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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro Bahia, 2012 V SEMAD 04 a 06 de Junho de 2012 82 ECO ALDEIAS OU COMUNIDADES AUTO SUFICIENTES E SOLUÇÕES ENERGÉTICAS RENOVÁVEIS (SSC). Department of Particle Physics & Galician Institute of High Energy Physics. 1 Sustentable Energetic Applications Group. 2 Astroparticle Group. Physics Faculty, Santiago of Compostela University Rúa Xosé María Suárez Núñez. s/n 15782. Santiago of Compostela (Spain) Phone/Fax number: 0034 981563100 ext.. 14000, e-mail: ([email protected],[email protected], [email protected] ) 3 Escuela Superior Politecnica del Litoral Centro de Desarrollo Tecnologico SustentableVia Perimetral 30.5 Km, Guayaquil Ecuador Phone/Fax number: 00530042269359 [email protected] 4 Universidad Nacional de Colombia. Facultad de Arquitectura.Carrera 45 N° 26-85 - Edificio Uriel Gutiérrez Bogotá D.C. Colômbia 5 Instituto Tecnológico de Sonora. 5 de Febrero 818 Sur, Col. Centro, Ciudad Obregón, Sonora, México. 6 Escuela de Arquitectura, Universidad Católica del Norte Antofagasta, Chile 7 Universidad Nacional de Cuyo. Instituto de la Energía. Centro Universitario .M5502JMA. Mendoza, Argentina 8 Universidade Federal de Bahia. Salvador de Bahía, Brasil Palavras-chave: Eco aldeias, renováveis, necessidades Um projeto multidisciplinar focada no desenvolvimento de comunidades auto- suficientes é apresentado. O objetivo final é implementar um protocolo de ações inter-relacionadas capazes de provar que soluções integrais comuns com base em energias renováveis e desenvolvimento sustentável, podem satisfazer as exigências de comunidades e aumentar a sua resiliência. Além disso, será reproduzido em outras comunidades com diferentes condições geográficas, sociais e econômicas, tornando-as tão auto-suficientes e resilientes quanto possível de forma a melhorar a sua qualidade de vida. As hipóteses iniciais, os parâmetros de analise dominantes, o desenvolvimento do protocolo, as soluções técnicas e experiências são apresentados. *Angeles López Agüera (PQ) 1,2,6 , *João Domingues Azevedo (PQ) 1,6 , *Daniel Rey Rey(PQ) 1,2,8 , Iago Rodríguez Cabo (PQ) 1,2 , Vicente Gándara Villadoniga (PQ) 1 , Esteban Vieites Montes (PQ) 1 , Juan Peralta(PQ) 1,3 , Ian Sosa (PQ) 1,5 , Jose Guerra (PQ) 6 , Maria Alguacil (PQ) 7 , INTRODUÇÃO

artigos2

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V SEMAD – 04 a 06 de Junho de 2012 82

ECO ALDEIAS OU COMUNIDADES AUTO SUFICIENTES E SOLUÇÕES

ENERGÉTICAS RENOVÁVEIS (SSC).

Department of Particle Physics & Galician Institute of High Energy Physics. 1 Sustentable Energetic Applications Group. 2 Astroparticle Group.

Physics Faculty, Santiago of Compostela University Rúa Xosé María Suárez Núñez. s/n 15782. Santiago of Compostela (Spain)

Phone/Fax number: 0034 981563100 ext.. 14000, e-mail: ([email protected],[email protected], [email protected] )

3 Escuela Superior Politecnica del Litoral Centro de Desarrollo Tecnologico SustentableVia Perimetral

30.5 Km, Guayaquil Ecuador Phone/Fax number: 00530042269359 [email protected]

4 Universidad Nacional de Colombia. Facultad de Arquitectura.Carrera 45 N° 26-85 - Edificio Uriel

Gutiérrez Bogotá D.C. – Colômbia

5 Instituto Tecnológico de Sonora. 5 de Febrero 818 Sur, Col. Centro, Ciudad Obregón, Sonora,

México.

6 Escuela de Arquitectura, Universidad Católica del Norte Antofagasta, Chile

7 Universidad Nacional de Cuyo. Instituto de la Energía. Centro Universitario .M5502JMA. Mendoza,

Argentina

8Universidade Federal de Bahia. Salvador de Bahía, Brasil

Palavras-chave: Eco aldeias, renováveis, necessidades

Um projeto multidisciplinar focada no desenvolvimento de comunidades auto-

suficientes é apresentado. O objetivo final é implementar um protocolo de ações

inter-relacionadas capazes de provar que soluções integrais comuns com base em

energias renováveis e desenvolvimento sustentável, podem satisfazer as exigências

de comunidades e aumentar a sua resiliência. Além disso, será reproduzido em

outras comunidades com diferentes condições geográficas, sociais e econômicas,

tornando-as tão auto-suficientes e resilientes quanto possível de forma a melhorar a

sua qualidade de vida. As hipóteses iniciais, os parâmetros de analise dominantes, o

desenvolvimento do protocolo, as soluções técnicas e experiências são

apresentados.

*Angeles López Agüera (PQ) 1,2,6, *João Domingues Azevedo (PQ) 1,6, *Daniel Rey Rey(PQ)1,2,8, Iago Rodríguez Cabo (PQ) 1,2, Vicente Gándara Villadoniga (PQ)1, Esteban Vieites Montes (PQ)1, Juan Peralta(PQ)1,3 , Ian Sosa (PQ)1,5,

Jose Guerra (PQ)6, Maria Alguacil (PQ)7,

INTRODUÇÃO

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Em 2009, uma equipe multidisciplinar de especialistas de Universidades

Ibero-americanas começou uma nova iniciativa com um objetivo claro: demonstrar a

viabilidade de um novo modelo de desenvolvimento sustentável em que uma

comunidade pode ser auto-suficiente e resiliente, independentemente da sua

idiossincrasia (geografia, economia , desenvolvimento social e outros). A auto-

suficiencia precisa ser entendida em um sentido global, integrando a exploração dos

recursos energéticos, auto-produção de alimentos, gestão da água, planejamento

urbano, arquitetura eficiente, bem como o desenvolvimento social, educacional e

econômico baseado em atividades produtividade autóctones.

Todas as ações propostas estão planejadas para promover um desenvolvimento

social e econômico extra para as comunidades. Os impactos sociais do projeto são

matematicamente quantificados usando inquéritos anuais pessoais durante os

primeiros 3-5 anos.

O projeto é realizado como uma estrutura horizontal e cooperativa, de forma que as

prioridades de cada parceiro são incluídas no projeto com o acordo de todos os

parceiros. Uma vez que a comunidade alvo é identificada, definimos as principais

tarefas a executar como:

A. Observação e delimitação de cenários de ação no ambiente de cada grupo.

1 População

2) contexto rural-urbana

3) Climatologia

4) Características económicas e sociais

5) Avaliação das necessidades e recursos

6) Características especiais

DESENVOLVIMENTO

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B. Análise e avaliação de recursos energéticos, a disponibilidade de água, fertilidade

do solo, resíduos, etc...

C. Identificação dos agentes participantes do processo e detalhes do projeto em

foco.

1) A riqueza de geração de agentes

2) Agentes Tecnológicos

3) Agentes governamentais

4) Os agentes económicos

5) Os agentes sociais

C. Estudo dos Mercados de Energia

1) Planeamento de análise de políticas e cenários

2) Análise de Mercado

3) Regulamentos de Energia

4) Energia como fonte de desenvolvimento e competitividade das regiões

D. Proposta de conceitos de concepção do projeto com base em soluções de auto-

gestão da energia.

E. Definição da cadeia logística e seleção de ações prioritárias.

F. Adaptação e implementação de tecnologias para cada cenário

1) Descrição do processo para se desenvolver.

2) Implementação do processo selecionado.

3) Sensibilização e educação social.

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G. Observação e avaliação da iniciativa como uma fonte de desenvolvimento.

1) Retorno social

2) Retorno econômico

3) Benefício Ambiental

4) Reprodutibilidade da Iniciativa

5) Nível de Resiliência

No presente momento, estamos desenvolvendo intervenções em comunidades do

Chile [1], Equador [2], México [3], Colômbia [4], Bolívia, Argentina, Brasil e Espanha.

Figura 1 Metodologia cíclica usada no projeto. (Fonte própria).

Cerrito de los Morreños (Ecuador)

População: De acordo com a “Direccion Provincial de Salud del Guayas” em Junho

de 2010 a população de “Cerrito de los Morreños” era de 720 habitantes, onde 50%

das famílias são pelo menos de 5 membros.

A principal atividade econômica é a pesca e a captura de caranguejos, produtos que

são vendidos em mercados regionais.

As principais necessidades detectadas na região são: agua potável, eletricidade, um

confiável sistema de transporte para o continente, cuidados de saúde, plano de

manejo e agricultura sustentável.

CASOS DE ESTUDO

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Figura 2 Comunidade “ Cerrito Morreños” (Fonte própria).

Irradiação Solar: Não há estações meteorológicas que meçam a radiação solar no

Golfo de Guayaquil , neste caso, os estudos de radiação solar foram feitos utilizando

imagens satélites dadas pelo “Surface meteorology and Solar Energy” da NASA.

Figura 3 Irradiação media solar

Vento: Os maiores valores de velocidade do vento são encontrados entre os meses

de agosto e Dezembro com cerca de 3,6 m / s. A direção predominante do vento é

do Sul - Oeste.

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Precipitação: De acordo com INOCAR em média a precipitação anual para esta

região é 680L/m2.

Figura 4 Velocidade media mensal do vento

Houve várias intervenções na região por parte de ONGs e pelo setor público, a fim

de cobrir a demanda de energia. No ano de 2005, o Departamento de Eletricidade e

Energia Renovável instalou 3 sistemas de energia solar fotovoltaica na escola

primária da ilha principal. Em 2009 houve uma outra intervenção pela Associação

Eurosolar a fim de fornecer energia a um centro de informática destinado a

comunidade.

Em 2010, foi instalado um gerador de energia diesel de 145 kWh de capacidade,

que está atualmente fora de serviço. No final do mesmo ano, o governo, através do

“Fondo de Electrificacion Urbano del Marginal Equador” , implementou sistemas

fotovoltaicos em 99 casas da ilha. A ajuda das ONGs tem tido um papel importante

no desenvolvimento das ilhas, principalmente nos aspectos de saúde,

infraestructuras e educação.

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

Figura 5 Sistemas fotovoltaicos ds terceira implementação.

No presente momento, as atividades do grupo concentram-se na avaliação do

rendimento dos sistemas fotovoltaicos, na caracterização de microalgas existentes,

auditorias energéticas, analise de necessidades e agricultura sustentável.

Mexico (South Sonora Region)

A agricultura é a atividade econômica mais importante na região, principalmente com

a produção de grãos.

No entanto a agricultura intensiva nesta área tão árida teve um impacto negativo

significativo no abastecimento de água.

O estado tem uma pecuária tradicional, com uma reputação de qualidade. Na região

sul, bovinos de corte e porco são os mais importantes. Através da linha costeira,

pesca e aquicultura são realmente importantes para a região.

Esta é um das principais regiões produtoras de peixe do país. Grande parte da

pesca comercial e esportiva é essencialmente não regulamentada e tem tido um

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

impacto muito pronunciado no Golfo da Califórnia, com espécies comercialmente

importantes, tais como camarão que foram colhidas bem acima da sustentabilidade.

No zona de pré-montanha, a mineração é uma atividade importante, que vem sendo

explorada ao longo dos anos. Existem algumas minas abandonadas através da

região.·.

População

De acordo com o SEDESOL dois municípios do sul de Sonora são classificados

como de alta

marginalização e quatro deles são considerados marginalizados. A densidade

populacional é de 14 habitantes por metro quadrado, que contém 38% dos

habitantes do estado.

Recursos

A região Sul de Sonora tem uma rede de 28 estações meteorológicas dispersas em

torno de seu território desde 1997.

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

Figura 5. Rede meteorológica na região de Sonora.

Esta rede meteorológica irá ajudar a identificar potencialidades da região. Sendo

alguns dos resultados obtidos mapas de alta radiação solar. Além disso, os resíduos

animais são já utilizados nas maiores fazendas de suínos da região para produzir

biogás. As explorações de suínos pequenos precisam ser alertados sobre as

emissões evitadas através deste método.

O sul de Sonora tem uma chuva de 363 milímetros por ano.

Desde o início do projeto SSC, o número de governos locais envolvidos têm

aumentado substancialmente. O uso de soluções baseadas em energias renováveis

para comunidades pequenas tem sido aceite como uma alternativa confiável aos

métodos tradicionais de gestão de energia, água, geração e utilização de resíduos.

Algumas soluções já foram implementadas com feedback positivo.

O principal constrangimento que temos enfrentado é o financiamento de

equipamentos de energias renováveis para projetos de maior escala. A criação de

acordos com agências e departamentos de energia nacionais tem sido um dos

nossos principais alvos durante todo o processo.

O principal objetivo para o período seguinte é conseguir que todas as comunidades

envolvidas possam depender o menos possível de fontes de fornecimento externo

de energia, alimentos e água.

Um especial agradecimento a todos os elementos das 16 Universidades que

colaboram neste projeto multidisciplinar. Outro aos governos locais das

comunidades em questão que nos apoiam cada vez mais e sobretudo a todos os

elementos das comunidades envolvidas no projeto , sem os quais seria impossível

executar qualquer das intervenções realizadas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

AGRADECIMENTOS

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1.- Ecoaldeas or Self-Sustainable Communities and renewable energy solutions (SSC). Potential in the II Region of Chile (Atacama Desert). AZEVEDO J. DOMINGUES, GUERRA J. , CABO I. RODRÍGUEZ 1, REY D. REY, MONTES E. VIEITES, AGÜERA A.LÓPEZ. ICREPQ12

2.- Feasibility study for sustainable development in the island cerrito de los morreños (ecuador). PERALTA JUAN J , AZEVEDO J. DOMINGUES , AGÜERA A.LÓPEZ, BARRIGA ALFREDO R , DELGADO EMÉRITA , ARBOLEDA IVAN , D. REY REY. ICREPQ12 3.- Ecoaldeas or Self-Sustainable communities and renewable energy solutions (SSC). Potential in the South of Sonora, México . SOSA I., AGÜERA A.LÓPEZ. ICREPQ12 4.- Experience of bioclimatic architecture integrated with a photovoltaic system for an isolated community in Colombia (La Primavera, Vichada) ALDANA P. A. GÓMEZ, CASTELLANOS A. P. PARRA, RICO G. E. RODRÍGUEZ , DE LOS RÍOS AND O. PÉREZ. ICREPQ12

REFERÊNCIAS

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

TRILHANDO AÇÕES SUSTENTÁVEIS NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA (IFBA): FOCO NO CAMPUS

SANTO AMARO.

*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.

[email protected]

[email protected]

O artigo avalia ações sustentáveis a serem realizadas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) com foco no consumo de água do instituto localizado no município de Santo Amaro. As ações sustentáveis objetivam a redução e o consumo consciente da água e de outros recursos naturais e para isso foi proposto a formação de um ecotime. Um levantamento sobre ações sustentáveis realizadas em outros institutos federais foi feito e está aqui apresentado. Palavras-chave: sustentabilidade, ecotime, instituto federal

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia campus

Santo Amaro, tem um terreno de área de 50.700 m², sendo 2.306 m² de área

construída, È constituido de 1 pavilhão administrativo (onde situa-se o setor de

manutenção e a cantina), 1 pavilhão de aulas e 1 prédio onde se localiza o

laboratório de mecânica e uma área no 1° andar destinada a empresa tercerizada , e

uma guarita .

A água proveniente do centro de distribuição da empresa de águas da Bahia

(Embasa), no município de Santo Amaro, passa pelo hidrômetro, localizado na

entrada do campus , indo para um tanque onde através de bombeamento se desloca

a um reservatório principal onde é distribuído para os tanques no pavilhão

administrativo e um outro reservatório que abastece o setor de manutenção e

cantina. A água encanada,das torneiras e também das bacias sanitárias, tem sua

Adriana Vieira1, Angelo Alerson

2, Almir Vinícius, Kênnya Rosa, Luis Gustavo,

Moisés Almeida, Victor Hugo Araújo*.

RESUMO

INTRODUÇÃO

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utilidade na limpeza do campus e na ingestão para saciar sede dos servidores,

prestadores de serviços, alunos e visitantes.

Em relação às áreas de consumo de água nas instalações do campus, tem-se

5 banheiros coletivos (3 no pavilhão administrativo e 2 no pavilhão de aulas), 4

banheiros para pessoas com necessidades especiais ( 2 no pavilhão administrativo

e 2 no pavilhão de aulas), 4 laboratórios (de biologia, química, física e hidráulica), 1

cantina e 4 bebedouros de pressão.

O ecotime monitorará as atividades de consumo consciente da água no IFBA

Campus Santo Amaro tornando o seu aproveitamento necessário o quanto for

possível, fiscalizando e indo de encontro às ações tomadas que contornam o

caminho da sustentabilidade, colaborando na tarefa de conscientização na utilização

adequada dos recursos naturais.

Uma parceria entre o Instituto Federal do Acre (IFAC campus Xapuri) e o

Governo do Acre possibilitará que, no segundo semestre de 2012, o IFAC

desenvolva atividades sustentáveis no município de Xapuri, com o objetivo de

reforçar os propósitos de defesa da Floresta Amazônica. O projeto denomina-se

“Sustentabilidade na Amazônia: a trajetória dos povos da Floresta”. Os alunos do

Instituto Federal do Pará (IFPA campus Ananindeua) juntamente com os moradores

de Ananindeua fundaram o dia de monitoramento da qualidade da água da bacia do

rio Maguari - Açu. A atividade consiste em analisar a água do rio, e tem objetivo de

conscientizar sobre a importância da preservação dos recursos naturais do rio

Maguari – Açu. No IFPA (campus Belém) está em desenvolvimento o projeto

Reciclar que tem como objetivo informar a comunidade sobre a importância da

coleta seletiva e implantar um conjunto de atitudes que eliminem os impactos

ambientais associados à produção e a destinação do lixo, é a chamada gestão de

resíduos sólidos. No Instituto Federal de Amazonas (IFAM campus Coari), o projeto

de extensão estimula a criação peixes em tanques de pequenos portes, em parceria

com a Universidade Federal do Amazonas, e tem o objetivo de recordar os pratos

tradicionais da comunidade de São José do Saúba; discutindo os valores da higiene

PROJETOS E AÇÕES SUSTENTÁVEIS NOS INSTITUTOS FEDERAIS.

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

e incentivando uma prática alimentar saudável, interagindo ainda com a piscicultura

como uma atividade econômica sustentável.

No Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Cubatão, os alunos

plantaram um pomar. As espécies plantadas são grumixama, goiaba vermelha,

limão, mexerica, acerola, jambo-rosa, flor de merenda e jasmim branco. O plantio

teve a preocupação de considerar o melhor ponto de incidência do sol, os

espaçamentos entre as árvores para não haver invasão e a distribuição de água. As

frutas cítricas, que precisam de muita água para se desenvolver, foram plantadas

em uma região do terreno que acumula mais água da chuva.

No Instituto Federal do Maranhão (IFMA campus Caxias), alunos e

professores do curso de Meio Ambiente do campus Caxias, realizaram um ato

simbólico sobre o rio Itapecuru como forma de demonstrar o compromisso por um

futuro sustentável. Dentre as atividades, foi realizada a operação "pente fino" para

limpeza do parque. Pensando também em aspectos da sustentabilidade, o Instituto

Federal de Alagoas (IFAL) campus Maceió criou um comitê que possui como

principais objetivos elaborar e implantar o Plano de Gestão Ambiental ( é um sistema

de administração empresarial que realça a sustentabilidade) do instituto, ao lado de

projetos que visem à redução dos impactos ambientais negativos das atividades

desta instituição. Os membros do comitê estabeleceram como metas a serem

alcançadas, a implantação da coleta seletiva no campus Maceió e um Projeto de

compras Sustentáveis para este ano de 2012, além de outras ações. A instituição

demonstra, portanto, o interesse em modernizar-se para contribuir na busca da

sustentabilidade ambiental. No Instituto Federal do Rio Grande do Norte, campus

João Camâra, já está fabricando sabão sustentável a partir do óleo residual de

cozinha. O objetivo do projeto foi, primeiramente, orientar e conscientizar os alunos

e comunidades locais quanto aos malefícios que esse óleo causa à natureza quando

descartados indevidamente nas pias ou no solo. Depois pesquisaram, avaliando o

nível de conhecimentos da sociedade, o local quanto à destinação que ela estava

dando ao óleo que utilizava em suas residências ou comércios e se estava disposta

a contribuir com a preservação da natureza, doando esse óleo com a finalidade

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

social de ajudar as lavadeiras carentes da cidade, através da transformação do

produto em sabão, atividade essa de sustentabilidade.

Destaque para os projetos desenvolvidos no Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). O projeto “Regional e sustentável dos

produtores de farinha de mandioca do município de Lafaiete Coutinho-BA: Uma

intervenção do IFBA campus Jequié” tem como objetivo analisar o processo da

produção da farinha de mandioca do Município de Lafaiete Coutinho e ao mesmo

tempo possibilitar uma melhoria da situação social e econômica dos produtores.

Diante do processo de degradação pelo qual o planeta terra está passando, é

essencial que pequenas atitudes comecem a ser tomadas por cada cidadão que no

somatório possa render grandes resultados em prol de retardar o esgotamento de

recursos indispensáveis para a sobrevivência humana.

Por esse motivo e muitos outros, o projeto de inserção da sustentabilidade

nas escolas tem uma grande importância de despertar nos jovens a consciência da

verdadeira situação do meio no qual estão inseridos. O mesmo tem o objetivo de

fazer valer a ideia de sustentabilidade no Instituto, aumentar o grau de conhecimento

dos alunos a respeito do tema, agir de forma consciente com o meio no qual estão

inseridos e reduzir os gastos, reutilizar alguns recursos além de aproveitar a

estrutura ociosa do campus para fins de realização de algumas atividades.

A primeira proposta é a captação de água da chuva através de calhas e

tubulações de baixo custo (PVC) ligadas a uns tanques reservatórios instalados ao

lado dos pavilhões de aula e administrativo. O objetivo é de utilizar essa água

captada para lavagem de salas, e outras instalações, além de utilizar na irrigação

das plantas.

A segunda proposta é da fabricação de sabão junto a uma cooperativa de

mães carentes a partir do óleo que é descartado na cantina do colégio, essa

proposta que em longo prazo irá atuar como uma forma de geração de renda para

essas mães. A terceira proposta é de painéis solares de baixo custo feitos apenas

PROPOSTAS SUSTENTÁVEIS NO IFBA

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

com o interior de caixas de leite líquido, onde serão instaladas no telhado,

possibilitando a redução da incidência dos raios solares nos pavilhões, dando uma

sensação de climatização maior. A quarta proposta é a instalação das lixeiras

coletoras seletivas do lixo para que possam ser reaproveitados alguns materiais

descartados e estes sejam trabalhados também pela cooperativa de mães citado na

segunda proposta.

Uma proposta que pode ser implementada, em curto prazo, pelo acesso a

internet e pela disponibilidade do curso de Tecnologia da Informação que temos no

instituto é a utilização das redes sociais para discussões e ações em prol de um

futuro sustentável. É interessante, especialmente para os jovens, o acesso a redes

sociais para tratar de determinando assunto tendo em vista a rapidez na

comunicação. Ações como estas já foram iniciadas no IFBA campus Santo Amaro

através do blog praxisifba1 que divulga projetos com a temática sustentabilidade.

Por último, a ideia do inspetor voluntário, que no caso atuaria no sentido de

procurar pelo campus irregularidades e poder consertá-las ou contatar a

manutenção para fazer determinado serviço, a exemplo, vazamento de água,

ventiladores e ar condicionados ligados sem pessoas no local, luz acesa, entre

outras situações.

No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)

campus Santo Amaro foi planejado e montado um grupo, denominado ecotime,

formado inicialmente por docentes, discentes e pessoas que realizam serviço

terceirizado na instituição. O ecotime é formado por sujeitos com a finalidade de

monitorar as atividades, fiscalizando e indo de encontro às ações tomadas que

contornam o caminho da sustentabilidade, colaborando na tarefa de conscientização

da utilização adequada dos recursos naturais com objetivo de salvaguardar as

gerações futuras.

AÇÕES NO CAMPUS SANTO AMARO

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V SEMAD – 04 a 06 de Junho de 2012 97

V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

O ecotime foi organizado para avaliar quantitativamente o consumo de água

no IFBA campus Santo Amaro identificando se há consumo excessivo de acordo

com as atividades realizadas, e/ou deficiências de distribuição de água dentro do

próprio campus (tubulação avariada) ou externo, caracterizando furto ou falta de

manutenção da tubulação; juntamente com a produção de estatísticas por meio dos

dados coletados, possibilitando o conhecimento dos períodos onde mais se

consome e o “porquê” deste, propondo ações sustentáveis de consumo consciente e

redução. Para que se alcancem os objetivos propostos, no dia 05 de março de 2012

foram iniciadas as medições no hidrômetro do campus em 08 horários diferentes,

num processo semelhante ao realizado pela Empresa Baiana de Águas e

Saneamento Ltda. (EMBASA) responsável pelo fornecimento de água. Nessas

medições são coletados os dados de consumo em m³ para posterior avaliação e

produção de estatísticas.

As medições foram realizadas pelo ecotime formado pelo projeto que visa a

sustentabilidade. A formação do ecotime é uma inovação dentro da rede federal em

nosso estado, onde alunos e professores juntos buscam soluções para instalar um

sistema de Produção Mais Limpa (PmaisL), onde a redução pode gerar ganhos não

só econômicos mas socioambientais.

A economia no uso da água é importante em sentidos ambientais, pois a água

doce e potável é pouca comparada ao tamanho da nossa população atual e/ou

futura. No sentido de organização do ensino federal é importante que o IFBA

campus Santo Amaro economize água, numa ideia de ganho ou retorno, onde o

recurso que se deixa de gastar com o uso exagerado de água pode ser utilizado em

outras ações importantes dentro da receita da unidade de ensino e que em algumas

vezes deixam de serem realizadas. Além disso, é importante que se realizem ações

como estas para que sirvam de exemplo às outras unidades e para que formemos

um IFBA mais sustentável a cada dia.

Em longo prazo, as ações do ecotime visam a reutilização da água da chuva,

além de reutilizar a gordura, proveniente das refeições da “cantina” que antes eram

descartados incorretamente no solo, na fabricação de sabão, criando uma

cooperativa de mães vendedoras, onde este sabão poderá complementar a renda

familiar, além de ser mais uma ação sustentável dentro do campus e por meio da

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V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

cooperativa trazer a comunidade santoamarense conceitos como

empreendedorismo, cooperativismo, reutilização e sustentabilidade.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização e através da

formação de ecotimes e a partir da adoção dessa estratégia é possível que a rede

federal interaja com a comunidade ao seu redor preservando o meio ambiente para

não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. A iniciativa para a

formação do ecotime pretende ser divulgada para outros institutos federais já que as

ações apresentadas ainda estão sendo desenvolvidas, mas já permitiram perceber

que é necessário que o IFBA trilhe ações sustentáveis

ANASTAS, P.T.; WARNER, J.C. Green Chemistry. Theory and Practice. New York: Oxford University Press Inc., 2000, 135 p.

COMISSÃO BRUNDTLAND. Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Getúlio Vargas, 1991.

OLIVEIRA, Gilson Batista de; SOUZA-LIMA, José Edmilson (Orgs.). O desenvolvimento sustentável em foco: uma contribuição multidisciplinar, Annablume, 2006.

1-http://www.praxisifba.blogspot.com.br/p/pesquisa.html

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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V SEMAD – 04 a 06 de Junho de 2012 99

V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Santo Amaro – Bahia, 2012

DA INSTRUMENTALIZAÇÃO À CONSTRUÇÃO DE REDES FORMATIVAS:

Reflexões sobre a formação de professores e as novas tecnologias

*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.

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Resumo

Este artigo objetiva promover discussões a respeito da formação de professores de Computação na atualidade. Considerando a larga escala de acesso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) no contexto educacional, discutimos como esses recursos podem marcar uma nova forma de compreender a formação de professores e como os educadores podem, continuamente, se apropriar desse movimento em sua formação. Levantamos, também, questionamentos sobre a necessidade da atuação de um professor de Computação nas escolas básicas, que possua formação multidisciplinar em conhecimentos pedagógicos e técnico-computacionais, para instituir possibilidades de intercâmbios formativos mais significativos, quanto ao uso da informática na educação formal. Fazemos uma discussão a respeito das políticas públicas de inserção das TIC nas escolas a partir de um breve histórico da inserção da formação de professores nesse campo. Em seguida, propomos algumas reflexões sobre a possibilidade de troca de conhecimentos entre os professores regentes da educação básica e os professores de Computação, que possibilite uma formação para além da instrumentalização, visando a construção de redes formativas de conhecimentos no espaço educacional. Para finalizar pontuamos que se faz necessária a compreensão da formação de professores enquanto processo contínuo no espaço escolar e da inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação como propulsoras dessa formação, fazendo uso da internet para preparação dos educadores para a rede, na rede e em rede, instituindo posturas mais cooperativas e colaborativas.

Palavras-chave: Formação de professores, computação, redes, tecnologias da informação e comunicação.

A formação de professores é um tema que gera inúmeras discussões e

questionamentos na atualidade e, quando se trata de formação de professores e o

campo das novas tecnologias, o assunto toma uma dimensão ainda mais ampla e

complexa. Muitos educadores, ao longo das últimas décadas, vêm buscando

formação apropriada para utilizarem a informática de modo significativo na escola,

todavia, muitos destes cursos e atividades indicam apenas uma proposta

instrumental, o que limita a atuação docente. Isso ocorre, pois os educadores

possuem formação pedagógica, mas, na maioria das vezes, não dominam a parte

Cristiane da Conceição Gomes de Almeida*1

Verônica Domingues Almeida*2

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técnica destes recursos, o que torna a atuação dos mesmos, restrita a instrução de

comandos ou repetição de conteúdos com o uso de um aparato tecnológico

diferente.

A tecnologia na escola precisa ser percebida, não como um instrumento à

parte da atividade educacional, e sim, como a própria atividade na/em atividade. Os

atores/autores dos processos educativos necessitam reconhecer as possibilidades

trazidas pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC) e aproveitá-las como

estimuladoras de processos colaborativos de construção de conhecimentos, ou seja,

como propulsoras da criação de redes formativas. Mas, como conceber a educação

no seio das novas tecnologias, em uma proposta de construção de redes de

formação de conhecimentos, sem possuir a formação apropriada? Para responder a

esta pergunta, podemos recorrer a formação de professores de Computação, que

vem surgindo no cenário nacional como uma possibilidade concreta de aliar, em um

só profissional, o conhecimento técnico e o conhecimento pedagógico necessários

para ampliar compreensão e utilização das TIC nas escolas.

Os cursos de Licenciatura em Computação instituem-se a partir de políticas

públicas que refletem a necessidade de compreensão do amplo uso das TIC na

sociedade, em particular nas escolas de educação básica. Esta demanda faz a

indicação de um intercâmbio na formação acadêmica, dentro dos campos das TIC e

da Pedagogia, ou seja, a instituição de tal curso é uma possibilidade de revisita a

posicionamentos teóricos que predominam nas práticas de cada uma destas áreas,

mas que não se sustentam quando distintamente aplicados. Esta formação implica,

portanto, na contextualização da informática na educação, a partir da prática de um

profissional multidisciplinar que alia as demandas técnicas e pedagógicas em seu

trabalho. É de conhecimento comum que as TIC transformam as relações entre os

sujeitos, bem como seus processos cognitivos, o que não se compreendia era como

aliar as competências tecnológicas e as pedagógicas na prática docente, o professor

de computação surge, portanto, para atuar de modo multidisciplinar, aliando

conhecimentos teóricos, práticos, pedagógicos e técnicos nos processos formativos

de pessoas.

Diante desta perspectiva, é preciso voltar o olhar para a formação destes

profissionais, buscando compreendê-la como um processo que pressupõe uma

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estrutura curricular específica, voltada para o conhecimento pedagógico e técnico,

com atualizações1 constantes, levando em conta que o educador na atualidade

necessita ser “[...] um incansável pesquisador; um profissional que se reinventa a

cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade da época para se aprimorar

cada vez mais”. (KENSKI, 2003, p. 90). Nesse parâmetro os professores que atuam

com computação são, também, instituídos e instituíntes de seus processos de

formação e aliam as influências externas às suas subjetividades, estabelecendo um

diálogo entre as políticas institucionais e o seu percurso formativo; a utilização mais

intencional e significativa das TIC abre possibilidades para que essa relação ocorra

de maneira contínua e mais colaborativa.

As últimas décadas do século XX foram marcadas por debates sistematizados

sobre a necessidade de adequar a atividade docente às mudanças acontecidas na

sociedade. No Brasil, a partir dos anos 1990, com a Conferência Mundial de

Educação para Todos, realizada na Tailândia, e com a aprovação da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, as discussões se

intensificaram e ocorreram algumas (re)formulações legais no escopo educativo,

inclusive o surgimento do Pacto pela Valorização do Magistério e Qualidade da

Educação. Apesar do Governo da época, descumprir acordos firmados e, assim, não

desencadear muitas das ações previstas, não podemos, como nos afirma Mello

(1999), negar a contribuição ao debate e a problematização apontada para a

formação dos professores advindas desses documentos.

Em relação à formação do professor para o campo da computação, desde a

década de 1970, que universidades brasileiras, como exemplo, a UFRJ, UFRGS e a

UNICAMP, buscam debater esta demanda. A culminância destes debates se deu na

década de 1980, com a ampliação dos investimentos em atividades de pesquisa e

1 Aqui vale uma reflexão a respeito da compreensão do termo atualização. Neste artigo o termo não se trata da

atualização volátil que percebe o conhecimento como capital descartável, e sim, da concepção de atualização

formativa que possibilita a ampliação da esfera do ser em sua existência no mundo. Autores como Heidegger,

Gadamer, Roseli de Sá e Teixeira Coelho trabalham com essas disposições.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PANORAMA ATUAL E AS POLÍTICAS

PÚBLICAS

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extensão e a criação do projeto EDUCOM que foi pioneiro em contemplar

abordagens técnicas e pedagógicas na prática educativa, com o trabalho de

desenvolvimento de softwares educativos e com o uso do computador como recurso

para resolução de problemas no campo educacional. Ao longo dos anos, assim

como o EDUCOM, outros projetos de outras universidades foram instituídos e

tiveram seu valor formativo local. Em nível nacional, outra política que obteve uma

amplitude válida foi o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO),

criado em 1997, que, popularizou o acesso do computador nas escolas púbicas,

assim como se voltou para a problemática da formação de professores e o campo

da computação na escola.

Iniciativas como estas foram precursoras do processo atual de expansão de

licenciaturas técnicas e tecnológicas que vem acontecendo, mais precisamente, no

escopo das escolas superiores federais e estaduais de todo o país. Um dos

resultados desta expansão é a criação de cursos de Licenciatura da Computação,

que, segundo o censo de 2006, realizado pelo INEP, já estão em número de 70

cursos, assim distribuídos nas regiões do país: Centro-Oeste (12), Nordeste (24),

Norte (3), Sudeste (22) e Sul (9)2. A implantação dos cursos de licenciatura técnica

e tecnológica, em especial Licenciatura em Computação, atende aos princípios da

lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao Decreto nº 3276, de 06 de

dezembro de 1999, que dispõe sobre formação em nível superior de professores

para atuar na Educação Básica, e ao Decreto 3554 de 07 de agosto de 2000, que dá

nova redação ao §2º do art. 3º do Decreto 3276/99. Além disso, os recentes

processos de reformulação de matrizes curriculares das escolas de educação

básica, vêm, mesmo que forma tímida, inserindo a disciplina de Informática em seus

currículos.

Tais iniciativas de formação de professores vêm provocando uma expansão

dos debates em torno da qualidade da educação e propiciaram a reorganização do

poderio público em termos do cumprimento de metas educacionais estabelecidas

pelas agências financiadoras internacionais como o Banco Mundial (BIRD) e o

Fundo Monetário Internacional (FMI). Porém, vale alertar, que diante dos parâmetros

2 Dados retirados do Projeto Pedagógico do Curso Superior de Licenciatura Plena em Informática, na

modalidade presencial do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte, 2009.

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dessas agências que determinam as metas para a educação, eqüidade e qualidade

se confundem com quantidade, e o acesso à escola sem condições adequadas é

considerado suficiente para atender às suas demandas.

Diante deste fato, muitas discussões se originaram no contexto político-legal

da formação de educadores, desde a desarticulação das políticas públicas com as

universidades e as escolas em geral, até a implantação de legislações sobrepostas

que não são tratadas e nem sequer compreendidas pelo professorado. Orientações

aligeiradas para a conclusão dos cursos superiores, implantação de licenciaturas

tecnológicas sem a estruturação e dimensão curricular apropriada, incoerências

sobre os espaços de formação e a desvalorização do magistério, configuram-se

como contradições profundas nos parâmetros legais que tratam sobre a formação

inicial e continuada dos educadores.

Essa realidade é traduzida através de pacotes de formação de

professores estabelecidos pelo MEC e distribuídos para as unidades escolares3.

Esses e outros empreendimentos são definidos para a demanda formativa de

educadores, e os estados, os municípios e as escolas organizam espaços de

formação, para atender tais exigências do Ministério. Em se tratando de informática,

muitas unidades educativas estão sendo equipadas com computadores ligados a

web e cursos vêm sendo oferecidos aos professores, mas a dimensão técnico-

pedagógica é limitada aos aspectos instrucionais, ou seja, acontece apenas um

treinamento para uso das TIC e não uma formação que contemple de modo

multidisciplinar as amplitudes técnica e pedagógica do uso das novas tecnologias na

escola. Assim, os órgãos centrais posicionam-se para atender as demandas das

agências financiadoras e os sistemas de ensino organizam-se precariamente,

restringindo a inserção das tecnologias na escola a uma instrumentalização infértil

de comandos limitados, tornando-se cada vez mais longe de configurarem-se como

redes de construção formativas. Com isso, fica evidenciada, portanto, uma carência

de profissionais de educação em computação, privando as escolas de introduzirem a

informática nos currículos regulares; de promoverem projetos multidisciplinares e

transversais com a intervenção efetiva das TIC; da criação de softwares

3 Alguns deles são: Rede Nacional de Formação Continuada de Professores, o Pró-letramento, Pró-licenciatura e

o Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio. Vide: www.mec.gov.br

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educacionais, objetos e ambientes virtuais de aprendizagem de qualidade, dentre

muitas outras ações pedagógicas.

Diante desta vertente, as políticas públicas de formação de professores

apresentam-se dicotômicas. De um lado, os programas do governo são implantados

sem a devida orientação e sem o necessário sentimento de pertença da comunidade

escolar sobre os projetos, ou seja, os sistemas federal, estadual e municipal

indicam, os caminhos e finalidades de cada pacote de formação e arriscam,

inclusive, definir resultados diante dessa atuação, sempre visando à manutenção

das metas e fins das agências financiadoras; do outro lado, a carência e a atuação

instrumental dos professores da educação básica em relação a computação que

deflagra uma batalha pedagógica nos espaços educacionais. Os professores

clamam por formação apropriada e pela inserção de um profissional qualificado no

espaço educativo, não só como um suporte técnico, mas como um construtor de

redes formativas na escola, um educador na área tecnológica com conhecimentos

pedagógicos e técnicos em sua práxis educacional.

Diante dessa realidade percebe-se uma tensão entre os sistemas de

formação organizados e definidos pelos veículos legais e as redes formativas,

criadas e alimentadas por educadores em seus percursos. O MEC e as secretarias

de educação dispõem os caminhos formativos dos educadores de forma

desarticulada, defendendo metas e alimentando índices estatísticos e os

educadores, mesmo que inseridos nesse escopo, tentam tecer alternativas que

priorizem os caminhos formativos em condições favoráveis a profissionalização

docente, buscando outras possibilidades práticas e agregando valor a inserção de

um professor da área de computação nas escolas.

A conquista da integração de políticas públicas aliadas à formação de

qualidade que respeitem os a-con-teceres e as dimensões de cada sujeito parece

distante. Nelson Pretto no artigo “Formação de professores exige rede”, expressa a

necessidade de uma política educacional que considere os educadores em suas

singularidades. Para ele, isso só poderá acontecer através da atualização de

projetos e políticas que fortaleçam os locais, as regiões, e não de “projetos que

sejam elaborados por iluminados especialistas e distribuídos em broadcasting para o

conjunto de brasileiros que está na escola e fora dela.” PRETTO (2001,

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p.125). Pretto reafirma a necessidade da existência de uma relação interativa entre

as políticas públicas de formação e a formação dos professores em seus processos,

nas suas diferenças e relações com o outro. O que vem ocorrendo é uma

disparidade entre esses processos que aponta distorções quanto à percepção da

formação do educador e a ausência de convocação formal do professor de

computação para agregar valor a práxis pedagógica nas escolas.

Nos parece que as políticas públicas não entendem o processo formativo dos

educadores em sua dimensão singular e trazem as propostas de formação como

pacotes comuns que podem ser traduzidos homogeneamente por todos, de maneira

indiscriminada. As condições de trabalho e particularidades de cada realidade

escolar e de cada pessoa em formação são negadas e o processo de inserção das

TIC pode tornar-se limitado e obsoleto. A cada dia se faz mais necessária a

introdução de um profissional qualificado para atuar com as TIC na escola de modo

mais significativo e abrangente. O que se discute não é a alienação do professor

regente quanto ao uso das novas tecnologias no espaço escolar, e sim, a agregação

de valor as práticas docentes, a partir do intercâmbio de conhecimentos entre estes

profissionais para a construção de redes formativas, que podem englobar não só os

alunos, mas a formação continuada de todos os educadores no espaço educacional.

A inserção das tecnologias da informação e da comunicação no cenário

educativo é ampla, todavia, complexa e difusa. De acordo com as concepções que

se firmam no ideário educacional sobre a formação dos educadores e do uso das

TIC nas escolas, é possível traçar dois perfis de inclusão de práticas para as

mesmas. Um dos perfis, e talvez o mais difundido, é a limitação das tecnologias a

máquinas, ou seja, é a utilização das TIC como meras substitutas dos instrumentos

que auxiliam os professores em suas aulas. Este uso das tecnologias, que é o mais

comum devido a formação estrita dos educadores da escola básica, não possibilita a

criação de redes de formação, apenas as configura como instrumentos, alimentando

dessa maneira a ideologia famigerada dos bancos investidores. Já o outro perfil de

REDES DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: POTENCIALIDADES.

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utilização das TIC, as percebe como movimento e concebe a web como uma grande

teia de inter-conexões, sendo compreendida como propulsora de redes de

construção formativas.

Para criar redes de formação no espaço escolar é preciso que os profissionais

envolvidos construam modos de colaboração participativa e instituam comunidades

interativas nas quais a formação a-con-tece4, sendo promotora inclusive de

possíveis transformações sociais. A construção de uma rede formativa complexa nas

escolas demanda conhecimento específico e ação intencional dos educadores, além

de necessitar da atuação de um profissional multidisciplinar, que compreenda a

interação entre as demandas técnicas e pedagógicas: o professor de computação;

este, aliando-se aos demais educadores da unidade escolar, poderá instituir uma

cultura tecnológica mais significativa nas escolas, ampliando, inclusive, o seu

escopo formativo e colaborando com o de seus colegas.

A ideia de rede compreendida enquanto entrelaçamento e malha nos remete

a reflexões mais amplas em torno da formação do educador e nos leva a entender

esse processo a partir de uma dinâmica de compartilhamento e não mais como uma

formação solitária e estática. Tal concepção propõe uma formação construída nos

grupos aos quais os sujeitos pertencem, em conjunto com seus pares, seus alunos e

colegas. As redes são então compreendidas como comunidades, virtual ou

presencialmente constituídas, que possibilitam uma reunião mais abrangente e

democrática de indivíduos e instituições, em torno de objetivos comuns. Para Silva

(2008) a percepção dessa identidade comunitária da rede é muito importante para a

compreensão conceitual. Ele expõe que “[...] as definições de rede falam de células,

nós, conexões orgânicas, sistemas... tudo isso é essencial e até mesmo

historicamente correto para a conceituação, mas é a ideia de comunidade que

permite a problematização do tema e, conseqüentemente, o seu entendimento”

(SILVA, 2008). Segundo o referido autor, as redes são estruturas flexíveis e

cadenciadas que se estabelecem por relações horizontais, interconexas e em

dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e participativo. Elas se sustentam

4 Termo cunhado pela Profª Drª Maria Inêz Carvalho no artigo: O a-con-tecer de uma formação. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade. Salvador, v. 17, n. 29, jan./jun. 2008, p. 159 -168.

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pela perspectiva comunitária pautada na vontade e afinidade de seus integrantes,

caracterizando-se como um significativo recurso organizacional, tanto para as

relações pessoais quanto para a estruturação social, pois são formadas pela

cooperação e colaboração.

É nesse âmbito que o alicerce das TIC pode ser inserido na atividade

formativa, a partir da atuação de um profissional qualificado, promovendo a

organização pedagógica do espaço escolar em uma dinâmica de rede, com

conhecimentos técnicos suficientes para entremear possibilidades formativas e

promover aprendizagens diversificadas, buscando esgotar os potenciais existentes e

criar novas demandas de formação. O papel de um “educador de redes” volta-se

para construir redes presenciais ou à distância, formais ou livres e ainda outras que

se configuram como espectro do desejo de cada um, contemplando espaços

comunitários e configurando redes de formação comuns, que abarcam as

subjetividades e as coletividades simultaneamente.

Redes são de fato possibilidades de formação em potência. Os limites de

tempo e espaço são superados e as buscas pelas atualizações podem surgir pela

necessidade de comunicação e, sobretudo, pelo desejo. As novas tecnologias

aparecem apontando um referencial estruturante que potencializa as redes de

formação - formais ou informais - tanto presenciais, quanto eletrônicas. As TIC

necessitam ser percebidas, trabalhadas e compreendidas nessa dimensão ampla e

dinâmica para que se configurem como potências de formações nas infinitudes dos

processos de cada sujeito no mundo.

Perceber a formação de educadores como um processo contínuo da

formação do ser é de grande valia na compreensão das demandas de formação de

cada pessoa. Sendo a formação processo, as relações que se estabelecem na

trajetória de cada indivíduo formam uma trama de associações e ligações que não

acontecem de maneira estanque e dissociada do contexto da vivência de cada um.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Estas malhas de relações e referências múltiplas ligam-se ao conhecimento que o

educador constrói em seu percurso profissional e pessoal, o professor de

computação, em particular, possui, portanto, uma rede de conhecimentos

encadeados, não de forma hierárquica, mas de maneira integrada, pois sendo ele

um educador multidisciplinar, ou seja, um profissional que abarque em seu repertório

formativo, conhecimentos técnicos e pedagógicos, a sua formação configura-se

numa complexa rede de atualizações.

O que se faz necessário é discutir as concepções de formação presentes nos

cursos de Licenciatura da Computação, para que a formação pedagógica inicial se

configure em um contínuo. Desse modo, é importante também, salientar que os

currículos de tais cursos precisam pensar o preparo do professor, para além da

dimensão estritamente técnica ou puramente pedagógica, mas habilitar tais

profissionais para contribuírem com o trabalho educativo em uma dimensão de rede,

aliando a formação técnico-pedagógica a sua metodologia de trabalho.

Formar-se para a rede pressupõe esforço crítico-reflexivo, autoria, desejo e

postura investigativa. O educador que forma-se para a rede compreende que a

“pesca” na internet não se limita ao copiar e colar. Ele entende a internet como

espaço de colaboração na composição das informações que geram conhecimentos

e na difusão dos conhecimentos de sua autoria. Formar-se para a rede, portanto, vai

além da dimensão técnica do manuseio da máquina, pois é a retomada da rede web

como uma retroalimentadora do percurso pessoal e profissional dos educadores de

forma contínua, utilizando, inclusive a rede web como propulsora destas demandas.

Preparado para a rede e na rede, o educador poderá vivenciar plenamente a

formação em rede. Em uma perspectiva que vai além da colaboração, os

educadores se encontram em um estágio de cooperação, em um ambiente coletivo.

Neste parâmetro a formação é contínua e livre, não há limite de tempo ou espaço, o

que rege é o desejo de construir conhecimentos, difundi-los, utilizá-los, o interesse é

em formar-se escolhendo os trajetos virtuais/reais na complexidade, em rede.

A formação para a rede, na rede e em rede não pode ser considerada em

etapas organizadas hierarquicamente. Ela é fruto de reflexões coletivas e da

utilização das ferramentas de maneira mais cooperativa, pois acontece respeitando

os percursos de cada sujeito, no acontecer de cada processo formativo.

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A rede web pode contribuir para a formação colaborativa de educadores que

montam suas próprias redes formativas nesta rede, mas para isso é preciso ter

conhecimento adequado destes suportes construtivos de conhecimentos. A rede é

uma dimensão dialógica que pode provocar grandes alterações no processo

formativo e descosturar as amarras da formação sistematizada percebida enquanto

meta. Em conjunto com o educador regente, o professor de computação poderá,

trabalhando para a rede, na rede e em rede, promover alterações no escopo

educativo atual e na sociedade contemporânea que privilegia a informação veloz.

Diante dessa perspectiva, acredita-se que os percursos formativos do ser tendem a

promover o alicerce da postura investigativa e aprendente do educador, visando à

configuração de uma sociedade voltada para a aprendizagem colaborativa, na qual o

foco esteja para além da informação e do conhecimento e volte-se para as

aprendências dos sujeitos no mundo com o outro.

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