-bmncà e calçãopreto. Secções: futebol, hóquei em càmpo, bàsqueteboÌ e atÌetismo.

Ullidos Fütebol Chbe, câmpeão dâ Divisáo RegionaÌ, com 32 atietas,chefiados por João Mârià AveÌâÌ. Camisolà ercârnadâ-âmârela e câlçãopreto.

V;tòio Fútpbut aluL'e Barpìrpnsp, ro'Ì 52 atlets". cheïiàdos poÌJaime Cablitâ. Câmisolâ verde-brancà e câ1ção branco.

Sporting Clube La1)r&diense, com 22 âtÌetas, chefiâdos por Jo.lo Vaz.câmisulâ \erdê (orì oureh e punhos brancos, ê (alçào bÌi ,nco.

Vamos s€guidânente,mâis reÌevo, historiàr emreiro nos toÌ'ÌÌeios oficiãis

citândo à mârgem algumas efemérides detesumo, o compoltàmeÌÌto dos cÌubes do Bâr-de futebol.

171

Page 188: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

O iarem contqr e ecto't'Joselito (José Jimenez) Íotogrúfatlo no So.Ião de Honra

alo Futebot Cl;ttbe Bar'ì'eìrense, iu,tuto d& r oúorental <<Taçd Si 2(Ltí4", por

ocasião cla sua exibição no Giná,sio-Sede deste clube, em 19-I-1958, rüNmú Íegtaorgani,ztuJa pura angtn iaçdo de futttlos tlesünodos à Secçito cle Basquetebol'

O referüo úrtista é Sócio Honoró'rio do Batreirense (nomeado ent' Assemb\eia

Geral de 8-III-1958)- A oaliasa <<Taça Simpatiatt, co[ocatla em peanlLa de mir-

m.ore. naqTLeLe S.,Lão d,e Honra, loi olerecida ao F.C. B. lJo'r 'ì.Lnú7 conL'i'ssão de

barn'eirenses, constìtuida en JuIln de 1918, que, pcïa o eleito, L&nçou uÌn'a

grand.e su.bscriçío, tenslo sìclo aoLeneltuente entregue ao Clube a t tl'e Abvil

Le 1g4g. Tan gr&'Ltada d seguinte legenda: <Glória ao Mérito - Homenagem

da Pooulacáo do Bârreiro ao Futebol Clube BâÌ"reirense - 1948D.

(Foto de Au!.usto Cabrita)

f i2

Page 189: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

I

CÂPÍTULO I I I

OS CLUBES DO BARREIRO NOS CAMPEONATOSDE FUTEBOL

(ALGUNS IMPOR,TANTES JOGOS PARTICULARESE OUTRAS EFEMÉRITJES DESPORTIVAS)

Em 1926/27. o Futebol CÌube Bârreirense (treinâdo pelo Eng."Augusto Sabbo), o Luso tr'. C., o Moitense, o Pâio Pires e o Áidegalensedisputâm a I Liga d€ Futebol do Barïeiro (recorhecida peÌâ Associâçãode Futebol de Lisboà), tomeio que é conquistado peÌo BaÌYeiÌ-ense (i),

Dm seguidâ, vence este cÌube o Câmpeonâto dàs Ligas e, no Câm-pêonato dâ Pì"omoção, gânhà (em 28-IV-1927) âo Bonsucesso, de Lisb&l,poÌ 5-0, coÌìquistando o diïeito de disputâr, na época seguinte, a Divisãode Honra de Ì,isboo. No CâmpeoÌrato de PortugaÌ, elimina sucessivâ_

(') Ioi a partiÌ desta éÌrocâ quê, enire ô tsâÌreÌrènse ê o Luso (esie já colro s€u Câhlo dâ Quintâ Peqnenâ), deÉâìÌochou - diÌja ün Ìroeta da lola...-certâÌivaÌirlãde quê \.i!iâ latente de há uns Dos .tús, -{ 10 X 1926, èm jogo laÌticulàen beìefício dâ Lig8 de lutebol do Bãreiro, dislutàndo-se vâÌiosâ tâçà ofeÌecida

!êÌâ C. M, ts., o ]-uso derxota suryr@ndentèhente o BaÌÌeiÌense, no Cànpo doRossio, Ior 5-3- A sesuir, noÉ jogos dâ Ligâ, o 9aÌrciÌerÊe Ìinga se, vencendo oseu adre8áüo, ra 1. 'voÌ ta (18-L-1926), lor 21 ê na 2. ' ÌoÌ tâ (9 ' I -192?), por 3-0,nâ Quinta PdÌuenâ.

173

Page 190: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O B.{RBEIRO CONI'EI{I,ORÂNEO

ÌÌ1eÌÌte, o OÌhânense (9-4), o Boavista (2-0), o Ìmpério, de Lisboa (3 1)

e, nog quâÌtos cle fiÌÌâ1, peÌ'{te poÌ 1_0 com o Vitórià de SetúbaÌ' ÌÌum

encontÌo qu€ cÌuÌou pouco mâis de meiâ pârte'

Entretanto, coìn a criâçáo do Distrito de Setúbal' e a Íundàção

(em 5-V-192?) ala suâ àssociâção de futeboÌ, o F C BaüeiÌense Íoi

convidaalo â disputrÌr, em vez da Divisão de Honra de Lisboâ' o 1"

Campeonato de Setúbal (192?/28); mâs não aceita âs condições em que

ele era alisputâclo, só @m iogos em SeLúb&I, ao contrádo do Luso'

OrgaÈiza-se, então, o 1.' Campeonâto alo Núcleo do Bâreiro (Ì"êconhe-

cido peÌa Associação de FuteboÌ de Setúbàl) em qúe pârticipou o F o'

Bârrcirense (vencedor), o Unialos alo BarÌeiro' o Seixai, o AldegaÌense'

o Vitóriâ do Râr"reiÌo e o IÌÌdepeÌÌdente' de ToÌ1e dà MâÌìnhâ'

Em 1928, o F. C. BârreiÌense Yisita SeviÌhâ, onde empâtou (4-4)

com o Real Bétis, sendo o pÌiÌneiÌo clube português que não peÌdeu

rÌâ cãpitãl d.L AÌìdâluziâ ( ).Em 1928/29, alisputa-se o 2." Câmpeonato de SetúbâÌ' já com a

paÌticip:ìção do F. C. B, que o \ritória l'eÌÌce; BaÌreirense e Luso

"hssifica--se a seguiÌ, ficanclo por clisputar üm encoÌÌtro Vitória_Luso'

que lodeÌià tej. dâdo o título ao cÌube do BaÌÌeiro'-

fgzg/gO foi Ullvez zr época de mais búÌÌ1o do lutebol do BaÜeiro

O CâmÌreonàto de SetúbaÌ teÌminarà com BarreiÌense' Vitóna e

Luso empâtâilos no 1.'lugàr. A fiÌì41 aiisputou-se no Montijo' tendo o

Vitória perdido lor 0-3 com o Bârreirense A seguir, deÜotâ este clube'

em Lisboâ, os BeleÌìensees (5-3), nos festeios do 10'anive$ário deBtê

glupo, e o Sport ing Clube cle Portugal (5-1), n'ì 1'mão da- <Taça

óuridud*n. No C"-p"onâto ale Portugàl, pÍiassegue o BaÌÌeiÌense ìnvicto'

"li*i"."a", "ucessivament", o Unidos do Barreirtr, o Comér"cio e Indús-

tria de Setúbat, o Luso F C.' o Unìão de Coímbrà o Boavistâ' o Espinho

e os BeÌenenses (câmpeão ale Lisboà), e âpÌeseÌrtà-se na finâl com,o

Spolt tisto, e Benfica Empate ao Íim do temlo rcgulàmertàÌ por 1-l'

mas sofre dois golos no lrolongâmento, sendo o Benficâ, peÌà prrmeÌrâ

ve.l, caÌÌ1peão nãcional.

(') Equi!â do F. C. B:- ânüeÌ PâÉcoali CâlÌos Ribeüo e José João;

ÁÌr-;'?i".; l:igueireilo e CaNaÌhoi Raúl Jorse, Asripio' Correiâ' JoãÓ Pirezâ c

Bênto de AÌmeidà ÌraÌ4doÌes: Pirezs, Bento e Coúeia {2)

Page 191: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OS CLUBES NOS CAMPEONATOS DE FUTEBOL

Em Janeiro de 1931, visita o Barueiro o Meteor de Praga, que perde

com o F. C. Barreirense por 4-3 (')'

O 4." Campeonato de Setúbal, em que participou também o Unidos

do Barreiro, campeão da Promoçáo da época anterior, não chegou a

terminar, pois a duas iornadas do fim, com Barreirense e Luso à frente

do campeonato, com possibilidades, qualquer deÌes, de arrancar o título(pois faltava ainda um encontro entre ambos no Campo do Rossio)'

os dois clubes abandonam o torneio, ao acederem a um convite da Asso-

ciação de Futebol de Lisboa para neÌa ingressarem (esta Associaçáo

tinha então castigado o Benfica e o Casa Pia).

Época 1929/30.-No Campo Grawle (Lisboo), en1 1-VI-1930,-Finol do Ca'mpeonatotla Portu.gal: F, C. BaTTei,ense, 1-5. L. BenÏica, J (após prolonl l ímento ). -A equfiia- rlo F- C. B. (dÍL esqueriLa'ptn'a a direita): José João, Bento de A[mekla'Luíi Falcã,o, ÁLraro PinÍ, Pedr.) Pi.rezt1, Ft'ancisco Cíimox'a, José Co"?'eiíú (ToupeiÌa),

ArLtónio CarLnlho (Carvalhinho), R&úI Jorge, José da Fonseca e Joã,o Pireztt

( ' ) Consti tuição da equipa do F. C. B.l CâmaÌa; Falcão e Fonseca; Leonel

(depois Mouzinho), ÁÌvaro Pina e Carvalho; RâúÌ JoÌge (cap)., Pedro Pireza, CorÌeia,

João PÍeza e Bento de Almeida,

LID

Page 192: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARRLIÌ.IO CONTE]Í?ORÂNEO

Em 10-VI-1931, no Câmpo Grande, o F. C. BarreiÌensc gâ.ÌÌhâ,ìâ finâÌ, a cobiçadâ <Taça Caridade>, deÌÌotando o tselenenses por 2-0 (').

Nâ épocr de 1931/32, o F. C. BâÌreiÌense, (que já tjÌÌha enião1100 sócios pâssâ â sua sede pâÌâ Lisboà e o campo para o Estrádiodo LumiaÌ; e o Luso F. C. passa o seu câmpo pâra Sãnto Amaro (câmpodo União Lisboâ).

Barreirense e Luso comeqâm â disputar o Campeonata de Lisboa(sem Benficâ e C:Ìsâ Pia), mâs âo fim de duâs joruadâs são ânuÌâdosos jogos já disput:rdos, parâ Ì€eDt1?rem aqüeÌes dois cìubes. Entr€ 10clubes, o BârreiÌ'eÌìse ficou em 4." e o Lusír em 7,'Ìugares, O BaÌreiÌens€ehega, depojs, à meia-liÌìâÌ do Câmpeonâto de PortugâÌ, mâs âí ó der'Ìo-tâdo peÌo Beìencnses.

Dm 1932/33, o Câmleonato de Ljsbo:r é disputado tàmbém Dor10 clubes, clâssi Í icândo-se o Barrei Ìense em 4. 'e o Luso em 8. 'lugâÌes,

Em 1933, surgiu ertão o châmâdo <Càso dos OÌubes do Barreiro)qüe aindà teve mais repercussão (se possíveÌ) nos meandros do futebol,do que o <Câso CrÌrÌito,s, (BeÌenerses-Spolting, em 1964), pois adioudurantê meses o comeco do Câmpeonâto de Lisboâ, que se ilÌiciou sòmenteem Feverei Ìo de 1984!-e à pressa, num:L só voÌta!

O câso Ìesume-se em que a Associação de FuteboÌ de SetúbâÌ exigiaâ \'oÌtâ ao distÌito do BaÌÌeirensê e do Lüso, prometendo Ìhes íacilidades.. , tnd 'q. , qua nLncj ì l l res t in l -e d!do. O í-orgrê.co da Fodp'r( io P"t-tuguesâ de FuteboÌ, <que não se importâvâ com o direito mas sim comâ moÌ?l), aprcvou â voltã dos clubes do BârreiÌo a SetúbaÌ.

Estes, que tiÌlhâm todâ â situ:Lção ÌegaÌizada junto do Gover'no CiviÌde Lisboâ, :rpoÍâdos poÌo respectivo goveÌ-nâdor (o círroneÌ João Luís deIÍourâ) e peÌa Associâção de Futebol de Lisboa (excepto BeÌÌficâ, Câs.ÌPìa e Bonsucesso), fincârâm pé nos seus direitos, .ì que os Ìe\rcuâ prcss€guír nâ disluta do CampeoÌÌato da Capital. O BaÌreiÌ€nse chegorì

( ) corsiilui(áo dã êquipâÌìâúÌ Baptists e CâNãlhoj Rãúl

do l. C. ì.: CâmâÌr; Ialcão e Fonsecà; itorzinho,Joïse (.a!.), Pedrô PiÌezâ, CorÌèiâ, Joáo I'iÌezâ e

Page 193: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OS CLUBES NOS C-{MPEONATOS DE I'UTEBOL

Época 1933/34.-No Ca.mt)o .lo Lunriar (Lìsbod), aïL 3-VII-1931'.- FbLaL doCúmpeonúto rle Portugal: F. C. Barreirense, 3 - SportirLg C. P., I (após prolon-g(Lmento). - A equ:ì:pa clo F. C. B. (cía esquerd,a pLrcL o dbeita, 1." plano):Raúí Jorge, Peclro Pireza, José Cot,reia (Toupeirâ), JoAo Pirezct e António Nunes(Grelo); fzo'ìnesmo sentido,2." pldno): RaúL BaptistcL, António Vieira, Leonelde Almeüa, F,ranabco Cô,mard, José tJ.n Fottseca e António Can:alho (Cattral}rin}lo),

Faleceq"am já,: Antónr.o Nunes, José da Fonsectt, e José Cotreia

ao fim em 4.' Ìugar, entïe os 10 concoïrentes, mas o Luso, ao fim detrês jogos, acedeu aos rogos da Associação de Futebol de Setúbal edesistiu do Campeonato de Lisboa. Dessa atitude h4via de experimentararrependimento, pois tedâ de sofrer discriminações, sendo obrigado,entre outras represálias, a disputar todos os jogos dos dois campeonatosregionais seguintes em Setúbo,I (por sinaì, o Luso foi, de 1934 a 1937,o único clubs do Barreiro que disputou esse tomeio).

Na época de 1933/34, no Campeonato de Portugaì, o F. C. BaÌ?ei-rense, depois de afastar o Leixões (3-2), o Luso (3-1), o Nacional daMadeira (4-2') e o Vitória de Setúbal (2-1 e 1-0), baqueia nâ finaÌ, em8-VII-1934, perante o Sporting CÌube de Portugal, por 3-4, após 3-3,ao fim do tempo ïegulamentar.

Page 194: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARBEI]ìO CONTXI{PORÂNEO

AÌresâÌ de 4." cÌâssificàdo eÌn Lisboà e \ice-campeão nâcionãÌ, foio Ban€iÌense abríga.tla t disputar :r Ì Divisáo de Lisboa em 1934/35,que veÌÌceu sd aom rílóruLs, e derÌotou o Câsa Pi:Ì Ìlos jogos de pâssàgem,o que vaÌeu disputar nas duas épocâs seguintes â Divísão de Honrà, onde,em aÌnbâs, se cÌassificoü em 5.'lugâï.

Antes de prossegïir este t€queno ÌÌistoriâÌ clos principrÌis cÌubesdo BarÌeiro nos campeonâtos oficiajs de fut€boÌ, recordemos agorâ quâisïorâm os seüs jogador€s (não ìntenacionais) que aÌinhârâÌn poÌ selec-

ções Ìegionais, âté 1936:

F. C. Bat'reirense: - Bento de Almeidâ, António CâÌvaÌho íCúr-Mtrhiü.h,í)), Jasé CoÌreíà (Taüpeíru), RaúÌ Baptistâ, José Duarte, AntónioNunes fc,"?lor, Leonel de Almeida e RâúÌ PiscoâI.

Luso F. C,: -Fràncisco Pirezâ, António Feüeirà (Zariz1,), ,A[.gústoDurand, Ëduãrdo FeÌnândes, ManueÌ Mârques (Tuìn.h.':L) e ArmindoCaÌ\'alho.

Prosseguindo. Em 193?, o BalreiÌense é constrangido a voÌtàr aSetúbaÌ, oxde, duÌã.Ììte .iïco épa.os conseutil,us, ïence o DistritaÌ. Ìssooriginou qu€ dispütâsse em 193?/38 a Ì Liga (7." ÌugâÌ) e nos quâtroânos seguint ies a Ì Divisão (6. ' ,5. ' ,6. 'e 6. ' Ìugâres), sendo em 1939/40mejo-finâljstã dâ (Tâçà de PoÌtugaÌ>.

Entrêtanto, ãpareceÌa o Clube União de Futebol do BarÌeito ídoGrupo Despotrtúo da CUF) q]de, €m 1939/40, \Ìcnceu â ÌI Divisão Dis-tÌitâÌ, subindo, por isso, à I Divisão d;Ì A. F. S. Em 1939/40, este mesmoclube conquistou o Cà.Ìnp€oxâto NacioraÌ de Juniores ((&e loi o 1." títuk)n.acionel canqristai.o por uk clube íl,a di\trito d.e Setúbal).

Em 1942/43, o grupo cufistâ, já com o noÌne de Unidos FutebolCÌube, \'ence o DistÌitâl de SetúbaÌ (2.", Bârreirense;3.", Vitória), oque Ìhe vâÌeu disputâr à I Divisão (9." 1ugâÌ). Nestâ épocâ, o BâÌTei-Ìense conquistâ, peÌa pÌimeiÌa vez, o Campeonato Naciona"Ì da II Divisão,deÌrotando, na finaÌ, eÌ1'Ì Lisboâ, â Sânjoarense, por 6-1.

178

Page 195: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OS CLUBES NOS CÀMPEONATOS DE FUTEBOL

Nas quatro tempoÌadâs ale 1943vencedor do toÌÌÌeio Íegional, sendosificado.

a 1947, sài o Vitótia ile Setúba.lo BaÌleirense sempÌe o 2.o clas-

Na época de 1947/48 e 1948/49, os tlês mâioles clubes do Barreiro-Bàneirense, Luso e GÌupo DespoÌtivo da CUF (a.nteriormente Uni-dos) -.- esião empenhados ta zoÍa" Õ da ÌI Divisão. Nessâs aluâs épocâs,as m€lhoÌ-es clâ"ssificações peÌ-tênceram, respectivâmentg âo BaÌ"reirensê(1." em 1947/48) e Despoúivo da CUF (2.' em 1948/49't.

Na pÌimeirâ dessâ,s temporadâs, o Bãrreirense foi subcampeão alâÌI Divisão, baqueando nos jogos de passâgem com o Spoding de Brâga,e ìâ <Tâça de Portugâl> cheg:ou às meias-finais com os BeÌenenses,depois de ter elimiÌìâdo o Yitória de Setúbâj, o F. C, do Porto e o Mârí-timo, da ilha da tr{adeira.

Em 1949/50 e nâ época seguìntê, voÌtaram os tlês clubes bârlei-renses a disputaÌ o RegionaÌ, do quâl sâímm vencÊdores, respectivamente,o BaÌÌeirense e o DespoÌ'tivo do Montijo (2.': Bâreirensê).

tr.oi, no entânto, na épocâ de 1950/51 que os (aÌviÌ-ubÌos> conquis-tarâm, pela segurdà vez, a IÌ Divisão Nâcional e âscenaleram à I Divisão(em ToÌneio de Apurâmento entÌe o F. C. Baneirense, o Lusitano deÉvoÌâ, S. Comércio e Sâlgueiros e União dê Coimbrà). O aÌìtigo Câmpodo Rossio Ìecebeu então impottantes melhoramentoÊ, sendo dotado denovas e maioÌes bancadas (de madeira) e âÌargado o Ì'ectâng!Ìo, meÌcêda cedência (por empréstimo) de umâ fâixa de *erreno, à nâscente,pe*€ncente à Companhia União FâbÌil, cujâ gerência também cor-coffeu, geneÌosamente, com matedàis pâTâ estâ,s beneficiações.

Em reconhecimento dâs dádivas e facilidades concedidas por aquelaempïestr, â Assembleiâ GeÌâl do F. C. B. aprovou que o renovâdo câmpode jogos pâssasse a ser denominàdo C1npo D, Man el d,e Mel,Ia,desde 14-lI-1952.

O Baneirense lnanteve-se, depois, oito épocas consecutivas raI Di\ìráo, (o.Ì s5 .egrirtes cla.sif i .xçõe":

Em 1951/62Em 1952/53Em 79ú3/64Em 1954/55

11.' Em5.. Em9.o Em

L955 /56t95t3/57

1958/59

6.'11."

L2..tt . .

179

Em

Page 196: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

lO BAIìÌII]IìO CONTNM?ORÁNEO

Em 1962, em 1957 e emàs meias-finâis da <Taça deLisboâ e Benficâ.

1958, chegou também o F. C. BârreirensePoÌiugâl>, sempre eÌiminâdo peÌo Sport

Em 1959, o F. C. Bâr'reiÌense, em jogos de pâssagem, é ïelegâdopara â II Divisão Nacionâl, que veÌìce, porém, Ì)elâ teÌceira vez, naépocâ seguinte (1959/60), derotândo o SpoÌt Comércio e SaÌg:ueirospor J-0.

Ern 1960/61 é o último clâssificado da I Divisão, Ìnas têim:t e,em 1961/62, vence, pela quârta vez, o Campeonàto NacionaÌ da II Divisão,bâÍendo o FeiÌense, em Leiria, por 2-0.

Mantém-se mâis duâs élocas nà Ì Divisão (19it2/63 e 1963/64),onde obtém âs clâssifica-cões de 11." e 14.'. Com esta úÌtimâ, voÌtâ maisumà vez à lÌ Divisão Nacional (épocâ de 1964/65), onde Ìence a ZonâSul, mãs é batido, em Leiúa, nâ final, })eÌo Sport Clube BeiÌa Mâr,de Aveiro, poÍ 1-2. Conquistâ, todâvia, nessâ época, âs Taçâs <Disci-ciplina> e <Totobola> (impecáveÌ compoÌ'tamento discipÌinar e ÌÌ1aiorsomâ de pontos nas pa.Ìtidas jogâd:ts forâ de câsâ).

De Ììovo, em 1965/66, na Ì Divisão, é Ìelegâdo paÌà o 14." lugârda classificação, voltando à divisão secundáÌià em 1966/67. Torna aconquistar o campeonato da Zonâ SuÌ e, de ÌÌovo, o direito ao reingressonâ I Divisão em 196í/68, com o títÌrlo de campeão da divisão secundáÌia(conquistado pelâ 5.'\'ez), peÌâ vitiriâ, em LeiÌiâ, sobre o S. C. Tir-sense, por 3-L

ForaÌÌÌ váriâs as vezes que o FúteboÌ CÌube BaÌ'ÌeiÌense empÌeendeudigressões fora da Metrópole, tais como: em 1949 (Madeira), 1951(Madeira e Açores), 1953 (Álema.Ììha e Sârae), 1956 (Mâdêir.r), 1957e 1958 (Espanha), 1962 (EspaÍìha e Marrocos) e 1965 (Espanhâ).

Entretânto, em 7951/52 e 1952/53, o Grupo Desportivo da CUFe o Luso Futebol Clube disputam o Câmpeonato RegionaÌ de Setúbal,tendo o g:Ìupo cufista obtido melhoÌes c1âssificâções (3.'e 2.'). Este úÌ-

1U0

Page 197: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OS CLUBES NOS CAMPEONATOS DE FUTEBOL

timo vê, finaÌmente, satisfeitos os seus legítimos desejos de voltar ao con-vívio dos primo-divisionários, ao vencer brilhantemente o CampeonatoNacional da II Divisão em 1953/54, entrand6 <com o pé direito>, naDivisão Máxima, onde desde então se mantém.

Segue-se o quadro das suas classificações:

r954/557955/56t956/571957 /581958/591959/601960/61

L96r/627962/631963 / 641964/651965 / 661966 / 671567 /68

10."9."

L2."11."

6."

t2..

qo

8..

MdTrtém-se o Gnl.po Desportiro d,ú CUF hâ catorze anoa conaealtiüos n& I Di,oisã,oNacional rLe Futebol. Eis a equi,pa que lenceu bq ilhantemelLte o Ne,ci,ond,l d,aII Di,rì.sã,o (épocú de 1953/5I) e, conaequentemente, i,ngressou na Di,t;isã,s Maior:no 1.' píano, cla esquerda pard a d,itêit@ - Bamíg(r, Vo*ques, Sérgio, C\érigo,Aurelia'r.o e Garcìa, magsag*td,; no 2," pld,no, no ntegmo sentido - Jeremias Car-rillLo, ürector, Libô,nio, Celestino, A|ul,ré, Cotreirú, Oúarlo, Mútos,,JoAo do VaIe,

Velfuínho e Joã,o Mó,"í0, treinndor

181

Page 198: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

O Grupo Desportivo da CUF, que nas épocas de 1960/61 e 196l/62conquistou as taças <Disciplina>, também saiu da MetrópoÌe: em 1954(AngoÌa), 1960 e 1962 (Açores), 1963 (Espanha), 1965 (Marrocos,Espanha e ltália) e 1967 (Jugoslávia)

O Luso Futebol Clube em 1950 /51 e na época seguinte apurou-separa a III Divisão Nacionai. Em 1952/53 disputou com o G. D' da CUF

o Campeonato Regional de SetúbaÌ e a II Divisão Nacional. Os doisclubes fazem parte, em L953/54, da Zona C da II Divisão. Os azuis,porém, descem depois ao Campeonato Distrital, onde se mantêm oito

Uma equipa d,o Luso Futebol Õlube, na 1I Di'ltiBAoNacional, com 90Vo tÌos iogadores que Í'izeram ú p(Ls-súger, (em 1962) e o traino.do'r que coktbotou na subüa.Do, esquerila po,ra a d,i,reita (de pé): Joã,o Mário Jor-d.ão (treinod,or), Vítor MonlLeI, Jodo Esteaes, Torrã'o,íúlóo Sih;a, Baptist&, Sd'Ildtlor, Solgueiro e Magno(massagista). No mesmo sentido (&gaclldrlú): Correiu,Joã'o GorLes, Jolé Rocbigues, C[emente e Henrìque

épocas consecutivâs (do qual foram brilhantes vencedores na época de1959/60) e onde sempïe se classificaram para o acesso à III Divisão,com excepção da época de 1960/61.

182

Page 199: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

t

OS CLUBXS NOS CAÀT?EONATOS DE I'UTNBOJ,

Em 1961/62, foi o Luso F. C. finâlistâ da III Divisão, sendo, coÌt-tudo, bâtido peÌo VâÌzim (1-2), mâs âscendeÌÌdo à II Divisáo, onde miÌitâhá seis épocâs, na zona Sulr com às classificações seguintes i

6. '6..9."9.o

4."

Segue-se uma séIie ale quadros, através dos quais vão desfilav osnomes de grânde,s ÍuteboliÊtas baEeirenses, dos marores, dâqueles queforâm distinguidos com â càtegoriâ de (intenÌâcionâis>. Não são, por-

1962/631963 /t341964/Ê51965/661966 /671967/68

Nestâ resenhà da caÌÌeirà dos clubes locâis nos campeonâtos oficiâiÉde futebol, não podemoÉ deixar em brânco umâ referê11ciâ devidâ aoSântoântoniense Futebol Clube, de St." Antório dr Charneca, que dis-putou a Ì Divisão Distrital em 1958/59, depois de teÌ' sido câmpeão daII Divisão Distttâl em 1957/58, e que, pouco depois, abandonou a prá-tica do futeboÌ oficiaÌ por motivo verdâdeirâmente sensâcionâl (emboÌ'â*\Ilez íã.o inédito): à Ìeceita dà bilhefeirâ não chegavâ pâra pagâro abundânte policiàmento que pâra o campo se resolvia enviar, poressa época, chegâÌìdo a pensar-se ra existêncià duma secreta competição:QuaÌ sedà mâior üm dia? O número de àgentes de segïrança ou onúmeÌo de espectâdores? CoÌì]o os directores do Sâ,ntoântoniense nãoabundâvãm em condições económicÌs que Ìhes pemitissem arcar comfrequentes supÌimentos das suas bolsa.s para a liquidação do ïecibo,âcaÌ'aÌam com o futebol oficiâ1, visto não haver outÍâ soÌução â toÍúr,o que penalizou bastante a populâ!ão da freguesia de Pâlhais, que tinhanos jogojs de fÌrtebol locàis o seu meÌhor entÌ'etenimento.

o nosso apÌegoado fomento alas actividades despoúivas depara,por vezes, com problemas de verdadeirâ iflisão,,, Mas são excêpções,felizmente.

183

Page 200: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARNEIRO CONTN}TPORÂNEO

tânto, lodos dos mais habiliclosos jogâdores que esta terÍa reveÌou, poismuitos outros, àlém desses, brilhàrãm não só nos seus cìubes barÌeirensesde origem, mas também, e aindâ, em outros mâis, de Lisboa e de váriâscidâd€s e viÌâ.s da proúìcia. Dentro dos Ìimites â que nos cingjmos,nesta obÌa, não ros eÌâ possível, toda\''ia, ir mâis âlém.

Bâstr, no ertânto, o que se vâi seguir pâÌ:r llos ufânâÌanos da largâcontÌibuição que o Bârr'êiro tem fornecido para :r vaÌorização dos <Reidos DespoÌtos> - o Futebol, apetecendo-nos ãrqúivar, âqui. a propósito,âlgumâs pàssagens de um culioso aÌtigo do jonìaÌista ManueÌ NIota,publicâdo em 23-X-1946, por um semâÌrário lisboetâ:

<O BarreìÍo, essd, gr(rnde e trabô o$r'üila, Euz jd, padia ser cidatl,e,que só o nã,o é, tall)ez, por estar a da,ís passos de Lisboa.-.l,oi.s paÃsoslaÍgos, po:t' .ì La d,a d,gua... -tem de .o1ÌÃid,erar-se @no wtu allobre de

:joga.alores d.a íutebol,! Maís, aomo uma nLínú inesgotúïel.-. I'odos &lirão <akmenta'r-se>. E o <fild,o> não secd.., O B&freiro dtí jogad,oresper(t os seuà ctrubes-e ptffu os outros, po,ra mxritos outro9... D11L totLas

as pa:i.ses hó, regiões ou cidedes yrix)i.l,egirLil,as para o ïutebol. EnL Portugalo Brvreira é beÌnumponto de eleiçõo futeboltutic(L ! . . .

Dó,-se co.ì1, o Bdn eiro o qrle se iLí enL EspútLka cain ríLries regiões.No país Dizìnlto Iuí o que aa asp.mlLóis ch&nL&m <c&ntertus>... D a. <can-te.ra> l)ascã, ond,e o Atl,ético de BiLbütL procura os seus :jog&da"res;é u <cantera" cdtq,l,ã, - que @LinLant,d, o B.LÌ'ceIon&; é (L <canter&> and&-Ì,uza - que m.ontém a Serílha...

ll se o lutebol saNi.l,llano dilere d.o luí.ebol d,e outr&s regìões - tthn-béÍL o do Bdrreiro difere d.o restdnÍe futebatr partü{ruês. Há, nele algorle sultti,I, de òmpdl.pú)al - d,e <pessadl, paru esclarecer melhor I mi-nlú ideia.

Um Ped,to Píreza, equí1tale a uL Barrocal,; unL Quu'esmtL o-s3ë111e-lha-se d unL Arz0,. Toílas jogdílores linú, de t)rimoroso toque de bol&,<cerebrais> - oi:tu7a ma p!7larra. E se a luteboÌ, se1)il,hano deLL, fu-giníIo às suas carúcterísticas, 1m CenLDan LI, impetlLoso, lúlvrinaüe naNmatej <o,gressir-o> no seLtido (íe reo,üzad,oÍ - o futebal barteìrensedeu wn Saeiro, um dr.iete, ulna almlla senrpre nLetítl,a nas deÍesas allner-síirìtlÁ, r,,"m jagu1lor ter"íxel pelos seus Dorta.pés [artq, certeiÍos, de,úLs-

18t+

Page 201: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

OS CILI'BES NOS CAMPXONATOS DE I'ÜAEBOÌ,

tdda,res.,, E se à so Lbr& da Giralda se erioú Eíàa'guín'e, à' so'flübta il'o'g

esgtnae ckaminés do Bo'l"reiÍo ctiou'se Azeueda! AqkIé ünda tero u'nl

ní"*io zr^oro a barro/r-ïhe o caminho; Azeled'o - <tenx sido senkor

o,bsolaúo . , .>E, fazendlo tlesfilar os nomes dê rumerosos iogadores barreirenses'

alessa épocâ, o joÌ'nalistà tenninâva: <A Cantera b(Ln'eìrenae rÌLere41n

esta ho1?Lanrtgem>.Com maìs forte râzáo, pois, os alistrnglimos nós, aqui, üeste lugãr'

qre fi.â-rá à Ìscordálos - os anligm e os rÌÌâìs novos-como aflel'as

iustamente Ìelreseniativos élo valor desportivo da sua e nossa terra'

185

Page 202: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

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O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

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Page 203: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CAPÍTU],O IV

GRANDES NOMES DO FUTEBOL QUE AOS CLUBESDO BARREIRO DERAM FAMA E GLÓRIA

FÜTEBOLISTAS INTERNACIONAIS - A PELOS TRÊS MAIORESCLUBES DESPORTMS LOCAIS: FUTEBOL CLUBE BARREI-RENSE, LUSO FUTEBOL CLUBE E GRUPO DESPORTÌVO

DA CUF C)

RAúL JORGE (a,u(mQaã.o') - F . C. BarÌ'eirense. - Dê nome com-plêro: Râút Jorge dâ Silvr. NaLurrl da Moita. Nas.ido â l l-Xl-1903.Iniciou a sua cârÌeira no Estrela Futebol Clube, do BaÌreim, em 1921,entrando, po rco tempo ilepois para o Futebol Clube Barreirensq ondejogou até à época de 1937/38. Alinhou 3 vezes pelâ Selecção do Sulcontra o NoÌte. Foi depois treinâdor do Grupo DespoÌtivo dâ CUF.

ÁLVARO PINA (m.éüo-cenira) -F. C. BâÌreirense. - De nomecompÌeto: ÁÌvaÌo MâÌques Pinâ. Nascido no BaÌTeiro, a 15-XI-1906,Vive em Áfúca, continente quq .de.sde no\'o, o fâseinou e parâ ondepartiu em 1931.

(') OÊ jog6 em que tohâ]fr pâ?te, ndsâ qualidade, constah dô capítuÌo

187

Page 204: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARIIEITÌO CONTNI{POIiÂNXO

MANUEL SOEIRO (arançddo) Luso F. C. e Sporting C. P.-De nome completo: MânüeÌ So€iro Vasques. Nascido Do BâIIeiro, a17-IÌI-1909. Começóu a jogar em 1923 no Luso FuteboÌ Clube. Em 1931estreou-se em Lisboa, nâ 1.' câtêgofiâ do seu cÌube. Na épocà de 1933/34,iassou â âlinhâr pelo Sporting Clube de Portugâ], que representoÌldumnt€ 12 âDos. PrâÍicou tambóm àtÌetìsmo peÌo GÌ'upo DespoÌtivo<Os Treze>. Foi tÌeinadoÌ do Luso F. C., do Torres Novâ.s, do Sâcave'nease e do G. D. da Covâ dâ Piedã.cle.

JOSÉ AUGUSTO (an)ançddo) -F. C. BarÌeirense e S. L. e BeÌÌ-fica.-De nome compÌeto: José Augusto Pinto de AÌmeida. Nâscidono Bareiro! a 13-IV-1937. InscÌito na (Escola de Jogâdores> do F. C.Bârreirense, na ópoca de 1951/52, começou a iogaÌ nos juniorcs domesmo clube, nâ épocâ de 7954/55 e Iogo em 1955 foi <inteÌnacionâ1),figurando a âvanqâdo-centro da SeÌecção NacionaÌ 1ìo Càmpeonato daEuropa de Juniores. Em 1955/56 ascendeu à 1.' câtegoÌia do Bârllei-rense. Na época de 1959,160 pâssou a ser jogador do Spod Lisboa eBenÏicâ. É bi-câmpêão europeu. Duâs vezes seleccionâdo pâra equipaserropeias,

JOSÉ CARLOS (mëdio) -G. D. da CUF e Sporting C. P.-DerÌome completo: José CarÌos da SiÌva José. Nascido em ViÌâ Fmrca d€XiÌa, â 22-ÌX-1941. ÌrgÌessou no Gr.upo Despo*ivo da CUF em Julhode 1959, vindo do OrientaÌ de Lisboa. Ao câìo de três épocas (Agostode 1962), Dassou â representar o Sportitg CÌubê de Portugàl.

MÁRÌO JOÃO (nxéüo) -c. D. da CUF e S. L. Benfica e G. D.dâ CUF.-De nome completo; MáÌio Rodrigues João. Nâscido no BâÌ-rciro, a 6-VI-1935. Principiou no Grupo Desportivo da CUF nâ épocade 1952/53. Pâssou em 195ó ao S. L. e Benficâ (onde atingiu â 1." càte-goriâ em 1958), por cedência do seu clube de origem, em trocâ, viltuaÌ,com Arsénio, outro grânde <intemâcionâl> do BârrciÌo. Nà épocâ de1962'63. rêgÌPqsou ao G. D. da CLIF.

FERREIRA PINTO ffl'ldio) - c. D. da CUF e S. L. e BeÌÌfica. -De nome completo: José FerÌeira Pinto. Nascido em Benguela, a?-XI-1939. Ingressoü no Grupo Desportivo dâ CUF em Ágosto de 1961,vindo do SpoÌting, tendo saído parà o Benficâ em Julho de 1965.

188

Page 205: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

GRANDES NOMES DO FUTEBOL

MANI,'DT SoEIRO VÂSQUES

LIm dos maìs brì lh&n1"s ldlcbo-I islas infprnaríono;.s do Bdrreìro

no tugar de r<t7umçndo -centron,tlistinguindo-se pela's 9'Ìrd.s c(L'rac'! p ríst ì.&s <<ú,rr(Ln.aaloÂtr, ítfPsìali-rPis, à (So?ìro>, que prouot^úüam

o ent sia,snLo do público. Re1)elou-se

no Luso Futebol, Clube, setxlo dos

n,. ' . ;s .a,mpl. los ot lelos do spÌLlenf)oe d.os maLrs ,'obustos iìsìc(úmenteDês tn"nr-so-ín, ptL Lísboa, Ptl trr

oF qü. tnn;or númPro dP golos

lnarcaüQm, terclo sido o melhoTna,rrador tla et1.tào J LìgcL de Ft-

tPbot (8 . [übes), r los é poro's dP1931+/35 e 1936/37- Foi' 12 le.es; nlcmo ?;on,l , AbanÁono* a TndIì.ado Despo,rto com a sud' Íestú ìIe

despeürl,a, em 1-XII-19L3

RAÚI, JORGE

O intentaci'onal ertremo - rii'r eito tlo

Futebot Clube Borreb'ense, que, r)u-

flmte Dinte ot:.os, desan,oloet!, b'rilhaixte

ac,íuìdad.e no Futebol, do quaL se des-

'pe(IúL e1L lg3ï, ten.lo-llLe sido de'

di,cq.d,o, por es|e lttotiro, unL fest'il)&Lno Cctnlpo do Ross'i'o, a 5 de Outubtodesse eno, no qual foi, d'isPutada a'

<<Taça AlÍ,redo da Sóhta>>, entc'e o

Sporting Ctube de Po't'tugaL e o F' C.

Ba,rreiretoo, qno os Kl"oeet "onquìslaran por t-2. Na Joto. Raú1 Jorgcemerg(L'üo, ainda a, antàga com,isola

d,os <<aLoi,-rubro st>

189

Page 206: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O SARREIRO CONTEMPORÂN]'O

SUPLENTES À SELECCÃO NACIONAL - A

FRANCISCO CÃMARA, (guard0.redps) -F'. C. Ba{reirense - Denome comÌrÌeto: FÌancisco TâvâÌes CâmaÌâ. Nascido no BâÌ.Ì.eiro, a15-lÌ-1909. lniciou-se no ântigo Unidos do BâÌreiro, tÌìansitando paüo F. C. BâÌ'reirense em 1927. Jogou váÌiâs vezes pelâs selecções de Setú-bal e de Lisboa. Suplente pela Selecção NacioÌìàI, no PoÌ-to, contrâ aEsÌranha, em 30-XI-1930. (Pe1â Selecção de Lisboà foi suplente contraas AstirÌias, em Gijon, eÍn 10-VI-1932).

FRANCISCO SILVA (guarda-redes) -F. C. Bàrreirense - Nâs-cido no Bâ*eiro, a 25-III-1920. Começou a jogâr no ÌmpéÌio F. C.BâreireÌìse, trànsitàndo para o F. C. B. em 1938, onde tenninou a suacâll€irâ em 1956. Sudentê à Selecção Naciona.l contÌa a Bélgica, emBruxeÌâs, à 14-III-1954. Portàdor da MedâÌhâ de Bom Comportâmento.

JOSÉ MÂRÌA (gue.rda-reil6) -G. D. dâ CUF-De nome com-p1êto: José Mària de AÌmeida llendes. Nascido no EstoÌil, a 25-XI-1933.Começou no Estoril Praia, tÌânsitândo pârà o G. D. dã CUF em 1956.Foi supÌente à Selecção NacionaÌ ÌÌos três jogos Ìeâlizados em 1960,um coÌÌtrâ a AÌemânhâ e os outros contrâ à JugosÌáviâ.

FUTEBOLISTAS DO BARREIRO QUE FORAMINTERNACIONAIS-A NOUTROS CLUBES, SEMO TEREM SIDO EM CLUBES BARREIRENSES

PEDRO PIREZA (atançdãa) - Nãsci.do no Ban'eiro â 30-lX-1911.ComeçoÌr a jogâr no F. C. Barreirense, Íã êpocà lg27 /28 sendo inter-ÌìacioÌÌâl-B, em 1930, Trânsitou depois para o SpoÌting CÌubê de Poìr-iirgâI. Estreia, como internacional-4, pelo SpoÌting, em 26-I-1936,contïâ â Áustria no PoÌ'to, Duas irteÌ'ÌÌacionalizações. Voltou âo Bân€i-Ìense em 194?/48. Foi treinâdor e jogàdor ale vários club€s dâ provincia,

l

l

194

Page 207: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

AZEI,'EDO

F atnoso guarda-,redes b&rt'eirenae,,po,j't eTLtxLr& o mctào,t' KLeapef)t po'r'

tuguês de todos os terìL9os

GRANDES NOMES DO FUTEBOÌ,

JOÃO AZEVEDO (guarda-re-cles) -De seu nome completo: JoáoMendonça Azevedo. Nascido a 10-VII-

-1915. Começou a jogar no FuteboÌClube Barreirense, representando esteclube nos eampeonatos de Lisboa.Em 1933/34 transferiu-se para oLuso FuteboÌ Clube, de onde transitou,em 1935, para o Sporting Clube dePortugal, onde no ano seguinte seestreou na 1." catego,ria e se manteveaté L95l/52. Jogou, depois, no Orien-tal de Lisboa. Estreia em 28-XI-1937,contra a Espanha, em Vigo. Sewiua Selecção Nacional por 19 vezes.Foi considerado o guaïda-ïedes por-tuguês possuidor de maior <<classe>>,tendo sido denominado pe os aÌemãesde <gato-tigre>, devido à sua agilidadefeÌina, em virtude de reflexos extraor-dináríos de que era dotado.

ARTUR QUARESMA ( auançad.o) -De nome completo: Artur da

Silva Quaresma. Nascidg no Barreiro, a 27-YI-1917. Começou a jogar

no grupo popular locaÌ <O Nacional>, donde ingressou no F. C. Barrei-

rense, transitando. na época de 1936/37' para o Clube dg Futebol uOs

Belenenses>. Estreia internacional em 28-XI-1937, contra a Espanha,

em Vigo. Cinco internacionâlizações. Seguiu a carreita de treinador.

MANUEL VASQUES (aaançad,o) -De nome compÌeto: ManueÌ Es-

teves Vasques. Nasceu no Barreiro, a 29-VII-1926. (Sobrinho de Manuel

Soeiro Vasques). Comegou a jogar no Grupo Desportivo da CUF, desde

<infantil>, entrando aos 17 anos na 1.' categoria do grupo fab'ril ìocaÌ,

onde também praticou atÌetismo. Ing:ressou no Sporting Clube de Por-

tugal na época de t946/47, Sua estreia como intertacionâl: a 21-IU-1948,contrâ a Espanha, em Maclrid. 26 internacionalizações,

191

Page 208: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ARMAND0 FEBREIRÀ

(UnL <<&ILi-,r1tbt"ot> e u,m <<leãon)Antigo interur.cional e concei-txLodo técnico, efi -selecciond.dor

naciontt| rle lutebol

O BARREÌRO CONTEXTIPORÂNEO

ARMANDO FERREIRA íaran-ç(Ldo ) -D e n ome completo: ArmandoFélix Ferreira. Nzrscido no Barreiro, a23-XII-1919. Iniciou-se no popular cÌubelocal <Império FuteboÌ Clube Barrei-Ìense>, começando a jogar oficialmente noFutebol Clube Ba.rreirense em 1936/37.Transitou para o Spofting CÌube de Por-tugal na época de 1939/40, onde jogou

até à época rJe f949/60, voltando depoisao Barreirense. Internacional-4, pela pri-meira vez, em 28-I-1940, contra a França,em Paris. Foi internacional c inco vezes,assim como foi também treinador eseleccionador nacional de juniores e deseniores.

FRANCISCO MOREIRA (méüo) -Nascido no Barreiro, a29-IV-1915. Iniciou-se no popular grupo locaÌ <Os Leões>. Ingressouno F. C. Barreirense em 1936, onde permaneceu até à época de 7942/43.Em 1944, passou a representar o Sport Lisboa e Benfica, onde jogou

até L954/55. A sua estreia internacionaÌ verificou-se em 6-V-1945, con-tra a Espanha. na Corunha. 7 internacionalizações.

FÉLIX ANTUNES (médio) - |s 116ÍÌ1s completo: Félix de AssunçãoAntunes. Nascido no Barreiro, a L4-XII-1922. Iniciou-se nos Unidos doBarreiro (CUF), passando depois aos Unidos F. C. (CUF) de Lisboa.Em 1946, passou a represêìrtâr o Sport Lisboa e BenÍica, onde jogou atéà época de L953/54. Dois anos depois, jogou no Torriense, ingressando,a seguir, no Luso F. C., como treinador e jogador. Sua estreia inter-nacionaÌ: a 20-III-1929, contra â Espanha, em Lisboa. Somou 15 inter-nacionalizações. Tem sido treinador de várias equipas nâ África Austral.

ARSÉNIO TRINDADE ( aaançado) -De nome completo: ArsénioTrindade Duarte. Nascido no Barreiro, a 16-X-1925. Começou a suacarreira nos juniores do F. C. Barreirense, em I94I/42. Transitou para

o Sport Lisboa e Benfica em 1943/44, onde se manteve até à época deL954/55. Estreia internacional: em 2-IV-1950, contra a Espanha, em

100

Page 209: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

GNANDES NOMES DO l.U'IIiÌìO1,

lIâdúd. Duas inter[âcionaÌìzações. Jogou depois, â !ârtiÌ de 1955/56,no GÌupo Deslottivo dà CUF, até 1958/59, onde foi vencedor (na épocâ

de 1957/58) dâ nBola de PÌâLâ>. Deu ainda o seu concuÌso, entre oulÌosclubes, âo DesportiÏo dâ Cova dâ Piedâde, onde 1ìri tâmbém treiÌÌâdor.

PACHEOO NOBRE (oxançat,o) - De nome com!Ì€to: Mário FeÌ'iÌândo RibeiÌo Pacheco Nobre. Nascido no Bâ11êifo, â 22-lX-1925.Iniciou-se no !'. C. BaÌÌeirerse, onde chegou a jogàÌ nâ 1.' cãtegoria.Ìrternâcionâl umâ vez, peÌâ Associâção Académicâ de Coimbrâ, em21-V-1950, contra â Escóciâ, em Lisboa. Representou, muitâs époces, oSpoÌting Clube de PortugaÌ.

CARLOS GOMES (gu.anla-redes) -De ÌÌome compÌeio: CârÌosAntónio do Caüno Costâ Gomes. Nâscido no BârÌciro, .Ì 18-Ì-1932. Ini-ciou à suâ câÌreiÌa nos juniotes do F. C" Baúeirens€, em 1948. Transi-tou em júnior para o Spoïting Clube de PoÌtügal, em 1950. Estrciàcomo internacional: em 22-xI-1953, contÌà a Áfricâ do SuÌ, eÌn Lisboa.18 intenìacionâÌizações. Em Éspânha lepÌesentou o Granâdâ e o OviedoVotrtou a PortugaÌ pàra l€presentâÌ o Atlético. Flmigrou parâ lIârrocos.único jogador português que jogou nà Rússiâ, em represeÌÌtàção doVasco da Gâmâ, do Rio de JâneiÌo.

ARTUP, yAz (1tLédia) De nome completo: Artur Paulo de Assìrnção Vaz. Nâscido no Ba|reiro, â 3-l\r-1925. (É pdmo direito dc FéÌixAntunes). Começou a jogâÌ no <Escolar>, grupo popuÌar do LavÌâdio.do quaÌ passoÌr oficiâlmeÌÌte a jogar no Luso F. C. dulante cjnco épocasde 1943/44 à lS47/48, duas, depois, no Grupo Desportivo da CUF. Emseguidâ, âos 25 ânos, ingressoü no Vitória F. C., de SetúbâI, por ondefoi internacionaÌ. Estreia: â 22-XI-1953, contÌâ â Átuicâ do SuÌ, emLisboa. 4 inteÌnâcionâlizações, dâs quâis umâ pelâ SeÌecção B. Jogou,por fim, no Desportivo do Montiio e no PaÌmeÌeÌìse.

ALEXANDRE BAPTISTA (deí6a cenlÍal) -De nome compÌetoiJosé Alexandre dà Sih'â Baptista. Nâsceu no Baneiro, a 17-II-1941.(Sobdnho de RaúÌ Bâptist:r, que foi vaÌoroso jogador do F. C. BàÍrei-rense). Saiu destâ viÌa, onde 1ÌÌe nâsceu â intrÌi4o pâr2ì o jogo dà boÌa,com cerca de 10 ânos, indo com seus !âis para Lisboa. Inglessou noSporting Clube de PortugaÌ, nâ categoriâ de principiantes, aoB 16 anos.

193

Page 210: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARRI]ÌTìO CONTEIIPOIìÁNDO

É um d6s atletâs mais ecléticos: entÌe diveïsas modalidades, que pla-ticou oficiaÌmente, foi câmpeão n:ÌcionaÌ de juniores de Ténis de Mesae intemaciona.Ì de VoleiboÌ, peÌa F. I. S. E. C. em 1957 (râ IÌ'lândâ).É desde 1963 jogador da 1." categodâ do S. C. P. e um dos mais fortesesteios dâ equipà. Intemacionàl desde 4-VI-1064, contrâ a InglâterÌâ,em São PauÌo (BrasiÌ).

CARVALHO (ga.urdn-redes) -De rìome compÌeto: Joaquim daSilvâ Õâr"vâlho. Nâsceu no Berreiro, â 18-IV-193?. Iniciou-se no G. D.Operário, destl viÌa, donde pâssoú, aos 16 anos, a jogaÌ oficiaÌmenteno Luso F. C., na sua <EscoÌâ de Jogadores> (época de 1953/ã4), p€r-correndo todas âs categorìâs âté senio{es. Em 195?/58 ingressou ÌìoSporting Clube de PortugâÌ, pelo qual se estreou como iìtenacionalem 31-X-Ì965, contÌa â ChecosÌováquia, no Polto.

Variadíssimâs vezes, na SeÌecção NàcionâÌ, jogârâm dois e ttêsjogadores do Barrêiro, como se regístou, poÌ exemplo, em 28-XI-1937,no Espiìnhâ-PoÌtugâl, em Vigo (EspâÌÌha 1- PoÌ"tugal 2). Alinhaïàmentão ìÌo (onze> nacioÌÌâl: Ázevedo, QuaÌesma e Soeiro, bem como JoséSimões (1).

(') De nôhê coh!Ìêto: José Rib€iÌo Sinôes- (defesa) naturâÌ de AÌhosVe.ìÌN. Ìnicioü-se na lrática do fuieìôÌ no (UriversaÌ F. C), cÌule poluÌd doBrÌrciÌo, lassando delois, oficiaÌmente, a josâr no CÌule de Futebol (Os Selenense$,pèlo quaÌ foi nÌt€Ìnacional. Estreia: a 26'I-1936, conha a Áustria, no PoÌto. Iìesidìâno Bânêirq tètrdo fãlecidq bãsNâúte noÌo ainda, em l-isboa.

19l+

Page 211: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

G&ANDES NOMES DO FUTEBOI

INTERNACIONAIS POR CLUBES DO BARREIRO

(Nú]nerc de vezes)

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Page 212: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O RARREIRO CONTEMPORÂNEO

il

U. E. I'. A.

UM BARREIRENSE NO SELECCIONADO EUROPEU

DE FUTEBOL

JOSÉ ÁUGUSTO PINTO DE AL.

MxIDI., enaergclnl,o @ c6'nLiso[,a alq

A. E. F. A.-É o i.nternd,cion&L bar-.rebense (titu\d.4 do Sport Liaboa e

BenÍi,cd) que mais alte subiu tw ltie-

r&rqlLia d,o Ìutebol ÌnLLrÌd.idl. Al'inllou

pela Selecçõ,o do, U. E. F. A. em

1965, contra a Selecçã,o d,e lutebol d,a

EscawLì,rufu)óq., por oca,si,ã,o d,as <<Bod,ae

de Ol,rror> do, Fed.eraçã.o Dinatuv'quesa

d,e FuteboL (Jogo em Copenhague, com

a ú,tóríú do selecc,íonndo europeú, por

t-g ), ,oLtenr\o a ali,nhar no, mesma

Setecçõ,o, em 1966 trn, Belgrad,o, aon-

tra a Selecção da Jugosüúaio, no jogo

e,tt. benefóc'ío dd,s rítímos d.o terramoto

de Skopje (noüo tri.unfo da Seleccã,o

da U. E. F..4., d,esta lrez por 7-9, conL wn golo d.este jogod,or).

José Augu,sto é ComendoÁo,t'da Ord,ern d,o Infante D. Heturiqüq send,o aind,a

cotulecorcul,o com a med,alho, d,e Mér'ito Despottioo, Med,a.lha Municipo,l d,a

Culh.+ra Física d,o C. M. L. e Med,alha da Ordetn d,e Mérìto De|portioo

da Proaíncin d,e Angoht, além de aletetutor de outt'as n nterosas ,Ledallús

e píacas de oul'o e prq,tq,, que constì,tuem urL ünltesgi,ôltatnte conilLlLto, reu-

ni.do na sua resií1,ê11tút d,o Barreitro, É sócio d,e Méri,to do E1úebot Clube

Bo/rreìrense, ctube pelo quúl'rwtre uma espeeial estiirtua e oÌuLe já jogara seu,poi (A\eüo,rulre de AlmeíÃ,a), premq,tw@wnte. f d'lecido.

196

Page 213: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

ít

l

JOGADORES E CLUBES DO BARREIRO

EM ENCONTROS DE FUTEBOL INTERNACIONAÌS

Seguem-se os quadros dos jogos internacionais em que pâÌlicipârâm

âtletãs em Ìepresentação de clubes barÌ'eirenses e dos jogos internacionarsdisputados no BarÌeiro e no estrangeiro pol' clubes locais.

Os jogas no Bd'neiÍo fomm disputados no Campo ilo Rossio (âctuâÌ

Campo D. Manuel de Melo), coÌn excepção dos que se efectuaÌãÍn em 1 deDezembro ile 1965 e em 8 ale Outubrc de 196?, entrc o Glupo DespoÌtivodâ CUF e, respectivàmente, o MilÈ11, de ltália, ex-campeão da Eüropa,e o vojvodina, dâ Jugoslávia, os quais decor"rerâm no Estádio Alfredodâ Silva.

Aindâ ào segundo dos qüadros publicâdos acrescentámos âlguÌÌ1asnotâs compÌementâÌes, com âs quais damos por findos os capítuÌos que

dedicámos à projecção do FUTEBOL no B:ì.rreiro.

BARREIRENSES NO VIII CAX{PEONATO DO MUNDODE FUTEBOL

Nâ primeiÌà ]]resença de Poúugâ1 nà fâse finaÌ do Càmpeonato doMundo (em JuÌÌÌo de 1966, nâ IngÌâten'a), dos vintq e dois jogâdorèsqÌÌe irtegraÌam à Selecção Naciotâi, a ril'ú' (J'o BtÌx'reiro te're ú hohra de

Ì)d,rtìcLpar com, t|'ês d'as seus lirl.osi CaNâ1ho (guaÌda-Ìedes), José Au-gusto (extÌemo diÌeito) e AÌexandÌ€ Bâptista (defesâ centüÌ).

cAPll'úLO V

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Page 214: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

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O BAIÌIiEIIìO CONTEIÍPOBÁNEO

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Page 215: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

JOCADOTÌES ]' CLUBI]S XI{ IìNCON1'ROS INTXÈNACIONAIS

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Page 216: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BÀÌIiEIRO CONTXMPORÂNNO

JOGOS ÌNTERNACIONAIS DISPI]TADOS NO BARREIROE NO ESTR,ANGEIRO POR CLUBES LOCAìS

-'1

1-72-19232-12-19233-12-19232-7-19233-?-1923

2-11-19249-17-192410-4 192ï16,4-19261 119t1?-9-1931I I 19313-6-19634-6-1963

10-6-195313-6-19681?-G-195320,6-195321-6-195329,8-195?1 9-195Ì3.9 195?4 9 195?

28 8-195831-a-19581 I 19565-9-1958t-9-19584-9-1962?,9-19628,9-1962s,9-1963

t, 8 1C65t-9-1!658-9'1965

22 9-19651-r2-1t65E l t -13r i5

29 L2- lneí2Ì- t -13Gïs-Ì0 1t67

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ü,11-r1-12- l222" l3,?5-t3-1

3-22-41-14l

115,02l2-A7-24-0

CLubes

F. C. B.- ÌeaÌ Union de Huelva . . . . . . . . - . . .Cai{arelos CÌrb - ReaÌ Union.le HueÌvâ...F- C. B.-RerÌ Union i lc HucÌva . . . . . . . . . . . .F. C. B.-Ti tan r ' . C. de HueÌva . . . . . . . . . . . .F. C. B.-Ti tân F. C. de EueÌvâ . . . . . . . . . . .I . C. B.-Lisbon SroÌ ts CÌub ( iDs.) . . . . . . . . .

ReâI Bêt is - I ' . C. B.. . . . . . . . . . . - . . . . . . . . . . . . . . . . . .F, C. B.-S. R. meteor dê PIâsa . . . . . . . . .Real Bèt is BâÌôhpié - I . C. B. . . . . . . . . . . . . . . .SeÌecção B êt is/Sèvi l Ìa - I . C. E.. . . . . . . . . . . .F. C. Worishofên - F. C. R. . . . . . . . . . . . . . . . .Bâyem l f lncheÍ - F. C. B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .E. C. I -Eiburg - F. C. B.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .! ' . C. Saarbrückèn - I . . C.8. . . . . . . . . . . . . . . . . .'Wddêr-3Ìenen - F. C. B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Oldenbury-I . C. 8. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Sêlêcção de Rheydt- I . . C. B. - . . . . . . . . . . . . .TâbêrÌ4 dê VãÌd. ' - r ' . C. B. . . . . . . . . . . . . . .CondaÌ - F. C. B. . . . . . . . . . . . . . .

Cârcâv€Ìos CÌub - F. C. B.l'. C. B. - CâÌcaveros CÌub

EÌchê - F, C. E

CóÌdolâ - l'. c.Calvô Soteló-I . C. 3. . . . . . . . . . . . . . . . .L inai€s - ï . C. B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Alcazar- ! ' . C. B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .nÌd€nse - I ' . C.8. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .At Ìét ico Sevì l Ìe - F. C. B. . . . . . . . . . .l lê1i Ì Ì r Club-r ' . C. B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desl . ntálâsâ-r ' . C. 8. . . . - . . . . . . . . . . . . . . . .HueÌvâ-G. D. dã Cú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

MêÌ i l Ìa G. D. da Cuf . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 '2

- , l t lét i .o Málasa-G. D. dâ Cuf . . . . . . . . . . 3-0C. D. dâ Cüf-Bâdâioz 7-0c. D. dr Cul - MiÌÈn A. C. . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-Oüi lan A. C.-G. D. dâ Cuf . - 2_0I i lÈh A. C.-G. D: dã Clf - . . . . . . . . . . . . . . 1-0YojÌôdnìa-G. D. da Clf . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-0c. D. dr Cuf-Yojvodin 1: l

:2 00

Page 217: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

JOGADOIìXS D CLUB]'S EXI ìNCONTROS INTERNACIONAIS

Deu quatro jogâdores a provincia de Moçâmbique, e Lisboà' tÌ€s'

BaÌreiro iglaÌou, pol4ãÌlto, â Lisboa, seÌÌdo com a câpitâÌ, a que mâloÌ

númelo deleleccionaclos ala Metrópolo fomeceu parâ a coinpetição máxima

do Futebol ÌÌltemâcionâl.Esta vila martém, âssim, â sua honrosa posiçáo de <viveim> de

valomsos futebolistas (e a tm.dição de consagrados guârdâ-rcdes )

NOTAS COMPLEMENTARES

-Os joggs clisputâclos nesta vilâ em 1e 3 de Dezembro de 1923

constituiram um tomeio de que foi vencedor o Futebol CÌube Bàüeirense'

Como nota curiosa, deixaÌÌlos aqui registàdo q1le o jogo do dià 2 loi o

primeiro Ere nct nosso País se realizau entte (llL\s eqltlpas cle esttungeiros

- Alóm dos jogos indicaalos no plesente quâdro, houve tàmbéÌn

outÌos encoDtros ale equipas clo F. C. Barreirense com equipâs de &?t?adores

estrangeìlos. lJm deles foi o encontro ettre a 1.' câtegoria do Barreirense

e a equipa da <llome Fleet' (ingÌeses) que após ter jogado no Estádio

NàcionaÌ, veio aÒ Câmpo do Rossio, êm2?-II1-1946, onde foi copìosamelte

derrotada (13-0)... O Luso F. C também chegou â jogar, Ìo seu câmpo,

contÌa uma equipa aluma Esquadra suéca, de visitâ a Lisboa, que foi

batida também estrondosàmente.

- Os jogos efectuados em Dezembro de 1965 eÌÌtre o GÌupo Despor-

tÍvo dâ CUF e o podeloso MiÌan A. C. fizerâm par-te dumâ eliminatória

alo toÌ'nêio cÌà <TAqA DAS CIDADES COM FEÌRA> O 3'jogo, no

dia 29, constituiu o clesempàte, após o il]regularíssimo empate âlcânça'lo

"o- o 2." golo alo Milân, ÌÌo jogo cìispütâdo no dia 8, no Estádio de São

Siro. O comportâmento alos cufistas do Barreiro ficou, todavia, a assina-

Ìar o valor io futebol nâcionàl e, em especiâ-Ì , & 'tr)ó'!|'ìna múxs glonosa, úé

iÌ d.rtct), õ,o d.esporto barreíranse" no campo internacíon(Ll.

- Os jogos em Setembro e Outubro de 1967 constituirâm a 2 " paÌ_

ticipação do Grupo DesÍ)oÌtivo da CUF nâ <TAqA DAS CÌDADES

COM FEIRA>.No 1." jogo, em Noli Sad (Vojvodinà), uma grànde penalidade,

muito aliscutível, clerÍotou os barreirenses; no 2.o jogo, no BaÌreiro' os

cufistas teraninarâÌn a 1.' pâÌte â vencer Ì)or 1-0, sucumbindo no 2"

tempo, com certâ dose de infortúnio

201

Page 218: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1
Page 219: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CA?ÍTUT,O VI

O BASQUETEBOL

O INÍCIO DA MODALIDADI' NESTA VILÀ.-O BARREIRENSECAIIPEÃO DE LISBOA. - A FUNDAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO LOCAL(193?), A QUE SE SEGUIÜ A ASSOCIÀÇÃO DISTRÌTAL, COM SEDE

NO BARREIRO (1943)

O Futebol CÌube BârreiÌense foi o primeiro clube quê pÌ?ticou oBâsqüetebol âo suÌ do Tejo. Iniciarâ os treinos em 192?, tendo promovidoo primeiro jogo palticuÌar desta modalidâde desportiva no Bâüeiro, â19 de Feverciro de 1928, no Câmpo do Rossio, entÌ€ as equipas do TÌiân-gulo Vennelho ê do CâÍcàvelinllos, que a do primeiro venceu por 30-8.Nesse mesmo mês de FeveÌeiro, o F. C. B. estÌeia os seus jogadores e âB do Novembro (1928) é registada a suâ fiÌiação na Associação de Bàs-quetebol de Lisboa.

BÌeve, e muito breve, iâm dâr que fàlâr os jogadores bar-reiÌensesentre os atletâs ê âdeptos do basquetebol dâ capitàl...

Nâ temporada de 1928/29, o Baúeirense disputâ, eÌ1tão o Campeonâtoda Promoção da A. B. L., âlcânçando vencer o toÌneio em 1.* e 2.- cate-goriâs. DerÌ'otândo, de seguida, em finâis, os campeões da I e da IIDivisões, sâgrâ-se, pela primeirâ vez, o Barreirense c:lmp€ão de Lisboa.Fora, positivàmeÌrte, chegar, veÌ e... vencer!

O Luso Futebol Clube estreia-se, taÌnbém, no bâsquetebol, eÌr Sêtem-bro de 1929, come{àndo â disputar, duraÌÌte aigumâs épocas, os cam-pmnatos inferiores de Lisboa.

203

Page 220: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

Mâis uma modalidade desportiva estava lançada no Barreiro, criandonumerosos adeptos e entusiastas à sua volta. Como, aliás, em tudo o maissucede, ela tem experimentado períodos de maior e meÌìor relevo, de

81t1, 1-XI-1929 -Os cdnxpeões de Lisbod, de basqtetebol d'estocúr&rl-se à copitttltÌo Atentejo, eÌtu iorn(klú d,e desinteressqdrt yropagaruÌ,a da modalidqde. A foto q'tr>/'e-

senüL u.mo, Íaae d,o jogo, em Érota, do Futebol Clube Barreórerl'se cofltrq' q, eqlLì'pa

represenkltóaa, do Lusitann, daquekl' cid.ade, 'realiàdd o n& ce'rca d,<t Casa PiÍt- <A p'í-

meira uez * refere uma nntícía d,a épocq, - que o Lu.si'ttTvLo Diu únte sì unx a 'tênücot€am de bâsket-ball>>. ResufÌndo: l'9-8 ú favo,r dos risi.tantes

mâior e menor sucesso no âspecto competitivo; todavia, nunca mais o

Basquetebol deixou de constituiï um jogo desportivo que a juventude

barreirense mais aprecia e pratica, depois do FuteboÌ, mantendo-o até

hoje no mais puro e honroso amadorismo.

204.

Page 221: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BÀSQUETEBOI,

Registemos, por seÌ bem digno de menção, o (pâÌmârés) dos bas-quetebolistàs do F. C. Barreirense (que constituíram os meÌhoÌes {cincos)então dà épocâ) desde 1928 a 193?:

192i3/29 - Câmpeão dâ Prcmoção (1.,," categoÌìâs e rêse{\ras).- C2ÌÌpnão em l . càlegorirs.

1929 i0 - Sub.â| Ìppáo cm l .É.âLêgor i |1s.-Cemrei" e"r i l .= r : .gor ' i l ì . .

1930/31- CãÌnpeão em 1.'" câtegorÌàs.- Campeão em 2.* categonâs.- Campeão em

1931/82 - Càmpeão em- Campeão em

1932/33 - Câmpeão em1933/34 - Campeão em

3."" câtegoÌirls.1." câtegodâs.3,'" categoúas,1."" categorias,Reservâs,

Campeão em 2.!s câtegotas.l9i4 35- Subcar-Ììnio êÌÌ l . . jr têgori i ìc.1935/36 _1936/37 _

Assim, em noiÌ/e épocas, o F. C. BâÌ-reirense foi quatro ve'zes Camp€ãode Lisboa (três consecuti\'âs), (duàs, subcâmpeão) ; uma vez em ReseÌvâs;duâs vezes em 2,'" e très Ìezes em 3,." câtegori:Ìs, No entanto, o F. C, ts.não teve ocasião de conqüistaÌ um campeonâto nacional, pois este sóse começou à disputâr (e por eliÌÌinatórias) na époc.L de 1932/33, quandoa equipâ já estàva a decair.

NOTA-OS càmpeonatos de Lisboa foram iniciàdos em 192?. EmÌesumo, os dez pÌrimeiÌos campeões Ìisb0etas foràm os seguintes: 192?/28

Sporting; 1928/29 - BârreiÌense; 1929/30 - Probidade A. C. 1980/81,1931/32 e 1932/33 - Bârreirensê; 7983/84 e 1984/35 - UÌÌião FuteboÌde Lisboa; 1935/36-Benfica 1936/37 - CaÌïide Clube. O primeiroclubê a venceÌ três zrnos seguidos o campeon:r,to Ìisboeta não era deLisboâ... mas sim clo Barueirol

Em 1937/38, estando em organização a Associâção de BâsqueteboÌdo BãÌTeiro, â prática da modâ1idâde foi a$li muito reduzida. O BâÌïei-

205

Page 222: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPORÂNEO

rense retiïã a sua filiação da Associação de BasqueteboÌ de Lisboa, paraingressar na nova associação regionaÌ. A A. B. L., em reconhecimentodo impulso com que os basquetebolistas <encarnados e brancos> contri-buíram durante ânos seguidos para que o Basqueteboi atingisse grandepopularidade, efectuou no dia 19 de Maio de 1938 um magnífico festival,no campo do Ateneu Comercial, de homenagem aos atletas do F. C,8.,ex-campeões de Lisboa. (')

Embl,ema da anü-ga Assoeiaçã,o d,eBd,squetebol doBa.t'rei:ro. ÍMulqda

a 11-iIÌ-1ssr

O Basquetebol era, entã.o, um jogo que decorria, habitualmente,mais duro, menos <burilado>, Ínenos <artificial> - dig:amos assim-emais do que hole: nõ,o haai,a aind,a ad,opçã,o d,e tó,cti,cos, não haain raírrutospeüdos, nõ,o lzaaia substi,tuições.. - O esforço exigido aos atletas ora,

(') À homenagem da, A. B. L., prestada, pelo Dr. Mâtos Cordeiro, somou-sea de cadâ um dos seguintes clubes dessa época- (indicados por ordem de desfile dosseus atÌetas): Cârnide, Belenenses, Sporting, Lisgás, Benfica, Ginásio Clube, OpeÌário,Campo de Ourique, CUF, Boa lIora, Campolidg Rio Seco e Âteneu. Em nome doF. C. Barreirense, que recebeu a oferta de várias placas de prata e galhardetes alu-sivos Ào acto, agradeceu a homenagem Jorge da Conceição Soaïes. A festa incluiuo jogo Spoúing-Ban'eirense que o (cincoD homenageado venceu poÌ 20-13, dendouma actuação que lembrou ainda a ântiga toada dos (encamados e brancos> a qual

constituiu o segredo de tantas vitórias- referência do jornaÌ <O Séculorl de20-v-1988_

906

Page 223: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BASOUETEBOL

por isso, muito maior e não raro uma equipa chegava ao fim a jogarapenas com três homens no rectângulo. O jogo foi aqui ensinado, pri,meiro, por um treinador-jogador, de nome AníbaÌ, do Triângulo VermelhoPortuguês; algum tempo depois (uns meses), treinou os rapazes doF. C. B. Mário Pereira da Silva, do Probidade Sport Club. No 1.' ano,o Barreirense apresentou duas equipas, e, no segundo âno, quatro. Nãonecessitou, depois, de treinador, e foi campeão incontestado ! As categorias- poÌ vezês as quatro - deslocavam-se para a capitaÌ do País numadas carreiras de barco das primeiras horas da manhã, e as <<claques>dos j ogos tinham o se:o <nítcleo>, mais forte nos atletas dos <cincos> queaguardavam a vez de jogar e/oa dos que já tinham jogado...

Época de 1931/32. - A prixneifir ctTtegoria do invencível <<5r, d,o Bv.rei|ense, Ca,mpeõ,od.e Lísboa, (Erd, esse, então, o mais habituol quo,lificaü1)o com que a Imprensa iLacap;t(Ll o di-stingúiú). - Da esquer.da,poao, ú dôreitú: Gil Ferreira, Joaquìm GuíIherme,Antónin Ma,rtins, (jó, falecülo - em 1953), M&nuel, Talares Eoil:ri.gues e BerclrdoSoeiro, - todos nd.tu.rúi.s d.o Barreb.o, eom José Joaqlì,nx Fel"nand,es Canhão, director

tla Seoçõ,o d.e Bctsquetebol do F.C.B.

t07

Page 224: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARRXÌRO CONTEMPORÂNEO

Dessa época de <<ouro> do basquetebol ÌocaÌ, destacaram-se os se-guintes jogadores das equÍpas <encarnadas e brancasu: Manuel Tavares

Rodrigues (capitão da 1." categoria), António Martins, Berardo Soeiro,

Joaquim José Guiìherme, Gil Ferreira, António José Gomes, José Horta

Raposo, AÌberto Mano Teixeira, Eduardo Inácio Nunes, Jorge da Con-

ceigão Soares, José Joaquim Fer"nandes Canhão, ManueÌ Pinho Ferrtandes,

José Gomes Gameiro, Eduardo Augusto, Alfredo Maurício e João

FeÌ"reira.

OS PRIMEIROS SELECCIONADOS. - Os primeiros basquetebo-listas seleccionados, dos clubes despor:tivos do Barreiro, foram, evidente-mente, atletas do F. C. Barreirense, registando-se as suas primeirasactuações em encontros regionais, em representação de Lisboa, contraseÌecções do Porto, Coimbra, Elvas, Leiria, Torres Vedras, eúc.

BERARDo SoEIRo -Foto de 1943

Nq,scìrlo no Batreiro, a 13-XII-1911. - Cta'ÌLd,e basque-

tebol;stú LIo Frtpbol C[ube Berreìrease, ìaiciou o su, '

carreb'a etn 7923 e terminou-cL et 1951. Dota.lo de m&g

nilico pod.er de encestam,ento, foi' seleccionado por Lisboa10 1)ezes: cor,tt'a Macl,,riti (2), Porto (2)' CoíÍLbr& (2),

Eloas (2) e Leiria (2); e oútrds ltezes por Batreíto e

Setúbat. Como Íerroaiârio,'pertenceü à Setecçã'o dos

Ferroltitirìos Portuglleses, no Catnpeonato Etu'opett, io-gando contrl, os seíeccionculos da BéIgica, França, Ító'l'ía

e Suiçú. E Íectuou cerco, de 500 iogos pe[o F, C. Barrei-

rense, É lui muitos anos, unl cútegorizatão á''t'bitro d,tt

AssociaçíLo de Basquetebol de SetíLbal

Ei-los, ainda, nos dois seguintes encontros com a selecção de Madrid:

Em 12-VI-1932 - I LISBOA-MADRID' Vitória de Lisboa, por 21-12.(Jogaram: Berardo Soeiro e GiÌ Ferreira; a suplente: Manuel Tavares

Rodrigues).Em 17-IV-1933 - II MADRID-LISBOA (em comemoraçío çJo 2''

aniversário da Implantação da RepúbÌica Espanhola). Vitória de Madrid,por 15-14. (Jogaram: Berardo Soeiro e Gil Ferreira) '

208

Page 225: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BÀSQUT]TEBOL

Em 11 de Dezembro de 1937 foi então fonnâda a Associação deBasqúetebol do Barreiro, da quàl foÌ:Ìm fundadores o F. C. Barreirense,o Luso F. C., o GÌupo DespoÌtivo <Os CeÌtàs,, o Grupo DespoÌtivo dosFeÌ'rovìários do BaÌ-reiÌo, o ImpéÍio F. C. Bâreirense e o SpoÌt Lisboâe Bârreiro. Assumir â prcsidência d.r Dir€cção fundâdor:Ì dâ A. B. B.Emídio José Feüo dos Sântos, nâtumÌ do BaÌreiro (já fàlecido).

DecoÌïerâm os pÌìmeiros toÌ"neios na época de 1938/39, já com âpaúicipação do Grupo DespoÌtivo da CUF, prosseguindo em a,ctivida.depor rÌDis qüúÌo épocas, a úÌtima, portânto, em 1942/43. FìliâÌâm4ee jogâram, aindâ, na Á.8.8, a Associação Académica do B:LneiÍo e oVitóriâ e o Clube Navãl setubaÌenses.

Entretanto, o Luso FuteboÌ CÌube. a 20-ÌV-1941, inâugurava no Ìe-cinto do seú Ginásio, cuiâ construção âinda estavâ muito atÌasada, o seunovo r€ctângrÌlo do jogo dâ <bolà a,o ceetoo.

O BâÌreiro continuavà em destaque como impoúante ú€?rlrr, depÌática e propagandà alo BâsqueteboÌ (já tâmbém jogado por mais clubespopulares locâis), rão havendo outro que, com ele, pudesse competirpàra suì do Tejo.

Segue o quadro dos vencedoÌes dos tor"neios organizados peÌa Asso-ciação de Basquetebol do BaÌTeiro:

I

19'18/391stgy'101940/41194t/421942/13

CUFCUT

cur (*)

i L11cmin.

Í - -I CUr e)

CrUF (,I)CUE

(*) sú cooleiìdor4.

De notàr que foi o G. D. dâ CUF que apÌesenlou âs primeirâs basqueteboìistas bâÍr€irenses. (Ver n4 sequência destes capítuÌos: <DESPORTO FEMININO>).

Em 1939, regista-se a primeira aprcsent-ìção de uma Sel€€ção deRâsquetebol do BâÌreiro (cün jogadores dos <3 gÌândes locais)). No pe-r'íodo de 1939 a 1943 (época da A.B.B.), reâÌizaÌiìm-se os segìrintes

209

Page 226: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

( ] ÌÀE]ìNI l ìO CONTNIIFUNÀNEOI

Em 1?-VÌ-1939 - Em Lìsboâ:(18). ( ' )

Em 11-VI-1941- No lÌarreiro(2?) - LTSBOA (54). ( i)

Em 4-VII-1943 - No lìarïeiroRErRO (37) LTSBOA (35). (3)

Nsste úÌtimo eÌÌcoìtro, veÌificou-sc, pela pÌimeirâ vez nâ históÌiâ doDesporto bârÌ"eiïense, â âpresentâção dumâ selecqão ÌocaÌ com equipa-mento ostentândo às cores do Bãr'rejla. Vermelho e preto, Den soúe...

Entre SeÌecgões Feminüìâs, efectìâram-se os s€guintes eDcontÌos:Em 1-VÌ-1941- No BaÌreiÌo (Campo do Luso) -Ì BAnREIRO, 2

LISBOA,8.Em 4-VII-1943 - No BâÌreiÌo (Câmpo do Rossio) - II BÁRREIRO,

? LÌSBOA, 8,

Em 1943, por um despacho superior, foi deterÌninâdâ a extirçãodas àssociâções regionàis desportrvas, pâÌà dâr Ìugar à constituiÇão dêâssociâções distdtais. A Associação de BasqueteboÌ do BaÌreiro iâ, nessâcoÌrfomidade, aÌatgâr oficiaÌmeÌrte o seu âmbito. Tentou se, nessa âÌtuÌâ,colocâr a sua sede nâ capitâl do distrito, s€m êxito, porém, devido à mâìo-úa de os club€s filiados ter preleúdo a sua permànêtciâ no Barreiro,foco de Ìârga ptâtica dà balu aa ú€sÍ0, que ÌÌo et-tÍâtilo, a CraruIe Encick)péüa Portugüe:to, e Erasíleira nem âo de Ìeve citâ no seu ãrligo sobreo Basquetebol e a sua di\'üÌgagão ÌÌo nosso pâís... Distnções.

Nesse mesmo âno de 1943, â 12 de Novembro, foi entáo lundadâa ASSOCIAÇÃO DD BASQUETEBOL DD SETUBAL, (A.B.S.), cuja1.' sede funcionou (já dâ ânteÌìoÌ' Associação) numa deDendênciâ dâ

I LISBOA (41) BARREIRO

(Campo do Luso): I Ì BARREIRO

(Câlnpo do Rossio) ÌII BAR

{') JolraÌàm: Ántónio leD:eiiã (Dar.), Áìfredo Oaqàlho (Bâr.), leraìdo Soeirc{Bar.), Joaqüa Taletê (Lrso), Daniel sâìto6 (Crf), Jôsé

"édÌo 1Cú) e Mhnel Bâ

rulho (Cüf).(Bàr.), BeÌârdo SoeiÌoDanjeÌ Santos (Crf),

dc Seiúìal), JacintoPiÌ€s (cuf) e ]IâlueÌ

('?) Joeàlân: Antóìio leucira (BaÌ.), Jânne Rodrìsaes(Bar.), AÌfrcdô c.rïâlho (Bàr.), João Porfirio (Luso),!'ruciseo conçâÌles (cuf) e José DuDnd (cuf).

(3) Josarâm: 3êÌàrdo Sóeiro (Bar.), João Nünes (v.(Luso), José Pêdro (Cuf), Leonei, José DuÌând (cuf), Jo6é

210

Page 227: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O AASQUETÏBOL

So.iedàde DemocÌá1i.à União Bârreirensê {-F.rrncesê.>), no Làrgo Lìl íqde Camões, sendo o seu pr"rmeiro ÌÌresidente da Direcção João Eduârdodos Santos Lopes, do F. C. Barreirensq e ficando a presiclir à AsseÌÌìti{eiaGeraÌ AÌÌtónío, Bâ,lseiro FÌâgât4 tâmbém do F. C. B, Í'omÍn ctrubes fun-dadores (por oldern àÌfâbéticâ): Associação Académica do BâÌaeirqClube Dramático l,nstruçáo e RecÌ€io 31 de JâÌBiÌo (<Os, Celtas'), !\lte-bol Clube BaxÌ'errense, Grupo Despoïtivo dos Ferroviários alo Bâr'reiÌoc Luso Fuiebol CÌube.

Enco0Ìtxa.+e presentemente instaìadâ â A. B. S. Ììa Rua D, MâÍuêl I,n." 15, 1.LD., onde também f.uncionàÌn o Centro cle Medicina Despoltivàdo Bar"reiro (cria.do em 1967) e a Comissão Dístr,itâl de Juízes de Bàs-queteboÌ.

Page 228: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1
Page 229: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CAPÍTLiIO VII

OS CLUBES DO BARREIRO NOS CAMPEONATOSDISTRITAIS E NACIONAIS DE BASQUETEBOL

(OS ENCONTROS DE SELECÇÃO DA A. B. S.AO NíVEL REGIONAL E OUTRAS EFEMÉRIDES)

Foi na ópoca de 1943-44 que se rcaÌizou o 1." Cãìnpeonâto dê SetubaÌ,com a presençâ dos <3 Grândes do BâIÌeiÌo> (F. C. BaÌreirensg Luso F. C.e Grupo l)espoÌtivo dà ÕUF) €, âindâ, do Vitóri& F. C. e do Clube NâvâÌSctubãÌense.

Até à dàtâ (1967), jog:Lrâm eÌÌÌ 1.". categodâs Ììo Campeonâtode S€tubal, aÌém dos cÌubes citâdos nâ nota anterior, mais os segrìintes:Grupo Desportivo Operário e GÌupo DespoÌtivo <Os CeÌtas>, ambos doBarreiro, SeixaÌ FuteboÌ Clube, Ginásio Clube do SuÌ, de Câcilhâs, Clubede FuteboÌ da Trâfar:iâ, Clube Desportivo de N{ontijq crupo Despo*ivoMundet, do Seixal, Grupo Desportivo dos FerÌoviários do Bâreiro eAlmada AtÌético Clube.

Nos pÌimeiÌos ânos da A. B. S. chegou a haver umâ 2:r Divisão, naquaÌ jogâràm, âÌgumas épocas <Os Celtas>, Montijo, Trâfâria e Ginásio,de Cacilhàc. Na épocâ de 1949-50 forâm (Os CeÌtâs> os cârnpeões.

S€gue-se o quâdro por câtegoÌìas dos Campeões de Bãsquetebol doDistrito de Setúbâl, âté à épocâ de 1967-68.

1213

Page 230: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

új 'ocn. 1. ' .ntesarì@

CAMPEONATOS DE BASQUETÉBOL DE SETÚBAL

O BARIìNIRO CONTEMPOIìÂN'O

.\{apa dos Campe6es

ReeetuB JúìÒtes

1943/44

1944/15

1915/4tJ

1946/47

1911/48

1948/49

194! /50

1950/51

7951/52

7952/58

1953/54

1951/ú5

1965/ã6

1956/5ï

1957/5S

1958/59

1959/60

1960/61

19ô1/:62

7862/t3

1963/64

7961/45

1965/6rj

r966/61

196?/68

Crf

CÌrf

Ctr{

Cuf

Cnf

Cnf

C!f

Cuf

cuf

Cuf

tsanriÌ. ( )narileiÌeì3e

Bú:eirense

BarÌ€iÌens

Bdreiren"^e

Bareúense

Cuf

tsÈneirose

\iitór'ia

Bane;Ì€nse Cuf

Cú vitóüa

Crf (1 Vitóúâ

CuÍ (') cuf

Nâvâì Set, Vitória

f) sen ún,eiidÒres.C) oorÌ6!o!dc,

dê 1966/6?, foÌâD lrìadÌs Eaìs hti3do' e hrrntìe lNão êrêciúàd.s, ainda, oúDêiìçõs)

214

Page 231: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CA}fPEONATOS DISTRITAIS E N.A.CTONAIS DE BASQUETEBOL

Futebol Cfuhe Bafieiretse, Campeão Nacional d,e Búsqlletebol dú époccl 1957/58(2." rez consecútìra). Da esquercla ?ard, cL direitú, de pé Dr, Joã.0 llanuel GomesP,rates, mérlico do clabe, José. Guilherme, José V(L[ente, Jorge SiLua, Edutt'rtlo

QtLaresma, Etl:tnttclo Azeuerlo, Eng," José Gocl'inln, treànado'r', e Mtnmel da CostalIano, diÌecto,r do, Secçõ,o ckt B&squetebol, No 1ÌLesnLo sentüo, agachados: EdunrdoNtneB, Augusto Rosa, Albino Meceilo, Armando Soei,ro, Ddtuiel Cqbrita, Manx@l

Fet reirtt e José Maced.o{Foto de Luis Bênha)

Page 232: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

O BARREIRO CONTEMPôRÂNIìO

Depois dâ fundação da Associâ6o de Basquetebol de SetúbaÌ, reali-zara,Ìn-se os seguiÌltes eÌÌcoDtro.s de seÌecções (ro ní1reL regional:

26-4-1950

4-5-19ó0

30-?-1954

37-7-7954

1-8-19õ4

20:6-1959

21-6,1a59

22-6-19õ9

30-B-1961

75-72-1962

1?-8,196G

75-22

48-34

42-44

72-60

85-õ6

50-50

4951

45-29

57-54

õ8-56

49192

SENIORES

Brrleim (lossio)

Ginásio do E. c. B. (')

tu LISú9OÀ]SETúBAL -........I SETúBA]L,C0IMEA,A ......

I SnTúBÁL-A-\TiEIFO ......._.

I POÈì.TOiSETúBAú .........

lI AVXIRO'S&TúEÀL .........

rv LrsEoÀ-sEïúBA[, .........I SEtrúBÀn - CASÁÌLÀI{ÕA

V SETÚEÁú.IJTSts OA .,......,

slll' (SEIúBAL)-BRAS{L,..

I SDTÚBAL LISBOA

II LISBOA-SX TÚBAÍ-

I SE TÚBAL-I]ÌSBOA

tr uxsBoA-sntrúBÀLIII SE TÚBAI-LISEOA

GinÉsio do F'. C.

Ginásio do E. C:

Ginásio do F. C:

B.

E.

B.

25-4-1960

4-õ-1950

16-12-196t

?'5-1966

8-5-1966

el Eúâvâ já hos nÌriüos

Á Associâção deÌnter-Associâções, nâ

JUNIOREA

Bâ]?eiÌo (Rú6sio)

ciná"sió do l'. C. B.

Gintuio do Té@ico (LislDa) r sETúBA]--! ,AIO . . . . . . ._. . . .

IV IJS3OA SETÚBAÍ, ......,,.

5,8

24-29

4?-58

50-41

91-49

tsâsquetebol de Setúbal foi vencedoraépí'€â de 1953/54.

do Tomeio

916

Page 233: Barreiro Contemporaneo Volume II parte 1

CAII?õONATOS DISTRITAIS E NACIONAIS DD SASQUETEBO'-

TÍTULOS CONQUISTADOS PELOS CLUBES DO BARREIRO

(ao Nf\''EL NACTONAT)

Clubes e tjítulos

Pe1ó FUIEBOÌ, CLUBE BÀ&RXIRENSoT

.mpeiLo Naoonal dã I Diüsáo

Cadpeáo Na. ional dè Juúiores . . . . . . . . .

Vqcedor da Tâç,vencedo* dâ Zooa Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

S. bcaapÊro Na.:onal da Ì D:v;"ào

FinalisLâ da Tâ41

Campeão Nâcional ilê Lâtcê Lin€ (poÌ equips)

Sutrmpêão d" J.niorpssrbcãmpe8o oê

Pelô LUSO I'UTEBOL CITUBX:

camlaão \a. ionai dâ i Í Diüsáa

S!b.ampúo NEc,oral dâ LI Div i .ão ' . . . . .

Pelo GEUPO DESPOBTIVO DA CUF:

Subcâmlpáo N1.'ona dâ Ü Diüsã, .. ... .

1966/57 - L957/64a953/54 - !964/66' !955/ã6

1956/5't - 1ffi6/6619t6/61 - 1969/64 - !962/63

]950/51 - !962/53 - 1967/58

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Campeão NàcimâI de Ldce Lilae ([ Diïi!áo) ...

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O BAITREIRO CONTIMPORÂN]'O

VISITA DOS BASQI,ÌETEBOLISTAS MOçAMBIT]ANOSAO BAÌ,RE IRO

Quando dà Ìindâ à X{etrópole, em 1952, de umà luzida €mbâixâc:ladespoúiv:r d.r nossâ pÌovinciâ de lÍoçâmbjque, 4 primeira Ìepresentaçãodestâ nâturezâ enviâd:ì daquelâ p:ÌÌceÌâ do UÌtrâmâr português à Mãe--PátÌia, recebeu a vilà do BãÌrciro, em 5 de Maio desse ano, as equipasde bâsquetêbol do DespoÌtivo, de Lourenço Marques, do FerrcviáÌio e doSpofliing dâ mesma cidade, às quais lbram apresentâdâalas â,s boas vinalàsno SâÌão Nobre dâ nossa CâmaÌa Municipâl, após o que, efectuada umâvisita às pÌincipais coÌectir.idades d€spor-tivâs locâis e depois cle um jãntâroÍerecido pelo Município, num dos Refeitóüos dâ ComDà.Ììhia União FàbriÌ,se efe€tuou uÌn fcstivàÌ no <rinkr de bâsqueteboÌ do Estádio de SântâBáïbàrâ.

Constou esse festivâÌ dos jogos entre o tlesportivo ÌauÌeDtino e oDespoÌ"tivo da CUF, que os visitâÌÌtes \ienceÌam por 52-25; entÌè o FeÌro-viário e o Luso FuteboÌ CÌube, quê o pÌ:imei|o venceu 1ror 49-39; e, porúltimo, do jogo entle o SpoÌtìng mocâmbicano e o F. C. Bârreirense, cuiâvitória tâmbém peÌtetceu âos ultrâm.Ìrinos, por F1-85.

Placâs comemorâtivars, oferccidâs peÌos cÌubes bârreiÌenses, celebr:rÌ'am â honÌosâ \'isitâ dos bâsquetebolistas moçambicanos à nossâ 1,iÌâ,centÌo despoÌtivo de reconhecidâ cat€go lr, dâ ÁÍetÌópoÌe, do quâÌ teÌãolevado agÌadáveis Ì.ecordâções.

Como noLÌ curiosâ, assjnàÌamos que Íoi então â primeirâ \,-ez queCosta Pereirâ veio ao Baueiro, Dois já fãmoso guâÌclâ-redes alà Selec-ção Nãcional de FuteboÌ e Bicampeão Eulopeu era um alos jogâdoresque lntegrâvàm â equipn de basquet€boÌ do FerÌoviários, tendo sido, aqui,por sinaÌ, o miÌioÌ mâÌcador da suâ equipa, Dois pertencerâmlhe 21 pontosdos 49 que encestâràm contrâ os Ìusistâs do BârÌ.eiro.

llm Dezembro dê 1962,têncie â dât:r d:Ì criâção dâ

tomando como poÌìto de pârtidâ da su:L cxrs-A. Lì B. í l l -Xl l - ì937). cêlebrou i ì Asso. i lç ;o

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II

CAMPXONATOS DISTI,ITAIS E NACIONAIS DX BASQUETEEOL

de Bâsquerêbol de Setubaì-( ) as , Bodãs dê pra!.1, alâ sua -funalâcáo. conum ci. lo restìvo que âbrãrgeu o pêÌiodo dê 3 a l9 drquêle mó. e ano, doquaÌ fizeÌâm parte diversos actos comemorâtivos, iniciados no Bar.reiro,prosseguidos na Cova da piedade, em Álmada, no SeixaÌ e no Moatijo,e, por fim, concluídras ern Setubàl. DuÌaÌÌtê esse pefiodo (:r 15-XI-1962),realizâÌãm+e no Ginásio dÒ F. Õ. BarreiÌense dois jogos ale selecQões:o I l l SeLúbâl-Lisboz. e,m JUNIORES tTâr, .Companhia Uniáo Fsbr i l , )e o Y Setúbal-Lisboâ, êm SENIORES (Taça <Totta-AÌi{LÌìçà>), que pre-cedenteÌnente mencionámos, ÌÌo quadro dos encontÌos ale Selecçõ€s âonível regionâÌ.

(') -Presidia, n6sê ãaq à Assdbleiâ ceral da À.8.S. ô aseate-técíico .leosenhaÌia OrÌandô Dias Feno, e oculavah, xeslecrivêhatè, a prsidêneià e ayice-lrèsidênciâ da dirêcçáô, Joaquim Ántónjo OÌiveim da SiÌÍa e Àupu6tô pereila

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