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E C O S D A M A T R I Z A liturgia deste XI domingo do tempo comum, recorda-nos que Deus caminha sempre connos- co e vai actuando na história humana através daqueles que Ele chama e envia como testemu- nhas do seu amor e da sua misericórdia. A primeira leitura (Ex 19,2-6a) desafia-nos a saborear a aliança de Deus com o povo hebreu. Recordando que a caminhada que Deus começou com este Povo no Egipto aponta para o com- promisso com Deus e com os homens; aponta para a construção de um Povo que não só con- quista a sua liberdade mas se torna testemunha de Deus, sinal de Deus, sacerdote de Deus no meio do mundo. No Evangelho (Mt 9,36-10,8) vemos que tudo começa com o princípio e o princípio é sempre a compaixão de Jesus; “Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. E depois da compaixão surge a reacção de Jesus que envia os seus apóstolos, fortemente vinculados a Ele, pelo chamamento, pela autori- dade dada, pelo anúncio e pelo envio. O anúncio, que é confiado aos discípulos, é o anúncio que Jesus fazia o “Reino”; os gestos que os discípulos são convidados a fazer para anunciar o “Reino” são os mesmos que Jesus fez; os destinatários da mensagem que Jesus apresentou são os mesmos da mensagem que os discípulos apresentam… A segunda leitura (Rom 5,6-11) recorda-nos que a comunidade dos discípulos é fundamentalmen- te uma comunidade de pessoas a quem Deus ama. E a radicalidade da missão é dar testemu- nho do amor de Deus que é totalmente gratuito, incondicional e eterno. Não espera nada em troca; não põe condições para se derramar sobre o homem; não é descartável… «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara» XI DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A BOLETIM PAROQUIAL DE CAMINHA E VILARELHO ANO LVI BOLETIM N.º 1112 DOMINGO, 18 JUNHO 2017

B P DE C E V ANO LVI BOLETIM N.º 1112 AMINHA DOMINGO, … · XI DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A BOLETIM PAROQUIAL DE CAMINHA E VILARELHO ANO LVI • BOLETIM N.º 1112 DOMINGO, 18

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ECOS DA MATRIZ

A liturgia deste XI domingo do tempo comum, recorda-nos que Deus caminha sempre connos-co e vai actuando na história humana através daqueles que Ele chama e envia como testemu-nhas do seu amor e da sua misericórdia. A primeira leitura (Ex 19,2-6a) desafia-nos a saborear a aliança de Deus com o povo hebreu. Recordando que a caminhada que Deus começou com este Povo no Egipto aponta para o com-promisso com Deus e com os homens; aponta para a construção de um Povo que não só con-quista a sua liberdade mas se torna testemunha de Deus, sinal de Deus, sacerdote de Deus no meio do mundo. No Evangelho (Mt 9,36-10,8) vemos que tudo começa com o princípio e o princípio é sempre a compaixão de Jesus; “Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. E depois da compaixão surge a reacção de Jesus que envia os seus apóstolos, fortemente vinculados a Ele, pelo chamamento, pela autori-dade dada, pelo anúncio e pelo envio. O anúncio, que é confiado aos discípulos, é o anúncio que Jesus fazia o “Reino”; os gestos que os discípulos são convidados a fazer para anunciar o “Reino” são os mesmos que Jesus fez; os destinatários da mensagem que Jesus apresentou são os mesmos da mensagem que os discípulos apresentam… A segunda leitura (Rom 5,6-11) recorda-nos que a comunidade dos discípulos é fundamentalmen-te uma comunidade de pessoas a quem Deus ama. E a radicalidade da missão é dar testemu-nho do amor de Deus que é totalmente gratuito, incondicional e eterno. Não espera nada em troca; não põe condições para se derramar sobre o homem; não é descartável…

«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao

Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara»

XI DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A

BOLETIM PAROQUIAL DE CAMINHA E VILARELHO ANO LVI • BOLETIM N.º 1112 DOMINGO, 18 JUNHO 2017

Não sejamos só «cristãos de Maio» 8. É por isso que Maio nunca pode acabar em

Maio. E, mesmo em Maio, é vital perceber que o maior louvor a Maria é a Eucaristia. Acertemos sempre a nossa romaria pela hora da Eucaristia.

9. O Terço do Rosário é uma excelente ambientação para a celebração. E pode igualmente servir de fluxo entre o que se passa No templo e o que somos chamados a testemunhar no tempo.

10.Quem o Terço recita a vida de Jesus medi-ta. Maria é a grande condutora para a con-templação da obra redentora. Ela não quer ser adorada, Ela só quer ensi-nar-nos a adorar. A sua maior alegria é que sigamos Jesus cada dia (cf. Jo 2,5). Só fazendo o que Jesus diz é que deixaremos Maria feliz!

In Pe João António Teixeira

Pobre Judas Pobre Judas

Tenho pena de Judas. A sério. Não consigo olhá-lo como o mau, o traidor, o culpado que nos ensinaram, que repetimos em dizeres ofensivos e que continuamos a encontrar cada Páscoa nas invocações da paixão. Pobre Judas; era um dos doze, mas nunca realmente o foi. Estava excluído desde o iní-cio e coube-lhe na história a personagem do mau que, como em todas as narrativas tradi-cionais, serve de oponente ao bom, para que este último possa superar-se e concretizar como herói. Não me atrevo a fazer uma exclusiva leitura literária dos textos bíblicos, nem me fico no pensamento medieval de São Tomás de Aquino sobre um Deus que permite males menores com vista ao maior bem. Porém é certo que me interpela, na história de Judas, o momento do seu arrependimento por ter entregado Jesus. Penso em Judas e penso no excluído, no deslumbrado com a riqueza fácil, no malandro que quer conseguir o proveito próprio à custa de um expediente mais ou menos mal urdido. Penso no esperta-lhaço que prepara a trapaça com os olhos na

recompensa fugaz e não nos danos perma-nentes. O pobre do Judas, com a mania de era esperto… TERIA PEDRO ESTENDIDO A MÃO A JUDAS? Como num desmedido julgamento público, Judas ficou para sempre em estado de conde-nado. Condenamos-lhe a trama, a escolha, a decisão, o beijo. Só condenamos. Não o ouvi-ram os sumos-sacerdotes e os anciãos a quem foi pedir para desfazer o negócio, nem o ouvimos nós. Ninguém olhou para ele. Nem quando se arrependeu, nem quando tentou resolver a situação. É verdade que não procu-rou quem o podia perdoar, mas tivesse ele ido falar com um dos discípulos, teria sido diferente? O mesmo Pedro, que acabava de renegar Jesus, teria estendido a mão a Judas? Quem o teria procurado entender em vez de responder que o assunto era apenas com ele? O que mais temo não é ser Judas; na nossa imperfeição somo-lo. Somos Pedro, somos Tomé, conhecemos bem a luta interior e o ensaio permanente que é a nossa procura de sermos melhores e, como nessa demanda assumimos diferentes papéis, nos aproxima-mos de diferentes personagens. O QUE MAIS TEMO NÃO É SER JUDAS, É NÃO OUVIR JUDAS SE ELE VIER TER COMIGO. Precisamos de saber ouvir pedido de ajuda, a falta de esperança de quem está só com as suas imperfeições, o mundo unívoco que se configura na cabeça daquele que não é capaz de ver que esse futuro não é uma via rápida em direcção ao horizonte, mas um entranha-do de vias que se constituem em mapa, numa cartografia de superação. Tenho pena de judas. Ter pena do outro é um passo de compaixão e da misericórdia. É comover-se com o «lá fora» (de mim, do meu contexto, da minha geografia), é chorar a primeira lágrima, é o aperto do peito e o ímpeto de estender as mãos. Ter pena, creio, não é um sentimento pequeno e miserável, próximo de certo desprezo. Talvez ter pena seja o princípio da nossa salvação como seres humanos, seres de humanidade. Mesmo ter pena do pobre Judas.

In Inês Espada Vieira

+ Faleceu na passada Terça-feira, dia 06 de Junho de 2017, a Senhora Filomena Correia Alves da Cruz, aos 61 anos de idade. O seu funeral realizou-se no dia 08 de Junho, às 11H00 na Igreja da Misericórdia. Foi a sepultar no cemitério de Águas Santas da Maia. As nossas mais sentidas condolências a todos os familiares e amigos.

————— Recebeu no passado Sábado, dia 10 de Junho de 2017, o Sacramento do Baptismo, o meni-no João Francisco Marques Rodrigues de Carvalho, nascido a 12 de Dezembro de 2015. É filho de João Francisco Rodrigues de Carva-lho e de Vânia Alexandra Morgado Marques. O seu baptizado realizou-se na Igreja Matriz de Caminha pelas 11:30 horas. O João teve como padrinhos: Sérgio Miguel Morgado Marques e Maria Aurora Rodrigues Carvalho. Parabéns ao João…

À semelhança dos anos anteriores, vão-se organizar as festas em honra de S. João em Vilarelho e em Caminha. VILARELHO|23 de Junho no Parque de Senandes a partir das 19H00: Tradicional arraial com muita música, sardi-nhas, fêveras, caldo verde, etc… CAMINHA|24 de Junho na Capela de S. João: 16H00 - Missa Cantada, seguida de procissão. No final teremos como habitualmente um convívio com sardinhada.... Apelamos à participação de todos!

DIA 18: - Marta Cerqueira Terra; - Maria José Lopes Machado. DIA 19: - Rosa Maria F. da Silva Carvalho; - Vítor Martins Santos; - Mariana Soares Oliveira; - Armando Nunes de Sá; - Ana Sofia Gonçalves Vila Pouca. DIA 20: - Ana Margarida da Silva C. Faria; - Catarina Cerqueira Terra; - Paulo Ricardo C. Correia Araújo; - Adelina Maria Amorim; - Cármen Meira da Costa Passos; - João Miguel Fonseca Soares. DIA 21: - Américo Salsa; - Maria Eduarda X. da Fonseca O. Rodrigues; - Maria da Agonia Martins Pires; - Luís Miguel M. Lapela Magalhães; - Fernando José Mezia Carril; - Ana Carolina da Silva Bernardo; - Francisco José da Silva Bernardo; - Carolina Costa Pinto; - Diogo Sá. DIA 22: - Capitolina Maria Gonçalves Morte; - Maria Beatriz B. Franco Araújo; - Isabel Maria Gonçalves Soares; - Maria Manuela Fernandes Pereira; - António Tiago Rio Tinto Esteves; - José Garcia Rodrigues. DIA 23: - Paulo Alexandre Gonçalves; - Maria Albertina L. Lages Barbosa; - Fernando J. Fernandes de Castro. DIA 24: - António Luís Fernandes; - Ernesto João N. Casal da Veiga; - Miguel António da Silva Valadares; - Francisco M. Domingues da Cunha; - Matilde dos Reis Monraia; - Ana Maria Ribas da Silva; - Maria da Conceição V. Pouca S. Dores; - Carlos Alberto Rocha de Sousa.

ANIVERSÁRIOS

O BÊBADO NA MISSA Um bêbado entra numa igreja, na hora da missa, e senta-se. O padre percebe o seu estado, fica incomodado e aproveita para mandar umas indirectas: A bebida é um vício horrível, um bêbado jamais conseguirá a salvação. Se algum de nós estiver bêbado, que fique de pé. O bêbado levanta-se, vê toda a gente senta-da e diz: Então, senhor padre, somos só nós os dois...?

SORRIA!

FESTAS DE S. JOÃO

VIDA CRISTÃ

FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE: Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Caminha • DIRECTOR: Pe. Rui Filipe Rodrigues COLABORADOR: Ricardo Miguel Lourenço Lagoa • PUBLICAÇÃO: Semanal • TIRAGEM: 300 Ex. • TEL.: 258 921 413

E-MAIL: [email protected] • SITE: paroquiadecaminha.com - Isento a) nº1 art 12º DR 8/1999 de 9 Junho

DIA HORA INTENÇÕES/LOCAL

SEGUNDA A SÁBADO

08H00 EUCARISTIA NO CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO

SEGUNDA 19 JUNHO

19H00 EUCARISTIA NA CAPELA DE NOSSA SENHORA DA AGONIA

TERÇA 20 JUNHO

19H00 MATRIZ

- Secundino José Viana Monteiro (10º Aniv.); - Maria Quitéria dos Reis Pereira; - António Ferreira Pinto.

QUARTA 21 JUNHO

08H30 MISERICÓRDIA

SÃO LUÍS GONZAGA, RELIGIOSO - João Luís Lourenço Ribeiro, avós e padrinho; - Fernando Ilídio Costa Alves, José Elias Morte, Etelvina Morte, Alice Costa e Irene Costa; - Martinho Barbosa, Jorge Barbosa e família.

SEXTA 23 JUNHO

19H00 EUCARISTIA NA IGREJA DA MISERICÓRDIA DE CAMINHA

SÁBADO 24 JUNHO

16H00 S. JOÃO

19H15 VILARELHO

NASCIMENTO DE S. JOÃO BATISTA

EUCARISTIA CANTADA EM HONRA DE S. JOÃO SEGUIDA DE PROCISSÃO

- Acção de Graças a Santo António; - Acção de Graças a S. João; - Joana Maria Loureiro e Rosa Maria Alves Guerra; - José António Tenedório, sua esposa, sua filha e genros; - Luís da Veiga Ferro, pais e sogros; - Avelina dos Anjos Marques Rocha; - Manuel da Silva Araújo e familiares falecidos; - Laura dos Anjos Gonçalves Barbosa, marido e Maria Adélia Gonçalves Barbosa; - Carlos Alves de Castro, esposa, filhos, Genros e Noras; - Emília Cândida Lourenço Mouteira e Rodrigo Lourenço Guerreiro; - António Manuel da Costa Freitas; - Domingos Vila Pouca, esposa, Faustino Ribas e esposa.

DOMINGO 25 JUNHO

11H30 MATRIZ

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM - Maria de Lurdes Jorge de Matos, Rosa Pires, António Gomes e Menino Jesus de Praga; - João Vieira; - Teresa Taveira Alves; - José Manuel Rodrigues e família; - Delfim Fernandes e Rita da Purificação; - António de Matos Gavinho, António Machado, Laura Lopes Marinho Guerreiro e Maria José Lopes Machado; - Carmem Meira e António Passos.

SERVIÇO RELIGIOSO DA SEMANA